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Decreto Presidencial N.º 132/13

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DIRIO DA REPBLICA

2374
Decreto Presidencial n. 133/13:
Cria o Instituto Regulador dos Derivados do Petrleo, da Repblica de
Angola, abreviadamente IRDP, e aprova o seu Estatuto Orgnico.
Despacho Presidencial n. 71/13:
Nomeia o Conselho de Administrao da TAAG Linhas Areas de
Angola, E.P.
Despacho Presidencial n. 72/13:
Nomeia o Conselho de Administrao da ENANA, E.P.
Despacho Presidencial n. 73/13:
Nomeia o Conselho de Administrao da Empresa do Caminho de Ferro
de Luanda - E.P.
Despacho Presidencial n. 74/13:
Nomeia o Conselho de Administrao da Empresa do Caminho de Ferro
de Benguela - E.P.
Despacho Presidencial n. 75/13:
Nomeia o Conselho de Administrao da Empresa do Caminho de Ferro
de Momedes - E.P.
Despacho Presidencial n. 76/13:
Nomeia o Conselho de Administrao da Empresa Porturia de
Luanda - E.P.
Despacho Presidencial n. 77/13:
Nomeia o Conselho de Administrao da Empresa Porturia do
Lobito, - E.P.
Despacho Presidencial n. 78/13:
Nomeia o Conselho de Administrao da Empresa Porturia do
Namibe, - E.P.
Despacho Presidencial n. 79/13:
Aprova o Acordo de Facilidade de Crdito a celebrar entre a Repblica
de Angola, representada pelo Ministrio das Finanas, e pela
Luminar Finance Limited e autoriza a Aderncia Conta Cauo
entre a Repblica de Angola, representada pelo Ministrio das
Finanas, pela Luminar Finance Limited e pelo HSBC Bane P.L.C.
Hongkong and Shanghai Banking Company Limited como Banco
da Conta Cauo.
Despacho Presidencial n. 80/13:
Isenta de pagamento de emolumentos, independentemente da idade, os
cidados que efectuarem o registo civil no trinio 2013-2016.
Despacho Presidencial n. 81/13:
Integra na Comisso Interministerial encarregue de Avaliar as Condies
Objectivas e Subjectivas da Transio de Angola para um Pas de
Rendimento Mdio os Ministros da Administrao do Territrio,
da Hotelaria e Turismo, da Comunicao Social e da Assistncia e
Reinsero Social e o Governador do Banco Nacional de Angola.
Revoga toda a legislao que contrarie o disposto no presente
Diploma.
Despacho Presidencial n. 82/13:
Cria um Grupo de Trabalho com a finalidade de estudar e elaborar uma
a proposta de Implementao da Conveno contra a Corrupo no
ordenamento jurdico, coordenado pelo Ministro da Justia e dos
Direitos Humanos.

Secretariado do Conselho de Ministros


Despacho n. 1969/13:
Nomeia Mariana Baltazar Moniz da Silva Rgo para as funes de Chefe
de Seco de Arquivo Digital do Departamento das Tecnologias de
Informao da Direco de Organizao de Sesses.

PRESIDENTE DA REPBLICA
Decreto Presidencial n. 132/13
de 5 de Setembro

A Lei n. 28/11, de 1 de Setembro, veio estabelecer as


bases gerais de organizao e funcionamento do Sector dos
Derivados de Petrleo, bem como as disposies gerais apliFiYHLVDRH[HUFtFLRGDVDFWLYLGDGHVGHUHQDomRGHSHWUyOHR

bruto e de armazenamento, transporte, distribuio e comercializao de produtos petrolferos aplicveis a Repblica de


Angola;
Considerando que nos termos da citada lei, compete
ao Executivo promover a legislao complementar relativa ao exerccio das actividades abrangidas pela referida
lei, nomeadamente os regimes jurdicos das actividades
nelas previstas, bem como os princpios e regras fundamentais para o funcionamento do mercado interno de produtos
petrolferos;
&RQYLQGR [DU RV UHJLPHV MXUtGLFRV GDV DFWLYLGDGHV
DFLPDPHQFLRQDGDVEHPFRPRGHQLURVSULQFtSLRVHUHJUDV
fundamentais para o funcionamento do mercado interno de
produtos petrolferos;
O Presidente da Repblica decreta, nos termos da alnea l) do artigo 120. e do n. 3 do artigo 125., ambos da
Constituio da Repblica de Angola, o seguinte:
CAPTULO I
Disposies Gerais
ARTIGO 1.
(Objecto e mbito de aplicao)

O presente Diploma estabelece os regimes jurdicos


DSOLFiYHLV jV DFWLYLGDGHV GH UHQDomR GH SHWUyOHR EUXWR
o armazenamento, o transporte de produtos petrolferos
por oleoduto, a Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo e ao funcionamento dos mercados
grossista e retalhista, assim como os procedimentos e regras
aplicveis as obrigaes de servio pblico, planeamento e
licenciamento das instalaes do Sistema de Derivados do
Petrleo da Repblica de Angola.
ARTIGO 2.
'HQLo}HV

1. Para efeitos do presente Decreto Presidencial, entende-se por:


a) Acesso negociado, modalidade de acesso s
infra-estruturas do Sistema de Derivados do
Petrleo na qual as metodologias a aplicar ao
clculo de tarifas e preos e condies de acesso
so estabelecidas bilateralmente, sem prejuzo da
obrigao de transparncia para com o mercado
e no discriminao entre comercializadores de
produtos petrolferos a retalho. No que respeita
a relacionamento comercial e qualidade do servio prestado aplicam-se abordagens similares
ao regime de acesso regulado;
b) Acesso regulado, modalidade de acesso s infra-estruturas do Sistema de Derivados do Petrleo
na qual as condies de acesso, as tarifas e preos aplicados, a qualidade do servio prestado e
as regras associadas ao relacionamento comercial so estabelecidos pelo IRDP;
c) Fornecedor de ltimo recurso, operador do mercado grossista nomeado pela Superintendncia

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013


Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo
em colaborao com o Instituto Regulador dos
Derivados do Petrleo IRDP, para assegurar
o fornecimento de produtos petrolferos aos
pequenos comercializadores a retalho sem qualquer tipo de discriminao;
d) Fornecimento de ltimo recurso, modalidade
de fornecimento aos comercializadores de
produtos petrolferos a retalho, sujeito a regulao de preo por parte do Ministrio dos
Petrleos e IRDP, tendo a responsabilidade de
FRORFDomRGDSURGXomRGRUHQDGRUHPUHJLPH
especial e importaes de derivados do petrleo
no mercado interno da Repblica de Angola. O
fornecimento de ltimo recurso coexiste com
o fornecimento em regime de mercado levado
D FDER SHORV UHQDGRUHV HP UHJLPH RUGLQiULR
com os quais os comercializadores de produtos
petrolferos a retalho podem encetar relacionamento comercial bilateral;
e) Grandes instalaes petrolferas UHQDULDV
grandes instalaes de armazenamento e sistemas de transporte de produtos petrolferos por
conduta, integrados ou no em centros de operao logstica;
f) Mercado grossista, conjunto das operaes
FRPHUFLDLV H QDQFHLUDV UHODWLYDV DRV SURGXWRV
petrolferos transaccionados no territrio nacional, incluindo as importaes e exportaes, sem
SDUWLFLSDomRGHFOLHQWHVQDLV
g) Mercado retalhista, conjunto das operaes
comerciais relativas a transaco de produtos
SHWUROtIHURVSDUDRVFOLHQWHVQDLVQRWHUULWyULR
nacional;
h) Separao contabilstica, exerccio de uma actividade em separao funcional qual acresce a
obrigao de manter as contas separadas das restantes actividades em que a organizao actua,
devendo a contabilidade ser auditvel e estar em
conformidade com as normas estabelecidas na
legislao e regulamentao aplicveis;
i) Separao funcional, exerccio de uma actividade na qual a organizao que a desempenha,
deve ter uma estrutura funcional e/ou operacional individualizada das restantes actividades
em que actua, devendo a referida estrutura estar
dotada de um quadro de pessoal dedicado com
as responsabilidades exclusivas ao exerccio da
actividade funcionalmente separada;
j) Separao jurdica, exerccio de uma actividade
por uma organizao destinada exclusivamente
DHVVHPSRGHQGRQRHQWDQWRDRUJDQL]DomR
juridicamente separada ser participada por

2375
outras organizaes com interesses no Sector,
desde que esteja salvaguardada a sua independncia na gesto e tomada de deciso;
k) Sistema de Derivados do Petrleo da Repblica
de Angola SDPRA, conjunto das infra-estruturas de armazenamento, incluindo os centros de
operao logsticos, sistemas de transporte por
FRQGXWDHRVWHUPLQDLVPDUtWLPRVHXYLDLVSDUD
recepo de produtos petrolferos. O Sistema de
Derivados de Petrleo compreende as grandes
LQVWDODo}HVSHWUROtIHUDVH[FOXLQGRDVUHQDULDV
6mRDLQGDDSOLFiYHLVDRSUHVHQWH'LSORPDDVGHQLo}HV
constantes do artigo 3. da Lei n. 28/11, de 1 de Setembro.
ARTIGO 3.
(Princpios gerais)

1. O exerccio das actividades abrangidas pelo presente


Decreto Presidencial deve processar-se com observncia
GRV SULQFtSLRV GH UDFLRQDOLGDGH HFRQyPLFD H GH HFLrQFLD
energtica, sem prejuzo do cumprimento das respectivas
obrigaes de servio pblico, devendo ser adoptadas as
providncias adequadas para minimizar os impactes ambientais, no respeito pelas disposies legais aplicveis.
2. Em observncia ao princpio da promoo e apoio ao
empresariado nacional, consignado na alnea i) do artigo 5.
da Lei n. 28/11, de 1 de Setembro, conjugado com o
artigo 19. da Lei n. 14/03, de 18 de Julho, as empresas candidatas ao exerccio das actividades em regime de concesso
e de licena devem ser controladas por cidados angolanos.
3. Para efeitos no n. 2 do presente artigo, controlo signiFDDREVHUYkQFLDFXPXODWLYDGRVVHJXLQWHVFULWpULRV
a) Deter 51% do capital social;
b) Dispor de mais de metade dos direitos de voto;
c) Ter o direito de designar mais de metade dos membros dos rgos de administrao ou de gesto;
d)7HURSRGHUGHGHQLUDVSROtWLFDVRSHUDFLRQDLVH
estratgicas da sociedade.
2PHUFDGRGHOXEULFDQWHVFDVXMHLWRDXPUHJLPH
de livre concorrncia, sem prejuzo dos disposto em legislao complementar a publicar pelo Ministrio dos Petrleos.
5. O mercado de outros produtos derivados do petrOHRFRPDSOLFDo}HVLQGXVWULDLVHQTXDQWRPDWpULDSULPDFD
sujeito a um enquadramento regulamentar prprio a publicar
pelo Ministrio dos Petrleos.
CAPTULO II
Regime de Exerccio das Actividades do Sector
dos Derivados do Petrleo
ARTIGO 4.
(Regime de exerccio)

