Atividade de Literatura 7 Ano
Atividade de Literatura 7 Ano
Atividade de Literatura 7 Ano
O que fbula? De acordo com La Fontaine so histrias infantis, primeira vista, mas sua
infantilidade encobre verdades importantes. As fbulas devem ser encaradas como algo que vai
muito alm do entretenimento infantil.
A fbula do Lobo e o Cordeiro denuncia a ao brutal dos tiranos. Quem no consegue identificar
alguns tiranos deste sculo na pele do Lobo? Abaixo apresentamos a mesma histria, em duas
tradues:
1. Traduo de Antnio 2. Traduo do Baro
Incio de Mesquita
de Paranapiacaba, do
Neves, da fbula de
original de La Fontaine.
Fedro (1884).
O LOBO E O CORDEIRO
O LOBO E O
Na lmpida corrente de
CORDEIRO1
um ribeiro
fcil oprimir o Mata a sede um
inocente cordeiro.
Por sede ardente
Chega um lobo em
impelidos
jejum que a
fome
O feroz Lobo e o
atia,
Cordeiro
A farejar carnia.
Tinham vindo saciar-se Ousas turvar-me as
Na corrente de um
guas, malcriado?
ribeiro:
(Uiva o lobo irritado).
gua arriba aquele
Rogo, senhor, a Vossa
estava,
Majestade,
Longe abaixo este
E com toda a
ficava.
humildade,
Sbito, as fauces
Que no se zangue
inchando,
com seu pobre servo;
O quadrpede voraz
Pois, respeitoso,
Busca de rixa um
observo
pretexto
Que embaixo e no
E assim prorrompe
declive estou bebendo,
falaz:
E a gua vem
Por que turvas
descendo.
revolvendo
Turvas (retruca o
Estgua que estou
brbaro animal):
bebendo?
Demais, falaste mal,
Contesta o manso
H seis meses, de
cordeiro:
mim.
Como, Lobo, ser
No verdade;
assim,
Conto s trs de idade;
Se a clara linfa que
No tinha inda
sorvo
nascido.
Corre de ti para mim? Pois ento
Desta verdade a
Falou um teu irmo.
evidncia,
No o tenho.
Susta do bruto a
Foi um dos teus
inclemncia.
parentes,
H seis meses
Que me tm entre
murmuraste
dentes;
De mim, replica o
E eu vingo-me de vs
insofrido.
ces e pastores,
No pode ser,
Que sois to
porque ainda
faladores.
Eu no havia nascido. Disse, e sobre o
Que importa!? Se s cordeiro se despenha
inocente,
E o conduz para a
Foi teu pai o
brenha,
maldizente2
Onde o come do mato
E cerval, inexorvel,
no recesso,
Sem que a inocncia
Sem forma de
lhe importe,
processo
Lacera-o, t dar-lhe a Quando a razo do
morte.
mais forte predomina
Nesta fbula o retrato Esta fbula ensina.
Se exibe dos
prepotentes
Que com frvolos
pretextos
Oprimem os inocentes.
Notas de
esclarecimento:
1. Esta fbula nos
remete ao governo de
Tibrio,
imperador
romano,
durante
o
qual
reinaram
a
injustia, a violncia e
a
crueldade.
A
desordem
e
a
dissoluo
dos
costumes eram to
grandes que nem a
mais clara inocncia
era respeitada. Tibrio
condenava
todo
cidado romano por
ser rico e, assim,
confiscava-lhe os bens
em proveito prprio.
Aos que no eram
ricos,
qualquer
pretexto servia para
prend-los.
2. O
costume
de
condenar os filhos por
causa dos defeitos,
erros, vcios e crimes
dos pais a maior das
injustias
humanas.
Nada h mais inquo
do que fazer que
algum seja herdeiro
do dio paterno.
Senhor Professor, os textos acima podem ser usados em qualquer turma do Ensino Fundamental (6a.
a 9a. srie) e Mdio. Vai depender do nvel da turma e do tipo de atividade usado. Como se trata de
dois textos, sempre divida a turma em dois grandes grupos. Abaixo sugerimos algumas:
Atividade 1 Leitura silenciosa. Esta bsica para todos os nveis e deve ser utilizada como
introduo para as atividades seguintes.
Objetivo desta atividade:
1. treino da leitura silenciosa
2. entendimento da mensagem do texto
3. ler textos de escritores brasileiros
4. acostumar os alunos leitura, como uma atividade prazerosa.
Tempo de execuo previsto: 60 minutos
Execuo da atividade:
a) divida a turma em dois grandes grupos e cada grande grupo, em pequenos grupos de 3 a 5 alunos.
