Pontos A Observar Gakudo Yojinshu A4
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Pontos A Observar Gakudo Yojinshu A4
Maio/09
eu para se apegar. A pessoa deludida, entretanto, est apegada a si mesma e a iluminada est
desapegada. Ainda assim vocs procuram medir o eu que no eu e se apegam ao surgir que no
surgir negligenciando a prtica do Caminho. Por falhar em cortar suas amarras com o mundo fogem
do verdadeiro ensinamento e correm atrs do falso. Vocs se atreve a dizer que no esto agindo
erroneamente?
2. A necessidade de treinar ao encontrar o Verdadeiro Darma
Uma frase oferecida por um conselheiro leal pode alterar o curso de uma nao. Quando
Budas-Ancestrais oferecem, mesmo que seja uma nica palavra, no deveria haver ningum que
no se convertesse. Entretanto, apenas reis sbios ouvem os conselhos de seus conselheiros, e
apenas praticantes excepcionais ouvem as palavras de Buda.
impossvel cortar as fontes de transmigrao sem abandonar a mente deludida. Da mesma
forma, quando um rei no presta ateno aos conselhos de seus consultores leais, no mais
prevalecer uma poltica virtuosa, e ele ser incapaz de governar bem o pas.
3. A necessidade de penetrar o Caminho atravs da prtica constante
Pessoas comuns acreditam que os estudos trazem as riquezas. Buda Xaquiamuni ensina que
na prtica h iluminao. Nunca ouvi falar de ningum que tenha se tornado membro de lideranas
milionrias sem estudar, ou alcanado a iluminao sem praticar.
Embora seja verdade que existam diferentes mtodos de treinamento, aqueles baseados na f
ou na compreenso do Dharma, na iluminao sbita ou gradual (11), ainda assim, a iluminao
depende de um treinamento. Embora a profundidade e a velocidade de compreenso das pessoas
seja diferente, o tesouro obtido atravs do estudo acumulado. Nenhuma dessas coisas depende dos
soberanos serem superiores ou no, ou da sorte ser boa ou ruim.
Se o tesouro pudesse ser obtido sem estudo, quem iria transmitir o mtodo pelo qual antigos
monarcas, tanto em pocas de ordem ou desordem, governaram com sucesso o pas? Caso a
iluminao pudesse ser sem treinamento, quem poderia compreender os ensinamentos do Tathagata
(12), distinguindo, como ele fez, a diferena entre deluso e iluminao? Embora pratique no
mundo da deluso, ainda assim o mundo da iluminao. Ento, pela primeira vez, voc perceber
que a jangada do discurso apenas um sonho passado e ser capaz de cortar para sempre a viso
antiga de conceitos pessoais que amarrava voc as palavras das escrituras.
Buda no impe esta viso a voc. Ela aparece naturalmente a partir de sua prtica no
Caminho, a prtica convida a iluminao. Seu tesouro natural no vem do exterior. Uma vez que a
iluminao una com a prtica, a ao iluminada no deixa traos. Portanto, quando olhar
novamente a prtica com olhos iluminados, voc descobrir que no h iluses para serem vistas,
apenas uma grande nuvem branca de dez milhes de ri1 cobrindo todo o cu.
Quando a iluminao est em harmonia com a prtica, voc no pode desmerecer nem
mesmo uma simples partcula de poeira. Se agir dessa maneira voc se afastar da iluminao tanto
quanto o cu est afastado da terra. Se retornar ao seu Eu verdadeiro (3), poder transcender at
mesmo a condio de Buda.
(escrito em 9 de maro, segundo ano de Tempuku 1234)
4. A necessidade da prtica no egosta do Caminho ou No pratique os ensinamentos de
Buda com a idia de ganho
Na prtica do Caminho necessrio aceitar os ensinamentos verdadeiros de nossos
antecessores, colocando de lado nossas idias preconceituosas. O Caminho no pode ser realizado
com idias ou sem idias. Apenas quando a mente da prtica constante coincide com o Caminho,
corpo e mente conhecem a paz. Quando o corpo e a mente no esto em paz, espinhos crescem no
caminho da iluminao.
