Apostila de Administração de Condominios
Apostila de Administração de Condominios
Apostila de Administração de Condominios
Conceito
Natureza Jurdica
O Condomnio uma espcie de entidade bem tpica, considerando sua natureza
jurdica. No possuem personalidade jurdica, no exeram atividade econmica, com
ou sem fins lucrativos, os Condomnios so equiparados a empresa no que tange a
obrigatoriedade de inscrio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica CNPJ. Tal
obrigatoriedade se mostra necessria, visto que o condomnio, apesar de ter uma
natureza jurdica prpria, no pode se confundir com seus proprietrios, no caso, os
condminos. Assim, claro que seria necessrio a individualizao do condomnio junto
a Receita Federal. Outro ponto de suma importncia o fato de que o Condomnio vai
contratar funcionrios, motivo pelo qual necessrio seu registro no CNPJ.
Criao do Condomnio
Os Condomnios so criados a partir de uma conveno, pautada no Cdigo Civil
Brasileiro, Lei Federal n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 e pela Lei dos Condomnios,
Lei Federal n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Segundo esta ltima lei, temos:
Art. 7 O condomnio por unidades autnomas instituir-se- por ato entre vivos ou por
testamento, com inscrio obrigatria no Registro de Imvel, dele constando; a
individualizao de cada unidade, sua identificao e discriminao, bem como a frao
ideal sobre o terreno e partes comuns, atribuda a cada unidade, dispensando-se a
descrio interna da unidade.[...]
Art. 9 Os proprietrios, promitentes compradores, cessionrios ou promitentes
cessionrios dos direitos pertinentes aquisio de unidades autnomas, em edificaes
a serem construdas, em construo ou j construdas, elaboraro, por escrito, a
Conveno de condomnio, e devero, tambm, por contrato ou por deliberao em
assembleia, aprovar o Regimento Interno da edificao ou conjunto de edificaes.
1 Far-se- o registro da Conveno no Registro de Imveis, bem como a averbao
das suas eventuais alteraes.
2 Considera-se aprovada, e obrigatria para os proprietrios de unidades, promitentes
compradores, cessionrios e promitentes cessionrios, atuais e futuros, como para
qualquer ocupante, a Conveno que rena as assinaturas de titulares de direitos que
representem, no mnimo, 2/3 das fraes ideais que compem o condomnio.
3 Alm de outras normas aprovadas pelos interessados, a Conveno dever conter:
a) a discriminao das partes de propriedade exclusiva, e as de condomnio, com
especificaes das diferentes reas; b) o destino das diferentes partes; c) o modo de usar
as coisas e servios comuns; d) encargos, forma e proporo das contribuies dos
condminos para as despesas de custeio e para as extraordinrias; e) o modo de escolher
o sndico e o Conselho Consultivo; f) as atribuies do sndico, alm das legais; g) a
definio da natureza gratuita ou remunerada de suas funes; h) o modo e o prazo de
convocao das assembleias gerais dos condminos; i) o quorum para os diversos tipos
de votaes; j) a forma de contribuio para constituio de fundo de reserva; l) a forma
e o quorum para as alteraes de conveno; m) a forma e o qurum para a aprovao
do Regimento Interno quando no includos na prpria Conveno.
Vimos assim, que o condomnio deve ser composto atravs de um documento pblico
ou privado, denominado CONVENO. Outros sim, vimos que ele pode ser criado por
ato de vontade inter vivos ou por testamento. O estudo da conveno se dar no
prximo tpico.
Cadastro no CNPJ
Apesar de no ter a mesma natureza jurdica de outras entidades,que exploram atividade
econmica, com ou sem fins lucrativos, como as empresas em geral, o Condomnio
obrigado a fazer sua inscrio no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica do Ministrio da
Fazenda (CNPJ/MF), tendo em vista algumas obrigaes que o mesmo tem que
cumprir. A Obrigatoriedade de inscrio do Condomnio do CNPJ/MF est
regulamentada pela Instruo Normativa SRF n. 200/2002, art. 12, assim como pelo
Decreto 3000/99.
