Soldagem VC 131
Soldagem VC 131
Soldagem VC 131
FLORIANPOLIS, SC
2010
FLORIANPOLIS, SC
2010
Este Trabalho de Graduao foi julgado adequado para obteno do ttulo de Engenheiro de
Materiais e aprovado em sua forma final pela comisso examinadora e pelo Curso de
Graduao em Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina.
Comisso Examinadora
__________________________________
Prof. Dr. Ing Augusto Buschinelli.
EMC/UFSC Orientador
__________________________________
Prof. Dr. Ing Carlos Enrique Nio Bohorquez
EMC/UFSC Co-orientador
__________________________________
Prof Dylton do Vale Pereira Filho, M. Sc.
EMC/UFSC
FLORIANPOLIS, SC
2010
FICHA CATALOGRFICA
Borghi, Giovana Blaziza, 1985Soldagem de Reparo de Ferramenta em Ao D6 Para Conformao a Frio/ Giovana
Blaziza Borghi - 2010
47f.il.col. ; 30cm
Ficha
Catalogrfica:
Orientador: Professor Dr. Augusto
Buschinelli.
Co-orientador: Carlos Nio
Trabalho de Concluso de Curso (graduao) Universidade Federal de Santa
Catarina, Curso de Engenharia de Materiais, 2010.
1. Reparo de ao ferramenta. 2. Consideraes para soldagem de ao ferramenta. 3.
Metodologia Aplicada ao processo de soldagem. I. Buschinelli, Augusto. II. Universidade
Federal de Santa Catarina. Curso de Engenharia de Materiais.
DEDICATRIA
AGRADECIMENTOS
Aos professores Dr. Berend Snoijer, Dr. Paulo Wendhausen, Dr.Germano Riffel e Dr. Pedro
Novaes pela dedicao ao curso e aos alunos, pois alm de ministrarem aulas contribuem
tambm com as visitas durante o perodo de estgio, ajudando tecnicamente com sugestes dos
projetos realizados e direcionando o aluno sempre procurar uma melhoria contnua.
Aos professores Dr. Augusto Buschinelli e ao Dr. Carlos Nio, pela orientao e
conhecimentos compartilhados.
Professora Dra. Danielle Bond, ao Professor Sandro Jardim e ao Engenheiro Mrcio Antonio
Paulo pelos conhecimentos e motivao passados.
Ao setor de tratamento trmico da Diviso Automotiva, ao Sr. Antonio Heck e aos demais
colaboradores pelo conhecimento passado e auxlio na execuo desse trabalho.
Aos colegas de outros setores, tal como Manuteno, Ferramentaria, Laboratrio de Produtos,
Usinagem Compressores, Laboratrio Metalrgico, SAC, s linhas de montagem dos
Ao meu noivo Bruno Guanaes e a minha famlia pelo carinho, apoio, pacincia e amizade
dedicados durante esse trajeto.
EPGRAFE
Quem quiser ser lder deve ser primeiro servidor. Se voc quiser liderar, deve servir.JESUS CRISTO
RESUMO
Este trabalho trata de um assunto pouco abordado no Brasil, o reparo de ao ferramenta para
conformao a frio, em especfico o ao ferramenta AISI D6. Esse ao o material constituinte
das matrizes de repuxo e furao dos tampos dos vasos de presso da empresa Schulz S/A. A
metodologia utilizada para os testes foi baseada em conceitos estudados de acordo com normas
reguladoras de processos de soldagem, livros especficos, artigos relacionados ao tema, onde um
consenso entre esses fundamentos poderiam estabelecer os parmetros para reparo desse ao.
Experimentalmente testes foram feitos, onde algumas variveis tiveram que ser levadas em conta
para que se atingisse um resultado e de menor custo para a empresa. Finalmente so discutidos
os resultados e devido a uma anlise restrita, a melhor condio de reparo foi aplicada em uma
matriz de furao dos tampos, cuja est em trabalho de conformao.
ABSTRACT
This performed work presents a subject rarely addressed in Brazil, the repair of tool steel for
cold forming, in specific AISI D6 tool steel. This steel is the forming dies constituent material
of pressure vessels of the company Schulz S/A. The proposed methodology for the tests was
based in studied concepts according to regulatory standards for welding processes, specified
books, articles related to, where a consensus among those reasons would set the parameters
for steel repair. Experimental tests were done, where some variables had to be taken into
account to get the best result and the least cost to the company. Finally results were discussed
and due to a restricted analysis, the best repair condition was applied in a cover punching die,
whose work is in conformation.
