Lógica e Interpretação de Dados
Lógica e Interpretação de Dados
Lógica e Interpretação de Dados
de Dados
Mdulo I
Professor
Valter Pedro Batista
Introduo Lgica
Viu como a arte pode ser um desafio nossa inteligncia? nossa capacidade de conhecimento?
No artigo 1 da Declarao Universal dos Direitos Humanos podemos ler: todos os homens so
dotados de razo e conscincia. Parece tratar do bvio, no mesmo? Todo ser humano tem
inteligncia com capacidade para pensar, ou seja, prprio do homem pensar, refletir, raciocinar e
conhecer os prprios pensamentos.
Voc j parou para pensar no que seja aquilo que todo professor indica:
- Agora faam uma reflexo sobre...
Mas ento, o que reflexo?
Isso mesmo, o homem. Portanto o homem (o cognoscente) se depara com trs modos bsicos de
conhecer o objeto (o cognoscvel).
Esses trs tipos de conhecimento se diferenciam pela forma como voc, cognoscente capta/acessa
as propriedades do cognoscvel:
1. Se as propriedades do objeto so acessadas pelos sentidos, denominamos esse tipo
de conhecimento como sensorial ou emprico.
O homem toma contato com a realidade atravs dos cincos sentidos, assim como qualquer outro
animal. Portanto conhecemos o frio e o calor atravs do contato com molculas em movimento
sobre nosso corpo. De fato, os sentidos so o ponto de partida para o conhecimento do gosto
amargo, bem como para os sons que como ondas sonoras nos chegam aos tmpanos, etc.
Para Pensar:
realidade pelos sentidos, ou seja, pela capacidade de abstrao conseguimos fazer perdurar a
imagem o conceito e com ele raciocinamos combinando-os, ultrapassando as singularidades
dos objetos.
Ultrapassar a singularidade do objeto poder tom-lo em seus aspectos universais. Voc pode
pensar em flor, sem que necessariamente seja de uma determinada espcie, perfume e colorao.
Voc consegue combinar a ideia de flor com adjetivos, ou seja, qualidades, predicados?
Sim, voc consegue!
Exemplo: Flor bonita, flor desidratada, flor branca, etc.
Que interessante, no acha?
Perceba que na combinao entre as propriedades captadas dos objetos podemos comparar
analisar, combinar, compor, decompor criando conceitos, definies e, leis valiosas para o
entendimento humano acerca da realidade.
Pense bem! por conta dessa capacidade, que chamamos conhecimento lgico ou intelectual, que
voc raciocina sobre as figuras geomtricas, os nmeros, a relao causa-efeito, quantidade,
qualidade, a gravitao dos corpos, a movimentao, etc.
A busca do conhecimento
Voc j pode afirmar que pelo sentido, pelo raciocnio e, pela f chegou ao conhecimento. Mas qual
desses conhecimentos pode afirmar como sendo o verdadeiro? Entre eles, qual o mais objetivo, ou
seja, aquele que pode nos dar uma certeza maior?
No sculo XVI, o filsofo Ren Descartes (1596 1650) em seu famoso livro Discurso do Mtodo
nos leva reflexo sobre as certeza/incertezas de todos os tipos de conhecimento.
Leia um trecho abaixo:
Ao considerar que os nossos sentidos s vezes nos enganam, quis presumir que no existia nada que fosse tal como
ele nos faz imaginar. E, por existirem homens que se enganam ao raciocinar, mesmo no que se refere s mais simples
noes de geometria, e cometem paralogismos, rejeitei como falsas, achando que estava sujeito a me enganar como
qualquer outro, todas as razes que eu tomara at ento por demonstraes. E, enfim, considerando que quaisquer
pensamentos que nos ocorrem quando estamos acordados nos podem tambm ocorrer enquanto dormimos, sem que
exista nenhum, nesse caso, que seja correto, decidi fazer de conta que todas as coisas que at ento haviam entrado
no meu esprito no eram mais corretas do que as iluses de meus sonhos. Porm, logo em seguida, percebi que, ao
mesmo tempo em que eu queria pensar que tudo era falso, fazia-se necessrio que eu, que pensava, fosse alguma
coisa. E, ao notar que esta verdade: eu penso, logo existo, era to slida e to correta que as mais extravagantes
suposies dos cticos no seriam capazes de lhe causar abalo, julguei que podia consider-la, sem escrpulo algum,
o primeiro princpio da filosofia que eu procurava.
DESCARTES, Ren
Espero que voc, assim como eu, tenha se entusiasmado com as ideias contidas nessa obra.
Convido voc a ler um pouco mais da obra, clique na figura imagem de Ren Descartes.
Link: http://www.josenorberto.com.br/DESCARTES_Discurso_do_m%C3%A9todo_Completo.pdf
Caminhamos entre dvidas. Os tipos de conhecimentos nos presenteiam dvidas, bem como
algumas certezas. Ainda que, ns seres humanos tenhamos desenvolvido potencialidades que nos
distanciam dos demais seres vivos, ainda assim somos limitados na capacidade de captao das
propriedades dos objetos, por isso nos deparamos ora com a verdade de algo, ora com uma
contestao que pe em xeque as certezas outrora encontradas.
