Mulher Na Era Vitoriana
Mulher Na Era Vitoriana
Mulher Na Era Vitoriana
CURITIBA
1986
AGRADECIMENTOS
Criar
Mas
risco
uma obra
criar
a partir
de se ter a realidade
Contudo,
que no apenas
aberto
para
o futuro.
dos na irrealidade
condio
tentativas
mos nunca
ter
cer a
que
Nela
nem
Nessa
esforo
minha
eu !!
famlia
para
um
trajeprocesso
perdi-
verdadeira
sozinhos,
egostas
lugar
que
sabe-
por
mesmo
de
trilha
onde
que um dia
de
caos
agradeexisten-
seja
preciso
lies
assim
vou
eu -
conti-
de independencia
fidelidade.
muitas
e a experincia
elas,
que conseguiram
vezes
a nica
nao deixaram
Entre
esse
naquilo
metafsica
todo
do escrever-,
incontveis
o que quero,
acreditar
encantamento,
exemplo
distantes.
de ser
mesmos
aquele
uma necessidade
nesse
personalidades
estando
nasce
ter entendido
ter razes
sinto
das suas
seu inestimvel
tveis
que
de nossa
primeiro
grande
procurar!
ns
caminhamos
por nunca
inevitabilidade
lembrando
maior
somos
existido.
de acreditar
que a
correr
de ir, tambm
deixar
achar
d a noo
de chegar
a insistncia
retribuio,
outras
de acompanhar-me,
figuram
fazer
todas
no-
mesmo
as mulheres
da solido
uma
da
maneira
livre.
Tambm,
solidez,
fora
um pouco
de esperana.
e profundidade
e no
um modo
que nos
o que fao,
que escrevo,
oriaao
A trajetria
E justamente
que sei,
imaginao.
. .. que intil
de ser-no-mundo.
em nossas
de uma
do buscar
tria,
nuar
de fiao
especial.
Capaz
a situa
emprestaram
de sentir
no meu
cuja
serenidade,
minha
fragilidade
o mundo
caminho
em sua
como
uma
plenitumulher
A
tos sobre
Denise Emmer
a perfeio
agradeo
csmica
da verdade
sou grata
possibilitou
potico
um repouso
pelos
pelo
muitos
questionamen-
ou da dvida,
calor
das
em incontveis
cores
que
nuances
poli-
cromticas.
Minha
homenagem
meu av,
por
na busca
incessante
especial
ter me ensinado
fica
que a Verdade
da razao
de ser, mesmo
maior
que
consiste
Ser
razao.
Ao 'meu pai,
que ficou
Setembro,
agradeo
comigo.
1986.
iv
pelos
4* 769
dias
no
tenha
to Brunilda...my
Dear
Friend...
CONTEDO
RESUMO
. . .
vii
ABSTRACT
... viii
INTRODUO.
1.
BARBARA
20
'
26
54
ELLA.
57
CAROL'NE
95
97
12 5.
RHODA
127
5. JUDAS
O OBSCURO
166
SUE. .
..169
CONCLUSO
196
BIBLIOGRAFIA
209
vi
RESUMO
mance
Judas
o Obscuro.
"An
Imaginative
da
feminina e sua
tradicional
"Barbara
irracionais
;Na segunda
princpios
principal.
*
de
tambm na trama
de
tese.
Judas
Obscuro,
vitoriana.
Em nossa Concluso apresentamos o panorama da identidade feminina na criao de Hardy levando em considerao
estrias
analisadas.
vii
as
ABSTRACT
Jude
the Obscure.
"An
"The Withered
We propose
to
who belong
society.
to
to
matters
the
We
author's
woman
century.
of
of
the tale
as part
. is
We
life
and
The use of
also apllied
the same
to
.. the
in "An Imaginative
of
Woman".
reality
The same
of
in the
attitudes and
of Sue Bridehead.
up
analyzed.
I
.. .
BIBUn-rCA CENTRAL
I universidade Federal do Paran
INTRODUO
INTRODUO
fe-
alimentou,
teceu e ofereceu vida dos seres humanos condies para que esta
se conservasse. Foi na cultura grega que a mulher foi
associada
com o Eros e o homem com Thanatos, e, no nos surpreende que Demeter seja a deusa da terra cultivada e Zeus o autoritrio
do medo e do trovo.
No entanto,
dominantemente destrutivos ou
para
(pro)criar. 1
deus
todas as mulheres
tem a capacidade
entre
angustiante,
indivi-
todos os seus
infe-
sofrimentos
indo
em
Entra num
sua
pois
mesma.
dela
Mulher
integrados a
as
exclusivamente
-2-
oprimida.
dessa
diferena entre os sexos,tm exercido influncia profunda nos destinos da civilizao, mas percebemos que localizar o ponto ou o
momento preciso em que tal diferena comeou a se processar na era
crist medieval ou em qualquer outra era seria um erro.
0 prprio
do, em parte responsvel pela noo errnea ide que .a mulher inferior, mas a cincia..'moderna, consideravelmente mais avanada no
4
justifica tal ponto de vista.
cultural
explicitamente
colaboraquestiona-
da.^
De fato, sabemos que desde a poca vitoriana, a posio
pblica predominante
Uma
apndices
investigao
ocidental.
que a posse de um
das
irrefutvel, tendo uma criana, porm o homem tem sempre que pro'
var algo, isto , sua masculinidade entre os outros membros do
seu grupo..."
Percebemos a diversidade das sugestes sobre a posio
peculiar da mulher, mas o capitalismo, o fator biolgico e
H. R.
da
das-
mulheres.
No-
entanto,
confiar
como
mostra
Com o advento
tornou-se
progressi-
a suscetibilidade e a fragilidade da
eram
10
essenciais.
formaram-se
0 marido,
que jamais
havia
de pensar
em ver
-4-'
Na cultura vitoriana,
en-
anjo,porm
um ser mais
querido,todo
mergulhado
Em instintos
angelicais,
respirando
o Paraso.
Intrprete
entre
Que parecia
Nas pontas
Muito
os deuses
nascida para
tanto,
dos ps,
sobre
grande
e os
homens,
sua posio
parecia
uma
estar
esfera
com
ela
'cortesa'.
era
colocada
'instintos angelicais*.
A hostilidade masculina
expressada
em
sua
enquanto
'ideal de mulher',
entre-
Giravam
Para
Isto
degradada
para
indiferena,brutali-
16
dade fsica e explorao.
da
iy
Decidida a der-
rubar sua velha imagem, ela exige uma mudana nas leis que
aprisionam ao lar.
pre-
Sabemos
que
18
quase
como
vinha pro-
predominantemente
19
Uma figura
condenada 'priso domiciliar' com a pena mxima de ser eternamente passiva, submissa, dependente, escrava de suas emoes, mas
com o direito de escolher a maneira de sua prpria
execuo:
oferecia
relacionamentos
reivindicava
Feminina
0s
direitos
como um
18
ser completo.
que
seus
Em conseqncia,
a expresso
"Nova Mulher"
esta-
-6-
JL
'
de
feminina
mulher
Sua experin-
abordavam
destacaram
Geqrge
James,
concentra-se'
(1890)
in Musslin
(1884) escreveu
sobre
um
, e as que no conseguem
Pode-se
perceber
como
egostas.
Suas
sexualidade,
Em Keynotes
retratando-a
inteligente e bastante
que a
de fundo de quase todas as tramas de George Egerton, onde as vantagens e desvantagens do casamento, do sexo fora do casamento,
fi-
sufoca
No conflito da obra, a
personagem Verena Tarrant revela-se contra sua condio de esposa submissa e lana-se luta feminista na tentativa de conquistar sua independncia.
ativis-
ta do movimento, e bastante
emancipao.
Olive lsbica
de
Sua
'anormal'.
uma
como
mos-
afinal,
26
Olive Schreiner
os fardos e as
sexual.
Feminina:
trans-
da
anti-feministas
um _
dimen-
o femi-
profis-
sionais,
tambm direitos
sua maior
reinvinertico
reconsiderada.
Diante da observada falncia da literatura em
retratar
encontramos
-9-'
terem sido publicadas a partir de 1915 (no perodo moderno portanto) , a escritora um produto da educao vitoriana.
sobre os costumes da poca e analisa criticamente
ceitos.
Escreve
os seus precon-
de
retratadas
28
da
mulher
Argumenta a favor
sem
falsificaes:
...the majority
of women are neither
harlots
nor cortesans;
nor do they sit clasping
pug
dogs to dusty velvet all through the summer
afternoon.
But what do they do then?
and
there came to my mind's eye one ,of those long
streets somewhere
south of the river
whose
infinite
rows are innumerably
populated.
With the eye of the imagination
I saw a
very
ancient lady crossing
the street on the arm
of a~ middle-aged
woman, her daughter
perhaps...
The elder lady is close on eighty; but if one
asked her ' 'What life has meant to her,
she
would say that she remembered
the streets
lit
for- the battle of Balaclava,
or had heard
the guns fire in Hyde Park for the birth
of
King Edward the Seventh.
And if one asked
her, longing to pin down the moment
with
date and season, but what were you doing on
the fifth of April, 1868, or the second of
November,
1875, she would look vague and say
that she could remember
nothing.
For all the
dinners are cooked, the plates and
<-. , cups
washed; the children
sent to school and gone
out into the world.
Nothing remains of it
all.
No biography
or history has a word to
say about it. And the novels, without
meaning
to, inevitably
lie... All these
infinetly
obscure lives remain to be
recorded...
(A Room of One's Own, p. 88)29
-10-
colocando-a
salienta:
Assim como
cial.
A criao feminina hardiana, bastante controvertida,
fundamental para a compreenso da mulher vitoriana, pois
expe a mulher que tem seus impulsos
naturais e suas
Hardy
habilidades
Tess,-
Judas
o Obscuro
The Return
of the
The
Native
tradicionais
Hardy
Os homens, por
expostos
sua
aos
Judas
'fatais 1 .
Obscuro
uma armadilha, pois a altamente erotizada Arabella e a essencialmente espiritualizada Sue causam a runa de Judas.
A imagem da
sexualidade na obra complementada pelas caractersticas da classe: Arabella filha de trabalhadores, enquanto Sue
lizada e urbana.
A infelicidade
intelectua-
conjugai e a incompatibilidade
-Ii-
so explo-
juntamente
com as crticas
inovadoras.
Return
of the
Native,
e tambm
A complexidade da obra hardiana como um todo oferece inmeras opes quanto escolha da personagem
se a inteno de nosso estudo.
mos por
Judas
Obscuro,
feminina que
satisfizes-
opta-
"
maneira
'
serem
possivel, afirmando apenas que os mesmos tm a tendncia a se voltarem mais para eventos 'maravilhosos'
tecimentos realistas.
Ignorando
Howe
conclue eventualmente
32
do conto moderno.
Tendo em vista
e 'estranhos' do
necessidade de dar
tematica,
fogem linha
mais atenao
Group
aos
of Noble
compara
Dames
suas
con-
-12-
mas
mesmo' no
de apoio para
se
aprofundando
na caracterizao,
serve
nossa anlise.
A Hardy
Companion:
a Guide
to the Works
of Thomas
Hardy
guia para
relevantes
lugares
hardiana.
de ser analitiea.
subdivises
of Noble
Dames
Lifeis:
Little
Ironies
Tales,
e
prov as
Partindo
desse
A Group
of Noble
Dames;
em
The Wesses
"The
Fiddler
Life's
Little
Tales.
Rhoda Brook
concentra-se
de
sciode
que
filho, enquanto
"The
em diferentes personagens,
Fiddler
salienCarol'ne
lugar
-13-'
materiais.
As .diferentes situaes apresentadas nestes contos,
unidas trama de
Judas
a criao de Hardy.
pretendemos explorar
o Obscuroj tecem
nosso trabalho
sobre
to da Identidade Feminina.
Feminina,
de
onde
tentativa
presses impostas
pla
das
era 1
exige
uma
levanta
(re)definio.
contudo^defini-lo.
te-
a de que
assim sucessivamente.
basta
social.
-14-'
homem
principal-
"The Withered
complexa.
Judas
o Obscuro
nos
feminina.
Num sentido que vai muito alm do individual,
nosso
consigo
obstcu-
enquanto
recriao da vida.
-15-'
NOTAS
The Women's
243-284.
Movement
(New York,
-*
. .
,
*
Betty Friedan,
Mstica Feminina
(Petropolis, Vozes,
1971), pp. 104-107.
A p e s a r dessa obra ter inspirado a revolta
das
mulheres "americanas" em meados do sculo "XX"., .Betty
Friedan apresenta um pequeno histrico do desenvolvimento dos
movimentos feministas que de bastante valia para nossa tese.
No entanto, o que mais
colaborou com a nossa temtica da identidade feminina foi a noo de uma "mstica feminina". A
'mstica'
seria a imagem a que a mulher teria que se ajustar
em todas as pocas.
Tal imagem sempre varia com os padres e
os valores da poca.
Na era vitoriana, a "mstica"
deu nova
definio .prpria natureza do problema da mulher, que
era observada como um ser humano limitado: dedicada prpria
beleza e funo de procriar, era admirada pelos homens por
sua "receptividade e passividade implcitas na sua ntureza
sexual", p. 54.
5
I b i d . , pp. 62-90.
6
H. R. Hays,
0 Sexo Perigoso
: 0 Mito
(Rio de Janeiro, BUP, 1968), p. 12.
minina
7
Ibid., pp.
da Maldade
Fe-
28-31.
'g
Ibid., p. 174.
0 cinto de castidade era um dispositivo metlico preso aos quadris da mulher,que se dispunha a assegurar a fidelidade desta enquanto seu marido estivesse
ausente.
Hays escreve: "Sua culminncia lgica o tratamento
-16-
10
Ibid. p. 320.
Hays escreve: "A criatura pura, eterea,
em forma de sino, que deslizava em volta da casa .sem que suas
pernas fossem visveis, aparentemente se movimentando
sobre
rodas, presidia o lar, com seus mveis demasiadamente estofados e cheio de prateleiras enfeitadas, assim como de pesadas
cortinas de veludo, elevando o pensamento dos homens quando,
voltavam cansados do trabalho".
Na realidade, a identificao das mulheres com a pureza e com o lar constante na literatura vitoriana
mais conservadora.
11
Ibid., p. 12.
12
I b i d . , p. 323.
13
I b i d . , p. 318.
14
Ibid., pp. 319,320.
15
I b i d . , p.. 325.
-1 7-
Property Act had been passed in 1870, and another, more farreaching one became law in 1882.
These had given many women
their first taste of economic
independence.
...
'. With
agitation
going on, awareness
of women as constituting
a
special
'problem'- had become acute by the end of the
century.
The 'woman question'
had arrived in earnest and the
vague
but popular phrase
'the new woman' was coined in the
'nineties
to describe women who had either won or were fighting
for, a
m
degree of equality and personal
freedo ..."(pp.
53,54).
"^Ibid. , p. 54.
19
Ibid., p. xi.
Stubbs afirma: " For within
bourgeois
society women are confined
to this private,
largely
domestic
world, and have become the focus of a powerful
ideology
which
celebrates
private experience
and relationships
as potent
sources of human satisfaction,"
(p. xi) .
20
21
Ibid.
, p. xiv.
Ibid., pp.
225,234.
Ibid., pp.
143-145.
22
23
I b i d . , pp. 96,97.
24
I b i d . , pp.
106-108.
25
I b i d . , pp. 109,112.
P Pi
Ibid., pp. 159-165.
27
I b i d . , pp.
?8
29
30
Ibid.,
112-117.
229-235.
31
Stubbs revela:
"Hardy 's women are almost
destructive
and dominant and his men are invariably
worked on by the whims, designs or perversities
of
femmes fatales,
(p. 80).
always
passive,
various
32
Citado por Charles E. May, "Hardy's Diabolical
A generic Consideration".
Genre
(1974), p. 307.
33
May, p. 318.
Dames:
34
1976).
F.B.Pinion,
A Hardy
Companion
(New York,
Macmillan,
- Ia-
PARTE
"BARBARA
OF THE HOUSE
OF
GREBE"
-20-
A.
Lispector
juntamente
Dames
em dezembro de 1890.
de "short
novel"
of
"Anna,
Lady
chama
of Noble
Dames
of Noble
2
Dames
0
estrias
surgia para
F. B. Pinion
nos
por
teria
Demonstrando um
em
pesadas
conhecimento
mau
-21-
'a world
of pure
Evil'
em
research
or imagination
in presenting
it was his
of his avowed
themes.
the story
Eliot's
heterodoxy,
and
rouses
the diabolical
attitude
translates
operating
was
is not known,
horro-r at man's
he deplores
into
"How far
Quanto a
based
but
inhumanity
is that
on
Hardy's
motive
to woman,
of a Grand
the horror
through
esta
which
3
one
Inquisitor;
the
sory
Hardy."
A Generic Consideration".
Nessa
1 Group
of Noble
Dames
pertinente
"they
simply
supply
examples
of
life's
6
abundant
strangeness
as a means
of passing
time".
Considerando a
da
crticos
como George Wing, Richard Carpenter e Roy Morrell que atestam que
a fantasia e a irrealidade que alienaram os primeiros leitores
de
6
Hardy sao de maior interesse para os leitores modernos.
afirma que muitas das estrias em A Group
of Noble
Wmg
Dames
"move
refletir
6
simplesmente por estarem situadas em cenrios realistas.
comparar todas estas crticas, May conclui
Ao
hardianos pertencem.
estrias de
A Group
of Noble
for
the everyday
to accept
*
of human
the unusual
his preference
world
Dames
das
experience,
as the proper
Hardy
subject
was
to
f:anta:s t vc
over
more
than
willing
7
of fiction".
