TopicosPsicologia Completo
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Crditos
1 Ten PMERJ psicloga Juliana Ferreira da Silva
1 Ten PMERJ psicloga Marcela dos Santos Reis
1 Ten PMERJ psicloga Elaine Polly Veras Vieira
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Apresentao
O admirvel poeta Carlos Drummond de Andrade, em O homem; as viagens, fala
de uma viagem. No qualquer uma, uma viagem que reluta-se em percorrer,
evita-se, deixa-se para depois. Trata-se de uma jornada ao interior de si mesmo, ao
que se experimenta no convvio com o seu inexplorado.
Ao ingressar neste curso, voc, caro aluno, comprou seu bilhete para um breve
passeio neste campo desconhecido. Entrou em sua nave interior e aguarda a partida.
O que te trouxe a este terminal de passageiros? A curiosidade, talvez? O acaso? A
necessidade, por que no? Quais so suas expectativas?
No curso sero tratados temas da rea de Psicologia que mantm estreita relao
com as atividades de Segurana Pblica e Defesa Civil. O objetivo fazer com que
essas reas possam dialogar, proporcionando a voc, caro aluno, uma reflexo sobre
as experincias vivenciadas no decorrer de sua carreira profissional.
O homem; as viagens
(Carlos Drummond de Andrade)
O homem, bicho da Terra to pequeno
chateia-se na Terra
lugar de muita misria e pouca diverso,
faz um foguete, uma cpsula, um mdulo
toca para a Lua
desce cauteloso na Lua
pisa na Lua
planta bandeirola na Lua
experimenta a Lua
coloniza a Lua
civiliza a Lua
humaniza a Lua.
Lua humanizada: to igual Terra.
O homem chateia-se na Lua.
Vamos para Marte ordena a suas mquinas.
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do seu corao
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas prprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.
O contedo do curso est dividido em 3 mdulos:
Mdulo 1 Relaes interpessoais no contexto laboral
Mdulo 2 Estresse e atividade de Segurana Pblica
Mdulo 3 Ps-trauma
No primeiro mdulo voc ver que os profissionais de Segurana Pblica e Defesa
Civil lidam constantemente com outras pessoas, tanto no desempenho de sua
atividade fim quanto com seus colegas de trabalho, por isso sero abordadas algumas
atitudes e comportamentos que contribuem para a boa interao com o outro. Voc
poder refletir sobre como o conhecimento acerca da dinmica interpessoal poder
proporcionar melhoria tanto na qualidade de vida, quanto no desempenho da
atividade de segurana pblica.
No mdulo 2, voc ter a oportunidade de discutir a vulnerabilidade de profissionais
de segurana pblica e defesa civil aos efeitos do estresse. Estudar quais so as
fases do estresse, seus aspectos positivos e negativos. Relacionar as reaes
psicolgicas ao conflito armado, tais como: alteraes perceptivas, cognitivas e
mnemnicas concernentes exposio ao conflito armado. E poder refletir sobre
algumas recomendaes para o manejo do estresse.
No terceiro e ltimo mdulo, estudar certas reaes psicolgicas advindas de
situaes impactantes, que acontecem com frequncia considervel nas ocorrncias
policiais, nas operaes de socorros de emergncia e aes de defesa civil. Nesse
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mdulo ser abordado o processo de luto que ocorre frente a situaes de bito e
sero relacionadas as possveis complicaes desse processo. Voc tambm
identificar a reao aguda ao estresse, que advm do encontro com situaes de
forte impacto psicolgico e estudar sobre o transtorno do estresse ps-traumtico,
que constitui um conjunto de sintomas ocasionados pela dificuldade de elaborao
do trauma.
Como voc pde observar, o curso abranger uma gama variada de temas,
propondo sempre a transposio dos tpicos abordados para seu cotidiano.
Bom curso!
Ao final do curso, voc ser capaz de:
Praticar a autopercepo e a percepo do outro;
Empregar estratgias de comunicao eficaz;
Demonstrar um estilo interpessoal;
Demonstrar um estilo de liderana;
Definir estresse laboral;
Distinguir entre estresse positivo e estresse negativo;
Descrever as fases do estresse;
Descrever o princpio fundamental do gerenciamento do estresse;
Comparar as fases do estresse com sua atual situao emocional e fsica;
Aplicar estratgias para o gerenciamento do estresse no cotidiano;
Incentivar a ateno em sade coletiva no que se refere ao estresse laboral;
Diferenciar risco e perigo;
Reconhecer os efeitos da exposio a acidentes em seu cotidiano;
Citar as reaes psicolgicas ao conflito armado;
Descrever o processo de luto e citar suas tarefas;
Atender pessoas enlutadas com empatia;
Identificar a reao aguda ao estresse (RAS);
Apontar o conjunto de fenmenos que constitui o transtorno do estresse pstraumtico (TEPT);
Orientar pessoas em RAS quanto ao fenmeno e s condutas adequadas;
Orientar e encaminhar pessoas com TEPT para tratamentos adequados; e
Praticar a autopercepo quanto ao luto, RAS e TEPT.
