Escala Alberta PDF
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RAQUEL SACCANI
Porto Alegre
2009
RAQUEL SACCANI
Porto Alegre
2009
SUMRIO
LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................6
LISTA DE TABELAS..............................................................................................................7
RESUMO...................................................................................................................................8
ABSTRACT...............................................................................................................................9
CAPTULO 1...........................................................................................................................10
INTRODUO........................................................................................................................10
1.1 Problema de Pesquisa......................................................................................................13
1.2 Justificativa e Relevncia do Estudo...............................................................................14
1.3 Objetivos.........................................................................................................................14
CAPTULO 2...........................................................................................................................16
FUNDAMENTAO TERICA............................................................................................16
2.1 Desenvolvimento Motor Infantil....................................................................................16
2.1.1 Desenvolvimento Motor Indivduo....................................................................17
2.1.2 Desenvolvimento Motor Tarefa.........................................................................19
2.1.3 Desenvolvimento Motor Contexto.....................................................................20
2.2 Desenvolvimento Motor at dezoito meses de idade.....................................................23
2.3 Avaliao Motora na Primeira Infncia.........................................................................29
2.4 Processo de Validao de Instrumentos de Pesquisa.....................................................33
2.4.1 Verso Preliminar/ Avaliao e modificao desta verso preliminar/ Avaliao
da verso experimental por um estudo piloto...........................................................................33
2.4.2 Validade de Contedo .........................................................................................37
2.4.3 Anlise da Fidedignidade......................................................................................39
2.4.4 Validade de Construo (validade de construto)..................................................40
2.4.5 Validade de Critrio..............................................................................................43
CAPTULO 3...........................................................................................................................44
ARTIGO 1 -
Gacha......................................................................................................................................44
CAPTULO 4...........................................................................................................................63
ARTIGO 2 - Anlise do desenvolvimento motor de crianas de 0 a 18 meses de idade:
Representatividade dos itens da Alberta Infant Motor Scale por faixa etria e
postura.......................................................................................................................................63
CAPTULO 5...........................................................................................................................79
ARTIGO 3 - Fatores de risco para atraso no desenvolvimento motor de crianas entre 0 e 18
meses de idade..........................................................................................................................79
CONSIDERAES FINAIS.................................................................................................99
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS................................................................................102
APNDICES..........................................................................................................................113
Apndice A Dados de Indentificao da Criana..........................................................113
Apndice B Termo de Consentimento Livre e Esclarecido...........................................114
Apndice C Roteiro para Filmagem...............................................................................115
Apndice D Esquema para avaliao das variveis da AIMS.......................................116
ANEXOS................................................................................................................................118
Anexo 1 Questionrio AHEMD.....................................................................................118
Anexo 2 Escala Alberta Infant Motor Scale - AIMS.....................................................123
LISTA DE FIGURAS
CAPTULO 4.
Grfico 1 Categorizao do desenvolvimento motor de crianas considerando idade
corrigida e idade cronolgica....................................................................................................71
Grfico 2 Categorizao do desenvolvimento motor de crianas considerando faixa
etria..........................................................................................................................................73
LISTA DE TABELAS
CAPTULO 3
Tabela 1. Distribuio da amostra segundo faixa etria e gnero.............................................47
Tabela
2.
ndice
de
Validade
de
Contedo
Coeficiente
de
Concordncia
Kappa........................................................................................................................................54
Tabela 3. Resultados referentes ao ndice de Correlao Intra-classes e aos testes de Friedman
e Wilcoxon................................................................................................................................54
Tabela 4. Medidas de tendncia central e de variabilidade das variveis escore total, percentil
e categorizao da AIMS dos participantes da 4 fase.............................................................55
CAPTULO 4
Tabela 1. Medidas de tendncia central e variabilidade das caractersticas biolgicas por faixa
etrias........................................................................................................................................68
Tabela 2. Escores por postura e totais de desempenho das crianas segundo faixa
etria..........................................................................................................................................71
CAPTULO 5
Tabela 1. Escore bruto, percentil, critrio de categorizao geral da amostra e segundo faixa
etria..........................................................................................................................................85
Tabela 2. Medidas de tendncia central e variabilidade do escore total, percentil e
categorizao segundo caractersticas biolgicas e faixa etria................................................88
Tabela
3.
Interao
de
fatores
de
risco
biolgico
com
desenvolvimento
motor.........................................................................................................................................89
Tabela
4.
Interao
fatores
de
risco
scio-ambientais
com
desempenho
motor.........................................................................................................................................90
RESUMO
Palavras Chave: Alberta Infant Motor Scale, Desenvolvimento motor, Fatores de risco.
ABSTRACT
The purpose of the present study was describe the motor development of infants aging
from 0 to 18 months and verify the influence of the biological and socio-environmental risk
factors and analyze the validation of Alberta Infant Motor Scale to evaluate the motor
development of southern children, analyzing the representativeness of the instruments items.
The sample was composed of 561 children, coming from Kinder gardens, Children Education
schools, Health Basic Units of Rio Grande do Sul. The instruments used were: 1) Alberta
Infant Motor Scale (AIMS); 2) Affordance in the Home Environment Motor Development
(AHEMD); 3) biological factors through structured questionnaire. From the evaluated infants,
63, 5% were considered with a regular motor development for their age, and the babies aging
from 3 to 12 months were the ones with the worst development. It was found inferiority in the
motor behaviors regarding the prono and standing postures. Among the biological factors with
a major influence, the low weight when they are born, the prematureness and the time they
spend in the intensive treatment unit (ITU) are prominent. In relation to the socioenvironmental factors, the parents schoolarity; the fathers instruction, the familys income,
the number of adults and children that live in the house, the time being hold and the number
of toys for fine and global motricity. On the Validation process, the analysis of correlation,
association and internal consistency indicate that the AIMS is valid and trustworthy in the
evaluation of infants motor acquisitions of southern children. Conclused that the infants from
this study presented a progressive sequence of appearance of motor abilities in the evaluated
postures, however parts of these were considered with an inferior motor development
according to what was expected by their age. It is suggested that, either the socio-environment
risk factor as well as the biological and evaluation instrument influenced in the motor
development of the infants, being the AIMS a significatively useful and reliable instrument to
several areas of clinic and scientific research.
KEY WORDS: Alberta Infant Motor Scale, Motor development, risk factors.
10
CAPTULO 1
1.
INTRODUO
11
12
(PIN,
DARRER,
ELDRIDGE,
et.al.,
2009;
VAN-SCHIE,
BECHER,
DALLMEIJER, et.al, 2007; SCHERTZ, ZUK, ZIN, et.al, 2008; BARBOSA, CAMPBELL,
SHEFTEL, et.al, 2003; BARTLETT, OKUN, BYRNE, et.al, 2000; FETTERS, TRONICH,
2000);
13
* A Alberta Infant Motor Scale vlida quando utilizada para avaliao do desenvolvimento
motor de crianas sul-rio-grandenses?
14
1.2
JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
1.3
OBJETIVOS
15
* Analisar a validade da Alberta Infant Motor Scale para avaliao do desenvolvimento motor
de crianas pr-termo e a termo, no sul do Brasil.
* Avaliar o desenvolvimento motor nas posturas prono, supino, sentado e em p, em crianas
de 0 a 18 meses, bem como analisar como os critrios motores da AIMS representam e
diferenciam os comportamentos quanto aos fatores idade e controle postural.
* Descrever o desenvolvimento motor de crianas com idade entre 0 e 18 meses e verificar a
influncia dos fatores de risco biolgicos e scio-ambientais sobre as aquisies
comportamentais nas diferentes faixa etrias.
Para tentar responder as presentes questes de forma apropriada, esta dissertao est
organizada de forma a, inicialmente, apresentar os referencias tericos que embasaram e
conduziram o presente estudo, incluindo assim, aspectos do desenvolvimento motor infantil,
da Alberta Infant Motor Scale e ainda contemplando o estudo dos processos de validao de
instrumentos motores para pesquisa. Aps a reviso, os resultados da pesquisa esto dispostos
no formato de trs artigos, os quais investigaram as aquisies motoras de crianas com idade
entre 0 e 18 meses e seus fatores de risco, assim como a validade e sensibilidade da AIMS
como instrumento de avaliao dos comportamentos motores na faixa etria em questo. O
primeiro artigo se encontra nas normas do Journal of Motor Behavior; o segundo de acordo os
critrios de submisso do Jornal de Pediatria e o terceiro nas normas da Revista de Sade
Pblica. Ao final do trabalho, seguem as consideraes finais do estudo, interligando os
resultados obtidos.
16
CAPTULO 2
2. FUNDAMENTAO TERICA
17
inseridos no
contexto
18
19
20
dos mais intensos para aquisies comportamentais; no s motoras, mas tambm cognitivas e
sociais
(ANNUNCIATTO,
2001;
SANTOS,
GABBARD,
GONALVES,
2001;
21
da
estrutura
temporal
histrica,
onde
indivduo
se
insere
22
23
flexo
24
Em prono,
apresenta rotao lateral de cabea, sendo esta, reflexiva e em supino, essa mesma rotao
est presente, associada a movimentos involuntrios de membros superiores e inferiores.
Sentado, no demonstra nenhum controle postural e em ortostase, sustentado em regio axilar,
pode apresentar movimentos automticos de membros superiores e inferiores, como
observados em decbito ventral (TECKLIN, 2002).
No segundo ms o beb j consegue elevar a cabea no espao, ainda de forma
oscilante e assimtrica. Em decbito ventral a cabea elevada atravs de reaes labirnticas,
e as reaes de equilbrio comeam a tornar a criana mais estvel tanto em prono, quanto em
supino. Vrios reflexos esto presentes nesta fase, contudo, estes no impedem a
movimentao da criana, assim como os movimentos estereotipados que so importantes
para o alcance dos movimentos voluntrios (FLEHMIG, 2004; SHEPHERD, 2002).
Na posio sentado e em p, o beb consegue, momentaneamente, controlar a cabea
na linha mdia e estender a coluna cervical superior, porm, ainda precisando de suporte para
manter-se nas posturas. A ao da gravidade nas diferentes posies permite e estimula a ao
muscular do beb e a orientao corporal na linha mdia e simetria favorecem a percepo,
onde a distribuio do peso corporal no sentido cfalo-caudal e ltero-lateral facilita a
iniciao de movimentos espontneos (OZU, GALVO, 2005).
Com o passar do tempo, observa-se a melhora do controle da cabea, a extenso
corporal e, mais tarde, o beb adquire capacidades para rotao do corpo (BURNS,
MACRONALD, 1999; FLEHMIG, 2004; OZU, GALVO, 2005; SHEPHERD, 2002).
Assim, predominantemente no terceiro ms, apresentando um tnus mais extensor, a criana
possui maior estabilidade, primeiramente na posio dorsal, depois na ventral e
posteriormente na postura ereta. Em prono, pode com os braos estendidos, elevar o tronco da
superfcie, alm de manter a cabea acima de 45 e em supino apresenta simetria e
distribuio de peso em cabea, tronco e ndegas. Sentado e em ortostase, continua com
instabilidade, porm apresentando maior controle de cabea e tronco, ainda necessitando de
suporte em ambas as posturas. A coordenao motora, por vezes, pode estar prejudicada por
algumas assimetrias que permanecem em criana desta idade e embora tente se adaptar
quando h perda do equilbrio, ainda no demonstram reaes de proteo (FLEHMIG, 2004).
A partir do 4 ms de vida, o beb possui maior estabilidade e o equilbrio pode ser
mantido em prono e supino e j com o controle da cabea eficiente, comeam as rotaes
corporais e as reaes posturais. A possibilidade de modificar suas posies amplia o
25
horizonte do beb, que se torna interessado e curioso, estabelecendo contato com o ambiente
(BURNS, MAC DONALD, 1999; TECKLIN, 2002).
Aos quatro meses, o lactente consegue sustentar o tronco com braos estendidos e
possui capacidade de olhar para ambos os lados. A criana apresenta movimentos mais
dissociados e j demonstra reaes posturais da cabea sobre o corpo, sendo que as do corpo
sobre a cabea se iniciam, quando grande parte dos reflexos j foram incorporados. As
reaes de equilbrio esto mais consolidadas na posio dorsal e ventral, porm a
instabilidade na postura sentada e em p, ainda permanece (FLEHMIG, 2004).
