O documento resume duas teorias éticas: a deontológica de Kant, que defende que uma ação só é moral se o motivo for o dever, independente das consequências, e a utilitarista de Mill, que avalia a moralidade de uma ação pelas suas consequências, dando prioridade à maior felicidade do maior número.
O documento resume duas teorias éticas: a deontológica de Kant, que defende que uma ação só é moral se o motivo for o dever, independente das consequências, e a utilitarista de Mill, que avalia a moralidade de uma ação pelas suas consequências, dando prioridade à maior felicidade do maior número.
Descrição original:
Filosofio teoria de kant vs teoria de stuart mill 10º ano
O documento resume duas teorias éticas: a deontológica de Kant, que defende que uma ação só é moral se o motivo for o dever, independente das consequências, e a utilitarista de Mill, que avalia a moralidade de uma ação pelas suas consequências, dando prioridade à maior felicidade do maior número.
O documento resume duas teorias éticas: a deontológica de Kant, que defende que uma ação só é moral se o motivo for o dever, independente das consequências, e a utilitarista de Mill, que avalia a moralidade de uma ação pelas suas consequências, dando prioridade à maior felicidade do maior número.
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Apesar de ambas as teorias refletirem sobre o modo como o ser
humano deve agir e quanto moralidade das aes praticadas, estas
propem princpios diferentes em prol das teses que defendem assim sendo existem dois tipos de ticas- a deontolgica, defendida por Kant e a Teleolgica defendida por Stuart Mill. A tica Kantiana a tica do dever. Segundo Kant, o valor moral das aes depende da inteno com que o agente pratica uma ao e deste modo no existe qualquer meio que justifique um determinado fim pois uma ao com valor moral deve sempre conter um fim em si mesma, sendo assim apenas moral a ao cujo motivo o respeito pelo dever. Para Kant, todo o ser humano um ser racional, livre e autnomo ao qual compete determinar a sua vontade mas afirma ainda que o homem deve escolher s aquilo que a razo, independentemente da inclinao () reconhece como bom apesar de distinguir trs tipos de disposies: animalidade- natureza biolgica inerente ao homem- a humanidade- resultado do processo de socializao- e a personalidade que admite influenciarem a vontade. A lei moral concretiza o imperativo categrico- ordem condicional que impe a ao como absolutamente necessria: Age apenas segundo uma mxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal, logo devemos agir sempre segundo princpios que seja da nossa vontade que se tornem universais e respeitando sempre a dignidade humana, ou seja, ver o outro como um fim em si mesmo e no como um meio para atingir um determinado fim. A lei expressa-se atravs do imperativo categrico que se ope ao imperativo hipottico na medida que ordena de forma universal e necessria, ou seja, esta lei moral exige respeito absoluto e no admite excees e esta condio vale para todos, seja qual for a circunstncia. Podemos assim afirmar que segundo esta teoria existem deveres morais absolutos pois existem normas absolutas e incondicionais que quando violadas fazem com que uma ao no tenha valor moral. Qual o critrio utilizado para saber se uma ao moral? Kant denominou este critrio por mxima- principio subjetivo da ao. Esta est articulada com o imperativo categrico e com a lei moral na medida que pelo imperativo categrico que a mximaregra particular- est obrigada a estar de acordo com a lei moral. Desta forma a tica de Kant deontolgica porque define como moral a ao cujo motivo e inteno o dever. Por oposio tica Kantiana temos uma teoria consequencialista- a tica utilitarista de Stuart Mill. Esta defende que a validade moral de uma ao determinada pelas consequncias da mesma, logo uma ao moral aquela que tem as melhores consequncias para o maior nmero de pessoas. Desta forma, o princpio moral do utilitarismo o princpio da utilidade ou da maior felicidade que consiste em maximizar o maior bem possvel para o maior nmero de pessoas. Como referido anteriormente uma ao s boa ou til quando promove a felicidade. Mas o que a felicidade segundo Stuart Mill? A felicidade consiste no prazer e na ausncia de dor sendo assim uma teoria hedonista- entre os quais podemos distinguir dois tipos de prazeres, os inferiores relacionados com as
necessidades fsicas e os superiores que envolvem as capacidades
intelectuais e por isso so mais valiosos. Estes podem ser classificados e calculados atravs de indicadores como a quantidade mas tambm a qualidade. Esta teoria tambm respeita o princpio da imparcialidade na medida que o utilitarismo no se centra no bemestar de quem age mas sim, d igual importncia tanto aos interesses do prprio agente como aos de todos os outros envolvidos na ao. Tendo em conta que todos os seres humanos pretendem ser felizes esta teoria no admite deveres morais absolutos pois toda a ao pode ser considerada moral se esta promover a felicidade, por exemplo durante um despiste de um carro seria mais sensato o condutor desviar-se para o passeio e matar um inocente do que continuar e acabar por atropelar uma multido de pessoas que se encontra na passadeira pois desta forma este agente estaria a agir de acordo com a tica defendida por Stuart Mill na medida que traz as melhores consequncias para um maior nmero das pessoas, ou seja, concretizando o exemplo, a morte do inocente evita que hipoteticamente se deem mais mortes. Em suma, temos uma teoria deontolgica que ignora as consequncias da ao e defende o carcter absoluto da lei moral, permitindo a existncia de deveres morais absolutos defendida por Kantface a uma consequencialista, utilitria, hedonista e imparcial que no admite deveres morais absolutos- defendida por Stuart Mill