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Apostila Teoria Cirurgia Odontologica

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CIRURGIA

Prof. Dr. Andr Nos


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ABITEP CIRURGIA_
Tel.: 11 3214 - 8949

ANESTESIAS LOCAIS
As anestesias locais podem ser definidas como a supresso da sensibilidade dolorosa de uma determinada
regio do corpo, reversvel e com finalidade teraputica.
So procedimentos corriqueiros na prtica da Odontologia, devendo o profissional ser criterioso na seleo da soluo
anestsica, ter conhecimentos de anatomia e conhecer a tcnica para obter xito.
As anestesias locais so classificadas em:
Anestesia Tpica que tem como objetivo uma perda de sensibilidade no local de aplicao do frmaco, com
profundidade mdia de um milmetro quando aplicado em mucosa, para diminuir a sensibilidade no local de punctura de
agulhas para as demais tcnicas. A manobra de colocao do anestsico definida como manobra de Lasanski e
consiste na secagem da regio de aplicao, frico do gel anestsico, tempo de ao de um minuto e remoo do
excesso do gel.
Anestesia terminal infiltrativa tem como objetivo anestesiar as terminaes nervosas livres em uma
determinada regio, atravs da injeo de uma soluo anestsica na rea de interesse. A rea anestesiada ser
pequena, restrita ao local de depsito da droga. Exemplo: anestesia terminal do nervo alveolar superior anterior para
tratamento endodntico do elemento dental 21.
Anestesia regional uma tcnica que bloqueia o nervo em seu trajeto, anteriormente as terminaes nervosas
livres. Tem uma rea de abrangncia maior que as terminais, anestesiando uma regio anatmica maior. Exemplo:
tcnica ptrigo mandibular para anestesia de todos os dentes da mandbula do lado do depsito do anestsico.
Anestesia troncular a anestesia de um tronco nervoso completo, de sua origem aparente at suas
terminaes livres. Tem abrangncia em todo rea inervada pelo tronco nervoso. Em odontologia tm uso restrito
devido suas possveis complicaes. Exemplo: anestesia do nervo mandibular aps sua origem no gnglio trigeminal.
Para as tcnicas infiltrativas alguns princpios devem ser considerados para uma tcnica mais segura e com menor
possibilidade de desconforto para o paciente.
Injeo lenta da soluo anestsica por diminuir a dor provocada pela compresso dos tecidos adjacentes e
torna o procedimento mais seguro, pois frente qualquer alterao verificada no paciente pode-se suspender o
procedimento com a injeo de menor quantidade de anestsico. O tempo recomendado para a injeo de um tubete
de 1,8 ml de trs minutos
Bisel da agulha voltada para o tecido sseo que facilita a difuso do anestsico e diminui a compresso dos
tecidos.
No introduzir totalmente a agulha, pois em caso de fratura da mesma o ponto de ruptura vai ser na juno da
agulha com o canho, dificultando sua remoo.
Promover refluxo (aspirao) do mbolo da seringa para verificar se a agulha se encontra no interior de um vaso
sanguneo, evitando assim a injeo de soluo anestsica no interior do vaso.
No dobrar a agulha antes da injeo e evitar movimentos da seringa durante o procedimento para evitar
fraturas de agulha.
A tcnica dependente do conhecimento de anatomia regional e da inervao sensorial dos maxilares que seguem no
quadro abaixo.
NERVO
Alveolar inferior
mentual
incisivo
Lingual
Bucal
Alveolar superior anterior
Alveolar superior mdio
Alveolar superior posterior
Palatino anterior
Palatino posterior
Nasopalatino

DENTES
Molares e pr molares inferiores
nenhum

TECIDO MOLE
nenhum
Mucosa vestibukar de pr molares, caninos e
incisivos inferiores
Canino e incisivos inferiores
nenhum
Nenhum
Lingual de todos os dentes inferiores e 2/3
anteriores da lngua
Nenhum
Bucal dos molares inferiores
Incisivos e caninos superiores
Vestibular incisivos e caninos
Pr-molares e raiz msio-vestibular do Vestibular de pr-molares
primeiro molar
Molares exceto raiz msio-vestibular do Vestibular dos molares
primeiro molar
Nenhum
Palatina de molares e pr-molares
Nenhum
Vu palatino
Nenhum
Palatina de caninos e incisivos

Com o conhecimento da inervao acima, pode-se definir a regio a ser anestesiada, levando-se em
considerao o procedimento que ser realizado.

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Para a seleo da soluo anestsica deve-se proceder a uma anamnese criteriosa e definir o estado fsico do
paciente frente ao ato anestsico e cirrgico, podendo utilizar como referncia a tabela ASA (Associao dos
Anestesistas Americanos).
ASA I: Paciente com sade normal
ASA II: Paciente com doena sistmica leve ou fator de risco de sade insignificante.
ASA III: Paciente com doena sistmica grave, mas no incapacitante.
ASA IV: Paciente com doena grave que constitui ameaa constante vida.
ASA V: Paciente moribundo que no se espera que sobreviva sem cirurgia.
ASA VI: Paciente com morte cerebral declarada, potencial doador de rgos e tecidos.
Com estes dados de anamnese e avaliao do paciente podemos definir a necessidade e oportunidade da
realizao do procedimento anestsico e cirrgico, definindo se o procedimento pode ser realizado em nvel
ambulatorial ou hospitalar.
A seleo do anestsico vai se basear em princpios de farmacologia. As bases anestsicas so divididas em
dois grandes grupos, sendo um grupo ster e um grupo amida, estando todas as solues normalmente empregadas
em Odontologia neste segundo grupo que se caracteriza pela metabolizao heptica do sal anestsico. Outro fator
importante a utilizao ou no de vaso constritores associados s bases anestsicas.
Os vaso constritores tem como vantagem proporcionar um maior tempo anestsico, diminuio da velocidade de
absoro e conseqente toxicidade. E como desvantagem principal alteraes na contractilidade e excitabilidade
cardaca, levando a um aumento de ambas.
FARMACOLOGIA DOS ANESTSICOS
Conceito
Anestsicos locais so drogas que, em contato com as fibras nervosas, promovem um bloqueio reversvel dos
impulsos nervosos aferentes, eliminando temporariamente a sensibilidade em todo territrio de distribuio desse
nervo.
A forma ionizada do anestsico local bloqueia os canais de Sdio da membrana celular, impedindo o influxo de ons
Sdio (Na+) para o meio intra-celular, diminuindo a taxa de despolarizao e, dessa forma, a ocorrncia do
potencial de ao.
Dissociao dos Anestsicos Locais
Variveis
pH: Potencial Hidrogeninico - refere-se a concentrao de ons H+ . Define a acidez ou alcalinidade do
meio
pK: Constante de Dissociao de um cido - refere-se a fora do cido. Corresponde ao pH no qual ocorre
igualdade entre cido e base.
Classificao dos Anestsicos Locais
Derivados dos steres:
Novocana;
Procana;
Tetracana;
Benzocana.
Derivados das Amidas:
Lidocana;
Prilocana;
Mepivacana;
Bupivacana;
Articana.

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Metabolizao
steres - plasma sangneo (pseudocolinesterase)
Amidas fgado (enzimas microssomiais)
Solubilidade Lipdica
Determina a potncia do anestsico local. Uma maior lipossolubilidade produz um anestsico mais potente.
Exemplos: Bupivocana e Etidocana
Ligao Protica
Determina a durao do efeito anestsico. Um maior grau de ligao protica no stio receptor determina uma ao
mais duradoura.
Exemplos: Bupivocana e Etidocana
pKa
Determina o tempo de incio da anestesia. Quanto mais prximo for o pKa do pH tecidual, mais rpido o incio de
atividade anestsica.
Exemplos: Mepivacana e Lidocana
Caractersticas Ideais
Possuir longa durao
No ser alergnico
Promover anestesia profunda em concentraes adequadas
Imediata metabolizao e excreo
Apresentar tropismo positivo para tecido nervoso
Reversibilidade de ao
Baixa toxicidade sistmica e local
Ser estvel em soluo
Sofrer rpida biotransformao
Ser estril
Lidocana
Classe: amida
Potncia: 2
Metabolismo: heptico por oxidades
Excreo: renal
Incio de ao: 2 a 3 minutos
Concentrao eficaz: 2%
Dose mxima: 4,4mg/Kg - 300mg
Droga padro ouro
Mepivacana
Classe: amida
Potncia: 2
Metabolismo: heptico por oxidases
Excreo: renal
Incio de Ao: 1,5 a 2 minutos
Concentrao eficaz: 3%
Dose mxima: 6,6mg/Kg - 400mg
Prilocana
Classe: amida
Potncia: 2
Metabolismo: heptico por amidases at ortotoluidina
Excreo: renal
Incio de ao: 3 a 4 minutos
Concentrao eficaz: 3 a 4%
Dose mxima: 6mg/Kg - 400mg
Risco de metemoglobinemia
Evitar o uso em portadores de metemoglobinemia, anemia, insuficincia cardaca e respiratria
Evitar o uso conjugado com Paracetamol
Bupivacana
Classe: amida
Potncia: 4
Metabolismo: heptico por amidases
Excreo: renal
Incio de ao: 6 a 8 minutos
Concentrao eficaz: 0,5%
Dose mxima: 1,3mg/Kg - 90mg
Indicado para procedimentos de longa durao
Evitar o uso em crianas pelo risco de auto-leso

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Ao dos Vasoconstritores
Reduzem a perfuso sangnea local
Retardam a absoro do anestsico
Diminuem o risco do toxicidade
Aumentam a durao da ao de alguns anestsico
Reduzem o sangramento cirrgico
Diluio dos Vasoconstritores
designada por proporo:
1.50.000 - significa que existe 0,02mg do vaso para 1ml da soluo
1.100.000 - significa que existe 0,01mg do vaso para 1ml da soluo
1.200.000 - significa que existe 0,005mg do vaso para 1ml da soluo
Adrenalina
Fonte: medula supra-renal
Ao: receptores e adrenrgicos; predominam efeitos
Cardiovascular: aumento da PA, aumento do dbito cardaco, aumento da freqncia cardaca, aumento do
consumo de oxignio. Diminuio global da eficincia cardaca.
Vascular: pele, mucosas, msculos e rins (vasoconstrio);possibilidade de ocorrer efeito rebote
Respiratrio: broncodilatador
Precaues: cardiopatias, hipertireoidismo, usurios de antidepressivos tricclicos.
Noradrenalina
Fonte: medula supra-renal
Ao: receptores e adrenrgicos; predominam efeitos
Cardiovascular: aumento da PA, diminuio da freqncia cardaca, aumento da resistncia perifrica
Vascular: vasoconstrio perifrica potente
Respiratrio: no causa broncodilatao
Precaues: diabticos, cardiopatas, contra-indicada para usurios de antidepressivos tricclicos
Fenilefrina
Fonte: amina simpaticomimtica sinttica
Ao: estimulao direta e pouca ao . Possui 5% da potncia da adrenalina
Cardiovascular: aumento da PA; bradicardia reflexa; diminuio do dbito cardaco; vasoconstrio perifrica
Respiratrio: causa broncodilatao leve
Precaues: diabticos e cardiopatas
Felipressina
Fonte: anlogo sinttico da vasopressina (hormnio antidiurtico)
Ao: estimula diretamente a musculatura lisa vascular.
Cardiovascular: efeito mnimo
Vascular: ao mais intensa na microcirculao venosa do que na arteriolar
tero: ocitxica
Precaues: contra-indicada em gestantes.
Fatores na Seleo dos Anestsicos Locais
Durao necessria do controle da dor
Possibilidade de desconforto aps o procedimento
Possibilidade de auto-leso
Necessidade de hemostasia
Estado clnico do paciente

As tabelas a seguir mostram resumidamente a durao da anestesia das diversas solues encontradas no mercado e
a dose mxima recomendada para adultos (70 kg) e crianas (20 kg).
soluo
Mepivacana 3%
Lidocana 2% com adrenalina
Prilocana com felipressina
Mepivacana com adrenalina
Bupivacana com adrenalina

Dentes maxila
12-20 min.
50-60 min.
30-40 min.
80-90 min.
90-120 min.

Soluo
Lidocana 2% com adrenalina
Mepivacana com adrenalina
Mepivacana 3%
Prilocana com felipressina
Bupivacana com adrenalina

Dose mx. mg/kg


5
5
5
5
1,5

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Dentes mandbula
40-60 min.
90-100 min.
50-60 min.
120-150 min.
3 horas
Tubetes/adulto
10
10
6
10
10

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Tecidos moles
2-3 horas
3-4 horas
2-3 horas
3-4 horas
4-9 horas
Tubetes/criana
3
3
2
3
3

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Aplicao do anestsico:

Submucoso: injeo do anestsico abaixo do plano mucoso, mas sem penetrao da agulha no peristeo,
obtem-se bom efeito anestsico, com maior conforto ao paciente.
Subperiosteal: Injeo do anestsico abaixo do peristeo, com bom efeito anestsico por facilitar a difuso da
soluo, mas com desconforto maior pela disteno do peristeo. Pode causar necrose da mucosa, quando da
injeo do anestsico de forma intempestiva, sendo este acidente mais comum em regio palatina.
Intra-ligamentar: Procedimento restrito s exodontias pois pode levar a necrose do ligamento periodontal.
Intra-septal (Ca-Zoe): deposio do anestsico acima da crista alveolar, com agulha extra-fina e seringa
eletrnica (para melhor controle da velocidade e do fluxo de anestsico). Pode ser substituta de uma ptrigo
mandibular, anestesiando um elemento inferior (ex. molar), por um curto perodo de tempo. Est indicado o
uso de anestsicos sem vaso constritor.
Intra-ssea: Injeo do anestsico dentro da medular ssea. Necessita de um trpano para acesso da agulha.
Tcnica muito pouco difundida.
Intra-pulpar: Utilizada em procedimentos endodonticos, como complemento das demais tcnicas, quando no
se consegue insensibilidade da polpa dental. Pode ser usada tambm em cirurgias quando o paciente refere
dor durante odontosseco.

Tcnicas anestsicas:

Maxila.

Terminal infiltrativa

Usada em todos os dentes da regio.

Aplicada diretamente na rea do pice dos dentes.

Tcnica de eleio.

Regionais.

Ps tber ou da tuberosidade alta;

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Carrea ou do canal palatino;

Infra orbitria; (intra e extra oral)


Naso palatino. (intra e extra oral)

Grande abrangncia

Maiores riscos, principalmente Ps tber e Carrea por acidentes vasculares

Mandbula

Terminal infiltrativa.

Utilizada nos dentes anteriores para anestesia do nervo incisivo.

Contra indicada nos demais dentes pela impossibilidade de difuso do anestsico.

Utilizada em mucosa de pequenas reas, tanto na rea de abrangncia no nervo mentual


como do bucal.

Regional.

Ptrigo mandibular (alveolar inferior e lingual);

Mentoniano;

Gow-Gates;

Akinosi;

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Extra oral.

Acidentes e complicaes:
Podemos citar como os acidentes e complicaes mais comuns a injeo de anestsico dentro de um vaso
sangneo, tendo como conseqncia um aumento da freqncia cardaca e da presso arterial e este acidente
prevenido com a aspirao antes da injeo do anestsico, a fratura da agulha nos tecidos o que pode ser evitado no
promovendo movimentos intempestivos com a seringa e na ocorrncia deste acidente, ele pode ser facilmente corrigido
se a agulha no for totalmente introduzida nos tecidos. Uma complicao da anestesia tambm relatada a dificuldade
de instalao do efeito anestsico na regio de interesse e esta complicao est diretamente relacionada com a
experincia do profissional.
Anatomia
Osteologia

2
1

Ossos que compe o crnio:

12
3
5

Neurocrnio:
1.
2.
3.
4.
5.
6.

Frontal
Parietal (2)
Temporal (2)
Occipital
Esfenide
Etmide

10

14

8
7

Esplancnocrnio:
7.
Mandbula
8.
Maxila (2)
11
9.
Zigomtico
10.
Nasal (2)
11.
Palatino (2)
12.
Lacrimal (2)
13.
Vmer
14. Conchas nasais (4)

6
13

Miologia
Msculos da mastigao:
1.
2.
3.
4.

Masseter
Temporal
Pterigideo medial
Pterigideo lateral

1
4
3
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Msculos supra hiideos

6 (seccionado)
1.
2.
3.
4.
5.
6.

Digstrico ventre anterior


Digstrico ventre posterior
Estilo-hiideo
Milo-hiodeo
Gnio-hiodeo
Genioglosso

4
5
3

2
4
3
1

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Msculos da mmica
1.
Orbicular da boca
2.
Elevador do lbio superior
3.
Elevador do lbio superior e asa
do nariz
4.
Zigomtico menor
5.
Elevador do ngulo da boca
6.
Zigomtico maior
7.
Risrio
8.
Bucinador
9.
Depressor do ngulo da boca
10.
Depressor do lbio inferior
11.
Mentoniano
12.
Platisma
13.
Orbicular das plpebras
14.
Ociptofrontal
15.
Prcero
16.
Corrugador do superclio
17.
Nasal

16
15
14
13
17

6
10

9
7

Msculos da lngua
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.

Longitudinal superior
Genioglosso
Hioglosso
Estiloglosso
Palatoglosso
Gnio-hiideo
Milo-hiideo

12

11

4
2
3

7
6

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Vascular
A artria Cartida se divide na regio cervical em dois ramos. A cartida interna faz irrigao do encfalo e a externa
faz irrigao da face e objetivo de estudo.

Ramos da cartida externa

6.3

1.
Tireidea superior
2.
Lingual
3.
Facial
3.1. Submental
3.2. Labial inferior
3.3. Labial superior
3.4. Angular
4.
Occipital
5.
Auricular posterior
6.
Maxilar
6.1 Alveolar inferior
6.2 Menngea mdia
6.3 Temporal profunda
6.4 Bucal
6.5 Infra orbital
6.6 Esfenopalatina
6.7 Palatina descendente
7.
Transversa de face
8.
Temporal mdia
9.
Temporal superficial

7
6.7

6.6
6.5
3.4
6.4

3.3
5
6.2
6
3.2
6.1
2
3

Cartida interna

3.1

Cartida externa
Sistema nervoso

Nervo facial (VII par)


Ramo facial (motor)
1.
2.
3.
4.
5.

Cervical
Marginal da mandbula
Bucal
Zigomtico
Temporal

3
1

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Nervo trigmeo (V par)


Na ilustrao abaixo constam as passagens dos ramos do trigmeo pelos respectivos forames.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.

Gnglio trigeminal
Nervo oftlmico.
Nervo maxilar.
Nervo mandibular.
Nervo trigmeo
Dura mter da fossa craniana mdia
Dura mter da fossa craniana posterior
Forame redondo.
Forame oval.

2
8
3
6
1
7
5
9

Ramo Mandibular (no esquecer que o ramo mandibular misto, possui nervos sensitivos (s) e motores (m), sendo
estes responsveis pela inervao dos msculos da mastigao).
1.
1.1
1.2
2.
3.
4.
5.
6.
7.

Alveolar inferior
mentoniano
incisivo (s)
Lingual (s)
Bucal (s)
Aurculo temporal (s)
Masseterino (m)
Temporal (m)
Pterigideo medial e lateral (m)

1.2
1.1

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2.

Ramo maxilar (sensitivo)

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.

Gnglio ptrigopalatino
Palatino posterior (forame palatino menor)
Palatino anterior (forame palatino maior)
Alveolar superior posterior
Ramo gengival
Alveolar superior mdio
Alveolar superior anterior
Infra orbitrio
Naso palatino (forame incisivo)

1
8

9
6
7
4
3

Ramo Oftlmico (sensitivo)

4
3

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.

N. ciliares
N. nasociliar
N. Etmoidal anterior
N. Frontal
N. Supraorbital
N. Supretroclear
N. Infratroclear
N. lacrimal
N. Nasal externo.
N. nasal interno

2
6
7

10
8

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PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DA PRTICA CIRURGICA


TERAPUTICA CIRRGICA
Prtica vinculada a princpios bem definidos que possibilitam alcanar seus propsitos.
1- PRINCPIO DA NECESSIDADE
- Propedutica Clnica 1.a. Anamnese
Definio: anamnese a investigao atravs de entrevista da histria clnica do paciente que procura um profissional
para tratamento. Ela deve incluir a queixa principal, a histria deste problema, a histria mdica pregressa, histria
familiar, hbitos e interrogatrio sobre aparelhos e sistemas orgnicos do paciente.
Tcnica: a anamnese deve ser conduzida sem interferncia do profissional nas respostas do paciente. Uma anamnese
bem conduzida, por um profissional atento de grande importncia para o diagnstico do problema do paciente.
Objetivos: O objetivo destes questionamentos servir de apoio para o diagnstico de problemas relacionados
diretamente com a queixa do paciente ou relacionados com a sade sistmica que podem trazer riscos ou interferncias
no prognstico do caso.
1.b. Exame Fsico
Definio: Atravs dos sentidos como viso, audio e tato para, baseado na anamnese, diminuir as possibilidade de
diagnstico ou conseguir um diagnstico definitivo.
Tcnica
Observar,
Palpar,
Iluminar,
1.c. Diagnstico Diferencial
Hipteses Diagnsticas.
As hipteses diagnsticas devem ser baseadas na anamnese e exame fsico. Nesta fase pode-se ter um diagnstico
definitivo. Se este ainda no for possvel devemos lanar mo de recursos adicionais de patologia clnica.
1.d. Recursos de Patologia Clnica
Exames Laboratoriais (esto relacionados em separado ao final deste captulo).
Manobras Locais
Puno: um auxiliar de diagnstico. Pode ser usada para coleta de material do interior de uma leso e anlise
laboratorial, ou para excluir a possibilidade de abordagem de uma leso vascular como o hemangioma, sem os
cuidados necessrios.
Esfregao:
Idealizado por Papanicolau, tambm denominado citologia esfoliativa. No fornece diagnstico definitivo mas o grau de
malignidade de uma leso. Os resultados so definidos pela Escala de Papanicolau e Traut
Classe 0:
Classe I:
Classe II:
Classe III:
Classe IV:
Classe V:

Material insuficiente.
Clulas normais.
Cls. Atpicas sem evidencias de malignidade.
Cls. sugestivas de malignidade.
Cls. fortemente sugestivas de malignidade.
Clulas malignas.

