06-Milani Et Al
06-Milani Et Al
06-Milani Et Al
Edison Jos Milani | Gilmar Vital Bueno | Oscar Strohschoen Jnior | Marco Antnio Schreiner
Moraes | Viviane Sampaio Santiago dos Santos | Ramss Capilla | Ricardo Silva Nunes de Bragana |
Anelise Friedrich | Ceclia Cunha Lana | Alpio Jos Pereira
resumo
O conceito de Rede Temtica originou-se em 2005 no mbito do Centro de Pesquisas da Petrobras
(Cenpes), aparecendo como soluo tcnico-administrativa para viabilizar a implementao de vultosos
investimentos nas Instituies de Cincia e Tecnologia (ICTs) nacionais de maneira otimizada, tendo por
foco os desafios tecnolgicos da Petrobras e visando promover a sustentabilidade do processo de parceria
indstria-academia.
luz da legislao vigente (Resoluo Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis - ANP
033/2005, publicada no Dirio Oficial da Unio - DOU em 25/11/2005), as empresas concessionrias em
Explorao e Produo no pas que estiverem sujeitas tributao de Participao Especial devem investir
anualmente determinados montantes nas universidades brasileiras.
Como mecanismo de gesto de investimentos, num primeiro momento as Redes Temticas PetrobrasUniversidades buscaram uma superao das dificuldades inerentes s ICTs em termos de infraestrutura, patro
cinando a implantao/atualizao de laboratrios-chave aos processos demandados pelo setor petrleo.
Ao mesmo tempo, num salutar e construtivo processo de parceria tcnico-cientfica, Petrobras e instituies
passaram a compartilhar a responsabilidade na busca de solues para os desafios enfrentados pela Empresa
via execuo em parceria de projetos de pesquisa em temas relevantes aos interesses da Petrobras, nas suas
diversas vertentes de atuao. O modelo de relacionamento via Redes Temticas vive o seu stimo ano, e j
so perceptveis os avanos obtidos e os ganhos para a cincia e a tecnologia no Pas.
Palavras-chave: Redes Temticas em Geocincias | investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento | relacionamento Petrobras-Universidades
abstract
The Thematic Network concept originated in 2005 at the Centro de Pesquisas da Petrobras
(Cenpes), and provides a technical and administrative solution that enables, in an optimized manner, the
implementation of large investments in national Science and Technology Institutions, with a focus on the
technological challenges of Petrobras and on the promotion of the sustainability of the industry-academia
partnership process. In the light of the prevailing legislation (ANP Resolution 2005/033, published in the
DOU November 25, 2005), those concessionary exploration and production companies in Brazil subject
to Special Participation taxation, are required annually to invest a certain amount in Brazilian universities.
As an investment management mechanism, initially the Petrobras - Universities Thematic Networks sought
to overcome difficulties inherent in ICTs in terms of infrastructure, sponsoring the establishment/update
of key laboratories demanded by the oil sector. At the same time, in a positive and constructive process of
technical-scientific partnership, Petrobras and the institutions began to share responsibility in the search
for solutions to the challenges faced by the Company, through the implementation of research project
partnerships on themes relevant to the interests of Petrobras, in its various segments. The relationship
via Thematic Networks model is now in its seventh year, and is already demonstrating it has achieved
noticeable progress and gains for science and technology in the country.
(Expanded abstract available at the end of the paper).
Keywords: Geosciences Thematic Networks | Research and Development investments | Petrobras-Universities relationship
10
Tecnolgico Estratgico (CTE) que atua por segmento de negcio, desdobrando os direcionadores empresariais
para cada uma das reas da Companhia na forma de desafios tecnolgicos especficos; e o Comit Tecnolgico
Operacional (CTO), que, luz da orientao emanada do Comit Estratgico, consolida as demandas, define as
prioridades e delega a carteira de projetos planejados ao Cenpes, que trata de sua execuo.
Figura 1
O Sistema Tecnolgico da
Plano Estratgico
Comit
Tecnolgico
Corporativo
Comits Estratgicos
Plano de Negcios
Upstream
Gs e
Downstream
Energia
Comits Operacionais
Petrobras.
Figure 1
Petrobras Technological
System.
Do portflio consolidado de projetos, um subconjunto realizado internamente ao Cenpes: ali desenvolvem-se os mais desafiadores, os de contedo sigiloso e que representem vantagem competitiva aos
negcios da Petrobras e os que demandam instrumentao e conhecimento especficos, requisitos consolidados no Centro de Pesquisas durante dcadas de atuao continuada em Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D). Uma significativa parcela do portflio de projetos de P&D da Petrobras executada externamente,
em parceria com empresas ou instituies de pesquisa, no Brasil e no exterior. As Redes Temticas aparecem atualmente como um importante mecanismo de gesto dos projetos da carteira da Petrobras que
so endereados para execuo no ambiente das instituies externas de pesquisa.
11
Figura 2
Perfil de investimento das
Redes Temticas ao longo
Investimentos
do tempo.
Figure 2
Thematic Networks
Investments profile
62%
Projetos de P&D e
servios tecnolgicos
38%
2012
Tempo
12
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
Infraestrutura
Rede Sismogrfica e GNSS Brasileira (fig. 4). Infraestrutura composta por 60 estaes sismogrficas (fig. 5)
instaladas e operadas setorizadamente pela USP na Regio Centro-Sul (Coordenao: Prof. Marcelo Assumpo);
UnB na Regio Centro-Norte (Coordenao: Prof. George Sand); UFRN na Regio Nordeste (Coordenao: Prof.
Joaquim Mendes Ferreira) e Observatrio Nacional na Regio Costeira Sul-Sudeste (Coordenao: Prof. Sergio
Luiz Fontes); e 90 estaes Global Navigation Satellite Systems (GNSS) (fig. 6) instaladas e operadas pelo INPE
13
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
(Coordenao: Prof. caro Vitorello). Esta infraestrutura visa propiciar comunidade geocientfica nacional o necessrio instrumental para a realizao de pesquisas aplicadas que melhorem o conhecimento crustal-litosfrico
e o comportamento dinmico da Placa Sul-Americana. Compe, ainda, a infraestrutura que ir prover o pas das
sries histricas de dados imprescindveis para a caracterizao e o mapeamento do risco ssmico no territrio
brasileiro. Foi implementado um comit, constitudo por representantes das instituies envolvidas, e que gerencia
as premissas e os interesses desta atividade no mbito do pas.
70W
60W
50W
Figura 4
40W
10S
REDE
SISMOGRFICA
BRASILEIRA
Figure 4
Situation map of the
20S
Legenda
RSISGL
RSISSE
RSISNE
RSISBR
RSISCN
Figura 5
Instalaes da estao
sismogrfi ca de Patos de
30S
0
300
600
1.200
km
Estao PMNB
Patos de Minas, MG
Figure 5
Patos de Minas - MG
seismographic station.
14
cabine do registrador,
com painis solares no teto
abrigo do sensor
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
Microssonda Eletrnica no
Microanalyser Laboratory at
Departamento de Geologia
de Janeiro.
Oxignio ( esquerda) e
microtomographer (right)
microtomgrafo ( direita)
no Laboratrio de Istopos
University of Paran.
Estveis da UFPR.
15
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
( esquerda) e forno
paleomagntico ( direita)
na sala magneticamente
blindada do Laboratrio de
Paleomagnetismo da USP.
de massa (U-Th)/He no
spectrometer at the So
Laboratrio de Geocronologia
da Unesp.
Claro Campus.
16
disagregation. It preserves
possibilita a desagregao
de rochas preservando a
geochonological analysis.
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
Figura 11 - Desintegrador de
amostras por descarga el-
Figura 12 - ICP-MS
do Laboratrio de
Plasma-Mass Spectrometer at
Geocronologia da UnB,
dating.
Pool de Equipamentos Geofsicos do Brasil - PEG-BR, sediado no Observatrio Nacional - RJ. Implantao de infraestrutura pioneira, que constitui o primeiro empreendimento do gnero na Amrica Latina
(fig. 13). Visa disponibilizar comunidade geocientfica nacional, de modo compartilhado, instrumentos de
sismologia, gravimetria, geoeletricidade e geoposicionamento que viabilizam a execuo de campanhas de
aquisio de dados no campo, no intuito de detalhar e aprofundar o conhecimento da Geologia do Brasil.
Figura 13 - Almoxarifado onde
Figure 13 - Warehouse of
ficam acondicionados os
geophysical instruments at
de Janeiro.
do Observatrio Nacional. Em
primeiro plano, um sismmetro do conjunto de equipamento do Pool.
17
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
O PEG-BR dispe tambm de seis OBSs (sismmetros de fundo ocenico), que sero posicionados em locais
especficos da margem continental brasileira (Coordenao: Prof. Darcy do Nascimento Junior).
Ncleo de Pesquisas Geolgicas (NPG) do Departamento de Geocincias da UFSC. Projeto de
infraestrutura laboratorial que visa dotar a universidade dos meios adequados para a realizao de pesquisas
na rea de Geologia do Petrleo. A UFSC abriu seu curso de graduao em Geologia no ano de 2010 respaldada pela tradio de pesquisa de seus docentes, e esta infraestrutura aparece para consolidar e ampliar
este perfil de atuao da instituio (Coordenao: Prof. Breno Leito Waichel).
Pesquisa e Desenvolvimento
Lineamento Transbrasiliano, origem, evoluo e influncia na sedimentao e estrutura de
bacias fanerozoicas (fig. 14). O Lineamento Transbrasiliano interpretado como sendo uma zona de sutura mesoproterozoica de blocos crustais antigos, com recorrente atividade durante o Fanerozoico. O estudo
objetiva refinar o conhecimento do controle desta importante feio da Geologia brasileira tanto na estruturao do embasamento Pr-Cambriano quanto na evoluo fanerozoica das bacias do Paran e do Parnaba,
com foco na investigao da presena de feies estruturais potenciais trapas petrolferas nas reas sob
a influncia do lineamento (UnB, Coordenao: Prof. Reinhardt A. Fuck).
Figura 14
Regio do territrio brasileiro que constitui o
domnio geotectnico do
Lineamento Transbrasiliano.
PB - Bacia do Parnaba e PR Bacia do Paran.
Figure 14
Geotectonic domain
under the inuence of the
Transbrasiliano Lineament.
PB - Parnaba Basin, PR Paran Basin.
Feixe de Lineamentos Colatina (fig. 15). Por meio do levantamento detalhado no campo, o trabalho
determinou a natureza cinemtica e dinmica e a cronologia deste notvel elemento tectnico da margem
leste brasileira, evidenciando uma atividade predominantemente distensional seguida por transcorrncia dextral
em tempos ps-cretcicos. Estas observaes servem como subsdios para um entendimento do papel deste
18
Figura 15 - As estruturas
de Lineamentos Colatina
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
lineamento na evoluo tectonossedimentar das bacias de Campos e do Esprito Santo (UFOP, Coordenao:
Prof. Fernando Flecha de Alkmim e UFMG, Coordenao: Prof. Antonio Carlos Pedrosa Soares).
apresentam direo
dominante N15W e
frequentemente esto
preenchidas por diques de
diabsio.
Falhas, campos de esforos e fluxo de fluidos (fig. 16). Tendo por objeto de pesquisa o Lineamento
de Lancinha, esta investigao visa uma integrao multiescalar dos fenmenos observados nos terrenos
pr-cambrianos afetados pela feio e seus efeitos na estruturao da Bacia do Paran (UFPR, Coordenao:
Prof. Alberto Pio Fiori).
