Apostila de Novos Convertidos para Batismo

PARTE 1
Ensino sobre a Salvao
O QUE DEVO FAZER PARA ME SALVAR?

Por quase 2.000 anos, as pessoas tm feito uma pergunta crucial: "O que
devo fazer para me salvar?" (Atos 16:30). Respondendo a esta pergunta, vrias
respostas tm sido dadas. Os lderes e professores de religio sempre discordam
em suas respostas para esta questo bsica. Se ns temos alguma esperana de
uma vida eterna, essencial que encontremos a resposta de Deus.
Quase todos os estudantes da Bblia concordam que ela fala de vrias
coisas que esto envolvidas com a salvao. Quando ns lemos a Bblia,
aprendemos a importncia de:
- O Evangelho
- Cristo
- F
- Confisso
- Arrependimento
- Batismo
- Perseverana
Todas essas coisas so importantes. Mas, so necessrias todas elas? Neste

ponto, existe muita discrdia entre os professores de religio. Alguns ensinam que
devemos ser batizados mesmo sendo incapazes de crer e confessar. Outros dizem
que devemos crer e confessar, mas que o batismo no necessrio. Alguns dizem
que devemos superar nossas tentaes fielmente depois que nossos pecados do
passado foram perdoados, enquanto outros dizem que um Cristo no pode se
perder, mesmo que a pessoa volte para o pecado. Outros ainda dizem que a
mensagem do Evangelho de Cristo somente uma das vrias maneiras para se
salvar. As doutrinas humanas so terrivelmente confusas.
Apostila de novos convertidos para Batismo

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Quando ns finalmente estivermos diante de Deus, no seremos julgados
pelas recomendaes de igrejas ou professores humanos. Seremos julgados pelas
palavras de Jesus, as quais esto reveladas para ns no Novo Testamento (Joo
12:48-50). Devemos nos voltar para as pginas do Novo Testamento para
descobrir se podemos omitir qualquer um dos itens acima mencionados, e ainda
permanecermos salvos. Por favor, pegue sua Bblia e leia as passagens
mencionadas nas pginas seguintes. Lembre-se, a sua salvao eterna depende
de encontrar a resposta de Deus para essa pergunta to importante.
SALVAO SEM O EVANGELHO?

Muitos de ns se dizem ser cristos e salvos da escravido do pecado. Mas,
como podemos saber se estamos salvos? Alguns dizem que esto salvos porque a
sua igreja ou lderes religiosos assim o dizem. Outros simplesmente se sentem
salvos. Outros ainda, afirmam ter "encontrado Deus" da maneira deles.
O amplo leque de respostas poderia continuar indefinidamente,
especialmente num mundo religioso onde um tema to simples (como a salvao)
encoberto por confuso e desentendimento. A nica maneira de podermos
entrar em acordo uns com os outros, e principalmente, ter plena certeza dentro
de ns mesmos, achar e aceitar a resposta de Deus. Ns s podemos saber se
estamos salvos quando tivermos obedecido o plano de Deus para nossa salvao.
O plano e a certeza da salvao vm somente atravs do evangelho de Jesus
Cristo, as boas novas que nos mostram o caminho para a redeno.
Paulo disse: "Pois no me envergonho do evangelho, porque o poder de
Deus para a salvao de todo aquele que cr, primeiro do judeu e tambm do
grego" (Romanos 1:16). Ele continua atravs da carta a mostrar que os caminhos
e os sentimentos dos homens no so verdadeiros guias para a salvao. Nada
pode tirar o papel do evangelho no plano de Deus para a nossa salvao!
Reconhecendo que o evangelho essencial para a nossa salvao exige que
ns o estudemos. Revelando a sua vontade para ns no Novo Testamento, Deus
nos deu "todas as cousas que conduzem vida e piedade" (2 Pedro 1:3). Ele nos
avisou dos perigos de aceitar ou proclamar quaisquer novos ou diferentes

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"evangelhos" (Glatas 1:6-9). Deus revelou a sua vontade e enfatizou a sua
importncia. Compete a ns aprender e obedec-la.
Nossos sentimentos no nos do confiana segura da salvao. Paulo
perseguiu violentamente o povo de Deus (Atos 22:4,5), entretanto, ele afirma que
tinha agido "com toda a boa conscincia" (Atos 23:1). Ele sentiu que estava
fazendo a coisa certa. Ele era zeloso diante de Deus. Mas ele estava errado! Ns
podemos pensar que estamos certos e demonstrar grande zelo e, no entanto,
estar condenados diante de Deus. Nossos sentimentos no so o padro com o
qual medimos nossa condio diante de Deus.
As doutrinas dos professores humanos no nos fornecem a direo certa
para a salvao. Os homens esto constantemente inventando e revisando seus
planos para a redeno, conduzindo as pessoas para seguirem centenas de
diferentes caminhos, todos os quais supostamente, se dirigem para o mesmo
lugar. No acredite nisso! O evangelho nunca nos diz que podemos seguir
caminhos diferentes que levam ao mesmo lugar. Ao contrrio, ele diz que
podemos chegar ao Pai somente atravs do Filho (Joo 14:6). Jesus disse que
seremos julgados pelas suas palavras (Joo 12:48-49), no pelas doutrinas
convenientes aos homens.
Para nos beneficiarmos do poder do evangelho, devemos seguir suas
instrues. Devemos crer na mensagem que "Jesus o Cristo, o Filho de Deus"
(Joo 20:31). Devemos agir com base nesta f, nos arrependendo dos nossos
pecados e sendo batizados para a remisso deles (Atos 2:38). Qualquer um que
nos oferecer um plano diferente est tentando nos oferecer salvao sem o
evangelho!
SALVAO SEM CRISTO?

Pessoas de todas geraes e sociedades parecem determinadas a criar seus
prprios esquemas de salvao. Alguns negam Deus, e, portanto, no admitem o
pecado nem a necessidade de resgate divino. Muitos outros aceitam a ideia de
que um Ser superior deve intervir, entretanto, fortemente divergem na
identificao deste "salvador". At alguns que se dizem Cristos expressam uma

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atitude "estou bem, voc est bem" quanto a outros que totalmente rejeitam
Jesus Cristo. Poderemos ser salvos sem Cristo?
A Bblia responde com um inequvoco NO! Jesus indispensvel no plano
de Deus para a salvao. Quando esteve diante do sumo sacerdote em Jerusalm,
Pedro ousadamente disse que Jesus o nico caminho de salvao: "E no h
salvao em nenhum outro; porque abaixo do cu no existe nenhum outro nome,
dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12).
Profecias do Salvador
O Velho Testamento contm muitas profecias sobre Jesus Cristo, muitas das
quais destacam seu desempenho como Salvador. Entre as mais famosas destas
profecias est Isaas 53:11-12, escrita mais ou menos 700 anos antes do
nascimento de Jesus. Falando do ponto de vista de Deus sobre seu servo sofredor,
Isaas escreveu: "Com o seu conhecimento, justificar a muitos, porque as
iniquidades deles levar sobre si. . . . contudo levou sobre si o pecado de muitos e
pelos transgressores intercedeu". Antigas profecias tambm predisseram que
alguns rejeitariam Jesus enquanto tentariam obter salvao sem ele (Salmos
118:22; Atos 4:11; 1 Pedro 2:4-10).
Presena do Salvador
Joo Batista apresentou Jesus como "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo" (Joo 1:29). Esta foi uma introduo certa ao trabalho de Jesus na
pregao das boas novas da salvao. Em vrias ocasies, ele exerceu o seu
poder para perdoar pecados, ressaltando que a sua cura era espiritual, e no
meramente fsica. Jesus abertamente afirmou sua importncia no plano de Deus:
"Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ningum vem ao Pai seno por mim"
(Joo 14:6).
Poder do Salvador
Entretanto o papel de Jesus como o Salvador no terminou quando ele
deixou esta terra. Jesus foi exaltado para dominar como Rei sobre todos
(Apocalipse 17:14), possuindo todo o poder ou autoridade (Mateus 28:18-20). "E,
tendo sido aperfeioado, tornou-se o Autor da salvao eterna para todos os que
lhe obedecem" (Hebreus 5:9).

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Reconhecendo que Jesus um vivo e ativo Salvador, devemos ser
obedientes a sua palavra. Deus nos lembra do perigo em rejeitar Jesus Cristo, nos
assegurando que Ele punir "os que no obedecem ao evangelho de nosso
Senhor Jesus" (2 Tessalonicenses 1:8).
Devemos aceitar Jesus como nosso Salvador de acordo com suas condies.
SALVAO SEM F?
A necessidade da f em Cristo reconhecida por muitas das chamadas
"religies crists". Entretanto, surpreendentemente como possa parecer, muitas
pessoas que afirmam ser seguidores de Cristo na realidade pensam que no
necessrio crer em Jesus para ser salvo! O que que a Bblia diz?
Joo 8:24: Palavras de Jesus com Respeito a F
"Por isso, eu vos disse que morrereis nos vossos pecados; porque, se no crerdes
que EU SOU, morrereis nos vossos pecados" (Joo 8:24)
Uma das mais claras afirmativas neste assunto foi dita pelo prprio Jesus,
como est registrado em Joo 8:24. Jesus disse que as pessoas morreriam em
seus pecados se no cressem nele. Ele deixa bem claro que a crena
absolutamente essencial para receber a salvao. No se pode ser salvo sem f.
Uma linguagem similar foi usada em Joo 8:58 para descrever a existncia
eterna de Cristo. Ali Jesus disse: "antes que Abrao existisse, EU SOU". Em tais
versculos, Jesus fala de si mesmo nos mesmos termos que Deus usou para
responder a pergunta de Moiss com respeito ao seu nome. Deus mandou que
Moiss dissesse: "EU SOU me enviou a vs" (xodo 3:14).
A afirmativa de Jesus em Joo 8:24 no requer meramente f nele em
sentido vago, mas exige f em Algum que no deste mundo, Algum que
eterno, Algum que divino por natureza. Devemos crer na Divindade de Jesus ou
morreremos em nossos pecados.
Erro Humano: Salvao dos Recm-nascidos
Entretanto, alguns negam a necessidade da f, oferecendo planos para a
salvao de crianas pequenas e de recm-nascidos. Considerando que crianas
so incapazes de crer, elas no podem cumprir esta exigncia para a salvao. O
erro fundamental est na doutrina de que crianas esto perdidas. A doutrina
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errada do pecado herdado dos pais leva a um abuso maior da vontade de Deus,
inventando planos humanos para salvar pessoas que no esto perdidas (veja
Ezequiel 18:4,20; Mateus 19:13-14).
Erro Humano: Negar a Divindade de Cristo
Outros afirmam serem seguidores de Cristo enquanto negam sua divindade.
Eles podem at aceitar Jesus como um bom homem ou mesmo como "um deus",
mas eles no admitem que ele verdadeiramente divino. Tais pessoas no tm a
f demonstrada pelo duvidoso Tom, que confessou Jesus como "Senhor meu e
Deus meu" (Joo 20:28). Esses incrdulos rejeitam as palavras de Jesus: "Se no
crerdes que EU SOU morrereis nos vossos pecados" (Joo 8:24).
A F Essencial
Muitas outras passagens atestam a necessidade da f (Hebreus 11:6;
Romanos 10:10-17; Marcos 16:15-16; etc.), mas nenhuma demonstra mais
claramente do que a simples afirmativa de Jesus em Joo 8:24. Isto tem que ficar
bem claro, que no haver salvao sem f.
SALVAO SEM CONFISSO?
Suponho que todos os que reconhecem o poder de Jesus para salvar

admitem a necessidade de crer nele. Mas pode algum ser salvo meramente com
base numa f particular e silenciosa? Romanos 10:9-10 provavelmente a
passagem mais familiar que mostra a necessidade da confisso para ser salvo.
Paulo diz ali: "Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu
corao, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, sers salvo. Porque
com o corao se cr para justia e com a boca se confessa a respeito da
salvao". Se algum deseja ser salvo sentir vontade de confessar que:
1. Jesus Senhor
Reconhecer que Jesus o Senhor exige submisso sua autoridade.