Como harmonizar a prtica pura com o Caminho? Para assim o fazer, a mente no pode
estar apegada nem rejeitando nada, necessita estar completamente livre do apego a fama e ao lucro.
Ningum se submete ao treinamento budista por causa dos outros. A mente dos praticantes budistas,
como a da maioria das pessoas de nossa poca, todavia, est longe da compreenso do Caminho.
Elas fazem aquilo que os outros elogiam mesmo sabendo que falso. Por outro lado, elas no
praticam aquilo que os outros desdenham mesmo que saibam que este o verdadeiro Caminho. Que
lamentvel!
Reflita tranqilamente se suas palavras e aes esto unidas com o Budismo ou no. Se fizer
isto, voc ir perceber o quanto elas so vergonhosas. Os olhos penetrantes dos Budas-Ancestrais
esto constantemente iluminando o universo inteiro.
Desde que os praticantes budistas no fazem nada para si mesmos, como eles poderiam fazer
algo pela fama ou pelo lucro? Vocs devem praticar apenas pelo prprio Budismo. Os vrios Budas
no demonstram sua profunda compaixo por todos os seres, nem por seu prprio bem, nem para
impressionar os outros. Esta a tradio Budista.
Observe como at os animais e insetos nutrem sua prole, tolerando vrios sofrimentos
durante o processo. Os pais no pretendem ganhar nada com suas aes, mesmo aps sua
descendncia ter alcanado a maturidade. No entanto, embora sejam somente pequenas criaturas,
tm profunda compaixo por sua prole. Isto tambm assim com relao compaixo dos vrios
Budas por todos os seres. O precioso ensinamento desses vrios Budas, todavia, no est limitado
somente sua compaixo; ao contrrio, eles aparecem em incontveis modos por todo o universo.
Esta a essncia do Budismo.
Ns j somos as crianas de Buda; por esta razo, devemos seguir seus passos. Praticantes,
no pratiquem o Darma de Buda para seu prprio interesse. No pratiquem o Darma de Buda por
fama ou lucro. No pratiquem o Darma de Buda para obter recompensa meritosa ou poderes
miraculosos. Simplesmente, pratiquem Budismo por causa do Budismo; este o verdadeiro
Caminho.
5. A necessidade de procurar um verdadeiro Mestre
Um antigo Buda-Ancestral disse certa vez: Se no princpio a Mente-Bodhi no for
verdadeira toda e qualquer prtica resultar em nada. Quo verdadeiro! A qualidade da prtica
tambm depende da verdade ou falsidade do mestre.
O praticante budista pode ser comparado a um bom pedao de madeira, e o verdadeiro
mestre a um bom carpinteiro. At mesmo a madeira de melhor qualidade no mostrar sua
extraordinria beleza se no for trabalhada por um bom arteso. Um pedao de madeira empenada,
em mos habilidosas, imediatamente mostra esplendidos resultados. A veracidade do mestre est
em direta relao com a verdadeira ou falsa iluminao de seus discpulos. Isto deve ser bem
compreendido.
Em nosso pas, no entanto, no tem havido verdadeiros mestres desde tempos antigos. Como
reconhecemos? Atravs de suas palavras. Da mesma forma que podemos saber da natureza da
nascente se apanharmos uma conchinha de gua fluindo no rio.
Por sculos neste pas mestres tm compilado livros, ensinado discpulos, e guiado seres
humanos e celestiais. Entretanto, suas palavras eram verdes, imaturas, pois ainda no haviam
atingido o nvel profundo do treinamento. Como poderiam ter alcanado a iluminao? Apenas
transmitiam palavras, recitando nomes e sons. Dia e noite eles contavam o tesouro alheio, sem ter
nada de seu.
Mestres anteriores so responsveis por este estado de coisas. Alguns deles ensinavam que a
iluminao deveria ser procurada fora da mente, outros que o renascimento em outras terras era o
objetivo. Esta a fonte da confuso e da deluso.