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Esse calor que sai do cigarro que voc fuma falando de amor
No fale mais, o futuro a arma da iluso que foi voc que carregou
Que foi voc que carregou
No fale desse jeito comigo que eu atiro
Eu t num dia lindo com minha nuvem carregada
Que no cruze o meu caminho quem me despreza
Na guerra eu t no meu direito e j inventei a minha reza
Eu jogo pra ganhar e de ningum eu tiro
E se no escutou, eu uso o berro, eu uso o grito
Eu uso o berro, eu uso o grito. . .
Cenas como essas narradas por Ana Carolina e Seu Jorge, na msica No fale desse
jeito, embora indesejadas, no so raras. Os artistas cantam um processo de
comunicao entre duas pessoas e as coisas no parecem ir bem. O personagem avisa
que est instvel emocionalmente, sua nuvem est carregada. E que se a
comunicao continuar como est vai partir para a agresso. Ele usa o berro, usa
o grito, ele atira.
Tendo em vista sua experincia profissional, como voc analisa a situao acima
descrita?
Resposta:
Uma das ferramentas para o processo de interao interpessoal a comunicao. Na
situao ilustrada na msica o personagem est mostrando ao seu interlocutor que
no lhe agrada a forma como est sendo tratado. Pelo tom das palavras ele mesmo
tambm no muito polido. Parece que estas duas pessoas esto em conflito.
Dizer para o outro como nos sentimos quando somos tratados de uma ou outra
maneira uma ferramenta importante para o processo de interao grupal, todavia,
devemos atentar para a forma como esta experincia expressa.
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Veja como Kopittke, Sinzato e Bonzanina (1997) explicam cada uma das reas.
A rea I (o eu pblico ou aberto) constitui o comportamento conhecido em muitas
atividades pelas pessoas e por qualquer um que as observe. Esse comportamento
varia conforme a estimativa do que correto em um ambiente especfico e com
diferentes grupos de pessoas. considerada como a parte do relacionamento que
controla a produtividade interpessoal. Em outras palavras, pressupe-se que a
eficcia interpessoal e a produtividade esto diretamente relacionadas com a
qualidade da troca mtua de informaes num dado relacionamento.
A rea II (o eu cego) representa as caractersticas de comportamento que so
facilmente percebidas pelos outros, mas que, geralmente, no esto cientes para
quem
foi
observado.
Por
exemplo,
alguma
manifestao
impulsiva,
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A rea III (o eu secreto) representa as coisas sobre cada pessoa no seu ntimo e
que fica escondido dos outros. Essas coisas podem oscilar desde assuntos
inconsequentes at os de grande importncia. Essa rea tambm pode ser
considerada um fator de inibio da eficcia interpessoal. Numa situao fechada ou
relativamente autoritria, provvel que haja muito mais desse aspecto do que
numa situao aberta. Nas reas do eu secreto e do eu cego algumas modificaes
podem ser adquiridas entre indivduos trabalhando juntos, experimentalmente, com
esprito de cooperao e compreenso.
A rea IV (o eu desconhecido) constitui a parte do relacionamento que contm um
tipo de informao desconhecida tanto pelo prprio como pelos outros, englobando
dados psicodinmicos, potenciais ocultos, idiossincrasias adquiridas e a criatividade
de seu ponto de origem. Essa rea pode se tornar conhecida se a eficcia
interpessoal aumentar.
Autoexposio
A autoexposio pode ser compreendida como o oferecimento de informaes aos
outros, revelando pensamentos, percepo e sentimentos.
Nunca foi to fcil mostrar-se ao outro na velocidade e abrangncia atuais. Redes de
relacionamento, bate-papos etc., permitem que em frao de segundos voc
encontre conhecidos e faa amigos. Numa busca incessante de contatos, mais ou
menos autnticos. O volume de trocas on-line intenso ao ponto que algumas
empresas, j antenadas nessa vertente, passaram a investir na verificao dos perfis
de candidatos a seus cargos, por meio das comunidades e amigos que o mesmo
mantm em sites de relacionamentos.
Na mesma velocidade surgiram os perfis fake, onde os relacionamentos so
basicamente mentirosos. Parece que a busca por exposio uma necessidade
humana. Ser percebido e levado em considerao importante para a maioria dos
sujeitos, mas a modalidade ciberntica, que prometia facilitar os contatos, trouxe
tambm novas formas de isolamento.
Com base no texto, comente como voc percebe o processo de autoexposio:
pontos benficos e dificuldades associadas.
