Apostila Cinotecnia PM SC
Apostila Cinotecnia PM SC
Apostila Cinotecnia PM SC
COMANDO-GERAL
COMPANHIA DE POLCIA MILITAR DE
POLICIAMENTO COM CES
MANUAL CINOTCNICO
TEORIA CINOTCNICA
Ago/2003
REVISADO: Sub Ten PM JOO CARLOS DA SILVEIRA
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Mar/2013
I - INTRODUO
'' O melhor amigo do homem o co '' . Esta frase antiga, mas exprime a maior e extraordinria realidade que se tem notcia, sobretudo, porque o co um ser que acompanha o homem desde a pr-histria e tem se
tornado, at os dias de hoje, um amigo leal e inseparvel.
A cinofilia aspira assegurar ao co, condies de vida adequadas sua
natureza, que incluem a presena e assistncia contnua de seu dono. Quem se
prope a ter um co, como companheiro, dever tambm ter a obrigao de
lhe oferecer condies adequadas para satisfazer todas as necessidades bsicas para a sobrevivncia deste animal, to querido pelo homem.
Muitos criadores ou proprietrios tentam estabelecer a pureza das raas, em funo de seu emprego, em contrapartida, muitos executam cruzamento ao invs de acasalamento, at mesmo para criar uma nova raa canina.
Para isso devemos saber a diferena entre cruzamento e acasalamento:
- Acasalamento - a cobertura de ces entre raas idnticas;
- Cruzamento - a cobertura de ces de raas diferentes.
Atravs do cruzamento, pode-se criar, sim, uma nova raa, mas preciso estabelecer a utilidade que se prope neste cruzamento. J o acasalamento, tende a apurar uma determinada raa, atravs do estudo da rvore genealgica, que o que vai determinar a pureza de uma raa. Mas o que significa
realmente uma raa pura?
Em zootecnia diz-se que pertence a uma raa pura, aqueles animais
domsticos que ao se reproduzirem, transmitem de maneira constante as prprias caractersticas da raa em questo, ou seja, caractersticas morfolgicas,
psquicas e suas aptides para cumprir determinadas tarefas. Entretanto, podemos considerar puras, as raas depois de 05 geraes semelhantes. Geraes semelhantes, quer dizer que os filhotes nascidos desses animais, guardam as mesmas caractersticas de aparncia geral de cor e propores.
Em suma, a seleo, portanto, tende aperfeioar paulatinamente as
caractersticas tpicas de cada raa, de modo que os dotes fsicos e psquicos
perpetuem-se nos filhos, tornando o co cada vez mais apropriado para a vocao da raa a qual pertence.
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II - APARECIMENTO DO CO
Qual ser o co mais antigo que se possa encontrar na histria do mundo? Bem; a maioria dos paleontlogos reconhece o antepassado do co no
MYACIS, um pequeno mamfero, maior que uma doninha , com pernas curtas, rabo comprido, corpo alongado, pescoo relativamente longo e orelhas
pontudas, membros relativamente curtos, providos de 05 dedos prensis, dotados de garras parcialmente retrteis e mostrava caractersticas muito primitivas, especialmente no crnio, que carecia de ampola timpnica ossificada,
por esse motivo alguns cinlogos acreditam ser ele o percursor dos gatos e
ursos, lobos chacais e que alguns tipos candeos evoluram a partir de suas
ramificaes. Viveu na era Eocenio, 60 milhes de anos na regio que hoje
fica a sia.
O myacis um ancestral tanto dos candeos como de famlias como a
do Guaxinim, do Urso, da Fuinha, da Hiena e de outros. O myacis deu origem
a uma variedade de candeos primitivos com caractersticas que se assemelhavam a hienas, outros aos ursos e outros aos ces modernos.
H 20 milhes de anos, existia um animal semelhante ao co, chamado
de Mesocyon. Tinha mandbulas menores, cauda e corpo compridos e pernas
atarracadas. As patas traziam 5 dedos separados, diferente do co atual que
tem 4 dedos juntos.
Entre 15 20 milhes de anos atrs, o Myacis evoluiu para um animal
chamado de CYNODICTIS , que era um animal de tamanho mdio, mais
comprido que alto e com pelagem densa. O Cynodictis evoluiu, por volta de
10 15 milhes de anos, para o chamado TOMARCTUS , que tinha mandbula comprida e crebro maior, cauda longa e peluda e j revelava instintos sociais, sendo esse possivelmente o predecessor dos ces atuais, pois tinha formas mais assemelhadas ao gnero Canis: com ampola timpnica volumosa e
bem ossificada e soldada completamente no crnio. possvel que os primeiros ces surgiram aproximadamente 100.000 anos, oriundos dum pequeno
lobo que vivia na ndia. A tese mais difundida pelos cinfilos que atravs
do tomarctus, o co domstico compartilha um ancestral comum com todos
os outros animais do gnero Canis, inclusive os lobos, chacais, raposas e ces
selvagens.
Raas caninas que hoje conhecemos, apresentam uma diversidade muito acentuada de aspectos distintos, cuja explicao, no est somente na tendncia natural do Canis familiaris variao, mas tambm nos efeitos de
uma domesticao muito antiga, ou seja, na interveno do homem que atravs dos tempos trabalhou para obter a fixao dos distintos caracteres fsicos
e psquicos, apropriados para satisfazer diferentes interesses utilitrios ou es53
1. Os Ancestrais do Co.
Distinguimos nos stios arqueolgicos da Europa vrios tipos de ces:
os maiores teriam se originado dos grandes lobos do Norte (tinham o tamanho, na cernelha, dos atuais Dogues alemes) e teriam dado origem aos ces
Nrdicos e aos grandes ces pastores. Os menores, morfologicamente perto
dos dingos selvagens atuais, achariam suas origens nos lobos menores da ndia ou do Oriente Prximo.
Os mais antigos esqueletos de ces descobertos datam de cerca de
30.000 anos depois do aparecimento do homem de Cro-Magnon (Homo sapiens). Eles sempre foram exumados em associao com o resto das ossadas
humanas e a razo pela qual mereceram, em seguida, a denominao de
Canis familiaris. Parece lgico pensar que o co domstico descende de um
candeo selvagem pr-existente. Entre estes ascendentes em potencial figuram o lobo (Canis lupus), o chacal (Canis aurus) e o coiote (Canis patrans).
Por outro lado, na China que os antigos vestgios de ces foram descobertos, enquanto que, nem o chacal, nem o coiote foram identificados nestas regies. Na China tambm, foram encontradas as primeiras associaes
entre o homem e uma variedade de lobos de tamanho pequeno (Canis lupus
variabilis) que remonta a 150.000 anos. A coexistncia dessas duas espcies,
num estgio precoce de sua evoluo, parece confirmar a teoria do lobo como
ancestral do co.
Essa hiptese foi reforada recentemente por vrias descobertas, notadamente: o aparecimento de certas raas de ces nrdicos diretamente originados do lobo; o resultado de trabalhos genticos comparando o DNA mitocondrial destas espcies, revelando uma semelhana superior a 99,8% entre o
co e o lobo, enquanto ela no ultrapassa 96% entre o co e o coiote; a existncia de mais de 45 subespcies de lobos que poderiam estar na origem da
diversidade racial observada nos ces; a semelhana e compreenso recproca
da linguagem de postura e da linguagem vocal entre essas duas espcies.
A grande semelhana entre ces e lobos complicam o trabalho dos arquelogos para fazer uma distino precisa entre os vestgios do lobo e do
co quando estes so incompletos ou quando o contexto arqueolgico torna a
coabitao pouco provvel. Com efeito, o co primitivo s se diferencia do
seu ancestral por alguns detalhes pouco fiveis, como o comprimento do focinho, a angulao do stop ou ainda distncia entre os molares cortantes e
os tubrculos superiores.
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3. Concluso.
A diversidade de opinies e a fragilidade encontrada na maioria das teorias impedem os estudiosos chegarem a uma concluso concreta.
Os bilogos e cinlogos especulam permanentemente a respeito de
qual candeo teria sido domesticado para produzir o co domstico, sendo que
o lobo e o chacal so tidos como candidatos mais provveis.
4. A Domesticao do Co.
Como em toda domesticao, o processo de familiarizao do lobo se
fez acompanhar de vrias modificaes morfolgicas e comportamentais em
funo de nossa prpria evoluo. Assim, as mudanas observadas nos esqueletos demonstram um tipo de regresso juvenil denominada "pedomorfose",
como se os animais, quando se tornavam adultos, tivessem guardado, com o
passar das geraes caractersticas e certos componentes imaturos: reduo
do tamanho, diminuio da cana nasal, pronunciamento do stop, latidos, gemidos, atitudes ldicas... que fazem certos arqueozologos afirmarem que o
co um animal que permaneceu no estgio de adolescncia, cuja sobrevivncia depende estritamente do homem. Paradoxalmente, este fenmeno
acompanhado de uma reduo do perodo de crescimento, levando a um avano do perodo de puberdade e permitindo assim, um acesso reproduo
mais precoce, que explica porque, nos dias de hoje, a puberdade mais precoce nas raas de ces de pequeno porte do que nas raas grandes, em todos
os casos mais precoces do que nos lobos (cerca de dois anos).
O Homem e o co pertencem a grupos sociais diferentes, mas sua associao mostrou-se vantajosa para ambas as espcies. Por outro lado o co fica
a merc do controle e seleo feita pelo homem.
Segundo dados arqueolgicos a domesticao do co teria ocorrido h
aproximadamente 14.000 anos quando o lobo foi trazido para dentro da estrutura social humana. Para tanto o processo de amansamento j estaria ocorrendo desde o momento que agrupamentos de lobos passaram, graas a facilidade na obteno de alimentos, a habitar prximos aos assentamentos humanos.
Esses grupos tornaram-se isolados reprodutivamente da populao mais selvagem dando incio ao processo que levaria a linhagem dos ces.
