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Revista Técnica Estrutura 52

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ESTRUTURA

'"'"- ~-Q~!(l586!0j()

..

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NESTE NMERO
SECES CIRCULARES: FLF.XO COMPOSTA ESTDIO III
TFN OES
A FASE PLSTICA
O ESTUDO OA LAMINAO
DOS METAIS
1 EMINRIO DF CO ""CRET O PROTE IDIDO
E SI O f UNDAM ENTAL
No~~a

Cap:l: Ante-viso da ponte sbrc o Tejo, em construo.

1963

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qumicos paro crsruao


Rio de Janeiro

J
" '~

Fazer estradas,
construir pontes

c grandes estruturas

a tlossa principal atividacle,

Por elas,
os grandes caminhos do Progresso,
circulrun as riquezas...
o Brasil se expande...
realiza-se a iuLcgrao nacional.

~ ~~ SERGIO MARQUES DE SOUZA S. A.- Enuen~aria eComrcio

; 1'J

lilij~MMII

A v. R I o

BRANco. 1 o 3. SI: ANo A R

TE L s. 2 3.-4 G G G III 2 3. 9 o 3 o

CHRISTIAN! - NIELSEN
ENGENJII~IROS

CONSTRU'l'OR~;s

S. A.

Rio de ,Janeiro
Sfto Paulo - BPlo Tfmizonte
C'nritiba- P ..\l e>:.tt'<'
~aiYador- Santos
H<'<it'c
I

UAIS -

OBH.\.H III llTH l'LIC \l-l -


1-\TLOs

338

PO~'TE~

F\BRIC.\S -

P \\ IMF.XTA'O

El>IFil'lOH

ESTRUTURA -

N 52

.. .

peristah s. a.
laminao e comrcio
seco de vendas:
rua lbero badar, 293 - 329 - tel.: 37-3581
so pauto
av. rio branco, 156 - s/ 281 O

guanabara - tel.: 52-8292

UM LEG IT IMO AO PARA


CONCRE'r O A RMA D O

Limite de Rutura mnimo- 5500 Kg./cm.2


Limite de Escoamento mnimo- 5000 Kg./cm.2
Alongamento mnimo- 8 %

RSTRUTURA

N 52

339

VOCf VAI PROJflAR fSlRUlURAS Df


CONCRflO ARMADO!
MATRICULE-SE NO CURSO DE PRATICA DE PROJETOS
ESTRUTURAIS DA ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND
Voc receber por correspondncia, plantas, explicaes, roteiros de
clculo e modelos para o desenho dos detalhes do concreto armado de
5 projetas cstrutmais para:
1.

Edifcio de habitao

2.

Edifcio industrial

3.

Ponte em laje

4.

Ponte em vigas

5.

Castelo dgua

Continuam abertas as inscries para os 2 primeiros projetos acima,


mediante os seguintes pagamentos:
Matrcula -

vlida para os 5 projetos


no pas: Cr$ 1. 000,00

no estrangeiro: Cr$ 2. 000,00


Projeto -

4 lies

Cr$ 600,00, por lio

29 Projeto -

3 Lies

Cr$ 600,00, por lio.

19

Cartas para Associao Brasileira de Cimento Portland.


Rua Baro de Irapetininga, 88 89 andar Av. Erasmo Braga, 227 - 79 and. -

340

So Paulo

Rio de Janeiro -

S.P.

G. B.

ESTRUTURA - N 52

ESTRUTURA
revista tcnica
19 6 3
AN O 7

das construes

VOL. 12

REDAO

REDATORES:

AV. ERASMO BRAGA, 227


S/1 310 - Telefone: 2lHl0

FI.A!>.l!CIDADE: Sklney M. G. dn> Santos


CO:>.CRFTO ARMADO: fernandn Lbo Carneiro
1\li:CA:>.ICA DOS SOLOS: lcarahy d.t Silveita
FDJ FI CAOES. H.1~ mumlu Barbosa Canalho N"to
FUNDAOF.S: A. ). da Costa Nunes e Mrio Bra.od.i
Pereira

RIO DE JANEIRO -

I>JRFTOR

BRASIL

HESPONSAVEL:

AJN~on ~1orcita

ciJ Rocha

DIRI!TOI{ SECRETARIO:

Adolpho Polillo

IU'PORTAGENS INTERNACIONAIS: Fdippe dos San


tos Reb e O>mJnr Coelho e Sil-.,1
CO:\CRITO PROTLt'.DJDO: }. C. Figueiredo Furu
TECNOLOGIA DOS MATERIAIS: .Mauro Ribeiro Viegas
PONTES: Mauro Vitira
IIIPERESTTICA: Adolpbo Polillo
ARQUITETURA: D.my Sove de A.t:evedo

GEREi\'TE:

Arthur Salgado

REDATORESCORR.ESPONDENTES:
SO

NMERO AVULSO:
Cr

1.000,00

NOM I.RO ATRASADO:


CrS 1.200,00

,o\SSINATURA POR 10 N\JMl!ROS


Cr

9.000,00

PAULO Prof. Telemaco van Langendonck;


Prof. Pedro B. ). Gr.wina

PARAN -

Prof. Samuel Chamecki

MINAS GERAIS - Prof Cndido Holanda tle Liruot;


Prof. }a)'me Ferreira da Silva
BAH IA - Prof. Carlos Si mas
Eng. Adherbal Menezes
PERNAMBUCO RIO

Qnalq tor

Jmpr~~o
por
SF.DEGRA
Sociedade Editra e Grifica
Ltda. R. Matip, 11~, Telefone 49-7821, Rio.

Meyer .Mesel

DO SUL - Prof. Danilo Smith


Prof. Luiz Paulo 1:eJizardo

PARAfBA
recibo s
ter! .alor quando firmado polo
Gerente ou um dos lliretorClS. Pedimos fazer pagamentos por meio
de .alo poatal, ordem de paga
monto ou cheque nomlnatl'l'o, a
favor do "ESTRUTURA - Re
vl1ta Tcnica daa Conalrulles".
A V ISO:

Pr~.tf.

GRA~DE

Prof. L)n.tldo Ca,alcanti de Albuquerque

SANTA CATARINA- Eng. Victor da Luz Fontes

AI AG OAS -

Eng. Amadeu Martin,

BRASILJA -

Eng. J os Gentil Neto

BEL~M

Eng. haac Barcess:n

ARGENTINA - Prof. Jo~ L. Dclpinl


Prof. A.rruro Bignoli
URUGUAI CHILE -

Prof. Julio Ricaldoni

Prof. Drio

S:~nchcz

Vickcn

PORTUGAL -

Eng. Manoel Rocha

PARAGUAI -

Prof. Enrique Gr:tnado.

SUMARIO
BOI.ETJ./Il

J<;Wl'l~l"l'I'IL\L

313

.\liTIGO:-. Tf;<'XH'O:-.
'rtn-t'" na fn,t pJ,tiu no ~tudo da lurninnt;u ''"~ lllt.'ltti, -

do., su .. ln.,

8ytf .. , !f Jl. O.

. . . ..... .... .... .... .... .... .... .. .... ... ....

Diultn:<tllUIUH'ltlo uu ,.,t(lllio IY tlt

H't;t~

.. .....

:llili

tIulart' llttu:i:" tlt t'tllll'tl'lll al'l!l:tdtl

I 1-'El.(JXAHIO DE COXCHE'I'O L'HO'I'EXIJI I lO

J)phatt, olu

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411

nnniu ......................

L'm sislt'llla th ruutnttl

l'rotoIHIH]II 1'0111 tul.us ('tJIII'I'II'I\tiOs 1' 111 ftlt'l'

hra:t~iltim

li oltu

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da uorrnu
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421

P.XB 116
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l'ftil

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fundanttut ai

Barra-. laruinatlas l!t.' :11;u tmn ~ali'twia~, tonida-. : frio, par.1. torwretu ut
matlu, ('..\ '1'.3'> . . . .

..t:il

Ol,rignturieda!lo. Ju~ numl:l~ tht .\.B .X.'!'. .......... ...... .. ... .........

138

:\OTIClAH LHYEfl...; \S

342

ESTRUTURA -

N~

52

BOLE'TIM ESTRUTURAL
( 'OilfOI'llH' !)I'Qll tPtlllOS IIU lllllWI'tl ~llfttio t, HJliT:'Il'llfatllOH, 111'.~1<

tuna repol't<t$!t'lll u l'C'speito ela ponte de

,\ r i':11J id :-~

JIliiH'l'Ol

st.lne o Hin l>uuto na cicl:u lt:

cto P i'irto cm Portugal.

Xo JHXIIIO nuli<'I'O <'s<t'l'\'l't'I'IIJOs sf1hrc <Hitl'u g-l'ande <'lllJ)l'I' <'IH1mruto da


engenharia rnrtngursn: a ~t'UJHh poutr :.br< o Hio Tejo nu Li:shl<:t. J)t;\n
ponte rolll t:PI'<' H de 1.0] :.l IIH'Il'o;; flp 'o (> do tipo iHlsJWU!-;<L :-iuu ftUitlao
atiJ1)!e a ptofun<licla<le de t:rtca d1 H:, uttlto:s ah11ixo do n\rl cl'gua.

{'ontilllHIIIHls a apt'l'srttluc:r.o dos mwis do I" simposw rlr C:t111Cl'c>to pto-

ttndickt, a:;rmn com n:,; palestms de Carlos T<'l'l'I'C 'lllcltudo e \\' ulll'l' J>l'<il.

( !hamnmn,':) a ateno de nossos leitores qtw, 110 wrndo clt -+ a R (1(110\'l'lll h1o p rx imo. 1'\'ali:wr-sc- no Cluhr clP E n::renlla l'ia o I ~ xtm i ni I'o ele:
Pontes e l:xtrltlll t'IIS paltoci~taclo Jll'ht ~\s.'HJCin~iio Brasileh11 dr Pontes e
Estmluras.

HrcPlwmus do romit de h<Hll'a tnca t't'Pg:tdo de lto tHL'IIHgt a t' ;1 llt(mc:'ll'ia dt


Bngf'll<' Fl'ryssinC'I. ttllt t'Oll \' tC' pmu partii'J1HI' das ctl'imnias a Sl'l'ClH lenlllas
a efeito ent Parit;. Como, t<tl\'I'Z, niio possamos <ompareel'l', desejamos dest1c j{L
11 p es(n ta r nosso <l poio s hont euag'('lls um is 11Ue .inst ns e lon ,-n 1' o grancle
eteadOJ' do tortercto prol l'll(lido.

Foi constitudo o n,o IJII I'Wll elo ('omit l'ermanetltt fla " .\ssoci:-llion
Tntenw1 ion:tlr dts P on t;.; l'l l'hmJwn1s", <'irito t'lll l'l'tlllio hn ,ida tm Zuriq ncSnr:a. t'ltl sl'tcml11o ,]p I !l63, que \l'ntou tamhm dt~ IIHXlmlos nlati,os ao ''Ylll
C'ongl'r:;xo fnttt'lHtt iunal th Pon11s I' Bst1utur:1s", a se t't'Hli7.-tt enlt'P ns rlir~s H
i't 15 cl<' agsto dr l!Hi-l, na C'ilnd< rio Rio d<' .Janeiro.
1<; ;J s<'g-uiltt< a t'Ol1slit uit)io elo nH BHL'<'tlll: Pttsidenlts de ll onrn L. ( 'amhottl'lHtr, u. lh'l'lot, K. G. Tijort, .r. I. Pattrl r ( 'h!'itO<'. P residentt Ptol'. U1. F. :-;tussi. Vire~; Pres i tlPnte~ Pl'of..T. Btlal' da l'onseca, P1of.
Ur. II . Rm:t:h, l'tof. H. l;oui~>, TT. ~hil'll',\'-~lllilh e 1'1'01'. ~l'l'lo )[arques ele
:-iuuza. :-i cet'l'tJio~ Uerul - Prof. (L \Ya:stluncl. Prol'. C:. Olll'rl i . .T, Robinson
,. 1>. ;\fnrJ-lpmy. :o-;ectetthio
J,, <in' ltntt..\ uditorrs - l>l'. t'. L. 1\ollht'll llt'l'
e )L llUl'ICllbach . SuplC'Ilt - nr. ~1. Bm'~t:h lin .

ESTRUTURA~

N 52

HJ

PRO}ETOS DE CONCRETO
ARMADO
ESTRUTURAS COMUNS E ESPECIAIS

CONCRE'l'O PROTENDlDO
PONTES
CASCAS
HESERVATORIOS

CONSULTAS E PARECERES

ESCRITORlO TSCNICO
ADERSON MOREIRA DA ROCHA

Av. Erasmo Braga, 227 -

Sala 1310 -

Tel: 22-5710

RIO DE J ANEIRO

311

ESTRUTUR.A -

N~

52

PON'T'E D A ARRABIOA
-

...,

Ouradcrslica.~

;\o din

l'oi

~:!

ria o/1m

<lt junho do cm'l'l'lll<' a11o

innn~mMl;1

sil111r o I'o

,. Pontp <la .\l'l'ilhi<la


Douto, na eidadt ,Jo l'i}ttn

cm Pmt n~al.

:l.OO m no l'r<lw ~' U10 m nas twse<'n


J:utt< os duio.; at<os <xiste um rull
lnl\cnttunrnto cnt X dsYel na figura

\'ilS.

:3.
. \s ~ec<cs tlus u tcos so cus. sHI m
no f~rho ~ JHh JlllS<'Cttc,:ns. r silo ronst i

Fi!!. I

Trata-se da ponte rlr (mwtrto atmado de mnior vo j colot<Hlu 1'11\ lL'fc~o. superando a dP Santl 1111 :-iu~<in .
.\<; earacterstira" pritwipnis <lu
pontp da .Arr{tbida so:
Lnrg-ura do tabnleito - ~6,:>0 m
Comprimento total
- tll+.OO 111
Vo do arco vrinripal
:no,oo m
(teico)

52,00 m
A estl'ulnra principull' C'onstitu<la
dt tlois nrros de s<c<;iio Plll formn de
<Hixo, coni'ol'lne se Y na l'il!tll'a 2. eoloeado.':l \lm no lado do outro .
.\ largura (Jp rada al'<o di' , ,00 m
<' 11 e~ptu,;amento line rntr<> Pies de
7,60 m. A <>spPssma elo. at<o, medida
rnl tc As face-; externas do caixiio d e
ESTR,UTURA -

N 52

t.ultlas pol' doi" hanzos (lc Psp<.'!i.'ntl'it


(),:JO ll1 l' 0,6!1 111 <' pOl'
:3 almas com a ""pc....~ma <'Onstanle rl<>
0.30m .
A direi t'i1. <lo an~o coLrespondc srnsh elmente ao antifnnicular das carga"
pctm:mcnt P.<;. c l'Olllo parte destas car~a<: (lalll'lllilida ao arco por intcrmPrlio rlP pilntc..,, C""a diretriz nio ~
'"la curva contnua, mas sim uma po
ligona l !k ln<lns tuJvilncos rom os Yt'r
tites corrt'..,pundenclo aos pontos de inS<' rc:lo elo~' pil<ll'<'"'; stes pilares, rlgi
clamrnlt ligaclos ao <11'<'0 r ao tahniPI'O
qne 'lllpottnm, "iio ciNJs, para economia
<lc pso.
.\<: l'iJ!urlls I c fl moc;tram outros
detalhes da ~l'lliHlr olwa. notando-se na
fig11l'a -! <1 tslnltC'za r ao mesmo tempo
rnonnmcnla I iclaclt elo projrlo.
YUrYCi 1'111 I'('

315

Fig. 2

O ro111pl'imellto dn ponte' entre as


tPslas elos rneontl'os de 493.20 m e
seu comprimento total de 6H,60 m.
A largura ela pout<~ ck 26,50 m.
Os ai'C:Os sio apoiados em macic;os de
I'Onrrclo onde se iniciam 4 1Ol'l'('S, duas
1'111 tiHla margem, em cujo interior foJ';Hu instalados <'k\'mlotrs li!!ando as
a ,enclas das IIHll'gens do rio no t ahnleiro dn pontr. 'I't~ is l.'lenJCloJts podem
1J'HnspoJtnr pedestrcc; <1Companh~H1os rlu
bicicletas. cm'l'inhoo;; de crianc:as, C'te.
~htP os atros se apiam os pilarr~
que suportam o t;thulriro. ft.c;t e com;titudo clP laje c ,. igas contnuas long-it lldi ne~is e trans,~ersa is. ton foJmc ~e
v na figul'a :>.

Os viadutos de acesso so ronst it u dos de Yigas rontfnnas iclnt icas da


estrutura flo lnbule ito sbre os arcos.
346

C'omu :;e pode ,er na figura :!, a


pontr se destina n prrlcR1l'es, dclist e~s,
mt1 omn.'is ele pa~Sscio l' Ntminhes p~
~netos.
'

Elemcn ftJs r/c. crknfo ( 1 )


Carga prrmanrntc: -

nvaliMlA t>m
dos \'0]1llll<'S I'PII!; dos e]Cnt('Jl j os. com o pso rspccfico vara o contnt() <~rmatlo tlc :!,:) (tjn1").
fnnt:iiO

Cont tw:o clu concreto: - sn posta


t'<lnindcult a un1 ahaixHm<mto de lemperatuJa Lle 20C. Contudo, para os neroc;, atench'lHlo i1 l'01ma JWcdstt clP
execn<:r10 pu1 a1luelas <1ltemadas, foi
acloptndo o va lor ele l0 C. O mdulo
ele clustici<hlde do concreto foi f ixado
t>m t;)O 000 Kg/ m~.
Foi a incb analisado o efeito da con
d ii'Pn'JH'ia1.

t ra<;~w

ESTRUTURA- N 52

Fig. :{

Fig. 1

ESTR.UTUR.A

~ N~

52

347

Pi!(. 5

Variac;es de temperatura: - foram consideradas com n maior general iclndc; Yaria~rs uniformes de 200
ad icionadas de val'ia<;cs d ifc1cnciais de
+ 100. :Jl:st c~:> efeitos, pol' ~ercm lentos, levaram a adoptat para mdulo
<le ela>1ticidade o mc:smo valor :mtcrior.
l!""'o i de 10-b o Yalor adoptado para
coeficiente de dilatao trmica.
'l'tlas as sobrecargas fonun afetadas elo coeficiente de imp<leto.
O estudo dos efritos clnf< solnw:n~as \'crticais, independentemente Llo de
l'rel1agem, incluiu os dos esfol'<_:Os horizontai<> dcri\'aclos, pro\ocados na estrut ma gera1.
Vento: tornatlo eqniYalente a
uma ao rstt ica de l:'O kg/ clll2 318

ou :!50 kgj m - por :;c t l'ntar de a~cs


t'll>idas.
Aes flsmicas : - fotam tambm
analisada::;, no obstante n. regio d 1J
Prto ser das mais fayor{l.\'cis sob s!-;~
a~pecto e muito pouco sujeita a movmento lectnicos.
ic\.. vcl'ificac;o da estabilidade foi
feita para mn megasismo ruinoso, li mi1c superior do g1au V lU de intcn..<;idade corTespondcnte a nma acekra<;:u de
500 mm/ seg2
( ctca de 1 /~0 de acelctH;o de gmvidacle) . que se f~ nt um
IHls direes mais dcsfRvot,ris.
Foram ainda. considel'ados com todo
pormenor os e[ritos dos assentamentos
pcnnauentes ou inc,ershcis ela uncla<;es. rno,orados pelas aes permanenESTRUTURA -

N 9 52

<

tcs; c o-: elos HSsrntanwntos l'l'YCI'snil:l


rrsttltantf'~,

!Winci ralml'lltr, elas snlwr-

<'11L'~M.

O Ynlor atlot a elo, para a hipte


se tl!' Ulll IIS!H'llf Hllll'lltO UII forme Jl!ll'H I!'lo ao esfl'<.:O, foi ! a ordem elo~
I~ mm nas sapatas dos ell<onlt'Of' rlo
nl'<o, JHll';l a trnso pNm:mentP nnifor
ml'fl<' 10 k~/em ~ .
[<'01'<1111 uett!l'lll inados OS 1110\'illH.'ll tos
lilll'Hl'<'S horizontais <' \'Crticais r os
m<n-imentos angnl<-ti'CS 1noc.lndos pehp;
-;olirita<;es JH'rmanentes r prlns sobre
cat'gas. Para os pl'imeii'Os foi admitido
que o 1116clnlo c'lr rlas1iC'idadc> elo rou
crrto armado <'1'<1 I :10 000 kg/cm~, por

c,) 8olicitac;es permanentes, sohr<'clllgns n rt ka is c fl'C'llilp:l'lll - vatia~r.<; dC' tcmpcratlll'<l


uniforllll's c clif<'J'rncilli!-l- (l:!K kg/em ~) .
c') Solicitac;es p el"munentes, sobtecargas - vt'rt ira is e frrnagrm - vnriac.es ele temperatura - unifor
llll'S e cl i fCI"<'nc.'iais ,ento de
1;10 kg/ m 2 , <' as.-;<'ntam<'ntos irre\'l' t's\eis <los apoios ( 1-J.O kg/cm~ ) .
c" ) ~olicitac;cs prtHHliJentes. val"iac:rs
de l<'11111eJatmn e vento rle ...
250 kg-/ 111 2 ( 1j 3 kg/ C'm 2 ) .
r-'" ) Solicitnc~cs prtman('nf <'s, vmiM;ii<'s
l<' t c'll1JWI'I1tllla <' mrgasismo tuinoso ( 117 kg"/CIH~ ) .

SN'I'Ill Jcll\(JS, ('lHJllflllfO Cflll" pal'll OS se2

g'llJJdOs (rrYet.sYeis) -l!iO 000 kg/ cm isto , tr.Ss \'PZes snJwlior, por sr tmt:n
ele ars rpidas.
Fon11n aincln tidas cm conta a fte
nnl!rnt c a clrl'ormat)io INJta elo ronHdo. Foram estudadas as seguintes
combiuars das soliC'ita<:<'s mais desfayorYeis, pa1a NtLla unw tl:ls qnais s<'
intlira, Pnf t'<' pnl'rnteseN1 a trnsiio mxima que pl'o\"oea:
a)

C'arl!aS pctncunctllts ( !l.J: kg/ cm2 )

lt )

~olicitar:eo; permanrnt<'s, ilo ~.


r-n1g-a }Wt'n1Hil!'l11r to1nl, tollfl'iH:iio,
defotnwo lenbl c as.o;;entmneutos
irrC\'C'rswis elos ;1poio.'> ....... .

( H~ k~/cm~ ) .

< 1 )

Solicita<;es permanentes c sohr<'


car::ras Yrrticnis incluindo a a~o
clinftmica ( 1~3 kg/ cm. 2 ) .

ESTRUTURA -

N 52

t1 )

:-lolieitae,es pctm;mentes, sobreear-

ga,-; n'l't i<ais - l't'Pnag<'m - , ntJH;<'s ele t rmpcl'llt m;1, nssent;J


me11tos renrsn.> i;; I! 111Pgn,;imo l'liliOSO ( 1fi-J. kg/rm~ ) .
As tenses de ~t',!{Ul'Hl1~u - tense,Jlormais dr romJnpsso parn o concrefix~HlH~ como atltn;svPi,;

to annaclo fotam:

Hi]Jt<'sr
Tfiptrsc
Hiptese
Hiptrsr
~o

n)
h)
c)
cl )

100 kgo/em~
110 kg/Iom~
HO l\gjcm~
lRO kg/ C'm 2

C\'ltntlo <ln rstabilidudc da ponte

;fOI'aJn :ulotnclas :ts lliH is moclrmns t r


niens, hasradns 11;1 teoria da Hesistncia

do ~ l atctiais e ele Blatit:idadc, qncr


i111'a\rs ela nnlisc> algbeira quer cla rx349

FiJ.:. 7

Fi!,(. 8

p<'rim<'tac:iio com o nnxlin ele modtlos


l'l'Clmdc los.
Htcm-r<'n-st a eJlSaios txpcrinwntai'i quer do ton.innto ela ohnt quer tk
<'i<'mC'ntos isolados, pal"rt \'tti fita~o da
estahilit1ade pr{lJHia c da disttibni1;iio
de 1'-< l"mc;oK
350

~o

tntanlo. os Pstndos pxpl'I'illl'lltais foram sernpt't' npoiados l'lll JH'OCCssos analt (o~ di' confitmlH;o, e Yicc\"l'l'sa.
Ut i Iiwm-se tllio i-: mo<hlos plano-; nw-; tamb~m modrlu-; I ridinnnsiomri'<.

ESTRUTURA - N 52

Fig. 9

Fi~~: .

BSTRUTLIRA - N" 52

10
351

3 - Dcu:los 1e{e1entes . execu/W


400

)!dia dirin de operrios :\fximo dirio de oprr~.rio.; -

1050
L92 O. t
5 700 ms

Consumo de cimento Conc1eto Ac:o )ladeira para molcle.s c I1 1Hln im esA1vemnia e ca ntnria -

452~

t.

6600 m'1
7700 mR
93000 111 3

)1oYimcnto de tCI' I'a ~O rontos ( )


Cu to das ~xpl'Op l i a<:('S Coostdw;o da ponte, inehtindo projeto
r obsrrva~r.s 9 400 <.'Ontos
Trabalhos <.'Omplrrnrnta1cs19 00 <'Ontos
4 -

P1'incipais coloorrulores

A P onte da Arrbida umn rrali?.n<:o da ,Junta Autnoma ele l~s1J acl as


dmantc as geste,s dos rngcnhciro
Canto Muniz c General l'lavio nos
Santos, ste atual presidente dn .Juntu.

Os p1incipais colaborado1es dessa


importante obra foram:

DlREO DA OBRA
Dil<'tOI' dos Servicos (]r Pontes ela
At juniw de ele l!)fiH l~ ngrnhri1o Carlos <luilhenn<' "l'a vcl'O
J,opcs Couneu1_ - Drpois clcs1 n dn1 n
Eng('nheiro )lantH'I Agostinl1o
Dwn1 e <:aspa r.

FI CA LTZA O
Engenhe il'O Anln io Rebelo da Costa I'ranco c Alweu, da J. A. E . - Engenheito .Jos dos :::iuntos ::\Inrquc:s AI Yt'S Catarina, da .J . J\ . T<; _ - Engenheiro .Jos de T.~emos Ta,eira de Carvalho,
da J.A.R. (residente) . Engenheito
n egrafo .Jonquim .Jo d e Almeida,
da J.A.R. - Agente Tcnico d e Eng:enhariH .Tos Fct'IHl llde:;, da .J . A. F..
( re ident<') .
-l~MPRRlTlJllWS

.r. A. E . : -

PRO.J ETO E A , SJST:eXCl A


TCXTC'.\

Por.

Engenlteil'o J:dgm Antnio


dr l\fcsquita Cardoso, com n rolahoen<;o do AJ.qniteto l ncio P er e!'l Femanrlcs c do Bngenhciro fi;I C'e ttotcnico
.J os Ji'n111cisco d e A?.cvcdo r Silvn .

P l'of. B scultor

ahador C'a,iio tlc


E~a Barata Feyo. Ptof. Escultor
C:ustn\'O Tcl<'s de Fnria Correia Basto .

352

.,.

SURT: PH l~ l'l'l<} lRS


Empl'eite iro Clcral -

Hngenheiro

.Jos P ercirn ZagHIIo. - Subempreiteiros: - Para ex<'cuc;:io c montagem do


cimb1e - ccheon P ortuguesa, . A.
- Para os 8!!<'C'l1SOJ'es - Companhia
Portuguesa d<' l:l<'vnclorcs S. A. (Compol'tel ) .

ENTIDA DRS DIVERSAS

Laboratrio Nacion al de Engenharia Civil. - Administrao dos P ortos


do Douro e L eixes - Direo-Geral
de l\Iinas e Servi~os Geolgicos - Cmara .)lunicipal e Servi ~os :.\IunicipaJizados do P tto. - Cmara ) lunicipal
( ) -

Conto

portugull~

= 1 000 escudos.

ESTRUTURA .- N 52

..

e Servios Municipalizados de Vila


Nova de Gaia.
5 -

,,'
r

A inaug1ma.o da Ponte da
Arrbida

A inaugurao da Ponta da Arrbida foi acompanhada de uma srie de


festas populares nas quais tomou parte tda a populao da cidade do
Prto.
Alm daquela do dia da inaugurao da ponte com a presena do Presidente da Repblica de Portugal, houve no dia 21 uma recepo no edifcio
da Blsa (traje: fraque) e na Cmara Municipal do Prto (traje: casaca). No dia 22 noite foi realizado um
sarau no Palcio dos Esportes.
A cidade estve em festa durante
vrios dias com as ruas iluminadas e
decoradas. Em quase tdas as ruas havia uma iluminao transversal em que
se reproduzia a silhueta da ponte da
Arrbida. As vitrines das casas comerciais apresentavam fotografias e maquetes da ponte com homenagem aos
engenheiros projetistas e executores da
obra.