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O autoconhecimento s pode ser obtido com a ajuda dos outros, por meio de
feedback, o qual precisa ser elaborado para autoaceitao. Se o indivduo tem
percepo mais acurada de si, ento pode, tambm, ter percepo acurada da
situao interpessoal.
A habilidade propriamente dita, ou melhor, a forma de fazer, pode ser
desenvolvida de maneira informal atravs de um espao coletivo de discusso
acerca das variveis e dos contedos presentes nas relaes intra e extragrupo.
Segundo Dejours (1994), necessrio abrir um espao interno de discusso que v
alm do conhecimento tcnico e da diviso do trabalho, onde o trabalhador possa
discutir as regras de consenso para trabalhar em conjunto e a elaborao de
confiana entre trabalhadores. necessrio criar grupos em que os sujeitos
apresentem expectativas, determinem objetivos e definam a ordem das atividades e
das relaes.
Em sua carreira, voc identifica estratgias para relatar ao seu grupo de trabalho a
maneira como est vivenciando a relao interpessoal, assim como para receber o
feedback de sua equipe?
Aula 3 Estilos interpessoais
Na aula anterior, foram abordadas as estratgias de feedback, autoexposio,
liderana e competncia interpessoal.
Nesta aula, voc estudar os estilos interpessoais.
Atravs desse conceito, voc ser capaz de:
Definir os quatro estilos interpessoais; e
Conhecer as caractersticas bsicas dos estilos interpessoais.
Mulher da lua
Tati Werneck
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comportar.
Nesta aula sero apresentados os quatro tipos bsicos, lembrando que todos os
sujeitos portam um pouco de cada. As combinaes que formam o diferencial
que torna cada ser nico.
Estilo interpessoal I Eu desconhecido
Esse estilo se constitui pelo predomnio de potenciais ocultos e da informao
desconhecida tanto pelo prprio como pelos outros sujeitos. O trabalho fundamental
tornar disponvel toda a informao desconhecida do prprio sujeito, o que
contribuir para o aumento de sua eficcia interpessoal.
Nesse
tipo
bsico
de
personalidade,
predomnio
das
seguintes
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atuante no grupo, preciso desenvolver a busca de feedback para que voc consiga
reconhecer sua imagem pelos outros.
Se voc se aproximou do Estilo Interpessoal IV Eu Aberto, admissvel que atue no
grupo de forma equilibrada, tanto com relao exposio de suas experincias,
quanto busca por feedback sobre sua imagem, gerando uma confiana mtua entre
voc e os outros membros do grupo.
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voc, portanto, o importante refletir sobre as atitudes que tem que tomar e sua
ao na equipe. Vale salientar que as realizaes sejam com quais forem as
intenes, so atitudes e essas afetam, com maior ou menor impacto, os diversos
grupos nos quais voc participa.
Veja as atitudes que facilitam e as que dificultam os relacionamentos interpessoais.
Algumas atitudes contribuem para relacionamentos interpessoais de qualidade,
como por exemplo:
A aceitao;
A valorizao e o respeito ao outro;
A tolerncia e a flexibilidade;
A integridade e a honestidade;
Evitar julgamentos apressados e sem base na realidade;
A obedincia s regras do grupo;
A coragem de assumir as decises tomadas;
Saber ouvir de forma criativa;
Controlar a ansiedade;
Irradiao de confiana ao outro; e
A tomada de iniciativas.
J, dentre as atitudes que dificultam o relacionamento interpessoal e que devem
ser abordadas para que ocorra a promoo de ambientes equilibrados que permitam
a realizao de sujeitos maduros, possvel destacar:
O autoritarismo,
A hostilidade,
O comportamento defensivo,
O preconceito,
A indiferena,
A arrogncia,
fofoca,
A falta de comprometimento e
A comunicao desfocada.
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Na Liderana autocrtica o lder focado apenas nas tarefas. Esse tipo de liderana
tambm chamado de liderana autoritria ou diretiva. O lder toma decises
individuais, desconsiderando a opinio dos liderados. O lder autoritrio utiliza
uma tcnica rgida e diretiva, favorecendo a dependncia.
Liderana democrtica
Chamada ainda de liderana participativa ou consultiva, esse tipo de liderana
voltado para as pessoas e h participao dos liderados no processo decisrio.
Liderana liberal ou Laissez faire
Laissez-faire a contrao da expresso em lngua francesa laissez faire, laissez
aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar".
H controvrsia com relao conceituao dessa posio como um genuno estilo de
liderana.
