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Agressividade

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REVISTA CIENTFICA ELETNICA DE PSICOLOGIA ISSN: 1806-0625

Ano VI Nmero 11 Novembro de 2008 Peridicos Semestral

AGRESSIVIDADE INFANTIL: POSSIVEIS CAUSAS E CONSEQNCIAS


SANTOS, Ellen Fernanda
Discente do Curso de Psicologia da Faculdade de Cincias da Sade FASU/ACEG
GARA/SP BRASIL
e-mail: santos.ellen@yahoo.com.br

RESUMO
A agressividade infantil algo ainda pouco discutido e ignorado. A importncia deste
artigo justifica-se pelo nmero cada vez maior de crianas que apresentam a agressividade em
desacordo com o que socialmente considerado normal. Seu objetivo foi, atravs de
levantamento bibliogrfico, definir quais so as possveis causas de uma agressividade infantil
mal atuada e suas conseqncias. Quanto s causas acredita-se que venha da interao
gentica com o meio a que a criana est inserida e carncia em prticas disciplinares claras e
coerentes. As conseqncias muitas vezes passam do mbito familiar e vo refletir de modo a
prejudic-lo em sua fase adulta.

PALAVRAS-CHAVE: Agressividade infantil, Bullying, Agresso.

ABSTRACT
Children rage is something not discussed as it should be, and ignored at all. The
importance of this article is justified by the growing number of children that shows rage above
what is considered normal. The point of this writ was, by bibliographic research, define what are
the possible origins of a child rage bad actualized and its consequences. About its reasons it is
believed that it comes from genetic interaction with its childhood and absence of clear and
coherent disciplinary practices. The consequences, most of times, pass from the familiar habitat
and harm adult life.

KEY-WORDS: Infantile aggressiveness, Bullying, Aggression.

1. INTRODUO
A agressividade infantil caracterstica de atuao normal em fase
inicial do desenvolvimento do individuo. Essa fase, que transitria e
passageira reflete suas conseqncias em fases posteriores da vida. So cada
vez mais freqentes os casos em que, por motivos que sero discutidos mais a
Revista Cientfica Eletrnica de Psicologia uma publicao semestral da Faculdade de Cincias da
Sade de Gara FASU/FAEF e Editora FAEF, mantidas pela Associao Cultural e Educacional de Gara
ACEG. Rua das Flores, 740 Vila Labienpolis CEP: 17400-000 Gara/SP Tel: (0**14) 3407-8000
www.revista.inf.br www.editorafaef.com.br www.faef.br.

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frente, a criana no a vivncia conforme o considerado prximo ao saudvel.


Os pais, na maioria das vezes por desconhecerem os fatores causais ou
mesmo negligenciarem a agressividade de seu filho contribuem para sua
acentuao. Dessa forma podemos contemplar cada vez mais os reflexos em
adultos atuando agressividade excessiva, violncia, delinqncia e diversos
outros comportamentos tidos como anti-sociais. Ento, quais as possveis
causas e influncias para que isso ocorra de modo a ser considerado anormal
e malfico a criana e as suas conseqncias?
A agressividade infantil debrua-se em diversos fatores que rodeiam as
primeiras fases do desenvolvimento infantil. Tendo a famlia, em especial a
me, grande importncia e responsabilidade para que esse aspecto do
desenvolvimento ocorra de maneira saudvel e normal a criana. Atravs de
alguns autores sero expostos de forma sucinta alguns dos possveis fatores
que levam a criana a atuar a agressividade de modo anormal em relao ao
aceitvel socialmente e quais as conseqncias acarretadas a vida do pequeno
atuante e seus familiares. Foi realizado o levantamento na literatura pertinente
ao tema Agressividade Infantil, Bullying e Agresso nos principais sites de
buscas para peridicos: Scielo, Scholar.google, Lilacs, RedePsi e outros; bem
como no acervo bibliogrfico da Associao Cultural e Educacional de Gara
SP. Aos artigos consultados foram aplicados tratamentos qualitativos.