Key-words: Tool steel repair, steel AISI D6, cold forming, cover punching die, pressure vessels
LISTA DE ILUSTRAES
LISTA DE TABELAS
SUMRIO
OBJETIVOS........................................................................................................................1
1.1. Objetivo Geral...................................................................................................................1
1.2. Objetivos Especficos .......................................................................................................1
INTRODUO .................................................................................................................2
FUNDAMENTAO TERICA......................................................................................5
3.1. O AO FERRAMENTA .................................................................................................5
3.1.1. Caractersticas fundamentais dos aos ferramenta................................................5
3.1.2. Ao Ferramenta para trabalho a Frio.....................................................................6
3.1.3. O Ao Ferramenta AISI / SAE D6 (DIN 1.2438 ou VC131)................................9
3.2. CONSIDERAES GERAIS PARA SOLDAGEM DO AO FERRAMENTA ........11
3.2.1. Efeitos produzidos durante a soldagem...............................................................12
3.2.2. Operao de soldagem do ao ferramenta...........................................................14
3.3. TCNICAS DE REPARO DE AO FERRAMENTA..................................................15
3.3.1.Mtodo da dupla camada......................................................................................17
3.3.2.Soldagem acima da temperatura MS....................................................................18
3.3.3. Preparao da junta.............................................................................................19
4.
MTODO
APLICADO
AO
PROCESSO
DE
REPARO
DOS
AOS
FERRAMENTA........................................................................................................................19
. 4.1. Pr-teste de soldagem....................................................................................................20
4.2. Mtodo de soldagem acima de MS...............................................................................25
4.3. Aplicao do mtodo utilizado no CP B....................................................................30
5. CONCLUSO......................................................................................................................32
6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................................33
1. OBJETIVOS
ii.
iii.
2. INTRODUO
A empresa Schulz S/A diviso compressores fabrica alguns dos componentes para a fabricao
dos compressores de ar da empresa Schulz S/A. Esses componentes exigem alto rigor de
qualidade e envolvem muitas variveis no processo de fabricao e montagem, e, por motivos
de garantia da qualidade e segurana do produto, so fabricados internamente, o que reduz
consideravelmente o custo do produto final. Um desses subprodutos so os reservatrios de ar
comprimido, ou seja, os vasos de presso para armazenamento do ar que comprimido pela
unidade compressora. A figura 1 ilustra um compressor de ar.
Figura 1: Compressor alternativo produzido pela Schulz S/A. O nmero 1 indica a unidade compressora e o
nmero 2 indica o vaso de presso, reservatrio de ar comprimido. [1]
A unidade compressora fica na parte superior do reservatrio, indicado pelo nmero 1 na figura
1. Por meio de uma serpentina de cobre, o gs transportado para o vaso de presso, indicado
pelo nmero 2.
Os tampos sofrem um processo de repuxo para ser obtido o formato final. Essa operao
envolve uma matriz com formato e tamanhos pr-definidos para cada tipo de reservatrio. O
Esse desgaste prematuro da ferramenta pode surgir por vrios motivos ocasionados pelo
fornecedor da ferramenta ou pela utilizao incorreta pela empresa, como por exemplo,
tratamento trmico inadequado, alterando a dureza e resistncia ao desgaste ou ainda polimento
da matriz inadequado, obtendo-se assim uma rugosidade fora do especificado. Situaes como
utilizao inadequada podem ser do tipo manuteno peridica no realizada, polimento da
matriz mal executado, ou ainda o operador da ferramenta no utilizar o leo lubrificante
corretamente, o que pode at gerar soldagem por atrito entre a matriz e o disco a ser
conformado. Situaes piores podem ocorrer, ou seja, caso seja esquecido alguma pea dentro
da matriz, como uma chave de fenda ou algo parecido que no momento da estampagem
danifica a ferramenta.
A fratura de regio de trabalho o motivo de estudo do presente trabalho, visto que na empresa
Schulz S/A existe um considervel refugo de matrizes utilizadas para repuxo dos tampos, bem
como as destinadas furao dos mesmos. Essas matrizes encontram-se em diferentes
situaes, desde desgaste natural da ferramenta, devido ao uso da mesma, at situaes em que
a fratura apresentada na ferramenta torna invivel o retrabalho.
Essas matrizes variam de tamanhos e valores, onde podem custar desde R$300,00 at
R$70.000,00. A recuperao dessas matrizes por soldagem pode reduzir muito o custo de
fabricao do produto, pois o desgaste dessas ferramentas est includo indiretamente no custo
de produo. Outro detalhe a ser levado em conta que este reaproveitamento gera benefcios
ao meio ambiente, pois reduz a quantidade de matrizes adquiridas, consumindo menos matriaprima, reduzindo a quantidade de minrios retirados do solo.
Este mtodo de recuperao envolve muitas variveis a serem levadas em conta, pois pelo ao
da matriz ser um tipo especfico de ao ferramenta, destinado a trabalho a frio, o mesmo sofre
um ciclo de tratamento trmico para ter as propriedades que sejam adequadas s condies de
trabalho. Os aos das matrizes apresentam-se no estado temperado e revenido, o que eleva o
grau de dificuldade para o retrabalho, aumentando os cuidados a serem tomados para tentar
minimizar os defeitos.