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Bipsia:
Pode ser de dois tipos:
Incisional, indicada para leses grandes ou mltiplas. Remoo de parte da leso. Aps o resultado obtido podese realizar o tratamento definitivo da leso.
Excisional, indicada para leses pequenas e isoladas, quando se promove a remoo completa da mesma.
1.e. Diagnstico Definitivo
Seleo da teraputica adequada.
Conservadora
Radical

2. PRINCPIO DA OPORTUNIDADE
Propedutica Clnico Cirrgica
2.a. Avaliao Sistmica
Homeostasia - Sndrome Geral de Adaptao
2.b. Padro Cirrgico
Ambulatorial
Hospitalar
- Adequar o doente teraputica - Adequar a teraputica ao doente
3. PRINCPIOS DE BIOSSEGURANA
PRINCPIOS DE BIOSSEGURANA
O preparo dos materiais para uso no atendimento aos pacientes prev a elaborao de uma rotina pelo responsvel do
controle de infeces na unidade de sade. Para tal, faz-se necessrio que se estabelea a identificao dos tipos de
materiais para utilizao nas diversas aes de sade bsicas ou especializadas que o servio preste a seus usurios.
Estes materiais esto includos nos seguintes grupos:
equipamentos eletro-eletrnicos
mobilirio mdico-odontolgico
instrumentais de uso permanente
materiais especficos de especialidades
artigos mdico-hospitalares
equipamentos de proteo individual no descartveis
Alm do tipo de material necessrio classific-lo de acordo com sua utilizao direta ou indireta no paciente, o que
resultar em trs grupos de artigos que determinar a forma de processamento que ser submetido: limpeza,
desinfeco ou esterilizao. Os trs grupos de artigos de acordo com a utilizao direta ou indireta no paciente so:
-artigos crticos: so os que penetram em mucosas ou pele, invadindo sistema vascular e tecidos subepiteliais e
expondo os materiais ao contato direto com sangue ou outros fluidos contaminantes. Fica indicado sempre a
esterilizao com todas as etapas que incluem este processo. Exemplos: instrumental cirrgico, seringas e agulhas,
espculos ginecolgicos, etc.
-artigos semi-crticos: so os que tem contato com pele ou mucosa ntegras, mas que para garantir seu mltiplo uso
devem passar pelo reprocessamento na forma de desinfeco de alto nvel ou esterilizao.
Exemplos: ponteiras de otoscpios, ambs, nebulizadores, etc.
-artigos no crticos : so de uso externo ao paciente, entrando em contato apenas com pele ntegra, de manipulao
pelos profissionais de sade, o que exige que tenham um processamento especfico na forma de limpeza ou
desinfeco de baixo nvel (se foi exposto a material biolgico). Exemplos: termmetro, botes de equipamentos
acionados pelo profissional, mesas auxiliares para procedimentos, comadres, cubas, etc.
A seguir descreveremos o processamento dos artigos, indicando as etapas de cada tipo, e os produtos mais indicados:

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3.1. LIMPEZA
Consiste na remoo da sujidade da superfcie de artigos e equipamentos, atravs da ao mecnica utilizando gua e
detergente, com posterior enxge e secagem. A grande carga microbiana est concentrada na matria orgnica, que
consequentemente, ser removida de uma superfcie durante a remoo da sujidade. A limpeza deve ser sempre
realizada como primeira etapa de desinfeco ou esterilizao, pois vai garantir a qualidade destes processos. O
material orgnico aderido abriga os micrbios.
Inmeros estudos comprovam que a presena da matria orgnica inativa a ao de germicidas e impede a penetrao
de produtos qumicos ou meios fsicos de esterilizao, por no permitir uma exposio direta da superfcie do artigo ao
agente desinfetante ou esterilizante. Ao realizarmos a limpeza de artigos estamos expostos fluidos contaminados e
produtos qumicos, sendo imprescindvel a utilizao de equipamentos de proteo como culos, mscara cirrgica,
avental plstico, braadeiras plsticas e luvas de borracha.
Produtos utilizados
Detergente lquido, neutro e biodegradvel
Modo de uso:
em superfcies: aplicar puro em um pano mido ou escova, ou diludo em gua (soluo detergente).
Aplicar pano umedecido em gua para o enxgue.
Limpeza de material com imerso prvia em soluo detergente
em imerso: preparar a soluo detergente na proporo de 10 ml por litro de gua, em recipiente onde os artigos sero
submersos. O tempo mnimo de exposio ser de 30 minutos.
Esta forma de uso previne o ressecamento da matria orgnica nos artigos. O tempo de exposio deve ser observado
para o detergente dissolver a sujidade e tambm para agir na membrana dos microrganismos inativando muitas formas,
e conseqentemente, diminuindo o risco de transmisso de germes no caso de acidentes, durante a manipulao. Para
um contato direto da soluo detergente no interior de materiais tubulares (catteres, tubos de aspirao e de
oxigenioterapia, etc.), faz-se necessrio o uso de uma seringa para injetar a soluo internamente.
Para remoo de crostas ou sujidade aderidas utiliza-se escovas, tomando-se cuidado para no formar ranhuras em
determinados materiais que podero albergar sujidade mais facilmente.
Aps, realizar o enxge em gua corrente e abundante.
Secar com compressas secas e limpas. A secagem pode ser feita na parte interna dos materiais com jatos de ar
comprimido.
Guardar em local limpo e protegido de poeira ou encaminhar para desinfeco/esterilizao se estiver indicado.
Detergente enzimtico
Modo de uso:
em imerso: preparar a soluo em recipiente com gua fria ou ligeiramente morna, nunca quente para evitar a
inativao das enzimas. A concentrao deve seguir a orientao do fabricante descrita em cada embalagem, assim
como a troca da soluo, e o tempo mnimo de contato. Geralmente o tempo mnimo de ao de 3 a 5 minutos. Para
um contato direto da soluo detergente no interior de materiais tubulares, fazse necessrio o uso de uma seringa para
injetar a soluo internamente. Aps, realizar o enxge em gua corrente e abundante. Secar com compressas secas
e limpas. A secagem em materiais tubulares pode ser com jatos de ar comprimido. Guardar em local limpo e protegido
de poeira ou encaminhar para desinfeco/ esterilizao.
O uso do detergente enzimtico est indicado para artigos com maior possibilidade de aderncia de sujidade e com
difcil acesso para limpeza. Como exemplo citaremos: tubo endotraqueal, circuito de respirador, sonda nasoentrica,
catteres, instrumental cirrgico de traumatologia, fibrobroncoscpio, laparoscpio, etc. A restrio de seu uso deve-se
ao seu alto custo. Suas vantagens so: biodegradvel, rpida ao, baixa toxicidade, no corrosividade, no oxidao,
excelente ao limpadora dispensando a etapa de frico mecnica e aumentando a vida til dos materiais. As enzimas
so elementos biolgicos que degradam especficamente as protenas, acares e gorduras que compem a matria
orgnica.
Secagem de material com compressa.
desincrostante em p ou lquido:
Modo de uso:
em imerso: preparar a soluo diluindo conforme orientao do fabricante. Deixar os materiais imersos por 30 minutos.
Utilizar escovas para frico. Aps, realizar o enxgue em gua corrente e abundante.
Secar com compressas secas e limpas. Guardar em local limpo e protegido de poeira ou encaminhar para
desinfeco/esterilizao se estiver indicado. O desincrostante est indicado para remoo de crostas em vidros,
papagaios, comadres e instrumental cirrgico. contra-indicado o uso em plsticos, ltex ou borrachas.
perxido de hidrognio (10 %) popularmente conhecida com gua oxigenada lquida.
Modo de uso:
em superfcies: seu uso est indicado para facilitar a remoo de sangue ressecado, aplicando puro diretamente sobre
a crosta ou injetando em caso de agulha ou catter. Posteriormente, proceder a limpeza.
lubrificante
Modo de uso: em equipamentos que necessitam de lubrificao diria ou peridica, esta etapa deve ser realizada aps
a limpeza, e antes da esterilizao. Estes instrumentos so geralmente de uso em procedimentos cirrgicos mdicos e
odontolgicos e so articulados, citando-se tambm micromotores de uso em odontologia, traumatologia, neurocirurgia,
etc... A aplicao do lubrificante deve ser orientada pelo fabricante.

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desoxidante - tambm chamado produto anti-ferrugem, so indicados em instrumentos mdicos e odontolgicos


metlicos, quando apresentam pontos de oxidao (ferrugem) ou alterao da cor original do metal.
Modo de uso: deve ser aplicado aps a limpeza e aps seu uso deveremos realizar nova limpeza para evitar que fique
resduo do produto.
3.2. DESINFECO
o processo de destruio de microrganismos como bactrias na forma vegetativa (no esporulada), fungos, vrus e
protozorios. Este processo no destri esporos bacterianos.
A desinfeco pode ser dividida em trs nveis de acordo com o espectro de destruio dos microrganismos:
Desinfeco de alto nvel: destri todas as formas vegetativas de microganismos, inclusive Mycobacterium
tuberculosis, vrus lipdicos e no lipdicos, fungos e uma parte dos esporos. Como exemplo: glutaraldedo 2%, perxido
de hidrognio 3-6%, formaldedo 1-8%, cido peractico e composto clorado a 10.000 ppm.
Desinfeco de mdio nvel: inativa o bacilo da tuberculose, bactrias na forma vegetativa, a maioria dos vrus e
fungos, exceto esporos bacterianos. Exemplo: compostos clorados de 500 a 5000 ppm, lcool 70%.
Desinfeco de baixo nvel: elimina a maioria das bactrias, alguns vrus como o HIV, o da hepatite B e hepatite C,
fungos. No destri microrganismos resistentes como bacilo da tuberculose e esporos bacterianos. Como exemplo:
compostos fenlicos 0,5-3%, compostos de iodo, quaternrio de amnia.
Produtos utilizados
Glutaraldedo 2%: com ativao ou pronto uso, 14 dias.
Modo de uso:
em imerso: colocar a soluo ativa em recipiente plstico, com tampa, indicando no recipiente o prazo de validade.
Mergulhar completamente o artigo previamente limpo e seco, por um perodo mnimo de 30 minutos. Em artigos
tubulares, injetar a soluo internamente com seringa. Aps o tempo de exposio, os artigos devem ser enxaguados
em gua corrente, abundante, at remoo total da viscosidade. Na desinfeco de aparelhos com fibras ticas como
videolaparoscpio est indicado o enxgue com gua estril em tcnica assptica. Indicado para desinfeco de artigos
metlicos, plsticos como de oxigenioterapia (nebulizador, umidificador e amb), etc. No misturar artigos metlicos de
composio diferentes no mesmo ciclo para evitar corroso eletroltica. txico e libera vapores devendo o processo
ser realizado em local ventilado. Utilizar sempre culos de proteo, protetor respitatrio com carvo ativado e luva de
borracha grossa. A estocagem deve assegurar a desinfeco dos materiais, devendo ser embalados em sacos plsticos
e guardados em caixas fechadas. Este germicida no est indicado para desinfeco de superfcies.
Cloro e compostos clorados: o composto clorado de uso mais comum o hipoclorito de sdio.
Por ser voltil, sua troca indicada a cada 24 horas. A concentrao recomendada de 1% em dez minutos de contato
ou 0,5% com trinta minutos de contato para desinfeco de nvel mdio.
Modo de uso: a soluo deve ser solicitada na concentrao indicada. Se for usado alvejante comercial, considerar a
concentrao de 2% e preparar a soluo com uma parte de alvejante e igual parte de gua para obter 1% ou uma
parte de alvejante para trs de gua obtendo 0,5%. Pode-se ainda aplicar uma frmula de diluio: C x V = C x V,
onde C a concentrao disponvel, V o volume desejado,
C concentrao desejada e V volume disponvel.
V=C x V = 0,5 x 1000 ml = 250ml de cloro para obter um litro de soluo a 0,5%.
C 2%
Deve ser colocada em recipiente plstico, fechado, de paredes opacas para evitar a ao da luz pois instvel. Da
mesma forma em artigos tubulares, injetar a soluo com seringas no interior dos artigos. Indicado para artigos que no
sejam metlicos devido sua ao corrosiva e oxidante. Utilizar sempre culos de proteo, mscara cirrgica e luva de
borracha grossa. A estocagem deve assegurar a desinfeco dos materiais, devendo ser guardados embalados em
sacos plsticos e em caixas fechadas.
lcool 70%: fechar o frasco imediatamente aps o uso para evitar a volatizao.
Modo de uso:
em imerso: colocar em recipiente plstico com tampa. Por ser voltil, sua troca indicada a cada 24 horas. Seu tempo
de contato mnimo de 10 minutos. Deixar escorrer e secar espontaneamente, dispensa o enxge. Indicado para
artigos metlicos como cubas, sensores de respirador mecnico, placas expansoras de pele, tubetes de anestsicos,
extratores de brocas em odontologia etc... No indicado para materiais de borracha, ltex, silicone e acrlico pela sua
possibilidade de ressecar e opacificar estes materiais.
Utilizar sempre culos de proteo, mscara cirrgica e luva de borracha grossa. A estocagem deve assegurar a
desinfeco dos materiais, devendo ser guardados em caixas fechadas ou embalados.
em superfcies: aplic-lo diretamente com compressas, friccionando at sua evaporao repetindo por mais duas vezes.
A superfcie deve estar limpa e seca pois inativado na presena de matria orgnica.
Indicado para equipamentos como refletores de luz, mesas ginecolgicas, mobilirio de atendimento direto ao paciente,
porta-amlgamas na odontologia, turbinas alta-rotao no autoclavveis, micromotores de odontologia. Utilizar sempre
culos de proteo, mscara cirrgica e luva de borracha grossa.
cido Peractico 0,2%: introduzido recentemente no mercado nacional, caracterizado por uma rpida ao contra
todos os microrganismos, incluindo esporos bacterianos em baixas concentraes.
Sua especial vantagem sua biodegradabilidade e atoxicidade, alm de ser efetivo na presena de matria orgnica.
Tem odor avinagrado. corrosivo para metais como bronze, cobre, ferro galvanizado e lato, para tal deve-se ter o
cuidado de adicionar soluo inibidora de corroso.

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Modo de uso: colocar a soluo, aps adio do inibidor de corroso, em recipiente plstico com tampa, em volume que
permita a total imerso dos artigos. O tempo de ao como desinfetante de alta atividade biocida de 10 minutos de
contato. A soluo em uso tem validade por 30 dias. O cido peractico pode ter sua concentrao monitorada com fita
teste especfica, semanalmente, e na ltima semana, pelo 27 dia monitorado diariamente. O material deve ser
mergulhado limpo e seco e aps 10 minutos retirar e enxaguar em gua corrente. Deixar escorrer e secar com
compressa limpa. Guardar o material em local especfico limpo e protegido de poeira.
3.3. ESTERILIZAO
o processo utilizado para completa destruio de microrganismos, incluindo todas as suas formas, inclusive as
esporuladas, com a finalidade de prevenir infeces e contaminaes decorrentes de procedimentos cirrgicos e
invasivos com utilizao de artigos crticos.
A esterilizao pode ser realizada por:
Processos qumicos:
glutaraldedo;
Formaldedo;
cido peractico
Processos fsicos:
vapor saturado/ autoclave;
calor seco/ estufa;
raios gama/ cobalto (indstria);
Processos fsico-qumicos:
xido de etileno;
plasma de perxido de hidrognio;
vapor de formaldedo
Os processos fsicos-qumicos so indicados para materiais termossensveis, porm seu uso fica restrito para hospitais
de maior porte e pelo alto custo de instalao/manuteno muitas vezes estes servios so terceirizados.
Esterilizao por Processo Qumico
Est indicada para artigos crticos e termossensveis, que so aqueles que no resistem s altas temperaturas dos
processos fsicos. Para esterilizao qumica podemos utilizar:
Formaldedo
Glutaraldedo
cido Peractico
Embora seja oferecida uma grande gama de produtos para esterilizao qumica apenas dois produtos contemplam
caractersticas que asseguram maior praticidade, eficcia e confiabilidade do processo, segurana ocupacional e custo
acessvel. Um deles o cido peractico que recentemente foi introduzido no mercado nacional e ainda est sendo
pouco usado, mas apresenta como vantagem em relao ao glutaraldedo sua rpida ao, solubilidade em gua,
biodegradabilidade, e atoxicidade. O outro produto qumico o glutaraldedo, h 30 anos reconhecido por sua eficcia,
baixo custo e baixo poder corrosivo, porm exige tempo de contato maior, no biodegradvel e irritante para as
mucosas das vias areas exigindo protees adicionais. O formaldedo lquido tem sido utilizado para esterilizao de
dialisadores em Unidades de Hemodilise. Seu uso ficou restrito devido seu efeito carcinognico e necessidade de
tempo de contato prolongado.
Glutaraldedo 2%: encontrado no comrcio em soluo pronta ou podendo ser ativada quando vendida com bisnaga
separada de lquido para ativao. O tempo de ativao, validade da frmula, pode ser de 14 ou 28 dias. Optamos pelo
uso de glutaraldedo 2%, 14 dias, para garantir maior estabilidade da concentrao da soluo. A atividade do germicida
depende no s do tempo, mas das condies de uso, tais como: diluio e contaminao por matria orgnica. O ph
tambm varivel e os mais cidos podem provocar oxidao nos instrumentos metlicos do que os alcalinos. Outras
vantagens so: excelentes propriedades microbicidas, atividade na presena de protena e ao no destrutiva para
borrachas, plsticos ou lentes. As desvantagens so: sua volaticidade, toxicidade e agregao de matria orgnica
criando crosta que impede sua ao uniforme.
Modo de uso: em imerso: a soluo pronta ou ativada deve ser colocada em recipiente plstico, com tampa e em
quantidade suficiente para total imerso dos artigos, indicando no recipiente o prazo de validade. Mergulhar
completamente o artigo previamente limpo e seco, por um perodo de 8 a 10 horas, conforme indicao do fabricante.
Em artigos tubulares, injetar a soluo internamente com seringa. Aps o trmino da exposio, retirar os artigos com
pina ou luva estril, promovendo um enxge em gua esterilizada, at remoo total da viscosidade na superfcie do
artigo. Secar com compressas estreis e acondicionar em invlucro estril at o uso. Pela dificuldade de processamento
da tcnica assptica e enxge abundante com gua estril, alm do tempo prolongado de exposio, este mtodo de
esterilizao tem seu uso restrito. Pelo seu efeito txico e liberao de vapores deve o processo ser realizado em local
ventilado, caso contrrio fica indicado o protetor respiratrio com carvo ativado. Utilizar sempre culos de proteo,
mscara cirrgica e luva estril.
cido Peractico 0,2%: introduzido recentemente no mercado nacional, caracterizado por uma rpida ao contra
todos os microrganismos, incluindo esporos bacterianos em baixas concentraes.

