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Redes Temticas em Geocincias

Edison Jos Milani | Gilmar Vital Bueno | Oscar Strohschoen Jnior | Marco Antnio Schreiner
Moraes | Viviane Sampaio Santiago dos Santos | Ramss Capilla | Ricardo Silva Nunes de Bragana |
Anelise Friedrich | Ceclia Cunha Lana | Alpio Jos Pereira

resumo
O conceito de Rede Temtica originou-se em 2005 no mbito do Centro de Pesquisas da Petrobras
(Cenpes), aparecendo como soluo tcnico-administrativa para viabilizar a implementao de vultosos
investimentos nas Instituies de Cincia e Tecnologia (ICTs) nacionais de maneira otimizada, tendo por
foco os desafios tecnolgicos da Petrobras e visando promover a sustentabilidade do processo de parceria
indstria-academia.
luz da legislao vigente (Resoluo Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis - ANP
033/2005, publicada no Dirio Oficial da Unio - DOU em 25/11/2005), as empresas concessionrias em
Explorao e Produo no pas que estiverem sujeitas tributao de Participao Especial devem investir
anualmente determinados montantes nas universidades brasileiras.
Como mecanismo de gesto de investimentos, num primeiro momento as Redes Temticas PetrobrasUniversidades buscaram uma superao das dificuldades inerentes s ICTs em termos de infraestrutura, patro
cinando a implantao/atualizao de laboratrios-chave aos processos demandados pelo setor petrleo.
Ao mesmo tempo, num salutar e construtivo processo de parceria tcnico-cientfica, Petrobras e instituies
passaram a compartilhar a responsabilidade na busca de solues para os desafios enfrentados pela Empresa
via execuo em parceria de projetos de pesquisa em temas relevantes aos interesses da Petrobras, nas suas
diversas vertentes de atuao. O modelo de relacionamento via Redes Temticas vive o seu stimo ano, e j
so perceptveis os avanos obtidos e os ganhos para a cincia e a tecnologia no Pas.
Palavras-chave: Redes Temticas em Geocincias | investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento | relacionamento Petrobras-Universidades

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

abstract
The Thematic Network concept originated in 2005 at the Centro de Pesquisas da Petrobras
(Cenpes), and provides a technical and administrative solution that enables, in an optimized manner, the
implementation of large investments in national Science and Technology Institutions, with a focus on the
technological challenges of Petrobras and on the promotion of the sustainability of the industry-academia
partnership process. In the light of the prevailing legislation (ANP Resolution 2005/033, published in the
DOU November 25, 2005), those concessionary exploration and production companies in Brazil subject
to Special Participation taxation, are required annually to invest a certain amount in Brazilian universities.
As an investment management mechanism, initially the Petrobras - Universities Thematic Networks sought
to overcome difficulties inherent in ICTs in terms of infrastructure, sponsoring the establishment/update
of key laboratories demanded by the oil sector. At the same time, in a positive and constructive process of
technical-scientific partnership, Petrobras and the institutions began to share responsibility in the search
for solutions to the challenges faced by the Company, through the implementation of research project
partnerships on themes relevant to the interests of Petrobras, in its various segments. The relationship
via Thematic Networks model is now in its seventh year, and is already demonstrating it has achieved
noticeable progress and gains for science and technology in the country.
(Expanded abstract available at the end of the paper).
Keywords: Geosciences Thematic Networks | Research and Development investments | Petrobras-Universities relationship

Sistema Tecnolgico da Petrobras


A atuao da Petrobras em seus diversos processos da cadeia de valor no setor petrleo (do poo ao
posto) inclui uma importante vertente de desenvolvimento tecnolgico, fundamental ao alcance de seus
objetivos empresariais. A busca de respostas para as diversas questes tecnolgicas que se apresentam
Companhia tem sido direcionada ao Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) desde a criao deste rgo
em 1963, e os resultados reiteradamente positivos obtidos pela Petrobras ao longo de sua trajetria empresarial se devem em grande parte ao investimento permanente em tecnologia e inovao.
Com equipe prpria e instalaes laboratoriais adequadas s necessidades da Companhia, funcionando
na Ilha da Cidade Universitria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde o incio dos anos 1970,
o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Amrico Miguez de Mello tm provido solues focadas
nas demandas tecnolgicas inerentes aos negcios da Petrobras: Explorao, Produo, Refino e Petroqumica,
Transporte e Comercializao de petrleo e derivados esto representadas numa robusta carteira de projetos de
pesquisa, cujo alinhamento s necessidades da Companhia permanentemente monitorado e periodicamente
ratificado pelos tcnicos e executivos das reas de negcio.
Este alinhamento do portflio de projetos com os desafios tecnolgicos que se apresentam Companhia
a cada momento, no mbito do planejamento estratgico e do plano de negcios que regem sua atuao
e direcionam seus investimentos, garantido pelo Sistema Tecnolgico da Petrobras (fig. 1), um processo
de anlise e deciso que envolve todos os segmentos da Empresa. A partir dos direcionadores gerais do
seu Plano Estratgico definidos pela alta direo da Companhia em articulao com o Governo Federal,
estabelecido um Plano de Negcios de mbito quinquenal e so ento alocados os recursos necessrios
viabilizao dos empreendimentos ali definidos.
O conjunto de premissas derivado de tais mecanismos de planejamento plurianual serve de insumo para
a atuao de comits tecnolgicos, em trs nveis: corporativo, instncia onde so definidos os macrodirecionadores tecnolgicos para o perodo que se inicia e so avaliados os resultados do ciclo anterior; o Comit

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Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Tecnolgico Estratgico (CTE) que atua por segmento de negcio, desdobrando os direcionadores empresariais
para cada uma das reas da Companhia na forma de desafios tecnolgicos especficos; e o Comit Tecnolgico
Operacional (CTO), que, luz da orientao emanada do Comit Estratgico, consolida as demandas, define as
prioridades e delega a carteira de projetos planejados ao Cenpes, que trata de sua execuo.
Figura 1
O Sistema Tecnolgico da

Plano Estratgico

Comit
Tecnolgico
Corporativo

Comits Estratgicos

Plano de Negcios

Upstream

Gs e
Downstream
Energia

Comits Operacionais

Prospeco e Monitoramento Tecnolgico

Petrobras.

Figure 1
Petrobras Technological
System.

Portflio de Projetos de P&D

Do portflio consolidado de projetos, um subconjunto realizado internamente ao Cenpes: ali desenvolvem-se os mais desafiadores, os de contedo sigiloso e que representem vantagem competitiva aos
negcios da Petrobras e os que demandam instrumentao e conhecimento especficos, requisitos consolidados no Centro de Pesquisas durante dcadas de atuao continuada em Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D). Uma significativa parcela do portflio de projetos de P&D da Petrobras executada externamente,
em parceria com empresas ou instituies de pesquisa, no Brasil e no exterior. As Redes Temticas aparecem atualmente como um importante mecanismo de gesto dos projetos da carteira da Petrobras que
so endereados para execuo no ambiente das instituies externas de pesquisa.

Redes Temticas - conceito e implementao


A Petrobras tem uma longa histria de relacionamento com as universidades e instituies de pesquisa
nacionais. A partir da publicao pela Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis da
Resoluo ANP 033/2005 e do Regulamento ANP 005/2005 disciplinando a obrigatoriedade de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento nas Instituies de Cincia e Tecnologia (ICTs) nacionais pelas
concessionrias de Explorao e Produo no Pas implementou-se um ritmo mais intenso nas parcerias
com as ICTs em funo dos montantes financeiros envolvidos nessa obrigao contratual.
Informada pelo seu rgo tributrio acerca dos novos patamares de valores de investimento obrigatrio
em P&D nas instituies nacionais implcitos no Regulamento 033/2005 da ANP muito superiores aos praticados pela Petrobras at ento a Companhia direcionou ao Centro de Pesquisas a anlise da questo e a
proposio de um novo modelo de relacionamento com as ICTs.
O conceito de Rede Temtica surgiu no final de 2005 no mbito do Cenpes, e sua implementao foi aprovada
pela Diretoria Executiva da Companhia no incio de 2006. A Rede Temtica pode ser definida como associao
Petrobras-Universidades em torno de questes cientficas e tecnolgicas de comum interesse. O conceito inclui

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Figura 2
Perfil de investimento das
Redes Temticas ao longo

Investimentos

do tempo.

Figure 2
Thematic Networks
Investments profile

Infraestrutura e recursos humanos

along the time.

62%

Projetos de P&D e
servios tecnolgicos

38%

2012

Tempo

a possibilidade de investimentos em infraestrutura nas Instituies de Cincia e Tecnologia quando necessrios


e a disponibilizao de recursos para formao e/ou aperfeioamento de pessoal (fig. 2). Sob a perspectiva da
Petrobras, o foco de atuao das redes na Pesquisa e Desenvolvimento em temas considerados importantes
para os processos conduzidos pela Companhia, e a base tcnico-cientfica para cada tema reside nos nichos de
conhecimento existentes nas ICTs nacionais.
As instituies foram ento convidadas a associar-se Petrobras em torno desse novo modelo de relacionamento, juntamente com fundaes de apoio estas para atuarem como intervenientes nos trmites
burocrticos e na movimentao financeira relativa aos projetos.
Operam atualmente 49 Redes Temticas que envolvem 129 instituies brasileiras e cobrem o amplo espectro de atividades do setor petrleo; este dinmico processo de interao tcnico-cientfica da Petrobras com a
academia movimentou recursos da ordem de R$3,85 bilhes no perodo 2006-2012. Desse total, as sete redes
da rea de Geocincias administraram no mesmo perodo investimentos em torno de R$350 milhes junto s
universidades do pas.
As redes foram estabelecidas e ancoradas, em sua grande maioria, nas reas disciplinares de atuao
das diversas gerncias tcnicas do Cenpes, onde esto seus gestores diretos. Realizou-se um amplo mapeamento de competncias das universidades brasileiras, buscando-se identificar os ncleos de conhecimento
especfico e os pesquisadores de referncia para os diversos temas. Nas Geocincias, estabeleceram-se
as redes de Estudos Geotectnicos (Regeotec), Sedimentologia e Estratigrafia (Sedestrat), Geoqumica
(Regeoq), Geofsica Aplicada (Regeof), Micropaleontologia Aplicada (Repaleo), Modelagem de Bacias
(Remob) e Caracterizao e Modelagem Geolgica de Reservatrios (Carmod). A seguir, apresentam-se
de maneira resumida as iniciativas mais relevantes de cada uma das Redes Temticas em Geocincias no
tocante aos projetos de infraestrutura e de pesquisa dirigida; um conjunto de trabalhos completos preparados pelas universidades, ilustrativos de resultados j alcanados nos projetos de P&D suportados pelas
redes em Geocincias, constitui o corpo deste Boletim.

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Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

Rede de Estudos Geotectnicos (Regeotec)


A Regeotec tem como proposta de atuao o entendimento da estrutura crustal e litosfrica do continente sul-americano, sua geocronologia e neotectnica; a origem e evoluo de bacias sedimentares
e sua dinmica tectonossedimentar. Desenvolve prioritariamente projetos em escala regional bacias
sedimentares, provncias geolgicas do Pr-Cambriano, grandes lineamentos tectnicos e patrocina a
implementao de infraestrutura adequada a este foco de atuao.
Gestores: Jos Guimares Rizzo (2005), Edison Jos Milani (2006-2008), Joo Batista de Lellis Franolin
(2009), Gilmar Vital Bueno (2010-).
Instituies: UFRN, UFMG, UnB, UFOP, UFF, UFRJ, UERJ, ON, INPE, Unesp, USP, Unicamp, UFPR,
UFSC e UFRGS (fig 3).

Figura 3 - Instituies participantes da Rede de Estudos Geotectnicos.

Figure 3 - Geotectonic Studies Network.

Infraestrutura
Rede Sismogrfica e GNSS Brasileira (fig. 4). Infraestrutura composta por 60 estaes sismogrficas (fig. 5)
instaladas e operadas setorizadamente pela USP na Regio Centro-Sul (Coordenao: Prof. Marcelo Assumpo);
UnB na Regio Centro-Norte (Coordenao: Prof. George Sand); UFRN na Regio Nordeste (Coordenao: Prof.
Joaquim Mendes Ferreira) e Observatrio Nacional na Regio Costeira Sul-Sudeste (Coordenao: Prof. Sergio
Luiz Fontes); e 90 estaes Global Navigation Satellite Systems (GNSS) (fig. 6) instaladas e operadas pelo INPE

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REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

(Coordenao: Prof. caro Vitorello). Esta infraestrutura visa propiciar comunidade geocientfica nacional o necessrio instrumental para a realizao de pesquisas aplicadas que melhorem o conhecimento crustal-litosfrico
e o comportamento dinmico da Placa Sul-Americana. Compe, ainda, a infraestrutura que ir prover o pas das
sries histricas de dados imprescindveis para a caracterizao e o mapeamento do risco ssmico no territrio
brasileiro. Foi implementado um comit, constitudo por representantes das instituies envolvidas, e que gerencia
as premissas e os interesses desta atividade no mbito do pas.
70W

60W

50W

Figura 4

40W

Mapa com a localizao


N

das estaes sismogrficas


(representadas por

tringulos). Cores indicam


a regio geogrfica
administrada por cada uma
das quatro instituies
que constituem a Rede
Sismogrfica Brasileira: UnB
(lils), USP (vermelho), UFRN

10S

(verde) e ON (azul). Em preto,


aparecem as estaes da Rede
Sismogrfica Global (USGS).

REDE
SISMOGRFICA
BRASILEIRA

Figure 4
Situation map of the

20S

Brazilian territory, managed

Legenda

by UnB (purple), USP (red),


UFRN (green) and ON (blue).

RSISGL
RSISSE
RSISNE
RSISBR
RSISCN

Figura 5
Instalaes da estao
sismogrfi ca de Patos de

Represented in black are


the stations erected by

30S
0

300

600

1.200
km

Estao PMNB
Patos de Minas, MG

plano observa-se a cabine


do registrador com painis
solares e atrs a estrutura que abriga o sensor
sismogrfi co.

Figure 5
Patos de Minas - MG
seismographic station.

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Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

the Global Seismographic


Network (United States
Geological Survey).

cabine do registrador,
com painis solares no teto

Minas - MG, implantada pela USP. Em primeiro

seismographic stations in the

abrigo do sensor

Figure 6 - Standard GNSS

talada no INPE, So Jos dos

station at the National

Campos - SP. Esta servir

Institute of Space Research.

REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

Figura 6 - Estao GNSS ins-

como padro a ser replicado


nos stios escolhidos para abrigarem as demais estaes no
territrio brasileiro.

Laboratrio de Microssonda Eletrnica no Instituto de Geocincias da UFRJ. Recomposio da


infraestrutura incluindo melhorias no espao fsico e aquisio de equipamentos (fig. 7), visando ampliar
a capacitao da universidade na realizao de pesquisas em Petrologia e Geotectnica particularmente
em efetuar anlises quantitativas precisas da composio qumica de minerais e determinar sua origem,
sendo aplicvel no estudo da evoluo tectnica de bacias sedimentares. Favorece tambm a realizao de
pesquisas em microtectnica de zonas de falha, no intuito de evidenciar seu comportamento como caminhos ou barreiras migrao de hidrocarbonetos. Este laboratrio tem servido como fundamental apoio
na realizao de diversas dissertaes e teses no mbito da UFRJ e no apoio analtico a outras instituies
em projetos de investigao geolgica (Coordenao: Prof. Rudolph Allard Johannes Trouw).
Figura 7 - Laboratrio da

Figure 7 - Electron probe

Microssonda Eletrnica no

Microanalyser Laboratory at

Departamento de Geologia

the Federal University of Rio

da UFRJ, dedicado atividade

de Janeiro.

rotineira de anlises da qumica quantitativa de minerais.

Laboratrio de Istopos Estveis no Departamento de Geologia da UFPR (fig. 8). Implantao de


infraestrutura analtica com aquisio de espectrmetro de massa (Carbono e Oxignio) e microtomgrafo,
Figura 8 - Espectrmetro

Figure 8 - Mass spectrometer

de massa para Carbono e

for C and O (left) and

Oxignio ( esquerda) e

microtomographer (right)

microtomgrafo ( direita)

operating at the Federal

no Laboratrio de Istopos

University of Paran.

Estveis da UFPR.

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REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

objetivando desenvolver o conhecimento avanado dos processos de brechao, dolomitizao e dissoluo de


rochas carbonticas, fenmenos muito comuns nas sucesses calcrias existentes tanto nas bacias sedimentares
fanerozoicas brasileiras quanto em terrenos pr-cambrianos (Coordenao: Prof. Jos Manoel dos Reis Neto).
Laboratrio de Paleomagnetismo do Instituto Astronmico e Geofsico da USP (fig. 9). Recomposio de infraestrutura com a construo de sala magneticamente blindada e aquisio de instrumental para
consolidar a atuao do IAG no campo dos ensaios paleomagnticos, cujos resultados so dados fundamentais
em estudos de reconstruo paleogeogrfica; e para subsidiar investigaes pioneiras no Brasil em magnetoestratigrafia, tcnica de datao absoluta com potencial para estabelecer marcos estratigrficos temporais,
de importante papel no entendimento da evoluo de bacias sedimentares (Coordenao: Prof. Ricardo Ivan
Ferreira da Trindade).
Figura 9 - Magnetmetro

Figure 9 - Core magnetometer

para anlise de testemunhos

(left) and paleomagnetic

( esquerda) e forno

heater (right) at Astronomy

paleomagntico ( direita)

and Geophysics Institute of

na sala magneticamente

the University of So Paulo.

blindada do Laboratrio de
Paleomagnetismo da USP.

Laboratrio de Espectrometria a Gs no Departamento de Geologia da Unesp (fig. 10). Implantao


de infraestrutura pela aquisio de espectrmetro de massa (He/He), visando complementar a capacitao
daquela universidade na realizao de modelagens termocronolgicas tanto em regies de embasamento
cristalino quanto em bacias sedimentares, com foco na histria tectnica evolutiva e datao de eventos
tectnicos (Coordenao: Prof. Peter Christian Hackspacher).
Figura 10 - Espectrmetro

Figure 10 - (U-Th)/He mass

de massa (U-Th)/He no

spectrometer at the So

Laboratrio de Geocronologia

Paulo State University, Rio

da Unesp.

Claro Campus.

Laboratrio de Geocronologia do Instituto de Geocincias da UnB. Ampliao do espao fsico e


aquisio de equipamento ICP-MS (figs. 11 e 12) visando capacitar aquela universidade na preparao de
amostras e na realizao de anlises geocronolgicas pelo mtodo Ar-Ar, tcnica altamente demandada
pela indstria do petrleo para a datao absoluta de rochas gneas e que, atualmente, s est disponvel
em alguns laboratrios no exterior (Coordenao: Prof. Elton Dantas).

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Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figure 11 - High voltage


pulse power fragmentation

trica. Primeiro equipamento

equipment for sample

dessa natureza em atividade

disagregation. It preserves

na Amrica Latina, o mesmo

mineral integrity, allowing

possibilita a desagregao

better provenance and

de rochas preservando a

geochonological analysis.

REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

Figura 11 - Desintegrador de
amostras por descarga el-

integridade mineral, o que


eleva a confiabilidade dos
resultados das anlises de
provenincia sedimentar e
geocronolgicas.

Figura 12 - ICP-MS

Figure 12 - Inductively Coupled

do Laboratrio de

Plasma-Mass Spectrometer at

Geocronologia da UnB,

Braslia National University,

operando para suporte ao

supporting Ar-Ar rock age

mtodo de datao Ar-Ar.

dating.

Pool de Equipamentos Geofsicos do Brasil - PEG-BR, sediado no Observatrio Nacional - RJ. Implantao de infraestrutura pioneira, que constitui o primeiro empreendimento do gnero na Amrica Latina
(fig. 13). Visa disponibilizar comunidade geocientfica nacional, de modo compartilhado, instrumentos de
sismologia, gravimetria, geoeletricidade e geoposicionamento que viabilizam a execuo de campanhas de
aquisio de dados no campo, no intuito de detalhar e aprofundar o conhecimento da Geologia do Brasil.
Figura 13 - Almoxarifado onde

Figure 13 - Warehouse of

ficam acondicionados os

geophysical instruments at

diversos instrumentos geofsi-

the National Observatory, Rio

cos do PEG-BR nas instalaes

de Janeiro.

do Observatrio Nacional. Em
primeiro plano, um sismmetro do conjunto de equipamento do Pool.

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REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

O PEG-BR dispe tambm de seis OBSs (sismmetros de fundo ocenico), que sero posicionados em locais
especficos da margem continental brasileira (Coordenao: Prof. Darcy do Nascimento Junior).
Ncleo de Pesquisas Geolgicas (NPG) do Departamento de Geocincias da UFSC. Projeto de
infraestrutura laboratorial que visa dotar a universidade dos meios adequados para a realizao de pesquisas
na rea de Geologia do Petrleo. A UFSC abriu seu curso de graduao em Geologia no ano de 2010 respaldada pela tradio de pesquisa de seus docentes, e esta infraestrutura aparece para consolidar e ampliar
este perfil de atuao da instituio (Coordenao: Prof. Breno Leito Waichel).

Pesquisa e Desenvolvimento
Lineamento Transbrasiliano, origem, evoluo e influncia na sedimentao e estrutura de
bacias fanerozoicas (fig. 14). O Lineamento Transbrasiliano interpretado como sendo uma zona de sutura mesoproterozoica de blocos crustais antigos, com recorrente atividade durante o Fanerozoico. O estudo
objetiva refinar o conhecimento do controle desta importante feio da Geologia brasileira tanto na estruturao do embasamento Pr-Cambriano quanto na evoluo fanerozoica das bacias do Paran e do Parnaba,
com foco na investigao da presena de feies estruturais potenciais trapas petrolferas nas reas sob
a influncia do lineamento (UnB, Coordenao: Prof. Reinhardt A. Fuck).
Figura 14
Regio do territrio brasileiro que constitui o
domnio geotectnico do
Lineamento Transbrasiliano.
PB - Bacia do Parnaba e PR Bacia do Paran.

Figure 14
Geotectonic domain
under the inuence of the
Transbrasiliano Lineament.
PB - Parnaba Basin, PR Paran Basin.

Feixe de Lineamentos Colatina (fig. 15). Por meio do levantamento detalhado no campo, o trabalho
determinou a natureza cinemtica e dinmica e a cronologia deste notvel elemento tectnico da margem
leste brasileira, evidenciando uma atividade predominantemente distensional seguida por transcorrncia dextral
em tempos ps-cretcicos. Estas observaes servem como subsdios para um entendimento do papel deste

18

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figura 15 - As estruturas

Figure 15 - Diabase dike along

que compem o Feixe

the structural framework of

de Lineamentos Colatina

the Colatina lineament.

REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

lineamento na evoluo tectonossedimentar das bacias de Campos e do Esprito Santo (UFOP, Coordenao:
Prof. Fernando Flecha de Alkmim e UFMG, Coordenao: Prof. Antonio Carlos Pedrosa Soares).

apresentam direo
dominante N15W e
frequentemente esto
preenchidas por diques de
diabsio.