Este estudo de reparo de matrizes est em fase de estudo e desenvolvimento e ter continuidade
dentro da empresa.
3. FUNDAMENTAO TERICA
3.1. O AO FERRAMENTA
Ao rpido ao molibdnio
Aos ferramenta geralmente contm pelo menos 0,6% C para proporcionar a capacidade de
endurecimento da martensita de pelo menos 60 HRC, conforme figura 2.. Carbono em excesso
na composio eutetide estar presente nos aos como carbetos, no dissolvidos na estrutura
martenstica. Os carbetos duros aumentam a resistncia abraso destes aos. Alguns tipos de
aos ferramentas contem menos carbono para proporcionar tenacidade e resistncia ao choque.
[3]
As matrizes de repuxo e matrizes de furao dos tampos dos reservatrios so ferramentas para
trabalho a frio. Os aos dessa famlia so aqueles que contm elevada quantidade de carbono e
cromo como elemento de liga, sendo tambm conhecidos como ao ledeburticos. Dentro
destes aos, os mais populares so o D2 e D6.
Estes aos so caracterizados por uma elevada temperabilidade e por atingirem uma elevada
dureza aps o beneficiamento, na faixa de 58 a 62 HRC.
Devido grande quantidade de elementos de liga presentes neste ao, este possui grande
temperabilidade, visto que a adio de elementos de liga faz deslocar as curvas TTT para a
direita, aumentando assim o tempo de incubao da austenita e retardando os processos de
transformao. Com efeito, devido ao elevado teor de Cr e C estes aos temperam at ao
ncleo, pois apresentam baixa velocidade crtica de arrefecimento, o que permite at uma
tmpera ao ar. Por isso estes tipos de ao so conhecidos por auto-temperantes. Como a
tmpera ao ar permitida, este ao pode ser utilizado no fabrico de ferramentas com contornos
delicados e com diferenas de seco apreciveis. [4]
Existem quatro grupos principais de aos ferramentas que so: os temperveis em leo, ao ar,
ao de alto cromo e alto carbono e os aos resistentes ao desgaste. [4]
O grupo de aos para trabalho a frio temperveis ao ar (tipo 420 a 429) apresenta grande
profundidade de endurecimento. Por isso, o empenamento mnimo na operao de tempera,
de modo que os aos pertencentes a esse grupo so recomendados para matrizes de forma
complexa que devem manter o mais possvel suas dimenses originais aps a tmpera. A
resistncia ao desgaste muito elevada e a combinao dessa caracterstica com tenacidade
igualmente elevada os torna recomendados na fabricao de punes, matrizes de estiramento,
matrizes de recorte, matrizes de estampagem e alguns tipos de lmina de tesoura. [4]
O grupo de alto carbono e alto cromo (tipos 430 a 436) apresenta grande profundidade de
endurecimento, o que permite sua tempera em leo ou, na maioria dos tipos, ao ar. A presena
de numerosos carbonetos duros de cromo, associada a caractersticas notveis de
indeformabilidade tornam esses aos muito teis para a fabricao de matrizes. O alto cromo
presente torna esses aos mais resistentes corroso que os aos simplesmente ao carbono ou
com baixo teor de elementos de liga. [4]
O grupo de aos ferramentas para trabalho a frio resistentes ao desgaste (tipos 440 a 449)
apresenta uma resistncia muito pronunciada devido aos altos teores de carbono e vandio que
apresentam. O carboneto de vandio extremamente duro e difcil de dissolver-se na austenita.
Desse modo, os aos dessa classe so empregados quando as condies de servio so de
abraso intensa ou quando se visa uma produo em grande srie. Entre as aplicaes mais
importantes podem ser citadas matrizes de estampagem profunda, matrizes de extruso de
peas cermicas, revestimento de equipamento de areia. [4]
A tabela 2 mostra um comparativo das classes de ao ferramenta para trabalho a frio onde
correlaciona cada classe com sua respectiva dureza de acordo com cada temperatura de
tratamento trmico.
Tipo
AISI
410
O1
Dureza
superficial no
estado temperado
HRC
61 a 64
420
A2
63 a 35
433
D6
440
A7
Meio de
resfriamento
Revenido (c)
760 / 788
788 / 815
leo
149 / 260
843 / 871
927 / 982
ar
177 / 538
64 a 66
871 / 899
927 / 954
leo
204 / 538
64 a 66
871 / 899
927 / 982
ar
149 / 538
Tmpera (C)
Tabela 2: Temperaturas de tratamento trmico e durezas de aos ferramenta para trabalho a frio .
[4]
O ao ferramenta AISI / SAE D6 (DIN 1.2438 ou ainda Villares VC131) um ao ligado com
teor de 2,1% de C e 12% de Cr. Este ao indicado para trabalho a frio com alto grau de
indeformabilidade. Apresenta alta temperabilidade, alta resistncia mecnica e boa tenacidade.