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Sua especial vantagem sua biodegradabilidade e atoxicidade, alm de ser efetivo na presena de matria orgnica.
Tem odor forte avinagrado. corrosivo para metais como bronze, cobre, ferro galvanizado e lato, para tal deve-se ter o
cuidado de adicionar soluo inibidora de corroso.
Modo de uso: colocar a soluo, aps adio do inibidor de corroso, em recipiente plstico com tampa, em volume que
permita a total imerso dos artigos. O tempo de ao como esterilizante de 60 minutos de contato. A soluo em uso
tem validade por 30 dias. O cido peractico pode ter sua concentrao monitorada com fita teste especfica,
semanalmente, e na ltima semana, pelo 27 dia deve ser monitorado diariamente. O material deve ser mergulhado
limpo e seco e aps 1hora retirar da soluo com pina ou luva estril, promovendo um enxgue em gua esterilizada.
Deixar escorrer e secar com compressa estril e acondicionar em invlucro estril at o uso. No deixar o material
imerso por mais de 1 hora para evitar a corroso de partes metlicas dos artigos, mesmo a soluo contendo inibidor de
corroso.
Esterilizao por Processos Fsicos
A esterilizao por processos fsicos pode ser atravs de calor mido, calor seco ou radiao. A esterilizao por
radiao tem sido utilizada em nvel industrial, para artigos mdicos-hospitalares. Ela permite uma esterilizao a baixa
temperatura, mas um mtodo de alto custo. Para materiais que resistam a altas temperaturas a esterilizao por calor
o mtodo de escolha, pois no forma produtos txicos, seguro e de baixo custo.
Esterilizao por Calor mido: o equipamento utilizado autoclave. o mtodo de 1 escolha tratando-se de
esterilizao por calor. Esta preferncia se justifica por preservar a estrutura dos instrumentos metlicos e de corte, por
permitir a esterilizao de tecidos, vidros e lquidos, desde que observados diferentes tempos de exposio e
invlucros. O mecanismo de ao biocida feito pela transferncia do calor latente do vapor para os artigos, e este
calor age coagulando protenas celulares e inativando os microrganismos. Os artigos termossensveis no devem sofrer
autoclavagem, pois a temperatura mnima do processo de 121 C, bem como os leos que no permitem a
penetrao do vapor.
Etapas para processamento:
Invlucros: aps limpeza, secagem e separao, os artigos devero ser acondicionados para serem submetidos ao ciclo
de esterilizao. Os instrumentos articulados, tipo tesoura, porta-agulha, devem ser embalados abertos no interior do
pacote. Como invlucros para este processo, existem: papel grau cirrgico, filme plstico de polipropileno, algodo cru
duplo com 56 fios, papel crepado, caixas metlicas forradas internamente com campos simples e com orifcios para
permitir a entrada do vapor. Utilizando-se caixas metlicas com orifcios, os artigos contidos no interior devem ser
utilizados prontamente, pois os orifcios promovem a recontaminao se estocados. Se a caixa metlica for sem
orifcios, dever ser esterilizada com a tampa acondicionada separada da caixa, e somente fech-la aps o
resfriamento. Em nossa rede ambulatorial, por algum tempo aceitaremos o uso de papel Kraft, embora a literatura no o
recomende mais devido sua frgil barreira bacteriana.
Os invlucros sem visor transparente devero ser identificados quanto ao contedo, e todos devero ter escrito a data
de validade da esterilizao. Todas as embalagens devero portar um pedao de fita de indicao qumica externa para
diferenciar e certificar que os pacotes passaram pelo processo. O invlucro de papel grau cirrgico com filme de
poliamida e plsticos podem vir em forma de envelopes prontos ou rolos de diferentes tamanhos e larguras e j vem
com indicadores qumicos. Se utilizados em rolo, devero ser selados a quente com seladoras prprias.
Os invlucros de papel crepado, papel kraft ou tecido devero obedecer a um mtodo de dobradura
para possibilitar abertura assptica do pacote.
Tipos de invlucros para autoclave
Colocao da carga na autoclave: os artigos embalados em papel, dos diferentes tipos, e artigos embalados em tecido
no podem ter contato entre si, pois retm umidade. Se tiverem de ser colocados na mesma carga, devem ser
colocados em prateleiras diferentes da autoclave. Quanto a posio na prateleira, os invlucros devem ficar dispostos
no sentido vertical, e nunca camada sobre camada na mesma prateleira, para permitir a exausto do ar e a circulao
do vapor no interior de cada pacote. As cargas de tecidos (gazes e campos) devem ser processados em cargas
diferentes dos metais, caso contrrio os txteis devem ficar na prateleira superior para facilitar a penetrao do calor. Os
pacotes no podem encostar nas paredes internas da cmara, assim como a carga no pode ultrapassar 70% da
capacidade interna. Se a caixa metlica for sem orifcios, dever ser esterilizada com a tampa disposta separada da
caixa, e somente fech-la aps o resfriamento, onde dever ser lacrada com fita crepe. A fita indicadora qumica de
processo dever ser colocada em todos os pacotes ou caixas em local visvel, em pequenos pedaos.
Ciclo da esterilizao: consiste em quatro fases: retirada do ar e entrada do vapor, esterilizao, secagem e admisso
de ar filtrado para restaurao da presso interna. Os equipamentos tem diferentes formas de programao de ciclos,
quanto a tempo de exposio, utilizao de gua destilada em diferentes quantidades portanto, devem ser seguidas as
orientaes do fabricante.
Qualificao do processo: tem o objetivo de validar a eficcia do processo de esterilizao. Existem vrios meios de
testar a qualidade da esterilizao por autoclave. Os indicadores qumicos podem ser internos ou externos. Os
indicadores qumicos internos avaliam os parmetros vapor, temperatura e presso.
So fitas que reagem quimicamente alterando sua cor e so colocadas no interior de cada pacote, e conferidas na
abertura do pacote. Os indicadores qumicos externos, na forma de fita adesiva, so utilizados apenas para diferenciar
os pacotes que passaram pelo processo de esterilizao daqueles que ainda no passaram, atravs da mudana da cor
da fita por sensibilidade a temperatura. Este indicador no avalia a qualidade da esterilizao, apenas a passagem pelo
processo.

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Disposio da carga dentro da autoclave.


Identificao do material estocado
Os indicadores biolgicos so utilizados para testar a eficcia do processo quanto a destruio dos microganismos,
atravs da utilizao de tubetes com fitas impregnadas de Bacillus stearothermophillus, colocados dentro de alguns
pacotes-teste (identificados assim) em locais estratgicos da autoclave conforme seu tamanho. Em autoclaves
pequenas, pode-se utilizar apenas em um pacote prximo a rea de exausto. Em autoclaves grandes distribui-se em
trs pacotes colocados na porta, no meio e no fundo. Um tubete deve ser reservado como controle da presena da
bactria. Aps o ciclo, os tubetes so incubados, e o processo foi eficaz se as colnias de bacillus no apresentarem
crescimento, mas apenas no tubete controle. Se o resultado for positivo, com crescimento bacteriano, toda a carga
daquele equipamento dever ser bloqueada e a autoclave dever ser checada por um tcnico. No retorno da
manuteno, dever ser realizado novo teste biolgico. A periodicidade ideal de uma vez por semana.
Estocagem e Prazo de Validade: bastante varivel e depende do tipo de invlucro, da eficincia do empacotamento,
do local de estocagem quanto a umidade e se so prateleiras abertas ou fechadas que indicar a circulao de poeira.
Entretanto, para maior segurana, recomenda-se a estocagem dos pacotes em armrios fechados ou caixas para maior
proteo. O manuseio externo destas embalagens deve ser com as mos limpas. A abertura de cada pacote ou caixa
esterilizada deve ser feita com tcnica assptica utilizando luva esterilizada ou pina estril exclusiva para este fim.
Considera-se contaminada toda a embalagem rompida ou manchada. Para papel kraft, manteremos a rotina de 7 dias
de estocagem e para tecido, 15 dias. Para papel crepado, 2 meses em armrio fechado. Para papel grau cirrgico ou
polietileno 6 meses em armrio fechado. Semanalmente o estoque deve ser revisado quanto ao prazo de validade,
encaminhando para reprocessamento os pacotes vencidos. Ao estocar os pacotes, deve-se observar para os que
estiverem prximo ao vencimento fiquem mais na frente dos recm esterilizados, seguindo uma ordem pela data de
validade.
Kits embalados em papel alumnio e aps, em caixa metlica.
Esterilizao por Calor Seco: o equipamento utilizado o Forno de Pasteur, usualmente conhecido como estufa. A
esterilizao gerada atravs do aquecimento e irradiao do calor, que menos penetrante e uniforme que o calor
mido. Desta forma requer um tempo de exposio mais prolongado e maiores temperaturas, sendo inadequado para
tecidos, plsticos, borrachas e papel. Este processo mais indicado para vidros, metais, ps (talco), ceras e lquidos
no aquosos ( vaselina, parafina e bases de pomadas).
Etapas para processamento
Invlucros: aps limpeza, secagem e separao, os artigos devero ser acondicionados para serem submetidos ao ciclo
de esterilizao. Os instrumentos articulados, tipo tesoura, porta-agulha, devem ser acondicionados abertos no interior
da caixa metlica. Como invlucros para este processo, existem: caixas metlicas, vidros temperados (tubo de ensaio,
placas de Petry) e lminas de papel alumnio. Utilizando- se caixas metlicas, estas devem ser fechadas com tampa. Os
artigos contidos no interior das caixas devem ter um limite de volume que proporcione a circulao do calor.
Preferentemente as caixas devem conter kits de instrumentos a serem usados integralmente em cada procedimento. Se
utilizadas caixas maiores, contendo grande volume de artigos, recomenda-se envolver cada instrumento ou kits em
papel alumnio para reduzir a possibilidade de contaminao na retirada dos instrumentos. Neste momento deve-se ter
o cuidado de evitar o rompimento do papel alumnio. Os ps e lquidos devem ser colocados em vidros fechados com
alumnio. Todos os invlucros devero conter um pedao de fita indicadora qumica do processo de esterilizao, bem
como a indicao de validade e o nome do kit ou instrumento. As caixas metlicas devem ser lacradas com fita adesiva
aps a exposio ao calor para evitar a queima da fita.
Disposio do material dentro da estufa mostrando o termmetro de bulbo.
Colocao da carga na estufa: os principais pontos a observar so a no sobrecarga de materiais, deixando espao
suficiente entre eles para haver uma adequada circulao de calor. No permitido o empilhamento de caixas em cada
prateleira da estufa.
Ciclo da esterilizao: o ciclo de esterilizao inclui trs fases: fase1 aquecimento da estufa temperatura de
esterilizao pr-estabelecida; fase 2 esterilizao da carga, incluindo tempo de penetrao do calor e tempo de
exposio; fase 3 resfriamento da carga. A estufa deve ser ligada antes do momento escolhido para a esterilizao
para ter tempo de chegar na temperatura desejada do ciclo. As temperaturas variam entre 140 e 180 C. Quanto menor
a temperatura, maior ser o tempo de exposio.
As temperaturas mais elevadas so indicadas para instrumentos metlicos. importante observar que a contagem do
tempo s ser feita, a partir do momento em que atingir a temperatura indicada no termmetro de bulbo. O termostato
original da estufa usado apenas para a escolha da temperatura, mas devemos nos basear na observao de um
termmetro de bulbo, instalado no orifcio superior da estufa, que indicar o alcance da temperatura escolhida no
termostato. Iniciada a contagem do ciclo de esterilizao, a estufa no poder mais ser aberta. Para garantir isto,
recomenda-se lacrar a porta com fita adesiva que j poder conter o horrio de concluso do ciclo. Aps o trmino do
ciclo a estufa deve ser desligada para o resfriamento gradual e lento da carga. A retirada da carga ainda quente para
uma superfcie fria, pode ocasionar a condensao de vapor e reteno de umidade. Para retirada de materias aps o
ciclo, recomenda- se uso de pinas prprias para remoo de bandejas, ou luvas especias resistentes a calor.
Qualificao do processo: tem o objetivo de validar a eficcia do processo de esterilizao. Os indicadores qumicos
externos, na forma de fita adesiva, so utilizados apenas para diferenciar os pacotes que passaram pelo processo de
esterilizao daqueles que ainda no passaram, atravs da mudana da cor da fita. Este indicador no avalia a
qualidade da esterilizao.

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Os indicadores biolgicos so utilizados para testar a eficcia do processo quanto a destruio dos microganismos,
atravs da utilizao de tubetes com fitas impregnadas de Bacillus subtilis, colocados em locais estratgicos da estufa
conforme seu tamanho, sendo indispensvel sua colocao no centro da estufa e prximo a porta, considerados pontos
crticos. Um tubete deve ser reservado como controle da presena da bactria. Aps o ciclo, os tubetes so incubados
em laboratrio, e o processo foi eficaz se as colnias de bacillus no apresentarem crescimento, mas apenas no tubete
controle. Se o resultado for positivo, com crescimento bacteriano, toda a carga daquele equipamento dever ser
bloqueada e a estufa dever ser revisada por um tcnico. No retorno da manuteno, dever ser realizado novo teste
biolgico.
A periodicidade ideal de uma vez por semana.
Tubetes com testes biolgicos para autoclave e estufa
Temperatura x tempo de ciclos recomendados em estufa
Temperatura Tempo
180 C 30 min
170 C 60 min *
160 C 2 horas *
150 C 2 h 30 min
140 C 3 horas **
121 C 6 horas **
* mais indicados para instrumentais metlicos
** mais indicados para gaze, vaselina, gaze vaselinada
Estocagem e Prazo de Validade: bastante varivel e depende do local de estocagem quanto a umidade e se so
prateleiras abertas ou fechadas que indicar a circulao de poeira. Entretanto, para maior segurana, recomenda-se a
estocagem em armrios fechados ou caixas plsticas com tampa. O manuseio interno das caixas metlicas para
retirada do material deve ser com tcnica assptica e considera- se contaminada toda a embalagem de papel alumnio
rompida. Na utilizao de grande nmero de instrumentos na mesma caixa metlica, se alguns artigos foram retirados
para uso recomenda-se o reprocessamento, no final do turno, de toda a caixa. Se no utilizada, a caixa lacrada deve ser
reprocessada em 30 dias.
3.4. PREPARO DO FERIMENTO, PELE OU MUCOSA DO PACIENTE (antissepsia)
O objetivo remover a sujidade da leso ou da pele e preparar o ferimento para a sutura ou curativo. Para tanto, faz-se
uma limpeza mecnica da ferida com irrigao de soluo salina sob presso de forma a remover corpos estranhos e
grande parte de bactrias superficiais.
Se houver presena de tecido desvitalizado e corpos estranhos aderidos que no saram com o jato de soro fisiolgico,
estes so removidos com auxlio de pinas, tesouras ou lminas. Sangue coagulado na pele adjacente ao ferimento
pode ser removido com gua oxigenada. Dentro do ferimento, remover cirurgicamente.
Evita-se o contato da gua oxigenada no tecido aberto devido seu efeito lesivo da oxigenao sobre clulas expostas.
Sabes, detergentes e antisspticos cutneos esto contra-indicados sobre tecidos sub-epiteliais uma vez que so
irritantes para os tecidos, destruindo clulas vivas e criando sim, tecido morto que servir de substrato para crescimento
bacteriano. Na verdade sabes e antisspticos nos tecidos aumentam o potencial de infeco se usados diretamente na
ferida. Estes podem ser usados para limpar a pele ntegra em volta da ferida sendo removidos prontamente com
soluo salina estril. Se o ferimento aguarda sutura, este deve ficar protegido com gaze ou compressa estril e soluo
salina isotnica at o tratamento cirrgico definitivo.
Quanto ao preparo da pele ou mucosa ntegra para procedimentos invasivos ou cirrgicos indica-se o uso de
antisspticos. Para mucosas usamos antisspticos em veculos aquosos e no os alcolicos. O antissptico pode ter
associado um degermante de forma que em um nico processo se tem duas aes: a limpeza e a antissepsia com
destruio de germes da pele ou mucosa. Os trs antisspticos com melhores resultados so o lcool 70%, a
clorexidina e o PVPI (polivinilpirrolidona-Iodo).
Ferimento lavado com soro fisiolgico. Gaze aplicada na pele adjacente.
ANTISSPTICOS INDICAO
lcool 70%
Antissepsia de pele antes de administrar medicamentos e solues parenterais (IV, IM, SC). Aplicar por 30
segundos.
Antissepsia de pele antes de puncionar acesso venoso central ou arterial perifrico. Aplicar por um minuto na
pele.
Antissepsia de pele antes de passar drenos ou outras punes diagnsticas. Aplicar por um minuto na pele.
lcool glicerinado 2%
Exclusivamente para antissepsia das mos aps a lavagem das mos ou como substituto da lavagem.
Idofor aquoso 2%
Antissepsia de pele adjacente de ferimentos ou em reas lesadas antes de punes ou outros procedimentos
invasivos

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Clorexidina degermante 2%
Antissepsia e degermao como preparo do campo cirrgico; em pele ou reas adjacentes de ferimentos ou
mucosas, antes de procedimentos cirrgicos ou invasivos. Aplicar por trs minutos e enxaguar com soro
fisiolgico, secar com compressa estril.
Banhos de pacientes queimados, banho de pacientes com infeces por bactrias multirresistentes
Antissepsia das mos da equipe cirrgica no bloco cirrgico; da equipe de unidades crticas ou da equipe de
unidades de internao na vigncia de surto de infeco.
Clorexidina alcolica 0,5%
Antissepsia de pele antes de puncionar acesso venoso central ou arterial perifrico. Aplicar por um minuto na
pele.
Antissepsia de pele antes de passar drenos ou outras punes diagnsticas. Aplicar por um minuto na pele.
Clorexidina 0,12%
Antissepsia de mucosa oral para uso dentrio
4. TCNICA CIRRGICA ATRAUMTICA
Preservao do patrimnio biolgico do paciente.
um princpio terico uma vez que todo procedimento cirrgico leva a um trauma, mas este deve ser o menor
possvel. Pelo exposto devemos ter sempre como objetivo o menor trauma possvel, tanto em relao ao ato cirrgico
como em relao aos efeitos psicolgicos, bacterianos, sistmicos, etc. que possam interferir negativamente no
prognstico do paciente.
4.a. Odontologia Psico Somtica: importante no controle do stress do paciente durante o ato cirrgico. Todo
procedimento odontolgico leva ao medo e ansiedade, da a importncia de evitar que estas sensaes desagradveis
interfiram, o que pode levar at a impossibilidade de execuo do mesmo.
4.b. Farmacologia: Os recursos de farmacologia podem ser utilizados para diminuir o trauma psicolgico, os efeitos
deletrios causados por infeces bacterianas, dar mais conforto ao paciente no ps operatrio pela supresso da dor e
controle de edema ps operatrio.
4.c. Fisiologia Local
4.d. Fisiologia Sistmica
Os conhecimentos sobre fisiologia local e sistmica auxiliam na conduo do ato cirrgico, auxiliam no diagnstico de
doenas prvias e melhoram o prognstico do doente.
4.e. Patologia: Com os conhecimentos de patologia melhora a elaborao de diagnstico frente s doenas que se
apresentam na cavidade oral, melhorando o tratamento e acompanhamento ps operatrio.
4.f. Anatomia Regional: A Anatomia de suma importncia em qualquer ato cirrgico pois melhora a performance do
cirurgio, diminui acidentes no ato cirrgico, leva a um menor trauma cirrgico por diminuir leses estruturas
anatmicas importantes como vasos e nervos, por exemplo.
4.g. Tcnica Operatria: O treinamento exaustivo das tcnicas cirrgicas leva um menor tempo cirrgico, um trauma
tecidual menor, menor hemorragia trans operatria, etc.
4.h. Arsenal Cirrgico: Dispor de equipamentos cirrgicos adequados e efetivos melhora a performance do cirurgio,
levando tambm um tempo menor e maior qualidade.
4.i. Auxilio Adequado: Procedimentos cirrgicos demandam de campo operatrio amplo, com afastamento tecidual
adequado, livre de hemorragias, o que s conseguido com auxlio adequado.
4.j. Ambiente adequado: A seleo do ambiente cirrgico depende de fatores inerentes ao paciente como sua condio
sistmica e do porte do procedimento com suas necessidades de anestesia geral, suporte de enfermagem e outras
especialidades, podendo ser ambulatorial ou hospitalar.
4.l. Equipe Multiprofissional: O paciente muitas vezes necessita de avaliaes e cuidados especficos de outras
especialidades odontolgicas ou de outros profissionais como mdicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudilogos
para uma avaliao e cuidados especficos, melhorando o prognstico.
4.m. PLANEJAMENTO: Todos os pontos analisados durante este captulo levam ao planejamento do tratamento do
paciente. Se houver falhas de diagnstico, o tratamento no ser executado de forma correta, levando a um prognstico
indefinido e muitas vezes a necessidade de nova interveno.

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Patologia clnica
Hemograma

Srie vermelha: eritrograma


Srie branca: leucograma
Plaquetas
Material: sangue total
Preparo:
jejum 4 horas aps refeies
informar medicamentos
no aps esforo fsico
Eritrograma

Eritrcitos

Hemoglobina
Hematcrito

(H) 4,3-5,7 milhes/mm


3
(M) 3,9-5,0 milhes/mm
(H) 14-18 g/dl
(M) 12-16 g/dl
(H) 40-54% (ml eritro./dl)
(M) 37-47% (ml eritro./dl)

Aumentados na policitemia
Diminudo na anemia.
Leucograma

Leucometria

5.000 a 10.000 / mm

laucocitose infeces bacterianas, doenas com destruio tecidual e leucemias.


Leucopenia em anemia aplsica, imunossupresso, viroses e sepse macia.
Neutrfilos
1700-8000
50-70% do total de leuccitos
Neutrofilia nas infeces bacterianas, leso tecidual, corticoterapia, hemorragia aguda, leso maligna com destruio
celular, esforo fsico intenso

Neutropenia na anemia aplsica, quimioterapia e radioterapia, viroses sndrome mielodisplsica.


