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EXTRUSO
CONTEUDO
EXTRUSO METLICA
Conformao Mecnica
EXTRUSO
A extruso, como um processo industrial, foi criada por volta de 1800, na Inglaterra,
durante a Revoluo Industrial, quando aquele pas era o principal inovador
tecnolgico do mundo. A inveno, pioneira, era uma prensa hidrulica para extruso
de tubos de chumbo.
Uma importante revoluo no processo ocorreu na Alemanha, por volta de 1890,
quando a primeira prensa de extruso horizontal foi construda para extrudar metais
com ponto de fuso mais alto do que o do chumbo. A caracterstica que possibilitou
essa inovao
foi o uso de um disco na ponta do mbolo de extruso (dummy block, ou
falso pisto), que o separava do tarugo,
resguardando-o do calor excessivo.
Comumente, entre esse falso pisto e o metal a ser
extrudado, se interpe um pedao de material
suplementar (geralmente grafite) para forar a
passagem de todo o material atravs da matriz e
evitar resduo de metal no extrudado.
Conformao Mecnica
A extruso , ento, um processo de compresso indireta, que pode ser
realizado a quente ou a frio, no qual um metal forado a fluir atravs de uma
matriz aberta, de modo a produzir barras, tubos ou os mais variados perfis, ou
seja, produtos com seo transversal idntica em todo o seu comprimento.
GENERALIDADES
Embora existam vrias maneiras de realizar o processo, ele pode ser
comparado ao efeito de se apertar um tubo de creme dental.
O esforo de compresso exercido por meio de um mbolo que
empurra o metal contra uma matriz que possui um orifcio com a forma do perfil
que se deseja fabricar. A tenso aplicada, portanto, tem que superar em muito a
tenso de escoamento do metal, para permitir um fluxo regular e contnuo de
produto atravs da matriz. O comprimento do produto extrudado limitado, no
entanto, pela diferena entre os volumes do tarugo e do refugo que sobra no
container.
Geralmente so extrudadas ligas no-ferrosas (Al, Mg, Cu),
por causa das baixas resistncias ao escoamento e das baixas temperaturas de
extruso, embora tambm possam ser extrudados alguns aos comuns e
inoxidveis. Deve-se ter cuidado com estes materiais de maior resistncia e
pontos de fuso mais elevados, porque eles podem se soldar parede do
container, inconveniente que somente pode ser evitado com a preveno do
contato direto metal-metal. Novos tipos de lubrificantes, ativos em temperaturas e
presses elevadas, tm permitido extrudar tais materiais.
Conformao Mecnica
EXTRUSO - CONCEITOS
um processo de conformao plstica indireta que consiste em fazer
passar um tarugo ou lingote (seo circular), colocado dentro de um recipiente
(cmara), pela abertura existente no meio de uma ferramenta (matriz), colocada
na extremidade do recipiente, por meio da ao de compresso de um pisto
pneumtico ou hidrulico.
EXTRUSO - CONCEITOS
EXTRUSO INDIRETA
Indireta movimentao da
matriz
Embolo oco
dificuldades podem limitar
a aplicao
Menor atrito
Esforo necessrio a
deformao menor
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EXTRUSO A FRIO
Vantagens e desvantagens
EXTRUSO A FRIO
EXTRUSO A FRIO
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MATERIAIS E CARACTERSTICAS
Ao baixo carbono 0,20%C
Fcil extruso a frio
Peas tpicas:
Invlucro de velas de ignio
Capas de mancais e juntas esfricas
Pinos de pisto
Porcas de rodas
Retentores de molas de vlvulas
Ao mdio e alto carbono
Estrutura adequada a extruso tratamento trmico de
esferoidizao
Peas tpicas por extruso a frio
Apoios de suspenso dianteira
Porcas
Eixos de motores e geradores
Forquilhas de junta universal
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MATERIAIS E CARACTERSTICAS
Ao liga
Tratamento trmico tempera, cementao,
etc.