No quinto ms a criana torna-se mais estvel, mesmo sem conseguir ainda, realizar
ovimentos coordenados em ortostase. Nesta fase, o controle da cabea e tronco mais eficaz e
a rolagem voluntria pode ocorrer, primeiro de prono para a supino e depois de supino para
prono. A posio sentada independente ainda no acontece, predominantemente, neste ms,
em geral ela atingida apenas no ms seguinte. (PAPALIA, OLDS, FELDMAN, 2006).
Aos seis meses a criana apresenta maior interesse nos membros superiores e seguindo a regra
cfalo - caudal, o controle dos membros superiores superior ao dos membros inferiores. O
equilbrio torna-se mais eficiente nas posturas prono e supino; o rolar se d de forma mais
precisa e com isso, aumentam as possibilidades de adequao motora, onde o beb passa a ter
maior contato com o ambiente, mostrando-se curioso e entusiasmado com as novas
experincias (BURNS, MACDONALD, 1999; SHEPHERD, 2002).
As primeiras tentativas objetivas de locomoo no espao so realizados pelos
movimentos de arrastar-se, que aprimoram-se com o controle dos msculos da cabea,
pescoo e tronco, onde o decbito lateral torna-se uma posio muito usada para manipulao
de brinquedos (RATLIFFE, 2002). Esse padro homolateral, na postura prono, muito usada
no alcance de objetos, onde a evoluo desta d origem a tentativas do beb arrastar-se
(BOBATH, BOBATH, 1989; FLEHMIG, 2004).
Em geral, os comportamentos motores na postura supino so compostos pelo rolar,
tocar os ps e o corpo e estender os braos para frente, erguendo a cabea, onde j observa-se
simetria corporal, com orientao na linha mdia. As pernas podem estar em rotao externa,
abduzidas e fletidas, embora possua habilidade de estender-se.
Quando puxado para sentar, ativo na manobra, iniciando o movimento com extenso
dos braos para puxar-se, enquanto as pernas se estendem e elevam (FLEHMIG, 2004;
TECKLIN, 2002). Sentado j pode retirar as mos momentaneamente, sendo que as pernas
so mantidas em rotao externa, com os quadris abduzidos, joelhos mantidos em flexo e
tronco curvado. O apoio frente efetivo e preciso (reao de proteo), embora para os
26
lados ainda seja insuficiente, sendo que tambm capaz de pegar um objeto colocado a sua
frente (FLEHMIG, 2004). Ao ser colocado em ortostase, o beb apresenta simetria e suporta o
peso em membros inferiores, embora no possa ser deixado sozinho. Nesta posio, os ps
ficam planti-fletidos, os joelhos oscilando entre a extenso e a flexo, mantendo controle de
cabea e tronco (BOBATH, BOBATH, 1989; FLEHMIG, 2004). O tnus muscular est
ajustado e adequado a situaes desejadas, podendo a criana, movimentam-se livremente,
com reaes de retificao desenvolvidas e as reaes de equilbrio presentes em supino e
prono (BURNS, MACRONALD, 1999; FLEHMIG, 2004).
Entre os 7 a 9 meses de idade, o beb inicia a locomoo com apoio, onde os membros
superiores da criana sero usados como suporte para manter o equilbrio - fase de transio
que conduz deambulao independente (ROSE, GAMBLE, 1998). Trata-se de um treino,
onde a criana comea a transferir peso do corpo sobre um dos membros inferiores fixos
(GALLAHUE, OZMUN, 2003; SHEPHERD, 2002).
Aos sete meses, os lactentes podem realizar movimentos alternados com os braos
utilizando-os para rolar de uma postura para outra. J com atitude simtrica, quando sentada, a
criana torna-se mais estvel, apresentando bom equilbrio ao inclinar-se frente e os
membros superiores so usados para proteo lateral. Possui boa movimentao da cabea no
espao, sendo que as reaes posturais vo ajudar o beb a restabelecer o equilbrio quando
perdido, porm ainda no pode ser deixado sozinho. (FLEHMIG, 2002).
A criana consegue sentar, estavelmente, aos nove meses e ao perder o equilbrio
reage com contra movimentos, podendo tambm, apoiar-se para os lados e para frente,
utilizando adequada rotao de tronco. A criana comea a levanta-se segurando em objetos e
permanece em ortostase com bastante estabilidade, dando os primeiros passos com apoio
(FLEHMIG, 2002). Ainda ressaltando o controle voluntrio do sentar e andar, estes s sero
possveis aps surgirem as reaes posturais de equilbrio e verticalizao, tais como as
reaes de proteo anterior, lateral e posterior que podem aparecer entre os 6 a 9 meses. As
reaes de proteo so importantes na aquisio do sentar com apoio aos 5 meses, sentado
sem apoio e sozinho aos 7 meses e 9 meses, respectivamente, e posteriormente o andar
(ROCHA, PIRES, OLIVEIRA, et al, 1999).
O engatinhar dissociado, com os movimentos recprocos dos braos e das pernas
ocorre entre nove e dez meses de idade, porm, alguns autores sugerem que essa habilidade
pode iniciar mais cedo, em torno do 8 ms de vida (MORAES, MEGALE, BRANDO, et al,
1998; ROSE, GAMBLE, 1998). A aquisio do engatinhar proporciona ao beb situaes
antes no vivenciadas, permitindo movimentos de cabea para todos as direes, o que
27
desenvolve a viso perifrica, alm dos movimentos alternados de flexo de joelho, quadril e
extenso de tornozelo, representando um padro de movimentos coordenados. Alm disso o
engatinhar induz treinamento de equilbrio antecedendo posio ortosttica, j que, em
relao a postura prona ou sentada, o centro de gravidade se encontra mais afastado da
superfcie de apoio. Assim, juntamente com a marcha, o engatinhar pode ser considerado um
importante marco no desenvolvimento motor infantil, refletindo em mudanas radicais na
estrutura corporal, na coordenao, equilbrio e conseqentemente ao desempenho motor
(MORAES, COSTA, ALVES, et al., 1998).
A partir do 10 ms, o padro de locomoo passa a ser refinado e novas habilidades
locomotoras sero adquiridas (HAYWOOD, GETCHELL, 2004), pois o beb torna-se mais
autnomo e os contatos com o ambiente intensificam e diferenciam-se pelo aumento da
capacidade para locomoo e explorao do contexto (FLEHMIG, 2004). A criana senta-se
sozinha com bom equilbrio, j podendo apoiar-se para trs e seu engatinhar est gil, rpido e
maduro, sendo ainda o meio de locomoo mais eficaz e preciso, onde consegue passar de
gatas para sentado e em p. O beb capaz de adquirir a postura em p com o mnimo de
apoio, passando para ortostase a partir da posio de ccoras ou urso apoiadas e pode at dar
alguns passos. Porm, a aquisio da marcha independente ocorre com maior incidncia entre
o dcimo e o dcimo quinto ms, com predomnio no dcimo terceiro ms (MORAES,
COSTA, ALVES, et.al., 1998). No dcimo ms, a criana ainda no apresenta reaes de
equilbrio na postura em p, mas apresenta rotao e dissociao de tronco adequadas e a
atitude simtrica possvel (FLEHMIG, 2002).
Aos onze meses, a explorao do ambiente intensa (RATLIFFE, 2002) e com a
aquisio da ortostase, assim como o tempo nesta posio, desenvolve a habilidade de
equilibrar-se, tornando-se mais estvel. Anda segurado por uma mo, por vezes pode
abandonar o apoio e dar alguns passos livremente, ainda que com insegurana e utilizando
base alargada (BURNS e MACDONALD, 1999; TECKLIN, 2002). Sentado, a criana
demonstra rotaes corporais adequadas e perfeita simetria, variando os movimentos de
membros inferiores, e movimentando-se facilmente para dentro e para fora da posio
(FLEHMIG, 2004).
Aos 12 meses, as reaes posturais de retificao esto integradas, todas as de
proteo esto presentes e as reaes de equilbrio so eficazes em supino, prono, sentado,
engatinhando e ainda dbeis em ortostase e caminhando (FLEHMIG, 2004). As primeiras
tentativas de andar so caracterizadas por base alargada, braos elevados, escpulas aduzidas,
membros superiores abduzidos, com diminuio da flexo a nvel de quadris, joelhos e
28
dependente do nvel de
estabilidade do beb, devendo este ser capaz, primeiramente, de controlar seu corpo em
ortostase antes de controlar adequadamente mudanas posturais necessrias para a locomoo
ereta. Aos 15 meses, a criana ainda no possui total estabilidade na posio ereta, porm
possui capacidade de locomoo, ampliando e investigando seu ambiente.
A medida que a criana amplia sua habilidade de associar os movimentos das mos
com a capacidade crescente de locomoo, sua
29
criana comea a obter maior percepo de controle e preciso nos seus movimentos, onde o
ambiente ser o responsvel por ofertar estmulos suficientes prtica do desenvolvimento
motor, potencializando as aquisies de comportamentos relacionados as habilidades
estabilizadoras, locomotivas e manipulativas (GALLAHUE, OZMUN, 2003).
Aos 16 meses, com maior habilidade de marcha, a base alargada de membros
superiores e inferiores diminui, porm a criana ainda no possui equilbrio adequado, o qual
ser adquirido aproximadamente aos 18 meses, quando a criana j apresenta total
estabilidade nas demais posies. Ao brincar, a criana est sempre exposta a novas
experincias, colocando-se em situaes que promovam adaptaes constantes (FLEHMIG,
2004). A criana j demonstra capacidade de assumir a posio de ccoras e erguer-se do
cho segurando objetos (FLEHMIG, 2004) e na marcha, ainda observa-se a atitude fisiolgica
em p-plano e pernas em discreta rotao externa, onde o centro de gravidade ainda
permanece entre os ps (BURNS, MACDONALD, 1999; FLEHMIG, 2004).
A criana consegue subir escada com ajuda e ao caminhar, consegue parar com
habilidade, alm de ainda transferir o peso para os calcanhares em seu padro de marcha
(FLEHMIG, 2004). A largura da passada aumenta e a everso do p diminui gradualmente, o
que direciona a projeo dos ps para frente e quando o modo de andar estabiliza, o
comprimento da passada torna-se regular. Com movimentos do corpo sincronizados, a criana
desenvolve capacidades para variaes do caminhar, podendo esta, se deslocar de lado, para
trs e na ponta dos ps (GALLAHUE, OZMUN, 2003). tambm neste perodo que o beb
pratica e refina as habilidades motoras adquiridas durante o primeiro ano de vida (TECKLIN,
2002) e necessrio oportunidade para exercit-las e trein-las, pois estas formaro a base das
futuras habilidades fundamentais, adicionadas ao seu repertrio motor com o passar dos anos
(FLEHMIG, 2004; TECKLIN, 2002).
mundialmente,
na
tentativa
de
identificar
sinais de alteraes no
30
nervoso central (RESTIFFE, 2004). Entre esses testes, podemos citar segundo Restiffe
(2004): Denver Developmental Screening Teste II, Movement Assessment of infant,
Dubowitz Neurological Assessment, entre outros.
O surgimento de uma nova viso sobre o desenvolvimento humano, ou seja, os
pressupostos tericos dos sistemas dinmicos, proporcionou que novos instrumentos fossem
desenvolvidos, procurando avaliar a movimentao livre e espontnea da criana, alm de
considerar as inmeras variveis que podem influenciar no movimento e nas aquisies
motoras ao longo do tempo. De acordo com Piper e Darrah (1994), entre esses instrumentos
est a Alberta Infant Motor Scale - AIMS.
As autoras da escala propem a AIMS como um instrumento dinmico, pois avalia as
aquisies conquistadas pela criana independentemente do seu diagnstico ou prognstico e
possibilita a anlise dos componentes necessrios para aquisio de determinada habilidade
(PIPER, DARRAH, 1994). Durante a avaliao observada a livre movimentao das
crianas, no sendo usada manipulaes, nem avaliaes de reflexos e reaes. O enfoque
recai sobre os padres de movimento e as habilidades em diferentes situaes gravitacionais,
considerando tambm a distribuio de peso, postura e movimento antigravitacional, para
avaliar a evoluo das crianas (PIPER, PINNELL, DARRAH, et al.1992).