Linfcitos
900-2900
30-40% do total de leuccitos
Linfocitose em viroses, coqueluche, hipersensibilidade a drogas.
Linfocitose atpica em mononucleose, rubola, sarampo, TB, herpes e toxoplasmose.
Linfocitopenia em estresse agudo, SIDA, linfocitopenia CD4 (no SIDA).
Moncitos
300-900
3-7 % do total de leuccitos
Monocitose em infeces e inflamaes crnicas e neutropenia.
Monocitopenia em corticoterapia.
Eosinfilos
50-500
0-5% do total de leuccitos
Eosinofilia em alergias, infeces parasitrias, doena de Hodgkin hipersensibilidade drogas e doenas do colgen
Eosinopenia em estresse agudo (trauma, cirurgia, infarto), Sndrome de Cushing e parto
Basfilos
0-100
0-1%v do total de leuccitos
Basofilia em hipersensibilidade, mixedema e doenas mieloproliferativas.
Basopenia em estresse agudo.
Plaquetas
150.000- 500.000 / mm
3

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Plaquetofilia (trombocitose) em doenas mieloproliferativas, doenas inflamatrias e doenas malignas

Plaquetopenia (trombocitopenia) podem ser hereditrias (sndrome de Wiskott-Aldrich, sndrome de Bernard-Soulier e


sndrome de Falconi) ou adquiridas (prpura, doenas auto-imunes, anemia megaloblsticas)

Exames de coagulao
- Material: sangue
- Preparo:
- jejum 4 horas aps refeies
- informar medicamentos
- Tempo de sangramento (TS)
- Tempo de coagulao (TC)
- Tempo de protrombina (TP)
- Tempo de Tromboplastina parcial ativada (TTPA)

Tempo de sangramento

Menor que 4 min.


Mede a formao do trombo primrio (atividade das plaquetas)

Tempo de coagulao

5 a 8 min.
Mede a formao do incio da rede de fibrina, (cadeia intrnseca). pouco preciso.

Tempo de protrombina

11 segundos
Mede a cadeia extrnseca da coagulao

acima de 70%

TTPA.

35 segundos.
A tromboplastina parcial ativada mede a atividade da cadeia intrnseca da coagulao. mais precisa que o
tempo de coagulao, podendo substitu-lo.
Estes quatro exames so os mais importantes para o diagnstico de discrasias sanguneas. Os demais exames
podem ser solicitados em problemas especficos como hemorragias tardias.

Retrao de cogulo

48 a 64 %.
Mede a ao da enzima que promove retrao e estabilizao do cogulo. Sua deficincia pode ocasionar hemorragia
tardia

Prova do lao - menos de 5 petquias em crculo de 5 cm.


Aumentado em pacientes com fragilidade capilar

Bioqumica
Glicemia em jejum
Aumentado na diabetes. Diminudo em desnutrio.
material: soro
Preparo: jejum absoluto
adultos mnimo de 8 horas
crianas mnimo de 6 horas
no realizar esforo fsico
70-110 mg/dl
Hepatopatias
So exames para aferir doenas heptica, no so especficos para a hepatite. H exames sorolgicos especficos para
cada tipo de hepatite.
material: soro
preparo:jejum 4 horas
TGO (transaminase glutmico oxalactica)
10-150 mU/ml
TGP (transaminase glutmico pirvica)
6-36 mU/ml
Bilirrubina 0,8 mg/dl

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Funo renal
Exame que detecta de formas indireta a funo renal. Notar que so exames no soro sangneo e no diretamente de
urina.
material: soro
preparo: jejum de 4 horas
uria
10-45 mg/dl
creatinina
0,7-1,4 mg/dl
Parotidites e pancreatites
Amilase
A amilase uma enzima que faz parte do processo digestrio e excretada pelas glndulas salivares e pelo pncreas.
material: soro
preparo: jejum de 4 horas
at 220 U/l
Em caso de parotidite o resultado estar acima dos nveis normais
Fosfatase alcalina
Exame inespecfico que pode ser auxiliar no diagnstico de leses sseas como tumores.
Material soro
preparo: jejum 4 horas
50 a 250 U/l
alterada em hepatopatias, processos degenerativos sseos
Potssio
3,6 a 5,0 mEq/l
sdio
137 a 145 mEq/l
material: soro
Preparo: jejum 4 horas

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MANOBRAS CIRRGICAS FUNDAMENTAIS


Introduo
Manobras que visam a realizao de um procedimento cirrgico, de forma ordenada e sistematizada, levando ao menor
trauma cirrgico, no menor tempo possvel.
Manobras Fundamentais
Direse
Manobras que visam acesso ao objetivo cirrgico.
Inciso.
Romper a integridade tecidual.
Conhecimento anatmico.
Instrumental adequado.
Qualidade das incises
nicas.
Proporcionar acesso adequado.
Extensvel.
Manter irrigao do retalho.
Apoiada sobre tecido sseo sadio, nos casos dos retalhos mucoperiostais.
Instrumentais
Bisturi.
Tesouras.
Bisturi eletrnico.

Tipos de Incises Intra orais

Neumann: interpapilar com uma inciso de alvio (relaxante). (A)


Neumann modificado (Peter-Novak): interpapilar com duas incises de alvio (B)
Partch. (semilunar) (C)
Wasmund. (trapezoidal) (D)
Winter. (para terceiros molares)
Retilnea.

Extra orais
Princpios

Linhas de Langer.
Linhas traadas sobre cadveres, mostrando o trajeto das fibras musculares da regio facial.

Rugas da face.
Padro utilizado para seleo do traado das incises, objetivando a menor seqela cicatricial possvel. Leva em
considerao os padres individuais do paciente.

Anatomia topogrfica.
Conhecimento dos estratos teciduais, com o posicionamento das estruturas anatmicas para evitar leses a estruturas
nobres como nervos e vasos sangneos.

Facilitar sutura por planos.


Sutura dos planos teciduais para evitar a formao de reas de hematomas que podem evoluir para infeco da ferida
cirrgica.

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Tipos de incises Extra orais


Coronais.
Periorbitrias.
Periorais.
Pr auriculares.
Divulso
Interromper a integridade dos tecidos.
Sindesmotomia
Romper os ligamentos dento-gengivais, com o objetivo de expor o colo cirrgico do elemento dentrio a ser extrado,
para a adaptao e aplicao de fora atravs de frceps.
Descolamento muco periosteal
Descolar, em um nico plano, mucosa e peristeo, dando possibilidade de afastamento e de visualizao do campo
operatrio.
Divulso por planos
Separao dos tecidos, plano a plano, para acesso a um objetivo cirrgico, possibilitando a aproximao dos mesmos
no momento da sutura.
Exrese
Manobras de remoo, retirada de um rgo ou de parte dele.
Ostectomia
Remoo de tecido sseo, com finalidade de diagnstico ou para acesso cirrgico a seu objetivo.
Avulso
a retirada total ou parcial de um rgo com o uso de fora mecnica. O exemplo mais indicado a exodontia, com ou
sem odontosseco.
Curetagem
Manobra pela qual se removem do campo operatrio formaes estranhas, patolgicas ou no ou ainda aquelas
decorrentes do ato cirrgico.
Hemostasia
Manobras que visam interromper a perda de sangue pela ferida cirrgica.
colocada separadamente por finalidade didtica mas deve ser realizada durante todo o ato cirrgico.
Mtodos de hemostasia
Fsicos.
Tamponamento.
Hemostasia temporria, realizado no trans e no ps operatrio. obrigatrio aps todos os passos cirrgicos ou
quando a ferida ficar exposta, sem ser manuseada. realizado com gaze.
Eletrocoagulao.
Utilizada para hemostasia temporria de pequenos vasos sangneos, com sada constante de sangue. Utiliza-se de
bisturi eletrnico.
Pinamento.
Manobra de hemostasia definitiva de pequenos vasos, podendo ser associada a eletrocoagulao. No caso de ser
utilizada isoladamente, deve-se aguardar de 8 a 10 minutos para a formao do trombo plaquetrio na luz do vaso
rompido. So utilizadas as pinas hemostticas.
Ligadura.
Manobra hemosttica definitiva que consiste na obliterao da luz de um vaso sangneo atravs de sutura com fios
no reabsorvveis. Utilizada em vasos de maior calibre como a artria facial.

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Qumicos.
Hemostticos locais.
Fibrina.
Extrado principalmente de bovinos, um dos fatores da coagulao e aceleram a formao de um cogulo na rea
afetada.
Esponjas.
Tem como caracterstica se expandir em contato com fluidos, realizando um tamponamento da regio.
Cera.
Tem como funo tamponar a rea hemorrgica. um fator que pode levar a infeco do stio operatrio.
Nitrato de prata.
Material que causa deposio de prata nos vasos lesados, diminuindo o fluxo sangneo.
Hemostticos de ao central
Medicamentos administrados para o paciente com fatores vasoativos ou auxiliares do fatores de coagulao, com o
objetivo de diminuir a hemorragia.
Estrgenos
Premarin
Styptanon
Sntese
Manobras que reposicionam os tecidos e os mantm estabilizados, para permitir o processo de reparao tecidual.
Suturas
Tcnica operatria que consiste no reposicionamento e estabilizao dos bordos da ferida cirrgica, para permitir o
processo de reparao.

Tipos de fios de sutura


No absorvveis Biolgicos
Algodo
Derivado da celulose;
Baixa reao celular;
Multifilamentodo tranado.
Seda
Origem animal;
Baixa reao tecidual;
Multifilamento torcido ou tranado.

No absorvveis Sintticos
Nylon
Derivado das poliamidas;
Multi ou monofilamento;
Baixa capilaridade;
Boa elasticidade;
Pouca reao tecidual.
Dcron
Derivado do polister;
Monofilamento;
baixa capilaridade;
Simples ou revestido com teflon (baixo coeficiente de atrito).
Prolene
Derivado das poliefrinas;
Pouca aderncia bacteriana;
Indicado para feridas contaminadas;
Monofilamento;
Boa elasticidade.

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Metlicos
Ao inoxidvel;
Fcil esterilizao;
Mono ou multifilamento;
Alta fora tnsil.
Absorvveis Naturais
Categute
Submucosa de intestino de carneiro ou boi;
Natureza protica- reao de corpo estranho;
Grande variao na fora tnsil;
Monofilamento;
Absorvido por fagocitose em 9 a 14 dias.
Absorvveis Sintticos
cido poligliclico (Dexon)
Multifilamento tranado;
Reabsorvido por hidrlise em 40-60 dias.
Poliglactina 910 (Vycril )
Semelhante ao cido poligliclico;
Tranado;
Hidrlise em 60 a 90 dias;
Aps 15 dias no oferece resistncia tnsil.
Polidioxanone e Poligliconato
Monofilamentados com resistncia tnsil maior que os anteriores.
Possuem menor reteno bacteriana e um tempo de absoro maior.
Agulhas de sutura - Classificao
Traumticas
Pontas cortantes
utilizadas em tecidos resistentes
diferena entre o dimetro da agulha e do fio
Atraumticas
pontas perfurantes
Tecidos delicados
fios montados
Espessura dos fios
medida em milmetros e expressa em quantidade de zeros.
Em ordem decrescente de espessura temos os fios no. 2, 1, 0, 2-0, 3-0, 4-0, 5-0, at 12-0.
Tipos de sntese
Suturas.
Plano profundo (peristeo, msculos e fscias, em caso de divulso por planos ou na sutura de ferimentos traumticos)
Plano superficial (mucosas e pele)
Ponto simples
Donatti Ponto em U
Em X

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Contnua
Simples
Festonada (ancorada)
Intradrmica
Osteossntese.
Tcnicas para estabilizao de cotos sseos fraturados. Pode ser dividida em rgida e semi-rgida.
Ser alvo de discusso no captulo de traumatologia.
Manobras auxiliares
Curativos.
Concluses
Manobras fundamentais so a base da tcnica cirrgica.
So necessrios profundos conhecimentos de anatomia.
Treinamento exaustivo das tcnicas melhora a performance do cirurgio e melhora o prognstico do paciente.

PRINCPIOS DE EXODONTIAS SIMPLES


INTRODUO
A exodontia implica em um procedimento cirrgico que incorpora conhecimentos de todos os princpios cirrgicos e
princpios de fsica e mecnica.
A aplicao de fora mecnica em um elemento dentrio com a finalidade de remoo, respeitando estes princpios,
no demanda de grande fora e geralmente provoca a exodontia do elemento sem seqelas desfavorveis.
O procedimento envolve ainda conhecimentos de anatomia, farmacologia, patologia, fisiologia, microbiologia,
semiologia, radiologia, tcnica cirrgica geral e especfica e psicologia
A partir da definio do problema, devemos nos ater a uma norma de trabalho, que consiste no PLANEJAMENTO do
caso que deve ser detalhado, contemplando o instrumental necessrio, o material de suporte, o prognstico do caso,
prevendo possveis acidentes e complicaes.
Devemos tambm definir o padro cirrgico do caso, se ambulatorial ou hospitalar e as exigncias de anti-sepsia.

AVALIAO PR-CIRRGICA
Anamnese detalhada com queixa do paciente, histria do caso, histria mdica pregressa, histria familiar, hbitos e
interrogatrio completo dos aparelhos e funes orgnicas, verificando a oportunidade cirrgica, possveis interaes
que possam interferir no prognstico, inoportunidades temporrias ou definitivas.
Exame fsico detalhado do paciente, no se atendo exclusivamente ao dente ser extrado, verificando o estado de
sade do paciente e possveis alteraes sistmicas ou locais e um exame do dente alvo, observando condies do
elemento, sua estrutura, possibilidades de fratura de suas paredes durante a aplicao de fora, condies de higiene
bucal e a necessidade de profilaxia pr operatria para evitar ou diminuir risco de infeco ps operatria .
Exame radiogrfico que permita visualizao completa do elemento, desde a poro coronria at a apical, estruturas
adjacentes importantes como seio maxilar nos dentes superiores posteriores e o canal mandibular nos dentes inferiores
posteriores e possveis leses que estejam associadas ao elemento, recorrendo preferencialmente s radiografias
periapicais.
INDICAES
Crie e suas complicaes como pulpites, perfuraes radiculares e leses em regio de bifurcao radicular.
Doena periodontal grave, na impossibilidade de tratamento conservador periodontal
Indicaes ortodnticas e protticas para reposicionamento dental, nas faltas de espao para erupo dos dentes do
arco dentrio, na impossibilidade de correo prottica
Dentes mal posicionados que impedem ou dificultam as funes de mastigao e deglutio e sem possibilidade de
tratamento conservador.
Dentes fraturados, principalmente com fraturas longitudinais que impedem seu aproveitamento no arco dentrio.
Dentes impactados sem possibilidade de tratamento conservador.
Dentes supranumerrios retidos ou no que dificultem a erupo e/ou o correto posicionamento dos dentes da regio

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Dentes associados com leses patolgicas quando no for possvel sua manuteno como nos casos de leses
neoplsicas ou envolvidas por cistos em mais de um tero da poro apical do dente.
Terapia pr-radiao como profilaxia da osteorradionecrose em reas que sofrero radioterapia, principalmente em
pacientes com higiene oral pobre ou com possveis focos de infeco odontognica.
Dentes envolvidos em fraturas dos maxilares, sendo esta indicao discutvel pois muitas vezes o dente serve como
guia de reduo da fratura, devendo ser extrado quando interferir nesta reduo.
Outros motivos podem ser listados para a exodontia, como os econmicos, que em pacientes de baixa renda podem
contra indicar a terapia conservadora quando da necessidade de atuao de vrias especialidades com endodontia e
prtese, mas todos os esforos devem ser feitos para que a terapia conservadora seja realizada.

CONTRA-INDICAES
Locais
Pacientes irradiados pela possibilidade de osteorradionecrose que uma doena que leva a necrose ssea em reas
que sofreram radioterapia no tratamento coadjuvante de neoplasia malignas e que causa uma diminuio da irrigao
sangnea regional com grande possibilidade de infeco. Esta no uma contra indicao absoluta, devendo-se
considerar a quantidade de radiao que incidiu sobre a rea, h quanto tempo foi realizada a terapia, e a possibilidade
de utilizao de oxigenoterapia hiperbrica nos pacientes irradiados o que diminui o risco da doena.
Dentes localizados em rea de tumor maligno pois se pode implantar clulas tumorais nos tecidos vizinhos
aumentando a possibilidade de metstases locais ou a distncia.
Dentes envolvidos em leses vasculares como o hemangioma intra sseo que pode ser lesado no momento da
exodontia e levar a uma hemorragia de difcil controle.
Dentes com abscesso dento-alveolar agudo e pericoronarite grave pois da mesma forma pode levar a infeco para
reas mais profundas, aumentando o potencial de disseminao da mesma.
Sistmicas
Doenas metablicas graves no controladas como diabetes, doena renal, doenas cardacas graves, hemofilia,
leucemia, hipertenso.
Gestao. Esto mais indicadas intervenes no segundo trimestre de gestao por oferecer menor risco para o feto,
mas em casos de necessidade e com acompanhamento do mdico responsvel pode-se realizar o procedimento.

CONSIDERAES ANATMICAS
anatomia topogrfica alvolo-dental

Espessura das

tbuas sseas vestibular e lingual / palatina um dado que deve ser considerado, pois a luxao
ser mais eficiente para o lado com cortical ssea mais delgada. Como regra geral temos na mandbula a tbua ssea
vestibular mais delgada em incisivos e caninos e mais espessa em molares, estando os pr molares com a mesma
espessura da cortical lingual. Na maxila a cortical vestibular mais delgada em todas as regies, lembrando-se do
processo zigomtico alveolar na face vestibular de maxila na regio do primeiro molar que se constitui em uma zona de
grande resistncia a luxao.

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PRINCPIOS DE ASSEPSIA E ANTISSEPSIA


Cirurgio e equipe cirrgica devem estar atentos a estes princpios executando:
Paramentao adequada, com uso dos equipamentos de proteo individuais como gorro, mscara culos de proteo,
Anti-sepsia das mos, colocao de aventais e luvas esterilizados.
Manuteno da cadeia assptica, evitando contaminao do campo operatrio com bactrias estranhas ao stio do
procedimento.
O paciente deve ser submetido a anti-sepsia intra e extra oral com solues anti-spticas como o gluconato de
clorhexidine e aposio de campos esterilizados para delimitao das rea cirrgica.

CONDIES TCNICAS PARA UMA EXODONTIA


Posies operatrias

Do Paciente :
Dentes Superiores: boca aberta, plano oclusal dos dentes do maxilar forma com o solo um ngulo de 45 graus e
numa altura ao nvel do ombro do operador.
Dentes Inferiores: boca aberta, o plano oclusal dos dentes permanea paralelo ao solo e numa altura ao nvel do
cotovelo do cirurgio

Do Operador
Diversificadas para o maxilar e para a mandbula e quanto localizao do prprio dente.
De p
Melhora empunhadura dos frceps
Favorece resultado final do trabalho mecnico
Mo oposta afasta estruturas, promove fixao da cabea e da mandbula, avalia atravs do tato o resultado do
trabalho mecnico
Iluminao do campo operatrio
Permita visualizar em detalhes as estruturas anatmicas regionais, dentro da cavidade bucal.
Seleo e disposio adequadas do instrumental
Seleo e disposio de acordo com seqncia natural de uso.
Fora do campo visual do paciente.
Instrumentais Utilizados:
Frceps
Elevadores
Seldim
Apicais

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Nmero dos frceps mais utilizados para exodontias.


Para dentes incisivos superiores;
1101*
299
301
Para caninos e pr molares superiores:
1150
Para molares superiores:
153 R (direito)
253 L (esquerdo)
318 R
418 L
Para terceiros molares superiores:
1121 (pouco utilizado)
Para razes residuais superiores:
1- 65
Para incisivos e razes residuais inferiores:
1151
Para caninos e pr molares inferiores:
1203 (pouco utilizado. Substitudo pelo 151)
Para molares inferiores:
116 (chifre de boi)
217
Para terceiros molares inferiores:
1- 222 (pouco utilizado)

REGRAS PARA UTILIZAO DOS FRCEPS

Apreendido em posio palmada, com o polegar sobre a articulao


Mordentes introduzidos o mais profundamente possvel, para se adaptar sobre o colo cirrgico do dente
Longo eixo do mordente // longo eixo do dente

Movimentos de intruso, pendular (rotao) e finalmente trao.