Hardy tam-
bem instigou aquele tipo de leitor que insiste em ver as coisas precisamente como elas so, a
profusely
he may pour
aceitar a posio do
his catastrophes,
his conversions
7
and vice
versa."
at a stroke,
autor,"however
marvellous
of bad people
into
juxtapositions
good
people
May
Citando
'diabolico' na lite-
ratura, Eliot diz que o trabalho de Hardy representa um exemplo interessante de uma- "powerful personality
uncurbed
by an
institutional
8
attachment
or by submission
to any
objective
beliefs."
Acreditando
or edifying
which
he had
matter
to express
is not a
of communication!"
Eliot
particularly
no means
beings
violently
self-evident...
excited;
differentiate
same state."
that
violent
human
physical
are most
passions
real
do not
in
when
most
themselves
" one
texts...which
view.
of
never
They
the
of Noble
Dames,
pois
most
significant
received
enough
give
us
examination
the
of
from
essencial
the
that
ao
a coleHardy
point
Hardy
of
without
-23-'
.'the Wessex
staging."
of passion
Poe it manifests
often
embodied
of this.theme
..that manifests
itself
in the
irony
irracionalidade
in Hawthorne
itself
in madness.
porque
an
in .the supernatural
In Hardy
and' coincidence
is
the
which
theme
is
; in
more
constitute
an
8
essential
characteristic
of his fiction."
Eliot refere-se
ao
knew
mathematical
there
was
equation
am element
in human
ot the water-tight
intransigentmeasureless
forcedivided
nature
theories
against
not
subject
of dogma,
itself,
laws
in
of
to
and
this
conflict
the
psicolgicos
e "calculated rationality"
que
sao in-
'mundo neutro'
Dames,assumindo
sem-
Group
Em Hardy,
relevante
para
apparently
an idea,
rather
than
a passion,
that
-24-'
inspired
Lord
Upiandtowers
resolve
to win
her."
Contudo,
narrativas
satnico
incomum
bastante
destes
aspectos.
Sabemos pelas informaes de-Pinion que o novelista
conhecia a teoria de von Hartmann a respeito do inconsciente, e que
a essncia de tal filosofia sugeria que a conscincia luta para se
, 12
sensvel.
hori-
de comear
Esboo
da Psicanalise.
Naturalmente,
divididos
"princpio do
o governante
as
Tendo em vista as
nossos
agem
racional da psique.
seja
-25-'
mente
Outro agente
regulador
Um
que
no
da
Com base na
determinista no conto.
algumas
Victorian
17
Frame
of Mind
e as situamos na viso de
personagens.
Mostramos na estria como o 'tabu da virgindade'
interfere
reaes
de o u t r a s . 1 8
Com base no estudo de Monique Augras, mostramos como a
'simbologia da passagem'/presente
no pensamento mtico^persiste
e se manifestam
nas
em "Barbara of
(j citado) manifesta-se
protagonista.
20
da
em diversas reaes da
*
i 21
tambem tentamos apontar como interferem no seu equilbrio emocional.
Exploramos a sensao de culpa de Barbara luz das
-26-
fantasia.
e, ainda que no
psquicas
imaginrio'.
'pensamento
'Imaginrio
de
de um
desfecho
so
conceitos
na
de
em
-27-'
(p.297).
separava. 0
Inglaterra
a jovem Barbara
aos
Constituido
pela
indubitavelmente,!
Feij. v-
dois meio-ambientes
ambos.
entre
Mas Feijo
fala
do
At que ponto?
Em "Barbara of the House of Grebe" os dois pontos de
vista so vlidos.
que a sociedade
influencia,
sem duvida, a
diferente
individualidades
-28-
(pp.296,
mas
diferente
(p.299).
, provando que
No caso de
meio-ambiente particular"
(p.303).
Em suma, a noo
quebra a
Em The
Victorian
Frame
of Mind,
Na trama
da-.estria,
tais princpios
irreversvel
communication
with
the truant,
(p.300).
disgrace
she brought
upon
either
"they
herself
for
reproach
continued
or
condonation"
to think
..." (p.300).
of the
'desgraa' no
e no em sua
Mohun,
and
and Syward,
Plantagenet,
and Peverel,
and York,
and Lancaster,
Culliford,
and
"Maundeville,
and
Talbot,
and
outro lado,
an honest
father,
the
and
Por
-29-
levado
estavam
(p.301) mas
decidem
facts"
no aplicar
qualquer
e decidem
considerando
receber
Sir John Grebe amava mais a felicidade de sua filha do que sua
(p. 301).
recuperar
0 que
realmente
Em o Tabu
da
Virgindade
-30-
cria-se
sexual.^
observaes
preliminares,
especialmente
tornar
possveis
feminina a tal
como um
Podemos
dizer,
acontece,
esposa
'violador':
em concluso,
que
defloramento
-31-
contexto.
sua.
emocional.
insatisfao.
Sua estabilidade
emocional
a jovem
a realidade.
Em determinado
momento
-32-
mente
fuga.
p-, mui to' ; a propsito, que quando Willowes afasta-se
de
emocional.
felicidade
of languages,
else
that
without
manners,
came
under
blushing
"He was
history,
his
eyes,
to apply
society,
till
by Barbara's
pretende-que
ruins
he should
side-
himself
to
and
return
to
(p.303).
(p.303).
de vida e morte.
uma
Todos os
ritmada
na categoria de
ritos
-33-
categoria,
passos
trs
fundamentais.
0 primeiro seria aquele chamado "ritos preliminares",
ou
uma
cerimonia onde o indivduo tem muitas vezes que mostrar uma qualidade
pessoal de sobreviver.
sacrificios.
ritos
status.
a temtica de morte,
partida
transformaes
Contudo,
"passagem" apresenta-se
38
psiquica.
0 sacrificio
separao de
social
indivduos
status.
ventos.
conhecimentos
(p.303).
sofrimentos
-34-
sacrifcio
podia observar o
fosse
aborrecimentos
mais
Sua quase
indiferena
olh-lo
dele .. (p . 304 ).
Quando Willowes j est viajando por quatorze
meses,
(p.305).
(p.302).
Subitamente
deformado
anos
(p.306).
esprito
teatro
tradicional.
-35-
(p.305).
(que so "liminares").
Segundo a
preciso preparar o morto que vai passar para um outro mundo. Outro
mundo que ainda muito mais perigoso que este, por ser
0 morto tem que ser preparado,, convencido,
desconhecido.
so
desaparece
desfigurada.
podendo
como
de Willowes comea o
esposa-
-36-
A presso externa,
instintivamente
levada ao sistema
busca
nervoso,
As sensaes so captadas, e se
funciona
Segundo Freud,
"se
entender
organismo,
sejam
que exclusivamente
satisfaao".
Quando se conscientiza de que a ao que tomou foi negativa,
Feij,
instinto
ainda' negativo
um estado
buscar
pois
"a ao
idias
do ponto
Esta
que restabeleam
salientar
necessrio
de vista
causa
prosseguira
de satisfao.
importante
humano
negativa
mental,
desconforto,
pressionando
insistencia
o equilbrio,
que' em toda
a busca
equilibrio" pois
levar
obrigara
para
a mente
do
o
obter
humana
mental,
organismo
Os excessos <ou
ao desequilibrio
e a
carncias,
' 45
loucura."
isso,
a estabilidade
a mente
atividade
do equilbrio...
podem
e por
conforme
de
equilbrio
Esta defesa
individuo.
pois
fosse divino,
restado
aparncia.
mas
45
-3 7-
(pp.311, 312).
desperta
culpa:
On recovering
from her surprise,
Barbara's
remorse was such that she felt herself
absolutely
unforgivable.
She should have regarded
him as an
afflicted
being, and not have been this slave to
mere eyesight,
like a child.
To follow him and
entreat him to return was her first thought.
But
on making inquiries
she found that nobody had
seen him: he had silently disappeared
(p.312).
(p.312).
(pp.312,
313).
incisivo,
pesadamente,
Ao saber do terror e
mordaz
de satisfao,
Tinha
'propriedade' ao fim de um
(p.313).
deixara
-38-
to abertamente
como
como
(pp.313, 314).
Uplandtowers:
(p.314).
(p.314).
comea
(p.314)
que s chega a
sentimentos.
Uplandtowers
perspectiva da esttua:
Her grief
took
the form
of passionate
pity
-39-
do
husband
had disappeared
had loved,
truth
nfase
before
from
and not
should
have
the first
at her
seen
acrescentada).
Willowes
viver sua
side.
her mind's
that
husband,
this
later, pitiable
this
image
as if she had no
The mutilated
eye;
standing
features
perfect
figure;
always,
but
in whom
in
was
Willowes
the man
tenderness
so"
"restaurada"
47
"fantasia".
em
Passa
sua
a
mente,
amar
Barbara
compreenso
de
comea
uma
espcie
espcie de
and
(p.316
de
xtase
she
a imagem de Willowes,
(p.316),
como uma
consciousness
of
being
(p.315).
que
Barbara
cena:
-40-
instituio
comportamento.
e refugia-se em um
"mental
world
of her own"
desta
temos
realidade
(p.322).
impulsos indesejveis.
desses impulsos
incorporem
psquico
prazer/desprazer":
desinveste
colaboram
regresso
indica
da
fora do circuito, a
52 atividade
0 Superego
d o s
quais
a realidade, a
regresso
"s
chega
anulao
retroativa
absoluto.
pensamento
passado.
quando
uma
a
seus
-41-
acontecimentos sao
A
lembrados.
denegao
54
racionalizao,
um
processo
que
Sistematiza
intelectualmente
deformaes da realidade.
coerente
essas
justificar
para
dissimular seu
- ^.-interveno
que s afasta
um
imaginrio, ou
pensamento
pensamento
e intelectuais.
situada alm
caso, a cegueira
imaginario
que
que so agentes
do real os processos
da visibilidade
para estruturar
.do
encobridor
existente,
da
perceptivos
verdade possvel,
No
explicitamente
57
do
imaginao.
realista
defesa psiquica
sofrimento,
ter
uma
e,nesse
~
58
interna,
antigas
percepes,
60
anulando.em parte o esquecimento
No
traumatico.
sua percepo
do
real
-42-
A rejeio de Barbara
murmurava
"the
da
atravs
(p. 318).
que
sua figura
que to intensamente
dedica
Barbara
tender
converse
had supplanted
but
of her
imaginings
in name"
Visto que. no e
was
held
with
que
one
.he
(p. 319).
"a
man
of nervous
imaginings"(p.
31 7)
procura
acidente: de Willowes e
reproduzam,
na
bela
as mesmas
do
consegue
que
se
deformaes que
/
jovem sofrer no incndio;
(p. 319).
Quando a ouve
emite
cair,Uplandtowers
srio
odiosa
Rapidamente
tranca a imagem
alguns
instantes a mesma abre os olhos. Colando seu rosto ao dela sem nada
dizer, leva-a de volta ao quarto, tentando dispersar seus
terrores
responde-lhe
"shuddering,
with
'Now, my
lady,
Um tanto quanto
abalados,
answer
me:
desconcertada,
fixed
on
her
-43-
husband.
'He's
too terrible
aqui a ao do imaginrio
- no,
no!'
cognitivo
Percebemos
anulando em parte a ao do
imaginrio encobridor.
Por
realidade,
reagindo,
figura de Willowes
no passado.
faz
a seguinte
reagira
proposta:
que
(p. 320).
'torturada'
Explicando
por capricho',
para dormir^
Uplandtowers
em
'apenas
mostra
Quando
subitamente
expe
-.para
abrigar
-44-
(p. 321),
"such was
morbid
at his repeated
shuddered,
(p. 321).
fascination
took possession
request,
him to take
A
Uplandtov/ers
ele
convida
insistncia
replica
a dar
que
mais
uma
the strange
curiosity
coisa', e a
Em vista da
it away,
she did
and
of the grisly
of the Countess
again
looked
or it would
exhibition
again,
drive
as she
all
(p. 321)
and,
coverlet,
the while
prxima
continuando o "tratamento"
lay,
the
na
that
begging
senses."
noite,
at
com
que
os
torturas
seu
corao vadio',
cena
se repetia
mente
(p. 320),
como
consideravel-
diferente:
pela
-45-
desagrado
do
conhecimento
iminente."61
de um perigo
"terror",
322).
De
comportamento.
62
complexas
62
comportamento.
"depravada",
(p. 322).
considervel
explodindo em lgrimas',
do ex-marido,
'uma mudana
que
finalmente
(p. 322).
tao
jamais
'nunca sonhar
sequer pensar
capaz de um novo
(p.322)
um nico
'como
casamento'.
comportamento,
could
have
-46-
effected
such
a change
unknown,
(p. 322).
of idiosyncrasy
such
O
cases
learned
physicians
of reactionary
alone
instinct
'.tratamento' de Uplandtowers
are
parece
(p. 322).
surpreendente:
de
crianas em nove
anos,
(pp. 318,323) 0
indivduo
63
perceptivo.
mesmo
Instintivamente,
o ser
que desequilibram
sua
de
suas conseqncias.
Em "Barbara of the House of Grebe", a personagem
consegue
-55-
compatvel, isto ,
pelo
uma
sua
imagem,
outra
Perdendo Willowes a
fantasia:
0 Instinto Estabilizador
em tais
circunstncias,
isto e, quando o objeto afetivo parece
definitivamente perdido, poder criar idias prximas
do
desespero,
uma vez que a resposta
elucidatria
ou
acomodadora,
produzida
pela capacidade
da mente,
muitas vezes se torna difcil de atingir.
Porem,
algumas destas idias sao absorvidas
com certa rapidez, envoltas simuladamente
atravs de
outras
convicoes
anteriormente
adquiridas .pelo
indivduo,
como a religio,
a passividade
ou a
transferencia,
resultando
na respectiva
atenuaao
da dor
por
acentuado
e masoquistico
sentimento
de
renncia.
comum o apego a idia de continuidade
atravs
da
idolatria do objeto, e a introjeao
do s ofrimento
num procs so de rejeio das
proposioes reais,
captadas pelo consciente.
Neste caso, o indivduo
ao invs da idolatria
encontrara
imagens acomodatof
rias em fantasias
e iluses de
mltiplos aspectos,
estabelecendo-se,
de qualquer forma, inc onscienteausencia
mente, o conflito entre o sentimento
pel a
64
do objeto
afetivo...
Freud falou de
'satisfaes substitutivas'
que diminuem
as
Willowes
Barbara
sobre
transfere
nessa
satisfatria.
-48-
poderia manifestar-se
para a
atravs de
uma
prematuramente,
(p. 323
apenas uma
Barbara
equilbrio
emocional.
hardiano,
coincidentemente
na
(p. 323).
Morrendo
no
herdeiro:
"Contrary
the Earl
not marry
again.
brutal
as it was
known,
passed
to expectation,
Such
affection
- seemed
at his death
restabelecer-se
to his nephew
algum. : tempo
as existed
untransferable,
o-
of Uplandtowers
did
in him - strange,
and
the
title,
as
hard,
is
de
E
NOTAS
^F.B. Pinion,
A Hardy Companion
Macmillan Press LTD, 1976), p. 76.
2
(New York,
The
I b i d . , pp. 80,81.
3
4
Ibid., p. 76.
Ibid., p. 542.
5
Charles E. May, "Hardy's Diabolical Dames:
Generic Consideration"
(1974), pp. 307-321.
6
7
Ibid., p. 307.
Ibid., p. 309.
8
Ibid., p. 310.
A velha palavra "Wessex" e aplicavel a uma parte do sul da Inglaterra especificamente, que
tem
sido objeto da preocupao de Thomas Hardy em seus romances
e
contos rsticos.
'Wessex'
foi retomada
pelo autor e transformada segundo as necessidades de seu universo ficcional:
the
horizons and landscapes
of a partly real, partly
dream-country"
H.B. Grimsditch, Character
and Environment
in the Novels
of
Thomas Hardy
(London, Rssel & Russel, 1962), p. 73.
9
May, p. 311.
10
I b i d . , pp.
311,312.
11
Edward Leeson,
The Bedside Thomas Hardy
(New York,
St. Martin's Press, 1976), pp. 296-234 - nfase acrescentada.
Gostaramos
de observar que ao longo de nosso trabalho
as
citaes sero feitas em itlico e viro acompanhadas do numero
da pgina (onde couber), evitando assim, um eventual excesso,
no nmero de notas.
12
Pinion,, pp.
152-161.
13
Citado por Ivar Feijo,
(Curitiba, PAN, 1983).
Como
Func%ona
a Mente
Humana
14
Feijo, pp. 110,111.
A estrutura da vida mental
retomada por Feij, que elimina em parte a terminologia
clnica,
tornando a teoria do psiquismo
um conhecimento
a/
A
>
cessivel.
Ele nos informa que o amago de nosso ser e
formado
pelo obscuro Id, que no tem comunicao direta com o mundo externo e s acessvel,imesmo ao nosso conhecimento, mediante outro
-50I
16
Feijo, p. 51.
17
'
W.E.Houghton, The Victorian Frame
(London, Yale University Press, 1973), 467p.
of
Mind
18
Feijo, p. 61.19
D.R.Pitta, 0 Imaginario
(Recife, Massangana,1984), 123p.
20
Fe i jo, p. 8.1.
21
I b i d . , pp.
e a Simbologia
80-82.
22.
Rouanet, p. " 2 2 .
. '
da
Passagem
23
Rouanet, pp.
24
Ibid., p. 201.
25
26
27
22,23.
Ibid., pp.
122,161,201,123-125.
Feijo, pp.
120,121,131.
I b i d . , p. 137.
28
29
Ibid., p. 61.
Houghton, pp.
30
31
32
33
34
35
282,283.