Segundo Hemmer (1990) a principal mudana ocorrida seria a sua
"percepo de mundo". Isto significa que enquanto uma alta sensibilidade e
estado de alerta combinado com reaes rpidas ao estresse seriam necessrias para a sobrevivncia do animal no estado selvagem, caractersticas opostas de docilidade, diminuio do medo e tolerncia ao estresse, so os requisitos da domesticao. Para que isto fosse possvel mudanas estruturais deve53
riam ocorrer. Entre outras, mudanas hormonais, reduo no tamanho do crebro, diminuio da acuidade e sensibilidade da audio e viso e reteno
das caractersticas e comportamentos juvenis na vida adulta.
Os primeiros ces domesticados, foram provavelmente exemplares de
uma espcie de lobo que se alimentavam de restos da caa que o homem primitivo deixava ao redor de suas habitaes no oriente antigo.
Talvez os primeiros " homo sapiens " tenham caado estes animais
como alimento e ao criarem os filhotes deles, tenham descoberto sua utilidade
para realizao de determinadas tarefas.
Muito embora, a importncia histrica no seja equivalente a domesticao do cavalo, por exemplo, a relao entre o homem e o co, qualquer que
seja a sua origem, levou de maneira rpida, que houvesse uma simbiose e
consequentemente resultados significativos para a cultura e a solidariedade
humana, onde o homem passou a explorar todo potencial existente no co em
beneficio prprio e de outrem.
O co, dentre os animais domsticos, tm uma importncia fenomenal,
pois nas vrias virtudes existentes nele , principalmente no que tange o seu
emprego (guia de cegos, pastor, companhia, de guarda etc.) , eles causam um
efeito psicolgico positivo no ser humano.
5. Vejamos agora alguns parentes prximos do co:
- LOBO CINZENTO - Amrica do Norte, Europa, sia e Oriente Mdio;
- LOBO CASTANHO - Sudeste dos Estados Unidos;
- COIOTE - Canad e Estados Unidos;
- CHACAL - frica, Europa e sia;
- RAPOSA - Em quase todas as partes do mundo;
- CACHORRO DO MATO - Florestas Sul-americanas.
# Estes so os mais conhecidos, entretanto, existem outros, mas sem
importncia para o nosso estudo cinotcnico.
III - ZOOLOGIA
o ramo da biologia que estuda os animais, assim como a botnica ou
fitologia, outro ramo que estuda os vegetais. Para melhor compreender o
campo de ao da zoologia, necessrio fazer uma pequena exposio sobre
o domnio da biologia; como esta cincia estuda os seres vivos, convm des53
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2. Nomenclatura e Classificao.
Os animais classificados cientificamente, recebem determinadas designaes, estando elas submetidas a um conjunto de regras aceitas internacionalmente conhecidas sob o nome de Regras Internacionais de Nomenclatura Zoolgica. Na classificao de um animal, empregam-se diversas categorias de nomes que correspondem a grupos de hierarquia sistemtica (classificao cientfica) . Qualquer animal, submetido s seguintes designaes cientficas: espcie, famlia, ordem, classe, ramo ou filo, sub-reino e reino.
Para o nosso estudo, o co domstico, assim classificado:
1. ESPCIE ....................................... Canis familiaris
2. GNERO ....................................... Canis
3. FAMLIA ....................................... Canidae
4. ORDEM ........................................ Carnvoro
5. CLASSE ........................................ Mamalia
6. FILO ............................................. Chordata
7. SUB-REINO .................................. Metazoa
8. REINO. ......................................... Animal
A espcie o conjunto dos indivduos semelhantes entre si e descendentes um dos outros, e que em condies naturais cruzam-se entre si e raramente com outra espcie prxima;
A espcie a nica categoria que possui nomenclatura binomial, ou
seja, designada por dois nomes: o nome do gnero iniciando com letra maiscula, seguido do nome especfico com letra minscula; assim quando se
referir ao nome cientfico do co, no se diz apenas canis, mas sim Canis familiaris;
O gnero o conjunto de espcie, exemplo: o co domstico (Canis
familiaris), o lobo (Canis lpus), o chacal (Canis aureus), pertencem ao gnero Canis .
A famlia formada pelo conjunto de gneros, assim Canis, formam a
famlia Canidae;
A ordem constituda pelo conjunto das famlias, por exemplo: as
famlias - Felidae, Canidae, Ursidae, formam a ordem carnvora;
A classe composta das ordens, assim os carnvoros, edentada, ungulata, primatas, cetceos..., formam a classe Mamalia;
O filo ou ramo, formado pelo conjunto de classe, assim, os Pisces,
os Mamalias, as Aves, os Reptilias ...., formam o Filo Chordata;
O sub-reino, formado pelo conjunto dos ramos, assim os Chordatas,
os Moluscos, os vermes..., formam o sub-reino Metazoa (pluricelulares);
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O reino, formado pelo conjunto dos sub-reinos: Metazoa (pluricelulares) e Protazoa (unicelulares).
que o nosso co domstico deveria ser designado como Canis lpus familiaris, ao invs do anterior Canis familiaris, confirmando
portanto o consenso da comunidade cientfica que o co de fato
exatamente da mesma espcie que o lobo, o que a mesma coisa
que dizer que o co uma "raa" (ou uma variedade, ou uma subespcie) de lobo, como por exemplo o lobo rtico, Canis lpus
arctos, que uma outra variedade de lobo. "
"Qualquer uma das mais de 400 raas de ces tem, no mximo,
0,2% de diferena gentica com um lobo. Ou seja, o Poodle ou o
Pequins so, na realidade, um lobo! Logicamente, um lobo que
foi incrivelmente alterado em aparncia e comportamento atravs
de geraes e geraes de seleo artificial. Mas geneticamente
um lobo, afinal!"
"Ces e lobos podem cruzar entre si, gerando descendncia frtil
(os famosos "ces-lobo"). A definio clssica de "espcie" justamente o conjunto de indivduos que so capazes de reproduzirse entre si. Cavalos e burros no so da mesma espcie, o que significa que o produto do seu cruzamento, a mula, tenha baixssima
fertilidade (alis, desde os romanos o dito Cum mula peperit,
"Quando a mula parir", usado para acontecimentos improvveis)."
"Um dos procedimentos que os esquims empregam algumas vezes para "melhorar o sangue" dos seus ces de tren justamente
deixar as fmeas no cio numa floresta, espera de que ela seja coberta por um lobo. Algumas vezes, entretanto, ela pode ser devorada sem maiores delongas..."
"Na verdade, todos os membros do gnero Canis (lobos, coiotes,
chacais e o co selvagem africano) podem cruzar entre si, em cativeiro, gerando descendncia frtil. Portanto, se poderia perguntar, "Ento, todos eles so da mesma espcie?". A resposta, entretanto, no. Eu perguntei isso ao corpo tcnico do National Museum of Natural History, e a resposta que me deram era mais ou
menos a seguinte: "Embora animais silvestres possam cruzar entre
si em cativeiro, isso no implica que o faam na natureza. Portanto, no se aceitam registros de intercruzamento em cativeiro para
estabelecer a "sinonimizao" das espcies. Ou seja, o conceito
de "espcie" leva em conta apenas queles cruzamentos que ocorrem na natureza, devidamente comprovados, e no em cativeiro."
"As semelhanas entre ces e lobos so tantas, que um cruzamento entre ambos produzir um animal que pode parecer-se com o
co, o lobo, ou qualquer coisa intermediria, e apenas observando
difcil, seno impossvel, saber qual a porcentagem de cada no
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filhote. Todas as vacinas que so usadas em lobos podem ser usadas em ces e vice-versa, por exemplo."
"Portanto, se voc tem algum co, parabns! Saiba-se desde j
parte de uma alcatia domstica!"
Sendo assim, em virtude de existirem diferentes teorias, e uma grande
quantidade de informaes, muitas vezes contraditrias, o cinotcnico deve
conhecer todas elas, principalmente as mais importantes e saber identificlas.
Segundo Espsito, Naturalmente, h algumas diferenas entre os ces e
os lobos, e embora a aparncia seja a mais chamativa, porm no a mais
importante. As distines que vamos discutir servem na verdade para comparar qualquer animal domstico com o seu antepassado selvagem.
Em primeiro lugar, os ces apresentam neotenia, isto , a permanncia
de caractersticas juvenis nos animais adultos. Isto quer dizer que, nos filhotes de todos os animais, e nos bebs humanos, as propores entre os membros do corpo so muito diferentes das dos adultos. Por exemplo, animais jovens tipicamente tm cabeas, patas e orelhas grandes demais para os seus
corpos, mas essa relao vai diminuindo conforme vo atingindo a maturidade. (Portanto, se voc um adolescente traumatizado com o tamanho descomunal das suas orelhas, braos, mos ou ps, no se preocupe, que isso vai
passar!) Focinhos, por outro lado, so pequenos em relao ao resto do crnio
nos animais jovens e maiores nos adultos. Pois bem, quando esse ajuste natural no acontece, ou no acontece totalmente, temos a chamada neotenia: animais adultos que ainda apresentam pelo menos algumas propores tpicas
de filhotes.
Quando se diz que um co apresenta neotenia, isso significa que, quando comparamos um co adulto com um lobo, as propores corporais do co
esto mais para o filhote de lobo do que para o lobo adulto. Seu esqueleto est, em certo sentido, acrianado. Alm das diferenas fsicas, os comportamentos so distintos: os filhotes de lobo podem ser amansados at uma determinada idade (antes de que atinjam a maturidade sexual, aos 22 meses), e
durante esse perodo de tempo esto abertos para interaes sociais, ou seja,
tm aberta a "janela de socializao". Depois disso, j so mais agressivos.
Ces, porm, so consistentemente mais amigveis. Alis, precisamente por
isso que eles so domsticos: a ltima coisa que qualquer dono desejaria seria
um animal que, de repente, no fosse mais to dcil e amigvel. Animais domsticos foram precisamente selecionados para viverem junto com o homem,
de acordo com as regras humanas.