Tal obrigatoriedade se mostra necessria, visto que o condomnio, apesar de ter uma
natureza jurdica prpria, no pode se confundir com seus proprietrios, no caso, os
condminos. Assim, claro que seria necessrio a individualizao do condomnio junto
a Receita Federal. Outro ponto de suma importncia o fato de que o Condomnio vai
contratar funcionrios, motivo pelo qual necessrio seu registro no CNPJ/MF.
Cadastro no INSS
Pelo mesmo motivo acima exposto, ou seja, a contratao de funcionrios, o
Condomnio deve cadastrar-se no INSS, desde o momento de sua criao. No caso do
INSS, o Condomnio se iguala s empresas em geral, vez que tem obrigao de
contribuir, da mesma forma para o INSS como estas ltimas.
Cadastro no FGTS/PIS
Do mesmo modo, o Condomnio dever se cadastrar na Caixa Econmica Federal, com
o intuito de regularizar a situao de seus funcionrios no Fundo de Garantia por Tempo
de Servio (FGTS) e no Programa de Integrao Social (PIS). Para a inscrio junto ao
FGTS, o Condomnio dever fazer seu certificado eletrnico, que ser sua identidade
perante Conectividade Social, devendo ser assinado pela Autoridade Certificadora, a
Caixa Econmica Federal (CEF). A certificao feita, privativamente, pelo
representante legal da entidade, munido de documentao legal comprobatria da
constituio do empreendimento, bem como de seu ato de nomeao. Na CEF este
dever assinar, na presena de empregado responsvel pelo cadastro, o termo de adeso
Conectividade Social.
Conveno
Regimento Interno
O Regimento interno, mais chamado nos dias atuais de regulamento interno, como o
prprio nome diz, vem a ser as regras que devem ser seguidas pelos condminos e pelas
pessoas que utilizam o condomnio.
Assim como a conveno, o Regimento interno deve ser elaborado por escrito e
aprovado em Assembleia Geral pelos proprietrios das unidades autnomas do
Condomnio. Outrossim, deve ser registrado no Cartrio de Registro de Imveis, tal
qual a Conveno do Condomnio.
Vale ressaltar que este pode ser parte integrante da Conveno.
Para a votao de criao ou alterao de Regulamento Interno, far-se- necessrio o
qurum mnimo de dois teros dos proprietrios. Suas alteraes somente podero ser
feitas atravs de Assembleia Geral.
Administrao do Condomnio
O Cdigo Civil de 2002 nos fala acerca da administrao do condomnio, conforme
abaixo disposto nos artigos abaixo:
Art. 1.347. A assembleia escolher um sndico, que poder no ser condmino, para
administrar o condomnio, por prazo no superior a dois anos, o qual poder renovar-se.
Art. 1.348. Compete ao sndico:
I - convocar a assembleia dos condminos;
II - representar, ativa e passivamente, o condomnio, praticando, em juzo ou fora dele,
os atos necessrios defesa dos interesses comuns;
III - dar imediato conhecimento assembleia da existncia de procedimento judicial ou
administrativo, de interesse do condomnio;
IV - cumprir e fazer cumprir a conveno, o regimento interno e as determinaes da
assembleia;
V - diligenciar a conservao e a guarda das partes comuns e zelar pela prestao dos
servios que interessem aos possuidores;
VI - elaborar o oramento da receita e da despesa relativa a cada ano;
VII - cobrar dos condminos as suas contribuies, bem como impor e cobrar as multas
devidas;
VIII - prestar contas assemblia, anualmente e quando exigidas;
IX - realizar o seguro da edificao.
Contabilidade
CONTADOR: Que conta. Aquele que conta. Profissional de nvel universitrio,
geralmente bacharel em Cincias Contbeis, que exerce funes contbeis.
(MICHAELIS, 1998).