Devemos deixar de lado nossas prprias ideias, autoridades e tradies humanas.
Devemos abertamente aceitar a autoridade de Jesus Cristo. Desde os tempos do

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Novo Testamento at os dias de hoje, Deus tem exigido que todas as pessoas se
voltem para o Senhor (Atos 9:35; 11:21).
2. Jesus o Cristo
Joo escreveu para convencer as pessoas que Jesus o Cristo (o Ungido)

para que elas possam ter a bno da vida em seu nome (Joo 20:31). Um etope
ficou convencido deste fato atravs da pregao de Filipe (Atos 8:36-38).
Reconhecendo Jesus como sendo o Ungido aceit-lo como Profeta, Sacerdote e
Rei.
3. Jesus Est Ressuscitado
A f que confessada, a f num Senhor vivo, que pode mostrar o caminho

da salvao. Portanto a ressurreio tem sido um tema constante na pregao do
evangelho, considerando-se que ela a base onde a nossa f tem que ser
edificada (Atos 2:24-36; 1 Corntios 15).
O Lugar da Confisso no Plano de Deus para a Salvao
Compreendendo que a confisso da f em Jesus essencial para a salvao,

importante reconhecer o seu lugar no plano de Deus para a salvao. Vejamos:
(1) S a confisso no salva. Enquanto a confisso essencial para a

salvao, nossas aes no param por aqui. Arrependimento tambm
necessrio (Lucas 13:3,5), e nossos pecados no sero lavados at que sejamos
batizados para remisso deles (Atos 22:16; 2:38).
(2) Esta confisso o resultado natural da f. Se algum verdadeiramente

cr em Jesus Cristo como Senhor e Salvador ressurgido, natural que se confesse
essa f (Atos 8:36-38).
(3) Essa confisso deve continuar pela vida inteira. Os discpulos de Cristo
continuaro a confessar sua f mesmo diante das ameaas de morte (considere
Apocalipse 2:10).
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Voc est confessando Jesus para a salvao?
SALVAO SEM ARREPENDIMENTO?
Numa sociedade que engole o esquema fantasioso "fique rico rpido", no

nada surpreendente que muitos procuraro ter ganho espiritual sem realmente
modificar suas vidas. No entanto a ideia de arrependimento exige mudana, e a
Bblia nos mostra que no poderemos ser salvos sem o arrependimento.
Arrependimento exigido para a Reconciliao
As pessoas esto separadas de Deus pelo pecado (Isaas 59:1-2). Paulo

mostra claramente que todos pecaram e, portanto, merecem a consequncia da
morte: eterna separao de Deus (Romanos 3:23; 6:23). Nestas condies, os
homens devem procurar se reconciliar com Deus. Usando exemplos de pessoas
que foram punidas nesta vida, Jesus disse que outros tambm seriam destrudos:
". . . se no vos arrependerdes, todos igualmente perecereis" (Lucas 13:3,5). Ele
no poderia mais claramente ter-nos informado que o arrependimento essencial
para a salvao.
Arrependimento Requer Volta
Com uma definio simples, dizemos ento que o arrependimento uma

mudana de atitude. Na linguagem do Novo Testamento, a palavra se refere a
algum que muda de atitude, desiste do pecado e se volta para Deus.
Arrependimento , em suma, a atitude de algum que desiste de pecar.
Arrependimento Resulta em Reviso
Enquanto arrependimento em si mesmo uma mudana de atitude, ele

tambm exige uma mudana na conduta da pessoa. Joo Batista instruiu as

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pessoas com, "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Mateus 3:8). Uma
pessoa que realmente mudou de atitude com respeito ao pecado manifestar
essa mudana em suas aes. Jesus falou das diferenas entre as boas e as ms
pessoas, e disse ". . . pelos seus frutos os conhecereis" (Mateus 7:20).
Uma pessoa que realmente se arrependeu do pecado no vai continuar a

andar de acordo com a carne. As obras da carne sero substitudas pelo fruto do
Esprito na pessoa que saiu do pecado para servir a Deus (Glatas 5:19-26).
Resultados do Arrependimento
Arrependimento uma parte essencial do que Deus exige para nossa

salvao. Sem arrependimento, ningum ser salvo do pecado e suas terrveis
consequncias. Entretanto, como verdade para todos os outros itens do plano, o
arrependimento por si s no salva. Se uma pessoa se desviou do pecado sem
realmente crer em Jesus Cristo, ela no o obedeceu completamente. Algum que
se desviou do pecado, mas no batizado para o perdo destes mesmos pecados
tambm negligenciou uma parte vital do plano de Deus para a salvao (repare
na relao do arrependimento e batismo em Atos 2:38). Enquanto algum no
pode ser salvo somente pelo arrependimento, ningum pode ter as riquezas
espirituais sem o arrependimento.
SALVAO SEM BATISMO?
O papel do batismo no plano de Deus para a nossa salvao um dos mais

discutidos e menos compreendidos assuntos bblicos. Vamos procurar as
respostas de Deus para essas nossas questes.
o Batismo Simplesmente um Sinal Externo?
Muitos ensinam que batismo importante, mas no essencial para a

salvao. Essas pessoas geralmente descrevem o batismo como "um sinal
externo de uma graa interna", com o propsito de mostrar para outras pessoas
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que algum foi salvo. Algumas pessoas ensinam que o batismo um privilgio e
um dever, no uma necessidade.
Em contraste, o Novo Testamento mostra o batismo como uma exigncia

para se salvar do pecado. Pedro instruiu milhares de pessoas: "Arrependei-vos, e
cada um de vs seja batizado em nome de Jesus Cristo para remisso dos vossos
pecados" (Atos 2:38). Ananias disse para Paulo: "Levanta-te, recebe o batismo e
lava os teus pecados" (Atos 22:16). Nenhum versculo afirma que o batismo
simplesmente um sinal externo desnecessrio!
Salvao Precede o Batismo?
A doutrina de que o batismo simplesmente um smbolo anda de mos

dadas com a ideia comum de que salvao conseguida antes (e sem) o batismo
nas guas.
Novamente, a Bblia clara. Enquanto vrios mandamentos e exemplos nos

mostram o batismo como uma exigncia para se salvar, no existe nenhum
versculo que diz que a pessoa pode se salvar sem o batismo. Repare na ordem
que esses versculos nos mostram:
Eles podem tentar quanto quiserem, lderes religiosos simplesmente no

podem provar a doutrina popular que a salvao pode ser conseguida sem o
batismo.
O Batismo Necessrio para Entrar em Cristo?
Sabemos que ningum pode ser salvo sem Jesus (Atos 4:12). As pessoas
que amam a Jesus e obedecem sua palavra tm o privilgio de compartilhar com
ele num relacionamento muito especial (Joo 14:23). Como entramos nesta
comunho com Cristo? Paulo destacou duas coisas essncias para entrar em
Cristo: a f e o batismo. Veja as palavras dele em Glatas 3:26-27: "Pois todos vs
sois filhos de Deus mediante a f em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes
batizados em Cristo de Cristo vos revestistes." No batismo, ns entramos em

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Cristo para participar da comunho com ele. O batismo faz parte da resposta
correta autoridade de Jesus. Quando nos batizamos, estamos nos submetendo
autoridade do Pai, do Filho e do Esprito Santo (Mateus 28:19-20).
Se no entrarmos em Cristo, no teremos a vida eterna. A Bblia usa duas

ilustraes impressionantes para mostrar o papel do batismo no reavivamento da
pessoa. A primeira o novo nascimento. "Respondeu Jesus: Em verdade, em
verdade te digo: Quem no nascer da gua e do Esprito no pode entrar no reino
de Deus" (Joo 3:5). O Esprito Santo tem nos revelado o que necessrio para a
salvao, e age para nos transformar. Sem a palavra comunicada pelo Esprito,
no haveria nenhuma esperana da salvao. O Esprito nos mostra o que
preciso para receber a salvao. A figura do novo nascimento na gua e no
Esprito mostra que o batismo o comeo da nova vida. Antes da imerso em
gua, a pessoa est morta no pecado. Aps ao batismo, ela vive.
A segunda ilustrao se encontra em Romanos 6:3-4: "Ou, porventura,

ignorais que todos ns que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na
sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que,
como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glria do Pai, assim tambm
andemos ns em novidade de vida." Neste trecho, Paulo mostra que o batismo
segue o padro da morte, sepultamento e ressurreio de Cristo. Jesus morreu na
cruz. Ns morremos para o pecado. Jesus foi sepultado no sepulcro. Ns somos
sepultados nas guas do batismo. Jesus foi ressuscitado para uma nova vida. Ns,
semelhantemente, somos ressuscitados para uma nova vida. Observe neste
paralelo que a vida vem depois do sepultamento. Antes do batismo, o pecador
est espiritualmente morto. No batismo, o morto est sepultado. Ningum
sepultaria um corpo vivo. A nova vida comea quando ele se levanta das guas
do batismo.
Batismo a nica Exigncia?
Alguns, entretanto, torceram a verdade de que batismo essencial para um

erro extremo, de que o batismo tudo o que necessrio para a salvao. Esta ,
de fato, a ideia central para "batizar" crianas que so incapazes de crer em Jesus
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Cristo. A nfase colocada na ao para excluir a verdadeira obedincia que
Deus exige. Preste ateno novamente na ordem dos eventos em Marcos 16:16 e
Atos 2:38. F e arrependimento devem preceder o batismo para ser aceitvel a
Deus. Somente o batismo no salvar ningum, no entanto ningum ser salvo
sem o batismo!
SALVAO SEM PERSEVERANA?
Enquanto a mensagem do evangelho para todas as pessoas (Romanos

1:16; 16:25-26), a maior parte do Novo Testamento foi escrita para benefcio
principal dos cristos, pessoas que j foram salvas de seus pecados do passado. O
Novo Testamento est cheio de conselhos para ajudar os santos a resistirem aos
ataques de Satans que tentam aprision-los no pecado. Uma das armas mortais
de Satans a doutrina humana da impossibilidade da apostasia, a ideia de que
um filho de Deus no pode pecar e perder a salvao.
Como em todos os outros pontos de controvrsia religiosa, ns devemos

examinar este assunto luz dos ensinamentos da Bblia. O Novo Testamento est
repleto de passagens as quais claramente explicam a necessidade da f que
permanece diante da tentao e perseguio. Vamos enfocar em quatro
passagens que claramente apresentam o fato de que um Cristo tem que
permanecer fiel para alcanar a meta da vida eterna com Deus naquele lar
celestial.
Siga e Viva! (Joo 10:25-30)
Esta afirmativa de Jesus tem sido muitas vezes usada para "provar" que um
Cristo no pode decair da graa. Mas, esta passagem realmente nos mostra que
a nossa salvao depende da nossa contnua e fiel obedincia. Jesus nos d uma
tripla promessa no versculo 28:
(1) Eu dou a vida eterna

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(2) Minhas ovelhas jamais perecero
(3) Ningum as arrebatar da minha mo.
Esta tripla promessa baseada em duas condies (versculo 27):
(1) Minhas ovelhas ouvem a minha voz
(2) E elas me seguem.
As duas condies esto no presente (ao habitual e contnua), mostrando

que desde que as ovelhas continuem a ouvir e obedecer a Cristo, elas no
sero derrotadas. Vamos segui-lo e viver!
Permanea em Liberdade (Glatas 5:1-4)
Escrita principalmente para combater os erros dos "judaizantes" (cristos

que tentavam convencer as pessoas obedecerem a velha lei), a carta aos
glatas nos avisa dos riscos de retornar servido do pecado, abandonando a
liberdade que temos em Cristo.
Tendo claramente mostrado que a salvao conseguida sem a lei, Paulo

anima os santos glatas para ficarem firmes na liberdade. Ele vai em frente para
dizer que o retorno obedincia da lei vai separ-los de Cristo. Querendo apagar
todas as dvidas da possibilidade real da apostasia, Paulo explica mais ainda
dizendo que tais pessoas decaram da graa. Os Cristos devem ser cautelosos
para no se tornarem submissos "de novo, a jugo de escravido", retornando aos
pecados da vida passada.
Persevere para Receber a Promessa (Hebreus 10:19-39; 12:1)
O escritor da carta aos Hebreus se dirigiu aos Cristos (veja 10:19,26,32,35)

e os encorajou a desenvolver a sua f, tomando cuidado para no voltarem ao
pecado. Note as exortaes:
"Guardemos firme a confisso da esperana, sem vacilar" (10:23).