Piper e Darrah (1994) ressaltam a finalidade discriminativa e avaliativa da AIMS, j
que a escala fornece um escore total que pode ser comparado com a populao normatizada
por meio de percentis e uma vez que a mesma criana pode, passado um intervalo de tempo,
mudar de percentil, caracterizando uma melhora ou piora do quadro motor. Trata-se ainda,
segundo as mesmas, de uma escala observacional cuja interveno do examinador mnima,
onde somente permitido segurar a criana na postura sentada e em p e estimular a
movimentao espontnea e mudana postural com brinquedos (PIPER, DARRAH, 1994).
A AIMS um instrumento desenvolvido no Canad, criado para avaliar a evoluo de
desenvolvimento dos recm nascidos a termo e pr termo, a partir de 38 semanas de idade
gestacional at 18 meses de idade corrigida ou at a marcha independente, para ser usado
tanto na rea clnica quanto em pesquisa, por meio da obdervao de 58 itens (21 itens, em
prono; 9, em supino;12, sentado; 16, em p) (PIPER, DARRAH, 1994). O objetivo principal
deste instrumento avaliar o desenvolvimento seqencial do controle de movimento nas
quatro posturas.
Conforme as autoras, outros objetivos da AIMS podem ser assim, descritos: a)
identificar crianas cujo desempenho motor esteja atrasado ou anormal em relao ao grupo
normativo; b) fornecer informaes ao clnico (mdico, fisioterapeuta) e aos familiares sobre
31
as atividades motoras que a criana j domina, as que esto se desenvolvendo e aquelas que a
criana ainda no realiza; c) mensurar o desempenho motor ao longo do tempo ou antes e
depois de uma interveno; d) mensurar mudanas no desempenho motor que so muito sutis
e assim mais difceis de serem detectadas usando medidas motoras mais tradicionais; e) agir
como uma ferramenta de pesquisa apropriada para avaliar a eficcia de programas de
interveno em crianas com disfunes motoras e retardo no desenvolvimento
neuropsicomotor (PIPER, DARRAH, 1994).
De acordo com Ellison et al. (1985), autores da INFANIB (Infant Neurological
International Battery for the Assessment of Neurological Integrity in Infancy), todo o
instrumento utilizado para na avaliao neurolgica infantil deve ser constitudo das seguintes
propriedades: 1) descritiva; 2) generalista; 3) amostra de referncia; 4) os itens devem ser
somveis constituindo um escore final; 5) validao concorrente significante; 6)
poder
preditivo. Segundo Piper e Darrah (1994), a AIMS possui todas essas caractersticas, j que,
para cada item, h descritores utilizados pelo examinador para pontuar as aquisies motoras
das crianas, sendo ainda generalista porque pode ser empregada a todos beb, independente
do prognstico, apresentando uma amostra de referncia, como j foi mencionado (506
lactentes canadenses). Ainda, cada item observado recebe um ponto que no final de cada
postura determinado um sub-escore que somados (4 posturas) representam o escore total.
A amostra, utilizada como referncia na validao da AIMS, foi constituda por 506
lactentes canadenses, normais a termo (285 do sexo masculino e 221 do sexo feminino), com
idade entre 0 e 18 meses (PIPER, DARRAH, 1994). Ao ser construda, a AIMS foi submetida
avaliao da validade concorrente e discriminante. Para validao concorrente foram
utilizados 2 teste motores: Bayley Psychomotor Developmental Scale e Peabody
Developmental Motor Scale, considerados padro ouro. Os resultados observados
demonstraram alta validade concorrente da AIMS com os testes acima citados, cujos
coeficientes de correlao foram r: 0,98 e r: 0,97 (PIPER, PINNELL, DARRAH, 1992). Em
outro estudo, a validade concorrente da AIMS foi analisada correlacionando-a com o Teste of
Infant Performance (TIMP), cuja correlao entre os resultados da AIMS e do TIMP foi mais
alta para o TIMP ao nono ms e para AIMS, ao sexto ms (r: 0,67), alm disso, o TIMP
demonstrou maio poder preditivo que a AIMS (CAMPBELL, KOLOBE, WRIGHT et al.
2002).
Ainda sobre a correlao da AIMS com outros testes, pesquisa Japonesa identificou
correlao forte desta com a Kyoto Scale of Psycological Development (KSPD) (r=0,97;
r=0,98) ao avaliar 40 bebs no primeiro ano de vida (UESUGUI, TOKUHISA, SHIMADA,
32
2008). No Brasil, estudo de correlao da AIMS foi realizado com 46 lactentes, com idade
entre 0 e 18 meses, utilizando a Bayle Scales of Infant Development, o qual indicou alta
concordncia entre as escalas (r=0,95) (ALMEIDA, DUTRA, MELLO, 2008).
Recentemente, a validade concorrente da AIMS foi testada com o Harris Infant
Neuromotor Teste (HINT), em diferentes grupos de crianas canadenses totalizando 121
(crianas de risco, crianas tpicas) resultando em correlao inversa, negativa entre os dois
testes tanto em crianas de 4 a 6 meses ( -0,80; -0,86), quanto de 10 a 12 meses (-0,92; -0,59).
Sugere-se que ambos os testes tem vantagens e desvantagens, e cabe aos profissionais
determinar o melhor para cada uma das necessidades encontradas na avaliao infantil (TSE,
MAYSON, LEO, et al. 2008).
Em 2000, Jeng et al. realizaram um estudo de validade concorrente e discriminativa
em crianas de Taiwan, utilizando como amostra 86 RNPTs. A escala usada foi a Bayley
Motor Scale (BMS) aos 6 e aos 12 meses de idade corrigida. A correlao entre os escores
total da AIMS ao sexto ms e aos doze meses com o escore de Bayley foi, respectivamente,
de r: 0,78 e r: 0,90. A correlao entre seis meses da AIMS e doze meses da BMS foi de r:
0,56, indicando um poder preditivo moderado. Portanto, os resultados sugerem que os as
anlises com a AIMS tem validade concorrente aceitvel, mas um valor preditivo limitado ao
avaliar os lactentes pr-termos taiwanenses.
Resultados no satisfatrios quanto a validade concorrente da AIMS com outros testes,
tambm esto relatados na literatura. Estudo de correlao com o Teste of Infant Performance
(TIMP), demonstrou valores de correlao entre as escalas de 0,20 a 0,67 (CAMPBELL,
KOLOBE, WRIGHT et al. 2002). Campos et al. (2006) indicou concordncia moderada da
AIMS com a Bayley aos 5 meses (k=0,503) e fraca aos 10 meses (k=0,209), alm de estudo
mais recente de correlao da AIMS com a Daily Activities of Infants Scale (DAIS) tambm
ter demonstrado resultados no satisfatrios (BARTLETT, FANNING, MILLER, et.al, 2008).
A validade discriminativa ao criar a escala, foi realizada usando como padres ouro,
Movement Assessment of Infant (MAI) e Peabody Developmental Motor Scale (PDGMS).
Os resultados mostraram que a AIMS apresentou dois pontos cut-offs que foram identificados
no percentil 10 aos 4 meses e no percentil 5, aos 8 meses. O MAI forneceu a melhor
especificidade aos 4 meses, enquanto a AIMS apresentou superior especificidade aos 8 meses.
A taxa de sensibilidade foi comparvel em ambos os testes (AIMS e MAI); no entanto,
PDGMS em geral, demonstrou o pior poder preditivo (DARRAH, PIPER, 1998). A validade
discriminante da AIMS tambm foi detectada por Haastert et al.(2006) ao avaliar o
33
34
- Verso Preliminar
35
A avaliao detalhada da verso (ou das verses) preliminar (es), numa determinada
lngua alvo, representa uma fase muito importante do processo de validao de um
instrumento de pesquisa. Para Vallerand (1989), esta segunda etapa da avaliao permite
analisar as verses preliminares de forma a obter uma s verso do instrumento.
Vallerand (1989) enfatiza que apesar desta fase de avaliao ser feita, muitas vezes
pelo pesquisador somente, tal prtica no adequada pois poder levar certos vieses
lingsticos ou mesmo de compreenso. Uma avaliao do tipo comit permite uma avaliao
mais objetiva e precisa das verses preliminares, sendo sugerida como estratgia base para
produzir a verso experimental final do instrumento em questo.
36
porque os itens devem ser repassados pelo expert lingstico e pelos pesquisadores,
respeitando assim, as diferenas de intensidade e de expresso dos itens.
Deve-se considerar que se a verso de certos itens no for satisfatria, o comit se
reserva o direito de efetuar as mudanas julgadas necessrias. Essas mudanas para serem
incorporadas devero respeitar certas regras propostas por Spielberger (1976), a saber que:
(1) a verso experimental deve tentar resgatar o sentido do item original e no nome por
nome; (2) as propriedades do instrumento devem ser utilizadas tanto quanto possvel na
formulao da verso experimental. No atendendo esse ponto, poderia resultar numa
construo do instrumento apresentado na lngua alvo, mas no tendo sentido para a
populao; (3) se houver desentendimento entre os membros do comit sobre certos itens, as
formas alternativas para estes itens devero ser includas na verso experimental; (4) a verso
experimental deve receber a mesma forma de apresentao e as mesmas direes das
utilizadas na verso original. A importncia deste ltimo ponto, para Converse (1986) est no
fato de que as apresentaes matrias diferentes do mesmo instrumento podem levar a
resultados diferentes. Ento, assegurar uma validade trans-cultural do instrumento, a verso
final dever representar as mesmas modalidades de apresentao e as mesmas diretivas da
verso original (CONVERSE, 1986 apud VALLERAND, 1989).
Skevingtan (2002) complementa que para excluir problemas de equivalncia
conceitual em tradues trans-culturais, ele sugere que itens nacionais podem e devem ser
includos, ampliando a compreenso dos itens originais principais do instrumento, adaptando
o conceito em termos de linguagem e cultura. A incluso destes itens depender deles serem
suficientemente adequados em termos psicomtricos, tanto quanto os itens do instrumento
original.
Embora certos pesquisadores se limitem a esta segunda etapa de validao,
importante ressaltar que apenas essas duas no vo garantir a validade e fidedignidade do
instrumento. Skevington (2002) afirma que, quando se verificam as propriedades
psicomtricas de um instrumento original e daquele que foi traduzido, os parmetros de
fidedignidade e validade do segundo tendem a ser reduzidos, devido a dificuldade
representada por esse processo. Beaton et al.(2000) ainda ressalta a importncia de manter a
fidedignidade e a validade possudas pela verso original, embora tal nem sempre ocorra pela
existncia de diferenas sutis nos hbitos de vida das diversas culturas, o que torna um item
mais ou menos difcil em relao aos outros. isto que acaba alterando as propriedades do
instrumento e por isso, esses autores referem que aps a traduo e adaptao, tenha-se o
37
38
Pasquali (2001) determina que esta validade est relacionada ao que o instrumento
aparentemente mede e tambm pode ser avaliada por juzes atravs de escalas do Tipo Likert.
Anastasi e Urbina (2000) complementam que esta no uma validade com sentido tcnico,
mas refere-se ao teste parecer adequado/vlido tanto aos avaliadores que o utilizam, assim
como para pessoas que decide sobre seu uso, ou ainda, para examinadores no-treinados. A
validade aparente relevante para os testes/escalas, pois se estes parecerem inadequados, o
resultado ser de rejeio, independentemente da real validade deste (ANASTASI, URBINA,
2000; PAWLOWSKI, TRENTINI, BANDEIRA, 2007).
- Validade Concomitante
39
40
- Objetividade Inter-avaliadores
- Mtodo Teste/Re-teste
Pode ser tambm chamada de validade de conceito que segundo Pasquali (2001),
uma das mais importantes validades a ser considerada nos instrumentos ou testes, pois indica
o quanto um teste ou escala mensura adequadamente, o construto ao qual se propem medir.
A validade de construo consiste em analisar se o instrumento de pesquisa permite
medir adequadamente o construto, assegurando que a verso traduzida , suficientemente,
sensvel para demonstrar os efeitos da construo terica (VALLERAND, 1989). Entretanto,
de acordo com Fachel e Camey (2003), esta no pode ser medido diretamente, pois a mesma
se relaciona correlao do teste com um construto terico.
Porm, o problema em pesquisa cientfica no descobrir o construto a partir de uma
representao existente, mas sim verificar se esta representao, ou seja, se o teste/escala
apropriado para o construto em questo (PASQUALI, 2001). Ento, considera-se que a
validade de construto a extenso com que o instrumento mensura, adequadamente, um
construto terico/trao/comportamento (ANASTASI, URBINA, 2000).