Alguns autores o identificam como o tipo de liderana em que o grupo atingiu a
maturidade e no mais precisa de superviso extrema de seu lder, de forma que
os liderados ficam livres para pr seus projetos em prtica e o lder liberal s
assume parcialmente a funo de anlise da situao e a orientao da ao. H,
contudo, autores que no o identificam como estilo de liderana, afirmando que
se trata de uma liderana inoperante, em que o lder abdica de sua posio,
abandonando o grupo e no sendo capaz de envolv-lo nas atividades.
(MOSCOVICI, 1997)
Liderana Paternalista
uma liderana que visa o fim dos conflitos em grupos, que visa um relacionamento
amvel, onde o lder tem uma postura de representante paternal do grupo.
Fela Moscovici (1997) oferece uma interessante perspectiva a respeito de liderana e
participao no grupo. A autora avana na conceituao das funes lderparticipantes, propondo que h nessa interao muito mais do que a distino entre
aquele que exerce a liderana e os demais que simplesmente participam. Segundo
seu ponto de vista, a liderana no assumida por um membro do grupo de forma
continuada e nica. Em diversos momentos e processos de interao, outros membros
exercem a liderana informal, em relao etapa de vida do grupo e aos demais
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Schmidt
(apud
MOSCOVICI,
1997)
apresentam
um
quadro
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TANNENBAUM & SCHMIDT, apud MOSCOVICI, 1997: 128 -Fig. 10.1 Escala contnua de
comportamentos de liderana
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eficincia do grupo.
10. Marque a alternativa em que todas as atitudes apresentadas dificultam o
relacionamento interpessoal.
( ) Autoritarismo, arrogncia, indiferena e preconceito.
( ) Autoritarismo, vingana, indiferena e tolerncia.
( ) Autoritarismo, arrogncia, indiferena e tolerncia.
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Gabarito
1. Objetiva
2. Grupo
3. Um grupo deve ter os objetivos claramente definidos.
4. Uma expresso corporal como forma de linguagem.
5. Feedback
6. Reorientar, estimular e checar as aes dos indivduos.
7. produtividade interpessoal.
8. Eu secreto
9.
Percepo
interpessoal,
habilidade
para
resolver
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problemas,
solues
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irritao
etc.
que
voc
vai
aprender
que
estresse
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Nas horas de confuso, tumulto, roubo, assalto, briga, violncia, ameaa, troca de
tiro etc. Qual a tendncia coletiva? Se afastar, sair da rea. E os operadores de
segurana pblica? Ao contrrio, esses homens e mulheres se colocam disposio
para as situaes das quais a maioria das pessoas deseja distncia. Situaes em que
colocam em risco a prpria vida, enquanto tm de dar proteo vida de terceiros
(sociedade em geral, parceiros de trabalho etc). Executam suas atividades sob a
inconvenincia de trabalhar num campo onde por um erro se pode passar, em
segundos, do exerccio legal da profisso para a transgresso da lei.
A atividade de segurana pblica impe ao sujeito o que chamado de situaeslimite, o que leva a crer que seu organismo responder com reaes de estresse.
As situaes-limite podem ser descritas atravs dos conceitos de risco e perigo.
Quase todo policial ouve dizer que polcia profisso de risco. Muitos so
desencorajados pela famlia a prestar concurso para a Polcia Militar por causa do
risco.
Como voc define o que risco e o que perigo?
Verifique a adequao do seu conceito, acompanhando as definies a seguir.
Perigo pode ser definido como a ocasio em que se percebe frente a uma ameaa a
integridade fsica ou psquica, isto , voc precisar agir para defender a vida.
O risco caracteriza-se pela percepo da possibilidade prxima de se estar frente a
uma ameaa. A diferena entre eles que quando se percebe uma situao como
perigosa, a ameaa est de fato acontecendo e quando se interpreta como arriscada
considera-se que a ameaa est prestes a ocorrer.
Em sua carreira, voc j vivenciou situaes de risco ou de perigo? Caso positivo, cite
as razes pelas quais voc as interpretou assim.
E como o estresse entra nessa histria?
Quando voc vivencia situaes de risco ou perigo, seu corpo responde com uma
reao e o nome dessa reao estresse.
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Nesta aula, voc identificar a primeira fase: a fase de alerta. Ao finalizar voc ser
capaz de:
Descrever as fases do estresse;
Citar as caractersticas da fase de alerta; e
Relatar as alteraes psicolgicas da exposio ao confronto armado.
A fase de alerta a primeira resposta do organismo frente uma situao de
perigo, denominada reao de luta ou fuga. Nessa fase, o indivduo sente um
acrscimo de fora, vigor, motivao e criatividade. Desse modo, sua
produtividade aumenta.
Se a situao que desencadeia a reao de estresse (o estressor) tem uma durao
curta, a fase de alerta termina em algumas horas, aps o retorno situao de
equilbrio. Deve-se atentar ao fato de que o estado de alerta no pode ser mantido
por muito tempo.