Link: http://teoriadoconhecimentoii.blogspot.com.br/2010/05/galileu-galilei-1564-1642-metodo.html
A importncia do conhecimento
O conhecimento, a racionalidade, nos torna humana e superiores aos outros seres. Como diz Blaise
Pascal, o homem frgil, um gro de matria no universo, mas esse quase nada pensa,
raciocina, conhece.
A importncia do conhecimento imensa. Tanto, que vamos examinar trs razes por que
necessitamos dele.
Conhecer para satisfazer a curiosidade.
o espanto, a surpresa perante o novo que desencadeia nossa atividade intelectual. Comeamos
a pensar quando estamos diante do no familiar, do estranho. Como seres racionais, impe-se a
ns a necessidade de entender, de ter explicao.
Essa necessidade j se faz sentir na conhecida curiosidade infantil. Desde cedo, a criana quer
saber o qu, como e o porqu das coisas. E carregamos essa curiosidade a vida toda.
Negar respostas aos homens desrespeit-los em sua prpria natureza. A ignorncia talvez a
raiz de todos os outros males, porque fere o homem no que lhe mais especfico: a racionalidade.
Da a gravidade social do descaso pela educao: ele impede a democratizao do conhecimento,
o acesso conscincia das condies de vida dos indivduos e de como melhor-las... Da tambm
a grande injustia social representada pela manipulao das informaes, pela massificao dos
meios de comunicao, que tira do indivduo o direito de livre escolha, j que ele fica sem condies
de optar corretamente.
Como seres racionais, cabe-nos o direito de possuir dados objetivos para analisar. Nosso
comportamento no pode ser a simples manifestao do que nos condicionam a responder.
Conhecer para se sentir seguro
O espanto perante o novo gera angstia, por no sabermos como nos afeta a realidade
desconhecida. Observe como nos sentimos num ambiente estranho; como nos sentimos antes e
durante um primeiro encontro; como se sentem pessoas com doenas ainda no curveis; ou
como nos sentimos em relao ao ps-morte. Nossa segurana psicolgica depende da posse
de informaes objetivas que nos permitem dominar a realidade nossa volta.
A desinformao e a falta de incentivo ao conhecimento, reflexo e anlise constituem a forma
mais cruel de manter o homem e sociedades inteiras assustados e, angustiados em sua ignorncia.
Nessas condies, no h crescimento humano possvel, pois o homem est encurralado e o seu
papel de sujeito est vago! Infelizmente, h os que preferem manter o povo assim, acreditando que
gado assustado segue o chicote....
Conhecer para transformar
Conhecer para o homem uma questo de sobrevivncia. Os seres vivos, para sobreviver, em
geral adaptam-se ao meio. Conhecendo o meio, o homem adapta-se a ele e o transforma.
Nossos ancestrais, ao procurar uma proteo segura contra o vento, o sol, a chuva, o frio,
comearam a fazer simples abrigos, semelhana das casas do Joo-de-barro.
Hoje, a casa do homem tem iluminao eltrica, gua corrente (quente e fria), dezenas de
andares, escadas e elevadores, paredes de ao e concreto, calefao central e ar refrigerado. A
casa do Joo-de-barro, porm, sequer tem portas. Tem permanecido inaltervel ao longo dos
anos. O Joo-de-barro no entende, no explica, no transforma: apenas adapta-se.
Em geral, as transformaes melhoram a qualidade de vida. S que a maior parte da humanidade
ainda no tem acesso sequer aos bens mnimos necessrios vida.
Fonte: Para Filosofar. So Paulo: Scipione, 1997; p.32-34.
Lgica e Interpretao
de Dados
Mdulo II
Professor
Valter Pedro Batista
A LGICA
Intellectum Valde Ama
Ama muito a inteligncia
(Santo Agostinho)
A
C
C
B
A
B
Concluindo:
A Lgica se ocupa de estudar as FORMAS DO PENSAMENTO. Porm, seus contedos so
estudos de diversas cincias. Nos exemplos acima, por exemplo: a Psicologia e a
Hidrografia...
3. DEFINIO DE LGICA
Lgica vem do grego LOGOS que significa: palavra, tratado, razo, etc.
Podemos, pois, definir a Lgica:
o estudo das formas gerais de nosso pensamento.
(Lgica como Cincia).
Conjunto de normas para pensar retamente.
(Lgica como Arte).
Outras definies:
A Cincia da demonstrao. (Aristteles)
Arte de Discernir o verdadeiro do falso. (Ccero)
Regra para direo da razo. (Ren Descartes)
uma cincia que nos ensina a pensar bem. (Bossuet)
Considero como Arte: O conjunto de regras que dirigem nosso pensamento... (Mercier)
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A lgica formal pode ser dividida em dois grupos: lgica proposicional e lgica de predicados.
Leibniz visto por muitos como a mente que iniciou o conceito de lgica formal ou
matemtica, que aborda as questes centrais da matemtica. No entanto, s depois de 1890,
com Peano, comeou a interrogao a respeito da consistncia de axiomas. Alguns
importantes princpios da lgica formal se encontram na obra The Mathematical Analysis of
Logic (Anlise Matemtica da Lgica), da autoria de George Boole (autor da lgica ou lgebra
de Boole).