O Condomnio, assim como qualquer empresa, precisa dos servios profissionais de um
contabilista, devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) na
regio onde se encontra o Condomnio.Tal exigncia de ordem legal, uma vez que os
Condomnios esto obrigados a prestarem informaes que devem, pela sua natureza,
ser assinados por contabilistas. A Resoluo CFC n 560/83, diz:
Art. 1 O exerccio das atividades compreendidas na Contabilidade, considerada esta na
sua plena amplitude e condio de Cincia Aplicada, constitui prerrogativa, sem
exceo, dos contadores e dos tcnicos em contabilidade legalmente habilitados,
ressalvadas as atribuies privativas dos contadores.
Nesse tpico, alertamos s empresas de Administrao de Condomnios que no
possuem em seus quadros contadores para assinatura do livro caixa ou da prestao de
contas do condomnio. Os condomnios que no tm seus livros caixa assinados por
contadores esto irregulares perante a Legislao Ptria.
A Contabilidade tem papel crucial em uma entidade. Nela esto contidos todos os
registros financeiros e patrimoniais, fonte de controle e avaliao de receitas e despesas.
Capaz de gerar informaes teis para tomada de deciso. Facilitando a transparncia da
gesto e a consequente fiscalizao pelas partes interessadas.
A contabilidade est diretamente ligada ao controle de atos e fatos que dizem respeito
gesto do condomnio. Como dito acima, necessrio a presena de um Contador ou
Tcnico em Contabilidade, devidamente registrado no CRC para que o mesmo faa os
registros contbeis necessrios ao Condomnio. As principais obrigaes do Contador
para o Condomnio so as seguintes:
Outrossim, existem alguns documentos bsicos que o Condomnio deve manter em seus
arquivos. Os principais so:
Carto do CNPJ;
Apurao das contas da administrao anterior;
Demonstraes Contbeis
Condomnios so dispensados da escriturao contbil completa, conforme dita a
legislao do Imposto de Renda. O regime contbil a ser adotado pode ser o de caixa,
onde somente se reconhece o fato no momento em que ocorre o efetivo pagamento ou
recebimento, ou o regime de competncia, que reconhece o fato no momento em que ele
ocorre, independente de ter sido pago ou recebido.
Contudo, deve-se observar a uniformidade de regime adotado no exerccio, afim de no
prejudicar o resultado e a integridade das demonstraes contbeis apresentadas.
Entretanto, o regime de competncia o que melhor se adequa as prticas contbeis,
estando de acordo com o princpio da competncia. Uma vez que esto sendo
contabilizadas todas as provises, a administrao pode se preparar para os eventos que
sero pagos no futuro, sendo importante fonte de informaes, como por exemplo, 13
salrio, frias, obrigaes sociais, sentenas judiciais, etc.
Em ANEXO III segue modelos de demonstraes contbeis. imperioso citar que o
resultado apurado no final do exerccio de supervit ou dficit. Considerando que este
tipo de entidade no visa o lucro e todas as receitas auferidas devem ser revertidas em
proveito do Condomnio.
BALANCETE/PRESTAO DE CONTAS
Vimos acima, que obrigao do sndico, perante a Assembleia Geral do condomnio,
prestar contas de sua gesto, referente ao ano anterior. Independente disso necessrio
que o sndico mantenha as contas do condomnio devidamente atualizadas, de sorte a ter
sempre em mos as informaes requisitadas pelos condminos. Assim, a prestao de
contas deve ser feita mensalmente e repassadas para os condminos, para que os
mesmos tenham maior controle sobre o que pagam e com o que gasto o seu dinheiro,
devendo tais informaes serem de fcil compreenso. Abaixo, um exemplo de
prestao de contas:
A lei n 4.591 de 1964, em seu art. 22, 1, alnea g, exige que o sndico mantenha
guardada durante o prazo de cinco anos para eventuais necessidade de verificao
contbil, toda a documentao relativa ao condomnio. Assim, est claro que, nesse
particular, o condomnio deve ser tratado com o mesmo zelo que uma empresa
comercial. Devem ser respeitados os princpios contbeis, assim como escriturado o
livro caixa do condomnio para uma futura verificao. H outras necessidades nessa
ordem, vez que no caso de haver uma fiscalizao por parte dos rgos Pblicos,
podem ser solicitados tais documentos para averiguao.