1. O acesso s actividades descritas no artigo 1. da Lei


n. 28/11, de 1 de Setembro, nomeadamente a construo,
explorao, alterao de capacidade, renovao de licena e
outras alteraes que, de qualquer forma, afectem as condies de segurana de instalao destinadas ao exerccio de

DIRIO DA REPBLICA

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qualquer das actividades estabelecidas no artigo 1. da refeULGDOHLFDPVXMHLWDVjOLFHQFLDPHQWR
2. As actividades de armazenamento, recepo e transporte de produtos petrolferos por oleoduto, bem como a
Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo so exercidas em regime de concesso de servio
pblico, tratando-se de actividades de interesse estratgico
para o Pas.
3. As actividades referidas no nmero anterior integram, no seu conjunto, a explorao das infra-estruturas do
Sistema de Derivados do Petrleo da Repblica de Angola.
4. As concesses referidas no n. 2 do presente artigo
regem-se pelo disposto no presente Decreto Presidencial, na
legislao aplicvel e nos respectivos contratos de concesso a celebrar.
5. Nos termos do presente Diploma a actividade de
Superintendncia Logstica assume a coordenao do
Sistema de Derivados de Petrleo para todo o territrio
nacional.
ARTIGO 5.
(Seguro de responsabilidade civil)

1. Para garantir o cumprimento das suas obrigaes, as


entidades concessionrias e licenciadas, nos termos do presente Decreto Presidencial, devem celebrar um seguro de
responsabilidade civil de forma a assegurar a cobertura de
eventuais danos materiais e corporais sofridos por terceiros
e resultantes do exerccio das respectivas actividades.
2. O montante do seguro mencionado no nmero anterior
tem um valor mnimo obrigatrio a estabelecer e a actuali]DUQRVWHUPRVDGHQLUSRU'HFUHWR([HFXWLYR&RQMXQWRGRV
Ministros dos Petrleos e das Finanas.
ARTIGO 6.
(Regime de atribuio das concesses)

1. Ao Titular do Poder Executivo compete, sob proposta


do Ministro dos Petrleos, aprovar a atribuio de cada uma
das concesses referidas no artigo 4.
2. As concesses so atribudas mediante contratos de
concesso, nos quais outorga o Ministro dos Petrleos, em
representao da Repblica de Angola, na sequncia da
realizao de concursos pblicos a realizar nos termos da
legislao em vigor, salvo se forem atribudas a entidades
dominadas, directa ou indirectamente, pelo Estado ou se os
UHIHULGRVFRQFXUVRVS~EOLFRVFDUHPGHVHUWRVFDVRVHPTXH
podem ser atribudas por ajuste directo.
3. O Ministrio dos Petrleos, por delegao de mandato
do Titular do Poder Executivo, pode atribuir concesses por
ajuste directo, invocando ainda, o interesse pblico.
4. O alargamento das concesses j em explorao
igualmente aprovado pelo Titular do Poder Executivo, sob
proposta do Ministro dos Petrleos, mediante pedido da respectiva concessionria e aps parecer do IRDP.
5. Os pedidos de criao de novas concesses de armazenamento, de recepo ou transporte de produtos petrolferos
por oleoduto devem ser dirigidos ao Ministro dos Petrleos

HVHUDFRPSDQKDGRVGRVHOHPHQWRVHGRVHVWXGRVMXVWLFDWLYRVGDVXDYLDELOLGDGHHFRQyPLFDHQDQFHLUD
6. Os elementos referidos no nmero anterior, que devem
instruir os requerimentos dos interessados, so estabelecidos
por despacho do Ministro dos Petrleos.
7. Sem prejuzo de outros requisitos que venham a ser
[DGRV QR kPELWR GRV SURFHGLPHQWRV GH DWULEXLomR GDV
concesses, s podem ser detentores das concesses que
integram o Sistema de Derivados do Petrleo da Repblica
de Angola as pessoas colectivas que:
a) Sejam sociedades comerciais com sede e direco
efectiva em Angola;
b) Tenham como objecto social principal o exerccio
das actividades integradas no objecto da respectiva concesso;
c) Demonstrem possuir capacidade tcnica para a
construo, gesto e manuteno das respectivas
infra-estruturas e instalaes;
d) Demonstrem possuir capacidade econmica e
QDQFHLUD FRPSDWtYHO FRP DV H[LJrQFLDV H
inerentes responsabilidades, das actividades a
concessionar.
ARTIGO 7.
(Direitos e obrigaes das concessionrias)

1. So direitos das concessionrias, nomeadamente, os


seguintes:
a) Explorar as concesses nos termos dos respectivos
contratos de concesso, legislao e regulamentao aplicveis;
b) Constituir servides e solicitar a expropriao por
utilidade pblica e urgente dos bens imveis
ou direitos a eles relativos, necessrios ao estabelecimento das infra-estruturas e instalaes
integrantes das concesses, nos termos da legislao aplicvel;
c) 8WLOL]DU QRV WHUPRV OHJDOPHQWH [DGRV RV EHQV
do domnio pblico ou privado do Estado e de
outras pessoas colectivas pblicas para o estabelecimento ou passagem das infra-estruturas ou
instalaes integrantes das concesses;
d) Receber dos utilizadores das respectivas infra-estruturas, pela utilizao destas e pela
prestao dos servios inerentes, uma retribuiomRSRUDSOLFDomRGHWDULIDVGHQLGDVSHOR,5'3
e) ([LJLU DRV UHQDGRUHV H DR LPSRUWDGRU R FXPSULPHQWR GDV HVSHFLFDo}HV GH TXDOLGDGH
estabelecidas na legislao aplicvel, para a
colocao de produtos petrolferos no mercado
nacional;
f) Exigir aos utilizadores com direito de acesso as
infra-estruturas concessionadas, que informem
sobre o seu plano de utilizao e qualquer
circunstncia que possa fazer variar substancialmente o plano comunicado;

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013

2377

g) Recusar, fundamentadamente, o acesso as respectivas infra-estruturas com base na falta de


capacidade ou, se esse acesso as impedir de
cumprir as suas obrigaes de servio pblico;
h) Todos os que lhes forem conferidos por disposio
legal ou regulamentar, referente as condies de
explorao das concesses.
2. Constituem obrigaes de servio pblico das concessionrias, as seguintes:
a) Garantir a segurana, regularidade e qualidade do
abastecimento;
b) Garantir o acesso aos utilizadores, de forma no
discriminatria e transparente, as infra-estruturas
HVHUYLoRVFRQFHVVLRQDGRVQRVWHUPRVGHQLGRV
pelo IRDP e nos contratos de concesso;
c) Garantir a proteco dos utilizadores, designadamente quanto a tarifas e preos dos servios
prestados;
d) 3URPRYHU D HFLrQFLD HQHUJpWLFD H GD XWLOL]DomR
racional dos recursos, a proteco do ambiente
e a contribuio para o desenvolvimento equilibrado do territrio de Angola;
e) Garantir a segurana das infra-estruturas e instalaes concessionadas.
3. Constituem obrigaes gerais das concessionrias, as
seguintes:
a) Cumprir a legislao e a regulamentao aplicveis ao Sector dos Derivados do Petrleo, bem
como as obrigaes emergentes dos contratos de
concesso;
b) Proceder a inspeco peridica, manuteno e a
todas as reparaes necessrias ao bom e permanente funcionamento, em perfeitas condies
de segurana, das infra-estruturas e instalaes
pelas quais sejam responsveis;
c)3HUPLWLUHIDFLOLWDUDVFDOL]DomRSHORFRQFHGHQWH
designadamente atravs do Ministrio dos
Petrleos, facultando-lhe todas as informaes
obrigatrias ou adicionais solicitadas para o
efeito;
d) Prestar toda a informao que lhes seja exigida
pelo IRDP, no mbito das respectivas atribuies e competncias;
e) Pagar as indemnizaes devidas pela constituio
de servides e expropriaes, nos termos legalmente previstos;
f) Constituir o seguro de responsabilidade civil referido no n. 1 do artigo 5. do presente Diploma.

MXVWLFDUHDVFRQFHVVLRQiULDVWLYHUHPFXPSULGRDVREULJDes legais e contratuais.

ARTIGO 8.
(Prazo das concesses)

ARTIGO 11.
(Atribuio das licenas)

1. O prazo das concesses determinado pelo concedente, em cada contrato de concesso.


2. Os contratos podem prever a renovao do prazo da
concesso por uma nica vez, se o interesse pblico assim o

1. As entidades interessadas na atribuio de uma licena


GH UHQDomR GHYHP DSUHVHQWDU MXQWR GR 0LQLVWpULR GRV
Petrleos um pedido fundamentado, detalhando as seguintes matrias:

ARTIGO 9.
(Onerao ou transmisso dos bens que integram
as concesses e transferncia dos bens nos termos das concesses)

1. Sob pena de nulidade dos respectivos actos ou contratos, as concessionrias no podem onerar ou transmitir os
bens que integram as concesses, sem prvia autorizao do
concedente.
2. No respectivo termo, os bens que integram as concesses transferem-se para o Estado, de acordo com o que seja
HVWDEHOHFLGR QD OHL H GHQLGR QRV UHVSHFWLYRV FRQWUDWRV GH
concesso.
CAPTULO III
$FWLYLGDGHGH5HQDomRGH3HWUyOHR
SECO I
Disposies Gerais
ARTIGO 10.
(mbito e competncias)

 $ DFWLYLGDGH GH UHQDomR GH SHWUyOHR p H[HUFLGD


mediante licena.
2. A emisso da licena da actividade da responsabilidade do Ministrio dos Petrleos que pelo acto cobra
WD[DV H HPROXPHQWRV HP PRQWDQWH D GHQLU HP OHJLVODomR
complementar.
2VUHQDGRUHVDFWXDPHPUHJLPHGHPHUFDGRGHWHQGR
H H[SORUDQGR DV LQIUDHVWUXWXUDV GH UHQDomR GR SHWUyOHR
EUXWRGRUDYDQWHGHVLJQDGDVSRU5HQDULDV
4. Sem prejuzo do disposto nos anexos das respectivas
OLFHQoDVRH[HUFtFLRGDDFWLYLGDGHGHUHQDomRGHSHWUyOHR
bruto compreende:
a) Assegurar a explorao, integridade tcnica e
PDQXWHQomR GDV UHQDULDV HP FRQGLo}HV GH
VHJXUDQoD H DELOLGDGH GH DFRUGR FRP RV
padres de qualidade aplicveis a nvel nacional
e internacional;
b) Garantir o aprovisionamento e as operaes de
recepo do petrleo bruto;
c) Garantir a produo de produtos petrolferos de
XPD IRUPD HFLHQWH PLQLPL]DQGR RV LPSDFWHV
ambientais;
d) Garantir a expedio dos produtos petrolferos
produzidos;
e) Articular, em conjunto com a Superintendncia
Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo,
a colocao dos produtos petrolferos no mercado interno da Repblica de Angola.