Figura 16 - Estrias horizontais
Figure 16 - Horizontal
slickensides on an originally
do tempo geolgico.
19
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
Rochas mantlicas do Arquiplago So Pedro e So Paulo (fig. 17). Estas ilhotas, localizadas na
interseco da zona de fratura de So Paulo com a cordilheira mesoatlntica, constituem uma singularidade no Oceano Atlntico posto que ali afloram rochas do manto, cisalhadas e soerguidas desde a plancie
abissal. Por meio de detalhamento estrutural e petrolgico, o projeto tem por objetivo elaborar um modelo
evolutivo deste arquiplago no domnio ocenico profundo do Atlntico Equatorial (UFF, Coordenao:
Profa. Susanna Sichel).
Figura 17
Situado na Regio Central do
Oceano Atlntico Equatorial,
o Arquiplago So Pedro
e So Paulo dominantemente constitudo por rochas
mantlicas, constituindo uma
singularidade no contexto
desta margem transformante.
a) frica e b) Brasil.
Figure 17
Saint Peter and Saint Paul
Rocky Islets situated in the
transform domain of the
Equatorial Atlantic Ocean.
Figure 18
Continental topography
along SE Brazilian margin.
Red Lineaments correspond
to Capricornio (LC) and Volta
Redonda Transtensional
Zone (VR).
20
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
Calibrao isotpica de alta resoluo de eventos tectonoestratigrficos de bacias sedimentares (fig. 19). Projeto visa desenvolver e calibrar tcnicas analticas de geocronologia absoluta e geologia
isotpica aplicadas a eventos tectnicos e a horizontes estratigrficos especficos, como forma de aprimorar
o conhecimento de bacias sedimentares e gerenciar adequadamente os riscos geolgicos implcitos no processo exploratrio (UnB, Coordenao: Prof. Roberto Ventura Santos).
Figura 19
Estudo integrado de ferramentas geocronolgicas e
isotpicas aplicado Bacia do
Recncavo.
Figure 19
Integrated geochronological
and isotopic study applied to
the Recncavo Basin.
Neotectnica do Brasil (fig. 20). Projeto multi-institucional que visa compilar mapa em base digital
georreferenciada representando o estado da arte do conhecimento do cenrio deformacional neotectnico
do territrio brasileiro (Unesp, Coordenao: Prof. Norberto Morales).
Figura 20
Mapa do registro da atividade
ssmica no territrio nacional,
informao-base para o
desenvolvimento do Mapa
Neotectnico do Brasil.
Figure 20
Seismicity map of the
country, a basis for
the compilation of the
Neotetonic Map of Brazil.
21
REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)
Sistema Geotec (fig. 21): desenvolvimento de geotecnologias para armazenamento, acesso e integrao
de dados geolgicos georreferenciados dos projetos de pesquisa da rede. Possui trs interfaces de trabalho:
Caderneta Geolgica Digital, para entrada padronizada de dados de campo e laboratrio, possibilitando
a transmisso e sincronizao segura de dados a um servidor central, via conexo por internet; Interface
Administrador, para apoiar a coordenao de equipes de pesquisa e gerao de relatrios; e WebMapa,
interface web personalizada, que permite a visualizao das informaes, operaes de consulta, edio,
anlise e construo automatizada de mapas integrados aos dados da Caderneta Geolgica Digital (UFPR,
Coordenao Prof. Claudinei Taborda da Silveira).
Figura 21
Trip de ferramentas que
suportam o Sistema Geotec Caderneta Geolgica Digital;
Interface Administrador e
WebMapa, desenvolvidas
para armazenar, integrar
e gerenciar dados geolgicos de projetos de pesquisa da Rede de Estudos
Geotectnicos.
Figure 21
Geoscientific tools
supporting the research
activities of the Geotectonic
Studies Network teams.
22
A Rede Sedestrat promove pesquisas em Sedimentologia e Estratigrafia e tem como objetivos complementar as investigaes da Petrobras nessas reas do conhecimento, promovendo e articulando o desenvolvimento de projetos com as universidades brasileiras; formar e capacitar equipes de pesquisa e fomentar
o intercmbio de pesquisadores, projetos e resultados entre as instituies participantes, patrocinando a
implementao da infraestrutura necessria a sua rea de atuao. As principais linhas de pesquisa da Rede
Sedestrat so a caracterizao estratigrfica e sedimentolgica das bacias brasileiras; estudos da Geologia
do recente; estudos de sistemas porosos; reservatrios no convencionais; argilominerais; provenincia
de arenitos, e estudo de afloramentos anlogos visando a parametrizao de elementos arquiteturais e
reconhecimento das superfcies-chave e heterogeneidades deposicionais e diagenticas.
Gestores: Maria Dolores de Carvalho (2005-2008), Marco Antonio Schreiner Moraes (2009), Viviane
Sampaio Santiago dos Santos (2009-).
Instituies: UFAM, UFRN, UFPE, UnB, PUC-RJ, UFRJ, UERJ, UFF, Cetem, USP, Unesp, UFPR, UEL, UFSC,
UFRGS e Unisinos (fig. 22).
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
e Estratigrafia.
Infraestrutura
Laboratrio de Geologia Sedimentar da UFRJ. O projeto Lagesed (fig. 23) objetiva aumentar a capacidade analtica e operacional dos Laboratrios de Sedimentologia e Petrologia e de Petrofsica. Recebeu
23
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
24
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
interao rocha-fluido. O sistema de tomografia computadorizada composto por dois equipamentos X-Radia;
um microtomgrafo de raios X (VersaXRM-500) e um nanotomgrafo (UltraXRM). O laboratrio assume grande
importncia no cenrio de P&D no Brasil, viabilizando a caracterizao de sistemas com mltiplas porosidades a
partir de imagens 3D com resolues espaciais desde 50m at 50nm. A primeira utilizao deste laboratrio ser
no escopo do projeto UFSC-Petrobras reservatrios no convencionais, visando a caracterizao de amostras de
carbonatos, folhelhos e areias de baixa permeabilidade portadoras de gs (Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).
25
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
26
Laboratrio Analtico Avanado para Rochas Calcrias - Labocal/UFPR (fig. 29). O projeto capacitou
o Laboratrio de Minerais e Rochas (Lamir) da UFPR para a execuo de anlises de minerais e rochas em
geral. Modernas tcnicas analticas esto disponveis para as empresas de minerao, bem como para as
operadoras da rea de petrleo. Essa realidade pode ser compreendida pela demanda analtica por cerca
de 300 empresas de todo o Brasil, e pelas inmeras anlises realizadas para alunos de graduao, psgraduao e professores de instituies de ensino e pesquisa de todo o Brasil (Coordenao: Prof. Jos
Manoel dos Reis Neto).
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
ma de catodoluminescncia.
Pesquisa e Desenvolvimento
Detalhamento estratigrfico do Neoproterozoico da Bacia do So Francisco. O projeto teve como
objetivo a integrao de dados sedimentolgicos, bioestratigrficos e quimioestratigrficos visando aprimorar
o conhecimento da bacia (fig. 30). Foi realizada uma reviso atualizada e integrada da estratigrafia da bacia ao
longo da Serra de So Domingos (Grupos Bambu e Parano), que teve como foco de trabalho a anlise tectonoestratigrficos das sucesses aflorantes, incluindo uma tentativa de estabelecer a equivalncia dessas rochas
com os dados de subsuperfcie publicados (ssmica e poos 1-RC-1-GO e 1-RF-1-MG). Descries petrogrficas
foram feitas em alguns intervalos com o intuito de avaliar as litologias e os intervalos de maior potencial como
reservatrio. A identificao de minerais de argila teve como meta avaliar mudanas de reas-fonte ao longo da
estratigrafia. Determinaes dos istopos 13C, 18O e 87Sr/86Sr foram utilizadas, por se tratar de uma importante ferramenta no estabelecimento das correlaes estratigrficas. Estudos paleontolgicos e palinolgicos
foram feitos na tentativa de ampliar as escassas informaes existentes. Estes resultados foram importantes na
27
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
related to dolomitization.
processo de dolomitizao.
28
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
interpretar fcies e associaes de fcies; levantar perfis estratigrficos verticais representativos; reconhecer
superfcies-chave e sequncias deposicionais; correlacionar sees levantadas nas diferentes bacias; medir
paleocorrentes e interpretar a paleodrenagem continental; reas-fonte e sentidos de incurso marinha,
estabelecendo correlaes geolgicas e configuraes paleogeogrficas para este importante intervalo da
estratigrafia brasileira. Foram tambm amostradas sees de interesse da Petrobras para estudos de micropaleontologia, geoqumica e petrografia, e elaborado roteiro geolgico na Bacia do Araripe para seminrio
de campo (Unesp, Coordenao Prof. Mrio Luis Assine).
de Neuqun, Argentina.
Basin, Argentina.
Microtomografia de raios X para a determinao de propriedades petrofsicas de rochas-reservatrio e determinao computacional de propriedades petrofsicas de rochas-reservatrio. Trata-se
de projetos vinculados que objetivam a obteno de imagens 3D de rochas-reservatrio (fig. 33) com a tcnica de microtomografia de raios X no sistema SkyScan 1172, para serem utilizadas como dados de entrada na
29
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
Caracterizao petrofsica de rochas de baixa permeabilidade. O objetivo desse projeto foi a determinao experimental de propriedades petrofsicas e a caracterizao da estrutura do sistema poroso
(porosidade, distribuio de tamanho de poros e de gros; rea superficial especfica) de rochas de baixa
permeabilidade (fig. 34), tanto capeadoras quanto reservatrios do tipo tight gas sands, permitindo obter
correlaes empricas entre permeabilidade e parmetros da geometria do sistema poroso. Nesse projeto
30
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
tambm foi feita a padronizao dos ensaios experimentais de permeabilidade com a tcnica transient pulse
decay, utilizando o equipamento PDP-200 da Corelab e da tcnica de obteno de isotermas de adsoro/
dessoro, utilizando o equipamento ASAP-2020 da Micrometrics, de modo a se tornarem ensaios de rotina
no Cenpes. Alm disso, foi criado um banco de dados de propriedades petrofsicas das rochas estudadas,
tais como: presso capilar, presso de percolao, altura da coluna de hidrocarbonetos e permeabilidade
absoluta. Nesse projeto, foi realizada uma tese de doutoramento, publicado um artigo na revista Marine and
Petroleum Geology e apresentado um trabalho no 20th International Congress of Mechanical Engineering
(Gramado-RS, 2009) (UFSC, Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).
Caracterizao geolgica e geoqumica de argilominerais contidos no intervalo evaportico
(Formao Ipubi) da Bacia do Araripe. Visa a obteno de dados para auxlio na modelagem de sistemas evaporticos, estudo da origem e a natureza dos depsitos siliciclsticos (folhelhos e argilitos) associados ao intervalo evaportico (fig. 35), com investigao da origem (deposicional e/ou diagentica), das
propriedades e caractersticas fsicas e qumicas dos folhelhos e argilitos encontrados em associao aos
depsitos de gipsita e anidrita da Formao Ipubi. Neste projeto esto sendo realizadas quatro monografias de concluso de curso e uma tese de doutoramento. Foi aprovado um trabalho para ser apresentado
no Congresso Anual da AAPG-2013 e outro j foi apresentado no 46 Congresso Brasileiro de Geologia
(Santos-SP, 2012) (UFPE, Coordenao: Prof. Joo Adauto de Souza Neto).