O que muda no seu corpo quando voc est na fase de alerta?
Para preparar o organismo para a reao de luta ou fuga ocorrem vrias reaes
metablicas que objetivam o aumento da fora muscular e da prontido para ao,
visto que essas so capacidades necessrias para lutar ou fugir. (Lipp, 1998)
Algumas partes do corpo envolvidas na reao de luta ou fuga sofrero
transformaes considerveis. O crebro receber doses mais elevadas de
substncias qumicas excitatrias, que sero responsveis pela manuteno do
estado de viglia (ficar sem dormir) por mais tempo, e faro com que o pensamento e
os comportamentos reflexos fiquem aguados. As pupilas se dilatam. Ainda no
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como
um
comportamento
no-condicionado
de
procedncia
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Alteraes perceptivas
Audio
Diminuio do som Os sons que o indivduo conseguiria ouvir perfeitamente, no
momento do confronto armado, tornam-se inaudveis ou parecem estranhamente
distantes, abafados. Intensificao do som Por outro lado, alguns sons podem ser
percebidos com maior intensidade.
Viso
Viso de tnel A viso torna-se extremamente focada na percepo da ameaa,
perdendo a viso percepo perifrica.
Viso acurada Percepo detalhada de objetos ou aes.
Piloto Automtico
Baixo nvel de conscincia, adoo de comportamentos fortemente condicionados,
automticos.
Alteraes cognitivas
Tempo em cmera lenta
Os eventos podem parecer que se desenvolvem mais lentamente.
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Tempo acelerado
Os eventos podem parecer que se desenvolvem muito rapidamente.
Dissociao
A pessoa pode experimentar a sensao de estranhamento, como se os eventos
fossem parte de um sonho ou como se ele estivesse assistindo a ocorrncia de um
ponto de vista externo (fora de si mesmo).
Pensamentos intrusivos
Podem surgir ideias que no esto ligadas diretamente situao ttica, tais como
seus entes queridos, futuro, planos.
Alteraes mnemnicas
Lapsos de memria
Depois do evento existem partes da ocorrncia ou aes de que a pessoa no
consegue se lembrar de ter feito.
Distores na memria
A pessoa pode lembrar de ter visto, ouvido ou experimentado algo durante o evento
que depois constatou no ter existido.
Tente perceber como essa exposio da fase de alerta pode ser esclarecedora com
relao aos fenmenos que voc vivencia quando executa exerccios nas aulas
prticas de tiro, instruo ttica, abordagem, patrulha, controle de distrbios civis,
dentre outras.
Nesta aula, voc estudou a fase de alerta, as alteraes biopsicolgicas que ela
produz no organismo e as alteraes psicolgicas da exposio ao conflito armado.
Na prxima aula, ampliar a compreenso sobre esse tema, estudando a segunda fase
do estresse, a resistncia.
Aula 3 Fases do estresse 2 fase: Resistncia
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Na aula anterior, voc estudou a fase de alerta. Agora, voc estudar segunda fase
do estresse: a fase de resistncia. Ao final, voc ser capaz de:
Caracterizar a fase de resistncia.
Essa fase sucede a fase de alerta na medida em que o organismo persiste em seu
esforo de adaptao. Trata-se de uma etapa intermediria, na qual aquela
sensao de vigor caracterstica da fase inicial substituda pela sensao de
desgaste.
A fase de resistncia uma tentativa do organismo de impedir o desgaste total,
entretanto, j aparece o sentimento de cansao generalizado, de desconforto. O
aumento de produtividade que se verificava na fase de alerta d lugar ao desgaste.
Podem ocorrer falhas de memria, a ansiedade aumenta e o indivduo tambm fica
mais vulnervel a infeces por vrus e/ou bactrias, pois seu organismo est se
enfraquecendo.
Essa uma fase de transio, como um aviso ao sujeito de que o esforo est
sendo maior do que o suportvel. Indica que est na hora de rever a relao entre
a carga e a disposio para o trabalho.
Faa um exame de suas vivncias no trabalho e indique as situaes em que voc
percebe a experincia de desgaste.
Nesta aula, voc estudou a fase de resistncia, na prxima voc saber o que
acontece na fase de exausto.
Aula 4 Fases do estresse Fase de exausto
A aula passada abordou a fase de resistncia. Agora, voc estudar a terceira e
ltima fase do estresse: a fase de exausto.
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de que, embora o uso coloquial do termo estresse aponte para algo ruim, o estresse
pode ter resultados diversos no organismo. Ento, faz-se necessrio distinguir entre
o estresse positivo e o negativo.
A fase produtiva a inicial, a do alerta. O organismo produz adrenalina que d
nimo, vigor, energia, agilidade e criatividade. Sabendo administrar o estresse,
possvel beneficiar-se devido a motivao que esse estgio produz.