Obrigaes Fiscais
Para dirimir quaisquer dvidas acerca das obrigaes acessrias que os Condomnios
esto obrigados a prestar, segue abaixo quadro informativo:
Taxa Fixa/Rateio
Alguns condomnios adotam o valor fixo para a cobrana de suas taxas, enquanto outros
adotam o rateio, onde so calculadas as despesas e em cima disso cobrado o valor do
condomnio. Pela experincia que temos vivido, mais vantajoso para o condomnio
fazer uma previso oramentria no incio do ano com o intuito de estimar quanto seria
gasto no ano seguinte e assim estabelecer um valor fixo para sua taxa de condomnio.
Isto ocorre porque assim, o condomnio tem condies de estabelecer determinado valor
para formao de um fundo de reserva que cobriria alguma despesa extraordinria. Essa
previso oramentria deve contemplar o maior nmero de despesas possveis de
calcular. Deve constar todas as despesas correntes, como salrio, encargos sociais,
materiais diversos, energia, gua e esgoto, assim como tambm, pela experincia da
administrao, despesas que incorrero no curso do ano, como recarga de extintores,
manuteno de elevadores, etc. Por sua vez, o rateio traz uma srie de desvantagens, se
contrapondo ao que foi exposto acima. No momento que surgir uma despesa
extraordinria e repentina, o condomnio pode no dispor de dinheiro em caixa para
solucionar o problema.
Taxas Extras
Este um dos pontos mais nevrlgicos para a administrao do condomnio. A cobrana
de taxa extra, na viso dos condminos, geralmente aparenta desorganizao ou
incompetncia do sndico, para no falarmos em locupletamento. Realmente, se
pensarmos bem, um inconveniente enorme para os condminos serem surpreendidos
com a cobrana de uma taxa extra, principalmente quando a destinao o pagamento
de alguma despesa previsvel. No nosso entendimento, com o estabelecimento de um
fundo de reserva, muitas vezes poderia ser evitado a cobrana de taxas extras. Na
verdade a cobrana de taxas extras deveria existir apenas no caso de uma despesa que
no pudesse ser prevista, como por exemplo para pagamento de uma obra necessria, ou
ainda quando ficasse decidido pela Assemblia a necessidade de obra para melhoria do
condomnio.
Boleto Bancrio/Recibo
Do mesmo modo, serve o presente apenas como dica para a administrao do
condomnio. A abertura de uma conta corrente permite ao sndico ter um maior controle
das contas do condomnio, assim como organiza melhor a contabilidade do condomnio,
com as despesas tendo o pagamento com cheques, etc. Alm disso, a no existncia de
uma conta corrente sempre traz a dvida para os outros condminos se o sndico no
mistura seu dinheiro particular com o dinheiro do condomnio.
para sua cobrana, que so os mesmos aos quais esto sujeitos um ttulo executivo
extrajudicial, embora no seja expressamente atribuda a ela tal condio pela lei
processual civil. Pelas razes j explicitadas. a cota condominial, a despeito de no se
constituir ttulo executivo (artigo 585 do CPC), , inequivocamente, um documento de
dvida, estando sujeita, portanto, a protesto, na forma do artigo 10 da Lei 9492/97. Os
procedimentos a serem adotados so os seguintes:
Dirigir-se CENTRAL DE DISTRIBUIO DE PROTESTOS,
Formulrio
(ANEXO
IV)
Planilha dos clculos que esto sendo cobrados
Ata
de
Eleio
de
Sndico
(Cpia
Autenticada)
Ata que estabeleceu o valor que est sendo protestado (Cpia Autenticada)OBS: Alm
desses documentos, sugerimos que seja convocado uma Assembleia para decidir sobre o
protesto das taxas em atraso.
SPC / SERASA de Inadimplentes
Utilizados pelas empresas em geral, estes dois rgos, o SPC e SERASA, so
responsveis pela informao de inadimplentes. Frisem-se, tais rgos no possuem o
condo de cobrar, ou exigir o pagamento de qualquer pessoa, mas apenas informam uma
situao, que vem a ser a existncia de um dbito. Ento, cabe o questionamento, podem
os condomnios informar a existncia de dbitos de seus condminos? No caso do
SERASA, este rgo no disponibiliza este servio, ficando restrito apenas a empresas
em geral, bancos, sociedades de crdito,etc. J o SPC, este sim disponibiliza seus
servios aos condomnios, de sorte que pode ser mais uma arma para a cobrana dos
inadimplentes.