Finalmente, o padro de reproduo dos ces tambm diferente. Os
lobos, e todos os candeos selvagens, acasalam-se geralmente no inverno e,
aps uma gestao de aproximadamente 63 dias, tm sua nica prole do ano.
Acredita-se que na natureza, o cio das fmeas seja regulado pelo fotoperodo,
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ev, eram algumas das cidades tidas como referncia para treinamento de ces
de guerra. Durante o perodo da guerra fria, os russos davam tamanha importncia ao co de guerra e seus ces tinham um regime alimentar superior aos
do povo.
Na dcada de 70, os ces tambm foram bastante utilizados no Oriente
Mdio; o exrcito israelense formou diversas unidades de treinamento para
ces de guerra. Com o advento da Guerra da Coria, pela primeira vez foram
utilizados ces treinados de forma homognea e com destinao definida, os
ces patrulheiros. Dados estatsticos do K-9 Unity creditam aos ces empregados nesse conflito uma diminuio em cerca de 60% nas baixas de
combatentes norte-americanos nas misses de patrulhas.
Aps o trmino da guerra da Coria e a observao do emprego de ces
pelo exrcito dos EUA durante o conflito do Vietn, o Exrcito Brasileiro viabiliza a utilizao de Ces-de- Guerra; por meio da portaria n 318-GB, de
12 de outubro de 1967, que aprovava e mandava pr em execuo o Manual
C42-30 Adestramento e Emprego de Ces-de-Guerra e da portaria n 932, de
24 de junho de 1970, que autorizava o emprego de Ces-de-Guerra nas organizaes militares de Polcia do Exrcito, no Curso de Operaes na Selva e
Aes de Comando e na Brigada de Infantaria Pra-quedista.
J nos tempos de paz, o co empregado principalmente em misses
policiais, em aes de salvamento, busca e salvamento de pessoas desaparecidas e ou fugitivas, no combate ao narcotrfico e em competies desportivas, na segurana de pontos e reas sensveis, desfiles cvico-militares, escolta e guarda de presos, operaes de controle de distrbios e de garantia da lei
e da ordem, revista de instalaes e patrulhamento de rea e revista de pessoas.
Um ingls, chamado Hugh Dalziel, um cinlogo menos ligado a anatomia e mais prtico, simplificava a classificao canina como: de caa, de utilidade e caseiro.
Na metade do sculo XIX, Pierre Mgnin, classificou os ces em 04
(quatro) tipos: Lupo, braco, molosso e lebreiro.
A partir de 1952, os cinlogos se inspiraram ao sistema de Mgnin, adaptando-o s condies atuais dividindo-o em 06 (seis) tipos:
1. MOLOSSIDES (ces do tipo molosso)
2. LUPIDES (ces do tipo lobo)
3. LEBREIRIDES (ces do tipo lebreiro ou galgo)
4. BRACIDES (ces do tipo braco)
5. VULPINIDES (ces do tipo vulpino)
6. BASSETIDES (ces do tipo bass)
VII - CRIAO
Criao o ramo da Cinofilia em que, atravs do processo de seleo
dos reprodutores, podemos aprimorar os nossos grupos caninos, produzindo
novos valores e novos exemplares, para engrandecimento e popularizao da
nossa cinofilia.
1. Escolha dos Reprodutores.
Na escolha dos reprodutores, existem quatro pontos importantes que
devem merecer especial ateno, que so:
- qualidade dos genitores;
- estado de sade;
- idade;
- consanginidade ou grau de parentesco.
A qualidade dos genitores importante quando se trata de reproduo
de animais selecionados, os pedigrees nos orientam, pois neles devem
constar o visto do permitido da comisso de criao da entidade em que estiver registrado.
Quanto a idade, o co s poder reproduzir, quando atingir 02 (dois)
anos de idade, sendo macho, 20 (vinte) meses ou quando tiver o terceiro cio,
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VIII - STANDARDS
Como j foi dito anteriormente, h mais de um sculo o homem ocupase em selecionar as raas caninas toda raa tem em seu pas de origem uma
associao que se preocupa com sua defesa e propagao, estabelecendo o
seu standard.
STANDARD , portanto, a descrio minuciosa do co; o retrato padro da raa a qual se refere. O que se leva em considerao no standard, so
aspectos como: caractersticas gerais (conjunto de aptides), altura, peso,
conformao anatmica (cabea, olhos, orelhas, membros, tronco, cauda...),
pelagem , defeitos anatmicos, defeitos que implicam desqualificao etc..
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Plo:
- Ausncia de plo (alopecia) - pele nua e muito pigmentada;
- Plo curto - mais ou menos espessos (Braco, boxer, ...);
- Plo longo - pode ter comprimento e forma:
Reto - (vulpinos, Pastor Alemo, Collie,...);
Cortina - (Spaniel, Malts, Setter, ...);
Arame - (Schnauzer, alguns Terriers ...);
Lanoso - (Poodle, Ces dgua, ...);
Cores - Podem ser agrupadas em 10 tipos:
- Totalmente negro; negro com manchas brancas os ps e peito;
- Negro-fogo - em todas as raas caninas as extenses avermelhadas
so sempre dispostas da mesma maneira, variando apenas no tamanho
e na intensidade do vermelho. Essa disposio a seguinte: em volta
dos olhos e do focinho, sobre os olhos, nas pernas, no peito, no ventre
e sobre a cauda; o negro - fogo pode ter manchas brancas no focinho,
peito e ps.
- Azul, cinza, cinza escuro, totalmente amarelado, ou com manchas
brancas no peito e ps;
- Completamente branco, ou com manchas mais ou menos grandes;
- Fulvo (da cor palha ao castanho) , freqentemente com mscara negra, podendo tambm ter manchas brancas;
- Vermelho com vrias gradaes - do laranja plido ao mogno intenso do Setter Irlands, com ou sem manchas brancas;
- Ruo, ou seja, um fundo branco pontilhado, uniforme e intimamente
de marrom ou negro, com ou sem manchas marrons e negras;
- Marrom mais ou menos intenso, com ou sem branco;
- Tigrado, ou seja, estrias negras mais ou menos clara sobre um fundo
fulvo ou cinza, ou estrias fulvas sobre um fundo negro (Buldog
Ingls ...);
- Cinza - lobo com plos claros na base e negro nas extremidades.
3. MORDEDURA - A disposio dos dentes pode ser de vrios tipos,
dependendo da posio dos incisivos superiores com relao aos inferiores.
- Em tesoura - considerada mordedura normal, onde os incisivos superiores deslizam sobre os inferiores, tocando-lhes a parte dianteira
com sua parte superior;
- Em torqus - a extremidade inferior dos incisivos superiores coincide com a extremidade superior dos incisivos inferiores;
- Mordedura prognata inferior - os incisivos inferiores so mais avanados em relao aos superiores;
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IX - TERMINOLOGIAS TCNICAS
chegado o momento de esclarecer o significado de algumas expresses cinotcnicas que sero ditas pelos futuros cinotcnicos com certa freqncia. Alguns destes conceitos esto tambm relacionados nos diversos
standards.
- ALTURA: a medida da cernelha , ou seja, traa-se uma linha perpendicular da cernelha ao solo. Com freqncia determina os limites duma determinada raa;
- ANDADURA: toda raa tem sua prpria andadura, relacionada com o esqueleto e a musculatura (a passo, trote, galope, marcha) ;
- APRUMO: direo (em linha reta ou no) das pernas dianteiras ou traseiras
(membros anteriores e posteriores);
- BARBELA: pele abundante sob o pescoo. requerido em algumas raas
(mastins), em outras um defeito (galgos);
- CANA NASAL: parte da cabea que vai do stop ponta do nariz propriamente dito. Nos galgos e lupides a cana nasal longa, nos molossides
mais ou menos curta;
- CARACTERSTICAS GERAIS: o conjunto de aptides dentro de uma
determinada raa;
- CAUDA: apndice traseiro do corpo do co, com formas bastante variadas
e prprias de cada raa. Tem a funo de proteger o aparelho genital e o nus. Manifesta tambm s condies psicolgicas do co (alegria, medo, agressividade). A caudotomia tambm praticada em determinadas raas
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para efeitos estticos, muito embora, em alguns pases essa prtica proibida;
- CERNELHA: ponto de encontro entre as omoplatas (escpulas) e a base do
pescoo. o local onde feita a medio da altura dos ces;
- CRNIO: vai do pescoo ao ngulo formado pelo stop. Pode ser largo nos
molossides , mdio nos lupides e estreito nos lebreirides;
- DENTADURA: o filhote nasce desprovido de dentes; por volta da 3 semana despontam os incisivos e caninos superiores, na 4 os inferiores, no 1
ms os pr-molares e molares. A dentio primria (dentes de leite) se completa at o incio do 4 ms com 30 dentes. A dentio permanente inicia-se
no final do 4 ms de vida, podendo variar do 5 ms em diante, que quando
completada ter um total de 42 dentes. A frmula dentria dum co adulto
a seguinte: 2 (I 3/3 C 1/1 P 4/4 M 2/3) = 42 ;
- DORSO: vai da cernelha garupa e conforme a raa pode ser reto, selado
ou carpado;
- ERGOTS: unha dos membros posteriores, semelhante espora do galo, tambm chamada de dedo de lobo, podendo ser simples ou dupla;
- FOCINHO: osso que liga o stop ao nariz;
- GARUPA: parte do dorso que vai da bacia raiz da cauda;
- JARRETE: parte que corresponde, nos membros posteriores, articulao
da tbia com o tarso;
- LBIOS: composta por mucosa que contorna a boca do co, variam conforme a raa;
- MANCINO: co com os ps posteriores (somente os ps) voltada para fora,
ou seja, so divergentes. Geralmente o mancinismo um defeito, mas por
vezes solicitado em alguns ces, como por exemplo no buldogue;
- TRUFA OU MSCARA: pigmentao mais ou menos acentuada que se
estende sobre o focinho, muitas vezes rodeando-o;
- NARIZ: ponta do focinho, geralmente negra, podendo ser marrom;
- OUVIDO: rgo da audio. Constitudo em grande parte por uma cartilagem em forma de concha que varia de indivduo para indivduo: curta, longa, ereta, tombada pequena, grande .... Dependendo da raa, at por questo
de esttica pode ser amputada (conchectomia);
- PEDIGREE: Genealogia registrada em livros de origem; tambm chamado de CRO (Certificado de Registro de Origem);
- PS: podem ser de vrias formas: tipo gato (recolhido e compacto), lebre
(oval e alongado, aberto (com dedos abertos). So evidentemente em n de
04, sendo os anteriores providos de 05 dedos e os posteriores de 04 dedos ;
- PESCOO: vai da cernelha ao crnio, podendo ser curto (molossides),
mdio (lupides) e longo (lebreirides);
- POSTERIOR: aparte traseira, incluindo os membros; pode ser reto
(chow-chow), anguloso (lebreiros), muito anguloso (pastor alemo). So de53
X - OS SENTIDOS DO CO
muito difcil para uma pessoa, compreender como o seu co percebe
o mundo. No corpo humano grande parte das informaes sensitivas que recolhemos so visuais, portanto torna-se difcil imaginar um universo dominado pelos cheiros. Sem o objetivo de detalhar as capacidades sensoriais da espcie canina, mas sim oferecer algumas informaes, para elucidar como os
ces percebem o mundo a sua volta, vamos analisar cada um dos sentidos caninos.