O povo conhecia os nomes dos principais engenheiros que colaboraram na


execuo da obra, principalmente do
projetista, eng0 Edgard Cardoso c do
execmtor, eng0 Jos Pereira Zagallo,
que se tornaram, assim, heris populares.
Para a inaugurao da obra foram
convidadas as maiores autoridades em
tcnica estrutural do mundo, sendo
dois engenheiros do Brasil e os outros
da Frana, Itlia, Sua, Inglaterra,
Sucia, Alemanha e Espanha.
Sbre os acontecimentos do dia da
inaugurao da Ponte da Arrbida,
reproduzimos a seguir a notcia publicada no jornal do Prto - "O Primeiro de Janeiro", datado de 23 de
junho de 1963:
ESTR.UTUR.A - N' 52

TODOS OS CAMINHOS
CONDUZIAM A PONTE DA
ARRABIDA
Uma multido comeou cedo a movimentar-se na cidade para assistir ao
momento culminante de um grande
acontecimento. Todos os caminhos conduziam ponte - uma obra de arte
monumental, lanada entre o planalto
da Arrbida, da urbe portuense, e o
planalto do Canelai, da "anticalle de
Gaia". a transpor majestosamente o
curso do Douro, prximo da foz do rio,
dominando uma panormic!l deslumbrante, com os dilatados longes do horizonte martimo no enfiamento <la
bar a.
A cerimnia festiva inaugural estava marcada para a 16 horas, sob a presidncia do Chefe do Estado, mas antes, muito antes mesmo, tda a zona
circundante era tomada pelo povo, que
se estendia e se aglomerava nos recintos mais prximos do local onde iam
decorrer os atos solenes. Uma massa ele
gente formava cascata nas terras sobranceiras aos parques ele estacionamento, nos terrenos do Estdio Universitrio, buscava stio onde houvesse um
palmo vazio a disputar.
Soberbo aspecto o ela estrada pano
rmica do Douro e das vias de circulao interna, tclas engalanadas, sobres
saindo ricos painis com o emblema na
cional. Dominando a ponte, uma tri
huna de honra onde se reuniram mais
de mil convidados. Panejamentos vermelhos ele seda com franjas douradas
decoravam essa tribuna, forrada por
um dossel branco intercalado pelas crcs da Bandeira Nacional. Salientavamse esferas armilares nos topos dos mastros. Ao centro as bandeiras dos con
celhos elo Prto e ele Vila Nova de
Gaia. Completavam a decorao vasos
ele flores e arbustos.
Na zona central do tabuleiro ela
ponte, num alto mastro drapejava a
Bandeira Nacional. Visto do Prto, o
353

planalto do Caudal, na outra margem


do rio, tambm estava pejado de gente, que dali assistia s cerimnias tomando conhecimento das vrias fases que se iam suceder por meio de
transmisso por altofalantes. Estava-se
na presena de um inolvidvel acontecimento: a Ponte da Arrbida, sem dvida, notvel empreendimento de engenharia dos de maior vulto realizados no Pas.

Sbre o problema da execuo da


Ponte da Arrbida, destacamos o seguinte trecho da excelente orao do
Presidente da Junta Autnoma de Estradas, Gen. F.lvio dos Santos:
"A realizao da Ponte da Arrbida desde as suas funda~es at betonagem do tabuleiro deu origem a vrios e complexos problemas de ordem
tcnica que foram levados a bom trmo
merc de prolongados e cuidadosos estudos.
TCNICOS ESTRANGEIROS
S a construo, a montagem, a riVISITARAM A OBRA E
pagem e a desmontagem do cimbre
ASSISTIRAM A INAUGURAO
metlico com o pso aprovimado de
Nas cerimnias festivas, inaugurais, 2 200 toneladas exigiram um pormenoda Ponte da Arrhirla, para alm do rizado planejamento e especial metielemento oficial e dos tcnicos nacio- culosidade na sua realizao.
As fases mais espetaculares das openais estiveram presentes professres de
estruturas estrangeiros que vieram ex- raes com o cimbre, tais como a colopressamente visitar a impressionante cao do caixo do fecho na sua monobra de arte. J se haviam inteirado tagem e a ripagem do cimbre, tiveram
dos pormenores tcnicos essenmms, uma assistncia de milhares de pessoas
que passam despercebidos aos leigos e que enchiam as margens do rio na zona
da ponte, entusiasmadas por verem erso o grande segredo da profisso.
Entre sses profcssres, que foram guer nesta sua terra uma obra to
a convite do Ministrio das Obras P- suntuosa.
Foi interessante notar o desespro
blicas, e que no so quaisquer pessoas, vimos algun dles, como os prof. dos assistentes pela lentido com que
Franco Levi, italiano; prof. Gcorg decorria a suspenso do caixo do fecho
\Vastlund, sueco; prof. Fritz Stiissi, apoiado na barcaa JI.Iarieta, no se
suo; prof. Baker, da Inglaterra; apercebendo que medida que se susprof. Hubert Ruesch, da Alemanha; pendia o caixo, a barcaa o acompaos profs. brasileiros Tclmaco Van nhava at que fsse vencido o seu poLangendonck, de So Paulo, e Adcrson der de flutuao.
}foreira da Rocha, do Rio de Janeiro,
Para alm das operaes visveis do
e ainda o prof. }"crnandes Casado, de pblico outras decorriam nos bastidoMadrid.
res da obra e de muito maior responsabilidade, como natural. Ningum deu
6 - Os discursos
conta dos cuidados especiais, que ocupaNa inaugurao da Ponte da Arr- ram vrios dias, para ligar o caixo
bida discursaram o General Flvio dos de fecho s duas consolas do cimbre j
Santos, Presidente da Junta Autnoma erguidas.
de Estradas, o Dr. Pinheiro Torres,
No foi tarefa fcil manter nos
Presidente da Cmara Municipal do roemos planos as faces destas duas conPrto, o eng" Arantes de Oliveira, Mi- solas com um b1la11<;o de crca de 80
nistro 'das Obras Pblicas e, finalmen- metro cada, tendo em aten~o a incite, o Sr. Presidente da Repblica, Con- dncia do sol e do vento sbre aquelas
tra-Almirante Amrico Toms.
faces e por forma a que o encaixe do
354

ESTRUTURA - N' 52

caixo central se fizesse com uma folga


'Lpenas de 30 cm.
A delicada operao do fecho do
arco de beto armado de cada costela
antes do seu descimbramento passou
despercebida a quase tda a gente.
Pela primeira vez se fz a betonagem dum arco sbre um outro arco deformvel como Q cimbre metlico.
Houve pois que ter em conta as curvas
de deformao dos dois sistemas elsticos durante a operao de execuo
do beto armado do arco.

7 -

O sistenw de exoous;o iW
Ponte iW ArrbiOO

A execuo da Ponte da Arrbida


constituiu um dos problemas mais difceis e interessantes dessa monumental
obra.
O projeto e a orientao de todo o
servio de montagem dos cimbres e
execuo do concreto da ponte da Arrbida representou mais uma demonstrao da capacidade e genialidade dsse grande tcnico estrutural que o
eng Edgard Cardoso.
O projeto foi controlado com execuo de modelos construdos pelo prprio eng" Edgard Cardoso, em que foram estudadas tdas as fases de execuo, de 100rdo com um programa
meticulosamente estudado, calculado e
detalhado.
Nesse programa previa-se a execuo de um cimbre metlico para receber as cargas de um dos arcos. Aps
a execuo do 1 arco, o cimbre se movimentou lateralmente a fim de servir
de escoramento para o outro arco.
A primeira parte do cimbre metlico se apoiava nos encontros e era prso
estrutura dos acessos por meio de tirante como mostra a figura 6.
O trecho central do cimbre foi
transportado por via martima, como
se v na figura 6 e alado_ para a sua

ESTRUTURA - N' 52

posio, como ilustram as figuras 7 e

8.
A fim de se conseguir o deslocamento do cimbre, de modo a aproveit-lo duas vzes, com enorme reduo
de custo, o problema foi dos mais difceis para quem se disponha a enfrent-lo pela primeira vez.
A soluo do eng Edgard Cardoso,
agora revelada como de extrema simplicidade e facilidade de execuo, foi
apoiar os cimbres sbre bloco de concreto que, por sua vez, se apoiavam em
toros de madeira de pequena espessura
sobrepostos. Entre sses toros de madeira foram colocados macacos que permitiram o abaixamento do cimbres, com
a retirada gradativa dos toros de madeira.
Aps o descolamento do cimbre do
arco concretado, fz-se o movimento
horizontal do cimbre em seu conjunto,
por meio de guincho.
As figuras 7 e 8 mostram fases do
levantamento do trecho central do cimbre. A figura 9 mostra o cimbre j na
sua posio final.
A figura 10 mostra a posio do
cimbre aps a execuo do 1" arco, j
deslocado para servir de apoio para o
2 arco.
Transcrevemos a seguir os detalhes
das operaes de cimbramento e descimbramento descritas na revista Binrio de Junho de 1963.
"O estudo do cimbre para a construo do arco central constituiu um
dos problemas mais rduos a resolver
no projeto da ponte. No podendo dispor sse cimbre de apoios intermdios,
seria le prprio uma estrutura de
grande vo sujeita a solicitaes severas. Como tal, o seu custo teria de constituir uma frao aprecivel do custo
total da obra; necessrio se tornava,
portanto, achar uma soluo que fizesse face s dificuldades tcnicas reduzindo ao mnimo o seu custo.

355

Idealizou o autor do projeto um


cimbre metlico, em arco de alma cheia,
utilizado primeiramente para a construo de uma das costelas do arco de
beto e depois ripado, isto , deslocado paralelamente ao eixo da obra, at
ficar na posio correspondente outra costela.
A montagem dsse arco processarse-in em trs fases: na primeira seriam
montados os troos a seguir aos encontros, em consola, espiados para o tabuleiro por meio de cabos metlicos; na
segunda fase, o troo central montado
sbre um batelo, seria transportado
pelo rio at ao local da obra e iado
at se apoiar nos extremos das consolas
j executadas; finalmente, na terceira
fase, seriam desligados os cabos metlicos e o cimbre ficaria a funcionar
como arco elstico, apto a suportar,
alm do seu pso, o pso dos moldes e
do arco do beto e os efeitos do vento
e dos sismos.
O csfro necessrio ripagem do
cimbre seria produzido por macacos hidrulicos, apoiados nle e nos encontros.
O arrojo e a originalidade desta
concepo impressionaram vrios tcnicos de nomeada internacional, pelo que
representava de extrapolao em relao ao que at ento se tinha realizado,
vaticinando-se at o insucesso dessa
concepo.
O coderno de encargos da obra no
impunha a utilizao do cimbre preconizado, deixando ao concorrente a liberdade de escolher outro que seria admitido aps aprovao pela Administrao.
Tendo o adjudicatrio da obra preferido o cimbre oficial, foi o projeto
definitivo elaborado pelo seu autor.
O cimbre foi constitudo por trs
arcos metlicos (costelas) com o vo
de 258 m e a flecha de 50 m, ligados
por contraventamentos longitudinais
situados no plano do extra e intrador356

ss por wntraventamentos transver


sais de ligao das trs costelas.
A seo transversal de cada costela
eomportava dois banzos de espessura de
20 mm e dus almas de espessura de
16 mm, formando caixo com largura
interior de crca de 0,92 m e altura
varivel entre 5,00 m nas nascentes e
3,00 m no fecho.
Cada costela era formada por elementos (caixes) de comprimento variando entre 14 e 15m e pesando crca
de 30 ton. ligados uns aos outros por
parafusos.
Houve que fazer na oficina para
cima de 15 000 furos de 25 mm e tolerncias de 0,12 mm.
O estudo e clculos de execuo e
montagem do cimbre foram laboriosos,
havendo necessidade de ter em ateno
todos os pormenores relacionados com
as operaes de montagem adiante referidas.
Houve muitas dificuldades a vencer, no aspecto construtivo do cimbre,
e de tda a justia salientar o cuidado com que foi executado, o que contribuiu grandemente para a facilidade
da sua montagem.
O pso total do cimbre de crca
de 2 200 ton. Foi construdo de ao
Thomas, soldvel, com exceo das zonas de elevada concentrao de esforos, em que o ao era Siemens-Martin.
A montagem do cimbre constituiu
uma operao delicada - delicadeza
que parecer qualificao menos apropriada, por se lidar com peas de to
grande volume e pso - que foi coroada de pleno xito, graas ao meticuloso cuidado psto no exame de todos os
pormenores da sua realizao. A montagem desenvolveu-se em diferentes fases que se podem esquematizar da seguinte forma:
a)

Montagem dos caixes do primeiro


troo, apoiados nos blocos de concretos nas nascenas, nas duas
ESTRUTURA - N' 52

b)

c)

d)

e)

f)

margens, com auxlio de "derricks" instalados na margem.


Montagem dos caixes do segundo
troo apoiados nos primeiros troos e em prticos de beto armado
construdos nas margens para st~
efeito e para amarrao contra o
vento. Os caixes foram elevados
por "derricks" montados sbre o
primeiro troo. O transporte dos
caixes para o local de montagem
foi feito por terra nestas duas primeiras fases.
A terceira fase corresponde
montagem dos terceiro, quarto e
quinto troos, j transportados
sbre bateles c elevados tambm
por "derricks" instalados sbre
troos anteriormente montados.
I"ogo que se montou o quinto troo, procedeu-se ligao da primeira ordem de cabos de amarrao cujos dispositivos de trao se
fixaram sbre o tabuleiro j construdo da ponte, ligados aos cachorros de amarraco situados nos
topos do mesmo tr~o do tabuleiro.
Seguiu-se o lanamento dos sexto
e stimo troos do cimbre, anlogo
operao anterior, com a montagem dos cabos superiores de amarrao com os respectivos dispositivo de trao intalado no tabuleiro.
Terminou-se o lancamento da consola com a mont~gem do oitavo
troo, procedendo-se, em seguida,
instalao dos dispositivos destinados elevao do tramo central.
A ltima fase da montagem - sem
dvida a mais espetacular - terminou com a elevao do tramo
central, pe com crca de 78 m e
500 ton., transportada para o local da ponte sbre uma barca.

Os cabos de amarrao foram os


elementos fundamentais da montagem
do cimbre. A sua constituio, o seu
ESTR.UTUR.A

N 52

As duas consolas formadas pelos oito troos de cimbre em cada margem,


com :rca de 78 m em planta cada uma,
partiam de maci~os no rgidos assentes em "bolachas" e prumos de madeira (soluo imposta pelo futuro descimbramento), distanciados de 260 m.
Alm disto, o vento e o sol incidindo
sbrc as faces cheias do cimbre criavam
csfor~os laterais que tendiam a desalinhar as duas consolas. Sem a observa~o comtante das deformaes e a sua
corre~o durante a montagem, corria-se
o risco de se no chegar ao fim das fases da operao com as duas coMolas
no mesmo plano vertical, o que acarretaria dificuldade para o encaixe do
tramo central.
No possvel descer a pormenores
sbre o que foi necessrio atender durante as diferentes fases de montagem,
porm, considera-se de intcrsse registar a operao do fecho do cimbre com
que culminou a concluso desta importante obra acessria da construco da
ponte, que pode classificar-se de genial,
pela relativa facilidade aparentada na
sua montagem, descimbramento e ripagem.
O problema base que se pe numa
montagem desta envergadura a possibilidade de se conferir estrutura a
liberdade de deformal}o que lhe permita a passagem ao seu estado final,
sem a criao de esfor~os inaceitveis.
No caso presente, tratava-se de permitir que uma estrutura formada por
duas consolas e uma viga passasse a
comportar-se como um arco, isto , que
os grandes momentos de flexo, instalados principalmente no tramo central,
fssem substitudo por esfor~os de com
presso.
A existncia de duas articulaes entre as consolas e a viga, no momento em
que se procedesse retirada dos cabos,
permitiria aquela adapta0o atravs da
rotao relativa da duas seces de ligao.
357

comprimento, a sua ligao ao cimbre


e os dispositivOil de trao mereceram
especial estudo e definio atravs de
clculos analticos. As tenes nos cabos
foram devidamente determinadas e
constantemente verificadas durante a
operao da montagem, devendo pr-se
em evidncia que as traes medidas
corresponderam s previstas.
A e.~colha da tra<_;o inicial dos cabos teve influncia fundamental na natureza e valor dos esforos instalados
no arco biarticulado, a ps a retirada
dos cabos. Quer dizer, a existncia das
articulaes no resolveu s p0r si o
problema.
Uma vez realizada a elevao completa do tramo central, foi medio o
espao existente em cada junta, a fim
de se executarem em oficina as barras
que formariam a articulao.
altura de referir que o encaixe do
tramo central no espao entre as consolas, se fz com a folga de apenas uns
poucOil centmetros de cada lado. Se
se observar que o espao livre entre as
consolas se reduziu de crca de 30 cm
no momento em que o tramo central
foi suspenso, mais uma vez se faz ressaltar a delicadeza do estudo feito.
As barra de articulao foram ins
taladas s primeiras horas da madru
gada, a fim de que o aumento de tem
peratura iniciasse o primeiro alvio dos
cabos. No incio da tarde do mesmo dia,
os cabos comearam a ser aliviados,
tendo-se realizado o alvio completo sem
qualquer ocorrncia digna de meno,
a no ser a verificao de que a rotao das duas fases da articulao foi
perfeitamente sensvel e de acrdo com
o previsto.

Por ltimo procedeu-se ao encastramento da articulao, por meio de es


treitas barras soldadas entre as chapas
das almas e completada por cobre-juntas.
358

8 -

E:JJecuo da obra

A dOilagem de concreto foi de 300 kg


de cimento por m' para as fundaes
e de 400 kg de cimento por m', para a
obra em elevao.
Para ste ltimo concreto era obrigatria a resistncia mnima aos 28 dias,
de 400 kg/cm', tendo sido utilizado um
concreto de granulometria descontnua
com resistncias mdias de 604 kg/cm',
com o mximo de 720 kg/cm', aos 28
dias, sem mistura de plastificantes ou
outros correctivos.
A dosagem dos concretos foi feita
em pso, para todos os ma teria is, por
meio de balana acouplada s betoneiras. O contrle da gua de amassadura
fz-se por meio e contadores-registradores nas betoneiras.
Antes de qualquer concretagem estudava-se a corre<;o do mdulo de finura e do teor de humidade dos materiais.
As instalaes de concretagem eram
semifixas, sendo o concreto transportado ao local de aplicao por graus m
veis e "blondin". A compactao foi
feita por vibrao da massa e por vzes dos moldes.
A verificao da qualidade do concreto constituiu preocupao constante
no decorrer dos trabalhos; para tal instalou-se na obra um laboratri devidamente equipado, dependente do Laboratrio Nacional de Engenharia Civil,
e dispondo de pessoal prprio, o qual
tinha por misso no s as determinaes e correes de granulometria e teor
da gua de am~ssadura, j referidos,
como tambm a realizao de ensaios
sistemticos sbre provetes cbicos de
0,20 m de aresta, do concreto retirado
da prpria massa a aplicar.
Para elucidao basta referir que,
s no concreto de 400 kg, foram submetidos a ensaio crca de 3500 provetes
com a seguinte distribuio:
ESTRUTURA - N' 52

Aos 3 dias, crca de 1 200 cubos,


com a resistncia nnmma de
200 kg/cm2 e mxima de ...... .
460 kg/cm2
Aos 7 dias, crca de 1000 cubos,
com o mnimo de 355 kg/cm 2 e o
mximo de 580 kg/cm 2
Aos 28 dias, crca de 1 000 cubos,
com o mnimo de 400 kg/cm 2 e o
mximo de 720 kg/cm 2
A 3 meses, crca de 200 cubos, variando as resistncia de 500 kg/cm 2
a 750 kg/cm 2
A 1 ano, crca de 100 cubos. com
Os ensaios de aualioade oe bctiio
!'70 kg/cm 2 como mnimo e ..... .
750 kg/cm2 como mximo.

Os ensaios de qualidade oe concreto


incluam ainda os ensaios de receuco
de cimento cfetuados sistemticamente
sbre tdas as partidas recebidas.
O aco para as armaduras foi o Ac
~7, sendo do tipo "crenel", os vares
de dimetro inferior a 1".
As fundaes foram abertas em terrenos de nature?:a grantica, com muitas
diaclases. no lado do Prto c saibro e
rocha alterada, na margem de Vila
Nova de Gaia.
Alguns caboucos chegaram a atingir
crca de 20 m.
Os pilares foram executados com o
emprgo de moldes usuais apoiados em
cavaletes integrados no cavalet<J de
montagem do tabuleiro.
As pilastras foram construdas com
o auxlio de moldes deslizantes.
A primeira costela do arco a ser
construda foi a de montante, utilizando o cimbre metlico na sua posi0o
inicial de montagem.
O mtodo construtivo adotado foi o
de aduelas totais na altura com comprimento varivel.
O ordem de execuo das aduelas
foi estabelecida tendo em ateno as
deformaes do cimbre,' causadas pelas
ESTRUTURA - N 52

vrias cargas sucessivamente nle colocadas e pelas varia~cs de temperatura. A costela de concreto foi assim con~
truda multi-articulada, tendo particular interssc os dispositivos adotados
para evitar o escorregamento das aduelas na zona mais inclinada do cimbre.
Uma ve7. construdas toas as aduelas procedeu-se blocagem das articnlarcs. inclu!a a das nascen~as, deixando apenas cm funcionamento a articulao do fecho.
Passado o tempo necessrio ao cnourecimento do concreto. procedeu-se
no oeseimhramento oa costela do arco c
correo oos esforros instalado.s. A operaco foi iniciada pela coloca~o, na
articnla~o do fecho, oe oito macacos
hidrulicos de 700 t, dos quais quatro
montndos junto do intradorso e os restantes :iunto do extradorso. O esfrco
total introou7.ido nclos mac~cos foi de
crca de 4f00 t, afastanoo-sc de 10 cm
aproximadamente as faces da junta.
Com os macacos cm tenso, preencheu-se com concreto a junta citada;
obtida a prsa dssc beto, retiraram-se os macacos, passando a costela a
funcionar como arco encastrado.
Seguidamente, montaram-se os macacos hidrulicos na nascenca do cimbre em locais previamente estabelecidos
c prenarado:s, a fim de efctuar a sua
descida. Em cada nascenca foram colocados seis macacos de 700 t, trs .iunto
do cxtradorso e trs junto do intradorso na mesma fila das piras de "bolachas" j referidas. Acionando ligeiramente os macacos no sentido acendente, tornou-se possvel retirar a primeira "bolacha" de cada pira e pelo
movimento descendente dos macacos
OC~Colar, parcialmente, O cimbre oa CDS
tela de concreto. A opera~o de dcscimbramcnto prosseguiu no mesmo sistema,
isto , actuando nos macacos obrigavase o cimbre a apoiar-se ora nles, para
retirar mais uma "bolacha". ora nas
359

piras, para acerto das possibilidades de


curso dos mbolos da aparelhagem.
O esfro por cada macaco orou
pelas 500 t devendo notar-se que a partir de certa fase era possvel trabalhar
apenas com os macacos de intradorso.
Conseguiu-se, assim, baixar o cimbre de crca de 40 cm, desligando-o
completamente do arco de concreto e ficando ste a funcionar isoladamente.
As operaes foram realizadas simultneamente nas duas nascenas, e
a sua durao no ultrapassou trs
dias.
Dado que o cimbre foi concebido,
por motivos de economia, e como .i se
idisse, com a largnm apenas suficiente
pam a execn~o de uma costela do
arco, uma vez concluda a primeira,
houve que a deslocar da sua posio
inicial para a da segunda costela. Esta
operao com a designao de ripagem,
foi a mais interessante de tda a obra,
sob o ponto de vista tcnico.
Para tal foram concebidos dispositivos especiais de manobra e caminhos
de rolamento.
O cimbre, j descido, pousava sbre
trs "charriots" metlicos um para cada
costela, por intermdio duma vigia,
executada no local. cm concreto armado de constituio. adequada para suportar o pso total do cimbre 24 horas
1depois de betonada.
Por sua vez os "charriots" apoiavam-se em caminho de rolamento de
chapa metlica de grande espessura
embebida num macico de concreto armado.

Aos "charriots" ligaram-se cadeias


de barras de olhal - as que j tinham
servido para elevao do tramo central
do cimbre - as quais, acionadas pelos
macacos hidrulicos de 100 t tambm
utilizados nessa operao, puxavam o
cimbre pelas nascenas.
O movimento era sincronizado,
numa e noutra margem, por ligaes
360

telefnicas, tendo durado crca de dois


dias o deslocamento de 15 m, entre as
duas posies.
Uma vez cGlocado o cimbre no alinhamento da segunda costela (a de jusante), procedeu-se sua elevao para
a posio correta, de modo que as mesmas sees transversais das duas costela ficassem ao mesmo nvel.
Esta manobra foi realizada de forma anloga do descimbramento, mas
desta vez por ordem inversa e apoiando o cimbre nas mesmas piras de "bolachas" de madeira.
Colocado o cimbre na posi<_:o correta, a execuo da segunda costela foi
descrito para a primeira, assim como
levada a efeito de modo anlogo ao j
as operaes ulteriores de descimbramento.
Para a execuo dos contraventamentos entre as duas costelas do arco
de concreto, ripou-se novamente o cimbre, agora para uma posio intermdia.
A cofragem dos contraventamentos
apoiou-se, assim, no cimbre que, uma
vez levantado, se encostou no intradorso do arco.
Cncretados os contraventamentos,
baixou-se o cimbre e tornou a ser ripa
do, desta vez para uma posio lateral,
ainda debaixo das duas costelas, correspondente primeira posio da sua
demontagem.
Seguiu-se a fase de execuo dos pilares e tabuleiro sbre o arco, visto que
o tabuleiro e os pilares dos viadutos
j estavam construdo ante da monta
gem do cimbre.
A construo do tabuleiro da ponte
realizou-se com o auxlio de um cavalete de madeira, que na zona das margens
se apoiou no terreno e na zona do rio
ficou sustentado pelo arco de concreto.
A superestrutura foi concretada por
sees (aduelas) abrangendo tda a altura e tda a largura do tabuleiro, se-

ESTRUTURA - N' 52

gundo uma ordem previamente estabelecida, com o objetivo de reduzir os


esforos de contrao. No tabuleiro dos
viadutos a ordem adotada teve em vista
a simetria das solicitaes nos pilares;
na betonagem do tabuleiro, sbre o
grande vo, foi revista a ordenao das
aduelas, de modo a ter cm conta o funcionamento correto do arco.
O tabuleiro dos viadutos foi construdo com amarraes s pilastras e
aos encontros, nestes por meio de gigante de concreto armado ligados superiormento por uma viga do mesmo material. ~stes gigantes tinham a forma
de V invertido.
Desta forma, a contra~o do concreto fz com que as pilastras, por ma is
esbeltas, fssom flctidas no sentido dos
encontros.
Durante a contra~o do tabuleiro
sbre o arco manteve-se a amarrao
aos encontros e o prprio tabuleiro foi,
desde logo, fixado s pilastras e ao ferho do arco. Para evitar a transmisso
imediata aos encontros e pilastras dos
esforos horizontais provenientes da
betonagem dotas zonas do tabuleiro, as
armaduras foram interrompidas em
duas sees simtricas - as ltimas a
ser concretadas.
Por outro lado, as amarraes aos
gigantes dos encontros foram, em pocas determinadas, progressivamente
destrudas, procedendo-se ao corte final quando do incio da concretagem
das ltimas sees do tabuleiro (j com
as armaduras ligadas) que teve lugar
numa altura de temperaturas baixas
(na variao diria da ,poca).
Assim, a contrao do tabuleiro sbre o arco far com que as pilastras
retomem a posio correta.
O processo adotado resultou de o
tabuleiro ser uma pea nica na extenso de crca de 500 m, com apoios fixos no fecho do arco e nas pilastras
e apoios mveis nos pilares (por esbelteza ou por articulaes nos de pequeESTR.UTUR.A - N' 52

na altura) e em pndulos situados nos


encontros. Duas semanas aps a concluso do tabuleiro, verificavam-se, nos
seus extremos, variaes do comprimento total da ordem de 30 mm para
variaes de temperatura da ordem de
6C.
Concluda, ento, a estrutura resistente da obra-de-arte, entrou-se depois
na fase do acabamentos com a montagem do guardas (construdas em oficinas), lancis separadores das faixas de
circulao de viaturas, ciclistas e pees,
passeios, pavimentos, instalao do ilumina~o c de ascensores, etc.
Na execuo ele tda a ponte, o profundo estudo cientfico na previso
das tenses desenvolvidas nas obras
mestra e acessrias foi efetuado por
via analtica c experimental. A constante observao das tenses e deforma<:es do prottipo foi levada a efeito
pelo Laboratrio Nacional de Engenharia Civil, aps um plano previamente
estabelecido. No local da obra manteve-se uma estao fixa devidamente
equipada para exame da avaliao dos
diferentes esforos em vrias partes da
estrutura, durante a sua execuo, estao que permanecer depois da ponte em servio para avaliar o seu comportamento.
Alm destas, a fiscalizao da Junta Autnoma de Estradas tambm realizou com os seus meios diversas campanhas de observao e determinao
dos deslocamentos e flechas a fim de
assegurar a efetiva o das operaes
mais delicadas.
Assim, quando da montagem do
cimbre metlico, houve que recorrer a
quase todo o pessoal tcnico da sua
Direo dos Servios de Pontes, para
contrle do comportamento das consolas metlicas, dos cabos de suspenso
e seus dispositivos de fixao, atuao
ou guiamento, da elevao do tramo
central e sua colocao definitiva. Determinaram-se, ainda, por observao
161

ininterrupta, em var10s dias seguidos,


os elementos de funcionamento do cimbre, destinados a escolher a melhor
poca para c efetuar a blocagem das
nrticnla<;es provisrias do tramo central.
Para se estabelecer o plano definitivo de concrctagem do arco foi previamente dctrrminaiia a lei de variaco
de flechas do cimbre em fun~io da tdmperatura ambiente.
No iiecurso da concretagrm sofreu
stc plano ligeiras correres sugeridas
pela observaro das dcformaces do
c;mbre sob a ~co das cargas d~s aduelas j executadas.
A obra concluiu-se no sem apreenses nas fnses mais delicadas, onde no
havia apoio em experincia anterior,
pela simples razo de que esta no existia. Houve a coragem de enfrentar um
empreendimento desta grandiosidade,
anenas com os recursos da tcnica nacional.
No demais assinalar que, pela
primeira vez no mundo, se concretou
nm arco de to grandes proporces shre um cimhre metlico de vo. nico,
for~osamente deformvel; tambm nunca se tinha ainda efetuado a rinagem
duma estrutura com crca de 2 200 toneladas, exercendo apenas esforos sbl'e 3S juntas das nascenPas distancianas de 260 m, tendo interposto o obstculo do rio.
9 -