O estresse se torna negativo se for experimentado em excesso, quando a pessoa
ultrapassa seus limites e esgota sua capacidade de adaptao. Logo, a qualidade de
vida diminui.
Dessa forma, o que determina se a reao de estresse traz benefcios ou
malefcios para o organismo corresponde durao do perodo em que o sujeito
se encontra sob o esforo de adaptao. Gerenciar o estresse seria, portanto,
manejar o prprio cotidiano de maneira a alternar o estado de alerta com perodos
de equilbrio, para completar a recuperao do organismo. (Lipp, 1998)
Voc sabe quando est estressado? Como voc pode identificar o estresse?
Resposta: Adiante, voc far uma avaliao para sintomas de estresse. Por hora, faa
uma auto-avaliao respondendo sim ou no para estar estressado e guarde essa
informao para comparar com o resultado da avaliao.
A percepo do estado de estresse pelo indivduo um fator considervel no
gerenciamento do estresse. A ideia de que um indivduo que perceba uma alterao
no equilbrio de seu organismo sob a forma desse conjunto de sintomas
apresentados e os atribua ao estresse, tender a procurar alguma forma de
tratamento para esse fenmeno, enquanto que aquele que est estressado e no
percebe ou no reconhece tais alteraes em seu organismo, ter menor tendncia a
procurar tratamento, aumentando as chances de agravamento de doenas.
Na sua experincia, quais estratgias voc utiliza para fazer o gerenciamento do
estresse?
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preciso reservar alguns momentos para refletir sobre quais so nossas prioridades.
Controlar a pressa, o que chamamos a corrida contra o relgio. preciso pensar
sobre os efeitos de cargas excessivas de trabalho e as implicaes da desobedincia
aos perodos de descanso. O trabalho noturno, sobretudo, tende a alterar os ritmos
de sono e viglia (ficar acordado).
Estabilidade emocional
Viver bem significa ter uma vida equilibrada nas reas afetiva, social, profissional
e da sade. necessrio que os profissionais fiquem atentos e tenham cuidados a
todas as esferas de realizao pessoal, tendo em vista os prejuzos de sobrepor a
importncia de qualquer das reas sobre as outras, por exemplo, minimizado a
importncia de um compromisso familiar, s atentando para as preocupaes
profissionais, ou comprometer a estabilidade da atuao profissional por razo de
no dar conta de situaes preocupantes na esfera afetiva, desviando-se de resolver
as questes familiares e sociais nos locais onde elas so originadas e descontando
no trabalho, dentre outras. O interessante tentar buscar um equilbrio, onde
todas as possibilidades de relacionamento possam ser exercidas de forma
harmoniosa.
Preencha o questionrio abaixo sobre sintomas do estresse e verifique o nvel de
estresse ao qual est submetido. Indique quantas vezes na ltima semana voc
sentiu o descrito abaixo, depois verifique o resultado, consultando a tabela
abaixo:
( ) Tenso muscular, tais como aperto de mandbula, dor na nuca etc.;
( ) Hiperacidez estomacal (azia) sem causa aparente;
(
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ocorrendo;
( ) Pensar em um s assunto ou repetir o mesmo assunto;
( ) Ansiedade;
( ) Distrbio do sono, ou dormir demais ou de menos;
( ) Cansao ao levantar;
( ) Trabalhar com um nvel de competncia abaixo do seu normal;
( ) Sentir que nada mais vale a pena.
Tabela de respostas
Pontuao
Nvel de estresse
se refere ao stress.
reincidncias
De 1 a 3 itens
assinalados com mais de o que est ocorrendo. Veja o que est exigindo demais de
quatro reincidncias
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assinalados com mais de tem fontes de stress representadas pelo mundo ao seu
quatro reincidncias
Retirado de:
LIPP, Marilda Novaes. O Stress Est Dentro de Voc diversidade disponvel na World Wide
Web, link:
http://www.autoconhecimento.valzacchi.com.br/O%20Stress%20Esta%20Dentro%20De%20Voc
e.pdf#page=9
Concluso
Neste mdulo, voc estudou o fenmeno do estresse.
Existem instrumentos de avaliao do estresse que podem lhe dar uma referncia se
voc est estressado ou no, em que fase do estresse se encontra e quais tipos de
sintomas voc apresenta. Consulte o servio de psicologia de sua instituio para
saber as formas de acesso a esse tipo de avaliao.
Neste mdulo so apresentados exerccios de fixao para auxiliar a compreenso
do contedo.
O objetivo destes exerccios complementar as informaes apresentadas nas
pginas anteriores.
1. s vezes, a atividade de Segurana Pblica impe situaes difceis que
podero ser respondidas com reaes de estresse. Uma delas o risco que se
define como:
( ) A percepo da possibilidade prxima de estar frente a uma ameaa.