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Os sentidos dos ces so bem desenvolvidos e dotados de rgos receptores, cuja funo perceber os estmulos externos e transmiti-los ao crebro para a ao apropriada.
Entenda melhor o comportamento dos ces, conhecendo os seus sentidos.
Vejamos os sentidos:
- viso: Podemos afirmar que o co no tem uma boa viso, independente das
variaes da acuidade visual de raa para raa. O co distingue cores, ao
contrrio da lenda que se criou de que sua viso seria em preto e branco, a
verdade que sua capacidade de diferenciar os matizes das cores muito
menor do que a do homem. Ele tem no fundo do olho um membrana chamada retina que apresenta dois tipos de foto-receptores, os cones e os bastonetes Os bastonetes transmitem as sensaes de claridade e os cones, alm
dessas sensaes, tambm transmitem as cores, assim os ces enxergam todas as cores no espectro entre violeta e vermelho, mas sem diferenciar sua
tonalidades, ou seja, as enxergam num s tom. Em alguns aspectos o co
leva vantagem sobre o homem, seu campo de viso mais largo, em virtude
da posio dos olhos tenderem para os lados da cabea, fazendo com que eles fiquem mais bem inteirados do que ocorre a sua volta, alm de enxergarem melhor que o homem em ambientes com pouca luz. Os ces apresentam
uma melhor viso diurna, porm aps quarenta minutos de permanncia em
ambiente escuro, a sensibilidade da retina aumenta, permitindo tambm uma
boa viso noturna. A viso no um sentido primordial para o co, mas sim
secundrio, os estudos at agora efetuados no avanaram muito no conhecimento da viso na espcie canina, ainda no se pode saber exatamente
como os ces vem o mundo que os rodeia. Todo o co tem que aprender a
utilizar seus olhos. Em primeiro lugar, tem que aprender o aspecto de sua
me, de seu dono e associar certos fatos com aparncia. Se for mordido por
um co preto, possvel que venha a ter medo de todos os ces pretos que
ele v. Se uma pessoa de chapu lhe pisa nas patas, pode sentir medo de
qualquer pessoa que use chapu, at que aprenda que nem todas lhe pisam.
Se toca um pedao de carvo quente, cor vermelho vivo, e se queima, rejeitar todo objeto de cor semelhante por algum tempo. Deste modo, podemos
observar que o co associa muitos agrados e desagrados por meio de sentido
da viso, o que estar sempre presente no adestramento.
- Audio: Ao contrrio da viso, a audio do co muito desenvolvida, fazendo com que ele perceba vibraes sonoras de altssima freqncia, que o
ouvido humano no capta, alm de ter a capacidade de diferenciar sons diversos, como por exemplo, identificar o rudo do automvel do dono entre
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outros automveis da mesma marca e cilindrada. A audio tambm determinante na socializao do co, a aptido para reconhecer os diferentes
sons emitidos pelos seus semelhantes, marca o inicio da socializao do filhote, fazendo com que os exemplares que ouvem mal, desde a sua infncia,
por causa de uma deficincia auditiva, encontrem muitas dificuldades em se
integrarem num grupo social. O co percebe vibraes sonoras entre 10.000
a 40.000 hertz; o homem, entre 16.000 a 20.000 hertz. Assim, o co percebe
sons que o homem incapaz de ouvir: os infra-sons e os ultra-sons. Em relao intensidade, um homem pode perceber um som leve a quatro metros
de distncia, enquanto o mesmo som percebido pelo co a vinte e cinco
metros, e o localiza com preciso. Da a convenincia de recordar que o volume e o tom de voz empregados no adestramento so de suma importncia
para o seu sucesso.
- Paladar: Talvez de todos os sentidos dos ces, o que menos conhecemos
o paladar, sabemos que paladar e faro esto interligados entre si, mas o faro
prevalece sobre o paladar, basta notar que diante de um alimento o co primeiro cheira, para depois o abocanhar. O co efetivamente no saboreia,
mas engole sem mastigar ou com poucas mastigadas. Por esta razo, o co
um dos animais mais fceis de se envenenar. Se a substncia txica no tiver nenhum odor, ele poder ingeri-la independentemente do gosto que tenha.
- Tato: Da sensibilidade externa dos ces, sabemos que eles respondem bem
as carcias. Sensaes tteis, trmicas e dolorosas so recebidas pela pele e
pela mucosa, mas nosso conhecimento do seu sentido do tato permanece rudimentar, parece que o tato do co muito pouco desenvolvido, pois o tecido das almofadas plantares no permite que colham informaes muito precisas. O tato menos importante para os ces, que qualquer dos outros sentidos. Um co sente o choque eltrico muito mais forte que o homem, provavelmente por ter um pouco mais de sal no sangue do que os seres humanos. Da nossa contra-indicao aos mtodos de treinamento que utilizam
correntes eltricas.
- Olfato: Para ns o mundo feito essencialmente de imagens, enquanto o
dos ces um mundo de cheiros. Para o homem um objeto deixa de existir
assim que desaparece da sua viso, mas para o co mesmo quando o objeto
j no est fisicamente ali, ele continua presente durante vrias horas ou
mesmo dias, graas a seu cheiro. Entre os sentidos dos ces o mais desenvolvido o faro, embora existam diferenas muito grandes de raa para raa. A sensibilidade olfativa ainda muito importante para eles, pois o faro
tem um grande papel na sua vida social. Os ces, como os seres humanos,
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MANUAL CINOTCNICO
NOES DE VETERINRIA
Ago/2003
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IV - HIGIENE CANINA
1. Introduo:
Os ces naturalmente so limpos: eles jamais sujaro o local onde dormem, salvo se estiverem doentes. Aos dois meses, o controle de fezes e urina
esto completamente desenvolvidos.
Sua adaptao ao ambiente humano e s regras da casa no to complicada, um pouco de pacincia no incio e sobretudo sadas freqentes e regulares pela manh e aps as refeies so a chave do sucesso. Mas no se
esquea: recolha as fezes que seu co fizer em local pblico.
O co no tem a menor noo da diferena entre um pano de cho e um
tapete persa. Para ensin-lo, podemos colocar jornais no local onde ele fizer
pipi, e aos poucos ir levando o jornal para fora de casa, ele compreender rapidamente.
2. Higiene Peridica:
O co, devido, s suas peculiaridades no pode nem deve ser banhado
seguidamente. Usando sempre um produto neutro (sabo de coco ou xampu
especial para ces), os produtos destinados ao uso humano (mesmo para bebs), so bastante cidos e podem irritar a pele do co, podemos banhar cada 15 ou 30 dias preferindo sempre dias ensolarados que facilitaro sua secagem. Diariamente sua pelagem dever ser rasqueada para retirada dos plos
"mortos" os quais quando em grande quantidade, mantm a pele mida e diminuem a sua resistncia s patologias. Ao rasquearmos contra o sentido do
plo, observamos alteraes da pele (cor, presena de parasitas, falha de plo,
descamao excessiva,...) e em seguida fazemos o mesmo trabalho no sentido
de crescimento do plo.
Os banhos teraputicos podero ser intervalos menores por critrio
mdico-veterinrio.
Os ouvidos sero protegidos da entrada de gua e sabo com uso de algodo parafinado antes do banho. O ouvido deve ser limpo semanalmente usando apenas algodo hidrfilo seco.
Quando acostumamos desde filhotes, os ces permitem que sua higiene
bucal seja feita diariamente com o uso de escova dental comum, o que diminui a incidncia de clculos dentrios (trtaros) aumentando a sobrevida dos
dentes e do prprio animal, sem se falar da esttica.
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V - NUTRIO CANINA
Basicamente o co passa por 3 fases de vida: filhote-desmame, filhotecrescimento e maturidade-manuteno
- Filhote-Desmame: ocorre por volta da quarta semana de vida, quando o filhote passa a no contar com o leite materno, recusando algumas vezes
comer outros alimentos. Para diminuir o trauma da mudana na alimentao,
devido a diminuio no aleitamento, a partir da 3 ou 4 semana deve ser oferecido alimento slido ou papa para desmame em comedouro de fcil acesso.
Assim como na prxima fase, no devemos super alimentar o filhote, o que
poderia vir a agravar certas patologias.
- Filhote-Crescimento: Aps o desmame total, quando o filhote necessita duas vezes mais energia que o co adulto, alm de maiores nveis de
protena (27 30%), gordura (9%), necessita de 110 120 calorias/Kg peso
ao dia podendo ser suprido com quatro alimentaes dirias, sendo duas slidas e duas lquidas.