Lgica proposicional
A lgica proposicional uma rea da lgica que examina os raciocnios de acordo com as
relaes entre oraes (proposies), as unidades mnimas do discurso, que podem ser
verdadeiras ou falsas.
Fonte: http://www.significados.com.br/logica/
Perceba que ao estudar os tipos de lgicas, vemos que todas elas apontam a construo do
pensamento como o ncleo de sua ateno. E nisso que voc tambm dever focar.
4) DIVISO DA LGICA
Segundo Jolivet (1963), a Lgica pretende fornecer as condies para que as operaes
intelectuais possam ser corretas. Assim, essas condies podero ser reunidas em duas
categorias. J tratamos disso, guardando as devidas propores, quando iniciamos esse
mdulo.
a) Lgica Menor ou Lgica Formal a parte que trata da forma correta dos pensamentos,
ou seja, ela procede de modo tal a permitir a correo dos processos intelectivos para que
haja o ajustamento do pensamento consigo mesmo. Donde, iremos abordar as 03 operaes
do esprito:
a simples apreenso formao do conceito/ideia das coisas, o juzo formao das
proposies/juzos, e, o raciocnio formao das argumentaes.
b) Lgica Maior ou Lgica Material a parte que trata da matria, ou seja, do contedo
sobre o qual o pensamento se debrua. Assim, temos na anlise da matria, os modos
variados de percepo da realidade no que tange os mtodos das matemticas, da fsica,
da biologia, da psicologia, da teologia, bem como das demais ramificaes cientficas. Aqui
cabe indicarmos, inclusive, que no estudo das condies de certeza, podemos avanar na
compreenso do que sejam as falcias, comumente presentes no modo como conduzimos
nossa percepo da realidade sobre as Falcias, voc ter a oportunidade de melhor
estud-las no Mdulo IV desse curso.
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5. O CONCEITO
Uma Ideia como um meteoro
(Victor Hugo)
O elemento mais simples que compe nosso pensamento o conceito ou a ideia.
1. Conhecimento sensvel e conhecimento intelectual
No homem h duas faculdades de conhecimento:
a) Os sentidos tato, viso, olfato, paladar e viso - (Conhecimento Sensvel).
b) O Entendimento (Conhecimento Intelectual)
H uma grande diferena entre o modo de conhecer atravs dos sentidos e, o modo de
conhecer pelo entendimento. Tomemos o exemplo do relgio.
1.1 Os Sentidos
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1.2 O Entendimento
Aquilo que conhecimento, no apenas a imagem e, sim a ideia e o conceito. Desta forma
surge em minha mente a representao intelectual de relgio (No deste relgio, como
ocorre no conhecimento sensvel).
Este conceito :
- Abstrato: Pois representa o objeto prescindindo das suas ideias singulares (Representame o relgio, prescindindo de que tenha tal cor e/ou tal forma...)
- Universal: J que o conceito convm no a um s objeto, mas a muitos objetos (Em nosso
caso, no apenas a este relgio e, sim a todos os relgios que existem ou possam existir).
Pode-se concluir que um conceito universal quando nos d uma representao intelectual
abstrata e universal de um objeto.
Pelo que voc acabou de ler, podemos definir desta forma:
1. Algumas diferenas:
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Se voc compreender bem o que conceito, ser fcil distingui-lo dos sentidos.
No exemplo citado relgio, temos:
1.1 O percebido Um objeto captado pelos sentidos: este relgio em concreto.
1.2 O imaginado Uma representao imaginria. Exemplo: um relgio que eu posso
imaginar.
1.3 O recordado a reproduo mental de algo passado. Exemplo: certo relgio que vi numa
relojoaria.
Resumindo: tanto o sentido, percebido, o imaginado como o recordado so graus de
conhecimento sensvel, isto , algo concreto, singular e universal.
2. Compreenso e extenso dos conceitos
2.1 a compreenso: o conjunto de notas que constituem o conceito. Exemplo homemanimal-racional.
Animal e racional so as duas notas que constituem o conceito de homem.
Linha - sucesso de pontos.
Quadrado - polgono de quatro lados iguais.
2.2 a extenso: o nmero e classe de indivduos aos quais se podem aplicar o conceito.
Exemplo: Vertebrados, aplica-se aos mamferos, aves, rpteis, peixes, anfbios,...
Leo - somente se aplica a um determinado grupo de indivduos.
2.3 Regras da compreenso e extenso dos conceitos.
A compreenso e extenso de um conceito esto em razo inversa.
Quer dizer que:
Quanto maior a compreenso menor a extenso
Quanto maior a extenso - menor a compreenso
Exemplos: Se aumentarmos a compreenso do conceito homem, dizendo homem
europeu, diminui a extenso, pois j no se pode aplicar a todos os homens, mas somente
aos da Europa.
Na compreenso e extenso dos conceitos existem casos limites.
A. O conceito SER tem a compreenso um (O SER), e extenso infinita.
B. No conceito Casemiro Perez a compreenso ampla e a extenso reduzida a um
indivduo.
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5. Os predicados
O que so?
Os predicados, ou tambm chamados modos de atribuio, so cinco: ESPCIE,
GNERO, DIFERENA ESPECFICA, PROPRIEDADE E ACIDENTE.