Desmonta.gem do cimbre

A desmontagem do cimbre foi real i7.ada da seguinte forma:


a)

362

A estrutura metlica foi colocada,


primeiramente e por meio de ripagem, numa posicio em que a costela de jusante. Nessa posio, retiraram-se os contraventamentos
"horizontais" e suspenderam-se os
caixes das duas costelas de concheto por meio dos contravcntamentos que as ligam. Os caixes

foram descidos do fecho para as


simetricamente, para
bateles os primeiros e para caminhes os .segundos, que os levavam
a depsito.
Seguidamente ripou-se a estrutura
formada por duas costelas, para
na posio .simtrica se efetuar o
desmonte da costela de montante,
at aos caixes 7 c 7' (ver desenho de execuo).
Nesta mesma posio, foram retirados os restantes contraventamentos e desmontada a costela at
mesma altura da anterior, prosseguindo, entio, a desmontagem em
conjunto.
nasccn~as,

b)

c)

Um problema importante a resolver


foi a tr<Jnsformao do funcionamento de arco do cimbre para a de
elementos sucessivamente apoiados entre si e suspensos do arco de concreto.
Assim, ligou-se cada quartelada da
costela a desmontar aos contraventamentos por quatro tirantes em varo
redondo de ao de alta resistncia, que
eram aparafusados aos caixes e a um
dispositivo de apoio nos contraventamentos, utilizando-se porcas especiais.
Em observaces sucessivas e ininterruptas, fz-se a~ anlise dos deslocamentos relativos cimbre-arco de concreto,
com as varia~es de temperatura, a fim
de no s determinar a hora de menor e
de maior folga, mas tambm a sua lei
de variaPo do fecho nascena, tendose veri fi~ado ser ela uma figura homottica do arco-cimbre, portanto seguindo uma linha contnua de ordenadas
proporcionais s ordenadas da linha de
influncia do impulso dum arco, com
valores, conseqentemente, menores
para as nascenas, como, alis, convinha, por o cimbre ser encastrado.
De posse dsses elementos devidamente traduzidos em grficos, escolheue a hora mais conveniente para se proESTRUTURA

N' 52

ceder ao aperto das porcas dos tirantes de suspenso. ll:sse momento foi,
portanto, o de maior temperatura, isto
, aqule em que a folga cimbre-arco de
concreto era menor.
Ao diminuir a temperatura ambiente, aumentando conseqentemente a
folga cimbre-arco de concreto, os tirantes de suspenso foram progressivamente postos em tenso. Na altura de menor temperatura ou de folga maior, o
impulso do arco-costela era considervelmente diminuto, pelo que, sem qualquer perigo, se tornava possvel o seu
"corte" no fecho, obtendo-se assim a estrutura apoiada-suspensa, ideal desmontagem. ll:ste "corte" foi obtido por
desaparafusamento dos cobre-juntas do
caixo central. Uma vez a quartelada
suspensa dos tirantes e, portanto, isolada, procedeu-se transferncia dessa
suspenso para um cadernal situado na
vertical do centro de gravidade do caixo, cadernal sse que, por meio de cabos de ao, foi acionado por um potente
guincho colocado nos encontros do arco.
Utilizaram-se, portanto, dois dispositivos dstes, um na margem direita e outro na margem esquerda, que permitiram descer as quarteladas, ora de
nm lado, ora do outro, mas sempre simetricamente, e transport-las a depsito.
10 -

Obsexrvaes da obra

Para a execu~o da Ponte da Arrbida foi estudado um sistema de contrlc dos materiais e dos.esforos desenvolvidos no s durante a execuo
como tambm aps a sua entrega ao
trfego.
Os servios estiveram a cargo do
Laboratrio de Engenharia Civil, sob a
direo do eng" Ferry Borges.
Da primeiro relatrio apresentado
destacam-se os seguinte~ trechos:
ESTR.UTUR.A - N' 52

JJJ edi~rv das tenses e esforas no


cimbre
Em face da importncia estrutural
e da delicadeza dos trabalhos de montng-cm do cimbre, foram observadas as
condi~es de funcionamento e de segurana drstn estrutura durante as sucessivas opcrarcs de montagem.
Para medio de extenses, instalaram-se 568 bases de alongmetro nos
locais considerados mais represcntativns. Determinaram-se, a partir das mcdi~es efetuadas, as tenses em 12 pontos de cada uma das 10 sees do cimbre, as reaPcs que o cimbre exercia sbre os prticos de apoio. e ainda m csforrm instnlados nos cabos de suspens.o do cimbrr. Na fase de eleva~o do
tramo central controlaram-se tambm
os esforros nas barras de suspenso
dsse tramo.
Gra~as utilizao de alongamentos
de tipo especial projetados no Ijaboratrio. foi possvel, apesar das difceis
condices de observa~o. proceder determinario de tenseB com erros da ordem de 3%.
Para o clculo das tenses a nartir
computador electrnico do L. N. E. C.,
das leituras efetuadas recorreu-se ao
o que permitiu acelerar a anlise do
meio milhar de leituras realizadas em
cada campanha de observa~o.
Nos diagramas apresenta-se a evoln~o das tenses junto ao banzo superior e inferior da secGo B' do cimbre,
dos valores das rea~es no prtico de
apoio e dos esfor~os nos cabos inferiores e superiores de suspenso do cimbre.
Durante as fases de concretagem e
posterior descimbramento do arco de
montante, mediram-se extenses e determinaram-se tenses e esforos normais simultneamente no cimbre e no
arco de concreto.
As observaGes realizadas mostraram
como o arco de foi concreto gradual363

mente entrando em carga, c permiti


ram seguir em pormenor a transfern
cia do cimbrc para o arco, dos esfor~os' normais correspondentes ao pso
do arco de concreto.
A comparao entre os esforos
normais resultantes da soma dos valores medidos simultneamente em secs
correpondcntcs do cimbre e do arco e
os esforos normais previstos no projeto, mostra que a mdia dos desvio~
relativos (D.R.), para as diversas campanhas de observa~o e para as diferentes sees estudadas, foi da ordem
de 1%.
Observ,aW geodsica

A mcdi<:o dos deslocamentos verticais e horizontais dos pontos mais reprasentativos do funcionamento da estrutura foi cfetuada por nivelamento
geomtrico e por triangulao geodsica.
Os assentamentos dos encontros fo
ram medidos com uma preciso de
0,2 mm e foram utilizadas 12 bases de
nivelamento fixadas nos macios dos
encontros.
Por triangulao geodsica mediram-se os deslocamentos, no espao, de
43 alvos de pontaria montados no cimbre e nos arcos dos lados montante e
jusante.
As tcnicas de medio e os mtodos de anlise utilizados permitiram
obter resultados com muito pequeno
rro. Assim, para o cimbre, o rro mdio de medico dos deslocamentos foi
da ordem de. 1 mm e, para o arco de
beto, de 0,5 mm.
Medio dos deslocamentos verticais
por nivelamento hidrosttica

A medio dos deslocamentos verticais das seces dos rins e do fecho


foi efetuada por trs dispositivos de nivelamento hidrosttica, montado inicial364

mente no cimbre e posteriormente


transferidos para o arco de beto.
Cada dispositivo constitudo por
um conjunto d-e dois reservatrios comunicantes, um fixo na pilastra e ou
tro mvel e solidrio com a seco do
arco. Um pequeno descarregador no
reservatrio mvel e uma alimentao
contnua de gua asseguram a constncia de nvel. Os movimentos dste reservatrio so transmitidos ao reservatrio fixo, onde as variaces de nvel
do lquido, depois de amplificadas
mecnicamente, so registadas de modo
contnuo num cilindro registador, e
transmitidas elctricamente para a central de obscrva~es. Os dispositivos
instalados permitem obter uma preciso da ordem de 1 mm.
Os diagramas que se apresentam
correspondem a registos relativos a
duas pocas diferentes de construo, e
mostram a descida da se.o do fecho
sob a solicitac;o do po prprio do ta
buleiro. Os diagramas das temperaturas do ar nesses peroilos permitem evidencinr a correlao entre as temperaturas do ar e os deslocamentos do
arco.
Jiediljio de extensmllrtos

Para medieo das extenses e conseqente deteTI~lna~o das tenses e esforos normais nos arcos de concreto,
instalaram-se em 8 seGes, quando da
conerctagem, 214 extensmotros de corda vibrante de tipo estudado pelo J,a.
boratrio.
Dsses aparelhos, 134 destinaramse a medir as extenses em diferente
pontos da estrutura: 22 utilizaram-se
para medic;o dos efeitos termo-higromtricos do concreto, 18 para medio
dos efeitos de fluncia e 40 para determinaro do mdulo de elasticidade do
concreto e das constantes dos extensmetros.
ESTRUTURA - N' 52

O diagrama relativo a um dos extensmetros, 090, exemplifica a evolu


o das extenses num ponto da es
trutura. Os restantes diagramas refe
rem-se s tenses e esforos normais
medidos nas campanhas, mais signifi
cativas das fases de contruo.
Note-se que na interpretao dos
resultados das ltimas observaes efetuadas houve necessidade de considerar, no s a evoluo no tempo das
caractersticas do concreto, mas tambm a sobreposio dos efeitos de cargas aplicadas a diversas idades do concreto do arco.
Pela anlise comparativa dos resultados da observao e dos correspondentes valores do projeto conclui-se
que aps concluso da obra, o desvio

ESTRUTURA- N'52

relativo mdio (D. R.) entre os valo


res dos esforos normais medidos no
arco de montante e de jusante de
1,6%, e que o desvio relativo mdio
entre os valores medidos e os previstos
no projeto de 1,1% no arco de montante e de 2,4% no arco de jusante.
Alm das indicaes acima transcritas, o relatrio do Labora trio de
Engenharia Civil sbre a observao
de construo da Ponte da Arrbida,
apresenta numerosos dados sbre o
contrle das deformaes provenientes
da retrao e deformao lenta do concreto e os efeitos provenientes de variao de temperatura.
As observaes continuaro a ser
feitas com a ponte em servio.

365

TENSES NA FASE PLASTICA


NO ESTUDO DA LAMINAO
DOS METAIS
SYDNEY

l\1. G.

DOS SANTOS

Uma das aplicaes importantes do estudo de tenses nos metais, quando levados a deformaes plsticas, o problema da laminao.
Abordaremos sucintamente essa questo, aproveitando consulta
que um bolsista do Conselho de Pesquizas levou ao Gabinete de
Resistncias dos Materiais, e que bem permite focalizar a natureza de
assuntos que a Ind1tstria j vai propondo, com implicaes nos cursos
e, em particular, na formao dos engenheiros mecnicos.
Mostra
tambm, como a cadeira de Resistncia dos Materiais deve ir assumindo feio mais consentnea com as novas exigncias.
Tratava-se de laminar pequenos blocos constitudos por duas
chapas de alumnio recobrindo uma de urnio, at se obter uma espessura prefixada.
Feitos os ensaios num certo laminador, constatava-se que as chapas de alumnio, como que esgaavam paralelamente aos rolos, inutilizando o bloco.
O problema formulado consistia assim cm duas partes: a) saber porque ocorria sse fato; b)
sugerir meios de corrigi-lo.
Para responder mister apresentar
primeiro o estudo terico da operao, o que passamos a fazer.
Na fig. 1 temos o esquema de um laminador em que apenas
aparecem os dois rolos R, e R 2, de mesmo raio e o bloco de metal l\1.
Consideraremos a unidade de comprimento, perpendicularmente ao plano do desenho.
As grandezas e smbolos da figura tm o
significado ou definio seguintes:

R
0 1 e O,
XeZ
366

raio dos rlos


centros dos rlos
pontos extremos do arco de contacto

ESTRUTURA - N' 52

ri

I
I
j

Fig. 1

v1

- ponto neutro, isto , aqule em que a velocidade dos


rlos e da chapa a mesma; ou ainda, ponto em que
a fra de atrito muda de sentido, passando por zero.
velocidade de entrada

ESTRUTURA- N'52

367

velocidade de sada
- espessura de entrada
- espessura de sada

h,

tenso nos arcos de contacto, suposta uniforme


fra elementar de intensidade p, Rd(}

Pr

P,
F

- fra de atrito de intensidade 11-P,, em que 11- o coeficiente de atrito entre chapa e rlo, e que depender
da rugosidade dste, do acabamento da superfcie da
chapa e de eventual interposio de lubrificante lquido ou em p.
K
resultante de P, e F.
H, e H,- componentes horizontal e vertical de K
ngulo de contacto

1/;

coordenada angular do ponto neutro


- coordenada de um ponto qualcjlter no ltrco de contacto.

O estudo que faremos baseia-se nas seguintes hipteses:


a)

constncia de p, ao longo do arco de contacto.

uma suposio em pouco arbitrria; estudos apurados


mostraram no entanto, que ela satisfatria sempre
que h, - h, seja pequeno relativamente a h 1;

b) constncia de 11- ;
r) a seco vertical plana dlt chapa permanece plana durante a laminao;
d)
e)
f)

os rlos so indeformveis;
a chapa homognea e as deformaes elsticas so
desprezveis em face das deformaes plsticas;
Os rlos tm velocidade angular constante.

Analisemos o processo de laminao da fig. 1, considerando as


hipteses acima.
Em regime, como a quantidade de mltssa que entra . igual
que sai, devemos ter v, mllior que v1
Os pontos do arco XZ, pertencentes ao rlo, tero velocidades
diferentes dos pontos da chapa em contacto, sem o que no seria
possvel v 1 diferente de v 2, uma vez que o rlo tem velocidade constante.
Haver no entanto, um ponto Y, em que a todo instante
rlo e chapa tero a mesma velocidade.
Nesse ponto as fras de
368

ESTRUTURA - N' 52

'

atrito F, invertero o sentido.


esquerda de Y, F ser dirigido
no sentido da laminao, porque a chapa comeando a deformar-se
diplsticamente no pode acompanhar a velocidade do rlo.
reita de Y, d-se o contrrio: a chapa caminha mais que o rlo; o
atrito na chapa estar dirigido para a esquerda.
Num ponto A, do arco de contacto, fig. I, decompanhamos aresultante K em H. e H .
As fras H. se equilibram duas a duas.
Quanto s fras H.,
se se trata de laminagem no forada, devero dar uma resultante H
que responda pelo aumento' de "energia cintica
unidade de massa.
I)

Na entrada porm:

H,= F cosa- PR sena

A chapa no entrar no laminador, se no ponto X H = O.


Portanto, a condio para que a chapa entre no laminador que:
I')

F cosa - PR sen a ;::: O

donde:
2)

sendo p o ngulo de atrito.


O ngulo de contato deve ser, pois, menor que o ngulo de atrito, para que a laminao seja possvel sem fora estranha acionando
a chapa.
Determinemos a posio de Y, ponto neutro, de que precisaremos
adiante.
Na expresso:
a
.p
2')
H = L, H, - L, H,
"'

de que sair o parametro if;, definidor do ponto neutro, deveremos


conhecer o primeiro membro. Em primeira aproximao, faremos
H =0, o que inexato, pois que a variao da energia cintica, que
no nula (v. r! v1), gual ao trabalho dos H,H,. Mas como H
muito menor que a resultante das presses verticais, essa suposio
no introduz rro muito grande. Alm disso, pode ser ela o ponto
de partida de determinaes de diversos if;if; que se fariam repetindo
o clculo que da~os a seguir.
ESTRUTURA - N 52

369

Podemos escrever (2'):


2")

L:"

Kcos

"'

7r
)
-+0-p

=L:"' Kcos "( -7r - 0


o

Sendo

= V P r" + F 2 =

p, R dO

V 1 + JJ.'

a equao (2") ser escrita:


2"')

J;"

= ;:"' sen (O+ p) dO

sen (O - p) dO

de onde tiramos, aps integra,o


cos (p - a) - cos p
sen 1{; = ---"--::----'-----'-2sen p
que determina Y.
Vejamos agora como calcular as tenses que ocorrem na lmina,
estudando as regies em que no h plastificao, bem como aquelas
que se mantem em regime plstico.
O equilibrio do elemento tracejado na fig. 2, exige que:

d (O" h)

2 Pr tg Odx - 2 JJ. Pr dx

donde:
3)

2p (tg

o- tg p)

dh

dO"

= (]"+hdx
dx

direita do ponto neutro inverteramos o sinal de F, o que daria:

3')

2p (tg o+ tg p)
1

dh

Como, porm - 2 dx
es 3) e 3'):

= tg O
'

dh

dO"

=(]"di+ h di
podemos escrever as duas equa-

4)

sob sse aspecto, no pode ser integrada. Mas, com as simplificaes seguintes devidas a Tselikov, podemos consegui-lo.
370

ESTRUTURA - N 52

~~
I I
I

"i e-r
Prfgedx I
I
I
IP dx- I

l rcos81
I

P-Pr dx

1
1

Fig. 2

STR.UTUR.A.- N 52

P=Pr

Ponhamos sob a forma


4')

2p (tg

e-

tg p) dx = h dO'+ O' dh

Temos pela fig. 2, para fra vertical na largura dx:

Um cubo no elemento tracejando est sujeito s tenses:


(1

O't = p
{

O'a

+ 14 tg e)

O'

Adotando como critrio de plastificao


6)

0',

O't- O'a

0',

* (1)

teremos:

= p (1 - 14 tg e) - O'

donde:
6')

+ 14 tg e) dp

dO'= (1

Levando na equao 3) e notando que dx =

7)

dh [( 1 + tg (p - e) ) p O",*
tge
1+14tge

~~ e

J+h dp =O

A simplificao de Tselikov consiste em supor que para pequenos ngulos, pode ser feito constante e igual metade do ngulo de
contacto.
Faamos
tg (p- e)
e
tge
=c

grandezas agora supostas constantes.

Teremos ento para (7):

dp

7')

(1

+ c) p

dh
-

0',1

= -

que integrada, levando em conta que na entrada h


fornece:
S)

p, -

O'/

1+ c

h, )11~

(1) Critrio de HENCKY e VON MISEs, em que


tenso de escoamento no ensaio de traco simples.

372

= h 1 e p = p 1,

0'/

+ 1+ c

u,

= 1,15 u, e sendo

u.

ESTRUTURA - N 52

Se a laminao no se realizar forada, ento u = O na entrada;

vir P1 = 1 +O'~ tg e =
8')

u.'
1

e teremos de 8):

~c

[1+c(

~1 r~J

Fazendo a mesma deduo a partir da equao 3', achariamos:


p =

9)

'P
c' ( - h
c - 1 [
h,

)c'-1 - 1J

onde:

c'=

tg(p+O)

tgO

P = 1 - 1J tgO

Na fig. 3, mostramos as curvas de Tselikov, para diferentes


valores de /J.

L
Fig. 3

Observem-se na fig. 3, as duas famlias de curvas, uma direita


e outra esquerda do ponto neutro, determinado pela equao 2IV:
a primeira dada por (8'), a segunda por 9).
BST~lJTUJM

- N 52

313

A resultante de tdas as presses P1 verticais, se obtm com a


frmula (5), que nos permite escrever:
10)

P = b

l~'P (1 +}.L tg 0) dx + b

p (1 -}.L tg 6) dx,

sendo b a largura de lamina.


5
I

+,5

I I I
I I
gI I

1/

3,5

~!'

Pm 3

"6

2,5
2
1,5
1

fi/ f

!:>

y~\ v

jf1//
lt:/ /

J_ ~
2,5

5,0

--

7,5

10,0

r--

12,5

v
~

15,0

d'
Fig. 4

A presso mdia

p
11)

Pm=

rea de contacto

foi calculada por Tselikov usando (10) e admitindo a aproximao

1+c:::::c' -1~1+ tg(p -O) = tgO+tg(p -0) ~-}.L-=0


a
tgO
tgO
tg2

bem como desprezando }.L tg ~ em presena de I, tudo isso supondo


ngulos de contacto bastante pequenos, Tselikov chegou frmula:
ESTRUTURA - N 52

12)

Pm = (ht - h2) (/l - 1)

em que:

h.y a abertura no ponto neutro.


Com essa equao tem-se o abaco da fig. 4, onde se v como p,.
aumenta com p,, qualquer que seja a reduo na espessura da lmina.
Um valor muito alto de Pm, pode ocasionar traes transversais,
como ocorre nos ensaios de compresso. E para abaixar Pm, ser
mister dimiduir p,, com o que respondemos formalmente s questes
formuladas de incio, dando as expresses que permitiro um clculo
preciso.
BIBLIOGRAFIA
1-

2 -

3 4 -

The mathematical theoty of PlaBticity - R. HILL, Oxford Clarendon Press - 1950, pg. 188.
lntroduction to the theory of PlaBticity for engineers, OscAR HoFMAN e GEORGES SACHS - Me Graw-Hill book Cy., 1953, N.
Y., pg. 214.
PlaBticity for mechanical engineers - W. JOHNSGN e P. B. MEI,LOR, pg. 243, D. Van Nostrand Cy. Ltd., Londres- 1962.
L. R. UNDERWOOD - The rolling of metals Chapman &
Hall Ltd., Londres, 1950.

ESTR.UTUR.A -

N 52

3'1.-5

DIMENSIONAMENTO NO ESTADIO III DE SEES CIRCULARES MACIAS DE CONCRETO


,
ARMADO SOLICITADAS A
PRESSO-FLEXO
RONY RUSCHEL

1. -

Generalidades

As simplificaes admitidas pela NB-1 para o clculo no Estdio III nf;o podEm aplicar-se nos casos de flexo acompanhada de
cem presso, seno de uma maneira grosseira. Na seo circular,
principalmente, o problema se apresenta complexo primeira vista,
devido forma varivel da rea de compresso disposio uniforme da armadura junto periferia da seo, isto , situando-se
cada ferro a Lrna distncia diferente dos outros com relao linha
neutra.
Vamos abordar aqui o problema de maneira diferente do que
se t< rn tentado fazer at agora, a saber: Supe-se urna seo circular
macia com urna armadura perifrica uniformemente distribuda.
Esta seo submetida a um estado de deformao plano, em que
na borda mais comprimida atingido o encurtamento de ruptura
do concreto. Definido o estado de deformao, por meio dos diagrBrnas que correlacionBm BS deformaes com as tenses, tanto no
concreto cerno da arrnt1dura; ficam autornticarnente determinadas
as tenstes normais internas da pea naquela seo. Integrando estas
tenses para a rea total comprimida no concreto e para tda a armadura, ternos definidos (em funo do dimetro da seo, da densidade e do tipo da armadura, e da tenso de ruptura do concreto)
a reaf.o nmrnal e o rncrnento fletor em trno do dimetro da seo,
caractersticos do estado de deformao arbitrado. Estendendo ste
clculo a diverms estados de deformao, suficientemente prximos
entre si, obtemos outros tantos grupos de equaes que nos do os
valores de "N" e "M" em funo do dimetro da seo, da tenso
376

ESTRUTURA - N 52

de ruptura do concreto e da densidade da armadura. Por meio


dessas equaes podemos calcular tabelas para o dimensionamento
da seo estudada, onde 0s valores so obtidos por meio de interpolao entre aqueles dados pelos estados de deformao estudados.
O presente estudo abrange quatro tipos de ao a saber: o 37-CA,
CAT-40, CAT-50 e CAT-60; ste ltimo ainda no citado na NB-1,
porm j de uso corrente em nosso pais.
As hipteses de clculo admitidas no presente trabalho fundamentam-se nas concluses mais recentes do "Comit Europen du
Bton" (C.E.B.) e divulgadas aqui, dentre outros, pelos seguintes
engenheiros:
- lVES SAILLARD: numa palestra pronunciada no Clube de
Engenharia do Rio de Janeiro sob o titulo "A unificao internacional
dos mtodos de clculo ruptura e das normas de concreto armado",
e publicada em "ESTRUTURA", N. 0 41, pginas 358 e seguintes.
-FRANCISCO CORREIA DE ARAFJO: numa conferncia realizada
nas 1. Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil, em Lisboa,
sob o titulo "Os modernos conceitos europeus do beto armado",
e publicada em ESTRUTURA, N.0 45, pginas 390 e seguintes.
-FERNANDO LFIZ LoBo B. CARNEIRO: num trabalho apresentado ao "Simpsio de Clculo de Estruturas no Regime Plstico",
organizado pela A.B.P.E. sob o titulo "Sugestes para uma norma
de clculo plstico de estruturas hiperestticas de concreto armado",
e publicado em ESTRUTURA, N. 0 38, pginas 49 e seguintes. Interessa particularmente nsse trabalho os diagramas tenso-deformao dos aos e do concreto.
A seguir passaremos a expor, uma a uma, as hipteses admitidas,
bem como o ct~Jculo adotado para a confeco das tabelas, e o emprgo destas.

2. -

Deformaes

2.1 - As deformaes so sempre planas (hiptese de Navier),


conforme recomendao do C.E.B., e as armaduras, graas aderncia com o concreto, acompanham a deformada plana da seo.
2.2 - O encurtamento de ruptura do concreto na borda mais
comprimida foi tomado como: ER = 3/oo. O C.E.B. recomenda o
clculo com um encurtamento de 3,5 por mil: o valor por ns admitido situa-se, por conseguinte, ao lado da segurana.
BSTRUTUR.A - N 52

377

2.3 - Para pequenas excentricidades tomou-se o critrio de


adotar valores gradativamente decrescentes para 'ER, atendendo a
resultados de ensaios em corpos de prova cilindricos que, submetidos compresso simples, revelaram que o concreto se deforma
na ruptura com um valor que em geral no ultrapassa a metade
daqule que atinge na flexo ou na presso-flexo com plano de
deformao acentuadamente oblquo.

3d ______~

~~ 4 ~o.ss-t--sd______ 4 o,md
J -

Fig. 1

Com referncia figura 1, que representa um corte longitudinal


da pea, considerou-se "pequena excentricidade" quando a altura
da regio comprimida ultrapassa 3/4 da altura total (dimetro).
Na fase de grande excentricidade, as deformadas partem do
ponto "M" (borda mais comprimida) onde ER = 0,003. Na fase
de pequena excentricidade, as deformadas passam sempre pelo ponto
"P" para atingir finalmente - na excentricidade nula - a deformada EA" onde mx. Ec = 0,42 , ER = 0,42 0,003 = 1,26 /oo, no
caso de compresso simples.
No item 3.3 adiante d-se uma justificativa dste valor adotado
para mx. Ec. Na tabela para o ao CA-37 a "pequena excentricidade" situa-se na regio direita e acima da linha que une os pares
de valores (m = 0,35; n = 1,25) com (m = 0,95; n = 2,00) e com
(m = 1,40; n = 2,60).
2.4- Para inclinaes muito grandes da deformada, adotou-se
um outro limite, fixado pela deformao do ferro mais afastado da
linha neutra, que no deve ser tomada com um valor superior a
10 /oo, conforme recomendao do C.E.B.
378

ESTRUTURA

N' 52

Com refernci~figura 2, as deformadas vo se desenvolvendo


segundo os planos AF', AF", etc., at atingir a posio AF. Dste
instante em diante as deformadas giram em trno do ponto F segundo planos do tipo F A', com, conseqentemente, mximo E, = 1%
e mx. Ec < 0,3%.

d
Fig. 2

Fica assim diminuda a capacidade mxima do concreto uma


vez que o estado de ruptura agora fixado pela deformao mxima
da armadura. Tal situao, no entanto, muito rara, abrangendo,
por exemplo, para o ao 37-CA, os valores da tabela situados esquerda e acima da reta que une os pares (m = 0,40; n = 0,00) com
(m = 0,20; n = 0,15), regio onde em geral se impe a armadura
mnima.