As adies de tungstnio e vandio conferem a este ao uma alta resistncia ao desgaste e boa
reteno de corte.
O D6 pode ser designado de ledeburtico, ou seja, aos que possuem uma melhor
homogeneidade microestrutural, menor tamanho e distribuio de partculas de segunda fase e
so fabricados com melhorias nos processos de refino. Apresentam tenacidade superior aos
aos tradicionais, resistncia ao desgaste, dureza em torno de 62 HRC e menor distoro aps
tratamento trmico. [5]
%Si
0,4
%Mn
0,8
%Cr %Mo %W
12,5
0,7
%V (Max)
1,0
temperado temperatura entre 950 e 970 C, resfriado com agitao em leo apropriado, e
aquecido entre 40 e 70 C, ou ainda em banho de sal fundido, mantido entre 500 e 550 C ou
ainda ao ar calmo.
Pode ser temperado em forno a vcuo desde que utilizadas elevadas presses de resfriamento
(acima de 5 bar). Neste caso, a penetrao de tmpera est atrelada a uma correta montagem da
carga e a valores limites de sees transversais. [6]
10
O revenimento elimina a maioria dos inconvenientes produzidos pela tmpera, alm de aliviar
ou remover tenses internas, corrige as excessivas dureza e fragilidade do material,
aumentando sua ductilidade e resistncia ao choque. O aquecimento da martensita permite a
reverso do reticulado instvel ao reticulado estvel cbico centrado, produz reajustamentos
interno que aliviam as tenses e alm disso, uma precipitao de partculas de carbonetos que
crescem e se aglomeram, de acordo com a temperatura e tempo. [4]
Os aos ferramenta com elevada dureza e estrutura martenstica apresentam uma soldabilidade
bem peculiar, sendo que alguns cuidados devem ser levados em conta para se evitar problemas
como trinca a frio, trinca a quente, estresse trmico ou ainda endurecimento mediante choque
trmico. No caso do presente estudo, como ser realizada uma soldagem utilizando o processo
de amanteigamento com inox austentico, tem-se ainda que cuidar com parmetros para evitar
problemas como precipitao de carbonetos de cromo e a presena de ferrita e fase sigma.
O alto percentual de carbono presente no D6 (em torno de 2%) pode gerar a migrao de
carbono da ZAC para o metal de solda, o que produziria uma regio descarbonizada, de menor
resistncia mecnica e resistncia abraso. Assim o processo de amanteigamento com o ao
inox austentico evita que, durante a soldagem, ocorra essa descarbonetao e ainda absorva as
tenses de contrao gerada pelo resfriamento do revestimento duro. [8]
11
O reparo dos aos ferramenta atravs de processo de soldagem envolve muitas variveis, tal
como o processo a ser utilizado, tipo de eletrodo consumvel ou no consumvel, temperatura
de soldagem, temperatura de pr e ps-aquecimento, etc. O estado de fadiga do material tem
que ser levado em conta, pois uma matriz que passou por muitas horas de trabalho encontra-se
no estado tensionado, algumas vezes at mais do que na condio temperada. Assim o praquecimento para soldagem pode levar fratura da matriz.
Para retrabalho de aos ferramentas o processo TIG (GTAW) utilizado com maior
freqncia, porque permite a deposio de pequenas cordes de solda sem respingos, de tal
forma a obter moldes e ferramentas de geometrias complexas. Processos e procedimentos
especiais de soldagem so usados quando h a presena de pequenas tolerncias e envolvem
ferramentas de alto custo [9]
Para soldagem de um ao ferramenta alguns cuidados devem ser levados em conta, como:
- a maioria dos aos ferramentas devem ser reparados na condio temperado e
revenido, pois se encontram nesta condio para conformao a frio;
- devem ser pr-aquecidos antes da soldagem;
- se o metal base estiver temperado, mas no revenido, revenir antes de soldar;
- o pr-aquecimento de aos temperados no deve exceder a temperatura de revenido.
12
13
expulsar o tomo de hidrognio para fora da clula unitria e caso esse resfriamento seja muito
rpido, no h tempo de o hidrognio ser expulso para fora do metal fundido, ficando
aprisionado naquela regio.
Numa poa de fuso de ao o hidrognio se difunde do cordo de solda para as regies
adjacentes da ZAC, que foram suficientemente aquecidas para formar austenita. O hidrognio
14
retido nessa regio adjacente ao cordo de solda pode causar a fissurao, gerando a trinca a
frio.
Se o metal base for devidamente aquecido e homogeneizado temperatura adequada, as trincas
a frio podem ser evitadas.