Falhas, campos de esforos e fluxo de fluidos (fig. 16). Tendo por objeto de pesquisa o Lineamento
de Lancinha, esta investigao visa uma integrao multiescalar dos fenmenos observados nos terrenos
pr-cambrianos afetados pela feio e seus efeitos na estruturao da Bacia do Paran (UFPR, Coordenao:
Prof. Alberto Pio Fiori).
Figura 16 - Estrias horizontais

Figure 16 - Horizontal

em falha normal no embasa-

slickensides on an originally

mento Paranaense eviden-

normal fault surface,

ciando uma variao no

evidencing changes in the

campo de esforos ao longo

stress field during the time.

do tempo geolgico.

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REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

Rochas mantlicas do Arquiplago So Pedro e So Paulo (fig. 17). Estas ilhotas, localizadas na
interseco da zona de fratura de So Paulo com a cordilheira mesoatlntica, constituem uma singularidade no Oceano Atlntico posto que ali afloram rochas do manto, cisalhadas e soerguidas desde a plancie
abissal. Por meio de detalhamento estrutural e petrolgico, o projeto tem por objetivo elaborar um modelo
evolutivo deste arquiplago no domnio ocenico profundo do Atlntico Equatorial (UFF, Coordenao:
Profa. Susanna Sichel).
Figura 17
Situado na Regio Central do
Oceano Atlntico Equatorial,
o Arquiplago So Pedro
e So Paulo dominantemente constitudo por rochas
mantlicas, constituindo uma
singularidade no contexto
desta margem transformante.
a) frica e b) Brasil.

Figure 17
Saint Peter and Saint Paul
Rocky Islets situated in the
transform domain of the
Equatorial Atlantic Ocean.

Termocronologia de baixa temperatura e reconstruo cinemtica na margem continental


do Sudeste Brasileiro ao longo do Lineamento Capricrnio e da Zona de Transtenso de Volta
Redonda (fig. 18). Estudo pretende alcanar uma caracterizao cinemtica e cronolgica de falhas de
transferncia aflorantes na margem continental do Sudeste Brasileiro, para subsidiar a interpretao de
sua continuidade na Bacia de Santos, onde tais lineamentos tm marcante expresso geofsica (Unesp,
Coordenao: Prof. Peter Christian Peter Hackspacher).
Figura 18
Em vermelho, destaque
para as reas da Regio
Sudeste onde ocorrem
manifestaes de extensas
estruturas de direo
noroeste conhecidas como
Lineamento Capricrnio (LC)
e Zona de Transtenso de
Volta Redonda (VR).

Figure 18
Continental topography
along SE Brazilian margin.
Red Lineaments correspond
to Capricornio (LC) and Volta
Redonda Transtensional
Zone (VR).

20

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

Calibrao isotpica de alta resoluo de eventos tectonoestratigrficos de bacias sedimentares (fig. 19). Projeto visa desenvolver e calibrar tcnicas analticas de geocronologia absoluta e geologia
isotpica aplicadas a eventos tectnicos e a horizontes estratigrficos especficos, como forma de aprimorar
o conhecimento de bacias sedimentares e gerenciar adequadamente os riscos geolgicos implcitos no processo exploratrio (UnB, Coordenao: Prof. Roberto Ventura Santos).
Figura 19
Estudo integrado de ferramentas geocronolgicas e
isotpicas aplicado Bacia do
Recncavo.

Figure 19
Integrated geochronological
and isotopic study applied to
the Recncavo Basin.

Neotectnica do Brasil (fig. 20). Projeto multi-institucional que visa compilar mapa em base digital
georreferenciada representando o estado da arte do conhecimento do cenrio deformacional neotectnico
do territrio brasileiro (Unesp, Coordenao: Prof. Norberto Morales).
Figura 20
Mapa do registro da atividade
ssmica no territrio nacional,
informao-base para o
desenvolvimento do Mapa
Neotectnico do Brasil.

Figure 20
Seismicity map of the
country, a basis for
the compilation of the
Neotetonic Map of Brazil.

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REDE DE ESTUDOS
GEOTECTNICOS
(REGEOTEC)

Sistema Geotec (fig. 21): desenvolvimento de geotecnologias para armazenamento, acesso e integrao
de dados geolgicos georreferenciados dos projetos de pesquisa da rede. Possui trs interfaces de trabalho:
Caderneta Geolgica Digital, para entrada padronizada de dados de campo e laboratrio, possibilitando
a transmisso e sincronizao segura de dados a um servidor central, via conexo por internet; Interface
Administrador, para apoiar a coordenao de equipes de pesquisa e gerao de relatrios; e WebMapa,
interface web personalizada, que permite a visualizao das informaes, operaes de consulta, edio,
anlise e construo automatizada de mapas integrados aos dados da Caderneta Geolgica Digital (UFPR,
Coordenao Prof. Claudinei Taborda da Silveira).
Figura 21
Trip de ferramentas que
suportam o Sistema Geotec Caderneta Geolgica Digital;
Interface Administrador e
WebMapa, desenvolvidas
para armazenar, integrar
e gerenciar dados geolgicos de projetos de pesquisa da Rede de Estudos
Geotectnicos.

Figure 21
Geoscientific tools
supporting the research
activities of the Geotectonic
Studies Network teams.

22

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

A Rede Sedestrat promove pesquisas em Sedimentologia e Estratigrafia e tem como objetivos complementar as investigaes da Petrobras nessas reas do conhecimento, promovendo e articulando o desenvolvimento de projetos com as universidades brasileiras; formar e capacitar equipes de pesquisa e fomentar
o intercmbio de pesquisadores, projetos e resultados entre as instituies participantes, patrocinando a
implementao da infraestrutura necessria a sua rea de atuao. As principais linhas de pesquisa da Rede
Sedestrat so a caracterizao estratigrfica e sedimentolgica das bacias brasileiras; estudos da Geologia
do recente; estudos de sistemas porosos; reservatrios no convencionais; argilominerais; provenincia
de arenitos, e estudo de afloramentos anlogos visando a parametrizao de elementos arquiteturais e
reconhecimento das superfcies-chave e heterogeneidades deposicionais e diagenticas.
Gestores: Maria Dolores de Carvalho (2005-2008), Marco Antonio Schreiner Moraes (2009), Viviane
Sampaio Santiago dos Santos (2009-).
Instituies: UFAM, UFRN, UFPE, UnB, PUC-RJ, UFRJ, UERJ, UFF, Cetem, USP, Unesp, UFPR, UEL, UFSC,
UFRGS e Unisinos (fig. 22).

Figura 22 - Instituies participantes da Rede de Sedimentologia

REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

Rede de Sedimentologia e Estratigrafia (Sedestrat)

Figure 22 - Sedimentology and Stratigraphy Network.

e Estratigrafia.

Infraestrutura
Laboratrio de Geologia Sedimentar da UFRJ. O projeto Lagesed (fig. 23) objetiva aumentar a capacidade analtica e operacional dos Laboratrios de Sedimentologia e Petrologia e de Petrofsica. Recebeu

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

23

REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

recursos de infraestrutura, com os quais reformou as salas de Petrologia Sedimentar e de Sedimentologia


Analtica. Juntamente com as reformas, o laboratrio foi equipado com o que h de melhor em termos de
microscopia petrogrfica (luz polarizada, refletida, fluorescente e imageamento), anlises granulomtricas
(analisadores por RX e laser) e caracterizao do espao poroso por tcnica de microtomografia de RX.
Tais ganhos em termos de melhoria de espao fsico e de equipamentos permitiram avanar em estudos de
rochas carbonticas microbiais, atravs de projetos de P&D, trabalhos de concluso de curso de graduao,
dissertaes de mestrado e teses de doutorado. Ressaltam-se tambm as parcerias de caracterizao geolgica
de reservatrios carbonticos, estabelecidas com as universidades britnicas Heriot Watt e Edimburgo, e o
estudo de carbonatos continentais com a Universidade Complutense de Madrid (Espanha). Outro aspecto
importante o apoio do Lagesed a estudos acadmicos de Petrologia gnea e de Paleontologia de Vertebrados
atravs da microtomografia (Coordenao: Prof. Leonardo F. Borghi de Almeida).

Figura 23 - a) Microtomgrafo Sky Scan 1173; b) microscpios

Figure 23 - a) Microscanner Sky Scan 1173; b) microscopes of the

do Laboratrio de Petrologia Sedimentar e c) analisador de

Sedimentary Petrology Laboratory and c) XR particle analyser

partculas por RX Sedigraf do Laboratrio de Geologia

Sedigraf of the Sedimentary Geology Laboratory of the Federal

Sedimentar da UFRJ - Lagesed.

University of Rio de Janeiro.

Laboratrio de Meios Porosos e Propriedades Termofsicas (LMPT) da UFSC. Projeto de infraestrutura


para a implantao do laboratrio (fig. 24). O projeto contribui para o desenvolvimento de pesquisa nas reas de
caracterizao multiescala de sistemas porosos das rochas-reservatrio e visualizao quantitativa de processos de

24

Figura 24 - a) Equipamento de ablao a laser para preparo de

Figure 24 - a) Laser ablation equipment that provides samples

amostras para nanotomografi a de raios X; b) viso interna do

prepared for X-ray nanotomography; b) internal view of the

equipamento microtomgrafo de raios X - VersaXRM-500,

X-ray microscanner VersaXRM-500, X-Radia and c) X-ray

X-Radia e c) microtomgrafo de raios X do Laboratrio de

microscanner of the Multi-scale Tomography Lab of the Federal

Tomografi a Multiescalar do LMPT/UFSC.

University of Santa Catarina.

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Laboratrios de Difrao de raios X (DRX), Micropaleontologia, Mineralogia Aplicada, Laminao


e Geoqumica da UnB. Projeto de infraestrutura dedicado s Geocincias (fig. 25), visando ampliar e
modernizar os Laboratrios de Difrao de raios X (DRX), Micropaleontologia, Mineralogia Aplicada, Laminao
e Geoqumica, de forma a adequar as anlises laboratoriais s novas tecnologias, atender demandas de
P&D e, juntamente com as demais instituies, formar um pool integrado de laboratrios capaz de suportar
pesquisas matriciais nas reas de Sedimentologia e Estratigrafia. O projeto contribuiu significativamente para
a ampliao da capacidade analtica do Departamento de Geocincias da UnB, que conta agora com uma
infraestrutura completa nesses laboratrios para desenvolver pesquisas e promover a formao de recursos
humanos (Coordenao: Prof. Carlos Jose Souza de Alvarenga).

REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

interao rocha-fluido. O sistema de tomografia computadorizada composto por dois equipamentos X-Radia;
um microtomgrafo de raios X (VersaXRM-500) e um nanotomgrafo (UltraXRM). O laboratrio assume grande
importncia no cenrio de P&D no Brasil, viabilizando a caracterizao de sistemas com mltiplas porosidades a
partir de imagens 3D com resolues espaciais desde 50m at 50nm. A primeira utilizao deste laboratrio ser
no escopo do projeto UFSC-Petrobras reservatrios no convencionais, visando a caracterizao de amostras de
carbonatos, folhelhos e areias de baixa permeabilidade portadoras de gs (Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).

Figura 25 - a) Laminadora automtica Astera; b) Espectrmetro

Figure 25 - a) Automatic equipment for thin section preparation

de fluorescncia de raios X (Rigaku) e c) Difratmetro de raios X

(Astera); b) X-ray uorescence spectrometer and c) X-ray

(Rigaku) nos laboratrios do Instituto de Geocincias da UnB.

difractometer (Rigaku) at Braslia National University.

Centro de Excelncia em Petrologia Carbontica Aplicada Indstria do Petrleo (Unespetro)


da Unesp (fig. 26). O projeto teve como objetivo estabelecer condies fsicas e instrumentais que assegurem

Figura 26 - Prdio do Unespetro - Centro de Excelncia em Petrologia

Figure 26 - Unespetro building - Excellency Centre in Applied

Carbontica Aplicada, inaugurado em 23/11/2010. a) Vista externa;

Carbonate Rock Petrology, founded on 23/11/2010. a) Outside

b) vista interna do prdio e c) Laboratrio de Petrografia.

view; b) inside view and c) Petrography Laboratory.

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REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

a realizao de projetos de P&D e de capacitao em petrologia carbontica, visando a investigao de


rochas, sistemas e sequncias carbonticas nas bacias sedimentares brasileiras. Rene num espao de
2.000m instalaes para o desenvolvimento de pesquisa e atividades de educao. Est preparado para
congregar geocientistas de diferentes reas (estratgrafos, sedimentlogos, geofsicos, micropaleontlogos,
estruturalistas), em estmulo integrao do conhecimento (Coordenao: Prof. Dimas Dias-Brito).
Laboratrio do Ncleo de Estratigrafia Aplicada (NEAP) da Unisinos (fig. 27). O projeto teve como
objetivo adequar as anlises laboratoriais s novas tecnologias, bem como atender s demandas de projetos de
Pesquisa e Desenvolvimento nas reas de interpretao e modelagem estratigrfica e de reservatrios. Atravs da
implantao de um ncleo de interpretao e modelagem, permitir realizao de pesquisas nas seguintes reas:
anlise regional e estratigrfica de potenciais reservatrios atravs de interpretao de sees ssmicas; modelagem
geolgica e ssmica visando a caracterizao e parametrizao multiescalar de corpos sedimentares (escala exploratria e de reservatrios); modelagem volumtrica de reservatrios; definio da arquitetura externa de reservatrios atravs da inverso e mapeamento de dados de resistividade (Coordenao: Prof. Ubiratan Ferrucio Faccini).

Figura 27 - a) e b) Sequncia de imagens mostrando: a aquisio

Figure 27 - a) and b) Data acquisition in the field; c) and d)

de dados no campo; c) e d) os produtos computacionais gerados

resultant products by the Laboratory of Applied Stratigraphy at

a partir desses levantamentos, pelo Laboratrio do

Vale do Rio dos Sinos University.

Ncleo de Estratigrafia Aplicada (NEAP) da Unisinos.

Laboratrio de Modelagem Numrica e Grfi ca em Sedimentologia e Estratigrafi a no


Tecgraf, PUC-RJ. Projeto de infraestrutura (fig. 28) que visa adequar e atualizar os recursos laboratoriais

26

Figura 28 - a) e b) espao fsico com rea total de 542m2; c) e d)

Figure 28 - a) and b) offices with total area of 542m2; c) and d) cluster

cluster de computao cientfica e visualizao do Laboratrio

of scientific computing and visualisation of the Numerical and

de Modelagem Numrica e Grfica em Sedimentologia e

Graphic Modelling in Sedimentology and Stratigraphy Laboratory at

Estratigrafia no Tecgraf / PUC-RJ.

Catholic Pontifical University of Rio de Janeiro.

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Laboratrio Analtico Avanado para Rochas Calcrias - Labocal/UFPR (fig. 29). O projeto capacitou
o Laboratrio de Minerais e Rochas (Lamir) da UFPR para a execuo de anlises de minerais e rochas em
geral. Modernas tcnicas analticas esto disponveis para as empresas de minerao, bem como para as
operadoras da rea de petrleo. Essa realidade pode ser compreendida pela demanda analtica por cerca
de 300 empresas de todo o Brasil, e pelas inmeras anlises realizadas para alunos de graduao, psgraduao e professores de instituies de ensino e pesquisa de todo o Brasil (Coordenao: Prof. Jos
Manoel dos Reis Neto).

REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

existentes s demandas de simulao numrica e grfica de processos sedimentares. Destacam-se nesse


projeto a expanso do espao fsico e a atualizao dos equipamentos, objetivando o uso de grade
de computadores, colaborao distncia e visualizao 3D de alta resoluo, alm da adaptao e
atualizao dos softwares existentes e o desenvolvimento de novas ferramentas (Coordenao: Prof.
Luiz Fernando Martha).

Figura 29 - a) Microscpio eletrnico de varredura (MEV) JEOL

Figure 29 - a) Scanning electron microscope (SEM) JEOL 6010 LA;

6010 LA; b) viso interna do prdio do Labocal na UFPR e c) siste-

b) internal view of the Carbonate Rocks Analytical Laboratory and

ma de catodoluminescncia.

c) cathodoluminescence system. Federal University of Paran.

Pesquisa e Desenvolvimento
Detalhamento estratigrfico do Neoproterozoico da Bacia do So Francisco. O projeto teve como
objetivo a integrao de dados sedimentolgicos, bioestratigrficos e quimioestratigrficos visando aprimorar
o conhecimento da bacia (fig. 30). Foi realizada uma reviso atualizada e integrada da estratigrafia da bacia ao
longo da Serra de So Domingos (Grupos Bambu e Parano), que teve como foco de trabalho a anlise tectonoestratigrficos das sucesses aflorantes, incluindo uma tentativa de estabelecer a equivalncia dessas rochas
com os dados de subsuperfcie publicados (ssmica e poos 1-RC-1-GO e 1-RF-1-MG). Descries petrogrficas
foram feitas em alguns intervalos com o intuito de avaliar as litologias e os intervalos de maior potencial como
reservatrio. A identificao de minerais de argila teve como meta avaliar mudanas de reas-fonte ao longo da
estratigrafia. Determinaes dos istopos 13C, 18O e 87Sr/86Sr foram utilizadas, por se tratar de uma importante ferramenta no estabelecimento das correlaes estratigrficas. Estudos paleontolgicos e palinolgicos
foram feitos na tentativa de ampliar as escassas informaes existentes. Estes resultados foram importantes na

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REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

qualificao de potenciais rochas-reservatrio e intervalos geradores de petrleo na seo neoproterozoica da


Bacia do So Francisco. Durante esse projeto foram realizadas duas dissertaes de mestrado e apresentados
trs trabalhos no 46 Congresso Brasileiro de Geologia, Santos-SP; dois trabalhos no 44 Congresso Brasileiro
de Geologia, Curitiba-PR e um trabalho no 12 Simpsio de Geologia do Centro-Oeste em Pirenpolis-GO.
Trs trabalhos foram apresentados em fruns internacionais: Fermor Meeting of the Geological Society, The
Neoproterozoic Era: Evolution, Glaciation, Oxygenation - Geological Society of London, Londres, Inglaterra,
2012.; Conference of Trofimuk Institute of Petroleum Geology and Geophysics, Novosibirsk, Sibria, Rssia,
2011 e 18th International Sedimentological Congress - IAS, Mendoza, Argentina, 2010 (UnB, Coordenao:
Prof. Carlos Jose Souza de Alvarenga).

Figura 30 - a) Vista panormica do plano de falhas em dolomitos

Figure 30 - a) Fault planes in the dolomites of the Parano Group,

do Grupo Parano, localizado na zona da Falha de So Domingos,

located in the So Domingos Fault zone, So Francisco Basin

Bacia de So Francisco (GO); b) detalhe da camada com constru-

(GO); b) interbedding of stromatolite and doloarenite layers

es estromatolticas intercaladas em dolarenitos e c) fotomicro-

and c) photomicrograph showing the intercristaline porosity

grafia mostrando a porosidade inter-cristalina produzida pelo

related to dolomitization.

processo de dolomitizao.

Anlise estratigrfica do Andar Alagoas nas bacias do Araripe, Tucano/Jatob, Parnaba e


So-Franciscana. O projeto visou realizar o estudo do Andar Alagoas nas bacias interiores do Nordeste do
Brasil (fig. 31), com os objetivos de: prospectar, catalogar, fotografar e descrever afloramentos; descrever e

28

Figura 31 - a) Vista do afloramento mostrando o contato da For-

Figure 31 - a) Outcrop showing the contact between Santana

mao Santana/Membro Romualdo (superior) com as camadas

Formation and upper Romualdo Member, with the Ipubi

Ipubi (na parte inferior), constitudas por gipsita e anidrita,

layers of gypsite and anhydrite, Araripe Basin (PE); b)

Bacia do Araripe - PE; b) calcrios laminados do Membro Crato

laminated limestone of Crato Member of Santana Formation

da Formao Santana na Serra do Ton - Bacia do Tucano e

in the Serra do Ton - Tucano Basin and c) stromatolites

c) estromatlitos da Formao Cod - Bacia do Parnaba, s

of Cod Formation - Parnaba Basin, along Tocantins River

margens do Rio Tocantins, Imperatriz (MA).

margins, Imperatriz City (MA).

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Mapeamento 3D georreferenciado de afloramentos com uso da tcnica Lidar (Light Detection


and Ranging). O projeto teve como objetivo principal avaliar o potencial de uso da tcnica Lidar para a modelagem digital de afloramentos atravs de: a) definio de procedimentos de aquisio para o mapeamento
3D georreferenciado; b) anlise do nvel de exatido das cenas imageadas, tomando-se como referncia a
distncia do equipamento (Laser Scanner 3D Terrestre ILRIS, da Optech) em relao aos afloramentos a serem
estudados e a quantidade de pontos coletados e c) teste dos procedimentos de correlao entre imagem e
litofcies/superfcies, visando o mapeamento/definio automtica de fcies sedimentares e sua arquitetura
deposicional. Durante esse projeto foram realizados trs trabalhos de concluso de curso (graduao), trs
dissertaes de mestrado e uma tese de doutorado. Foi publicado um trabalho no peridico Geocincias
(So Paulo. online) e apresentados dois trabalhos nos congressos International Federation of Surveyors
(Marrocos, 2011) e no XXIV Congresso Brasileiro de Cartografia (Aracaju-SE, 2010) (Unisinos, Coordenao:
Prof. Maurcio Roberto Veronez).

REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

interpretar fcies e associaes de fcies; levantar perfis estratigrficos verticais representativos; reconhecer
superfcies-chave e sequncias deposicionais; correlacionar sees levantadas nas diferentes bacias; medir
paleocorrentes e interpretar a paleodrenagem continental; reas-fonte e sentidos de incurso marinha,
estabelecendo correlaes geolgicas e configuraes paleogeogrficas para este importante intervalo da
estratigrafia brasileira. Foram tambm amostradas sees de interesse da Petrobras para estudos de micropaleontologia, geoqumica e petrografia, e elaborado roteiro geolgico na Bacia do Araripe para seminrio
de campo (Unesp, Coordenao Prof. Mrio Luis Assine).

Parametrizao de sistemas deposicionais com nfase em sistemas turbidticos. Construir um


banco de dados qualitativo e quantitativo para subsidiar estudos e modelagens geolgicas, contribuindo para
o desenvolvimento e produo de reservatrios turbidticos; analisar a correlao entre parmetros sedimentolgicos que influenciam propriedades de qualidade de reservatrio dentro dos distintos elementos arquiteturais
estudados; gerar um atlas de afloramentos com a coletnea, interpretao e correlao de dados arquiteturais
quantitativos de sistemas deposicionais, com nfase em depsitos turbidticos (fig. 32) que possam ser usados
como modelos de reservatrios (Unisinos, Coordenao: Prof. Paulo Sergio Gomes Paim).

Figura 32 - Vista geral dos depsitos arenosos turbidticos, Bacia

Figure 32 - Overview of sandy turbidite deposits, Neuqun

de Neuqun, Argentina.

Basin, Argentina.

Microtomografia de raios X para a determinao de propriedades petrofsicas de rochas-reservatrio e determinao computacional de propriedades petrofsicas de rochas-reservatrio. Trata-se
de projetos vinculados que objetivam a obteno de imagens 3D de rochas-reservatrio (fig. 33) com a tcnica de microtomografia de raios X no sistema SkyScan 1172, para serem utilizadas como dados de entrada na

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REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

caracterizao da geometria do sistema poroso e na determinao computacional de propriedades petrofsicas.