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Gabarito
1. A percepo da possibilidade prxima de estar frente a uma ameaa.
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Mdulo 3 Ps-trauma
Neste mdulo, voc estudar as formas de enfrentamento de situaes impactantes,
tais como acidentes, ocorrncias com feridos ou com bitos.
O contedo deste mdulo est dividido em 4 aulas:
Aula 1 Processo de luto e tarefas do luto
Aula 2 Posturas no atendimento de pessoas em luto
Aula 3 Exposio a situaes impactantes
Aula 4 Reao aguda ao estresse e o transtorno de estresse ps-traumtico
No filme Vivendo no limite (http://www.youtube.com/watch?v=sfUwvmRmMtw),
o ator Nicolas Cage interpreta Frank Pierce, um socorrista que enfrenta uma dura
rotina de trabalho a bordo de uma ambulncia. Pierce se depara com situaes
impactantes que implicam em srias consequncias para sua sade mental. Leia a
sinopse.
Sinopse do filme Vivendo no limite
Sinopse: Que sentimentos passam pela cabea de um ser humano obrigado a lidar
com os limites entre a vida e a morte diariamente? Martin Scorsese mergulhou no
mundo dos paramdicos novaiorquinos e esquadrinhou a vida cotidiana de homens e
mulheres que enfrentam, cara a cara, o desespero de pessoas beira da morte. O
filme estrelado por Nicolas Cage, no papel do paramdico Frank Pierce, que, aos
poucos, sucumbiu diante do peso de anos e anos salvando e perdendo vidas.
Assista esse filme e comente o que voc sente ao atender a uma ocorrncia em que
h feridos ou mortos.
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3 fase Hiperexcitao
Desenvolvem-se os seguintes fenmenos:
Dificuldade com sono ou hipervigilncia (ficar acordado muito tempo);
Irritabilidade; e
Dificuldade em concentrar
A 4 e ltima fase, de Burnout, caracteriza-se pelo colapso emocional, percepo
da situao como sem sada, inibio da prontido para a ao.
Agora, voc tem elementos para orientar pessoas no atendimento de acidentes com
relao aos seus efeitos traumticos, seja com relao aos feridos, aos seus colegas
de trabalho ou mesmo orientar sua autopercepo. Certamente, no se exige que
voc faa uma anlise minuciosa desses conceitos, nem que proceda qualquer tipo de
avaliao diagnstica, mas voc poder sempre estar atento aos fenmenos que
observar nas pessoas com quem se relaciona e poder relatar suas percepes aos
profissionais da sade que trabalham com voc ou que integram os servios de sade
de sua localidade.
Algumas das descries que voc estudou nesta aula despertaram a anlise de
situaes que voc viveu em sua carreira? Anote seus comentrios.
Resposta: Uma vez que o processo de luto no pode ser interpretado como um
adoecimento, so esperadas reaes de luto quando nos deparamos com a perda de
pessoas, objetos, crenas importantes para ns. Uma pessoa ferida que se quer salvar
pode representar para os profissionais de segurana pblica e defesa civil um evento
de suma importncia, cujo resultado pode gerar um processo de luto ou uma reao
aguda ao estresse. O importante estar atento ao tratamento que dado a essa
experincia. Lembre-se de que ter esse assunto como um tabu de que no se pode
falar no uma medida recomendvel, como vimos anteriormente em nossa aula. Se
voc tem razes para acreditar que pode estar passando por uma dificuldade maior,
como o transtorno de estresse ps-traumtico, vale procurar um servio de sade,
pois pode haver necessidade de acompanhamento por um profissional de sade.
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Concluso
Neste curso foram estudados temas de interseo entre dois campos. O objetivo foi
apresentar essa disciplina de estudos o mais prximo de sua realidade profissional.
Certamente, esse curso no prope ser um estudo definitivo em sua capacitao
profissional. Existe uma gama de assuntos em psicologia em que voc tambm poder
se especializar e que oferecero outros bons resultados para sua carreira.
Saiba que os profissionais de psicologia de sua instituio ou localidade muito tm a
conhecer com suas experincias e com sua forma particular de exercer essa profisso
to importante quanto complexa dos ramos da segurana pblica e da defesa civil.
Referncias bibliogrficas
ARGYRIS, C. Reasoning, earning and action Individual and organizational. San
Francisco. Jossey Bass, 1968.
ARTWOHL, Alexis e CHRISTENSEN, Loren. Deadly force encounters: what cops need to
know to mentally and physically prepare for and survive a gunfight. Boulder,
Colorado: Paladin Press, 1997.
BROMBERG, Maria Helena Franco. A psicoterapia em situaes de perdas e luto.
Campinas: Editorial Psy II, 1994.