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"Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o
pleno conhecimento da verdade, j no resta sacrifcio pelos pecados; pelo
contrrio, certa expectao horrvel de juzo" (10:26-27).
"No abandoneis, portanto, a vossa confiana" (10:35).
"Ns, porm, no somos dos que retrocedem para a perdio" (10:39).
"Corramos, com perseverana" (12:1).
Firme na Justia (2 Pedro 2:15-22; 3:13-18)
2 Pedro foi escrito principalmente para encorajar os fiis a resistirem aos

desafios e ataques de Satans e seus servos.
Ele primeiro avisou contra os falsos mestres que tentariam atra-los ao

pecado. Esses mesmos mestres deixaram o caminho reto e erraram (2:15). Eles
muitas vezes tentaram "engodam . . . aqueles que estavam prestes a fugir dos
que andam no erro" (2:18).
Aqueles que retornaram ao pecado depois de haverem escapado,

ficaram em piores situaes do que antes de conhecerem o caminho da justia
(2:20-22).
Pedro ento lembra aos santos da recompensa que espera por eles e os
ensina a ter cuidado antes que "descaiais da vossa prpria firmeza; antes, crescei
na graa e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (3:14-18).
Tenhamos Cuidado!
Ns devemos ter muito cuidado, e no permitir que Satans nos engane

com sua doutrina confortante de que no podemos cair. Crer numa doutrina dessa
acalentar uma falsa sensao de segurana a qual nos levar condenao. Em
vez disso, precisamos ser "sbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversrio, anda
em derredor, como leo que ruge procurando algum para devorar" (1 Pedro 5:8).

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Devemos enfrentar o inimigo com o conhecimento de que podemos vencer, e com
a certeza de que "Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da rvore da vida" e
"de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida" (Apocalipse 2:7; 3:5).
O QUE EU DEVO FAZER?
Os ensinamentos da Bblia so claros. triste que tantos professores de

religio desejem mudar estas instrues simples. Algum dia, daremos contas a
Deus pela nossa resposta sua palavra (Joo 12:48-50). Ele no vai nos julgar
pelas doutrinas e tradies de ensinamentos humanos, mas pela revelao da
Bblia.
Como responderemos a ele se no demonstrarmos f suficiente para

obedecer estas instrues? Certamente ningum que realmente ama a Deus
ousar intencionalmente ignorar suas instrues. Se ns o amamos e queremos
honr-lo, prontamente obedeceremos a ele. Somente ento teremos confiana da
nossa salvao (1 Joo 2:3-11).
Se voc deseja auxlio para estudar a Bblia com mais detalhes, ou aplicar
esses ensinamentos sua vida, por favor entre em contato conosco. Nosso nico
desejo honrar a Deus e ajudar outras pessoas a obedec-lo.
PARTE 2
Ensino sobre o Batismo
O BATISMO NAS GUAS
O que o batismo nas guas? Por que o fazemos? Como deve ser
ministrado, quando e para quem?

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Vamos aprender um pouco acerca desta prtica crist
uma ordenana de jesus
O batismo uma ordenana clara de Jesus para todo aquele que nEle cr:
Ide, portanto, fazei discpulos de todas as naes, batizando-as em

nome do Pai, do Filho, e do Esprito Santo (Mateus 28.19)
Selo da f
O batismo deve ser visto como um selo da justia que vem pela f, e
evidentemente deve seguir a f, como determinam as palavras finais de Jesus que
se encontram registradas no evangelho de Marcos:
E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda

criatura. Quem crer e for batizado ser salvo; quem, porm, no crer
ser condenado (Mc 16.15,16).
Esta a razo porque no batizamos e nem tampouco validamos o batismo

de crianas; necessrio crer primeiro e ento se batizar. Obedecemos ao
princpio bblico de consagrar os filhos ao Senhor, mas s os batizamos depois
que puderem crer e professar sua f.
a circunciso do corao
No Velho Testamento, os judeus tinham como selo de sua f a circunciso;

no Novo Testamento a circunciso foi suprimida, sendo vista simbolicamente no
batismo:

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Nele tambm fostes circuncidados, no por intermdio de mos,
mas no despojamento do corpo da carne, que a circunciso de Cristo;
tendo sido sepultados juntamente com ele no batismo, no qual
igualmente fostes ressuscitados pela f no poder de Deus, que o
ressuscitou dentre os mortos (Colossenses 2.11,12)
Hoje, esta circunciso acontece no corao (Rm 2.28,29), e Paulo a

relaciona com o batismo.
O batismo no salva, mas acompanha a salvao
O batismo no salva ningum. Jesus disse que quem crer (e for batizado por
crer) ser salvo e quem no crer ser condenado; note que ele no disse quem
no for batizado ser condenado, mas sim quem no crer.
O batismo segue a f que nos leva salvao, mas ele em si no um meio

de salvao. Que o diga aquele ladro que foi crucificado com Cristo e a quem
Jesus disse que estaria com ele ainda aquele dia no paraso (Lc 23.39 a 43); ele
somente creu e nem pde ser batizado, mas no deixou de ser salvo por isto. O
batismo, portanto, no salva, mas nem por isso deixa de ser importante e
necessrio; aquele ladro no tinha condies de passar pelo batismo, mas
algum que cr deve obedecer ordenana de Cristo e ser batizado, caso
contrrio estar em deliberada desobedincia a Deus, o que poder impedir-lhe
de entrar para a vida eterna.
Podemos dizer que o batismo parte do processo de salvao, mas no que

ele em si salve; o apstolo Pedro escreveu o seguinte acerca do batismo:
no sendo a remoo da imundcia da carne, mas a indagao de

uma boa conscincia para com Deus, por meio de Jesus Cristo (1 Pe
3.21).

P g i n a | 17
uma identificao com cristo
O batismo tem um significado; alm de ser um testemunho pblico da

nossa f em Jesus, ele fala algo. Na verdade o meio atravs do qual externamos
que tipo de f temos depositado em Jesus Cristo.
Quando falamos sobre a f em Jesus, no nos referimos a crer que Ele EXISTE;
mais do que isto! A maioria das pessoas creem que Jesus existe, mas no
entendem o que Ele FEZ. So duas coisas completamente diferentes; o que nos
salva da perdio eterna e da condenao dos pecados a obra de Cristo na cruz
em nosso lugar. Ao morrer na cruz, o Senhor Jesus no morreu porque mereceu
morrer; pelo contrrio, como justo e inocente, Ele nos substituiu, sofrendo o que
ns deveramos sofrer a fim de que recebssemos a salvao de Deus.
H dois elementos bsicos na f que nos salva: identificao e apropriao.

importante entender cada um deles dentro do simbolismo do batismo.
Identificao o aspecto da f que nos faz ver que Jesus assumiu a nossa
posio de pecado, para que assumssemos a posio de justia dEle (2 Co 5.21).
A Bblia declara o seguinte: Porque morrestes, e a vossa vida est oculta
juntamente com Cristo, em Deus (Cl 3.3). Quando Deus nos olha, ou Ele nos v
sozinhos em nossos pecados, ou nos v atravs de Jesus Cristo, que j pagou por
eles.
A f nos coloca com Jesus na cruz, crucificados com Ele; nos coloca no
tmulo, sepultados com Ele; nos coloca ainda nos cus, direita de Deus,
ressuscitados com Cristo! quando nos vemos nEle, entendendo o sacrifcio
vicrio do Filho de Deus, que passamos a ter direito ao que Cristo fez; esta a
hora do segundo passo: apropriao.
Apropriao o aspecto da f que torna meu aquilo que j vi realizado em

Jesus. quando entendemos que no somos salvos pelas obras, mas sim pela
graa, mediante a f e nos apropriamos disto. Paulo escreveu a Timteo e lhe
disse: toma posse da vida eterna (1 Tm 6.12).
P g i n a | 18
O batismo, o nosso testemunho da identificao com Cristo; ele revela no
apenas que eu tenho f, mas que tipo de f eu tenho. Veja o que as Escrituras
dizem:
Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em

Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados
com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos para a glria do Pai, assim tambm andemos ns em
novidade de vida (Romanos 6.3,4).
Quando imergimos algum na gua, estamos simbolicamente declarando

que esta pessoa foi sepultada com Jesus, e ao levantarmos esta pessoa das
guas, estamos reconhecendo que ela j ressuscitou com Cristo para viver uma
nova vida. Portanto, o batismo onde reconhecemos que tipo de f temos; uma
f que se identifica com Cristo e sua obra realizada na cruz.
Quem pode se batizar?
Para quem o batismo? A explicao anterior responde esta indagao:

para todo aquele que se identifica pela f com o sacrifcio de Cristo na cruz.
Depois de ter reconhecido por f a obra de Cristo, quando a pessoa passa a estar
apta para o batismo? Quanto tempo ela tem que ter de vida crist para poder se
batizar?
A Bblia responde com clareza estas questes. Em Atos 8.30 a 39, lemos
acerca do primeiro batismo cristo apresentado em maiores detalhes na Bblia.
Neste texto, temos um modelo para a forma de batismo, e ali vemos que j na
evangelizao o batismo era ensinado aos novos convertidos, o que nos faz saber
que ningum deve demorar para se batizar aps ter feito sua deciso de servir a
Jesus.

P g i n a | 19
Alm disso, vemos tambm qual o critrio para que algum se batize;
quando o etope pergunta: Eis aqui gua, que impede que eu seja batizado? a
resposta de Felipe vem trazendo luz sobre o requisito bsico para o batismo:
lcito, se crs de todo corao (At 8.36,37).
Quando a pessoa foi esclarecida sobre a obra (e no s a pessoa) redentora

de Jesus Cristo, e cr de todo o corao (sem dvida acerca disto), ela est pronta
para ser batizada.
Quando se batiza o novo convertido?
No h data estabelecida, somente os critrios que o recm convertido

deve apresentar. No caso de Filipe e o etope, foi bem rpido!
Como se batiza?
A palavra baptismos no grego significa: imergir; mergulhar; colocar para

dentro de. No curso da histria, por vrias razes, apareceram outras formas de
batismo, como asperso e abluo (banho); entretanto, como o batismo uma
identificao com Cristo em sua morte e ressurreio, e exatamente isto que a
imerso significa, no praticamos outras formas de batismo.
Quando Felipe batizou o etope, eles pararam em um lugar onde havia gua.
A Bblia diz que ambos entraram na gua (At 8.38,39). Certamente aquele eunuco
viajava abastecido com gua potvel; se fosse o caso de praticarem a asperso
havia gua suficiente naquela carruagem para isto, mas batizar imergir! No foi
toa que Joo Batista se utilizou do rio Jordo para batizar. Depois, mudou o local
de batismo para Enom, perto de Salim, e razo para isto descrita pelo apstolo
Joo em seu evangelho: porque havia ali muitas guas (Jo 3.23).