2. POSSIVEIS CAUSAS E CONSEQNCIAS DA AGRESSIVIDADE


INFANTIL
Como ressaltado anteriormente, ser discutido de forma sucinta e objetiva
as possveis causas e as conseqncias da agressividade infantil mal atuada
abrangendo a criana e queles de seu convvio familiar e social.
2.1. A Origem da Agressividade
A personalidade formada a partir das vivncias do indivduo. A ela
est a responsabilidade de organizar os sistemas internos e externos que
constituem cada ser de forma individual e subjetiva. Seu desenvolvimento e
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formao se daro atravs da absoro e reflexo de todas as influncias as


quais a criana encontra-se exposta. Sua atuao ocorre de acordo com a
vontade da criana. E nessa contnua de a criana absorver e refletir atitudes
daqueles que a rodeiam que a agressividade atuar de modo a prover a
satisfao criana de alguma de suas bases que ora se encontram confusas
ora inexistentes.
No desenvolvimento afetivo a frustrao que a me tem de exercer no
filho no inicio o sensibilizar a frustrao em geral. Para Mucchielli (1963) o
Eu adquire conscincia de si atravs da oposio e por ela que vivenciar
uma experincia e se moldar sob a resistncia de um no-Eu. Tanto a
submisso quanto a frustrao excessiva so graves fatores patognicos que
desenvolvero um Eu anormal, insuficiente e perturbador. As fases como:
desmame, educao do asseio, reao ao negativismo dos trs anos, reao
ao nascimento de um irmo ou irm, reao s atitudes dos progenitores; so
importantes quadros que, quando no vivenciados de modo saudvel, so
fortes contribuintes para uma agressividade anormal.
preciso ressaltar que no so raros os casos em que os pais
desconhecem ou ignoram um dos fatores mais importantes na reverso da
agressividade, a sua origem. A importncia em se conhecer a origem da
agressividade, que ser fundamental na reverso deste processo, destacada
por Campos (2004). Mesmo admitindo a existncia de discordncia quanto
origem, acredita que tal comportamento advenha da interao gentica com o
meio que a criana est inserida, sendo sua atuao particular a cada
indivduo. Para ela h caractersticas inatas que surgem de acordo com cada
perodo do desenvolvimento da criana de modo particular. Normalmente
manipulativa e seu objetivo o de conseguir satisfazer suas necessidades.
Quando em um ambiente provedor do apoio necessrio tal conduta
naturalmente tende a ser controlada e se modifica a posturas aceitas
socialmente.

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As crianas as quais apresentam sua agressividade em desacordo com


o que considerado prximo ao normal e saudvel podem ter relao com
fatores tais como pais que no apresentam clareza e coerncia em sua postura
quanto a sua educao e limites, a violncia domstica a qual est inserido ou
ainda o seu ambiente escolar. Visto que a criana super influenciada por
seu ambiente familiar e social. Para Tvora (2007) uma vez que o ambiente
onde a criana se encontra a trata como um problema indesejvel ir atenuar
os problemas de tal modo que a criana no se aceitando torna-se ainda mais
agressiva. Visto que ela demonstra sua agressividade a fim de despertar nos
pais os sentimentos internos no percebidos pelos mesmos.
Maia e Vilhena (2003) apontam que a base de tal comportamento
encontra-se inicialmente nos pilares parentais, na falha das funes maternal e
paternal. Onde a agressividade seria o meio pelo qual a criana buscaria
resolver a inverso de papis, ou a sua diluio, a que muitas vezes encontrase. Ento, a exemplo dos pais, a criana vivenciar de forma simblica uma
eterna adolescncia. Nessa confuso de papis os pais encontram-se em um
ideal de adultescncia e constituem uma famlia adolescente que no
fornecer papel ao qual se encaixe a criana e os adultos de forma distinta, de
modo

que

muitas

vezes

esses

papis

apresentam-se

confusos

ou

simplesmente inexistentes.
Para Winnicott (1982), direta ou indiretamente constitui reao
frustrao. Onde, muitas vezes, haver a necessidade de ser enfrentado por
algum que impea possveis danos. Em outros momentos apenas atua
impulsos atravs de determinado tipo oposto. Onde, na criana de mais idade,
construo e agresso constituem relao entre si. J nos primeiros anos de
vida h conjugao de amor e agressividade no impulso de morder. Sendo a
me a provedora responsvel a dar assistncia para uma atuao saudvel.
importante considerarmos a subjetividade humana, a individualidade e
a vivncia de cada um. Cada um dos fatores aqui apresentados no
necessariamente apresentar-se-o a todos os indivduos, muitas vezes eles
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inexistem ou no chegam a ser prejudiciais a criana. Cabe salientar tambm a