41
42
comportamental do fator. Ainda salienta que cargas fatoriais positivas e negativas num
mesmo fator, apenas indicar que um item expressa o plo positivo e o outro o plo negativo
do fator (PASQUALI, 1999b).
Referindo-se ao Alpha de Cronbach, a literatura o ressalta como principal indicador da
consistncia interna de um teste e dos itens que o compem. Atravs deste, possvel analisar
a homogeneidade dos itens que fazem parte de um teste/escala (PASQUALI, 2001; FACHEL,
CAMEY, 2003; CRONBACH, 1996a). De acordo com os autores citados, no teste, o escore
total representa o critrio de deciso, e a correlao entre os itens e o escore total define a
qualidade de cada item, ou seja, sua permanncia, ou no, no instrumento. Portanto, a
correlao de cada item com o escore total sugere que os itens so somveis e por isso
representam um mesmo trao. Cabe ressaltar que a intercorrelao entre os itens no uma
demonstrao de que estejam medindo o mesmo construto.
43
muito importante a
44
CAPTULO 3
RESUMO:
Este estudo objetivou analisar a validade da Alberta Infant Motor Scale na avaliao
do desenvolvimento motor de crianas do Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado em 4
fases: (1) traduo e adaptao da escala (4 tradutores); (2) Validade de Contedo (21 juzes);
(3) Anlise da objetividade (3 avaliadores) (4) teste de campo (n=561) e anlise da
fidedignidade, validade de critrio e construto. As anlises de correlao, associao e
consistncia interna indicaram que a AIMS vlida e fidedigna na avaliao das aquisies
motoras infantis, o que a torna um instrumento significativamente til a vrias reas da
pesquisa cientfica e clnica.
45
INTRODUO
5,6
46
21,24
MATERIAIS E MTODOS
Participantes:
47
termo, sendo 291 meninos e 270 meninas, provenientes de Creches, Escolas de Educao
Infantil, Unidades de Sade e Entidades da Regio Sul-Rio-Grandense, pertencentes as
cidades de Porto Alegre, Erechim e Antnio Prado. A amostra pode ser considerada de grande
representatividade, uma vez que contemplou um mnimo de crianas em cada faixa etria.
Ver tabela 1, onde est representada a distribuio da amostra agrupando faixa etria e sexo.
n=561
34 (12,6)
53 (19,6)
46 (17)
58 (21,5)
49 (18,1)
30 (11,1)
44 (15,1)
54 (18,6)
51 (17,5)
37 (12,7)
61 (21)
44 (15,1)
48
Materiais e mtodos:
Foi
cronolgica e idade corrigida), e uma planilha contendo uma escala Likert de 5 pontos para
anlise da validade aparente e para Clareza e Pertinncia cada item includo na AIMS,
possibilitando a anlise de contedo pelos juzes.
- Alberta Infant Motor Scale (AIMS): A Alberta Infant Motor Scale um
instrumento de observao, desenvolvido no Canad, criado para avaliar a evoluo de
desenvolvimento dos recm nascidos a termo e pr termo, a partir de 38 semanas de idade
gestacional at 18 meses de idade corrigida
15
os seguintes critrios de
49
27
Procedimentos Metodolgicos:
Este foi um estudo de validade subdividido em fases, onde inicialmente foi entrado
em contato com tradutores e doutores em comportamento motor para realizar a traduo e
avaliao da escala e dos critrios motores da AIMS. O trabalho realizado pelos tradutores foi
primeiramente individualizado e depois em comit e quanto as pontuaes relacionadas para
clareza e pertinncia pelos juzes, foram individualmente realizadas.
Para a aplicao da AIMS e EDCC, inicialmente se contatou os responsveis pelos
locais de interesse para coleta e aps consentimento desses, foi enviado aos responsveis pela
criana, o termo de consentimento livre e esclarecido, esperando a assinatura destes, para
incluso da criana no estudo. A aplicao de cada teste levou aproximadamente 20 minutos
por criana, onde foi utilizada cmera filmadora para registrar as avaliaes. As crianas
foram avaliadas com o mnimo de manipulao, em suas residncias ou instituies de
origem. Com a finalidade de se obter as correlaes teste-reteste, parte da amostra foi
retestada (n=259), no mesmo local, passados no mximo 15 dias do teste. Avaliadores
independentes no modelo duplo-cego foram responsveis por repontuar o desempenho das
crianas, a partir das filmagens.
Para as anlises de validade da AIMS, as etapas dispostas a seguir, foram
cuidadosamente selecionadas e organizadas, a fim de assegurar uma verso vlida e fiel do
instrumento de pesquisa em questo: (1) preparao da verso preliminar (traduo por
especialistas); avaliao e adaptao para realidade cultural brasileira; (2) anlise da validade
de contedo; (3) anlise da objetividade; (4) anlise de fidedignidade, validade de construto e
validade de critrio 28,29,30,31,32.
50
51
Para garantir a fidedignidade dos resultados obtidos nas avaliaes com a AIMS,
foram analisadas a concordncia Inter-avaliadores (trs pesquisadores) e Intra-avaliador.
Inicialmente, os pesquisadores foram treinados para que pudessem realizar o teste de forma
simtrica. Foi realizada uma reunio entre os pesquisadores com discusso verbal da escala,
onde foi estudado seu manual, alm da anlise, em detalhes, de todos os descritores dos 58
itens da escala, afim de, eliminar qualquer dvida de suas interpretaes. Aps um treino
coletivo da escala atravs da anlise de fitas de vdeo e discusso dos resultados, foi feito o
teste de concordncia. Foram utilizadas 30 crianas (independente da amostra geral) para a
anlise de concordncia intra e inter-examinadores, ou seja, os lactentes foram reavaliados,
atravs das filmagens, para anlise da concordncia do pesquisador consigo mesmo (intraavaliador), passado 6 meses da avaliao inicial e com os outros avaliadores (interavaliadores). Os resultados foram analisados usando o Coeficiente de Correlao IntraClasses (ICC), Teste de Friedman e Teste de Wilcoxon.
52
27
. Para
O Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) verso 17.0 foi
utilizado como ferramenta para analisar os dados. A escolha dos testes empregados foi
segundo anlise da distribuio dos dados (paramtricos ou no paramtricos) e de acordo
com as variveis consideradas para anlise (qualitativas ou quantitativas). Para os coeficientes
de correlao, como critrio de deciso, foram considerados os valores acima de 0,60 como
indicativos de correlao forte; os valores entre 0,30 e 0,60 correlao moderada e os valores
abaixo de 0,3, correlao pobre 33. Para o Alpha de Cronbach, foram considerados timos os
53
valores acima de 0,80; bons os valores acima de 0,70 e entre 0,60 e 0,70, nvel aceitvel 31. O
nvel de significncia adotado foi 5%, sendo considerado estatisticamente significativo
valores de p0,05.
RESULTADOS
A traduo da AIMS para a lngua portuguesa foi realizada por meio da tcnica de
traduo invertida, envolvendo 4 profissionais tradutores. Deste processo, obteve-se ento,
quatro verses da escala, duas na lngua portuguesa e duas na lngua inglesa. Aps, realizouse a avaliao e a modificao das verses preliminares em comit, resultando em uma nica
verso onde manteve-se a semntica dos itens e apenas poucas mudanas foram necessrias
substituindo palavras pouco usadas por sinnimos mais freqentes no cotidiano. Correes
em relao aos termos tcnicos utilizados na traduo e adequao dos descritores motores de
cada item foram muito discutidos, procurando a melhor compreenso ao pblico alvo que
utilizar a escala.
A planilha com os itens da AIMS, contendo a escala Likert foi entregue pessoalmente
a cada juiz, em separado e, as respostas entregues ao pesquisador para as devidas anlises. No
que ser refere a validade aparente, 100% dos profissionais da rea da sade atriburam escore
5 na escala Likert para anlise da AIMS. Quanto a validade de contedo propriamente dita, os
resultados esto apresentados na Tabela 2. Para Clareza, os valores de concordncia
encontrados no IVC variaram de =66,7 at =92,8, j para Pertinncia, demonstraram-se
superiores a 0,98. Tanto para a Clareza, quanto Pertinncia pode-se observar que a
concordncia (IVC) entre os juzes se mostrou forte, confirmada pelos coeficientes de Kappa
estatisticamente significativos (p<0,05).
54
Comparaes
CLAREZA
IVC
Kappa(IC95%)
66,7%
Juiz 1 x Juiz 2
92,8%
<0,001
Juiz 1 x Juiz 3
73,2%
0,002
Juiz 2 x Juiz 3
67,8%
0,514 (0,278; 0,745)
PERTINNCIA
0,028
Comparaes
Juiz 1 x Juiz 2 x Juiz 3
IVC
98,2%
Kappa (IC95%)
-
p
-
Juiz 1 x Juiz 2
100,0%
<0,001
Juiz 1 x Juiz 3
98,2%
<0,001
Juiz 2 x Juiz 3
98,2%
<0,001
Variveis
PRONO
SUPINO
SENTADO
EM P
ESCORE TOTAL
A1 X A3
A2 X A3
A1 X A1
A1 X A2 X A3
ICC ()
ICC ()
ICC ()
ICC ()
ICC ()
Wilcoxon (p)
Wilcoxon (p)
Wilcoxon (p)
Wilcoxon (p)
Friedman(p)
0,99
-1,342 (0,180)
0,92
-0,756 (0,450)
0,99
0,0 (1,00)
0,99
-1,186 (0,236)
0,86
-1,000 (0,317)
0,93
-1,552 (0,121)
0,99
-1,508 (0,132)
0,87
-1,265 (0,206)
0,88
-1,035(0,301)
0,97
-0,351 (0,726)
0,915
-1,342 (0,180)
0,993
-1,134 (0,257)
0,997
2,24 (0,289)
0,917
5,25 (0,07)
0,954
2,33 (0,311)
0,99
-0,466(0,641)
0,99
-1,469(0,142)
0,98
-0,36(0,972)
0,96
-0,494(0,622)
0,97
-0,492(0,623)
0,97
-0,571(0,568)
0,983
-0,320 (0,749)
0,987
-0,755 (0,450)
0,988
0,157 (0,925)
0,983
0,70 (0,705)
55
As anlises da fase 4, citadas a seguir, esto baseadas nos resultados dos escores totais,
percentis e critrios de classificao dos grupos analisados, dispostos na tabela 4, de acordo
com os procedimentos realizados.
Percentil
Categorizao
Teste
Reteste
---
43 (14; 71)
61 (23; 71)
3 (2; 3)
3 (2; 3)
A1
A2
A3
A4
A5
9 (7,25;17,75)
15 (10; 27,75)
29 (21,25; 37,5)
37,5 (31; 49,25)
49,5 (39; 52)
3 (2,25; 3)
3 (2; 3)
3 (2,25; 3)
3 (2,25; 3)
3 (3; 3)
G2
(n=20)
A1
A2
22 (10,25; 33,75)
51,5 (48,25; 58)
V.Discriminante
(n=124)
AT
PT
AIMS
EDCC
Fidedignidade
(n=259)
V. Preditiva
G1
(n=8)
V.Concorrente
(n=80)
3 (2; 3)
3 (3; 3)
3 (2,75; 3)
3 (2; 3)
2 (2;3)
2 (1; 2)
56
elevados que os das crianas pr-termo. Como anlise complementar, foi identificada
correlao forte e significativa entre os escores e percentis de ambos os grupos (p<0,001).
Na comparao dos critrios de classificao entre os dois grupos, foi detectada
diferena estatstica significativa (Chi2= 6,03; p=0,047) nas classificaes dos bebs a termo e
pr-termo, de forma que, o grupo a termo se mostrou significativamente associado a
classificao normal, enquanto que, com grupo pr-termo a associao ocorreu com as
classificaes suspeita de atraso e atraso.
Correlao com outros Testes: Atravs do coeficiente de correlao de Spearman foi
detectada uma correlao significativa, positiva de grau moderado (rho=0,342; p=0,03) entre
a AIMS e a EDCC, confirmada pelo coeficiente de Kendall (W=0,319; p=0,02) e pelo Kappa
(0,309; p=0,003). Outro resultado relevante, foi a prova de McNemar Bowker (7,95;
p=0,047), que demonstrou diferenas relevantes entre os dois mtodos, onde a AIMS
classificou, de forma significativa, um nmero maior de crianas como "normal" e a EDCC
classificou significativamente mais casos como "atraso.