31
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
podem ser aplicados na caracterizao dos reservatrios do pr-sal das bacias brasileiras. Os sistemas
lagunares do litoral fluminense, incluindo as lagunas Vermelha e Brejo do Espinho, na Regio dos
Lagos, e a Lagoa Salgada, no litoral de Campos, so reconhecidos pela ocorrncia de microbialitos
carbonticos com desenvolvimento de estruturas trombolticas e estromatolticas. As lagunas Vermelha
e Brejo do Espinho fazem parte de um sistema de barreira-laguna em um contexto de litoral tipicamente
retrogradante, associado atual transgresso marinha. Por outro lado, a Laguna Salgada (fig. 37) foi
formada em um contexto de litoral progradante, associado ao complexo deltaico do Rio Paraba do
Sul, onde o suprimento de sedimentos fluviais e as correntes de deriva litornea foram fundamentais
para o avano da linha de costa. O estudo tem por objetivo compreender as modificaes ambientais
(condies paleoclimticas locais e de paleotemperatura e paleossalinidade das guas) que culminaram
com o desenvolvimento destes sistemas lagunares e, particularmente, quais os fatores que levaram
formao dos depsitos carbonticos recentes (UFF, Coordenao: Prof. Cleverson Guizan Silva e UFRJ,
Coordenao: Prof. Joo Graciano Mendona Filho).
modo fluorescncia.
lamellar aspect.
Modelos anlogos para as rochas-reservatrio da Formao Juru (fig. 38). O objetivo deste projeto
foi a parametrizao (dados qualitativos e quantitativos) dos elementos arquiteturais e a caracterizao de
32
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
heterogeneidades deposicionais (superfcies) em escalas macro e megascpica, com nfase nos parmetros
geomtricos de corpos arenosos, sua continuidade e conexo entre camadas e, eventualmente, a distribuio da permeabilidade. A caracterizao de heterogeneidades deposicionais facilita o entendimento da
distribuio de zonas de permeabilidade e barreiras ao fluxo de fluidos. Trabalhou-se com os reservatrios
elicos e fluviodeltaicos dos campos do Rio Urucu e Leste do Urucu (Bacia do Solimes) visando contribuir com a modelagem geolgica destes reservatrios. Para esse estudo foram utilizados afloramentos
anlogos na Bacia do Parnaba, e associada ao projeto foi desenvolvida uma tese de doutorado (UFRN,
Coordenao: Prof. Francisco Pinheiro Lima Filho).
Carbonatos do Brasil (fig. 39). Pesquisa que visa construo do Atlas de Microbialitos do Brasil e
Rochas Carbonticas do Cretceo do Brasil, dentro de uma contextualizao paleoambiental e estratigrfica
em diferentes escalas; reconhecimento e documentao das mais significativas ocorrncias de microbialitos
em rochas carbonticas aflorantes no Brasil (Unesp, Coordenao: Prof. Dimas Dias-Brito).
from the Passa Dois Group in the Paran Basin (PR) and
Diamantina (BA).
33
REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)
de raios X conjugada com processamento e anlise de imagens 2D e 3D. O sistema poroso de reservatrios
no convencionais bastante complexo e composto de, pelo menos, duas escalas espaciais de descrio.
A tomografia uma tcnica no destrutiva, em geral no sendo necessrias preparaes nas amostras, as
quais podem ser fragmentos de formato geomtrico irregular. O Cenpes foi pioneiro no Brasil em adquirir
imagens de sistemas porosos com resoluo espacial da ordem de 1m, utilizando o microtomgrafo Sky Scan
1172, o que se demonstrou adequado para a descrio monoescala de rochas como arenitos limpos. Dada
a importncia da caracterizao dos reservatrios no convencionais, e no sentido de manter a continuidade
de pesquisa nesta rea, a criao do Laboratrio de Tomografia Multiescalar da UFSC/LMPT (Universidade
Federal de Santa Catarina/Laboratrio de Meios Porosos e Propriedades Termofsicas) assume um papel relevante para equiparar o Brasil a outros centros de renome internacional nessa linha de pesquisa. Neste projeto
esto em andamento cinco teses de doutorado e uma dissertao de mestrado. Apresentado um trabalho
no 20 Congresso Brasileiro de Engenharia e Cincia dos Materiais (Joinvile-SC, 2012) (UEL, Coordenao:
Prof. Carlos Roberto Appoloni e UFSC, Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).
5mm
5mm
b
5mm
34
1mm
mostradas em c) e em d).
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
A Regeof tem como proposta de atuao fomentar a realizao de atividades de pesquisa e desenvolvimento na forma de projetos tecnolgicos alinhados s demandas da Petrobras, bem como apoiar a formao de recursos humanos que atendam crescente necessidade de profissionais qualificados em Geofsica.
Gestores: Eduardo Lopes de Faria (2005-2008) e Ricardo Silva Nunes de Bragana (2009- ).
Instituies: IMPA, INPE, ON, PUC-RJ, UENF, UFBA, UFC, UFF, UFPA, UFRN, UFPR, UFRJ, UnB, Unicamp,
USP, UFPE, UFCG, UFES e PUC-RS. (fig. 41).
Infraestrutura
Cluster de computadores Netuno no Ncleo de Computao Eletrnica da UFRJ. Implantou-se um
supercomputador composto de 2.048 ncleos de processamento (fig. 42) e com um total de 4.096 Gbytes
de memria RAM e poder computacional de 16.2 Teraflop/s. O equipamento foi adquirido em conjunto com
a Rede de Modelagem Oceanogrfica do Cenpes. Na data de sua inaugurao (2009), era o maior supercomputador acadmico da Amrica Latina, ocupando ento a posio de nmero 139 no ranking mundial
de supercomputadores. O equipamento destinado realizao de processamento numrico intensivo
comum aos projetos de pesquisa na rea de Petrleo e Gs especialmente os que envolvem processamento
de dados ssmicos, e tem sido utilizado amplamente pelas instituies que compem a Rede de Geofsica
(Coordenao: Prof. Gabriel P. Silva).
35
Figura 42 - Supercomputador
Figure 42 - Netuno
Netuno na UFRJ.
supercomputer at Federal
University of Rio de Janeiro.
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
equipment at Geosciences
de Geocincias da UFRJ.
Laboratrio de Geofsica Computacional (LGC) da Unicamp. Construda em parceria com outras Redes
Temticas no Campus da Unicamp, a nova sede do Centro de Estudos de Petrleo - Cepetro (fig. 44) promoveu uma grande melhoria nas condies para a realizao de projetos de pesquisa do Grupo de Geofsica
Computacional. Incluindo estaes de trabalho (fig. 45), rede de alto desempenho e servidores, promoveu um
significativo aumento da capacidade de processamento de dados ssmicos, beneficiando a pesquisa e desenvolvimento de novos algoritmos com a migrao pr e ps-empilhamento cinemtica e com preservao de
36
amplitude, a converso tempo-profundidade e a utilizao de parmetros CRS para diversas aplicaes tais
como: eliminao de mltiplas, correo esttica residual e obteno de modelos de velocidade por tomografia
ssmica (Coordenao: Prof. Martin Tygel).
Figure 44 - Building of the
Petroleum Studies Center at
(Cepetro) na Unicamp.
Unicamp.
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
de Geofsica Computacional da
Unicamp.
Laboratory of Unicamp.
Figure 46 - Expansion of
do CPGG da UFBA.
37
da UFRN.
38
Figura 48 - Fachada do
Laboratrio de Pesquisa
Aplicada Explorao de
Laboratory at Federal
Petrleo e Gs.
University of Par.
Software Cientfi co e
Laboratory at Norte
Aplicado.
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
Figure 50 - Mini-vibrator
para o Laboratrio de
Aquisio, Processamento e
Laboratory at Federal
Fluminense University.
39
o grupo de Geocincias da
headquarters at Federal
UFF, em construo.
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
Laboratrio de Petrofsica da UFCG-PB. Contempla a adequao do espao fsico bem como a compra
de equipamentos. O projeto tem como objetivo capacitar a UFCG na caracterizao das propriedades petrofsicas de rochas sedimentares e no desenvolvimento de pesquisas relacionadas aquisio, processamento,
modelagem e interpretao integrada de dados petrofsicos. Foram adquiridos uma cmara ultrassnica para
a medio das velocidades de ondas ssmicas em corpos de rocha e sua atenuao (fig. 52), um permoporosmetro (fig. 53) capaz de medir diversas propriedades de corpos de rocha tais como porosidade, superfcie
especfica, alm de diversos equipamentos auxiliares (Coordenao: Prof. Jos Agnelo Soares).
Figura 52 - Cmara ultrassnica
Laboratory at Campina
Grande Federal University.
Figura 53 - Permoporosmetro
Figure 53 - Permoporosimeter
de Petrofsica da UFCG-PB.
Laboratory at Campina
Grande Federal University.
40
6.000
5.900
5.800
5.700
5.600
5.500
5.400
5.300
5.200
5.100
5.000
4.900
4.800
4.700
4.600
4.500
4.400
4.300
4.200
4.100
4.000
3.900
3.800
3.700
3.600
3.500
3.400
3.300
3.200
3.100
3.000
Estao
100
100
200
200
300
300
400
400
500
500
600
600
700
700
800
800
900
1.000
1.100
1.000
900
700
500
200
100
1.000
1.100
70
50
20
10
7
5
2
1
1.200
1.300
1.400
Prof. (m)
Prof. (m)
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
Pesquisa e Desenvolvimento
1.200
1.300
1.400
4.500
4.400
4.300
4.200
4.100
4.000
3.900
3.800
3.700
3.600
3.500
3.400
3.300
3.200
3.100
3.000
2.900
2.800
2.700
2.600
2.500
2.400
2.300
2.200
2.100
2.000
1.900
1.800
1.700
1.600
1.500
1.500
1.400
1.500
Imageamento ssmico pelo mtodo CRS. Projeto objetiva desenvolver algoritmos de extrao de atributos CRS aplicados ao imageamento de dados ssmicos 2D e 3D (fig. 55). Trazendo a ampla experincia do
consrcio Wave Inversion Technology (WIT), o mtodo CRS estudado neste projeto visa melhorar a razo
sinal/rudo e aumentar a banda de frequncia do dado ssmico, o que pode trazer grandes benefcios para a
investigao de reservatrios delgados, principalmente atravs do seu estudo em trs dimenses. Neste projeto foram realizados estudos visando a utilizao do CRS para: a construo de campos de velocidades para
migrao em tempo ps e pr-empilhamento 2D e 3D; a atenuao de estticas residuais e de superfcie em
2D; a construo de sees de AVO/AVA; a identificao e atenuao de mltiplas; a obteno de modelos de
41
3.000
4.000
Xcmp (m)
5.000
6.000
Figura 55
7.000
8.000
0,5
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
Tempo (s)
Figure 55
Stacked section obtained by
1,0
1,5
2,0
2,5
42
por multiatributos.
classification.
Determinao dos parmetros de reservatrios delgados a partir da inverso ssmica multicomponente dinmica. Desenvolvimento de aspectos tericos e prticos para estimativa de parmetros
fsico-geolgicos sob o ponto de vista da teoria da elasticidade (fig. 57), direcionando a implementao
para o processamento de dados ssmicos multicomponentes reais. Foram desenvolvidos procedimentos e
programas de computador para a estimativa das propriedades elsticas de rochas conectadas com parmetros fsicos do reservatrio de petrleo, utilizando sistemas de observao multiondas e multicomponentes. Foram tambm desenvolvidas tecnologias para a determinao de parmetros elsticos em reas
de interesse da Petrobras. Associadas a este projeto de pesquisa, foram defendidas uma tese de doutorado
e uma dissertao de mestrado (UENF, Coordenao: Prof. Viatcheslav Priimenko).