existncia de diversos outros motivos que aqui no encontram-se descritos,
porm no menos importantes. Para entender a agressividade infantil preciso
entender a subjetividade do indivduo inserido na sua problemtica. Isto
significa considerar o contexto histrico-social de forma individual, nica.
preciso que sejam avaliados aspectos da criana e da famlia, tais como: idade,
sexo, estrutura familiar, condio socioeconmica, ano escolar, os aspectos do
comportamento agressivo e outros. Tambm importante esclarecer algumas
das possveis conseqncias da agressividade quando mal atuada em mbito
familiar, social e individual. Como se dar o convvio do pequeno com os outras
pessoas em geral e consigo.

2.2. As Possveis Conseqncias


Pode nos ocorrer acharmos muito erroneamente que crianas
agressivas apresentaro apenas atitudes bvias de agressividade. No nos
ocorre, porm, que muitas vezes essa criana poder sofrer de forma
silenciosa e assim reprimir essa agressividade de modo, muitas vezes, a se
afastar do convvio social. As conseqncias sero tantas quanto queles
casos em que se pode observar agressividade sem que uma avaliao
profunda seja feita. Este artigo tem a pretenso de apresent-las de modo
sucinto

abrangendo

comportamento

algumas

agressivo

na

das
criana.

conseqncias

resultantes

do

se

do

criana

ao

afastar

comportamento socialmente considerado normal e que continua a manifestar


comportamentos agressivos, segundo Dias (2008), pode apresent-los de
modo seletivo onde atuar apenas com determinadas pessoas ou lugares. De
outro modo, este mais grave que o primeiro, a criana no apresenta tolerncia
a qualquer frustrao e responde a tal situao quando frustrada.
Os diferentes caminhos que a agressividade ir percorrer, segundo Maia
(2007), dependero do ambiente onde o indivduo est inserido. Ficando me
a responsabilidade irrestrita de ser objeto de frustrao para a criana. quela
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que souber propiciar um ambiente facilitador, permitindo ao filho exercer,


vivenciar e sobreviver agressividade. Nesse o desenvolvimento ocorrer de
maneira saudvel. Porm, em um ambiente contrrio ao anterior, onde muitas
vezes as manifestaes agressivas nem mesmo so percebidas, haver a
necessidade de demonstrar mais comportamentos agressivos.
Se a criana tiver um ambiente facilitador (...) poder exercer sua
agressividade, vivenci-la e sobrevier a ela, integrando-se como um
ser total. Se o ambiente no tiver sido propcio nem facilitador, (...)
esta criana continuar a procurar bolos at encontrar um que resista
a seus ataques e ela possa com-lo e internaliz-lo como sendo seu.
(Maia, 2007)

Segundo Pavarino, Del Prette e Del Prette (2005), no h correlao


entre comportamento emptico e agressivo, nem diferenciao entre idade ou
sexo. Porm meninos apresentam maior comportamento agressivo, enquanto
as meninas apresentam maior comportamento emptico. Ressaltando a ntima
ligao com fatores de risco ao desenvolvimento e aprendizagem. Reaes
mais elaboradas so mais freqentes com a idade e, tambm a fora fsica.
Silvares (2000) observa que as prticas parentais pobres em disciplinas e
monitoramento da criana propiciam condies iniciais aos problemas de
conduta. Aponta influncia de quatro variveis comportamento dos avs,
comportamento dos pais, variveis scio-demogrficos e estressores
familiares. Essas crianas encontram dificuldades em inserir-se em grupos e
passam por falhas acadmicas, encaminhando-se a delinqncia, quando
adolescentes.
A influncia dos pais, que muitas vezes mal orientados e at mesmo
negligentes, estimulam na criana salientada categoricamente pelo
predominante nmero de pesquisadores que pesquisam a agressividade
infantil. Tambm para Frana e Yaegashi (2005), os pais tm importante
influncia no desenvolvimento da agressividade das crianas. Onde, muitas
vezes no conseguem impor limites e disciplinar, no percebem as
demonstraes de agressividade de seus filhos. Estes, por sua vez,
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expressam-se de modo gradual, indo do sutil ao comportamento exagerado.


