Resumo O Caso Dos Exploradores de Caverna
Resumo O Caso Dos Exploradores de Caverna
Resumo O Caso Dos Exploradores de Caverna
de LON L. Fuller
RESUMO
Era um resgate muito difcil e logo mquinas e mais pessoal foram encaminhados para
ajudar, mas a cada hora que passava a situao ficava mais crtica, pois as vtimas j
estavam ali h muitas horas. Os recursos disponveis da Sociedade Espeleolgica foram
exauridos, fazendo-se necessria a ajuda do governo, e at uma campanha de
arrecadao financeira junto comunidade local foi realizada, tudo isso na tentativa de
acelerar o processo de resgate que j durava dias e uma dvida j pairava sobre eles,
Ser que esto vivos ainda?.
Para a surpresa de todos foi conseguido uma canal de comunicao com as vtimas,
graas a um rdio transmissor sem fio que estava em poder deles, mas j se havia
passado 20 (vinte) dias e as provises que eram parcas, tanto gua, quanto comida j
haviam acabado h muito.
Como no obtiveram respostas e com o tempo passando, o inevitvel estava cada vez
mais perto que era a possibilidade de todos morrerem. Como no tinham escolha, surge a
proposta de que um dos cinco deveria ser sacrificado para que o grupo no perea. Pelo
visto, aps ponderarem sobre a questo, Roger Wethmore prope ento um sorteio por
meio de dados para escolherem quem seria o cordeiro, parece que todos concordaram
que fosse assim. Roger, porm, aps uma reflexo desiste da ideia sugerindo que
esperassem mais uns dias. Tal atitude levou seus amigos a acus-lo de traio e
procederam o lanamento dos dados, todos lanaram, Roger no! Foi quando um de seus
companheiros pega os dados e lana por ele e a m sorte cai sobre Wethmore. Seus
amigos o matam e sua carne foi o alimento que os ajudou a sobreviverem at serem
salvos cerca de 30 dias depois que iniciaram os trabalhos de resgate.
proposta pelo juiz Foster, a absolvio dos rus alegando que as leis daquele estado
no poderiam ser aplicadas ao caso e baseou sua deciso em uma posio jusnaturalista,
alegando que quando Roger foi morto, eles no estavam vivendo um estado de sociedade
civil, mas sim no estado de natureza e, portanto, a lei no poderia ser aplicada. Seu voto
fundamentado na premissa de que a lei positiva declara a possibilidade da existncia
das pessoas em sociedade. Quando uma situao como a tal se evidencia, a coexistncia
das pessoas se torna impossvel, ento a condio que se apresenta para todos os
precedentes e estatutos deixa de existir. Quando tal condio desaparece, a fora da lei
positiva desaparece com ela. O juiz Foster, evocando a questo geogrfica e baseandose no artigo 7 do Cdigo Civil Austraco, que diz: ...Em caso de circunstncias adversas
no previstas na lei e na impossibilidade de se aplicar os estatutos e precedentes, no
restando nenhuma outra fonte onde se basear, pode-se fazer uso do governo das
escrituras antigas da Europa e Amrica, chamada de Lei Natural. Tal declarao causou
desconforto e uma discusso no pouco acalorada.
O experiente juiz Tatting que conforme seu discurso preliminar, sempre se posiciona
frente aos casos levados at ele de forma racional, deixando de lado o emocional, no
conseguiu xito diante daquele caso. E de forma inesperada pede que em razo de estar
bastante comovido e ter se envolvido emocionalmente, fosse afastado daquele
julgamento. O que trouxe estranheza, que mesmo no querendo participar do
julgamento ele argumenta e rechaa a posio de seu colega Foster, que tentou evocar o
estado natural. Afirmou o Juiz Tatting, que a lei positiva justa e mesmo em face de
qualquer quantidade que seja de terra ou rocha, ela ainda era soberana para reger
condutas, no podendo ser suplantada por um mero arremesso de dados; ou por
qualquer acordo. Para ele, a situao fatdica deles no os aparavam para firmarem
contrato ou lhes outorgava poder para decidir sobre o ato de tirar a vida. Ento finaliza,
dizendo-se realmente impedido de prosseguir. O indagaram ainda se no gostaria de
rever sua posio, mas ele foi incisivo, no queria participar.
O juiz Keen inicia suas consideraes carreando para o bojo da discusso algo que no
havia sido ponderado ainda, a questo da clemncia caso a condenao fosse decretada.
Para ele, a palavra final poderia no partir do Tribunal, mas havia sim uma possibilidade
de se recorrerem ao Estado, caso fosse detectado alguma impropriedade. No concorda
com o voto do juiz Foster e o acusa de valer-se de furos na legislao para tentar
absolver os rus. Ele acredita que a lei deve ser aplicada, no olhando para se os atos
foram bons ou no, errados ou certos, isso no era significativo para o Tribunal, o que
deveria ser feito ali era aplicar a Lei. Aplic-la seria difcil tambm, porque havia tantas
falhas em distinguir os aspectos morais dos legais e no s isso, mas eles mesmos
tinham dificuldades em entender o que realmente queria dizer a letra da Lei no pargrafo
12-A em questo, pois para ele (Keen), a questo ali no era s possvel assassinato de
Whetmore, mas tambm se os rus agiram com premeditao. Ab-roga ainda a alegao
de legtima defesa, que para ele inconsistente neste caso, pois, era do conhecimento
deles que Whetmore no efetivou nenhuma ameaa aos rus. Conclui o juiz Keen pela
condenao dos rus.
O juiz Handy abre o discurso dizendo do seu descontentamento em relao aos seus
colegas terem utilizado o tempo para discorrer sobre onde residia a justia, se no direito
positivo ou no direito natural, na linguagem do estatuto ou em sua proposta e ainda, quais
as funes do judicirio e quais as do legislativo, enfim, discusses que fugiam do foco.
Houve para ele o estabelecimento de uma barganha dentro daquela caverna, agora, o
problema se ela foi bilateral ou unilateral e se a atitude final de Whetmore no pode ser
considerada como revogao proposta feita por ele mesmo e tornar o ato seguinte
condenatrio. Todavia, antes de evidenciar sua deciso e voto, ele explana que o
judicirio tem a caracterstica de se distanciar do homem comum pelo o que notrio e
sabido uma exacerbada fidelidade Lei. Continua e relata uma pesquisa feita junto
comunidade para saber deles o que deveria ser feito, qual soluo trazer ao caso. Ele fica
do lado da opinio pblica que marcou 90 pontos percentuais.
Para basear seu posicionamento ele traz a lume os quatro caminhos que uma pessoa
pode seguir para fugir da punio quando acusada de crime, sendo, a sentena de um
juiz dizendo que sob a Lei aplicvel no cometeu crime; segundo, o promotor no pedir a
condenao; terceiro, a absolvio pelo jri e quarto, perdo ou comutao da pena pelo
Executivo todas so legais e previstas na forma da lei. Se a lei prev que um jri pode
inocentar algum ru e que um jri composto por pessoas do povo, que representam
legalmente a vontade do povo, ento para ele a opinio pblica deveria ser seguida e a
condenao dos rus anulada.