W-A
2.000
2.500
3.000
3.500 Vp
1.000
(m/sec)
1.500
Vs
(m/sec)
1.8
1.9
2.0
2.1
2.2
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
Aprendizagem estatstica aplicada classificao multiclasses em multiatributos ssmicos Kernelsis. Estudo de mtodos baseados em ncleos e mquinas de suporte vetorial para a classificao de
dados ssmicos em reservatrios de petrleo a partir das vrias curvas que descrevem propriedades de rochas
nos poos, guiados ou no pela estratigrafia ssmica em seus diversos atributos (fig. 56). Foi desenvolvido
o software Kernelsis com implementao de multiclasses para determinao de estruturas geolgicas a
partir de dados de poos. O software conta com a implementao de coordenao das estelares de forma
interativa e permite determinar a continuidade estatstica das estruturas geolgicas a partir dos dados ssmicos e de poos. Vinculadas a este projeto de pesquisa foram defendidas duas teses de doutorado (PUC-RJ,
Coordenao: Prof. Geovan Tavares dos Santos).
2.3 ro
(g/cm3)
1.000
1.250
1.500
100
100
100
AB
AB
AB
200
200
200
300
300
300
400
400
400
500
Z (m)
500
Z (m)
500
Z (m)
1.750
2.000
2.250
2.500
2.750
3.000
3.000
3.250
3.250
3.500
3.500
3.750
3.750
modelo delgado.
reservoir model.
43
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
44
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
Foi realizado o desenvolvimento terico e implementao computacional de metodologias para o processamento e inverso de dados ssmicos que incluem um pacote de aplicativos para anlise e filtragem de
dados por meio da transformada de curvelet e implementao da metodologia de inverso de AVO 4D
(componente PP). Foi desenvolvido o fluxo de precondicionamento de dados para inverso de AVO e sua
validao ocorreu por meio de testes utilizando dados ssmicos sintticos e reais aplicado a reservatrio
carbontico. Vinculadas a este projeto de pesquisa, se encontram em realizao trs dissertaes de mestrado (UENF, Coordenao: Prof. Fernando Moraes).
Figura 59
Detalhe de uma seo real
invertida com diferentes
fatores de qualidade Q.
a) Q= e b) Q=110.
Figure 59
Detail of a real data inversion
with two different quality
factors Q.
a) Q= e b) Q=110.
Tcnicas de absoro em contornos artificiais no mtodo das diferenas finitas aplicado propagao de ondas acsticas (fig. 60). Tem como objetivo mapear o estado da arte, implementar e analisar
o desempenho das tcnicas de absoro em contornos artificiais na propagao de ondas acsticas, visando
o desenvolvimento de programas computacionais otimizados, com a considerao de contornos absorventes.
Foi realizado um estudo detalhado das principais tcnicas numricas utilizadas para a simulao da propagao de ondas acsticas, com destaque para o tratamento dado s condies de contorno do domnio
modelado. Como mtodo para implementao computacional foi adotado o das diferenas finitas e estudado o acoplamento deste com o mtodo dos elementos de contorno. As tcnicas ABS, DZ, PML, bem como
suas combinaes, foram implementadas e comparadas, tanto em 2D como em 3D, permitindo um melhor
entendimento dos mecanismos de absoro e sua influncia nas simulaes numricas de propagao de
ondas acsticas. Vinculada a este projeto foi defendida uma dissertao de mestrado (UFF, Coordenao:
Prof. Raul B. Vidal Pessolani).
45
Figura 60
350.000
Comparao da atenuao
300.000
Figure 60
Comparison of attenuation
250.000
Energy
200.000
150.000
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
100.000
50.000
0
500
1.000 1.500
2.000 2.500
Time step
3.000 3.500
4.000 4.500
1,0
1,5
1,0
0,8
de funes radiais.
0,5
0,0
0,0
0,6
0,25
0,5
0,75
1,0
y
0,0
0,25
0,5 x
0,75
1,0
centros
0,4
pts de ajuste
0,2
0,0
0,0
46
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Figure 61
Fitted mesh based on high
gradient values, obtained by
radial functions.
Migrao por extrapolao de ondas em 3D. Objetiva investigar mtodos rpidos para a migrao de
dados ssmicos (fig. 62) usando a equao da onda unidirecional em trs dimenses. Foram desenvolvidos e
Figure 62 - 3D migration
obtained by the RTM-REM
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
Figura 62 - Resultado da
migrao 3D com o mtodo
Figura 63
Simulao da propagao de ondas ssmicas com
malha hbrida.
Figure 63
Simulation of seismic wave
(x,y)=(10;10)
(dx,dy)=(0,02;0,02)
dt=0,01
v2=1,0
v1=2,0
47
testados algoritmos de migrao por deslocamento de fase, migrao por diferenas finitas e migrao por
Fourier FD, todos em trs dimenses. A eficincia computacional e a qualidade das sees migradas foram
comparadas e discutidas. O material produzido tornou-se uma excelente fonte de referncia para os geofsicos
que desejarem se aprofundar no assunto e de interesse direto para a Petrobras. Merece destaque a construo
de um operador de diferenas finitas implcito com srie de Pad complexa, com splitting em quatro direes
e correo de Li. Associadas a este projeto, foram realizadas uma tese de doutorado e duas dissertaes de
mestrado, e uma tese de doutorado e uma dissertao de mestrado se encontram em andamento (Unicamp/
UFBA/UFPA, Coordenao: Profs. Joerg Schleicher, Reynam Pestana e Jess Costa).
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)
48
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
Infraestrutura
Laboratrio ThoMSon do Instituto de Qumica da Unicamp. Inclui a aquisio e instalao de equipamentos tais como um espectrmetro de massas de altssima resoluo (ESI-FT-MS) (fig. 65), utilizado para
o desenvolvimento de mtodos analticos rpidos e eficientes de caracterizao de petrleo bruto e derivados
(Petrolemica). Em meados de 2009 o processo de instalao e calibrao dos equipamentos foi concludo e a
49
partir de ento foi dado incio s pesquisas e ao desenvolvimento metodolgico para as anlises de amostras
de petrleo, o que contribuiu para que o Laboratrio ThoMSon tenha se tornado uma referncia mundial em
espectrometria de massas. Os significativos e inovadores resultados analticos ali obtidos esto sendo utilizados
em projetos para obteno de novos parmetros para a caracterizao geoqumica de origem, maturao e
biodegradao do petrleo (Coordenao: Prof. Marcos Eberlin).
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
50
da Unicamp.
Laboratrio de Palinofcies da UFRJ. Ampliao e adequao da infraestrutura e aquisio de micropirolisador a laser acoplado a GC-MS, visando a implantao de novas tcnicas analticas para determinar a composio de partculas orgnicas microscpicas presentes em rochas geradoras (fig. 68). Os resultados potenciais
deste laboratrio traro um melhor conhecimento sobre o comportamento composicional dos asfaltenos e dos
biomarcadores ocludos em suas estruturas, de acordo com a variao do ambiente deposicional, do tipo de
querognio e do grau de evoluo trmica da rocha geradora (Coordenao: Prof. Joo Graciano Mendona Filho).
Figura 68 - Laboratrio de
Figure 68 - Palynofacies
Palinofceis e Petrografia
Orgnica da UFRJ.
Laboratory at Federal
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Qumicas, Biolgicas e Agrcolas (CPQBA). Infraestrutura renovada, com implementao dos novos laboratrios da Diviso de Recursos Microbianos (DRM) e da Coleo
Brasileira de Micro-Organismos de Ambiente e Indstria (fig. 67). Com as novas instalaes, esta coleo
ser ampliada e a DRM-Unicamp est caminhando para se tornar um Centro de referncia na rea biolgica
no pas (Coordenao: Profa.Valria Merzel).
51
Figura 69
Laboratrio de Geoqumica
Orgnica do Lenep (UENF).
Figure 69
Organic Geochemistry
Laboratory at Norte
Fluminense State University.
Laboratrio de Geoqumica Orgnica da UFRGS. Ampliao e adequao da infraestrutura de laboratrios e aquisio de reator Parr (fig. 70), analisador elementar, CG (ionizao por chama/ condutividade
trmica) e GC-MS, com enfoque em estudos de hidropirlise. Este laboratrio tem potencial para realizar
investigaes na caracterizao avanada de rochas geradoras, contribuindo ao entendimento dos sistemas
petrolferos das bacias brasileiras (Coordenao: Prof. Wolfgang Kalkreuth).
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
geradoras. Laboratrio de
Geochemistry at Federal
Geoqumica Orgnica do
Instituto de Geocincias da
do Sul.
UFRGS.
52
do Cetem.
Centro de Istopos Estveis da Faculdade de Geologia da UERJ. Ampliao e adequao da infraestrutura de laboratrios e aquisio de CG, GC-IRMS e analisador elementar (fig. 72), para ampliar a capacitao em anlises isotpica de carbono em compostos especficos e determinao isotpica de carbono
e nitrognio em extratos de rochas e leos. Tais anlises tm importncia em estudos estratigrficos e de
paleoambientes deposicionais, alm de auxiliar na caracterizao avanada de leos e de rochas geradoras
(Coordenao: Prof. Ren Rodrigues).
Figura 72 - Cromatgrafo
gasoso no Laboratrio do
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
da UERJ.
53
Figura 73
Laboratrio de Fsica Nuclear da
UFBA. a) Analisador Picarro.
b) Amostrador automtico de
H para espectrmetro de massa
de razo isotpica.
Figure 73
Nuclear Physics Laboratory at
Federal University of Bahia.
a) Picarro Analyzer. b) Automatic
H sampler to isotope ratio mass
spectrometer.
Figure 74 - Laboratory of
Isotope Geochemistry at
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
de istopos de O, C, N, S e H.
Laboratrio do Instituto de Qumica da UFF (fig. 75). Instalao e aparelhamento de laboratrios isentos de possibilidade de contaminao de materiais, para quantificao de hidrocarbonetos em
Figura 75 - Laboratrio de
Figure 75 - Organic
Geoqumica Orgnica da
Geochemistry Laboratory
at Fluminense Federal
University.
de fluorescncia.
54
amostras de sedimentos marinhos coletadas por piston core e de superfcie. Aquisio de CG, GC/MS e
espectrofotmetro de fluorescncia. Tal laboratrio de grande importncia para atuar como infraestrutura
de ponta em pesquisas geoqumicas de fluidos e de rochas/sedimentos (Coordenao: Profa. Ktia Leal).
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
Laboratrio de Geoqumica Orgnica do Departamento de Qumica da UFPI. Ampliao e adequao da infraestrutura e aquisio de LC-MS/MS, GC-MS/MS, GC-MS (headspace) e GC/MS-TOF, objetivando
capacitar este ncleo na caracterizao de biomarcadores por tcnicas avanadas de anlise em Geoqumica
(fig. 76). Esta estrutura laboratorial tem importncia estratgica e de capacitao para a Regio Nordeste
do pas, visando tambm fixar pesquisadores naquela rea pela oferta do estado da arte em infraestrutura
analtica (Coordenao: Prof. Jos Arimatia Lopes).
University of Piau.
Pesquisa e Desenvolvimento
Monitoramento de exsudaes e derramamentos de leo no Golfo do Mxico atravs de imagens de satlites (fig. 77). Este projeto teve como principal objetivo o estabelecimento das bases cientficas
55
para a definio de novas fronteiras exploratrias na margem continental brasileira a partir da utilizao de
imagens de radar na deteco de exsudaes naturais de leo em rea previamente conhecida. (UFRJ/Coppe,
Coordenao: Prof. Fernando Pellon de Miranda).