O Cs
Ibid., p. 38.
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
38,39,49.
Ibid., p. 36
Houghton, pp.
282-284.
Pitta, p. 40.
Feijo, p. 81.
Ibid., p. 80.
Ibid., pp. 80-82.
Ibid., pp. 97,101.
Rouanet, p. 201.
Ibid.,,, p. 122.
-52-
48
'
Rouanet, p. 122.
49
Ibid., p. 165.
50
I b i d . , pv 201.
51
I b i d . , p. 122.
52
I b i d . , p. 123.
Ibid., p. 124.
54
I b i d . , p. 125.
55
I b i d . , p. 128.
Ibid., pp.
57
128,129.
I b i d . , p. 199.
58
I b i d . , p. 200.
59
Ibid., p. 204.
60
I b i d . , p. 226.
61
Feij, p. 120.
62
I b i d . , p. 131.
63
I b i d . , p. 128.
64
I b i d . , p. 133.
65
66
Ibid. , p .. 137 .
V i n i c i u s de Morais, Antologia
Potica
(Rio de
Janeiro, Livraria Jos Olmpio Editora, 1979), p. 98.
- 2?
PARTE
"AN IMAGINATIVE
WOMAN'
-54-
B.
"An Imaginative
Woman"
Sua mscara
projeta
uma
imagem
correta,
adequada e eficiente.
As emoes
cuidadosamente
controladas, os desejos .devidamente-.selecionados ,
os ideais eficientemente adequados,
cumpre
suas
funes.
0 corpo
ferido,
a
sexualidade
reprimida, o corao partido, distribuiu um -amor
contido.
Convive com as vicissitudes sem
saber
como incorpor-las sua histria. 0 sucesso e o
fracasso confundem-se nela, numa sensao
difusa
de inadequao.
Ataca
para
mostrar-se
viva,
defende-se para no morrer.
0 estupor toma conta
de sua alma.
Malvina Muszkat
como
direto
vivncias.
imaginao,
e no ''
imaginative
A pergunta sobre a
0 que dar mulher
ou de sentir-se coerente
com
atitudes?
Como
salvo
inconscientemente,
-55-
conduzir
existencialrnente.
Desde os tempos vitorianos,
seus
Essa
sculos,vm
seno mxima.
justificando plenamente
uma
a mulher
identificou-se
Ligada tarefas
o seu espao
Essa ideologia da
que
discriminatrio
'mulher-sem-logos' tem se
ja
Devassar a individualidade
sensibilssima
a
'realidade'
de Ella, ir at o fundo
significa
social
-56-
i m p l i c a em uma anlise
da formao
The
Victorian
Frame
of Mind.
de estabilidade
Houghton
Desta obra e x t e n s i v a
do
aproveitamos
e sua noes
A p s situarmos as
personagens
and
Desire
exigncias
desire",,
e, desta maneira,
com a
das
afetividades
dos
virtude
Feminina,
seu
as nooes
so apresentadas atravs de
Identidade
aplicada personagem
Muszkat,em
e desenvolvida,
em
que
imaginria",
Cincia
Oculta
dos
retiramos
6
do corpo inanimado" para explorar
e a idia da "sincronicidade"
as
ao
"coincidncias
so investigadas
uma
anlise
A noo da "reciprocidade"
apresentadas em A Razao
as noes de "identificao",
Cativa.
"projeo",
D e s t a obra
mais
que
em
Paulo
retiramos
"imaginao",
"fantasia",
-5 7-
The Game
of the Impossible
apresentadas
e a "quebra
, juntamente
Brooke-Rose em
The Rhetoric
Woman".
10
imaginativa
pela
(p. 154)
De maneira quase despretenciosa, Hardy nos coloca em
"William
filhos:
Victorian
Frame
Houghton aponta o
da
-58-
domstico.
0 lar devia
ser
'moderna',um
e espirituais
os
vi-
Sabers
que havia
"The submissive
for being
honor,
manage
to love,
his household
responsabilidades,
obey
and bring
discutidas
wife
- her
whose
whole
excuse
and to
up his children."
Com
das
estas
completamente
em um trecho de u m a obra
que
the woman's
battle,-
is not for
for sweet
and her
intellect
ordering,
arrangement,
power
contrapartida,
is for
invention
and decision."
rule,
not
or creation,
13
No
for
but
contexto
domsticas
-59-
observamos:
Em outra passagem,
lemos que
(p.162)
A vida interior da
(pp.155,
162),
to be"
"Ella's
life was
(p.171).
lonely
here,
as the
No podemos deixar de
suburban
considerar,
BEFORE FASCINATION,
and presupposed
by it, is
boredom.
Hardy's protagonists
are usually
encountered
at a time when they have
already
committed
themselves
in marriage or in love
but have tired of this commitment.
Like all
men, they live within the coercive context of
nature and society.
They have also
before
the reader meets them chosen one person out
of all the world to be the focus of their
lives.
This relationship
has gone awry,
leaving them in a situation of
exasperated
boredom.
They are encumbered
by a great
reservoir
of unused emotions ready to
precipitate
itself on the first
attractive
person who comes along.
Dissatisfaction
and
ennui have separated
tl^em from
unselfconscious
absorption
in society.
-60-
outras
Observando
In age well-balanoed,
in personal
appearenoe
fairly matched,
and in domestic
requirements
comformable,
in temper this couple
differed,
though even here they did not often clash, he
being equable,' if not limphatic,
and she
decidedly
nervous and sanguine.
It was to
their tastes and fancies,
those
smallest,
greatest particulars
that no common
dominator
could be applied,
(p. 154).
silly"
"sordid
(p.154)
and material"
(p.154).
esposa
considerava
kind
and tolerant
to her"
diferena
era
(p.155).
com
convenincia:
-61-
envolve
como
inconsciente,
\
"em
Estabilizador,
uma
ser
Os acertos e desacertos
A prpria
15
natureza do individuo pode ser apontada como causa."
E
mais:
estabilizar-se
economicamente
poder
opor-se
as presses do Instinto
Estabilizador,
aceitando
imagens distintas
do ideo.l
inconsciente,
cedendo as presses
viciadas
do seu meio-ambiente.
0
desequilibrio
emocional persistir,
resultando
num
exaustivo processo
de
insatisfaao.
Marchmill,
only
if pleasurable
with
an'innocent
romnticamente
with
a duty
yielding
0 ato sexual
and by most
to one's
and joyful
baser
experience."
"was associated
husbands
nature:
26
with
by few,
0 casal
168)., Inquestionavelmente,
segredo,
by
necessary
therefore,
Marchmill,
(pp.154,
155,
de
-62-
(p.155).
bright
persons
of heart-ache
sometimes
criatura
and
liquid
of Ella's
sparkle
cast
to the possessor
to herself."
(p.155
in "each pupil
of soul,
's male
- nfase
conserva'
and
which
is too often
friends,
ultimately
acrescentada)*
incapacidade
Dentro do captulo
pelo
temos
passagem:
A complexidade
que envolve -nossa
afetividade
vai muitssimo
alem de um simples
comportamento
-, instintivo
sexuo.l- e. procriativo.
Do mesmo mo.do
que se buscam imagens para atenuar o
desequilibrio
do homem perante as questes
de
sua adaptaao
ao meio-ambiente
o
individuo,
frustrado
em suas relaes
afetivas,
. . .
instintivamente
buscara resposta as suas
indagaes,
decorrentes
de um estado de
insatisfao,
at enconti'ar a qwe-melhor
o
satisfaa,
mesmo que momentaneamente
;
pois
em geral, a resposta
obtida, por nao
devolver
de imediato o objeto afetivo sera
substituda
por imagens, quando esta ou aquela ^esgota sua
capacidade
de -manter o .equilbrio.
uma
Notavelmente
descritas
e suscetivel as paixes,
E conforme demonstra o
-63-
""
qual nao e alvo por imagens.
imagens
defesa,
bastante
esto
e comea
maneira:
"by an inner
was proceeding
flame
around
which
deste
of
conscious
estranho
fascnio
desconcertada.
demonstra
Oferece tambm um
latente
no
Miller
chama
"mediated
esta
fixao
19
desire",
dessa
mediao':
-64-
'mediao' , a 'existncia de um
terceiro
0 climax de todas
admite para
to escape
then
from
falida
"equality
arrangements
alguma,
razes
was
a far
existing
an unhappy
between
marriage
the social
husband
was
and
and wife;
almost
revela
legal
and
liberty
20
impossible".
tende a reprimir'seus
exteriorizam
-65-
teoria da
Percebendo-se
desligada emocionalmente
do marido,
elimina
Mergulha ento, em
na
em
social:
... manifesta
um carater
subdesenvolvido,
infantil ou primitivo : em vez de sede de
conhecimento,
curiosidade;
em vez de
julgamento,
preconceito ; em vez de pensamento,
imag^aao
ou fantasia;
em vez de vontade,
desejo.
Deparamo-nos aqui,
influenciada por
-66-
evidenciar.
realidade,
delineiam
distncia acaba sendo a fonte do desejo, que age como uma energia
24
que tenta transformar a distancia em proximidade.
Desta
forma,
visto
que nunca consegue um contato com o poeta, apesar das suas avidas
tentativas\
Tais tentativas,
172) 0
de preencher
maneira:
- The experience
of an "emotional
void"
within,
a distance of oneself from oneself,
drives
his characters
to seek possession
of another
person.
To possess to beloved would be to
replace separation
\y presence,
emptiness
by
a substantial
self ^
"emotional
void
within",
Ella
Malvina Muszkat
desenvolve
26
precisamente essa idia da perda ou troca de identidade.
No
No
-67-
ou seja, atravs da
termos,
(p.159)
A idia
da
evidncias
pseudnimo masculino
(p.158).
Por coincidncia,
um
incident
it simultaneously
note upon
prompted
reported
of them
them
had,
in the daily
as an inspiration,
the coincideyice,
to give
"Both
and
that
together
(p.158)
a woman
and
been
had
remarking
the excellence
struck
used
in a
of both
poems
acrescentada)*
otherwise-
John
assinatura de Trewe,
question
papers,
the editor
in fact,
que
of sex,
"who, with
had never
" (p.158)*
once
Prosseque
To be sure,
Mrs.
a man's
unsusceptibility
thought
of passing
himself
Hardy:
Marchmill
had
satisfied
on
a
the
off as
-68-
Feminina,
preconceituosa..
determinados
envy .. Ella
poet's
work,
lines.
She
would
send
' _ Marchmill
so much
stronger
had imitated
her
had
into fits
him,
often
and often
as it always
and
her
"with
was
inability
of despondency.."
apenas
da
sad and
scanned, the
than
her own
to touch
(p.159). Essa
hopeless
rival
feeble
his
level
depresso
fazer o mesmo:
porm,
de Robert Trev/e,
Her
eyes
always
grew
wet when
she
thought
-69-
ser
Quanto
as she knew
her own;
"She knew
they
were,
(p.167
his
thoughts
in fact,
- nfase
and
the
self-same
acrescentada),
de exercer livremente
feelings
manifesta-se
teria a
com
-70-
status social.
masculina, inconscientemente
costs
volume;
dead
of publication;
but nobody
in a fortnight
"A ruinous
a *few reviews
talked
'noticed
of it, nobody
- if it had
ever
been
Sente-se
charge
her
was
poor
falhasse,
se ambos possuiam o
visto
fracassara.
.'
se
de
em
ideal:
-71-
"realidade
que
(em oposio ao
mtico
32
de Platao), coexistindo na sua "alteridade", e cuja
realidade
interpessoal
32
mesmo.
Essa identificao de
si mesmo, so existe
de
si
atravs do
momento
32
existencia.
que
identificar-
Conseqente-
mente, as dimenses do
'princpio da reciprocidade',
pressupe
reciprocidade,
alteridade
ou
como "possibilidade"
at mesmo na maneira
At saber da presena
como
do
-72-
no
iden-
"identificao
33
defensiva".
cao
ticas
que
que
um homem desconhecido.
entrega-se voluntariamente
elementos
Por
interior-
de
realidade.
"atividade
psquicos
imaginrio.
ou
fantasia
(p. 162)
'princpio do prazer',
De natureza complexa,
teorias,
trs
-73-
qual
38
Na
expressada:
Em um contexto
um ato de.criao
de
falso
pensamento,
conseqentemente,
psquicos.
deformaria a realidade
Segundo Rouanet, e
em
[ o sujeito J
no consegue
adapta o mundo
preso
adaptar
exterior
-74-
39
ao seu pensamento", ou seja, cria "uma ponte"
entre o possivel
e o impossvel.
A causa apontada por Rouanet para a gerao
deste
isolamento,
'isolados'
Recolhida ao
(p. 164)
how plain-looking
they
their
at
being
father".
in some
the portrait
lock of hair
in her bosom,
then
like
of disgust
de
drawer;
Comea a
passando a v-los
sense
were,
seu
whence
and
secured
nook"
it and
(p. 177).
it in her
she drew
unobserved
kissed
private
ribb.on and
it every
now
Ella reage :
she
put
and
'He's dead!'
da
murmured.
'Who?'
'I dont want to tell you, Will,just
unless you insist!'
she said, a sob
heavy in her voice.
now,
hanging
I will
tell
que
-75-
e os
fragmentos
conclui
que
did
she get
to know
him?
What
sly animals
women
are!"
the
prostrada
indignao,
reticente:
did not
answer.
insult
me,
"Ella
Will
been
called
pining.
have
to undergo
that apparently
The
time
the stress
did not
' (p.
seemed
between
to be
mood,
only
might
approaching
when
to raise
her
for
(p. 177).
too
almost
she
have
would
a fourth-time
spirits
him,
179).
which
of childbirth
tend
you and
" (p.
and
179).
certeza de
0 individuo
atingir
a satisfaao
com
a
idia captada de que o objeto de seu afeto o
abandonou,
porque foi cometida esta ou aquela
aao, da qual esta arrependido.
Mas,
a
-76-
sua
Mais explicitamente,
a
sua
esta 4?
se
apresenta.
Assim, ocorre a
do sobrenatural.
Segundo W . R .
na qual o poder de um 42
ser exercido sem que este
presente fisicamente.
e reaes
de Ella.
poder
which
up hastily
by the
the blue-grey
had come
dawn
esteja
light
to him
mesmo
sobre as emooes
do
sobrenatural
Ella conhece
aposentos e "spirit -
in the dead
of the moon,
the rays
of night...
of the
lamp,
written
in
em versos:
-77-
Aps o suicdio de Trewe, nesta transcendncia que a personagem mergulha, sacramentando uma relao possvel na abstrao
que culmina com a fuso dos seres em um espao potico
168-, 172).
um grupo
leis da
( pp.
de imagens
Passa
deia
as
'possibilidade':
All possibilities
were over, the meeting
was stultified.
Yet it was almost visible to
her in her fantasy
even now, though it could
never be substantiated
'The hour
Which
which
man's
Yet whereof
might
have been,y et it
might not be,
and woman's heart
conceived
and bore,
life was barren
' (p. 176).
do
(p. 157).
estudos
'desejo'
of
Subversion.
dife-
do
definido-..
Para explicar
as
social do "eu".
um
'motivo' na literatura, u m a m e t f o r a da p r o d u o de
outros
eus.
espao
estabelece um
radicais.
maneira:
r
... a special representation
of an
intuition
that our being can never be enclosed
within
any present formulation
- any
formulation
here and now - of our
being.
Rosemary J a c k s o n ,
distncia e a diferena,
oferecendo m e t a m o r f o s e s
est em conformidade
transformado,
sugerindo a - instabilidade
de um eu em um Outro.
do real e
[ Este
pensamento
com a t e o r i a f r e u d i a n a da "fase do
imagens do eu em
o espelho prove v e r s e s do eu
estudo
e formao do Ego.
espelho"
Tal
dualis
imaginrio,
Brooke-Rose
sobre a estruturao da n a r r a t i v a n a L i t e r a t u r a do
46
o 'duplo' teria diferentes funes:
(1) prtica
que deve ser
Fantstico,
evacuada;
(2) metafsica
por conferir a ela outro
(3) fantsmica
- fazer a realidade m e n o s
"deficiente"
significado;
em
-79-
Percebemos as funes do
da fragmentao do eu de Ella
indica um
simbologia do espelho,
sintoma
scio-culturais
insa-
emocional,
condies.
"algum
fato
de
fi-
Dessa maneira,
'pessimista'.
Complementando,
feminino?^
a considerar a simbologia
do
Brookedo
mtico. 4
Essa
lembra
identificao
-80-
Weltanschauung,
Diz Sicuteri:
carter
"o aspecto
smbolo da afetividade
sublimada.
Eis a necessidade
interpretativos da vida.
pessoas sensveis
imagem
se choca nos
inslito
conflitos
como
com.
de realizar um Feminino
a vida. Isso
simblicos da afetividade":
se d por
importantes no horoscopo.
assume em
com
superior,
Podemos
aproxi-
do
representa a sensualidade
causa
a subjetividade,
em
atravs
ou
da
Paul Re
(o duplo masculino de N i e t z s c h e )
a necessidade
de
ft
50
viver o erotismo no 'triangulo', ou seja: Nietzsche-Ree e Lou.
A instintividade
o pensamento,
corpreo
que temos
a abstrao,
entre Nietzsche
na estria de Ella.
0 amor se torna
identificvel
encontrar Trewe
desta
maneira,
devaneio pode
Dizemos
e a expresso
comparao:
abstraao.
e na e x p e c t a t i v a de v-lo,
similar ao
a mente,
inspirada
bastante
Colocamos
lado a lado
para
ELLA
SALOMO
'Behold, he standeth
our wall;
he looked forth
showing himself
latticef
And
at the
through
the rain
is over
the flowers
behind
appear
windows
the
is
and
through
the
lattices...
the downpour
itself
has gone its way.
gone,
on
gazing
standing
past,
Blossoms
xappeared
earth,
season
is
is
over,it
themselves
have
in the land,
(p.
trimming
172)
(Can.3:9),
similar.