P g i n a | 20
No h lugar especfico para o batismo. Em nosso templo temos um
batistrio, mas tambm batizamos em rios, piscinas, e onde houver gua
suficiente para a imerso
Alm da gua, necessrio algum que ministre o batismo ao novo-convertido,

uma vez que no existe auto-batismo na Bblia. E quem pode batizar? Quem tem
autoridade para isto? S o pastor? No! A ordenana de Jesus clara: Ide,
portanto, fazei discpulos de todas as naes, batizando-as em nome do Pai, do
Filho, e do Esprito Santo(Mt 28.19).
Jesus mandou fazer discpulos e depois batiz-los. A ordem j subentende

que quem faz o discpulo tem autoridade para batiz-lo. Felipe era apenas um
dicono, fazendo o trabalho de evangelista; no era o pastor de igreja nenhuma,
e batizou!
Paulo disse aos corntios que no havia batizado quase ningum entre eles;
entendemos que mesmo se tratando de seus filhos na f, ele provavelmente
tenha passado esta tarefa a outros cooperadores, que no eram pastores.
Em nossa igreja, os pastores conduzem o batismo por uma questo de

ordem, mas no porque s pastores possam batizar. Assim como os pastores
pregam e isto no quer dizer que s eles possam pregar, assim tambm com o
batismo. Num batismo eles podem chamar o lder de clula ou o discipulador da
pessoa para batizar o novo convertido.
Para muitas igrejas, as palavras de Mateus 28.19 (em nome do Pai, do

Filho, e do Esprito Santo) so a frmula a ser seguida no batismo. Vemos nisto
um princpio espiritual, mostrando a Trindade envolvida no batismo, mas a forma
como os apstolos obedeceram esta ordem nos d a entender que eles no viram
nas palavras de Jesus uma frmula a ser repetida. Por quatro vezes, vemos
referncias claras ao nome usado no batismo cristo nas pginas de Atos dos
Apstolos:

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Arrependei-vos, e cada um de vs seja batizado em nome de Jesus
Cristo, para a remisso dos vossos pecados, e recebereis o dom do
Esprito Santo. (Atos 2.38)
Porquanto no havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente

haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus. (Atos 8.16)
E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Ento lhe

pediram que permanecesse com eles alguns dias. (Atos 10.38)
Eles, tendo ouvindo isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.

(Atos 19.5)
Quando Jesus citou o Pai, Filho, e Esprito Santo no batismo, o fez dizendo
que em nome deles se deveria praticar o batismo, e no repetindo sua frase. Pai
no nome, um ttulo que indica uma posio; Filho tambm no nome,
um ttulo que indica uma posio. Qual o nome a qual Jesus estava se referindo
e que representa a Trindade na terra? o Seu prprio nome!
Alguns alegam que batizar s em nome de Jesus negar a Trindade, mas

para os apstolos era sinnimo de obedincia comisso de Cristo. Veja bem,
quando expulsamos demnios, fazemos isto em nome de Jesus (Mc 16.17), mas
no quer dizer que o Pai e o Esprito Santo tenham ficado de fora, pois Jesus disse
que expulsava demnios pelo dedo de Deus (Lc 11.20) e tambm pelo Esprito
Santo (Mt.12.28).
Quando uma pessoa salva, salva pelo nome de Jesus (At 4.12), mas no
quer dizer que o Pai e o Esprito Santo no estejam envolvidos nisto. Da mesma
forma, quando impomos as mos nos enfermos (Mc 16.18), fazemos isto em
nome de Jesus. Quando oramos, fazemos isto em nome de Jesus (Jo 16.23,24).
O NOME DE JESUS representa a trindade na terra; por trs dele esto o Pai,
Filho e Esprito Santo. Quando batizamos em nome de Jesus, estamos batizando
no nome que representa a Trindade.

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Por causa da triunidade de Deus (um s Deus em trs pessoas),
subentende-se uma implicitude da Trindade no nome de Jesus. Da, a ser
unicista (Deus em uma s pessoa) h muita diferena!
PARTE 3
Mantendo a Salvao
O DESEJO DE DEUS DE NOS MANTER SALVOS
"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unignito..." (Joo 3:16). Ele "deseja que todos os homens sejam salvos" (1
Timteo 2:4). Ele retarda tanto a volta de Cristo por pacincia, "no querendo
que nenhum perea, seno que todos cheguem ao arrependimento" (2
Pedro 3:9). Ele assegurou a Israel h muito tempo de que ele no tinha prazer na
morte dos mpios (Ezequiel 18:23,32).
Jesus ainda ensinou que poucos haveriam de encontrar o caminho estreito

que conduz vida e que muitos seguiriam o caminho largo que leva perdio
(Mateus 7:13-14). Apesar de Deus desejar a salvao de suas criaturas, muitos
sero perdidos eternamente. A razo que a salvao dada sob condio. A
vontade de Deus no a nica envolvida. Os seres humanos so criaturas de livre
vontade, e muitos deles recusam a salvao que Deus oferece.
Todas as Escrituras citadas acima para indicar a atitude de Deus para com
os perdidos mencionam a condio para a salvao: ela que "todo o que nele
cr no perea, mas tenha a vida eterna" (Joo 3:16). Os salvos so aqueles
que chegam ao conhecimento da verdade (1 Timteo 2:4). Se queremos evitar a
perdio, temos que chegar ao arrependimento (2 Pedro 3:9). Os maus tm que

P g i n a | 23
se converter de seus caminhos para poder viver (Ezequiel 18:23,32). Quando nos
recusamos a satisfazer as condies da salvao, no podemos ser salvos.
Muitos entendem a natureza condicional da aceitao original de uma

pessoa por Deus, mas pensam que, uma vez que a pessoa foi salva, ela no
poder mais, posteriormente, abandonar a f e se perder. Mas as Escrituras so
claras neste ponto: "manter-se salvo" uma questo condicional tanto quanto
"conseguir ser salvo" de incio.
Paulo escreveu em Efsios 2:8 sobre a salvao recebida pelos filhos de

Deus: "Porque pela graa sois salvos, mediante a f". A salvao pela
graa. Esta a parte de Deus, e ele a providenciou, em abundncia, para a
salvao do homem. Mas a salvao depende da f do homem, ela "mediante
a f". Se uma pessoa no tiver f, ela no ser salva, a despeito das providncias
de Deus.
Muitas pessoas entendem este ponto. Mas temos que entender tambm que
o cuidado de Deus na proteo de seus filhos repousa na mesma base. Pedro
escreveu a respeito da proteo de seu povo por Deus em termos bem paralelos
afirmao de Paulo sobre a salvao: "Sois guardados pelo poder de Deus,
mediante a f, para salvao preparada para revelar-se no ltimo
tempo" (1 Pedro 1:5).
Alguns perguntam se o poder de Deus falhar. Mas esta guarda depende da

f do homem, como do poder de Deus. Ela "pelo poder de Deus" mas tambm
"mediante a f". O poder de Deus no falhar, mas a f do homem pode faltar.
Hebreus 3:12 apenas uma das muitas passagens que avisam o homem da
possibilidade de uma pessoa perder sua f. Ainda aqui, a guarda "mediante a
f", e sem a f, no h guarda.
A pessoa que pode entender que a afirmao de Paulo "...pela graa sois
salvos, mediante a f" condiciona a salvao f do homem assim como
graa de Deus, no teria dificuldade em entender que a afirmao de Pedro "sois

P g i n a | 24
guardados pelo poder de Deus, mediante a f" faz a guarda depender da f
do homem, to bem como do poder de Deus.
Dois erros precisam ser evitados. Uma pessoa que ama o Senhor e est se
esforando para agrad-lo, no precisa ficar temerosa pela sua salvao.
Discpulos de Cristo devem ser capazes de viver com o mesmo esprito triunfante
que possua o apstolo Paulo, o esprito que se regozija, que se gloria, confiante,
que ele manifesta em Romanos (especialmente 5:1-11 e 8:31-39). Se um cristo
fiel est sem este esprito, de algum modo ele deixou de entender a redeno que
est em Cristo. Ele deveria ser capaz de se regozijar e confiar no amor de Deus. O
livro de Romanos o ajudar a conseguir isso. Que bno esse livro ser para sua
vida se o cristo desejar viver com o livro de Romanos at que ele compreenda
sua mensagem!
Mas no podemos ser presunosos sobre a graa de Deus. E quando nos

tornamos descuidados sobre como viver uma vida crist, quando comeamos a
perder aquele desejo intenso de agradar ao Senhor, quando negligenciamos a
orao e as Escrituras, ento no de Romanos que necessitamos, mas de
Hebreus. Precisamos deixar que as duras advertncias deste livro nos sacudam e
nos livrem do esprito presunoso e nos enviem correndo para o trono da graa.
Este livro nos alerta sobre o perigo real, o perigo que precisa ser levado
muito a srio: "Tende cuidado, irmos, jamais acontea haver em qualquer de vs
perverso corao de incredulidade que vos afaste do Deus vivo" (Hebreus 3:12).
Assim tambm Paulo: "Aquele, pois, que pensa estar em p veja que no caia" (1
Corntios 10:12).
E ainda, enquanto tememos ser presunosos, tenhamos confiana no amor

de Deus, confiando em que ". . . Deus por ns . . ." (Romanos 8:31). Ele no est
contra ns, s olhando e esperando para tirar-nos desta vida no momento que
estivermos menos preparados.
Deus no nos tem somente avisado da possibilidade de apostasia. Ele nos

ama e no quer que o esqueamos e nos percamos. Por esta razo, ele
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providenciou todos os meios necessrios para nos unir cada vez mais a ele,
garantindo nossa segurana. Este livreto sobre as providncias de Deus para
nos manter salvos.
A CONGREGAO
Deus no quer que nos percamos. Ele nos alerta para a possibilidade da
apostasia e trabalha para reforar o lao entre ele e ns. Ele providenciou meios
abundantes para nos ligar sempre mais junto a si, garantindo nossa segurana.
Um de tais meios a congregao. Quando Deus nos salva, ele no quer que
cada um de ns permanea independente das outras pessoas salvas perto de
ns. Ele quer reunir-nos em congregaes. Assim, lemos no Novo Testamento a
respeito da "igreja de Deus que est em Corinto" (1 Corntios 1:2), e outros grupos
locais de discpulos. Quando o convertido Saulo de Tarso retornou a Jerusalm
"procurou juntar-se com os discpulos" (Atos 9:26). Este tipo de ao tem a
aprovao de Deus. Ele no quer que nos mantenhamos afastados dos outros
discpulos. Ele quer juntar os discpulos de uma localidade em um grupo.
Algumas pessoas no tm entendido isto. Quando eu falo com pessoas a

respeito de ser "s cristo", sem aderir a nenhuma denominao, eu tenho
frequentemente que explicar que isso no significa que uma pessoa possa ser
somente um cristo sem participar de uma congregao de discpulos. Conheci
uma senhora que foi batizada e nunca mais voltou a outro culto. Ela sabia que
precisava ser batizada. Mas no tinha ideia sobre o que se seguiria ao batismo.
Robert Bunting e Harold Dowdy contam terem batizado um homem que,

depois de ser levantado do sepulcro de gua, exclamou: "Oba! Est bom!", ento,
tornou a mergulhar, nadou para longe e nunca mais foi visto.
Deus um ser de sabedoria e inteligncia. Ele no age sem razo e

propsito. Ele no estabeleceu a congregao sem nenhuma razo. Voc pode,
provavelmente, pensar em muitas razes pelas quais ele planejou a congregao.
P g i n a | 26
Porm destas razes no menor a de que seu povo precisa juntar-se,
partilhando a fora e o entusiasmo uns com os outros, encorajando uns aos
outros.
No este o assunto de versculos como Hebreus 3:13? Depois da

advertncia do perigo de ter "perverso corao de incredulidade que vos afaste
do Deus vivo", um lado positivo mostrado: "Pelo contrrio, exortai-vos
mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum
de vs seja endurecido pelo engano do pecado". No isto o porqu Deus deseja
que fiquemos juntos em vez de cada discpulo levar uma existncia
independente?
H mais em Hebreus 10:24-25. "Consideremo-nos tambm uns aos outros,

para nos estimularmos ao amor e s boas obras". Em vez de abandonar a prtica
de "congregar-nos", Deus quer que nos juntemos de modo que possamos exortar
uns aos outros.
Assim, muitas outras passagens tm o mesmo pensamento: "Consolai-vos,

pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como tambm estais
fazendo.... Exortamo-vos tambm, irmos, a que admoesteis os insubmissos,
consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longnimos para com
todos" (1 Tessalonicenses 5:11,14). De fato, qualquer passagem que nos mande
ensinar, encorajar, fortalecer uns aos outros evidncia da inteno de Deus pela
congregao.
As pessoas tm influncia umas sobre as outras. Pode ser para o mal, como
Paulo alertou quando a presena de negadores da ressurreio, em Corinto,
ameaava virar a mente dos cristos para uma filosofia mundana: "No vos
enganeis: as ms conversaes corrompem os bons costumes" (1 Corntios
15:33). Mas tambm pode ser para o bem, quando os discpulos enfrentam juntos
as influncias debilitantes que eles tm que encarar no mundo, compartilhando a
f e o entusiasmo uns com os outros, encorajando e fortalecendo uns aos outros.