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5.2 Se o que se predica for algo acidental, tm-se dois modos de atribuio ou dois
predicados no essenciais.
a) Propriedade (ou prprio) - quando se predica uma qualidade que no sendo essencial,
necessria espcie, porque sem ser essencial, surge da prpria essncia.
Exemplo: Joo capaz de rir.
A risibilidade no algo essencial do homem, porm algo de que todo homem possui
necessidade.
importante distinguir essencial e necessrio.
Pode se dizer que essencial aquilo pelo qual um ser o que . E necessrio tudo
aquilo que no pode deixar de ser.
Olhe que interessante o que resulta da:
Todo o essencial necessrio, mas nem todo o necessrio sempre essencial.
b) Acidente O acidente resulta da atribuio de uma qualidade a um sujeito, que no lhe
essencial nem necessria Exemplo: Joo uma pessoa muito gorda. (Mas poderia
ser magra)
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b) Sinais Artificiais (Convencionais): Nos quais a relao do sinal com o objeto significado
convencional.
Exemplo: Os smbolos matemticos; os smbolos nacionais, como a bandeira, as cores
dos semforos de trnsito.
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Lgica e Interpretao
de Dados
Mdulo III
Professor
Valter Pedro Batista
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O JUZO
Ol, nesse Mdulo voc vai ter a oportunidade de estudar sobre o Juzo, ou seja, o que e
como constru-lo, buscando assim a aplicao desse conhecimento no dia a dia da sua vida
acadmica, pessoal e profissional. Vamos l?
Voc j estudou sobre a 1 operao do intelecto no Mdulo II, ou seja, a Simples Apreenso
e o resultado dessa operao foi o estudo realizado sobre o Conceito. Agora voc vai ser
estudar sobre os Juzos que a 2 operao do intelecto e, no Mdulo IV os estudos sobre
os Raciocnios que a 3 operao do intelecto.
Operao do Intelecto
Resultado da Operao
1 Simples Apreenso
O Conceito
2 O Juzo
A Proposio
3 O Raciocnio
O Argumento/Raciocnio
1. O JUZO
No julgue pela aparncia, mas pela verdade (P. Nieremberg).
Os conceitos ou ideias no so mais do que os primeiros elementos dos nossos
pensamentos ou juzos. Julgar j realmente pensar.
O que o juzo?
O juzo o ato pelo qual o intelecto afirma ou nega alguma coisa de outra.
Aplicando essa ideia de juzo...
Descartes em Discurso do Mtodo nos exorta a pensar...
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2. Elementos do juzo
Em todo juzo lgico encontramos trs elementos:
SUJEITO (S)
O ouro
CPULA (verbo)
PREDICADO (Pr.)
um metal
a)
b)
c)
Convm, alm disso, conhecermos outros termos com significados semelhantes, tais
como:
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b) DVIDA: o estado da mente que no sabe por qual, entre dois juzos, decidir-se.
c) OPINIO: uma adeso da mente, mas com certas resevas. A opinio situa-se entre a
dvida e a certeza.
3. A enunciao
ENUNCIAAO: a expresso verbal de um juzo.
A enunciao recebe tambm o nome de proposio, quando uma parte de um
RACICONIO (na prtica voc pode utilizar ambas as palavras indistintamente).
Ateno: O correto PROPOSIO e no preposio, ok? Proposio, pois o juzo a
realizao de uma proposta, ou seja, voc prope ou no um predicado a um sujeito.
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a)
Esquema: S Pr.
S no Pr.
b)
1)
conjuno copulativa.
Exemplo: em vez de dizer: Scrates filosofo e Plato filosofo.
Diz-se: Scrates e Plato so filsofos.
2)
Disjuntiva: uma proposio composta pela unio de duas simples, enlaadas por
3)
condicional.
Ex.: Um homem filosofo, se esse homem amante da verdade.
Um homem filosofo se ama a verdade (forma abreviada).
a)
b)
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c)
Observao:
Nos silogismo, as proposies SINGULARES se equiparam s UNIVERSAIS.
b)
Estas duas ltimas divises se do sempre cruzadas, existindo desta forma quatro tipos de
proposies.
Proposio tipo A
Proposio tipo E
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Proposio tipo I
Proposio tipo O
S
P
Resumindo:
Leonhard Euler, cientista alemo do sculo XVIII inventou uma representao grfica destas
quatro classes de enunciaes (conforme as figuras ao lado).
Quer saber mais sobre Leonhard Euler?
Clique aqui:
http://www.ime.unicamp.br/~calculo/ambientedeensino/modulos/history/euler/euler.html
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Regra: No podem ser as duas verdadeiras ou falsas ao mesmo tempo. Isto , se uma
verdadeira, a outra necessariamente ser falsa e vice-versa.
b) CONTRRIAS so as proposies universais que diferem em qualidade.
Regra: No podem ser verdadeiras ao mesmo tempo; porm podem ser falsas ao mesmo
tempo. Isto , se uma verdadeira, a outra falsa. Mas se uma falsa, a outra pode ser
verdadeira ou falsa.
Exemplo: Todos os homens so sbios. (V)
Nenhum homem sbio.