BRUN, Charles Le. Alexander in Babylon, 1665. Museu do Louvre
CANFILD, Anderson Alberto. Uma nova tica nos relacionamentos interpessoais Artigo publicado em veculo de divulgao interna do Centro Tecnolgico OPET Curitiba.
DEJOURS, C, ABDOUCHELI, C e JAYET. Psicodinmica do trabalho: Contribuies da
Escola Dejouriana anlise da relao prazer, sofrimento. So Paulo: Atlas, 1994.
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WEIL, Pierre & TOMPAKOW, Roland. O Corpo Fala. Ed. Vozes, 1986
ZIMERMAN, David. A importncia dos grupos na sade, cultura e diversidade.
Vnculo. [online]. dez. 2007, vol.4, no.4 [citado 04 Fevereiro 2009], p.1-16.
Disponvel na World
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querido.
(
externo.
2. As tarefas do luto implicam em:
( ) Se fechar em reflexo, reconhecimento dos sentimentos, ajuste ao ambiente e
investimento monetrio e na vida.
( ) Aceitao da realidade, sucumbir as presses, ajuste ao ambiente e investimento
afetivo e na vida.
( ) Aceitao da realidade, reconhecimento dos sentimentos, ajuste ao ambiente e
investimento afetivo e na vida.
3. Uma atitude adequada ao lidar com indivduos enlutados :
( ) Sempre se adiantar e falar o que a pessoa enlutada est pensando.
( ) A atitude mais importante ouvir, desenvolvendo as habilidades de escuta.
( ) A melhor atitude a ser adotada dar conselhos.
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4. Marque (V) para uma afirmativa verdadeira e (F) para uma alternativa falsa.
Os procedimentos abaixo relacionados podem auxili-lo na abordagem de uma
pessoa em luto.
( ) As notcias de ferimento, morte ou acidente devem ser dadas num ambiente
calmo, em que voc no seja interrompido e que possa acomodar voc e a pessoa,
ambos sentados.
( ) Trate a pessoa pelo nome e nunca mencione o nome do falecido.
( ) Use mensagem figurada mais seguro.
( ) Diga uma informao nova de cada vez e perceba se a pessoa est
compreendendo.
( ) Considere ter que repetir vrias vezes a mesma notcia.
(
ou clichs e piadas.
( ) Disponha-se a ouvir o que a pessoa tem para te dizer, mesmo que a pessoa repita
muitas vezes a mesma histria.
( ) Observe se a pessoa emite mensagens de suicdio. Se isso ocorrer, aborde o
assunto com ela, pergunte o que ela quer dizer com a mensagem e o porqu.
5. Um dos procedimentos a serem adotados como suporte a profissionais que se
expem a situaes de risco ou impactantes :
( ) Reunies de equipe em que os profissionais possam falar de suas emoes no
confronto com acidentes.
( ) Reunies de equipe com temas divertidos para afastar as situaes que envolvam
muita emoo.
(
energias.
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Gabarito
1. O luto no pode ser entendido como um adoecimento, uma vez que um processo
necessrio para o psiquismo.
2. Aceitao da realidade, reconhecimento dos sentimentos, ajuste ao ambiente e
investimento afetivo e na vida.
3. A atitude mais importante ouvir, desenvolvendo as habilidades de escuta.
4. V F F V V F V - V
5. Reunies de equipe em que os profissionais possam falar de suas emoes no
confronto com acidentes.
6. Transtorno transitrio que ocorre em seguida a um estresse fsico e/ou psquico
excepcional e que desaparece em algumas horas ou dias.
7. Sonhos angustiantes e repetidos do acidente.
8. Evitao, hiperexcitao e revivescncia.
9. Colapso emocional, inibio da prontido para a ao.
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Glossrio do curso
Tpicos em Psicologia relacionados Segurana Pblica e Defesa Civil
Adaptao: Existem diversas definies de adaptao em cincia, a maioria delas
compartilha de alguma forma o conceito inaugural oferecido pela biologia de Charles
Darwin. Nesse trabalho, foi adotado o termo adaptao em referncia capacidade
do indivduo em se integrar ao ambiente e dar respostas adequadas a novas
situaes. Relaciona-se ao conceito de flexibilidade, a disponibilidade para rever
padres de atuao j estabelecidos, reestruturando-os diante de situaes novas e
imprevistas.
que envolve
Patologias: Doenas.
Perceptivas: Para o escopo deste trabalho, percepo foi definida como o processo
em que os dados sensoriais (dos sentidos) so organizados na conscincia. Existem
percepes visuais (percebidas pelos olhos), auditivas (pelo ouvido), tcteis (pela
pele), olfativas (pelo nariz), gustativas (pela boca) e cinestsicas (pelo esquema
corporal).