Figura 77 - Imagem Radarsat
do Mxico.
of Mexico.
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
Figure 78
a) Analytical Chemistry
(2010), with the publication
of the first results of research
with the use of the ESI-FT-ICR
MS and b) at Campinas State
University.
56
de referncia na rea de Qumica Analtica. Estes estudos vm sendo realizados em parceria entre a
Unicamp e a Gerncia de Geoqumica do Cenpes. Neste projeto, objetivou-se o estabelecimento de
ferramentas de predio da origem e da evoluo trmica de petrleos a partir do conhecimento da
composio detalhada de seus compostos polares. Alm destas tcnicas analticas, foi necessrio o
desenvolvimento de um aplicativo computacional, o PetroMS, que superou os limites tecnolgicos de
softwares comerciais utilizados at ento. Deste projeto resultaram vrias publicaes em peridicos
cientficos tanto nacionais quanto no exterior, alm da formao acadmica de seis Doutores e de um
Mestre (Unicamp/IQ, Coordenao: Prof. Marcos Eberlin).
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
na Unicamp.
57
Figure 80
Palynofacies and Organic
Geochemistry Laboratory at
Federal University of Rio de
Janeiro. Thermal maturation of
sedimentary sequences studies.
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
58
Aplicao da tcnica de CG-Bidimensional, com detector por tempo de voo, no estudo de sistemas petrolferos brasileiros. Projeto tem como objetivo uma maior resoluo analtica do sistema de
CGxCG-EM (fig. 82). Estas anlises permitem o mapeamento de famlias de compostos caractersticos para
situaes geolgicas particulares, aumentando o potencial da tcnica. Alguns leos j analisados por esta
tcnica, como por exemplo os da Bacia do Recncavo, forneceram novas informaes geoqumicas que aprimoraram o entendimento do sistema petrolfero daquela rea (UFRJ/IQ, Coordenao: Prof. Francisco Radler).
Figura 82
Tcnica de GCxCG
(Bidimensional Abrangente).
Detector por tempo de vo.
30
2.4
30
Figure 82
#2.262
1.9
3,4
28
3,
3
1.7
30
3.4
30
2.9
#9.422
3.
4,4
28
4,
30
2.2
30
3.2
5,4
28
5,
30
2.7
730
Bidimensional gas
chromatography technique
with ight time detector.
6,3
5,3
4,3
4,5
40
3
3
4,0
00
1.6
40
#2.972
1.7
3,3
3,5
#3.354
3.7
40
2.7
5,3
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
,0
3 5
5,5
00
3.6
0
.60
5,2
6
4,2
6
2
00
1.6
30
3,3
3,2
#1.134
4,3
00
3.6
0
.60
30
2.2
3
2.7
1.7
30
3.2
30
3.7
#5.593
Figure 83 - Salinity
geoqumicos de salinidade
geochemical analytical
profiles of a formation
Geoqumica Inorgnica em
59
cuja caracterizao dificultada pela sua matriz complexa. Contudo, devido ao grande volume de gua
produzida durante a extrao do petrleo, o estudo de seus constituintes se torna fundamental para um
descarte adequado. Para isso, o emprego de tcnicas analticas que possam auxiliar na determinao dos
constituintes destas guas se torna importante, pois permite uma melhor caracterizao da toxicidade
das mesmas (UFF/IQ, Coordenao: Prof. Ricardo Santelli).
Espectroscopia Raman aplicada determinao de composio de incluses fluidas aquosas em
rochas sedimentares de sistemas petrolferos. Este projeto mede a concentrao de metano em incluses
fluidas aquosas de rochas de bacias sedimentares, com vistas modelagem de sua histria evolutiva (fig. 84).
O efeito de disperso Raman consiste em colises inelsticas vibracionais entre molculas poliatmicas ou
grupos moleculares que causam mudanas de energia em um feixe de laser monocromtico interagindo com
fluidos. A tcnica permite a identificao molecular, in situ, no destrutiva, de compostos minerais ou orgnicos.
O projeto contempla dois objetivos distintos: determinar por microscopia Raman a concentrao de CH4 em
incluses fluidas aquosas, contemporneas ou no a incluses de petrleo, presentes em minerais diagenticos;
e determinar por microscopia Raman a presena e a concentrao de CO2, CH4 H2S, N2 e outras molculas em
incluses fluidas aquo-carbnicas contemporneas ou no a incluses de petrleo, encontradas em minerais
diagenticos (MCTI/Cetem, Coordenao: Dr. Reiner Neumann).
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
60
sio isotpica de H e O de
composition of a formation
Recncavo, BA.
Basin, NE Brazil.
Anlise isotpica de carbono (13C) de hidrocarbonetos leves (C1 a C 4) em baixas concentraes (menos de 1.000ppm). Desenvolvimento de um mtodo analtico em que esses compostos
so investigados com o emprego de criogenia, onde o nitrognio lquido utilizado para o aumento
das concentraes relativas desses hidrocarbonetos antes da determinao isotpica. Os valores de 13C
obtidos, principalmente os relativos ao metano de alguns poos, foram comparados queles obtidos
na Geoqumica do Cenpes, que analisou os gases oriundos de testes PVT, presentes em concentraes
mais elevadas. Os valores so muito prximos, o que motivou o envio, PUC-RJ, de amostras de gases
oriundos de incluses fluidas, tambm presentes em concentraes mais baixas. De forma anloga, testes comparativos foram feitos em alguns poos e os resultados foram considerados timos, da mesma
ordem de grandeza dos resultados armazenados no banco de dados da GEOQ. Isso pode trazer uma
srie de informaes novas sobre determinadas reas de estudo de bacias sedimentares brasileiras, nas
quais j no esto disponveis gases produzidos em testes mais antigos. As pesquisas so realizadas em
equipamentos de ltima gerao como os espectrmetros mostrados (fig. 86) (PUC-RJ, Coordenao:
Profa. Angela Wagener).
da PUC-RJ.
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
tcnica permitiu identificar a presena de gua de injeo e a da gua do reservatrio, em diferentes poos
amostrados (UFBA/IQ, Coordenao: Prof. Antonio Expedito Azevedo).
61
Figure 87 - Bitumem-filled
cavities developed on
neoproterozoic carbonates.
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
Produtividade na ressurgncia costeira de Cabo Frio: interao atmosfera - hidrosfera (fig. 88).
O projeto Ressurgncia se divide em trs subprojetos, que atuam multidisciplinarmente visando a
62
compreenso integrada das interaes atmosfera-hidrosfera-biosfera-geosfera, cujo propsito caracterizar os parmetros fsicos, qumicos, biolgicos e geolgicos que atuam na ressurgncia da Regio
de Cabo Frio, RJ. O objetivo do subprojeto UFRJ/Coppe investigar o comportamento de parmetros
ambientais em regime climtico e no climtico na plataforma continental de Cabo Frio, atravs de sensoriamento remoto e modelagem oceano-atmosfera. Recentemente, foi adquirida nova antena de aquisio
de dados disponibilizados pela European Organisation for the Exploitation of Meteorological Satellites
(EumetSat). Em termos acadmicos, dois alunos de iniciao cientfica, um mestrando e um doutorando
realizam pesquisas vinculadas a este projeto (UFRJ/Coppe, Coordenao: Prof. Audlio Torres Jr.).
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
63
diferentes estados de preservao. O uso de proxies, como a razo entre espcies de foraminferos planctnicos (G. ruber e G.bulloides - razo Gr:Gb), possibilitou a reconstituio do potencial de ressurgncia ao
longo dos ltimos 13 mil anos na Regio de Cabo Frio. As inter-relaes da presena das guas Centrais do
Atlntico Sul (ACAS) com o paleoclima local, regional e at global tem sido consideradas. Como formao
de recursos humanos, at o momento existem cinco doutoramentos em andamento, trs dissertaes de
mestrado concludas e sete em andamento, com nove bolsistas e 21 estudantes de iniciao cientfica. Mais
de 80 artigos j foram submetidos e publicados em revistas especializadas e em eventos cientficos (UFF/IQ,
Coordenao: Profa. Ana Luiza Alburquerque).
REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)
de palinomorfos e resultados analticos das esterases e desidrogenases obtidas a partir dos sedimentos.
64
REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)
logia Aplicada.
Infraestrutura
Projeto de infraestrutura laboratorial no Departamento de Geologia da UFPE. Objetiva a capacitao da Universidade para a realizao de pesquisas e estudos em Micropaleontologia. O projeto possibilitou
65
Figure 92 - Paleontology
tolgicas do Departamento de
preparation at Geology
Geologia da UFPE.
Department, Federal
University of Pernambuco.
REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)
Figure 93 - Building of
Micropaleontologia do ITT
the Micropaleontology
Fssil da Unisinos.
66
Parque Paleontolgico da Bacia de Itabora-RJ, iniciativa UERJ. Apoio estruturao dos laboratrios do Parque de Itabora, visando capacitao de pesquisadores (alunos e professores) para pesquisas,
testes e estudos em paleontologia, petrografia e sedimentologia, assim como a preservao e divulgao
sociedade do patrimnio geolgico e paleontolgico da Bacia de Itabora (Coordenao: Profa. Maria
Antonieta Rodrigues).
Pesquisa e Desenvolvimento
REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)
Radiolrios da margem continental brasileira. Estudos taxonmicos (fig. 94) de radiolrios e silicoflagelados (microfsseis silicosos utilizados na datao de bacias de todo o globo), visando a elaborao
Albiano-Maastrichtiano.
67
REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)
68
REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)
apresentou resultados satisfatrios em comparao com o mtodo padro (perxido de hidrognio). Esta
tcnica consiste no pr-tratamento da amostra com cido sulfrico (cido forte) seguido do cido actico
(cido fraco) (Unisinos, Coordenao: Prof. Gerson Fauth).
Micropaleontologia das bacias do Amazonas e Solimes. Refinamento biocronoestrtigrfico da
seo pensilvaniana-permiana com base em palinologia, conodontes e foraminferos (fusulinceos e pequenos foraminferos), com o objetivo de determinar um biozoneamento operacional e internacionalmente calibrado da seo neopaleozoica destas bacias. Poos da Bacia do Acre foram analisados para complementar
a datao e correlao da sequncia eopermiana, em face de seu carter marinho mais franco, visto que se
originaram de oeste as transgresses permianas que afogaram as bacias do Solimes e Amazonas, ambas
mais proximais nesse sentido. Para a Bacia do Amazonas os resultados permitem a construo de um novo
palinozoneamento, em parte refinando e em parte substituindo as biozonas de misporos existentes. Na Bacia
69
REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)
sudoeste do Brasil.
do Solimes, estas ltimas tm revelado aplicabilidade restrita, devendo ser em grande parte substitudas
pelo novo zoneamento, atualmente em elaborao. Os biozoneamentos independentes de fusulinceos e
pequenos foraminferos foram mantidos, e de forma integrada, so utilizados atualmente na Petrobras. Eles
se encontram em fase de detalhamento no mbito do projeto, devendo ser estendidos a outras sees de
poos das bacias do Amazonas e Solimes, no investigadas anteriormente. Alm disso, esto sendo realizadas buscas pioneiras por microfauna marinha na sequncia marinha eopermiana (Sakmariano-Artinskiano)
das bacias do Amazonas e Acre. Os estudos de conodontes demonstram sua maior aplicabilidade em sees
carbonticas pensilvanianas aflorantes nas bordas da Bacia do Amazonas, onde possvel coletar grande
volume de material rochoso (UFRGS, Coordenao: Prof. Paulo Alves Souza).