Validade Preditiva: Ao analisar o grupo de crianas acompanhadas longitudinalmente,
a correlao conjunta foi significativa, positiva de grau forte para as variveis consideradas: a)
escore final (ICC=0,96 ]0,89; 0,99[ p<0,0001); b) percentil (ICC=0,88 ]0,67; 0,97[ p
<0,0001) e c) classificao de desempenho motor (ICC=0,83 ]0,49; 0,96[ p =0,001),
indicando que, os valores elevados na avaliao 1 se mostraram correlacionados a valores,
tambm elevados nas demais avaliaes, bem como, entre a avaliao 2 e as demais
avaliaes e assim por diante. Quanto as anlises comparativas realizadas atravs do teste de
Friedman, para os escores observados nas avaliaes de 1 a 5, foi detectada diferena
estatstica significativa (p<0,001), de forma que, os escores da avaliao 5 se mostraram
significativamente mais elevados que o da avaliao 4, que por sua vez, se mostraram
significativamente maiores que os da avaliao 3 que por sua vez, se mostraram
57
entre os valores
DISCUSSO
Este estudo teve por objetivo adaptar para a lngua portuguesa a Alberta Infant Motor
Scale, verificando suas propriedades psicomtricas em populao gacha e no que se refere
ao total amostral, este foi considerado suficiente e adequado para confiabilidade dos
resultados obtidos nos procedimentos realizados, comparado a amostra de referncia que
constitui-se de 506 lactentes canadenses 15.
A dupla traduo reversa e independente da AIMS para a lngua portuguesa, realizada
atravs da tcnica de traduo invertida, resultou em uma verso unificada e final em lngua
portuguesa, a Escala Motora Infantil de Alberta (EMIA). A comparao realizada entre as 4
verses traduzidas, a discusso e anlise em comit possibilitou maior nmero de alternativas
para a soluo das dificuldades inerentes a esse processo.
58
33
29
percentil (rho=0,85) e para o critrio de classificao (kappa=0,68) poderiam ter sido ainda
mais elevados se o intervalo de tempo entre teste e reteste fosse menor, considerando como
referncia a validao do instrumento pelas autoras do teste que utilizaram um intervalo de 7
dias entre as avaliaes 15.
Segundo os resultados, a AIMS possui elevada consistncia interna, pois os valores
obtidos atravs do Alpha de Cronbach (0,72 a 0,89) refletem um perfil de alta homogeneidade
entre as variveis analisadas. De acordo com a literatura de anlise, o coeficiente Alpha de
Cronbach deve ser de no mnimo 0,60, e segundo a mesma, quanto maior a amostra, mais
difcil se tornam os achados quanto a concordncia
31
59
amostral (n=561), os resultados supem que os itens so somveis, isto , homogneos, e que
constituem a representao de um mesmo trao; esto medindo o mesmo construto.
Na anlise da Validade Discriminante, verificou-se que a AIMS vlida para
discriminar comportamentos atpicos, j que as variveis percentil e escore total foram
significativamente diferentes nos dois grupos investigados. Os resultados tambm nos
indicam que as pontuaes elevadas no escore total se mostraram significativamente
associadas as pontuaes elevadas do percentil (ou vice-versa) e isso demonstra correlao
positiva entre duas medidas de um mesmo constructo, nos confirmando tambm a validade
convergente, ou seja, duas variveis fornecendo informaes muito semelhantes
31
20
da AIMS com a Bayley aos 5 meses (k=0,503) e fraca aos 10 meses (k=0,209), alm de
estudo mais recente de correlao da AIMS com a Daily Activities of Infants Scale (DAIS)
tambm ter demonstrado resultados no satisfatrios
35
internacionais tem demonstrado a alta correlao da AIMS com outras escalas que avaliam o
desenvolvimento motor de bebs
15,16,18,24
17
. Este resultado
pode estar associado ao fato da EDCC possuir um nmero menor de itens referentes a
comportamentos motores, em especfico (15 na subescala axial espontnea no
comunicativa), quando comparada a AIMS (58), comprometendo assim, a confiabilidade dos
resultados. Embora com objetivos similares no tange a motricidade, a EDCC avalia o
desenvolvimento neuropsicomotor abrangendo aspectos sociais e cognitivos, desta forma a
subescala motora torna-se simplificada em termos de itens avaliados. Contudo, ressalta-se que
ambos os testes (AIMS e EDCC) tem vantagens e desvantagens, e cabe aos profissionais
determinar o melhor para cada uma das necessidades encontradas durante as avaliaes.
Os resultados ainda sugerem que a AIMS possui valor preditivo, uma vez que as
classificaes se mostraram semelhantes tanto longitudinalmente (G1), quanto pr e ps teste
(G2), embora aumento significativo dos valores percentlicos em ambos os grupos amostrais.
60
24
considerao a faixa etria da amostra, pode estar relacionado as questes discutidas por Liao
e Campbell (2004) que ressaltam a maior sensibilidade e rigorosidade da AIMS para avaliar
crianas entre 3 e 9 meses.
CONCLUSO
De forma geral, quanto aos procedimentos realizados para a anlise das propriedades
psicomtricas da AIMS, a traduo invertida mostrou-se eficiente para evitar vieses
individuais da compreenso da lngua inglesa. Quanto avaliao das questes por
especialistas, o teste foi reconhecido como um instrumento eficiente para avaliar o
desenvolvimento motor de crianas. A AIMS mostrou-se fidedigna, consistente e com
importante poder preditivo e discriminante ao avaliar o desenvolvimento motor de crianas,
alm de fcil aplicabilidade.
Os resultados deste estudo repercutem na prtica cotidiana de educadores e terapeutas,
pois confirmam a validade de contedo, critrio e construto da AIMS, alm da confiabilidade,
encorajando esses profissionais a us-la para avaliao de crianas brasileiras, alm de servir
de apoio ao planejamento de diferentes aes e programas interventivos. Sugere-se que novos
estudos relativos validade da verso em portugus as AIMS sejam realizados com amostras
de outros estados brasileiros. Destaca-se ainda, a necessidade de estudos normativos para as
crianas brasileiras, j que o uso de categorizaes de outras populaes para interpretao de
dados obtidos em crianas brasileiras pode no ser adequado e fidedigno, supondo-se que
estes variam consideravelmente, frente a fatores scio-econmicos e culturais diferentes.
Espera-se contribuir para futuras pesquisas brasileiras na rea de desenvolvimento motor
infantil, garantindo uma medida fidedigna e confivel dos comportamentos motores
adquiridos na primeira infncia, uma vez que, os profissionais da rea da sade carecem de
instrumentos fidedignos e validados tanto para avaliar o desempenho e as aquisies motoras
das crianas, quanto para quantificar os resultados de programas que visem a aprendizagem
motora e ou reabilitao.
61
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63
CAPTULO 4
RESUMO:
64
ABSTRACT:
Objective: evaluate the motor development of babies ranging from 0 to 18 months old
through Alberta Infant Motor Scale (AIMS) and analyze the representativeness of the scale
items in the observation and differentiation of the motor behaviors.
Method: transversal and observational study, causal comparative, in which 561 infants took
part, aging from 0 to 18 months, coming from Kinder gardens, Children Education schools,
Health Basic Units of Rio Grande do Sul. The motor development was evaluated by the
AIMS.
Results:
From the evaluated infants, 63, 5% were considered with a regular motor
development for their age, and the babies aging from 3 to 12 months were the ones with the
worst development. It was found inferiority in the motor behaviors regarding the prono and
standing postures.
Conclusions: the infants from this study presented a progressive sequence of appearance of
motor abilities in the evaluated postures, however parts of these were considered with an
inferior motor development according to what was expected by their age. It is suggested that
the age-factor, postural control and evaluation instrument influenced in the motor
development of the infants.
KEY WORDS: motor development, Alberta Infant Motor Scale, postural control
65
INTRODUO
1,2
3,4
7,10,11,12,14,15,16,17
66
MATERIAIS E MTODOS
Participantes:
67
Instrumentos e Aplicao:
Foi utilizado a Alberta Infant Motor Scale, uma escala avaliativa, observacional,
desenvolvida para avaliar aquisies motoras de crianas do nascimento at os 18 meses de
idade. Composta por 58 itens agrupados em quatro sub-escalas que descrevem o
desenvolvimento da movimentao espontnea e de habilidades motoras em quatro posies
bsicas: prono (21 itens), supino (9 itens), sentado (12 itens) e em p (16 itens). Durante a
avaliao, o examinador observa a movimentao da criana em cada uma das posies,
levando em considerao aspectos tais como a superfcie do corpo que sustenta o peso,
postura e movimentos antigravitacionais 22.
O escore consiste na escolha dicotomizada para cada item avaliado como observado
(criana demonstra os descritores motores associados ao item) ou no observado. Cada item
observado no repertrio das habilidades motoras da criana recebeu escore 01 (um) e cada
item no observado recebe escore 0 (zero). Os itens observados em cada uma das sub-escalas
so somados resultando em quatro sub-totais, onde o escore total (0-58 pontos) resulta da
soma destes sub-totais. O escore total convertido em percentil de desenvolvimento motor,
seguindo os seguintes critrios de classificao: a) desempenho motor normal/esperado:
acima de 25% da curva percentlica; b) desempenho motor suspeito: entre 25% e 5% da curva
percentlica; c) desempenho motor anormal: abaixo de 5% da curva percentlica
22
. As
68
RESULTADOS
variveis acima citadas, separadas por faixa etria, para melhor descrio das caractersticas
biolgicas da amostra estudada.
Variveis
Grupos
Apgar
Avaliados
Semanas de
Peso ao Nascer
Comprimento
Permetro
Gestao
(Kg)
ao nascer (cm)
Ceflico (cm)
(Mdia+DP)
(Mdia+DP)
Mediana(p25;p75)
(Mdia+DP)
9(8;9)
35,30(+4,84)
2644,58(+713,47) 44,25(+3,98)
45,59(+3,78)
-4 a 6 meses
9(8;9)
34,65(+4,25)
2438,57(+985,11) 44,81(+4,85)
45,22(+4,88)
-7 a 9 meses
9(9;10)
37,23(+3,06)
2769,68(+743,11) 46,22(+3,77)
46,93(+3,67)
-10 a 12 meses
9(9;10)
38,35(+3,37)
3025,63(+741,62) 47,77(+3,96)
47,68(+3,68)
-13 a 15 meses
9(9;10)
38,98(+1,47)
3233,59(+646,44) 48,85(+3,35)
49,12(+3,38)
-16 a 18 meses
10(9;10)
38,52(+2,23)
3246,11(+401,62) 48,23(+2,05)
48,44(+1,91)
-0 a 3 meses
(Mdia+DP)
69
Desenvolvimento Motor
Neste estudo foram analisadas as pontuaes nas 4 sub escalas (prono, supino,
sentado, em p), o escore total (bruto), o percentil de acordo com a normativa Canadense da
AIMS e o critrio de categorias para avaliao do desempenho motor das crianas. Tais
medidas sero mostradas e distribudas de forma geral, por faixa etria (trimestre) e por
postura.
70
Quanto ao desenvolvimento motor geral dos bebs avaliados, a mdia dos escores
totais foi 37,41 (+18,88), variando entre 3 e 58 segundo a soma total das 4 sub escalas da
AIMS, tendo como valor mediano 43 (p25=19; p75=57). J os valores percentlicos variaram
entre 0 e 100, tendo como mdia 41,81(+28,86) e mediana 43 (p25=14-p75=71).
A anlise da pontuao dos escores totais (Tabela 2), evidencia uma maior amplitude
de variao comportamental no 3 trimestre (DP=9,07) e 4 (DP=7,60), sendo que a menor
variao foi detectada no 6 trimestre (DP=1,57) e 1 (DP=3,30). Embora os escores variem
em cada faixa etria, as amplitudes de variao no so muito elevadas j que as crianas
esto agrupadas em trimestres, o que aumenta o nmero de comportamentos a serem
considerados. Outro aspecto a ser observado quanto aos escores totais que a mdia de
valores no 5 e 6 trimestres ficou muito prxima (54,94 e 57,57 respectivamente)
demonstrando assim, baixa amplitude de variao nos comportamentos motores entre crianas
com idade superior a 13 meses, aspecto confirmado ao se analisar as medianas verificadas
nesses dois trimestres, em cada uma das posturas avaliadas.
71
Tabela 2. Escores por postura e totais do desempenho das crianas segundo faixa etria.
