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Ectica Social (Contexto Africano)

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ndice

Introduo..................................................................................................................................2
1.

tica no contexto cultural africano.....................................................................................3


1.1 Comunismo e Valores Scias...........................................................................................3

2.

As Relaes Familiares.......................................................................................................4
2.1 Princpios bsicos da famlia............................................................................................4

3.

Compromisso Social...........................................................................................................5
3.1 Religio.............................................................................................................................5

4.

O papel dos ritos de Iniciao.............................................................................................6


4.1 Ritos Masculinos..............................................................................................................6
4.2 Ritos Femininos................................................................................................................7

Concluso...................................................................................................................................8
Bibliografia................................................................................................................................9

Introduo

As informaes aqui contidas so referentes a cadeira de tica Social, onde abordar-se- a


tica em relao as etnias africanas com particular destaque ao povo (tribo) macua, que teve a
sua gnesis nas regies dos grandes lagos isto no territrio florestal congols e depois
deslocou-se para regio austral a fim de alcanar terras frteis para a prtica da agricultura.
Portanto, primeiramente iremos abordar o comunismo e valores dessa sociedade, relaes
familiares, compromisso social, religio e por fim falaremos dos ritos de iniciao masculinos
e femininos respectivamente.

1. TICA NO CONTEXTO CULTURAL AFRICANO


A Tribo Macua Emakua

1.1 Comunismo e Valores Scias


Ao contrrio do que muitos imaginam, a tica e a moral tem seu papel nas vrias regies e
grupos scias africanos abrangido assim a linhagem do povo macua, manifestando-se em
forma costumes acompanhados de regras, tabus e tradies.
J se pode notar que o sentido da comunidade na sociedade macua bastante valorizado o
mesmo acontece nas demais regies africanas, muitas vezes os membros das sociedades
vivem em proximidade uns dos outros. Na sua maioria as pessoas no vivem isoladamente
reflectindo numa interaco afectiva e mtua com a vizinhana.
Diversas vezes, o problema individual e encarado de uma forma conjunta isto a
solidariedade pelo prximo um ponto forte nesta comunidade, um exemplo claro se verifica
quando um indivduo perde vida as pessoas mais prximas tende a aproximar-se e dar o seu
contributo a famlia do defunto, alguns com trabalhos fsicos e outros com valores monetrios
as vezes h quem se manifeste a dar informaes aos parentes mais distantes, a mesma
solidariedade tambm se aplica em caso de doena os vizinhos sentem-se obrigados a
aproximar e acolher o doente fazendo visitas seja no perodo da manh ou de tarde, tal
cortesia na sua maioria acompanhada de pequenos produtos de primeira necessidade (gua,
alimento, lenha, medicamentos, entre outros).
Um outro valor a se destacar a hospitalidade que os macuas tm em relao aos visitantes,
peregrinos e a famlia. Este valor geralmente registado com maior intensidade nas zonas
rurais que so mais conservadoras dos costumes e das regras ancestrais, no s, mas tambm
verificada nas regies mais modernizadas.
Mesmo com poucas condies financeiras, a maioria das famlias possuem sempre um lugar
reservado para os hspedes que podem ou no ser conhecidos pela famlia. Como o caso
daqueles que por qualquer razo tiveram que interromper a sua viagem e procuram
acomodao (local para o peregrino descansar) primeiramente a famlia dispe-se a oferecer
gua e alimentos, perguntam sobre o destino e os parentes do viajante, chegam at oferecer
uma cama para o mesmo dormir isso se for tarde para continuar com a sua caminhada ou
ento se for o caso do viajante estar doente. Quando chega a hora da refeio todos tm de
estar reunidos e comer em conjunto com a visita que no pode se recusar a desfrutar a
refeio, porque tal atitude encarada como uma ofensa mesmo que o peregrino no tenha

fome ter que lavar as mos, comer o que foi preparado e depois novamente voltar a lavar as
mos (VIEGAS, 2013).