- Maturidade-Manuteno: Os nutrientes necessrios ao co adulto
dependero do tipo de atividade fsica desenvolvidas por este. Suas exigncias calricas variam de 72 110 Cal/Kg peso, devendo ser alterada gradativamente sua alimentao a partir dos 8 meses para 3 tomadas dirias at alcanar a idade adulta (16 18 meses), se alimentando duas vezes ao dia.
Atualmente existem raes especficas para cada fase da vida do animal alm de tipos diferenciados para cada atividade fsica desenvolvida ou
estado de sade pelo qual esteja passando.
NUTRIO:
Os ces apresentam uma variao muito grande de tamanhos, cores,
conformao; e isto faz com que eles tenham necessidades diferentes quanto
a alimentao, manejo, etc.
Enquanto um So bernardo ainda est fazendo traquinagens, um Chihuahua da mesma idade j pode estar tendo sua segunda cria. O que queremos dizer que alm do tamanho que fica fcil de se notar, existem ainda diferenas, quanto a maturidade e fase de vida. Para que possamos entender
melhor estes aspectos, seguem algumas informaes.
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- Essas diferenas entre raas pequenas, mdias e grandes tm conseqncias maiores no que se refere sade, alimentao e s relaes de harmonia que devem prevalecer entre o homem e o co.
- Conceitos:
- DIGESTIBILIDADE significa o quanto ou o percentual do alimento ingerido que foi absorvido pelo animal, isto o quanto foi aproveitado. Num exemplo fcil, de cada 100g de alimento o quanto que aproveitado. Este valor vai ser expresso num percentual. Existem alimentos que apresentam quase que zero de digestibilidade como as fibras, e existem alimentos com
100% de digestibilidade como a casena do ovo. a digestibilidade que vai
ser o ponto principal para classificao das raes, existem outros fatores
que classificam as raes, mas todos iro acabar exprimindo uma menor ou
maior digestibilidade do alimento, ento no seria incorreto afirmar que a
digestibilidade o fator que classifica as raes.
- PALATABILIDADE: significa o quo palatvel determinado alimento, o
quo saboroso ou atrativo ele pode ser, sendo normalmente expressa por:
baixa, mdia e alta. Normalmente acompanhada de uma comparao com
outro alimento semelhante ou produto concorrente.
- ECONMICA: As raes com esta classificao tm 60% ou menos de digestibilidade, podendo chegar at 40%, so produtos de baixo valor nutritivo e econmico; com um forte apelo ao proprietrio dos animais e no nutrio. Encarando a alimentao canina como se fosse igual a humana, atribuindo mesmos sabores e opes!
VI SADE CANINA
1. Introduo:
A sade dos ces depende principalmente de condies bsicas para a
manuteno de seu bom estado e qualidade de vida.
Se oferecermos uma alimentao completa e sadia, cuidados corporais
dirios, alojamento adequado, repouso racionalmente dosado com sua atividade e toda ateno necessria, sem esquecer dos cuidados rotineiros do mdico veterinrio, teremos um animal feliz, saudvel e com uma longa expectativa de vida.
2. Sinais de Sade:
Diariamente o animal deve ser submetido a uma inspeo criteriosa na
qual avaliaremos as condies de plo, pele, secrees (ocular, nasal, prepucial e vaginal), desenvolvimento ao passo e ao trote, postura e atitude. Os
ces no conseguem falar o que sentem nem descrevem os sintomas, cabendo
ao condutor perceber sinais de possvel doena e relatar to logo possa ao
mdico veterinrio. Detalhes revelam o estado de sade do animal, quando
verificados com regularidade. Um co saudvel tem postura ereta e atitude
pronta, sempre alerta, observando atentamente o que se passa no ambiente
que o cerca com a cabea erguida e orelhas seguindo o som. O plo deve se
apresentar uniforme e sem falhas, brilhante e sem excesso de gordura e mantendo sua tonalidade, a pele rosada, de aparncia saudvel e sem escoriaes, podendo apresentar leves calosidades em jarrete e cotovelos, as quais
podem vir a se inflamar eventualmente.
A secreo ocular produzida durante a limpeza dos olhos pela lgrima, no devendo se apresentar em excesso e/ou purulenta. A secreo nasal
liquida, transparente, incolor e nunca abundante devendo apenas umidificar
as narinas. No h secreo tica, vaginal (exceto durante o cio) ou prepucial
perceptveis.
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Aparncia estranha: mesmo aparentando todos os sinais de boa sade, o co pode apresentar comportamento estranho associado ou no a outros
sinais.
Vmito: quando ocorrer com freqncia, associado ou no a outros sinais. Diversas causas provocam vmitos nos ces. Com facilidade provocado por excesso de volume ingerido ou velocidade de ingesto dos alimentos,
excitao excessiva, ingesto de objetos estranhos, perturbaes, conduo
no interior de veculos e outros.
Diarria: Evacuao lquida ou semi-lquida, presena de muco ou
sangue e associado ou no a outros sintomas.
Respirao: deve ser suave e uniforme, estando alterada fisiologicamente sob efeito do calor excessivo ou exerccios. Respirao lenta e pesada,
respirao ofegante associada a tosse, respirao rpida ou difcil com corrimento nasal e ou ocular, so sinais dignos de nota.
Hemorragia: geralmente tem carter emergencial, e o mdico veterinrio deve ser contactado com rapidez. Se ocorrer em local onde existe a possibilidade de se proceder a aplicao de ataduras, ganha-se tempo e evita-se
maior perda de sangue.
Prurido: a coceira mesmo quando persistente no costuma ser grave,
exceto pelo excessivo stress que causa ao animal. Devemos observar se localizada ou no, possibilidade de comprometimento do ouvido, presena de
material escuro/arenoso na pelagem e perda de sub plo.
Ferimento: leses, expostas ou no, claudicaes etc., tambm so
dignas de notas.
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MANUAL CINOTCNICO
PRTICA CINOTCNICA
AUTOR:
Out/2011
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MDULO II
OBEDINCIA
TEMPERAMENTO:
O comportamento canino, motivado pelas aes instintivas e de memria, algumas congnitas, outras influenciadas pelo meio ambiente e as demais adquiridas, mostra sua forma de reacionar atravs de seu carter e temperamento. Com respeito a esse ltimo sabe-se que existem quatro classes de temperamento:
DBIL: So exemplares instveis que no acatam regularmente as ordens do
seu condutor.Os exerccios que lhes resultam incmodos ou que sejam dficeis, se negam a cumpr-los, assuntando-se facilmente com estampidos, rudos muito fortes ou movimentos bruscos.Em suma, diz-se que esses exemplares so desprovidos de carter e no so aptos para o trabalho com o homem.
DESEQUILIBRADO: Indivduos pertencentes a este grupo aprendem rapidamente os exerccios, podendo desenvolver uma grande atividade, mas possuem pouca capacidade para obedincia e subordinao, perdem facilmente a
concentrao, sendo por esse motivo no aptos ao rastreio e to pouco so seguros em outras funes de trabalho.
LINFTICO: Geralmente so exemplares estveis e equilibrados, mas um
pouco lerdos para aprender; suas reaes diante de estmulos externos so
lentas, o que representa um problema na hora de trein-los. No trabalho de
rastreio no interpretam, ou seja, no codificam de forma satisfatria suas
captaes olfativas.
SANGUNEO: So ces vivazes, bem dispostos para a aprendizagem e levam
ao fim os exerccios de desdobramento ativo, assim como os de obedincia,
com total preciso; de sistema nervoso equilibrado e bem estruturado em sua
estabilidade emocional.
Catalogado como co ideal para o trabalho, apto para qualquer coisa e de excelente temperamento e carter.
Sabemos que os ces nascem com um conjunto de fatores e qualidades incorporadas genotipicamente, mas uma criao inadequada, isolada socialmente
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TIPOS DE CONDICIONAMENTO:
CONDICIONAMENTO
PAVLOVIANO:
CLSSICO,
RESPONSIVO
OU
A idia bsica do condicionamento clssico consiste em que algumas respostas comportamentais so reflexos incondicionados, ou seja, so inatas em vez
de aprendidas, enquanto que outras so reflexos condicionados, aprendidos
atravs do emparelhamento com situaes agradveis ou aversivas simultaneas ou imediatamente posteriores. Atravs da repetio consistente desses emparelhamentos possvel criar ou remover respostas fisiolgicas e psicolgicas em seres humanos e animais.
Essa descoberta abriu caminho para o desenvolvimento da psicologia comportamental e mostrou ter ampla aplicao prtica, inclusive nos tratamentos
de fobias em animais e humanos e at em anncios publicitrios.
O princpio bsico desta teoria estava relacionado com o associacionismo, levando Pavlov a tentar associar, em experincia com animais em laboratrio,
um estmulo neutro com uma resposta que em princpio estava associado a
outro estmulo.
Processo de condicionamento clssico:
No condicionamento clssico, um estmulo no condicionado ENC
(COMIDA), resulta em uma resposta no condicionada RNC
(SALIVAO). Esse condicionamento no requer nenhum treinamento, e
um resultado previsvel: ENC=RNC. Agora, caso se adicione imediatamente
um estmulo neutro EN (ex: som) antes do/ou no mesmo momento que o
ENC, e isso se repita por um determinado tempo, atravs de um
PAREAMENTO (juno), o estmulo neutro EN tomar forma de estmulo
condicionado EC, ou seja,o EC no precisar da apresentao da comida para
resultar na resposta de salivao.
CONDICIONAMENTO OPERANTE OU INSTRUMENTAL:
O conceito de Condicionamento Operante refere-se ao procedimento atravs do qual modelada uma resposta (ao) no organismo atravs de reforos
diferenciais e aproximaes sucessivas. onde a resposta gera uma consequncia e esta consequncia afeta a probabilidade de ocorrer novamente; se a
consequncia for reforadora, aumenta a probabilidade, se for punitiva, alm
de diminuir a probabilidade de sua ocorrncia futura, gera outros efeitos colaterais. Este tipo de comportamento que tem como consequncia um estmulo
que afeta sua frequncia chamado de Comportamento Operante.