Supino
Sentado
Em p
Escore bruto
(21 tens)
(9 tens)
(12itens)
(16itens)
(58itens)
Faixa etria
Mdia DP
Mdia DP
Mdia DP
Mdia DP
Mdia DP
(Trimestres)
Mediana(P2575)
-0 a 3 meses
2,32(1,20)
Mediana(P2575) Mediana(P2575)
2,73(1,38)
1,08(0,81)
Mediana(P2575)
1,41(0,56)
Mediana(P2575)
7,55(3,30)
(n=78)
2(1-3)
2,5(2-3)
1(1-1)
1(1-2)
7(5-10)
-4 a 6 meses
6,79(3,16)
6,19(1,73)
4,07(2,32)
2,40(0,92)
19,47(6,9)
(n=107)
6(5-9)
6(5-8)
3(3-5)
2(2-3)
18(14-24)
-7 a 9 meses
13,66(4,99)
8,20(1,07)
9,67(2,23)
4,66(2,22)
36,18(9,07)
(n=97)
12(10-19)
9(8-9)
10(9-11)
4(3-6)
34(29-44)
19,04(3,68)
8,62(0,99)
11,48(0,87)
8,38(3,72)
47,41(7,60)
21(19-21)
9(9-9)
12(11-12)
8(5-11)
50(44-53)
20,47(2,13)
8,89(0,53)
11,85(0,57)
13,65(3,36)
54,94(5,04)
21(21-21)
9(9-9)
12(12-12)
16(11-16)
58(53-58)
20,92(0,59)
9(0,0)
11,92(0,49)
15,66(1,45)
57,57(1,57)
-10 a 12 meses
(n=95)
-13 a 15 meses
(n=110)
-16 a 18 meses
(n=74)
-Amostra Total
(n=561)
21(21-21)
9(9-9)
12(12-12)
16(16-16)
58(58-58)
13,98(7,57)
7,37(2,38)
8,44(4,38)
7,62(5,8)
37,41(18,88)
18(7-21)
9(6-9)
11(4-12)
5(2-15)
43(19-57)
Os valores das mdias e medianas em cada uma das posturas analisadas, evidenciam
que o maior nmero de aquisies motoras ocorreu entre o 2 e 4 trimestre, sendo que no 3
trimestre grande parte da amostra j havia pontuado todos os itens referentes as posturas
supino e sentado. Ainda, de acordo com a tabela 2, quanto aos demais trimestres analisados,
um menor nmero de aquisies comportamentais foram observadas nas diferentes posturas.
De forma geral, os bebs nos 3 primeiros meses e a partir do 13 meses de idade
apresentam valores percentlicos mais elevados e portanto apresentaro um nmero inferior
de crianas com atraso ou suspeita de atraso motor. A comparao do desenvolvimento motor
entre os trimestres, revelou diferena estatisticamente significativa (p<0,001) entre estes
(Grfico 2). Observa-se que muitas crianas, independente da faixa etria, apresentam
percentis no adequados para suas respectivas idades.
72
As crianas obtiveram uma pontuao mdia nas posturas prono (21 posturas), supino
(9 posturas), sentado (12 posturas) e em p (16 posturas) respectivamente de 13,98 (+ 7,57),
7,37 (+ 2,138, 8,44 (+ 4,38), 7,62 (+ 5,80) (Tabela 2). Ao considerar o nmeros de itens
avaliados em cada postura, esse dado nos indicam uma inferioridade dos comportamentos
motores das crianas nas posturas prono e em p. Ao reportar esses dados a diferentes faixas
etrias, nota-se que as pontuaes mais baixas, nestas duas posturas, esto concentradas nos 2
primeiros trimestres, observando um grande nmero de aquisies comportamentais a partir
do terceiro trimestre.
No 1 e 2 trimestres, as duas posturas que apresentam maior amplitude de variao
foram respectivamente: prono, supino e prono, sentado, ao passo que a partir do 3 trimestre
prono e em p so as que demonstram maiores valores de disperso, quando todos os
comportamentos referentes a postura supino (M=9; p25=8-p75=9) e a postura sentada (M=10;
p25=9-p75=11) j foram alcanados por grande parte da amostra.
73
DISCUSSO
11,18,23,24
dois anos de idade e alinhando-se aos achados do presente estudo confirma-se a importncia
de considerar a idade corrigida em crianas com idade at 18 meses 25.
No presente estudo, observou-se desenvolvimento motor inferior das crianas
avaliadas quando comparadas a normativa Canadense, demonstrando que 36,6% das crianas
apresentam comportamento abaixo do esperado, sendo 12,7% considerados atrasados e 23,9%
com suspeita de atraso motor. Comportamento similar em crianas, avaliadas com o mesmo
instrumento, foi evidenciado em estudos conduzidos em London, Holanda,Taiwan, Canad e
Brasil
7,9,18,21,23,24,26
avaliar o desempenho motor de bebs pr-termo, observou assim como Manacero (2008),
normalidade dos comportamentos motores das crianas avaliadas. Destaca-se que estes
estudos usaram amostras pequenas e intencionais onde talvez a variabilidade do desempenho
tenha sido provocado pelas vias metodolgicas. Platos no desenvolvimento motor tem sido
reportados por pesquisadores tambm em crianas com idades superiores 27.
Em geral, poucas foram as aquisies motoras no 1 trimestre, e entre o 5 e 6. Em
contrapartida, do 2 ao 4 trimestre os lactentes apresentaram grande quantidade de aquisies
posturais e um pico de variao da mdia dos escores. Alm disso, observa-se a variabilidade
nos desenvolvimentos ao se observar a tendncia de concentrao de percentis mais baixos
nos 2, 3 e 4 trimestres. Acredita-se, portanto, que o ritmo de desenvolvimento instvel,
74
havendo perodos de poucas aquisies motoras e outros marcados por muitas mudanas
comportamentais 7. Darrah et al. (2003) enfatiza a possibilidade de percentis inferiores no
representarem atrasos motores, mas sim perodos de estabilidade nas aquisies.
Em relao aos escores totais, estes aumentaram com o aumento da idade,
evidenciando uma certa cronologia e seqncia no desenvolvimento motor tpico,
principalmente no que tange ao controle postural e movimentos antigravitrios das crianas
22,28
resultados de Liao e Campbell (2004), ao analisar o comportamento das crianas frente aos
critrios motores da AIMS, pode-se dizer que existe uma certa hierarquia de dificuldade nos
itens, o que possibilita diferenciar nas variadas posturas, crianas com maiores capacidades.
Por conseguinte, este estudo fornece evidncia da validade de usar a AIMS no s para
avaliar o desenvolvimento geral das crianas, mas tambm para testar suas habilidades em
diferentes posies no espao.
Ainda sobre o mesmo aspecto, porm quanto ao 2 objetivo desse estudo que reporta
para a representatividade dos critrios motores da AIMS, o nmero de aquisies em cada
faixa etria e a menor disperso dos escores totais verificada no 1 e 6 trimestres, demonstra
a possibilidade da AIMS no ter nmero de itens necessrios para representar adequadamente
os comportamentos motores dessas faixas etrias, levando ainda em considerao que por se
tratar de agrupamento em trimestres, coerente certa variabilidade comportamental, no
observada principalmente se considerarmos a igualdade das aquisies motoras entre o 5 e 6
trimestres. Esse resultado se refora ao analisar a tendncia de percentis inferiores no 2, 3 e
4 trimestres de vida, onde observou-se maior nmero de crianas com atraso ou suspeita de
atraso. A literatura embora demonstre a hierarquia na dificuldade dos critrios motores da
AIMS
19,22,28
motores no primeiro ano de vida 19,21,22,23. Pressupondo que so poucos os itens da AIMS que
diferenciam crianas com desenvolvimento avanado. Observa-se uma descontinuidade na
intensidade dos nveis de dificuldade da escala nas diferentes idades 19, ou seja, uma criana
considerada atrasada com 10 meses, pode assim no ser, aos 15 meses, conforme estudos de
Bartlett (2003), o qual indica que a presente escala pode no servir de ferramenta para
predizer o desenvolvimento de crianas, dependendo da idade em que estas forem avaliadas.
Assim, diferentes estudos ressaltam a limitao dos itens da AIMS para as extremidades
etrias consideradas pela escala
19,20,21
utilizados para avaliar o primeiro trimestre de vida e quando a criana alcana a mestria das
habilidades rudimentares.
75
14,29,30
voltados a criana podem tanto potencializar seu desempenho, caso haja nfase na oferta de
experincias sensrio-motoras, assim como limitar suas aquisies em decorrncia de
restries ligadas tarefas e contextos.
Em contrapartida, se analisarmos os mesmos dados sob o ponto de vista do nmero de
critrios motores destinados a avaliao de cada uma das posturas, observa-se maior
representatividade nas posturas prono (21) e em p (16), o que pode tendenciar a resultados
inferiores nessas posies. Isso pode ser observado tambm, ao analisar os valores das mdias
e medianas (tabela 2) em cada uma das posturas analisadas no presente estudo, detectou-se
que no 3 trimestre grande parte da amostra j havia pontuado todos os itens referentes as
posturas supino e sentado. Ento, dependendo da faixa etria analisada, o nmero de critrios
motores em cada postura pode beneficiar ou prejudicar os resultados de desempenho da
criana.
Alm disso, pode-se observar que essa distribuio no uniforme, pois poucas
aquisies, principalmente na postura em p, so descritas para os primeiros meses de idade e
dos 12 aos 18 meses, proporcionalmente aos demais meses contemplados pela escala. Ao
76
CONCLUSO
77
idades, ou a ambos, acreditando que nenhum fator isoladamente responsvel pelo processo
desenvolvimental.
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79
CAPTULO 5
RESUMO
Home
Enviroment
PALAVRAS CHAVE: Alberta Infant Motor Scale, desenvolvimento motor, fatores de risco
80
ABSTRACT
Objective: describe the motor development of infants aging from 0 to 18 months and verify
the influence of the biological and socio-environmental risk factors about the behavior
acquision in the different age- groups. Materials and Method: transversal and observational
study, causal comparative, in which 561 infants took part, aging from 0 to 18 months, coming
from Kindergartens and Children Education Schools in the city of Porto Alegre. The motor
performance was evaluated through Alberta Infant Motor Scale (AIMS); contextual factors
through the Affordance in the Home Environment for Motor Development (AHEMD) and
biological factors through structured questionnaire. Results: It was detected an inferiority in
the motor behavior of 46, 6 % of the sample, in which the worst performances were found in
children under 12 months.
weight when they are born, the prematureness and the time they spend in the intensive
treatment unit (ITU) are prominent. In relation to the socio- environmental factors, the
parents schoolarity; the fathers instruction, the familys income, the number of adults and
children that live in the house, the time being hold and the number of toys for fine and global
motricity. Discussion and Conclusion: in this study, either the socio-environment risk factor
as well as the biological, makes an influence over the motor acquisition through the first 18
months of life. Therefore, many are the factors which can put the infants regular motor
development course at risk and as bigger the number of risk factors, bigger the possibility of
the development commitment will be.
KEY WORDS: Albert Infant Motor Scale, Motor deselopment, risk factors
81
INTRODUO
2, 3
. Crianas
respiratrias,
desfavorveis
desnutrio),
prematuridade
situaes
scio-econmicas
3,4,5
4,6, 7,8,9
10
82
em sua aprendizagem, considerando tambm que nos primeiros cinco anos de vida, a
maior plasticidade cerebral possibilita a otimizao dos ganhos motores
11,12
METODOLOGIA
Participantes:
Instrumentos de Coleta:
Para avaliar o desenvolvimento motor da amostra, foi utilizada a Alberta Infant Motor
Scale que um instrumento basicamente de observao, desenvolvido no Canad, criado para
avaliar objetiva, qualitativa e quantitativamente a evoluo de desenvolvimento dos recm
nascidos a termo e pr termo, a partir de 38 semanas de idade gestacional at 18 meses de
idade corrigida (PIPER, DARRAH, 1994). Composta por 58 itens agrupados em quatro sub-
83
escalas que correspondem a quatro posies bsicas: prono (21 itens), supino (9 itens),
sentado (12 itens) e em p (16 itens). Durante a avaliao, o examinador observa a livre
movimentao da criana em cada uma das posies, levando em considerao aspectos tais
como a superfcie do corpo que sustenta o peso, postura e movimentos antigravitacionais
(PIPER, PINNELL, DARRAH, 1992). Cada item observado no repertrio das habilidades
motoras da criana recebeu escore 01 (um) e cada item no observado recebe escore 0 (zero).
Os itens observados em cada uma das sub-escalas foram somados resultando em quatro subtotais, onde o escore total (0-58 pontos) resultou da soma destes sub-totais. Este foi
convertido em percentil de desenvolvimento motor, seguindo os seguintes critrios de
classificao segundo normativa: a) desempenho motor normal/esperado: acima de 25% da
curva percentlica; b) desempenho motor suspeito: entre 25% e 5% da curva percentlica; c)
desempenho motor anormal: abaixo de 5% da curva percentlica (PIPER, DARRAH, 1994;
PIPER, PINNELL, DARRAH, 1992).
Para controle dos fatores de risco biolgicos, foi entregue aos responsveis um
questionrio referente aspectos pr, peri e ps-natais dos bebs: (1) data de nascimento; (2)
semanas de gestao; (3) ndice de apgar; (4) peso ao nascer; (5) comprimento ao nascer; (6)
permetro ceflico; (7) perodo (dias) de internao em UTI ao nascer.
A anlise dos fatores de risco scio-ambientais foi realizada mediante resposta dos
responsveis ao Questionrio Affordances in the
Development
Home
Enviroment
for
Motor
Avalia qualitativa e
84
RESULTADOS
Desenvolvimento Motor:
85
A mdia dos escores totais foi 37,41(+18,88), variando entre 3 e 58 no somatrio das
4 posturas, tendo como valor mediano 43(p25=19; p75=57). J os valores percentlicos
variaram entre 0 e 100, tendo como mdia 41,81(+28,86) e mediana 43(p25=14-p75=71). A
distribuio dos escores percentlicos nas faixas etrias demonstra variabilidade no
desenvolvimento ao se observar a tendncia de concentrao de percentis abaixo da
normalidade (atraso e suspeita) nos 1, 2 e 4 trimestres, sendo que o maior nmero de
crianas com atraso ento concentradas nos 2(20,6%) e 4(15,8%) trimestres. De forma
geral, os bebs no 1 ano de vida apresentam valores percentlicos inferiores, apresentando um
nmero superior de crianas com atraso ou suspeita de atraso motor. A comparao do
desenvolvimento motor entre os trimestres, revelou ainda a diferena estatisticamente
significativa (p<0,001) entre estes.
Desempenho Motor
Escore bruto
(58itens)
Faixa etrias
(Trimestres)
Mdia DP
Mediana(P2575)
Percentil
Critrio
Classificao
Mdia DP
Mediana(P2575)
Mdia DP
Mediana(P2575)
Atraso (A)
Suspeita de Atraso (S)
Normal (N)
3,8 (A)
39,7 (S)
56,4 (N)
20,6 (A)
34,6 (S)
44,9 (N)
9,3 (A)
26,8 (S)
63,9 (N)
15,8 (A)
26,3 (S)
57,9 (N)
17,3 (A)
12,7 (S)
70,0 (N)
4,1 (A)
1,4 (S)
94,6 (N)
12,7 (A)
23,9 (S)
63,5 (N)
-0 a 3 meses (n=78)
7,55(3,30)
7(5-10)
36,95 (26,28)
28 (14-63)
2,53 (0,57)
3 (2-3)
-4 a 6 meses (n=107)
19,47(6,9)
18(14-24)
30,62 (29,04)
19 (6-51)
2,24 (0,77)
2 (2-3)
-7 a 9 meses (n=97)
36,18(9,07)
34(29-44)
41,46 (30,16)
37 (14-70,50)
2,55 (0,66)
3 (2-3)
47,41(7,60)
50(44-53)
34,20 (25,04)
29 (11-54)
2,42 (0,75)
3 (2-3)
54,94(5,04)
58(53-58)
47,09 (29,17)
68 (13-71)
2,53 (0,77)
3 (2-3)
57,57(1,57)
58(58-58)
65,46 (16,46)
71 (71-71)
2,91 (0,41)
3 (3-3)
37,41(18,88)
43(19-57)
41,81 (28,86)
43 (14-71)
2,51 (0,71)
3 (2-3)
Categorizao
Desempenho(%)
86
87
88
FATORES BIOLGICOS
0 a 18 MESES
GNERO - M (n=291)
- F (n=270)
IDADE GESTACIONAL
- AT (n=441)
- PT (n=120)
1TRIMESTRE
GNERO - M (n=44)
- F (n=34)
IDADE GESTACIONAL
- AT (n=42)
- PT (n=31)
2 TRIMESTRE
GNERO - M (n=54)
- F (n=53)
IDADE GESTACIONAL
- AT (n=49)
- PT (n=56)
3 TRIMESTRE
GNERO - M (n=51)
- F (n=46)
IDADE GESTACIONAL
- AT (n=70)
- PT (n=23)
4 TRIMESTRE
GNERO - M (n=37)
- F (n=58)
IDADE GESTACIONAL
-AT (n=86)
- PT (n=07)
5 TRIMESTRE
GNERO - M (n=61)
- F (n=49)
IDADE GESTACIONAL
- AT (n=105)
- PT (n=03)
Percentil AIMS
Mdia (DP)
Mediana (p25-p75)
Categorizao AIMS
Mdia (DP)
Mediana (p25-p75)
34,81(24,01; 32 (18,50-57)
33,81 (25,88); 29 (8-55,50)
2,44(0,78; 3 (2-3)
2,63 (0,75); 3(3-3)
6TRIMESTRE
GNERO - M (n=44)
65,05 (16,81); 71 (71-71)
- F (n=30)
66,07 (16,19); 71 (71-71)
IDADE GESTACIONAL
- AT (n=0)
-- PT (n=71)
65,23(16,76); 71 (71-71)
-- = Procedimento no adequado para varivel considerada.
89
FATORES
BIOLGICOS
SEGUNDO
TRIMESTRES
0 a 18 MESES
PESO (kg)
COMPRIMENTO ( cm)
TEMPO UTI (dias)
IDADE GESTACIONAL
- a termo
- pr-termo
1 TRIMESTRE
TIPO DE PARTO normal
- cesria
3 TRIMESTRE
TEMPO UTI (dias)
4 TRIMESTRE
TEMPO UTI (n=3)
IDADE GESTACIONAL
- a termo
- pr-termo
6 TRIMESTRE
PESO (kg)
PERMETRO CEFLICO( cm)
Fatores X
Categorizao
Chi (p<0,05)
Eta (Eta2)
Fatores x Percentil
Correlao Pearson
(r) Spearman (rho)
Eta (Eta2)
2,79 (0,83)
46,77 (4,14)
26,34 (28,76)
2,96 (2,22-3,38)
48 (45-49)
17 (6-36,25)
0,893 (eta2=0,797)**
0,358 (eta2=0,128)
0,771(eta2 =0,594)**
---
---
7,773 (p=0,018)*
0,09 (eta2=0,008)
--
2 (1-2)
12,16 (p<0,001) *
0,413 (eta2=0,169)
23,89 (30,90)
11,50 (6,75-30)
0,562 (eta2=0,31) **
r= - 0,151; 0,54
42 (15,10)
40 (28-58)
0,803 (eta2=0,64)**
r= - 0,838**; p=0,36
7,88 (p=0,019)*
0,003 (eta2<0,0001)
X
X
r= - 0,552 **;p=0,017*
r= - 0,342**; p= 0,17
3,24 (0,40)
34,59 (1,06)
3,18 (3,02-3,43)
35 (34-35)
r= 0,13; p=0,038 *
r=0,12; p=0,05 *
r= - 0,213; p=0,049*
* = Significncia; ** = Correlao moderada (0,30 a 0,60) a forte (acima de 0,60); X = varivel constante; -- = Procedimento no adequado
para varivel considerada
90
FATORES SCIOAMBIENTAIS
0 a 6 meses (n=31)
FATORES
X
CATEGORIGAO
Chi (p<0,05) Kendall (p<0,05)
- Escolaridade pai
10,37 (0,013)*
- Escolaridade me
4,89 (0,45)
- Renda
7,86 (0,07)
- N brinquedos M.Fina
-- N brinquedos M.Ampla
--
Eta (eta 2)
FATORES
X
PERCENTIL
Eta (eta 2)
Correlao de
Peason (p<0,05)
0,567**(0,001)*
0,519 (0,269)
-0,332** (0,05)*
-0,409(0,167)
0,367** (0,029)*
0,397 (0,157)
--0,730 (0,53)**
--0,766 (0,586)**
--
---0,225 (0,22)
0,163(0,382)
6 a 12 meses (n=90)
- N adultos na casa
12,96 (0,05)*
-0,054 (0,63)
0,242 (0,058)
-- N crianas na casa
19,40 (0,008)* -0,323** (0,002)*
0,5 (0,25)
-- Escolaridade me
11,97 (0,18)
0,396**(0,001)*
0,45 (0,20)
-- Renda
21,56 (0,004)*
0,27(0,013)*
0,431 (0,185)
-- Tempo no colo
26,21 (<0,001)* -0,352** (0,002)*
0,459 (0,21)
-- N brinquedos M.Fina
--0,715 (0,51)**
-- N brinquedos M.Ampla
--0,516 (0,266)
--
-----0,424** (0,002)*
0,30** (0,036)*
12 a 18 meses (n=91)
- Tempo creche
10,55 (0,065)
- N Cmodos
11,19 (0,26)
- Escolaridade pai
7,48 (0,48)
- Brinca outras crianas
11,64 (0,008)*
- N brinquedos M.Fima
-- N brinquedos M.Ampla
--
-0,258 (0,007)*
0,46** (0,68)
0,272 (0,01)*
0,220 (0,07)
---
0,4 (0,16)
-0,16 (0,025)
-0,356 (0,126)
--0,359(0,128)
0,843 (0,710)**
-0,734 (0,538)**
--
----0,120 (0,391)
0,188 (0,177)
* = Significncia; ** = Correlao moderada (0,30 a 0,60) a forte (acima de 0,60); -- = Procedimento no adequado para varivel
considerada.
Os
fatores
que
demonstraram
influncia
significativa
(p<0,05)
sobre
desenvolvimento motor das crianas avaliadas com idade entre 0 e 6 meses foram:
escolaridade paterna e materna, renda, nmero de brinquedos de motricidade fina e ampla.
Sendo que as trs variveis de maior correlao foram a escolaridade paterna (r=0,57;
p=0,001), brinquedos de motricidade fina (eta2=0,53) e brinquedos de motricidade ampla
(eta2=0,586), destacando-se a escolaridade paterna que obteve resultado significativo tambm
no teste de associao (Chi=10,37; p=0,013). Vrios outros fatores esto correlacionados com
os critrios de desempenho motor, porm tratam-se de uma interaes fracas que pode ter
ocorrido ao acaso (p>0,05) (tabela 4).
Ao considerar os valores percentlicos foram detectadas apenas correlaes fracas
entre os fatores de risco scio-ambientais e a variao desses valores. Na faixa etria seguinte,
6 a 12 meses de idade, um maior nmero de interaes entre o desempenho motor e as os
fatores scio-ambientais foram detectadas. O teste qui-quadrado de Pearson demonstrou que
as categorias de desempenho motor da AIMS esto associao significativamente: (1) ao
91
DISCUSSO
13
92
4,6,9,14,15,16
.A
determinao destes atrasos parece ser multifatorial, fator observado no presente estudo,
sendo que o acmulo de fatores de risco potencializaram os comportamentos motores
inadequados
4,6,17,18
93
24
25
, considerando que a
24
. A
94
(1998), assim como demais estudos da literatura, ressaltam a grande influncia do grau de
instruo dos pais est diretamente relacionado ao melhor desempenho motor de crianas
4,6,17
. A formao mais elevada dos pais, reflete em cuidados adequados com a criana, uma
vez que aumenta-se o acesso s informaes vinculadas aos servios de educao e sade,
alm de uma melhor compreenso a respeito. Alm disso, sugere-se que a criana recebe
maior nmero de oportunidades prticas motoras diversificadas, alm da maior exposio a
brinquedos adequados a idade.