3.2.2. Operao de soldagem do ao ferramenta.
Os efeitos citados no item 3.2.1 podem ser minimizados e controlados se alguns procedimentos
forem devidamente selecionados e seguidos de acordo com cada tipo de ao ferramenta. Segue
abaixo uma descrio de parmetros que devem ser controlados e acompanhados para que o
resultado final seja uma solda com as propriedades desejadas.
3.2.2.1. Pr-aquecimento
O melhor jeito de minimizar possveis problemas de trinca a frio e deformao permanente
aquecer a pea a taxas muito lentas, e resfriar em baixas taxas tambm a regio soldada e a
ZAC. Isto feito selecionando cuidadosamente a temperatura de pr-aquecimento,
temperaturas de interpasses e temperaturas de tratamento trmico ps-soldagem.
Dois tipos de pr-aquecimento so usados, o generalizado, ou seja, a pea colocada em um
forno ou aquecida com o auxlio de um maarico, ou o pr-aquecimento localizado, onde
somente uma seo em torno da solda aquecida.
Em casos especiais, estritamente controlados, os ciclos (rampas de aquecimento e
resfriamento) e as temperaturas so controladas por mantas aquecidas eletricamente e por
termopares.
Outro fator importante para a seleo da temperatura o tamanho do defeito em relao
espessura do ao. Uma pequena solda resfria mais rapidamente do que uma de maior tamanho.
Assim, a solda por pontos em um ao sensvel trinca a frio pode ter um procedimento
perigoso.
Quando se pr aquece um ao ferramenta endurecido, a temperatura no deve exceder a
temperatura de revenido usada anteriormente. Aquecendo temperaturas maiores que estas ir
sobrerevenir e amaciar a ferramenta. A temperatura de pr-aquecimento deve ser a mais
baixa da faixa recomendada para o revenimento. [13]
15
16
Em vez disso, como material de adio seria mais recomendado usar um material austentico
(ao inox ou ligas de nquel), que funcione como um sumidouro/armadilha (em espanhol
trampa) para o hidrognio, de modo a evitar sua difuso para dentro da ZAC frgil.
Como o ao da ferramenta tem alto teor de C (em torno de 2 %), a migrao de carbono da
ZAC para o metal de solda produziria na ZAC grosseira uma regio descarburizada, de menor
resistncia mecnica e resistncia abraso.
Dois mtodos de soldagem so sugeridos, o mtodo de soldagem por dupla camada e o mtodo
de soldagem com o pr-aquecimento acima de MS (temperatura de formao da martensita). A
MS do ao D6 prximo 200 C, conforme descrito na figura 4.
17
Devido estrutura martenstica este ao escoa em elevadas tenses por apresentar a relao
LE/LR (tenso limite de escoamento / tenso limite de resistncia) superior a 0,9. Isto significa
que antes de escoar o material atinge tenses muito altas (ainda no regime elstico). O nvel de
tenses residuais do material da ordem do limite de escoamento do material, e no caso do ao
D6, o limite de escoamento muito prximo do limite de resistncia, isso significa que
qualquer tensionamento externo aplicado rapidamente eleva o nvel de tenses atuante acima
do limite de resistncia e o material trinca. Por isso o ao de estrutura martenstica deve sofrer
alvio de tenses aps a soldagem. [14]
Sero considerados dois mtodos para a soldagem. Um mtodo ser a dupla camada, onde ser
feito um amanteigamento com o arame de ao inox AWS ER 312 e em seguida ser depositado
o revestimento duro. O outro mtodo ser soldar acima da temperatura MS, com o mesmo
amanteigamento e o mesmo revestimento duro [15]
A tcnica da dupla camada foi inicialmente desenvolvida nos anos 1960 para evitar as trincas
de reaquecimento na ZAC que ocorriam aps a execuo de tratamento trmico ps soldagem
(TTPS). Esta tcnica utiliza um mtodo controlado de deposio, de modo que a segunda
camada promova o refino e a reduo de dureza da ZAC gerada pela primeira camada de solda.
A sua eficcia depende da correta relao de energias entre os vrios passes de solda e, ainda
mais, das condies de soldagem determinadas para os materiais de base e de adio
especficos. [15]
18
Para realizar o processo de soldagem por dupla camada alguns cuidados tm que ser levados
em conta como depositar a primeira camada com a menor energia de soldagem, suficiente para
fundir o metal base com o objetivo de gerar uma ZAC mais estreita e, ao mesmo tempo,
permitir uma maior sobreposio entre os cordes de cada camada e maior sobreposio entre
as camadas. Assim, deve ser usada uma corrente apenas suficiente para fundir o metal de base
e permitir a deposio de material da vareta. Assim, sucessivamente, deve-se aumentar a
amperagem para produzir o revenido do passe anterior.