2378
a) 0HUFDGRV D VDWLVID]HU LGHQWLFDQGR DV QHFHVsidades do mercado interno e as perspectivas
relativamente ao mercado internacional, indicando as principais tendncias e os riscos
associados;
b) Caracterizao genrica da unidade a construir,
LQFOXLQGR DLQGD DV FRQJXUDo}HV DOWHUQDWLYDV j
tipologia de base;
c) Capacidade de produo, descriminada por produto;
d) Fontes de aprovisionamento do petrleo bruto;
e) Montante global do investimento, incluindo a
IRUPDGHQDQFLDPHQWR
f) (VWXGR GH LPSDFWR VyFLRHFRQyPLFR GD UHQDULD
para o desenvolvimento local;
g) Participaes no capital da entidade que detentora da licena;
h) Garantias propostas.
2. O Ministrio dos Petrleos pode pedir esclarecimentos
adicionais, sempre que os entenda necessrios, a uma anlise preliminar da requisio de licena.
3. O Ministrio dos Petrleos, no mbito da anlise preliminar da requisio da licena, pode proceder s consultas
que considere adequadas.
4. Em caso de apreciao favorvel, o Ministrio dos
3HWUyOHRVGHYHLQWHJUDUDSURSRVWDGHUHQDULDQRVREMHFWLvos da poltica energtica da Repblica de Angola, emitindo
uma licena prvia.
5. As licenas prvias a que se refere o nmero anterior
tm um carcter provisrio.
6. Na posse de uma licena prvia, os proponentes devem
HODERUDUXPSURMHFWRGHEDVHGDQRYDUHQDULDLQFOXLQGRR
seguinte:
a) 'HQLomR GD ORFDOL]DomR GD QRYD UHQDULD EHP
como a sua interoperabilidade face ao Sistema de
Derivados do Petrleo da Repblica de Angola;
b) Caracterizao da infra-estrutura porturia circundante;
c) Projecto de Engenharia Bsica;
d) Estudo de Impacte Ambiental;
e) Normas e Cdigos de Construo aplicveis;
f) Cronograma das obras e estimativa da entrada em
H[SORUDomRGD5HQDULD
7. O Ministrio dos Petrleos deve fazer as inspeces
que considerar necessrias no mbito do licenciamento das
instalaes, podendo para tal promover as consultas as entidades que considere relevantes.
 2 OLFHQFLDPHQWR GHQLWLYR GDV UHQDULDV FRPpete ao Ministrio dos Petrleos, mediante pareceres dos
Departamentos Ministeriais da Geologia e Minas, da
,QG~VWULDHGR$PELHQWHFDQGRDVVHJXUDGDVDLGRQHLGDGH
FDSDFLGDGHWpFQLFRHFRQyPLFDFDSDFLGDGHQDQFHLUDFRQformidade do projecto com a poltica energtica nacional, o
plano de ordenamento do territrio e os objectivos de poltica ambiental.

DIRIO DA REPBLICA
ARTIGO 12.
3UHVWDomRGHLQIRUPDomRSRUSDUWHGRVUHQDGRUHV

VHQWLGDGHVGHWHQWRUDVGHOLFHQoDGHUHQDomRFRPpete prestar ao Ministrio dos Petrleos toda a informao


que este lhes solicite.
2VUHQDGRUHVGHYHPHQYLDUDQXDOPHQWHDR0LQLVWpULR
dos Petrleos os seguintes documentos:
a) Os planos de investimento e de expanso a mdio
prazo;
b) Os oramentos e planos de actividades, bem como
os relatrios e as contas anuais;
c) Os contratos de aprovisionamento de petrleo
bruto, independentemente da sua provenincia.
 $RV UHQDGRUHV FRPSHWH DLQGD R HQYLR SHULyGLFR
superintendncia logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo, com o conhecimento do Ministrio dos Petrleos
e do IRDP, a informao relativa s quantidades e preos
dos produtos petrolferos colocados no mercado interno,
por trimestre e as previses numa base semestral, em Julho
e Dezembro de cada ano, sobre quantidades e preos que
contam vir a produzir com vista a satisfao da procura do
mercado interno da Repblica de Angola.
4. O Ministrio dos Petrleos pode proceder divulgao
da informao colhida nos termos deste artigo, sem prejuzo
do respeito pelas informaes que revelem segredo comercial ou industrial, ou relativo propriedade intelectual.
SECO II
5HQDGRUHP5HJLPH(VSHFLDO
ARTIGO 13.
5HQDULDGH/XDQGD

$5HQDULDGH/XDQGDpD~QLFDHQWLGDGHTXHEHQHFLD
GRHVWDWXWRGHUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO
2. Para o efeito do referido no nmero anterior, deve
remeter ao Ministrio dos Petrleos documentao que detalhe o seguinte:
a) Capacidade de produo, incluindo o histrico dos
ltimos 5 (cinco) anos;
b) Fontes de aprovisionamento do petrleo bruto,
incluindo o histrico dos ltimos 5 (cinco) anos;
c)$QiOLVHGRVFXVWRV[RVHFXVWRVGHRSHUDomRSRU
unidade produzida;
d) Anlise da taxa de penetrao nos mercados alvo;
e) Plano de investimentos;
f)&XVWRGRQDQFLDPHQWRHWD[DGHUHPXQHUDomRGRV
capitais prprios no caso de investimento para
modernizao ou prolongamento da vida til da
5HQDULD
3. O Ministrio das Finanas, por delegao de mandato do Titular do Poder Executivo, pode atribuir incentivos
VFDLVDGXDQHLURVRXRXWURVTXHVHMXOJXHPDGHTXDGRVDR
exerccio da sua actividade.

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013


ARTIGO 14.
(Regime de produo e preos)

2UHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDOQmRH[HUFHDVXDDFWLYLGDGHHPPHUFDGREHQHFLDQGRGHXPUHJLPHGHSUHoRV
estabelecido administrativamente para taxas de produo
SUHGHQLGDV
2. O regime de preos e taxas de produo a que se refere
o nmero anterior devem ser propostos anualmente pelo
UHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDOVHQGRDFRPSDQKDGRVGDVFRQtas anuais auditadas.
3. A proposta de preos e taxas de produo, bem como
as contas anuais, devem ser analisadas pelo IRDP o qual
deve emitir um parecer sobre a adequabilidade da proposta.
4. O Ministrio dos Petrleos aprova as taxas de produo e prope ao Ministrio das Finanas o regime de preos
a adoptar.
ARTIGO 15.
3UHVWDomRGHLQIRUPDomRSRUSDUWHGRUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO

1. Para alm do disposto no artigo anterior, compete ao


UHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDODSUHVWDomRGDVHJXLQWHLQIRUmao ao Ministrio dos Petrleos e ao IRDP:
a) Programao da produo, com horizonte anual e
detalhe mensal;
b) Custos reais por unidade produzida, para os ltimos 2 (dois) anos.
2UHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDOGHYHPDQWHUDVFRQWDV
separadas, nos termos estabelecidos pelo IRDP.
3. O Ministrio dos Petrleos, em articulao com o
IRDP, deve solicitar a realizao de auditorias contabilsticas, com uma periodicidade mxima de 3 (trs) anos.
ARTIGO 16.
$MXVWDPHQWRGRVSUHoRVHSURGXomRGRUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO

1. O Executivo, por intermdio do Ministrio das


)LQDQoDVSRGHGHWHUPLQDUDFRORFDomRGRVSUHoRVGRUHnador em regime especial em paridade com a cotao dos
mercados de referncia.
2. Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo responsvel pela colocao no mercado interno
GDSURGXomRGRUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO
3. Os diferenciais que resultam da equiparao do
UHJLPH GH SUHoRV UHQDGRU HP UHJLPH HVSHFLDO j FRWDomR
dos mercados de referncia podem ser cobertos atravs de
transferncias do Oramento Geral do Estado.
4. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo deve apresentar uma proposta para resoluo
dos desvios por defeito que venham a ocorrer nas taxas de
SURGXomRHVWDEHOHFLGDVSDUDRUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO
face s quantidades absorvidas pelo mercado grossista.
5. Ao Ministrio dos Petrleos compete, ouvido o IRDP,
aprovar a medida proposta pela Superintendncia Logstica
do Sistema de Derivados do Petrleo, nos termos do nmero
anterior.

2379
CAPTULO IV
Actividade de Armazenamento de Produtos Petrolferos
SECO I
Operadores de Armazenamento
ARTIGO 17.
(mbito e competncias)

1. Os operadores de armazenamento so as entidades que


actuam em regime de concesso, detendo e explorando instalaes de armazenamento de produtos petrolferos com
capacidades, por instalao, superiores a 10.000 metros
cbicos.
2. Sem prejuzo do disposto nas respectivas bases das
concesses, o exerccio da actividade de armazenamento de
produtos petrolferos compreende o seguinte:
a) Assegurar a explorao, integridade tcnica e
manuteno da infra-estrutura de armazenamento de produtos petrolferos em condies de
VHJXUDQoDHDELOLGDGHDVVHJXUDQGRRFXPSULmento dos padres de qualidade de servio que
lhe sejam aplicveis nos termos estabelecidos
pelo IRDP;
b) Garantir as operaes de recepo e expedio de
produtos petrolferos, nomeadamente as trasfegas de, e para, cisternas rodovirias, ferrovirias
e embarcaes de transporte de produtos petrolferos, bem como as interfaces com oleodutos de
transporte de produtos petrolferos;
c) Permitir, de acordo com o contrato de concesso e
nos termos estabelecidos pelo IRDP, o acesso a
terceiros s instalaes de armazenamento;
d) Facultar aos utilizadores das instalaes de armazenamento as informaes de que necessitem
para a prossecuo das suas actividades, nos
termos estabelecidos pelo IRDP;
e) Cumprir as instrues da Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo da
Repblica de Angola, nomeadamente as ordens
de expedio de produtos petrolferos e a manuteno de reservas estratgicas e de segurana
cuja responsabilidade lhe seja atribuda;
f) 3UHVHUYDU D FRQGHQFLDOLGDGH GDV LQIRUPDo}HV
comercialmente sensveis obtidas no exerccio
da sua actividade;
g) Medir as quantidades dos produtos petrolferos
recepcionados, expedidos e armazenados,
mantendo registos durante um perodo mnimo
estipulado pelo IRDP.
 $ iUHD GH LQXrQFLD H D ORFDOL]DomR JHRJUiFD GDV
concesses de armazenamento de produtos petrolferos so
GHQLGDVQRVUHVSHFWLYRVFRQWUDWRVGHFRQFHVVmR

DIRIO DA REPBLICA

2380
ARTIGO 18.
(Acesso a terceiros)

es, nas situaes em que considerem que o risco associado


DRVLQYHVWLPHQWRVRMXVWLFD
4. A determinao de restries de acesso prevista neste
artigo feita mediante parecer do IRDP.

1. Os operadores de armazenamento devem permitir o


acesso regulado a terceiros as suas instalaes, nos termos
estabelecidos pelo IRDP.
2. O Executivo, atravs do Ministrio dos Petrleos,
pode permitir que a actividade de armazenamento de produtos petrolferos decorra em regime de acesso negociado, sem
prejuzo da submisso dos respectivos operadores a tudo o
que emana do exerccio da Superintendncia Logstica do
Sistema de Derivados do Petrleo da Repblica de Angola.
3. O Executivo, atravs do Ministrio dos Petrleos,
pode permitir a restrio do acesso a terceiros s instalaes
de armazenamento de produtos petrolferos afectos a determinada concesso, evocando para tal o interesse pblico.