Durante o projeto foram realizadas uma dissertao de mestrado e duas teses de doutorado. Foram publicados
quatro trabalhos em revistas nacionais: Revista de Cincias Exatas e Naturais, Materials Research (So Carlos.
Impresso) e Revista Brasileira de Ensino de Fsica (Impresso) e quatro trabalhos no exterior: Avances en Anlisis
por Tcnicas de Rayos X, Micro-CT User Meeting, 2011, Leuven, Blgica e AIP Conference Proceedings (UEL,
Coordenao: Prof. Carlos Roberto Appoloni e UFSC, Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).

Figura 33 - Imagens tomogrficas de rocha carbontica ooltica

Figure 33 - Tomographic images of oolitic limestone with the pore

com o histograma da distribuio de tamanho de poros.

size distribution diagram.

Caracterizao petrofsica de rochas de baixa permeabilidade. O objetivo desse projeto foi a determinao experimental de propriedades petrofsicas e a caracterizao da estrutura do sistema poroso
(porosidade, distribuio de tamanho de poros e de gros; rea superficial especfica) de rochas de baixa
permeabilidade (fig. 34), tanto capeadoras quanto reservatrios do tipo tight gas sands, permitindo obter
correlaes empricas entre permeabilidade e parmetros da geometria do sistema poroso. Nesse projeto

Figura 34 - a) Foto macroscpica e imagem ao Microscpio

Figure 34 - a) Macroscopic and Scanning Electron Microscope

Eletrnico de Varredura (MEV) de amostra de rocha selante e

(SEM) images of a seal rock and b) Total pore size distribution

b) Distribuio de tamanho de poros total, obtida pela combi-

obtained by combination of gas adsorption of nitrogen

nao das tcnicas de adsoro gasosa de nitrognio (AGN2) e

(AGN2) and pore measurement by mercury percolation (PIM).

porosimetria por intruso de mercrio (PIM).

30

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

tambm foi feita a padronizao dos ensaios experimentais de permeabilidade com a tcnica transient pulse
decay, utilizando o equipamento PDP-200 da Corelab e da tcnica de obteno de isotermas de adsoro/
dessoro, utilizando o equipamento ASAP-2020 da Micrometrics, de modo a se tornarem ensaios de rotina
no Cenpes. Alm disso, foi criado um banco de dados de propriedades petrofsicas das rochas estudadas,
tais como: presso capilar, presso de percolao, altura da coluna de hidrocarbonetos e permeabilidade
absoluta. Nesse projeto, foi realizada uma tese de doutoramento, publicado um artigo na revista Marine and
Petroleum Geology e apresentado um trabalho no 20th International Congress of Mechanical Engineering
(Gramado-RS, 2009) (UFSC, Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).
Caracterizao geolgica e geoqumica de argilominerais contidos no intervalo evaportico
(Formao Ipubi) da Bacia do Araripe. Visa a obteno de dados para auxlio na modelagem de sistemas evaporticos, estudo da origem e a natureza dos depsitos siliciclsticos (folhelhos e argilitos) associados ao intervalo evaportico (fig. 35), com investigao da origem (deposicional e/ou diagentica), das
propriedades e caractersticas fsicas e qumicas dos folhelhos e argilitos encontrados em associao aos
depsitos de gipsita e anidrita da Formao Ipubi. Neste projeto esto sendo realizadas quatro monografias de concluso de curso e uma tese de doutoramento. Foi aprovado um trabalho para ser apresentado
no Congresso Anual da AAPG-2013 e outro j foi apresentado no 46 Congresso Brasileiro de Geologia
(Santos-SP, 2012) (UFPE, Coordenao: Prof. Joo Adauto de Souza Neto).

Figura 35 - a) Modelo de dissoluo em cunha entre fraturas

Figure 35 - a) Wedge dissolution scheme between subvertical

subverticais (gipsita fibrosa (branco) e argilito cinza esverdeado

fractures with collapse of Romualdo Formation mudstones,

(verde escuro), provocando solapamento dos argilitos (verde

stratigraphically above of the Ipubi Formation evaporites.

claro) da Formao Romualdo, estratigraficamente acima, e

Vertical scale 10m, horizontal scale 2m (Campevi quarry,

desenvolvendo abaulamento no topo da camada de evaporito

Araripina, PE); b) Evaporites (Ipubi Fm) with sub-horizontal

(azul). Escala vertical 10m, horizontal 2m (Mina Campevi,

fractures connecting vertical fractures with a bridges type

Araripina, PE); b) Evaporitos (Formao Ipubi) cortado por

pattern (Poluca Quarry, Ipubi, PE) and c) Pirobituminous black

fraturas sub-horizontais interligando fraturas verticais, todas

shale with a rich fauna of ostracods, making the basal portion of

preenchidas por gipsita fibrosa e argilito cinza esverdeado

Ipubi Fomation at Puluca Quarry, Ipubi, PE).

(erodido), em um padro do tipo bridges (Mina Puluca, Ipubi, PE)


e c) Folhelho negro pirobetuminoso rico em ostracodes da base
da Formao Ipubi (Mina Puluca, Ipubi, PE).

Lagunas fl uminenses: caracterizao estratigrfi ca, sedimentolgica e geoqumica das


lagunas Salgada, Vermelha e Brejo do Espinho. Trata-se de dois projetos vinculados e complementares
que visam ao desenvolvimento de modelos anlogos de ambientes carbonticos recentes (fig. 36) que

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

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REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

podem ser aplicados na caracterizao dos reservatrios do pr-sal das bacias brasileiras. Os sistemas
lagunares do litoral fluminense, incluindo as lagunas Vermelha e Brejo do Espinho, na Regio dos
Lagos, e a Lagoa Salgada, no litoral de Campos, so reconhecidos pela ocorrncia de microbialitos
carbonticos com desenvolvimento de estruturas trombolticas e estromatolticas. As lagunas Vermelha
e Brejo do Espinho fazem parte de um sistema de barreira-laguna em um contexto de litoral tipicamente
retrogradante, associado atual transgresso marinha. Por outro lado, a Laguna Salgada (fig. 37) foi
formada em um contexto de litoral progradante, associado ao complexo deltaico do Rio Paraba do
Sul, onde o suprimento de sedimentos fluviais e as correntes de deriva litornea foram fundamentais
para o avano da linha de costa. O estudo tem por objetivo compreender as modificaes ambientais
(condies paleoclimticas locais e de paleotemperatura e paleossalinidade das guas) que culminaram
com o desenvolvimento destes sistemas lagunares e, particularmente, quais os fatores que levaram
formao dos depsitos carbonticos recentes (UFF, Coordenao: Prof. Cleverson Guizan Silva e UFRJ,
Coordenao: Prof. Joo Graciano Mendona Filho).

Figura 36 - a) Esteiras microbianas da Lagoa Vermelha - RJ;

Figure 36 - a) Microbial mats from Lagoa Vermelha - RJ;

b) Estromatlito da Lagoa Salgada - RJ e c) Matria

b) Stromatolite from Lagoa Salgada - RJ and c) Petrographic

orgnica com aspecto lamelar em lmina petrogrfica,

slide (fluorescence mode) showing organic matter with

modo fluorescncia.

lamellar aspect.

Figura 37 - Vista da Lagoa Salgada - Rio de Janeiro, e detalhe de

Figure 37 - View of Lagoa Salgada - Rio de Janeiro, and detail of a

uma linha de GPR adquirida no entorno dessa lagoa.

GPR line acquired at the edge of this lagoon.

Modelos anlogos para as rochas-reservatrio da Formao Juru (fig. 38). O objetivo deste projeto
foi a parametrizao (dados qualitativos e quantitativos) dos elementos arquiteturais e a caracterizao de

32

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

heterogeneidades deposicionais (superfcies) em escalas macro e megascpica, com nfase nos parmetros
geomtricos de corpos arenosos, sua continuidade e conexo entre camadas e, eventualmente, a distribuio da permeabilidade. A caracterizao de heterogeneidades deposicionais facilita o entendimento da
distribuio de zonas de permeabilidade e barreiras ao fluxo de fluidos. Trabalhou-se com os reservatrios
elicos e fluviodeltaicos dos campos do Rio Urucu e Leste do Urucu (Bacia do Solimes) visando contribuir com a modelagem geolgica destes reservatrios. Para esse estudo foram utilizados afloramentos
anlogos na Bacia do Parnaba, e associada ao projeto foi desenvolvida uma tese de doutorado (UFRN,
Coordenao: Prof. Francisco Pinheiro Lima Filho).

Figura 38 - a) Mensurao de pontos de controle a partir de dados

Figure 38 - a) Measurement of control points from Laser Scanner

de Laser Scanner para correlao e ajuste das escalas verticais e

data for correlation and adjustment of vertical and horizontal

horizontais nos fotomosaicos. Detalhe para mensurao feita no

scales in photomosaics. Detail of measurement performed on the

Afloramento Biblioteca - Parque Sete Cidades (PI); b) e c) Modelo

photomosaic of Biblioteca Outcrop - Sete Cidades National Reserve

Slido Digital a partir de linhas imageadas pelo GPR.

(PI); b) and c) Digital 3D model based on imaged GPR lines.

Carbonatos do Brasil (fig. 39). Pesquisa que visa construo do Atlas de Microbialitos do Brasil e
Rochas Carbonticas do Cretceo do Brasil, dentro de uma contextualizao paleoambiental e estratigrfica
em diferentes escalas; reconhecimento e documentao das mais significativas ocorrncias de microbialitos
em rochas carbonticas aflorantes no Brasil (Unesp, Coordenao: Prof. Dimas Dias-Brito).

Figura 39 - a) Microbialitos em rochas carbonticas do

Figure 39 - a) Microbialites in carbonate rocks from the

Proterozoico da Bacia do So Francisco; b) Estromatlitos

Proterozoic of So Francisco Basin; b) Columnar stromatolites

colunares do Grupo Passa Dois na Bacia do Paran (PR) e

from the Passa Dois Group in the Paran Basin (PR) and

c) estromatlitos colunares da Formao Salitre na Chapada

c) Columnar stromatolites from the Salitre Formation in the

Diamantina (BA).

Chapada Diamantina (BA).

Reservatrios no convencionais. Caracterizao de sistemas porosos multiescalas com tcnicas de


tomografia de raios X. (fig. 40). Trata-se de dois projetos vinculados e complementares que visam caracterizao dos sistemas porosos de rochas carbonticas, shale gas / oil shale e arenitos argilosos (tight gas
sands) em suas diversas escalas de porosidade com a aplicao de tcnicas de tomografia computadorizada

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

33

REDE DE
SEDIMENTOLOGIA E
ESTRATIGRAFIA
(SEDESTRAT)

de raios X conjugada com processamento e anlise de imagens 2D e 3D. O sistema poroso de reservatrios
no convencionais bastante complexo e composto de, pelo menos, duas escalas espaciais de descrio.
A tomografia uma tcnica no destrutiva, em geral no sendo necessrias preparaes nas amostras, as
quais podem ser fragmentos de formato geomtrico irregular. O Cenpes foi pioneiro no Brasil em adquirir
imagens de sistemas porosos com resoluo espacial da ordem de 1m, utilizando o microtomgrafo Sky Scan
1172, o que se demonstrou adequado para a descrio monoescala de rochas como arenitos limpos. Dada
a importncia da caracterizao dos reservatrios no convencionais, e no sentido de manter a continuidade
de pesquisa nesta rea, a criao do Laboratrio de Tomografia Multiescalar da UFSC/LMPT (Universidade
Federal de Santa Catarina/Laboratrio de Meios Porosos e Propriedades Termofsicas) assume um papel relevante para equiparar o Brasil a outros centros de renome internacional nessa linha de pesquisa. Neste projeto
esto em andamento cinco teses de doutorado e uma dissertao de mestrado. Apresentado um trabalho
no 20 Congresso Brasileiro de Engenharia e Cincia dos Materiais (Joinvile-SC, 2012) (UEL, Coordenao:
Prof. Carlos Roberto Appoloni e UFSC, Coordenao: Prof. Celso Peres Fernandes).

Pixel size: 20m

5mm

(500 x 500 pixels)

Pixel size: 5,9m

5mm

(500 x 500 pixels)

b
5mm

Pixel size: 1,29m

34

1mm

(500 x 500 pixels)

Figura 40 - Ilustrao, para um carbonato, da metodologia de

Figure 40 - Illustration of the methodology of multi-scalar porous

caracterizao de sistemas porosos multiescalares. Em a) sees

system characterization, applied to a carbonate rock. In

microtomogrficas 2D com resolues espaciais de 20m, 5,9m

a) microtomographic 2D sections, with spatial resolution of

e 1,29m; em b) regies de interesse para anlise (associadas aos

20m, 5,9m e 1,29m; in b) regions of interest for analysis

quadrados vermelhos em a); em c) a rede de poros composta das

(associated with the red squares in a)); in c) network of pores

escalas de 20m e de 5,9m; em d) a rede de poros da escala de

composed of the 20m and 5,9m scales; in d) network of pores

1,29m; em e) a rede de poros total composta a partir das redes

in the 1,29m scale; in e) total pore network composed of the

mostradas em c) e em d).

networks shown in c) and d).

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Rede de Geofsica Aplicada (Regeof)

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

A Regeof tem como proposta de atuao fomentar a realizao de atividades de pesquisa e desenvolvimento na forma de projetos tecnolgicos alinhados s demandas da Petrobras, bem como apoiar a formao de recursos humanos que atendam crescente necessidade de profissionais qualificados em Geofsica.
Gestores: Eduardo Lopes de Faria (2005-2008) e Ricardo Silva Nunes de Bragana (2009- ).
Instituies: IMPA, INPE, ON, PUC-RJ, UENF, UFBA, UFC, UFF, UFPA, UFRN, UFPR, UFRJ, UnB, Unicamp,
USP, UFPE, UFCG, UFES e PUC-RS. (fig. 41).

Figura 41 - Instituies participantes da Rede de Geofsica Aplicada.

Figure 41 - Applied Geophysics Network.

Infraestrutura
Cluster de computadores Netuno no Ncleo de Computao Eletrnica da UFRJ. Implantou-se um
supercomputador composto de 2.048 ncleos de processamento (fig. 42) e com um total de 4.096 Gbytes
de memria RAM e poder computacional de 16.2 Teraflop/s. O equipamento foi adquirido em conjunto com
a Rede de Modelagem Oceanogrfica do Cenpes. Na data de sua inaugurao (2009), era o maior supercomputador acadmico da Amrica Latina, ocupando ento a posio de nmero 139 no ranking mundial
de supercomputadores. O equipamento destinado realizao de processamento numrico intensivo
comum aos projetos de pesquisa na rea de Petrleo e Gs especialmente os que envolvem processamento
de dados ssmicos, e tem sido utilizado amplamente pelas instituies que compem a Rede de Geofsica
(Coordenao: Prof. Gabriel P. Silva).

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35

Figura 42 - Supercomputador

Figure 42 - Netuno

Netuno na UFRJ.

supercomputer at Federal
University of Rio de Janeiro.

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Perfilagem de poos e ressonncia nuclear magntica na UFRJ. Adequao e homologao do


espao fsico laboratorial e aquisio de equipamentos nucleares de perfilagem de poos, bem como a
instalao de um equipamento de gerao de imagens por Ressonncia Magntica Nuclear - Maran II
Ultra (fig. 43). Projetado para analisar e caracterizar rochas e podendo estimar grandezas como viscosidade de fluido, porosidade da rocha, quantidade de fluido livre entre outras medidas, alm de possibilitar a visualizao tridimensional da rocha e o estudo de difuso em uma, duas ou trs dimenses,
o Maran II o mais completo equipamento do tipo j adquirido pela Rede de Geofsica e permitir a
avaliao das propriedades hidrodinmicas dos reservatrios, promovendo maior integrao entre a
geofsica de poo, a petrofsica e a engenharia de petrleo. As sondas adquiridas tambm contribuem
significativamente para a criao e manuteno de uma equipe de perfilagem altamente especializada,
capacitada a auxiliar as demais instituies em suas investigaes nas bacias sedimentares brasileiras
(Coordenao: Prof. Jorge M. de Mendona).
Figura 43 - Equipamento de

Figure 43 - Maran II Ultra

Ressonncia Magntica Nucle-

Nuclear Magnetic Ressonance

ar Maran II Ultra no Instituto

equipment at Geosciences

de Geocincias da UFRJ.

Institute of the Federal


University of Rio de Janeiro.

Laboratrio de Geofsica Computacional (LGC) da Unicamp. Construda em parceria com outras Redes
Temticas no Campus da Unicamp, a nova sede do Centro de Estudos de Petrleo - Cepetro (fig. 44) promoveu uma grande melhoria nas condies para a realizao de projetos de pesquisa do Grupo de Geofsica
Computacional. Incluindo estaes de trabalho (fig. 45), rede de alto desempenho e servidores, promoveu um
significativo aumento da capacidade de processamento de dados ssmicos, beneficiando a pesquisa e desenvolvimento de novos algoritmos com a migrao pr e ps-empilhamento cinemtica e com preservao de

36

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

amplitude, a converso tempo-profundidade e a utilizao de parmetros CRS para diversas aplicaes tais
como: eliminao de mltiplas, correo esttica residual e obteno de modelos de velocidade por tomografia
ssmica (Coordenao: Prof. Martin Tygel).
Figure 44 - Building of the
Petroleum Studies Center at

(Cepetro) na Unicamp.

Unicamp.

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Figura 44 - Edifcio do Centro


de Estudos de Petrleo

Figura 45 - Sala do Laboratrio

Figure 45 - Computer room at

de Geofsica Computacional da

the Computational Geophysics

Unicamp.

Laboratory of Unicamp.

Centro de Pesquisa em Geofsica e Geologia - CPGG/UFBA. A infraestrutura predial com 900m2


(fig. 46), recm finalizada, abrigar os laboratrios de Explorao Ssmica de Petrleo. Sero implantados o
Laboratrio de Propriedades Fsicas de Rochas, o Laboratrio de Geologia Marinha e Costeira e o Laboratrio
Figura 46 - Ampliao da Sede

Figure 46 - Expansion of

do CPGG da UFBA.

CPGG Headquarters, under


construction.

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37

de Hidrogeologia e Meio Ambiente, alm de um auditrio, sala de pesquisadores de Geologia e Geofsica


e secretarias administrativas do Centro. Tal infraestrutura rene em um nico espao os pesquisadores ora
dispersos em dois institutos, gerando grande melhora nas condies de trabalho, fortalecendo e ampliando
as atividades no setor de petrleo e gs e aumentando a colaborao com grupos de outras instituies
nacionais e internacionais (Coordenao: Prof. Olivar A. Lima de Lima).
Laboratrio de Geofsica Aplicada da UFRN. Infraestrutura predial com o objetivo de consolidar a
rea de Geofsica na universidade, aumentando a participao de pesquisadores em temas de leo e gs e
ampliando a capacidade de formao de recursos humanos nestas reas. Alm do prdio (fig. 47), foram
adquiridos equipamentos geofsicos tais como um Gravmetro Scintrex CG-5 e um Resistivmetro Syscal Pro
(Coordenao: Prof. Walter E. de Medeiros).
REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Figura 47 - Fachada do Labo-

Figure 47 - Applied Geophysics

ratrio de Geofsica Aplicada

Laboratory at Federal University

da UFRN.

of Rio Grande do Norte.

Laboratrio de Pesquisa Aplicada Explorao de Petrleo e Gs - Lapaex/UFPA (fig. 48).


Infraestrutura que tem por objetivo atender a todas as reas de pesquisa em Geofsica de Petrleo na
UFPA, agrupando reas de conhecimento em geofsica do petrleo hoje dispersas pelo campus. Abriga os
seguintes laboratrios: de Processamento Ssmico (Prosis), de Processamento de Dados Geofsicos de Poo
(Prolog), de Modelagem Eletromagntica (Proem) e de Mtodos Potenciais (Labmagrav). Estes laboratrios
iro contribuir para o desenvolvimento de estudos, algoritmos e softwares e assim beneficiar as pesquisas
nas reas de mtodos eltricos e eletromagnticos, mtodos ssmicos, mtodos potenciais e geofsica de
poo (Coordenao: Prof. Welby Silva).

38

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figura 48 - Fachada do

Figure 48 - Oil and Gas

Laboratrio de Pesquisa

Exploration Applied Research

Aplicada Explorao de

Laboratory at Federal

Petrleo e Gs.

University of Par.

Laboratrio de Desenvolvimento de Software Cientfico e Aplicado - LDSC/UENF (fig. 49). Trata-se


da ampliao do poder computacional do setor de geoinformtica do Lenep, com a adequao do espao
fsico por meio da instalao de mesas de trabalho e de mdulos individuais dotados de estaes de trabalho
Unix. Este projeto cria condies para atender s demandas dos projetos de pesquisa e desenvolvimento em
termos de modelagem fsico-numrica e desenvolvimento de algoritmos e softwares multiplataforma nas
diversas reas de explorao e caracterizao de reservatrios. (Coordenao: Prof. Viatcheslav Priimenko).
Figure 49 - Computer room,
Software Development

Software Cientfi co e

Laboratory at Norte

Aplicado.

Fluminense State University.

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Figura 49 - Sala do Laboratrio


de Desenvolvimento de

Laboratrio de Aquisio, Processamento e Interpretao Ssmica da UFF. Infraestrutura aplicada


indstria do petrleo, permitindo realizao de projetos de pesquisa em planejamento, aquisio, processamento e interpretao de dados ssmicos. Foram adquiridos: vibrador ssmico (fig. 50) capaz de produzir
ondas P e S; 240 acelermetros de trs componentes; um sismgrafo Sercel, e vrios equipamentos auxiliares,
alm de uma picape e cabine de campo para o levantamento de dados e de uma estao de trabalho para
o processamento e interpretao dos mesmos. Tais equipamentos dotam o grupo da UFF com a capacidade
de realizar levantamentos ssmicos terrestres rasos mono e multicomponentes, permitindo a obteno de
dados relevantes para o entendimento de efeitos ssmicos associados a camadas pouco espessas, anlise
de propagao em meios anisotrpicos, aplicao de atributos ssmicos e extrao de parmetros elsticos,
alm de embasarem o estudo especfico do ciclo de aquisio, processamento e interpretao de ondas S.
Alm dos equipamentos adquiridos, uma edificao com 800m2 (fig. 51) est em construo e contemplar
reas para a guarda e manuteno dos equipamentos bem como todo o ambiente necessrio realizao
das pesquisas (Coordenao: Prof. Adalberto Silva).
Figura 50 - Fonte ssmica do

Figure 50 - Mini-vibrator

tipo minivibrador adquirido

seismic source equipment

para o Laboratrio de

acquired for the Seismic

Aquisio, Processamento e

Laboratory at Federal

Interpretao Ssmica da UFF.

Fluminense University.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

39

Figura 51 - Prdio que sediar

Figure 51 - Geoscience group

o grupo de Geocincias da

headquarters at Federal

UFF, em construo.

Fluminense University, under


construction.