Fundo de Reserva
Outro ponto crucial na administrao financeira do condomnio vem a ser a formao de
um fundo de reserva. Combinando com o que ficou dito nos itens anteriores a formao
de um fundo de reserva tem como objetivo a economia de determinados valores que
podero ser utilizados no caso do aparecimento de uma despesa inesperada e assim,
evitar-se a cobrana de alguma taxa extra.
Contrato de Trabalho
CONTRATO: ato ou efeito de contratar. Acordo ou conveno entre duas ou mais
pessoas, para a execuo de alguma coisa, sob determinadas condies. Documento em
que se registra esse acordo ou conveno. Acordo, ajuste, combinao, promessa aceita.
(MICHAELIS, 1998)
Assim, como toda e qualquer empresa, o Condomnio, na relao com seus
funcionrios, deve firmar com os mesmos o devido contrato de trabalho.
Para caracterizao do contrato de trabalho, so necessrios quatro pressupostos. Tais
pressupostos so a subordinao, a no eventualidade, a pessoalidade e o pagamento de
salrio. A excluso de apenas um destes, desconfigura a relao de emprego. No caso da
subordinao, o empregado segue as ordens e orientaes do empregador. A no
eventualidade, como a prpria expresso nos diz, o trabalho no pode ser prestado de
maneira eventual e sim regular. A pessoalidade vem a ser o terceiro pressuposto, vez que
o empregado no pode se fazer substituir por outro, no desempenho de suas funes.
Por ltimo, pela prestao do seu trabalho o empregado devidamente remunerado com
salrio.
Contrato de Experincia
Folha de Pagamento
As frias dos funcionrios so regulamentadas pela CLT em seus art. 129 a 141. Onde
so determinados os prazos para aquisio, prazos para concesso, multas pela no
concesso no prazo correto, situaes que suspendem o direito, entre outras.
O prazo para aquisio do direito de gozar frias de um ano apartir do momento
assinado o contrato de trabalho, sendo adquirido mais um perodo a cada ano
completado. O perodo para concesso das frias de um ano, iniciado aps adquirido o
direito de gozo. Contudo, a concesso tem que ser feita dentro deste perodo, pois caso
entre no novo perodo aquisito, as frias vencidas sero pagas em dobro. Existem casos
especficos para concesso de frias, como para menores, que as frias devem coincidir
com as frias escolares, mesmo sendo o empregador o responsvel pela comunicao do
perodo.
Em caso do funcionrio tiver at cinco faltas durante o ano, este ter direito a trinta dias
de frias, consecutivos. Caso tenha de seis a quatorze faltas ter direito a vinte e quatro
dias, se tiver de quinze a vinte e trs faltas gozar dezoito dias e se tiver de vinte e
quatro a trinta e duas faltas gozar doze dias apenas.
Cesta Bsica
No caso da cesta bsica, esta possui natureza salarial, salvo se decorrer de norma
coletiva que disponha diferentemente ou se for includa pelo Empregador no Plano de
Alimentao ao Trabalhador (PAT).
Vejamos: O vale refeio, fornecido por fora do contrato de trabalho, tem carter
salarial, integrando a remunerao do empregado, para todos os efeitos legais (TST
smula 24) De acordo com o art. 81 da CLT, parte do salrio poder ter sua parte paga
com o fornecimento de alimentos. No caso da alimentao, esta vem regulamentada
pela conveno coletiva de trabalho, onde os empregadores so obrigados a fornecer
refeio a seus empregados zeladores e porteiros, ou fornecer vale alimentao no valor
de R$ 4,25 (quatro reais e vinte e cinco centavos), sendo descontado R$1,50 do salrio
dos funcionrios.