(F)
(F)
(F/V)
(F)
(V)
(V) (F/V)
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Verdadeiro
V
F
V
F
Falso
F
Primeiro valor de Verdade
I
I
V
Verdadeiro
V
F
F
V
Falso
F
Primeiro valor de Verdade
I
V
I
Verdadeiro
V
F
I
I
Falso
F
Primeiro valor de Verdade
V
F
V
Proposio
O
A
E
I
Fonte:
Verdadeiro
V
F
I
I
Falso
F
Primeiro valor de Verdade
V
F
V
http://www.avemaria.g12.br/_upload/repository/Medio/Filosofia/1%20Ensino%20Medio/Filosofia%201%20EM%20Aula%2010%20Logica%20Arquivo%20Base.doc
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Lgica e Interpretao
de Dados
Mdulo IV
Professor
Valter Pedro Batista
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O RACIOCNIO
A razo pode fazer frente aos problemas, o erro jamais (R. Tagore).
Contedos
- O raciocnio e suas propriedades
- A expresso verbal do raciocnio
- O silogismo e suas propriedades
- Tipos de silogismos
Objetivos Especficos
- Compreender o que seja o raciocnio
- Planejar a construo e aplicao de Raciocnios vlidos.
Ol, seja bem-vindo (a) aos mdulos que integram o 2 bimestre. Nesse Mdulo IV voc vai
ter a oportunidade de estudar sobre o Raciocnio, o que e como constru-lo, buscando
assim a aplicao desse conhecimento no dia a dia da sua vida acadmica, pessoal e
profissional.
Vamos l?
No Mdulo anterior voc teve acesso s informaes sobre o Juzo, que 2 operao do
intelecto e que tem como resultado a Proposio. Pois bem, agora nesse mdulo voc vai
mergulhar no estudo sobre o Raciocnio que tem como resultado a Argumentao.
Comecemos com a seguinte informao:
Todo raciocnio formado de juzos.
Assim, raciocinar uma forma completa do pensamento, em virtude da qual o entendimento
humano descobre das verdades existentes outras diferentes.
Podemos dizer o mesmo da seguinte forma:
A Argumentao um discurso em que encadeamos proposies para chegar a uma
concluso.
O RACIOCNIO:
um pensamento que consta de juzos j conhecidos a fim de obter outro novo.
Elementos do Raciocnio:
De certa forma, j falamos disso no Mdulo 1, mas vamos ampliar nossa compreenso sobre
os elementos do raciocnio uma vez que estamos tratando do cerne da Lgica.
Os elementos so a MATRIA e a FORMA.
Tomemos um exemplo de Raciocnio:
Todo ser sensitivo orgnico.
O homem um ser sensitivo.
Logo, o homem um ser orgnico.
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OBS.: No mdulo seguinte vamos dar ainda maior ateno Deduo e Induo, ok?
Mas j vamos, aqui, tratando da Deduo.
A DEDUO
O que deduo?
Deduo o raciocnio mediante o qual de uma proposio mais universal, chega-se a uma
proposio menos universal.
Exemplo:
Todo homem mortal MAIS UNIVERSAL
Augusto homem
Logo, Augusto mortal MENOS UNIVERSAL.
Perceba que nesse exemplo voc te a ideia de algo que tomado em sua universalidade e
a concluso aponta para um indivduo com a mesma predicao.
O SILOGISMO
SILOGISMO: a expresso verbal de um RACIOCNIO DEDUTIVO.
DIVISO DO SILOGISMO
O Silogismo divide-se da seguinte forma:
SILOGISMO
CATEGRICO
HIPOTTICO
- Disjuntivo
- Conjuntivo
- Condicional
SILOGISMO CATEGRICO
Definio:
o silogismo que consta de trs juzos categricos.
Juzo Categrico
Os juzos so categricos, se a afirmao ou negao absoluta e sem reservas. A
relao afirmada incondicionalmente. "S P".
Por exemplo:
"Mozart o autor desta msica".
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Exemplo:
Se o homem mortal,
Joo (ou cada um dos homens) ser tambm mortal.
Para saber mais...
Nossa capacidade cognitiva pode ser desenvolvida pela educao. O psiclogo Jean Piaget
(1896-1980) estudou quatro fases do desenvolvimento mental: na etapa inicial, o beb
desenvolve sua inteligncia aprendendo a coordenar sensaes e movimentos; o estgio
seguinte o intuitivo, em que a percepo da realidade no se separa da experincia vivida;
a partir dos 7 anos, a criana capaz de desenvolver a inteligncia operatria, mas ainda se
encontra presa ao concreto. Finalmente, na adolescncia, pode exercitar o pensamento
abstrato, formal, hipottico-dedutivo, ou seja, pode aprender lgica formal!
Fonte: ARANHA, Maria L A, MARTINS, Maria H P. Filosofando: Introduo Filosofia 4 ed. So Paulo,
Moderna editora, 2009, p.133.
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Segundo as autoras Aranha e Martins (2009, p. 134) importante voc ter em mente a
distino entre verdade e validade, para na sequncia pensar nas regras do silogismo e
ento sabermos se um argumento vlido ou invlido. Assim, preciso cautela no uso de
verdadeiro/falso, vlido/invlido (correto/incorreto).
Pensando assim, temos:
- Proposies que podem ser verdadeiras ou falsas;
- Argumentos que sejam vlidos (corretos) ou invlidos (incorretos).