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Laboratrio de Petrofsica da UFCG-PB. Contempla a adequao do espao fsico bem como a compra
de equipamentos. O projeto tem como objetivo capacitar a UFCG na caracterizao das propriedades petrofsicas de rochas sedimentares e no desenvolvimento de pesquisas relacionadas aquisio, processamento,
modelagem e interpretao integrada de dados petrofsicos. Foram adquiridos uma cmara ultrassnica para
a medio das velocidades de ondas ssmicas em corpos de rocha e sua atenuao (fig. 52), um permoporosmetro (fig. 53) capaz de medir diversas propriedades de corpos de rocha tais como porosidade, superfcie
especfica, alm de diversos equipamentos auxiliares (Coordenao: Prof. Jos Agnelo Soares).
Figura 52 - Cmara ultrassnica

Figure 52 - Ultrasonic chamber

adquirida para o Laboratrio

acquired for the Petrophysical

de Petrofsica da UFCG (PB).

Laboratory at Campina
Grande Federal University.

Figura 53 - Permoporosmetro

Figure 53 - Permoporosimeter

adquirido para o Laboratrio

acquired for the Petrophysical

de Petrofsica da UFCG-PB.

Laboratory at Campina
Grande Federal University.

40

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Mtodo Eletromagntico a Multifrequncia para uso na explorao de hidrocarbonetos e


no imageamento de reservatrios. Estudo experimental (fig. 54) e terico com o mtodo eletromagntico em reas de explorao e explotao de hidrocarbonetos. O mtodo foi desenvolvido pelo Prof.
Carlos Alberto Dias, patenteado em 1973 e vem passando por diversas etapas de desenvolvimento. Foram
construdos prottipos dos equipamentos de aquisio em multifrequncia e realizados levantamentos em
Fazenda Alegre (ES) e Fazenda Alvorada (BA), com resultados promissores. O ltimo prottipo construdo
incorpora significativos avanos tecnolgicos, possui capacidade de varredura sobre 140 valores de frequncia no intervalo de 0,2KHz a 1KHz, maior potncia no transmissor e mais sensibilidade nos receptores
em relao aos prottipos anteriores, o que permite a investigao em uma profundidade de at 3km.
Vinculada a este projeto de pesquisa, foi defendida uma tese de doutorado e realizada uma dissertao
de mestrado. Uma tese de doutorado e uma dissertao de mestrado se encontram em desenvolvimento
(UFBA, Coordenao: Prof. Olivar A. Lima de Lima).
12T-res
6.100

6.000

5.900

5.800

5.700

5.600

5.500

5.400

5.300

5.200

5.100

5.000

4.900

4.800

4.700

4.600

4.500

4.400

4.300

4.200

4.100

4.000

3.900

3.800

3.700

3.600

3.500

3.400

3.300

3.200

3.100

3.000

Estao

100

100

200

200

300

300

400

400

500

500

600

600

700

700
800

800
900

1.000
1.100

1.000

900

700
500
200
100

1.000
1.100

70
50
20
10
7
5
2
1

1.200
1.300
1.400

Prof. (m)

Prof. (m)

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Pesquisa e Desenvolvimento

1.200
1.300
1.400

4.500

4.400

4.300

4.200

4.100

4.000

3.900

3.800

3.700

3.600

3.500

3.400

3.300

3.200

3.100

3.000

2.900

2.800

2.700

2.600

2.500

2.400

2.300

2.200

2.100

2.000

1.900

1.800

1.700

1.600

1.500

1.500
1.400

1.500

Dist. T-R (m)

Figura 54 - Seo de resistividade obtida pelo levantamento eletro-

Figure 54 - Resistivity section obtained by the multifrequency

magntico a multifrequncia na regio de Fazenda Alegre, ES.

electromagnetic survey at Fazenda Alegre, ES.

Imageamento ssmico pelo mtodo CRS. Projeto objetiva desenvolver algoritmos de extrao de atributos CRS aplicados ao imageamento de dados ssmicos 2D e 3D (fig. 55). Trazendo a ampla experincia do
consrcio Wave Inversion Technology (WIT), o mtodo CRS estudado neste projeto visa melhorar a razo
sinal/rudo e aumentar a banda de frequncia do dado ssmico, o que pode trazer grandes benefcios para a
investigao de reservatrios delgados, principalmente atravs do seu estudo em trs dimenses. Neste projeto foram realizados estudos visando a utilizao do CRS para: a construo de campos de velocidades para
migrao em tempo ps e pr-empilhamento 2D e 3D; a atenuao de estticas residuais e de superfcie em
2D; a construo de sees de AVO/AVA; a identificao e atenuao de mltiplas; a obteno de modelos de

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

41

velocidade em profundidade atravs da tomografia ssmica e a migrao Kirchhoff em verdadeira amplitude.


Vinculadas a este projeto de pesquisa foram defendidas seis teses de doutorado e realizadas 16 dissertaes de
mestrado. Cinco dissertaes de mestrado se encontram em desenvolvimento (Unicamp/UFPA, Coordenao:
Profs. Martin Tygel e Jess Costa).

3.000

4.000

Xcmp (m)
5.000
6.000

Figura 55
7.000

8.000

Seo empilhada obtida


pelo mtodo Common
Refl ection Surface.

0,5

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Tempo (s)

Figure 55
Stacked section obtained by

1,0

the CRS method.

1,5
2,0
2,5

42

Figura 56 - Conjuntos de dados extrados a partir da classificao

Figure 56 - Dataset extracted through the multi-attribute

por multiatributos.

classification.

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Determinao dos parmetros de reservatrios delgados a partir da inverso ssmica multicomponente dinmica. Desenvolvimento de aspectos tericos e prticos para estimativa de parmetros
fsico-geolgicos sob o ponto de vista da teoria da elasticidade (fig. 57), direcionando a implementao
para o processamento de dados ssmicos multicomponentes reais. Foram desenvolvidos procedimentos e
programas de computador para a estimativa das propriedades elsticas de rochas conectadas com parmetros fsicos do reservatrio de petrleo, utilizando sistemas de observao multiondas e multicomponentes. Foram tambm desenvolvidas tecnologias para a determinao de parmetros elsticos em reas
de interesse da Petrobras. Associadas a este projeto de pesquisa, foram defendidas uma tese de doutorado
e uma dissertao de mestrado (UENF, Coordenao: Prof. Viatcheslav Priimenko).
W-A

2.000

2.500

3.000

3.500 Vp
1.000
(m/sec)

1.500

Vs
(m/sec)

1.8

1.9

2.0

2.1

2.2

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Aprendizagem estatstica aplicada classificao multiclasses em multiatributos ssmicos Kernelsis. Estudo de mtodos baseados em ncleos e mquinas de suporte vetorial para a classificao de
dados ssmicos em reservatrios de petrleo a partir das vrias curvas que descrevem propriedades de rochas
nos poos, guiados ou no pela estratigrafia ssmica em seus diversos atributos (fig. 56). Foi desenvolvido
o software Kernelsis com implementao de multiclasses para determinao de estruturas geolgicas a
partir de dados de poos. O software conta com a implementao de coordenao das estelares de forma
interativa e permite determinar a continuidade estatstica das estruturas geolgicas a partir dos dados ssmicos e de poos. Vinculadas a este projeto de pesquisa foram defendidas duas teses de doutorado (PUC-RJ,
Coordenao: Prof. Geovan Tavares dos Santos).

2.3 ro
(g/cm3)

1.000

1.250

1.500

100

100

100

AB

AB

AB

200

200

200

300

300

300

400

400

400

500
Z (m)

500
Z (m)

500
Z (m)

1.750

2.000

2.250

2.500

2.750

3.000

3.000

3.250

3.250

3.500

3.500

3.750

3.750

Figura 57 - Parmetros Vp, Vs e obtidos a partir de um

Figure 57 - Vp , Vs and parameters obtained from a thin

modelo delgado.

reservoir model.

Inverso Bayesiana de AVO (multicomponente e 4D). Desenvolvimento de metodologia de inverso


e anlise de AVO para dados ssmicos multicomponentes (fig. 58) e na perturbao da resposta ssmica
4D, sua implementao computacional e testes prticos em escala de processamento ssmico industrial.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

43

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

44

Figura 58 - Seo empilhada PS antes e aps precondicionamento,

Figure 58 - PS stacked section before and after preconditioning,

com seus respectivos espectros de frequncia e perfis snicos.

with their frequency spectrums and sonic profiles.

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Algoritmo para converso de refletividades para propriedades intervalares e estimativas das


incertezas. Desenvolvimento e implementao computacional de um algoritmo avanado para obteno
de parmetros elsticos intervalares (Vp, Vs, Ip, Is, ) a partir das refletividades correspondentes (fig. 59),
derivadas da inverso Bayesiana de AVO. O algoritmo em questo capaz tambm de levar em conta
as incertezas presentes nos dados e no modelo inicial de maneira a produzir como sada uma funo de
densidade de probabilidade a posteriori para os parmetros, possibilitando a anlise quantitativa de confiabilidade dos resultados da inverso. O cdigo resultante foi denominado Invtrace, implementado no
Promax e se encontra disponvel para uso na Petrobras. Tambm como fruto deste projeto, foi publicado
um artigo na Geophysics em 2009 (UENF, Coordenao: Prof. Srgio Adriano Moura Oliveira).

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Foi realizado o desenvolvimento terico e implementao computacional de metodologias para o processamento e inverso de dados ssmicos que incluem um pacote de aplicativos para anlise e filtragem de
dados por meio da transformada de curvelet e implementao da metodologia de inverso de AVO 4D
(componente PP). Foi desenvolvido o fluxo de precondicionamento de dados para inverso de AVO e sua
validao ocorreu por meio de testes utilizando dados ssmicos sintticos e reais aplicado a reservatrio
carbontico. Vinculadas a este projeto de pesquisa, se encontram em realizao trs dissertaes de mestrado (UENF, Coordenao: Prof. Fernando Moraes).

Figura 59
Detalhe de uma seo real
invertida com diferentes
fatores de qualidade Q.
a) Q= e b) Q=110.

Figure 59
Detail of a real data inversion
with two different quality
factors Q.
a) Q= e b) Q=110.

Tcnicas de absoro em contornos artificiais no mtodo das diferenas finitas aplicado propagao de ondas acsticas (fig. 60). Tem como objetivo mapear o estado da arte, implementar e analisar
o desempenho das tcnicas de absoro em contornos artificiais na propagao de ondas acsticas, visando
o desenvolvimento de programas computacionais otimizados, com a considerao de contornos absorventes.
Foi realizado um estudo detalhado das principais tcnicas numricas utilizadas para a simulao da propagao de ondas acsticas, com destaque para o tratamento dado s condies de contorno do domnio
modelado. Como mtodo para implementao computacional foi adotado o das diferenas finitas e estudado o acoplamento deste com o mtodo dos elementos de contorno. As tcnicas ABS, DZ, PML, bem como
suas combinaes, foram implementadas e comparadas, tanto em 2D como em 3D, permitindo um melhor
entendimento dos mecanismos de absoro e sua influncia nas simulaes numricas de propagao de
ondas acsticas. Vinculada a este projeto foi defendida uma dissertao de mestrado (UFF, Coordenao:
Prof. Raul B. Vidal Pessolani).

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

45

Figura 60

350.000

Comparao da atenuao

ABC+Cer jan Source 5Hz


ABC+Liu+Cer jan Source 5Hz
ABC+liu Source 5Hz
ABC Source 5Hz
Standard Cer jan Source 5Hz
Cer jan Source 5Hz
Energy Wave 5Hz

nas bordas para diferentes


tcnicas de absoro.

300.000

Figure 60
Comparison of attenuation

250.000

for several edge absorption


techniques.

Energy

200.000
150.000

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

100.000
50.000
0

500

1.000 1.500

2.000 2.500
Time step

3.000 3.500

4.000 4.500

Formulao quase dual do mtodo dos elementos de contorno em problemas de propagao


de ondas. Anlise das condies de completude na sequncia de funes radiais e implementao de
um esquema iterativo de soluo (fig. 61). O emprego desta classe de funes possibilita uma favorvel
diminuio das dimenses das matrizes que representam as propriedades fsicas de um problema e pode
gerar significativa economia computacional na soluo de problemas de interesse da Geofsica. Neste trabalho foram estudadas e implementadas 27 diferentes funes, sendo duas de Buhmann, 7 de Wu e 18
de Wendland. Os resultados indicam que as funes radiais se mostraram adequadas para representar as
diversas funes-objeto testadas. Vinculadas ao presente trabalho foram desenvolvidas trs dissertaes
de mestrado (UFES, Coordenao: Prof. Carlos Loeffler Neto).
Figura 61
Malha para ajuste com nfase

1,0

nos maiores valores do gra-

1,5

diente, obtida atravs do uso

1,0

0,8

de funes radiais.

0,5
0,0
0,0

0,6

0,25

0,5
0,75
1,0
y

0,0
0,25
0,5 x
0,75
1,0

Figura 1 - Funo de Franke

centros
0,4

pts de ajuste

0,2

0,0
0,0

46

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

Figure 61
Fitted mesh based on high
gradient values, obtained by
radial functions.

Migrao por extrapolao de ondas em 3D. Objetiva investigar mtodos rpidos para a migrao de
dados ssmicos (fig. 62) usando a equao da onda unidirecional em trs dimenses. Foram desenvolvidos e
Figure 62 - 3D migration
obtained by the RTM-REM

RTM-REM (seo cross-line).

method (cross-line section).

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

Figura 62 - Resultado da
migrao 3D com o mtodo

Figura 63
Simulao da propagao de ondas ssmicas com
malha hbrida.

Figure 63
Simulation of seismic wave

(x,y)=(10;10)
(dx,dy)=(0,02;0,02)
dt=0,01

v2=1,0

v1=2,0

propagation in a hybrid mesh.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

47

testados algoritmos de migrao por deslocamento de fase, migrao por diferenas finitas e migrao por
Fourier FD, todos em trs dimenses. A eficincia computacional e a qualidade das sees migradas foram
comparadas e discutidas. O material produzido tornou-se uma excelente fonte de referncia para os geofsicos
que desejarem se aprofundar no assunto e de interesse direto para a Petrobras. Merece destaque a construo
de um operador de diferenas finitas implcito com srie de Pad complexa, com splitting em quatro direes
e correo de Li. Associadas a este projeto, foram realizadas uma tese de doutorado e duas dissertaes de
mestrado, e uma tese de doutorado e uma dissertao de mestrado se encontram em andamento (Unicamp/
UFBA/UFPA, Coordenao: Profs. Joerg Schleicher, Reynam Pestana e Jess Costa).

REDE DE
GEOFSICA APLICADA
(REGEOF)

48

Aplicaes de geofsica para as arquiteturas atuais de processamento de alto desempenho. Visa


aperfeioar a verso paralelizada da aplicao j existente no Cenpes, que modela a propagao de ondas
ssmicas. Pretende otimizar procedimentos da aplicao-alvo (fig. 63), particularmente no que diz respeito
ao aproveitamento das diferentes tendncias atuais em computao de alto desempenho. Foram propostas
melhorias no modelo numrico utilizado na Petrobras para a resoluo da equao acstica e elstica da
onda, foram otimizadas as implementaes paralelas em clusters de computadores baseados em processadores de mltiplos ncleos, foram desenvolvidos cdigos para a utilizao de GPUs, foi desenvolvido um
middleware e estratgias de gerenciamento de execuo da aplicao nas arquiteturas-alvo e foram analisadas as ferramentas de desenvolvimento para arquiteturas de alto desempenho multicore e em GPUs. Sob
este projeto foram desenvolvidas quatro dissertaes de mestrado, e trs teses de doutorado se encontram
em desenvolvimento (UFF, Coordenao: Profa. Cristina Beres).

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Rede de Geoqumica (Regeoq)

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

A Rede de Geoqumica atua na identificao de novas demandas, novas possibilidades e novas


ideias ligadas Geoqumica Orgnica e Geoqumica do Petrleo, visando garantir o alinhamento
de sua carteira de projetos s estratgias da Petrobras e gesto dos recursos humanos, materiais e
financeiros. Compartilha o conhecimento gerado e as pesquisas que desenvolve em parceria com as
universidades e institutos de pesquisa, objetivando solucionar os desafios tecnolgicos enfrentados
na explorao e produo de petrleo e gs. Objetiva tambm construir parcerias sustentveis e de
longo prazo, tornando a comunidade de cincia e tecnologia brasileira uma referncia em Geoqumica
Orgnica e do Petrleo.
Gestores: Eugnio Vaz dos Santos Neto (2006-2010) e Ramss Capilla (2010-).
Instituies: UnB, Unicamp, UFRGS, UFRJ, UFF, UERJ, Cetem, PUC-RJ, UENF, UFBA, UFPI e UFPA (fig. 64).

Figura 64 - Instituies participantes da Rede de Geoqumica.

Figure 64 - Geochemistry Network.

Infraestrutura
Laboratrio ThoMSon do Instituto de Qumica da Unicamp. Inclui a aquisio e instalao de equipamentos tais como um espectrmetro de massas de altssima resoluo (ESI-FT-MS) (fig. 65), utilizado para
o desenvolvimento de mtodos analticos rpidos e eficientes de caracterizao de petrleo bruto e derivados
(Petrolemica). Em meados de 2009 o processo de instalao e calibrao dos equipamentos foi concludo e a

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

49

partir de ento foi dado incio s pesquisas e ao desenvolvimento metodolgico para as anlises de amostras
de petrleo, o que contribuiu para que o Laboratrio ThoMSon tenha se tornado uma referncia mundial em
espectrometria de massas. Os significativos e inovadores resultados analticos ali obtidos esto sendo utilizados
em projetos para obteno de novos parmetros para a caracterizao geoqumica de origem, maturao e
biodegradao do petrleo (Coordenao: Prof. Marcos Eberlin).

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

50

Figura 65 - Infraestrutura laboratorial e equipamentos (ESI-FT-MS) do

Figure 65 - Laboratory infrastructure and equipment (ESI-FT-MS)

Laboratrio ThoMSon de Espectrometria de Massas - Unicamp.

of the ThoMSon Laboratory of Mass Spectrometry at Campinas


State University.

Laboratrio de Geoqumca Orgnica do Instituto de Qumica da Unicamp. No contexto dos


estudos vinculados biodegradao de petrleo, foi promovida a ampliao da infraestrutura analtica
em Qumica, Metagenmica e Biocatlise para consolidar uma rede de pesquisa pluridisciplinar em
Geoqumica Orgnica e Biodegradao do Petrleo. Juntamente com a ampliao e adequao do espao
fsico do laboratrio, foram adquiridos equipamentos de ltima gerao (fig. 66) para anlises qumicas
e geoqumicas, tais como: LC-MS/MS, GC-MS, GC, GC-IRMS, MPLC e GC-MS/MS. Este laboratrio foi
o primeiro do gnero a ser instalado fora da Petrobras/Cenpes, no contexto do programa de Redes
Temticas, estando apto a desenvolver novas linhas de pesquisa para suporte s atividades de E&P do
setor petrleo no pas (Coordenao: Prof. Francisco Reis).

Figura 66 - Imagens de equipamentos e da infraestrutura analtica

Figure 66 - Images of equipment and analytical infrastructure of

do Laboratrio de Geoqumica Orgnica do Instituto de Qumica

the Chemistry Institute, Laboratory of Organic Geochemistry at

da Unicamp.

Campinas State University.

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figura 67 - Novas instalaes do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas

Figure 67 - New premises of the Multidisciplinary Center for

Qumicas, Biolgicas e Agrcolas (CPQBA) da Unicamp.

Chemical, Biological and Agricultural Research at Campinas


State University.

Laboratrio de Palinofcies da UFRJ. Ampliao e adequao da infraestrutura e aquisio de micropirolisador a laser acoplado a GC-MS, visando a implantao de novas tcnicas analticas para determinar a composio de partculas orgnicas microscpicas presentes em rochas geradoras (fig. 68). Os resultados potenciais
deste laboratrio traro um melhor conhecimento sobre o comportamento composicional dos asfaltenos e dos
biomarcadores ocludos em suas estruturas, de acordo com a variao do ambiente deposicional, do tipo de
querognio e do grau de evoluo trmica da rocha geradora (Coordenao: Prof. Joo Graciano Mendona Filho).
Figura 68 - Laboratrio de

Figure 68 - Palynofacies

Palinofceis e Petrografia

and Organic Petrography

Orgnica da UFRJ.

Laboratory at Federal

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Qumicas, Biolgicas e Agrcolas (CPQBA). Infraestrutura renovada, com implementao dos novos laboratrios da Diviso de Recursos Microbianos (DRM) e da Coleo
Brasileira de Micro-Organismos de Ambiente e Indstria (fig. 67). Com as novas instalaes, esta coleo
ser ampliada e a DRM-Unicamp est caminhando para se tornar um Centro de referncia na rea biolgica
no pas (Coordenao: Profa.Valria Merzel).

University of Rio de Janeiro.

Laboratrio de Engenharia e Explorao de Petrleo (Lenep) da UENF, Maca (RJ). Ampliao


da capacidade analtica em Geoqumica Orgnica pela aquisio de cromatgrafo a gs (CG) acoplado
a extrator trmico e pirolisador de amostras, visando estudos de rochas geradoras (fig. 69). Estes equipamentos ampliam a capacidade de pesquisa na rea de Geoqumica de Reservatrios, permitindo a
caracterizao de leos pesados, fator importante para a ampliao do fator de recuperao em campos
maduros (Coordenao: Profa. Eliane de Souza).

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

51

Figura 69
Laboratrio de Geoqumica
Orgnica do Lenep (UENF).

Figure 69
Organic Geochemistry
Laboratory at Norte
Fluminense State University.

Laboratrio de Geoqumica Orgnica da UFRGS. Ampliao e adequao da infraestrutura de laboratrios e aquisio de reator Parr (fig. 70), analisador elementar, CG (ionizao por chama/ condutividade
trmica) e GC-MS, com enfoque em estudos de hidropirlise. Este laboratrio tem potencial para realizar
investigaes na caracterizao avanada de rochas geradoras, contribuindo ao entendimento dos sistemas
petrolferos das bacias brasileiras (Coordenao: Prof. Wolfgang Kalkreuth).

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Figura 70 - Reator Parr, dedi-

Figure 70 - Parr reactor in

cado ao estudo de rochas

the Laboratory of Organic

geradoras. Laboratrio de

Geochemistry at Federal

Geoqumica Orgnica do

University of Rio Grande

Instituto de Geocincias da

do Sul.

UFRGS.

Pirolisador Rock-Eval e analisador elementar no Centro de Tecnologia Mineral (MCTI/Cetem).


Alm destes equipamentos, foi modernizado o laboratrio de preparao de amostras do Cetem (fig. 71),
infraestrutura que tem por objetivo determinar os parmetros geoqumicos para caracterizao de rochas
geradoras de petrleo (COT, C total, S total, S1, S2, Tmax e S3). Tais investigaes constituem a rotina analtica bsica que conduzida para a avaliao do potencial de rochas geradoras e para o entendimento do
comportamento dos sistemas petrolferos (Coordenao: Dr. Arnaldo Alcover).

52

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figure 71 - Geochemistry and Sample Preparation Laboratory at

do Cetem.

Mineral Technology Center.