Vale Transporte
O vale transporte foi criado pela Lei n 7.418, de 16 de dezembrode 1985, e
regulamentado pelo Decreto n 95.247, de 17 de novembro de1987, no tendo este
natureza salarial, nem se incorporando remunerao para quaisquer efeitos.
Adiantamentos
O aviso prvio est devidamente regulamentado pela CLT nos artigos 487 e seguintes da
CLT. Onde so determinados o prazo para comunicao que deve ser de iniciativa de
quem solicitar a dispensa ou demisso, com antecedncia mnima de 30 dias. Caso o
empregador no comunique o aviso o empregado ter direito ao aviso indenizado. O
mesmo ocorre se o empregado no comunicar no prazo devido, ser descontado de suas
verbas rescisrias o valor da indenizao devida. Se for feita a resciso no ms que
antecede a data base para reajuste, mesmo que seja feito aviso indenizado o empregado
ter direito a mais um salrio como indenizao, pelo fato da dispensa ocorrer no ms
do reajuste.
Calendrio de Obrigaes
Neste tpico exporemos as datas de pagamento dos principais encargos sociais que so
exigidos do condomnio.
TERCEIRIZAO DE MO DE OBRA.
Um ponto de suma importncia na administrao de condomnios exatamente a
terceirizao de mo de obra nos servios de portaria e zeladoria. Procedimento bastante
utilizado pelos condomnios, tal fato requer um extremo cuidado por parte da
administrao do condomnio. No caso do condomnio contratar uma empresa de
terceirizao de mo de obra, deve estar sempre atento em relao ao respeito, por parte
da empresa, das obrigaes fiscais e trabalhistas incidentes na prestao dos servios.
Responsabilidade do Condomnio
De acordo com os diversos entendimentos jurisprudenciais, os tomadores de servios
das empresas de terceirizao de mo de obra, so solidariamente responsveis pelo
pagamento das obrigaes trabalhistas inerentes ao servio.
Deve-se cobrar da contratada as Gfips, GPS e folha de pagamento individualizadas,
referentes ao ms imediatamente anterior ao pagamento.
Honorrios do Sndico
De acordo com o 4 do artigo 22 da Lei 4.591, de 16 dedezembro de 1964, prev que
o sndico pode receber uma remunerao de acordo com o estabelecido pela Assemblia
Geral. Entretanto, devemos ter cuidado com tal fato, uma vez que a remunerao do
sndico acarreta algumas consequncias.
INSS
devido o recolhimento do INSS remunerao paga ao sndico.
ISSQN
Do mesmo modo do INSS devido o pagamento do ISSQN sobre a remunerao paga
ao sndico do condomnio.
Escala de Trabalho de Portaria
Este ponto tem como objetivo fazermos uma comparao do que mais vantajoso.
Manter trs ou quatro funcionrios na escala de portaria. Sero necessrios trs
porteiros, sempre que o regime de escala for de 12X24 horas de trabalho. J no esquema
12X36 sero necessrios quatro funcionrios. Contudo, a partir de novembro de 2007
no mais admitida a escala de 12x24 para portarias, caso algum condomnio desobea
essa disposio emanada de Acordo Coletivo entre os Sindicatos dever indenizar o
empregado em parcelas no inferiores a 90 (noventa) reais. A jornada mensal de
trabalho para empregados que trabalham em escala de 12x36 de 180 horas. Servindo
de base para clculo de horas extras, adicionais noturnos, etc.
Salrio Mnimo
A Conveno Coletiva da categoria estabelece seis faixas salariais, onde zeladores
enquadram-se na 1 faixa, com piso salarial de R$ 391,00 (trezentos e noventa e um
reais) e porteiros enquadram-se na 3 faixa, com piso de R$ 420,00 (quatrocentos e vinte
reais).O Secovi-CE disponibilizou em seu site www.secovi-ce.com.br, a seguinte
informao:
Em virtude da Medida Provisria N. 421/08 que dispe sobre o reajuste e o aumento
real do salrio mnimo de R$ 380,00 para R$ 415,00, vigente a partir do dia 1 de
maro s haver sido publicada em edio extraordinria do Dirio Oficial da Unio
no dia 29/02/2008, vimos hoje, dia 03/03/2008, esclarecer que:1. Os pisos salariais da
1 faixa (R$ 391,00) e da 2 faixa (R$ 393,00), estabelecidos na Conveno Coletiva de
Trabalho 2007, firmada entre esta entidade e o SEEACONCE (sindicato laboral), por
fora do inciso IV do artigo 7 da Constituio Federal, passam a ter como valor de
referncia o salrio mnimo nacional R$ 415,00 (quatrocentos e quinze reais). 2. Os
valores correspondentes s demais faixas (3, 4, 5 e 6) permanecem os mesmos, sem
qualquer alterao, at que esteja vigente a Conveno Coletiva deTrabalho 2008.