Um bom remdio, se no for usado de acordo com as instrues adequadas, pode piorar a
doena ou mesmo se tornar um veneno. Em nosso pas, h muito tempo, no tem havido mestres
Jisui Zendo Sanga guas da Compaixo
R. Elizirio Goulart da Silva 93 CEP 91040-430 Porto Alegre, RS tel: (51) 3085-7476
http://aguasdacompaixao.wordpress.com / http://youtube.com/user/aguasdacompaixao/
e-mail: aguasdacompaixao@gmail.com
capazes de controlar o efeito venenoso dos remdios. Por esta razo tem sido to difcil eliminar os
sofrimentos da vida e a doena. Como, ento nos libertar do sofrimento da velhice e da morte?
A culpa desta situao inteiramente dos mestres, no dos discpulos. Por que? Porque eles
guiam seus discpulos ao longo dos galhos das rvores, sem penetrar at as razes. Sem
compreender completamente o Caminho, absorvidos em suas prprias idias e pensamentos,
arrastam outros para o mundo da deluso. Que pena! Como os discpulos podem saber a diferena
entre o certo e o errado?
Infelizmente, o verdadeiro Darma de Buda ainda no se espalhou por este pequeno pas, e
mestres verdadeiros ainda tero que surgir. Se voc deseja praticar o insupervel Caminho de Buda,
ter que viajar longas distncias at a China da Dinastia Sung, e encontrando um mestre refletir no
verdadeiro Caminho. Ir alm dos pensamentos, distaciando-se da mente deludida. Se voc incapaz
de encontrar um verdadeiro mestre, melhor no estudar Budismo.
S verdadeiro o mestre que penetra o Darma Correto e recebe o selo de aprovao de um
mestre genuno. No importa se jovem ou no; experiente ou no. Para um mestre correto nem os
estudos formais dos textos nem a compreenso intelectual so prioridade. Com capacidade alm de
qualquer limitao sua mente-corao livremente penetra os ns do bambu. No fica apegado a
idias pessoais nem estagnado em sentimentos emocionais. Sabedoria e prtica em perfeita
harmonia. Essas so as caractersticas de um verdadeiro mestre.
com estas coisas desde o nascimento, acordem para o Budismo agora. Acima de tudo evite
presuno e discriminao: reflita sobre isto.
O caminho de penetrar o portal conhecido apenas pelos mestres que obtiveram este
Dharma. No pode ser alcanado pelos que apenas estudam textos.
(Este texto foi escrito num dia claro e brilhante do terceiro ms do segundo ano de Tempuku
*)
* Para alguns estudiosos 5 de abril de 1234, para outros 15o. dia do equincio de primavera de 1234
cabelo, nem permitindo que uma simples partcula de p penetrasse o Darma. Com a transmisso da
okesa para Daikan Eno (Hui-neng),o Budismo se espalhou pelo mundo e o tesouro do Verdadeiro
Darma do Tathagata(25) atualmente floresce na China. impossvel perceber o que o Darma
Verdadeiro atravs da imaginao ou de pensamentos. Aqueles que penetram o Caminho
abandonam as idias sobre o mesmo e no se importam mais com a fama, pois transcendem a mente
comum.
Daikan Eno (Hui-neng) perdeu sua face quanto treinava no Monte Obai (Huang-mei). Eka
(Hui-ko) (26) mostrou a seriedade de suas intenes cortando fora o prprio brao em frente
caverna de Bodidarma, atingindo a medula e transformando a mente deludida em mente iluminada.
Mais tarde, prostrou-se em frente a Bodidarma com profundo respeito.. Dessa forma ele alcanou a
liberdade absoluta, vivenciando o no-corpo-no-mente, desapegado, ilimitado, em contnuo
movimento.
Um monge perguntou Joshu (Cho-chou) (27)), O cachorro tem natureza Buda? (28)
Joshu respondeu: Mu (29). Como que Mu pode ser medido se no h nada para pegar, apenas
para abandonar? Sugiro que tente ir em frente! Faa a si mesmo essas perguntas: O que so corpo e
mente? O que vem a ser conduta Zen? O que so nascimento e morte? O que Budismo? Quais so
as ocupaes do mundo? E, o que so, essencialmente, montanhas, rios, terra, seres humanos,
animais e casas?