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Talvez voc tenha ouvido a respeito do discpulo que foi exortar um irmo
que havia sado da irmandade. Ele entrou e sentou-se com o irmo negligente em
frente a uma lareira cheia de carves acesos sem dizer nenhuma palavra. Depois
de algum tempo, ele pegou o ferro atiador e separou um dos carves dos outros.
No demorou muito para que o carvo separado perdesse seu brilho e comeasse
a esfriar. O visitante no precisou dizer nenhuma palavra. Sua mensagem estava
dada.
A congregao parte da providncia de Deus para reforar o lao entre ele

e cada um dos seus filhos. Cada discpulo tem a responsabilidade de ser zeloso,
de encorajar os outros, de partilhar sua f, seu otimismo e seu interesse no
trabalho do Senhor com os outros. Podemos ajudar outros e podemos receber
ajuda numa camaradagem como esta. s vezes seremos doadores, outras vezes
seremos os recebedores, e ainda outras vezes seremos ambas as coisas ao
mesmo tempo.
So os pequenos grupos que so capazes de fazer o melhor deste modo,

como quando duas ou trs famlias se renem ocasionalmente, no tanto para se
divertirem juntas quanto para conversarem sobre os interesses espirituais que
elas tm em comum. Nada me fez tanto bem, na cidade de Romulus, Michigan,
como as pequenas reunies trimestrais que eu tinha com os professores de aulas
bblicas. Estas pequenas reunies, nas quais professores interessados e zelosos
conversavam juntos sobre o que eles estavam fazendo nas aulas, no permitiam
que algum ficasse desanimado por muito tempo. Tnhamos que ficar animados
com o trabalho quando testemunhvamos o interesse que os professores tinham
em seus discpulos e a exaltao sentida pelo trabalho deles. Entusiasmo e
otimismo so contagiosos.
meu irmo ou irm, no percamos levianamente tais oportunidades para

que discpulos estejam juntos! Deus nos juntou, e ele o fez por alguma razo.
Fortalecer os laos que temos com ele parte de seu esforo. Seramos ns uma
espcie de ingratos que desprezariam a ddiva de Deus? Certamente que no.

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SERVOS ESPECIAIS
Havendo nos salvado, Deus quer nos manter salvos. Paulo podia expressar
confiana em "que aquele que comeou boa obra em vs h de complet-
la at ao Dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1:6). E ainda ele podia alertar: "No
destruas a obra de Deus por causa da comida" (Romanos 14:20). O trabalho
de Deus em uma pessoa pode ser destrudo. Quando negligenciamos os meios
que Deus providenciou para o reforo dos laos entre ns e ele, seu trabalho em
ns se interrompe. Ele deseja completar seu trabalho e providenciou todos os
meios necessrios para nos unir mais e mais a ele.
Um destes meios a irmandade numa congregao de discpulos. Outro

consiste nos vrios servos especiais com os quais Deus equipou a igreja. Paulo
fala de tais ministros em Efsios 4:11-16s
"E ele designou alguns para apstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de
preparar os santos para a obra do ministrio, para que o corpo de Cristo
seja edificado, at que todos alcancemos a unidade da f e do
conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos maturidade, atingindo a
medida da plenitude de Cristo, para que no sejamos mais crianas,
levados de um lado para o outro pelas ondas, nem jogados para c e
para l por todo vento de doutrina e pela astcia e esperteza de homens
que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresamos em
tudo naquele que a cabea, Cristo, de quem todo o corpo, ajustado e
unido pelo auxlio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em
amor, na medida em que cada parte realiza a sua funo" (do Novo
Testamento, Nova Verso Internacional).
O reino de Cristo no tem senhores, mas apenas um, e este o prprio

Cristo. Cristo proveu sua igreja de servos, no de senhores (Mateus 20:25-28).

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Mas ele proveu todos os servos necessrios para equipar completamente os
santos.
Primeiro ele proveu a igreja de apstolos e profetas. Estes funcionaram

como intermedirios da revelao que agora temos no Novo Testamento. A
natureza desses ofcios foi tal que eles serviram ao seu propsito nos primeiros
dias do cristianismo. No h apstolos e profetas na igreja de hoje. Mas ainda os
apstolos e profetas originais da igreja continuam a funcionar como tais, atravs
da mensagem que eles nos deixaram no Novo Testamento. Assim como Abrao
pde dizer ao homem rico: "Eles tm Moiss e os profetas; ouam-nos"
(Lucas 16:29), ns tambm temos os apstolos e os profetas e podemos ouvir seu
testemunho no Novo Testamento.
Outros destes servos especiais esto presentes nas igrejas de hoje. Temos
evangelistas vivos, os mensageiros que trazem as boas novas de Cristo. Temos,
tambm, pastores e mestres. As duas ltimas palavras mostram dois lados do
mesmo ofcio. (Paulo no diz "e alguns, mestres"). Os presbteros da congregao
so tanto pastores ou supervisores como professores da palavra. Naturalmente,
Cristo tambm proveu professores que no so presbteros.
Todos estes servos especiais foram providos com um propsito: preparar o

povo de Deus para os trabalhos do servio, ou seja, equipar os santos para o
servio. Em outras palavras, a inteno foi que estes servos especiais faam com
que todos os santos sejam ministros. Quando discutimos a distino entre clrigos
e leigos poderamos nos inclinar a dizer que a igreja no tem clero. Talvez
devssemos dizer que ela no tem leigos, pelo menos no tem de acordo com a
inteno divina. Deus quer fazer ministros de todos os seus santos e proveu os
meios de faz-los.
Mas este trabalho de ministrio tem um propsito. Ele visa a edificar o corpo
de Cristo. Paulo volta a repetir este pensamento no versculo 16, quando ele fala
como o corpo se edifica a si mesmo. Aqui h edificao espiritual, e Deus

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pretende que ela seja executada atravs do ministrio dos santos, uns para com
os outros.
A meta definitiva deste trabalho est dita no versculo 13: "At que todos
alcancemos a unidade da f e do conhecimento do Filho de Deus, e
cheguemos maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo"
(NVI). Esta meta de unidade se identifica com a maturidade espiritual. As crianas
tm que crescer para chegar ao amadurecimento e unidade do entendimento.
Quando esta meta for atingida, no seremos mais como crianas, merc de
quaisquer doutrinas que apaream, mas firmes e fortes em Cristo.
No est claro que os ministros especiais, com os quais a igreja est

equipada, so ddivas de Deus para reforar os laos entre Deus e seu povo?
Este ponto pode ser visto especialmente quando o trabalho dos presbteros
considerado. Paulo encarrega os presbteros efsios inclusive do seguinte:
"Atendei por vs e por todo o rebanho sobre o qual o Esprito Santo vos
constituiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a qual ele
comprou com o seu prprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida,
entre vs penetraro lobos vorazes, que no pouparo o rebanho. E que,
dentre vs mesmos, se levantaro homens falando coisas pervertidas
para arrastar os discpulos atrs deles" (Atos 20:28-30).
Ainda: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles;
pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que
faam isto com alegria e no gemendo; porque isto no aproveita a vs
outros" (Hebreus 13:17).
No somente os presbteros, mas de fato todos os ministros especiais que

Deus deu igreja so parte das providncias para nos manter salvos.
Este conceito deveria ter uma influncia poderosa sobre o pensamento

tanto dos servidores como dos servidos. Se voc um destes servos especiais da
igreja, um presbtero, um pregador, um professor, voc precisa lembrar-se
P g i n a | 31
constantemente que voc uma ddiva de Deus igreja, com o propsito de
equipar os santos para o servio. Voc precisa fazer tudo o que puder para ter
alguma coisa a dar igreja. No lhe foi dada uma posio especial s para
alimentar sua vaidade. Voc uma ddiva de Deus igreja, para o bem da igreja.
Este conceito deveria afetar tambm o pensamento dos santos sobre seus
ministros especiais. O propsito de Deus para com voc no pode ser efetivado se
voc no se interessa pelo que os ministros especiais podem prover. Poucos anos
atrs, algumas pessoas estavam murmurando a respeito da "falta de pregadores".
Meus contatos com igrejas me fizeram duvidar se algumas destas igrejas que
estavam pedindo pregadores realmente necessitavam de pregadores e se fariam
o devido uso deles, se os tivessem. Todos os bons professores tm se sentido
frustrados quando muitos daqueles que poderiam ser seus estudantes "no
davam nada" pelo que eles lhes poderiam dar. No sou um presbtero, mas sei
que presbteros devem frequentemente sentir a mesma frustrao quando eles
tm tanta sabedoria, conselho e instruo para dar a pessoas que no as querem.
Deus providenciou meios abundantes para nos manter salvos. Que

qualidade de pessoas somos quando ele oferece-nos uma ddiva e nos queixamos
por ter que aceit-la?
O DIA DO SENHOR E AS REUNIES PBLICAS
Os assuntos que estou discutindo podem ser observados de diferentes

pontos de vista. Estou olhando para eles como meios que Deus nos forneceu para
nos manter salvos.
O prprio dia do Senhor pode ter este efeito. Lucas descreve uma reunio
em Trade: "No primeiro dia da semana, estando ns reunidos com o fim de partir
o po, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os..." (Atos 20:7).
As ordens de Paulo igreja de Corinto eram as mesmas que a sua ordem s
igrejas glatas: "No primeiro dia da semana, cada um de vs ponha de parte, em
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casa, conforme a sua prosperidade, e v juntando, para que se no faam coletas
quando eu for" (1 Corntios 16:2).
Jesus Cristo tinha se levantado dentre os mortos no primeiro dia da semana

(Lucas 24:1,13,21). Se voc consultar um bom livro de referncias, voc ver que
a primeira vez que o primeiro dia da semana mencionado no Novo Testamento
em relao com a ressurreio de Cristo. Mas esse dia mencionado muitas
vezes, sete ou mais, nessa relao. E, sempre depois, o primeiro dia da semana
teria um significado especial nos coraes dos discpulos de Cristo.
Se voc do tipo do "discpulo" que pode ignorar a passagem do domingo,

ento, certamente, meu ponto de vista no ter nenhuma validade para voc.
Mas, se o primeiro dia da semana tem significado especial para voc, ento, um
dia em cada sete ser uma lembrana da conquista da morte por nosso Senhor. A
cada domingo ser outra lembrana da ressurreio de Cristo. Cada primeiro dia
da semana aumentar um pouco mais a fora da ligao entre voc e o Senhor.
Que grande doao Deus fez ao seu povo, ao dar-lhe o dia do Senhor!
As reunies pblicas
Aqui eu me refiro a tais ocasies como as que Paulo descreve: "quando vos
reunis na igreja" (1 Corntios 11:18), "quando . . . vos reunis no mesmo lugar"
(11:20), "quando vos reunis para comer" (11:33), "Se . . . toda a igreja se reunir
no mesmo lugar" (14:23).
Quando considerarmos o que Deus quer que faamos quando nos reunimos,
compreenderemos que estas reunies pblicas so uma grande parte das
providncias de Deus para nos manter salvos. Estou omitindo a ceia do senhor
aqui para poder consider-la mais tarde, como um ponto separado. Mas olhem
para alguns outros aspectos das reunies pblicas.