1. Os operadores de armazenamento de produtos petrolferos devem exercer a sua actividade em regime de separao
funcional e contabilstica.
2. Os operadores de armazenamento de produtos petrolferos devem enviar ao Ministrio dos Petrleos e ao IRDP,
sem prejuzo de outras obrigaes adicionais estabelecidas
na legislao e regulamentao aplicveis, os relatrios e
contas anuais.

ARTIGO 19.
(Acesso regulado)

ARTIGO 23.
(Planeamento das instalaes de armazenamento)

O acesso regulado s instalaes de armazenamento de


produtos petrolferos deve cumprir com o estabelecido pelo
IRDP nas seguintes matrias:
a) Condies do acesso, nomeadamente na programao e atribuio da capacidade;
b) Qualidade de servio;
c) Tarifas e preos;
d) Prestao de informao e transparncia.

O planeamento dos investimentos dos operadores das


instalaes de armazenamento de produtos petrolferos
deve estar harmonizado com o Planeamento do Sistema de
Derivados do Petrleo da Repblica de Angola, aprovado
pelo Executivo.

ARTIGO 20.
(Acesso negociado)

1. O acesso negociado s instalaes de armazenamento


de produtos petrolferos deve cumprir com o estabelecido
pelo IRDP no que respeita qualidade de servio prestado.
2. Os operadores de armazenamento, no obstante exercerem a sua actividade mediante negociaes bilaterais,
devem abster-se de prticas discriminatrias, em particular
no que respeita as condies de acesso, bem como nas tarifas e preos dos servios por si prestados.
3. Os operadores de armazenamento em regime de
acesso negociado esto sujeitos s obrigaes estabelecidas pelo IRDP, em matria de transparncia, prestando-lhe
toda a informao relevante devendo, ainda, tornar pblico
os preos praticados.
ARTIGO 21.
(Restries do acesso)

1. As restries do acesso de terceiros s instalaes de


armazenamento de produtos petrolferos so determinadas
pelo Executivo, atravs do Ministrio dos Petrleos, por sua
iniciativa ou mediante solicitao do operador.
2. As restries do acesso determinadas pelo Executivo,
por sua prpria iniciativa, esto associadas ao interesse
pblico, designadamente necessidade de afectar a capacidade de armazenamento a obrigaes de servio pblico
e/ou atribuir Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo a sua utilizao parcial ou exclusiva.
3. Os operadores de armazenamento podem requerer ao
Executivo a restrio do acesso a terceiros as suas instala-

ARTIGO 22.
(Separao funcional e contabilstica)

ARTIGO 24.
(Investimentos)

Constitui obrigao dos operadores de armazenamento


de produtos petrolferos enviar ao Executivo e ao IRDP os
seguintes documentos:
a) Os planos de investimento e de expanso a mdio
prazo;
b) Os oramentos e planos de actividades.
SECCO II
Operao de Recepo de Produtos Petrolferos
ARTIGO 25.
(mbito)

1. Os operadores de armazenamento que possuam terminais de recepo de produtos petrolferos actuam ao abrigo
do regime de concesso previsto na Seco I deste Captulo,
detendo e explorando as instalaes porturias de acostagem, quadros de bias de amarrao ou outras interfaces de
trasfega e recepo de produtos petrolferos.
2. As instalaes porturias de recepo de produtos petrolferos podem ser parte integrante das instalaes
de armazenamento de produtos petrolferos, sempre que
estejam localizadas no mesmo permetro industrial e a capacidade de armazenamento ligada interface porturia seja
superior a 10.000 metros cbicos.
3. As instalaes porturias de recepo de produtos
petrolferos podem estar ligadas a uma ou mais instalaes
de armazenamento de produtos petrolferos.
4. Exclui-se do mbito desta operao a utilizao dos
portos comerciais para a recepo de produtos petrolferos em contentores cisterna, grandes recipientes a granel ou
equipamentos sob presso transportveis.

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013


5. A localizao das instalaes de recepo de proGXWRV SHWUROtIHURV p GHQLGD QRV UHVSHFWLYRV FRQWUDWRV GH
concesso.

2381
b) Qualidade de servio;
c) Tarifas e preos;
d) Prestao de informao e transparncia.

ARTIGO 26.
(Competncias)

ARTIGO 29.
(Restries do acesso)

Sem prejuzo do disposto nas respectivas bases das concesses, o exerccio da operao de recepo de produtos
petrolferos, compreende o seguinte:
a) Assegurar a explorao, integridade tcnica e
manuteno da infra-estrutura de recepo de
produtos petrolferos em condies de segurana
H DELOLGDGH DVVHJXUDQGR R FXPSULPHQWR GRV
padres de qualidade de servio que lhe sejam
aplicveis nos termos estabelecidos pelo IRDP;
b) Permitir, de acordo com o contrato de concesso
e nos termos dispostos pelo IRDP, a acesso de
terceiros as instalaes de recepo de produtos
petrolferos;
c) Facultar aos utilizadores das instalaes de recepo de produtos petrolferos as informaes de
que necessitem para a prossecuo das suas actividades, nos termos estabelecidos pelo IRDP;
d) Cumprir as instrues da Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo da
Repblica de Angola;
e)3UHVHUYDUDFRQGHQFLDOLGDGHGDLQIRUPDomRFRPHUcialmente sensvel, obtida no exerccio da sua
actividade;
f) Medir as quantidades dos produtos petrolferos
processados nas suas instalaes, mantendo
registos durante um perodo mnimo estipulado
pelo IRDP;
g) Assegurar a conformidade dos produtos petrolferos recepcionados com as caractersticas tcnicas
estabelecidas na legislao e regulamentao
aplicveis.

1. As restries do acesso a terceiros s instalaes porturias de recepo de produtos petrolferos so determinadas


pelo Executivo, atravs do Ministrio dos Petrleos, por sua
iniciativa exclusiva.
2. As restries do acesso esto associadas necessidade de atribuir Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo a sua utilizao exclusiva.
3. A determinao de restries de acesso prevista neste
DUWLJRpGHQLGDPHGLDQWHSDUHFHUGR,5'3

ARTIGO 27.
(Acesso a terceiros)

1. Os operadores dos terminais de recepo de produtos


petrolferos devem permitir o Acesso Regulado a terceiros
s suas instalaes, nos termos estabelecidos pelo IRDP.
2. O Executivo, atravs do Ministrio dos Petrleos,
pode permitir a restrio do acesso de terceiros s instalaes porturias de recepo de produtos petrolferos afectos
a determinada concesso, evocando para tal o interesse
pblico.
ARTIGO 28.
(Acesso regulado)

O acesso regulado s instalaes porturias de recepo


de produtos petrolferos deve cumprir com o estabelecido
pelo IRDP nas seguintes matrias:
a) Condies do Acesso, nomeadamente na programao e atribuio das janelas de descarga;

ARTIGO 30.
(Separao funcional e contabilstica)

1. Os operadores de armazenagem que possuam terminais de recepo de produtos petrolferos devem exercer a
sua actividade de armazenamento e a sua operao de recepo em regime de separao funcional e contabilstica.
2. Os operadores que exeram em simultneo a actividade
de armazenamento e a operao de recepo de produtos
petrolferos devem manter contas separadas, exceptuando as
situaes em que exista uma autorizao expressa emitida
pelo IRDP.
3. Os operadores dos terminais de recepo de produtos petrolferos devem enviar ao Ministrio dos Petrleos
e ao IRDP, sem prejuzo de outras obrigaes adicionais
estabelecidas na legislao e regulamentao aplicveis, os
relatrios e as contas anuais.
ARTIGO 31.
(Planeamento das instalaes porturias de recepo
de produtos petrolferos)

O planeamento dos investimentos dos operadores dos


terminais de recepo de produtos petrolferos deve estar harmonizado com o Planeamento do Sistema de Derivados do
Petrleo da Repblica de Angola, aprovado pelo Executivo.
ARTIGO 32.
(Investimentos)

Constitui obrigao dos operadores dos terminais de


recepo de produtos petrolferos enviar ao Executivo e ao
IRDP os seguintes documentos:
a) Planos de investimento e de expanso a mdio
prazo;
b) Oramentos e planos de actividades.
CAPTULO V
Actividade de Transporte de Produtos
Petrolferos por Oleoduto
ARTIGO 33.
(mbito e competncias)

1. Os operadores dos oleodutos so entidades que actuam


em regime de concesso, detendo e explorando as condutas e o equipamento de superfcie destinado ao transporte de
produtos petrolferos por conduta.

DIRIO DA REPBLICA

2382
2. Os oleodutos podem ser parte integrante das instalaes de armazenamento de produtos petrolferos, sempre
que estejam localizadas no mesmo permetro industrial ou
na sua proximidade, e renam uma das seguintes condies:
a) Serem de condutas dedicadas a ligao de uma ou
mais instalaes de armazenamento do mesmo
operador;
b) Serem condutas de ligao a um terminal porturio
de descarga de produtos petrolferos, pertencente ao mesmo operador;
c) Terem extenso inferior a 10.000 metros.
3. Sem prejuzo do disposto nas respectivas bases das
concesses, o exerccio da actividade de transporte de produtos petrolferos por oleoduto compreende:
a) Assegurar a explorao, integridade tcnica e
manuteno da rede de oleodutos de transporte
de produtos petrolferos, salvaguardando a
VHJXUDQoDDELOLGDGHHFLrQFLDHTXDOLGDGHGH
servio;
b) Permitir, de acordo com o contrato de concesso
e nos termos dispostos na legislao e regulamentao aplicveis, o acesso a terceiros as
instalaes de transporte de produtos petrolferos por oleoduto;
c) Facultar aos utilizadores dos oleodutos as informaes de que necessitem para a prossecuo das
suas actividades, nos termos estabelecidos pelo
IRDP;
d) Cumprir as instrues da Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo da
Repblica de Angola;
e) 3UHVHUYDU D FRQGHQFLDOLGDGH GDV LQIRUPDo}HV
comercialmente sensveis obtidas no exerccio
da sua actividade;
f) Medir as quantidades dos produtos petrolferos
veiculados nas suas instalaes, mantendo registos durante um perodo mnimo estipulado pelo
IRDP.
ARTIGO 34.
(Acesso a terceiros)

1. Os operadores dos oleodutos devem permitir o acesso


regulado de terceiros s suas instalaes, nos termos estabelecidos pelo IRDP.
2. O Executivo, atravs do Ministrio dos Petrleos,
pode permitir a restrio do acesso a terceiros s instalaes
de transporte de produtos petrolferos por oleoduto, afectos a determinada concesso, evocando para tal o interesse
pblico.
ARTIGO 35.
(Acesso regulado)

O acesso regulado s instalaes de transporte de


produtos petrolferos por oleoduto deve cumprir com o estabelecido pelo IRDP nas seguintes matrias:

a) Condies do acesso, nomeadamente na programao e atribuio da capacidade de transporte;


b) Qualidade de servio;
c) Tarifas e preos;
d) Prestao de informao e transparncia.
ARTIGO 36.
(Restries do acesso)