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PRINCPIOS MECNICOS NO USO DE FRCEPS

PRINCPIOS MECNICOS NO USO DE ELEVADORES


Alavanca

Cunha

Roda e o eixo

REGRAS PARA UTILIZAO DOS ELEVADORES


Posio dgito-palmar e dedo indicador sobre a haste
No usar um dente adjacente como fulcro da alavanca
Mo oposta para proteo das estruturas circunvizinhas
Aplicar fora progressiva e controlada
TCNICA CIRRGICA
Sindesmotomia
Gengiva marginal inserida separada por divulso ao redor do colo cirrgico do dente
Aumenta profundidade do sulco gengival
Permite entrada da ponta ativa do frceps
Sindesmtomo ou esptula de Freer

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Luxao
Expanso do alvolo, atravs do movimento do dente, causando rompimento dos ligamentos periodontais ao redor da
raiz
- Movimentos dos frceps :
Intruso: tem como objetivo o estabelecimento de um ponto de fulcro (apoio) no pice do alvolo, melhorando a
eficincia mecnica do frceps, alm de promover rompimento das fibras apicais do ligamento periodontal.
Vestibulo-lingual: movimento de luxao que leva ao rompimento das fibras donto-alveolares, e alargamento das tbuas
sseas, atravs de micro fraturas de suas paredes. Deve ser feito de forma progressiva e controlada.
Rotao: movimento bastante efetivo de luxao mas restrito aos dentes unirradiculares cnicos como o incisivo central
superior.
Avulso: Movimento de trao. uma seqncia do vestibulo-lingual. No deve ser feito de forma intempestiva pois
pode levar fratura de dentes antagonistas.
- Movimentos dos elevadores: (descritos anteriormente)
Alavanca
Cunha
Roda e eixo
Tratamento da cavidade
Curetagem para remoo de leses. No deve ser realizada em dentes que no possuam leses apicais.
Irrigao abundante com soro fisiolgico, principalmente quando necessrio ostectomia e odontosseco.
Manobra de Chompret-Hirondel: Esta manobra ainda considerada importante por alguns autores para melhorar a
reparao tecidual aps uma exodontia. Esta manobra tem como finalidade diminuir a dimenso vestibulo-lingual do
alvolo remanescente para permitir uma estabilizao melhor do cogulo. Nos dias atuais discutvel o uso desta
tcnica pois importante ter um rebordo remanescente com boas dimenses para a posterior reabilitao do paciente
com o uso de prteses ou implantes.
Sutura
Estabilizar tecido mole
Manuteno do cogulo
Auxiliar Hemostasia
Pouca tenso para no comprometer vascularizao da borda da ferida
Cuidados ps operatrios
Morder rolo de gaze por aproximadamente 20 minutos
Bolsa de gelo nas primeiras 2 horas
Manter repouso, com cabea elevada
Alimentao fria e lquida
No fazer bochechos de espcie alguma nas primeiras 48 horas
Manter higiene bucal (escovao)
Tomar medicao conforme a prescrio
Remover suturas com aproximadamente 7 dias.
ACIDENTES E COMPLICAES DAS EXODONTIAS
Acidente: uma ocorrncia do trans operatrio, por quebra de seu planejamento.
Complicao: a quebra do planejamento no ps operatrio, levando a uma alterao de prognstico.
Acidentes em exodontias:
Fratura do dente a ser avulsionado.
Constantemente associada a mau estado do elemento no momento da cirurgia. Geralmente sem maiores
conseqncias, apenas dificultando o procedimento e aumentando o tempo cirrgico.
Fraturas sseas
Do rebordo.
Mais comum quando o dente a ser removido apresenta anomalia de forma como hipercementoses e razes dilaceradas.
Ostectomias e odontosseces podem ser necessrias para evitar este acidente. Quando ocorrer importante
suspender o procedimento e promover a reduo e estabilizao dos cotos sseos para reparao. (vide captulo de
traumatologia). Se o tratamento no for realizado de maneira adequada pode ocorrer necrose do rebordo com
conseqente perda dos dentes da regio.

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Da tuberosidade maxilar:
Quando da exodontia de dentes posteriores superiores, principalmente molares. Tambm denominada fratura em bloco
da maxila. Tratamento como descrito acima.
Da mandbula:
Quando da exodontia de terceiros molares inferiores. Ocorre neste caso fratura de ngulo mandibular. (Tratamento
como descrito no captulo de traumatologia).
Hemorragia
Ocasionada por rompimento de vasos sangneos. Podem ser vasos capilares e o ideal promover tamponamento da
ferida. Se o sangramento for de um vaso de maior porte como o alveolar inferior, pode-se lanar mo de tamponamento
ou de hemostticos de ao local ou central.
Leso em outros dentes:
Ocasionada por movimentos intempestivos do cirurgio ou por apoio de instrumentos em dentes vizinhos, o que no
correto.
Luxao de dentes vizinhos.
Aps luxao de dentes vizinhos deve-se promover conteno semi-rgida por sete dias.
Avulso de dentes vizinhos ou antagonistas.
Deve-se da mesma forma que no caso anterior promover conteno semi-rgida pelo mesmo perodo de tempo.
Fratura de dentes vizinhos ou antagonistas.
Ocorrendo fratura de dentes deve-se verificar a possibilidade de leso pulpar. Na ocorrncia desta promover tratamento
endodntico. Se associada a luxao tratar como nos casos acima. Se a fratura for longitudinal o dente deve ser
extrado.
Leso de troncos nervosos.
Se a leso nervosa for completa ocorre perda de sensibilidade irreversvel na rea de inervao. Se ocorrer leso por
compresso (neuropraxia), esta pode ser reversvel. Alguns autores consideram a administrao de complexo
vitamnico B importante para auxiliar na regenerao e volta da sensibilidade na ares afetada.
Leso de tecidos moles:
No caso de leso de tecidos moles intra orais, promover sutura dos mesmos, com fio de seda ou nylon 3 ou 4-0 de
espessura, em um nico plano.
Em leses extra orais promover, se necessrio, sutura por planos com fio de vycril 4-0 para os planos internos e com fio
de nylon 6-0 parai plano cutneo.
Em ambos os casos importante anti-sepsia rigorosa antes da sutura.
Invaso de estruturas anatmicas vizinhas
Seios maxilares.
A comunicao buco sinusal com ou sem corpo estranho abordado no captulo de sinusopatias odontognicas.
Fossas nasais.
A comunicao buco nasal aps exodontia pode ocorrer principalmente na exodontia de dentes retidos na regio
anterior de maxila. Nesses casos deve-se promover a sutura dos retalhos. Se no for realizada uma sutura adequada,
pode-se evoluir para fstula buco nasal que tambm abordado no captulo de sinusopatias odontognicas.
Espao esfenopalatino.
Localiza-se na regio posterior de tuberosidade de maxila. Na ocorrncia de intruso de dente neste espao deve-se
tentar remover o elemento. Se no for possvel acompanhamento peridico e antibiticos para evitar infeco local.
Espao submandibular e retrofarngeo
Localizados na regio submandibular. Remover o dente geralmente via inciso submandibular e divulso por planos.
Luxao de ATM
Comum quando do uso de fora desproporcional para exodontia de dentes inferiores ou na vigncia de DTM (disfuno
tmporo mandibular). O tratamento consiste em um movimento da mandbula, executada pelo profissional, apoiando os
dedos polegares na regio retromolar em ambos os lados, para baixo, para trs e para cima. Aps a reduo pode ser
necessrio conteno com bandagem para limitao dos movimentos mandibulares.
Aspirao de corpo estranho
A aspirao de corpo estranho deve ser tratada de forma imediata, atravs da manobra de Heimlich, descrita no
captulo de urgncias e emergncias, pois pode levar perda de permeabilidade de vias areas, levando a dificuldades
respiratrias.

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Deglutio de corpo estranho


Menos grave que a aspirao. Somente deve-se acompanhar o trnsito do corpo estranho, atravs de radiografias, at
sua excreo com o bolo fecal.
Fraturas do instrumental
Ocorre por movimentos grosseiros por parte do profissional ou por fadiga de material aps mltiplos ciclos de
esterilizao.
Complicaes das exodontias
Resposta inflamatria exarcebada
Dor
Controle ps operatrio com analgsicos. Quanto maior o trauma cirrgico maior a possibilidade de desenvolvimento de
dor.
Edema
Todo procedimento cirrgico causa inflamao. Ela faz parte do processo de reparao tecidual. O que prejudicial
quando se torna exacerbada. Nesse caso podemos prescrever antiinflamatrios para controle e conforto ao paciente.
Hemorragia
A hemorragia como complicao ocorre aps o ato cirrgico, mas deve ser tratada da mesma forma como descrito
anteriormente.
Alveolite
Inflamao do alvolo aps exodontia. Divide-se em dois tipos:
Seca
Quando ocorre perda do cogulo de proteo do alvolo. Tem como caracterstica clnica alvolo seco, com colorao
acinzentada, dor intensa que no sede ao uso de analgsicos.
mida ou purulenta
Quando ocorre infeco do cogulo. Presena de secreo purulenta.
Inflamao por reao de corpo estranho
Pode estar associada a um remanescente radicular ou presena do fio de sutura. O tratamento consiste na remoo
do corpo estranho.

EXODONTIAS COMPLICADAS E MLTIPLAS


Exodontias Complicadas:
Razes residuais que no avulsionam por via alveolar
Razes Fraturadas
Necessidade de confeco de retalhos
Necessidade de osteotomias
Necessidade de odontosseco
TIPOS DE RETALHOS (ilustraes em manobras fundamentais)
Neumann
Neumann modificado (Peter-Novak)
Envelope: inciso interpapilar sem inciso de alvio.
Nestes casos a direse difere das exodontias simples, pois no se faz sindesmotomia, mas h a necessidade de
confeco de retalhos com inciso e descolamento muco-periostal para acesso crista alveolar e permitir ostectomia e
odontosseco.

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OSTECTOMIAS:
Vestibular: Realizado na crista da parede vestibular do alvolo. de fcil execuo, mas dificulta a reabilitao posterior
ou terapias ortodnticas, pois diminui a dimenso do alvolo e danifica a crista alveolar.
Perfurao Cortical: realizada na regio apical da raiz por vestibular. mais difcil tecnicamente, mas leva a
preservao da crista alveolar mantendo a dimenso do alvolo.

ODONTOSSECO:
Reduz quantidade de osso a ser removido
Diminui a resistncia avulso
Diminui tempo operatrio
No lesa dentes vizinhos
Diminui riscos de fraturas dento alveolares

Classificao das exodontias:


Tcnica primeira: Exodontia executada com frceps.
Tcnica segunda: Exodontia realizada com elevadores, por impossibilidade de preenso com frceps.
Tcnica terceira: Exodontias complicadas, quando da necessidade de confeco de retalhos para a execuo de
ostectomia e/ou odontosseco.
Exodontias Mltiplas
Remoo de mais de um dente no mesmo ato cirrgico.
Pode seguir as mesmas tcnicas das exodontias simples e complicadas.
Em casos especficos pode ser realizada inciso da mucosa vestibular e palatina para se conseguir um rebordo mais
regular para instalao de prteses.
Considerar a instalao de prteses imediatas para um menor prejuzo esttico e funcional no ps-operatrio.
Permitir uma forma de rebordo compatvel com a reabilitao planejada.
Relevar a recuperao esttica e funcional com prteses convencionais ou implanto-suportadas (PANEJAMENTO
PROTTICO)
Questes abordadas em provas anteriores pedem a ordem para a exodontia de determinado segmento
de dentes. Nesses casos o ideal se iniciar de posterior para anterior e de inferior para superior, pois assim o
sangramento proveniente das exodontias prvias no atrapalha a visualizao dos outros procedimentos.

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TRATAMENTO DOS DENTES RETIDOS


Definies
Dente retido aquele que no rompeu a mucosa da cavidade bucal no perodo normal de erupo. Sinnimos:
inclusos; no erupcionados.
Dente impactado aquele que possui um impedimento mecnico para sua erupo como um dente vizinho.
Dente semi incluso o que se apresenta parcialmente erupcionado.
Etiologia
Diversos fatores etiolgicos foram descritos para o aparecimento cada vez mais significativo de dentes retidos como
miscigenao de etnias, discrepncia no crescimento, diminuio da funo do sistema estomatogntico, falta de fora
de erupo, diminuio do espao requerido para erupo, leses que impeam a erupo como odontomas e doenas
sistmicas como a disostose cleido craniana, sndrome que se caracteriza pela no formao das clavculas e que leva
a mltiplas retenes dentrias.
Conseqncias
Pericoronarite: inflamao do capuz pericoronrio por trauma ou pela presena de infeco. tratada com medicao
analgsica e higiene local quando no associada a infeco e com antibiticos na presena de secreo purulenta.
Crie: que pode acometer o dente retido ou um dente vizinho, principalmente nos casos de dentes semi inclusos que
dificultam a higiene local.
Doena periodontal: Acomete principalmente a distal de segundos molares inferiores quando da reteno de terceiro
molar inferior masioangulado.
Infeco: Abscesso dento alveolares podem ter origem em dentes retidos.
Reabsoro radicular: Acomete dentes vizinhos aos dentes retidos por ao do capuz pericoronrio.
Cistos: H leses csticas como o cisto dentgero que se originam do epitlio do capuz pericoronrio de dentes retidos.
Tumores: O ameloblastoma. Mixoma e tumor odontognico adenomatide podem ser originados a partir de dentes
retidos.
Exame clnico
Palpao.
Inspeo.
Verificar tecido que recobre o dente.
Presena de infeco.
Posio do dente.
Proximidade com dentes vizinhos.
Exame radiogrfico
Deve possibilitar total visualizao do elemento dental, estruturas vizinhas e possveis leses.
Verificar morfologia do elemento.
Proporcionar a localizao de dentes totalmente retidos.
Tcnicas radiogrficas
Dentes retidos na mandbula
Radiografia periapical a de eleio pelos detalhes que proporciona.
Oclusal para verificar principalmente a posio no sentido vestbulo lingual.
Panormica para uma viso geral. No oferece muitos detalhes.
Tcnicas de localizao
Miller-Winter: Uma radiografia periapical associada a uma tcnica oclusal com filme periapical
Donovan: Variao da tcnica acima para terceiros molares inferiores com tcnica oclusal modificada. O filme
apoiado no ramo ascendente e a incidncia do feixe de Rx na regio de ngulo mandibular.
Parma: modificao na angulao do longo eixo do filme para visualizao do pice do terceiro molar.

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Dentes retidos na maxila


Radiografia periapical de eleio.
Oclusal para casos que exijam maior rea de visualizao
Panormica: oferece viso geral, mas sem detalhes e com distores.
Localizao
Caninos
Clarck: tcnica de eleio. Baseia-se no princpio da Paralaxe. Duas radiografias com variao da angulao
horizontal.
Telerradiografia: Oferece em alguns casos posicionamento de dentes anteriores.
Dentes retidos na mandbula e maxila

Planigrafia e tomografia: permitem visualizao precisa dos dentes e sua localizao.


Planejamento
Realizar anamnese e exame clnico.
Adequar paciente a teraputica e a teraputica ao paciente.
Verificar a localizao, forma e nmero de razes, tamanho, etc.
Escolher a modalidade de tratamento.
Prever acidentes e complicaes.
Tratamento
Expectante.
Proservao peridica.
Indicados para casos de pacientes em extremos de idade, com inoportunidade cirrgica temporria do definitiva, em
casos de dificuldade tcnica ou quando as seqelas previstas superam os benefcios da tcnica cirrgica.

Cirrgico Conservador
Ulotomia
Consiste de inciso do capuz pericoronrio e mucosa de recobrimento do dente retido.
Indicado para dentes com atraso na erupo, mas que apresentam pice no formado, tendo, portanto, fora de
erupo.
Ulctomia
Consiste na remoo de parte do capuz pericoronrio e mucosa de recobrimento que se apresenta sobre o dente retido.
Tem como indicaes as mesmas da ulotomia e em dentes que se apresentam cobertos somente por tecido mole.
Muito utilizada para terceiros molares inferiores. (cunha distal)
Transplante
Consiste no reposicionamento cirrgico do dente retido para sua posio normal.
Tcnica indicada para tratamento de dentes retidos, sem possibilidade de trao ortodntica.
Utilizada para substituio de um dente permanente destrudo pelo dente retido.
uma tentativa de tratamento.
Trao Ortodntica
Tratamento multidisciplinar que consiste na instalao de um aparato ortodntico para trao do dente retido para a
posio correta.
Indicada para todos os dentes retidos, principalmente na regio anterior.
limitado dentes que podem ser tracionados, excluindo-se dentes curvos ou dilacerados.
Limitado pelos altos custos do tratamento.
Modalidades de trao
Laamento
Colocao de um fio de amarrilho trefilado na regio do colo anatmico do dente.
Colagem de Brackets ou botes
Colagem de dispositivo ortodntico na face mais acessvel do dente.
Perfurao total
Perfurao do bordo incisal para passagem do fio de amarrilho.
Perfurao parcial
Perfurao parcial do bordo incisal para cimentao de um dispositivo de trao.
Tratamento Cirrgico Radical

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Exodontia
Remoo do elemento dental.
Indicaes
Dentes impossveis de serem aproveitados.
Possibilidade de desenvolvimento de leses como crie, doena periodontal, cistos e tumores.
Nos prximos tpicos ser feita uma diviso nos principais grupos de dentes retidos sendo terceiros molares inferiores,
terceiros molares superiores, caninos superiores e demais dentes.
Terceiros molares inferiores
Dentes mais acometidos por reteno.
Indicado exodontia por necessidade ortodntica.
Avaliar a possibilidade de ulctomia.
Classificao de Pell e Gregory
Quanto ao ramo ascendente da mandbula
Classe I: Dimetro mesio-distal do terceiro molar menor que a distncia entre o bordo anterior do ramo ascendente e
a face distal do segundo molar.
Classe II: Dimetro mesio-distal do terceiro molar maior que a distncia entre o bordo anterior do ramo ascendente e
a face distal do segundo molar.
Classe III: No h espao entre a distal do segundo molar e o ramo ascendente.
Quanto ao plano oclusal.
Classe a: Face oclusal do terceiro molar no mesmo nvel ou acima do plano oclusal.
Classe b: Face oclusal do terceiro molar entre o plano oclusal e a cervical do segundo molar
Classe c: Face oclusal do terceiro molar abaixo da cervical do segundo molar.
A
B
C

II

III

Classificao de Winter
Quanto a inclinao do longo eixo.
Vertical.
Mesioangulado.
Horizontal.
Distoangulado.
Invertido.
Tcnica cirrgica
Inciso de Winter ou de envelope so as mais utilizadas, sendo a de Winter com inciso de alvio (relaxante) e a
envelope sem esta inciso.
Descolamento muco periosteal em um nico plano.
Ostectomia com o objetivo de expor a poro coronria do terceiro molar, principalmente as faces vestibular, oclusal e
distal. Pode ser realizada com instrumento rotatrio com irrigao com soro fisiolgico.

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Odontosseco tambm realizada com instrumento rotatrio com irrigao com soro fisiolgico. Tem com o objetivo de
diminuir a resistncia avulso. Para desimpaco do elemento de dentes vizinhos.
Exodontia propriamente dita sempre com o uso de elevadores pela impossibilidade de adaptao dos frceps no colo
dos dentes.
Limpeza da cavidade com irrigao com soro fisiolgico e remoo de remanescentes do capuz pericoronrio.
Sutura em pontos simples.
Terceiros molares superiores
Dentes com grande incidncia de incluso.
Muitos casos necessitam exodontia por indicao ortodntica.
Trauma na regio retro molar aps exodontia do terceiro molar inferior.
Classificao
Quanto ao plano oclusal.
Classe a: Face oclusal do terceiro molar no mesmo nvel ou abaixo do plano oclusal.
Classe b: Face oclusal do terceiro molar entre o plano oclusal e a cervical do segundo molar.
Classe c: Face oclusal do terceiro molar acima da cervical do segundo molar.
A

Classificao
Quanto a angulao vertical
Vertical
Mesioangulado
Distoangulado
Tcnica cirrgica
Inciso de Winter com inciso de alvio em casos de incluses de classe II e III. A inciso em envelope pode ser
utilizada em dentes classe I, mas com muito critrio, pois h grande possibilidade de dilacerao do retalho.
Descolamento muco periosteal.
Ostectomia podendo ser feita com cinzis com presso manual devido a pouca espessura e resistncia da cortical
vestibular
Odontosseco de difcil execuo pela pouca visualizao do elemento.
Exodontia com elevadores
Limpeza da cavidade com irrigao com soro fisiolgico e remoo de remanescentes do capuz pericoronrio.
Sutura em pontos simples.
Retalho envelope, sem inciso de alvio

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Inciso de Winter. Notar o retalho mais amplo e descolamento mais eficiente, sem o perigo de dilacerao.

Caninos superiores
Dentes acometidos com freqncia por incluso.
Verificar a possibilidade de tratamento conservador.
Classificao
Quanto ao sentido vestbulo palatino:
Vestibular: coroa voltada para vestibular
Palatino: coroa voltada para palatino
Transalveolar: coroa e pice voltados para lados opostos
Quanto a posio:
Vertical
Horizontal: 90 graus em relao a posio vertical
Inclinado: entre vertical e horizontal
Quanto a altura:
Alto: coroa acima dos pices dos dentes da regio
Baixo: coroa abaixo dos pices

Tcnica cirrgica
Posicionado para vestibular
Retalho de Neumann ou Neumann modificado.
Posicionado por palatino
Retalho de palato interpapilar de primeiro molar do mesmo lado do dente retido a canino do lado oposto
Em incluso bilateral, retalho entre os primeiros molares.

Ostectomia com o objetivo de expor a poro coronria do canino, principalmente as faces vestibular ou palatina (a que
for mais acessvel). Pode ser realizada com instrumento rotatrio com irrigao com soro fisiolgico.
Odontosseco tambm realizada com instrumento rotatrio com irrigao com soro fisiolgico. Tem com o objetivo de
diminuir a resistncia avulso. Para desimpaco do elemento de dentes vizinhos.
Exodontia propriamente dita sempre com o uso de elevadores pela impossibilidade de adaptao dos frceps no colo
dos dentes.
Limpeza da cavidade com irrigao com soro fisiolgico e remoo de remanescentes do capuz pericoronrio.
Sutura em pontos simples.
Cuidados
Verificar proximidade com as razes dos dentes vizinhos.
Evitar luxao dos mesmos.
Evitar fratura do rebordo alveolar da regio.
Outros dentes
Qualquer elemento dental pode ser acometido por incluso.
Os passos cirrgicos so semelhantes aos j descritos com pequenas adaptaes para cada caso.
Deve ser realizado completo estudo radiogrfico e clnico para diagnstico e planejamento.
Concluses
Exames clnico e radiogrfico.