A semelhana propositada entre os dois textos
da afeio de Ella,
was
not for
Percebemos
(p.
que
e a f
God. and
da
that
176)
evidencias
est
-82-
Tais
Para que
A projeo
se origina em certas
configuraes
externas,
[a realidade
exterior comanda o processo
em sua origem
e em seu resultado]
e as refora,
no
momento em que se consuma a
extroversao
dos contedos
internos.
... Mas ao mesmo
tempo que inibe a percepo
interna,
ela
coloca fora de circuito a
percepo
externa, atravs de uma
visibilidade
perversa,
que resulta numa
realidade
delirante,
constituda
pelo
deslocamento
para o exterior dos contedos
do Id.
^
'delira',
palavras so
"I wanted
a fuller
than another
lover"
(p.180),
appreciator,
perhaps,
em
rather
traduziam
esposa
-83-
filho
fora concebido:
face
was
sat,, as the
of the same
and peculiar
transmitted,
hue"
upon
expression
the
child's,
(p.181).
pressente,
de uma
viso
supra-sensorial
"cognio
apresentado
superior) em
conceito diferente de
Steiner aponta
um
Como
e s s e
mediant
ou
a
e s t a d o
o
d e s p e r t a d o
a p r o fundament
" i m a g i n o . o e s " ,
e s s e
e s t a d o
de
o
mundo
em
que
c o n s c i n c i a
na
ser
alma
s m b o l o s
c o r r e s p o n d e
s u p e r i o r
destas
fantasia
duvidosos.
53
'fantasia'.
cincia
conforme
Os versos de Ella
(p.158).
Algum
tempo
se
Steiner
- s o b r e o carter da cien-
cia oculta:
A considerao
do mundo visivel faz
evidentemente
surgirem enigmas que nao
podem ser resolvidos
pelos fatos
desse
mesmo mundo; eles ficarao
insoluveis
seja qual for o progresso
no
conhecimento
desses fenmenos,
pois os fatos
visveis
mostram claramente,
pela sua
propria
natureza. tintima, a existncia
de um mundo
oculto.
espiritual"
-85-
(p.168)
"permeated
by his spirit
as by an
No
no
do corpo
inanimado,
"animismo".
sensorial.
Dessa
forma, o pensamento
justifique
uma
falsificao interna.
de Ella, Will
expele
Seu pensamento
inverte as
relaes
fatores
justas.
"
as
opinies
caracteristico
Fantastico.
intermediaria
Tentando encontrar a
0 escritor percebe
necessidade
de explorar o "fantstico
interior" latente em
cada
ser humano,
corrompido
aps a revoluo
intelectual do
*
F\ r\
'
- r s ,
sculo XVIII.
Alem disso, estuda as aes aparentemente
-86-
ligaes
possivel.
um
totalidade:
homem
61
da
linear poderia
possibilitariam
futuros
acontecimentos.
Afirma o escritor, que talvez exista um ponto
62
N
no homem no qual toda a realidade
possa ser pressentida.
Esta hiptese delirante contrabalanada pela
6-3
sincronicidade"onde
"doutrina
descobrimos os aspectos
da
fantsticos
da realidade:
no. causais
acontecimentos
de Jung e Pauli.
Para ambos,
das
-..de
compreenso.
de morte so uma
ou um
"fenmeno
apenas
-8 7-
NOTAS
1
W.E.Houghton,
The Victorian Frame
Yale University Press, 1973), pp. 343,344.
of
Mind
(London-,
2
Expresso de J. Hillis Miller,
Distance
(London, Oxford University Press, 1970), 282p.
3
Ivar Feijo,
Como
.
Funciona
.
a Mente
Humana
and
Desire
(Curitiba,
PAN, 1983)
4
Zelita Seabra e Malvina Muszkat,
Identidade
Feminina
(Petrpolis, Vozes, 1985), 79p.
Visto que abordamos a teoria
de Malvina Muszkat nesta parte de nosso estudo, por hora, vamos
nos referir apenas a Malvina Muszkat em nossas notas.
5
Roberto Sicuteri, Lilith: a Lua Negra
(Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1985), 211p.
6
0 Despertar
dos
(Sao Paulo, DIFEL,
8
Ibid., p. 227; Gustav Jahoda,
A Psicologia
da Superstio
(Rio de janeiro, Paz e Terra, 1978), pp. 131-134.
9
~
Sergio Paulo Rouanet,
A Razao Cativa
(Sao Paulo,
Brasiliense, 1985),
316p.
10
W.R.Irwing,
The Game of the Impossible
(London,
University of Illinois Press, 1976), 215p.; Rosemary Jackson,
Fantasy: the Literature
of Subversion
(London, Methuen, 1981),
209p.;
Christine Brooke-Rose,
The Rhetoric
of the Unreal:
studies in narrative
and structure,
specially
of the
Fantastic
(Cambridge University Press, 1981), 446p.
1
H o u g h t o n , pp.. 343,344.:.
12
I b i d . , p. 348.
13
I b i d . , p. 350.
14
M i l l e r , p. 115.
'
15 .
Feijo, p. 138.
16
Houghton, p. -353.
-88-
17
Feijo, p. 136.18
Roberto Sicuteri define "imagem" da seguinte maneira: "Concepo proveniente da linguagem potica, como imagem
fantstica
que se refere s v.ezes s indiretamente percepo do objeto externo. Deve ser considerada como uma produo
de atividade fantstica e no cmo substituta da realidade
concreta" p. 209.
C.Hugh Holman vai mais longe: " O r i g i n a l l y a
sculptured
, cast, or modeled representation
of a person;
even
in its most sophisticated
critical usage, this
fundamental
meaning is still present,
in that an 'image' is a literal
and
concrete representation
of a sensory experience
or of an object
that can be known by one or more of the senses. It
functions,
as I.A. Richards
has pointed out, by representing
a
sensation
through the process of being a 'relict ' of an already
known
sensation."
Citado por C.Hugh Holman,
A Handbook
to
Literature
(New York,Odyssey,1972), p. 263.
19
Miller, p. : 125.' :.. '-
20
Houghton, '-p'i1 =361. 0 0 J-
21
Muszkat-, p. 14.
22
(New York,
Animus
and
Anima
23
. .
.
, . 1
Muszkat, pp. 13,14. "-- '-
..24 ^ .;.-..,
...
Miller, pp. xii, xii i.
.......
"
Ibid., p. xiii.
26
Muszkat, p. 15.
27
28
'
Citado por Feij, p. 134.
I b i d . , p. 137.
29
0 conceito de 'masculino' e 'feminino' so
pode
ser compreendido quando colocamos os dois termos lado a lado
e os comparamos.
Jung postulou o desenvolvimento psicolgico
da mulher por analogia ao desenvolvimento psicolgico do homem.
Quando referia-se mulher, falava de 'Animus' e quando falava
em homem, 'Anima'. Ao descrever o carter compensatorio em
relao conscincia de Anima na cultura, a definiu como
o
'princpio feminino no homem'.
Por extenso, "teramos"
que
entender o Animus como uma disposio compensatoria, oposta
natureza da conscincia:'o princpio masculino na mulher.'
Contudo, se o fizermos, estaremos tomando por verdade cientifica o preconceito de um determinado momento cultural. Em outras palavras, no queremos estabelecer generalizaes sobre
afirmaes de senso comum, confundindo um "tipo" de homem ou
'
Malvina Muszkat revela que reciprocar e o ato de
dar e receber em troca. Atravs da reciprocidade poderemos
entender a riqueza e totalidade do ser. Podemos devolver ao
homem sua condio essencial: a da realidade interpessoal no
como uma conseqncia, mas como origem e condio do ser...
"se" soubermos como!
p. 19.
32
Malvina Muszkat define a 'alteridade' como
a
"qualidade de ser - com - o - outro." Carlos Byington utilizou
o termo para definir um dinamismo de conscincia pos-pa.triarcal: "Denominei-o padro de alteridade (alter = outro) porque
nele a conscincia se torna capaz, pela primeira vez, de perceber o Outro como a si mesma, ao mesmo tempo em que se percebe e ao outro como expresso do todo. Alteridade no e simplesmente um padro igualitrio de relacionamento do Eu
com
o Outro isoladamente, mas do Eu com o Outro relacionados sig-,
nificativamente, ou seja, conscientemente, dentro do processo
de transformao do todo".
p. 19.
Percebemos a maneira como
Byington define a alteridade como sendo o relacionamento
do
Eu com o Outro relacionado 'conscientemente', o que exclui
Ella
do processo, visto que a mesma no supera sua unilateralidade. Sua fantasia com o poeta completamente vivida isoladamente .
33
Rouanet, p. 218.
. :. . .
34
Ibid., p. 221.
No periodo renascentista a 'imaginao' era oposta razo e considerada como um meio pelo
qual as concepes poticas e religiosas poderiam ser atingidas e apreciadas;
no perodo neo-clssico, era a faculdade
-90-
pela qual as imagens eram evocadas, e era associada co processo pelo qual a imitao da natureza acontecia;
no sculo XVIII
a imaginao era concebida como um processo que afetava as
paixes e formava seu prprio mundo de beleza, uma
iluso potica que servia para produzir prazer imediato. Os crticos Romnticos conceberam a imaginao como um dos poderes da mente
que permitia ao artista ver a identidade da verdade e da beleza. Estas concepes de imaginao necessitaram de uma diferenciao entre
imagination
e fancy, o que foi feito
por
Coleridge. 0 poeta chamou a imaginao de"' shaping
n>J. and
modifying
.-. power ... a 'shaping'
and ordering power".
Fancy
C que no tem um correspondente perfeito em portugus J seria
"the aggregative
and associative
power ... a mode of
memory
emancipated
from the order of time and space". Coleridge nunca diferiu os dois processos de maneira satisfatria, mas Leslie
Stephen tentou: "FANCY deals with the superficial
resemblances,
and IMAGINATION
with the deeper truths that underlie
them".
C.Hugh Holman, pp. 265,266.
Na Frana, Baudelaire afirmava
ser a- imaginao o instrumento da alma "para lanar uma luz
mgica e sobrenatural sobre a escurido natural das coisas".
Afirmou que ela "uma faculdade quase divina, que percebe de
pronto ... as relaes ntimas e secretas das coisas,
as
correspondncias e s analogias."
Catherine Crowe.usa
a
distino de Coleridge: "Uma imaginao construtiva, que e
uma funo
muito superior ( fantasia) e que ... sustenta
uma relao distante com aquele sublime poder pelo qual
o
Criador projeta, cria e sustenta seu universo." E.S. Dallas,
famoso crtico vitoriano, afirmou que a imaginao e a "casa
do prazer", o pas dos sonhos e da beatitude. Citado
por
Ren Wellek,
Histria da Critica Moderna
(So Paulo, Herder,.
1972), pp. 139,419,420.
Percebemos que os conceitos variam,
mas todos visam a mesma idia bsica: a imaginao e outro
cosmo que transforma.
35_ .
Sicuteri, p . 208 .;
:. .
36
Ainda que muitas vezes seja confundida com imaginao, a fantasia designa uma ruptura com a realidade. C.Hugh
Holman, 'p. 219. 'A fantasia a "emanao da atividade criado-'
ra do. esprito que evidencia uma combinao de,; elementos 'psquicos
carregados de energia.
A fantasia pode ser um fantasma,
isto , um complexo de representaes bem distinto sem correspondncia na atividade imaginativa, expresso direta da atividade psquica vital em forma de imagens e smbolos".
Citado
por Sicuteri',."p . 208.
37
Rouanet, p .- 183.
38
39
40
'
W.R. Irwing, p. 5.
~
Expresso usada por
Ibid., p. 184.
'.
-91-
41
~
42
Ibid., pp.
'
87,88.
46
'
'
0 'duplo' e estudado por Christine Brooke-Rose de
forma bastante extensiva.
Em nosso
trabalho, apresentamos
uma sntese de
suas funes, (p. 5 )
.< .
47
'
Falamos em identidade
ate esse ponto de nosso estudo sem
conceitu-la no corpo do trabalho. Isso acontece,
segundo nos parece, porque s com Ella esse conceito se fez
necessrio em frente sua problemtica da 'identificao'.
Identidade o "fenmeno inconsciente que determina, como sinnimo, a conscincia de si como entidade distinguivel
de
todas as outras"; 'identificao' o "processo psicolgico
inconsciente no qual a pessoa funde ou confunde a prpria.
identidade
em ou qualquer outra pessoa, assumindo-lhe a identidade parcial ou total, substituindo-a prpria."
Citado
por Roberto Sicuteri, p. 209.
48
0 "principio feminino", nao podemos nos esquecer,
implica nos
atributos de Anima e Animus no pensamento mtico.
49
Segundo Jung, no inconsciente de cada homem
existe um elemento feminino que nos sonhos personificado por
figuras ou imagens femininas.
Anima
uma palavra de origem
latina que significa tambm "sopro vital" que tem funo
de
"animar".
As imagens da Anima variam e podem ser projetadas
pelo homem sobre uma ou mais mulheres reais. Roberto Sicuteri
esboa as fontes da Anima: " alm da influncia materna, a
imagem herdada, como idia de mulher prpria de uma raa. Manifestao tpica desta figura a animosidade
que produz
estados de nimo ilgicos.
A Anima faz parte do par supremo
de opostos. A realizao da Anima .leva "harmonia individual,
Em contrapartida, Animus o elemento masculino no inconsciente de cada mulher.
Exprime um processo semelhante quele descrito para a Anima: " tem funo e valor
correspondente
a
Anima na dinmica da
relao dos opostos. 0 processo de individuao para a mulher passa pelo reconhecimento e a realizao do prprio Animus."
Citado por Sicuteri ,.'. p. 207,.
40
lbid., p. 193.
-92-
51
~
Expresso empregada por Rouanet, ..p;-168.
. :.
. :. .
52
- ,
A 'projeo' e um mecanismo de defesa que permite
atribuir a qualquer um no prprio ambiente, sentimentos para
consigo mesmo que derivam de objetos que so incorporados
no
exterior.
Na projeo, transfere-se para outras pessoas contedos penosos e incompatveis
ou "valores reprimidos subjetivamente inacessveis". Sicuteri, p. 210'
53
Steiner, p. 161. , :..:.,
Ibid., p. 6.
55
'
'
Ibid., p. 14.
0 animismo e o . sistema filosofico
que considera a alma o principio de todos os fenmenos vitais.
Stahl reuniu as muitas idias que se espalhavam sobre o assunto e formou uma doutrina. Segundo ' ele, "o., princpio vital
a alma pensante e a vida no est sujeita nem s leis do movimento, nem a um sistema de combinaoes simples." A alma racional, nica que compe o homem, est unida ao seu corpo e manifesta-se atravs de rgos do corpo, instrumentos
de que
a alma se utiliza.
Enciclopdia
Universal
(So Paulo,EPB,
1969), p. 276.
56
Freud retomou o animismo e o postulou como um
exemplo de intelectualizao.
Afirmou que ele esta sob a influncia da projeo,'concebida como defesa
do
pensamento.
A
projeo animista a extroverso de um conhecimento.
Rouanet,- p.. 185.
':;..
--57 Ibid., pp. 16,17.
58
Pauwels, p...145.
59
.. . :
.. : .
Ibid., p. 344.
cn
Ibid., p. 345.
C <1
Ibid., pp.
232,413.
"Ibid., p. 350.
63
I b i d . , p. 362.
64
Ibid., p. 227.
Jung revelou que ha esferas "fora
do rein da causalidade", e dentre elas a sincronicidade se
destaca.
A ocorrncia de fenmenos sincronisticos relaciona-se
com a ativao de arqutipos ( a manifestao do arqutipo
que se revela como o significado ou sentido
nesses eventos )
de modo que temos um vnculo no-causal entre a psique e o mundo fsico.
De acordo com Jung, fatos sincronisticos so inexplicveis porque a causa no sequer concebivel em termos
-93-
intelectuais.
Gustav Jahoda,
(Rio de j a n e i r o , Paz e Terra,
A Psicologia
da
Superstio
1978), pp. 131-134.
- J?
THE
PARTE
FIDDLER
ON THE
REELS"
-95-
C.
de
emocional
conhecer.
configurao
da realidade.
"The Fiddler on the Reels" ilustra a delicadeza,
das
oomo
.
1
provocado pela chegada de um estranho no cenrio da estria.
Segundo J. Hillis Miller, a estrutura temporal - do conto
~
2
determinada pela oposio entre
'presena' e 'ausncia'.
Os
Esta viso
retornando
retrospectiva
personagens
em
"it goes
a long detour,
of the real
reality
words
away
and what
reality
or try to reveal
by means
by way
from
name
to return
the otherwise
of the fictive.
of the imaginary,
words
to try
or create. "
invisible
It attempts
to close
to it by
the gap
to
nature
reach
between
-96-
.do
Companion
em
J.
e a exploramos no conto.
Estudamos
Dicionrio
de smbolos
Dicionrio
de Agouros
Distance
and
Desire,
love"
de
presente no conflito.
Em Feitiaria
buscamos um conceito de
e Artes
Mgicas
de Alan
Landsburg
'mau-olhado'
os
Cativa,
em
intromisses
aplicados ao conto.
Importantes tambm, so os estudos de Alice
e Ruth Couch sobre a 'mulher fatal' e os elementos
Chilbin
que
and Environment,
and dancing
em
do Fogo
sobre a transformao
que
alcoolismo.
so uma fascinaao
irresistivel..