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Deus quer que o seu povo seja um povo cantante. Mas precisamos olhar as
"passagens cantantes" mais de perto do que quando ns as usamos apenas para
mostrar que Deus quer que cantemos. Considere duas das mais importantes
passagens: "...falando entre vs com salmos, entoando e louvando de corao ao
Senhor com hinos e cnticos espirituais" (Efsios 5:19). "Habite, ricamente, em
vs a palavra de Cristo; instru-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a
sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cnticos espirituais; com
gratido, em vossos coraes" (Colossenses 3:16).
Este cantar aponta em duas direes. Ele aponta verticalmente, em direo

a Deus: "louvando a Deus" (Colossenses 3:16). A ordem das palavras no fim de
Colossenses 3:16 apropriadamente "com gratido, em vossos coraes". Mas
aponta tambm horizontalmente, na direo do homem: "falando entre vs",
"instru-vos e aconselhai-vos mutuamente". Deus quer que demos e recebamos
alguma instruo, algum encorajamento e alguma admoestao de nosso cantar.
Naturalmente no receberemos nada disto se cantarmos como mera rotina. Mas
se ouvirmos as palavras e fizermos que as palavras do canto sejam nossas
palavras, receberemos alguma coisa delas.
A orao receber um tratamento separado, mais tarde. Mas vejam esta

passagem que trata especialmente da orao pblica: "Que farei, pois? Orarei
com o esprito, mas tambm orarei com a mente; cantarei com o esprito, mas
tambm cantarei com a mente. E, se tu bendisseres apenas em esprito, como
dir o indouto o amm depois da tua ao de graas? visto que no entende o
que dizes; porque tu, de fato, ds bem as graas, mas o outro no edificado" (1
Corntios 14:15-17).
Deus quer que aqueles que esto sendo dirigidos em orao saibam o que
est sendo dito. Ele quer que eles realmente participem da orao e que faam
dela a sua orao ao dizer "Amm." Observem que at a orao tem a inteno
de edificar ou fortalecer. Se a nossa mente se distrai e dizemos "Amm" ao que
nem sabemos, este propsito fica anulado. Mas quando ns realmente
participamos, podemos ser edificados.
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Este propsito de edificao est, obviamente, tambm envolvido no ensino
pblico. De fato, a razo porque a profecia era maior dom do que as lnguas (no
interpretadas) era que " ...o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando
e consolando.... o que profetiza edifica a igreja" (1 Corntios 14:3-4). Paulo deixou
abundantemente claro atravs de 1 Corntios 14 que o principal propsito da
reunio pblica a edificao da igreja. Ele resume dizendo: "Seja tudo feito para
edificao" (v. 26). Aqueles que ensinam em pblico deveriam certificar-se de que
tm algo para dar s pessoas algo um pouco mais parecido com arroz e feijo do
que com algodo-doce.
Por muito tempo tem-me parecido que duas atitudes so tomadas em

relao a reunio pblica. Alguns vm essas assembleias como uma questo de
formalidade, uma rotina que Deus quer que enfrentemos. Naturalmente, tais
pessoas no voltaro a uma reunio dominical noite, depois de terem assistido
reunio da manh. Que sentido tem enfrentar a mesma rotina duas vezes no
mesmo dias especialmente desde que Deus no insistiu para que o fizssemos?
Este raciocnio me parece perfeitamente lgico.
O problema que estas pessoas tm um desconhecimento completo das

reunies pblicas. Elas no so mera rotina a se enfrentar. Elas so feitas para
nos dar alguma coisa. Cada parte da reunio pblica destinada a contribuir com
alguma coisa para o fortalecimento dos laos entre ns e Deus. A ceia do Senhor,
o ensinamento, o cantar, a orao, a ddiva, cada uma destas coisas, quando
efetuadas de acordo com a inteno divina, tem algo a acrescentar fora desses
laos. Uma pessoa que entende esse ponto deve querer participar de mais de
uma reunio por semana se houver oportunidade. Ela ir reunio do domingo de
manh para obter algo. Ela voltar s outras reunies para obter mais alguma
coisa...algo que no conseguiu na reunio da manh.
Se, na verdade, como certamente parece ser o caso, as reunies pblicas

so parte das providncias de Deus para nos ligar mais junto a ele, para nos
manter salvos de fato, que tipo de pessoas seremos ns quando negligenciarmos
tais oportunidades ou nos queixarmos a respeito delas? Estaremos nos queixando
P g i n a | 35
do que essencialmente uma ddiva de Deus? Estamos queixando-nos por
termos de aceit-la?
COMEMORAES
A dcima e ltima praga finalmente ps o Fara do Egito de joelhos. Que

terrvel foi esse castigo! Que noite inesquecvel! No meio das trevas noturnas
Jeov desceu sobre o Egito e matou o primognito de cada famlia egpcia e
tambm os primognitos do gado, levantando "grande clamor em toda a terra do
Egito", como nunca houve e nunca mais haver (xodo 11:6).
Mas, enquanto este terrvel castigo feria o Egito, Deus passava por cima de
Israel. De acordo com as instrues de Deus, cada uma das famlias israelitas
matou um cordeiro e ps um pouco do sangue dele nos batentes e nas vergas das
portas de suas casas. Deus havia prometido: "quando eu vir o sangue, passarei
por vs, e no haver entre vs praga destruidora, quando eu ferir a terra do
Egito" (xodo 12:13). O cordeiro deveria ser comido naquela noite, a assim foi
instituda a festa que deveria ser mantida todos os anos, da por diante: "Este dia
vos ser por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR: nas vossas
geraes o celebrareis por estatuto perptuo" (v. 14).
Foi dito aos israelitas que nos tempos futuros os seus filhos haveriam de
perguntar o significado deste servio e eles deveriam explicar: " o sacrifcio da
Pscoa ao Senhor, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito,
quando feriu os egpcios e livrou as nossas casas" (vs. 26-27).
Este foi um tempo que Israel precisava recordar. Foi um grande castigo. Foi
uma maravilhosa libertao. Israel precisava manter sempre vivo na memria o
que Deus havia feito. Para esta finalidade Deus instituiu a festa da pscoa. Ela
seria uma comemorao que deveria relembrar Israel todos os anos da grande
coisa que Deus havia feito.

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Israel no foi fiel em manter esta festa comemorativa (veja 2 Reis 23:21-
23). Sua negligncia neste e em outros assuntos levou ao seu afastamento de
Jeov e sua final destruio. Se ele tivesse sido fiel em manter a Pscoa, ela
teria sido um meio de conservar a memria do que Deus havia feito para unir o
povo a Deus de modo que nunca mais se desgarrasse dele.
Houve outras comemoraes. Quando as guas do Jordo se dividiram e

Israel atravessou o rio a p enxuto, Deus instruiu a nao para assentar doze
pedras em Gilgal, em comemorao desse acontecimento.
"E [Josu] disse aos filhos de Israel: Quando, no futuro, vossos filhos
perguntarem a seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? Fareis saber a
vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordo. Porque o SENHOR,
vosso Deus, fez secar as guas do Jordo diante de vs, at que passsseis: como
o SENHOR vosso Deus, fez ao mar Vermelho, ao qual secou perante ns, at que
passamos. Para que todos os povos da terra conheam que a mo do SENHOR
forte; a fim de que temais ao SENHOR, vosso Deus, todos os dias" (Josu 4:21-24).
Deus queria que seu povo se lembrasse dele. Ele no queria que eles se
destrussem pela apostasia. Ento ele tomou todas as providncias necessrias
para fortalecer os laos entre ele e o povo. As comemoraes foram uma destas
providncias destinadas a ligar o povo a Deus e a mant-los fiis.
Mas temos que nos voltar para considerar a palavra de Deus "no fim destes
dias", com estas instituies do Velho Testamento em apoio de nossas mentes
para preparar-nos para o entendimento do que Deus tem feito por ns.
Deus ama seu povo hoje como amou Israel nos tempos antigos. Ele entende
bem as fraquezas dos homens e a tendncia para a apostasia. Mas ele no quer
que seus filhos se afastem dele. Pela sua grande misericrdia, ele previu nossas
necessidades e atendeu-as pelo fortalecimento dos laos entre ns e ele.
Deus ainda tem suas comemoraes. O primeiro dia da semana parece ter
em si algo deste carter, relembrando-nos, como acontece todas as semanas, da
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ressurreio de nosso Senhor. Mas a grande comemorao de Deus nos dias de
hoje a ceia do Senhor. Em uma festa de comemorao, Jesus instituiu uma nova,
a ceia do Senhor.
Uma passagem de Paulo no deixa dvida quanto inteno do Senhor,

quando ele instituiu esta ceia: "Porque eu recebi do Senhor o que tambm vos
entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi trado, tomou o po; e, tendo
dado graas, o partiu e disse: Isto o meu corpo, que dado por vs; fazei isto
em memria de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou
tambm o clice, dizendo: Este clice a nova aliana no meu sangue; fazei isto,
todas as vezes que o beberdes, em memria de mim. Porque, todas as vezes que
comerdes este po e beberdes o clice, anunciais a morte do Senhor, at que ele
venha" (1 Corntios 11:23-26).
"Fazei isto em memria de mim. . . . fazei isto, todas as vezes que o

beberdes, em memria de mim". Foram estas as palavras que haveriam de
esclarecer os discpulos do Senhor que esta ceia era algo para ser repetido em
outras ocasies, no para ser observado uma noite e nunca mais. A ceia
claramente destinada a manter viva a memria do que Jesus fez por ns. Aqueles
que mantm esta ceia no domingo, como o fizeram os discpulos em Trade (Atos
20:7), tm uma recordao semanal da grande coisa que Jesus fez por ns. O po
nos recorda de seu corpo, dado por ns; a taa, de seu sangue que ele derramou
para a remisso de nossos pecados. Assim, a lembrana do que Jesus fez fixada
nas nossas mentes, um pouco mais firmemente, cada semana que passa. E desde
que esta comemorao toma a forma de algo que comemos e bebemos, uma vez
por semana somos relembrados de nossa participao na ddiva de Cristo,
devemos deixar a mesa cada semana ligados ao Senhor mais fortemente pela
gratido pelo que ele fez por ns.
Naturalmente esta comemorao no reforar os laos entre ns e o

Senhor se for negligenciada, como Israel ignorou suas comemoraes. Nem ela
reforar a lembrana da ddiva de Cristo se ela for tomada descuidadamente ou
se ela se tornar apenas uma formalidade a ser cumprida. No h nenhuma
P g i n a | 38
mgica nos elementos por si ss, que imponham sua ajuda sobre ns sem relao
com nossa atitude mental. Mas quando vemos no po e na taa o corpo e o
sangue de nosso Senhor, e relembramos a ddiva de Cristo com pensamentos
apropriados, ento a inteno do Senhor satisfeita e esta comemorao se torna
um meio de reforar nossos laos com ele, defendendo-nos contra o perigo da
apostasia.
Vista sob esta luz, a ceia do Senhor se torna uma ddiva de Deus para nos
manter salvos. Deveramos nos queixar de ter que receber esta ddiva?
AS ESCRITURAS
Eu escrevi sobre as reunies pblicas e o lugar que o ensino da palavra tem

nestas reunies, como meio de edificao. Talvez mais importante ainda o lugar
que as Escrituras e a orao tm na vida privada devocional do povo de Deus.
Todas estas providncias divinas para ligar o povo de Deus a ele foram
tambm dadas ao povo de Deus do Velho Testamento. Naturalmente, Israel no
teve a ceia do Senhor, mas teve comemoraes. No teve o domingo, mas teve
muitos dias santificados nos quais eles poderiam refletir sobre as coisas de Deus.
H muito para ser aprendido no Velho Testamento sobre o uso que Deus
quer que seu povo faa das Escrituras. Considere a maravilhosa passagem
encontrada em Deuteronmio 6:4-9.
A passagem comea assim: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, o nico