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Selecionar a tcnica adequada.


PLANEJAMENTO.
Adequao da tcnica.
Adequao do paciente.
Medicao.
Acompanhamento ps-operatrio.
CIRURGIAS DO PERIPICE
Introduo
Procedimento cirrgico com o objetivo de tratamento de leses localizadas no pice radicular.
Indicaes
Leses apicais refratrias ao tratamento endodntico.
Impossibilidade de tratamento endodntico.
Fraturas radiculares no tero apical.
Leses csticas.
Necessidade de retro obturao.
Tcnica cirrgica
Retalhos de acesso regio do peripice
Incises:

Partsch.
Wasmund.
Neumann.
Neumann modificado.
Modalidades Cirrgicas
Curetagem apical.
Apicectomia.
Apicectomia associada a retroobturao.
Curetagem Apical
Acesso cirrgico regio apical do dente envolvido, atravs de retalhos, com posterior curetagem do contedo da
leso.
Indicaes.
Dentes tratados endodonticamente, com leses que no envolvem a regio apical.
Apicectomia
Acesso cirrgico regio apical do dente envolvido, atravs de retalhos, com amputao da regio do pice radicular
envolvido na leso e curetagem de seu contedo.
Indicaes.
Dentes tratados endodonticamente, com leso envolvendo at o tero apical da raiz.
Fraturas radiculares at o tero apical da raiz.

Apicectomia e Retroobturao
Acesso cirrgico regio apical do dente envolvido, atravs de retalhos, com amputao da regio do pice radicular

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envolvido na leso, seguido de selamento apical atravs de obturao retrgrada do canal radicular e posterior
curetagem do contedo da leso.

Indicaes.
Dentes com impossibilidade de tratamento endodntico adequado, com leso envolvendo at o tero apical da raiz.

Materiais de retroobturao
Amlgama: tem como vantagem o baixo custo e facilidade de compra. Tem como desvantagens a dificuldade de
manipulao em campo restrito, umidade na regio, infiltrao marginal. A liga de amlgama deve ser isenta de zinco.
Ionmero de vidro de fcil manipulao, mas no tolera umidade e seu tempo de presa longo.
Cimento de hidrxido de clcio: tem como vantagem ser bacteriosttico, mas sofre hidrlise perdendo o poder de
vedao.
N-Rickert um cimento de obturao endodntico, mas a longo prazo perde aderncia podendo sofrer infiltrao.
Cianoacrilato um adesivo que vem sendo utilizado para retroobturao em laboratrios, mas sofre hidrlise em curto
perodo.
Super EBA (cido elxi-benzico) Cimento de xido de zinco reforado, tem os melhores resultados in vitro e in vivo
possui tempo de presa curto, no sofre hidrlise e oferece boa vedao, mas tem como inconveniente um alto custo e
dificuldade de compra, pois se trata de material importado.
M.T.A. Agregado trixido mineral, composto principalmente de trixidos e outros minerais, com resultados promissores.
Consideraes Sobre o Tratamento Endodntico
Tratamento dentro dos padres tcnicos.
No caso de Apicectomia, obturao prvia ao procedimento cirrgico.
Extravasamento de cimento para o interior da leso.
Concluses
Planejamento adequado.
Bom acesso cirrgico.
Eficiente limpeza da regio apical.
Bom selamento da regio apical.
Acompanhamento ps-operatrio.

Cistos da Regio Buco Maxilo Facial

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Cistos so cavidades patolgicas revestidas por epitlio, com contedo fluido, semifluido ou gasoso.
Classificao:
1.

Cistos de Desenvolvimento

1.1Odontognicos
- Cisto Gengival
Freqente em recm nascidos
Raro aps 3 meses de idade
Prolas de Epstein (Rafe Palatina)
Ndulos de Bohn (Processo Alveolar)
No requer tratamento
- Queratocisto
Oriundo da Retculo Estrelado do rgo do Esmalte
Presena de Queratina no Contedo
Maior Freqncia 2a e 3a Dcada
Mais Freqente em Homens
Preferncia para ngulo de Mandbula
Radiograficamente Uni ou Multilocular
Cistos satlites
Comportamento agressivo
Altamente recidivante
- Cisto Dentgero
Epitlio Reduzido do rgo do Esmalte
Envolve coroas de dentes inclusos
Mais freqente na 2a e 3a dcada
Mais freqente em Homens
Maior freqncia na regio de 3o molares inferiores
Geralmente unilocular
Tipos central, lateral e circunferencial.
Pode causar reabsores radiculares
- Cisto de Erupo
um Cisto Dentgero de localizao extra ssea
Ocorre na fase de erupo do dente
Aumento de volume de colorao normal ou azulada
Tratamento marsupializao
- Cisto Periodontal Lateral
Dentes vizinhos com vitalidade pulpar
Origem no conhecida
Predileo por caninos e pr molares inferiores
- Cisto Gengival do Adulto
Periodontal Lateral de ocorrncia extra ssea
Mais comum 2a e 3a dcada de vida
Mais comum nos homens
Dentes vizinhos com vitalidade
- Cisto Odontognico Calcificante
Regio anterior de Maxila e Mandbula
Imagem Radiolcida com reas radiopacas
Pouco freqente
No Apresenta muitas recidivas
Maior freqncia 2a e 3a dcada
Sem predileo de sexo ou raa

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1.2.No Odontognicos
- Cisto do Canal Incisivo

Tambm chamado de Palatino Mediano


Resduos embrionrios dos Processos Palatinos

- Cisto Naso-labial

Tambm conhecido como Naso Alveolar


Acometem Tecido Mole
Leses Raras
Mais freqente em mulheres
Elevao da Asa do Nariz

2. Cistos Inflamatrios
- Cisto Radicular
- Cisto Apical e Lateral

Restos epiteliais de Malassez


Mortificao Pulpar
a
Predileo 4 dcada de vida
Mais comum em homens

- Cisto Residual

Ps exodontia

- Cisto Paradental
- Processo inflamatrio na bolsa periodontal
- Restos epiteliais de Malasses
a
- Mais comum na 3 dcada
- Mais comum na face vestibular
3.

Cistos do tecido mole da Boca e do Pescoo

As leses marcadas com (*) so mais importantes


- Cisto Dermide ou Epidermide *

Dermide apresenta anexos cutneos


Mais freqente em soalho bucal
Podem apresentar queratina no interior
- Cisto Linfo Epitelial Benigno

Tambm chamado de Cisto Branquial


Ocorre em tecido mole, na regio de ngulo mandibular, na face anterior do msculo externocleidomastoideu.
No h predileo de sexo ou idade
Ocorrncia rara

- Cisto do Ducto Tireoglosso

Aprisionamento de clulas na migrao da tireide


Linha Mdia, entre forame Cego e Cartilagem Tireidea.
a

3 dcada de vida
Mais freqente em homens

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4.

Cistos Parasitrios

- Cisto Hidticos

Causado pela larva do E. Granulosis (Vive no trato Intestinal do cachorro)


Atinge Fgado, Pulmes, Ossos, e Crebro.
Pouco freqente em ossos da Face
Hospedeiros intermedirios Boi, Ovelha e Porco (ingesto de fezes do Co).

- Cisticerco

5.

Ingesto direta ovo do Cysticecus cellulosae larva de Taenia Solium, encontrado em alimentos vegetais ou mo
mal higienizada.
absorvido no trato gastrintestinal caminha pelos vasos e se instala Crebro, Vlvula Cardaca, rbita e Tecidos
Bucais.
Cistos das Glndulas Salivares

- Rnula e Mucocele*
- A rnula a reteno de saliva na glndula sub lingual.
- A Mucocele a reteno de saliva em glndula salivar menor.
- Cisto Mucoso Benigno do Seio Maxilar

6.

7.

Mucocele de Seio Maxilar


a

Mais freqente na 3 dcada de vida em Homens


Geralmente no necessitam de tratamento
Cisto Ciliado Cirrgico da Maxila
Associados a pacientes submetidos Caldwell-Luc
Pouco freqentes
Provavelmente causado pelo epitlio sinusal aprisionado na ferida cirrgica
Cisto Hemorrgico *

Cisto Traumtico, Cisto sseo Simples, Cisto Solitrio.


Mandbula
Histria de Trauma na regio com intervalo de 1 a 20 anos
No tem epitlio
Preenchido inicialmente por cogulo, e posteriormente sem contedo.
Modalidades de tratamento:
Enucleao
Remoo total da cpsula leso bem como de seu contedo, aps acesso cirrgico atravs de retalhos e
ostectomia se necessria. A enucleao se d atravs de um plano de clivagem que existe entre o componente epitelial
e a parede ssea. Este plano formado por tecido conectivo frouxo. O ideal da enucleao a remoo do cisto em
uma nica pea, sem fragmentao o que diminui o potencial de recidiva da leso. A enucleao a tcnica de eleio
para os cistos dos maxilares, desde que possam ser removidos com facilidade, sem comprometimento das estruturas
adjacentes.
A tcnica tem como vantagem permitir um exame laboratorial completo da leso e um tratamento mais rpido,
sem o inconveniente de cuidados especiais com uma cavidade como no caso da marsupializao.

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Marsupializao
Remoo de parte da leso, formando uma janela cirrgica na parede do cisto, com sntese do epitlio de
revestimento do cisto com epitlio oral, diminuindo a presso interna da leso, tendo como conseqncia a diminuio
gradual da mesma e neo formao ssea no interior da loja. A tcnica pode ser utilizada isolada ou associada a uma
enucleao aps diminuio do tamanho da leso.
A tcnica est indicada nos casos de possvel trauma regies nobres como seio maxilar ou um feixe vasculonervoso, quando associada a um dente retido que tem possibilidade de erupo espontnea ou assistida, em casos de
acesso cirrgico difcil, do porte da cirurgia em relao ao estado de sade do paciente e ao tamanho da leso que
pode fragilizar a estrutura ssea e causar sua fratura.
As vantagens da tcnica se resumem a ser um procedimento simples, preservar as estruturas anatmicas da
regio e possibilitar o aproveitamento de elementos dentrios retidos no interior da leso. As desvantagens so manter
tecido patolgico no interior da leso, sem exame laboratorial completo. Outra desvantagem a necessidade do
paciente conviver com uma cavidade anexa ao meio bucal, devendo manter uma higiene rigorosa na leso para evitar
infeco da ferida.
H ainda uma variao da tcnica de marsupializao que denominada tapizamento. Ela feita atravs de um
retalho de acesso, com posterior curetagem da cpsula da leso, seguido do atapetamento da cavidade com o retalho
remanescente. A justificativa para a aplicao desta tcnica seria a possibilidade da cpsula cstica, por ser um tecido
doente poder se diferenciar em outra leso. uma tcnica pouco utilizada devido dificuldade de higienizao e pelo
tempo de reparao.

Descompresso
Os princpios da tcnica so os mesmos da marsupializao, mas com um orifcio de exposio da leso menor
onde ser introduzido dispositivo de drenagem objetivando diminuir volume da leso para posterior enucleao. Esta
tcnica est indicada em leses de grande volume, de difcil acesso ou em pacientes debilitados que no tem condies
de sofrer uma enucleao.
A tcnica tem as mesmas vantagens da marsupializao, mas sem o inconveniente de uma cavidade aberta ao
meio bucal a desvantagem a possibilidade de obliterao do orifcio do dispositivo de drenagem e ser necessrio novo
procedimento cirrgico para troca ou para enucleao da leso.
PLANEJAMENTO
Para o planejamento da cirurgia diversos fatores devem ser abordados. O primeiro o diagnstico da
leso e este deve se basear no exame clnico da leso e de tcnicas semiotcnicas auxiliares como a puno
aspirativa, bem como de um exame de imagem que contemple a visualizao completa da leso, seus limites,
proximidade com estruturas vizinhas, lanando mo de imagens radiogrficas, tomografias ou de ressonncia
magntica. Para complemento do diagnstico importante a realizao de bipsia incisional, com remoo de
parte da leso para diagnstico antomo-patolgico. De posse destes dados e levando tambm em
considerao o estado geral do paciente devemos definir se o padro cirrgico ser ambulatorial ou hospitalar.
O Prximo passo a definio da tcnica operatria a ser utilizada levando-se em considerao o tipo de leso,
as condies do doente a rea afetada e as vantagens e desvantagens de cada tcnica como abordado anteriormente.
Por ltimo vale ressaltar o acompanhamento ps operatrio destes paciente que deve ser, nos casos de
enucleao, feito semanalmente no primeiro ms ps operatrio e mensalmente at a formao de trabeculado sseo
detectvel em exame radiogrfico. Nos casos de descompresso e marsupializao o acompanhamento deve ser
semanal at a diminuio completa da leso ou at seu tamanho tornar vivel a enucleao.

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CIRURGIAS PR PROTTICAS
Introduo
Cirurgias para melhorar ou possibilitar a instalao de aparelhos protticos em pacientes com deficincias na qualidade
do rebordo alveolar. necessrio planejamento cirrgico e prottico simultneo para melhores resultados.
Alteraes sseas aps exodontias
Reabsoro do rebordo alveolar aps exodontia fisiolgico. O rebordo alveolar sem o estmulo dos dentes atravs da
funo e dos ligamentos periodontais sofre processo contnuo de reabsoro, iniciando-se em espessura formando o
chamado rebordo em lmina de faca e continuando em altura com aplainamento do rebordo.
Tendncia de ocluso classe III pela diminuio da dimenso vertical tendo como conseqncia uma projeo da
mandbula para anterior, levando a uma pseudo ocluso classe III.
Alteraes de tecidos moles
Incompetncia muscular pela diminuio da funo mastigatria que leva a uma flacidez labial dando ao paciente um
aspecto senil.
Cirurgia em tecidos moles
Remoo de hiperplasias.
Hiperplasia um processo proliferativo no neoplsico, de origem traumtica, ocasionado geralmente por trauma de
aparelhos protticos totais.
Tratamento cirrgico com remoo completa do tecido e envio do material para exame anatomo-patolgico.
Frenectomia.
Lingual.
Labial.
Remoo de bridas.
Frenectomias
Remoo da insero dos freios lingual, labial superior ou inferior para obter maior rea de apoio da prtese ou impedir
a perda de estabilidade ao aparelho prottico por interferncia dessas estruturas.

Bridas
Inseres musculares que podem invadir o rebordo alveolar e comprometer a estabilidade prottica.
Tratamento cirrgico com remoo ou reposicionamento deste tecido.
Rebordo flcido.
Tecido de recobrimento do rebordo alveolar em excesso, no permitindo estabilidade da prtese. originado do uso de
prteses mal ajustadas.
Tratamento cirrgico com remoo do excesso de tecido, tendo cuidado de proporcionar recobrimento do rebordo
alveolar remanescente.
Aprofundamento de sulco vestibular.
Reposicionamento do sulco vestibular para permitir melhor adaptao e aumento da rea de apoio da prtese.
Necessita de quantidade de osso para sua realizao, estando contra indicada nos casos de perda ssea severa. H
grande possibilidade de recidiva.
A tcnica mais utilizada a tcnica de Kazanjian onde o fundo de sulco aprofundado mantendo-se cobertura mucosa
no rebordo alveolar e uma rea cruenta na poro labial/jugal do retalho.
Cirurgia em tecidos duros
Exodontia.
Exodontia simples deve ser encarada sempre como cirurgia pr prottica.
A Manobra de Chompret deve ser feita de maneira delicada para manuteno da dimenso vestbulo lingual do rebordo,
mantendo a rea chapeavel em caso de instalao de prteses totais ou parciais removveis, para evitar depresso
gengival sob pnticos de prteses fixas e para permitir a instalao de implantes.

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Exodontia mltipla deve favorecer a reparao tecidual e permitir uma forma do rebordo compatvel com a instalao de
prteses.
Alveoloplastias.
Correo do rebordo alveolar aps exodontia, com remoo de espculas sseas remanescentes e de reas retentivas
para a correta adaptao prottica.
Trus.
Crescimento sseo de origem desconhecida, autolimitante, devendo ser removido somente em casos de necessidade
prottica. O procedimento cirrgico feito atravs de retalhos muco periosteais, com abordagem da leso, ostectomias
corretoras com instrumentos rotatrios ou manuais e sutura do ferimento com correta adaptao da mucosa sobre o
tecido sseo remanescente.
Mandibular: Regio lingual de pr molares. O acesso cirrgico se d por inciso inter papilar, sem necessidade de
inciso de alvio.
Palatino: Regio mediana do palato duro.
O acesso cirrgico feito por inciso e Y ou duplo Y, dependendo das dimenses da leso.
Inciso duplo Y

Inciso Y

Exostoses: Geralmente na regio de tuberosidade.


Enxertos.
Cirurgia com objetivo de aumento da estrutura ssea do rebordo alveolar, para instalao de prteses ou implantes.
*
Tipos de enxertos:

Autgeno: do prprio paciente

Homgeno: mesma espcie.

Xengeno: espcies diferentes.


Implantes.
Insero de material aloplstico no interior do osso alveolar para posterior instalao de prteses.
Distrao osteognica alveolar.
Procedimento para alongamento do rebordo alveolar tendo consequentemente aumento da estrutura ssea para a
instalao de implantes.
Concluses
- Exodontia a cirurgia pr prottica mais comum.
- Manobra de Chompret delicada.
- Seleo da modalidade cirrgica adequada.
- Planejamento cirrgico e prottico simultneo.
TRATAMENTO DAS SINUSOPATIAS ODONTOGNICAS
Anatomia.
A cavidade sinusal apresenta-se com uma forma de pirmide invertida, tendo como limite inferior o rebordo alveolar e
superior o assoalho da rbita. Apresenta uma parede bastante delgada no sua poro anterior (parede anterior do seio
maxilar) acima dos pices dos pr molares.
Relao com a idade.
A cavidade sinusal, em decorrncia de sua fisiologia aumenta de volume com o decorrer da idade pela presso que o ar
exerce em suas paredes. Outro fator importante deve ser observado em pacientes que sofreram exodontia precoce dos

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dentes superiores posteriores, pois ocorre um aumento do seio maxilar em direo a rea das razes. Este processo
denominado pneumatizao.
Proximidade com os dentes.
Estatisticamente os dentes que apresentam maior proximidade com a cavidade sinusal so os primeiros molares,
seguidos dos segundos molares, segundos pr-molares, terceiros molares e primeiros pr molares.
Fisiologia.
Durante os movimentos respiratrios o ar penetra na cavidade sinusal ocorrendo:
Aquecimento do ar.
Umidificao do ar
Filtragem.
Comunicao Buco Sinusal
Acidente cirrgico que consiste no estabelecimento de um pertuito entre a cavidade bucal e o seio maxilar.
Aps uma comunicao buco sinusal ocorrem alteraes da fisiologia sinusal que so:
Contaminao pelas bactrias provenientes da cavidade bucal.
Inflamao do seio maxilar levando a um espessamento progressivo da mucosa sinusal (sinusite).
Obstruo do steo pela mucosa sinusal espessada.
Acmulo Secreo no seio maxilar que leva a uma desorganizao do cogulo formado no alvolo do dente extrado,
podendo evoluir para uma fstula bico sinusal.
Diagnstico
Manobra de Valsalva: consiste na obliterao das narinas do paciente e pedir que este execute um movimento de
expirao pelo nariz. O objetivo criar presso area no interior da cavidade sinusal e diagnosticar a comunicao
sinusal pela sada de ar pelo alvolo.
Alguns autores contra-indicam a manobra, pois ele pode causar uma comunicao em casos onde a mucosa se
encontra ntegra.
Tratamento
Sem corpo estranho.
Fechamento oclusivo da ferida cirrgica, atravs de retalhos descritos abaixo.
Com corpo estranho.
Fechamento oclusivo da ferida cirrgica.
Remoo do corpo estranho pela tcnica de Caldwell Luc.
Retalhos de fechamento
Deslizamento

Rotao
Vestibular
Palatina

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Em ponte

Tcnica de Caldwell Luc


Abordagem cirrgica da cavidade sinusal, atravs da parede anterior do seio maxilar, utilizando inciso de canino a
primeiro molar.

Fstula Buco Sinusal


Complicao decorrente de um tratamento inadequado de uma comunicao buco sinusal, com epitelizao do trajeto
entre o seio maxilar e a cavidade bucal.
Tratamento
Restabelecimento da fisiologia sinusal atravs de fisioterapia com irrigao abundante da cavidade sinusal, por tempo
indeterminado, com o objetivo de desobstruo do steo sinusal e refluxo de anti-sptico limpo.
Fechamento da fstula pela tcnica de duplo selamento.
Plano profundo.
Plano superficial.
Plano profundo
Inciso circular ao redor da fstula.
Descolamento do trajeto da fstula.
Inverso da fstula.
Plano superficial
Segue os mesmos princpios e tcnicas do fechamento de uma comunicao buco sinusal.
Fstula Buco Nasal
Comunicao entre a cavidade bucal e nasal, epitelizada, tendo tratamento cirrgico parecido ao da fstula buco sinusal,
mas sem serem necessrios cuidados especficos em relao a fisiologia.
Concluses
Preveno das comunicaes.
Diagnstico e pronto tratamento.
Remoo de corpo estranho no mesmo tempo cirrgico.
Fisioterapia sinusal.
Medicao ps operatria: Antibiticos, Antiinflamatrios, Analgsicos e descongestionante nasal.
Cuidados ps operatrios
No provocar diferenas de presso entre a cavidade sinusal e a bucal, para manter a integridade do cogulo ou
retalhos, evitando: Assoviar, Fumar, Assuar o nariz, Mergulhar, Etc.