1. As restries do acesso a terceiros s instalaes de


transporte de produtos petrolferos por oleoduto so determinadas pelo Executivo, atravs do Ministrio dos Petrleos,
por sua iniciativa exclusiva.
2. As restries do acesso esto associadas necessidade de atribuir Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo a sua utilizao exclusiva.
3. A determinao de restries de acesso prevista neste
DUWLJRpGHQLGDPHGLDQWHSDUHFHUGR,5'3
ARTIGO 37.
(Separao funcional e contabilstica)

1. Os operadores dos oleodutos devem exercer a sua actividade em regime de separao funcional e contabilstica.
2. Os operadores dos oleodutos devem enviar ao
Ministrio dos Petrleos e ao IRDP, sem prejuzo de outras
obrigaes adicionais estabelecidas na legislao e regulamentao aplicveis, os relatrios e as contas anuais.
ARTIGO 38.
(Planeamento dos oleodutos de transporte de produtos petrolferos)

O planeamento dos investimentos dos operadores dos


oleodutos deve estar harmonizado com o Planeamento do
Sistema de Derivados do Petrleo da Repblica de Angola,
aprovado pelo Executivo.
ARTIGO 39.
(Investimentos)

Constitui obrigao dos operadores dos oleodutos


enviar ao Ministrio dos Petrleos e ao IRDP os seguintes
documentos:
a) Os planos de investimento e de expanso a mdio
prazo;
b) Os oramentos e planos de actividades.
CAPTULO VI
Actividade de Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo
SECO I
Disposies Gerais
ARTIGO 40.
(Natureza)

1. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados


do Petrleo uma empresa pblica.
2. Salvo deciso em contrrio do Titular do Poder
Executivo, as actividades da Superintendncia Logstica
do Sistema de Derivados do Petrleo, so exercidas pela
Sonangol Logstica.

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013


ARTIGO 41.
(mbito)

1. A actividade de Superintendncia Logstica do


Sistema de Derivados do Petrleo exercida em regime de
concesso.
2. Esto sujeitos actividade de Superintendncia
Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo os seguintes agentes:
a) Operadores de armazenamento de produtos petrolferos, com ou sem operao de terminais de
recepo de produtos petrolferos;
b) Operadores de transporte de produtos petrolferos
por oleoduto;
c) Comercializadores de produtos petrolferos a retalho;
d)5HQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO
ARTIGO 42.
(Competncias)

1. Sem prejuzo do disposto nos contratos de concesso,


o exerccio da actividade de Superintendncia Logstica do
Sistema de Derivados do Petrleo compreende:
a) A coordenao do funcionamento e superviso
Logstica das Infra-Estruturas do Sistema de
Derivados do Petrleo da Repblica de Angola;
b) A gesto da recepo de produtos petrolferos para
colocao no mercado interno da Repblica de
Angola;
c) A gesto integrada do armazenamento de produtos
petrolferos na Repblica de Angola;
d) A gesto do transporte de produtos petrolferos
no territrio nacional, designadamente o transporte rodovirio e ferrovirio em cisternas, o
WUDQVSRUWHPDUtWLPRDpUHRHXYLDOGHSURGXWRV
petrolferos e o transporte por oleoduto;
e) A recepo e expedio dos produtos petrolferos
SURYHQLHQWHVGRUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO
f) A transferncia de custdia dos produtos petrolferos para os comercializadores de produtos
petrolferos a retalho;
g) A garantia relativa constituio e manuteno das
reservas de segurana e das reservas estratgicas,
de acordo com o estabelecido pelo Executivo, e
respectiva monitorizao;
h) A elaborao conjunta das programaes e a recepo e expedio dos produtos petrolferos no
territrio nacional;
i) A monitorizao da utilizao das infra-estruturas
garantindo a continuidade e segurana do abastecimento, no curto e mdio prazo, do mercado
interno de produtos petrolferos da Repblica de
Angola;

2383
j) A coordenao dos planos de manuteno e indisponibilidades das infra-estruturas do Sistema de
Derivados do Petrleo;
k)$FRRUGHQDomRGRVX[RVGHLQIRUPDomRHQWUHDV
diversas entidades com vista a gesto integrada
das infra-estruturas do Sistema de Derivados do
Petrleo, nomeadamente os processos associados s programaes e ao despacho;
l) A facturao e liquidao dos montantes referentes
utilizao das infra-estruturas do Sistema de
Derivados do Petrleo, nos termos estabelecidos
pelo IRDP;
m)A elaborao da proposta de planeamento dos
investimentos das infra-estruturas do Sistema de
Derivados do Petrleo da Repblica de Angola;
n) A emisso de parecer acerca da proposta de preos
e tarifas no mercado grossista.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo deve elaborar o Regulamento de Explorao e
Fornecimento, contendo os procedimentos e metodologias
de Explorao para o exerccio da sua actividade.
3. O Regulamento de Explorao e Fornecimento proposto pelo IRDP, e aprovado pelo Ministrio dos Petrleos.
ARTIGO 43.
(Separao jurdica)

1. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados


do Petrleo deve exercer a sua actividade em regime de
separao jurdica.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo deve enviar ao Ministrio dos Petrleos e ao
IRDP, sem prejuzo de outras obrigaes adicionais estabelecidas na legislao e regulamentao aplicveis, os
relatrios e as contas anuais.
ARTIGO 44.
(Cdigo de Conduta da Superintendncia Logstica do Sistema
de Derivados do Petrleo)

A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados


do Petrleo deve elaborar o Cdigo de Conduta a aplicar aos
seus colaboradores, sendo objecto de aprovao e divulgao pelo IRDP.
ARTIGO 45.
(Acompanhamento do funcionamento do mercado)

Compete ao IRDP, criar mecanismos para o permanente


acompanhamento do funcionamento dos intervenientes no
mercado nomeadamente a Superintendncia Logstica do
Sistema de Derivados do Petrleo e os agentes referidos no
n. 2 do artigo 41.
SECO II
Transporte Primrio dos Produtos Petrolferos
ARTIGO 46.
(Meios de Transporte de Produtos Petrolferos)

1. A garantia do transporte primrio dos produtos petrolferos no territrio de Angola da responsabilidade da

DIRIO DA REPBLICA

2384
Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo pode garantir o transporte primrio de produtos
petrolferos contratando o servio a entidades terceiras ou
por meios prprios.
ARTIGO 47.
(Transporte Rodovirio e Ferrovirio)

1. O transporte rodovirio e ferrovirio de produtos


petrolferos , preferencialmente, exercido em regime de
mercado.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo deve coordenar a contratao dos servios de
transporte rodovirio e ferrovirio de produtos petrolferos
mediante concursos, dando conhecimento dos mesmos ao
IRDP.
3. Os contratos referidos no nmero anterior devem
permitir avaliar os custos do transporte em funo da locali]DomRGHWDOKDQGRFXVWRVHVSHFtFRVSRUWRQHODGDHGLVWkQFLD
a percorrer.
4. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo pode adquirir os meios necessrios para assegurar o transporte rodovirio e ferrovirio de produtos
SHWUROtIHURV MXVWLFDQGR R LQYHVWLPHQWR GR SRQWR GH YLVWD
tcnico-econmico ao IRDP.
ARTIGO 48.
(Transporte Areo, Martimo e Fluvial)

 2 WUDQVSRUWH DpUHR PDUtWLPR H XYLDO GH SURGXWRV


petrolferos , preferencialmente, exercido em regime de
mercado.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
de Petrleo deve coordenar a contratao dos fretes mediante
concursos, dando conhecimento dos mesmos ao IRDP.
3. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
de Petrleo pode adquirir as aeronaves, as embarcaes de
WUDQVSRUWH GH SURGXWRV SHWUROtIHURV MXVWLFDQGR R LQYHVWLmento do ponto de vista tcnico-econmico ao IRDP.
ARTIGO 49.
(Transporte por oleoduto)

1. A actividade de transporte de produtos petrolferos por


oleoduto exercida em regime de concesso.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo pode acumular concesses de transporte de
produtos petrolferos por oleoduto, desde que mantenha
separao contabilstica, no caso em que os concursos pbliFRVTXHPGHVHUWRV
CAPTULO VII
Actividade de Distribuio de Produtos Petrolferos
ARTIGO 50.
(mbito)

1. A actividade de distribuio de produtos petrolferos


inclui:

a) O carregamento de cisternas rodovirias e ferrovirias, embarcaes e aeronaves junto s


infra-estruturas de armazenamento de produtos
petrolferos;
b) O enchimento de garrafas de GPL em infra-estruturas de armazenamento de GPL;
c) $ GLVWULEXLomR SRU YLD PDUtWLPD XYLDO DpUHD
rodoviria e ferroviria;
d) A entrega nas instalaes dos comercializadores de
produtos petrolferos a retalho.
2. A actividade de distribuio de produtos petrolferos
exercida, preferencialmente, em regime de mercado.
3. Nos termos do disposto no nmero anterior, compete
aos comercializadores de produtos petrolferos a retalho a
contratao e liquidao dos montantes associados aos servios de distribuio de produtos petrolferos.
ARTIGO 51.
(Tarifas)

1. O Executivo, sob proposta do Ministrio dos Petrleos,


pode estabelecer um regime de tarifas reguladas a aplicar ao exerccio da actividade de distribuio de produtos
petrolferos.
2. Aos comercializadores de produtos petrolferos a retalho compete a liquidao das tarifas reguladas aplicveis
actividade de distribuio.
CAPTULO VIII
Actividade de Comercializao de Produtos
Petrolferos a Retalho
ARTIGO 52.
(mbito)

1. A actividade de comercializao de produtos petrolferos a retalho abrange:


a) O comrcio de combustveis lquidos em postos de
abastecimento;
b) O comrcio e distribuio de GPL canalizado;
c) O comrcio de garrafas de GPL;
d)2FRPpUFLRGHyOHRVHPDVVDVOXEULFDQWHV
2. A actividade de comercializao de produtos petrolferos a retalho exercida mediante licena.
3. A actividade de comercializao de produtos petrolferos a retalho exercida em regime de mercado.
ARTIGO 53.
(Obrigaes dos Comercializadores
a retalho de combustveis lquidos)

1. So obrigaes dos comercializadores a retalho de


combustveis lquidos as seguintes:
a) Garantir a explorao, a integridade tcnica e a
manuteno dos postos de abastecimento de
combustveis lquidos, em condies de seguUDQoDHDELOLGDGHDVVHJXUDQGRRFXPSULPHQWR
dos padres de qualidade de servio que lhe
sejam aplicveis nos termos estabelecidos pelo
IRDP;

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013


b) Garantir as operaes de recepo e trasfega das
cisternas rodovirias nos postos de abastecimento de combustveis lquidos;
c) Suportar os encargos referentes distribuio dos
produtos petrolferos encomendados Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo;
d) Garantir a transparncia dos Preos praticados, nos
termos estabelecidos pelo IRDP;
e) Cumprir as obrigaes de servio prtico, nomeadamente a constituio de reservas de segurana
nos termos da legislao aplicvel;
f) Manter registos da actividade comercial durante
um perodo mnimo estipulado pelo IRDP.
2. Os postos de abastecimento de combustveis lquidos esto sujeitos a licenciamento nos termos da legislao
vigente, sobre procedimentos e competncias do licenciamento de instalaes de armazenamento de produtos
petrolferos, postos de abastecimento de combustveis e
redes e ramais de distribuio de GPL.
ARTIGO 54.
(Obrigaes dos Comercializadores de GPL canalizado)