2. AS RELAES FAMILIARES

A estrutura e poltica dos macuas encontra-se assentada na tribo nihimo, a linhagem tida
como o conjunto de indivduos descendentes do mesmo antepassado, essa etnia de origem
matrilinear sustenta-se a explicao de que os mesmos so provenientes de uma progenitora
comum, nesta cultura pratica-se a Uxorilocalidade que um costume no qual o homem deixa
a sua localidade e vai para aldeia da esposa isto , aps o matrimnio os cnjuges vo morar
na casa ou povoao da mulher.
2.1 Princpios bsicos da famlia
Cada famlia Macua normalmente dirigida pelo tio mais velho materno designado atata
que em conjunto com outras unidades auxilia a famlia da irm resolvendo conflitos,
organizando reunies, marcando cerimnias e ritos.
Na primeira etapa, os filhos so dependentes da casa, fundamentalmente dos cuidados da
me. Os rapazes aprendem as noes bsicas sobre a conduta e funcionamento da sociedade,
sendo que o grupo materno ensina aos filhos mais novos a falar e tratar as pessoas de forma
respeitosa cumprindo certas normas da comunidade. Assim elas tm de ajudar com os deveres
da casa (limpeza, pastorcia ou na actividade agrcola), essas actividades so distribudas de
acordo com a idade e sexo da criana. Contudo, a me ensina a sua filha a preparar as
refeies, fazer a limpeza da casa, lavar a roupa, entre outras actividades dirias que possa
realizar quando casada. Por sua vez o pai ensina o seu filho a arte da caa, artesanato,
agricultura, criao de gado ou qualquer outra actividade que a criana possa efectuar para o
sustento da casa.
Verificou-se que neste grupo social a designao primo no usual, normalmente os termos
primo e prima so substitudos pela palavra mana/mano (irmo ou irm), deste modo h mais
aproximao entre as crianas e grande afecto entre elas, pois desde a nascena so instrudas
de modo a respeitar os outros como irmos legtimos. (MARTINEZ, 1996)

3. COMPROMISSO SOCIAL
Como pode se verificar os macuas na sua maioria esto organizados em nihimo (cl)
actualmente h uma pequena dissociao devido a modernizao, mas ate agora comum
encontrar este tipo de orientao social principalmente nas zonas rurais.
O compromisso social deste grupo tnico esta relacionado com a linhagem a que os
membros pertencem:
O valor supremo de conduta ou de cdigo tico neste grupo esta assentado na
linhagem a que os indivduos pertencem;
O mesmo cdigo esta relacionado com tradio, e a aceitao destas normas so
asseguradas pelos membros sucessores;
Muitas vezes os tabus formam uma certa ditadura fazendo com que as leis tradicionais
sejam compridas e alegando-se que o no comprimento dessas poderia gerar uma
sano ou repreenso dos antepassados;
Muito feito a favor do bem-estar social, os membros interage muitas vezes no h
muito individualismo social.

3.1 Religio
aceitvel que os africanos possuem uma religio, apesar de ser pouco notvel muito
importante no seio da comunidade em geral, inclusive na etnia Macua. Os macuas acreditam
na existncia se seres sobrenaturais que tentam relacionar-se com eles, nesta comunidade
alguns factores da natureza so encarados de forma mtica e emprica.
importante referir que os macuas apesar de tudo acreditam na existncia do Criador do
universo e da vida (Deus Muluko), mas seu costumes esto assentes nos mitos em relao
ao universo e a vida em geral.
Aspectos a considerar na religio dos Macuas:
Normalmente os macuas acreditam numa forte ligao entre os mundos dos vivos e
mundo dos mortos (dos antepassados);
Muitas explicaes so mticas, assim acredita-se que se no se realizar certos ritos os
homens esto mais sujeitos a desgraas e maldies.
Existem diferentes cultos aos defuntos (antepassados), um dos mais frequentes o
da Makeia (cerimnia tradicional de farinha oferecida aos antepassados).
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4. O PAPEL DOS RITOS DE INICIAO


Em frica e comum houver ritos de iniciao que uma prtica importante, normalmente
realizada quando os rapazes e raparigas esto prontos para a procriao. Estas cerimonias
normalmente so feitas para introduzir valores ticos aos jovens da comunidade, assim os
mesmos so ensinados a obedecer, respeitar, cuidar do lar, cuidar da famlia e contribuir na
comunidade.
4.1 Ritos Masculinos (Massoma)
Os ritos masculinos na sua maioria so realizados para rapazes de 8 a 12 anos de idade, os
pais que organizam as cerimnias (ritos preliminares at a circunciso) com o apoio da
comunidade e dos ancios, os rapazes moram num acampamento designado Nvera assim,
novas regras so impostas nessa nova habitao. Primeiramente os rapazes cortam o cabelo,
recebem tambm novos nomes (Ovahywa Nssina), regras e instrues.