Centro de Istopos Estveis da Faculdade de Geologia da UERJ. Ampliao e adequao da infraestrutura de laboratrios e aquisio de CG, GC-IRMS e analisador elementar (fig. 72), para ampliar a capacitao em anlises isotpica de carbono em compostos especficos e determinao isotpica de carbono
e nitrognio em extratos de rochas e leos. Tais anlises tm importncia em estudos estratigrficos e de
paleoambientes deposicionais, alm de auxiliar na caracterizao avanada de leos e de rochas geradoras
(Coordenao: Prof. Ren Rodrigues).
Figura 72 - Cromatgrafo

Figure 72 - Gas chromatographer,

gasoso no Laboratrio do

Stable Isotopes Laboratory at

Centro de Istopos Estveis

Rio de Janeiro State University.

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Figura 71 - Laboratrio de Geoqumica e Preparao de Amostras

da UERJ.

Laboratrio de Istopos do Instituto de Fsica da UFBA. Aquisio de Gas-Bench e amostrador


automtico de H/Device para espectrmetro de massas e GC-MS e analisador elementar (C, N, S, H)
com interface para acoplamento ao MS, com vistas caracterizao isotpica de guas de reservatrios
e de carbonatos nelas dissolvidos. Implementao da tcnica de espectroscopia a laser (Picarro) para
a caracterizao isotpica (2H e 18O) de guas de formao (fig. 73). Este conjunto de equipamentos
para a anlise isotpica em guas vai permitir a conduo de pesquisas com fluidos aquosos da Bacia
do Recncavo, rea em avanado estgio explotatrio e onde a compreenso da dinmica elementar no
espao poroso dos reservatrios de petrleo e nos aquferos superficiais se faz importante (Coordenao:
Prof. Antonio Expedito Azevedo).

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

53

Figura 73
Laboratrio de Fsica Nuclear da
UFBA. a) Analisador Picarro.
b) Amostrador automtico de
H para espectrmetro de massa
de razo isotpica.

Figure 73
Nuclear Physics Laboratory at
Federal University of Bahia.
a) Picarro Analyzer. b) Automatic
H sampler to isotope ratio mass
spectrometer.

Laboratrio de Istopos da UnB. Adequao da infraestrutura e aquisio de IRMS (para anlise de


istopos de O, C, N, S e H) e de cromatgrafo de ons (fig. 74). O objetivo principal desta instalao desenvolver a capacidade analtica nacional para istopos de S tanto em reservatrios de petrleo quanto em leos
biodegradados, como elemento-chave caracterizao do paleambiente deposicional de suas correspondentes
rochas geradoras (Coordenao: Prof. Roberto Ventura).
Figura 74 - Laboratrio de

Figure 74 - Laboratory of

Geoqumica Isotpica da UnB.

Isotope Geochemistry at

Detalhe do IRMS para anlises

Braslia National University.

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

de istopos de O, C, N, S e H.

Laboratrio do Instituto de Qumica da UFF (fig. 75). Instalao e aparelhamento de laboratrios isentos de possibilidade de contaminao de materiais, para quantificao de hidrocarbonetos em
Figura 75 - Laboratrio de

Figure 75 - Organic

Geoqumica Orgnica da

Geochemistry Laboratory

UFF, equipado com GC,

at Fluminense Federal

GC/MS e espectrofot metro

University.

de fluorescncia.

54

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

amostras de sedimentos marinhos coletadas por piston core e de superfcie. Aquisio de CG, GC/MS e
espectrofotmetro de fluorescncia. Tal laboratrio de grande importncia para atuar como infraestrutura
de ponta em pesquisas geoqumicas de fluidos e de rochas/sedimentos (Coordenao: Profa. Ktia Leal).

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Laboratrio de Geoqumica Orgnica do Departamento de Qumica da UFPI. Ampliao e adequao da infraestrutura e aquisio de LC-MS/MS, GC-MS/MS, GC-MS (headspace) e GC/MS-TOF, objetivando
capacitar este ncleo na caracterizao de biomarcadores por tcnicas avanadas de anlise em Geoqumica
(fig. 76). Esta estrutura laboratorial tem importncia estratgica e de capacitao para a Regio Nordeste
do pas, visando tambm fixar pesquisadores naquela rea pela oferta do estado da arte em infraestrutura
analtica (Coordenao: Prof. Jos Arimatia Lopes).

Figura 76 - Laboratrio de Geoqumica Orgnica (UFPI). Prdio e

Figure 76 - Laboratory of Organic Geochemistry at Federal

infraestrutura interna do LAGO. nico laboratrio de Geoqumica

University of Piau.

Orgnica do nordeste brasileiro.

Pesquisa e Desenvolvimento
Monitoramento de exsudaes e derramamentos de leo no Golfo do Mxico atravs de imagens de satlites (fig. 77). Este projeto teve como principal objetivo o estabelecimento das bases cientficas

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

55

para a definio de novas fronteiras exploratrias na margem continental brasileira a partir da utilizao de
imagens de radar na deteco de exsudaes naturais de leo em rea previamente conhecida. (UFRJ/Coppe,
Coordenao: Prof. Fernando Pellon de Miranda).
Figura 77 - Imagem Radarsat

Figure 77 - Radarsat image

evidenciando oil slicks na

showing oil slicks in the

rea investigada - Golfo

investigated area, at Gulf

do Mxico.

of Mexico.

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Petrolemica: novos mtodos de caracterizao rpida e abrangente de petrleo bruto e


seus derivados via Espectrometria de Massas FT-MS de altssima resoluo. Este projeto utiliza o
que existe de mais avanado em estudos de petrleo e derivados, atravs de tcnicas de Espectrometria
de Massas com ESI-FT-ICR, MS. Como destaque destas pesquisas, um artigo delas derivado foi assunto
de capa em 2010 na revista Analytical Chemistry, (fig. 78) reconhecida como a mais conceituada fonte
Figura 78
a) Capa da revista Analytical
Chemistry (2010), com
publicao dos primeiros
resultados de pesquisas
utilizando o ESI-FT-ICR, MS e
b) da Unicamp.

Figure 78
a) Analytical Chemistry
(2010), with the publication
of the first results of research
with the use of the ESI-FT-ICR
MS and b) at Campinas State
University.

56

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

de referncia na rea de Qumica Analtica. Estes estudos vm sendo realizados em parceria entre a
Unicamp e a Gerncia de Geoqumica do Cenpes. Neste projeto, objetivou-se o estabelecimento de
ferramentas de predio da origem e da evoluo trmica de petrleos a partir do conhecimento da
composio detalhada de seus compostos polares. Alm destas tcnicas analticas, foi necessrio o
desenvolvimento de um aplicativo computacional, o PetroMS, que superou os limites tecnolgicos de
softwares comerciais utilizados at ento. Deste projeto resultaram vrias publicaes em peridicos
cientficos tanto nacionais quanto no exterior, alm da formao acadmica de seis Doutores e de um
Mestre (Unicamp/IQ, Coordenao: Prof. Marcos Eberlin).

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Estudo multidisciplinar de biodegradao. Tem como objetivo a identificao de novos


biomarcadores em petrleo e o diagnstico de novos parmetros de biodegradao, alm da sntese
de biomarcadores para estudos em GC-MS, simulaes de biodegradao e variao da razo isotpica
de leos com o aumento dos processos de biodegradao (fig. 79). Os resultados obtidos permitiram
a identificao de novos genes e operons envolvidos nos processos de degradao de leo nos
reservatrios, trazendo novos entendimentos destes processos complexos de transformao do petrleo.
Novos achados a partir da abordagem com metagenmica possibilitaram a caracterizao de sequncias
gnicas responsveis pela degradao de leos. Um fator de grande importncia nestas pesquisas
a obteno e o estudo de uma coleo de clones metagenmicos representantes da microbiota de
reservatrios, com potencial de utilizao na busca de biocatalisadores para uso em processos industriais
e/ou biotecnolgicos (Unicamp/IQ, Coordenao: Prof. Francisco Reis).

Figura 79 - Laboratrio de Metagenmica e Biocataltica

Figure 79 - Metagenomics and Biocathalysis Laboratory at

na Unicamp.

Campinas State University.

Faciologia orgnica, maturao trmica e modelagem geolgico-geoqumica de sequncias


sedimentares paleozoicas, mesozoicas e cenozoicas. Neste projeto busca-se o desenvolvimento de
mtodos para o estudo da maturao trmica em fcies orgnicas nas quais os mtodos convencionais
(Reflectncia da Vitrinita) apresentam baixa resoluo (fig. 80). O mtodo consiste nas anlises de %COT
e caracterizao de palinofcies. No mtodo quantitativo para determinar a maturao trmica, foi desenvolvido o ndice da transmitncia da matria amorfa (ICTMOA), como indicador de maturidade termal em
rochas geradoras de petrleo provenientes de fcies saproplicas, o que se torna til na ausncia de outros
elementos orgnicos tais como vitrinitas e esporomorfos. Esta tcnica envolve a medida do espectro de
luz branca transmitida atravs da matria amorfa, cujo valor est relacionado s mudanas na colorao
da matria orgnica amorfa presente na rocha como resposta ao aumento da temperatura no ambiente
da bacia sedimentar. Os resultados obtidos at o presente momento mostraram-se significativos para a

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

57

caracterizao faciolgica e de maturao em rochas desprovidas dos paleotermmetros convencionais


(UFRJ/IG, Coordenao: Prof. Joo Graciano Mendona Filho).
Figura 80
Laboratrio de Palinofcies
e Fcies Orgnica da UFRJ.
Estudos de maturao
trmica de sequncias
sedimentares.

Figure 80
Palynofacies and Organic
Geochemistry Laboratory at
Federal University of Rio de
Janeiro. Thermal maturation of
sedimentary sequences studies.

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Estudo geoqumico de resinas e asfaltenos por hidropirlise. Objetiva o desenvolvimento de


metodologia para o estudo e caracterizao de componentes polares e sua relao com a composio do
querognio e sua evoluo trmica (fig. 81), resultados analticos que traro melhor conhecimento sobre o
comportamento composicional dos asfaltenos e dos biomarcadores ocludos em suas estruturas. A partir
destes estudos, se desenvolver uma nova ferramenta para interpretao de processos tais como misturas de
leos, compartimentao de reservatrios e eventos de biodegradao intercalados com novos episdios de
migrao e preenchimentos de reservatrios (UFRJ/IG, Coordenao: Prof. Joo Graciano Mendona Filho).

Figura 81 - Laboratrio de Palinofcies e Fcies Orgnica da UFRJ,

Figure 81 - Palynofacies and Organic Geochemistry Laboratory

utilizado para estudos de hidropirlise e asfaltenos.

at Federal University of Rio de Janeiro. Hydropirolysis and


asphalthenes studies.

58

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Aplicao da tcnica de CG-Bidimensional, com detector por tempo de voo, no estudo de sistemas petrolferos brasileiros. Projeto tem como objetivo uma maior resoluo analtica do sistema de
CGxCG-EM (fig. 82). Estas anlises permitem o mapeamento de famlias de compostos caractersticos para
situaes geolgicas particulares, aumentando o potencial da tcnica. Alguns leos j analisados por esta
tcnica, como por exemplo os da Bacia do Recncavo, forneceram novas informaes geoqumicas que aprimoraram o entendimento do sistema petrolfero daquela rea (UFRJ/IQ, Coordenao: Prof. Francisco Radler).
Figura 82
Tcnica de GCxCG
(Bidimensional Abrangente).
Detector por tempo de vo.

30

2.4

30

Figure 82

#2.262

1.9

3,4

28
3,

3
1.7

30

3.4

30

2.9

#9.422

3.

4,4

28
4,
30

2.2

30

3.2

5,4

28
5,
30

2.7

730

Bidimensional gas
chromatography technique
with ight time detector.

6,3
5,3

4,3

4,5

40

3
3

4,0
00

1.6

40

#2.972

1.7

3,3

3,5

#3.354

3.7

40
2.7

5,3

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

,0
3 5

5,5
00

3.6
0
.60

5,2
6
4,2
6

2
00

1.6

30

3,3

3,2

#1.134

4,3

00

3.6
0
.60

30

2.2

3
2.7

1.7

30

3.2

30

3.7

#5.593

Otimizao de mtodos de Geoqumica Inorgnica para a anlise de ctions, nions e


elementos-trao em amostras de gua de alta salinidade. Objetiva o estudo da composio de
guas de formao produzidas em campos de petrleo, para fins de modelagem geoqumica (fig. 83).
A indstria de petrleo, em seu segmento de produo, tem como efluentes guas de alta salinidade,
Figura 83 - Perfis analticos

Figure 83 - Salinity

geoqumicos de salinidade

geochemical analytical

de gua de formao, obti-

profiles of a formation

dos a partir de mtodos de

water obtained from trace

Geoqumica Inorgnica em

elements and ionic analysis.

anlises de ctions, nions e


elementos-trao.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

59

cuja caracterizao dificultada pela sua matriz complexa. Contudo, devido ao grande volume de gua
produzida durante a extrao do petrleo, o estudo de seus constituintes se torna fundamental para um
descarte adequado. Para isso, o emprego de tcnicas analticas que possam auxiliar na determinao dos
constituintes destas guas se torna importante, pois permite uma melhor caracterizao da toxicidade
das mesmas (UFF/IQ, Coordenao: Prof. Ricardo Santelli).
Espectroscopia Raman aplicada determinao de composio de incluses fluidas aquosas em
rochas sedimentares de sistemas petrolferos. Este projeto mede a concentrao de metano em incluses
fluidas aquosas de rochas de bacias sedimentares, com vistas modelagem de sua histria evolutiva (fig. 84).
O efeito de disperso Raman consiste em colises inelsticas vibracionais entre molculas poliatmicas ou
grupos moleculares que causam mudanas de energia em um feixe de laser monocromtico interagindo com
fluidos. A tcnica permite a identificao molecular, in situ, no destrutiva, de compostos minerais ou orgnicos.
O projeto contempla dois objetivos distintos: determinar por microscopia Raman a concentrao de CH4 em
incluses fluidas aquosas, contemporneas ou no a incluses de petrleo, presentes em minerais diagenticos;
e determinar por microscopia Raman a presena e a concentrao de CO2, CH4 H2S, N2 e outras molculas em
incluses fluidas aquo-carbnicas contemporneas ou no a incluses de petrleo, encontradas em minerais
diagenticos (MCTI/Cetem, Coordenao: Dr. Reiner Neumann).

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Figura 84 - Espectroscopia Raman para medir a concentrao de

Figure 84 - Raman spectrometry used to evaluate methane

metano em incluses fluidas.

concentration in uid inclusions.

Estudo da composio isotpica de H e O em guas de formao, e composio isotpica do


C em carbonatos dissolvidos na gua de formao e em compostos especficos de leos da Bacia
do Recncavo (fig. 85). O principal objetivo a confeco de uma base de dados para estudos de conexo/
compartimentao de reservatrios e de invaso de guas metericas, e tambm para avaliao de tcnicas
de reinjeo, migrao e misturas de fluidos. Em termos prticos foram caracterizadas marcas isotpicas
de diferentes corpos de gua, e verificada a conexo do reservatrio petrolfero Au com o aqufero Au e
caracterizada a marca isotpica da gua de formao destes reservatrios. Em poos da Bacia Potiguar, a

60

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figura 85 - Grfi co da compo-

Figure 85 - H and O isotopic

sio isotpica de H e O de

composition of a formation

gua de formao, Bacia do

water from the Recncavo

Recncavo, BA.

Basin, NE Brazil.

Anlise isotpica de carbono (13C) de hidrocarbonetos leves (C1 a C 4) em baixas concentraes (menos de 1.000ppm). Desenvolvimento de um mtodo analtico em que esses compostos
so investigados com o emprego de criogenia, onde o nitrognio lquido utilizado para o aumento
das concentraes relativas desses hidrocarbonetos antes da determinao isotpica. Os valores de 13C
obtidos, principalmente os relativos ao metano de alguns poos, foram comparados queles obtidos
na Geoqumica do Cenpes, que analisou os gases oriundos de testes PVT, presentes em concentraes
mais elevadas. Os valores so muito prximos, o que motivou o envio, PUC-RJ, de amostras de gases
oriundos de incluses fluidas, tambm presentes em concentraes mais baixas. De forma anloga, testes comparativos foram feitos em alguns poos e os resultados foram considerados timos, da mesma
ordem de grandeza dos resultados armazenados no banco de dados da GEOQ. Isso pode trazer uma
srie de informaes novas sobre determinadas reas de estudo de bacias sedimentares brasileiras, nas
quais j no esto disponveis gases produzidos em testes mais antigos. As pesquisas so realizadas em
equipamentos de ltima gerao como os espectrmetros mostrados (fig. 86) (PUC-RJ, Coordenao:
Profa. Angela Wagener).

Figura 86 - Laboratrio Geoqumico do Centro Tcnico-Cientfico

Figure 86 - Geochemistry Laboratory of the Technical-Scientific

da PUC-RJ.

center at Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

tcnica permitiu identificar a presena de gua de injeo e a da gua do reservatrio, em diferentes poos
amostrados (UFBA/IQ, Coordenao: Prof. Antonio Expedito Azevedo).

61

Estudo geoqumico dos hidrocarbonetos em carbonatos do Neoproterozoico do Crton Amaznico


e da Faixa Paraguai (fig. 87). O objetivo a determinao da origem da matria orgnica, do tipo de querognio e de eventuais transformaes nos hidrocarbonetos causadas por eventos magmticos, com implicaes
ao entendimento do sistema petrolfero da vizinha Bacia dos Parecis. Estudos esto sendo realizados a partir
de dados de istopos de enxofre (34S) em CAS e sulfetos. As amostras analisadas so oriundas principalmente
das formaes Mirasol dOeste e Guia. Como formao acadmica associada ao projeto, quatro teses foram
desenvolvidas (UFPA/IG, Coordenao: Prof. Candido Moura).
Figura 87 - Afloramento de

Figure 87 - Bitumem-filled

calcrio de idade neoprotero-

cavities developed on

zoica, com cavidades preen-

neoproterozoic carbonates.

chidas por betume.

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Produtividade na ressurgncia costeira de Cabo Frio: interao atmosfera - hidrosfera (fig. 88).
O projeto Ressurgncia se divide em trs subprojetos, que atuam multidisciplinarmente visando a

Figura 88 - Conjunto de antenas para aquisio de dados.

Figure 88 - Array of receptors supporting atmospheric and

Modelos e imagens de dados fsicos (atmosfera e hidrosfera)

hydrological data acquisition.

da Regio Costeira de Cabo Frio, RJ.

62

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

compreenso integrada das interaes atmosfera-hidrosfera-biosfera-geosfera, cujo propsito caracterizar os parmetros fsicos, qumicos, biolgicos e geolgicos que atuam na ressurgncia da Regio
de Cabo Frio, RJ. O objetivo do subprojeto UFRJ/Coppe investigar o comportamento de parmetros
ambientais em regime climtico e no climtico na plataforma continental de Cabo Frio, atravs de sensoriamento remoto e modelagem oceano-atmosfera. Recentemente, foi adquirida nova antena de aquisio
de dados disponibilizados pela European Organisation for the Exploitation of Meteorological Satellites
(EumetSat). Em termos acadmicos, dois alunos de iniciao cientfica, um mestrando e um doutorando
realizam pesquisas vinculadas a este projeto (UFRJ/Coppe, Coordenao: Prof. Audlio Torres Jr.).

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Ressurgncia costeira de Cabo Frio: interao hidrosfera-biosfera. Nesta parte do projeto, os


objetivos so caracterizar a geometria, os estoques e processos biogeoqumicos no depsito lamoso na
plataforma continental de Cabo Frio, como subsdio para modelagem de depsitos ricos em matria orgnica e correlao de eventos oceanogrficos produtividade primria e acumulao/preservao de
matria orgnica (fig. 89). Busca-se com isso contribuir para a construo de modelos preditivos a serem
aplicados a outros perodos geolgicos. Atualmente tem-se o nico experimento de recuperao de fundeio oceanogrfico de coleta contnua (mais de 820 dias) em andamento em toda a margem oeste do
Atlntico Sul, fato indito para este tipo de pesquisa. Os resultados preliminares confirmam a presena
de mltiplas fontes sedimentares para a plataforma (continentais e marinhas), cuja MO se apresenta em

Figura 89 - a) Localizao do banco lamoso estudado pelo Projeto

Figure 89 - a) Muddy bank under studies, Resurgence Project,

Ressurgncia, plataforma de Cabo Frio, RJ; b) Detalhe de uma

Cabo Frio platform region; b) Detail of seismic section

feio ssmica com possvel paleolaguna e c) Material coletado

suggesting the existence of a paleolagunar feature and c) Trap

nas armadilhas e em testemunhos.

and cores samples.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

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diferentes estados de preservao. O uso de proxies, como a razo entre espcies de foraminferos planctnicos (G. ruber e G.bulloides - razo Gr:Gb), possibilitou a reconstituio do potencial de ressurgncia ao
longo dos ltimos 13 mil anos na Regio de Cabo Frio. As inter-relaes da presena das guas Centrais do
Atlntico Sul (ACAS) com o paleoclima local, regional e at global tem sido consideradas. Como formao
de recursos humanos, at o momento existem cinco doutoramentos em andamento, trs dissertaes de
mestrado concludas e sete em andamento, com nove bolsistas e 21 estudantes de iniciao cientfica. Mais
de 80 artigos j foram submetidos e publicados em revistas especializadas e em eventos cientficos (UFF/IQ,
Coordenao: Profa. Ana Luiza Alburquerque).

REDE DE
GEOQUMICA
(REGEOQ)

Ressurgncia costeira de Cabo Frio: Interao biosfera-geosfera, subprojeto. Esta parte do


projeto busca o estabelecimento de modelos que expliquem os diversos aspectos ligados aos chamados
eventos oceanogrficos relacionados produtividade primria e acumulao e/ou preservao de matria orgnica, objetivando uma modelagem de depsitos ricos em matria orgnica. Busca tambm o
entendimento dos processos biogeoqumicos nos sedimentos superficiais e os eventos diagenticos que
atuam sobre tais depsitos (fig. 90). Incluem-se nestas pesquisas os estudos de geomicrobiologia (enzimas, carbono bacteriano total e atividade respiratria bacteriana); palinofcies e palinologia; qumica
e bioqumica (dosagem de pigmentos, protenas, carboidratos e lipdios); identificao de microalgas
(diatomceas e cianobactrias); virologia; ciliados e metagenmica. Como formao acadmica associada, foram concludas duas dissertaes de mestrado, uma monografia de graduao, estando outra
em andamento, com seis trabalhos publicados em eventos cientficos (UFRJ/IG, Coordenao: Prof. Joo
Graciano Mendona Filho).

Figura 90 - a) Laboratrio e equipamentos para anlises biogeo-

Figure 90 - a) Biogeochemistry laboratory and equipments, Cabo Frio

qumicas dos sedimentos da Regio de Cabo Frio, RJ e b) Dados

research area and b) Results of some of the analysis performed.

de palinomorfos e resultados analticos das esterases e desidrogenases obtidas a partir dos sedimentos.