1. Constituem obrigaes dos comercializadores de GPL


canalizado:
a) Garantir a explorao, integridade tcnica e manuteno dos parques de armazenamento de GPL
e respectivas redes de gases combustveis, em
FRQGLo}HV GH VHJXUDQoD H DELOLGDGH DVVHJXrando o cumprimento dos padres de qualidade
de servio que lhe sejam aplicveis nos termos
estabelecidos pelo IRDP;
b) Garantir as operaes de recepo e trasfega nos
parques de armazenamento de GPL;
c) Suportar os encargos referentes distribuio do
GPL encomendado Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo;
d) Garantir a aquisio, instalao, manuteno e
leitura dos contadores;
e) Manter piquetes de emergncia, de acordo com o
disposto na regulamentao aplicvel;
f) Garantir a transparncia dos preos praticados, nos
termos estabelecidos pelo IRDP;
g) Cumprir as obrigaes de servio pblico, nomeadamente a constituio de reservas de segurana,
nos termos da legislao aplicvel;
h) Manter registos da actividade comercial durante
um perodo mnimo estipulado pelo IRDP.
2. Os parques de armazenamento de GPL e as redes
de gases combustveis esto sujeitos a licenciamento nos
termos da legislao vigente, sobre procedimentos e competncias do licenciamento de instalaes de armazenamento
de produtos petrolferos, postos de abastecimento de combustveis e redes e ramais de distribuio de GPL.

2385
ARTIGO 55.
(Obrigaes dos comercializadores de garrafas de GPL)

1. So as seguintes as obrigaes dos comercializadores


de garrafas de GPL:
a) Garantir a explorao, integridade tcnica e manuteno dos parques de enchimento de garrafas de
GPL, com uma capacidade de armazenamento
inferior a 10 000 metros cbicos, em condies
GHVHJXUDQoDHDELOLGDGH
b) Garantir a explorao, integridade tcnica e manuteno dos parques de garrafas de GPL, em
FRQGLo}HVGHVHJXUDQoDHDELOLGDGH
c) Garantir a distribuio das garrafas de GPL;
d) Garantir a transparncia dos preos praticados, nos
termos estabelecidos pelo IRDP;
e) Manter registos da actividade comercial durante
um perodo mnimo estipulado pelo IRDP.
2. As infra-estruturas associadas comercializao
a retalho de garrafas de GPL, designadamente as referidas nas alneas a) e b) do nmero anterior, esto sujeitas a
licenciamento nos termos da legislao vigente, sobre procedimentos e competncias do licenciamento de instalaes
de armazenamento de produtos petrolferos, postos de abastecimento de combustveis e redes e ramais de distribuio
de GPL.
ARTIGO 56.
(Exerccio da actividade de comercializao
de produtos petrolferos a retalho)

1. A habilitao para a actividade de comercializao de


produtos petrolferos a retalho decorre em simultneo com o
licenciamento das instalaes que servem de suporte respectiva actividade.
2. Aos comercializadores de produtos petrolferos a retalho so conferidas as seguintes habilitaes:
a) Terem acesso s infra-estruturas do Sistema de Derivados do Petrleo, nomeadamente as instalaes
de armazenamento, terminais de recepo de produtos petrolferos e oleodutos de transporte, bem
FRPREHQHFLDUHPGHIRUPDQmRGLVFULPLQDWyULD
dos servios prestados pela Superintendncia
Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo;
b) Contratarem livremente a venda de produtos petrolferos com os seus clientes;
c)&RODERUDUHPQDSURPRomRGDVSROtWLFDVGHHFLrQcia energtica e de gesto da procura nos termos
legalmente estabelecidos;
d) Prestarem a informao devida aos clientes, em
especial no que respeita aos preos praticados;
e) Emitirem facturao discriminada de acordo com o
estabelecido pelo IRDP;
f) No discriminarem entre clientes e praticarem
transparncia comercial nas suas operaes;

DIRIO DA REPBLICA

2386
g) Manterem o registo de todas as operaes comerciais, nos termos estabelecidos pelo IRDP;
h)0DQWHUHPDFDSDFLGDGHWpFQLFDOHJDOHQDQFHLUD
necessrias para o exerccio da actividade;
i) Constiturem e manterem actualizadas a garantia ou
garantias exigidas.
ARTIGO 57.
(Deveres dos comercializadores de produtos petrolferos a retalho)

So deveres dos comercializadores de produtos petrolferos a retalho cumprir todas as normas, disposies e
regulamentos aplicveis ao exerccio da actividade.
ARTIGO 58.
(Prestao de informao por parte dos comercializadores de produtos petrolferos a retalho)

1. Aos comercializadores de produtos petrolferos a retalho compete prestar ao Ministrio dos Petrleos e ao IRDP
toda a informao que estes lhes solicitem.
2. Os comercializadores de produtos petrolferos a retalho devem enviar, anualmente, ao Ministrio dos Petrleos e
ao IRDP os seguintes documentos:
a) Um relatrio sobre a sua actividade, incluindo o
YROXPH GH YHQGDV GHVFULPLQDGR JHRJUDFDmente e mdias de Preos aplicados com detalhe
mensal;
b) Planos de actividades, com um horizonte bianual.
3. O Ministrio dos Petrleos ou o IRDP podem proceder
divulgao da informao colhida nos termos deste artigo,
sem prejuzo do respeito pelas informaes que revelem
segredo comercial ou industrial, ou relativo propriedade
intelectual.
CAPTULO IX
Mercado Grossista
SECO I
Disposies Gerais
ARTIGO 59.
(Aprovisionamento dos comercializadores
de produtos petrolferos a retalho)

1. Os comercializadores de produtos petrolferos a


retalho devem garantir o seu aprovisionamento mediante
contratos bilaterais, recorrendo s seguintes opes:
a)5HODFLRQDPHQWRFRPHUFLDOFRPRVUHQDGRUHVHP
regime de mercado;
b) Relacionamento comercial com a Superintendncia
Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo.
2. Os comercializadores de produtos petrolferos a retalho podem realizar transaces entre entidades do mesmo
grupo empresarial.
ARTIGO 60.
(Importao de produtos petrolferos)

1. A importao de produtos petrolferos para o mercado


QDFLRQDOFRPH[FHSomRGRVOXEULFDQWHVpH[HUFLGDH[FOXsivamente pela Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo.

2. A materializao destas importaes est sujeita a concurso pblico, nos termos da legislao aplicvel.
3. As propostas apresentadas em cada concurso pblico
so avaliadas por uma comisso onde o IRDP faz parte
integrante.
 $ KRPRORJDomR GD GHFLVmR QDO GH FDGD FRQFXUVR
pblico compete ao Ministrio dos Petrleos.
ARTIGO 61.
(Fornecedor de ltimo recurso)

1. O fornecimento de ltimo recurso a modalidade a


partir da qual os comercializadores de produtos petrolferos a retalho garantem o seu aprovisionamento no mercado
grossista, sujeito regulao de preo por parte do IRDP e
Ministrio dos Petrleos.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo responsvel pela modalidade de fornecimento
de ltimo recurso.
3. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo deve, preferencialmente, adquirir os produtos
petrolferos que coloca no mercado a partir da produo do
UHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO
4. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo, no exerccio da actividade, deve praticar preos
iguais para todos os comercializadores de produtos petrolferos a retalho.
5. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo deve cumprir o estabelecido pelo IRDP em matria de tarifas e preos, relacionamento comercial e Prestao
de informao no mbito da regulao.
ARTIGO 62.
(Colocao no mercado grossista da produo
GRUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO

1. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados


do Petrleo responsvel pela colocao no mercado grosVLVWDGDSURGXomRGRUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO
2. Caso o mercado grossista no absorva a totalidade
GD SURGXomR GR UHQDGRU HP UHJLPH HVSHFLDO FRPSHWH j
Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo apresentar ao Ministrio dos Petrleos e ao IRDP
uma proposta de actuao, levando em linha de conta as
seguintes opes:
a) Rateio das quantidades no colocadas no mercado
grossista pelos restantes comercializadores de
produtos petrolferos a retalho, em actividade;
b) Promover outras transaces, incluindo a colocao no mercado externo;
c) Armazenar os produtos petrolferos excedentrios;
d)1HJRFLDUDUHGXomRGDSURGXomRGRUHQDGRUHP
regime especial, bem como a forma de compensao.
3. Compete ao Ministrio dos Petrleos, em coordenao
FRPR,5'3DDSURYDomRGHXPDVROXomRGHQLWLYDSDUDDV
ocorrncias a que se refere o nmero anterior.

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013


ARTIGO 63.
(Acesso s instalaes de armazenamento, terminais de recepo e
oleodutos de transporte de produtos petrolferos)

1. Os comercializadores de produtos petrolferos a


retalho devem ter acesso regulado s instalaes de armazenamento, terminais de recepo e oleodutos de transporte
de produtos petrolferos, garantindo-se, desta forma, a igualdade de tratamento e de oportunidades na participao no
mercado grossista.
2. A recusa de acesso a um comercializador de produtos petrolferos a retalho, s instalaes de armazenamento,
terminais de recepo e oleodutos de transporte de produWRVSHWUROtIHURVDSHQDVpMXVWLFiYHOSRULQHTXtYRFDIDOWDGH
capacidade.
3. A recusa de acesso a um comercializador de produtos
petrolferos a retalho pode decorrer de situaes em que as
LQIUDHVWUXWXUDVHPFDXVDEHQHFLHPGHUHVWULo}HVGRDFHVVR
a terceiros, nos termos estabelecidos no artigo 67.

2387
ARTIGO 67.
(Restries do acesso a terceiros s instalaes
de armazenamento, terminais de recepo e oleodutos
de transporte de produtos petrolferos)

1. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados


do Petrleo compete velar pela concretizao das transaces efectuadas no mercado grossista.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo no pode, no exerccio da sua actividade, discriminar os comercializadores de produtos petrolferos a
retalho.

1. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados


do Petrleo pode ter o uso exclusivo das infra-estruturas
integradas nas concesses de armazenamento, terminais de
recepo e oleodutos de transporte de produtos petrolferos.
2. Atendendo ao disposto no nmero anterior, o Ministrio
dos Petrleos pode determinar restries do acesso de terceiros, parciais ou integrais, s instalaes de armazenamento,
terminais de recepo e oleodutos de transporte de produtos
petrolferos.
3. A retribuio pelo uso das instalaes de armazenamento, terminais de recepo e oleodutos de transporte de
produtos petrolferos, devidos aos respectivos operadores,
incorporada nos preos dos produtos petrolferos transaccionados no mercado grossista, entre a Superintendncia
Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo e os comercializadores de produtos petrolferos a retalho.
4. Nos termos do nmero anterior, a retribuio pelo uso
das instalaes de armazenamento, terminais de recepo e
oleodutos de transporte de produtos petrolferos, liquidada
pela Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo.