(ou Wat)
-97-
Essa
sem
atrao
~
ao sexo oposto, e incapaz de reaao.
Desta maneira, vem luz
encantada
teria
Magazine
5
de
Esta
feitas
London
existe
por conflitos^
Em "The Fiddler on the Reels",
situao
j" , esta situa
nos e apresentada por esta Great
simples,
industrializao.
He was a_woman's
man, they said,
supremely
so - externally
little else
To men he was not attractive ; perhaps a
little repulsive
at times.
Musician,
dandy, and company-man
in practice ;
veteririary surgeon in theory, he lodged
awhile in Mellstock
village, coming
from
nobody knew where; though some said his
-98-
first appearance
in this neighbour
hood had been as fiddle-player
in a
show at Greenhill
Fair.
Many a worthy villager
envved him
his power over unsophisticated
maidenhood
- a power which seemed sometimes
to have
a touch of the
weird and wizardly
in. it
(pp. 347, 348).
incerto,
Como o ttulo
msica:
His fiddling
possibly
had. the most to
do with the fascination
he exercised,
for,
to speak fairly, it could claim for itself
a most peculiar
and personal quality,
like
that .in a moving preacher.
There were in
it which bred the immediate
conviction
that
indolence
and averseness
to
systematic
application
were all that lay between
'Mop'
and the career of a second
Paganini.
While playing he invariably
closed his
eyes; using no notes, and, as it were,
allowing
the violin to wander on at will
into the most plaintive
passages
ever heard
by rustic, man.
There was a certain
lingual
character
in the supplicatory
expressions
he produced,
which would wellnigh
have drawn
an ache from the heart of a gate-post.
He
could make any child in the parish, who was
at all sensitive
to music, burst into t-ears.
in a few minutes by simply fiddling
one
of the old dance-tunes
he almost
entirely
affected.
(p. 348).
De acordo com
-99-
bastante
Sua
similar
Da estria do
significativas.
revela
csmico
revela-nos o mesmo
que
"Nesse
Cirlot,"deve-se:
freqncia
Tal simbolismo,
portanto,
suarepresentao
esprito
10
popular.
de
que apenas
uns breves compassos - antes
10
voltar a inicial".
de
escreve
ou
fantstica:
Tambm se considera
aziago um msico
conservar
um violino em casa, se ningum
da familia o toca.
Embora isto figure
na categoria
das supersties,
existe
certa sensatez na crena, porquanto
um
violino - sobretudo
de boa qualidade
deteriora-se
e fica desafinado
seno e
utilizado
com regularidade.
Ha
igualmente
algumas composioes
consideradas
de mau
agouro, e muitos msicos e cantores
pensam
na
-100-
all fantastical"
Dewy:
Cirlot,quanto
desconcertante,
seno malfico.
0 narrador
"specially young
organization"
women
deve
sobre
of fragile
and
da
(p. 349).
-101-
outside
himself, as the children
were
12
entranced
by the Pied Piper of Hamelin.
trabalha
denomina mediated
love / e m
sua anlise.-
um tipo
especial
elemento
Em "The Fiddler on
ilustrada pela
atrao
0 crtico
parfraseia
to the
destroy
to helpless
His response
tears.
than a reaction
It is also
have
self
reaction
the tune
or who
that
beauty
to other
play
it".
was
music
control,
to music,
to the objective
a mediated
invented
his
world
"Hardy
so
could
and reduce
however,
is
of a moving
people,
12
draw
him
more
melody.
those
who
defect
peevishness
"pretty,
invocating,
as a companion
now and
maneira.bastante
then"
with
(p. 349)
Isso interessante,
weak-mouthed
her
sex was
the aching
era influenciada
of the
whose
a tendency
curiosa:
Presently
girl,
heart
pois,
de
to
-102-
seized simultaneously
with a wild
desire to glide airily in the mazes
,of an infinite dan.c.e. ,T.o shake off
the fascination
she resolved to go
on, although
it would be necessary /..v
to pass him as he played. On
stealthily
glancing ahead at the performer,
she
found to her relief that his eyes were
closed in abandonment
to
instrumentation,
and she strode on boldly.
But when
closer her step grew timid, her tread
convulsed
itself more and more
accordantly
with the time of the melody, till she
very nearly danced along,
(p.349).
de um processo.
corporificada
onde
~
13
a (o) bailarina
De acordo com
estabelece
ento,
a- " magia
branca ". -4
sua
Dela
Landsburg,
da
aconteceu.
destruidores
-103-
accepted
form of behavior.
In
dancing
the uncontrolled
tears and the lax
flowing
out of the soul into the world
are turned into the controlled
expression
of art.
This art is a way of being
involved
in the world and of responding
to it without
being swallowed
up by it.
It holds
things
at a distance
and limittes
in another
pattern
the objective
patterns
in the
outside world which have held his
attention
through their power to generate
an
emotional
fascination.
Such an art is at once a
reaction
to the external
world, and a
protection
against
it.
It is a
transformation
of the reaction
i-X^o a shape which
imitates
it at a
distance.
que
corresponderia a uma
existencial.
soul
Uli
you felt
to cling
out
to",
Ollamoor,
easily
hurt
lovemaking
"could
of your
as
body
like
at more
the fiddle
a spider's
and
not resist
so as to
thread,
yearned
a little
as an interlude
ford"
(pp.
between
350,
frustraes
entusiasmo
Playing
he
'olhares'.
invariably
closed
ao
by play
his more
encantamento
with
her
serious
3 51).
did
something
draw
as Mop
for
"could
heart,
Sua falta da
not play
limp as withywind
(p. 351)
que
(p.351).
revelam
descontentamento
e deficincias emocionais
seu
que
auto-traio.
A p l i c a d a Carol'ne,
posicionamento
sem
eyes"
(p.348).
redor
"while
Quando
too
-204-
(p. 249).
abandonment
Sabemos que
to instrumentation
"his eyes
(p. 249)
immediately
was open,
quizzing
(pp. 349,
350).
opposite,
her as she
"she was
were
closed
enquanto
"Gaining
she saw that
smiled
listening,
at her
in
jovem
another
one
temos
glance
of his
emotional
as
eyes
state"
o clmax de
escreve:
Poder, efetivamente,
uma pessoa
emitir
encantamentos,
apenas pelo simples
fato
de fitar outra?
Nao no sentido
aceito
pelos que acreditam
no mau olhado.
Mas
provocando
uma profunda
impresso
sobre
outro ser humano, para
ser
seguida,
posteriormente,
por outros
meios
de
contato, isso sim, e possvel
atravs
dos olhos, r- Ocasionalmente,
um
individuo
de vontade fraca pode ser
presa
de
"encantamentos"
provocados
por
olhares
hipnoticos
ou mesmo ser hipnotizado,
em
toda a acepao da palavra.
E aqui, uma
vez mais, eu suspeito da
existncia
de
uma iyiconsciente necessidade
de
ser^
dominado pelo portador
do mau
olhado.
adoecer 1
apenas porque
'psicossomaticamente
induzida'.
apenas
classificada
'influncias malignas'
apenas
por
os
pensamentos
positivos
repeliro .quaisquer
16
pensamentos destrutivos.
Segundo Landsburg,
a pessoa
que
lana encantamento precisa acreditar em sua eficincia
neurti-
Contudo,
17
realidade.
"predisposta ao encanta-
s sabendo
seus velhos
in London
"the fourth
was
the year
year
of his huge
exampled
history,
era of great
industries"'(p
hope
and activity
3 52).
Nessa
amigos,
si
0 narrador
do
of his residence
glass-house,
he worked
among
perde
para
of the Hyde-Park
ano
Exhibition,
then
daily.
un-
It was
the nations
'era de grande
as
an
and
esperana',
desculpando
(p. 353),
de
-106-
so
'modernismo'.
18
negativa
levado
of psychic
in an unmapped
dislocation'and
no man's
land
alienation
between
two
worlds".
of
wandering
19
modernizada
ritmo e estilo
diferentes,
alienao,
conforme
salienta o narrador:
ltimos
20
Referindo-se
Paulo
da distoro
'
social
e a
asssim o seu
-107-
poder."
20
uma
transcendente
ao mundo,
ele
que
questionamento,
agreement
that
to forgive
Heaven
had
her,
sent
him
se
"Thus,
he tacitly
without
acquiesced
(a despeito
Carol'ne
lhe
dissera
(p. 355).
acon-
Miller analisa
passage
followed
stands
alone
in the
text
up in the narrative,
the relation
Mop
has never
between
Mop
and
of the story.
but remains
Caroline.
straightf'orwardly
oriented
"This
It is
not
as an emblem
Carol'ne's
toward
of
love
him,
hut
for
-108-
has been
glances.
reflection
the real
a fascination
This
induced
indirection
in the mirror
21
person."
is per'fectly
which
cannot
and
by his
simbolized
be folowed
by
to
Bastante significativa,
covert
the
reach
tal passagem
em Hardy, conforme
j observamos
(p. 362), J
No
podemos
segunda
refletido,
iluses.
no
0 que chama de
'interferencias'
das
seriam as
As paixes
inter-
o
seja
pensamento
dos afetos,
De
pode
enganadores,
A iluso
sensvel
'interferncias',
era dominado
'o progresso'
de assegurar
diante da falibilidade
dos
ainda mais
objetivando
ao
os dolos
que
afetivas.,
das
princpios,
contextos
sobre as
da
Rouanet
limitaes
de
dominao.
'miragens dos
est
por
muitas
passagens
no conto
onde a
"was unable
to shake
em determinada
passagem,
).
Esta
infatuation
interfe-
uma
de
Ollamoor
no espelho.
apresenta a 'viso'
de
alguma
nos
temporal
J dissemos anteriomente
que um
0 espelho pode
ser
tambm
auto-contempla-
ambivalente:
um
-110-
Sendo um atributo feminino, tambm simblico da multiplicidade da alma e sua adaptao aos objetos que a visitam e retm;
seu interesse.
como se Carol'ne
casamento
ligada
inconsciente-
na tentativa de anular
afirma
(p. 355).
Certamente a anlise
anteriormente,
que
baseia-se
'inconsciente',
uma multiplicidade
- 24
inconsciente.
Conhecer,pois,
estrutura
-111-
wife
cheap
like another
often
brews
and companion,
is called
to him
domestic
better
situao domstica
Hipcroft
article,
tea than
"resolved herself
but
one"
herself
in that
she
- pot,
which
a cheap- tea
a dear
into a
(p. 356).
Esta
origens
quando
Londres:
It was accordingly
decided between them
that they should leave the pent-up
London
lodging, and that Ned should seek out
employment
near his native place, his wife
and his daughter
staying with Carol ' ne ' s
father during the search for
occupation
and an abode of their own.
Tinglings
of pride pervaded Carol 'ne 's
spasmodic
little frame as she
journeyed
down with Ned to the place she had left
two or three years
before, in silence
and
under a cloud.
To return
-to where
she
had onde been despised,. a smiling
London
wife with a distinct London accent, was
a
triumph
which the world did not
witness
every day
(p. 357).
determinista
particularmente
a figura
combina
Chilbin
na criao
de
com
examina as
de sua viso
como
psquica
caractersticas
as
sociais
da
no
as
social.
-112-
at
emancipada
mulheres hardianas
o sucesso.
tambm
possuem.pra
as
deter-
personagens,
caracApesar de
desvantagem.
to be catched
the first
some
of the
girVs
down
time
he took
there
go.on
advantage
so
o'me,
like anything!"
unlucky
though
(p. 3 55 J
um
se
Carol'ne
sabia que
e conseqentemente
recus-la.
para procur-lo,
teria Carol'ne
esperado
ou
Percebemos
conquistar
pessoal.
Todavia, Carol'ne
consegue a estabilidade
que
para
(p. 358).
seus problemas
-113
recomeam:
A tremor quickened
itself to life in her,
and her hand so shook that she could
hardly
set down her glass.
It was not the dance
nor the dancers, ~but the note of that
old
violin which thrilled -the .London wife,
these
having still all the witchery
that she
had
so well known of yore, and under which
she
had used to lose her power of
independent
will.
How it all came back!
There was the
fiddling
figure against the wall; the large,
oily, mop-like
head of him, and beneath
the
mop the face with
closed eyes. (p. 358 - enfase
acrescentada.)
na
^'feitiaria
sua :
Na tentativa de compreendermos a
rat rao
'sobrenatural',
pesquisa-
de
Feiti-
os
-114-
alcanado
fsica e espiritualmente
exclui
0 estudo de Lndsburg
recorda.
seria
Isso ocorre
nem
t e m p o s .
2 8
atestam a importncia
ocultas
os
envolvidas
Dessa forma, no
(p. 358)
Fica
evidente
Quando
she was
leaning
over
acquaintance"
Carol'ne
beer;
able
to resist
the bridge
- the one
at the date
that
played
of their
strains
when
she did,
to fortify
feeling
herself
very
weak
with
more
she
first
"was urged
which
of all seductive
que
gin-and-
and overpowered
with
-U5~
hysteric
emotion"
. (p. 3 58),.
'imediato'
um
* -
0 inconsciente
alcoolico
quilo
que
tenta exprimir-se.
No apenas excita possibilidades
espirituais, as cria.
Faz divagar a razo e prepara
a
29
inveno racional.
Bachelard revela tambm,
que grande
parte da literatura fantasmagrica tem sua origem na
~
30
potica ;excitaao do alcool, como a de Hoffmann e Poe.
ao
Usualmente,
lanam-se bebida
"The saltatory
instrument
in
her was
possibly
seizing
assisted
Carol'ne
tendency
had
just
ever
which
been
drinking
hot
entregar-se
the
able
as it had done
by the gin-and-beer
H. Gimsditch, analisando o
o conclui
em
fiddler
to
start,
in
earlier,
and dancing
na recrea-
consists
of tunes
for
which
detalhadamente
incluindo
a
a
da
dana:
nessa detalhao
impressiona,
inclusive indicando o
analisada por
A nfase
Grimsditch:
(desde
que
tambm
"She continued
introducing
into
his notes
of a living
voice
in one
running
high
and running
through
her nerves
The room
a quarter
of an hour
dropped
out
the wild
too highly
exhausted,
the
the only
wrought;
pathos
and
was
other
sank
fiddler
sweetness
spasms,
tune
the
through
and agonizing
low in endless
swam;
Carol'ne
her way
by her course,
excruciating
torture.
to wend
cria-se
variation,projecting
a sort
of
blissful
endless ; and
woman
panting
its
in the
in
about
figure
on' a bench."
(p. 359 -
enfase
acrescentada),
Essa descrio nos lembra mais uma vez, o estudo
'espasmos', pela
imagens
apenas
altamente
'selvagem
'tortura abenoada' e
e agonipela
0 estudo
revela:
-118-
rodopiada,
em circuios,
consistia
em
provocar a excitao
e o surgir do desejo
sexual, que libertado pela ausencia
de
vestuario projetaria
uma sensaao
emocional
tangvel, que as feiticeiras
designam
por
pirmide de
potncia.
enough,
and
neurologist
explain
them
to fully
quando ele
it would
require
poder
mais
filha, e aparentemen-
do
(p.362).
e procura
indiferente
para
desaparecimento da criana
seu
he
Ollamoor
upon
her some
charm,
unholy
musical
3.
was
exercising
as he had done
upon
. .
Encontramos em
conto
que parece
that
by some intruding
unknown."
do
Carol 'ne
even
in the quiet
a life will
power
of Wessex
not be disordered
... bearing
possibilities
can
or
there
exalted
of
the
Guerard:
-119-
no mostra
personagem
diablico em personalidade,
revela
( em
The Laodicean
incompleta.
ca-
),
No mximo,os
cuja
outros
- intro-spective,
and purpose
or not.
Hardy's
the weak
The Mephistophelean
intention,
life.
- is to make
intellectual,
cannot
suffer,
visitant,
lead a simple,
And
it is to the simple
3S
kingdom
belongs."
constant
whether
whatever
natural,.and
and
of
in
energy
they
wish
his
conscious
unreflective
to the unreflective
that
de
sua ntegra.
'demonaco'
seja recusada
em
mascu-
de
se manifesta
como
um reflexo,
hardiana.
nas reaes
permanece
inexplicado,
momentos...
-120-
NOTAS
Irving Howe,
Books, 1973), p. 82.
Thomas
Hardy
(New York,
Collier
2
J.Hillis Miller,
Distance and Desire
(Oxford
University Press, 1970), p. xiii.
Quanto a essa idia, J.
Hillis Miller faz um estudo aprofundado sobre o que
ele 1
chama de 'distncia' e 'desejo': " The circulation
of mutually
fascinated
characters
around one another, in a graceful
dance
of crossings and exchanges,
generates
the temporal
structure
of each of the novels.
In concentrating
so exclusively
on this
movement,
these novels are excellent
proof that a work of
fiction has a predominantly
temporal existence.
Fiction is
a
temporal art in part because its fundamentalt theme, the
development of interpersonal
relations,
exists in the opennes of the
movement of one person toward the future fulfillment
of himself
by possession
of another person." As personagens de Hardy, procuram obter a posse das pessoas que amam, querem se aproximar
mais e mais delas como se fossem o centro do universo: " To
possess the beloved would be to coincide with what appears
the
spiritual center of the world, to enjoy directly what is visible
everywhere
in reflected,
mediated forms, and thereby to achieve
self-fulfillment.
His characters,
however, are special in the
slowness, the reticence,
the surreptitious
indirection,
with
which they move toward those they love". Algumas vezes parece
que to logo as barreiras desaparecem, desaparecetambm a afio.
Em outras ocasies, o amor impedido por tantos obstculos que uma vida.inteira pode ser gasta neste movimento em
direo pessoa amada
que sempre parece estar fora de alcance. Alguns amantes movem-se. alternadamente entre o calor
da
paixo . e o esfriamento do desejo, provando que : as personagens so vtimas de suas paixes.
Em alguns casos as alternaes entre o desejo e a indiferena dirigida no a uma
so
pessoa, mas. contra uma srie de pessoas diferentes: "Such.: a
lover moves from 'infatuation, to distaste,
is attracted
anew by
someone else, goes through the cycle again and again. He moves
in an ever renewed rhythm of desire and disgust in which
he
always turns to a new object of love as soon as he abandons
the old.
Such lovers love only when they do not possess
what
they desire, ceasing to love when they obtain what seemed
to
promise perpetual
happiness."
pp. 145,146.
Temos aqui
uma
sntese da filosofia hardiana da 'distancia' e do 'desejo',
a que nos referimos tantas vezes ao longo de nosso trabalho.
Em "The Fiddler on the Reels"
a dana do desejo, usando
a
expresso de J. Hillis Miller, parece ser especialmente sentida no deslocamento espacial das personagens, ou ate mesmo percebida a nvel literal.
3
Ainda que o rotulo 'mulher fatal' nao possa ser aplicado adequadamente a Carol ' ne ,.a psicologia ;do estudo
de
Alice Chilbin importante em nossa ,anlise.
5
F.B. Pinion,
A Hardy Companion
M.acmillan Press LTD, 1976), p.. 92..
g
Essays
(London,
The
Albert Guerard,
Hardy: a Collection
of
Critical
(New Jersey, Prentice-Hall,INC, 1963), p. 20.
7
I b i d . , p. 398.
10
ties
'
Phillippa Waring,
Dicionrio
de Agouros
(Lisboa, Europa America, 1978), p. 175.
1:L
Supers-
13
Cirlot, p. 199.
14
. . .
Allan Landsburg, Feitiaria
(New York, P.E.A., 1977), p. 14.
15 .
Miller,- p. 27.
e Artes
' .
Magicas
<
16
Landsburg, p. 83."
17
I b i d . , pp. 83,84.
18
David J. De Laura afirma:
"... this
division
between intellectual
commitment
and high ethical resolve on
the one hand (a mid-Victorian
heritage),
and the
experience
of paralysis
of will and emotion in the
late-nineteenthcentury situation
on the other, is the structure
of the
actual 'modern' dilemma faced by Hardy's latter-day
heroes.
-122-
Ibid., pp.
380-399.
20
A Razao
Cativa
(Sao Paulo,
21
Miller, p. 125.
22
Rouanet, pp. 58--62.
23.
Cirlot, -pp. 239 ,240.
24
:"
'>'" '
e Pensamento
Mgico
(Sao
25
"
Alice I. Chilbin, "The Literary Femme Fatale - a
Social Fiction: The Willful Female
in the Deterministic
Vision
of Henry James"
(Illinois, 1977).
Paul Sporn estuda
a figura da "transgressed
woman"
na
obra de Hardy, Gissing
e George Moore: "She is called the-transgressed
woman
to
suggest that these authors conceived
her to be a victim of
a
burgeois - dominated
society.
She differs from other
victimheroins
of contemporary
and earlier fiction in that she
is
opposed^to
the : values and modes of life of this society.
In
general a transgressor
against its moral and social regulations
she is at the same time superior not only to ::its greediest
and most lustful members but to its most respectable
and
enlightened
advocates."
Paul Sporn,
"The Transgressed Woman:
A Critical Description of the Heroine in The Works of George
Gissing, Thomas Hardy, and George Moore" (Buffalo, 1967).
26
Ruth L. Couch,
"Women in Thomas Hardy: A Study
of Sexlinked Qualities in the Character" (Oklahoma, 1975).
27.
Landsburg, p. 139.
po
Ibid., pp. 141,146.
29
Gaston Bachelard,
A Pscanalise
do Fogo
(Lisboa,
Omega, 1972), p. 147
3Q
0 lcool de Hoffmann ardido, estigmatizado pelo
signo masculino, do fogo.
0 alcool de Poe proporciona o
esquecimento e a morte, e marcado pelo signo feminino, da agua.
Gaston Bachelard, p. 158.'
31
H. Grimsditch,
Character
and Environment
in the
novel
of Thomas
Hardy
83.
32
33
34
35
Landsburg, p. 34.
Ibid., p. 83.
Howe, p. 83.
Guerard, p. 92.
oc
Ibid., p. 98.
1962),
4a-
PARTE
THE WITHERED
ARM"
D.
um
de
suas msicas.
de
Dessa
fraca,
de
poderosa.
A Psicologia
da Superstio
- para
compreendermos
e Pensamento
Mgico
Lilith:
A Lua
'incubo'
presente
Mario Mercier em
apresentada
Negra.
a idia
'funo
o papel
do
0 Mundo
Mgico
dos Sonhos,
complementando
o 'sonho'.
0 Problema
do Ser,
do
Destino
Oculta
nos da
da
da
Ciencia
ft
imagens
-1 126-
onricas, e conseqentemente
'coincidncia'
'princpio da
estudiosos
sincronicidade'
e Supersties
de
usada na explicao
Dicionrio
de
de
Agouros
elementos
Bruxaria
e Correntes
de
Culturais
'oculto' na estria. As
so explicadas a
luz
- que so complementados
of Thomas
Character
and Environment
in
the
Hardy.
para
so
apreenso
Adivinhatrio
Tambm
:.caracterizaes :
Rhoda Brook
Lodge.
"The Withered Arm"
no
encarado
Parece bastante
natural,
desta maneira, que uma mulher como Rhoda lanasse um encantamento sobre sua rival Gertrude, e a fizesse sofrer
fisicamen-
te.
Segundo I. Howe, se lermos o conto com
do realismo convencional,
mixture
of traditional
assumptions
drawn
from
este
folk
belief
before
and modern
and after
'translate'
acceptable
the events
instance
of this
of character
as a
curious
hypothesis,
the Enlightnenment".
expectativas
grotesque
psychology,
" it is easy
tale
but
into
the
enough
an
result
-135-
of such
gratuitous
loss, a distraction
sophistication
from
Hardy's
can only
boldness
be a
of
literary
1
narrative.
literria.
supersties
coinci-
um
das
influn-
inquestionavelmente
depois,
notavelmente
tradies,
e impregnada de supersties,
ser
ines-
isolada
ou seja,
juntamente
com
do
-1 128-
apart
from
the rest"
(p. 219).
tal associao,
(p.227).
ou seja, a
esboada,
Segundo o mesmo,
capacidade
da
Complemen-
receberam
qualita-
espec-
ficos: a sexualidade,
evidenciando
Segundo a estudiosa,
atribuidos".
Explicaria,
masculina
inferiorida-
lugar social
inverso quele
! 4
Quando recorre
Em
gar
por
sociedade.
parafraseia
sintese,
atribudo e
Roberto Sicuteri
que
das coisas
Paula,
na
ao
do
grupo."4
segundo
-129-
da
Segundo Sicuteri,
'certas' mulheres,
ro bruxas,
personificaes
obsessiva s dos
fantasmas
e das supersties
coercitivas,
que
no
inicio da Idade Media se manifestavam
no
mundo objetivo.
Tem inicio aquele
que
foi definido como o "romance do
imaginario",
onde a o^bs es sao masculina
se abandona
completamente
ao delirio persecutorio
que logo
se torna um rito
sangrento.
Deste modo, a contraposio
entre
"alma"
e "corpo"
nao s ser reconfirmada
na era
crista, mas sera ampliada a brecha, com o
predomnio
do macho e a crena na
inferioridade da mulher.
No vazio
intermediario
se ocultam os germes da angustia da idade
moderna.
Ao surgir a Idade Media, o homem
Adao, arrastado
pelo moto centrifugo
do
alargamento
da polaridade,
tendera
sempre
mais para a vida metafsica
e a
transcendncia.
A mulher sera rechaada
a condio
de"periculosidade".
^
Em sntese, a luta masculina contra a represso de seus componentes ertico-sexuais resultou em um delrio
paranico
das
Sicu-
Tendo
leva-
sugesto e da
superstio.
Para compreendermos a
'superstio',
recorremos
por
em n o s s a s prprias i m p r e s s e s .
Estes
ex-
Isto significa,
intermedirios,
feiticeiras,
A s p e s s o a s dificilmente
infor-
abandonam
segundo
Jahoda:
Se a superstio
fosse meramente
determinada
por presses
sociais,
a remoo
dessas
deveria dissipar
a superstio.
Isto verdade
num caso ou noutro, mas nao
invariavelmente.
Ha pessoas
que se apegam tenazmente
a suas
supersties.
como se elas fincassem
suas
fortes
razes na personalidade
do
individuo.
tambm um p r o b l e m a
coletivo.
individual,
a superstio
quase
seria
tanto
quanto
Jahoda
surgem
como i n d i c a d o r a s
desventuras
de c o n f l i t o s sociais, pois a o c o r r n c i a de
9
relaciona-se com a t r i t o s entre as p e s s o a s .
ocupando
social"
protagonistas.
passvel
de p r o v o c a r um atrito entre
Estando em p o s i o de n t i d a
em relao leiteira, G e r t r u d e ,
"indeed,
was
like
a girl.
of a totally
the
light
Her face
different
under
trastando nitidamente
a heap
com
superioridade
a jovem esposa,
too was
fresh
quality
- soft
of rose-petals
"a thin,
fading
as
era
in colour,
and
but
it
evanescent,
of
thirty"
-131-
(p. 219)
fundamental
10
'supersticioso'.
desencadeia
esposa:
Sentindo-se
esposa
seus
pela
trabalho,
sonho:
before.
Gasping for breath, Rhoda, in a last
desperate
effort, swung out her right
hand,
seized the confronting
spectre by its
obstrus ive left arm, and whirled it backward
to the floor; starting up herself as she did
so with a low cry.
'0, merciful
heaven! ' she cried,
sitting
on the edge of the bed in a cold sweat;
'that
was not a dream - she was here!'
(pp.224,225)
ainda
que
da
duas horas.
as
'~-
Quando posteriormente
as personagens
fazem
"this
her blessing
"cruelty
and
innocent
on her visitor's
face"
young
thing
should
have
parece que
de
se
She uncovered
her left hand arm, and
their outline confronted
Rhoda's
gaze
as the exat original of the limb she had
beheld and seized in her dream.
Upon
the pink round surface of the arm were
faint marks of an unhealthy
colour, as
if produced
by a rough grasp.
Rhoda's
-133-
Sentindo-se-culpada
freaks
night
(p..227), Rhoda
of coincidence,
returned
with
and
all
double
the
vividness
of that
to herself,
when
exercise
a malignant
power
(p.22 7) Conscientiza-se
her
people
'0, can
it
as this
"Could
ever
this
my own
happened
be the
be,'
'that I
visitor
over
ghastly
on the
will?'"
nunca
explanation,
before?"
(p.
227)
de
De acordo com
ao
ajunta-se-lhe
acesso.
hiper-
-sensibilidade
tem uma
Mercier:
das
-134-
impregnado
de foras da alma. O
sonho nao e mais que a saida desse
corpo sutil ou dwq^o em direo a
mundos p.aralelos.
estreita
sonhos
fgado, bao e
perda ou
consequentemente
"Durante o sono",
diz
(ou duplo)
que
Esta
mentalidade
Mercier,
- 2 3S
ritmos
do
universo.
mgica,
Isso se d a fim de
tal como
adormecida,
de
espiritos,
a
11
semelhanas".
Prossegue o estudo:
Esses espiritos
do sonho agem as
vezes de modo ameaador
e mesmo
perigoso,
porque podem, alternativamente,
assumir
toda especie de estados e de
funes,
passando,
segundo as
caracteristicas
psquicas
do sonhador,
de um estado
positivo a um estado
extremamente
negativo,
as vezes com
aspectos
inquietantes;
ate mesmo
monstruosos,
especialmente
se o duplo do sonhador se
perde em zonas de baixo astral.
Procuram,
freqentemente,
dele se apoderar para o
ferir...
sob
formas
(superior ou
inferior)
-136-
quanto
de
Arm".
/
auroras,
para
fundamento
na
previsvel,
Sendo
Conseqentemente,
existe
sobre
sejam
compreendidas.
Vemos aqui, dentro de uma mesma "mentalidade
conceitos completamente opostos.
preocupao fundamental
seja o
variam consideravelmente,
De fato, conceitos
'incomum' ou o
cuja
'irracional'
mgica",
racionalidade
Mais recentemente,
este
questionar
Segundo
mas
Paula
fundamentais,
lhe conferem
comuns e constantes,
-137-
Dreams".
aqui
maneira:
like mirages",
are
mechanicfil
afirma
categoricamente,
sonhar
surge
no ato de
deixando
impresso:
there
are
other
dreams
which
linger
-138-
true
consists
from
fala
tenha
pouco a
importncia, do sonho,
Quando Freud descobriu as dimenses da mente humana e
do Inconsciente,
ou
era
...The Freudians
are too
simple.
It is
aIways
wrong to accept a
dream-meaning
at its face value.
Sleep is the time
when we are given over the
authomatic
process of the inanimate
universe.
Let
us not forget this.
Dreams are
authomatic
in their nature.
The psyche
possesses
remarkably
few dynamic
images.
faltar:
-139-
sonhos permitam,
com os freudianos,
o
acesso aos complexos
e sejam tambm a
chave para outras escolas
analticas,
para entrar no inconsciente,
nos
os
sentimos s.empre como a linguagem
daquela
nossa personalidade
profunda que
nos
permanece
-obscura
no
nosso
estado
de
y
. <1 . 20
viglia.
que
concei-
de uma
transcedental
que
dois planos
de
Quando
Afastando-se
o
duranas
indagaes
e observaes."^
Por sua vez, Rudolf Steiner, em "Sono e Morte",
tambm refere-se,
intermedirio:
0 sonho constitui
um estado int ermediario
entre a vigilia e o sono. i4s vivncias
onricas oferecem,
a uma observaao
sensata,
um
mundo multicolor ido de imagens que
borboleteiam, as quais, todavia, contem em si certas
regras e normas.
Fluxo e refluxo das
seqncias desordenadas
- eis o que, a
primeira
vista, esse mundo parece revelar : em sua vida
de sonhos, o homem acha-se desligado
da lei
da conscincia
de vigilia que o acorrenta
a
percepo
dos sentidos
e as normas do seu
raciocinio.
Nao ob st ante, o sonho
possui
algo das misteriosas
leis que seduzem e en-
cantam o pressentimento
humano,
constituindo a mais profunda razo para o fato
de se comparar com os "sonhos"
aquele
admiravel
jogo de fantasia
- base de toda
sensibilidade
artstica. 23
imagens
relacionar
de
23
diferentes
Mas sabemos
verso e da vida ser sempre controvertida, portanto, insuficiente, ou pelo menos, parece
ser.
diferenciadas,
Em
segui-
equaciona~
Imaginaao
Con-
provindos
se
de ondas
24 emotivas ou obsedantes
so conhecidos por
Esses elementais,
'incubus'
(elementais
apreen-
continua.
masculinos)
-141-
e 'sucubus'
(elementais femininos).
intensos
Mercier
revela :
0 pensamento
obsdante,
a. idia fixa,
criam ou atraem freqentemente
essa
especie
de elementais
que vivem nas
proximidades
do ser humano e cujo objetivo e retirar ao
sonhador sua energia magica contida,
em
grande parte, em seu espermaOs
sonhos
com copula seguidos de ejaculao
real sao
uma conse.qencia disso, se bem que, as vezes, o elemental
incubo ou sucubo
provoca
o orgasmo para libertar a pessoa que dorme
de uma carga sexual negativa',
porquanto
h muito tempo
sopitda.
elementais.
, o incubo se apresentava
como
uma monstruosa mulher que se acocorava sob o peito das vtimas, provocando uma sensao de opresso torcica
horrvel,
feitiaria.
Tais demnios,
segundo
'Gertrude'
causa doena
na pele,( visto
seu
-142-
elemento
A opresso e um
sentimento
afirmando
" a tpica
'princpio feminino'.
uma
resposta
irrupo
'experincia de medo',
que
'feminino',
incons-
contra
ter.
'supersties'
desejos presentes no
maioria
'projeo'.
como pensamentos,
inconscientes.das .pessoas,
Freud
receios
que
e
na
Pre-
sobre a jovem,
sua
agressividade.
... Sutis so as
levada
influncias
as expectativas de uma
pessoa,
28
Gertrude
28
certa, que estava
'programada'.
No entanto, a total
igno-
'coincidncia
e 'sincronicidade'.
significativa'
(um
determinado
de
Damos
surgidos
paralelamente,
Mas at
que
esta
A nica resposta
crenas e valores
da-
-144-
sincronicidade 1
'causalidade mgica'.
que
Tentou
convincente.
na astrologia esto
associa-
Colocando
'princpio da sincroni-
A ocorrncias
de
fenmenos
sincronisticos
verdadeiras.
de-
formam
'princpio
da
que tm o
mesmo
ou
experincia
Esses fatos
causalmente^
desconexos
esto vinculados significativamente, embora ne- "29
nhuma conexo
causai entre eles possa sequer ser imaginada^'
Jahoda, que em suar obra:- sintetiza
junguianas, rotula-as de falsas explicaes
tentam explicar fenmenos psquicos,
as noes
quando
fantasmas, ou
aquelas
aparies.
explanatorio.
dos
classificar
a
29
dentro
das
Para Eliade,
ligado ao natural,pois
continuamos to confusos
contu-
mstica da natureza
lidade das coisas.
para julgar'
responde .
o.
misterio
Segundo ele, a
questo.da
sobrenatura-
insuficiente
conto.
de
" to her
0
being
'overlooked.'