Vamos s regras:
1 No pode haver mais de trs Termos (Termo Maior (T), Termo Menor (t) e o Termo Mdio
(M)
Desrespeito a esta regra, exemplo:
O homem racional
O hidrognio um gs
Concluso?...
Observe: No h como inferir uma concluso, pois h quatro termos diferentes:
1. Homem , 2. Racional, 3. Hidrognio e 4. Gs)
Voc pode estar se perguntando o que seja inferir... Essa palavra deriva de:
INFERNCIA: do latim inferre, levar para. Uma proposio leva a outra. Inferir concluir a
partir de proposies.
2 Os Termos no podem ter MAIOR EXTENSO na concluso, do que tem nas premissas.
Peca contra esta regra, por exemplo:
Todo sbio procura a cincia.
Todo sbio homem.
Concluso...?
Observe: A inferncia seria: Todo homem procura a cincia, mas a regra aponta que os
termos na concluso no podem ter maior extenso do que nas premissas, e o termo homem
na possvel concluso tomado em extenso universal (todo homem...) e, na premissa
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MODOS DO SILOGISMO
MODOS DO SILOGISMO: So as diferentes combinaes que se pode fazer com as
premissas e a concluso, considerando sua quantidade e qualidade.
POR EXEMPLO: AEE uma combinao ou modo, cujo significado :
A= Universal Afirmativa: Todo homem inteligente.
E= Universal Negativa: Nenhum mineral tem inteligncia.
E= Universal Negativa: Nenhum mineral homem.
OBS.: A explicao sobre os tipos de proposies voc encontra na Aula Web no mdulo 3.
O nmero de modos pode chegar at 64, porm somente 11 respeitam as regras do
silogismo. Os outros 53 pecam contra uma ou vrias das regras.
APLICAES DOS MODOS S FIGURAS
a) Cada figura admitiria 11 modos diferentes, com o qual teramos 44 classes distintas
de silogismo.
b) Porm, algumas destas classes tambm pecam contra regras do silogismo, restando
desta forma 19 classes vlidas de silogismos.
Resumindo:
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A 1 FIGURA
A 2 FIGURA
A 3 FIGURA
A 4 FIGURA
a) Para lembrar-se das 19 figuras legtimas (vlidas corretas), os antigos criaram uma
srie de palavras mnemotcnicas:
1 figura: BARBARA CELARENT - DARII FERIO;
2 figura: CESARE CAMESTRES FESTINO BAROCO;
3 figura: DARAPTI FELAPTON DISAMIS DATISI BOCARDO FERISON;
4 figura: BAMALIP CALEMES DIMATIS FESAPO FRESISO.
Exemplo de Silogismo em BOCARDO:
Algum sbio no rico.
Todo sbio homem.
Logo, algum homem rico.
(O) M - T
(A) M - t
(O) t - T
SILOGISMO HIPOTTICO
Definio
SILOGISMO HIPOTTICO: aquele cuja premissa maior uma proposio/juzo hipottico.
Juzo Hipottico
Os juzos so hipotticos sempre que a relao for estabelecida de um
modo condicional. "Se P ento Q".
Por exemplo:
"Se o senhor baixar o preo compro-lhe este CD-ROM".
Diviso do Silogismo Hipottico
Como h trs classes de proposies hipotticas, trs sero as classes tambm de
silogismos hipotticos: Conjuntivo, Disjuntivo e Condicional.
SILOGISMO HIPOTTICO CONJUNTIVO
Se a premissa maior uma proposio Hipottica Copulativa deste tipo: S no P e R.
(Esta proposio copulativa especial chamada de CONJUNTIVA e indica que no se
podem dar ao mesmo tempo nos dois predicados).
REGRA:
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Lgica e Interpretao
de Dados
Mdulo IV
Professor
Valter Pedro Batista
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A Deduo
Definio
Deduo o raciocnio mediante o qual de uma proposio mais universal, chega-se a uma
proposio menos universal.
Voc j viu um pouco sobre deduo no mdulo anterior, por isso, nesse mdulo, vamos
trazer lembrana o que j foi estudado para dar sequncia aos estudos, ok?
Aproveite para reforar esses conceitos!
Deduo: do latim de-ducere, que quer dizer, conduzir a partir de.
Podemos afirmar que a deduo um raciocnio que parte de uma proposio mais geral
(referente a todos os elementos de um conjunto) e, conclui com uma proposio menos geral
e/ou particular (referente parte dos elementos de um conjunto), que se apresenta como
necessria, ou seja, que deriva logicamente das premissas.
Veja dois exemplos:
A Induo
Ncleo de Atividades Online
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Definio
Induo o raciocnio pelo qual, de todo singular ou parcial suficiente ordenado, chega-se a
uma concluso universal.
Exemplo:
As plantas
Os animais
Os homens
As Plantas
Os Animais
O homem
So seres vivos.
propriedade/peculiaridade
So seres vivos
(o tipo universal de SER)
Diviso da Induo
Induo Completa
Apresenta uma enumerao completa de todos os objetos parciais e singulares.
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Exemplo:
Objetos observados
propriedade/peculiaridade
Segunda feira
Tera feira
Quarta feira
Quinta feira
tem 24 horas.