Defina qual o texto que cada grande grupo vai estudar. Lembre-se de que a mesma histria, mas
contada com palavras diferentes por seus tradutores.
b) Distribua o texto para todos os alunos, que devem fazer uma leitura silenciosa. No permita
nenhum barulho ou conversa durante esse perodo. A leitura deve ser realmente silenciosa. s vezes
alguns alunos lem baixinho e isto no conveniente por dois motivos: atrapalha a concentrao do
colega ao lado e do prprio aluno que no consegue ler apenas com os olhos e a mente.
c) Aps a leitura silenciosa, cada grupo deve ter em mos um pequeno dicionrio de portugus. O
momento agora de procura do significado das palavras que os alunos no conhecem. Cada membro
do grupo deve identificar as palavras que no conhece e escrev-las no caderno. Aps isso, o grupo
faz um levantamento das palavras e passa a procur-las no dicionrio. Naturalmente que esse
levantamento feito para que no se perca tempo procurando a mesma palavra vrias vezes. s
vezes, um dos alunos sabe o significado e informa ao outro que no sabe, e se houver dvidas, o
dicionrio deve ser consultado.
d) Ainda dentro do grupo, os alunos devem definir qual a lio que o texto ensina. Devem escolher
um colega para apresentar ao grande grupo o que entenderam.
ATIVIDADE 2 Leitura em voz alta. Esta atividade necessita de preparao prvia por parte dos
alunos e do professor.
Objetivo desta atividade:
1. Treino da pronncia correta das palavras em portugus.
2. Treino da emisso correta das frases, de acordo com a pontuao existente.
3. Ajuda aos alunos com dificuldade de falar em pblico.
Tempo de execuo: 60 minutos. O tempo previsto para as fases 1 e 2 no esto computadas neste
tempo de 60 minutos.
Execuo da atividade:
FASE 1 O professor, em dia anterior, deve ler os textos em voz alta, para a turma, fazendo todas as
inflexes de voz que os textos indicam, de acordo com a pontuao existente no texto. Isto servir de
modelo aos alunos que faro esta leitura posteriormente.
FASE 2 Divida a turma em dois grupos e defina qual o texto que cada grupo ir estudar. Cada
membro do grupo ter uma misso especfica: treinar a leitura em voz alta do texto que lhe foi
destinado.
Esses alunos devem reunir-se para praticar a leitura, juntos, de preferncia fora do horrio das aulas.
O professor pode indicar isso como tarefa para casa, pois eles devero fazer esta leitura,
posteriormente, diante da turma e do professor. O grupo tambm pode pedir orientao de outras
pessoas como os pais e amigos, nesse perodo de treino.
FASE 3 Em dia previamente determinado, o professor deve sortear um membro de cada grupo, o
qual far a leitura do texto, diante da turma, como foi especificado.
FASE 4 Ao final, os membros do grupo oposto (que funcionaro como avaliadores) devero fazer
uma avaliao da apresentao feita, tendo como parmetro de critrio os objetivos 1 e 2 da
atividade.
Observao: O sorteio do aluno que vai representar cada grupo prefervel, pois assim, cada aluno
dever se preparar bem, pois no sabe quem ser o sorteado. O objetivo que os alunos alcancem os
objetivos 1 e 2 desta atividade.
ATIVIDADE 3 Estudo de potica: poesia, versificao, ritmo, metrificao, estrofe, som, rima.
Observao: esta atividade deve ser precedida da explicao terica dos elementos poticos.
Indicamos como base de leitura e pesquisa a obra de:
. HNIO TAVARES. Teoria Literria. Villa Rica Editora Reunidas Ltda. Belo Horizonte, 1991.
. EVANILDO BECHARA. Moderna Gramtica Portuguesa. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2009.
Objetivos desta atividade:
1 identificao dos elementos que compem a parte material da poesia; tipos de verso, slaba
potica, metrificao usada, tipos de estrofe, etc.
ATIVIDADE 4 Estudo de Sintaxe: ordem direta e inversa das frases. Identificao dos termos da
orao para colocao das palavras na ordem direta.
Objetivos da atividade:
1 identificar no texto, as frases que aparecem na ordem inversa dos termos da orao;
2 identificar as oraes e seus termos e coloc-las na ordem direta;
3 fazer uma interpretao do texto, indiretamente, a partir da anlise sinttica das oraes que o
compem.
Esta uma atividade que pode ser iniciada em sala de aula e continuada como tarefa para casa.
ATIVIDADE 5 Redao. Escrever a histria, contada em versos, em prosa.
Objetivo da atividade: