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Fadiga Fenomeno 05-03-2015

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FADIGA

DOS
MATERIAIS
1

Este componente pode


fraturar?

deformao at a fratura
deformao uniforme

F
escoamento
convencional

< e

resistncia
trao

tenso de
fratura

Deformao

CLASSIFICAO DOS MODOS DE


FALHA COM BASE NO TEMPO:

Modos de falha independentes do tempo;


Modos de falha dependentes do tempo.

Modos de falha independentes do tempo.


Possuem igual probabilidade de ocorrer, qualquer
que seja a vida ou tempo de uso do componente
considerado.

Decorrem de sobrecarga.
Deformao elstica excessiva;
Deformao plstica;
Fratura.
4

Modos de falha dependentes do tempo.


Desgaste;
Corroso;
Corroso sob tenso;
Deformao plstica progressiva;

Fluncia;
Fadiga.
Obs: Caracterizado por algum tipo de
envelhecimento que traduzido
como uma perda gradativa da
capacidade funcional.

< e
F
5

< e

< t

Para que ocorra falha a inequao


deixa de ser verdadeira?
O que pode ocorrer para que ela
no seja mais obedecida?

Quando comeou o
problema o problema

FADIGA?
7

O problema da fadiga comeou com incio da era do ao.

Ferro
fundido

Transformar
De modo
fcil e barato

Ao

Conversor Bessemer

Henry
Bessemer
8

Importncia do Conversor Bessemer

1855

Ano da inveno do
Conversor

Produo anual de ao

1898

50.00
0t 4.600.0
00t
Morte de Bessemer

Produo anual de ao

Expanso das
vias frreas
1840
8.000km

1911
1.300.000k
m
10

FALHAS
FALHAS POR
POR FRATURA
FRATURA
(( ordenamento
ordenamento
histrico
histrico ))

1o Perodo de acidentes
( Revoluo Industrial )
SETOR FERROVIRIO

2o Perodo de acidentes
( 2a Guerra Mundial )
SETOR NAVAL

3o Perodo de acidentes
( Atualmente )
SETOR AERONATICO

PRINCIPAL CAUSA

PRINCIPAL CAUSA

PRINCIPAL CAUSA

BAIXO NVEL DE
CONHECIMENTO TCNICO

POUCO ENTENDIMENTO
SOBRE A FRATURA FRGIL

NECESSIDADE DO USO
RACIONAL DOS RECURSOS

deficincias de projeto;
materiais mal elaborados.

estruturas soldadas;
pouco entendimento
acerca da influncia da
temperatura, concentradores de tenso e tenses
residuais

materiais de alta
resistncia e baixa
tenacidade;

coeficiente de segurana
muito baixo.

11

12

O impacto dramtico
causado pelo
acidente ferrovirio
acontecido em Paris,
em 1895, quando
uma locomotiva
cruzou desgovernada
e em alta velocidade
a estao de
Montparnasse,
atravessou uma
parede e ficou
pendurada a 12
metros de altura.

13

14

15

WOHLER (Alemanha - estudos pioneiros - perodo de


1852 a 1869)
Submeteu uma srie de barras em ensaios de
tenses repetidas;
Construiu a primeira mquina de ensaio de
fadiga.

Com o desenvolvimento
das estradas de ferro, a
base terica
convencional da
engenharia mostrou
apresentar falha.
August Whler
(1819-1914)
16

Este componente pode


fraturar?

Tenso
deformao at a fratura
deformao uniforme

F
escoamento
convencional

< e

resistncia
`a
tro

tenso de
fratura

17

Deformao

Resistncia
fadiga

Limite de
fadiga

18

Tipos de carregamentos:
Esttico;
Monotnico;
Cclico;

O TIPO DE CARREGAMENTO
INTERFERE NA RESPOSTA
DO MATERIAL

Impacto.

19

WOHLER - AS PRIMEIRAS LEIS DE FADIGA

"O ferro e o ao podem ser rompidos sob


esforos mecnicos inferiores ao limite de
elasticidade, quando este esforo repetido
um nmero suficiente de vezes;
"A ruptura no se dar, qualquer que seja o
nmero de solicitaes, para um certo valor
limite do esforo.