Outro fator significativo foi a renda familiar mensal, que demonstrou estar diretamente
correlacionado com o desenvolvimento motor no 1 semestre (k=0,367; p=0,029) e no 2
(Chi=21,56; p=0,001) (k=0,27; p=0,013). Halpern (2000) mostrou que crianas de famlias
de menor renda possuem probabilidade maior (50%) de apresentar suspeita de atraso motor,
confirmado em pesquisa subseqente do mesmo autor em 2004. Demais estudos tem
ressaltado que quanto menor a renda familiar, maior a vulnerabilidade infantil a desordens
motoras
2,4,6,8,9
26
. A
19,27
95
indicam que quanto maior o tempo carregada no colo, mais significativos sero os atrasos
motores (k= - 0,352; p=0,002 ] Chi=26,21; p<0,001). Prticas maternas so determinantes
para as aquisies motoras das crianas, sendo que quanto maior a exposio a diferentes
experincias, mais rpidas se daro as mudanas no seu desenvolvimento
28,29
. Assim, a
famlia pode ser considerada como um fator que pode facilitar ou dificultar as aquisies
comportamentais ao longo do desenvolvimento da criana, intervindo de forma a amenizar ou
potencializar os efeitos e complicaes orgnicas e/ou ambientais, quando existentes 5,30,31,32.
Embora a associao encontrada entre o desenvolvimento motor e o tempo que
freqenta creche tenha sido fraca, destaca-se que esta foi significativamente inversa, o que
chama a ateno a qualidade dos cuidados oferecidos as crianas, principalmente nos
primeiros anos de vida, sob pena de restringir suas aquisies motoras 33. Estudos evidenciam
desvantagens nos comportamentos motores de crianas que freqentam creches, referindo
como causa, a limitao de experincias sensrio motoras, a falta de oportunidades de
explorao do ambiente e de interao com demais crianas 14,15,26,34,35. Almeida, et.al (2006)
ressalta que os cuidados s crianas em creches esto direcionados ao assistencialismo bsico,
como higiene e alimentao e pouca importncia dada as experincias proporcionadas as
crianas, acabando por limitar seu desenvolvimento.
Cada vez mais a literatura distingue os fatores de risco em orgnicos/biolgicos e
ambientais/sociais 3,5, sugerindo que o impacto dos fatores de risco biolgicos e sociais pode
manifestar-se com intensidade variada, em diferentes etapas do desenvolvimento 3. Isso pode
ser observado nos resultados deste estudo, ao considerar a anlise por faixa etria, onde foi
verificada a interao do desempenho motor com diferentes fatores biolgicos e scioambientais dependendo da faixa etria de anlise. Embora estes autores relatem que fatores
biolgicos interferem principalmente no desenvolvimento adequado no primeiro ano de vida,
enquanto que a influncia dos scio-ambientais tornam-se mais evidente com o passar do 2
ano de vida 3, isso no foi observado nos resultados desse estudo, onde desde os primeiros
meses de vida, os fatores scio-ambientais demonstraram relao com o desempenho das
crianas, tanto quanto, ou mais que alguns fatores biolgicos.
Cabe ressaltar, que a populao de baixa renda geralmente acumula diferentes fatores
de risco (scio-ambientais e biolgicos), o que aumenta sua vulnerabilidade a desordens
motoras e dificulta a anlise de qual destes prejudica, em maior escala, as mudanas motoras
na criana, j que pode existir uma colinearidade entre esses fatores 4,6,17. Assim, acredita-se
na ao recproca de fatores biolgicos, inseridos no contexto e dependentes da tarefa, sendo
96
CONCLUSO
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CONSIDERAES FINAIS
100
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qualidade dos cuidados que a criana recebe fundamental, tendo principalmente a famlia
como fator que pode influenciar positiva ou negativamente o desenvolvimento da criana,
intervindo de forma a amenizar ou potencializar os efeitos e complicaes orgnicas e/ou
ambientais, quando existentes. Por isso, a pesquisa do processo de desenvolvimento motor e
seus possveis fatores de influncia possibilita a elaborao de programas de interveno
motora nvel de Sade Coletiva, podendo
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113
APNDICE A
Nome:
Sexo:
Data de Nascimento:
Idade Gestacional:
Prematuridade:
Tipo de Parto:
Permetro Ceflico:
Peso:
Comprimento:
Apgar:
114
APENDICE B
________________________________________________
Assinatura do Responsvel
115
APNDICE C
Nome:
Idade:
Responsvel:
Idade Cronolgica:
Idade Corrigida:
SUBTOTAL
PRONO
SUPINO
SENTADO
EM P
ESCORE TOTAL:
PERCENTIL:
116
APNDICE D
Posio
Sustentao
De
Peso
Descrio
Rastejar
recproco
- Movimentos
- Peso em MS e MI
recprocos de MsSs e opostos
MsIs com rotao de
tronco
Ajoelhado
em quatro
apoios
(2)
- Quadris alinhados
- Peso nas mos e
abaixo da pelva
joelhos
- Retificao da coluna
lombar
Movimentos
Antigravitrios
Postura
- Flexo de um quadril e
extenso do outro
- Flexo dos MsSs
-Cabea a 90
- Rotao de tronco
- MsIs flexionados,
quadris alinhados sob a
pelve
- Retificao da coluna
lombar
SUPINO
Representao
Da
Posturas
Posio
Descrio
Sustentao
De
Peso
Postura
Movimentos
Antigravitrios
Deitado em
decbito
dorsal
-supino(1)
Rolar de
supino para
prono sem
rotao
- Flexo fisiolgica
- Rotao de cabea: Mo
na boca
- Movimentos primrios
de MsSs e MsIs
- Endireitamento lateral da
cabea
- Tronco se move em bloco
- Peso na face,
ao lado da
cabea e tronco
- Cabea rotada
para um lado
- Flexo fisiolgica
- Rotao da cabea
- Mos na boca
- Movimentos primrios de
MsSs e MsIs
- Peso de um
lado do corpo
- Cabea elevada
- Alongamento de
tronco no lado da
sustentao de peso
- Ombros alinhados
com a pelve
- Endireitamento lateral da
cabea
- Rolar iniciado pela cabea,
ombros ou quadris
- Tronco se move em bloco
SEDESTAO
Representao
Das
Posturas
Posio
Descrio
Sustentao
De
Peso
Postura
Movimentos
Antigravitrios
Sentar com
sustentao
- Eleva e mantm a
cabea brevemente na
linha mdia
- Flexo de quadril
- Flexo de tronco
- Eleva e mantm
brevemente a cabea na
linha mdia
- Extenso da coluna
cervical superior
Puxado para
sentar
- Retrao de queixo:
cabea alinhada ou em
frente ao corpo
- MsSs flexionados
- Quadris e joelhos
flexionados
- Ps podem estar fora
da superfcie
- Retrao de queixo:cabea
alinhada ou em frente ao
corpo
- Pode auxiliar movimento
com msculos abdominais e
flexores de MsSs
117
ORTOSTASE
Representao
Das
Posturas
Posio
Descrio
Sustentao
De Peso
Postura
Movimentos
Antigravitrios
Ficar em p
sozinho
- Fica em p
sozinho
momentaneamente
- Reaes de
equilbrio nos ps
- Peso nos ps
- Aduo de escpulas
- Lordose lombar
- Quadris abduzidos e
rotados externamente
- Fica em p sozinho
momentaneamente
- Reaes de equilbrio nos ps
Ficar em p a
partir da
posio
quadrpede
- Empurra-se
rapidamente com
as mos para
assumir posio de
ortostase
- Mos e ps
- Assume a ortostase
independentemente
- Empurra-se rapidamente com
as mos para elevar-se a
ortostase sem apoio
118
ANEXO 1
Caracterizao da criana
Nome da criana:
( )M
( )F
Data de nascimento:
peso ao nascer:
Freqenta creche?
H quanto tempo?
( ) nunca
( ) h menos que 6 meses
( ) entre 6 -12 meses
Etnia: ( ) branco
( ) negro
( ) hispnico
( ) asitico
( ) ndio
Caracterizao familiar
- quantos adultos vivem no domiclio? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ou mais
- quantas crianas vivem no domiclio? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ou mais
- quantos cmodos tm o domiclio (exceto o banheiro)? ( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5 ou mais
- h quanto tempo seu filho vive nesta casa? ( ) menos de 6 meses
( ) entre 6 e 12 meses ( ) mais de 12 meses
- qual o grau de instruo do pai? ( ) ensino fundamental
( ) ensino mdio
( ) ensino superior
( ) ps-graduao
( ) mestrado
( ) doutorado
- qual o grau de instruo da me? ( ) ensino fundamental
( ) ensino mdio
( ) ensino superior
( ) ps-graduao
( ) mestrado
( ) doutorado
- qual a renda mensal familiar? ( ) 1 salrio mnimo
R$ 480,00 (2008)
( ) 2 salrios mnimos
( ) 3 salrios mnimos
( ) 4 salrios mnimos
( ) 5 salrios mnimos ou mais
INSTRUES
Leia cuidadosamente cada questo e responda SIM ou NO
I.Espao fsico no domiclio
1. no seu domiclio h uma ampla rea externa para que seu filho possa brincar ou mover-se livremente?
(quintal, jardim)
Se voc respondeu SIM, continue na prxima questo
Se voc respondeu NO, v para a questo 10
Na rea externa h:
2. mais que um tipo de terreno? (grama, terra, concreto, madeira, areia)
3. uma ou mais superfcies inclinadas? (degraus, rampas)
4. algum objeto para que seu filho possa agarrar-se e dependurar-se?
5. algum objeto para que seu filho possa puxar-se e levantar-se?
6. algum objeto para que seu filho possa agarrar-se e escorregar (pelo menos trs degraus)?
7. alguma escada? (mais de 2 degraus)
8. alguma superfcie elevada que seu filho possa utilizar para trepar, descer e saltar? (deve ter, pelo menos, 20cm
de altura)
9. algum playground? (rea especfica para as crianas brincarem)
Dentro do domiclio h:
10. espao suficiente para seu filho brincar ou deslocar-se livremente?
119
11. cho com diferentes tipos de superfcie? (carpete, madeira, azulejo, cortia)
12. superfcies onde seu filho possa cair com segurana? (carpete, estofado)
13. alguma moblia onde seu filho possa agarrar e dependurar-se com segurana?
14. alguma moblia onde seu filho possa puxar e levantar-se?
15. alguma moblia que permita que seu filho possa se puxar enquanto fique dependurado?
16. alguma escada? (dois ou mais degraus)
17. algum objeto onde seu filho possa trepar, descer e saltar? (sof, cadeira, mesa pequena)
18. algum objeto com superfcie elevada (de, no mnimo, 20cm de altura) para que seu filho possa saltar?
19. um lugar s para brincar? (sala, quarto)
20. um mvel onde os brinquedos so guardados (ba, gavetas, prateleiras) que a criana tenha fcil acesso, e
possa escolher quando e com o que quer brincar?
II. Atividades dirias em casa
Estas questes referem-se somente ao tempo em que seu filho est em casa
21. seu filho brinca com outras crianas?
22. seu marido/sua esposa tem um momento dirio destinado a brincar com seu filho?
23. outros adultos, alm dos pais, brincam com seu filho?
24. quando seu filho est brincando, ele escolhe sozinho os brinquedos ou o tipo de brincadeira que quer fazer?
25. seu filho veste roupas confortveis que permitem a movimentao e explorao do ambiente?
26. seu filho anda descalo em casa?
27. voc estimula seu filho a alcanar e agarrar objetos?
28. voc procura usar brincadeiras, movimentos ou jogos que ensinem a seu filho reconhecer as diferentes partes
do corpo?
29. voc ensina a seu filho movimentos ou palavras de aes como pra, corre, anda, engatinha?
No dia-a-dia, como voc descreveria a quantidade de tempo que seu filho gasta em cada uma das situaes
abaixo?
quase nunca
pouco tempo
muito tempo
quase sempre
30. carregado no colo
31. sentado (cadeira,carrinho, automvel, sof)
32. em p (no andador, apoiado no sof, na cadeira)
33. no chiqueirinho
34. no bero ou na cama (enquanto acordado)
35. limitado a um espao especfico no cho
36. livre para se movimentar em qualquer lugar da casa
37. como voc avalia a iluminao dentro da sua casa?
( ) muito escura
( ) escura
( ) clara
( ) muito clara
38. como voc considera o espao dentro da sua casa?
( ) muito pequeno
( ) pequeno
( ) razovel, moderado ( ) grande, amplo
III Brinquedos da casa
Para cada grupo de brinquedos apresentados abaixo, marque a quantidade de brinquedos iguais ou semelhantes
que seu filho tem em casa
1. Bichinhos de pelcia
120
3. Fantoches e marionetes
121
122
123
ANEXO 2