3. -

Tenses no Concreto

3.1- A tenso de ruptura no concreto - UR - correspondente


a ER = 0,003, ser de acrdo com a NB-1, tem 89, segundo a qualidade do concreto a ser usado.
3.2--;: Para a funo Uc = j (Ec) o C.E.B. recomenda uma parbola. A ONORM B4200 (norma austraca) preconiza uma parbola
do 2.0 grau at ER = 2 /oo; dste ponto em diante, at ER = 3 /oo
a tenso seria constante e igual de ruptura.
Sbre esta questo citamos Francisco Correia de Arajo (no
trabalho acima mencionado): "Sem mencionar as formas geomtricas propostas e os faliveis argumentos lgicos que as justificam,
ESTRUTURA - N 52

379

interessa registrar a nica concluso legtima que hoje pode tirar-se:


dentro de certos limites, qualquer diagrama de tenses de compresso,
convenientemente estabelecido, permite obter resultados suficientemente exatos".
Em vista disto, pareceu-nos mais acertado adotar a curva de
deformao elasto-plstica que se desenvolve segundo uma parbola
do 4.0 grau, estudada pelo Eng.0 W aldemar Tietz ("Fundamentos
de uma nova Teoria do Concreto Armado", Revista ESTRUTURA,
N. 0 s 14, 15 e 22):
a= 1 - (1 - )

u.

a=-

onde

UR

(1)

ER

0,003

=-=--

Esta equao acha-se desenvolvida em tabela numrica, para


variaes de em milsimos, nas pginas 493 e 495 de ESTRUTURA
N.0 22, o que a torna de aplicao muito simples.
3.3 - Para a compresso simples da seo devemos ter:
u'R = 8/9 uR (NB-1, tem 23), em que, pela expresso (1), com
a = u.fuR = 8/9 = 0,889, corresponde a ::::: 0,42. A transio da
deformada com = 1 para aquela com = 0,42 na borda mais
comprimida, faz-se de acrdo com o critrio expsto no tem 2.3
acima: o caso de "pequenas excentricidades".
3.4 - A seo circular com raio "r" foi dividida em 20 faixas
de altura r/10 (fig. 3a). Para dada uma destas faixas admitiu-se
uma tenso Uc constante, igual do centro da fai.xa. O diagrama
das tenses no concreto, em vez de uma parbola (fig. 3b), passa a
ser constitudo de diversos patamares (fig. 3c) substituindo-se assim
a integrao por um somatrio, o que facilita o clculo. Existem,
portanto, vrias fras internas representadas cada uma por:
Uc A 1 =a UR A h onde "A 1" a superfcie da faixa.
Faamos
A = A 1/r 2, correspondente superfcie da mesma faixa, porm de
um crculo de raio unitrio. A reao resultante das fras internas
do concreto vale:

Nc

=~a

ue. A1

= r2

UR

~a

Sendo y' a distncia do baricentro de cada faixa ao centro da


seo, e colocando: y = y'/r =mesma distncia, porm referida a
380

ESTRUTURA - N" 52

um crculo de raio unitrio, o momento resultante daa fras internas do concreto vale:
M.

= ~ Uc

A1

y'

= ~a . fTR

A . r . y . r

= r . fTR ~a . A

.y

As tenses Uc so sempre positivas e as ordenadas "y" so positivas quando medidas para o lado da borda mais comprimida.

-
Fig. 3

4. -

Armaduras

4.1- A armadura suposta uniformemente distribuda a uma


distncia da periferia da seo correspondente a 0,12 r= 0,06 : D
(ver figura 5). Sendo a rea total da armadura representada por
s, e "p!' sua densidade, tem-se: s, = f.L u r.
4.2 - Estudou-se, nas deformadas, o comportamento de quatro
tipos de ao mais usados nas construes: uma ao doce (o 37-CA)
e trs encruados a frio: CAT-40, CAT-50 e CAT-60.
BSTJWTUR.A - N 52

381

Os diagramas tenso-deformao "estilizados", que serviam


base para os clculos, constam na figura 40 As. simplificaes
troduzidas nos diagramas dos aos encruados situam-se a favor
segurana quando comparados com as respectivas recomendaes
CoEoB.

de
inda
do

CAT-60

6000

'

''

''CAT-50

5000 - - - - - - - - - - - - - - +800 -----'-----------

+000
3200

r
r

1400

37- CA

I
r

I
I

I
I

8/}05 4)81 4,857

e,o/oo

Fig. 4

Ao 37-CA: Na fase elstica: u1 (kg/cm) = E o E= 2.1000000o E = 2.1000000 li 0,003 = 6.300 o li, onde "o" tem o mesmo significado da equao (1).

a)

Na fase de escoamento; para

2.400
E;::: e.= --=-=:::..::.2o100o000

1,143 /oo,

ou seja para li ;::: 0,381, temos sempre:


fFJ

b)

= u. = 2.400 kg/cm2.

u,

Ao CAT-40: Na fase elstica:


= 6.300 o li (para E~
08 . 4oOOO = 1 524 /oo
O < O508)0
201000000
'
ou - '

E,=

Na fase de transio (entre o limite de proporcionalidade e o


de escoamento definido pela deformao permanente de 2 /oo);
u1 = 1.008 o li + 20688 (para 0,508 < li < 1,302)0
382

ESTRUTURA - N 52

Na fase de escoamento (para . E;::: e.

= 3,905 /oo

OU

4 000

2.100.000

+ 0,002

5;::: 1,302):

u1 = u. = 4.000 kg,'cm 2
c)

Ao CAT-50: Na fase elstica: UJ = 6.300 5 (para E~ Ep =


000
= 1,905 /oo OU 5 ~ 0,635).
= O,S . 5
2.100.000
Na fase de transio: Uf =1.212.5+3.230 (para 0,635<5<1,460).
> E,- . 5.000
Na fase de escoamento (p ara E_
00.000 + 0,002 =
21
= 4,381 /oo ou 5;::: 1,460):

u, = u. = 5.000 kg/cm 2
d)

Ao CAT-60: Na fase elstica:


=

~~~~:

= 2,286 /oo

OU

UJ

= 6.300

o (para

E~ Ep

5 ~ 0,762).

Na fase de transio: u,=L400+9.733 (para 0,762<5<1,619).


6.000
> e, -- 2l.OO.OOO
Na fase de escoamento (para E_
+ 0,002 =
= 4,857 /oo OU O;::: 1,619).

u, = u, = 6.000 kg/cm .
4.3 - Para efeito de clculo sups se a armadura constituda
de 36 ferros igualmente espaados entre si (sendo 9 situados em cada
quadrante do crculo), formando um total de 18 pares de ferros com
iguais deformaes e tenses para ambos por simetria com relao
ao dimetro normal ao eixo de giro da seo. Para cada um dstes
pares de ferros foi calculada. sua tenso
em funo da deformao
verificada naquele ponto, e de acrdo com as equaes desenvolvidas em 4.2 acima.
A fra de reao de cada par de ferros ser portanto:

u,

UJ

X 81
18
=

u,. p, _ 18

71'

A reao resultante das fras internas de tda a armadura ser:


N,=~u,

J.l
o

ESTR.UTUR.A - N 52

71'

18

J.l

71'

18

~u,=01745p,'r 2 ~u1

'

31!3

:T
:!'

x-

-~.-.J------.

-X

j
!

Fig. 5

Sendo y' a ordenada de cada par de ferros, e y = y'jr, o momento resultante das fras internas da armadura ser:
M,

= ~ O"J

fJ. 7r

= o,1745

18

~ y'

fJ. 1r

18

~,. y

f.l. r ~ O"J y

As tenses UJ sero positivas quando de compresso, e as ordenadas "y" quando medidas para o lado da borda mais comprimida.

i
1

I
i

5. - Coeficiente de segurana
Para grandes excentricidades o coeficiente de segurana v =
= 1,65. As cargas mveis ficam reduzidas a ste valor de v multiplicando-se-as previamente por 1,21.
Para a compresso simples o coeficiente de segurana v = 2,00
(igualmente multiplicando-se por 1,21 as cargas mveis).
A variao de 1,65 at 2,00 procedeu-se gradativamente desde
o incio da "pequena excentricidade" at a compresso simples, que
o critrio adotado pela NB-1.
6. -

Equaes de equilbrio correspondentes a cada deformada

Reunindo as concluses dos itens 3.4 e 4.3, cada estado de


deformao fornece duas equaes de equilibrio, translao e
384

ESTRJITUR.A - N' 52

l
~
I

J;

'
J

i:otao, entre as tenses internas e as solicitaes externas, quais


sejam:

ou:
r2

11

N
UR

= 1.. ~a
11

=Me+ M, = r 3

UR

+ _!_ ..1!:. O 1745 ~u,


11

~a

UR

A y

(2)

'

0,1745 p. r' ~UJ

ou:

---,-Mr' UR

= _!_ ~aAy + _!_


11

11

_P. O 1745
UR

'

~u, Y

(3)

As equaes (2) e (3) podem ser escritas resumidamente:

n=
m.=

N
r2

=
UR

M
r'

UR

_;ii

+ m. ..1!:.

(2')

+CD

(3)

UR

..f!:__

UR

Os valores de ..;ii, $, 12 e C]) so caractersticos do estado de


deformao. Fixado o dimetro da seo circular D = 2 r, o tipo
de concreto uR e a qualidade do ao da armadura, restam trs variveis interligadas pelas equaes (2') e (3'): m., n e J.J/UR. Conhecidos
2 dstes valores, o terceiro fica determinado.
7. -

Confeco das tabelas

Para a confeco das tabelas foram analisados 48 estados de


deforma~o, suficientemente prximos que permitiram a interpolao
linear entre os valores obtidos, sem erros apreciveis. Nas equaes
(2') e (3') de cada deformada tomou-se como varivel independente
o valor de "m.", variando-o em vigsimos da unidade. Para cada
valor de m foram calculados os respectivos valores de n e J.J/UR, obtendo-se valores fracion,rios para stes. Uma posterior interpolao
entre os valores de J.J/UR fazendo n variar por valores inteiros de vigsimos de unidade, deu-nos as configura~es finais das tabelas que
apresentamos anexas.
Observe-se que, com o critrio adotado de considerar-se progressivamente dimi_nuda a capacidade de deformao do concreto
BSTR.UTUR.A - N 52

385

na ruptura para as pequenas excentricidades, as densidades de armduras necessrias nos estados prximos compresso simples (canto
direito superior das tabelas), vo se tornando, para os aos encruados,
independentes do tipo de ao, tendendo para os valores necessrios
calculados para o ao CAT-40. De acrdo com ste critrio, o uso
de ao de altas resistncias no redunda em economia na regio dos
grandes valores de n correspondendo a pequenos momentos m. Na
regio central das tabelas, que a de maior aplicao nos casos concorrentes, j se percebe a vantajosa utilizao dos aos especiais.

8. -

Como usar as tabelas

8.1 - O esfro normal "N" deve ser sempre de compresso,


e ser o da solicitao da pea e no o de ruptura. Esta ltima
observao serve tambm para o momento fletor ''M" resultante
na seo. As solicitaes provenientes das cargas acidentais devem
ser multiplicadas previamente por 1,21.
8.2 -- Os valores de m =

e n = 2
so adimenr8 (J"R
r (J"R
sionais, podendo-se tomar quaisquer unidades, desde que congruentes
na mesma expresso.
8.3 - As tabelas nos do, para um par de valores m e n, valores
da expresso p./(J"R 105 , onde ''p." expresso em percentagem da
da seo de concreto, e (J"R em kgfcm 2
Por exemplo, para o ao CA-37, com m = 0,85 e n = 0,55, a
tabela fornece:
1!:._ X 105

(J"R

= 2.03!J;
/L = 2.03!)

donde, com
. 135 . 10

(J"R

135 kg/cm 2 :

= 2,75%.

8.4 - A armadura deve ser colocada uniformemente distribuda


junto periferia da seo com os centros das barras no afastados
da borda mais do que 6% do dimetro da pea. Quando isto no
fr possvel, convm dimensionar a seo com um dimetro 'd'"
menor do que o real, a saber:

d'

386

d- 2e

-"--c::_:...

(4)

0,88

ESTRUTURA - N' 52

'rABJ<:LA

N.0 I - Ao 37 cA

TABELA DOS VALORES DE

UR

p. (%) 2 X 10"
(kg/cm )

(Ver itens 8 e 9: "Como usar as tabelas" e "Exemplos")


Valares de n

"m'"

__!!___
2
r

(Continua)

UR

0,05
0,10
0,15
0,20
0,25

0,001 0,051 0,101 0,151 0,201 O, 51 0,301 0,351 0,401 0,451 0,50

396
538
683

287
431
580

180
328
478

226
378

-283

191

0,30
0,35
0,40
0,45
0,50

831
730 631 537 446 355
982 890 801 712 662 540
1137 849 963 878 794 712
1297 1212 1128 1046 965 886
1462 1379 1297 1217 1139 1062

0,55
0,60
0,65
0,70
0,75

1631
184
1978
2152
2327

1548
1721
1895
2070
2246

1467
1640
1805
1992
2169

1389
1563
1738
1917
2095

1312
1487
1665
1845
2025

0,80
0,85
0,90
0,95
1,00

2502
2678
2854
3031
3209

2423
2602
2779
2957
3136

2348
2529
2707
2887
3067

2276
2459
2640
2821
3003

1,05
1,10
1,15
1,20
1,25

3388
3568
3749
3932
4116

3317
3498
3681
3864
4051

3250
3433
3617
3801
3991

1,30
1,35
1,40
1,45
1,50

4301
4486
4672
4858
5045

4238
4424
4612
4800
4989

4179
4367
4556
4746
4937

1,55
1,60
1,65
1,70
1,75

5232
5420
5608
5797
5986

5178
5368
5558
5749
5940

1,80
1,85
1,90
1,95
2,00

6176 6131 6089 6049


6366 6323 6282 6244
6557 6516 6476 6439
6671 6633

269
457
632
809
987

216
374
553
733
914

1238
1415
1594
0776
1958

1166
1345
1526
1711
1895

1095
1278
1462
1648
1835

1027
1213
1400
1590
1779

2208
2393
2575
2759
2942

2143
2330
2515
2701
2886

2081
2271
2458
2646
2833

2023
2215
2404
2595
2785

3187
3372
3558
3743
3934

3128
3315
3503
3689
3882

3074
3262
3452
3640
3834

3023
3213
3405
3595
3790

4124
4314
4504
4696
4889

4073
4265
4457
4650
4844

4027
4219
4413
4607
4802

5127 5079 5036


5319 5273 5231
5511 5467 M26
5703 5661 5621
5896 5855 5817
6012
6208
6404
6599

0,551 0,601 0,651 0,701 0,751 0,80

177294
475
658
842

215
399
585
772

337
527
717

280
473
667

232
427
623

961
1151
1342
1534
1726

908
1100
1294
1489
1684

862
1057
1253
1449
1645

819
1015
'1213
1411
1610

1969
2162
2354
2547
2740

1918
2112
2308
2504
2700

1842
2039
2236
2433
2665 2630

2976
3169
3362
3554
3751

2934
3129
3324
3518
3715

2896
3093
3290
3487
3684

2862
3059
3256
3454
3651

3984
4178
4373
4568
4764

3946
4141
4336
4533
4730

3911
4108
4304
4502
4699

3818
4079
4726
4474
4672

4995
5192
5388
5584
5781

4959
5156
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5747

4925
5123
5320
5518
5716

4895
5093
5291
5489
5688

5977
6174
6371
6567

5944
6142
6340
6537

5913
6112
6311
6509

0,00

0,05

0,10

ESTRUTURA- N52

0,151 0,20

384
583

782
980
1180
1380
1580

351
552

323
527

307
513

753 730 718


954 934 922
1155 1137 1126
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1557 1543 1533

1809 1781
2008 1981
2207 2182
2406 2383
2605 2583

1759
1960
2161
2362
2564

1745
1947
2149
2351
2554

1736
1939
2142
2345
2549

2828
3027
3227
3427
3626

2805
3004
3204
3404
3604

2784
2984
3185
3386
3587

276.>
2966
3167
3369
3570

27.>6
2958
3160
3362
3564

3158

3849
4047
4245
4445
4644

3826
4025
4225
4425
4625

3840
4004
4205
4406
4605

3788 3771 3765


37~~
3989 3973 3968 396
4190 4174 4169 4171
4391 4376 4372 4374
4592 4.>76 4573 4576

4869
5067
5265
5663
5662

4843
5043
5243
5443
5643

4825
5025
5225
5426
5626

4807
5008
5209
5410
5610

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5396 5382 5380 538.!:;
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6085
6285
6484

5860
6060
6260
6460
6660

5843
6044
6243
6444
6644

5826
6027
6227
6428
6628

5811
6012
6213
6414
6615

5798
5999
6200
6401
6603

5785
5987
6188
6389
6590

5785 5789
5986 5991
6187
6389
6590 6597

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0,45

0,50

0,55

0,60

0,651 0,70

0,751 0,80

1879
2076
2272
2468

m/

2752
2955
3361
3563

~~~~

357

TABELA

N.0 I -

AO 37 CA (Continuao)

(Continua)

Valores de n = r' . <IR

""n
m"I

0,85

0,90

0,9511,0011,0511,1011,1511,201 1,25

0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50

295
503

293
501

297
508

311
522

341
550

374
584

205
419
630

141
257
384
501
614
721
866

518 652 788


641 781
917
757 900 1039
873 1017 1158
978 1!35 1277

929
1050
1178
1299
1419

1070
1183
1316
1438
1559

1205

948 1010 1076


1151 1215 1281
1352 1414 1483
1552 1614 1680
1751 1810 1877

1!44 1239 1395


1350 1421 1501
1552 1624 1697
1752 1823 1898
1948 2021 2094

1539
1654
1770
1972
2171

1680
1802
1915
2070
2247

1820
1942
2066
2186
2324

471
682

208
308
528
741

243
356
467
588
803

198
297
431
539

0,80
0,85
0,90
0,95
1,60

1737
1941
2145
2349
2552

1944 1952 1969 1991 2019 2056 2098 2149 2204 2267 2338 2409
2149 2157 2173 2195 2223 2258 2299 2348 2402 2459 2531 6203
2353 2362 2377 2399 2426 2461 2560 2547 26CO 2656 2722 2795

1,05
1,10
1,15
1,20
1,25

2756
2959
3162
3364
3567

2761
2965
3169
3373
3576

2770
2974
3178
3381
3585

2785
2989
3193
3396
3600

1,30
1,35
1,40
1,45
1,50

3770
3972
4175
4378
4580

3779
3983
4186
4389
4591

3789
3993
4196
4460
4603

3803
4007
4210
4413

3822
4025
4228
4431
4616 4634

3845 3876 3907


4048 4078 4108
4251 4280 4309
4454 4482 4510
4657 4684 4711

1,55
1,60
1,65
1,70
1,75

7820
4985
5187
5390
5593

4794
4997
5199
5402
5604

4806 4819 4837


5609 5022 5040
5212 5225 5242
5415 5428 5445
5617 5631 5647

4859 4886 4912


5062 5088 5113
5264 5290 5315
5467 5492 5518

1,80
1,85
1,90
1,95
2,60

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5997 6608 6022 6037
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6604 6614 6630 6645

1,05

408
474
578
697
810

710 708 717 731 757 793 837 889


917 915 924 939 964 999 1042 1093
1123 1121 1!30 1147 1170 1203 124.5 1295
1328 1327 1336 1353 1376 1407 1448 1496
1532 1533 1542 1559 1581 1611 1651 1697

m/

1,551 1,60

273
336
4.15
564
674

-254

1,50

166
286
399

0,55
0,60
0,65
0,70
0,75

I/

388

1,3011,351 1,401 1,45

543 677
610 747
721 852
829 960
952 1095
1317

1448
1575
1700

1739 1747 1764 1786 1815 1853 1897 1950 2006 2073 2143 2216

2292 2367 2445 2523


2485 2562 2639 2718
2677 2755 2833 2912

2557 2566 2581 2603 2630 2663 2701 2746 2797 2855 2912 2986

3061 3135 3214 3295

0,851 0,90

2806 2833 2866


3010 3036 3068
3231 3238 3270
3416 3440 3472
3619 3642 3674

2902 2946 2995


3103 3146 3193
3346 3391
3505 3546 3588
3706 3746 3786

a:m4

3052
3247
3445
3642
3839

2869 2946 3025 3104

3110 3175 3251 3327


3307 3367 3440 3517
3503 3564 3527 3705
3698 3760 3821 3893
3895 3955 4018 4080

3946 3986 4035 4091


4147 4187 4230 4287
4348 4387 4430 4483
4549 4588 4630 4678
4750 4788 4830 4873

4148

5849 5872 5896 5923 5954 5990 6030 6071 6113


6051 6074 6098 6125 6155 6189 6230 6271 6313

G255 6276 6300 7327 6356 6380 6430 6470 6.13


6457 6478 65031 6529 6557 6589 6630 6670 6660 -

1,15

1,20

1,25

1,3011,35

1,40

3972 4051

4160 4239

4212 4275 4346 4426

4344 4406 4470 4534


4540 4600 4654 4728
4735 4793 4857 4923
4931 4989 5050 5116

4951 4989 5030 5068 5126 5185 5243


5151 5190 5230 5270 5320 5379 5438
5352 5390 5430 5-171 5514 5574 5633
5553 5590 5630 5671 5712 5768 5828
5669 5694 5721 5754 5790 5830 5871 5913 5962 6022

0,9.l1,6011,051 1,10

3403 3485
3594 3672
3783 3861

4612
4797

4988
5182

5308 5373
5500 5568
5693 5760
5888 5952

6082 6143

6156 6216 6277 6338

6356 6410 6471 6532


6556 6603 6665 -

1,451 1,50

1,551 1,60

ESTRUTURA

1,65

N' 52

TABE!,A

N.0 I - AO CA (Concluso)

N
Valores de n = - - r2 UR

~"~11,7011,751

1,80

1,851 1,90

1,9512,0012,201 2,40

2,6012,8013,0013,201

3,401 3,60

3,8014,00

0,20
0,25

812
883
983
1091
1228

947
1019
1114
1225
1360

1080 1213 13461


1155 1291 1426
1248 1384 1519
1369 1513 1657
1492 1623 1754

1479
1562
1655
1785
1884

1612
1696
1790
1914
2015

2144 2675
2229 2762
2327 2863
2435 2972
2557 3100

3207
3291
3398
3505
3621

3732
3820
3928
4037
4155

4257
4349
4458
4570
4686

4783
4877
4987
5103
5216

5308
5404
5515
5633
5746

5833
5931
6041
6160
6277

0,30
0,35
0,40
0,45
0,50

1340
1458
1581
1713
1837

1477
1599
1714
1847
1974

1618
1736
1848
1979
2111

1758
1871
1989
2112
2247

1892
2006
2129
2244
2379

2024
2144
2268
2379
2510

2156
2282
2402
2519
2642

2679
2819
2947
3068
3189

3239
3342
3483
3612
3734

3783
3881
4006
4146
4277

4284
4466
4527
4670
4810

4806
4967
5110
5191
5335

5339
5465
5655
5752
5855

5869
5991
6150
6338
6395

6397 6926
6522
6647 6238
6981 -

0,55
0,60
0,65
0,70
0,75

1959
2082
2205
2325
2439

2099
2221
2344
2469
2587

2236
23GO
2483
2608
2734

2373
2498
2621
2746
2872

2509
2635
2759
2885
3010

2G46
2771
2897
3022
3148

2778
2907
3034
3160
3286

3304
3440
3577
3705
3833

3859
3969
4102
4240
4374

4400
4528
4639
4763
4901

4941
5066
5194
5309
5422

5474
5605
5732
5859
5978

5999
6138
6270
6397
6525

6519
6662
6802
6935

0,80
0,85
0,90
0,95
1,00

2601
2798
2992
3184
3375

2703
2877
3073
3265
3456

2849
2967
3153
3347
3539

2995
3113
3234
3428
3621

3136
3258
3376
3510
3704

3273
3401
3520
3640
3787

3411
3538
3660
3783
3905

3959
4086
4213
4341
4469

4502
4631
4759
4887
5015

5041
5172
5300
5431
5599

5562
5702
5840
5969
6099

6090
6222
6362
6502
6637

6648
7759
6882
7022

1,05
1,10
1,15
1,20
1,25

3566
3754
3942
4129
4318

3647
3836
4025
4212
4398

3729
3918
4108
4295
4482

3812
4001
4194
4379
4566

3896
4085
4274
4463
4650

3979
4170
4359
4547
4734

4063
4254
4444
4632
4819

4595
4717
4840
4974
5164

5143
5272
5401
5528
5651

5687 6229 6727


5815 6358 6897
5945 6486 7028
6056 6616
6203 6745 -

1,30
1,35
1,40
1,45
1,50

4505
4693
4879
5065
5250

4585
4773
4960
5146
5332

4667
4854
5041
5228
5414

4752
4937
5123
5310
5497

4837
5022
5207
5392
5579

4922
5108
5293
5478
5662

5007
5193
5379
5565
5749

5352
5539
5727
5911
6096

5776
5901
6076
6263
6449

6334 6876
6460 7005
6585
6710 6803 -

1,55
1,60
1,65
1,70
1,75

5434
5635
5827
6020
6211

5516
5702
5895
6088
6279

5599
5784
5968
6155
6348

5682
5867
6051
6236
6420

5765
5950
6135
6320
6504

5848
6033
6218
6404
6588

5933
6116
6302
6488
6673

6282 6635
6466 6818
6650
6830 -

1,80
1,85
1,90
1,95
2,00

6402 6471 6550 6599 6687


6593 6662

0,05
0,10
0,15

:<11,701

1,75

1,80

ESTRUTURA - N 52

1,85

1,90

6359 6884
6458 6985
6568 7094
6688 6808 -

---

--

--

1,9512,001 2,20

2,4012,6012,801 3,00

3,2013,4013,6013,801

4,00

389

onde ''e" a distncia entre o centro de uma barra e a borda da


seiio. Por exemplo, com d = 40 cm e e = 4 cm, devemos dimensionar a se.o como se ela tivesse um dimetro:
d' =

40-24
= 36 4 cm isto r = 18 2 cm em vez de 20.
0,88
'
'
.
'

Com essa correo ficamos sempre a favor da segurana.


8.5- As tabelas prevm valores de f.J. variando entre 0,5% e
6,0%, e de O'R entre 90 e 220 kgfcm 2 para o ao CA-37 e entre 135
e 220 kg/cm 2 para os aos encruados.
Os espaos em branco na parte superior das tabelas correspondem a valores de f.J. < 0,5% (armaduras mnimas) e os inferiores
a valores de f.J. < 6,0%, inadmissveis: deve ser melhorada a qualidade do concreto ou aumentado o dimetro da coluna.
8.6- Caso da armadura mnima:
Quando tivermos f.J. < 0,8% para peas de esbeltez > 30,
ou f.J. < 0,5% para esbeltez ~ 30, deve usar-se a armadura mnima
da seo estticamente necessria (NB-1, item 35).
Calculam-se ento novos valores de m e n com valores "r" menores do que o real, procurando-se nas tabelas as respectivos "f.l."
at obter-se o mnimo admissivel: duas ou trs tentativas conduzem
ao resultado almejado. Com ste valor de ''f.l." e o respectivo "r",
calcula-se a rea da armadura, que ser a mais econmica.

9. -

Exemplos nmericos

Dados: r = 30 cm, O'R = 135 kg/cm 2


N = 210,05 t, resultam:
28,95
m = O 3' . 1350 = 0,7942

'

Com M = 28,95 tm e
210,05
0,32 . 1350

-::--c-::-~=c=-

1,7288.

Por interpolao, obtemos das tabelas:


Para ao CA-37:
ou f.J. = 2631 135 w- =3,55%
81 = 0,0355 3,1416 30 2 = 100,37 cm 2 -+ 26 cp 7/8"

f.J./O'R = 2(Ja1 w-s

Para ao CAT-60:
f.J./O'R = 1512 10

s, =
390

OU

f.J. = 1512 1:~5 10 = 2,0,!%

0,0204 3,1416 30 2 = 57,68 cm 2 -> 21

cp 3/4".

ESTR.UTUR.A - N' 52

Dimensionando a mesma seo pelo Estdio II (por exemplo


pelas tabelas ou bacos de Pricles Brasiliense Fusco - Revista
Politcnica, N. 0 170, ano 49. 0 , abril/junho de 1953), com
-

O"c =

135
2

67,5 kg/cm 2

resultam:

M
r' . O"c

28,95
-0-,-=3,=.=-67_5_ = 1' 59

N --2 1"

Uc

--=2..::.10::2,.::.:05=-0,3 2 675

= 3,46

os valores caem fora da tabela, isto , a armadura necessria ultrapassa os 6% permissveis! Aumentemos ento a resistncia do concreto ao mximo, isto , D"R = 220 kg/cm'; Uc = 110 kgfcm 2 A tabela nos d ento (Estdio II): J.t = 5,47%, ou seja: s, = 154,66 cm'--+
31 cp 1". A tenso de compresso na armadura seria da ordem de
15 110 = 1.650 kg/cm, o que inclusive ultrapassaria o valor mximo admissvel para o ao CA-37, que d~ 1.500 kg/cm'.
Basta confrontar-se stes dois clculos: o primeiro feito no regime de ruptura e o segundo no Estdio II, para verificar-se o desperdcio de material a que conduz o mtodo clssico: Com a resistncia de D"R = 220 kg/cm', que foi obrigada no dimensionamento
pelo Estdio II, e para o ao CA-37, o dimensionamento ruptura,
pela tabela anexa, conduziria a J.t = 1,11 %, isto , a uma economia
de crca de 80% de ao, sbre o obtido no clculo no Estdio II.

ESTRUTURA - N 52

391

PECULIARIDADE DO SISTEMA
DE PROTENSO FREYSSINET,
EM FACE DA NORMA P-NB-116
CARLOS FREIRE

MACHADO

Apesar da equipe formada e orientada pelo eng" FREYSSINET


ter feito estudos em todos os campos e modalidades de aplicao
do concreto protendido, empregando diferentes r~cursos de armadura e protenso, o que se conhece especUicamente como sistema de
protenso, ou mais propriamente, processos FREYSSINET, o conjunto de dispositivos, cabos ou armaduras de protenso e ancoragens, designadas internacionalmente por cabos e ancoragens Freyssinet.
Assim sendo, o campo mais amplo de aplicao do processo
Freyssinet na post-tenso da armadura de protenso, ou empregando os trmos da NB-116, no concreto pretendido sem aderncia.
Ainda dentro desna classificao, o que faz na quase totalidade dos
casos a post-tenso com aderncia posterior.
O uso quase que exclusivo atualmente das bainhas metlicas e
a Injeo dos cabos aps a protenso da pea, garantem a aderncia
posterior da armadura de um modo permanente.

A NB-116 no impedindo, como natural, o uso do concreto


protendido sem aderncia, possibilita o emprgo do processo FREY&SINET tambm nestes tipos de obras. Contudo, isto s ocorre em
tipos pouco correntes de estruturas, nos cabos provisrios durante
a execuo da obra, e nos casos de refro que obrigam cabo externos.

A preferncia pela utilizao do concreto protendido com posttenso de armadura, mas com aderncia posterior, devido vantagem que esta aderncia proporciona ao trabalho da pea.
As deformaes no se do mais, neste caso, em servio, para
as cargas posteriores protenso e injeo, independentemente no
concreto e no ao, sendo neste caso iguais os alongamentos relati
392

ESTRUTURA

N 52

vos dos dois materiais numa mesma seco. Assim sendo, estando o
ao obrigado a acompanhar as deformaes da fibra de mesmo nvel
no concreto, as deformaes da pea ficam menores e a distribuio
das fissuras eventuais mais uniformemente repartidas.
Ainda referente s definies de concreto protendido estabelecidas na NB-116, s aplicaes correntes do processo FREYSSINET
se distribuem nos casos de protenso completa e protenso limitada.
Na protenso completa esto includos os tirantes, reservatrios, tubos sob presso, obras martimas em geral, peas imersas ou
em contato com meio agressivo, as pontes ferrovirias. Em tdas
estas obras a tenso mnima admissvel no concreto, nos bordos da
seco, deve ser superior a zero, isto , haver sempre uma compresso residual permanente, para qualquer hiptese de carregamento.
Nos casos de protenso limitada de pontes rodovirias, preferimos limitar a tenso na borda tracionada a 1,50 "T adotando o
limite de 2uT permitido pela NB-116 para as obras em que o risco
de fissurao no importante, como nos edifcios, em geral. Neste
ltimo caso, o clculo dever satisfazer as normas do concreto armado para a flexo composta, uma vez que podendo a pea estar
fissurada, no so mais aplicveis as expresses simples do clculo
de tenses da Resistncia dos Materiais para sees homogneas.
A influncia de deformao imediata do concreto na fra de
protenso, pode ser analisada da seguinte maneira no sistema
FREYSSINET :

a protenso, ou seja, a operao de pr em tenso os cabos no


se dando de uma s vez, pelo fato de haver mltiplas ancoragens, cada cabo esticado produz um encurtamento imediato do
concreto, fazendo em conseqncia reduzir a tenso nos eabos
esticados anteriormente.
os cabos nesta fase, no estando em geral ainda injetados, sofrem
um encurtamento total igual ao da pea, mas independente, em
cada seco, do encurtamento do concreto, desprezando o efeito
de atrito cabo e bainha metlica.

Para exemplificar, vamos considerar o caso de uma pea cuja


armadura de protenso se distribua de uma extremidade a outra.

D..z, = . z .!!... dl
}o E
BSTR.UTUR.A - N' 52

u = Na
S

Na ea
W'

Mp

W'

(1)

393

f-

-------=r--------+_____ .. 1-

I-- r-----..

-------

--~----

-I

t
Fig. 1

Neste caso, o encurtamento do concreto, e, portanto, do cabo,


ser:
iJ1 = f (') igual a soma da par-cela de protenso atuante
mais a de pso prprio solicitado. At a protenso equilibrar o pso
prprio teremos prticamente s o efeito da fra normal Na de
protenso, porque a parcela de momento fletor da protenso introduzida simultneamente neutralizada pela de pso prprio solicitado.

sendo assim, o encurtamento nesta fase ser:

U(J' a

E'a

. Ea =

Eac
E

Ug

Uma vez solicitado todo o pso prprio, o momento de protenso passar a no ser mais neutralizado e o encurtamento da
pe.a ser tambm funo do mesmo, e tem por expresso geral ( 1 )
acima. Entretanto, como na pea em servio, no se considera a
variao da fra de protenso, pelo alongamento sofrido pelo cabo
devido as deformaes provocadas pelas sobrecargas, podemos ainda,
394

ESTRUTURA -

N' 52

a favor da segurana calcular o efeito da deformao imediata do


concreto na fra de protenso, considerando somente o efeito da
fra normal. Isto equivale, ento, a admitir que o encurtamento
do cabo o do eixo neutro da pe~a.
Suponhamos ento que a fra Na resultante de n cabos produzindo individualmente a frc;a na de protenso. Esta, no se dando de uma s vez como assinalamos acima, temos :
-

o primeiro cabo ancorado c de acrdo com os disp >Jitivos do


processo FREYSSINET, aps o encurtamento imediato do concreto, logo no sofre o efeito do mesmo .
o segundo cabo introduz uma deformao imediata no c~ncreto
e portanto um encurtamento no cabo j ancorado, sem ccn~~~O.o
le mesmo sofrer o efeito dstc encurtamento, porque anc~
rado aps le.
e assim sucessivamente.
Ento, temos:

~
S, E,
'Y/a l

cabo 1 sofre o encurtamento : (n - 1)


cabo 2 sofre o encurtamento : (n - 2)

s, ,

?~

cabo (n - 2) ....... , ..... .

.... ScEc

cabo (n - 1) ............. .

S, E,

cabo (n) ............. , .... : zero


o encurtamento total ser:

l ""n-I
E, "--r

Ucg

n (n - 1)

Ucg

E,

a perda mdia por cabo de:

~1a
sendo A1a

_:L_ n (n

I)

A1, vem:
E

(n - 1) u,0

E,

Aua =_a
ESTRUTURA - N 52

395

na prtica (n - 1) u,0

~ 50 kg/cm 2
50

11 O'a = 6 X -

~: = 6

150 kg/cm 2

resulta:

Observando ainda, que em geral Na no constante ao longo


da pea, diminuindo do centro para a extremidade, a influncia da
deformao imediata menor ainda. Alm disto, com o emprgo
de unidades de protenso maiores, fazendo diminuir o nmero n
delas, podemos admitir desprezvel a influncia da deformao imedita nas obras pelo processo FREYSSINET.
deformao lenta particularmente importante no concreto
protendido porque estando cm geral a pea em servio, descarregada, permanentemente comprimida na zona da armadura de protenso, resulta uma diminuio da fra de protenso com o tempo.
Alm disto, se a pea tiver vnculos ou fr incorporada, com determinada idade e outras partes de uma mesma estrutura, resultam
esforos importantes devidos a deformao lenta.
Examinaremos o efeito da perda de protenso nas obras com o
processo FREYSSINET. Para ste clculo determinamos o que se chama
coeficiente de deformao lenta final, que funo da idade t da
pea em que aparecem os esforos que do origem a deformao
lenta, particularmente, a protenso.
Pela NB-116, temos:
poo

= 'Pa

7
4

+3t
+6t

1- /J-T

'Pa = 8 3 _ 2 JJ-,

ou ento mais simplesmente, nos ante-projetas, segundo os valres:

396

idade t
(dias)

poo

3
7
14
28
90
>360

3,2
2,8
2,4
2,0
1,5
1,0
ESTRUTURA - N' 52

Como a protenso pode ser aplicada em varras fazes, h s


vzes a necessidade do coeficiente de deformao lenta intermedirio. Isto tambm ocorre quando uma estrutura recebe uma continuidad com outra parte da estrutura j sob o efeito da deformao
lenta.
Sabemos que:
Et -

E,

E!

(Ezro - E,)

Ero

(1 - e-f(t))

(1 - e-/(t)j

- - - - - - - - - <,t+Et

------1------el

------t-------1

'-------'------Fig. 3

como se admite num tempo

t: -

Ez

E,z

= <P

resulta: <Pt = <{! ro [ 1 - e-f(t)]


A NB-116, no nos diz como calcular numa idade t da pea.
Em geral o fazemos admitindo as seguintes redues:
idade

t (dias)
r

30
90
360
720
900
1080
ESTR.UTUR.A

N' 52

0,40
0,60
0,80
0,90
0,95
1,00

397

ou ento, segundo uma das expresses admitidas pa:ra a :funo


entre elas a de CACQUOT:

(t),

(t em meses)

Para o caso de protenso aplicada de uma s vez numa pea


isosttica e que no ter ligaes de continuidade com outra parte
da estrutura, em primeira aproximao, a favor da segurana, basta
conhecer smente o coeficiente <p oo de deformao lenta afinal.
Neste caso, a influncia na fra de protenso, ocasionando sua
diminuio nas peas de concreto protendido com post-tenso da
armadura e aderncia posterior, se calcular simplesmente na seco mais solicitada:

Se quisermos ser mais rigorosos, deveremos desdobrar a expresso anterior em duas fazes:
uma anterior a injeo, que em geral no se faz imediatamente
aps a protenso. Neste caso o encurtamento do ao numa seco
independente do concreto e ento o que interessa o encurtamento total do concreto tJ.l, = tJ.l a o !Jlle nos permite calcular a
perda de tenso:

AI~
= ~la . E~a
va

Ll.

la

outra aps a injeo em que a aderncia iguala os alongamentos


relativos dos dois materiais e:
A"

'"'

CTa

E. (<pro
=E
c

- 'Pt

.--

) cr,

Entretanto, o fenmeno ainda mais complexo do que expusemos acima, calculando a perda de tenso na armadura em funo da tenso final no concreto, na pea descarregada.
O clculo rigoroso deve ser feito levando em conta que a medida que se processa a deformao lenta, passa-se simultneamente
uma perda de tenso no ao e portanto no concreto. :Jl;ste sofre ento
deformao lenta sob descarregamento contnuo, at um equilbrio
entre a tenso final do ao e concreto.
398

ESTRUTURA

N' 52

11ao

soo+---+1

Fig. 4

Para t = 0: temos:
no concreto devido a pro tenso mais pso prprio e cargas permanentes: u' cao - u'v
no ao: Uao

no concreto: u' cal - u'v


no ao: Ua! = (1 - '1]1) Uao
.---

dste modo o encurtamento devido a deformao lenta :


parcela devida a tenso inicialmente aplicada:

q'eaC

E,

(J

p
'fJI

parcela devida a deformao imediata do trmo que provoca o descarregamento (1 -

7]1) Ucao:

(1 -

E,

7]1)

'
f1 cao

parcela devida a deformao lenta do trmo de descarregamento


.. Ucao = (1 - 7] 1) Ucao para a hiptese de variao linear de tenses:
(1 -

7]1) 'fJ1 f1 ca0

2 E,
ESTRUTURA - N 52

399

seja o total:
Ecl

1 - '1)1

O"rcaO - O"rp

'(JI -

Ec

1
2

u'caO

Ec

q'coO

no ao temos:
como

fa1

Ec2

'Pl-

E.
r

Ucao-Uc

1 - 7]1

resulta:
(1 - 7]1) O"rcaO

(1 - 7/J) Ur cao
E
m

E.

<P1

(urcao -

ur.)

E.
E.

fazendo

anlogamente no intervalo h - t,:


1 - 7],

m (cp, - <PI)

=
O"ai

+m

rT cal

(urcal -

Urc)

1 + <P2- 'PI)
2

e assim sucessivamente, permitindo calcular a variao total de tenso na armadura de protenso :


1-

7]

~ (1 - 7JI)

Observando que o coeficiente de deformao lenta em


tervalo vai decrescendo rpidamente, podemos fazer uma
simplificadora, a favor da segurana admitindo 'P igual em
intervalos a cp ro coeficiente de deformao lenta final para
variao linear de tenses no ao de t = O a t infinito.

cada inhiptese
todos os
t = o, e

Ento temos:

Como exemplo, para trmos uma ordem de grandeza desta perda, substituindo os trmos da frmula por valres correntes de projetos:
1 -

6,5 X 2 (240 - 120)

7] = _ _::.r.::....:..:..:::..=..::.:_-;.=--::--:-=

10.500

+ 6,5 X 240 ( 1 + ~ )

0,115

12%

ESTR.UTUR.A -

N 52

retrao pode ser avaliada nos ante-projetos en:


Er

= 20

X 10-

o que nos d uma perda de tenso no ao de alta resistncia de :


~

u. = 2,1 X 106 X 20 X IO- = 420 kg/cm

Nos projetos definitivos, utilizando as recomendaes da NB-116,


calculamos r final em funo da umidade relativa do ar:
Er

= (1 -

J.l.r)

/oo

No caso da retrao a NB-116 estabelece a f&rmula:


Ert

+ t) t
+4t +1

(1 ,5

Er

que permite o clculo da retrao realizada pela pea na idade t


meses em que se aplica a fra de protenso, possibilitando calcular
a perda de protenso descontando a parte j realizada da retrao.

r
~!'!

I
'.'

A fluncia ou relaxao do ao de alta resistncia outro fe


nmeno que ocasiona perda de protenso. Como ela se processa mais
rpidamente que a retrao e a deformao lenta, admite-se que ela
se processe sob comprimento constante da pea. A NB- 116, estabelece para ste item o valor de 600 kg/cm2
Dste modo, as perdas de protenso no processo FREYSSINET,
no caso de post-tenso com aderncia posterior, devidas a deforma
o eltica, deformao lenta, retrao e fluncia do ao, totalizam,
no mximo:
deformao elstica .............. .
deformao lenta ................ .
retrao ......................... .
fluncia do ao .................. .

150 kg/cm'
1200 "
420
"
600
"

Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2370 kg/cm'

lllste valor pode ser reduzido fcilmente, at 1500-1700 kg/cm'


levando em conta o cronograma da obra, a idade de aplicao da
fra de protenso e as caractersticas particulares de cada projeto,
ESTRUTURA - N 52

401

atrito dos {labos

nas bainhas metlieas provoca


uma perda adicional de protenso. A expresso geral da perda de
atrito de um trecho em curva de cabo :

FREYSSINET

donde
(I)

tambm temoR:
(2)

Fig;. 5

desenvolvendo em srie temos:


expresso (1):

1 - e-la.

expresso (2):

efa.

= ja -

= 1 + ja

substituindo (4) em (2):

(ja)'

2!

TA

(ja)'

2!

(ja)"

(ia)"

3!
3!

(3)
(4)

= TB ela. = TB (1 + ja + ... )

Desprezando os trmos das sries a partir do de 2 grau (1) nosd:


AT =TA ja

e (2) TA = TB (1

+ ja.)

(5)

donde

TA - TB

= AT = TB . ia.

(6)

( 5) sendo por excesso e ( 6) por falta.


No havendo outro dado, a NB-116 estabelece para f o valor
0,30 e adotando a expresso (5):
1 - e-ta.
402

= 0,3 a
ESTRUTURA - N 52

sendo a =

1tl{J

180

, para cp em grus:
1-

ela

052
- cp = 0,52% de cp
100

Devido a sinuosidade do cabo resulta uma perda em linha tam


bm por atrito do cabo na bainha. A NB-116 estabelece para ste
tipo de atrito coeficiente de perda de O. 4% por metro, dependendo
da folga entre cabo e bainha.
Temos ento:

TB - Te= AT

0
' l
= 100

Para trmos uma ordem de grandeza da perda de atrito entre


A e O para um cabo corrente de viga de 26 m de compriment,o
com 'P = 30.
0,52

1
t:.T=TA -TB=!oo X30TA=0,1561A

"T

04
10
= TB - T cX
TB = 0,034 TA
' 100

f:.T =TA - Te= 0,19 TA


Correntemente, entretanto, esta perda no ultrapassa 15%,
porque temos 'P < 30 e f = 0,23 usando bainha metlica de boa
qualidade e cabos bem executados.
Em resumo, para trmos uma tenso Te final n-a seco O da
viga, deduzida de tdas as perdas, teremos que dar na extremidade
A, livre do cabo, uma tenso de:
O"ac

O"aA

= ,S

+ I 500 =

1,I8

O"ac

+ I 500

se a = 8.500 kg/cm, tenso final usual nos projetos


teremos:
O"aA

= 1,18 X 8 500

+ 1.'500 =

FREYSSINET,

11 500 kgjcm 2

A NB-116 permite tracionar o ao na ocasio da protenso


numa tenso:
O" a
O"a

ESTR.UTUR.A

N 52

::=; O, 75 O"at
::=; 0,90 O"ac

OU

403

s aos nacionais apresentam em mdia os valres:


Uat

140 kg/mm' e

u.1

120 kg/mm'

temos ento:
Ua ::;;

10 500 kgfcm 2

Ua::;;

10 800 kgfcm'

ou

tenses estas que na ocasio da protenso podem ser elevadas de


10% antes da ancoragem, o que se faz elevando a presso manomtrica no equipamento de protenso, aliviando em seguida os 10%
na ocasio de ancorar o cabo.
Logo temos:
Ua::;;

10 500

+ 1 050 =

suficiente para atingirmos o valor

uaA

11550 kg/cm 2
calculado acima.

Ao aliviarmos o equipamento de protenso, produ~ luma


perda de tenso na extremidade do cabo, mas que no se propaga
at as seces onde necessitamos das tenses elevadas calculadas inicialmente.
De fato, ao aliviarmos o cabo, produz-se um atrito negativo, de
sentido contrrio ao produzido ao esticarmos o referido cabo.

M"

~----~(C
"iA"

1-

curv;.

relo
Fig. 6

se a perda fr no trecho AM1 :


A

u.Ua

404

= ITaA-

ITaA

f )
= ITaA I ( 1- e-a
=

0,52 1{)1
100

ITaA

ESTRUTURA - N 52

s atingir o trecho AM":

Temos ainda, que considerar que ao se ancorar um cabo FREYSh uma perda por acomodao dos fios na ancoragem
FREYSSINET de crca de 2 a 3 mm, em cada uma delas ( it 2,5
NB-116).
SINET,

A perda de tenso na armadur~ ser, admitida a hiptese de


uma variao linear de tenso na mesma e o caso simples de cabos
retilneos entre A e X:

Fig. 7

l.. =

<TaA -

<Ta l

2 S. E.

<TaA -

"

para

<TaA la
--

10'

2S.E.

la
l

= 3 mm e

= 16m

= 0,4 X 1o- l. <TaA

Ao_'-'-,
4::...:.X_:__:cl:.::o-_'_u::.:::A,_z"'.'-'
=-

ula

<Ta

<TaA
<Ta

= 11500 kg/cm, vem:

= 740 kgfcm 2

No caso de trechos curvos e retos:


<TaA

<Tax

= 0,52 X lo-2 <TaA

+ (<TaA

0,52 X 1o- <TaA) 0,4 X 1o-

l.

A fissurao nas peas com protenso limitada deve ser contida dentro de limites. Com ste objetivo, a NB-116 manda verificar:
S.~
/)4

ESTRUTURA - N 52

<Tf

(0,4

+ 4,5 J.L.)
-f05

sendo:

S, rea de um tirante fictcio (zona hachurada da fig. abaixo)


!lt

= Pt

+ p,

p 1 = soma dos permetros das bainhas


p2 = soma dos permetros da armadura suplementar
Devemos observar que nem sempre a armadura de protenso
se acha na zona tracionada. :ll:ste caso, ocorre nas seces sujeitas a
inverso de momentos e nas lajes quando a armadura est centrada.
Assim, considerando esta hiptese mais desfavorvel pelo item
4.1.3 da NB-116, temos, a favor da segurana:
n7rrZZ,_
,
T = - --_ hO"t = S,
4

O"ct

Fig. 8

iJ.t

= 1rdn =

~
!lt

4T
UJ d

du1 =
4 O",t
d (0,4

4 S,
UJ

Uct

a
UJ

(0,4

+ 4,5 f.l,)

+ 4,5 f.l,)

expresso que nos permite calcular dma.. dados os demais valres.


Na prtica, para as tenses de 2.200 kg/cm' admitida para ao
_CAT-50, obtemos valres de d...w.. em trno de 5 a 8 mm.
Observamos ainda que a expresso acima equivale ao clculo
da fissurao limitando a abertura das fissuras a E ::::; 0,2 mm como
aconselha o art. 86 da NB-11960.
406

ESTRUTURA - N 52

A NB-116, obrigando o clculo das tenses em servio com as


as sobrecargas multiplicadas pelo coeficiente de segurana 1,2
( it. 5 .1.1) temos inutilmente, as peas assim calculadas, frgeis.
Entende-se por pea frgil, aquela em que o momento de fissurao se aproxima do momento de rutura.

M, = MP + 1,2 M,
Mr = 1,65 MP+ 2,0 M, = 1,65 (Mp

+ 1,2 M,)

= 1,65 M,

De fato, nas peas de concreto protendido temos sem sobrecarga o diagrama de tenso :
isto , compresso mxima na fibra pr-comprimida. Ao ser carregada com as sobrecargas, aqule diagrama se altera para:

o;; (compresiiio>
Fig. !J

A fibra pr-comprimida, se descomprime at tenso zero (caso


de protenso completa). Estando as sobrecargas, porm multiplicada por 1,2, na realidade, o que resta, porm, uma compresso
residual de:
I
02 M.
u' = ' W'

ou seja, se u,

= 120 kgIcm 2 = 1,2

~; = 100 kgfcm 2

M,
Wt .

e a compresso residual:

!:J.uc'

20 kgfcm 2

A pea para se fissurar ter que absorver tda sua compresso


residual e mais a resistncia trao do concreto. Este, (segundo a
NB-116, :
1 _,;-2
2

fTT = - V fTR

ESTRUTURA - N.52

407

para

un = 240 kg/cm

UT

a resistncia trao podendo atingir a

= 20 kg/cm 1
UT

= 40 kg/cm,

temos.

M,+M,- M. = M
M

Uct

M,

= - W' = - W' -

ou seja:
ento:
M'1 = ( -40- 120) W'

M,

M',
M,

(-40- 100) W'

160
140

= 114

e os coeficientes de segurana fissurao:

correntemente, os projetas com cabos FREYSSINET, com protenso


completa, nos do, sem a majorao de 1,2 das sobrecargas:

K,

1,20

ento, pela NB-116:

K', =
~

M, + M,
1,14 M1
M,
M, + M,
M,+M.
1,20 + 0,13 = 1,33

0,14 M, + M, ~
M, + M.

sendo

K, =

M,
= 1,65
M,+ 1,2M.

temos K, prximo de K',


408

ESTRUTURA - N' 52

Ainda, se a pea tiver um pouco mais poreentagem que o comum


de armadura de protens, o alongamento de rutura do ao de alta
resistncia no ser alcanado e a fissurao j tendo se aproximado
da rutura, pela imposio do coeficiente 1,2 acima citado, pode se
dar quase simultneamente com a rutura.
A zona de ancoragem da armadura, onde esto colocadas as
ancoragens FREYSSINET, deve ser examinada quer sob o ponto de
vista das tenses locais, quer sob a resistncia geral da pea, uma
vez que h uma perturbao a das fras de protenso.

Fig. 10

pelo item 4. 5.1 IJ; = .eP o que resulta de se admitir uma distribuio
a 45 das tenses oriundas da ancoragem.
O afastamento a + c depende do tipo de ancoragem FREYSSINET,
sendo:
cabos 12 f25 5 : a + c = 13 cm
cabos 12 f25 7 : a + c = 16 cm
cabos 12 f25 1/2" : a + c = 25 cm
Havendo mltiplas ancoragens, resulta uma interferncia dos
feixes de implantao das ancoragens e portanto uma menor distncia da seco transversal S da extremidade da viga onde j podemos contar com a distribuio linear contnua das tenses uca de
protenso.
Esta zona de perturbao deve ter armadura suplementar para
absorver as tenses locais transversais e eventualmente o cisalhamento nesta regio.
ESTR.UTUR.A - N 52

409

.As ancoragens FREYSSINET causando um carregamento parcial,


devem satisfazer ao item 5. 3. 4 da NB-116 e art. 99 da NB-1-1960,
o que se consegue fcilmente adotando espaamento conveniente
entre as referidas ancoragens, alargando as extremidades das vigas
c pr-fabricando placas de concreto onde ficam alojados os cones
FREYSSINET.

H casos que se est limitado por espessuras pequenas de concreto na' regio das ancoragens. Emprega-e ento placas de ao para
a distribuio dos esforos dos cones FREYSSINET.

ClCUlOS , fSJRUJURAIS
,
ESCRITORIO TECNICO
Aderson Moreira da Rocha

Av. Erasmo Braga 227


sala 1310
Tel. 22-5710
.

110

ESTRUTURA - lY' S2

DEBATES DA 3.a REUNIO


Debat& sbre a conferncw do engP
Carlos Frei-re MacMdo

.A)

1.

Debateitores
EngP F1!ir71.111ndo L. Lobo B.

Carrne-iro

,.

O conferencista assinala ser a norma omissa no que se refere variao


da deformao lenta com o tempo. No
entanto o item 2. 3 da P-NB 116 fornece os elementos para o clculo da retrao em funo do tempo, e em geral
se admite que esta afim da deformao lenta . .Alis a frmula a indicada
corresponde exatamente tabela usada
pela S. T. U. P .
Quanto s objees do confprencish
ao coeficiente de majorao 1,2, aplicvel s cargas mveis, observa inicialmente que tdas as normas estabelecem,
para o clculo das pontes, em que a
carga acidental mvel, tenses admissveis menores que as admitidas nas estruturas em que no h carga mveis.
Fixando as mesmas tenses admissveis
para tdas as estruturas, as normas
brasileiras NB-2 e P-NB 116 mandam
majorar as cargas mveis, multiplicando-as pelo coeficiente 1,2. Dste
modo tem-se uma tenso admissvel de
clculo constante, mas uma tenso admissvel efetiva varivel com a proporo entre carga mvel e carga permanente, o que parece mais racional. No
caso de protenso completa, em que a
norma exige tenso nula ou de com-

ESTRUTURA- N52

presso na borda, a tenso efetiva, nas


pontes, ser uma pequena compresso,
tanto maior quanto maior a relao entre carga mvel e carga permanente. Se
a carga mvel multiplicada por 1,2 produzir uma descompresso de 80 kg/cm,
em lugar da tenso nula dada pelo clculo teremos uma tenso efetiva de
compresso de 14 kg/cm . .A excessiva
aproximao das cargas de fissurao c
de ruptura, a que alude o conferencista, s se daria em casos excepcionais de
armao muito forte, mas a norma
afasta sse perigo, fixando uma altura
mxima para a zona de compresso.
2.

Eng" David "1strachan

Cita exemplos de tipos de pontes


protendidas premoldadas usados na
U. R. S. S., com muita economia. Pergunta ao conferencista se est a par
de alguma inovao quanto ao concreto premoldado protendido.
3.

Eng" Jos Luiz Cardoso

Acha razovel adotar-se o coeficiente de majorao 1,2 apenas para as pntes ferrovirias e no caso de guas
agressivas; nos demais casos de protenso completa, pensa que sse coeficiente no deve ser considerado. Julga
mesmo que limitando-se a tenso de
trao resistncia trao simples
do concreto, isto , metade do que
permitido pela norma, ser desnecessria a armadura suplementar ou frouxa. No h possibilidade de fissurao,
411

nesse caso, e a ruptura se d por esmagamento do concreto, e no pela armadura. Quanto ao clculo da deformao lenta em funo do tempo, est de
acrdo com a sugesto do eng" Lobo
Carneiro, relativa utilizao da frmula da retrao, para sse fim.
de opinio que o coeficiente de
perda por metro linear a que se refere
a norma, tambm deve ser considerado
nos trechos curvos, e no apenas nos
trechos retos, como est escrito. H
ondulao dos cabos tambm nos trechos curvos, e necessrio ento somar
os dois efeitos. Alis, com os dados da
norma, e sem considerar os dois efeitos
nos trechos curvos, poderamos ter em
certos casos uma perda em curva menor que a perda correspondente de um
cabo reto com o mesmo comprimento,
o que contraditrio.

4.