'mau-olhado 1 ,
by Rhoda
Brook
"
dos
ligada bruxaria,
a
(p. 233)
uma
onde
no
homens ou mulheres
conscincia
(p.221)
prossegue:
rurais
acredita-se
atrair
proferida
calamidades,
32
involuntrio,
esse
algum
nos
32 fitar,
que
devemos
A crena de que
as
elemento supersticioso.
interessante
'fantsticas'.
a haviam ferido
'bruxa' ou
(p. 228).
Rhoda shivered.
'That's fancy,' she said
hurriedly.
'I wouldn't mind it if I were
you. '
'I shouldn't
so much mind it, ' said
the
younger, with hesitation,
'if - if I hadn't
a notion that it makes my husband - dislike
me - no, love me less. Men think so much of
personal appearence. '
0
o
-14
'Some do - he for
'Yes; and he was
at first
(p. 228)-.
one. '
very
proud
of
mine,
this
reparation
conduct,
pretty
which
Lodge
everything
usurpation
young
had quite
(p. 234).
woman
might
made
like resentment
passed
away
Rhoda
at the
from
deseje
had rendered
have
lamentar
impossible
for
his
any
past
unconscious
the elder's
mind
"
ao
yes.
'I believe
so,'
'Why do you
Is he
said
call
alive?'
Rhoda,
with
reluctance.
"a sarcastic
workfolk
would
exorcist.
that
a sorceress
They
suspected
her,
know
feeling
among
the whereabouts
enconthe
of
the
Rhoda
7-
-148-
a acompanha
Cp.
230).
A f i g u r a do C o n j u r o r
atmosfera
pesadas
to
largely
in his
him for
cure
own powers,
miraculously
owned
they
infallibly
drink
a glass
all chance,
and
'
and
when
warts
disappeared
did
of grog
" affected
immdiately
say
your
turn
that
- which
- he would
upon'em.at
no
lightly,
been
be
'0, I
" (p.
a seus lares
it's
com relao
as duas m u l h e r e s retornam
only
231).
shown
- perhaps
subject
A despeito de seu p o s i c i o n a m e n t o
believe
it must
expense
the
had
(p.231)
a
doena
peculiares,
(p. 232).
Quando
that
left
winter
arm'was
was
whispered
that
Mrs.
owing
about
Lodge's
to her
the many
gradual
being
res-
dairied
loss
of the
'overlooked'
by
Rhoda
'Conjuror Trendle'
informaes b a s t a n t e
interessantes,
a figura f o l c l r i c a do C o n j u r o r no contexto
termo
use
"oculto"
foi usado p r i m e i r a m e n t e
que
pode
Temos
situam
da e s t r i a .
em 1545,
significando
pela mente;
alcance da c o m p r e e n s o ou do c o n h e c i m e n t o c o m u m " .
alm
do
j em
1633,
cientficos
na antigidade
ou o uso de e x p e d i e n t e s de n a t u r e z a secreta ou
(como mgica,
alquimia,
uso c o n t e m p o r n e o
Edward
Tiryakian
astrologia,
teosofia).
conhecimento
misteriosa
33
Apenas
abrangente.
-149-
outra popular,
'conjuro' ou
considerado
distr-
'Conjuror' faz -
im-
de Tyriakian.
The mayor
of
Casterbridge,
'Wide-oh')
que '
ou
vizinhana
Casterbridge
him
they
,p. 186).
did
e era procurado
aos
weather-prophet,
para conselhos.
they consulted
(tambm
den-
'for a fancy'
de
pela
"whenever
of
-150-
seu-
conselho.
Conside-
escreve:
Em
Tess,
tem problemas
( Tess,p.159
),
Imediatamente,
Casterbridge,
( Tess,p.
159).
Sentimos o lugar
Kail
quando
um
que
Crick
-151-
"Benzedor
( Tess,
p. 1 59 )
pode
'conjurors'
observao
genunos.
procede
Junior
explicando
que
no
tc-
de
Ribeiro
Junior.
"Magia
Natural estuda
humano
Divina ou Evocativa
estado espiritual do
'mago'
empenha-se em preparar
uma chamada
Seu
equivalente
a um conjuro:
Consiste
em pronunciamento
de
formulas,
acompanhado
de cerimonias
particulares,
cuja finalidade
e atrair e obrigar
entidades invisveis
a prestarem
sua ajuda
ao evocador.
Na evocao as foras
do
Mago como as arrancadas
do
universo
combinam-se
para tornar a operaao
magica
< i 36
possvel.
'conjuror'
"e"
(p. 230).
Landsburg
na
Trendle chamado
da
'exorcista'.
de
'conjuror'
0 estudo e
validade
sequer
aps
(p. 233).
mas
reveladora:
-153-
sua
(p.233).
decadncia
Sua aparn-
distorted,
'incubus':
and wrinkled
"
features
as by age"
(p. 224), Em
por
her
lined with
bottles,
description
- nay,
books
would
packets,
bunches
of necromancy,
have
" it arouse
ridicule
which
and
in
as folly
herbs,
her
"
that
ointment-pots
of mystic
alguma
closet
of
every
charms,
schoolgirl
was
and
time,
she
(p. 233),
plantas
'cura mgica'.
Sua
distr-
bios psicossomticos,
e na linguagem simblica do
mito
38
,. .
evocado no ritual mgico.
Contastantes, a
medicina
e a interpretao mgico-religiosa
so
comparadas
em
-154-
oo
'
interpreta-
amosua
doena
espirituais.
0 estudo da cura magica nos explica
que a
'ao mgica'
arrancar
do
por
dor:
elementos
da
desta
"Poes
feiticeiras
Durante
aproximadamente
utilizaram
extensivamente
propriedades qumicas.
suas
comea-
cerca
propriedades
Paracelso
afirmou
misterioso
na
planta.
Em 1653,
combinou a astrologia
at desaparecer,
sobrevivendo,
no entanto,
sculos
-155-
revelam
Inglaterra
'cura mgica',
Arm".
faz
sua
(p. 235).
interessante
um
verificarmos,-
do
ano
Gertrude.
e-fatalista:
0 sexto captulo, desta forma, aponta para o final da narrativa, onde Gertrude morre na tentativa de encostar seu brao
no pescoo de um jovem recm enforcado, que alis,
'coincidncia',
por
0
trgicos esto
-156-
atravs da numerologia,
injustamente.
. v
A caminho da execuo,
as
ser
Gertrude
contar:
a figura do enforcado
no
XII,
'mundo divino', a
Lei
'mundo
0 Arcano
XII
figurado
s
por
um
homem
>
'enforcado'
Revela
'IS -
near
twelve
in former
years
ago
times.
" (p.
The
last I sent
in
235)?
was
"twelve
years
'13' chamasse
o teria escrito
ago",
(p.
por
235).
treze
associa
a
com
nos
tempos das bruxas houveram muitas presses por parte da opinio pblica quanto a seus encontros,
nirem em suas prprias casas..
alojasse confortavelmente
levando-as a se reu-
"13" p e s s o a s . 4 ^
Escreve
Landsburg
Numerosas
histrias
circulam acerca
dos
estranhos poderes do numero treze e muitas
pessoas acreditam
que ele e um numero
azarento, enquanto outras, pelo contrrio,
o
consideram
um numero de felicidade.
Todavia,
treze parece ser o nmero mximo de individuos que se podem juntar sem obediencia
a
disciplina
dogmatica
(Cristo e seus doze apstolos,
por exemplo).
Treze e igual
a
doze mais um - isto e, doze feiticeiras
e
um chefe, que tem paralelo
nas doze horas
^
do
dia, meses do ano e signos do
zodiaco.
Na realidade,
contavam
Landsburg revela
que
Podem, no entanto,
a sua
ser
-1 158-
membros
Os motivos desta limitao de 13 no culto das bruxas ampliado por inmeros estudos, contudo, basta-rios
noo de que o nmero 13 um indcio de azar por
sua origem
no contexto da bruxaria.
Quando Gertrude chega ao lugar do
enforcamento,
(pp. 236,237,238),
sua
depara-se
expressa
sua indignao:
0 caso de Gertrude era srio, e ela no sobreviveu o suficiente para voltar para casa.
delicada vitalidade,
submetera
" This
the vision"
(pp. 243,244).
lizado, no resistiu ao
quatro horas
(p. 243).
(p. 243).
afetado
of what
Mas
sejam as palavras de
Satan
showed
me
in
-14 7-
Essa associao
represen-
~
Essa deusa mae,
'princpio feminino',
fundamen-
simultaneamente
sobrenatu-
Seus cornos -
(a feitiaria
Investigando
registros autnticos
Landsburg
do culto.da feitiaria,
associao
realidade,
qualquer
seus
para
A projeo
Me,
encon-
no
divindade
As
Negra.
mais
do
da
-160-
Essas personificaes
eram
realizava-
Sicuteri
Ento,
torna - se
descobre a "relao
Nas orgias,
a
se
0 pacto com
censurados.
qualquer
'feminino',
" The
Withered Arm".
.0 ncubo seria o instintivo feminino de Rhoda
sado de seu insconsciente.
Agressivo e aterrorizante,
Gertrude e o anel de
recusado.
aliana.
justifica-
podia
-1 61
Homem".
deixaria
indiretamente.
caracte-
J
de "The Withered Arm"
repouse em uma realidade mgica,
lembramo-nos de Propp
<
fantastica convida
mltiplas
leituras
-162-
NQTAS
\
Irwing Howe,
pp. 79, 80).
Thomas
Hardy
(New York,
Collier,1975),
Ibid., p. 80.
. ~
Gustav Jahoda,
A Psicologia
da Superstio
(Rio de
Janeiro, Paz e Terra, 1977), p. 52.
Jahoda nos informa
que
na lngua celta designava-se por "Wicca"
aquele que era "esclarecido".
Uma bruxa , por definio, uma mulher cujos conhecimentos se situam acima da mdia.
"Mago"
o equivalente
masculino, e no bruxo ou feiticeiro.
Nenhum sectrio masculino
de Wicca (o culto do esclarecido, tambm chamado "velha religio") proceder corretamente se usar o termo feiticeiro.
Um
feiticeiro e um mgico, um bruxo, informa Jahoda, p. 52.
4
- .
, ~
Paula Montero,
Magia e Pensamento
Mgico
(Sao Paulo,
tica, 1986), p. 19.
5
Roberto Sicuteri,
Lilitih, a Lua Negra
ro, Paz e Terra, 1985), p. 111.
6
7
8
9
Ibid., p. 113.
10
Ibid., p. 11.
0 Mundo
Mario Mercier,
1980), pp. 39, 40.
Pensamento,
12
13
14
(Rio de Janei-
Ibid., p. 50.
Montero, pp. 21,22.
I b i d . , p. 72.
15
16
Fantasia
D. H. Lawrence,
of the Unconscious
17
I b i d . , p. 196.
Psychoanalysis
and the
Unconscious:
(New York, Viking, 1976), p. 194.
18
Citado por Sicuteri, p. 158.
19
20
Lawrence, p. 196.
Sicuteri, pp. 158, 159.
21
Leon Denis,
0 Problema do Ser, do Destino
(Rio de Janeiro, F.E.B., 1979), pp. 79, 80.
22
Ibid., p. 76.
23
Rudolf Steiner,
1982), pp. 33,34.
24
25
e da Dor
A Ciencia
Oculta.
'
(Antroposofica,
103.
pp.
Ibid., pp.
27
28
29
154-186.
Jahoda, p. 57.
Ibid., p. 126.
Ibid., pp. 101,
134.
30
rais
.
.
Mircea Eliade,
Ocultismo,
Bruxaria, Correntes
(Belo Horizonte, Interlivros, 1979), pp. 56-78.
Cultu
31
es
Philippa Waring,
Dicionrio
de Agouros
(Lisboa, Europa-Amrica, 1978), p..179.
32
Allan Landsburg,
Feitiaria
pa-Amrica, 1977), pp. 81, 82.
33
Eliade, pp. 56,57.
e Artes
*
Magicas
Supersti-
(Euro-
34
H. Grimsditch,
Character
and Environment
in Thomas
Hardy's Novels
(New York, Russel & Russel, 1962), pp. 92,93.
35
~
*
*
~
Joo Ribeiro Junior,
0 que Magia
(So Paulo, Bra
siliense, 1982), pp. 51,52.
36
37
38
Ibid.,
22,23.
Landsburg, pp.
158-168.
-164-
21
Landsburg, pp.
111-114.
40
Ajuda ao Entendimento
Vigia, 1982), p. 1200.
41
42
43
44
45
46
Taro
Adivinhatorio
<
da Biblia
(Sao Paulo, P e n s a m e n t o ) p .
64.
Ibid., p. 64.
Landsburg, p. 40.
Ibid., pp. 31-33.
Sicuteri, pp.
58,59.
Ibid., p. 121.
47
W. Propp,
Morfologa
do Conto Maravilhoso
Janeiro, Forense-Universitria, 1984).
(Rio de
5-
PARTE
JUDAS
OBSCURO
-166-
E.
Judas
Obscuro
A moa e a mulher, em sua nova e peculiar evoluo, apenas transitoriamente imitaro os hbitos
e os vcios masculinos, s transitoriamente
repetiro as profisses masculinas.
Depois de pas
sada a incerteza dessa transio que se poder
perceber que as mulheres no adotaram toda aquela multido de disfarces (freqentemente ridculos) seno para limpar sua profunda essncia das
influncias deformadoras do outro sexo. A mulher
em quem a vida habita mais direta,frtil e cheia
de confiana, deve, na realidade, ter-se tornado
mais amadurecida, mais humana do que os
homens,
criaturas leves a quem o peso de um fruto carnal
no fez descer sob a superfcie da vida e
que,
vaidosos e apressados, subestimam o que pensam a
mar. Esta humanidade da mulher levada a termo en
tre dores e humilhaes h de vir luz, uma vez
despidas, nas transformaes de sua situao exterior s convenes de exclusiva
feminilidade.
Os homens que no a sentem vir ainda sero
por
ela surpreendidos e derrotados.
Um dia ali esta
r a moa, ali estar a mulher, cujo nome
no
mais significar apenas uma oposio ao
macho
nem suscitar a idia de complemento e de limite
mas sim a de vida, de existncia: a mulher - ser
- humano.
Esse progresso h de transformar radi_
clmente a vida amorosa, hoje to cheia de erros
numa relao de ser humano para ser humano,
no
de macho para fmea.
E esse amor mais humano a ^
semelhar-se- quele que ns preparamos
lutando
fatigosamente, um amor que consiste da mtua pro
teo, limitao e saudao de duas solides.
Rainer Maria Rilke
Ao longo da histria
da
14 - 05 - 1904.
Crtica Literria,
nos
parece difcil encontrar uma personagem feminina to polmica e to controvertida como Sue Bridehead.
Mesmo assim,
sua
-167-
luta
an-
existencial-
mente.
Podemos observar que, ao tentar uma nova forma de
desempenho na sociedade vitoriana, Sue emerge como um smbolo que ativa a conscincia popular
sm-
processo de transformao da idealizada mulher - me, a idealizada mulher - sem - logos, de mentalidade prtica e sexualmente reprimida, para a mulher conscientizada dos preconceitos que lhe foram imputados e articulada na luta pelo
de sua
resgate
imagem.
Nosso estudo
vista
de
a idia
da
individualista.
The
Victorian
Frame
of Mind,
com o intuito
de
den-
das
Nas "Atitudes
religio-
Intelectuais",
-168-
em
Divided
himself".
century,
each
individual
was
divided
against
da
identi-
uma
fuso.
Para compreendermos melhor tal ideologia,
mos ao estudo crtico de Earl Wasserman em
exploramos vrias referncias a
Cythna
no
romance.
Judas
conceituosos.
Identidade
conferidos
so
Persona
obra
aplicada
'deus - Pai'
tentando encontrar
fe-
ao
e do
so
considerados
Femini-
'divinofeminino'
and
e a 'alteridade'
Laon
'masculino e feminino' em
'reciprocidade'
onde
Shelley,
Epipsychidion
recorre-
para
con-,
do
os aplicamos
dois
momentos
da teoria
e
do crtico
localizamos
de iluminao de Sue
como
em
revelado-
-169-
diamante"
visto
en-
canta-se com a vivacidade, a ternura e o mistrio que repousam em seus olhos lmpidos e doces
(p. 99).
Cativado
vncia na cidade.
(p.100),
0 rapaz
da
conclui,
(p.100)
Podemos imaginar que os anos que Sue passa na capital inglesa e em Christminster so responsveis por
sua
intelectual e espi-
revela
(pp. 122,123).
tenebroso
Quando a jovem
mulher
-1 70-
inteligente
...
(p. 118)
Com
estatue-
de
da
(p. 104),
lecionar
que
(pp. 143,144)
dos no campo.
desconheci-
uma
Judas
(p. 155).
re-
vista
nado.
pelo primo, o
faz
ficar profundamente
quando
emocio-
roupas
xtase.
"fantasiada
(p. 158).
(p. 158)
Provavelmente
lembra-se da fo-
-1 71-
divindades
aparecem em W. Houghton no estudo das "Atitudes Morais" vitorianas, onde descreve a forma com que a mulher era encarada no contexto do sexo e do amor.
Nessa perspectiva,
inspiradora
do
imedi2
Judas comea a
come-
faz.