20

Resistncia
fadiga

Aos e aTi

Limite de
fadiga

Nf

N
21

Fadiga
(definio ASTM E206)

o fenmeno caracterizado pelo


processo de alterao estrutural
permanente, localizado e progressivo
que pode ocorrer em um material
submetido a condies que
produzem tenses e deformaes
flutuantes em alguns pontos e que
podem culminar em trincas ou
fratura completa aps um nmero
suficiente de ciclos.
22

FADIGA CAUSAS E EFEITOS

causa

Tenses cclicas;
Tenso de trao;
Deformao plstica localizada.

EFEITOS
Escala atmica

Escala microscpica

Movimentao de
discordncias;
Multiplicao de
discordncias;
Interaes de bloqueios;
Deslizamento cruzado

Deslizamentos locais;
Saturao dos deslizamentos
locais;
Deteriorao da estrutura;
Formao de intruses e
extruses;
Variao energtica;
Nucleao e crescimento da
trinca.

Escala macroscpica
Propagao da trinca;
Propagao estvel;
Propagao instvel;
Comprimento crtico;
Fratura final.

23

Comentrios:
Inicialmente o fenmeno da fadiga se caracterizou
pela ruptura em decorrncia de um nvel de
tensionamento muito menor que a necessria para
caracterizar a fratura monotnica;
Fadiga essencialmente um fenmeno que se
caracteriza pela nucleao e crescimento de trincas
devido a ao de um carregamento cclico;
mecnicas decorrentes As falhas destas condies
de carregamento dinmico so chamadas falhas por
fadiga, em foram assim denominadas em virtude de
serem observadas aps um perodo de tempo
considervel.
24

FADIGA

MATERIAL

cansao ou esgotamento do material

25

Estima-se que a fadiga seja


responsvel por pelo menos 90% das
falhas em servio com motivao de
ordem mecnica.

A falha por fadiga


normalmente
insidiosa.
26

A fadiga realmente insidiosa.

Starks
efetuando
um salto
triplo em 21
de fevereiro
de 1991.

27

Em 1992, durante um torneio de


atletismo realizado em Nova York, a
torcida ficou chocada quando o
americano Llewellyn Starks, um dos
melhores competidores de salto triplo da
poca, ultrapassou seu limite. Ele
aterrissou sobre o tanque de areia,
contorcendo-se de dor. Foi uma cena
chocante.
28

A perna
direita
dobrou-se
para trs e o
osso rasgou
a carne.

fratura
exposta da
tbia e do
pernio.
29

Diagnstico:
Depois de analisar o caso, os mdicos
descartaram qualquer hiptese de o jovem atleta
ser portador de algum problema congnito de
formao ssea;

Ele sofreu um tipo de contuso que pode ocorrer


entre pessoas muito ativas. Trata-se da fratura
por fadiga, provocada pelo acmulo de
microleses do tecido sseo;

Esse problema passou a ser estudado a fundo


depois da observao de casos como o de Starks,
permitindo que os mdicos compreendessem
melhor as condies nas quais se do essas
leses sseas.
30

Como lidar com o problema?


Metodologias disponveis para predio da
vida em fadiga:

Resistncia dos materiais;


Mecnica da fratura.

31

O projeto de um componente mecnico com


o propsito de evitar a falha por fadiga pode
ser tratado pelas seguintes metodologias:
Fadiga de baixo ciclo;
Fadiga de alto ciclo.

ue necessrio esta abordagem dist

32

S
r
0,9.r

Fadiga de
baixo ciclo

Fadiga de
alto ciclo

103 a 105

106 a 107

N
33

Comparao entre fadiga de alto ciclo e baixo ciclo.


BAIXO CICLO

ALTO CICLO

Tenso nominal
( N )

N > e

N < e

Ensaio varivel de controle

deformao

tenso

Tempo de durao da misso


do componente

pequeno

grande

Vida em fadiga(Nf)

Nf < 103 ou 104 ciclos

Nf > 103 ou 104 ciclos

Deformao plstica

generalizada

localizada

maior

menor

Escorregamento

largo(103 a 104 A)

estreito(10A)