Para que o calor das vrias camadas depositadas possa promover o revenido da ZAC produzida
pela primeira camada necessrio que a ZAC atinja uma temperatura inferior a MS
(temperatura de formao da martensita) em pelo menos 100 C. Para o ao D6, a temperatura
MS aproximadamente de 200 C. Portanto, a temperatura de interpasse (i.e., a temperatura da
pea na regio a soldar antes de iniciar a deposio de um novo cordo) deveria ser inferior a
100 C. No entanto trincas a frio podem surgir a temperaturas menores que 200 C. [14]
Pelos motivos expostos no item 3.3.1, outra alternativa que parece menos crtica realizar a
soldagem com a pea a uma temperatura acima de MS. Portanto, a temperatura de praquecimento utilizada deve ser prxima da MS, ou seja, pr-aquecimento de 220 C e a
temperatura interpasse de 260 C.
O amantegamento deve ser feito com uma camada de liga ER 312, com baixa energia e baixa
corrente de soldagem (para diminuir a diluio do metal de base no metal de solda) e a segunda
camada e assim por diante dever ser depositada uma liga de revestimento duro (similar DIN
1.4718). [14]
19
Aps terminar a soldagem a pea deve ser deixada em resfriamento, de preferncia usando uma
manta isolante ou colocando-a em areia, para que o resfriamento seja lento e, com isso, sejam
menores os gradientes trmicos e as tenses geradas pelos mesmos. A taxa de resfriamento
deve estar entre 20 e 40 C/h. [14]
O revenido deve ser feito logo aps a soldagem, quando a pea atinja uma temperatura entre 50
e 70 C. A temperatura de revenido deve ser de 10 a 20 C menor que a temperatura usada no
revenimento no processo de fabricao da ferramenta. O perodo de manuteno da
temperatura de revenido deve ser de 2 h. [14]
20
Consumvel (AWS)
Aplicao
Bitola
(mm)
Composio qumica
AWS ER312
Amanteigamento
1,6
M / WSG 6 GZ 60 ST (DIN
Revestimento
1,6
0,5 2,8 0,46 9,5
1.4718)
duro
Tabela 4: Descrio dos consumveis utilizados nos testes
0,01 0,02
0,6
Esse pr-teste foi realizado com o intuito de estabelecer alguns parmetros para posteriormente
serem aplicados soldagem das matrizes. Esse ensaio submeteu um corpo de prova (CP) de
mesmo material, AISI/SAE D6, a um pr-aquecimento de 80 C +/- 20 C, temperatura
estabelecida pelo mtodo de soldagem por dupla camada, que sugere soldagem 100 C abaixo
da MS [14]. Com o CP devidamente aquecido, alguns cordes de inox 312 foram depositados,
variando-se a corrente, estes cordes esto mostrados na figura 5. Essa variao decrescente
teve como base informaes de catlogos de fornecedores que indicavam a faixa adequada para
o teste.
Outra regio soldada foi a transversal pea com o intuito de verificar como a dureza do
cordo se comportaria, pois segundo informaes do fornecedor seria atingida dureza prxima
58HRC j no segundo passe, sem tratamento trmico. Essa regio est indicada pelo nmero
1, na figura 5.
21
A figura 5 mostra as regies onde foram realizadas as soldas. Essas regies tm propostas
diferentes, ou seja, por se tratar de um pr-teste, para estabelecer os parmetros de soldagem,
foram realizadas soldas em diferentes correntes, indicadas na figura do nmero 2 ao 7. A
regio indicada pelo nmero 1 (corte transversal da pea) foi soldada com o intuito de medir a
dureza do revestimento duro e se apresentaria trincas posteriormente. A figura 6 mostra a
regio 1 em destaque.
Conforme mostrada na figura 6, essa regio foi soldada depositando uma camada de inox 312,
controlando a temperatura de interpasse, e posteriormente foram depositadas duas camadas de
22
Figura 7: Incio da trinca. Regio com aumento mostra o canto vivo, onde foi o incio da trinca.
De acordo com a figura 7 pode-se verificar que a trinca iniciou no rasgo da chaveta, regio que
muito solicitada durante o trabalho da roldana e devido concentrao de tenses existentes,
a trinca propagou, devido ao aquecimento e resfriamento durante o processo de solda.
Regio
1
2
3
4
5
6
7
Corrente (A)
100
80
100
100
80
80
60
23
Figura A
Figura B
Figura 8: Foto do ensaio por lquido penetrante. A figura A mostra o incio da revelao das trincas, onde
podemos ver o contorno de cada trinca. J na figura B pode-se ter uma noo da profundidade de cada trinca.
De acordo com a figura 8 verifica-se a presena de trinca prxima a todos os cordes, exceto
na regio identificada com o nmero 7. Essa regio no apresentou trincas por no ter ocorrido
a fuso do metal base, ou seja, como a corrente da mquina estava regulada para 60A, a
energia no foi suficiente para gerar a poa de fuso, e sim somente para fundir o metal de
adio. As demais regies, tanto com corrente de 80 e 100A apresentaram trincas nas regies
adjacentes aos cordes. Quando terminou a soldagem da regio 3 foi possvel escutar e
visualizar a trinca se propagando, como se fosse um vidro se quebrando. As demais somente
foram verificadas aps ensaio de LP.