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O comportamento operante muito semelhante ao clssico. Enquanto o comportamento clssico controlado por um estmulo precedente, ou seja, o estmulo apresentado antes e depois vem a resposta, o comportamento operante controlado por suas consequncias, aps a resposta vem o reforo. Um
comportamento operante (resposta) fortalecido pelo reforo ou enfraquecido pela sua ausncia (EXTINO OPERANTE).
Esse tipo de aprendizagem foi amplamente estudado em laboratrio pelo psiclogo americano Burrhus Frederic Skinner (1904/1990), que desenvolveu
um equipamento conhecido como caixa de skinner, usado comumente com
animais como ratos e pombos. Os pombos,que so animais muito reativos a
estmulos, mais cedo ou mais tarde acabavam bicando um disco no painel
frontal da caixa, ativando um solenide, que liberava um fragmento de milho
prximo aos ps da ave. O pombo logo descobre o truque e continua a bicar o disco.
Uma vez estabelecida a resposta, o reforo no precisa ser dado a cada bicada, mas, por exemplo, a cada 5 ou 10 bicadas, ou em intervalos regulares ou
irregulares. Sabe-se que alguns pombos continuavam a bicar quando reforados a cada 800 bicadas. A aprendizagem com reforo parcial desta natureza
muito difcil de extinguir-se, e bem conhecida dos projetistas das mquinas
caa-nqueis, nas quais parte das respostas condicionadas colocar dinheiro
na mquina.
O reforo, tanto no clssico como no operante, no precisa necessariamente
ser uma recompensa, pode ser algum estmulo aversivo. Est provado que animais aprendem rapidamente a evitar comer certos tipos de insetos ou plantas por experincias desagradveis ocorridas anteriormente, seja por uma picada dolorida ou por algum tipo de toxina (estmulo aversivo).
Os contextos onde existe probabilidade de uma resposta ser reforada so
chamados de estmulos discriminativos, ou SD; os contextos onde no existe
a probabilidade de resposta ser reforada, so chamados estmulos delta, ou
SA.
Assim a principal diferena existente entre condicionamento clssico e operante que no primeiro o
processo de aprendizado reflexivo e no depende de conseqncias, e no operante o aprendizado
mais complexo e depende do tipo de conseqncia provocada pela resposta
COMUNICAO
REFORO= TODO ESTMULO, QUE QUANDO APRESENTADO,
VAI GERAR ALGUM TIPO DE RESPOSTA, TENDO O PODER DE
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ALTERAR
A
FREQUNCIADE
COMPORTAMENTO.
UM
DETERMINADO
TIPOS DE REFOROS:
REFORO POSITIVO: todo estmulo cuja apresentao aps uma resposta, aumenta a probabilidade de sua ocorrncia. Isto a fora da conexo resposta-estmulo.
REFORO NEGATIVO: Refere-se a qualquer estmulo aversivo (que causa
evitamento) apresentado, e que quando retirado, aumenta a probabilidade de
ocorrncia de uma certa resposta.
REFORO PRIMRIO: So estmulos relacionados as funes de sobrevivncia, que tem importncia biolgica para o organismo. Comida, caa, gua,
afetividade e contato sexual, so alguns exemplos por estarem relacionados
as funes vitais.
REFORO SECUNDRIO: So estmulos relacionados aos primrios, por
exemplo: o dinheiro mesmo no sendo de importncia biolgica para o homem, uma forma de conseguir alimento e outras satisfaes ligadas sobrevivncia. Podemos dar um exemplo canino: quando abrimos o armrio
onde fica o saco de rao, isso causa uma excitao (resposta) ao co por estar relacionado a sua comida, fazendo assim uma conexo som do armrio=reforo primrio.
REFORO TERCIRIO: So estmulos relacionados aos estmulos secundrios, e sucessivamente relacionados aos reforos primrios.
EXTINO OPERANTE: Como o reforo usado para aumentar a probabilidade de uma resposta, a ausncia de reforo aps um comportamento diminui a sua probabilidade. Um exemplo que pode ser dado, quando um co late continuamente para receber a ateno do dono, mas o dono o ignora, dessa
forma no dando o reforo (ateno), a probabilidade, que com o tempo
sem o reforo pretendido, o co pare de latir. A isto chamamos de
EXTINO OPERANTE.
ESCALA OU ESQUEMA DE REFOROS: Tabela que usamos para condicionar condutas.
REFORO CONTNUO: Refere-se a reforos aplicados a todo comportamento desejvel, em uma escala de uma conduta ou resposta=um reforo (1
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por 1). Usamos para dar fora a um comportamento novo que queremos aumentar a probabilidade de repetio.
REFORO DE INTERVALO VARIVEL: Refere-se a presena de reforo
em intervalos no fixos, como por exemplo a cada 2 ou 3 comportamentos
apresentado o reforo. As vezes retornamos a reforar no primeiro comportamento, neste caso no existe uma sequncia certa.
REFORO SELETIVO: a escala onde apresentamos o reforo, somente
quando a resposta buscada for um comportamento perfeito.
REFORO ALEATRIO: Nesta situao a apresentao do reforo imprevisvel por parte do sujeito (co).Ele nunca sabe exatamente quando o reforo ser apresentado, gerando sempre uma expectativa (aumento da produo
de dopamina no organismo) durante a execuo das condutas. Neste caso a
apresentao dos reforos so mais espaadas.
OBS:Temos que ter em mente que o treinamento nunca 100% linear e que
as vezes temos que voltar um pouco atrs para fortalecer comportamentos j
construidos.
PUNIO: um processo de enfraquecimento de um comportamento utilizando a apresentao ou a retirada de um estmulo.
PUNIO POSITIVA: Chamamos de punio positiva quando agregamos
um estmulo aversivo (toque fsico, choque, puxes na guia etc...) aps um
comportamento indesejvel. considerado um estmulo aversivo, quando a
sua apresentao causa alguma resposta de esquiva, evitamento ou fuga.
PUNIAO NEGATIVA: a retirada do reforo positivo como forma de punir um comportamento que no queremos. Podemos dar como exemplo a no
apresentao da comida quando o co no deu o comportamento que pedimos
durante o treino...
TIME: o momento do tempo em que apresentado ao indivduo o reforo, a retirada dele ou a aplicao do aversivo, como forma de comunicao
do que queremos ou no queremos (fortalecer ou enfraquecer um comportamento). Alguns comportamentalista dizem que temos de 1 a 10 segundos para
reforar ou punir um comportamento; outros estudiosos dizem que o ideal
de 1 a 3 segundos. Eu prefiro trabalhar com um tempo bem curto, entre 1 e 2
segundos, para uma melhor associao resposta-reforo (cond. Operante).
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CANALIZAO DE INSTINTOS:
Na etologia (ramo da biologia que estuda o comportamento animal em seu
meio natural), instinto :o determinante hereditrio do comportamento da espcie. O co tem determinados instintos bsicos e inatos que podem ser utilizados para a aprendizagem: instinto por comida (fome) ou sobrevivncia, caa, fuga, agresso, perpetuao da espcie (sexo), etc..
De incio temos que partir de um ponto: o sujeito tem que ser um indivduo
com os impulsos mnimos para realizar o trabalho que queremos ou precisamos. Principalmente no caso de ces que vo ser utilizados para o trabalho
(policia, esportes, busca e resgate etc...).
Para tal, o sujeito tem que ter os impulsos de sobrevivncia e caa em bons
nveis.
Iniciamos fazendo com que o co se interesse pelo que temos a oferecer, o
que mais tarde vai se transformar em uma valorizada moeda de troca.A isso
chamamos de canalizao de instintos. Apresentaremos a seguir 3 tipos de
jogos de recompensa que sero teis para o aprendizado. A apresentao dos
jogos no precisam necessariamente ter uma ordem especfica, pois quem vai
ditar a ordem de apresentao ser o co.
A - Nesse caso utilizaremos comida.O ideal trabalhar com um tipo de comida mida, exemplo: salsicha, queijo, mortadela s/pimenta etc... (Podemos
dessa forma observar os tipos de alimento que motivam mais o co e organizarmos uma tabela de preferncia para utlizarmos, na hora certa e necessria
o que mais teremos resposta).
O motivo pelo qual optamos por comida mida pela fcil mastigao e para
que o co no perca a ateno durante a aprendizagem, pois se oferecermos
comida seca ou dura demais, o co perde tempo mastigando e as vezes procurando o farelo da comida que cai no cho, dessa forma desviando a sua ateno do condutor.Com a comida mida o co come rpido e j est pronto para
o prximo petisco.
A primeira etapa ensinar o co a comer, isto , comer usando apenas os
incisivos etambm a respeitar as mos do condutor.
O co dever seguir a mo do condutor, lentamente, enquanto o condutor vai
liberando a comida aos poucos.Com isso o condutor vai iniciando uma pequena forma de comunicao atravs da expresso corporal (seguir os movimentos da mo), pois sabemos que a expresso corporal a comunicao
primria entre os candeos, facilitando assim a interao entre condutor e
conduzido.Dessa forma estamos indo ao mundo que familiar ao co (co53
O ENSINO
Depois que o co j sabe seguir a mo, comeamos a ensinar as posies e
todos os exerccios bsicos de obedincia, tipo: foco, marcao de perna, aqui, etc.. A preferncia por comear com comida porque fica mais fcil o
trabalho de moldar os exercicios (criar forma). O trabalho com comida concentra enquanto o trabalho com brinquedo excita, o que o torna mais indicado
para o trabalho de velocidade.
EXECUO DOS EXERCCIOS BASICOS:
Comandos:
no e liberao,
sentar,
deitar,
de p,
ficar na posio,
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junto,
converso a direita,
converso a esquerda
e meia volta (direita/esquerda).