A mulher vitoriana era desencorajada a seguir qualquer carreira, mas quando pressionada por uma sociedade
re-
com
Contra todos
against
rights
the same
her
with
legal
men:
opportunity
and
social
the same
for
os codigos
bondages
education,
professional
oportuni-
in
... and
demanding
the same
suffrage,
and political
careers."
shadow
thoughtless
mission
and
servile
and feminine
the world
her more
and attendant
like man's.
worldly
Em
and
Judas
image
of her
obedience
rights
that
and that
entitle
Her function
intellectual
o Obscuro,
lord,
she
owing
him
has a
feminine
her to a carrer
is to guide
and
in
uplift
mate...
tal
'nova mulher'
encontra
-1 72-
adiantada
Beaumont
peculiares:
(p.162).
Apesar
mesmo quarto, so apenas amigos, mesmo depois que Sue descobre que o rapaz
a amava
(p.162)
'libertinas' ou
'degradantes'.
denominava
-1 73-
(p. 163)*
Apesar de preservar
sua
(p.163)
(p.435).
de devoo de Sue
de
alimentar o preconcei-
"any collapse
of faith
would
destroy
morality".8
Ao confidenciar sua amizade com o estudante em
Christminster ao primo Judas, Sue lhe conta que certas pessoas a vem
(p.163). No
pessoal
cristia-
(p.l68)
in-
Defende vee-
grandioso e apaixonado"
falsificaes
(pp. 167,168). Na
com
contar
-1 74-
its rightful
purityAs
place
and
be distinguished
influence
within
from
sex
the code
and
of
conservado-
obedincia
;
acre-
A vida no
de
(p.168).
estrutu-
desimpedida.
se
transformao-
Prolongued
introspection,
analysis,
and
indecision;
or the sudden collapse of a
philosophy
or a religion which had been the
motivation
of action, with nothing to take
its place; or the vision of a
mechanistic
universe without purpose or meaning - any
or all of these possibilities
latent
in
the intellectual
situation can mean
the
14
destruction
A:, forma
of all values
whatsoever.
-1 75-
moment
on which
rotten
feel
the soul
it has blindly
and begins
have
been
the grave
nothing
expanse,
but
disappeared.
11
rested
appears
with
15
to find
that
so long are,
implicit
solido.
to
opinions
confidence...
human
goodness
this universe
which
God
them,
it begins
and
props
of
of the traditionary
with
an
the
many
of many
received
a name,
black
begins
to suspect
the nothingness
which
when
when
" It is
a dead
himself
transformar-se
has
expe-
ao
final .
sensao de realizao.
emergiu
isolamento e solido,
resulta
se
onde os
eles.16
transparece
limitado
encaram
-1 76-
largueza
Conforme
Houghton revela em
Foi
pre-
questionado
re-
'princpios de rigidez',
"Atitudes
strong
strenuously
convictions
and
which
yet be quite
he defends
capable
or
a person
may
advocates
of appreciating
the
1 7
appeal
of other
beliefs
of the force
of opposing
arguments."
filsofos,
encontra voz em Sue, que acreditando veementemente no medievalismo da religio e moralidade de Christminster
(p. 165),
certa
afeio
preser-
since-
apare-
(p.249). Sue
descobre
identidade
leis domsticas
deviam
Se as
pessoas so de naturezas
ser
particula-
na
fair
poderia
0 juramento de que
-177-
credo.
lhe permite
indi-
sociedade
percebemos
- Estive pensando
- continuou Sue, no
tom de uma pessoa transbordante
de emoo que o mundo social dentro do qual a civilizao nos enclausura
no tem a
maior
relao com a nossa forma real do que
o
tem as figuras
convencionais
das
constelaes
com a verdadeira
carta do cu. Chamo-me a Sra. Richard Phillotson,
vivo
a
vida calma da esposa do meu
companheiro
do mesmo nome. Mas, na verdade,, no
sou a
Sra. Richard
Phillotson,
e , sim ,
uma
mulher atirada para c e para la,
sozinha,
com paixes,
incrveis
e inexplicveis
antipatas
(p. 229).
no tinha a me-
(p.240).
antes
idade
certgga
-1 78-
(p. 240)
isto
se submetem
'contrato'
identidade
0 que
de
deveria
social,
rebela-se:
As atitudes de Sue para com Phillotson, seu pedido de liberdade, sua averso fsica a ele, parecem estranhas e
surpreendentes aos olhos do velho professor, mas apesar
disso, permite que Sue viva separada dele na mesma casa.
A princpio, tem a impresso
ma: "Mas a estranheza
mento, [ o
da situao
as cordas de uma harpa. Falava vaga e dede modo a impedir que ele pudesse falar de
as-
sim por muito tempo, pois um episdio incomum faz com que
Phillotson finalmente d a Sue a liberdade completa que
ela pretende.
um trabalho
em
rige-se mecanicamente
ao quarto de Sue,
(que
anteriormen-
partir
(p.263).
deix-la
procurando
pudesse colocar
(pp.269-275)
Logo
(p.102)
(p.108).
em seu
(p.168).
namorada
(pp. 184,208).
tual :
-180-
intellectual
beauty,
and
double"
'um'. Referindo-se
profundamente
Comenta
com o
(p.256). Se-
afinidade
grosseria.
exclama:
- Platonismo !
- No inteiramente.
Shelleyismo,
seria
mais exato dizer.
Lembram-me
Laon e
Cythna.
Um pouco tambm, Paulo e Virginia.
Quanto mais reflito, mais me sinto
inteiramente
do lado deles
(p.258).
sobre
like
- Shelley
wrote,
'second
'far purer'
Cythna
self,
far
'and
more
-181-
fair'.
Although
she is only
earth
Laon
shade
lightly
a shape
objects
Cythna
she seemed
drew/
immortal
her,
finds
sees
'in hers
being
to reality,
One
to stand
is an idealization
with
tied
of brightness,/
scarcely
of some
is a real
impulse
'Beside
dream'.
'upon
this
that from
its
me...
Like
'purest
who holds
To
the
bright
being',
...
communion
all my thoughts',
and
. ^
vision,
of her being'.
This
moving
A power,
of the speaker,
mine
and not
iguais
Judas
criatura
que
seno ar"
(p. 274).
Compreendemos ento
esprito,
Depois que
"Existia
Quando
um Ser
Um serafim
do cu,
Judas
-182-
fantasmal,
animal"
to imaterial"
(p.289)
importante
(p. 313).
uma parte
inatingida de Judas,
Em
Epipsychidion
empresta
essencialmente
Emily
a noiva da alma
0 modelo
das
the
thorns,
20
so is my
love among
daughters."
Sue o diminutivo de
'lrio'
'Bridehead', obtemos
Epipsychidion
Wasserman:
his own
soul'
prior
"Emily
interior
and
atravs
vision,
had once
Se decom-
the
'other'
the
'soul'
been
to the development
in his state
of his
of total
Unhappy
'self:
self,
under
arise
out
failure
the name
of the poem
of these
it is conscious
dualism
"the self
of the
of
will
in existence
'Emily';
self-realization,
21
two selves
the sister-brother
and the
of the
that
can,
relationship
at best,
in
which
ineradicable
be mitigated
of similarity
will
inevitable
iso-
infinite
the knowledge
In existence,
of
Consciousness".
be the product
to coalesce,
of itself.
and
por
'out of my
ser
0 tal poeta
is not
lem-
em
que
and
by
adjacency".
tempting
21
-183-
Epipsychidion
desesperadora
do
dos
intelectual
limitam-se
a comparar Sue com Emily, ou descrever a identidade da filosofia entre os dois artistas.
estabeleci-
sem
'identidade feminina'
abordado por
signi-
evi-
Malvina no nega
que existam
concentra-se na
diferenteinfluencia
elas.
de
22
salienta
'misteriosa
de
perodos
correspondentes, ou seja,
vivencias
lizaoes
nmica,
que permitem
intelectual,
d i s t i n t a s formas de d o m i n a o :
social
e at a dominao da alma.
ecoEssa
permite
tropologicos,
'recipro
existindo n a alteridade.
si mesmo s parece
princpio
e que a idia de
A identificao
de
da reciprocidade
pressupe
a possibilidade
de
e o
an-
do ser:
'o m a s c u l i n o
princpios
no
'masculino'
25
Homem e M u l h e r .
sobre a p e r s o n a l i d a d e
rotulando
a sexualidade
da m e s m a .
estudante
em C h r i s t m i n s t e r
textuais,
permite
cias c u l t u r a i s relacionam o
caractersticas
filogenticas
'princpio m a s c u l i n o ' ,
'feminino'
feminino' ou Anima, c o r r e s p o n d e r i a m
Contudo,
s
e
Ao arqutipo do A n i m u s ,
subjetivo,
influn-
ligadas a esses p r i n c p i o s
s suas m a n i f e s t a e s n a n a t u r e z a .
o
(p.138),
do arqutipo, onde as
'masculino' e o
homens"
de Sue
o passivo,
25
ativo,
'princpio
intuitivo,
a linguagem
do arqutipo intuitiva e no
categ-
Seus
que
cultu-
-185-
ra.
feito
as
no
serem aceitas.
inte-
assim
significa-
A liberdade do
a
livre
no
apenas
Qualquer tipo
inconsci-
A desvalorizao
do feminino na cultura
ocidental
tem se provado
catastrfica,
enquanto responsvel
pela reduo de um
smbolo, com sua multiplicidade
de
caractersticas,
condio
unilateral
-186-
para
Mas eu
Abenoada seja
(p. 189)
'reciprocidade',
pela
em
submisso,
- Mesmo
assim,
Sue,
nao pior
para
conscin-
-187-
A coero representada
represso e a despontencializao
tanto
medo,
Ela entregar-se
justamente
a algum por
quem tinha tanta repugnncia,
so porque
tornou-se
escrava das
convenoes...ela,
to sensvel,
to fragil que o proprio
vento parecia toca-la com
deferencia...
Quanto a mim e a Sue,...ha muito,
muito
tempo atras, quando nossas
inteligncias
eram claras e sem medo o nosso amor a
verdade...
Nossas idias
estavam
avanadas
em cinqenta
anos, nao podiam
ter nenhuma utilidade
para nos.
E, por
isso, a resistencia
que
encontraram
provocou
em Sue essa reao, e em mim
essa runa! (p. 452)
rela-
Homens e mulheres no
ser-no-mun-
-188-
do.
Atravs da
homens
companhei-
no
28
reconhecimento do
'divino-feminino'.
Segundo a autora,
divinizada
'princpio
receptculo
desde
sua
reconhecimento
da
res-
aproximao,
-189-
especifica-
"no secreto
de
suas
A revitalizao do heri-Anima,
agora com
os
figurativa-
combat-lo,
ser
iden-
estar
30
Bridehead, a representante
do
Contudo,
idealiza-a,
Isto se
ilustra
Nossa perfeita
sangue!"
tambm
-190-
Visto
que
grisly
vision
supernatural
or at least macabre
of the self,
that appeared
- phantoms
"Let us
or scenes
elements
turn
with
- that I call
of the soul,
himself
of the self":
the character's
Visions
mirrors
view
of
or as a real
character's
reader
may
mind,
surmise
sight
or most
from
that
"as a waking
suggests
subtly,
materials
vision,
guilt
pois
or as a
to the
as a mental
Hardy
image that
32
provide".
the
sendo
da
-191-
Neles
estavam
das
fechados,
(p. 376)
Tal viso fez Sue, racionalista por
temperamento,
Seu remor-
(p. 391)
em
Tenho-me
esforado
todos
pecadoras!"
(p. 386)
A segunda e verdadeira viso de Sue foi ter Judas
diante de si, doente e na misria, desta vez por sua culpa.
Quando o jovem estava no trem, "estranhamente vestido,
como uma esttua de alabastro"
lvido
(p. 437)
instantes,
e confes-
(p. 439)
As
"This
of her essential
sacrifice
self."
amounted
33
to her suicide,
or
murder
incoerncias,
-192-
"essential
self"
de Sue Bridehead.
disso:
cuja
(p. 393)
se a conhecessem,
que
possa
os
-193-
NOTAS
"'"Walter E. Houghton,
The Victorian
(London, Yale, 1973),pp. 351,352.
2
of
Mind
Ibid., p. 354
3
4
Frame
Ibid., p. 352.
I b i d . , p. 348.
Ibid., p. 349.
6
7
Ibid., p. 365.
Ibid., p. 366.
g
Ibid., p. 58.
9
10
Ibid., p. 62.
I b i d . , pp. 63,64.
1:L
Ibid., p. 375.
12
Ibid., p. 284.
13'
14 Ibid., p. 71.
Ibid., p. 73.
15
Ibid., p. 73,74.
Esta e uma passagem autobiogrfica
citada por Houghton para ilustrar o espirito da poca. A
pessoa em questo Frederick Robertson's.
16
17
Ibid.
, p. 77.
Ibid.
, p. 161.
18
Masao Miyoshi,
The Divided Self
(New York, New York
University Press, 1969) p. 307.
19
Earl Wasserman,
Shelley
(London, Jonh Hopkins Press,
1971), pp. 24,25.
20
Zelita Seabra e M a l v i n a Muszkat,
Identidade
(Petrpolis, Editora Vozes, 1985), p. 18.
Feminina
-194-
21
Muszkat, p. 19.
22
23
24
25
26
27
28
Ibid., p. 32.
Malvina Muszkat revela que desde a
implantao do monotesmo, com a erradicao do "instinto de
idolatria" a presena feminina divinizada foi abolida
do
culto religioso.
A figura de Deus, refletindo um dinamismo
de conscincia patriarcal, apesar de destituida de qualquer
corporeidade, assumiu, antropomorficamente a figura masculina de pai.
Sua vontade, manifestando a nfase nos valores
intelectuais, pelo estudo da Lei, define a necessidade psicolgica constelada pelo smbolo do Pai. Escreve Malvina:
"A erradicao da idolatria conduziu obscuridade aquela
que representa a 'manifestao audvel e visvel da presena
de Deus na Terra' e que intermedeia sua relao com a humanidade.
Durante milnios, Deus permaneceu uma figura solitria de Pai."
Citado por Malvina Muszkat, pp. 32,33.
29
30
31
Studies
J. ,0. Bailey,
"Hardy:'s Visions of. the
in Philology
(1959), p. 75.
32
33
Ibid., p. 100.
Ibid., p. 93.
Self".
CONCLUSO
-196-
Concluso
Judas
o Obscuro
identidade
on
nos levam
feminina
abrangente
na
0 jovem
simboliza
nsia
restauraao
de sua
sua
dignidade
feminina
ser assim, a to
maneira de
salvao
assimilar
revela-se
tradicionalismo
sua
cultura.
ser-no-universo.
para Barbara,
Enquanto
do
Deixa
Porm,
de
uma nova
possibilidade
feminina
de
em
transforma-se
em
seu rosto,
obrigando-o a vestir permanentemente uma mscara - a Persona simboliza a reistncia do velho sistema
e o esprito critico
contra as
inovaes
na
poca.
Frustradas as suas tentativas de libertao,
jovem Barbara rejeita o novo Willowes com sua Persona
a
e
deus
- Pai,
representante
mximo
vitoriano.
inutilidade
'procriadora'.
, visto
Desta maneira,
que
quando
jovem
so .
sistema.
inconseqente.
Tods
os
em
os bens do pai
Apesar da
de
no
crescer, no d continuidade
uma mulher
no
da jornada
busca
viver
individualidade.
Carol'ne
representa
0 Violinista
simboliza
e seu conse-
objeto
sexual,
marido.
ou mais
explicitamente
Em detrimento de sua
individualidade,
do
-198-
Casando-se
com
que
solteira.
Por enquadrar-se
da mulher e renega a me
despersonalizadores
de
se manifestar.
Visto que a me realiza-se na filha e a
transparece na
'
filha
complementam-se
o feminino.
identidade
Tal comde
seus
nomes.
A perda da filha representa a dissoluo
feminino
e conseqentemente,
desse
sua despersonalizao
como
e aparentemente
inacessvel.
perdida
fazia
Hipcroft, que
quando
faria, passa
da
que
sada
atravs
da humanidade
est
no resgate do feminino
perdido
ou esquecida.
ser
de
-19.9-
convenincias.
Tal
trancendncia
personalidades
ocorrer.
apresenta-nos
Rhoda Brook
'erro'.
nvel social
to
cultural.
reparar
de
evidenciando o preconcei-
Nunca se permite
receber
torna-
ajuda
reconhecidamente
superior.
Por recusar
tal
sua-
condio
frgil.
de
esposa
que
Na verdade,
o
no
-200-
instituio
decadente.
0 ataque moralidade na obra representada pela
figura do filho de Rhoda e do Fazendeiro, que uma
vtima social, ou seja, o bastardo.
"The Fiddler
on
the Reels"
Carry sobrevive
porque sua me
em
repara seu
sequer
dos
vitorianos.
Em
Judas
o Obscuro
a identidade feminina
divino-feminino
que
luta
Sue
pelo resgate
de
principio
essencial.
masculino
de
ignorando
consiste na plenitude
a -..
hipocrisia religiosa e a
salientada
moralidade
da poca, a
inferioridade da mulher,
que
A necessidade
da
"entrega-se"
sufocado
Os
-201-
Arm".
detido na figura
de
feminista,
Em uma
'aparentemente'
por
dela.
de sua validade.
assim,
que
erotizada,
ao
sua
individual.
Usar o argumento de que casa-se vez aps vez porque
figuras
A afirmao
tambm relativa,
ainda
visto
intelectualidade
de
existem
As duas protagonistas
refugiam-se em um mundo
-202-
que chamamos
fantasia.
de um mundo espiritual em
do mundo ideal
Judas
o Obscuro
suas
idealiza Christminster,
e
entre
sobreviver
Phillotson
sensvel,
"feminista",
feminista,
e do abismo
da
existente
em claridade.
transformar-se
esttica ou do moralismo,
estarmos
acabam por
diablicoporque
Por isso
de
poderamos
Hardy
colocar frente
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