Difcil extruso a frio maior carga de
deformao
Tratamento de esferoidizao necessrio
Peas tpicas:
Buchas, pistes, eixos
Parafusos, pinos, porcas, roletes, etc.
Roscas sem fim, mecanismos de direo
AISI 8640
Composio - 0,40%C; 0,80%Mn;
0,55%Ni;0,50%Cr; 0,20%Mo
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MATERIAIS E CARACTERSTICAS
Outros materiais
Ao Inoxidvel
Ligas de alumnio
Ligas de cobre
Ligas de chumbo
Ligas de magnsio (extruso a frio por impacto)
Aspectos Importantes:
Projeto da ferramenta
Peas e as matrizes solicitao e esforos de compresso, evitar
esforos de trao ou combinados preveno de fratura
Deformao do metal
Modo uniforme, gradual
Extruso dianteira espessura base necessariamente maior ou
igual a espessura da parede
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Relao de extruso R
A0 rea inicial
Af rea final
Presso de extruso - P
Presso de extruso
linearmente proporcional ao
logaritmo natural da relao
de extruso R
Tenso uniaxial de
deformao - c na
temperatura e na velocidade
de deformao usual para as
condies de extruso.
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Fora de Extruso
=
= fora necessria de extruso
= Tenso de escoamento
= rea da seo transversal inicial
= rea da seo transversal final
ln
Produtos Extrudados
DESVANTAGENS:
DIMENSES
DO PRODUTO
TEMPERATURA
DE TRABALHO
CLASSIFICAO
EXTRUSO A QUENTE
grandes redues de seo numa s etapa
engloba a maioria dos processos para obter produtos longos
semi-acabados (barras) e acabados (perfis e tubos)
EXTRUSO A FRIO
pequenas redues de seo em vrios estgios
obteno de peas de preciso
PROCESSO SEMI-CONTNUO
produtos longos, cujo comprimento limitado pelo volume
do tarugo que cabe no container
em quase todos os casos, o longo perfil extrudado cortado
em pequenos comprimentos
PROCESSO DISCRETO
uma pea simples produzida em cada ciclo de extruso
(a extruso por impacto um exemplo de processo discreto)
EXTRUSO A QUENTE
Linhas gerais para um projeto adequado so mostradas na figura
abaixo. Destacam-se: procurar simetria da seo transversal, evitar
cantos vivos e mudanas extremas nas dimenses dentro da seo
transversal.
EXTRUSO A QUENTE
Lubrificao
Lubrificao importante na extruso a quente. O vidro excelente
lubrificante para ao, ao inox, metais e ligas para altas temperaturas.
Uma pastilha de vidro colocada na entrada da matriz. A pastilha atua
como um reservatrio de vidro fundido, que lubrifica a interface da matriz
durante a extruso. Vidro pulverizado sobre o tarugo reduz a frico da
interface cmara-tarugo.
EXTRUSO A QUENTE
Lubrificao
Para metais com tendncia a aderir parede da matriz, pode-se usar
um revestimento fino de metal macio e de baixa resistncia, como cobre
ou ao doce. O procedimento denominado jaquetamento ou
enlatamento.
Alm de formar um superfcie de baixa frico o tarugo fica protegido
contra contaminao do ambiente, e vice-versa no caso de material
txico ou radioativo.
Conformao Mecnica
Perfis de produtos extrudados a quente
Perfis de cobre e suas ligas
Perfis de
alumnio
www.cecil.com.br/index.htm
EXTRUSO
Conformao Mecnica
www.aec.org/cyberg/process.html
Conformao Mecnica
EQUIPAMENTOS DE EXTRUSO
prensas hidrulicas (horizontais para extruso a quente e
verticais para extruso a frio) com capacidade de 1000 a 8000 T
ao contnua, por acionamento hidro-pneumtico ou oleodinmico
A prensa de extruso , essencialmente, um conjunto cilindro-pisto hidrulico,
onde o cilindro necessita constante alimentao de lquido sob presso para movimentar o
pisto. A alimentao do cilindro pode se dar com o auxlio de uma bomba hidrulica, que
mantm a velocidade do pisto no nvel necessrio para a extruso, ou com o emprego de
uma acumulador de presso. No primeiro caso, temos o chamado acionamento
oleodinmico e, no segundo caso, o acionamento hidro-pneumtico.