Origem da trinca

interior

superfcie

Plano de nucleao da trinca

plano normal a mxima


tenso de trao

plano de escorregamento

mxima tenso de
cisalhamento

normal a mxima tenso de


trao

Semelhante a fratura
monotnica

Deteriorao gradual da
34 estrutura

Tenses internas e
encruamento

Plano de propagao da
trinca
Mecanismo de fratura

Fadiga de baixo ciclo - At a II Guerra Mundial:


recebeu pouca ateno;
a maior parte das informaes existentes sobre fadiga
eram somente na faixa de alto ciclo.
Com o passar do tempo foi se observando que
muitos componentes requerem somente uma pequena vida
em fadiga. Exemplos:
alguns vasos de presso;
mecanismos de controle de aterrizagem;
mecanismos de controle de flaps de asas de
avies;
componentes de msseis;
dispositivos de lanamento de naves espaciais.
35

O estudo do fenmeno de fadiga de baixo ciclo surgiu


em decorrncia:
Racionalizao do projeto de engenharia;
Uso mais eficiente dos materiais.

Nos estudos de fadiga de baixo ciclo normalmente


so conduzidos sob controle de deformao e no
da tenso nominal.

Neste caso, a deformao plstica mais


adequada para medir a vida em fadiga do que a
tenso nominal.
36

Amplitude de def. plstica ( p)

Ensaios de fadiga controlados por deformao exibem uma


relao linear entre os valores de log p e a vida do componente
logN

LEI DE COFFIM MANSON

p . Nb = C

Nmeros de ciclos at a fratura(N)


37

FADIGA DE ALTO CICLO

Caractersticas gerais:
Nf > 103 ou 104 ciclos;
Tenso nominal < e

Formas de enfocar o fenmeno:


Curva SxN(modo clssico);
Propagao de trinca de fadiga.

38

Curva SxN(modo clssico)


Resistncia fadiga

S
Aos e aTi

Ligas no ferrosas

Limite de fadiga

39

NUCLEO DE TRINCAS DE FADIGA


As trincas por fadiga tm incio geralmente na
superfcie, e preferencialmente em locais onde existam
descontinuidades.

Descontinuidades
geomtricas

Descontinuidades
microestruturais

cantos vivos
entalhes
trincas preexistentes
pits de corroso

incluses
Partculas de segunda fase
interface camada cementada
base
contornos de gro
contornos de macla
40

/metal

de

Quando a trinca de fadiga se inicia no


interior do material, sempre existe uma
interface envolvida
Incluso ou Partcula de segunda fase

TRINCA

Contorno
de Gro
TRINCA

41

As descontinuidades podem estar


presentes desde o incio ou podem ser
desenvolvidas durante a deformao cclica.
Formao de intruses e extruses
em bandas de deslizamento
persistentes
TRINCA

BANDAS DE DESLIZAMENTO

42

INTRUSO

EXTRUSO

43

FORMAO DE INTRUSES E EXTRUSES


Um metal sob carregamento cclico se deforma
por deslizamento nos mesmos planos atmicos e
nas mesmas direes cristalogrficas que em
carregamento monotnico unidirecional.
Todavia,
Deformao
unidirecional
Fadiga

Deslizamento generalizado
espalhado em todos os gros
Apenas alguns gros apresentam
linhas de deslizamento

* As linhas de deslizamento geralmente so formadas


durante os primeiros poucos ciclos de tenso.
44

Porque razo ocorre preferencialmente a


nucleao de trincas de fadiga na superfcie?
Possivelmente pelo fato da formao de degraus de
deslizamento decorrentes da deformao plstica se
formarem mais facilmente na superfcie.

Conseqncia da
deformao
plstica em fadiga

INTRUSO

a formao de
ressaltos(extruses) e
reentrncias (intruses)

EXTRUSO

45

INTRUSES E
EXTRUSES
As trincas de fadiga geralmente ocorrem em
regies de deformao plstica intensa paralelas
ao que foi originalmente uma banda de
deslizamento.

Obs: As intruses e extruses sozinhas


podem ser responsveis pelo incio de
trincas ou podem interagir com
descontinuidades estruturais ou
geomtricas.

Trincas de fadiga tm incio em


intruses e extruses
46

MECNISMOS PROPOSTOS
PARA EXPLICAR A FORMAO DE
INTRUSES E EXTRUSES
Mecanismo proposto por WOOD
Mecanismo proposto por Cotrell e Hull

Compreenso do
mecanismo

Possibilitar um
melhor controle
do fenmeno de
fadiga
47

MECANISMO PROPOSTO POR WOOD


Durante o
O deslizamento ocorre num plano de
carregamento cclico
deslizamento favoravelmente carregado
Durante o
O deslizamento reverso ocorre num plano
descarregamento
paralelo
porque
o
deslizamento
no
cclico
primeiro plano inibido devido ao
encruamento e talvez pela oxidao da
superfcie livre recm criada.