Eng r WKtlt()r Pfeil

No somente o sistema Freyssinet


que permite a protenso por etapas.
Nos sistemas de cabos concentrados
tambm isso possvel. Na ponte de
Barra de So Joo, por exemplo, com
seo em caixo, a protenso foi feita
por etapas.
Considera condenvel o emprgo de
bainhas de papel. Quanto ao escorregamento da armadura na ancoragem,
pergunta quais as medidas a adotar
nas obras. Qual a flutuao real? 3 ou
5 milmetros? Qual o efeito no caso de
cabos curtos?
Considera muito importante a tcnica de injeo e a consistncia da
pasta.
412

Pede esclarecimentos ao conferencista sbre a fadiga da ancoragem,


pois simples . ensaios estatsticos no
bastam.
B)

Respostas do oonf!Jrencista

1. Embora tenha feito parte da


Comisso que elaborou o projeto de norma P-NB 116, favorvel supresso
do coeficiente de majorao 1,2, para
as cargas mveis.
2. Concorda com o eng Jos Luiz
Cardoso sbre a necessidade de considerar-se, alm do atrito em curva, a
sinuosidade do cabo, que pode ser
transversal, e acarretar a mesma perda
verificada nos trechos retos.
Quanto armadura suplementar ou
frouxa, acha que necessria quando
preciso armar a cunha de trao
para combater uma possvel fissurao.
Considera muito rgido o coeficiente 1,2 nos casos de protenso completa. No v razo para sse coeficiente
se se limitar a tenso de trao a uT.
3 . O que torna condenvel o uso
de cabos com bainha de papel a falta
de aderncia, que, mesmo com a injeo, precria, comprometendo a seguran~a fissurao e ruptura. Hoje
em dia essa tcnica de bainhas de papel est abandonada.
No caso de cabos curtos estica-se o
cabo apenas por uma das extremidades para diminuir a perda devida ao
deslisamento na ancoragem. ~sse deslisamento de 2 a 3 mm. No caso de
cabos para protenso transversal de
lajes de pontes, por exemplo, no existem as perdas devidas ao atrito em
curva, pois sses cabos so retos, e a
ESTRUTURA - N' 52

perda devida ao deslisamento na ancoragem diminuda com aquela providncia.


Quanto injeo, tem ela dois objetivos: 1) a proteo do cabo; 2) a
garantia de aderncia, para aumentar
a resistncia fissurao e ruptura.
As blsas de ar so controlveis por
meio de purgadores dispostos em pontos estratgicos.

CALCULOS

A fadiga das ancoragns com efeitos dinmicos repetidos e eventual deslisamento dos cabos s seria possvel
com m execuo. O momento crtico
o da ancoragem do cabo; depois de feita a injeo no h mais possibilidade
de desli~amento dos fios. A ancoragem
projetada para resistir pelo menos
carga de ruptura da armadura de protenso.

ESTRUTURAIS

ESCRITRIO

T~CNTCO

ADERSON MOREIRA DA ROCHA


Aven. Erasmo Braga, 227 -

s. 1310

Te!.: 225710

CAROS LEITORES

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desta revista.

ESTRUTURA - N' 52

413

UM SISTEMA DE CONCRETO PROTENDIDO COM CABOS CONCENTRADOS, EM FACE DA NORMA


BRASILEIRA P-NB-116
Walter P{ea

1 -

Descrio do sistema, classificao.

Os processos de protenso linear


cm que o PsJro se aplica aps a concretagem podem classificar-se em dois
grupos: o dos cabos isolados e o dos
cabos concentrados. No primeiro, a capacidade de cada cabo constitui um dado do projeto, colocando-se um nmero
de cabos suficiente para a estabilidade
da pea. No segundo grupo, se fixa
previamente um nmero pequeno de
cabos, e o tamanho de cada cabo decorre do clculo esttico.
O nosso sistema pode ser delinido
como de cabo concentrado com deflexes condensados. Os cabos, em nmero predeterminado para cada projeto,
tm um nmero varivel de fios e uma
trajetria poligonal com pequeno nmero de mudanas de direo.
Muito influram em nossas concepes as tcnicas desenvolvidas por
Magnel na Blgica e Leonhardt na
Alemanha. O sistema Magnel apresenta cabos concentrados com deflexes
condensadas, porm os fios so esticados dois de cada vez, deslizando sbre
barras de ferro nas mudanas de dire414

o, enquanto ns protendemos todo o


cabo de uma vez. O sistema Leonhardt
difere do nosso principalmente nas mudanas de direo; Leonhardt procura
dar ao seu cabo uma forma quase parablica, com um grande nmero de
mudanas de direo, enquanto ns
reduzimos ao mnimo o nmero de
mudanas. Outras diferenas bsicas
existem nos blocos de ancoragem, mas
no as abordaremos neste trabalho.
Nosso sistema de protenso linear
foi totalmente desenvolvido no Brasil
com a colaborao dos engenheiros Roger Castier e \Vilhelm Brada, notadamente o primeiro. Na parte de padronizao construtiva e projeto dos equipamentos nossos atuais colaboradores
so os engenheiros Albert Haase e Oscar Caussin Rodo.
(Esquemas simplificados das disposies construtivas)
3 -

Ancoragens por atrito e aderncia. Provas de carga.

Em geral compomos nossos cabos


com fios de ao duro O 5 mm de superfcie lisa, os quais devem ancorar-se
por atrito e aderncia em blocos de
concreto.
ESTRUTURA -

N' 52

A mecnica do sistema <!onsiste em


empurrar o bloco de ancoragem com
auxilio de macacos os quais se apiam
em alargamentos das vigas adrede preparados, que chamamos de contra-blocos. Atingidos o alongamento e o esfro previstos para o cabo, colocam-se calos de concreto armado entre o
bloco e o contra-bloco, podendo-se ento
retirar os macacos e concluir a estrutura, enchendo de concreto os espaos
vasios deixados pelos mesmos. {ESQUEMA).
A armadura dos blocos vai determinada pelo clculo de bielas, que reflete a configurao de rutura dos mesmos. As provas de carga indicaram os
critrios que devem ser adotados no
dimensionamento, bem assim a fissurao dos blocos na protenso inicial.
Tem particular intersse a fissurao
na face do bloco onde se apiam os
macacos e as escoras. As tenses aplicadas nas escoras atingem at ..... .
180kg/cm2 , compreendendo-se por a o
perigo de trincas na superfcie do
bloco.
(ESQUEMAS DE BLOCOS DE ANCORAGEM USADOS EM PROJETOS DE UMA CAIXA, DUAS CAIXAS E VIGAS ISOLADAS).
Nas projees fotogrficas, mostraremos detalhes do ensaio de um bloco
para vigas premoldadas.
3 -

Problemas do cabo.
a) ordenao dos fios.

A fim de garantir uma distribuio


uniforme do esfro entre os fios, os
ESTRUTURA - N 52

cabos so ordenados por meio de pen


tes de ao colocados horizontalmente,
os quais mantm um espaamento uniforme de 1 mm entre dois fios. Padronizamos camadas de 12 e 20 fios
0 5 mm, podendo o nmero de camadas variar conforme a necessidade.
Em geral, os cabos so montados
no local, aps moldagem e desforma
dos septos das vigas. Prepara-se uma
bancada de madeira crca de 5 cm
abaixo do fundo do cabo; com espaamentos de 2 m, colocam-se ento, nas
alturas certas, os primeiros pentes, pregados em tacos de madeira, os quais se
apiam na bancada com argamassa de
cimento e areia. ~stes pentes inferiores devem ser cuidadosamente alinhaelos.
Nas primeiras obras, os fios foram
colocados individualmente, o que resultou em grande consumo ele mo de
obra. Atualmente, colocamos cada vez
uma camada inteira; durante o transporte, cada camada se mantm em ordem com grampos de ao de 5 mm, os
quais so retirados quando os fios se
encaixam nos pentes.
Os cabos so retangulares podendo
variar por exemplo de 12 X 5 fios
0 5 mm (carga inicial 124 t) at ....
20 X 25 fios 0 5 mm (carga inicial
1030 t). Durante o esticamento, todos
os fios se deformam por igual.
b) Mudana de direo.
Nas mudanas de direo todo o
cabo repousa sbre um dispositivo de
deslizamento base de chamas e para415

fina. O problema nestes pontos manter o cabo ordenado, pois caso le se


esparramasse, deixaria de apoiar-se totalmente sbre as chapas de deslizamento, criando atritos incompatveis
com o clculo.
Admitindo-se uma mudan\;a de direo superior cada camada do cabo se
apia na inferior por meio de chapas
espaadoras padronizadas. A camada
de baixo repousa diretamente na chapa de deslizamento. Os cabos menores
so deixados livres lateralmente; para
os grandes cabos, colocamos nos lados
tambm chapas de deslizamento apoiadas com cal\;Os de madeira. Os dispositivos laterais s trabalharo se o cabo
apresentar tendncia de desarrumao.
c) Contrle de atrito.
Os nicos pontos de contato dos cabos com as vigas so as mudanas de
direo, onde os dispositivos de deslizamento reduzem as perdas ao mnimo.
O sistema permite um contrle rigoroso de atrito, pois entre cada duas
mudanas de direo podemos medir o

alongamehto relativo do cabo, donde o


esfro no mesmo.
d) Proteo e aderncia do cabo.
As nervuras d viga, ao longo da
trajetria do cabo; so providas de indentaes (pregando-se tacos de madeira nas frmas) e de grampos que
abraam o cabo aps o esticamento.
Os cabos so revestidos por concretagem direta com vibradores comuns.
Uma vez preparada a frma, coloca-se
em volta do cabo concreto 1 :1 :2llz em
volume, com pedra O; por sbre o cabo, verte-se nata de cimento e gua;
com o vibrador se adensa bem o revestimento, fazendo subir todo o ar. A
deformao lenta do concreto da viga
transmite compresso ao revestimento
do cabo.

4)

Protocolo de Protenso

Para cada obra se determina previamente a relao entre os alongamentos do cabo e os esforos nos macacos.
O efeito do atrito pode ser interpretado como se o cabo tivesse um comprimento fictcio menor que o real.
F

f)es/ocamenfos A

416

ESTRUTURA - N 52

!:
I

,,

A curva da esquerda d a previso


terica para coeficientes de atrito 0,00
e 0,10. Esta curva depende do tipo de
ao e do comprimento do cabo. Na prtica, intervm o movimento morto Lo
devido acomodao do cabo. l!:ste
movimento se determina prolongando
a reta das medidas at o eixo das abcissas. Lo pode chegar at 5 cm ou
mais. Importa determinar o valor de
Lo a fim de se comparar a curva real
corrigida (isto , sem movimento morto) com as curvas tericas. Em casos
anteriores, observamos que o atrito inicial de 20%, caindo depois a 7%.
Naturalmente, interessam mais os valres nas etapas finais de protenso.
Os deslocamentos, alongamentos e
perdas por atrito ao longo do cabo
podem ser perfeitamente controlados
fazendo-se marcas a tinta ou giz nos
cabos e na viga antes e depois de cada
diafragma.
Em cada trecho reto do cabo, a diferena entre os deslocamentos concomitantes nos dois extremos fornece
o alongamento do trecho. Comparandose os alongamentos em dois trechos adjacentes, obtm-se medida direta da
perda de esfro por atrito no diafragma divisrio. De um modo geral, basta
controlar o deslocamento do bloco mvel que a somatria dos alongamentos
absolutos dos trechos retos. Se os deslocamentos do bloco mvel forem sensivelmente menores que os previstos,
ser possvel localizar por medidas diretas os pontos de atrito exagerado.
os arames com alvio de tenso tm es
coamento convencional ( 0,20%) mnimo 13.1 tjcm', adotando-se a presso
ESTRUTURA

N 52

inicial 10,5 t/cm'. Para 0 5 mm, rea


10,6 mm', esfro inicial 2,06 toneladas. A cura permanece prticamente
elstica at a tenso inicial.
5) Exemplo de contrle de Protenso.
Para fixar idias, apresentamos um
relatrio sumrio de uma protenso
efetuada na ponte sbre o rio So Joo,
na localidade de Barra de So Joo,
estrada RJ-5.
a) Os clculos estticos revelaram
a necessidade de uma fra de proteuso final de 536 t por caixo.
Levando em conta as perdas por deformao lenta e retrao do concreto,
e as provenientes da relaxao do ao
chegaremos a uma fra de protenso
inicial igual a 620 t por caixo, na
qual no est includa a perda devida
ao atrito.
b) Tendo em vista as consideraes
acima, foi proposta a seguinte marcha
para a execuo da protenso :
b 1) Aplica-se inicialmente uma
fra de 695 t por caixo.
A tenso no arame ser :

11.000 kg/cm'
0,8 X 14.000 =
= 11.200 kg/cm'

As tenses do quadro abaixo foram calculadas para


a seco transversal incompleta (caixo sem guardarodas e passeio e laje superior enfraquecida).
417

Tenses t/m2

I
Seco

so

"

l
S12
S14
S16
S18
S20

b 2) No dia seguinte volta-se


com os macacos para
620 t por caixo e concreta-se a junta.

9.800 kg/cm2

Procedendo desta maneira, pretendemos eliminar


grande parte das perdas
por relaxao do ao e
tambm uma parcela das

I
Seco

so
S2
S4
S6
S8
SlO

Mximo

I " I

<Ji

+276
+456
+491
+430
+517
+468

+612
+ 65
- 38
+ 83
-129
-. 41

<Ji

+ 78
+ 48
+ 26
+ 19
+236
+114

+ 834
+ 986
+1006
+1006
+ 503
+ 611

577
231
291
425
602

+ 784
+648
+ 352
9
+

0,6 X 14.000 =
= 8.400 kg/cm 2
c) No quadro abaixo esto representadas as tenses no concreto para a
ponte em servio no estado final.

Mnimo

I " I

+
+
+
+
+

<li

perdas provenientes do
atrito.
Ocorridas tdas as perdas,
teremos ento uma fra
de protenso igual a 536 t
e uma tenso mdia no
cabo de

A tenso no arame ser :


=

u,

Seco

<li

+ 219
+ 788
+ 1133
+ 1241
+ 338
- 107

+ 578
+ 298
+108
+ 46
+ 488
+ 707

S2
S4
S6
S8
SlO

Tenses t/m2

Mximo

Seco

S12
S14
S16
S18
S20

I "
+527
+471
+497
+433
+109

Mnimo

I
<Ji

-200
- 84
-159
- 39
+601

I "
+258
+.64
+ 30
- 35
-107

<Ji

+ 404
+ 827
+ 891
+1016
+1033

d) Na execuo da protenso, o mente foi aplicada uma fra de 160 t


curso total do bloco sendo de 56 cm, sbre o caixo incompleto (seo em
foram necessrias cinco etapas para "U" pois no estava concretada a laje
atingir o alongamento final. Inicial- superior) . Desta maneira a viga tor418

ESTRUTURA

N 52

ii-s autoportante, sendo capaz de suportar o resto da carga permanente


sem necessitar auxlio de escoramento.
Na segunda protenso, a fra de
380 t foi aplicada sbre o caixo j
completo (a laje superior tinha na ocasio a idade de 12 dias) e assim sucessivamente at a ltima protenso,
na qual foi atingida uma fra de
690 t. Conforme j foi exposto, voltouse em seguida para uma fra de
610 t e concretou-se a junta ocupada
pelos macacos.
O sistema, utilizando cabo externo,
permite um contrle rigoroso de tdas
as fases da protenso. Pontos de referncia sbre o cabo e na parede do caixo permitiram controlar a tenso no
cabo em cada trecho, possibilitando a
determinao da perda por atrito em
cada diafragma. Mias uma vez foi constatado de que no h movimento relativo entre os arames de um cabo concentrado. Finalmente foi constatado
um coeficiente de atrito nos pontos de
mudana de direo, entre 5 e 7 por
cento, na etapa final
Na figura temos um grfico de
alongamento total do cabo, contra-fra de protenso aplicada pels macacos
(medida pelos manmetros previamente aferidos). Foram desenhadas
curvas tericas para diversos coeficientes de atrito, entre O e 0,25. A curva
real mostra que o atrito superior a
0,20 no incio, caindo at 0,05 no final
da protenso. 1<1ste resultado foi confirmado pela observao direta das
perdas em cada diafr~a.
ESTRUTURA - N' 52

6 -

Evoluo dos Projetas.

a) O nosso sistema foi preparado a


princpio exclusivamente para estruturas contnuas moldadas no local, cm
seco transversal formada por uma ou
duas caixas.
Encontram-se em trfego duas pontPs d sse tipo :
a 1) sbre o rio So Joo, RJ-5,
com 200 m de comprimento,
seco com 2 caixas.
a 2) sbre o rio Bossoroca, BR-37
RS, com 110 m de comprimento, seco em 1 caixa.
b) Com maior experincia nos blocos de ancoragem, desenvolvemos um
tipo de viga I, com dois cabos poligonais, um de cada lado da nervura. Diversas obras foram construdas com
sse tipo:
Rio Laranjeira (50 m), rio Caba
(70 m), rio Pira (55) viaduto sbre
a viao frrea (36m) - tdas na
BR-37 RS, rio Caranda (26 m) acesso a BR-3 :MG; em vias de concluso
temos as pontes spre o rio J aguaro
(75 m) BR38 RS e sbre o crrego
gua Limpa ) 36 m) na BR-80 lVIG.
ll:stes projetas tiveram escoramento
convencional. O tabuleiro apresenta
trs ou quatro vigas longitudinais e a
laje protendida transversalmente.
c) Aps estudos comparativos de
consumo de materiais, rapidez de execuo, simplicidade de equipamento de
protenso, conclumos que o melhor
projeto para ponte rodoviria comum
moldada in loco o de apenas duas
vigas longitudianais protentidas, com
419

iaje e transversinas de concreto armado. Como exemplo, apresentamos detalhes de projeto da ponte sbre o rio
Barra Sca, BR-5 ES, cm incio de
construo.
d) Os blocos de ancoragem especialmente testados em provas de carga nos
permitem construir vigas isoladas protendidas. Dois projetos de vulto encontram-se em execuo:
d 1) Ponte sbre o rio Paraguassu,
BR-5 BA.
Nove vos de 35 m mais encontros.
Cada vo tem cinco vigas das
quais duas sero moldadas no
local, servindo de escoramento para as outras trs.
d 2) Ponte sbre o rio Piratini,
BR-2 RS. Nesta obra, com
comprimento total de 540 m,

420

sero premoldadas no cho 39


vigas de 32 m de comprimento; mont~m por meio de
trres e cabos.
e) Em fase de fabricao, temos os
equipamentos para construo em balanos progressivos, tcnica de inegvel valor para caso de escoramentos
difceis, como atestam algumas brilhantes realizaes j concludas no Brasil
com o sistema Freyssinet.
f) Resumindo, o sistema de cabos
concentrados foi adaptado no s aos
projetos mais simples moldados in loco,
como tambm s vigas premoldadas,
quando houver recurso de equipamentos adequados de montagem. Com a
prfabricao de vigas para montagem
e o balano progressivo, poderemos
dar solues econmicas a uma grande
variedade de problemas.

ESTRUTURA - N 52

DEBATES DA 4." REUNIO


De"Mf;es sbr"e a om{et'ncia d.() eng.
Wal~er C ou to Pf elil

A) DEBATEDORES
1. Eng. A. COfflos de Vasooncellos

Faz as seguintes perguntas: a) durante a protenso o que que se


desloea, o cabo on a placa? b) qual
o deslocamento que se verifica entre as placas, durante a protenso?
c) no caso de um macaco andar
mais que o outro, h meios de contrle? d) pode haver flexo nos
mbolos dos macaco.~?
~.

Eng. Carl-os Freire Machado

Levanta as seguintes questes, pedindo ao conferencista que as esclarea : a) quando, a ps a protenso,


o concreto da pea j est protendido, o revestimento do cabo ainda
no est, havendo portanto, posteriormente, o aparecimento de tenses de trao nesse revestimento;
b) no caso de ser a armadura
colocada assimetricamente, como
quando h cabo externo de um s
lado da nervura, surgem esforos
secundrios, horizontalmente; c) as
flechas dos cabos tendem a ser diferentes das flechas da pea; h armadura prevista para igualar essas
deformaes?
ESTRUTURA - N 52

3. F:ng. Flvio Rib&itro de Castro


Pede ao conferencista que, levando em considerao o fato de que
os blocos de ancoragem constituem
as peas mais importantes do sistema, seja indicado um pormenor
sbre ancoragem do.~ cabos dentro
dsses blocos.
4. F:ng. Hlio dos Santos
Faz um ligeiro histrico da introdu~o da protenso no Brasil, e lamenta a falta de divulgao de
obras brasileiras, citando o caso da
ponte do Galeo, que, sendo pioneira no Brasil, e constando de quase
tdas as publicaes tcnicas do
mundo, no tem sido divulgada entre ns. Faz um aplo para que se
sane essa falha, fazendo diversas
sugestes.

5. Eng. Fernando L. Lobo Carneiro


Inicialmente declara que o eng.
Walter Pfeil tambm colaborou na
redao da norma P-NB 116, enviando emendas ao primeiro anteprojeto, tdas elas aceitas pela Comisso da A. B . N. T. Entre essas
emendas cita a que elevou de ...
2.000 kg/cm para 2.200 kg/cm a
variao de tenso admissvel na
armadura de protenso, quando
421

utilizada para resistir aos esforos


de trao, na pro tenso limitada;
essa elevao, em rela.o ao valor
da norma alem, foi baseada na
existncia do coeficiente de ma,jorao 1,2 para as cargas mveis.
Levando cm conta o fato de qu(',
uo sistema descrito pelo conferencista, o concreto do revestimento
dos cabos no inicialmente protendido, havendo a possibilidade de
nle surgirem tenses de trao
quando atuarem tdas as cargas,
pergunta: a) si a ao ulterior da
deformao lenta da pea suficiente para transmitir a sse concreto de revestimento uma protenso suficiente; b) como enquadrar
PBse sistema na norma, nos casos em
que esta exige pro tenso completa;
c) como assegurar a proteo dos
cabos, nestes casos, especialmente
quando h agentes agressivos externos: d) si uma soluo satisfatria
no seria carregar antes a estrutura com uma carga equivalente
ao das cargas totais do projeto,
e s aps isso executar o revestimento dos cabos.
B)

Resposta do conferencwta, cng.


Walter Couto Pfeil

1. Ao eng. A. Carlos de Vasconcellos


responde que durante a protenso
no h deslocamento entre o cabo
e a placa, deslocando-se aqule juntamente com esta, e que o deslocamento entre as placas varia em
cada caso, sendo calculado em funo do comprimento do cabo. Du122

rante a operao de protenso os


macacos so obrigados a andar
como queremos, por meio de um
contrle especial de torneiras e manmetros. No h perigo de flexo
dos mbolos dos macacos, que so de
tipo especial, semelhante a panelas.
:l. Em rela~o s questes levantadas
pelo eng. Carlos F'reire Machado,
responde que a flexo da viga no
tem a menor importncia, pois os
estribos que ligam o cabo nervura ,go calculados de modo a assegurar sua eficincia at a ruptura
da pea. O objetivo do revestimento proteger o cabo e fazer com
que ste desenvolva resistncia at
a ruptura, assegurando a aderncia. Existe alm disso armadura suplementar na viga. A deformao
lenta do concreto da viga assegura
a protenso do revestimento do
cabo.

3. Concorda com o eng. Flvio Ribeiro de Castro que a ancoragem


problema crucial, e que foi levado
a adotar blocos extremamente concentrados. O dimensionamento
feito pela teoria das bielas, e tem
realizado experincias e ensaios de
blocos de ancoragem at a ruptura,
especialmente para estudar a questo da fissurao, Descreve em seguida detalhes dsses blocos.
4. Respondendo ao eng. Fernando
Lbo Carneiro, declara que quando
as fissuras so de abertura limitada, no h perigo para as armaduras, e que nos casos especiais de
ESTRUTURA

N 52

meios agressivos, podem ser especificados meios de proteo. Existem


muitos meios de proteo, como as
pinturas externas. Quanto ao carregamento prvio da estrutura, antes de executar o revestimento dos
cabos, acha que seria muito dispendioso e mesm impraticvel. Sua

opinio de que o que se deve fazer revestir os cabos imediatamente aps a protenso. Quanto mais
cedo forem revestidos os cabos,
tanto mais o concreto dsse revestimento se beneficiar da deformao lenta da viga, que nle provocar tenses de compresso.

Srs. Engenheiros!
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ESTRUTURA - N 52

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423

O ENSINO

FUNDAMENTAL(~
CESAR DACORSO NETO

1.

Funo social d.o engenheiro

A fixao do tipo de ensino fundamental adequado formno do engenheiro exige, de incio, a anlise do papel que vem le
desempenhando no quadro geral das atividades humanas. No pode
mais o tcnico se restringir ao utilitarismo rla virla profissional.
Se tantos so os feitos rlo engenheiro que atestam a epopia do homem no desenvolvimento da civilizao, se tantas so as suas res.
ponsabilidades no progresso humano, por isso mesmo no pode le
prescindir de ampla cultura geral que lhe possibilite perfeita viso
de conjunto da vida. Em tdas as suas iniciativas no s a preocupao da perfeio tcnica que o deve orientar e solicitar, mas
tambm, e sobretudo, a cogita~o do alcance, rlos efeitos e do aproveitamento das realizaes, da incorporao dos empreendimentos
ao plano geral das realidades concretas.
Em trmos de intuio e cultura, de lgica e raciocnio claro
se compreende a estrutura mental do engenheiro. Hoje as aplicaes da profisso no tm campo limitado e tanto incidem na tarefa especializada como recaem em responsabilidades de legtima
liderana, em funes de verdadeiro comando. E a qualquer dessas
atividades deve o engenheiro dar eficaz contribuio atravs do seu
sentido de conjunto e conhecimento particularizado do problema
tcnico submetido sua apreciao. Cabe, ainda, a atitude crtica
para com o prprio trabalho e para com os prprios ideais, atitude
que s desponta nas mentes esclarecidas por slida e ventilada
cultura geral.
Por outro lado, o atual ritmo do progresso torna fcilmentc
superado tudo que se aprende com relao s especializaes. E,
por isso mesmo, se impe uma formao bsica capaz de suportar
os incessantes surtos cientficos, propiciadora de equipamento te* Exposio feita por ocasio do seminrio "Reforma Universitria e o
Ensino de Engenharia" patrocinado pelo Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.

124

ESTRUTURA - N 52

rico essencial para resistir ao tempo e dotada de maleabilidade suficiente para o acesso s particularidades tcnicas mediante rpida
integrao nos conhecimentos abstratos por ventura necessrios_
:! .

Tipos d.e ensino

Trs aspectos pode assumir o ensino nas .Escolas de Engenharia:


I) Ensino enciclopdico - o ensino concentrado num nico
rurso para todos os estudantes que, depois de um perodo de contato com as cincias fundamentais, passam s matrias propriamente de instru~o profissional sem diversificao de carreiras.
o ensino que conduz ao engenheiro do tipo denominado civil,
<riundo por evoluo do carter militar com que se instituiu a engenharia. Obrigando a estudos desnecessrios em face das especializaes, forando a estgios complementares ao curso, para identificao com essas especializaes, sse sitema de ensino se torna inconveniente em face da multiplicidade de variedades profissionais
hoje existentes.
II) Ensino espi!Jeializado - :f.; o ensino centralizado, desde o
incio do curso, num campo restrito da profisso, com sacrifcio da
formao geral que fica substituda por um pronunciado domnio
na tcnica particular. Embora til para os acometimentos indus_
triais que podem contar desde logo com tcnicos eficientes, sem necessidade de estgio, sse tipo de ensino desaconselhado para um
pas que a todo momento surpreendido com novos impulsos do
progresso cientfico e industrial, o que exige extrema flexibilidade
no corpo geral dos especialistas. Cdo v-se o engenheiro, formado
por tal tipo de ensino, superado em tudo que aprendeu e difcil se
torna a sua integrao em qualquer rumo diferente do originriamente tomado.

III) Ensino fundamental geral a ser ~eguiM de especialidades - o ensino que, na parte fundamental, compreende os elementos comuns de tda a engenharia e seguido de cursos profissionais especializados. Embora orientado para a especializao, no
descura, porm a cultura geral. o ensino que corresponde s condies atuais do desenvolvimento humano e se ajusta situao do
engenheiro no panorama social.
ESTRUTURA - N 52

425

o ensino pelo qual, mediante adequado programa comum


para todos os alunos nos dois primeiros anos, se procura assegurar
imprescindvel formao mental para o curso profissional, ao tempo
em que se visa a habilitar para quaisquer oportunos ajustamentos
a especializaes ou extenses profissionais. o ensino pelo qual
se aparelha o estudante para a posio cada vez mais destacada que
o engenheiro vem tendo na civilizao tecnolgica em que vivemos,
fornecendo-lhe cultura suficiente para anlise e interpretao do
substrato social.
Recomenda-se, pois, relevante nfase ao ensino fundamental
pelo seu earter predominantemente formativo, dando-se conveniente desenvolvimento ao estudo das matrias que contribuem para
formar o engenheiro especializado sem deficincia da cultura geral

3.