Na Ref. 2, tratando deste assunto, Ettore Bresciani faz uma ampla descrio de
uma mquina de extruso e de seus componentes, citando o trabalho de mestrado de F. A.
C. Nery, Desenvolvimento de uma Mquina Extrusora de Laboratrio para Fios de Metais
No-Ferrosos, realizado na dcada de 1980 na Unicamp, que fornece maiores detalhes.
Equipamentos auxiliares:
sistemas de corte de barras
sistemas de retrocesso do pisto
fornos para aquecimento de tarugos
(indutivos para maior rapidez e uniformidade de aquecimento)
controle da atmosfera de aquecimento
Serra ou
guilhotina
Sistema de rotao
do mandril
Mandril
Cabeote mvelRecipiente
Estrutura
posterior
Matriz
FERRAMENTAS DE EXTRUSO
Extruso a quente
Extruso a frio
EXTRUSO A QUENTE
Projeto de matrizes
EQUIPAMENTOS DE EXTRUSO
EQUIPAMENTOS DE EXTRUSO
Perfis ocos
MATRIZ DE EXTRUSO
Caractersticas recomendadas:
1. Metais tenazes cobre, ligas de cobre-nquel e nquel-cobre
Extruso de dimetros de 25 mm
Cobre raios de 2 a 5 mm
Liga cobre nvel raios 4 a 8 mm
Liga de nquel-cobre raios 10 a 15 mm
2. Alumnio e suas ligas
Raios 1 a 2 mm, prximo a canto vivo
Pequena parte cilndrica
Grande ngulo de sada, facilitar a movimentao do extrudado
Matriz com revestimento de cromo evitar a adeso comum nos
alumnios
3. Parte cilndrica comprimento entre 5 a 12 mm para dimetros de 25 mm
Maior extenso parte cilndrica
Elevada resistncia e vida da ferramenta
Restringe o fluxo de metal
DEFEITOS DE EXTRUSO
Extruso a quente
defeitos causados por modos de escoamento
incorretos (intruso), por defeitos e impurezas na
matria-prima ou pela escolha inadequada da
temperatura e velocidade de extruso
Extruso a frio
defeitos causados por geometria inadequada das
matrizes ou pela lubrificao insuficiente (chevron),
ou pela deformao excessiva na extruso (trincas)
EXTRUSO
DEFEITOS EM PRODUTOS EXTRUDADOS:
Devidos a defeitos nas ferramentas (desgaste, desvios de forma)
Devidos a irregularidades na matria-prima (desvios de forma,
textura irregular, vazios internos, incluses, fissuras)
Trinca superficial ocorre quando a temperatura e a velocidade
so altas
Cachimbo/vazio ocorre quando oxidos/material so arrastados
para o centro do tarugo, como num funil, devido a fluxo com zona
morta
Fraturas chevron internas
Bibliografia
Bsica Padro
CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia Mecnica. 2 ed. : McGraw-Hill, 1986
Bsica Unidade
DINIZ, Anselmo; MARCONDES, Francisco (orgs.); COPPINI, Nivaldo
(orgs.) et al. Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 5 ed. So Paulo:
Artliber, 2006.
FERRARESI, D. Fundamentos da Usinagem dos Metais.1 Edio. So
Paulo: EDGARD BLCHER LTDA., 2006
Complementar
http://www.joinville.ifsc.edu.br/~marcos.soares/Tecnologia%20de%20fabrica
%C3%A7%C3%A3o/EXTRUS%C3%83O%20MET%C3%81LICA.ppt,
acessado em 13/08/2014
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