EXTRUSO

INTRUSO

48

MECANISMO PROPOSTO POR COTRELL E HULL


Necessidade da ocorrncia de deslizamento em
dois sistemas de deslizamento.
Durante a
Os dois sistemas operam em
atuao da
seqncia
produzindo
dois
componente de
degraus na superfcie.
trao
(Etapas B e C)
Durante a
O 1o sistema a operar origina
atuao da
uma intruso (etapa C)
componente de
O 2o sistema a operar origina
compresso
uma extruso (etapa D)

SISTEMA DE
DESLIZAMENTO

EXTRUSO

INTRUSO

49

EM SNTESE
Os mecanismos propostos por Cotrell-Hull e Wood
tentam explicar como a deformao plstica
sucessiva atravs de pequenos deslizamentos podem
levar a formao de uma trinca de fadiga.
Estes mecanismos podem explicar a acomodao de
grandes deformaes(somatria das
microdeformaes em cada ciclo) sem causar um
encruamento aprecivel.

Fadiga
Solicitao
monotnica

Deslizamento da ordem de 1nm


Deslizamento da ordem de 100nm
a 1000nm

50

DEFORMAO PLSTICA EM FADIGA


Redunda num acmulo
sistemtico de pequenos
movimentos de deslizamento
Formao de intruses e extruses
Uma intruso pode crescer e formar uma
trinca por continuao da deformao
plstica durante ciclos subseqentes.

intruso

Entalhe concentrador de
tenses de dimenses
atmicas
51

FENMENO DE FADIGA CARACTERSTICAS ESTRUTURAIS


As variaes estruturais bsicas experimentadas por um metal sujeito a tenses
cclicas levaram diviso do processo de fadiga nos seguintes estgios:

I ESTGIO

II ESTGIO

iniciao de trinca inclui o desenvolvimento inicial dos


danos causados por fadiga.
crescimento de trinca nas bandas de deslizamento
relativo ao aprofundamento da trinca inicial nos planos de
alta tenso cisalhante.

crescimento de trinca nos planos de alta tenso de


trao envolve o crescimento de uma trinca bem definida em
direo normal a mxima tenso de trao.

Ruptura final ocorre quando a trinca atinge um tamanho tal


III ESTGIO

que a seo transversal resistente no pode mais suportar a


carga aplicada.

52

J se encontra bem firmado o fato de uma trinca de fadiga pode ser formada
antes que tenham decorrido 10% da vida total da amostra.
Todavia, a deciso de quando uma banda de deslizamento aprofundada pode
ser considerada uma trinca bastante ambgua.
CONCEITO:
NFR Frao Relativa ao nmero de ciclos total
Para o III estgio o valor de NFR ~ Zero(dura apenas um ciclo);
O valor de NFR correspondente ao I e II estgios depende das condies
de ensaio e do material.
De maneira geral a NFR correspondente ao I e II estgio tende a ter o seguinte
comportamento:
Para fadiga de baixo ciclo( ) NFR (I estgio) < NFR (II estgio)
Para fadiga de alto ciclo( ) NFR (I estgio) > NFR (II estgio)

COMENTRIO:
Quando a intensidade do tensionamento baixa a vida em fadiga maior e
o nmero de ciclos correspondente ao I estgio consome a maior parte da
vida em fadiga.
53

COMENTRIOS:
Quando a intensidade do tensionamento

baixa a vida em fadiga maior e o nmero de


ciclos correspondente ao I estgio consome a
maior parte da vida em fadiga;
Caso o tensionamento seja muito elevado,
como ocorre na fadiga de corpos-de-prova que
possuem descontinuidades, o I estgio pode
no ser observado;
Por isso, independentemente da amplitude de
carga, a propagao de trinca geralmente o
aspecto de maior importncia em fadiga.
54

NUCLEAO E PROPAGAO DE TRINCA POR FADIGA.

superfcie
Nucleao da trinca
nas bandas de
deslizamento

superfcie

II Estgio
(propagao de trinca)

I Estgio
( nucleao e propagao
de trinca pelas bandas de
deslizamento)