Possibilitando iniciar-se mesmo antes de o nascimento, independendo de sua
classe social. Fica aos pais a responsabilidade de balancear a educao,
permitindo que as crianas expressem suas emoes e a eles tambm
frustrarem os excessos.
As crianas que convivem em meio a certa carncia afetiva em
mbito familiar segundo Bordin e Offord (2000) caracterizam-se por sua
marcante falta de esperana, onde seus reflexos esto em comportamentos
ansiosos em resgatar ou encontrar algo que lhe foi bom. Na busca pelo objeto
que lhe servir de provedor, estabilizador e que suportar e ser
repetitivamente testado por seus atos agressivos, seu objetivo procurado e
encontrado mantido preservado. Salientam a importncia que representa a
contribuio da criana para o relacionamento familiar. Os filhos muito
trabalhosos, que so para os pais demasiado difceis de lidar e com
comportamentos agressivos, tm para si sua parcela de contribuio a
desorganizao familiar e desequilbrio no relacionamento conjugal fragilizado.
Na

criana

de

mais

idade

comportamentos

incmodos

perturbadores rotineiramente encontram-se envolvidos a atividades perigosas.


No h por parte dos agressores qualquer sinal de sofrimento psquico ou
constrangimento em relao a sua postura de sempre invadir os direitos dos
outros. Causando quase sempre maior impacto no outro que a si mesmo. Nos
comportamentos anti-sociais a atenuante reside na persistncia em manter tais
atitudes, mesmo face a conseqncias negativas.
No se pode deixar de salientar novamente que, mesmo que grande
parte das crianas ditas agressivas adote comportamentos mais elaborados e
difceis de lidar, uma agressividade vivida de maneira retrada e silenciosa
tambm no algo raro. Muitas vezes a criana demasiado aptica e passiva
pode ter encontrando no aparente silncio a nica maneira de expressar que
algo a est incomodando. Essas crianas muitas vezes apresentaro
comportamentos de fuga, excluso, apatia, aparente desinteresse por
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atividades em grupos e muitas vezes desinteresse escolar. Ambos os casos


so demasiado difceis aos pais, professores e a sociedade em geral. Porm,
enquanto no primeiro caso h maior facilidade em se reconhecer as
necessidades da criana no segundo necessitar de maior sensibilidade e
observao quanto ao comportamento da criana.

3. CONSIDERAES FINAIS
notvel o contnuo aumento do nmero de crianas que apresentam
comportamentos demasiado agressivos. Paralelo a isso os pilares familiares
sofreram algumas mudanas importantes na estruturao familiar. Atualmente
a responsabilidade da manuteno familiar recai sobre ambos, a figura materna
e paterna. Resultante disso as crianas passam a maior parte do tempo em
instituies escolares ou com pessoas fora do seu crculo familiar. Como dito
anteriormente, a maior responsabilidade por uma frustrao e manuteno
sadia da agressividade infantil direcionada a me e posteriormente ao pai.
Essas crianas ao sentirem a ausncia e a necessidade de suas bases
estruturais apresentaro comportamentos em desacordo com os aceitveis
socialmente para, de algum modo, conseguirem a sua maneira a satisfao s
suas necessidades.
Englobando todos os fatores aqui apresentados o presente artigo
procurou considerar de modo breve e sucinto alguns dos possveis fatores
causais na criana agressiva e suas conseqncias. O mesmo no teve a
pretenso de dissertar de modo abrangente e sim partindo da premissa de
expor os motivos considerados como importantes e de maior incidncia.
Atravs dos autores apresentados aqui foi possvel observar que no
existe na agressividade um nico fator motivacional. O que existe sim um
conjunto de fatores, que, ao encontram-se em um momento frgil no
desenvolvimento instalam-se e prejudicam desde a criana, sua famlia e as
pessoas de seu convvio.

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O presente artigo fundamentou-se, na tentativa de colaborar para uma


maior abertura e interesse tanto para pesquisadores quanto aos leitores, de
modo objetivo e simplista. Com a inteno de ajudar os mesmos com um maior
embasamento terico sobre as causas e as conseqncias da agressividade
infantil.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:
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