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Processos Spticos na Regio Maxilo Facial


Consideraes gerais
Fatores de risco
Gerais
Extremos e idade, por deficincia do sistema imune.
Obesidade e desnutrio. A obesidade importante fator de risco, pois a gordura um tecido pouco vascularizado o
que dificulta a reparao e a defesa orgnica s infeces, J a desnutrio diminui a eficincia do sistema imune.
Doenas degenerativas como o diabetes, pois alteram o metabolismo e retardam a reparao e resposta frente s
infeces.
Imunossupresso adquirida nos casos, por exemplo, de pacientes portadores do vrus HIV bem como em pacientes que
sofreram transplantes que so medicados com imunossupressores na tentativa de se evitar a rejeio do rgo ou
tecido transplantado.
Uso de corticoterapia que tambm leva imunossupresso, mas foi colocada aqui parte, pois importante em
pacientes que fazem uso da droga diariamente e no em pacientes que utilizam a droga em dose nica com o objetivo
de diminuio de edema ps-operatrio.
Locais
Contaminao da ferida cirrgica
Tecidos desvitalizados como, por exemplo, a mortificao pulpar que pode desenvolver um abscesso dento alveolar.
Corpos estranhos como instrumentos fraturados
Irrigao sangnea insuficiente por estase vascular, por exemplo, em pacientes irradiados.
Espao morto nos casos de ferimentos ou hematomas.
Microbiota local que na cavidade oral muito rica e pode desenvolver infeces locais e distncia como a endocardite
bacteriana.
Microorganismos envolvidos em infeces bucais
Microbiota mista.
Grande quantidade e variedade.
Diretamente ligada a hbitos de higiene bucal.
Anatomia regional
Espessura das tbuas sseas.
Inseres musculares.

Cavidades anatmicas. (seios paranasais, sendo o mais comum o maxilar).


Fscias
Espaos fasciais.
Fscias
-Fscia superficial.
-Fscia profunda da face e msculos da mastigao
Fscia temporal.
-Superficial
-Profunda.

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-Fscia parotdea.
-Fscia masseterina
Fscia pterigidea

Fscia cervical profunda.

Lmina superficial
Bainha carotdea
Lmina pr traqueal
Fscia buco farngea
Lmina pr vertebral
Espaos fasciais

Vestibular
Maxilar
Mandibular
Bucal
Parotdeo
Canino
Mastigador
Temporal

Superficial
Profundo

Masseterino
Pterigide
Espaos fasciais supra hiideos

Sublingual. (2)
Submandibular. (2)
Submentoniano (1)
Farngeo lateral.
Periamigdaliano. (bucofarngeo)

Sub mandibular
Sub lingual

Sub mentoniano

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Espao fascial infra hiodeo e cervicais

Pr traqueal.
Retrofarngeo.
Espao de risco.
Bainha carotdea.

Sinais e sintomas das infeces


Sinais flogsticos: dor, rubor, tumor, calor e perda de funo. (sinais de Celsus)
Presena de um foco infeccioso.
Tipos de infeco
Celulite.
Reao inflamatria difusa dos tecidos moles, envolvendo e se difundindo atravs dos espaos fasciais, quando a
virulncia das bactrias superam as defesas orgnicas. Caracterizam-se por aumento de volume firme e dolorido, e
linfoadenite regional. Com o tratamento, pode evoluir para um abscesso.
Abscesso.
Leso com sinais flogsticos, geralmente originrios de leso do peripice. composto por uma rea central de
microorganismos e leuccitos destrudos rodeados por leuccitos viveis. Pode ser restrito ao tecido sseo ou se
exteriorizar a este, formando uma leso bem circunscrita.
Osteomielite.
Inflamao do osso e medula ssea, causando destruio ssea, principalmente da regio medular, com a formao de
seqestros sseos no interior da leso. classificada em aguda e crnica ou supurativa.
Exame clnico
Palpao
Local
Regional
Cadeia ganglionar
Exames complementares
Exames de imagem
Radiografias
Tomografias
Ultrassonografia.
Cintilografia.
Puno
Cultura de secreo.
Antibiograma
Tratamento
Padro
Ambulatorial
Hospitalar
Drenagem.
Objetivos
Descompresso
Melhora do aporte sangneo

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Sada de secrees
Oxigenao tecidual
Possibilitar irrigao
Tcnica cirrgica de drenagem
Anti-sepsia
Anestesia
Inciso
Divulso
Instalao de dreno
Curativo compressivo
(em caso de drenagens extra orais)

Tipos de dreno
Passivo

Tubular flexvel
Pen Rose
Ativos
Portovac
Manipulao do dreno
A cada dois dias
Remoo progressiva
Limpeza e irrigao
Medicao
Antibiticoterapia emprica
Baseada na clnica de doente.
Experincia clnica.
Tipo de secreo encontrada.
a
1 escolha - Penicilinas.
Observar a evoluo
Boa
Manter medicao
Ruim
Cultura e antibiograma
Trocar medicao baseado nos exames solicitados.
Tratamento do foco causador.
Propagao das infeces dentrias
Para cavidades anatmicas
Empiemas
Infeco de cavidades anatmicas, sendo na face mais comum nos seios paranasais, podendo ser tanto o maxilar
como os seios frontais, esfenoidais e clulas etmoidais.
Pelo sistema circulatrio
Bacteremia
Presena de bactrias no sangue. Geralmente transitria, podendo ser decorrente de um tratamento dentrio. Pode,
em caso de paciente portador de uma doena sistmica, desenvolver outras molstias. Ex. Endocardite bacteriana.

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Sepse ou septicemia.
Disseminao bacteriana pela corrente sangnea. Raramente associada a infeces maxilo faciais. Pode levar ao
choque sptico por vaso dilatao perifrica (Hipovolemia relativa) causada pelos microorganismos e por substncias
vaso ativas do hospedeiro.
Tromboflebites spticas.
Deslocamento de um trombo infectado dentro de uma veia, podendo chegar aos seio venosos da dura-mter,
principalmente o seio cavernoso, originando uma doena potencialmente fatal denominada trombo flebite do seio
cavernoso.
Propagao linftica
Linfadenopatias
Alterao no tamanho e consistncia de linfonodos, tornando-os consistentes palpao. Pela presena de sinais
flogsticos, podem tambm se tornar doloridos.
Pelos espaos fasciais
Angina de Ludwig
Celulite que envolve os espaos sublinguais e submandibulares bilateralmente e o submentoniano, com grande
aumento de volume regional, levando a elevao de lngua com insuficincia respiratria e infeco de espaos
cervicais podendo evoluir para regies mais inferiores como o mediastino. potencialmente fatal. indicada drenagem
dos espaos envolvidos e medicao I.V. macia.
Fascete necrotizante
Necrose tecidual que se dissemina pelas fscias e espaos correspondentes, geralmente na regio cervical superficial e
profunda, podendo causar destruio de tecido muscular e vasos sangneos. potencialmente fatal.
Seqelas das infeces
Deiscncia de sutura
Cicatrizes inestticas
Fstula residual cutnea.
Preveno
Cuidados pr operatrios.
Profilaxia antibitica.
Manuteno da cadeia assptica.
Planejamento cirrgico.
Cuidados ps operatrios.
Medicao ps operatria.
Preveno de traumas.
Concluses
Preveno.
Diagnstico precoce.
Tratamento adequado.
Utilizao criteriosa de medicamentos.
A infeco a maior causa de MORTE em Odontologia.

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TUMORES ODONTOGNICOS FISIOPATOLOGIA E TRATAMENTO


AMELOBLASTOMA
Tumor odontognico de origem epitelial, de grande capacidade invasiva local, derivado de restos do rgo do
esmalte e remanescentes da lmina dental, epitlio de cistos odontognicos (cistos dentgeros, odontomas),
perturbaes da evoluo do rgo do esmalte. Localizado em 80% dos casos na mandbula, geralmente ngulo e
ramo ascendente, e 20% na maxila, geralmente na regio dos molares, seios maxilares e assoalho de fossas nasais.
So leses de crescimento lento, quase sempre assintomtico, causando deformidade na tbua ssea por ser
expansivo. Na imagem radiogrfica so encontradas reas uni ou multiloculadas com bordas perifricas bem definidas
e freqentemente relacionada a dentes no erupcionados. Histologicamente o tumor apresenta ilhotas ou cordes
epiteliais, cujas clulas perifricas lembram ameloblastos, as clulas do interior das ilhotas assemelham-se s do
retculo estrelado do rgo do esmalte.
TRATAMENTO:
Resseco cirrgica (tratamento de eleio) Hemimandibulectomia, dependendo da extenso da leso e localizao.
A opo do cirurgio maxilo facial depender do aspecto clnico e imageolgico do tumor, a curetagem associada a crio
terapia (Nitrognio lquido -72C) tem sido realizada com sucesso em tumores de pequeno porte, porm existe o risco
de recidiva, pois h infiltrao celular.
TUMOR ODONTOGNICO ADENOMATIDE
Tumor histologicamente formado por ductos glandulares. Ocorre predominantemente em jovens com predileo ao
sexo feminino e regio anterior de maxila (caninos inclusos), de desenvolvimento lento e assintomtico, com expanso
ssea. O aspecto radiogrfico de um cisto dentgero que apresenta reas arredondadas calcificadas no seu interior. O
tumor apresenta cpsula fibrosa o que confere o aspecto nitidamente delimitado. Origina-se do epitlio odontognico.
TRATAMENTO:
Remoo cirrgica sem margem de segurana, por possuir cpsula que delimita a leso e favorece a enucleao, com
baixssimo ndice de recidiva e prognstico excelente.
TUMOR ODONTOGNICO EPITELIAL CALCIFICANTE
( TUMOR DE PINDBORG )
Tumor odontognico de comportamento semelhante ao ameloblastoma, por seu carter invasivo localmente e
recidivante, principalmente se o tratamento institudo for a curetagem.
Ocorrem mais em leucodermas, mais na mandbula que na maxila, sendo a regio dos molares a mais
acometida, geralmente relacionado a um dente incluso.
Radiograficamente so encontradas imagens radiolcidas e radiopacas junto a um dente no erupcionado,
sendo o estgio mais avanado comparvel a favos de mel. Apresenta-se histologicamente com 3 componentes
bsicos :
Clulas epiteliais; Substncia hialina amorfa e Calcificao. As clulas epiteliais so de origem dentria, de difcil
diagnstico diferencial com as patologias j citadas.
TRATAMENTO:
Remoo em bloco (com margem de segurana), o tratamento de eleio, pois a curetagem pode semear clulas
tumorais
MIXOMA
Tumor odontognico de crescimento lento, localmente invasivo, atingindo mais a maxila que a mandbula,
geralmente a regio dos molares perfurando a cavidade sinusal, ocorre entre a segunda e a terceira dcadas de vida
sem predileo por sexo.
O aspecto radiogrfico considerado tpico: rea radiolcida multilocular com margens bem definidas com
trabculas sseas lembrando raquete de tnis, bolhas de sabo ou favos de mel.
Deslocam dentes da regio, sem reabsoro radicular provocando abaulamento das corticais sseas sem
perfurar. Histologicamente encontramos um tumor encapsulado com clulas alongadas ou triangulares com substncia
intercelular mucide, rica em cido hialurnico.
TRATAMENTO:
Exciso cirrgica do tumor, contudo, devido ao grande volume que podem atingir e a consistncia gelatinosa,
associados invaso local, a remoo completa nem sempre fcil, podendo ser necessria resseco maior para se
eliminar toda a leso. De grande recidiva e bom prognstico, porm as deformidades causadas pela sua remoo so
grandes.

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FIBROMA ODONTOGNICO
Neoplasia Fibroblstica, portanto de origem mesodrmica, originada do ligamento periodontal, papila dentria ou saco
dental, entidade rara, clinicamente sendo de crescimento lento, assintomtico, com maior freqncia em crianas e
adultos jovens, com predileo para a mandbula, ocorre expanso ssea e aspecto radiolgico multilocular de limites
bem definidos, semelhante ao ameloblastoma e cisto dentgero.
TRATAMENTO:
Curetagem cirrgica, sem margens de segurana, com bom prognstico e baixa recidiva.
CEMENTOMAS
um grupo de leses
DISPLASIA CEMENTIFORME PERIAPICAL:
Conservador pois auto limitante ;
FIBROMA CEMENTIFICANTE:
Exciso cirrgica conservadora, baixa recidiva ;
CEMENTOBLASTOMA BENGNO:
Exciso cirrgica com remoo do dente envolvido;
CEMENTOBLASTOMA GIGANTIFORME:
Exciso cirrgica sem remoo do dente envolvido
FIBROMA AMELOBLSTICO
Tumor de origem mista, odontognico, se caracteriza por crescimento do tecido mesenquimal e epitelial, o
epitlio odontognico mas no se encontram odontoblastos, ocorre mais na mandbula na regio dos molares,
semelhante ao ameloblastoma porm entre 12 e 14 anos de idade, sem predileo por sexo, de crescimento lento e
assintomtico produzindo expanso ssea, radiograficamente so uniloculadas, mas no encontrado material
mineralizado no interior da leso.
TRATAMENTO:
Curetagem, porm com follow up, pois h relatos que o tumor se apresenta mais agressivo do que se tem admitido.
FIBRO ODONTOMA AMELOBLSTICO
Leso semelhante a descrita anteriormente porm com formao de dentina e esmalte, bastante raro,
encontrado em jovens do sexo masculino, ocorre tanto na maxila quanto na mandbula, na regio de molares,
relacionado a dente incluso .
Radiograficamente apresenta imagens radiopacas dentro de uma imagem radiolcida .
TRATAMENTO:
Curetagem, pois no invade o osso .
ODONTOMA
Origina-se da proliferao das clulas odontognicas do germe dentrio. H tecido mesenquimal que contm
vasos e uma membrana fibrosa que encapsula a massa. Apresenta histologicamente todas as estruturas dentrias,
radiograficamente, rea radiopaca formada por dentculos, ocorre tanto na maxila quanto na mandbula, sem predileo
por sexo. classificado em composto ou complexo, sendo que o composto apresenta vrias estruturas com aspecto de
pequenos dentes e o complexo como uma massa nica e disforme.
TRATAMENTO:
Cirrgico conservador, com a remoo da leso, apresenta ponto de clivagem o que facilita sua remoo.
ODONTOAMELOBLASTOMA
Tumor raro, de crescimento lento e assintomtico, com predileo mandbula de crianas, apresenta na sua
massa dentina, esmalte, papila dentria, cemento e osso. Pode provocar expanso ssea com deformao,
radiograficamente semelhante ao odontoma .
TRATAMENTO:
Exciso cirrgica por curetagem simples, porm h a preocupao por haver epitlio odontognico imaturo no tumor, de
ocorrer recidivas sendo recomendado resseco com margem de segurana.

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AMELOBLASTOMA MALGNO
Leso idntica ao ameloblastoma porm com capacidade de dar metstases ao pulmo, coluna vertebral,
gnglios e lbio, provavelmente ocorrem por via linftica e hematognica. Leso bastante rara descrita na literatura.
TRATAMENTO:
Remoo da leso primria (resseco com margem) e remoo das leses metastticas.
Prognstico ruim.
CARCINOMA INTRA SSEO
So carcinomas espino celulares que ocorrem no interior dos ossos e que evidenciam sua origem atravs do
epitlio odontognico, podem derivar de cistos, tumores odontognicos e restos epiteliais odontognicos, ocorrem na
sexta e stima dcadas de vida.
TRATAMENTO:
Aps o estadiamento realizado a resseco em bloco da leso, sendo aplicado medidas teraputicas adequadas
leso (rdio / quimioterapia) e prteses radferas (braquiterapia).

GLNDULAS SALIVARES
Maiores:

Partida (secreo serosa)


Submandibular (secreo mista)
Sublingual (secreo mucosa)
Menores:

De 450 A 750 distribudas na mucosa oral

Componentes da saliva:

Inorgnicos: Eletrlitos e Componentes Iodados


Orgnicos: Amilase, Albumina, Lisosima, Imunoglobulinas (IgA , IgM , IgG), Uria, Vitaminas, Glicose, Amnia e
Enzimas

Patologia:
Sialoadenites: doenas inflamatrias inespecficas
Parotidite epidmica: causada pelo Mixovrus. Popularmente denominada caxumba. O tratamento expectante com
medicao para controle de dor e febre e repouso absoluto. Tem como potencial complicao a orquite que a infeco
dos testculos que pode levar esterilidade.
Parotidite aguda, causada pelo Staphylococos. Aureus penicilino resistente. Necessria antibitico terapia geralmente
com cefalosporinas.
Parotidite crnica. Causada pelo Streptococos Viridans o Tratamento se faz com penicilinas.
Parotidite recorrente comum em pacientes com xerostomia onde ocorre infeco retrgrada da glndula. Pode ser
indicada exrese da glndula.
Inflamao crnica da Gl. Submandibular. Causada aps cirurgia para remoo de sialolito, onde ocorre diminuio do
ducto excretor da sub mandibular. Pode tambm ser indicada exrese da glndula.
Sialolitases. Presena de clculo salivar no ducto excretor da glndula. Mais comum na sub mandibular pelo trajeto
sinuoso da glndula.
Rnula. Acomete a glndula sublingual, o tratamento de eleio a marsupializao.
Mucocele. Ocorre em glndula salivar menor, mais comum em lbio inferior por trauma em mordida. Indicada remoo
da leso e da glndula
Tumores: (no so de competncia do C.D.)
Adenoma Pleomrfico,
Carcinoma Mucoepidermide,
Carcinoma de Clulas Acinosas,
Adenocarcinoma.

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Exames complementares:
Hemograma,
Amilasemia. Pode estar alterado nas parotidites.
Sialografia. Exame radiogrfico com injeo de soluo de contraste pelo ducto excretor da glndula com o objetivo de
visualizar o ducto, os clices e parnquima glandular. Contra indicado em infeces agudas das glndulas pela
possibilidade de aprofundar a infeco.
Cintilografia. Exame de imagem com injeo de radioistopos no paciente e acompanhamento de sua captao pelos
tecidos. Existem marcadores (istopos) especficos para inflamao. Exame invasivo de uso restrito.
Ultrassonografia. Exame de imagem baseado na captao de ecos dos tecidos. Muito usado em obstetrcia. Exame de
eleio em infeces agudas. Problemas com dificuldade de interpretao.

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Exames Iconolgicos de Interesse Odontologia


Introduo
Wilhelm Conrad Rntgen 1895 descobridor do raio X

Exames de Imagens
Radiografias Convencionais
Tomografias Computadorizadas
Ressonncia Magntica
Exames Complementares
Auxiliam no diagnstico
Orienta e direciona o tratamento
Anamnese + Ex. fsico + Ex. Iconolgicos = Diagnstico
A radiao X uma radiao ionizante, obtida atravs do choque de eltrons de alta energia cintica,
provenientes do filamento de um ctodo,em um nodo (alvo), produzindo um fton de raio X.
Normas de Proteo Radiolgica
Tipos de Radiao
Radiao Primria: Originada diretamente da fonte de radiao (do alvo das mquinas geradoras de raios-X).
Radiao Secundria :Proveniente da interao da radiao primria com qualquer meio material.
Radiao de Escape: A que escapa da cabea do aparelho de raios-X quando existe falha na blindagem do cabeote.
Princpios da Proteo Radiolgica
Tempo
Quanto maior for o tempo de exposio a uma fonte radioativa, maiores sero os possveis efeitos deletrios sade.
Blindagem
Deve
ser
interposta
uma
barreira
de
radiao,
visando
minimizar
a
dose
recebida.
Alm do estabelecimento de procedimentos operacionais, torna-se fundamental a existncia de uma equipe treinada,
equipamentos calibrados, utilizao de dispositivos protetores, programa de controle de qualidade, etc.

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MECANISMOS DE ATENUAO E REDUO DA DOSE:


EM RELAO AO PACIENTE:
Embora a radiao recebida pelo paciente seja muito pequena para causar danos ao organismo, deve-se fazer o
possvel para manter a dose total baixa e evitar radiaes em reas desnecessrias.
EM RELAO AOS EQUIPAMENTOS:
Filtrao: ocorre atravs de uma lmina de alumnio no feixe de radiao. Equipamentos com tenso superior a 70 kV
devem possuir uma filtrao total permanente no inferior ao equivalente a 2,5mm de alumnio. Com filtrao adequada,
o feixe torna-se mais penetrante. Quanto maior a filtrao, menor a dose.

Quilovoltagem: o valor da kV est diretamente relacionado dose aplicada ao paciente. Quanto maior o valor, maior a
energia do feixe de raios-X e maior o seu poder de penetrao. Conseqentemente, menores sero o tempo de
exposio e a dose. Valores recomendados internacionalmente: faixa de 65 a 90 kV.
Diafragma ou colimador: limita o tamanho e a forma do feixe til, reduzindo o campo de radiao, melhorando a
qualidade da radiografia pela diminuio da quantidade de radiao espalhada, e proporcionando uma dose total menor
no paciente. O dimetro do campo no deve ser superior a 6 cm na extremidade de sada do localizador. Valores entre
4 e 5 cm s sero permitidos quando houver um sistema de alinhamento e posicionamento do filme.
Localizador: dispositivo utilizado para indicar a direo do feixe e limitar a distncia foco-filme. So recomendados os
longos e de extremidades abertas que, com o diafragma correspondente, tambm reduzem a dose.
A extremidade do localizador deve ser colocada o mais prximo possvel da pele do paciente para garantir o tamanho
do campo mnimo. Distncia foco/pele: no mnimo 24 cm para at 60kvp e, no mnimo 24 cm, para maior de 70 kvp.