64

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Rede de Micropaleontologia Aplicada (Repaleo)

REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)

A Repaleo promove pesquisas nas reas de biocronoestratigrafia e paleoecologia aplicadas s demandas


tecnolgicas da Explorao e Produo. Um importante objetivo da rede fornecer subsdios para a formao
e especializao de mo de obra brasileira qualificada em biocronoestratigrafia, alm de patrocinar a implementao de infraestrutura adequada atuao destas equipes, fundamentais para o desenvolvimento de
projetos de pesquisa e execuo de servios tcnicos para a Petrobras. Principais temas de atuao da rede:
biocronoestratigrafia e paleoecologia do Pr-Cambriano, Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico; bioestratigrafia
e paleoecologia de sees carbonticas; bioestratigrafia de alta resoluo; reconstrues paleobiogeogrficas, paleoecolgicas e paleoclimticas do Paleozoico ao Cenozoico; calibrao geocronolgica de biozonas
e limites zonais; estratigrafia qumica e magnetoestratigrafia.
Gestor: Oscar Strohschoen Jr. (2008-).
Instituies: UnB, UFRGS, Unisinos, UFRJ, UERJ, UFF, UFPE, USP, Museu Paraense Emilio Goeldi, UFRN,
UFPR e Unesp (fig. 91).

Figura 91 - Instituies participantes da Rede de Micropaleonto-

Figure 91 - Applied Micropaleontology Network.

logia Aplicada.

Infraestrutura
Projeto de infraestrutura laboratorial no Departamento de Geologia da UFPE. Objetiva a capacitao da Universidade para a realizao de pesquisas e estudos em Micropaleontologia. O projeto possibilitou

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

65

ampliar e modernizar a infraestrutura do Laboratrio de Paleontologia do Departamento de Geologia CTG-UFPE


(Paleolab). Houve reformas fsicas de trs salas do laboratrio e a duplicao da sua rea, com a construo
de 170m2 de novos espaos para a coleo cientfica de macro e microfsseis (cerca de 10 mil exemplares) e
a preparao de amostras (fig. 92). Alm das obras de reforma e ampliao fsica, o Paleolab recebeu novos
equipamentos, como veculo para trabalhos de campo; armrios deslizantes para a guarda de fsseis; equipamentos pticos (lupas; microscpios), computadores e softwares (Coordenao: Profa. Alcina M. Frana Barreto).
Figura 92 - Laboratrio de pre-

Figure 92 - Paleontology

parao de amostras paleon-

laboratory for sample

tolgicas do Departamento de

preparation at Geology

Geologia da UFPE.

Department, Federal
University of Pernambuco.

REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)

Laboratrio de Micropaleontologia da Unisinos. Infraestrutura que visa a realizao de pesquisas em


micropaleontologia e bioestratigrafia. As novas instalaes do Instituto Tecnolgico de Micropaleontologia
(ITT Fossil) foram inauguradas em dezembro de 2011. O prdio contempla 1.600m2 de rea construda
e abriga laboratrios de pesquisa em micropaleontologia e bioestratigrafia nos mtodos de ostracodes,
palinologia, nanofsseis calcrios, radiolrios, foraminferos bentnicos e planctnicos, com foco em
diferentes bacias sedimentares brasileiras (fig. 93). O Instituto possui uma equipe de 40 pessoas, formada
por geocientistas, qumicos, tcnicos, alunos de graduao, mestrado e doutorado. As pesquisas realizadas
no Instituto utilizam equipamentos de laboratrio e microscopia adquiridos por meio de projetos na Rede
de Micropaleontologia. Em complementao e como contrapartida da ps-graduao em Geologia da
Unisinos, foram adquiridos Microscpio Eletrnico de Varredura e analisador de Carbono Orgnico Total
(COT), com recursos da Finep. O ITT Fossil realiza projetos de P&D em micropaleontologia e bioestratigrafia
em parceria com a Petrobras desde 2006, tendo j atuado no Cretceo, Palegeno e Tercirio das bacias
de Santos, Campos, Sergipe, Maranho e Cear (Coordenao: Prof. Gerson Fauth).
Figura 93 - Laboratrio de

Figure 93 - Building of

Micropaleontologia do ITT

the Micropaleontology

Fssil da Unisinos.

Laboratories at Vale do Rio


dos Sinos University.

66

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Parque Paleontolgico da Bacia de Itabora-RJ, iniciativa UERJ. Apoio estruturao dos laboratrios do Parque de Itabora, visando capacitao de pesquisadores (alunos e professores) para pesquisas,
testes e estudos em paleontologia, petrografia e sedimentologia, assim como a preservao e divulgao
sociedade do patrimnio geolgico e paleontolgico da Bacia de Itabora (Coordenao: Profa. Maria
Antonieta Rodrigues).

Pesquisa e Desenvolvimento

REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)

Radiolrios da margem continental brasileira. Estudos taxonmicos (fig. 94) de radiolrios e silicoflagelados (microfsseis silicosos utilizados na datao de bacias de todo o globo), visando a elaborao

Figura 94 - Registro estratigrfico das espcies-guia e es-

Figure 94 - Stratigraphic distribution of radiolarian index and

pcies-acessrias das zonas de radiolrios do intervalo

accessory species for biozones of the Albian-Maastrichtian interval.

Albiano-Maastrichtiano.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

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de arcabouo biocronoestratigrfico aplicvel s sees marinhas cretceas e palegenas das bacias


brasileiras, e formao de uma equipe especialista no tema. A anlise sistemtica permitiu identificar
representantes de trs ordens, 40 famlias, 109 gneros e 281 txons infragenricos. Entre as espcies
identificadas foi possvel reconhecer importantes indicadores de idade dos diversos andares do Cretceo
mdio ao Superior (Aptiano-Maastrichtiano), bem como do Palegeno. Diversos bioeventos significativos,
identificados nos poos estudados, permitiram a correlao das associaes das bacias brasileiras com
o zoneamento padro do Cretceo e Palegeno estabelecido para regies de baixas e mdias latitudes
(UFRJ, Coordenao: Profa. Valesca Eilert).
Projeto Ostraki. Estudo taxonmico dos ostracodes no marinhos da seo pr-sal das bacias de
Santos e Campos, com intuito de refinar o arcabouo biocronoestratigrfico do Andar Alagoas e possibilitar correlaes geolgicas mais seguras. A espcie que marca a biozona do topo do Andar Jiqui,
bem como outras do Andar Buracica, tem sido foco da reviso taxonmica. Ocorrncias de ostracodes
de outras bacias, com preservao melhor, foram utilizadas para resolver problemas taxonmicos relacionados identificao do material. Os resultados obtidos ao longo do projeto permitiram elaborar
uma proposta de subdiviso do Andar Alagoas, redefinindo a zona preexistente e propondo subzonas
novas. Alm disso, com os recursos do projeto, foi possvel criar uma infraestrutura modernizada para
a pesquisa em micropaleontologia no Instituto de Geocincias da UnB. Em termos de recursos humanos e sua formao, o projeto envolveu mais de 20 bolsistas de ps-doutorado, doutorado, mestrado e
graduao, bem como a vinda ao Brasil de pesquisadores internacionais, como consultores que ministraram cursos e conferncias sobre suas especialidades, estimulando o desenvolvimento de projetos em
ostracodes e permitindo inmeras publicaes cientficas nesta rea, no Brasil (UnB, Coordenao: Prof.
Dermeval Aparecido do Carmo).

REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)

Projeto Biossantos: compreendeu estudos taxonmicos e bioestratigrficos dos ostracodes


marinhos, carfitas e palinomorfos do intervalo Santoniano-Campaniano da Bacia de Santos,
caracterizado por forte influxo continental e escassez de marcadores biocronoestratigrficos de distribuio
global. Amostras provieram de 14 poos deste intervalo, e a integrao dos resultados permitiu, com base na
distribuio geogrfica e estratigrfica desses microfsseis, a proposio de um arcabouo bioestratigrfico
pioneiro no Brasil, composto por cinco biozonas de ostracodes marinhos, seis biozonas de ostracodes
parlicos e trs biozonas de carfitas (parlicas) (fig. 95), calibradas pelas biozonas de palinomorfos j
registradas nas bacias marginais brasileiras para este intervalo cronoestratigrfico (Unisinos, Coordenao:
Prof. Gerson Fauth).
Projeto Albiano. O projeto foi constitudo por trs frentes: estudo taxonmico e bioestratigrfico dos
ostracodes do Albiano da Bacia de Santos; estudo dos microfsseis do Albiano-Campaniano da Antrtica;
desenvolvimento de novas metodologias para recuperao de microfsseis calcrios em rochas carbonticas. O conhecimento taxonmico dos ostracodes e sua distribuio foi refinado atravs da identificao
de 124 txons, compreendendo 61 gneros e 20 famlias. Foi proposto um zoneamento bioestratigrfico
local com base em ostracodes, pioneiro no Brasil, com a definio de quatro biozonas e trs subzonas
informais. As diferentes associaes de ostracodes reconhecidas caracterizaram quatro paleoambientes
distintos: no marinho, transicional, marinho proximal e marinho distal (fig. 96). Para desenvolver novas
metodologias para a recuperao de microfsseis calcrios em rochas carbonticas, foram utilizadas amostras cretceas das bacias Potiguar e de Sergipe. Dos 53 ensaios realizados nesta pesquisa, o cido actico
demonstrou ser o melhor reagente para desagregao das rochas calcrias e posterior recuperao de microfsseis. Mesmo variando parmetros como temperatura, concentrao do reagente, tempo e superfcie
de contato, este comprovou sua eficincia. Um mtodo indito para extrao de microfsseis foi avaliado e

68

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figure 95 - Carophytes biozones scheme applied to Santos Basin.

REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)

Figura 95 - Zoneamento bioestratigrfi co de carfi tas da Bacia


de Santos.

apresentou resultados satisfatrios em comparao com o mtodo padro (perxido de hidrognio). Esta
tcnica consiste no pr-tratamento da amostra com cido sulfrico (cido forte) seguido do cido actico
(cido fraco) (Unisinos, Coordenao: Prof. Gerson Fauth).
Micropaleontologia das bacias do Amazonas e Solimes. Refinamento biocronoestrtigrfico da
seo pensilvaniana-permiana com base em palinologia, conodontes e foraminferos (fusulinceos e pequenos foraminferos), com o objetivo de determinar um biozoneamento operacional e internacionalmente calibrado da seo neopaleozoica destas bacias. Poos da Bacia do Acre foram analisados para complementar
a datao e correlao da sequncia eopermiana, em face de seu carter marinho mais franco, visto que se
originaram de oeste as transgresses permianas que afogaram as bacias do Solimes e Amazonas, ambas
mais proximais nesse sentido. Para a Bacia do Amazonas os resultados permitem a construo de um novo
palinozoneamento, em parte refinando e em parte substituindo as biozonas de misporos existentes. Na Bacia

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

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REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)

Figura 96 - Associaes de ostracodes caractersticas dos dife-

Figure 96 - Ostracod assemblages characteristic of different Albian

rentes paleoambientes para o Albiano das bacias da margem

paleoenvironments from brazilian SW margin basins.

sudoeste do Brasil.

do Solimes, estas ltimas tm revelado aplicabilidade restrita, devendo ser em grande parte substitudas
pelo novo zoneamento, atualmente em elaborao. Os biozoneamentos independentes de fusulinceos e
pequenos foraminferos foram mantidos, e de forma integrada, so utilizados atualmente na Petrobras. Eles
se encontram em fase de detalhamento no mbito do projeto, devendo ser estendidos a outras sees de
poos das bacias do Amazonas e Solimes, no investigadas anteriormente. Alm disso, esto sendo realizadas buscas pioneiras por microfauna marinha na sequncia marinha eopermiana (Sakmariano-Artinskiano)
das bacias do Amazonas e Acre. Os estudos de conodontes demonstram sua maior aplicabilidade em sees
carbonticas pensilvanianas aflorantes nas bordas da Bacia do Amazonas, onde possvel coletar grande
volume de material rochoso (UFRGS, Coordenao: Prof. Paulo Alves Souza).
Projeto Magnetoestratigrafia. Estudos de intensidade do campo magntico em sees sedimentares brasileiras e calibrao da curva de paleointensidade relativa para o perodo calmo do Cretceo (Aptiano-Albiano)
visando o aprimoramento das correlaes estratigrficas em escala global de sees depositadas neste perodo,
atravs do estudo da paleointensidade relativa do campo magntico terrestre em sees sedimentares do Brasil e

70

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

da Itlia. Na primeira fase, mais de 4.500 amostras foram coletadas ao longo de um testemunho italiano de referncia para o Perodo Aptiano e Albiano, com resoluo estimada de 3 mil anos. Na poro basal do testemunho
foi identificada a reverso M0. Mais de 900 amostras tambm esto sendo preparadas para quimioestratigrafia e
microbioestratigrafia, que calibraro as curvas de paleointensidade magntica. Ao final do projeto, esta ferramenta
magnetoestratigrfica ser diretamente aplicada na correlao estratigrfica de alta resoluo dos reservatrios
de HC do Aptiano e Albiano brasileiros (USP/IAG, Coordenao: Prof. Ricardo Trindade).
Projeto Ediacarano. Estudo focado na construo do arcabouo biocronoestratigrfico do perodo Ediacarano
brasileiro atravs do aprimoramento e desenvolvimento de tcnicas de preparao de amostras micropaleontolgicas adequadas (fig. 97). Quatro tcnicas esto sendo testadas e aprimoradas, tendo-se recuperado microfsseis
mineralizados e orgnicos de aproximadamente 40 micrmetros nos grupos Parano, Bambu e Corumb, que
se assemelham a gneros encontrados na China e Austrlia. Alm da micropaleontologia, tambm esto sendo
empregados estudos sistemticos de sedimentologia, mineralogia, quimioestratigrafia e biomarcadores, que suportaro as interpretaes paleoambiental e estratigrfica. O resultado final deste projeto diretamente aplicado
explorao de novas fronteiras em bacias proterozoicas brasileiras (UnB, Coordenao: Prof. Detlef Walde).
Figura 97
Testes metodolgicos de
preparao e recuperao de
microfsseis em amostras do
Ediacariano do Brasil.

Figure 97
Preparation and recovering of
microfossils methodological
tests on Ediacarian rock

REDE DE
MICROPALEONTOLOGIA
APLICADA
(REPALEO)

samples from Brazil.

Biocronoestratigrafia das sequncias Rifte e Ps-Rifte da Bacia de Pernambuco. Estudos taxonmicos e bioestratigrficos com base em diversos grupos de microfsseis (palinomorfos, ostracodes, foraminferos planctnicos e bentnicos) das sees rifte e ps-rifte da Bacia de Pernambuco, visando construo
de arcabouo biocronoestratigrfico operacional e o melhor entendimento do preenchimento sedimentar da
bacia, alm da formao de uma equipe de especialistas em micropaleontologia em universidade do nordeste
brasileiro (UFPE, Coordenao: Prof. Mario Lima Filho).

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

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Rede de Modelagem de Bacias (Remob)


A Rede de Modelagem de Bacias tem como objetivo fomentar o desenvolvimento e aplicao de tcnicas
de modelagem fsica e numrica de processos geolgicos, contribuindo para a reduo dos riscos inerentes s
atividades de explorao e produo de petrleo. Na maior parte de seus projetos a Rede busca promover a
interao entre a modelagem numrica e a modelagem fsica sendo este um desafio cientfico e tecnolgico
atualmente perseguido em escala mundial. As aes no mbito da Rede de Modelagem de Bacias visam
criao de um ambiente de compartilhamento do conhecimento cientfico-tecnolgico entre as instituies de
pesquisa nacionais, internacionais e a Petrobras na rea de modelagem de processos geolgicos, em projetos
com significativos impactos nas cincias geolgicas aplicadas explorao e produo de hidrocarbonetos.
Gestor: Marco Antnio Schreiner Moraes (2010-).
Instituies: UFRJ, UFRN, PUC-RS, Unicamp, PUC-RJ, UFSC, UFRGS, USP, UFPE, UFBA, Unisinos (fig. 98).

REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

Figura 98 - Instituies participantes da Rede de Modelagem

Figure 98 - Basin Modeling Network.

de Bacias.

Infraestrutura
Laboratrio de Traos de Fisso no LGI-UFRGS. O mtodo dos traos de fisso (TF) considerado
uma ferramenta bastante til para estabelecer histrias trmicas de baixa temperatura (< 200 oC) das rochas
em diferentes contextos geolgicos. Entre os diversos geotermocronmetros minerais disponveis, o mtodo
TF utiliza minerais como apatita e zirco. As reas de atuao do mtodo de termocronologia por traos de
fisso em geocincias so mltiplas, variando desde a obteno de idades de litologias relacionadas a episdios

72

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

vulcnicos, at a estimativa de denudao, a partir dos modelos de histria trmica fornecidos pelos dados TF.
Este projeto de infraestrutura visa equipar o Laboratrio de Traos de Fisso do LGI/UFRGS com um sistema
completo de contagem automtica de traos de fisso Autoscan (fig. 99) e substituir o atual sistema manual
para atender, de forma mais rpida e precisa, a projetos de pesquisa que requeiram informaes a respeito
da histria trmica de bacias sedimentares e do embasamento adjacente. O reconhecimento e a contagem
automticos dos traos de fisso implicam uma reduo significativa do tempo de aquisio de dados (em
85%, em relao aquisio manual de acordo com Autoscan System Pty) e elimina as possibilidades de
erros instrumentais aleatrios ou devidos ao fator humano (Coordenao: Profa. Maria Lidia M. Vignol).

Figura 99 - Sistema automatizado para aquisio de dados de traos de

Figure 99 - Automatic system for fission track data acquisition -

fisso - Autoscan Deluxe, composto de um microscpio Zeiss Axio-

Autoscan Deluxe, composed of a Zeiss Axio-Imager Z2m, control

Imager Z2m motorizado, dois softwares (Trackworks e FastTracks), 2

softwares (Trackworks and FastTracks), 2 LCD 24 high-resolution

monitores de alta resoluo LCD 24 e cmera digital a cores.

monitors and color digital camera.

Laboratrio de Tectonofsica do IAG-USP. A montagem do Laboratrio de Tectonofsica vai permitir


equipe da USP dispor da infraestrutura fsica e computacional necessria para o desenvolvimento de algoritmos computacionais na modelagem de processos geolgicos, tectnicos e geodinmicos, em diversas escalas
espaciais e temporais (fig. 100). No laboratrio tambm esto sendo desenvolvidas atividades de aquisio,
processamento e interpretao de dados geofsicos da litosfera, vnculos necessrios modelagem numrica.
O novo laboratrio possibilita tambm o treinamento de bolsistas de iniciao cientfica e de ps-graduao,
atendendo demanda por formao de recursos humanos (Coordenao: Profa. Naomi Ussami).
Figura 100
Exemplo de produto do
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

Laboratrio de Tectonofsica
da USP: modelo numrico
sinttico para a evoluo
tectonossedimentar de uma
margem divergente desde o
incio do rifteamento.

Figure 100
Example of a product from
the USP Tectonophysics
Laboratory: synthetic
numerical model of the
tectono-sedimentary evolution
of a divergent margin since the
rifting initiation.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

73

Desenvolvimento de fundo mvel automatizado para tanques de simulao fsica de correntes


de densidade, consrcio UFRGS e PUC-RS. Infraestrutura de grande porte, com caractersticas singulares
no hemisfrio sul, para simulao fsica de correntes de densidade e ensaios de tectnica e sedimentao.
O desenvolvimento de um sistema consistindo em um conjunto de pistes que movimentam uma rede de
hexgonos acionados remotamente (fig. 101) permite realizar os ensaios de processos de sedimentao
sobre um substrato com topografia varivel, que reproduz de forma mais realista as condies encontradas
nas bacias sedimentares (Coordenao: Prof. Isaac Newton L. da Silva).

Figura 101 - Interface de controle do sistema automatizado de

Figure 101 - Interface of the automatic control system for

fundo mvel para os tanques de modelagem fsica de correntes

movable substrate of the tanks used for density current physical

de densidade. A topografia do fundo (detalhe) criada a partir

modeling. The bottom topography (insert) is generated by

da movimentao de um conjunto de hexgonos, que inteira-

moving an array of hexagonal elements, which is entirely

mente controlada de uma estao de trabalho.

controlled via a workstation.

REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

Pesquisa e Desenvolvimento
Fluxo de calor e distribuio vertical da produo de calor no embasamento adjacente e no interior da Bacia de Sergipe-Alagoas. Os principais objetivos do projeto so obter o mapa de fluxo trmico
para a regio do embasamento adjacente e na Bacia de Sergipe-Alagoas; a construo de mapa de espessura
litosfrica desta mesma rea; e o desenvolvimento de modelos para a distribuio vertical da taxa volumtrica

74

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

de produo de calor radiognico nos vrios domnios que compem o embasamento analisado (fig. 102)
(UFBA/UFRN, Coordenao: Prof. Roberto M. Argollo).
Figura 102
38 O

37 O

36 O

35 O

radiognico no embasamento
dos domnios geotectnicos

da Faixa Sergipana adjacentes

5,5

Bacia Sergipe-Alagoas.

Sub-bacia de
Alagoas

10 S

4,5

10 S

Figure 102
3D image of the radiogenic

3,5

heat production rate in

the basement of different

2,5

geotectonic domains of the

Sergipana Belt adjacent to

1,5

the Sergipe-Alagoas Basin.

Aracaju

11 S
tic

0,5

no
ea
Oc

Sub-bacia de
Sergipe

At

ln

11 S

Viso 3D da distribuio da
taxa de produo de calor

A (W m3)
6,5

12 S

12 S
38 O

37 O

36 O

35 O

Fluxo de calor, produo de calor e estrutura termal crustal do segmento norte da Provncia
Borborema: determinao de modelos de geotermas para a regio, estimativa da contribuio do calor
radiognico na crosta (fig. 103) e determinao da contribuio do fluxo de calor do manto, atravs da
Figura 103
Aparato para medio de
condutividade trmica em
amostras fragmentadas e de
testemunhos.
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

Figure 103
Thermal conductivity
measuring equipment for
fragmented samples and cores.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

75

medida do fluxo trmico na superfcie. Os modelos obtidos serviro para buscar uma representao em
mapa, da distribuio do fluxo de calor nos domnios que constituem o embasamento das bacias sedimentares adjacentes (UFRN/UFBA, Coordenao: Prof. Fernando A. P. L. Lins).
Modelagem paleogeogrfi ca e paleoclimtica da abertura e evoluo do Atlntico Sul
(Paleoprospec II). O projeto visa o desenvolvimento de modelos numricos que simulem a evoluo
paleogeogrfica, paleoclimtica e paleoceanogrfica do Atlntico Sul, com nfase na probabilidade de
estabelecimento de condies favorveis deposio e preservao de sedimentos ricos em matria
orgnica no espao e no tempo, e consequentemente, na predio de ocorrncia de potenciais rochas
geradoras de petrleo no tempo presente. O projeto compreende o desenvolvimento de aplicativo que
permite avaliar a cinemtica da abertura do Atlntico Sul (fig. 104) integrando dados estratigrficos de
toda a margem brasileira em diferentes escalas de resoluo temporal e espacial. A integrao do comportamento do oceano e do clima ao longo deste tempo com as variaes topogrficas do continente
e da geometria da bacia ocenica permitir identificar os loci de maior potencialidade para acumulao
de matria orgnica e zonas de maior aporte preferencial de material terrgeno para as guas profundas
(PUC-RS, Coordenao: Prof. Paulo H. L. Fernandes).
Figura 104
Reconstituio cinemtica
da abertura do Atlntico Sul
durante o Aptiano segundo
as hipteses de Muller et al.
2008 (em vermelho) e Moulin
et al. 2010 (em tons de verde
para Amrica do Sul e amarelo para frica) feita atravs
de modelo esquemtico de
movimentao de subplacas.