Antes de falarmos sobre os exerccios em si, vamos falar sobre como executar os exerccios de maneira correta em relao a forma e velocidade.
DISCRIMINAO
Sabemos que o co facilmente condicionado, por isso devemos no apenas
condicion-lo ao que queremos, mas tambm separar os exerccios, de forma
que o co saiba diferenci-los de outros exerccios e condutas, por mais parecidos que eles sejam. O co na verdade deve discriminar estmulos verbais,
estmulos estes que tero significados de condutas diferentes.
(PRTICO).
GENERALIZAO
Ato de colocar o atual nvel de resposta de uma conduta em lugares, posies
e situaes diferentes. (PRTICO).
FLUENCY
Uma das tradues para essa palavra facilidade de linguagem. conseguirmos que o co execute as condutas aprendidas, sem nenhuma ajuda ou
expresso corporal, somente com o comando verbal (PRTICO).
OS DOIS CAMINHOS
No comeo de nossa comunicao para o aprendizado, devemos mostrar ao
co uma direo certa e outra direo que no queremos que ele v.
Vamos falar agora sobre como estabelecer essa comunicao para conseguirmos chegar at um objetivo final.
O CAMINHO DO CU(acerto)
Usando o condicionamento clssico, vamos conectar ou parear as palavras a
serem utilizadas com as condutas corretas. Exemplo:
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O CAMINHO DO INFERNO(erro)
Da mesma forma que associamos as condutas com os reforos para mostrar o
que queremos, utilizaremos a conexo para mostrarmos o que no queremos.
Exemplo:
COMANDO DE DESENCORAJAMENTO = H-H, HEI=REFORO
TERCIRIO
NO, NO=REFORO SECUNDRIO
PUNIO NEGATIVA OU POSITIVA=CONDUTA ERRADA
SHAPING
O que shaping? (modelagem):
tomar uma pequena tendncia na direo correta e ir mudando esta conduta, passo a passo a tempo, at a meta final. Quebrando uma conduta em
passos fceis, shaping no tem limites de condicionamento.
AS DEZ LEIS DE SHAPING:
1- Dar passos suficientemente pequenos, de maneira que o sujeito tenha
sempre uma real ocasio de reforo.
2- Sempre treine uma conduta por vez, nunca trate de modelar dois critrios simultaneamente. Uma conduta neutraliza a outra.
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3- Ponha sempre o atual nvel de resposta dentro de um esquema de intervalos variveis de reforos, antes de aumentar ou agregar novos critrios.
4- Quando se introduz um critrio novo, deve-se deixar de lado o critrio
anterior de condicionamento.
5- Coloque-se/antecipe-se ao sujeito. Faa um planejamento do treino.
6- Nunca mude de treinador na metade do caminho a percorrer.
7- Quando um processo de modelagem no funciona, tem que se buscar
outro.
8- Nunca interrompa uma sesso de treinamento desnecessariamente, isto
constitui um castigo para o treinador e para o co.
9- Quando uma conduta aprendida fracassa, tem que se rever o sistema de
modelagem.
10-Termine sempre uma sesso de treinamento no positivo, ou seja, quando tudo da certo.
OBS: Essas leis tambm so usadas como regras para o aprendizado em geral.
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MANUAL CINOTCNICO
EMPREGO POLICIAL DO CO
Ago/2003
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I - EMPREGO DO CO
1. Vantagens do Emprego do Co.
O emprego de ces em misses policiais ser sempre vantajoso, observando-se logicamente os critrios e a adequabilidade, se for usado com a devida tcnica, obtm-se seguramente:
- economia de efetivo;
- maior efeito psicolgico;
- segurana do policial;
- valorizao da tropa;
- em determinadas misses resultar em maior possibilidade de xito;
- o co facilita a ao policial quando desenvolvida em locais de difcil
acesso ou em locais onde o risco mais iminente.
2. Critrios para o Emprego de Ces.
O co, sendo uma suplementao do policiamento ostensivo, pelas suas
prprias caractersticas, somente ser empregado aps observados critrios
tticos e tcnicos, tais como:
- o planejamento: a condio essencial para o emprego do animal e
poder ser definido em nvel estratgico, ttico e tcnico;
- em nvel de deciso estratgica, o alto escalo da corporao decidir
sobre a convenincia e circunstncias do emprego da frao de ces nas diversas operaes;
- no deve haver limite jurisdicional para o emprego de ces. por deciso de quem de direito, atua onde sua presena se faa necessrio, quer de
forma isolada, quer em apoio a outra OPM;
- ainda no tocante ao planejamento, h que se ressaltar a necessidade de
ser o mais detalhado possvel, de forma a possibilitar uma perfeita execuo.
3. Emprego de Ces Doentes ( proibio ).
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O co sofre os mesmos problemas de sade do homem, com a desvantagem de nem sempre poder se expressar, estando sujeito a ser acometido de
qualquer doena, podendo at vir a desmaiar ou morrer em plena atividade
operacional.
importante lembrar que cabe ao condutor do animal a primeira verificao quanto ao seu estado sanitrio. O co que apresentar qualquer sintoma
de doena ser levado a presena do veterinrio, para anlise dos sintomas
evidenciados, devendo ser afastado das atividades de instruo e servio,
sendo baixado para tratamento.
4. Emprego de Ces No Adestrados ( proibio ).
O adestramento constitui princpio eliminatrio para o emprego de
ces.
O co pode ser aproveitado para inmeras modalidades de servio,
desde que seu adestramento concilie com a caracterstica da misso. As qualidades natas do co concorrem para o seu correto emprego, dado ao seu temperamento, a sua atividade e tendncia naturais, bastando ao homem saber
aproveit-las.
O adestramento mnimo do co de polcia o bsico.
5. Situaes Incompatveis para o Emprego do Co.
O co demasiado verstil para ser empregado em suplemento aos diversos tipos de policiamento. Contudo, certas circunstncias tornam o seu
emprego desaconselhvel, haja vista seu temperamento e outras caractersticas prprias, que colocam sua presena em desarmonia com o prprio ambiente. Vejamos alguns exemplos:
- policiamento numa exposio de animais;
- policiamento em locais de grande movimento, principalmente por ocasio do rush;
- representao em um funeral;
Alm dos aspectos supra mencionados, durante o planejamento para o
emprego do co, os seguintes critrios ainda devem ser observados:
- evitar submeter o animal a longas caminhadas, quando o mesmo puder ser transportado;
- cargas pesadas de trabalho devem ser tambm evitadas;
- utilizar nmero adequado de ces em consonncia com a tipicidade da
misso;
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O policial-militar deve ter em mente que alm da possibilidade de ecloso da contraveno penal, antes de mais nada deve cuidar da proteo e segurana do animal, e, principalmente, zelar pela proteo do indivduo, impedindo o animal de provocar-lhe leses desnecessrias, causadas, s vezes, por
descuido ou por displicncia.
8. Cautela e Segurana.
O Co pode ser equiparado a uma arma, onde seu emprego exige cautela e segurana. O adestrador sempre deve inspecionar o equipamento de conduo do co para evitar que ocorra algum incidente.
II - MISSES DE UM CANIL PM
a - Policiamento ostensivo;
b - Operao de busca, resgate e salvamento;
c - Demonstrao de cunho educacional/ recreativo;
d - Policiamento em praas desportivas;
e - Controle de distrbios civis;
f - Provas oficiais de trabalho e estrutura;
g - Controle de rebelio e/ou fuga de presos;
h - Formaturas e desfiles de carter cvico - militar;
i - Deteco de entorpecentes e artefatos explosivos.
Os ces podero ser empregados em outras misses para as quais estejam treinados, desde que sejam relacionadas com as atividades da Corporao.
alto, porm com crimes de baixa periculosidade, tal como furtos e roubos a
transeuntes.
A patrulha formada por dois policiais e um co, sendo possvel, a critrio de cada comandante, a manuteno de uma patrulha com dois policiais e
dois ces.
Para que o emprego do co alcance seus objetivos necessrio que o
policial conhea seu setor e esteja munido de comunicao, para que, em precisando de apoio, o tenha rpido e eficazmente.
O nvel de adestramento necessrio para que o co execute este servio
o BSICO.
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o emprego do co ficar a critrio do seu adestrador, que far uso de seu discernimento e dos conhecimentos profissionais imprescindveis.
7. Atribuies da Guarnio K-9.
a. Efetuar a manuteno de primeiro escalo na viatura, antes do patrulhamento (leo, combustvel, pneus, lanterna, possveis danos e equipamento).
b. Patrulhar durante 6 a 8 horas o setor definido pelo Cmdo.
c. Procurar estabelecer um bom contato com a comunidade dando e colhendo informaes demonstrando o policiamento, verificando os pontos crticos.
d. Apoiar vtr de rea por solicitao do COPOM.
e. Proceder no distrito policial da seguinte forma : estabelecer comunicao com o OF. de Sv, sendo que o co permanecer na Vtr (segurana).
f. Observar nas abordagens as condies mnimas de segurana, como:
- Nmero de meliantes (at 2, se houver mais, pedir apoio),
- Local (retaguarda do PM protegido pelo co)
- Armamento possvel dos meliantes, etc.;
h. Obedecer a velocidade do patrulhamento, com velocidade mxima
de 40 km/h.
g. Providenciar via rdio o cerco, quando a situao exigir, no efetuar
perseguio motorizada;
h. Em hiptese alguma abandonar o co, pois alm de se tratar de uma
dupla, h muitos transeuntes no local;
i. Necessitando de um deslocamento para interiores de estabelecimentos ou similares, o co ficar dentro da viatura fazendo a segurana, devendo
a mesma permanecer totalmente fechada, com apenas pequenas frestas nos
vidros para o co respirar.
j. No caso de perseguio a p a vrios elementos, o patrulheiro no
deve se separar do co, e com maior brevidade possvel, retornar a viatura para encaminhamento e prosseguimento da ocorrncia, bem como para proteo
da mesma.
l. Atender todo e qualquer solicitante, seja qual assunto for, fora da viatura, tendo sempre o co junto ao seu lado.
m. Realizando o patrulhamento a p, o PM dever trancar a viatura,
mesmo que o deslocamento seja de poucos metros, tendo em vista a possibilidade de envolvimento em ocorrncia;
n. No patrulhamento a p com o co, o patrulheiro deve dar cincia ao
Oficial de ronda, esclarecendo sua ausncia nas comunicaes, no perdendo
a viatura de vista.