Tcnica de bissetriz do paralelismo: necessrio que o cilindro localizador possua 4 linhas eqidistantes. Distncia
foco/pele para tomadas panormicas: no mnimo 15 cm.
EM RELAO AOS FILMES:
Velocidade (sensibilidade): em radiografias intra-orais, a utilizao de filmes ultra-rpidos, como os do grupo E, que
possuem o dobro de sensibilidade, alm da excelente qualidade de imagem, permite a reduo de 50% da dose no
paciente.
Processamento: deve ser padronizado e obedecer s especificaes do fabricante. Com processamento correto e
adequado evita-se a repetio dos exames. Para tanto, deve-se observar o tempo do processamento, a temperatura,
concentrao e idade das solues e a cmara escura.
EM RELAO AOS ACESSRIOS DE PROTEO:
Aventais de chumbo: protegem o tronco e as gnadas, reduzindo a ao deletria. Devem ser usados em todos os
procedimentos. So imprescindveis em gestantes, na preveno de efeitos teratognicos. Em tomadas panormicas,

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nas quais a radiao incide por trs do paciente, esses aventais devem ser duplos, com frente e costas.
Protetor de tireide: recomendado para a proteo da tireide, da radiao secundria, especialmente para crianas
que se submetem a muitas exposies. Esse um dos rgos mais sensveis na fase de crescimento.
EM RELAO AOS PROFISSIONAIS:
Como os efeitos da radiao so cumulativos, o cirurgio-dentista e sua equipe devem se proteger das exposies
desnecessrias.
Distncia do feixe de radiao:

Lembrar sempre que a intensidade da radiao diminui com o inverso do quadrado da distncia, ou seja, a distncia
um fator muito eficiente de proteo.

nunca permanecer na trajetria do feixe primrio, evitando a exposio direta.


utilizar prendedores de filmes; nunca segurar o filme na boca do paciente durante a exposio.
Utilizar sempre o disparador com fio longo que possibilite ao operador permanecer a uma distncia de pelo menos 2
metros do tubo e do paciente durante a exposio.

Monitorao individual: realizada atravs de dosmetros para detectar exposies recebidas, possibilitando que o
profissional avalie se sendo as condies de trabalho so satisfatrias. A dosimetria pessoal deve ser realizada
mensalmente por laboratrios credenciados pela Secretria de Sade do Estado.

Paredes protetoras:
consultrios odontolgicos: paredes de tijolo ou concreto, com espessura aproximada de 8 cm, fornecem a proteo
necessria.

centros

radiolgicos - quando so realizadas mais de 150 radiografias por semana e panormicas e/ou
cefalomtricas: blindagem (paredes baritadas). No projeto de blindagem, as barreiras protetoras devem ser
apresentadas em milmetro de chumbo.
ATENO: uma sala de raios-X no deve ser utilizada para mais de um exame radiolgico simultneo.
EM RELAO AO PBLICO:

O feixe til deve ser direcionado a material absorvedor, com espessura adequada (tijolo, concreto ou chumbo), para
proteger pessoas que trabalham ou moram em reas adjacentes.

Jamais o feixe deve estar voltado para portas, janelas ou pisos de madeira.
Deve ser realizado um levantamento radiomtrico para observar os nveis de radiao produzidos.
Nvel ideal = 1m /ano/indivduo
Os filmes radiogrficos so constitudos de uma base de polister, coberta em um ou ambos os lados com uma
gelatina impregnada de sais halogenados de prata, formando a parte sensvel do filme, sendo recoberto por uma capa
protetora .
Os filmes so divididos em intra e extra bucais, sendo os intra bucais acondicionados em invlucros plsticos,
enquanto os demais devem ser montados dentro de armaes metlicas ou flexveis (chassi) em conjunto com placas
intensificadoras (ecr).
Os filmes podem ainda ser classificados quanto sua velocidade, sendo filmes lentos, para maior detalhe, e filmes
rpidos e ultra rpidos para diminuir o tempo de exposio mas, em contrapartida, sacrificar a qualidade da imagem.
O processamento dos filmes radiogrficos deve ser realizado preferencialmente em cmara escura ou em caixas
de revelao. O filme tem contato com uma soluo reveladora que torna a imagem invisvel em visvel,atuando sobre
os sais de prata sensibilizados pelos raio X. Aps a revelao as pelculas devem ser imersas em gua para
interromper o processo de revelao e depois mergulhadas em uma soluo fixadora que dissolve os sais de prata no

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sensibilizados pelo raio X e endurece a gelatina, para o filme obter resistncia abraso e que tenha uma secagem
mais rpida, sendo a secagem o ltimo passo no processamento do filme radiogrfico.
Radiografias convencionais - Radiografias extra orais
Radiografia Waters
- Naso-Mento- Placa
- Decbito ventral
- Plano sagital mediano perpendicular ao filme
Indicaes:
- Fraturas Osso Zigomtico
- Fraturas Nasais
- Fraturas de rbitas
- Fraturas Tero Mdio
- Fraturas de Mandbula
Radiografia Perfil de Face
* A telerradiografia uma tomada em perfil, com o paciente posicionado em cefalostato com o objetivo de planejamento
ortodntico e para cirurgia ortogntica.
- Decbito Ventral
- Plano Sagital Mediano // Filme
Indicaes:
- Fraturas de Tero Mdio de Face
Radiografia PA de Mandbula
- Decbito Ventral
- Plano Acantomeatal e Sagital Mediano Perpendicular ao Filme
- Pstero Anterior
Indicaes:
- Fraturas de Mandbula
- Ramo
- ngulo
- Corpo
- Snfise
- Parassnfise
Radiografia Caldwell
- Fronto-Naso-Placa
Indicaes:
- Fraturas de rbitas
- Fraturas do Zigomtico
Radiografia Lateral Oblqua de Mandbula
- Paciente em P ou Sentado
- Cabea Inclinada
- Imagem Unilateral
Indicaes:
- Fraturas de Mandbulas
- Corpo
- ngulo
- Ramo
- Cndilo
- Coronide
Radiografia Towne
- antero-posterior
- Decbito Dorsal
Indicaes:
- Fraturas de Mandbulas
- Cndilos
Radiografia Hirtz
- Axial Invertida ou Submento Vertical
- Decbito Dorsal

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Indicaes:
- Fraturas do Arco Zigomtico
- Basal de Mandbula
Radiografia Perfil p/ Ossos Nasais
- Decbito Ventral
- Plano Sagital Mediano // Filme
Indicaes:
- Fraturas Ossos Prprios
Radiografia Panormica
Indicaes:
- Fraturas Mandibulares
- Fraturas Alvolo Dentrias
Estruturas Visualizadas:
- Mandbula
- Maxila
- Seio Maxilar
Radiografia Oclusal
- Mandbula
- Maxila
Indicaes:
- Fraturas Mandbulas
- Fraturas Alvolo Dentrias
- dentes retidos (auxilia localizao)
- leses osteolticas.
- clculos salivares.
- corpos estranhos.
Radiografias periapicais
Indicaes:
- Primeira escolha
- Detalhes
- leses apicais
- todas as especialidades
Paciente com plano de Frankfurt paralelo ao solo
Tcnica do paralelismo
Tcnica do cone longo
Menor distoro
Equipamento especfico (posicionadores)
Tcnica bissetriz
Feixe incide perpendicular bissetriz do filme com longo eixo do dente
Diferentes angulaes verticais

Radiografias interproximais
bite-wing
Diagnstico de cries proximais

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Tcnicas de localizao
Miller-Winter: associao de uma radiografia periapical com uma oclusal realizada em filme periapical, sendo o filme
apoiado sobre a oclusal dos dentes da regio, mantido em posio pelo contato dos dentes antagonistas. Indicada para
dentes retidos em mandbula, indicando sua posio no sentido vestbulo-lingual.
Donovan: Variao da tcnica de Miler-Winter, onde o filme radiogrfico apoiado no ramo ascendente da mandbula,
tendo a incidncia do feixe de Rx na regio de ngulo mandibular, com os mesmos objetivos da tcnica de Miler-Winter
Parma: Variao da tcnica periapical, desenvolvida para terceiros molares inferiores, sendo realizada uma alterao
na inclinao do longo eixo do filme radiogrfico para inferior na distal do filme.
Clark: baseada no princpio da paralaxe, para dissociao de duas imagens radiogrficas. So realizadas duas
tomadas radiogrficas, alterando-se a angulao horizontal do feixe de Rx, sendo que a estrutura mais distante
acompanha o movimento do feixe.Indicada para localizao de dentes retidos, principalmente em maxila e para
individualizao de canais radiculares em terapia endodontia.
Tomografias Computadorizadas
- Radiao X
- Cruzamento de feixes
- Proporciona cortes das estruturas
- Cortes axial e coronal
Objetivo
- Suprir Limitaes
- Viso de uma Fatia de um Segmento Estudado
- Informaes Mais Detalhadas
- Custo Maior
Tomografias Computadorizadas 3D
Sobreposio dos cortes obtidos, mostrando a estrutura em 3 dimenses.
Ressonncia Magntica
- Campo Magntico
- Ausncia de Radiao
- Custo Elevado
- Indicaes
Visualizao excelente de Tecidos Moles
Disfunes de A.T.M

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INTRODUO A TRAUMATOLOGIA
Trauma
Ao de qualquer agente externo que cause injria ao organismo
Etiologia
Violncia.
Agresses
Acidentes automobilsticos
FPAF (Ferimento por projtil de arma de fogo)
FAB (ferimento por arma branca)
Acidentes domsticos e esportivos
Acidentes de trabalho.
Traumatismo multissistmico
Equipe multidisciplinar.
Protocolos de atendimento (ATLS)
A - Vias areas com proteo da coluna cervical
B - Respirao
C - Circulao
D - Dficit neurolgico
E - Exposio com preveno da hipotermia
Traumatismo localizado
Tipo de ferimento.
Ferimentos corto contusos, causados por instrumento cortante como faca.
Ferimentos lacero contusos. Contuso associada lacerao de tecidos, com perda de substncia
Ferimentos por projtil de arma de fogo.
Contuses. Leso fechada, sem ferimento superficial
Traumatismo dento alveolar.
Ferimento por arma branca.
Fraturas do esqueleto facial.
Fraturas
Soluo de continuidade do tecido sseo.
Intensidade do trauma > resistncia.

reas de resistncia.
Na maxila as reas de resistncia so os pilares canino, zigomtico e pterigide. Na mandbula so as trajetrias
mandibulares: trajetria marginal, trajetria alveolar e trajetria temporal.

Sinais e sintomas
Sinais: notados pelo examinador
Edema.
Hematoma. (leso vascular fechada, circunscrita em uma cavidade)
Equimose. (leso vascular fechada e difusa)
Desocluso.
Degrau oclusal.
Crepitao.
Dispnia. (dificuldade de respirao)
Sialorria. (aumento da secreo salivar)
Incapacidade de movimentos mandibulares.

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Assimetria facial
Equimose sub-conjuntival (sangramento interno na conjuntiva ocular)
Oftalmoplegia (limitao dos movimentos oculares para qualquer quadrante)
Distopia ocular (desalinhamento ocular)
Epistaxe (sangramento nasal)
Sintomas: relatados pelo paciente:
Dor.
Disfagia.(dificuldade de deglutio)
Anestesia
Diplopia (viso dupla)

Classificao das fraturas :


- Mandbula: Depende da regio afetada, podendo ser de snfise (regio mediana da mandbula), parassnfise (at
caninos) corpo (de caninos at molares), ngulo, ramo ascendente, processo coronide e processo condilar.

As fraturas mandibulares podem ser classificadas tambm em relao direo do trao de fratura como fratura
favorveis ou desfavorveis ao desvio. importante conhecer as foras musculares que atuam na mandbula para
determinar o tipo de fratura.

Fratura desfavorvel ao desvio

Fratura favorvel ao desvio

As fraturas favorveis ao desvio devem ser tratadas por mtodos cruentos e as desfavorveis podem ser tratadas com
bloqueio maxilo mandibular (incruento).
- Maxila: Segue a classificao preconizada por Le Fort:
Le Fort I: Da abertura piriforme at processo pterigide.
Le Fort II (piramidal): Da regio de ossos nasais com trajeto descendente, passando pelo corpo dos ossos
zigomticos descendo at o processo pterigide.
Le Fort III (disjuno crnio facial): Fratura que se inicia na sutura fronto nasal, segue pelo interior das rbitas
at o processo zigomtico frontal e descendente at pelo osso zigomtico at processo pterigide.
Lane Long: Fratura com disjuno da rafe palatina em sua poro medial.

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Le Fort III

Le Fort II

Le Fort I
Le Fort I

- Zigomtico: Segue a classificao de Knight e North:


Classe I: fraturas sem deslocamento
Classe II: fraturas do arco zigomtico
Classe III: fraturas com deslocamento mas sem rotao.
Classe IV: Fraturas com rotao medial
Classe V: Fraturas com rotao lateral
Classe VI: Fraturas complexas.

- Fraturas nasais:
Fraturas sem deslocamento.
Fraturas simples com desvio.
Fraturas em livro aberto.
Fraturas com afundamento e comprometimento do septo.
Fraturas laterais com comprometimento de septo.
As fraturas podem ser classificadas de forma geral em:
Simples: Com um trao de fratura
Mltipla: Com mais de um trao de fratura
Complexa ou cominutiva: Com pequenos fragmentos sseos.
Incompleta: Quando a fratura no acomete as duas corticais, tambm denominadas em galho verde. Mais comuns em
crianas pela maior elasticidade do tecido sseo.
Tratamento das fraturas do esqueleto facial.
Princpios:
Reduo: Colocao dos fragmentos sseos (cotos) em posio. Dependendo do local da fratura esta manobra pode
ser realizada com diversas tcnicas e instrumentos.
Fraturas de mandbula: feitas manualmente ou com auxlio de instrumentos como o frceps de reduo, sempre tendo
como guia a ocluso do paciente.
Maxila: Feito com auxlio de frceps de Howe (instrumento que apoiado no palato e no assoalho de fossa nasal),
tambm tendo a ocluso como parmetro.
Zigomtico: Para as fraturas de corpo do osso zigomtico utiliza-se o gancho de Ginestet. Para o arco zigomtico
utiliza-se o mesmo instrumento ou a alavanca de Bristol que inserida pela tcnica de Gilles, com acesso em couro
cabeludo at a fscia do msculo temporal que serve de guia para a insero do instrumento abaixo do arco
zigomtico.
Fraturas dos ossos nasais: Para reduo do septo nasal utilizado frceps de Walshan e para os ossos nasais as
pinas de Ash.
Conteno: Estabilizao dos cotos sseos reduzidos, at o perodo de reparao que varia de 25-30 dias em crianas
45-60 dias em adultos. No confundir conteno com imobilizao pois imobilizao seria restrio dos movimentos
do osso fraturada e isso nem sempre necessrio. seguir os mtodos de conteno mais utilizados:

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Fraturas mandibulares: Bloqueio maxilo mandibular (BMM), geralmente realizado com Barra de Erich, at o perodo
de reparao. Este mtodo alm de conteno promove imobilizao da mandbula do paciente; Osteossntese com fio
de ao associada a Bloqueio maxilo mandibular tambm promovendo imobilizao e Fixao interna rgida (FIR) com
placas e parafusos, mtodo que dispensa o bloqueio maxilo mandibular ps operatrio no imobilizando o paciente
restabelecendo de imediato as funes do paciente.
Fraturas de maxila: Segue os mesmos princpios das fraturas mandibulares.
Fraturas de zigomtico: Osteossntese a fio de ao ou FIR. Em ambos os casos no necessrio BMM pois no h
grandes interferncia funcionais sobre os traos de fratura.
Fraturas de osso nasais: Geralmente a conteno fechada com tamponamento nasal anterior com compressas de
gaze. Pode em casos especficos necessitar de FIR. Alm do tamponamento pode ser realizado curativo externo com
esparadrapo, gaze gessada, ou acrlico para proteo e uma conteno adicional.
Fraturas complexas que envolvem vrios ossos da face no possuem regra absoluta, devendo-se observar caso a
caso, lembrando-se que necessrio que os pontos de fixao das fraturas no estejam envolvidos por ela para
garantir a estabilidade necessria para a reparao ssea.

Suporte Bsico de Vida e Reanimao Crdio-Pulmonar


Reconhecer Sinais de EMERGNCIA
PARADA RESPIRATRIA
Inconscincia e ou Agitao Psicomotora
Trax Imvel
Ausncia de Movimentos Respiratrios
Cianose de Extremidades
Queda na Oximetria de Pulso
PARADA CARDACA
Inconscincia
Cianose Perifrica
Ausncia de Pulsos
Ausncia de Ausculta Cardaca
Ausncia de Nveis Tensionais
DIAGNSTICO PARA RCP:
AUSNCIA DE PULSOS
Reanimao Cardio Pulmonar: Deve se iniciar o mais breve possvel para evitar danos cerebrais
No necessita de equipamento especial
De rpida execuo
Tem o objetivo de fornecer suporte cardaco e respiratrio at a chegada de socorro
Prover O2 para os rgos vitais
Manuseio das vias areas:
1- Hiperextenso da cabea
2- Elevao da mandbula

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3- Desobstruo das vias areas


Manobra de Heimlich

Cnula orofarngea
Cnulas nasofaringes

VIA AREA DEFINITIVA:


Intubao traqueal
Posicionamento correto da cabea
Uso do laringoscpio e lminas
Numerao dos tubos
Cuidados importantes
Cricotireoidostomia
Via area cirrgica
Membrana cricotiroidea
manobra de urgncia (traqueostomia eletiva).
RESPIRAO:
Boca boca
Mscara - amb
Mscara - boca
Circulao
Massagem cardaca externa
Posio

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Compresso

Ritmo da massagem cardaca e ventilao

3 massagens para 1 ventilao para dois socorristas.


5 massagens para 1 ventilao para dois socorristas.
15 massagens para 2 ventilao para um socorrista

PREVENO DA PCR NA PRTICA ODONTLGICA:


ANAMNESE
DOSE DE ANESTSICO LOCAL
SINAIS VITAIS
Lipotmia e Sncope
Manobra de Trendelemburg
Suplemento de O2
Quadros alrgicos
Remover a causa.
Antihistamnico.
Adrenalina.
Corticide.
Suplemento de O2 .
Asma
Sedao.
Aerolin a cada 15 minutos.
Aminofilina
Adrenalina.
Corticide.
Suplemento de O2.
Angina pctoris
Sedao.
Repouso.
Isordil SL
Suplemento de O2.
Hipoglicemia
Trendelemburg.
Glicose oral.
O2 .
Glicose IV.

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Convulses
Proteo ao paciente.
Vallium 10 mg SL
Oxignio.
Crise hipertensiva
Repouso e sedao.
Capoten 12,5 mg SL
Lasix 20 mg VO/IM
Oxignio.
Concluses
Diagnstico e pronto tratamento.
Treinamento.
Materiais e equipamentos.
Referencia de atendimento.
Bibliografia Recomendada
SAILER, H.F.; PAJAROLA, G.F. Atlas de Cirurgia Bucal. Artmed editora. Porto Alegre 2000.
KRGER, G.O. Textbook of oral and maxillofacial Surgery. St. Louis, Mosby, 1979.
GRAZIANI, M. Cirurgia Buco Maxilo Facial. 7.ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan.
HRLE, F.; CHAMPY,M.; TERRY, B. Atlas of Craniomaxillofacial Osteosynthesis. Thieme. N. York 1999.
GREGORY, C. Cirurgia para o clnico geral. 2.ed. Santos, 1998.
MALLAMED. Manual de anestesiologia.
PETERSON; ELLIS; HUPP; TUCKER. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contempornea. 3ed. Guanabara-Koogan, 2000.
ANDREASEN,J.O.; ANDREASEN, F.M. Traumatismo Dentrio. Panamericana, 1991.
SHEAR,M. Cistos da Regio Buco Maxilo Facial. 3 ed. Santos.
PINDBORG,J.J. Atlas of Diseases of Oral Mucosa. 5ed. Munksgaard, 1992.
SONIS; FAZIO; FANG Medicina Oral. Interamericana, 1995.
HOWE,G.L. Cirurgia Oral Menor. 3 ed. Ed. Santos, 1990.
BARROS, JJ.; RODE, S. Tratamento das Disfunes Craniomandibulares. Ed. Santos, 1995.
SICHER, DUBRUL. Anatomia Oral. Artes mdicas.1998.
FEHRENBACH, M.J.; HERRING, S.W. Anatomia Ilustrada da Cabea e do Pescoo. Ed.Manole, 1996.
TOPAZIAN,R.G.; GOLDBERG,M.H. Infeces Maxilofaciais e Orais Ed, Santos 2ed. 1997.

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