Sexta feira
Sbado
Domingo
Observe: na induo completa, verificada a totalidade dos objetos, nesse exemplo tratase dos dias da semana e, se constata como propriedade/peculiaridade que todos os dias
observados possuem 24 horas cada um.
Objetos observados
propriedade/peculiaridade
Segunda feira
Tera feira
Quarta feira
Quinta feira
dia da semana.
Sexta feira
Sbado
Domingo
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Concluso universal
propriedade/peculiaridade
O ferro
O cobre
So bons condutores
do calor
O nquel
O mercrio
O ferro
So metais
O cobre
O nquel
O mercrio
Concluso universal
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Este tipo e induo incompleta a mais frequentemente usada. Sobre tudo nas cincias
naturais e qumicas. Se a enumerao dos dados singulares ou parciais no suficiente,
no se pode falar propriamente de induo, pois carece de fora comprobatria.
Fundamentos da Induo Incompletos
A validez da induo incompleta se baseia no seguinte raciocnio:
1. Um fato constantemente observado no se pode explicar pela simples casualidade ou
azar. O clculo das probabilidades elimina tal possibilidade.
2. Um fato constantemente observado somente se pode explicar pela prpria natureza
do objeto ou par uma lei fsica
Observe: um efeito pede sempre uma causa constante (aplicao do princpio de razo
suficiente).
Exemplos
1) Se em vrias experincias o ferro demonstra sempre ser um bom condutor, a nico
explicao possvel de que o ferro por natureza um bom condutor.
2) Se em diversas experincias chega-se a observar que os corpos graves sempre
caem com velocidade uniformemente acelerada, no por simples casualidade e, sim
porque existe uma lei fsica que atua neste sentido.
3) Se um fenmeno observado se prova pela natureza da coisa ou por uma lei fsica,
esse fenmeno se repetir em todos os seres que tenham essa natureza ou em todos os
seres onde venha a atuar a dita lei fsica.
Assim, nos exemplos citados, o fato de ser bom condutor, pode ser afirmado de todos os
corpos que sejam de ferro; e o movimento uniformemente acelerado na queda dos corpos,
de todos os que sejam graves pesados.
Isso posta, conclumos:
Uma induo incompleta resulta vlida, ou seja, valida quando a enumerao
dos casos e das experincias tal, que permita eliminar a casualidade e ter
uma explicao nica: a natureza da coisa ou uma lei fsica.
Para saber mais...
No entanto, o caso mais comum de induo - o da induo incompleta, ou induo por
enumerao, em que so observados alguns elementos, do quais se conclui a totalidade. A
generalizao indutiva precria quando se faz apressadamente e sem critrios. preciso
examinar se a amostragem significativa e se existe um nmero suficiente de casos que
permitam a passagem do particular para o geral. Ao fazer a prvia eleitoral, um instituto de
pesquisa consulta amostras significativas dos diversos segmentos sociais, segundo
metodologia cientfica. Ao considerar que dentre os eleitores da amostra 25% votar no
candidato X, e 10% no Y, conclui-se que a totalidade dos eleitores votar segundo a mesma
proporo da amostragem pesquisada.
Apesar da aparente fragilidade da induo, por no alcanar o rigor do raciocnio dedutivo,
trata-se de uma forma muito fecunda de pensar, responsvel pela fundamentao de grande
parte dos nossos conhecimentos na vida diria e de grande valia nas cincias experimentais.
Alm disso, a induo utilizada em nossas previses, quando partimos de alguns casos da
experincia presente e inferimos que ocorrero com a mesma regularidade futuramente.
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Cabe ao lgico especificar as condies sob as quais devemos tomar a induo como
correta.
Fonte: ARANHA, Maria L A, MARTINS, Maria H P. Filosofando: Introduo Filosofia 4 ed. So Paulo,
Moderna editora, 2009, p.135.
Falcias
So argumentos incorretos apesar da aparncia de correo.
So classificadas em: paralogismos e sofismas.
Paralogismos so falcias onde o interlocutor no tem a inteno do engano. Ele mesmo
comete um erro de construo do raciocnio, o que conduz os ouvintes, leitores ao erro.
Exemplo de Paralogismo:
Todos os brasileiros so paulistas.
Eu sou brasileiro.
Portanto, eu sou paulista.
Observe: o erro est no fato de h brasileiros que no so paulistas, necessariamente.
J os sofismas so construes meticulosamente planejadas de um raciocnio incorreto com
a inteno de conduzir os ouvintes, leitores ao erro.
As falcias ainda so classificadas em formais quando no se respeitam as regras do
raciocnio correto conduzindo a inferncias invlidas. E falcias no formais que se
constituem a partir da irrelevncia que se estabelecem entre as premissas e a concluso,
podendo ainda se configurar como generalizaes apressadas (muito comum entre as
pessoas), ainda h aquelas que se constituem de causalidade equivocada ou por
preconceitos. So frequentes como ferramentas para o convencimento mobilizando as
emoes em detrimento da capacidade racional.
Vejamos algumas delas:
Argumento de autoridade:
Acontece quando apelamos para a posio de autoridade (a famosa carteirada voc sabe
com quem est falando?) ao invs de utilizarmos um argumento vlido.