SENHOR. Amars, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu corao, de toda a tua
alma e de toda a tua fora."
O carter da nova aliana tal que a lei de Deus escrita nos coraes de
seu povo (Jeremias 31:31-34). Mas no nos esqueamos que esta era a inteno
P g i n a | 39
de Deus na velha aliana tambm. E assim Moiss continua: "Estas palavras que,
hoje, te ordeno estaro no teu corao". Ainda que para grande parte da nao a
lei nunca foi mais do que um cdigo externo, escrito sobre pedras e pergaminhos,
Deus queria que suas palavras estivessem em seus coraes. As palavras de
Deus tinham que saturar a vida inteira de seu povo. Ouam Moiss: "Tu as
inculcars a teus filhos", "e delas falars assentado em tua casa", "e andando
pelo caminho", "e ao deitar-te, e ao levantar-te". Deus queria que suas palavras
penetrassem em toda a experincia de seu povo.
Moiss conclui: "Tambm as atars como sinal na tua mo, e te sero por
frontal entre os olhos. E as escrevers nos umbrais de tua casa e nas tuas portas".
Para onde quer que eles se voltassem, haveriam de ver as palavras de Deus.
No est claro que Deus tencionava que as Escrituras fossem um meio de

ligar seu povo mais junto a ele e de defend-lo da apostasia? Seria sequer
concebvel que a nao poderia ter se afastado de Deus se suas famlias tivessem
dado s palavras de Deus este lugar em suas vidas? Eu no vejo como jamais
poderia ter sido possvel para a nao esquecer Deus se suas palavras tivessem
sido uma parte mais importante da vida do povo. Precisamos l-las e estud-las.
Precisamos meditar sobre elas e memoriz-las. Precisamos ensinar as palavras de
Deus aos nossos filhos. Precisamos ler as Escrituras com eles. Precisamos falar
sobre as palavras de Deus com eles. Precisamos fazer que as palavras de Deus
sejam importantes para eles. Precisamos fazer com que eles saibam que as
palavras de Deus so importantes para ns.
Eu conheo a esposa de um presbtero que ajudava sua me a estender

roupas para secar quando ainda era bem pequenina. Ela se lembra com prazer de
levantar os prendedores para sua me, que ia pendurando as roupas e falando
com ela a respeito das Escrituras. No teve aquela me uma ideia certa?
Lembro-me de ter sentado em meu escritrio na cidade de Romulus,

Michigan, E.U.A. e de ter falado com um bom amigo a respeito da necessidade de
ler as Escrituras com nossos filhos. Ele e sua esposa comearam a fazer isso

P g i n a | 40
regularmente, diariamente, penso. Pouco tempo depois ficaram surpresos ao ver
o pequeno Robin, com mais ou menos dois anos de idade, comear a falar de
Deus e de Jesus a toda hora. No isto que queremos? No isto que Deus quer?
No levar mais do que uma hora por semana de escola dominical para
desfazer as horas incontveis de influncias destrutivas e hostis f que nossos
filhos esto recebendo das escolas, da televiso e das pessoas da sociedade
pag? Gastar mais tempo brincando com nossos filhos necessrio, porm isso
no far deles cristos. Precisamos ensinar-lhes as Escrituras. E precisamos faz-
lo antes que seja muito tarde. Provrbios 19:18 diz que devemos corrigir nossos
filhos "enquanto h esperana". Enquanto h esperana! Pais, por favor, no
esperem tanto tempo.
O Salmo 1:2 diz que o homem bom: "Antes, o seu prazer est na lei do
SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite". Isto mais do que leitura
ocasional da Bblia. saturao da mente com as palavras de Deus. Pedro diz que
devemos ter a fome pela palavra de Deus que um recm-nascido tem pelo seu
leite (1 Pedro 2:2). Pais, lembram-se daquelas noites sem dormir, quando estavam
aprendendo o significado desta escritura?
Quanto mais eu estudo as diferentes partes da Bblia, mais eu me conveno

de que precisamos nos familiarizar com todas as partes dela. As Escrituras no s
criam a f (Romanos 10:17). Elas tambm sustentam a f durante todas as
provaes da vida.
Em alguns lugares das Escrituras Deus providenciou o auxlio de que

precisamos para cada provao. O livro de J contm o apoio para a f, que til
em mais de uma situao em que os humanos possam estar. Eclesiastes luta com
muitos dos problemas da f que encontramos, e d respostas razoveis que so
satisfatrias, se no para todos, pelo menos para o discpulo que quer uma
soluo razovel para os seus problemas. Estou convencido que em algum lugar
da bblia est a resposta para todos os problemas dos discpulos. Eu tenho tido
muitas ocasies quando algo na Bblia se dirigiu diretamente a minha

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necessidade, e apoiou minha f exatamente no ponto onde ela estava em
provao.
Precisamos da palavra de Deus quando nossa f est em provao. Quanto

mais da palavra de Deus sabemos, mais apoio a nossa f ter quando a crise
chegar. Quando nossa f estiver por um fio, a palavra de Deus ter algo para
aguent-la justamente no ponto em que ela precisa de apoio. Mas se no
conhecermos a palavra de Deus, aquele fio poder se romper.
Naturalmente muitas pessoas morrem com f e vo para o cu sem nunca

terem tido um slido conhecimento da escritura. Pode ser que nossa f nunca
venha a ser provada naquele ponto em particular para o qual o livro de J, ou o
Eclesiastes, ou Habacuque, ou o Salmo 73 destinado a dar apoio. Ainda, quanto
mais conhecermos as Escrituras, tanto mais teis poderemos ser para qualquer
outra pessoa cuja experincia diferente da nossa. Voc no gostaria de ser o
meio de dar apoio f de um amigo ou vizinho, ou irmo ou irm? Ento, estude
sua Bblia.
Sejamos gratos pela maravilhosa misericrdia de Deus, que o levou a prever

as necessidades de seu povo e a providenciar meios abundantes de uni-lo a ele e
evitar a sua separao. Um destes meios as Escrituras. Seramos no somente
muito ingratos, mas tambm, excessivamente tolos se negligenciarmos esta
ddiva.
A ORAO
Muitas das providncias que estou discutindo poderiam ser olhadas de

diferentes pontos de vista. Estou interessado nelas como meios providenciados
por Deus para o fortalecimento de nossa relao com ele e para garantir nossa
segurana contra a apostasia.

P g i n a | 42
um privilgio alto e exaltado do qual somos convidados a participar em
passagens como Filipenses 4:4-7.
"Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez vos digo: alegrai-vos. Seja a vossa
moderao conhecida de todos os homens. Perto est o Senhor. No andeis
ansiosos de coisa alguma; em tudo, porm, sejam conhecidas, diante de Deus, as
vossas peties, pela orao e pela splica, com aes de graa. E a paz de Deus,
que excede todo o entendimento, guardar o vosso corao e a vossa mente em
Cristo Jesus."
Outra passagem assim 1 Pedro 5:6-7. "Humilhai-vos, portanto, sob a

poderosa mo de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lanando
sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vs."
O privilgio da orao talvez comparvel a um convite a entrar na sala do

trono, para uma audincia particular com o rei. Somos convidados a abrir nossos
coraes ao Criador e Soberano do universo e a dar a ele nossos pedidos.
A orao a conversa com Deus. Ele nos fala na escritura, e somos

convidados a falar com ele na orao. Podemos nos dirigir a Deus como uma
pessoa se dirige a outra. Naturalmente, precisamos nos lembrar de quem Deus
e falar com ele com a reverncia que lhe devida. Conta-se que um jovem
comeou uma orao pblica, dizendo: "Ol, Pai". Tal familiaridade no tem nada
a ver com a confiana que podemos ter corretamente diante de Deus. Soa
desrespeitosa. Pelo menos o que me parece.
incrvel que queiramos negligenciar uma relao to elevada e ntima com

nosso Pai. Nesta negligncia no somos como os primeiros discpulos. Depois da
ascenso e antes do Pentecostes foi-nos dito que os apstolos "Todos estes
perseveravam unnimes em orao, com as mulheres, com Maria, me de Jesus,
e com os irmos dele" (Atos 1:14). A igreja de Jerusalm era uma igreja de
oraes. "E perseveravam na doutrina dos apstolos e na comunho, no partir do
po e nas oraes" (Atos 2:42). Quando a perseguio veio, os apstolos se
voltaram para Deus, em orao e "... unnimes, levantaram a voz a Deus..." (Atos
P g i n a | 43
4:23-31). Ele era o seu protetor e no havia mais para onde se voltarem. Tempos
depois Tiago foi morto pela espada e Pedro posto na priso. Lemos que "...mas
havia orao incessante a Deus por parte da Igreja a favor dele" (Atos 12:5).
Depois que Paulo e Silas receberam muitos aoites com varas, encontramo-los na
priso, cerca de meia noite, e "oravam e cantavam louvores a Deus" (Atos 16:25).
Estou impressionado pelo quanto a orao era parte das vidas dos primeiros
cristos. Eles oravam e cantavam como uma expresso natural de sua relao
com o Senhor. No era s uma questo de ritual. Em Mileto, Paulo parou no seu
caminho para Jerusalm e se encontrou com os presbteros da igreja de feso,
onde ele tinha trabalhado laboriosamente por trs anos, servindo o Senhor,
ensinando, admoestando com "lgrimas". Ele disse-lhes que eles no deveriam
esperar rever sua face novamente. Quando ele terminou sua fala, "ajoelhando-se,
orou com todos eles. Ento, houve grande pranto entre todos, e, abraando
afetuosamente a Paulo, o beijavam, entristecidos especialmente pela palavra que
ele dissera: que no mais veriam o seu rosto. E acompanharam-no at ao navio"
(Atos 20:36-38). E no porque eram onze horas da manh de domingo, e hora de
"dizer uma orao". Eles no estavam orando por ser hora de orar, mas porque
eles queriam. A orao era parte natural de uma tal situao.
Na mesma viagem, quando o navio de Paulo aportou em Tiro, ele encontrou

os discpulos e passou uma semana com eles. Lucas escreve: "Passados aqueles
dias, tendo-nos retirado, prosseguimos viagem, acompanhados por todos, cada
um com sua mulher e filhos, at fora da cidade; ajoelhados na praia, oramos. E,
despedindo-nos uns dos outros, ento, embarcamos; e eles voltaram para casa"
(Atos 21:5-6).
Em nosso estudo de Atos, no passemos sobre tais cenas muito

ligeiramente. No h nada aqui a ser "restaurado?" Choremos por ns mesmos
quando tais cenas no forem, como seria natural, uma parte de nossa irmandade
hoje.

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A orao, em tal situao, imensamente diferente de se cumprir uma
formalidade ou rotina. No s uma questo de dizer algumas frases. uma
comunicao real com Deus, comunicao de uma pessoa (ou vrias pessoas)
com outra Pessoa viva, real.
No fim de 1 Tessalonicenses, Paulo enfileira, juntas, uma srie de diferentes

admoestaes. Entre elas, esto estas: "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar.
Em tudo, dai graas, porque esta a vontade de Deus em Cristo Jesus para
convosco" (1 Tessalonicenses 5:16-18).
E assim, meus irmos e irms, oremos. Oremos frequentemente e com

fervor, no apenas dizendo frases, mas conversando com Deus sobre os
problemas que nos tm angustiado. Vamos dar graas a Deus por bnos
especiais e orar a ele sobre situaes especiais e sobre pessoas especiais. Nossas
mentes provavelmente no se distrairo se orarmos sobre coisas especiais, em
vez de fazermos vagos pedidos em geral. Dizer frases que podem ser recitadas
sem pensar provavelmente nos levar a desempenhar uma rotina em vez de uma
orao real.
Oremos, pelo menos brevemente, mesmo nos dias em que no nos

sentirmos dispostos a orar. Tenhamos receio de no faz-lo. Se no orarmos, bem
cedo acharemos fcil passar dias e dias sem orar. Ento, os dias se esticaro em
semanas e as semanas em meses. Quando isto acontecer, nossa relao com
Deus estar suspensa apenas por um fio! Um fio que poder romper-se duma vez.
Esta relao poder no ser fcil de restabelecer. No sejamos frvolos em
questes to srias.
A comunicao diria com Deus pode ser um meio de fortalecer e edificar

nosso relacionamento com Deus, unindo-nos a ele mais firmemente. Todas as
vezes que nos dirigimos a ele em orao real e honesta, podemos enlaar-nos
mais junto a ele. um privilgio que no ousamos negligenciar.

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ENCONTRANDO NOSSO LUGAR
Eu gostaria de sugerir que, simplesmente encontrando o trabalho que

podemos fazer para, ento, faz-lo regularmente, pode ser um meio de reforar
nossas ligaes com Deus.
O povo de Deus deve ter o senso da misso. Os cristos no so do mundo,

onde Deus deixou-os, por enquanto, e onde eles tm uma misso a cumprir. Pedro
a apresenta desta maneira: "Vs, porm, sois raa eleita, sacerdcio real, nao
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro 2:9).
Assim, tambm Paulo: "Fazei tudo sem murmuraes nem contendas; para que
vos torneis irrepreensveis e sinceros, filhos de Deus inculpveis no meio de uma
gerao pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo;
preservando a palavra da vida..." (Filipenses 2:14-16).
Assim, os cristos tm que ter um senso de responsabilidade por suas vidas.