Conforme pode ser analisado na figura 8, essas trincas iniciaram junto ao centro da pea. O
motivo do aparecimento das mesmas pode ter ocorrido devido ao gradiente trmico, ou seja,
como a temperatura de pr-aquecimento do corpo de prova estava muito prxima da ambiente,
quando a poa de fuso estava solidificando, a troca de calor entre o CP e a zona fundida foi
muito rpida. O gradiente trmico que somado qualquer efeito geomtrico concentrador de
tenses, como o canto vivo existente no centro do CP, podem ter superado a resistncia do
material levando ruptura do mesmo.
24
A presena de rechupes de cratera no final de todos os cordes pode ser visualizada. Esse
defeito tambm foi percebido na regio 1, conforme verificado na figura 9.
Uma corrente adequada para posteriores soldagens seria de 100A, pois o material apresentou
boa fusibilidade e foi possvel boa velocidade de solda, obtendo-se assim, um cordo de boa
qualidade.
A dureza da regio 1 foi medida em vrios pontos, onde a dureza mdia foi de 24HRC. Essa
regio foi soldada pelo mtodo de dupla camada, com amanteigamento, ou seja, foi depositada
uma camada de inox 312 e duas de revestimento duro. Entretanto a dureza ficou muito fora do
esperado, logo a vareta desse fornecedor foi descartada para o processo de parametrizao.
De acordo com os dados e resultados analisados no item 3.4.1., a corrente mnima a ser
utilizada para o mtodo da dupla camada seria de 80 A, visto que 60 A no foi suficiente para
fundir o metal base.
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Essa temperatura utilizada no pr-aquecimento, de 80 C +/- 20 C foi muito baixa, o que gerou
um gradiente trmico onde a poa de fuso resfriou muito rpido, e fatores geomtricos
concentradores de tenso favoreceram o aparecimento e propagao de trincas.
Uma alternativa seria testar o mtodo da dupla camada utilizando uma temperatura de praquecimento superior, entretanto que no ultrapassasse a MS, como por exemplo, 120 C +/20 C.
Como a dureza da regio 1 ficou muito fora do especificado para a conformao frio, o
consumvel desse fornecedor ser descartada e testes com outra vareta sero realizados.
Outra alternativa aparentemente vivel para o processo de reparo por soldagem desse ao o
mtodo de soldagem acima de MS, ou seja, como a MS do ao AISI D6 200 C [6], a
temperatura de pr-aquecimento tem de ser superior isto.
Esse mtodo foi realizado por ser uma alternativa mais vivel pelo fato de metal de base (MB)
ter alto percentual de carbono, em torno de 2%. Foram variadas as temperaturas de praquecimento, ps-aquecimento e os tipos de arame. A tabela 5 mostra as variveis para a
soldagem acima de MS dos corpos de prova.
Corpo de Temperatura de
prova pr-aquecimento
Tratamento trmico
Sem tratamento trmico
240 C +/-20 C
240 C +/-20 C
400 C +/- 20 C
Alvio de tenses de
680C por 2 horas
Alvio de tenses de
400C por 1 hora.
A tabela 5 informa os trs tipos de soldagem acima de MS que foram feitos. O CP A foi
aquecido em 240 C +/-20 C por 1 hora e depositou-se uma camada de inox 312, controlando
a temperatura de interpasse at 260 C. Posteriormente foram depositadas trs camadas de
revestimento duro e deixado resfriar em areia mantida temperatura ambiente.
26
O CP B sofreu aquecimento por 1 hora na faixa de 240 C +/-20 C e foram depositadas trs
camadas de revestimento duro, controlando o interpasse de at 260 C. Ainda quente, foi
submetido a um tratamento trmico de alvio de tenses por 2 horas, 680 C e resfriado em
areia previamente aquecida em 680C. Essa temperatura foi escolhida devido faixa de
temperatura para tratamento trmico de alvio de tenses do D6 ser de 720 a 820 C [6] e de
acordo com o fabricante Bohler [14] deve-se utilizar a temperatura de 10 a 20 C inferior ao
revenido para no sobrerevenir a ferramenta.
O CP C foi previamente aquecido em 400 C +/- 20 C por um perodo de 2 horas e trs
camadas de revestimento duro foram depositadas. Ainda quente, foi submetido a um
tratamento trmico para alvio de tenses em 400 C por 1 hora. Posteriormente foi resfriado
em areia temperatura ambiente.
27
II
Figura 10: Foto do corpo de prova A. A trinca acompanha o contorno da ZAC, conforme pode ser visto em I,
vista superior e em II, vista lateral.
28
II
Figura 12: Ensaio de lquido penetrante do CP C. I) LP aps 24h da soldagem. II) LP 75h aps a soldagem.