Figure 104
Kinematic reconstruction of
the South Atlantic opening
during Aptian times,
according to the proposals of
Muller et al., 2008 in red,
and Moulin et al., 2010 in
green (for South America),
and yellow (for Africa), both
REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

76

showing schematic models of


subplate movement.

Novas abordagens de imageamento no invasivo da arquitetura interna de depsitos sedimentares gerados em tanques de simulao hidrulica. Pesquisa de diferentes formas de imageamento de
correntes de turbidez geradas em laboratrio e seus depsitos (fig. 105). Sero investigados diferentes tipos de
onda mecnicas e eletromagnticas assim como novas tcnicas de aquisio e processamento. Resultados
promissores j foram alcanados, para diferentes tipos de visualizaes, com tomografia de raios X e mtodos
eletromagnticos. Associadas s tcnicas de visualizao, esto sendo realizadas investigaes de materiais para
as simulaes fsicas, do ponto de vista do material das partculas propriamente ditas (carvo, slica, polmeros

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

diversos), como tambm da incorporao de traadores nas partculas, de modo a facilitar a visualizao das
correntes e seus depsitos (PUC-RS/UFRGS, Coordenao: Profa. Ana Maria Marques da Silva).
Figura 105
Reconstituio tridimensional
das superfcies internas de
um depsito de um tanque
de modelagem fsica obtida a
partir de imagens de raios X.

Figure 105
Tridimensional reconstruction
of the internal surfaces of a
physical modeling tank deposit
obtained by X-ray imaging.

Modelagem tectnica direta. O objetivo deste projeto desenvolver um modelo computacional numrico direto (forward) da litosfera considerando seus componentes rpteis e dcteis (fig. 106), de forma
a simular o comportamento mecnico e a deformao da litosfera durante o processo de estiramento e
ruptura continental, respeitando as propriedades fsicas dos materiais e as condies geolgicas de tempo,
Figura 106
Modelagem numrica da

= 0C1

interao crosta, manto


litosfrico e astenosfera no
rica, mostrando afinamento

= 0,0003C1

litosfrico e a formao de
ombreiras do rifte.

Figure 106
= 0,003C1

Numerical modeling of the


crust, lithospheric mantle
and astenosphere interaction

REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

processo de extenso litosf-

during the process of


lithospheric extension and

= 0,006C

rift shoulder development.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

77

presso e temperatura. O projeto visa tambm integrar as diferentes etapas de modelagem dentro de um
nico ambiente computacional. O principal motivador desse desenvolvimento o interesse em modelar os
fenmenos geolgicos que ocorrem ao longo da extenso litosfrica, os quais incluem: estiramento da crosta superior, falhas de descolamento na crosta inferior, e a possvel exumao do manto litosfrico (PUC-RJ,
Coordenao: Prof. Mrcio R. de Santi).
Modelagem termomecnica 3D da litosfera aplicada evoluo de bacias sedimentares. Visa o
desenvolvimento de ferramentas numricas para simulao da evoluo termo-mecnica da litosfera em um
ambiente extensional. Trata-se de dois simuladores acoplados a modelos flexurais de isostasia. O primeiro
mdulo numrico o de descompactao (backstripping) 3D, que tem por objetivo determinar mapas de
espessura elstica e de estiramento litosfricos, assim como a evoluo geomtrica dos horizontes ssmicos/
estruturais ao longo da histria da bacia. J o outro mdulo busca, a partir de uma calibrao com a geometria atual do embasamento e da crosta terrestre, simular a evoluo completa, em escala litosfrica, de
uma bacia em ambiente extensional, aprimorando os clculos de fluxo trmico para fins de modelagem de
sistemas petrolferos (fig. 107) (UFRJ-Coppe/USP, Coordenao: Profa. Jaci M. B. Guigon).
0 Ma

115,5 Ma

BACKSTRIPPING FLEXURAL 3D
Topografia (m)
4.000

2.500

1.000

500

2.000

75 Ma

109,5 Ma

Temperatura (C)
0

100

200

300

400

45

60

ETT (km)
0

0 Ma

15

30

115.5 Ma

Topografia (km)
8

REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

MODELO DIRETO
EVOLUO DA MARGEM

6 5

4 3

Deslocamento vertical em
relao a 0 Ma (m)
0

1.000

2.000

3.000

4.000

Figura 107 - Modelo da evoluo trmica e tectnica de bacia, a

Figure 107 - Model of the termal and tectonic evolution of a

partir do rifte at o tempo presente. Backstripping fl exural 3D:

sedimentar basin, from the rifting time to presente. 3D exural

descompactao das camadas, do tempo presente at o rifte.

backstripping: layer decompaction, from present time to rifting.

Ao centro, a evoluo das margens.

At center: margin evolution.

Simulao de processos geolgicos utilizando computadores de alto desempenho. Nessa pesquisa,


almeja-se dispor de um simulador capaz de reproduzir os processos de transporte de sedimentos por correntes
de densidade, envolvendo tambm a eroso e a deposio desses sedimentos. Esses processos sedimentares
so altamente relevantes para o entendimento da formao dos turbiditos, principal rocha reservatrio da seo

78

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figura 108 - Tile display mostrando a evoluo de uma simulao

Figure 108 - Tile display exhibiting the evolution of a turbulent

numrica de uma corrente de densidade turbulenta.

density current numerical simulation.

Modelagem numrica dos processos e padres diagenticos e seu impacto sobre a qualidade
e heterogeneidade de reservatrios. Desenvolvimento de cdigos numricos e sistemas computacionais integrados para modelagem numrica da origem e evoluo diagentica de reservatrios, visando
caracterizao e previso de qualidade e heterogeneidades. Estes sistemas simulam as condies geoqumicas das reaes diagenticas, baseados nos parmetros que controlam as reaes entre fases minerais,
fases aquosas e condies de fluxo de fluidos dentro dos reservatrios. A performance da simulao

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

ps-sal das bacias costeiras brasileiras. O modelo matemtico a ser reproduzido em computador dever resolver
as equaes de Navier-Stokes que regem o escoamento de fluidos acoplada s equaes de convecodifuso para o transporte dos sedimentos. O conjunto de equaes completado por um modelo de turbulncia denominado large eddy simulation (LES), em que as grandes escalas so resolvidas numericamente, e a
escala subgrid modelada matematicamente. A soluo numrica obtida pelo mtodo dos elementos finitos.
O cdigo completamente paralelo, e est sendo desenvolvido para rodar em supercomputadores. O objetivo
poder estudar uma srie de processos que impactam a distribuio dos turbiditos (fig. 108). No que se refere
escala exploratria, h o exemplo da dinmica da disperso de areias numa regio costeira e formao de
fluxos hiperpicnais. Na escala do reservatrio, existe o caso das geometrias geradas pelas diferentes caractersticas hidrodinmicas das correntes, bem como a partio espao-temporal das diferentes classes granulomtricas
das areias (UFRJ-Coppe/PUC-RS, Coordenao: Prof. lvaro L. G. A. Coutinho).

79

ocorre de forma iterativa e sequencial entre mdulos: os mdulos de fluxo de fluidos e de calor simulam
a distribuio de massa e calor durante a evoluo diagentica em configuraes de malha 2D e 3D; e o
mdulo de trajetria de reao modela os processos diagenticos volumetricamente significantes, reconhecidos atravs da caracterizao petrolgica dos reservatrios. A distribuio de temperatura obtida
pela soluo da equao de conduo de calor. A formalizao matemtica das equaes do mdulo
de fluxo considera a densidade do fluido e a mudana nos valores de entalpia, sendo possvel captar a
influncia e os efeitos de estruturas de sal e da distribuio anmala de calor. O mdulo de trajetria de
reao fornece a composio do fluido pela soluo das reaes termodinmicas e cinticas entre solutos e fases minerais. As interfaces de visualizao so utilizadas para inicializao e acompanhamento
das simulaes, mostrar diagramas das variaes de cada fase mineral (primria e autignica), mudanas
dinmicas na distribuio de entalpia (temperatura), composio de fluidos, padres de fluxo, e propriedades de reservatrios em perspectiva 2D e 3D (fig. 109). O resultado esperado um conjunto de sistemas integrados que auxiliem na compreenso da evoluo diagentica e na previso da qualidade dos
reservatrios atravs da simulao parametrizada e visualizao dos processos diagenticos e padres de
fluxo de fluidos (UFRGS/PUC-RS, Coordenao: Profa. Mara Abel).
Figura 109
Padres de distribuio da

1,0

velocidade relativa do fluxo

0,9

0,00017

halino). As cores indicam a

0,7

0,00013

diferena entre os valores absolutos de velocidade, tendo

0,6

como referncia as reas

0,5

8,6e05

0,4

onde no h movimento do
fluxo (em azul).

Figure 109

0,3

8,3e05

Distribution pattern of the


relative speed of reactive ow

0,2

in a turbiditic reservoir near

0,1

REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

80

bidtico nas proximidades de


um domo de sal (fluxo termo-

0,8

0,0
0,0

reativo em reservatrio tur-

a salt dome (thermohaline


ow). The colors indicate the
difference among absolute

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

reaction speed values,


referred to areas where there
is no ow (in blue).

Caracterizao das correntes de turbidez formadas por diferentes materiais sedimentares:


correlao entre as propriedades reolgicas das misturas e processos hidrodinmicos e deposicionais. O objetivo central do projeto caracterizar as correntes de turbidez formadas por diferentes
materiais sedimentares no coesivos e coesivos, atravs do estudo experimental da correlao entre as
propriedades reolgicas das misturas que compe essas correntes com suas propriedades hidrodinmicas
e deposicionais (fig. 110). Para atingir o objetivo geral preciso introduzir algumas etapas de simulao
experimental em tanques apropriados, com o intuito de entender os processos hidrodinmicos e deposicionais envolvidos. Dessa forma, pretende-se simular correntes de turbidez com caractersticas distintas em
termos de concentrao e presena de argila e tamanho de gro na mistura, criando um diagrama fase de
causa-efeito, ou seja, para certas condies iniciais de fluxo, quais tipos de depsitos caractersticos sero
gerados, os quais posteriormente sero comparados com os ambientes deposicionais da costa brasileira.

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Tambm como haver a caracterizao das propriedades reolgicas das misturas a serem ensaiadas para
definir o limiar reolgico dos fluxos newtonianos e no newtonianos. Essa diviso importante para
separar os que classicamente conhecemos como correntes de turbidez e fluxos de detritos, trazendo novas
perspectivas de interpretao de depsitos naturais potenciais para reservatrios de hidrocarbonetos.
Os resultados esperados desse projeto de pesquisa, de forma geral, so contribuir para o entendimento
das relaes de transporte e deposio das correntes de turbidez, no caso, aliando as suas propriedades reolgicas e hidrodinmicas com os resultados gerados (depsitos) e posteriormente extrapolar
os resultados para os fluxos naturais, propondo uma evoluo do modelo de fluxo/depsito turbidticos
(UFRGS, Coordenao: Prof. Rafael Manica).
Figura 110
Espectros de reologia apre-

sentados pelos fluxos gravi-

2,5% 5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Cvol

tacionais de sedimentos em

10

funo do teor de argila e da


concentrao. Dados obtidos

20

a partir de ensaios de modelagem fsica.

30

Figure 110
40

Rheology spectrum presented


by sediment gravity ows as

50

a function of mud content


and concentration. Data

60

obtained from physical


modeling experiments.

70
80
90
100
Limiar reolgico

No Newtoniano

Modelagem numrica de processos tectnicos, sedimentares e erosivos com aplicao em margens divergentes. O projeto desenvolve aplicativos computacionais que permitem simular processos tectnicos
de ruptura da litosfera continental, sua resposta trmica e flexural acoplada a processos superficiais erosivos e
de transporte de sedimentos (fig. 111). Nos ltimos anos, dois aplicativos foram desenvolvidos para o estudo
da evoluo de margens divergentes pelo grupo associado a este projeto. No primeiro tipo o estiramento da
litosfera perturba o estado trmico da crosta e manto, modifica a superfcie atravs de falhas e reorganiza a
distribuio de cargas sobre a litosfera. A variao de temperatura na litosfera resulta em variao de densidade,
criando esforos verticais que so compensados pelo movimento isosttico e flexural da litosfera. Os processos
superficiais induzem esforos verticais na litosfera atravs da eroso, transporte e deposio de sedimentos.
Em resposta a estes esforos, a flexura da litosfera modifica a topografia e, consequentemente, a evoluo dos
processos superficiais. Uma vantagem deste modelo em relao a outros publicados na literatura considerar
a evoluo da margem desde a fase rifte. Desta forma pode-se entender como os diferentes processos da quebra da litosfera moldam a topografia da margem. O segundo aplicativo desenvolvido usado para estudar a

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REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

Argila

Newtoniano

81

histria de exumao das rochas a partir dos resultados do modelo direto. Com este modelo possvel traar
a histria trmica de partculas de rocha e calcular a idade aparente para diferentes geocronmetros. Neste
projeto, que est sendo iniciado, ser dada nfase modelagem numrica da evoluo da parte emersa da
margem continental nos segmentos sudeste (bacias de Santos e Campos) e nordeste (Bacia Potiguar) (USP-IAG,
Coordenao: Dr. Vitor Sacek).
Figura 111
Modelos numricos de processos tectnicos de ruptura
da litosfera continental, com
sua resposta trmica e flexural acoplada a processos
superficiais erosivos e de
transporte de sedimentos.

Figure 111
Numerical models of
continental lithosphere
rupturing tectonic processes,
with the thermal and exural
response coupled with
surficial erosive and sediment
transporting processes.

REDE DE
MODELAGEM DE BACIAS
(REMOB)

82

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Rede de Caracterizao e Modelagem Geolgica de


Reservatrios (Carmod)
A Rede Carmod tem como objetivo promover e articular esforos de Pesquisa e Desenvolvimento com as universidades brasileiras na rea de reservatrios petrolferos. Seu maior interesse valorizar a complementaridade
das diversas disciplinas necessrias ao conhecimento do comportamento dos fluidos nas rochas-reservatrio, promovendo o intercmbio de pesquisadores e alunos, articulando projetos e resultados entre as instituies participantes, assim como auxiliando a universidade a capacitar pesquisadores e adquirir equipamentos para pesquisas
complementares s que a Petrobras desenvolve em suas reas mais estratgicas. As linhas de pesquisa preferenciais incluem as trs grandes reas de interesse ao tema rochas-reservatrio: Geologia, Geofsica e Geomecnica.
Gestora: Anelise Friedrich (2009 -).
Instituies: UFRGS, UFRN, Unicamp, UENF, USP, UFRJ, UFSC, UnB, UFF, Unesp, UFPE, UFS, PUC-RJ,
CBPF e UFCG. (fig. 112).

Figura 112 - Instituies participantes da Rede de Caracterizao e

Figure 112 - Reservoir Characterization and Geological Modeling Network.

Modelagem Geolgica de Reservatrios.

Laboratrio de experimentos em mecnica e tecnologia de rochas (Lemetro) do Instituto


de Geocincias da UFRJ. O objetivo da implementao dessa infraestrutura intensificar e ampliar o

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REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)

Infraestrutura

83

desenvolvimento de pesquisa e rotinas de caracterizao na rea de Geomecnica Experimental, envolvendo


tcnicas de caracterizao do espao poroso (microscopia, porosimetria e permeametria), do arranjo textural e
estrutural dos slidos do arcabouo e da matriz (microscopia tica) e mineralogia (microscopia e difratometria
de raios X) e desenvolver pesquisa e rotina experimental para a caracterizao de rochas-reservatrio, visando
sua aplicao modelagem geomecnica. Esse projeto viabilizou o funcionamento de um equipamento de
clula triaxial cbica de grande porte (fig. 113) usado em parte do seu tempo por funcionrios do Cenpes,
que desenvolvem projetos de doutorado na UFRJ (Coordenao: Prof. Emlio Velloso Barroso).
Figura 113 - Clula triaxial

Figure 113 - Cubic Triaxial Cell

cbica com capacidade para

with capacity for samples

amostras de at 5cm de lado.

up to 5cm wide. This cell

A clula permite medir a

allows the measurement of

permeabilidade em diferentes

permeability in different

direes, submetida a

directions and under reservoir

condies de reservatrio.

conditions.

Laboratrio de Petrofsica e melhoria instrumental de sistema eletromagntico a multifrequncia


da UENF. O projeto objetiva completar a capacitao instrumental para a realizao de estudos com base na
medida de propriedades petrofsicas de minerais e rochas, bem como na interpretao de perfis de poos. Em
adio, visa concluir o desenvolvimento instrumental do mtodo eletromagntico a multifrequncia com vistas
sua aplicao em projetos de E&P. Foram instalados diversos equipamentos de medio (fig. 114), alm dos
necessrios preparao das amostras (Coordenao: Prof. Carlos Alberto Dias).

REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)

84

Figura 114 - Analisador espec-

Figure 114 - Impedance spectral

tral de impedncia com inter-

analyzer with eletrochemical

face eletroqumica e dieltrica

and dieletric interface

(acima); Espectrofotmetro

(above); X-Ray Fluorescence

de fluorescncia de raios X

Spectrophotometer (below

(abaixo esq.) e Difratmetro

left) and X-Ray Difratometer

de raios X (abaixo dir.).

(below right).

Laboratrio LabLitos na UnB. Foco na microssismicidade associada ao desenvolvimento da produo


de reservatrio de leo e gs. O projeto tem como objetivo adquirir os equipamentos para monitorar os
tremores naturais e microtremores gerados pelo desenvolvimento do reservatrio de petrleo de campos
em terra, e utilizar esses dados para auxiliar na caracterizao estrutural do reservatrio (mapear as falhas
ativas, determinar o tensor de esforo local e a anisotropia do reservatrio); inferir a migrao da frente de
presso no interior do reservatrio quando da injeo e retirada de fluidos, e identificar e/ou monitorar potenciais zonas de exsudao de leo e gs. Alm dos equipamentos sismogrficos para a rede fixa (fig. 115a)
e mvel (fig. 115b), foi montada uma sala para processamento de dados (Coordenao: Prof. Jos E. Soares).

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figura 115
a) Estao microssismolgica
fixa Sensor LE3Dlite MKII
da Lennartz Electronic
e Registrador Geotech
Instruments, LCC) e b) Estao
Mvel Estao sismogrfica
da PMD Scientific, INC.

Figure 115
Microseismicity equipments.

Pesquisa e Desenvolvimento

Figura 116 - Imagem adquirida com Laser Scanner no Parque

Figure 116 - Laser Scanner image taken at Mondrag Natural Park

Natural Mondrag em Mallorca (esquerda). Foto do mesmo local

in Mallorca, Spain (left). Photo taken at the same place (right).

(direita). Trabalho conjunto com a Universidade de Barcelona.

Partnership with the Barcelona University.

Arquitetura de fcies, geometria e heterogeneidades de sistemas siliciclsticos, com exemplo das formaes Guin e Tombador (Proterozoico), Chapada Diamantina - BA. O objetivo deste
estudo a caracterizao estratigrfica e estrutural de sistemas siliciclsticos visando estabelecer um
modelo de suporte predio da geometria e heterogeneidades de corpos de rochas-reservatrio, em
vrias escalas. Os trabalhos se concentraram na Chapada Diamantina e os alvos foram as sequncias da

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)

Imageamento digital de afloramentos carbonticos em cavernas colapsadas Paleocave. A linha


escolhida para este projeto foi o estudo das tcnicas de imageamento e processamento de dados de afloramentos anlogos a reservatrios carbonticos de petrleo. As tcnicas utilizadas so o Laser Scanner (fig. 116),
GPR, tomografia, ssmica rasa e perfil de raios gama. A equipe da universidade e os equipamentos do laboratrio participam tambm de levantamento de dados para outros projetos que envolvem estudo de anlogos,
alm de prover o treinamento de outras equipes no uso das tcnicas em questo. Com os resultados do projeto
pretende-se obter uma imagem das heterogeneidades em trs dimenses, contribuindo para o entendimento
das geometrias e dos mecanismos responsveis pela evoluo dos reservatrios carbonticos principalmente
os mecanismos de dissoluo desses reservatrios, com a formao de paleocavernas itens de forte impacto
durante a perfurao de poos, responsveis por importantes perdas de circulao e prises de ferramentas
(UFRN, Coordenao: Prof. Francisco Pinheiro).

85

Altura: 125m

Formao Guin (sedimentos marinhos rasos) e da Formao Tombador (sedimentos estuarinos e fluviais)
(fig. 117). Durante o projeto, foram construdos painis tridimensionais que permitiram a reconstruo
da arquitetura deposicional e a hierarquizao das superfcies limtrofes, desde a escala de sequncia
deposicional at a de fcies e associao de fcies (UFRGS, Coordenao: Prof. Claiton Scherer).

Figura 117 - Anlise estratigrfica do Morro do Pai Incio. A pri-

DS4

SR3

DS3
SR2
DS2

Figure 117 - Stratigraphic analysis of Pai Incio Hill. The first

meira discordncia (basal) foi interpretada de 1 ordem e separa

discordance (bottom) was interpteted as of 1st order and

a Formao Auru da Formao Tombador. As outras superfcies

separates Fm Auru from Fm Tombador. The other surfaces

foram interpretadas como superfcies de 3 ordem. O perfil de

were interpreted as 3rd order surfaces. The gama ray profile

raios gama ajudou na definio dessas sequncias.

helped define theses sequences.

Estratigrafia de sequncias em sistemas elicos, geometria e heterogeneidades de reservatrios.


O objetivo do projeto definir modelos de sucesses verticais de fcies para sistemas elicos secos e midos
e sua representao em perfis de raios gama (fig. 118). Os trabalhos se desenvolveram em afloramentos
das formaes Mangabeira e Roncador na Chapada Diamantina, utilizando tcnicas de hierarquizao de
superfcies estratigrficas e definio da geometria tridimensional de fcies e associao de fcies. Com os
resultados do projeto ser definida a hierarquizao dos diferentes nveis de heterogeneidade de reservatrios
elicos e a correlao das superfcies limtrofes, com a definio de ciclos de alta frequncia nas sucesses
elicas (UFRGS, Coordenao: Prof. Claiton Scherer).

REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)

86

Figura 118 - Dunas e interdunas elicas nas sequncias estabelecidas em sistemas elicos da Chapada Diamantina.

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Figure 118 - Eolian dunes and interdunes deposits.