Deficincvs e

lirmi~aes

atuais

Vrias so as causas a que se pode atribuir as deficincias e


limitaes do Ensino Fundamental das Escolas de Engenharia:
I) O deficiente preparo dos estudantes no Curso Secundrio
tem sido apontado como prejudicial ao aproveitamento nos estudos
de nvel superior. De fato, a reduzida capacidade de raciocnio, a
fraca desenvoltura do esprito crtico, o falho conhecimento das matrias bsicas do curso mdio, a falta de orientao vocacional podem ser arrolados como responsveis pelas dificuldades desde o ingresso nas Escolas de Engenharia at o domnio dos estudo.'! fundamentais da profisso.
II) O limitado comparecimento s
freqncia livre, afeta o rendimento do
vados a substituir as aulas, onde teriam
esclarecimentos, pelas apostilas e re.~umos
apenas e mal memorizados.

aulas tericas quando a


ensino. Os alunos so leamplos e fundamentados
das lies que so, ento,

III) A distncia existente entre professrcs e alunos, no j


por simples tradio acadmica, mas, mesmo pelo cerimonioso e rpido contato nas aulas de prelees contribui para o carter formal que tanto compromete o ensino. Sem o regime integral ou de
exclusividade, os professres, atendendo a vrios institutos de ensino ao mesmo tempo, permanecem ligeiramente em cada um c mantm instantnea convivncia com os discpulos que se vem, assim,
privados dos orientadores e mentores de que tanto carecem.
426

ESTRUTURA - N' 52

IV) A uniformidade dos currculos, conseqncia de forte


centralizao, participa da desvalorizao qualitativa do ensino bsico. o-desestmulo experimentao bem planejada numa poca
em que a evolu~o se processa cm cadncia acelerada e quando os
conhecimentos adquiridos comeam a caducar. Por outro lado, a
extenso territorial com to variadas peculiaridades regionais, condies fsicas ou econmicas, exige flexibilidade de ensino, desde o
Curso Bsico, para as convenientes adaptaes locais.
V) A falta de articulao entre as cadeiras do Curso Bsico,
pecando por omisses ou reincidncias inteis, contribui acentuadamente para o desintersse pelos assuntos em estudos. imprescindvel a harmoniosa composio de~sas cadeiras para que, com economia de tempo e de esforos, numa feio de coerente entrelaamento de matrias, adquira o aluno os conhecimentos necessrios
subseqente aprendizagem profissional. Da a convenincia dos
Departamentos como rgos coordenadores cuja funo deve ser
prestigiada e acatada para o xito da sua prpria finalidade.

4.

Entro&armento ntimo entcre as Escolas e os Institutos


Universitrios.

No mbito universitrio so altamente aconselhveis a criao


c o desenvolvimento dos institutos de cincias em ntimo entrosamento com as escolas. Neles se faria o estudo das cadeiras do Curso
Bsico e tambm, ao lado de cogitaes didticas, se procuraria fomentar o esprito de pesquisa atravs de investigaes orientadas
pelos mestres e processadas por assistentes em colaborao com os
estudantes. Em verdadeiro ambiente universitrio se reuniriam
ento, docentes das diferentes faculdades ou dos diversos cursos de
uma mesma faculdade, todos da mesma matria,. para o debate amplo sbre os contedos a serem dosados, os mtodos a serem empregados, as limitaes a serem fixadas na distribuio e tratamento
dos assuntos.

5.

Matrias a

~erem

oonsidenadas

Naturalmente a Matemtica figura como disciplina obrigatria


na formao do engenheiro, entendendo-se, a, o estudo da Anlise
Infinitesimal, da Anlise Vetaria!, da Geometria Analtica e da Mecnica Racional. Seguem-se a Fsica, a Qumica, o Clculo de Observaes e Estatstica e o Desenho Tcnico.
ESTRUTURA -

N 52

427

Atendendo aos aspectos aludidos quanto posio e ao desempenho do engenheiro na rea das atividades hmanas contemporneas, cabe perfeitamente uma cadeira cm que se vise humanizao do ensino superior mediante judiciosas e srias reflexes sbre
o incontestvel desiquilbrio entre os arrojados avanos da tcnica
e os lentos progressos do esprito. Procurar-se-ia, assim, preparar
os futuros tcnicos e cientistas de modo que IW ra da automao,
para que marcha a humanidade, no faltem tambm os benficos
e generosos surtos espirituais.
Sem a preocupao de eBpecializao alguma, mas apenas cedendo finalidade primordialmente formativa do Ensino Fundamental, as matrias mencionadas seriam ministradas indistintamente
a todos os candidatos a particularidades profissionais.
(j .

A Jlfatemt ion

A multiplicidade de questes que usualmente surgem em trno


do ensino da Matemtica para profissionais que muito necessitam
dela, mas que no aspiram a ser gemetras, leva a ligeiras consideraes sbre a posio dessa cincia no Curso Bsico da Engenharia.
Observe-se de incio a diferena essencial entre o carter dos
cursos cientficos em geral, e em particular da Anlise Matemtica,
professados nas faculdades de cincias e de filosofia, e a natureza
dos cursos correspondentes lecionados nas escolas tcnicas de grau
superior. Nestas ltimas o objetivo principal do ensino da Anlise
Matemtica o estudo do aspecto formal das questes para habilitar os estudantes aos problemas de clculo freqentes na considerao das realidades concretas a que conduzem as atividades profissionais nas diversas ordens da tcnica. Nas faculdades de cincias, o propsito principal dos cursos se define pela investiga~o do
aspecto intrnseco das questes c pelo aprofundamcnto do respectivo domnio conceituai.
O currculo da Matemtica nas Escolas de Engenharia deve
ser objetivo, uma vez que essa cincia para os engenheiros apenas
um instrumento e no uma finalidade. Mas ao lado do propsito informativo no se pode dispensar a indeclinvel feio educativa do
ensino da Matemtica, mesmo numa Escola de Engenharia, pois que
os futuros engenheiros devem ser dotados de atributos mentais de
428

ESTRUTURA -

N 52

discernimento, conCisao e rigor que s se adquirem ho hbito das


elevadas abstraes, das prolongadas reflexes e das acuradas concatenaes lgicas proporcionadas pelos estudos matemticos. No
pode o futuro engenheiro renegar de todo o rigor matemtico, pois
tal como o cientista puro necessita conhecer a firmeza do terreno
que ir pisar e a excelncia do equipamento que ir manejar.
;

A Matemtica deve ser ensinada dentro dos limites impostos


pelas demais cadeiras dos vrios cursos de Engenharia, sem excessivas cogitaes de natureza abstrata ou de lgica pura, mas reduzida aos conceitos e mtodos exigidos pelas aplicaes tcnicas. Naturalmente o engenheiro no pode mais se restringir matemtica
do sculo XVIII, seno (jUe tem de acompanhar as audaciosas conquistas que j ultrapassaram as concepes clssicas do Clculo e
da Geometria Analtica e cujos primeiros reflexos prticos j se fazem sentir atravs de eventuais intervenes na ordem tcnica. Mas
antes de se cogitar de equipar os jovens para as excepcionais condies que possam encontrar no futuro desempenho especializado,
impe-se habilit-los ao eficiente e proveitoso aprendizado das disciplinas que compem o normal currculo profissional. Essa deve ser
a preocupao no Ensino Fundamental. Em cursos extra-curriculares ou de aperfeioamento poder ser complementado sse ensino bsico e ministrados conhecimentos ajustados aos desenvolvimentos
tcnicos mais recentes.
O Departamento de Matemtica deve conter uma cadeira de
Anlise Infinitesimal onde seria feito o tratamento alternativo de
Clculo Diferencial e Clculo Integral e onde seriam, ainda, dados
os princpios de Clculo Numrico como simples aplicao prtica
das operaes diferenciais de primeira ordem. A cadeira de Geometria Analtica seria apresentada simultneamente com as noes e
mtodos bsico~ do Clculo Vetorial. A linguagem vetorial seria
mesmo usada no estudo da Anlise Infinitesimal.
Noes de Geometria Projetiva e de Geometria Descritiva seriam incorporadas ao estudo do Desenho Tcnico. Sem negar o efeito
educativo da Geometria Projetiva na formao de uma mentalidade
lgica e na interpretao dos fatos geomtricos, sem desfazer no recurso de visualizao contido nos processos da Geometria Descritiva,
deve-se reconhecer que tais objetivos tambm podem ser alcanados por meio do l~lculo e da Geometria AnaHtica, com mais proESTRUTURA - N' 52

429

veito para a finalidade em vista, bem como que os mesmos fillB podem ser atingidos por intermdio do Desenho Tcnico com maior
adequao.
Noes de Nomografia seriam anexadas cadeira de Geometria Analtica como simples aplicao dos fatos nela estudados.
Naturalmente no se poder fugir instituio de uma cadeira
de Complementos de Matemtica, localizada de preferncia aps o
Curso Bsico, para atender a determinado grupo de cursos profissionais, na qual seriam examinados assuntos que transcedem do
currculo comum a todos os ramos da Engenharia.
O carter subsidirio da Matemtica para as demais cadeiras
do prprio Curso Bsico impe a subordinao didtica dessas disciplinas aos programas de Anlise Matemtica e Geometria Analtica.

7.

Os programas

Os programas devem distinguir-se por adequada estabilidade e


cunho sinttico, elaborados sempre de acrdo com as finalidades especficas do curso e caracterizados por uma apresentao antes intensiva do que extensiva. Sua composio deve ser baseada numa
apreciao prvia das reais necessidades da tcnica especializada,
mediante a informao judieiosa de profissionais competentes com
amplo e experimentado tirocnio.
Torna-se importante aqui a funo coordenadora do Departamento a fim de evitar que se pratiquem omisses ou se incorra em
repeties de assuntos nos programas das diversas cadeiras. Impe-~e
a reviso peridica dos mesmos para os modernizar, ajustar a novas orientaes profissionais, para os reduzir ou ampliar, para os
simplificar. Impe-se, finalmente, constante fiscalizao quanto
sua execuo para que sejam convenientemente desenvolvidos luz
<le fecunda articulao entre tdas as caileiras do Curso Bsico.

8.

O regime diiitico

Como foi dito, o Ensino Fundamental deve visar, em principiO,


utilidade que vai ter no curso profissional e ser ministrado soh
duas modalidades: oral e prtico.
O ensino oral feito por prelees, baseadas possivelmente em
um livro-texto, e dever ter a menor extenso possvel. :ll:sse livrotexto, de cunho econmico para os estudantes, elaborado de prefe~30

ESTRUTURA -

N 52

rneia pelo prprio professor, ter as caractersticas de um programa analtieo a ser complementado em aula com os apropriados
desenvolvimentos dos temas nele contidos e as convenientes elucidaes dos exemplos nele apontados.
O ensino prtico poder constar de debates, argmoes, trabalhos escolares e prticas de laboratrio sob a orientao de profes~res assistentes. Recomenda-se a instituio de um laboratrio de
Matemtica para o processamento de cursos de carter tcnico-prtico, ligados s cadeiras de Anlise e Geometria, como clculo numrico, clculo grfico, nomografia, cleulo mecnico, etc. e outros
cursos de carter excepcional tendo sempre em vista as aplicaes .
.~c\o laboratrio de Matemtica seria anexado um museu onde seriam
recolhidos trabalhos e modelos executados pelos alunos com os reeursos e instrumentos do laboratrio. Ressalta-se esta recomendao porque a instalao de laboratrios e museus de Matemtiea
vem eonstituindo novidade em nosso meio universitrio.
E, consignando a importncia de uma biblioteca especializa<la
para cada Departamento do Ensino Fundamental, aconselhvel se
torna, ainda, como moderno recurso de auxlio s tarefas docentes,
uma filmoteca tambm de natureza especializada. Indiscutvel a
ajuda que as projees fixas e as pelculas movimentadas podem
dar s aulas de prelees.
9.

O corpo docente

Objeto de vivas cogitaes e alvo de muitas sugestes tem sido


a constituio do corpo docente do Curso Bsico das Escolas de Engenharia, o seu recrutamento e o seu tratamento posterior. Em princpio, surge logo a indagao se sse professorado deve ser constitudo de engenheiros profissionais ou de docentes diplomados por
Faculdades de Filosofia.
Recomenda-se que, em regime de dedicao exclusiva bem remunerada, tais professres sejam normalmente diplomados por Faculdades de Filosofia e, ocasionalmente, diplomados por Eseolas de
Engenharia, mas dotados sempre de boa cultura cientfica e de apreciveis qualidades didticas. A escolha de um professor universitrio para o Ensino Fundamental no deve ser baseada no tipo de
diploma, mas sim nas qualidades pedaggicas, na competncia e na
capacidade de atel!-der plenamente aos requisitos do ensino a que
ESTRUTURA -

N' 52

<f31

se prope. Smente docentes dsse padro estariam em condies de


corresponder s solicitaes que, margem dos. currculos regulares, possam ocorrer, de informar sbre teorh1s e concepes sbre
bibliografias e outros elementos relativos a certos ramos de cincia
contempornea.
O legtimo professor de cincias, renunciando a programas pretenciosos, preocupando-se com lies objetivas e de real intersse, integrado na orientao prefixada por seu Departamento e identificado com as tarefas do instituto a que pertence, procura dar sentido til ao seu ensino e cuida de o tornar o mais eficiente possvel.
1O.

Concluses firwis

Resumindo:
I) Preconiza-se um Ensino Fundamental geral a ser seguido
das especialidades, abrangendo os elementos comuns bsicos de qualquer ramo da Engenharia.
li) Recomendam-se mtodos de ensino que propiciem cultura
terica ampla, mediante novos processos de demonstraes e visualizao dos fatos.

III) Aconselha-se a instituio dr laboratrios para tdas no.


cadeiras, nas quais se fa<;am ensaios, se executem medidas, se realizem experincias e sr construam modelos dos objetos idealizados.
IV) Opina-se pela adoo do livro-texto, de contedo extenso
mas de earter sinttico de modo a permitir flexibilidade na escolha dos assuntos e dos mtodos de tratamento e de forma a exigir
o concurso do aluno atravs rla complementao, em aula, dos temas considerado.~.
V) Entende-se ser do muio1 int!'I'P'se a existncia de uma coordenao atenta, orientadora e fiscalizadora no sentido da eficaz
concatenao das cadeiras do Curso Bsico,
VI) .Julga-se qne o conjunto de disciplinas do Curso Bsico
deve ser constiturlo de :"Anlise Matemtica com elementos de Anlise Vetorial, (ieometria Analtica com elementos de Clculo Vetoria!, Clculo das Observaes e Estatstica, l<'sica, Qumica, Mec
nica Racional, Desenho Tcnico com elemento de Geometria Proje.
tiva e Geometria Descritiva, e Humanirlades.
432

ESTRUTURA -

N' 52

VII) Acredita-se que a regncia dessas cadeiras deva ser entregue a professres especializados, sem a preocupao da exigncia do diploma de engenheiro, recrutado mediante rigorosos processos de seleo, os quais, em regime de dedicao exclusiva e por
prazo contratual, serviro aos Institutos ou Departamentos, instituies essas que orientaro e supervisionaro todo o enino.
VIII) Pensa-se ser da maior importncia a absoluta autonomia didtica de tdas as universidades para que cada uma possa organizar, mesmo para o Curso Bsico, o seu prprio currculo de
acrdo com as peculiaridades locais ou as solicitaes da poca, e
ministre o Ensino Fundamental orienta<ilo para o futuro exerccio
da profisso sem prejuzo da formao geral em que deve assentar
todo o sistema de ensino.

ERRATA DAS TABELAS DE ALTURA MNIMA DE SECES RETANGULARES SIMPLESMENTE ARMADAS, NA FLEXO SIMPLES PELO
MTODO DE RUPTURA
Chamamos ateno para os seguintes enganos tipogrficos que escaparam a
nossa reviso por ocwio da publicat;odo n.0 47 de ESTRUTURA e j devidamente corrigidos na publicao feita no S. a edio do 1.0 vol. de "Curso Prtico
de Concreto Armado" do prof. Aderson Moreira da Rocha saido em julho
deste ano.

TABELA I
CA
CA

..

<ic = 80 kg/cm2
fie = 80

T40
T50

r= 0,207
r= 0,212

k
k

= 4,28
= 4,50

TABELA II
UR

CA
CA
CA
CA

37
50
T40
T50

200

r = 0.111

220
0,106

230
0,102
0,106
0,122
0,125

NOTA: Chamemos ateno para o fato de que naquela oportunidade substituimos


o ao CA-T60 pelo ao CA-T58 cujas especificaes so publicados nste
nmero.

ESTR.UTUR.A

N' 52

133

BARRAS LAMINADAS DE AO COM


SALIENCIAS, TORCIDAS A FRIO,
PARA CONCRETO ARMADO, CA-T58
APRESENTAO
A "Associao Brasileira de N ormas Tcnicas" vem dar publicidade
o projeto de norma elaborado de acrdo com o item 86 da NB-1, pelo Instituto Nacional de Tecnologia, para o
ao CA-T58. lllste texto, destinado a
receber sugestes, entregue ao exame e crtica dos interessados, como
"Especificao em Estgio Experimental". Trata-se de um complemento da
Especificao EB-130, aprovada cm
1960.
Qualquer apreciao do uso da presente Especificao dever ser enviada, dentro do prazo de 6 meses de sua
publicao, sede da ABNT, no Rio
de Janeiro.
1. OBJETIVO
1.1 Esta Especificao fixa os caractersticos exigveis no recebimento
de barras laminadas de ao, com salincias, torcidas a frio, categoria
CA-T58, destinadas a armar concreto.

2. CONDIES GERAIS
2.1 As barras de ao torcidas a
frio para concreto armado (classe
CA-T58) devem preliminarmente satisfazer s seguintes condies gerais:
134

a) Serem obtidas pela toro a


frio de barras laminadas de ao comum com salincias.
b) Apresentarem-se isentas de defeitos prejudiciais, sejam les devidos
prpria qualidade do ao, sejam devidos a outras causas (blhas, fissuras, esfoliaes, etc.).
e) A presentarem homogeneidade
quanto s suas propriedades.
d) As salincias devem ser dispostas de modo a assegurar elevada aderncia entre as barras e o concreto.
Alm das salincias contnuas helicoidais devem existir salincias descontnuas (cristas) .
2. 2 De acrdo com os caractersticos exigveis, as barras abrangidas por
esta Especificao so designadas corno
da categoria CA-T58.
2. 3 Para o fornecimento, cada barra deve trazer, numa das extremidades e de acrdo com o indicado no
Anexo, o distintivo da categoria a que
pertence, alm das outras indicaes
eventualmente exigidas pelo comprador.
2. 3.1 O pso real do fornecimento
deve ser igual ao seu pso nominal
com tolerncia + 6%. Pso nominal
o obtido multiplicando o comprimenESTRUTURA -

N' 52

to das barras pela rea das sees nominais respectivas e pelo pso especfico 7,85 kg/dm3
3. AMOSTRA
3.1 Cabe ao comprador, em cada
fornecimento de barras da mesma seo nominal :
a) Verificar o pso do material
fornecido.
b) Verificar se as condies dos
itens 2.1 e 2. 3 so preenchidas e rejeitar as barras que no as preencham.
c) Repartir as barras rejeitadas no
menor nmero inteiro possvel de lotes aproximadamente do mesmo pso;
cada lote deve pesar de 2. 000 a 4. 000
fornecimento de menos de 2 000 kg
normalmente no so submetidas a ensaios de recebimento).
d) Separar, a a.caso, de cada lote
uma barra.
e) Providenciar a extrao, da extremidade marcada da barra, de um
segmento com 2m de comprimento, o
qual ser considerado como amostra
representativa do lote.
f) Efetuar, logo aps, a remessa
dessa amostra, devidamente autenticada e com a indicao do lote a que
pertence, a um laboratrio convenientemente aparelhado para execuo de
ensaios de recebimento.
4. ENSAIOS
4.1 Cabe ao laboratrio, recebida a
amostra representativa do lote e verificada a sua autenticidade:
ESTRUTURA - N 52

a) Submet-la aos ensaios de trao e de dobramento, obedecendo respectivamente aos mtodos MB-4 e
MB-5.
b) Enviar ao comprador o certificado dos resultados dsses ensaios.
5. CONDIES IMPOSTAS
5 .1 No ensaio de trao a amostra
deve apresentar liimte de escoamento
convencional (limite de 0,2%), limite
de resistncias e alongamento igual ou
superiores aos mnimos fixados no
Anexo.
5.1.1 No ensaio de dobramento,
com o cutelo, pino ou calo indicado
no Anexo, a amostra deve suportar o
dobramento de 180 sem ruptura ou
fissurao.
6. ACEITAO OU REJEIO
DO LOTE
6.1 Ao comprador cabe cotejar,
para cada lote do fornecimento, os
resultados colhidos na inspeo e nos
ensaios de recebimento, com as exigncias desta Especificao.
6 .1.1 Caso todos os resultados dos
ensaios referentes amostra sejam satisfatrios, o lote ser aceito.
6 .1. 2 Caso um ou mais dsses re
sultados no satisfaam as referidas
exigncias, a barra da qual foi reti
rada a amostra separada e so retiradas, de duas outras barras do mesmo lote, novas amostras, uma de cada
barra, as quais sero submetidas aos
ensaios a que se refere o item 6.
6 .1. 3 Caso todos os resultados dos
ensaios referentes s novas amostras
sejam satisfatrios, o lote ser aceito.
435

6 .1. 4 Caso um qualquer dsses


novos resultados no satisfaam as referidas exigncias, o lote ser rejeitado.
7. DISTINTIVO
DA CATEGORIA
7.1 A indicao da categoria
feita no tpo e na superfcie lateral de
uma extremidade de cada barra, num
trecho de 10 cm com tinta a leo ou
celulsica.
8. CONDIES ESPECIAIS
DE EMPRGO
8.1 Aplicam-se s barras CA-T58
todos os dispositivos das normas brasileiras NB-1 (1960) e NB-2 (1961)
relativos ao emprgo de barras de ao
com salincias, torcidas, introduzindose no entanto as seguintes modificaes:
a) Compress.o axiai (item 23 da
NB-1) - De acrdo com a definio
de ue' dada no item 16 (Notaes),
pode ser adotado no clculo em funo da carga de ruptura, o valor

ue'

= 4.200 kg/cm 2

b) Trao axial, flexo, toro e


fra cortante (itens 24, 25, 29, 30 e
96 da NB-1): no clculo em fun~o da
carga de ruptura ue = 5.800kg/cm 2 ;
no clculo segundo o estdio II e no
clculo da armadura destinada a resistir aos esforos de trao oriundos
da fra cortante e da toro, tensiio
admissvel
"f

436

= 3.500k/cm 2

c) Aderncia (item 31 e 98 da
NB-1) : tenso admissvel
R
-O"16< 12kg/cm2

d) Espaamento de estribos em pilares no cintados e em vigas com armadura de compresso (itens 38 e 39


da NB-1) : 12 dimetros.
e) Ganchos (item 43 da NB-1) do
brados sbre pino com dimetro mnimo igual a 7 vzes o dimetro da
barra; dispensveis somente quando o
dimetro da barra no ultrapassar
14 mm, desde que observados os itens
45 e 49.
f) Barras curvadas (item 44 da
NB-1) : raio de curvatura no menor
que 17 dimetros.

g) Comprimento de ancoragem (item


45 da NB-1) : adotar os coeficientes
n' correspondentes s barras com mossas ou salincias, torcida ou no.
h) I<'issurao (itens 24, 25 e 86
da NB-1) : com as barras CA-T58 esto compreendidas na classe "barras
laminadas de ao com salincias, torcidas", com limite de escoamento convencional superior a 5. 000 k/cm 2, dever ser exigida verifica_o relativa
fissurao.
Para ste fim poder ser adotado
o critrio simplificado do artigo 61 da
NB-2, substituindo-se os algarismos
60 e 300 respeetiYamente por 45 e
220, caso no se faa uma demonstra~o mais rigorosa adotando-se, por
exemplo, o critrio do "Comit Europeu de Concreto" ou da Norma Francesa "BA-1960".
ESTRUTURA -

N' 52

A eficincia do processo e a quantidade da solda devem ser comprovadas experimentalmente.

i) Emendas com luvas (item 50


da NB-1): no so permitidas emendas com luvas em barras do tipo
CA-T58.

1) Dobramento (item 65 da NB-1):


as barras CA-T58 devero ser sempre
dobradas a frio.

j) Emendas com soldas (item 51


da NB-1): as emendas com soldas s
se faro com permisso excepcional da
Fiscalizao, condicionada aplicao
de procellsos especiais e de contrle
rigoroso por laboratrio nacional idneo.

m) Dosagem do concreto: a tenso


mnima de ruptura compresso do
concreto uR no ser nunca inferior a
135 kg/cm 2 quando for empregada armadura de barras CA-T58.

Ensaio de trao
Designaa da
cate11oria

CA-T58

Distintivo

Cr azul

Superjicie
externa

Com s&lincias externos helicoidais e

Awnga-

Ensaio de dobramento

menta em

Limite de Limite de
resisttncia escoamento
minimo
%
kg/mm 2
kg/mm2

1,1

58

Ue

u,avs

n~ametro

rninimo
cutelo ou

do pirw,
cautela ou
calo

Anguw de
dobramenlo

8,0

6e

180

sali-ncias

descontnuas (cristas)

Os smbolos S e e representam, respectivamente, S a rea da seo dos corpos de prova


de trao e e o dimetro dos corpos de prova de dobramento.

ESTRUTURA - N 52

437

OBRIGATORIEDADE DAS NORMAS


DA ABNT
Pela lei n 9 4.150, cujo texto adeante
te reproduzimos e que, depois de votada na Cmara e no Senado, foi sancionada com a assinatura do Presidente da Repblica e de todos os ministros, as normas da ABNT passam
a ser obrigatrias cm todos os servios executados, dirigidos ou fiscalizados pelas reparties pblicas e pelos
rgos paracstatais bem como em todos os servios subvencionados ou feitos em regime de convnio.
Numa palavra, a no ser para contratos puramente particulares, pode
se dizer que em todos os mais as normas da ABNT so obrigatrias.
essa, sem dvida, a coroao da
obra normalizadora a que a nossa Associao se vem dedicando h tantos
anos.

Devemos observar que no quizemos que essa obrigatoriedade fsse


tornada lei mais cedo, conforme nos
fra inclusive proposto. Achamos que
era preciso esperar que as normas entrassem de fato na prtica e nos hbitos da indstria, do comrcio, das
reparties, para s ento legaliz-las.
Hoje a normalizao est aceita,
pode se dizer que universalmente, nos
meios oficiais, industriais e comerciais. A lei vem, ento, dar a sua sano definitiva quilo que j se tinha
438

tornado costume: e essa, a nosso ver,


a condio mais eficaz para que uma
legislao realmente se execute.
Devemos, ainda, observar que a lei
sugere, com a necessria prudncia, a
instituio do regime de "marca de
conformidade" s normas, pelo qual
h nada menos 15 anos nos vimos batendo. Bastar dizer que no n 9 4 do
"Boletim" (de setembro de 1948) j
publicvamos urna nota sbre o "Relatrio do Secretrio Geral da ABNT
apresentado ao Conselho Diretor "insistindo pela necessidade do estudo
da questo da marca de conformidade s normas". E ainda recentemente,
em Reunio da Diretoria da Associao, foi aprovado o regulamento para
que funcione o "Servio de Marca de
Conformidade e de Contrle da Qualidade" o qual j tem entrado em contato com vrias indstrias para a concesso da "marca"; e est disposio
de tdas as indstrias que desejem
tal concesso.
Institui o regime obrigatrio de
preparo e observncia das normas tcnicas nos contratos de obras e compras do servio pblico de execuo
direta, concedida, autrquica ou de
ou de economia mista, atravs da Associao Brasileira de Normas Tcnicas, e d outras providncias.
O Presidente da Repblica:
ESTRUTURA

N' 52

Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:


Art. 19 ) Nos servios pblicos concedidos pelo Govrno Federal, assim
como nos de natureza estadual e municipal por le subvencionados ou executados em regime de convnio, nas
obras e servios executados, dirigidos
ou fiscalizados por quaisquer reparties federais ou rgos paraestatais,
em tdas as compras de materiais por
les feitas, bem como nos respectivos editais de concorrncia, contratos, ajustes e pedidos de preos ser
obrigatria a exigncia e aplicao dos
requisitos mnimos de qualdade, utilidade, resistncia e segurana usualmente chamados "normas tcnicas" e
elaboradas pela Associao Brasileira
de Normas Tcnicas, nesta lei mencionada pela sua sigla ABNT.
Art. 2) O Govrno Federal, por
intermdio do Departamento Administrativo do Servio Pblico, e na
forma em que essa colaborao j vem
sendo feita, indicar anualmente
ABNT, at 31 de maro, as normas
tcnicas novas em cujo preparo esteja
interessado ou aquelas cuja reviso lhe
parea conveniente.
Art. 3) Atravs do Departamento
Administrativo do Servio Pblico, do
Instituto de Resseguros do Brasil e
outros rgos centralizados ou autrquicos da administrao federal se incrementar, em acrdo com a ABNT,
o uso de rtulos, slos, letreiros sinetes e certificados demonstrativos da
observncia das normas tcnicas, chamados "marcas de conformidade".
ESTRUTURA - N 52

Art. 49 ) A partir do segundo ano


de vigncia desta lei, o Instituto de
Resseguros do Brasil passar a considerar, na cobertura de riscos elementares, a observncia das normas
tcnicas da ABNT quanto a materiais,
instalaes e servios de maneira a
tambm concorrer para que se estabelea na produo industrial o uso das
"marcas de conformidade" da ABNT.
Art. 5) A ABNT considerada
como rgo de utilidade pblica e, enquanto no visar lucros, aplicando integralmente na manuteno de sua administrao, instalaes, laboratrios e
servios, as rendas que auferir, em seu
favor se manter, no Oramento Geral da Repblica, dotao no inferior
a dez milhes de cruzeiros (Cr$
10.000. 000,00).
Art. 6) Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.
Braslia, 21 de novembro de 1962;
141 da Independncia e 749 da Repblica.