Se continuarem estas perguntas, o movimento e a quietude, no aparecero claramente.
Entretanto, isto no significa inflexibilidade. Infelizmente, poucas pessoas o percebem e a maioria
sofre deluses. Praticantes Zen, podem perceb-lo tendo treinado por algum tempo. Portanto,
minha sincera esperana que vocs no parem de treinar mesmo aps terem se tornado
completamente iluminados.
9. A necessidade de praticar de acordo com o Caminho
Os praticantes Budistas deveriam primeiramente, determinar se sua prtica est ou no
direcionada para o Caminho. Xaquiamuni, que foi capaz de harmonizar e controlar seu corpo, fala e
mente, sentou em zazen sob a arvora bodhi. Subitamente, ao ver a estrela da manh, se tornou
iluminado, realizando o Caminho Supremo, que est muito alm daquele dos Sravakas e
Pratyekabuddhas. A iluminao que Buda alcanou, atravs de seu prprio esforo, tem sido
transmitida de Buda para Buda sem interrupo at os dias de hoje. Como ento, aqueles que
alcanaram a iluminao no se tornaram Budas? Andar em direo ao Caminho significa conhecer
seu aspecto e sua grande extenso. O Caminho se encontra sob o p de cada pessoa. Quando voc se
torna o Caminho voc descobre que ele est exatamente onde voc est, realizando assim a perfeita
iluminao. Entretanto, caso sinta orgulho de sua iluminao, mesmo que ela seja muito profunda,
ela no ser nada mais que uma iluminao parcial. Estes so os elementos essenciais de estar
direcionado para o Caminho.
Atualmente os praticantes desejam fortemente ver milagres, mesmo que no compreendam
como o Caminho funciona. Quem entre eles no est cometendo erros? So como crianas que
abandonando tanto o pai como a fortuna do pai e da me, fogem de casa. Apesar de terem um pai
rico e serem filhos nicos, podendo algum dia herdar tudo, tornam-se mendigos, buscando fortuna
em lugares distantes. Este verdadeiramente o caso.
Estudar o Caminho se tornar um com o Caminho, esquecer at mesmo qualquer trao de
iluminao. Aquele que praticar o Caminho deve, em primeiro lugar, acreditar nele. Aqueles que
crem no Caminho devem acreditar que eles tm estado no Caminho desde o princpio, no sujeitos
a nenhuma deluso, pensamentos ilusrios, idias confusas, nem a aumento, decrscimo ou
compreenso enganosas. Engendrando crenas como esta, esclarea o Caminho e conseqentemente
o pratique, est a essncia de estudar o Caminho.
O segundo mtodo do treinamento Budista eliminar a funo da conscincia discriminativa
e afastar-se do caminho da compreenso intelectual. Este o modo como os novios devem ser
guiados. A partir de ento, eles sero capazes de abandonar corpo e mente, libertando-se das idias
dualsticas de deluso e iluminao.
Jisui Zendo Sanga guas da Compaixo
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Em geral existem apenas uns poucos que acreditam estar no Caminho. Se voc apenas
acreditar que est verdadeiramente no Caminho, ser naturalmente capaz de compreender como ele
funciona, como tambm o verdadeiro significado de deluso e iluminao. Faa uma tentativa de
eliminar a funo da conscincia discriminativa; e ento, subitamente, voc ter quase realizado o
Caminho.
10. A realizao Direta do Caminho
Existem duas maneiras de perceber o verdadeiro corpo-mente : uma treinar com um mestre
correto e seguir seus ensinamentos, a outra fazer zazen diligentemente. Ao ouvir os ensinamentos
a mente consciente ativada, ao praticar apenas o puro zazen prtica-iluminao se unem. Se
negligenciar um dos dois no atingir a essncia do Caminho de Buda.
Todos tem corpo-mente, porm as atividades e aparncias variam: liderando ou seguindo,
com coragem ou com medo. Perceber Buda imediatamente com este corpo-mente a realizao
direta do Caminho.