Sistemas mistos siliciclsticos-carbonticos dos campos de Fazenda Santa Luzia e So Rafael - Bacia
do Esprito Santo. O objetivo a caracterizao integrada sedimentolgica, estratigrfica e petrolgica dos
sistemas mistos siliciclsticos-carbonticos que constituem os reservatrios destas jazidas, a fim de estabelecer
modelos realistas da gnese, evoluo, geometria e heterogeneidade dos reservatrios em mltiplas escalas
(fig. 119). A metodologia consistiu em descrever 294 metros de testemunhos e 285 lminas delgadas, com a
caracterizao dos aspectos de estruturas deposicionais e secundrias; textura e composio dos constituintes
primrios; processos e constituintes diagenticos; tipos e distribuio da porosidade; microscopia eletrnica
de varredura; difratometria de raios X; mineralogia e variedades de minerais detrticos pesados. Resultaram
interpretaes de fcies e associaes de fcies deposicionais, petrofcies e associaes de petrofcies de reservatrio, perfis integrados, padres de distribuio das principais caractersticas deposicionais, diagenticas e
de qualidade. No final, foi gerado um modelo 3D ilustrativo da distribuio das propriedades dos reservatrios
(UFRGS, Coordenao: Prof. Luis Fernando de Ros).

Figura 119 - a) Modelo conceitual; b) estudo de estratigrafia;

Figure 119 - a) Conceptual model; b) stratigraphic study; c) isopach

c) mapas de ispacas e d) correlao de perfis do campo de

maps and d) log correlations of Santa Luzia Farm oil field.

Fazenda Santa Luzia.

Figura 120 - Estudo estratigrfico do perfil Roncador II, prximo

Figure 120 - Stratigraphic study of Roncador II profile,

Cidade de Lenis, BA. Afloramento de carbonatos microbiais da

established near the City of Lenois. Outcrop of microbial

Formao Salitre.

carbonates of Salitre Formation.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)

Sistemas carbonticos microbiais do Neoproterozoico - exemplo da Formao Salitre, BA (fig. 120).


O objetivo aplicar e integrar mtodos de anlise estratigrfica de alta resoluo em sistemas carbonticos

87

microbiais de idade neoproterozoica a fim de fornecer elementos que deem suporte aos modelos preditivos
para reservatrios em rochas carbonticas de similar natureza. A metodologia empregada foi o levantamento
de perfis litolgicos e gamaespectromtricos em escala 1:20 para a construo de painis bidimensionais ilustrativos do arcabouo faciolgico das diferentes associaes de fcies encontradas naquela unidade supramar
(sabkha), intermar, inframar e rampa externa intermediria (UFRGS, Coordenao: Prof. Claiton Scherer).
Caracterizao multiescalar em reservatrios carbonticos anlogos da Bacia Sergipe-Alagoas.
Os objetivos so caracterizar e organizar informaes e dados de afloramentos carbonticos da Bacia SergipeAlagoas, a fim de estabelecer nveis de representatividade como anlogos a reservatrios de outras bacias
no pas. A primeira etapa do projeto, com durao de um ano, teve como alvo o afloramento da Pedreira
Carapeba prximo de Aracaju. A segunda fase tem como alvo um conjunto de afloramentos das formaes
Morro dos Chaves, Riachuelo, Cotinguiba e Caboclo, representativas de quatro litofcies-chave calcarenito,
coquina, microbiolito e calcrio laminado. O projeto gerou um banco de dados de afloramentos carbonticos
que se destina a ser um suporte para outros estudos de reservatrio (UFS, Coordenao: Prof. Antnio Garcia).
Falhas, fraturas, fcies e fluxo em sistemas crsticos. O objetivo a caracterizao da arquitetura de falhas
e seu papel na distribuio da permeabilidade e porosidade secundria em diferentes escalas em rochas carbonticas sofreram carstificao epignica (lajedos da Formao Jandara, Regio de Mossor) hipognica (cavernas
da Formao Salitre, na Bahia) (fig. 121). A metodologia empregada incluiu estudos estruturais, petrogrficos e
geoqumicos para a compreenso da evoluo da porosidade e permeabilidade. Os resultados esperados so a
arquitetura das zonas de falhas e um banco de dados de petrografia, petrofsica e geoqumica das falhas e rochas
encaixantes, com o aumento do conhecimento de reservatrios crsticos, suas relaes entre falhas, fluidos e
porosidade secundria. Este projeto gerar dados para suporte a um mestrado e um doutorado de tcnicos da
Petrobras (UFRN, Coordenao: Prof. Francisco Hilrio Bezerra).

REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)

88

Figura 121 - Carste hipognico na Formao Salitre, caverna da

Figure 121 - Hypogenic karst in Salitre Formation at Toca da

Toca da Barriguda, BA (esquerda) e carste epignico na Formao

Barriguda cave (left) and epigenic karst in Salitre Formation at

Salitre, Lajedo Soledade, prximo a Mossor, RN (direita).

Lajedo Soledade - RN (right).

Modelagem geolgica e geomecnica de afloramentos dos sistemas carbonticos e evaporticos


da Bacia do Araripe abordagem integrada para a construo de modelos visando a simulao de
reservatrios (fig. 122). O objetivo avaliar o emprego de tcnicas de caracterizao de sistemas fraturados
em modelos computacionais atravs de processos de upscalling e de homogeneizao. Para isso, foi constituda equipe multidisciplinar de gelogos e engenheiros a fim de compor a base geolgica de informaes
para a construo de um modelo computacional 3D de carbonatos fraturados, testado em um simulador de

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

fluxo com os parmetros de dupla porosidade e permeabilidade para avaliar as caractersticas do fluxo nesse
tipo de reservatrio. A este projeto se alinha o grupo da Universidade Federal de Campina Grande-PB, que
aporta todos os dados laboratoriais das propriedades permoporosas e elastodinmicas das rochas estudadas
(UFPE, Coordenao: Prof. Antonio Barbosa e Prof. Igor Gomes).

Figura 122 - Trabalhos no calcrio laminado da Formao Ipubi na

Figure 122 - Research job on evaporite deposits of Ipubi

Bacia do Araripe. O padro de fraturamento ser usado em simu-

Formation, Araripe Basin. Fracture pattern will support

laes computacionais.

numerical simulations.

Inferncia Petrofsica: propriedades de reservatrios carbonticos. O objetivo o desenvolvimento de ferramentas para a anlise de dados de perfis e testemunho, visando a calibrao de modelos
de fsica de rocha e modelagem probabilstica de agrupamentos de classe litolgica. Os trabalhos de
desenvolvimento da pesquisa englobam uma srie de temas especficos que podem ser tratados em conjunto ou separadamente, visando criar uma soluo mais abrangente para a inferncia de propriedades
petrofsicas de reservatrio, incluindo: desenvolvimento de ferramentas para a anlise de dados de perfis
e testemunho, e construo de modelos probabilsticos empricos de propriedades de reservatrio a partir
de dados de perfis e testemunho, capturando a variabilidade espacial interna de propriedades e estrutura
geolgica da regio atravs da incorporao da imagem ssmica (fig. 123) (UENF, Coordenao: Prof. Fernando Sergio Moraes).
Figura 123
Fluxograma de atividades:
integrao de dados de perfis
e testemunhos com dados
ssmicos para a construo
de modelos preditivos de
propriedades petrofsicas
estticas e dinmicas, para
estudos em ssmica 4D.

Figure 123
Work ow: profile data
integration and cores
with sismic data to build
predictive models of static
properties, allowing 4D
seismic studies.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

REDE DE
CARACTERIZAO E
MODELAGEM GEOLGICA
DE RESERVATRIOS
(CARMOD)

and dynamic petrophysical

89

consideraes finais
Um relacionamento slido e planejado, de longo prazo, entre a academia e as empresas do setor
produtivo est na base do desenvolvimento sustentvel de um pas. A atuao da pesquisa universi
tria em temas aplicados, oriundos dos desafios que se apresentam indstria petrolfera, tem sido um
mecanismo propulsor da construo compartilhada do conhecimento e empresta o necessrio pragmatismo academia, trazendo-a para mais prximo das reais questes do setor. Ressalte-se tambm um
importante efeito colateral positivo deste processo: ao atuarem como bolsistas nos projetos das Redes
Temticas, estudantes universitrios dos diversos cursos envolvidos tm sido grandemente beneficiados
por um acesso precoce s questes reais e s tecnologias do dia a dia do setor petrleo, o que lhes
prov um grau de maturidade profissional que no seria possvel alcanar na vida acadmica tradicional. Tais alunos tornam-se rapidamente quadros de destaque quando admitidos como funcionrios
pelas empresas da rea petrolfera.
Atuando em rede, otimizam-se os recursos (humanos, fsicos e financeiros) disponveis e se evitam redundncias desnecessrias. Numa perspectiva de pas, o modelo de rede alicerado na Petrobras promove a
superao de deficincias locais e regionais em termos de infraestrutura criando e aparelhando laboratrios
com o que h de melhor no mercado mundial e aumenta a capacidade nacional de realizao de pesquisas
relevantes e direcionadas a efetivos objetivos empresariais.
As Redes Temticas Petrobras-Universidades fortalecem o relacionamento interinstitucional e constituem mecanismo de investimento estruturante na comunidade de Cincia e Tecnologia brasileira. Para a
Petrobras, por representarem um processo contnuo e integrado ao Sistema Tecnolgico da Companhia,
h grande interesse nos resultados das pesquisas suportadas pelas Redes. H que se mencionar ainda a
relevncia estratgica para o Brasil que est implcita no fortalecimento da pesquisa aplicada no ambiente
acadmico nacional.

90

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

expanded abstract
Petrobras operations in the various branches of the value chain in the oil sector include an important
contribution of technological development, fundamental to the achievement of its business objectives. The
search for answers to the many technology issues that the Company faces, has been addressed to the Center
for Research and Development Leopoldo Amrico Miguez de Mello (Cenpes), since the establishment of
this research premises in 1963, and the repeatedly positive results obtained by Petrobras over its history are
largely due to the ongoing investment in technology and innovation.
With its own team and laboratory facilities appropriate to the needs of the Company, Cenpes located
on Federal University of Rio de Janeiro campus since the early 1970s have provided solutions focused on
technological demands inherent to Petrobras` business: Exploration, Production, Refining and Petrochemicals,
Transportation and Marketing of oil and oil products which are represented in a robust research project
portfolio whose alignment to the needs of the Company is periodically monitored and ratified by technicians
and executives from the business areas.
This alignment of the projects portfolio with the technological challenges faced by the Company at every
moment, under the strategic plan and business plan governing its operations and directing its investments,
is guaranteed by Petrobras Technological System, a systematized process of analysis and decision involving
all segments of the Company. From the general drivers of its Strategic Plan defined by senior management
in conjunction with the Federal Government a five-year Business Plan is established and the necessary
resources are allocated to ensure the carrying out of the projects defined therein.
The set of assumptions derived from such mechanisms of multiyear planning is used as an input for the
operation of technology committees in three different levels: executive, where the main technological drivers
for the period that begins are defined in a corporate business scale and where results of the previous cycle
are evaluated; the Strategic Technology Committee, by business segment, unfolding the business drivers for
each of the business areas of the Company in the form of specific technological demands; and the Operational
and Technological Committee, which under the guidance of the Strategic Committee, consolidates demands,
sets priorities and delegates the portfolio of projects planned to Cenpes, which deals with its implementation.
From the consolidated portfolio of projects, a subset is addressed directly to Cenpes: Petrobras develops
in house the most challenging projects, the ones with strategical content which represent a competitive
advantage to Petrobras and the ones that demand specific instrumentation and knowledge requirements
that have been consolidated at the Research Center for decades of continuous performance in Research and
Development. A significant portion of the portfolio of projects in R&D is performed externally, in partnership
with research companies or institutions in Brazil and abroad. Thematic Networks currently appear as an
important mechanism for the management of projects in the Petrobras portfolio which are addressed to
execution to external research institutions.
Petrobras has a long relationship history with national universities and research institutions. Since the
publication by the National Agency of Petroleum, Natural Gas and Biofuels ANP Resolution 033/2005
and Regulation ANP 005/2005 disciplining the mandatory investments in Research and Development
in national Science and Technology Institutions by concessionaires of Exploration and Production in the
country Petrobras implemented a faster pace in partnerships with the ICTs due to the financial amounts
involved in this contractual obligation.
After being informed by its taxing department about the new amounts on mandatory investment in
R&D on national institutions implied in Regulation 033/2005 of the ANP much higher than those regularly
applied by Petrobras until then the Company asked the Research Center to analyse the new terms and to
propose a renovated model of relationship with the ICTs.
The concept of Thematic Network emerged in late 2005 at Cenpes, and its implementation was approved
by the Company Board in early 2006. The Thematic Network can be defined as association Petrobras
Universities on technical and scientific issues of common interest. The concept includes the possibility of
investment in infrastructure in science and technology institutions whenever necessary and the availability
of resources for the training of researchers. From the perspective of Petrobras, the focus of the networks

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

91

is in Research and Development on issues considered critical to the processes conducted by the Company,
and the technical-scientific basis for each issue lies in the centers of knowledge existing in the national ICTs.
The institutions were then invited to join Petrobras in this new relationship model, along with administrative
foundations that provide the bureaucratic support to the projects.
There are currently 49 Thematic Networks operating and involving 129 brazilian institutions covering
the broad spectrum of activities in the oil sector. This dynamic technical-scientific interaction process linking
Petrobras with the academy moved funds of approximately R$3.85 billion between 2006 and 2012. Of this
amount, the seven Geosciences networks managed in the same period, investments of around R$350 million
to the countrys universities.
The networks were established and anchored, mostly in the areas of disciplinary action of various technical
managements inside Cenpes, where their direct managers are located. A comprehensive mapping of skills from
Brazilian universities was done, seeking to identify the nucleus of specific knowledge and the best researchers
for the various themes. In Geosciences, seven networks were established: Geotectonic Studies - Regeotec,
Sedimentology and Stratigraphy - Sedestrat, Geochemistry - Regeoq, Applied Geophysics - Regeof, Applied
Micropaleontology - Repaleo, Basin Modeling - Remob and Geological Characterization and Modeling of
Reservoirs - Carmod. In this issue of the Bulletin, we present a set of complete papers prepared by universities,
a sample of results already achieved in R&D projects supported by the networks in Geosciences.

92

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

autores
Edison Jos Milani

Oscar Strohschoen Jnior

Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)


P&D em Geocincias
Gerente Geral

Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)


P&D em Geocincias
Gerente de Bioestratigrafia e Paleoecologia

ejmilani@petrobras.com.br

oscarrj@petrobras.com.br

Edison Jos Milani graduou-se em Geologia em


1977 pela Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS) e ingressou na Petrobras em fevereiro
de 1978. Nos 35 anos de Companhia, atuou em
Geologia de Poo, Pesquisa e Desenvolvimento e
Interpretao Exploratria, e respondeu por funes
gerenciais. Mestrado pela Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP) em 1985 e doutorado pela UFRGS
em 1997. gerente geral de P&D em Geocincias no
Cenpes e coordena o Comit Editorial do Boletim de
Geocincias da Petrobras BGP desde 2003.

Gilmar Vital Bueno


Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)
P&D em Geocincias
Gerncia de Geologia Estrutural e Geotectnica

gilmarvb@petrobras.com.br

Oscar Strohschoen Jnior graduou-se em Geologia


na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
em 1982. Trabalhou no Ceclimar (UFRGS) de 1983 a
1986, com foco em estudos sedimentolgicos nas
lagunas costeiras do Rio Grande do Sul. Ingressou na
Petrobras em 1986, tendo trabalhado em acompanhamento de poos no Desud (Bacia de Campos) at o incio
de 1988, quando foi transferido para o Laboratrio de
Rochas (Gelab) da mesma Unidade, na poca em fase
de implantao. Aps treinamento em foraminferos
no Centro de Pesquisas da Petrobras (1988) iniciou a
atividade de bioestratgrafo, ainda no laboratrio, onde
permaneceu lotado at 1999, quando foi transferido
para o Cenpes. Entre 1991 e 1993 cursou mestrado
em Estratigrafia na UFRGS, rea de concentrao em
Micropaleontologia, foco no estudo de foraminferos do
Cretceo Superior. No Cenpes exerceu as atividades de
Bioestratigrafia (foraminferos) em poos das bacias da
margem sul e sudeste. Em 2006 foi designado gerente
da Gerncia de Bioestratigrafia e Paleoecologia (BPA),
atividade que exerce at o momento.

Gilmar Vital Bueno graduou-se em Geologia pela


Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos),
Mestre em Geologia pela Universidade Federal
de Ouro Preto (UFOP) e Doutor em Geocincias
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). Gelogo da Petrleo Brasileiro S. A. desde
1987, atuou como intrprete de explorao em
vrias bacias brasileiras, tais como, Santos, Pelotas,
Recncavo, Tucano e Jatob, tendo sido gerente
de interpretao nas duas ltimas. Coordena vrios
projetos regionais em bacias Rifte no Brasil e em
Portugal. Gelogo Senior, gestor da Rede de
Estudos Geotectnicos do Cenpes.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

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Marco Antnio Schreiner Moraes

Viviane Sampaio Santiago dos Santos

Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)


P&D em Geocincias

Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)


P&D em Geocincias
Gerncia de Sedimentologia e Estratigrafia

masmoraes@petrobras.com.br

vsss@petrobras.com.br

Marco Antnio Schreiner Moraes cursou


Geologia na Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS) e Universidade Federal da Bahia (UFBA),
onde graduou com especializao em Geologia
do Petrleo em 1980. Iniciou suas atividades na
Petrobras em 1981, no Distrito de Explorao da
Bahia. Em 1982 transferiu-se para o Setor de Ensino
e em 1987 para o Cenpes. Obteve mestrado em
Geologia de Reservatrios pela Universidade Federal
de Ouro Preto (UFOP) em 1985 e doutorado pela
Universidade do Wyoming, Estados Unidos, em
1991. De 1994 a 1999 foi gerente do Setor de
Geologia e Geofsica de Reservatrios do Cenpes.
Em 1999 retornou rea tcnica, tendo coordenado
diversos projetos, incluindo os de Parametrizao de
Afloramentos Anlogos, Heterogeneidades Crticas
em Turbiditos e Acunhamentos Estratigrficos em
Turbiditos, alm de ter participado em uma srie de
estudos de Caracterizao de Reservatrios de guas
Profundas e Estudos de Afloramentos Anlogos,
efetuados para as reas de Reservatrios e Explorao
nacional e internacional. J ocupou tambm os
cargos de consultor tcnico e consultor snior. Desde
2010 coordena o Programa de Modelagem de Bacias
(Promob) da rea de Geocincias do Cenpes.

94

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

Viviane Sampaio Santiago dos Santos geloga


da Petrobras atua na rea de Sedimentologia e
Estratigrafia do Cenpes desde 1999. Trabalhou
na Unidade Operacional da Bacia de Campos no
acompanhamento de poos e Laboratrio de Rochas.
consultora tcnica da Companhia e, gestora da
Rede de estudos em Sedimentologia e Estratigrafia.

Ramss Capilla
Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)
P&D em Geocincias
Gerncia de Geoqumica

capilla@petrobras.com.br
Ramss Capilla graduado em Geologia pela
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
em 1989. Mestre e Doutor, ambos em Geologia na
rea de Sistemas Deposicionais e Estratigrafia pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nos
anos de 1995 e 2002, respectivamente. Ingressou na
Petrobras em 2000, onde atuou at 2001 nas reas
de Acompanhamento Geolgico de Poos. Desenvolve
pesquisas de Geoqumica do Petrleo e coordena a
Rede Temtica de Geoqumica da Petrobras. professor
das disciplinas de Sistemas Petrolferos e Geoqumica
do Petrleo na Universidade Petrobras (UP) e Geologia,
Paleontologia e Biologia Marinha na Universidade
Castelo Branco (UCB). Tesoureiro da Associao
Latino-Americana de Geoqumica Orgnica (Alago),
nos anos de 2006 a 2014. Atuou tambm como
membro da Diretoria Executiva da Sociedade Brasileira
de Geoqumica (SBGq), no binio de 2007 a 2009.

Ricardo Silva Nunes de Bragana

Ceclia Cunha Lana

Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)


P&D em Geocincias
Gerncia de Geofsica

Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)


P&D em Geocincias
Gerncia de Bioestratigrafia e Paleoecologia

rbraganca@petrobras.com.br

lana@petrobras.com.br

Ricardo Silva Nunes de Bragana graduado em


Fsica pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
e Mestre em Geofsica pela Universidade Federal
da Bahia (UFBA), trabalha na gerncia de Geofsica
do Cenpes desde 1995 tendo atuado nas reas
de Imageamento Ssmico e Computao de Alto
Desempenho. Responsvel pela introduo do uso de
clusters de computadores na Petrobras. consultor
tcnico da Empresa desde 2007 e gestor da Rede de
Estudos de Geofsica Aplicada desde 2009.

Anelise Friedrich
Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)
P&D em Geoengenharia e Engenharia de Poo
Gerncia de Caracterizao e Modelagem
de Reservatrios

anefri@petrobras.com.br

Ceclia Cunha Lana graduou-se em Geologia


em 1985 pela UFRJ e cursou a especializao em
Geologia e Geofsica Marinha no Laboratrio de
Geologia Marinha da UFF (Lagemar), em 1986.
Ingressou na Petrobras em 1987 atuando na rea de
Biocronoestratigrafia, especializando-se no mtodo
Palinologia. Aps dois anos de treinamento no Cenpes
transferiu-se para Natal, atual Unidade de Operaes
de Explorao e Produo do Rio Grande do Norte
e Cear, onde atuou na rea de Sedimentologia
e Estratigrafia em 1989 e foi responsvel pelo
laboratrio e atividades da Palinologia por 5 anos,
atuando tanto na seo rifte continental quanto
nas sees marinhas das bacias Potiguar e Cear.
Mestre em Geocincias/Estratigrafia pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1996.
Retornou ao Cenpes, atuando na Bioestratigrafia/
Palinologia das bacias marginais brasileiras (margem
leste e equatorial) e de bacias do globo (Amrica
do Sul, frica e Europa). Dentro da Palinologia
especializou-se no grupo dos Dinoflagelados fsseis.

Anelise Friedrich possui graduao em Geologia


pela Universidade de Brasilia (UnB) em 1982, Mestre
em Geocincias pela Universidade de Campinas
(Unicamp) em 2003. Especializao em Geoestatstica
pela Escola de Minas de Paris em 1997. Ingressou na
Petrobras em 1990, e desde 2000 exerce as funes
no Cenpes, onde responsvel pela coordenao
de diversos projetos de pesquisa, principalmente
com universidades brasileiras. Coordena a Rede
de Caracterizao e Modelagem de Reservatrios,
composta por 15 universidades e 30 equipes dedicadas
Geologia e Geofsica de Reservatrios.

B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1/2, p. 9-96, nov.2011/nov.2012

95

Alpio Jos Pereira


Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)
P&D em Geocincias
Gerncia de Sedimentologia e Estratigrafia

alipiopereira@petrobras.com.br
Alpio Jos Pereira graduado em Geologia pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
desde 1996. Cursou especializao em Planejamento
Ambiental pela Universidade Federal Fluminense
(UFF) em 1997, em Geologia e Geofsica Marinha
pela UFF em 1998, em Anlise de Bacias Aplicada
a Indstria do Petrleo pela UERJ em 2001 e, em
Geologia do Quaternrio pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ) em 2003. Mestre e Doutor
em Geologia e Geofsica Marinha, ambos pela UFF
nos anos de 2001 e 2009, respectivamente. Ingressou
na Petrobras em 1989 como Tcnico em Operao e
atua como Geofsico desde 2003.

96

Redes Temticas em Geocincias Milani et al.

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