Essa disposio apenas um ajuste para que nenhum empregado ganhe menos que o
salrio mnimo vigente, considerando que a data base para a categoria 1 de maio,
onde ser estabelecido novo piso salarial para as categorias.
Troca
as
lmpadas
por
outras
que
consomem
menos;
Diminuir a quantidade de lmpadas acesas em horrios de pouco movimento;
Instalar dispositivos de censores para que luzes de corredores e escadas sejam
acionadas por sensibilidade.
Essas so algumas medidas que surtiram efeito em outras experincias. Vale ressaltar
que o custo com energia em horrios de pico cerca de 20% maior.
gua e Esgoto
Os condomnios, principalmente os mais antigos, podem ter um gasto desnecessrio
com gua e esgoto, lembrando que praticamente pago duas vezes pela mesma gua,
pois cobrado pela gua que entra no condomnio e pela gua que sai, no esgoto. Logo,
deve-se fazer um levantamento em todos os apartamentos e em partes comuns se
existem vazamentos, que causam muito um consumo excessivo. Lembrando tambm
que devem orientar aos condminos que em feriados desliguem a chave geral, para
evitar que torneiras, chuveiros, etc. fiquem desperdiando gua.
Telefonia
Alguns condomnios possuem telefone em portarias e escritrios. Logo, deve-se
restringir os tipos de chamadas a serem feitas por estes telefones, como ligaes
interurbanas, para celular, quando desnecessrio o consumo desse tipo de ligaes, j
que no necessrio o contato com pessoas fora da cidade.
Materiais Diversos
Materiais de limpeza, higiene, expediente, construo, eltrico e hidrulico so outros
custos relevantes para o condomnio. Logo, deve-se fazer anlise do consumo para
estimar quantidades mnimas a serem adquiridas, buscar fazer compras aps pesquisas
de preos e dependendo do caso adquirir quantidades para perodos maiores, caso o
valor do desconto seja considervel.
Servios
ANEXO I
MODELO DE CONVENO
cabendo a cada uma das unidades autnomas a frao de ......... avos do terreno e das
coisas comuns.
Art. 3 - So consideradas partes em comum do Condomnio e de servio de Edifcio,
ressalvadas as hipteses reguladas em Lei, inalienveis e indivisveis, todas aquelas
previstas no art. 3, da Lei n 4.591, de 16 de dezembro de 1964, especialmente:
a) o terreno sobre o qual foi construdo o Edifcio, com ....... m2;
b) o parqueamento para automveis, localizado no subsolo, com ...... m2;
c) rea localizada no pavimento trreo, na parte dos fundos, com ...... m2;
d) o apartamento destinado ao zelador, com ....... m2;
e) a entrada social do edifcio, com ........ m2;
f) a entrada de servio e de acesso ao parqueamento subterrneo, com ........ m2;
g) o depsito de lixo, com ....... m2;
h) a rea de recreao localizada na cobertura com ....... m2;
i) as reas de circulao, em cada um dos pavimentos-tipos, cada qual com ....... m2;
j) as caixas d'gua;
l) os dois elevadores, com a respectiva caixa de mquinas e seus acessrios;
m) os poos de ventilao;
n) as instalaes de ventilao e as de guas, esgotos sanitrios, pluviais, incndios, luz,
gs e telefones, at os pontos de interseco com as ligaes de propriedade exclusiva
de cada condmino;
o) o tubo coletor de lixo;
p) as fundaes, estruturas, lajes, paredes que limitam as unidades autnomas, escadas,
patamares e tudo o mais que por sua natureza, se destine ao uso dos condminos.