SECO II
Implementao do Mercado Grossista

ARTIGO 68.
(Uniformidade tarifria)

ARTIGO 64.
(Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo)

ARTIGO 65.
(Disposies transitrias)

O Executivo, em articulao com o IRDP, pode promover a abertura faseada do mercado grossista adoptando as
seguintes medidas:
a) Aprovisionamento centralizado dos produtos
petrolferos para o fornecimento do mercado
grossista;
b) Restries do acesso a terceiros as instalaes de
armazenamento, terminais de recepo e oleodutos de transporte de produtos petrolferos.
ARTIGO 66.
(Aprovisionamento centralizado de produtos petrolferos para o
Mercado Grossista)

1. O Executivo, sob proposta do Ministrio dos Petrleos,


pode atribuir Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo a responsabilidade exclusiva pelo
fornecimento de produtos petrolferos ao mercado grossista.
2. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo, no exerccio das competncias referidas no
nmero anterior, deve, preferencialmente, aprovisionar os
produtos petrolferos que coloca no mercado a partir da proGXomRGRUHQDGRUHPUHJLPHHVSHFLDO
3. Caso as quantidades absorvidas pelo mercado ultraSDVVHP D SURGXomR GR UHQDGRU HP UHJLPH HVSHFLDO D
Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
3HWUyOHR GHYH DSURYLVLRQDUVH D SDUWLU GRV UHQDGRUHV HP
regime de mercado e/ou importaes de produtos petrolferos, a partir de pases terceiros.

1. O Titular do Poder Executivo, sob proposta do


Ministrio dos Petrleos, pode estipular a aplicao de
uniformidade tarifria ao uso das instalaes de armazenamento, terminais de recepo e oleodutos de transporte de
produtos petrolferos.
2. Para alm da opo referida no nmero anterior, o
Executivo, sob proposta do Ministrio dos Petrleos, pode
estipular uniformidade de preos para as transaces de produtos petrolferos no mercado grossista.
ARTIGO 69.
(Aplicao de incentivos ao mercado interno)

1. Havendo uniformidade de preos para as transaces


de produtos petrolferos no mercado grossista, o Executivo
pode aplicar um regime de incentivos ao mercado interno da
Repblica de Angola.
2. O regime de incentivos pode incidir sobre um ou mais
produtos petrolferos.
3. O regime de incentivos deve ser coberto mediante
transferncia do Oramento Geral do Estado.
CAPTULO X
Mercado Retalhista
ARTIGO 70.
(Obrigaes dos comercializadores a retalho de combustveis lquidos)

1. Os comercializadores a retalho de combustveis


lquidos esto obrigados ao cumprimento das seguintes
disposies:

DIRIO DA REPBLICA

2388
a) A colocao de postos de combustvel, em nmero
e localizao, que sejam acordados com o
Ministrio dos Petrleos;
b) A constituio e manuteno das reservas de segurana, nos termos estabelecidos na lei.
2. Os comercializadores a retalho de combustveis lquidos esto obrigados ao cumprimento do estabelecido pelo
IRDP, em matria de qualidade de servio e prestao de
informao aos consumidores.
3. Os comercializadores a retalho de derivados do
Petrleo esto obrigados a praticar preos de acordo com o
estabelecido pela entidade competente.
4. Os comercializadores a retalho de derivados do Petrleo
esto submetidos s disposies da Superintendncia
Logstica do Sistema de Derivados do Petrleo da Repblica
de Angola, nomeadamente o cumprimento do Regulamento
de Explorao e Fornecimento.
5. Os comercializadores a retalho de derivados do
Petrleo so responsveis pelo licenciamento dos postos de combustveis que operam, nos termos da legislao
aplicvel.
ARTIGO 71.
(Obrigaes dos comercializadores de GPL canalizado)

1. Os comercializadores de GPL canalizado esto obrigados ao cumprimento do estabelecido pelo IRDP, em


matria de qualidade de servio e prestao de informao
aos consumidores.
2. Os comercializadores de GPL canalizado no podem
QHJDURIRUQHFLPHQWRGHXPFRQVXPLGRUQDiUHDGHLQXrQcia das suas redes de distribuio.
3. Constituem excepo ao estabelecido no nmero anterior as situaes de falta de capacidade da rede ou do parque
de armazenamento, bem como a no conformidade da instalao do consumidor que requer a ligao da rede.
4. Os comercializadores de GPL canalizado esto obrigados a praticar preos, de acordo com o estabelecido pela
entidade competente.
5. Os comercializadores de GPL canalizado esto submetidos s disposies da Superintendncia Logstica
do Sistema de Derivados do Petrleo da Repblica de
Angola, nomeadamente o cumprimento do Regulamento de
Explorao e Fornecimento.
6. Os comercializadores de GPL canalizado so responsveis pelo licenciamento dos parques de armazenamento e
redes de distribuio que operam, nos termos da legislao
aplicvel.
ARTIGO 72.
(Obrigaes dos comercializadores de garrafas de GPL)

1. Os comercializadores de garrafas de GPL esto obrigados ao cumprimento do estabelecido pelo IRDP, em


matria de qualidade de servio e prestao de informao
aos consumidores.

2. Os comercializadores de garrafas de GPL esto obrigados a praticar preos, de acordo com o estabelecido pela
entidade competente.
3. Os comercializadores de garrafas de GPL esto submetidos s disposies da Superintendncia Logstica do
Sistema de Derivados do Petrleo, nomeadamente o cumprimento do Regulamento de Explorao e Fornecimento.
4. Os comercializadores de garrafas de GPL so responsveis pelo licenciamento dos parques de garrafas que
operam, nos termos da legislao aplicvel.
ARTIGO 73.
(Regime de Preo Mximo)

1. O Ministrio das Finanas, sob proposta do Ministrio


dos Petrleos e ouvido o IRDP, pode aprovar um Regime
de Preo Mximo a aplicar a um, ou mais produtos derivados do petrleo, para as transaces comerciais no mercado
retalhista.
2. O Regime de Preo Mximo a que se refere o nmero
anterior deve aplicar-se totalidade do territrio de Angola.
3. O Regime de Preo Mximo deve ser revisto anualmente e publicado no Dirio da Repblica.
ARTIGO 74.
(Consumidores)

1. Os consumidores devem pagar aos comercializadores


de produtos petrolferos a retalho, de acordo com as tarifas e
preos por estes praticados e publicados.
2. Os consumidores so responsveis pela conformidade
das suas instalaes, designadamente as instalaes dos
consumidores de gases combustveis ligadas s redes de distribuio de GPL, ou abastecidas por garrafas.
3. Os consumidores tm o direito de apresentar
reclamaes.
CAPTULO XI
Instituto Regulador dos Derivados do Petrleo
ARTIGO 75.
(Criao)

2,5'3pFULDGRSRU'LSORPDSUySULRTXHGHQHDVVXDV
atribuies, competncias e estrutura organizativa.
CAPTULO XII
Obrigaes de Servio Pblico
ARTIGO 76.
(Reservas de Segurana)

1. Tendo em vista a garantia e normal abastecimento dos


mercados grossista e retalhista de derivados de Petrleo,
devem ser constitudas reservas de segurana.
2. Compete Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo a obrigao de constituio das reservas de segurana e suportar os seus respectivos custos.
3. Compete ao Ministrio dos Petrleos estabelecer
periodicamente, sob proposta da Superintendncia Logstica
do Sistema de Derivados do Petrleo, os quantitativos dos
produtos petrolferos a alocar s reservas de segurana.

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013


ARTIGO 77.
(Reservas Estratgicas)

1. O Ministrio dos Petrleos deve assegurar que parte


das reservas de segurana seja mantida como reserva estratgica, de acordo com o interesse nacional.
2. A constituio destas reservas da responsabilidade
da Superintendncia Logstica dos Derivados do Petrleo.
3. Compete ao Ministrio dos Petrleos estabelecer
periodicamente, sob proposta da Superintendncia Logstica
do Sistema de Derivados do Petrleo, os quantitativos dos
produtos petrolferos a alocar s reservas estratgicas.
ARTIGO 78.
(Mobilizao das Reservas de Segurana)

1. Ao Ministrio dos Petrleos sob proposta da


Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo compete aprovar a repartio das Reservas de
Segurana pelas instalaes de armazenamento do Sistema
de Derivados do Petrleo da Repblica de Angola.
2. Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo compete propor ao Ministrio dos Petrleos e
solicitar a aprovao para colocao das reservas de segurana no mercado, fundamentando as razes que esto na
base da proposta.
3. A mobilizao das reservas de segurana devem
estar associadas s perturbaes graves do funcionamento
dos mercados, indisponibilidade de infra-estruturas crticas
ao funcionamento do sector dos derivados do petrleo da
Repblica de Angola e a crises energticas de mbito nacional ou internacional.
4. Compete ao Ministrio dos Petrleos aprovar um
Plano de Contingncia e assegurar o abastecimento s entidades consideradas prioritrias.
5. O Plano a que se refere o nmero anterior deve ser
proposto pela Superintendncia Logstica do Sistema de
Derivados do Petrleo, levando em linha de conta a posio do IRDP.
ARTIGO 79.
(Mobilizao das Reservas Estratgicas)

1. Ao Ministrio dos Petrleos, sob proposta da


Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo, compete aprovar a repartio das Reservas
Estratgicas pelas instalaes de armazenamento do Sistema
de Derivados do Petrleo da Repblica de Angola.
2. A mobilizao das reservas estratgicas da exclusiva
responsabilidade do Ministrio dos Petrleos, mediante prvia autorizao por parte do Presidente da Repblica, Titular
do Poder Executivo.
ARTIGO 80.
(Monitorizao)

1. O Ministrio dos Petrleos deve monitorizar a segurana do abastecimento no sector dos derivados de petrleo,
acompanhando as condies de aprovisionamento de produtos petrolferos, bem como o desenvolvimento e utilizao
GDV FDSDFLGDGHV GH UHQDomR DUPD]HQDPHQWR WUDQVSRUWH
distribuio e comercializao dos derivados de Petrleo.