Projeto Magnetoestratigrafia. Estudos de intensidade do campo magntico em sees sedimentares brasileiras e calibrao da curva de paleointensidade relativa para o perodo calmo do Cretceo (Aptiano-Albiano)
visando o aprimoramento das correlaes estratigrficas em escala global de sees depositadas neste perodo,
atravs do estudo da paleointensidade relativa do campo magntico terrestre em sees sedimentares do Brasil e
70
da Itlia. Na primeira fase, mais de 4.500 amostras foram coletadas ao longo de um testemunho italiano de referncia para o Perodo Aptiano e Albiano, com resoluo estimada de 3 mil anos. Na poro basal do testemunho
foi identificada a reverso M0. Mais de 900 amostras tambm esto sendo preparadas para quimioestratigrafia e
microbioestratigrafia, que calibraro as curvas de paleointensidade magntica. Ao final do projeto, esta ferramenta
magnetoestratigrfica ser diretamente aplicada na correlao estratigrfica de alta resoluo dos reservatrios
de HC do Aptiano e Albiano brasileiros (USP/IAG, Coordenao: Prof. Ricardo Trindade).
Projeto Ediacarano. Estudo focado na construo do arcabouo biocronoestratigrfico do perodo Ediacarano
brasileiro atravs do aprimoramento e desenvolvimento de tcnicas de preparao de amostras micropaleontolgicas adequadas (fig. 97). Quatro tcnicas esto sendo testadas e aprimoradas, tendo-se recuperado microfsseis
mineralizados e orgnicos de aproximadamente 40 micrmetros nos grupos Parano, Bambu e Corumb, que
se assemelham a gneros encontrados na China e Austrlia. Alm da micropaleontologia, tambm esto sendo
empregados estudos sistemticos de sedimentologia, mineralogia, quimioestratigrafia e biomarcadores, que suportaro as interpretaes paleoambiental e estratigrfica. O resultado final deste projeto diretamente aplicado
explorao de novas fronteiras em bacias proterozoicas brasileiras (UnB, Coordenao: Prof. Detlef Walde).
Figura 97
Testes metodolgicos de
preparao e recuperao de
microfsseis em amostras do
Ediacariano do Brasil.
Figure 97
Preparation and recovering of
microfossils methodological
tests on Ediacarian rock
REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)
Biocronoestratigrafia das sequncias Rifte e Ps-Rifte da Bacia de Pernambuco. Estudos taxonmicos e bioestratigrficos com base em diversos grupos de microfsseis (palinomorfos, ostracodes, foraminferos planctnicos e bentnicos) das sees rifte e ps-rifte da Bacia de Pernambuco, visando construo
de arcabouo biocronoestratigrfico operacional e o melhor entendimento do preenchimento sedimentar da
bacia, alm da formao de uma equipe de especialistas em micropaleontologia em universidade do nordeste
brasileiro (UFPE, Coordenao: Prof. Mario Lima Filho).
71
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
de Bacias.
Infraestrutura
Laboratrio de Traos de Fisso no LGI-UFRGS. O mtodo dos traos de fisso (TF) considerado
uma ferramenta bastante til para estabelecer histrias trmicas de baixa temperatura (< 200 oC) das rochas
em diferentes contextos geolgicos. Entre os diversos geotermocronmetros minerais disponveis, o mtodo
TF utiliza minerais como apatita e zirco. As reas de atuao do mtodo de termocronologia por traos de
fisso em geocincias so mltiplas, variando desde a obteno de idades de litologias relacionadas a episdios
72
vulcnicos, at a estimativa de denudao, a partir dos modelos de histria trmica fornecidos pelos dados TF.
Este projeto de infraestrutura visa equipar o Laboratrio de Traos de Fisso do LGI/UFRGS com um sistema
completo de contagem automtica de traos de fisso Autoscan (fig. 99) e substituir o atual sistema manual
para atender, de forma mais rpida e precisa, a projetos de pesquisa que requeiram informaes a respeito
da histria trmica de bacias sedimentares e do embasamento adjacente. O reconhecimento e a contagem
automticos dos traos de fisso implicam uma reduo significativa do tempo de aquisio de dados (em
85%, em relao aquisio manual de acordo com Autoscan System Pty) e elimina as possibilidades de
erros instrumentais aleatrios ou devidos ao fator humano (Coordenao: Profa. Maria Lidia M. Vignol).
Laboratrio de Tectonofsica
da USP: modelo numrico
sinttico para a evoluo
tectonossedimentar de uma
margem divergente desde o
incio do rifteamento.
Figure 100
Example of a product from
the USP Tectonophysics
Laboratory: synthetic
numerical model of the
tectono-sedimentary evolution
of a divergent margin since the
rifting initiation.
73
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
Pesquisa e Desenvolvimento
Fluxo de calor e distribuio vertical da produo de calor no embasamento adjacente e no interior da Bacia de Sergipe-Alagoas. Os principais objetivos do projeto so obter o mapa de fluxo trmico
para a regio do embasamento adjacente e na Bacia de Sergipe-Alagoas; a construo de mapa de espessura
litosfrica desta mesma rea; e o desenvolvimento de modelos para a distribuio vertical da taxa volumtrica
74
de produo de calor radiognico nos vrios domnios que compem o embasamento analisado (fig. 102)
(UFBA/UFRN, Coordenao: Prof. Roberto M. Argollo).
Figura 102
38 O
37 O
36 O
35 O
radiognico no embasamento
dos domnios geotectnicos
5,5
Bacia Sergipe-Alagoas.
Sub-bacia de
Alagoas
10 S
4,5
10 S
Figure 102
3D image of the radiogenic
3,5
2,5
1,5
Aracaju
11 S
tic
0,5
no
ea
Oc
Sub-bacia de
Sergipe
At
ln
11 S
Viso 3D da distribuio da
taxa de produo de calor
A (W m3)
6,5
12 S
12 S
38 O
37 O
36 O
35 O
Fluxo de calor, produo de calor e estrutura termal crustal do segmento norte da Provncia
Borborema: determinao de modelos de geotermas para a regio, estimativa da contribuio do calor
radiognico na crosta (fig. 103) e determinao da contribuio do fluxo de calor do manto, atravs da
Figura 103
Aparato para medio de
condutividade trmica em
amostras fragmentadas e de
testemunhos.
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
Figure 103
Thermal conductivity
measuring equipment for
fragmented samples and cores.
75
medida do fluxo trmico na superfcie. Os modelos obtidos serviro para buscar uma representao em
mapa, da distribuio do fluxo de calor nos domnios que constituem o embasamento das bacias sedimentares adjacentes (UFRN/UFBA, Coordenao: Prof. Fernando A. P. L. Lins).
Modelagem paleogeogrfi ca e paleoclimtica da abertura e evoluo do Atlntico Sul
(Paleoprospec II). O projeto visa o desenvolvimento de modelos numricos que simulem a evoluo
paleogeogrfica, paleoclimtica e paleoceanogrfica do Atlntico Sul, com nfase na probabilidade de
estabelecimento de condies favorveis deposio e preservao de sedimentos ricos em matria
orgnica no espao e no tempo, e consequentemente, na predio de ocorrncia de potenciais rochas
geradoras de petrleo no tempo presente. O projeto compreende o desenvolvimento de aplicativo que
permite avaliar a cinemtica da abertura do Atlntico Sul (fig. 104) integrando dados estratigrficos de
toda a margem brasileira em diferentes escalas de resoluo temporal e espacial. A integrao do comportamento do oceano e do clima ao longo deste tempo com as variaes topogrficas do continente
e da geometria da bacia ocenica permitir identificar os loci de maior potencialidade para acumulao
de matria orgnica e zonas de maior aporte preferencial de material terrgeno para as guas profundas
(PUC-RS, Coordenao: Prof. Paulo H. L. Fernandes).
Figura 104
Reconstituio cinemtica
da abertura do Atlntico Sul
durante o Aptiano segundo
as hipteses de Muller et al.
2008 (em vermelho) e Moulin
et al. 2010 (em tons de verde
para Amrica do Sul e amarelo para frica) feita atravs
de modelo esquemtico de
movimentao de subplacas.
Figure 104
Kinematic reconstruction of
the South Atlantic opening
during Aptian times,
according to the proposals of
Muller et al., 2008 in red,
and Moulin et al., 2010 in
green (for South America),
and yellow (for Africa), both
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
76
Novas abordagens de imageamento no invasivo da arquitetura interna de depsitos sedimentares gerados em tanques de simulao hidrulica. Pesquisa de diferentes formas de imageamento de
correntes de turbidez geradas em laboratrio e seus depsitos (fig. 105). Sero investigados diferentes tipos de
onda mecnicas e eletromagnticas assim como novas tcnicas de aquisio e processamento. Resultados
promissores j foram alcanados, para diferentes tipos de visualizaes, com tomografia de raios X e mtodos
eletromagnticos. Associadas s tcnicas de visualizao, esto sendo realizadas investigaes de materiais para
as simulaes fsicas, do ponto de vista do material das partculas propriamente ditas (carvo, slica, polmeros
diversos), como tambm da incorporao de traadores nas partculas, de modo a facilitar a visualizao das
correntes e seus depsitos (PUC-RS/UFRGS, Coordenao: Profa. Ana Maria Marques da Silva).
Figura 105
Reconstituio tridimensional
das superfcies internas de
um depsito de um tanque
de modelagem fsica obtida a
partir de imagens de raios X.
Figure 105
Tridimensional reconstruction
of the internal surfaces of a
physical modeling tank deposit
obtained by X-ray imaging.
Modelagem tectnica direta. O objetivo deste projeto desenvolver um modelo computacional numrico direto (forward) da litosfera considerando seus componentes rpteis e dcteis (fig. 106), de forma
a simular o comportamento mecnico e a deformao da litosfera durante o processo de estiramento e
ruptura continental, respeitando as propriedades fsicas dos materiais e as condies geolgicas de tempo,
Figura 106
Modelagem numrica da
= 0C1
= 0,0003C1
litosfrico e a formao de
ombreiras do rifte.
Figure 106
= 0,003C1
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
= 0,006C
77
presso e temperatura. O projeto visa tambm integrar as diferentes etapas de modelagem dentro de um
nico ambiente computacional. O principal motivador desse desenvolvimento o interesse em modelar os
fenmenos geolgicos que ocorrem ao longo da extenso litosfrica, os quais incluem: estiramento da crosta superior, falhas de descolamento na crosta inferior, e a possvel exumao do manto litosfrico (PUC-RJ,
Coordenao: Prof. Mrcio R. de Santi).
Modelagem termomecnica 3D da litosfera aplicada evoluo de bacias sedimentares. Visa o
desenvolvimento de ferramentas numricas para simulao da evoluo termo-mecnica da litosfera em um
ambiente extensional. Trata-se de dois simuladores acoplados a modelos flexurais de isostasia. O primeiro
mdulo numrico o de descompactao (backstripping) 3D, que tem por objetivo determinar mapas de
espessura elstica e de estiramento litosfricos, assim como a evoluo geomtrica dos horizontes ssmicos/
estruturais ao longo da histria da bacia. J o outro mdulo busca, a partir de uma calibrao com a geometria atual do embasamento e da crosta terrestre, simular a evoluo completa, em escala litosfrica, de
uma bacia em ambiente extensional, aprimorando os clculos de fluxo trmico para fins de modelagem de
sistemas petrolferos (fig. 107) (UFRJ-Coppe/USP, Coordenao: Profa. Jaci M. B. Guigon).