Joo Goulatrt
H&rmes Lima
Joo jJtangabeira
Pedro Paul.o de Arajo Suzano
Amaury Kruel
Miguel Calmon
Hlio de Almeida
Renato Co~ta Lima
Darei Ribeimo
Joo Pinheiro Netto
Reynaldo de Ca:rv.alho Filho
El~eu PagUoli
Octvio Aug~to D~ Cwrneiro
Ce~o Gabriel de Rezende PMso;;
439

MINISTERIO DA INDSTRIA E DO COMERCIO


Portaria n 29 de 19 de setembro de 1962
O DIRETOR-GERAL DO INSTITUTO NACIONAL DE
PESOS E MEDIDAS, de acrdo com o disposto no artigo 10 3
do Decreto-lei n 592 de 4 de agsto de 1938 (Lei Metrolgica),
RESOLVE substituir a Resoluo n 16 da Comisso de Metrologia
pela seguinte:
Portaria n 29
Dispe sbre o modo de escrever corretamente os nmeros e
os smbolos de unidades de medidas.

440

1 -

Deve ser empregada exclusivamente a vrgula para separar a parte inteira da parte decimal dos nmeros.

2 -

A parte inteira dos nmeros deve ser separada cm classe


de trs algarismos, da direita para a esquerda; na parte
decimal essa separao far..se- da esquerda para a direita;
em ambos os casos tal separao dever ser feita pelo uso
de um pequeno intervalo. A vrgula dever figurar sempre na mesma linha horizontal em que o nmero est escrito.
A recomendao relativa separao em classes de trs
algarismos no , necessriamcnte, aplicvel aos nmeros
reunidos em tabelas ou quadros, ou indicativos de ano.

3 -

No se deve acrescentar ponto abreviativo ao smbolo composto j previsto no quadro.

4 -

No se deve usar a letra s junto de um smbolo como sinal


de plural.

5 -

Os smbolos representativos das unidades no devem ser


escritos em forma de expoentes e sim na mesma linha horizontal em que o nmero est escrito. Excetuam-se os smbolos das unidades de temperatura, de tempo e das unidades de temperatura, de tempo e das unidades sexagsimas de ngulo.
ESTRUTURA -

N 52

6 -

Quando o valor numenco de uma grandeza parte fracionria, o smbolo da unidade respectiva no deve ser intercalado entre a parte inteira e a parte fracionria do
nmero, mas deve ser levado imediatamente direita desta
parte fracionria.
Esta recomendao no se aplica representao de
de importncias em dinheiro nacional, cujo smbolo, de
acrdo com o Decreto n 4 791, de 5 de outubro de 1942,
deve preceder ao nmero indicativo da importncia".

EXEMPLOS
Corno no se deve escrever:
37,2
1 291,243 47
25 m
80 kg
3 atm
134,289 m
5h lOmin 7s
15' 12' 14"
14' 16' 18,2"
50,350 g
0,25 g
50 cm
8 mm
120 mm 2
96 A ou 96 ampres
12 kg ou 12 quilogramas
40km/ (para exprimir velocida
de)

37.2
1291.25347 ou 129125347
25m. ou 25 mts.
80 kgs
aatm

134,m2iJ9
5" 10' 7"
15' 12m 148
14 o 16' 18",2
50,350
0,25 gr
50 c c ou 50c/c
8 m/m
120 mmq
96 amp. ou 96 amps.
12 quilos
40 kms

Rio de Janeiro, 1 de setembro de 1962.


S
Diretor-Geral

PAULO

ESTRUTURA - N' 52

441

NOTICIAS DIVERSAS
CONCURSO PARA DOCENTE LIVRE
Prestou concurso para docente livre da
cadeira "Estabilidade das Construes" da
Escola Nacional de Engenharia, da Universidade do Brasil o nosso Diretor Secretrio
Adolpho Polillo, logrando obter o ttulo, depois de cinco provas em que se saiu brilhan~
temente, fazendo jns tambm ao ttulo de
Doutor em Cincias Fsicas e Matemticas.
A Comisso Examinadora foi constituda
pelos profs. Sydney M. G. dos Santos, Aderson Moreira da Rocha, Felippe dos Santos
Reis, Ivo Wolff e Adhemar Fonseca.
O nosso confrade vem assim juntar mais
ste ttulo aos que possua, entre outros, os de
Doutor em Arquitetura e Docente Livre da
Cadeira "Concreto Armado" da Faculdade
Nacional de Arquitetura da Universidade do
Brasil.

O QUE ESCREVEM NOSSOS LEITORES


Maj. Eng Hans L. Altenburg, Academia
Militar, Resende, Rio: "Aproveito o ensejo
para transmitir-lhes minhas congratulaes
pela perfeita organizao e pela ateno e
presteza com que a "ESTRUTURA" atende aos interessados. uma mquina que
realmente funciona."
Eng' Jorge Rivkind, Crdoba, Argentina:
"Tengo el agrado de adjuntar a la presente el giro por US$ 8. 00 ,importe de la
renovacion de mi suscripcion a la revista.

La poca actual exige, a los ingenieros


estructurales, estar bien preparados: la
revista "ES'rRU'rURA" ayuda en gran
medida, a lograr ese propsito, para triunfar en la vida profesional."

Presidente: eng' Paulo S, diretor Secretrio-geral da A. B . N. T.


Vice-Presidente: eng Paulo R. Fragoso.
engo Fernando Luiz
Lobo B. Carneiro

Secret.rio-geral:

Membros iW Conselho Diffet!ff:


1. eng"' Paulo R. Fragoso, como representante oficial da A.B.N.T. (de
cuja Comisso de Normas Estruturais
o a tua! presidente)

2. cng' Srgio Marques de Sousa, como


representante oficial da Associao
Brasileira de Pontes e Estruturas
(da qual presidente)
3.

en~

Fernando Luiz Lobo B. Carnei-

ro, como representante oficial do


Instituto Nacional de Tecnologia
4. eng' prof. Aderson Moreira da Rocha,
como representante oficial da Escola
Nacional do Engenharia

5. eng"' prof. Telmaco van Langendonck,


como representante oficial da Associao Brasileira de Cimento Por-

tland
6. eng'l Carlos Freire Machado, convi

dado pela A . B . N. T . na qualidade


de engenheiro ligado indstria da
construo em concreto simples, ar

mado e protendido (chefe do corpo


tcnico da S.T.U.P.)
7. eng' prof. Sydney M. G. dos Santos,
convidado pela A. B. N. T. na qualidade de engenheiro estrutural, pro
jetista de obras de concreto simples,
armado o protendldo.
V*

Rewnio Ple'll<ria do Comit Latino


.A morioano do Concreto:

COMIT LATINO AMERLCANO DO


CONCRETO
Foi institudo pela ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS, no dia
17 de outubro ltimo, o COMIT LATINO
AMERICANO DO CONCRETO e de SECRETARIA PROVISRIA dste organismo internacional.
Os rgos dirigentes do COMIT BRASILEIRO DO CONCRETO ficaram constituidos da seguinte maneira:

442

O Conselho Diretor do Comit Brasileiro


do Concreto designou como delegados oficiais
primeira reunio plenria do Comit Latino
Americano do Concreto os seguintes membros: eng. o Paulo R. Fragoso, Srgio Mar-

ques de Sousa, Fernando Luiz Lobo B. Carneiro, Aderson Moreira da Rocha e Sydney
M. G. dos Santos. Essa primeira reunio
plenria ser realizada em Lima, Peru, por
ocasio do II Simpsio Pau-americano de

Estruturas (12 a 18 de janeiro de 1964).


Espera-se que essa reunio, alm de ado-

ESTRUTURA -

N 52

tar os estatutos definitivos do Comit La-

tino Americano do Concreto, conforme a


A_B,N.T., atravs do Comit Brasileiro do
Concreto, por ela organizado, como Secretaria
Permanente do organismo.
Histrico a (J(iao o Comit
Como se sabe, a A.B.N.T. , desde setembro de 1960, membro observador do Comit Europeu do Concreto ("Comit Europen
du Bton, C.E.E.). ~ste organismo, constitudo por 23 pases europeus ( 18 da Europa
Ocidental e 5 do Leste Europeu), possui
apenas trs membros fora da Europa, com
o carter de "observadores": os Estados
Unidos, o l\1xico e o Brasil. H mais de 6
anos trabalha o C. E. B. na elaborao de
um projeto de norma internacional de cl

culo e execuo de concreto armado. Tem


tambm orientado programas internacoinais
de pesquisas, dos quais participou, no Brasil,
o Instituto Nacional de Tecnologia, com a
colaborao do Conselho Nacional de Pesquisas. Dado o intersse excepcional despertado
em diversos pases da Amrica Latina pelos
trabalhos do C. E. B., surgiu a idia de criar.
se em nosso continente a organizao semelhante, idia essa que passou a concretizar-se principalmente por oca..~io da "tourne" do engenheiro Yves Saillard, Secretrio-permanente do C.E.B., que percorreu diversos pases da Amrica Latina, pronunciando conferncias e mantendo contacto com os
meios tcnicos.
Fimalidade o Comit
So os seguintes os objetivos do Comit
Latino Americano do Concreto: a) promover
o estudo dos problemas cientficos e tcnicos
relacionados com o progresso da indstria da
construo em concreto simples, armado e
protendido.

EstroW!ra o Comit Latitno Americano o


Concreto
O Comit Latino Americano ser coristitudo por Comits ou grupos nacionais, organizados nos pases la tino-americanos. Cada
Comit nacional eleger delegados oficiais s
Reunies Plenrias, e a Presidncia ser
exercida em rodzio pelos diversos pases.
Alm das reunies plenrias haver reunies
das diversas Comisses de Trabalho, com participao ampla de todos os tcnicos em condies de contribuir eficazmente para os objetivos do Comit.
De um modo geral os Conselhos Diretores
dos Comits Nacionais devero ter representantes dos organismos oficiais de normalizao (como, no Brasil, a A.B.N.T.), das
associaes de engenheiros, dos institutos
tecnolgicos, das escolas de engenharia, das
associaes de fabricant'es de cimento e de
ao para armadura, e dos scios individuais
(engenheiros e :firmas ligados ao projeto ou
execuo de obras de concreto). Essa composio assegurar um justo equilbrio entre
os diversos setores de associados, com predo
minncia dos organismos tcnicos (rgos
oficiais de normalizao, institutos tecnolgicos, escolas de engenharia, associaes tcnicas de engenheiros, etc.).
O primeiro Conselho Diretor do Comit
Brasileiro foi organizado pela A. B. N. T.
dent.ro d-sse esprito. Dada a grande extenso territorial do Brasil, podero ser organizadas nos diversos Estado da Federao,
e em Braslia, delegacias regionais, que tero
tambm direito a enviar um representante,
cada uma, ao Conselho Diretor.
O Comit Brasileiro do Concreto tem sede
na Associao Brasileira de Normas Tcnicas, Avenida Almirante Barroso 54, 15 pavimento, salas 1503/1505, Rio de Janeiro,
Guanabara.

O Comit Latino Americano ter independncia tcnica e administrativa total, mas


trabalhar em estreito contacto com o C.E.E.

ENGENHARIA ESTRUTURAL
DINAMICA

Uma das primeiras iniciativas do Comit


Brasileiro do Concreto, (que a seo brasileira do Comit Latino Americano e sua
secretaria provisria), ser a publicao da
traduo portugusa do Projeto de Norma
Internacional para o Clculo e a Execuo
de Obras de Concreto Armado, que acaba de
ser ultimado no sPio do Comit Europeu do
Concreto Essa publicao ser feita atravs
da Revista Estrutura, com o carter de publicao o:Eicial da A. B. N. T., e servir de
elemento precioso para a atualizao futura
das normas estruturais de concreto brasi1eiras, bem como para os trab&,lhos do Comit
Latino Americano.

Recebemos do eng9 Henrique Carlos


Mayall, membro da Associao Internacional
de Pontes e Estruturas e da A.B.P .E.,
uma carta solicitando divulgao da recente
fundao da "International Association for
Earthquake Engineering". Da elaborao dos
estatutos em causa participou, como delegado da A.B.P.E., o re:Eerido engenheiro.
De acrdo com o disposto no Art. 3 dos
estatutos do I.A.E.E., necessrio que se
passe organizao de um "Comit Brasileiro de Engenharia Estrutural Dinmica".
Ocorre que os problemas estudados nos
Congressos mundiais de Engenharia Estrutural Dinmica embora principalmente ligados

ESTRUTURA - N' 52

443

engenharia slsmica, de maneira geral focalizam esforos laterais, sendo pois relacio-

nados com a.o do vento, aes de guerra,


vibraes, etc. e deve haver um nmero considervel de interessados nestes assuntos entre engenheiros nacionais, que poderiam ser
reunidos no ''Comit Brasileiro" citado.
Os interessados podero dirigir-se, por
carta ,ao eng" Henrique Carlos Mayall, Rua
~~~ L~rllnjir!l Q~~, ;GiQ

11ft J"L\IIiro,

apresentados. - Tra-feira, 26 de janeiro:


Relato e discusso de Trabalhos apresentados. - Quarta-feira, 27 de janeiro: Visita.
s instalaes hidreltricas, estaes e estradas de Rotorua Concrto Maori. Quinta-feira, 28 de janeiro: Viagem para
W ellington.
WELLLINGTON -

Q~,

BPitllfPirll, 2!1 dP j!lnPiro! Spggfio mdinria. Sbado, 30 de janeiro: Sesso de encerramento. Domingo, 31 de janeiro:
Passeios. Segundafeira, 1 de fevereiro:
Visitas vrias.

*
3 CONGRESSO MUNDIAL DE ENGENHARIA ESTRUTURAL DINAMICA

TEMARIO-

Realizar-se- no perodo de 22 de janeiro


a 1' de fevereiro de 1965 o 3 Congresso
Mundial de Engenharia Estrutural Dinmica. ~ste conclave ter lugar na Nova Zeln-

1)

dia e ser quase totalmente subvencionado


pelo Govrno locaL
O programa provisrio do Congresso :

3)
4)

AUCKLAND-

5)

Sexta-feira, 22 de janeiro: Instalao.


Sbado, 23 de janeiro: Cerimnia de
abertura. - Domingo, 24 de janeiro: Passeio por Auckland. - Segunda-feira, 25 de
janeiro: Relato e discusso de Trabalhos

Os trabalhos iievero ser apresentados


at 31 de maro de 1964.
A lngua oficial do congresso ser o
ingls.

2)

Problemas de solos e fundao relacionados com abalos ssmicos.


Anliee dos efeitos sbre as estruturas
e instrumentos.
Sismologia.
Projetas de estrutur""' prova de abalos ssmicos - N armas.
Recentes abalos ssmicos e suas con

seqncias sbre obras estruturais.

----x----

CURSO DE J<;XTJ<JNSO UNIVERSITRIA SBRE


CALCULO DE PONTES DE CONCRETO ARMADO
Realizar-se- no perodo de 10 de novembro a 20 de dezembro prximo, na ES<'ola Nacional de Engenharia, um
curso de extenso universitria sbre "Clculo de Pontes de
Concreto Armado"_
O referido curso, cuJa direo estar a cargo do Prof.
Adcrson Moreira da Rocha, destinar-se-, no somente aos
alunos do 5 ano da E-N- E-, como tambm aos engcnheiro9
interessados. Ao final do curso ser fornecido um certificado
queles que tiverem freqentado.
Informaes na Secretaria da Escola Nacional de Engenharia, com Dra. Lygia.

ESTRUTURA -

N 52

O prximo ciclo de conferencias

que ser proferido pelo


Prol. Stefan Soretz durante o mes de novembro
Aum.-nt o " " rtll-'l'nr l a do C:/o 31 4110 ne rva1'0R.~60
Ttttdo adli\l.tIYt'l eh~ 16 t1:11mm' t: ~oractm por ean
t:bo:.t a li a tf!ndtt a4mlu h I de Ji ka t mol At'tn c a.oebo

ttrm.tnla.
Cara.ttu1at.Jua d

- u.o

dr~nda

dlll ruptura dt dJmenjona.nuo

n ......

fiN tU&mtft.LO -

u1uanca

rup1ur

nWcodo

'Tra(&o alropl~ nu~& .-.lo..) ' ' tlt-x.IO coeu


14rta normal atfo dunp~Mio a tal.
~~

d.U.

JNFLUtNCIA DO TIPO E DO T EMP O DE


APLICAO DA CARGA NO COMPORTA
ME NTO DO CO NCRETO ARMADO.
, 1 luOUI'IICI d i .:r.ca dt 10r)i(6 dUf4'(AO JOrt 1\ a f.O,
.,o ,orrt-10 ~~: ronctviO anud O..tottrltl.Ao l t.UL&, re.
ln~4.u , IIU!il#
rl u r 8m .. ntu. hll't Tl'..l'le, d~rf ncu.
\lU,.blllda dt, COllii>Orl&ll\tnt CI 110. r ugtYtA,

t,,
alu

A evoluco dq progrruo no campo dot atoa de


ae.a.~nria ~ s.:u rcflr~o no lQCnologiu. du

coucrtto armado, rr LI tu ,Jt urna J)r,.,quiaa continua .no


af d~ conquist11 ud" v~z mal~ lmporlllnt~s. tetu
ltUI fundumeutos basudCH em um lonsro e exunw
t r nbalbo M.permerllal. rfetuadu 1101 tnaia conu
&rados laWI'lltrio. de rllalos J)Ur urua ~IIUope d"
Pt'1t.luisadore!i dt rr1u.>me- mundtl.ll
Pela import!ICiA dos llablhu, ruliudos toou
d'll&que esp<'ral o Prof Sttfau Sot etz. f ogu
de tlevado Klllarito no um110 d~ Iconologia do
C\lnt' retu ~tmut.lo. ntl"r!"~~t de uma tt:tltnsa 14.!r i d~
rf'DiiU( Cs no rnmpu da ~squJ~k rxv.eaunenta l.
cujo "c ur1 tulum vlta fala bem alto de seu valor
Cursou " Escol~t T cotca Su11eolor de Vie11a.
doutooondo8e cm Eol(cnhu rio i\ jxh 10 ano~ coll\o
dtrotor le obrua rle I'Oc l'llcir io l ~cnlros de cons
tru~o ditlgiu, por 5 anos. o l11bo nll6rio med nco
tkn iro do lruo tuto Tecnolg11o d Pe>qu 1u ~~
Vlen Cont aind com lt unoo 111 dirl'(ilu ~"
laboratrio da Schonidtstahlwerke. pora prsqusu
tiU c.umpo dos IIOS pal"a

luflubi!Cill da
~ m~do ,

TEJ\tARIO DAS CONFERE: CIAS


I) EVOLUAO DAS DARI<AS
LISAS AO NERVATOR.

REOO:\DAS

Battu rNonda.t fi .ta.-. Totttanl , vtn "'' Ui u hth\.$1da..IJ, t rlllu &nt u~alad.u puAI Iu ...o tw. crul&..J

(&JIK& HO ~ . COI\H't!IO e

oonereto.

IIIA('I\U t4

~ OC: t'Ct lo

UeAJramtnlo

Dt

c.u .. ru.,une.rnl'nto , oormu a Hu: AJa. ~on.dto d


lboratOrlo f' l'hllll'~ du o brM
di t!Ct>ato da.; .OIItH.aQI)e_ d ln.&mlcu ou uuJualvu
(iuJtautln,.. .l no ~ '-' ttf"ftWW.dun e no conuetv

uem-adO
,l Jnttuenc,a da dll\rlbVI('&o ela arm.adu.ra no tt.
suratnPrl\0

(,

AO.kll(,lu tlut.
r.~~tnlN,

utut(W

oorWlU

lnu reonOouc

~ ~~t f: nt'l& do.

du proJt'" d.:a. ulrJ

lul.:t'HH

J'ROGRAlltA DAS CONFER 2NCIAS


SAO PAt.JW
Data
li li s 20.30 hs. -

arrruulurw

Srtu conwl ~ivo da Auodao Austraco do


Cimenlu ll' dtrewr sub5.tituto da Cornet&O dt'" Not'
mas Au$-lrtauls pata con~atto urmado. 6 a indu
mtmllro da, ~i>tulnt!o ~ociu(f'_,;, .. RILEM'...Co
tllitf ElltOIIftl'l du Bton" (CF.IIt 'Amtriun Cou
~rol.<' lnstitute" (ACI I.
A-tSo Internacional
para pontes struturu. "F"d<ruton tnwrn&cto
oalt de la Pr.,eontfUinte'' I t ' IB I t Comtuo AI<
oliO. paro concreto ormndo
'fonto$. por ,,lo a tL\tt(I2R ai, ~ 1 ut: e8A nuvn
tealllao da A~ Torsima S A pelos assumo
\xJ1dat.lox f os tt~ma:~ txpoatuA ~t~ " dt intgvel
flrOV\HLO, ftOt'lue MIE-m rlu 1nt~r h~t 'lU< (.! nvolvt 4l
trabalho e..xpe1 inumtu t lnl ~t-ntidu ti~ ti'Onsmitir nu
pr,tica '' " >lu ~I ti.du feiiOIIIellOIO~;a.
conatitu aiudH ba~>e tUI 11 a tullolidaAo <I
cooceituao ltrca..

'""""-

Ef.-Ho du cark de plano dt t:lo \'&rtA\'el no


h N uranumlu tt nu C4.tn1port..nu! nlo tua rUptura.

\'1

soL os au spcios do l ns
no auditr io do
EngtnhatiM, 110 P.tAeto

ltLutu do

F.n~e~nhari.

tn aUtuto
Mau .

(Tema N,o 11
I Jfl l h 17 SO ht. - sob o' auspcios da E
cola Polltkniea d a Un l vtuidad~ de So
Paulo, no l'rdio Santiago, P rats C~l.

Fer na ndo Prsu t


{Tema N.0 21
BRAS lUA
Data
l lit ll lu 1!0 :10 ha . sob os ausplclos d o
Untversldodo d e Bra~ilta. no ~uditrio da

Ulliversidnde

d~

Braalla
('f en N.u 21

RIO DE J ANEIRO
Data
I / li :.S l MSO hs - oh o allllpicios do D.T E
de E sll uturn Ju Clu~ de Enrenharia .
no audurlu du Cl ubt! d Enienharia , a
... v. Rio Brauco

(Tema N. 0 I)

sou

!!O/ li s 18.30 hs 01 auplcios do O T .!:


de Etrutura1 do Clube do Engenharia .
no audit6r to du Clube de En~tnharia, '
Av. Rio Branco,

(Twa No 2)

SETA L
SOCIEDADE DE ENGENHARIA E TERRAPLENAGEM
ALBERTO LTDA.

CONSTRUTORA DOS MINISTiiRIOS 6 E 7 DE BR;;\S!LIA E DOS SEGillNTES VIADUTOS PROJETADOS PELO PROFESSOR ADERSON MOREIRA
DA ROCHA E CLASSIFICADOS EM 19 LUGAR EM CONCORRllNCIAS
REALIZADAS NA NOVACAP E C.E.R. DE MATO GROSSO

GRANDE VIADUTO SOBRE O LAGO


180 metros de comprimento com 3 vos em concreto pretendido!

VIADUTOS DO TREVO DE DISTRIBUIO NORTE


55 m X 32 em concreto armado.

PONTE SOBRE O RIO CUIAB -

65 m de vo central em

canteleven> em concreto pretendido.

AV, RIO BRANCO, 151- 9' ANDAR


RIO DE JANEIRO
RUA 7 DE ABRIL, 261 SO PAULO

446

SI 508 a 513

ESTRUTURA -

N' 52

CURSO PRATICO DE CONCRETO ARMADO


ADERSON MOREIRA DA ROCHA
1:

...

I
II
IW
IV

vol.
vol.
vol.
vol.

(br.)
(br.) .................
(br.)
(br.) .................

Cr$
Cr$
Cr$
Cr$

3.000,00
2.500,00
2. 500,00
2.500,00

HIPERESTTICA PLANA GERAL


ADERSON MoREIRA DA RocHA
I vol.
II vol.
III vol.

(enc.) ............... .

(enc.) ............... .

esgotado
Cr$ 2 . 500,00
Cr$ 2 . 500,00

EXERClCIOS DE HIPERESTTICA
AoOLPHO POLILLO
I vol.

(br.) . . . . . . . . . . . . . . . . .

Cr$

2. 500,00

Os preos desta relao anulam os anteriores e podem ser alterados sem prvio-aviso.

EDITORA CIENTIFICA
Av. Erasmo Braga, 299- 89 andar
Caixa Postal, 3436 - End. Teleg.: SPIKER
Rio-GB

ESTRUTURA - N 52

447

PREOS DE "ESTRUTURA"
Informamos os nossos preos no Brasil e no exterior:
No Brasil,
Cr$
Cr$
Cr$

N" avulso
N atrasao
Assinatuar ( 1O nmeros)

1 . 000,00
1. 200,00
9. 000,00

Volumes encadernados:
r~

2"

3(}
4(\

s
6"
7"
8"

9'
109
11"

(ex.
(ex.
- (ex.
- (ex.
- (ex.
(ex.
(ex.
(ex.
- (ex.
- (ex.
-- (ex.

1 a
4 a
9 a
13 a
18 a
23 a
28 a
33 a
38 a
42 a
46 a

3) ................. Cr$ 4.000,00


................. Cr$ 6. 500,00

8)
12)
17)
22)
27)
32)
37)
41)
45)
48)

................. Cr$
. . . . . . . . . . . . . . . . Cr$
. . . . . . . . . . . . . . . . . Cr$
................. Cr$
................. Cr$
................. Cr$
..............
Cr$
................. Cr$
.... ' ............ Cr$
"

5.200,00
6. 500,00
6. 500,00
6. 500,00
6. 500,00
6. 500,00
5.200,00
5.200,00
4.000,00

No exterior,
NQ avulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... .. . . . . . .
Assinatura (10 nmeros) . . . . . . . . . . . . . . . .

US$
US$

1,00
8,00

lQ ................................ US$
29 , 4 ao 8" ................. cada um US$
39 , 99 . . . . cada um US$

3,50
5,50
4,50

Volumes encadernados:

ANNCIOS
1 pgina . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. .. .
1/2 pgina .. . .. . .. .. .. . .. . .. .. .. .. .. .. ..
Capa interna ou pgina com local determinado.
Capa externa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

448

Cr$
Cr$
Cr$
Cr$

35.000,00
20.000,00
38.000,00
40 . 000,00

ESTRUTURA -

N 52

APARELI-IOS DE APOIO DE BORRACHA FRETADA

~~

S. T. U.P.

SOCIEDADE TCN I CA PARA UTILIZAO DA PRETENSO


(PROCESSOS FREYSSINET) S . A.
AVENIDA RIO BRANCO, 109 - GRUPO 1103 - RIO DE JANEIRO - TELS.

22-1330
22-9403

VANTAGENS QUIMJCAS:

e
e
e
e

Matria prima cuidadosamente controlada


Anlise controlada
Teores de enxfre e fsforo mnimos
Processo esmerado de fuso e corrida

e
e

Melhor correspondncia s hipteses do clculo ~


ruplura
Aumenta a resistncia da \'ga com largura pre~tixa ..
da pela diminuio do nmero de camadas de ft>rro
No requer processos especiais de clculo

CARACTERISTICAS MECANJCAS:

VANTAGENS DE UTILIZAAO:

e
e
e
e

Limite de escoamento mnimo f!:Rrantido de 5.800


kg/cm2

Limite de ruptura mnimo 10% acima do limile de


escoamenlo

Alongamento mnimo 8%

Aderncia controlada tanto longitudinal como cir


conferencial

Aderncia contnua sem orientao preferencial das


barras

e
e
e
e

COMPORTAMENTO TECNICO:

e
e

Oferece 25% a mais de aderncia frenle ao antigo


tipo TORSTAHL
As cristas eliminam possibilidade de movimento ro
tativo no arrancamento das barras em peas forte
mente solicitadas
No requer um concreto especial! pode utilizar-se
inclusive um concreto de baixa resistncia
No necessita ganchos em nenhuma bitola

Maior colaborao com o concreto em colunas

VANTAGENS DE CALCULO:

Tenso admissivel 3500 kg!cm2 - t>m consequncia


a sc('o de nervaTOR 60 se reduz de 60% frente
ao ferro comum
Melhor distribuio das armaduras, pt>1a dimi~uin
de sct;o de ferro neccs~rio, com maior r~istncia
das pt'as.

O nervaTOR 60 ocupa uns 60% a mt'."nos de espao


do que o ferro comum e uns 20% a menos do an
tigo

TORSTAUL

Emen~as

simplr-s
O nervaTOR 60 perrnitt" t'XN~Uiar fcilmentf! vigas em
duplo T porque no nt'ccssita de ganchos
Maior facilidade para lanamento e compactao do
concreto
As barras no se deformam com a passagem dos
operrios

VANTAGENS ECONMICAS:

e
e
e
e

Diminuio do custo de transporte


Diminuio do custo de mo de obra
20% a mais de economia
Maior 'conomia pela supresso dos ganchos (ma
terial e mo de obra}

VANTAGENS DE SEGURANA:

e
e
e
e

Severo controle fsico-mecnico em nosso'S laboral


rios
Fcilml'nte id<'ntifcvel, sem perigo de confoees
com imitaes
Maior segurana c aviso de colapso garantidos nas
estruturas
Maior conlrlr de fissuramento; abaixo dos mini

mos especificados.

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