2389
2. O Ministrio dos Petrleos deve publicar, com uma
periodicidade trianual, o relatrio de monitorizao e segurana do abastecimento do sector dos derivados do petrleo,
como corolrio do acompanhamento referido no nmero
anterior.
ARTIGO 81.
(Garantia do abastecimento)

1. Os comercializadores de produtos petrolferos a


retalho esto obrigados a desenvolver a sua actividade conWULEXLQGRDFWLYDPHQWHQDFRQFUHWL]DomRGDSROtWLFDGHQLGD
pelo Ministrio dos Petrleos, designadamente ao nvel da
cobertura do territrio nacional.
2. A Superintendncia Logstica e demais operadores do
Sistema de Derivados do Petrleo esto obrigados garantia
do abastecimento ao territrio de Angola, nos termos do planeamento das infra-estruturas do Sistema de Derivados do
Petrleo, estabelecido no captulo XIII do presente Decreto
Presidencial.
ARTIGO 82.
(Mecanismo de incentivo cobertura territorial)

1. O Ministrio dos Petrleos, ouvido o IRDP, pode


implementar um mecanismo de incentivo cobertura
territorial.
2. O mecanismo de incentivo a que se refere o nmero
anterior pode incluir as seguintes medidas:
a) Obrigaes sobre os principais comercializadores
de produtos petrolferos a retalho, para determinadas reas do territrio nacional;
b) Descriminao positiva no tarifrio da Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo, para reas remotas do territrio
nacional.
3. O Ministrio das Finanas, por delegao de mandato
do Titular do Poder Executivo, pode atribuir incentivos s
Empresas Pblicas que realizem investimentos em infra-estruturas retalhistas em zonas remotas do territrio
nacional.
CAPTULO XIII
Planeamento do Sistema de Derivados do Petrleo
ARTIGO 83.
(Objectivos do Planeamento das infra-estruturas)

1. O planeamento das infra-estruturas do Sistema de


'HULYDGRV GR 3HWUyOHR GHYH UHHFWLU DV JUDQGHV OLQKDV GH
desenvolvimento programtico e estratgico do Sector, de
acordo com a Poltica Energtica do Estado.
2. O Planeamento das infra-estruturas do Sistema de
'HULYDGRV GR 3HWUyOHR GHYH LGHQWLFDU DV QHFHVVLGDGHV D
longo prazo referentes capacidade de aprovisionamento,
transporte e distribuio, bem como as interfaces porturias
SDUDDUHFHSomRGHSURGXWRVSHWUROtIHURVDPGHVDWLVID]HUD
procura nacional de produtos petrolferos, com a devida salYDJXDUGDGDVHJXUDQoDDELOLGDGHHTXDOLGDGHGRVHUYLoR

DIRIO DA REPBLICA

2390
ARTIGO 84.
(Elaborao e aprovao do planeamento das infra-estruturas)

1. O planeamento das infra-estruturas do Sistema de


Derivados do Petrleo compete ao Ministrio dos Petrleos.
2. Os operadores de armazenamento, recepo a transporte de produtos petrolferos por oleoduto devem remeter
a Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo propostas, as quais devem incluir os seguintes
documentos:
a) A caracterizao do segmento do sector dos derivados do petrleo onde actuam, observando as
orientaes de poltica energtica nacional, bem
como as concluses de relatrios de monitorizao e segurana do abastecimento;
b) Os estudos, metodologias e projeces sobre a
procura de produtos petrolferos e as taxas de
utilizao expectveis das infra-estruturas que
operam;
c) Os projectos estratgicos a desenvolver, acompanhaGRVGDUHVSHFWLYDMXVWLFDomRWpFQLFRHFRQyPLFD
ponderando as vantagens e desvantagens das
diferentes alternativas analisadas e descrevendo
os critrios adoptados para a seleco das solues propostas.
3. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo deve proceder integrao e harmonizao das
propostas, referidas no nmero anterior, promovendo as
consultas que considere pertinentes.
4. A Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados
do Petrleo deve integrar, ainda, uma proposta relativa
cobertura do territrio nacional no que respeita a postos de
DEDVWHFLPHQWRGHFRPEXVWtYHLVEHPFRPRiUHDVJHRJUiFDV
a dotar com redes de GPL canalizado.
5. O Ministrio dos Petrleos pode, caso o entenda, submeter uma proposta de planeamento de infra-estruturas do
Sistema de Derivados do Petrleo, harmonizada conforme
descrito nos nmeros anteriores, a uma consulta pblica.
$ YHUVmR GHQLWLYD GR SODQHDPHQWRGH LQIUDHVWUXWXras do Sistema de Derivados do Petrleo aprovado pelo
Ministro dos Petrleos.
ARTIGO 85.
(Composio e periodicidade do planeamento
das infra-estruturas do Sistema de Derivados do Petrleo)

1. Ao Ministrio dos Petrleos compete a publicar o planeamento das infra-estruturas do Sistema de Derivados do
Petrleo.
2. O Planeamento deve ser publicado de 3 (trs) em 3 (trs)
anos, tendo um horizonte temporal de 12 (doze) anos.
3. O Planeamento das infra-estruturas do Sistema de
Derivados do Petrleo integra os objectivos relativos s
seguintes infra-estruturas:
a) Grandes instalaes de armazenamento e centros
de operao logsticos;
b) Oleodutos de grande capacidade;

c) Interfaces porturias para importao de produtos


petrolferos;
d) Redes de distribuio, incluindo o GPL canalizado;
e) Instalaes de armazenamento de menores dimenses;
f) Postos de abastecimento de combustveis e respectiva cobertura regional.
ARTIGO 86.
(Promoo dos investimentos)

Os investimentos previstos no Planeamento de infra-estruturas do Sistema de Derivados do Petrleo, aos quais


seja conferido um carcter vinculativo, devem ser promovidos de acordo com uma das seguintes modalidades:
a) Concurso, promovido pelo Estado, aberto a todos
os interessados;
b) Concurso limitado, promovido pelo Estado, sempre que o interesse pblico assim o determine;
c) Convite directo a um promotor endereado pelo
Estado, sempre que o interesse pblico assim o
determine;
d) Criao de empresa pblica para a promoo do
investimento, nas situaes em que um concurso
UHIHULGRQDDOtQHDD TXHVHPFRQFRUUHQWHV
ARTIGO 87.
(Licenciamento das Infra-Estruturas do Sistema
de Derivados do Petrleo)

1. Os operadores de armazenamento, recepo e transporte de produtos petrolferos por oleoduto devem submeter
a licenciamento as novas infra-estruturas do Sistema de
Derivados do Petrleo que lhes incumba promover.
2. Os proponentes devem elaborar um projecto de base
para cada uma das novas infra-estruturas, incluindo:
a)'HQLomRGDORFDOL]DomRHLQWHJUDomRQR6LVWHPD
de Derivados do Petrleo da Repblica de
Angola;
b) Projecto de Engenharia Bsica;
c) Estudo de Impacte Ambiental;
d) Normas e Cdigos de Construo aplicveis;
e) Cronograma das obras e entrada em Explorao
das novas infra-estruturas.
3. O Ministrio dos Petrleos faz as vistorias que considerar necessrias no mbito do licenciamento das instalaes,
podendo para tal promover as consultas s entidades que
considere relevantes.
2OLFHQFLDPHQWRGHQLWLYRGDVQRYDVLQIUDHVWUXWXUDV
compete ao Ministrio dos Petrleos, mediante pareceres dos Departamentos Ministeriais da Geologia e Minas,
GD,QG~VWULDHGR$PELHQWHFDQGRDVVHJXUDGDVDFRQIRUmidade do projecto com a poltica energtica nacional, o
plano de ordenamento do territrio, os objectivos de poltica
ambiental e o Planeamento das infra-estruturas do Sistema
de Derivados do Petrleo.

I SRIE N. 171 DE 5 DE SETEMBRO DE 2013


CAPTULO XIV
Regulamentao e Normalizao
ARTIGO 88.
(Regulamentao Tcnica)

O Ministrio dos Petrleos, atravs de Decreto


Executivo, deve proceder elaborao e aprovao da regulamentao tcnica aplicvel s actividades previstas no
presente diploma.
ARTIGO 89.
(Normalizao Sectorial)

1. Compete ao Ministrio dos Petrleos a Normalizao


Sectorial para o sector dos derivados do Petrleo na
Repblica de Angola.
2. O Ministrio dos Petrleos deve constituir as
Comisses Tcnicas que considerar relevantes tendo em
vista a elaborao, anlise e traduo das normas aplicveis
ao sector dos derivados do petrleo, no territrio de Angola.
3. O Ministrio dos Petrleos deve publicar na sua
pgina de internet a lista das normas aplicveis ao sector dos
Petrleos, estabelecendo de forma clara o seu mbito.
ARTIGO 90.
(Inspeco Sectorial)

1. Ao Ministrio dos Petrleos compete a promoo


das inspeces para o sector dos derivados do petrleo na
Repblica de Angola.
2. O Ministrio dos Petrleos pode delegar competncias
em organismos de inspeco por si acreditados, os quais,
no desempenho das suas funes, devem demonstrar total
independncia face s entidades intervenientes no sector dos
derivados do petrleo.
CAPTULO XV
Disposies Finais e Transitrias
ARTIGO 91.
(Calendrio de abertura do Mercado Grossista)

1. Para os efeitos do presente Decreto Presidencial so


estabelecidas as seguintes datas:
a) Incio do funcionamento do IRDP, 6 meses a partir
da data de publicao deste diploma;
b) Incio de actividade da Superintendncia Logstica
do Sistema de Derivados do Petrleo da Repblica de Angola, 12 meses a partir da data de
publicao deste diploma.
2. Os comercializadores de produtos petrolferos a retalho devem poder garantir o seu aprovisionamento junto da
Superintendncia Logstica do Sistema de Derivados do
Petrleo no mbito do fornecimento de ltimo recurso, conforme o estabelecido no artigo 61. do presente Decreto
Presidencial, 15 meses a partir da data de publicao deste
Diploma.

2391
ARTIGO 92.
(Manuteno transitria da organizao do mercado de produtos
petrolferos da Repblica de Angola)

1. Mantm-se transitoriamente, at s datas referidas no


artigo 91. do presente Decreto Presidencial, a actual organizao do sector dos derivados do petrleo da Repblica de
Angola, bem como as actuais estruturas de funcionamento
do mercado de derivados do Petrleo no territrio nacional.
2. O Executivo pode, ainda, limitar o prazo transitrio
referido no nmero anterior, antecipando as datas estabelecidas no artigo 91. do presente Decreto Presidencial, caso
HQWHQGDTXHRLQWHUHVVHS~EOLFRDVVLPRMXVWLTXH
ARTIGO 93.
(Revogao)

revogada toda a legislao que contrarie o disposto no


presente Diploma.
ARTIGO 94.
(Dvidas e omisses)

As dvidas e omisses suscitadas da interpretao e aplicao do presente Decreto Presidencial so resolvidas pelo
Presidente da Repblica.
ARTIGO 95.
(Entrada em vigor)

O presente Decreto Presidencial entra em vigor 30 dias


aps a sua publicao.
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda,
aos 25 de Julho de 2012.
Publique-se.
Luanda, aos 2 de Setembro de 2013.
O Presidente da Repblica, JOS EDUARDO DOS SANTOS.
Decreto Presidencial n. 133/13
de 5 de Setembro

Considerando que de acordo com os artigos 44. e 45.


da Lei n. 28/11, de 1 de Setembro, que estabelece as Bases
Gerais da Organizao e do Funcionamento do Sector dos
Derivados de Petrleo, bem como as disposies gerais apliFiYHLVDRH[HUFtFLRGDVDFWLYLGDGHVGHUHQDomRGHSHWUyOHR
bruto e de armazenamento, transporte, distribuio e comercializao de produtos petrolferos, as matrias sujeitas a
regulao dentre as quais o acesso de terceiros as instalaes
previstas na referida Lei, as condies de relacionamento
comercial entre os agentes e os clientes, as condies de
qualidade e servio, bem como as condies e tarifas de
DFHVVRTXHGHYHPVHUH[HUFLGDVSRUXPDHQWLGDGHDGHQLU
por Decreto Presidencial;
Havendo necessidade de se instituir a citada entidade;

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