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VI - BUSCA EM MATA
1. Procedimentos em Ocorrncias dessa Natureza:
a. Comunicar o COPOM imediatamente;
b. Isolar a rea e os recintos que possam ter pistas do fugitivo ou desaparecido, principalmente se :
I - os locais onde tenha se assentado, deitado ou tocado com as mos;
II - as trilhas ou locais por onde tenha passado;
III - pegadas visveis;
IV- qualquer pertence, mantendo-o sem tocar as mos ( roupas, isqueiro, mao de cigarros, sapatos, meias, documentos...). Em casos de necessidade, podero ser transportados, com o uso de luvas novas, para lugar seguro e
preferencialmente frescos, entretanto, esses objetos podero servir para auxiliar o co em sua busca e devero ser acondicionados em sacos plsticos evitando assim a vazo do odor, para no confundir o animal;
V) No conversar, fumar, quebrar galhos de rvores, jogar pedras...
VI) Evitar brincadeiras e ou contato com os ces integrantes da equipe;
VII) Na zona de conflito, isolar o local, evitando aproximao de pessoas alheias operao;
VIII) Dependendo do local, os policiais que chegarem primeiro ao local, devero apenas isolar a rea do conflito, bem como realizar o cerco para
evitar a possvel fuga do meliante, guarnecendo os possveis pontos de fuga e
deixar que s a equipe adentre ao local.
c. Evitar :
I - Destruio das pistas;
II - Inutilizao de partculas odorantes , causadas pelo pisoteamento
desordenados dos locais suspeitos;
III - Procedimento inadequado de Policial Militar estranho ao Canil
junto equipe em ao;
IV - Demora na solicitao para o emprego efetivo da equipe.
2. Formao da Equipe.
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-G
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Em se tratando de show, em caso de invaso, os ces podem ser utilizados para fazer a segurana dos artistas.
A PRESENA DO CO NO CAMPO TEM CARTER NICO DE
OSTENSIVIDADE, VISA APENAS PREVENIR INVASES, NO
ENTANTO, ELE JAMAIS SER SOLTO SE TAL ATO ACONTECER,
POIS AS CENAS QUE PODERO OCORRER, SERO GRAVADAS
PELA IMPRENSA, E SEM DVIDAS NADA DE BOM TRARO PARA
A NOSSA CORPORAO.
X - CONDIES DE EMPREGO
Para empregarmos ces nas mais diversas tarefas, temos de levar em
considerao algumas limitaes a eles impostas pelas variveis de tempo,
clima, local, e transporte. Ao planejarmos qualquer misso em que iremos
trabalhar com ces temos que respeitar alguns pontos que iro determinar um
melhor resultado. A ignorncia a estes limitadores pode no trazer uma conseqncia imediata aos ces, porm com certeza estar contribuindo para uma
reduo drstica em seu tempo til de vida, bem como concorrer para a ocorrncia mais freqente de problemas com o plantel. So os aspectos mais
importantes :
1. Tempo de emprego : estabeleceu-se como regra que o tempo mximo de emprego de um co policial de 4 (quatro) at 6 (seis) horas de efetivo trabalho. Estas seis horas contam-se do momento em que o co deixa o
canil at o momento em que retorna ele. Isto nos leva ao caso prtico em
que o policial retira o co do canil s 13:00 hs, sai em seguida para o patrulhamento, devendo retornar s 19:00 hs.
Desta regra excetuam-se os ces de farejadores em geral e o servio de
K-9, que pela sua caracterstica de trabalho j explanada, tm um regime diferente de trabalho. Das misses do co de policiamento, a mais estressante a
de Controle de Distrbios Civis, pois o co excita-se quando do deslocamento
e muitas vezes, por no ser empregado de imediato, volta calma, voltando a
se excitar quando do efetivo emprego. Como em muitas ocasies este processo se repete inmeras vezes, ao final da misso o co estar exausto. Cabe salientar tambm que uma vez comeada a operao de CDC no h como fazer a troca dos ces, o que acaba por determinar um emprego excessivo.
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teressante que se realizem treinamentos com os ces para prepar-los para tal
viagem, porm o co adestrado, em companhia de seu adestrador, tende a no
apresentar qualquer tipo de problema.
c. Terrestre em veculo especial : veculo especial para transporte de
ces, dotado de caixas individuais que possibilitam ao co uma viagem, at
para distncias longas, com um mnimo de conforto. Tal veculo dotado ainda de caixa dgua e local para armazenagem de rao, servindo por isso de
suporte para deslocamentos mais longos.
d. Terrestre em nibus : alternativa improvisada para transportar ces e
homens, impossibilita viagens longas tendo em vista que devem ser executadas paradas freqentes, para que os ces faam suas necessidades fisiolgicas
e tambm recebam gua.
e. Terrestre em trailler : ideal para transporte de um pequeno contingente de ces, pode ser construdo em mdulos de caixas, permitindo o deslocamento rpido e seguro. Pode ser tracionado por veculos pequenos.
f.
Terrestre em viaturas pick-up : meio improvisado para transporte de pequeno contingente de ces. Os ces so colocados na caamba, sendo que esta
dever ser coberta. Se forem construdas caixas em seu interior tornam-se aptas ao transporte seguro de ces.
g. Fluvial ou martimo : pode ocorrer de termos de transportar ces
embarcados. Se a embarcao permitir, podemos transport-los como no avio, com o benefcio de que o mesmo possa receber tratamento durante a viagem. Existem certos navios que dispe inclusive de canis para hospedagem
dos ces. Porm, se a embarcao for pequena, devemos transportar os ces
no mesmo procedimento do helicptero, sempre ao lado do adestrador, que
deve tomar todas as medidas de segurana, tal como a colocao de colete
salva vidas.
IMPORTANTE : nem sempre aquele que planeja ou comanda uma operao com ces tem conhecimento a respeito destas regras, cabe ao especialista informar seus superiores de como proceder o emprego de seus meios; o
sucesso do emprego de ces de seu comandante, e o fracasso tambm!
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XI - DEMONSTRAES CANINAS
A Polcia Militar, normalmente, recebe grande nmero de solicitaes
para que sejam efetuadas demonstraes com emprego de ces, principalmente por ocasio das datas cvicas, dia das crianas e festejos diversos.
Pelas demonstraes realizadas, a PM ingressa num seleto grupo de rgos estatais que, sem prejuzo de suas atividades principais, prestam grande
auxlio sociedade, sendo uma forma de venda de imagem positiva da Corporao.
As demonstraes visam expor ao pblico tudo aquilo que um co policial pode realizar, ao mesmo tempo que animam e divertem crianas, jovens
e adultos.
Realizadas de maneira educacional tm ainda o poder de aproximar a
populao da Polcia Militar. Dividem-se em 03 partes :
a. Obedincia : so realizados exerccios de adestramento bsico, secundrio e ornamental;
b. Transposio de Obstculos : realizada uma pista com obstculos
que simulam as possveis exigncias que o co ir enfrentar em seu dia a dia
(agility).
c. Trabalho Policial : so simuladas atuaes policiais, onde o adestrador ir empregar seu co, demonstrando que o co adestrado pode ser dcil,
porm quando exigido, ir substituir a arma de fogo na proteo da sociedade
Para este emprego o co dever ter adestramento BSICO,
SECUNDRIO e ORNAMENTAL.
Poderemos tambm realizar demonstrao com os ces farejadores de
drogas, sendo que este dever ser o primeiro exerccio apresentado.
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IX - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
1. MARTINS, Clayton Marafioti (1 Ten PMSC). Cinotecnia, a Arte de Adestramento de Ces, Florianpolis, 1999.
2. SOUZA, Claudionir (1 Ten PMSC). Apostila do Curso de Cinotecnia
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3. Reinlein, Marcos Fabiano. Apostila de Noes de Veterinria do Curso
Bsico de Cinotecnia - Canil Central/BOE, So Jos, 2002.
4. Grandjean, Dominique. Enciclopdia do Co, aniwa publishing, Paris,
2001.
5. VIL, Carles; SAVOLAINEN, Peter; MALDONADO, Jess E.;
AMORIM, Isabel R.; RICE, John E.; HONEYCUTT, Rodney L.;
CRANDALL, Keith A.; LUNDEBERG, Joakim; WAYNE, Robert K..
"Multiple and ancient origins of the domestic dog", Science 1997, 276,
1687-1689.
6. TSUDA, Kaoru; KIKKAWA, Yoshiaki; YONEKAWA, Hiromichi;
TANABE, Yuichi. "Extensive interbreeding occurred among multiple matriarchal ancestors during the domestication of dogs: "Evidence from inter-and intraspecies polymorphisms in the D-loop region of mitochondrial DNA between dogs and wolves" Genes Genet. Syst. 1997, 72, 229238.
7. WILSON, D. E.; REEDER, D. M.. Mammal Species of the World, Smithsonian Institution Press, 1993, 1206 pp.
8. GEARY, Michael. Tudo sobre ces. Crculo do Livro, So Paulo, 1978.
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http://home.wolfstar.com/~infolobo/Cao.html
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FILHO,
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Texto
http://www.allcompany.com.br/selectdog/p _especial.html.
Em
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11. 1 Sargento Andrade - Noes de Neonatologia Veterinria, Polcia Militar do Estado de So Paulo, UNIP, Maternidade de ces, So Paulo, 1996.
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1. MARTINS, Clayton Marafioti (1 Ten PMSC). Apostila do Curso de Entorpecentes da Polcia Federal de Campo Grande - MS, 2001.
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