Captulo II
Dos Direitos e Deveres dos Condminos
Captulo III
Das Despesas Atribudas aos Condminos
Art. 8 - So conferidas despesas comuns que devem ser suportadas por todos os
condminos, na proporo determinada pelo pargrafo 1 deste artigo, todas aquelas
constantes do oramento a ser anualmente aprovado em Assemblia Geral Ordinria,
como sejam, os salrios dos empregados, as contribuies previdencirias, as despesas
com luz, fora e gs relativas s partes comuns, taxas e esgotos, servio e material para
desinfeco, dedetizao, desratizao e limpeza das partes comuns, manuteno,
remoo ou substituio de peas dos elevadores, das bombas de elevao e suco de
gua, do equipamento de preveno contra incndio e demais equipamentos, alm dos
impostos, taxas, prmios de seguro e contribuies de qualquer natureza que incidam
sobre oEdifcio, a remunerao do Sndico e da administradora de imveis contratada e
as despesas com a conservao dos elevadores.
1 - Cada uma das unidades ... a ..., ... a ..., ... a ... e ... a .... contribuiro para as
despesas comuns na proporo de ... avos por cada unidade; o apartamento ...,
localizado na cobertura do Edifcio, contribuir com ... avos.
2 - A loja ... fica isenta do pagamento das despesas comuns, pagando, porm o seguro
da edificao, na proporo de ... avos e os servios que, efetivamente, utilizar.
Art. 12 - Todo e qualquer dano causado ao Edifcio em suas partes comuns dever ser
indenizado por quem o causar. No caso de morador, locatrio, dependente ou visitante,
responder o proprietrio pelas despesas.
Captulo IV
Da Destinao, Uso e Fruio
Captulo V
Da Administrao do Condomnio
Art. 19 - Ser eleito na mesma Assemblia que eleger o Sndico, e pelo mesmo perodo,
permitida a reeleio, um Conselho Consultivo composto de trs membros, todos
condminos.
Pargrafo nico - Podero ser eleitos at dois condminos para Suplentes do Conselho
Consultivo, que substituiro os efetivos em seus impedimentos eventuais ou definitivos.
destitudos pelo voto de 2/3 (dois teros) dos condminos presentes em Assemblia
Geral especialmente convocada para este fim.
Captulo VI
Das Assemblias Gerais
5 - Nas Assemblias cada unidade ter direito a um voto. Caso, por qualquer motivo,
uma unidade vier a pertencer a duas ou mais pessoas, dentre eles uma ser escolhida
para represent-la.
6 - Os Condminos que estiverem em dbito para com o Condomnio, seja este
oriundo do atraso no pagamento de quotas condominiais ordinrias ou extras, ou de
multas aplicadas pelo Sndico, no tero direito a voto nas Assemblias.
7 - As decises das Assemblias, ressalvados os casos do quorum especial previstos
em Lei ou nesta Conveno, sero sempre tomadas por maioria de votos dos presentes o
obrigam a todos os condminos, mesmo os ausentes.
8 - As decises das Assemblias Gerais sero levadas ao conhecimento dos
condminos, nos oito dias subseqentes sua realizao.
Captulo VII
Dos Seguros e da Destinao em Caso de Sinistro
Captulo VIII
Da Garagem
Captulo IX
Das Penalidades
Art. 30 - Fica eleito o foro da Cidade de ........... com renncia expressa de qualquer
outro, por mais privilegiado que seja, para dirimir qualquer ao ou dvida que, direta
ou indiretamente, decorra da presente Conveno.
ANEXO II
ANEXO III
ANEXO IV
FORMULRIO
Sr. Distribuidor,
Atenciosamente,
_______________________________________
Apresentante
Carimbo e Assinatura
Declaro sob as penas da Lei, que a documentao comprobatria, referente ao
documento acima caracterizado, encontra-se em nosso poder para todos os fins de
direito.