Nucleao de trinca
em um entalhe
(descontinuidade geomtrica)

Nucleao de trinca em
partculas de segunda fase
(descontinuidade microestrutural)

55

56

PROPAGAO DE TRINCA
As trincas de fadiga, uma vez formadas, tendem a se propagar,
inicialmente, ao longo dos planos de deslizamento(cisalhamento
cristalogrfico I estgio);
Num metal policristalino a trinca pode percorrer poucos
dimetros de gros antes que a propagao da trinca mude
para o II estgio;
A propagao da trinca de fadiga normalmente transgranular;
O I estgio considerado, por alguns pesquisadores, como uma
extenso do processo de nucleao da trinca;
A superfcie de fratura do I estgio se apresenta praticamente
sem propriedades caractersticas.
TAXA DE PROPAGAO DE TRINCA:
I ESTGIO da ordem nm/ciclo;
II ESTGIO da ordem m/ciclo.

57

No II estgio, a propagao de trinca ocorre em uma direo perpendicular


mxima tenso de trao;
A superfcie de fratura do II estgio apresenta, em um grande nmero de
metais e ligas(principalmente de Al e Cu) a formao de rugas ou estrias de
fadiga.

COMENTRIOS:
Cada estria representa a posio da frente da trinca em cada
ciclo;
Cada estria foi produzida por um nico ciclo de tenso;
A presena destas estrias define, sem dar margem a dvida,
que a falha foi produzida por fadiga;
A ausncia de estrias no exclui a possibilidades de falha por
fadiga.
Obs 1: Estrias so decorrentes do micromecanismo de fratura
caracterstico da falha por fadiga;
Obs 2: Quando existentes, as estrias de fadiga so facilmente observadas
em MEV.
58

ESTRIAS DE FADIGA.
Liga de alumnio Al-6Zn-2Mg-1,6Cu - envelhecida a 120
C por 200h; e=553MPa; t=590MPa; m=0,068mm
59

A no observao das estrias de fadiga na superfcie de


fratura pode ser devido:

um espaamento muito pequeno que no pode ser resolvido


pelo mtodo de observao utilizado;

A dutilidade na ponta da trinca insuficiente para produzir por


deformao plstica uma estria grande o bastante para ser
observada;
Extino das estrias por algum tipo de dano da superfcie;
A pouca dutilidade local pode proporcionar a ocorrncia de
outro micromecanismo de fratura com caractersticas de maior
fragilidade( Como por exemplo: intergranular ou clivagem);
O II estgio de propagao de trinca ocorre por um mecanismo
de embotamento e afinamento repetido da ponta da trinca.

PROCESSO PLSTICO

60

a - Incio do carregamento cclico( aponta da


trinca aguda);
b A medida que o esforo de trao
aplicado deformaes plsticas na ponta da
trinca causam deslizamento localizado nos
planos preferenciais de deslizamento, que
fazem aproximadamente 45 com o plano da
trinca;
c proporo que a trina se alarga para a sua
extenso mxima, ela caminha ainda mais por
cisalhamento plstico ao mesmo tempo que sua
ponta se torna mais rombuda;
d quando a carga muda para compresso as
direes de deslizamento so invertidas, e as
faces da trinca so compactadas;
e A nova superfcie da trinca, criada na trao,
forada para o plano da trinca onde
parcialmente dobrada por flabegem formando
uma ponta aguda novamente.
61

Estudo
de caso
Video 1
Video 2
1 de maio de 1994.

Circuito de Imola

63

Curva Tamburello - depois

Curva Tamburello - antes

64

65

66

67

68

69

70

Quando a Willians de
Senna bate contra o muro,
a roda dianteira direita se
desprende junto o brao
da suspenso e
arremessada com
violncia em direo sua
cabea

71

72

73

74

75

76

77

78

79

Estrias de fadiga

80

81

82

Os ciclos de tenso sob os quais pode ser conduzido


um ensaio de fadiga, genericamente, podem ser
classificados em:
Irregular
regular
CICLOS DE TENSES IRREGULARES
Um dado tipo se solicitao classificado como irregular quando
as tenses mecnicas variam no tempo segundo leis complexas;
Existem vrios componentes mecnicos que operam sob
solicitaes complexas;
Nestes casos, normalmente recorre-se a mtodos experimentais
para coletar informaes em campo de modo a se conhecer o
regime de trabalho da pea. Ou seja, saber como ocorre a variao
dos esforos ao longo do tempo. Assim, defini-se o espectro de
tenses.
83