Esteja atento a esta falcia, pois as autoridades de cada campo de conhecimento podem
muito bem ter argumentos vlidos e, que no se deve desconsiderar a sua experincia e
expertise, mas sim avali-la, porm possvel que a opinio de uma pessoa ou instituio
possa estar errada; sendo assim, a autoridade de que tal pessoa ou instituio goza no tem
nenhuma relao intrnseca com a verdade/validade das suas posies.
O apelo autoridade um recurso frequente nas propagandas, quando pessoas famosas
vendem de tudo, desde um simples detergente lquido bem como ideias polticas, como
propostas numa campanha eleitoral.
Exemplo: Um professor de estatstica se v questionado de maneira insistente por
um aluno especialmente chato. L pelas tantas, irritado aps cometer um deslize em sua
fala, o professor argumenta que tem mestrado, ps-doutorado e, isso mais do que
suficiente para o aluno confiar nele.
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Lgica e Interpretao
de Dados
Mdulo VI
Professor
Valter Pedro Batista
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TEXTO DESCRITIVO
Vejamos o que o dicionrio nos traz:
Significado de Descrio
s.f. Ato ou resultado de descrever; representao pormenorizada de um objeto, de um ser,
de
uma
paisagem
etc.
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Lingustica. Descrio Estrutural. Anlise pormenorizada de uma frase em que suas etapas
so apresentadas para confirmar ou descartar
determinadas
Literatura.
regras.
Tipo
de
texto
caracterstica
principal
representao
pormenorizada
exterior
de
algo
literrio
concentra-se
ou
cuja
na
da
aparncia
de
algum.
de
Fonte: http://www.dicio.com.br/descricao/
Observe que as definies que podemos encontrar nos dicionrios j nos do suporte
necessrio para a compreenso do que seja a descrio e, pelo que voc j tem praticado e
estudado at aqui, voc tambm pode se dar conta de que j consegue diferenciar os tipos
de textos desse que ora tratamos: o descritivo, no mesmo?
Ento o texto descritivo no to somente elencar uma grande quantidade de atributos de
um determinado objeto, realidade, sujeito, etc., mas apresentar caractersticas singulares,
comuns, mais frequentes, enfim, a depender da inteno do autor, h variao do grau de
conformidade
entre
a
descrio
e
a
realidade.
A descrio furta-se ao alinhamento histrico, pausando para melhor retratar um fato
histrico, bem como melhor descrever uma personagem e isso o que a difere da narrao,
que faz uma histria progredir.
O texto descritivo lana mo de caractersticas marcantes que o diferencia, vejamos: o uso
de substantivos frequente e delimita o que est sendo tratado pelo autor; o uso de adjetivos
e locues adjetivas colabora para a predicao dos substantivos, o que confere vivacidade
ao texto, bem como as instncias verbais garantem a ao e estados das coisas descritas e,
no nos esqueamos das metforas, que como recurso de comparao enriquecem os
textos descritivos.
Exemplo de texto descritivo:
A
arte
de
ser
feliz
Houve
um
tempo
em
que
minha
janela
se
abria
sobre
uma
cidade
que
parecia
ser
feita
de
giz.
Perto
da
janela
havia
um
pequeno
jardim
quase
seco.
Era
uma
poca
de
estiagem,
de
terra
esfarelada,
e
o
jardim
parecia
morto.
Mas
todas
as
manhs
vinha
um
pobre
com
um
balde,
e, em silncio, ia atirando com a mo umas gotas de gua sobre as plantas.
No era uma rega: era uma espcie de asperso ritual, para que o jardim no morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de gua que caam de seus dedos
magros
e
meu
corao
ficava
completamente
feliz.
s
vezes
abro
a
janela
e
encontro
o
jasmineiro
em
flor.
Outras
vezes
encontro
nuvens
espessas.
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Avisto
crianas
que
vo
para
a
escola.
Pardais
que
pulam
pelo
muro.
Gatos
que
abrem
e
fecham
os
olhos,
sonhando
com
pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
s
vezes,
um
galo
canta.
s
vezes,
um
avio
passa.
Tudo
est
certo,
no
seu
lugar,
cumprindo
o
seu
destino.
E
eu
me
sinto
completamente
feliz.
Mas,
quando
falo
dessas
pequenas
felicidades
certas,
que esto diante de cada janela, uns dizem que essas coisas no existem,
outros
que
s
existem
diante
das
minhas
janelas,
e
outros,
finalmente, que preciso aprender a olhar, para poder v-las assim.
Autora: Ceclia Meireles
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Parabns!
Voc empreendeu um grande esforo e, est atravessando a
linha de chegada.
Espero ter colaborado com seu itinerrio de estudos e, acredito
que, agora, voc poder realizar as suas prprias escolhas na
tentativa de ainda superar as dvidas, pesquisando outras
informaes que possam te auxiliar na construo de uma
argumentao capaz de provocar mudanas significativas em sua
vida pessoal, acadmica e profissional.
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Equipe de Apoio
Designer Instrucional: Prof. Valter Pedro Batista
Designer Grfico e Ilustrao: Viviane Vicente dos Santos
Professor (a) Autor (a): Professor Valter Pedro Batista
Reviso de Lngua Portuguesa: Professora Edna de Oliveira Guerra
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