No acampamento os rapazes aprendem a:


Aprendem a caar;
Aprendem certos trabalhos que lhes serviram no futuro como o caso de fazer
peneiras, tecer esteiras, fazer pequenos objectos musicais (usados para a recriao
na pastorcia), construir habitao convencional, entre outros;
Aprendem a enterrar os mortos e a se comportar perante um funeral.
H tambm algumas proibies gerais (Mwikho), que so as seguintes:
Os rapazes no podem falar com os chefes dos acampamentos, eles so
submetidos a um silncio que deve ser comprido por todos os midos que esto a
ser instrudos (Alukhus)
Abstinncia alimentar: h proibio de consumo de certos alimentos como o
caso de mel, ovo, comida com sal e pimenta, peixe de cor escura e nem carne de
galinha.
No final de toda actividade e aps a cicatrizao do corte da circunciso o acampamento e
removido (destrudo), alcanando-se o objecto final que a formao de um novo homem
capaz de responder as expectativas scias e contribuir nos diferentes aspectos da comunidade.
(ARIGORA, 2011).

4.2 Ritos Femininos (Mwali)

Paralelamente aos ritos masculinos existe tambm a iniciao feminina, designada (Emwali)
que possui os mesmos princpios bsicos dos rapazes, as raparigas abrangidas so as de 11 a
12 anos (antes da primeira menstruao) elas aprendem a comportar-se na sociedade, cuidar
do seu corpo, da casa e do seu esposo. A entrada ao acampamento igual aos dos rapazes
passemos ento as instrues e ensinamentos:
Instrues (Olaka) /ensinamentos
Explicao sobre o facto fisiolgico do corpo feminino;
Aprendem a respeitar os costumes, cumprimentar os adultos ajudar com as tarefas
de casa (preparar comida, limpeza entre outros)
So orientadas como vestir correctamente, ou seja de uma forma decente;
Aprendem a comportar-se durante um funeral, entre outros.
Proibies:
As proibies que fazem parte da iniciao feminina no so muito diferentes dos rapazes,
assim destaca-se:
H abstinncia de certos alimentos como e o caso de ovo (Notxe), peixe (Mukopo);
No podem falar e relacionar-se muito com os homens;
Durante esse perodo as raparigas no podem usar as roupas habituais;

Aprendem a se comportar na vida conjugal e a usar certos sinais de comunicao


como caso deixar na cama uma porcelana com sementes vermelhas significando que
ela est dentro do perodo menstrual, e no final deste perodo usam as sementes
brancas

Aps as mulheres terminarem todas etapas de ensinamentos, elas esto prontas para constituir
uma famlia, servindo o seu marido (ARIGORA, 2011).

Concluso

Levando em considerao os aspectos aqui mencionados, nos leva a concluir que a tica
tambm faz parte da vida dos africanos. Um exemplo claro pode ser verificado na etnia
macua (tribo do norte de Moambique), que desde a nascena submetem as crianas assimilar
vrios valores scias de respeito, solidariedade e auxilio ao prximo.
Este grupo por sua vez tem uma forte ligao com os antepassados fazendo com que os
mesmos alem de adorarem a Deus, realizem cultos e cerimonias aos ancestrais, obedecendo
regras, costumes e mitos impostos a fim de alcanar a prosperidade.

Referencias Bibliografias:
VIEGAS, Alberto. As tradies dos Macuas. Disponvel em:
8

Http//: www.tribomacua.blogspot.nl/2013/03/tradicoes-dos-macuas.html?m=1
Recuperado em:
23/03/14
as 16:42 hrs
MARTINEZ, F. Lerma. Cultura Macua. Disponvel em:
Http//: www.esperancamocambique.blogspot.nl/p/cultura-macua.html?m=1
Recuperado em:
23/03/14
as
17:45hs
ARIGORA, G. Jose. O povo macua-lomue da Zambezia (pebane). Disponvel em:
Http//: www.arigora.blogspot.nl/2011/12/o-povo-lomue-dazambezia-pebane.html?m=1
Recuperado em :

21/03/14

as

14:15 hrs

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