0 Ma
115,5 Ma
BACKSTRIPPING FLEXURAL 3D
Topografia (m)
4.000
2.500
1.000
500
2.000
75 Ma
109,5 Ma
Temperatura (C)
0
100
200
300
400
45
60
ETT (km)
0
0 Ma
15
30
115.5 Ma
Topografia (km)
8
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
MODELO DIRETO
EVOLUO DA MARGEM
6 5
4 3
Deslocamento vertical em
relao a 0 Ma (m)
0
1.000
2.000
3.000
4.000
78
Modelagem numrica dos processos e padres diagenticos e seu impacto sobre a qualidade
e heterogeneidade de reservatrios. Desenvolvimento de cdigos numricos e sistemas computacionais integrados para modelagem numrica da origem e evoluo diagentica de reservatrios, visando
caracterizao e previso de qualidade e heterogeneidades. Estes sistemas simulam as condies geoqumicas das reaes diagenticas, baseados nos parmetros que controlam as reaes entre fases minerais,
fases aquosas e condies de fluxo de fluidos dentro dos reservatrios. A performance da simulao
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
ps-sal das bacias costeiras brasileiras. O modelo matemtico a ser reproduzido em computador dever resolver
as equaes de Navier-Stokes que regem o escoamento de fluidos acoplada s equaes de convecodifuso para o transporte dos sedimentos. O conjunto de equaes completado por um modelo de turbulncia denominado large eddy simulation (LES), em que as grandes escalas so resolvidas numericamente, e a
escala subgrid modelada matematicamente. A soluo numrica obtida pelo mtodo dos elementos finitos.
O cdigo completamente paralelo, e est sendo desenvolvido para rodar em supercomputadores. O objetivo
poder estudar uma srie de processos que impactam a distribuio dos turbiditos (fig. 108). No que se refere
escala exploratria, h o exemplo da dinmica da disperso de areias numa regio costeira e formao de
fluxos hiperpicnais. Na escala do reservatrio, existe o caso das geometrias geradas pelas diferentes caractersticas hidrodinmicas das correntes, bem como a partio espao-temporal das diferentes classes granulomtricas
das areias (UFRJ-Coppe/PUC-RS, Coordenao: Prof. lvaro L. G. A. Coutinho).
79
ocorre de forma iterativa e sequencial entre mdulos: os mdulos de fluxo de fluidos e de calor simulam
a distribuio de massa e calor durante a evoluo diagentica em configuraes de malha 2D e 3D; e o
mdulo de trajetria de reao modela os processos diagenticos volumetricamente significantes, reconhecidos atravs da caracterizao petrolgica dos reservatrios. A distribuio de temperatura obtida
pela soluo da equao de conduo de calor. A formalizao matemtica das equaes do mdulo
de fluxo considera a densidade do fluido e a mudana nos valores de entalpia, sendo possvel captar a
influncia e os efeitos de estruturas de sal e da distribuio anmala de calor. O mdulo de trajetria de
reao fornece a composio do fluido pela soluo das reaes termodinmicas e cinticas entre solutos e fases minerais. As interfaces de visualizao so utilizadas para inicializao e acompanhamento
das simulaes, mostrar diagramas das variaes de cada fase mineral (primria e autignica), mudanas
dinmicas na distribuio de entalpia (temperatura), composio de fluidos, padres de fluxo, e propriedades de reservatrios em perspectiva 2D e 3D (fig. 109). O resultado esperado um conjunto de sistemas integrados que auxiliem na compreenso da evoluo diagentica e na previso da qualidade dos
reservatrios atravs da simulao parametrizada e visualizao dos processos diagenticos e padres de
fluxo de fluidos (UFRGS/PUC-RS, Coordenao: Profa. Mara Abel).
Figura 109
Padres de distribuio da
1,0
0,9
0,00017
0,7
0,00013
0,6
0,5
8,6e05
0,4
onde no h movimento do
fluxo (em azul).
Figure 109
0,3
8,3e05
0,2
0,1
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
80
0,8
0,0
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
Tambm como haver a caracterizao das propriedades reolgicas das misturas a serem ensaiadas para
definir o limiar reolgico dos fluxos newtonianos e no newtonianos. Essa diviso importante para
separar os que classicamente conhecemos como correntes de turbidez e fluxos de detritos, trazendo novas
perspectivas de interpretao de depsitos naturais potenciais para reservatrios de hidrocarbonetos.
Os resultados esperados desse projeto de pesquisa, de forma geral, so contribuir para o entendimento
das relaes de transporte e deposio das correntes de turbidez, no caso, aliando as suas propriedades reolgicas e hidrodinmicas com os resultados gerados (depsitos) e posteriormente extrapolar
os resultados para os fluxos naturais, propondo uma evoluo do modelo de fluxo/depsito turbidticos
(UFRGS, Coordenao: Prof. Rafael Manica).
Figura 110
Espectros de reologia apre-
2,5% 5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
Cvol
tacionais de sedimentos em
10
20
30
Figure 110
40
50
60
70
80
90
100
Limiar reolgico
No Newtoniano
Modelagem numrica de processos tectnicos, sedimentares e erosivos com aplicao em margens divergentes. O projeto desenvolve aplicativos computacionais que permitem simular processos tectnicos
de ruptura da litosfera continental, sua resposta trmica e flexural acoplada a processos superficiais erosivos e
de transporte de sedimentos (fig. 111). Nos ltimos anos, dois aplicativos foram desenvolvidos para o estudo
da evoluo de margens divergentes pelo grupo associado a este projeto. No primeiro tipo o estiramento da
litosfera perturba o estado trmico da crosta e manto, modifica a superfcie atravs de falhas e reorganiza a
distribuio de cargas sobre a litosfera. A variao de temperatura na litosfera resulta em variao de densidade,
criando esforos verticais que so compensados pelo movimento isosttico e flexural da litosfera. Os processos
superficiais induzem esforos verticais na litosfera atravs da eroso, transporte e deposio de sedimentos.
Em resposta a estes esforos, a flexura da litosfera modifica a topografia e, consequentemente, a evoluo dos
processos superficiais. Uma vantagem deste modelo em relao a outros publicados na literatura considerar
a evoluo da margem desde a fase rifte. Desta forma pode-se entender como os diferentes processos da quebra da litosfera moldam a topografia da margem. O segundo aplicativo desenvolvido usado para estudar a
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
Argila
Newtoniano
81
histria de exumao das rochas a partir dos resultados do modelo direto. Com este modelo possvel traar
a histria trmica de partculas de rocha e calcular a idade aparente para diferentes geocronmetros. Neste
projeto, que est sendo iniciado, ser dada nfase modelagem numrica da evoluo da parte emersa da
margem continental nos segmentos sudeste (bacias de Santos e Campos) e nordeste (Bacia Potiguar) (USP-IAG,
Coordenao: Dr. Vitor Sacek).
Figura 111
Modelos numricos de processos tectnicos de ruptura
da litosfera continental, com
sua resposta trmica e flexural acoplada a processos
superficiais erosivos e de
transporte de sedimentos.
Figure 111
Numerical models of
continental lithosphere
rupturing tectonic processes,
with the thermal and exural
response coupled with
surficial erosive and sediment
transporting processes.
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)
82
REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)
Infraestrutura
83
permeabilidade em diferentes
permeability in different
direes, submetida a
condies de reservatrio.
conditions.
REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)
84
(acima); Espectrofotmetro
de fluorescncia de raios X
Spectrophotometer (below
(below right).
Figura 115
a) Estao microssismolgica
fixa Sensor LE3Dlite MKII
da Lennartz Electronic
e Registrador Geotech
Instruments, LCC) e b) Estao
Mvel Estao sismogrfica
da PMD Scientific, INC.
Figure 115
Microseismicity equipments.
Pesquisa e Desenvolvimento
Arquitetura de fcies, geometria e heterogeneidades de sistemas siliciclsticos, com exemplo das formaes Guin e Tombador (Proterozoico), Chapada Diamantina - BA. O objetivo deste
estudo a caracterizao estratigrfica e estrutural de sistemas siliciclsticos visando estabelecer um
modelo de suporte predio da geometria e heterogeneidades de corpos de rochas-reservatrio, em
vrias escalas. Os trabalhos se concentraram na Chapada Diamantina e os alvos foram as sequncias da
REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)
85
Altura: 125m
Formao Guin (sedimentos marinhos rasos) e da Formao Tombador (sedimentos estuarinos e fluviais)
(fig. 117). Durante o projeto, foram construdos painis tridimensionais que permitiram a reconstruo
da arquitetura deposicional e a hierarquizao das superfcies limtrofes, desde a escala de sequncia
deposicional at a de fcies e associao de fcies (UFRGS, Coordenao: Prof. Claiton Scherer).
DS4
SR3
DS3
SR2
DS2
REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)
86
Figura 118 - Dunas e interdunas elicas nas sequncias estabelecidas em sistemas elicos da Chapada Diamantina.
Sistemas mistos siliciclsticos-carbonticos dos campos de Fazenda Santa Luzia e So Rafael - Bacia
do Esprito Santo. O objetivo a caracterizao integrada sedimentolgica, estratigrfica e petrolgica dos
sistemas mistos siliciclsticos-carbonticos que constituem os reservatrios destas jazidas, a fim de estabelecer
modelos realistas da gnese, evoluo, geometria e heterogeneidade dos reservatrios em mltiplas escalas
(fig. 119). A metodologia consistiu em descrever 294 metros de testemunhos e 285 lminas delgadas, com a
caracterizao dos aspectos de estruturas deposicionais e secundrias; textura e composio dos constituintes
primrios; processos e constituintes diagenticos; tipos e distribuio da porosidade; microscopia eletrnica
de varredura; difratometria de raios X; mineralogia e variedades de minerais detrticos pesados. Resultaram
interpretaes de fcies e associaes de fcies deposicionais, petrofcies e associaes de petrofcies de reservatrio, perfis integrados, padres de distribuio das principais caractersticas deposicionais, diagenticas e
de qualidade. No final, foi gerado um modelo 3D ilustrativo da distribuio das propriedades dos reservatrios
(UFRGS, Coordenao: Prof. Luis Fernando de Ros).
Formao Salitre.
REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)
87
microbiais de idade neoproterozoica a fim de fornecer elementos que deem suporte aos modelos preditivos
para reservatrios em rochas carbonticas de similar natureza. A metodologia empregada foi o levantamento
de perfis litolgicos e gamaespectromtricos em escala 1:20 para a construo de painis bidimensionais ilustrativos do arcabouo faciolgico das diferentes associaes de fcies encontradas naquela unidade supramar
(sabkha), intermar, inframar e rampa externa intermediria (UFRGS, Coordenao: Prof. Claiton Scherer).
Caracterizao multiescalar em reservatrios carbonticos anlogos da Bacia Sergipe-Alagoas.
Os objetivos so caracterizar e organizar informaes e dados de afloramentos carbonticos da Bacia SergipeAlagoas, a fim de estabelecer nveis de representatividade como anlogos a reservatrios de outras bacias
no pas. A primeira etapa do projeto, com durao de um ano, teve como alvo o afloramento da Pedreira
Carapeba prximo de Aracaju. A segunda fase tem como alvo um conjunto de afloramentos das formaes
Morro dos Chaves, Riachuelo, Cotinguiba e Caboclo, representativas de quatro litofcies-chave calcarenito,
coquina, microbiolito e calcrio laminado. O projeto gerou um banco de dados de afloramentos carbonticos
que se destina a ser um suporte para outros estudos de reservatrio (UFS, Coordenao: Prof. Antnio Garcia).