TEMPESTADE

VOO CALMO

espectro de tenses
mecnicas de partes
estruturais de uma aeronave

VOO CALMO

TEMPO
ROLAMENTO
NA PISTA

ROLAMENTO
NA PISTA

espectro de presses nas


linhas de alta presso das
bombas de
comando de aeronaves
TEMPO

espectro de tenses nas


chapas do tubulo de gua
de uma caldeira de um navio
TEMPO

84

Existem mquinas que permitem efetuar ensaios com


solicitaes do tipo irregular. Procedimento:
Aquisio do espectro de tenses com o componente em operao;
Alimentar a mquina com os sinais coletados.

85

CICLOS DE TENSES REGULARES


A simbologia adotada a mesma utilizada pelo Metals Handbook,
Mechanical testing, vol. 8, 1985.
Um ciclo de tenso a menor parte da funo tenso tempo que
peridica e identicamente repetida.
Uma tenso de trao considerada positiva e uma de compresso,
negativa.
Considerando ciclos de forma senoidal a expresso da tenso, s, em
funo do tempo, dada por:

2t
S S m S a .sen
T

onde
T perodo( tempo para um ciclo completo);
t tempo;
Sm tenso mdia;
Sa amplitude de tenso.

86

Definies e simbologia
Smax (tenso mxima) - maior valor algbrico da tenso no ciclo;
Smin (tenso mnimo) - menor valor algbrico da tenso no ciclo
Sr (intervalo de tenso) - Sr = Smax - Smin
a diferena entre Smax e Smin em um ciclo
Sa (amplitude de tenso) - Sa = Sr / 2
metade do intervalo de tenses
Sm (tenso mdia) - Sm = (Smax - Smin) / 2
a mdia algbrica das tenses Smax e Smin no ciclo
R (razo de carga ou razo de tenso) - R = Smin / Smax
a razo algbrica entre Smin e Smax
SS (tenso esttica ou tenso constante) - resulta de uma carga fixa ou de um
carregamento previamente aplicado um componente mecnico.
87

Exemplos de alguns, entre os


diversos ciclos de tenses
possveis para a realizao
dos ensaios de fadiga

88

Smax = Smin = Sm = SCTE

SOLICITAO CONSTANTE

Sa = 0 / R = 1

SCT

Solicitao constante

No sujeita a falha por


fadiga

tempo
SOLICITAO ALTERNADA SIMTRICA
S

Smax
Smax = Smin = Sa

tempo

Sm = 0
R = -1

Smin
89

SOLICITAO PULSANTE
S

Smax

Sm = Sa
Smax > 0

Sm

Smin = 0

tempo

R=0

SOLICITAO ALTERNADA ASSIMTRICA


S
Sm
Sm

R<0

tempo

Smim
90

SOLICITAO FLUTUANTE

Smax

R>0

Sm

Smin

tempo

91

ENSAIO DE FADIGA

No projeto de um elemento de mquina, o ideal


o engenheiro ter a sua disposio os
resultados de muitos ensaios acerca das
propriedades mecnicas do material escolhido;
Os ensaios, tanto quanto possvel, devero ser
realizados em amostras que possuam as
mesmas
caractersticas
do
componente
mecnico em anlise;
Os ensaios, tanto quanto possvel, devem ser
realizados exatamente sob as mesmas
condies que a pea enfrentar em servio.
92

Para atender as necessidades, vrios tipos de


mquinas de ensaio, diferentes procedimentos de
ensaio e corpos de prova de diferentes formatos, tem
sido desenvolvidos para o ensaio de fadiga.

Corpos de prova para o ensaio de fadiga


Os ensaios de fadiga podem ser realizados
com trs diferentes tipos de corpos de prova:

Produtos semi-acabados;

A prpria pea ou estrutura;


Corpos de prova usinados.
93

Ensaio de fadiga em produtos semi-acabados


Produtos semi-acabados tais como barras,
tubos, arames, chapas, e outros, podem ser
usados como corpos de prova em mquinas de
fadiga apropriadas.
OBJETIVOS:
Avaliar a influncia de um dado processo de
manufatura nas propriedades de fadiga;
Averiguar se um dado processo de fabricao
est sob controle.
94

ENSAIO DE FADIGA COM A PRPRIA PEA


A prpria pea ou um modelo ou prottipo podem ser
usados como corpos de prova para determinar a vida da
pea a uma determinada tenso ou a um determinado
numero de cclos.