No h necessidade de mudar este corpo-mente, pois a realizao direta do Caminho
simplesmente significa se tornar iluminado seguindo o treinamento de um verdadeiro mestre Zen.
Seguir um mestre no estar atado a antigos pontos de vista nem criar novos, apenas
perceber o Caminho.
NOTAS:
( 1) Nascido em uma famlia de Brahman (ver O Mrito de Se Torna Monge ) nota 9: no sul da ndia no segundo ou
terceiro sculo AD, tornou-se um dos principais filsofos do Budismo Mahayana, sendo considerado como o Dcimo
Quarto Ancestral na linhagem da transmisso do Darma. Ele defendia a teoria de que todos os fenmenos so
relativos, no tendo uma existncia independente.
( 2) No Budismo Mahayana se acredita que o fundador histrico do Budismo, Buda Xaquiamuni, atravessou inmeras
transmigraes antes de finalmente realizar a iluminao. Tambm se acredita que antes do Buda histrico tiveram
milhares de pessoas que j tinham atingido o Estado de Buda, sendo um deles o Buda Pusya. Quando o Buda
Xaquiamuni em uma de suas vidas anteriores encontrou este Buda, dito que para mostrar seu respeito para Pusya,
Xaquiamuni permaneceu com um p levantado por sete dias e noites cantando um sutra.
( 3) Kimnara um deus indiano da msica. O kalavinka um pssaro mtico indiano com uma bela voz.
( 4) Estas duas mulheres so consideradas entre as mais belas cortess da antiga China.
( 5) Ensinamentos verdadeiros refere-se propriamente aqueles do Saddarma-pundarika. Avatamsaka, e do
Mahaparanirvana Sutra e livros incluem todos os outros ensinamentos.
( 6) Os ensinamentos esotricos so encontrados nas escolas Shingon japonesa e Tendai, e refere-se a doutrinas e
rituais com grande influncias do hindusmo, que se desenvolveram na ndia durante os sculos sete e oito. Estes
ensinamentos, tendo propriedades mgicas, apenas podem ser revelados queles que foram devidamente iniciados. Os
ensinamentos exotricos se referem a todos os outros ensinamentos.
( 7) Pensava-se que todo o universo, em sua integridade, fosse constitudo de um bilho de mundos.
( 8) Em ingls insights. De acordo com o Novo Dicionrio Aurlio: Compreenso repentina, em geral intuitiva, de suas
prprias atitudes e comportamentos, de um problema, de uma situao.
Os outros trs insights so: (1) que o corpo impuro; (2) que a percepo conduz ao sofrimento; e (3) que a mente
impermanente.
( 9) Em ingls: self..
(10) A gota vermelha representa o vulo da me e a branca o esperma do pai.
(11) A posio de que a iluminao vinha gradualmente como resultado de leituras de sutras e prticas acumuladas
eram mantidas pela Escola Zen do Norte da China. Esta escola terminou e apenas a Escola Zen do Sul, que pregava a
realizao da iluminao sbita, permaneceu.
(12) Este outro nome para Buda Xaquiamuni. Significa uma pessoa que alcanou o ir e vir do Tathagata, o que , a
realidade absoluta que transcende a multiplicidade de formas do mundo dos fenmenos.
(13) Cortar o brao se refere a Hui-Ko (481-593), o segundo ancestral Zen na China, que cortou seu brao na
presena de Bodidarma no templo de Shao-Lin para mostrar o quanto era sincero seu desejo de treinar com aquele
mestre. Cortar o dedo refere-se a um dos discpulos de Chu-chi que demonstrou o sentido do budismo para outras
pessoas, apenas imitando o hbito de seu mestre de levantar o dedo. Um dia Chu-chi descobriu o que seu discpulo
estava fazendo e cortou o dedo do discpulo para faze-lo perceber a verdadeira natureza do budismo.
10
(14) Ensinamentos dos Sravakas e Pratyebuddhas. Sravakas eram pessoas que esforavam-se para se tornar Arhat, isto
, aquele que alcanou a iluminao por si mesmo, mas no se preocupa em salvar os outros. Pratyekabuddhas so
pessoas que alcanaram a iluminao atravs de estudos independente, sem a orientao de um mestre. Eles tambm
no se preocupavam em salvar os outros.