Conforme pode ser analisado na figura 11, o CP B no apresentou nenhuma trinca 24h aps
o teste, entretanto a dureza caiu muito devido ao alvio de tenses realizado em 680 C por 2h.
A dureza atingida foi de 45HRC. As variveis tempo e temperatura desse tratamento trmico
foram altas o suficiente para, de acordo com o diagrama TTT (figura 13), formar perlita, o que
diminuiu sensivelmente a dureza.
29
30
4.3. Aplicao do mtodo utilizado no CP B.
Conforme verificado no item 3.4.2.1, o mtodo de soldagem testado que pode ser aproveitado
o mtodo aplicado ao CP B. Esse mtodo foi aplicado uma matriz de furao dos tampos
que se encontrava em uma situao danificada, conforme figura 14.
31
Figura 15. Ensaio por LP realizado na parte externa da matriz e parte interna, respectivamente.
Conforme analise da figura 15, a matriz no apresentou trincas, nem na parte superior e nem na
parte interna tambm. A pea foi submetida usinagem e ser colocada para trabalhar, assim
poder ser verificada a integridade do teste.
Considerando que o custo de uma matriz nova de R$ 798,00, e o reparo da mesma teve um
custo de R$ 341,32, a economia somente dessa matriz de 57,23%, ou seja, de R$ 456,68.
A vida dessa ferramenta ser analisada, visto que se apresentar uma vida de trabalho curta em
relao s demais matrizes talvez esse reparo no seja eficiente. Uma anlise estatstica ser
realizada durante o trabalho da mesma.
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5. CONCLUSO
Esse estudo revela que muitas variveis esto envolvidas nesse processo e que muito tem-se
ainda a pesquisar e testar. Esses testes preliminares deram uma noo de como o ao
ferramenta D6 pode ser reparado, mesmo que apenas uma das condies tenha sido
aproveitada.
Essa condio que foi positiva, no caso do presente estudo do CP B foi aplicada em uma
matriz para furao dos tampos dos vasos de presso da empresa Schulz S/A. Algumas
alteraes foram feitas para aproximar os resultados sem que fosse necessrio um segundo
tratamento trmico, visto que a indstria visa-se sempre o menor custo para qualquer projeto.
Algumas observaes tm que ser levantadas, pois por mais que aparentemente a matriz de
furao dos tampos apresentou bons resultados temos que considerar o reparo como positivo
somente depois de algumas horas de trabalho. Isto dito porque pode haver alguma microtrinca, poro, algum defeito que, devido ao trabalho cclico, pode fadigar a matriz.
Alternativas podem ser mais viveis do que a encontrada, porm devido ao trmino de meu
perodo de estgio na empresa no ser possvel desenvolver esse trabalho por hora.
A condio de soldagem abaixo da MS pelo mtodo da dupla camada pode ser uma alternativa
mais barata, entretanto a temperatura na qual o teste foi realizado no se aplica. Uma
temperatura superior pode suprir as caractersticas requeridas no teste.
Alguns objetivos foram alcanados, como a identificao da condio menos crtica para
reparo das ferramentas de corte para a empresa e a reduo de custo que esse estudo pode
gerar, visto que na empresa existe uma grande quantidade de matrizes a serem recuperadas, e
apresentam-se em diferentes situaes, o que dever ser estudado com cautela.
A equipe dos reservatrios far um acompanhamento de trabalho desta ferramenta, visto que se
vir a apresentar vida til curta, alternativas tero que ser estudadas.
33
6. REFERNCIAS.
[2]
HEAT
TECH.
Aos
Ferramenta:
informaes
bsicas.
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<http://www.heattech.com.br/publicacoes/FOLDER_ACOS_FERRAMENTA.pdf>.
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[3] AMERICAN WELDING SOCIETY, Welding Handbook : Metals and their weldability,
Seventh Edition, Volume 4, 1982, Captulo 3: Tools and Die Steel, p. 148 -166.
[4] CHIAVERINI, Vicente. Aos e Ferros Fundidos. 6. Ed. So Paulo: Associao Brasileira
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Revenido
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[6] BOHLER. Cold Work Tool Steel: K107. Disponvel em: <http://www.bohleredelstahl.com/files/K107DE.pdf >. Acesso em 24 fevereiro 2010.
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[8] The American Society Mechanical Engineers. ASME Bolier and Pressure Vessels Code
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[9] BOHRQUEZ, C. E. N.; Preciado, W. T. Reparos por soldagem de moldes para plsticos:
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TIBURI,
Fbio.
Qualidade
em
Soldagem.
Dossi
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[13] LINCOLN ELECTRIC Co. The Procedure Handbook of arc Welding. 14th. Ed. USA,
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[14] UDDEHOLM. Carmo: Prehardened cold work tool steel for car body dies. Disponvel em:
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