Para um estudo mais realstico da fadiga, o


ensaio da prpria pea prefervel, porque
reproduz as condies da prtica.

Exigem mquinas de uso mais restrito


e as vezes dedicadas exclusivamente
a um tipo especfico de pea.
95

At a
dcad
a de
50

Quase todas as falhas em fadiga e


consequentemente toda pesquisa
no ramo era confinada a
componentes mecnicos
exemplo: eixos, engrenagens, etc.

Nas ltimas dcadas, estruturas


inteiras ou elementos estruturais exemplos: vasos de presso, foguetes,
fuselagem de avies, entre outros tm
sido estudadas e ensaiadas.
96

97

CORPOS DE PROVA DE FADIGA USINADOS


Um corpo de prova uma amostra representativa de um material
usado para determinar e comparar caractersticas bsicas de fadiga;
Corpos de prova podem ser usados ainda para se estudar a
influncia de entalhes, filetes, acabamento superficial, meio de
trabalho, tratamentos superficiais ou qualquer outro aspecto
relacionados com o material ou condies de ensaio;
Um corpo de prova possui basicamente duas regies: regio til e
regio para fixao nas garras;
As garras so utilizadas para fixar o corpo na mquina e transferir a
carga ao corpo de prova;
A regio entre garras mais larga e a regio til mais delgada. Isto
para garantir que o corpo de prova romper por fadiga dentro da
regio til;
A transio entre as duas regies se d atravs de um raio de
concordncia, para atenuar o efeito de concentrao de tenses na
regio de transio.
98

FATORES QUE AFETAM NAS PROPRIEDADES


DE FADIGA DOS MATERIAIS

99

Os fatores que afetam as propriedades de


fadiga podem ser organizados em trs
agrupamentos:

Meio ambiente;
Aspectos relacionados ao material;
Ciclo de tenses.

100

MEIO
AMBIENTE

TEMPERATURA

CORROSO
OXIDAO
RADIAO
101

ASPECTOS
AO

RELACIONADOS
MATERIAL:

Composio qumica e tipo de material;


Subestrutura(interior do gro);
condies microestruturais e
metalrgicas do material;
macroestrurtura e geometria.

102

COMPOSIO QUMICA E TIPO DE MATERIAL

liga ferrosa;

liga no ferrosa;
impurezas.

103

SUBESTRUTURA
(INTERIOR DO GRO)

DEFEITOS DE PONTO;
DISCORDNCIAS;
CONTORNOS DE SUBGRO.

104

CONDIES MICROESTRUTURAIS
E
METALRGICAS DOS MATERIAIS
-

TRATAMENTOS TRMICOS;
TRABALHO A FRIO;
TENSES RESIDUAIS;
TAMANHO DE GRO;

INCLUSES E PARTCULAS
DE SEGUNDA FASE

tamanho;

forma;
localizao;
distribuio;
tipo.
105

MACROESTRUTURA
E GEOMETRIA
textura

entalhe
propriedades superficiais

qumica: revestimento
ccccccccccsuperficial
fsica: rugosidade
cccccccccsuperficial

soldada

forma de unio

rebitada
parafusada
106

CICLO DE TENSES

DISTRIBUIO DE TENSES

ESPECTRO, HISTRIA E
RELAO
tenso -tempo

107

DISTRIBUIO DE TENSO
MAGNITUDE

CARGA AXIAL

UNIAXIAL

ESTADO DE TENSO

FLEXO ROTATIVA
FLEXO ALTERNADA

BIAXIAL
TRIAXIAL

CONCENTRAO DE TENSES

108

ESPECTRO, HISTRIA E RELAO


tenso-tempo
RAZO DE CARGA
TENSES MDIA E ESTTICA
PR-TENSES

SENOIDAL

REGULAR

TIPO DE SOLICITAO
IRREGULAR

QUADRADA
ETC...

FREQUNCIA, TAXA DE DEFORMAO


TEMPO DE PARADA
ESPECTRO

VARIAO DA AMPLITUDE

SEQUENCIA

AMPLITUDE ALEATRIA

109

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