(15) Viveu entre 606-712. O fundador da Escola Zen do Norte da China, foi lder dos discpulos de Hung-jen, (Konin
em japons) o Quinto Pratriarca. Sua compreenso do Caminho era altamente intelectual, o que o impedia de realizar
a iluminao total.
(16) Viveu entre 637-712. Foi o sucessor de Hung-jen (Konin em japons). Realizaou a iluminao quando triturava
arroz enquanto treinava no Monte Huang-mei.
(17) Viveu entre 778-897, foi sucessor de Nan-chuan, sendo famoso pelo koan Cho-chou wu, relatado na pgina
10.
(18) No se sabe mais nada a seu respeito.
(19) Viveu entre 514 ou 515 at 577. considerado como o Segundo Ancestral da Escola Chinesa Tendai. Aps ter
treinado com o mestre Hui-weng, em 570 foi para o Monte Nan-yueh, onde mais tarde morreu. famoso por ter escrito
um nmero importante de livros sobre o budismo.
(20) Viveu entre 665-713, famoso por ter escrito a Cano da Iluminao (Cheng-tao-ko).
(21) Superficialmente, a advertncia imediatamente precedente de evitar pensamento, discriminao e assim por
diante, parece ser contraditada aqui. Entretanto, essas duas afirmaes no esto realmente em conflito: para
pensamento, e assim por diante que para ser usada em ltima instncia, est baseada como deve ser na prtica
real, no o pensamento conceitual, e assim por diante, do anterior. Este um dos pontos chaves da Soto Zen.
(22) As vinte e oito geraes na ndia se iniciam com o chefe dos discpulos de Xaquiamuni Buda, Mahakasyapa
(Makakasho em japons) e vai at Bodidarma.
As seis geraes na China se referem cronologicamente a Bodidarma, Hui-ko, Seng-tsan, Tao-hsin, Hung-jen
e Hui-neng em japons Bodaidaruma, Eka, Sosan, Doshin, Konin e Eno).
Os Ancestrais das Cinco Escolas Zen so Yun-men, Wei-yen, Tso-tung, Lin-chi e Fa-yen (Escola Unmon,
Escola Igen, Escola Soto, Escola Rinzai, e Escola Hogen).
(23) O legendrio Yeh-kung gostava muito de esculturas e pinturas de drages, algumas que ele memo fazia. Certa
feita um drago de verdade apareceu em sua sala e ele desmaiou de medo.
(24) As vinte e oito geraes na ndia comeam com o chefe dos discpulos da Buda. Mahakasyapa (Makakasho em
japons) e vo at Bodidarma. As seis geraes na China so, em ordem cronolgica, Bodidarma, Taiso Eka (Hui-ko),
Kanchi Ssan, Daii Dshin, Daiman Knin e Daikan En Seng-tsna, To-hsin, Hung-jen e Hui-neng (em japons:
Bodaidaruma, Taiso Eka, Sosan, Doshin, Konin e Eno).
(25) Tathagata um dos eptetos de Buda, literalmente aquele que vem e vai do assim como .
(26) Eka 487 a 593 Segundo Ancestral da China. Sucessor de Bodhidharma, o qual encontrou aos 40 anos de
idade. Seis anos mais tarde recebeu a transmisso do Darma.
(27) Joshu Jushin 778 a 897 Discpulo de Nansen, tornou-se monge quando ainda era criana e considerado um
dos grandes mestres Zen, Um de seus casos mais famosos o koan Mu.
(28) Natureza Buda O potencial para realizar ilumino, inato em todas as coisas. Literalmente, natureza iluminada.
(29) Mu Literalmente uma negativa, em japons. Corresponde ao Wu chins.
Captulo 2 da Parte 2 do Livro Zen Mster Dogen: An Introduction with Selected Writings by Yoho
Yokoi with Daizen Victoria
Equipe responsvel pela traduo:
Bento, Flvio (Kakuho), Rita Moreira e Maria Helena
Superviso: Coen Sensei
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