Falhas, fraturas, fcies e fluxo em sistemas crsticos. O objetivo a caracterizao da arquitetura de falhas
e seu papel na distribuio da permeabilidade e porosidade secundria em diferentes escalas em rochas carbonticas sofreram carstificao epignica (lajedos da Formao Jandara, Regio de Mossor) hipognica (cavernas
da Formao Salitre, na Bahia) (fig. 121). A metodologia empregada incluiu estudos estruturais, petrogrficos e
geoqumicos para a compreenso da evoluo da porosidade e permeabilidade. Os resultados esperados so a
arquitetura das zonas de falhas e um banco de dados de petrografia, petrofsica e geoqumica das falhas e rochas
encaixantes, com o aumento do conhecimento de reservatrios crsticos, suas relaes entre falhas, fluidos e
porosidade secundria. Este projeto gerar dados para suporte a um mestrado e um doutorado de tcnicos da
Petrobras (UFRN, Coordenao: Prof. Francisco Hilrio Bezerra).
REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)
88
fluxo com os parmetros de dupla porosidade e permeabilidade para avaliar as caractersticas do fluxo nesse
tipo de reservatrio. A este projeto se alinha o grupo da Universidade Federal de Campina Grande-PB, que
aporta todos os dados laboratoriais das propriedades permoporosas e elastodinmicas das rochas estudadas
(UFPE, Coordenao: Prof. Antonio Barbosa e Prof. Igor Gomes).
laes computacionais.
numerical simulations.
Inferncia Petrofsica: propriedades de reservatrios carbonticos. O objetivo o desenvolvimento de ferramentas para a anlise de dados de perfis e testemunho, visando a calibrao de modelos
de fsica de rocha e modelagem probabilstica de agrupamentos de classe litolgica. Os trabalhos de
desenvolvimento da pesquisa englobam uma srie de temas especficos que podem ser tratados em conjunto ou separadamente, visando criar uma soluo mais abrangente para a inferncia de propriedades
petrofsicas de reservatrio, incluindo: desenvolvimento de ferramentas para a anlise de dados de perfis
e testemunho, e construo de modelos probabilsticos empricos de propriedades de reservatrio a partir
de dados de perfis e testemunho, capturando a variabilidade espacial interna de propriedades e estrutura
geolgica da regio atravs da incorporao da imagem ssmica (fig. 123) (UENF, Coordenao: Prof. Fernando Sergio Moraes).
Figura 123
Fluxograma de atividades:
integrao de dados de perfis
e testemunhos com dados
ssmicos para a construo
de modelos preditivos de
propriedades petrofsicas
estticas e dinmicas, para
estudos em ssmica 4D.
Figure 123
Work ow: profile data
integration and cores
with sismic data to build
predictive models of static
properties, allowing 4D
seismic studies.
REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)
89
consideraes finais
Um relacionamento slido e planejado, de longo prazo, entre a academia e as empresas do setor
produtivo est na base do desenvolvimento sustentvel de um pas. A atuao da pesquisa universi
tria em temas aplicados, oriundos dos desafios que se apresentam indstria petrolfera, tem sido um
mecanismo propulsor da construo compartilhada do conhecimento e empresta o necessrio pragmatismo academia, trazendo-a para mais prximo das reais questes do setor. Ressalte-se tambm um
importante efeito colateral positivo deste processo: ao atuarem como bolsistas nos projetos das Redes
Temticas, estudantes universitrios dos diversos cursos envolvidos tm sido grandemente beneficiados
por um acesso precoce s questes reais e s tecnologias do dia a dia do setor petrleo, o que lhes
prov um grau de maturidade profissional que no seria possvel alcanar na vida acadmica tradicional. Tais alunos tornam-se rapidamente quadros de destaque quando admitidos como funcionrios
pelas empresas da rea petrolfera.
Atuando em rede, otimizam-se os recursos (humanos, fsicos e financeiros) disponveis e se evitam redundncias desnecessrias. Numa perspectiva de pas, o modelo de rede alicerado na Petrobras promove a
superao de deficincias locais e regionais em termos de infraestrutura criando e aparelhando laboratrios
com o que h de melhor no mercado mundial e aumenta a capacidade nacional de realizao de pesquisas
relevantes e direcionadas a efetivos objetivos empresariais.
As Redes Temticas Petrobras-Universidades fortalecem o relacionamento interinstitucional e constituem mecanismo de investimento estruturante na comunidade de Cincia e Tecnologia brasileira. Para a
Petrobras, por representarem um processo contnuo e integrado ao Sistema Tecnolgico da Companhia,
h grande interesse nos resultados das pesquisas suportadas pelas Redes. H que se mencionar ainda a
relevncia estratgica para o Brasil que est implcita no fortalecimento da pesquisa aplicada no ambiente
acadmico nacional.
90
expanded abstract
Petrobras operations in the various branches of the value chain in the oil sector include an important
contribution of technological development, fundamental to the achievement of its business objectives. The
search for answers to the many technology issues that the Company faces, has been addressed to the Center
for Research and Development Leopoldo Amrico Miguez de Mello (Cenpes), since the establishment of
this research premises in 1963, and the repeatedly positive results obtained by Petrobras over its history are
largely due to the ongoing investment in technology and innovation.
With its own team and laboratory facilities appropriate to the needs of the Company, Cenpes located
on Federal University of Rio de Janeiro campus since the early 1970s have provided solutions focused on
technological demands inherent to Petrobras` business: Exploration, Production, Refining and Petrochemicals,
Transportation and Marketing of oil and oil products which are represented in a robust research project
portfolio whose alignment to the needs of the Company is periodically monitored and ratified by technicians
and executives from the business areas.
This alignment of the projects portfolio with the technological challenges faced by the Company at every
moment, under the strategic plan and business plan governing its operations and directing its investments,
is guaranteed by Petrobras Technological System, a systematized process of analysis and decision involving
all segments of the Company. From the general drivers of its Strategic Plan defined by senior management
in conjunction with the Federal Government a five-year Business Plan is established and the necessary
resources are allocated to ensure the carrying out of the projects defined therein.
The set of assumptions derived from such mechanisms of multiyear planning is used as an input for the
operation of technology committees in three different levels: executive, where the main technological drivers
for the period that begins are defined in a corporate business scale and where results of the previous cycle
are evaluated; the Strategic Technology Committee, by business segment, unfolding the business drivers for
each of the business areas of the Company in the form of specific technological demands; and the Operational
and Technological Committee, which under the guidance of the Strategic Committee, consolidates demands,
sets priorities and delegates the portfolio of projects planned to Cenpes, which deals with its implementation.
From the consolidated portfolio of projects, a subset is addressed directly to Cenpes: Petrobras develops
in house the most challenging projects, the ones with strategical content which represent a competitive
advantage to Petrobras and the ones that demand specific instrumentation and knowledge requirements
that have been consolidated at the Research Center for decades of continuous performance in Research and
Development. A significant portion of the portfolio of projects in R&D is performed externally, in partnership
with research companies or institutions in Brazil and abroad. Thematic Networks currently appear as an
important mechanism for the management of projects in the Petrobras portfolio which are addressed to
execution to external research institutions.
Petrobras has a long relationship history with national universities and research institutions. Since the
publication by the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels ANP Resolution 033/2005
and Regulation ANP 005/2005 disciplining the mandatory investments in Research and Development
in national Science and Technology Institutions by concessionaires of Exploration and Production in the
country Petrobras implemented a faster pace in partnerships with the ICTs due to the financial amounts
involved in this contractual obligation.
After being informed by its taxing department about the new amounts on mandatory investment in
R&D on national institutions implied in Regulation 033/2005 of the ANP much higher than those regularly
applied by Petrobras until then the Company asked the Research Center to analyse the new terms and to
propose a renovated model of relationship with the ICTs.
The concept of Thematic Network emerged in late 2005 at Cenpes, and its implementation was approved
by the Company Board in early 2006. The Thematic Network can be defined as association Petrobras
Universities on technical and scientific issues of common interest. The concept includes the possibility of
investment in infrastructure in science and technology institutions whenever necessary and the availability
of resources for the training of researchers. From the perspective of Petrobras, the focus of the networks
91
is in Research and Development on issues considered critical to the processes conducted by the Company,
and the technical-scientific basis for each issue lies in the centers of knowledge existing in the national ICTs.
The institutions were then invited to join Petrobras in this new relationship model, along with administrative
foundations that provide the bureaucratic support to the projects.
There are currently 49 Thematic Networks operating and involving 129 brazilian institutions covering
the broad spectrum of activities in the oil sector. This dynamic technical-scientific interaction process linking
Petrobras with the academy moved funds of approximately R$3.85 billion between 2006 and 2012. Of this
amount, the seven Geosciences networks managed in the same period, investments of around R$350 million
to the countrys universities.
The networks were established and anchored, mostly in the areas of disciplinary action of various technical
managements inside Cenpes, where their direct managers are located. A comprehensive mapping of skills from
Brazilian universities was done, seeking to identify the nucleus of specific knowledge and the best researchers
for the various themes. In Geosciences, seven networks were established: Geotectonic Studies - Regeotec,
Sedimentology and Stratigraphy - Sedestrat, Geochemistry - Regeoq, Applied Geophysics - Regeof, Applied
Micropaleontology - Repaleo, Basin Modeling - Remob and Geological Characterization and Modeling of
Reservoirs - Carmod. In this issue of the Bulletin, we present a set of complete papers prepared by universities,
a sample of results already achieved in R&D projects supported by the networks in Geosciences.
92
autores
Edison Jos Milani
ejmilani@petrobras.com.br
oscarrj@petrobras.com.br
gilmarvb@petrobras.com.br
93
masmoraes@petrobras.com.br
vsss@petrobras.com.br
94
Ramss Capilla
Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)
P&D em Geocincias
Gerncia de Geoqumica
capilla@petrobras.com.br
Ramss Capilla graduado em Geologia pela
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
em 1989. Mestre e Doutor, ambos em Geologia na
rea de Sistemas Deposicionais e Estratigrafia pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nos
anos de 1995 e 2002, respectivamente. Ingressou na
Petrobras em 2000, onde atuou at 2001 nas reas
de Acompanhamento Geolgico de Poos. Desenvolve
pesquisas de Geoqumica do Petrleo e coordena a
Rede Temtica de Geoqumica da Petrobras. professor
das disciplinas de Sistemas Petrolferos e Geoqumica
do Petrleo na Universidade Petrobras (UP) e Geologia,
Paleontologia e Biologia Marinha na Universidade
Castelo Branco (UCB). Tesoureiro da Associao
Latino-Americana de Geoqumica Orgnica (Alago),
nos anos de 2006 a 2014. Atuou tambm como
membro da Diretoria Executiva da Sociedade Brasileira
de Geoqumica (SBGq), no binio de 2007 a 2009.
rbraganca@petrobras.com.br
lana@petrobras.com.br
Anelise Friedrich
Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)
P&D em Geoengenharia e Engenharia de Poo
Gerncia de Caracterizao e Modelagem
de Reservatrios
anefri@petrobras.com.br
95
alipiopereira@petrobras.com.br
Alpio Jos Pereira graduado em Geologia pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
desde 1996. Cursou especializao em Planejamento
Ambiental pela Universidade Federal Fluminense
(UFF) em 1997, em Geologia e Geofsica Marinha
pela UFF em 1998, em Anlise de Bacias Aplicada
a Indstria do Petrleo pela UERJ em 2001 e, em
Geologia do Quaternrio pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2003. Mestre e Doutor
em Geologia e Geofsica Marinha, ambos pela UFF
nos anos de 2001 e 2009, respectivamente. Ingressou
na Petrobras em 1989 como Tcnico em Operao e
atua como Geofsico desde 2003.
96