Eles so um povo com uma misso. Temos que colocar-nos no altar, oferecendo
nossos corpos a Deus para o seu servio (Romanos 12:1; veja 6:12-13).
Nas Escrituras, no dada muita nfase ao trabalho de Andr. Mas ele

trouxe seu irmo Pedro para Jesus (Joo 1:40-42). Que grande trabalho! A mulher
samaritana levou muitos a Jesus, para que eles pudessem ouvi-lo diretamente
(Joo 4:27-42). "E todos os dias, no templo e de casa em casa, no cessavam de
ensinar e de pregar Jesus, o Cristo" (Atos 5:42). Quando a igreja de Jerusalm foi
perseguida, os discpulos espalhados pregavam a palavra onde quer que fossem
(Atos 8:1-5). Dorcas era "notvel pelas boas obras e esmolas que fazia" (Atos
9:36). Evidentemente, ela achou o seu lugar fazendo roupas para os necessitados
(v. 39). Um homem e sua esposa acharam jeito de chamar de lado um pregador e,
com tato, ensinar-lhe "com mais exatido . . . o caminho de Deus" (Atos 18:26).
Febe (de Cencria) "...que est servindo igreja" e "tem sido protetora de
muitos", como tambm a Paulo (Romanos 16:1-2). Evdia e Sntique eram duas
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mulheres que "se esforaram [com Paulo] no evangelho" (Filipenses 4:2-3). Gaio
foi instrudo a oferecer sua casa aos pregadores em viagem (3 Joo 5-8).
Todos ns, cristos, somos membros de um corpo (1 Corntios 12:12-31).

No temos que fazer o mesmo servio, mas cada um de ns tem que funcionar de
acordo com a habilidade que Deus lhe deu. Pedro diz isso assim: "Sede,
mutuamente, hospitaleiros, sem murmurao. Servi uns aos outros, cada um
conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graa de
Deus. Se algum fala, fale de acordo com os orculos de Deus; se algum serve,
faa-o na fora que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus
glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glria e o domnio pelos
sculos dos sculos. Amm" (1 Pedro 4:9-11).
Cada um recebeu um dom. Cada um deve usar seu dom para servir os
outros. Devemos trabalhar para desenvolver nossos talentos. Temos que usar
nossa habilidade habitualmente. Temos que praticar em falar com outras pessoas
sobre Jesus. Ouam a palavra de Paulo a Timteo: "Medita estas coisas e nelas s
diligente, para que o teu progresso a todos seja manifesto. Tem cuidado de ti
mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvars
tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes" (1 Timteo 4:15-16).
Assim, precisamos ver o que podemos fazer, e faz-lo. Alguns sero capazes
de ensinar em aulas bblicas. Outros podem arranjar aulas em sua casa e convidar
outros para ensinar. Alguns podero usar seus automveis para trazer pessoas s
reunies. Voc pode querer comprar um mao de cursos por correspondncia e
us-los para ensinar aos seus conhecidos. Outros podem querer manter uma
reserva de artigos sobre diversos assuntos para dar a outras pessoas nas
oportunidades. Alguns podem visitar os doentes e talvez fazer companhia a eles
durante a noite, se for necessrio. Voc pode ser capaz de oferecer sua casa a
outras pessoas e fazer contato para o evangelho. O ponto principal que cada um
dever encontrar o que pode fazer e gastar parte do seu tempo fazendo-o de um
modo habitual.

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Mateus 6:19-21 prender este ponto no mesmo fio no qual eu prendi todos
os outros. Ouam a Jesus: "No acumuleis para vs outros tesouros sobre a terra,
onde a traa e a ferrugem corroem e onde ladres escavam e roubam; mas
ajuntai para vs outros tesouros no cu, onde traa nem ferrugem corri, e onde
ladres no escavam nem roubam; porque onde est o teu tesouro, a estar
tambm o teu corao."
No tenho nenhum interesse no mercado de aes e, na verdade, nunca

aprendi a ler o noticirio econmico no jornal. Em geral, ignoro essa seo. No a
entendo.
Eu lhes direi o porqu: No tenho dinheiro investido no mercado, nem um

centavo. Se eu tivesse, seria diferente. Se eu tivesse um bocado de dinheiro
investido na Bolsa, eu haveria de aprender a ler as pginas do mercado de aes
e provavelmente haveria de devor-las vorazmente. No isso o que Jesus est
dizendo? "Onde est o teu tesouro, a estar tambm o teu corao."
Agora, aqui est o ponto importante: conforme encontramos o que podemos

fazer e o fazemos de modo habitual, estaremos pondo um pouco mais, e mais um
pouco, de ns mesmos no banco do cu. Estaremos constantemente aumentando
nosso investimento no cu. Com nosso tesouro guardado no cu, nossos coraes
estaro l. Mais e mais, encontraremos ns mesmos ligados ao cu. Deste modo,
encontrando nosso lugar para servir ao Senhor se tornar um meio de fortalecer a
ligao entre ns e Deus, colando-nos com ele e evitando nossa apostasia.
REFLEXES FINAIS
Cerca de trs mil anos atrs, o reino de Israel foi estabelecido. A

oportunidade do seu estabelecimento foi o pedido de Israel: "D-nos um rei, para
que nos governe..." (1 Samuel 8:4-6).

P g i n a | 48
A nao estava em dificuldade. Os amonitas estavam pressionando-a (1
Samuel 12:12). Os filisteus eram uma ameaa constante. E no era a primeira
vez. O livro dos Juzes narra cerca de 350 anos da histria de Israel, anterior ao
reinado. O livro mostra um ciclo de quatro etapas, que se tornou o modelo da
histria da nao, neste perodo: apostasia, opresso, libertao e paz.
apostasia de Deus, seguia-se de um perodo de opresso. Quando a nao
finalmente clamasse a Deus, a libertao seria providenciada. Um perodo de paz
se seguiria. Mas a nao, de novo, se afastaria de Deus e o ciclo se repetiria. Uma
vez depois da outra, ele se repetiria.
Assim, finalmente, o povo procurou Samuel com o pedido de um rei. Um rei

poderia conduzi-los na batalha (1 Samuel 8:19-20). Um rei poderia resolver todos
os seus problemas. Todas as suas dificuldades, a nao achava, eram devidas
insuficincia das providncias divinas e incapacidade da administrao com a
qual Deus havia dotado a nao.
Eles estavam errados, certamente. Suas dificuldades eram realmente

devidas sua prpria infidelidade. E sua infidelidade, por sua vez, era devida
sua negligncia das providncias de Deus para uni-los a ele. Deus tinha provido
abundantemente para suas necessidades. Ele lhes havia dado a irmandade uma
congregao, dirigentes especiais e professores, dias especiais para a renovao
de seus laos com ele, as Escrituras, comemoraes para relembrar os grandes
atos de Deus no passado. Deus previu cada necessidade que eles poderiam ter, e
providenciou abundantemente para essa necessidade. Mas eles ignoraram estas
providncias. Eles ignoraram a lei e no ensinaram seus filhos. Eles falharam em
guardar os dias santificados. Eles negligenciaram as comemoraes. E
esqueceram Deus.
Seramos to tolos a ponto de ignorar este aviso da histria que grita em

nossos ouvidos? Deus providenciou os meios para a nossa segurana, tambm.
Mas no serviro para nada, se forem negligenciados.

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Neste livreto, eu examinei oito assuntos: a congregao, os servos especiais
com os quais Deus equipou a igreja, o dia do Senhor, as reunies pblicas, a ceia
do Senhor, as Escrituras, a orao e o trabalho que Deus preparou para fazermos.
De um modo ou de outro, cada item desta lista est relacionado com o desejo de
Deus de nos ligar mais junto a ele e nos guardar para o cu. Tendo lido o exame
destas providncias divinas para nos manter salvos, voc me dar razo, estou
certo, tenho confiana nisso, que a misericrdia de Deus para conosco , de fato,
grande e que ele providenciou meios em abundncia para nos manter salvos.
Estas providncias divinas fortalecero a sua f; elas ligaro voc com Deus; elas
garantiro sua segurana; elas o mantero salvo . . . desde que sejam usadas.
Voc, no pode, certamente esperar qualquer coisa delas se elas forem
negligenciadas.
Os pais ficam chocados quando abrem os olhos para ver seus filhos deixando a
igreja. Com os pais torcendo as mos com ansiedade, as congregaes comeam
a planejar todos os tipos de distraes e programas de recreao, de maneira a
"segurar o povo jovem". Mas estes programas no so o que precisamos. Se
fossem, Deus os teria providenciado. A dificuldade que as providncias que
Deus tomou para segurar o povo, tanto o jovem como o velho, foram
negligenciadas. Esta a razo real pela qual as pessoas se afastam. No h nada
de errado com as providncias de Deus para manter-nos salvos. Temos que voltar
a elas e deixar que elas fortaleam nossos laos com Deus.
Em vez disso, entretanto, ns nos queixamos delas. Muitos no querem ser

uma parte real da congregao. Eles so espectadores; eles so visitantes
perptuos, ainda que seus nomes estejam na lista, e nunca um membro real de
um corpo. Eles falam do que "est sendo feito l", em vez do que "ns" estamos
fazendo. Se os presbteros fazem o seu trabalho fielmente, muitos se ressentem
contra eles, acham-nos intrometidos. As oportunidades para irmandade, estudo,
meditao com o grupo so ignoradas. A ceia do Senhor, que poderia fazer tanto
para fortalecer nossos laos com o Salvador, tratada com desdm. As Escrituras
frequentemente tm pouco ou nenhum lugar em nossas vidas, em casa. Muitos se

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queixam de tudo. Devemos ir s reunies durante a semana? Devemos ler a
Bblia?
Eu o convido a considerar se no estamos sendo tolos e ingratos quando

agimos assim. Deus olhou sobre ns com misericrdia, previu nossas
necessidades e providenciou os meios para nossa segurana. E ento nos
queixamos do que so essencialmente ddivas da misericrdia de Deus para nos
unir a ele e nos manter salvos. Desejamos saber se, realmente, temos que aceitar
as ddivas de Deus. No nos interessamos por elas. E assim, negligenciamos os
meios de Deus para nos manter salvos, e nossos laos com Deus enfraquecem e,
finalmente, rompem-se.
E tudo acontece "de degrau em degrau". Voc provavelmente j ouviu a

histria do sapo que foi jogado dentro da gua fervendo e saltou diretamente
para fora. Ento, foi atirado na gua fria, que foi sendo aquecida aos poucos e ele
ali ficou at morrer. A apostasia assim mesmo. Uma pessoa no decide
simplesmente largar o Senhor. Ela morre aos poucos.
"Tende cuidado, irmos, jamais acontea haver em qualquer de vs

perverso corao de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrrio,
exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de
que nenhum de vs seja endurecido pelo engano do pecado. Porque nos temos
tornado participantes de Cristo, se de fato, guardarmos firme, at ao fim, a
confiana que, desde o princpio, tivemos" (Hebreus 3:12-14).
Como cristos, meus irmos e irms, somos cidados de um outro mundo,

separado de nossa ptria, vivendo em um ambiente hostil. Este mundo, no qual
residimos temporariamente, enquanto esperamos a hora de irmos para o lar,
um mundo hostil, contrrio f. As influncias hostis deste mundo pem uma
tenso terrvel sobre a f, todo o tempo. Temos que lutar para manter nossa
aliana com a nossa ptria do cu; temos que rejeitar todos os esforos para fazer
renunciar a nossa cidadania celestial. Temos que utilizar todos os meios
disponveis para manter firme nossa f e sobreviver luta de vida ou morte na

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qual estamos empenhados. Graas a Deus, ele providenciou nossos
"equipamentos de sobrevivncia", com tudo o que precisamos para sairmos bem.
Com coraes agradecidos, aceitemos cada ferramenta que ele forneceu, como
um tesouro precioso; e a usemos cada um, da melhor maneira possvel. Com uma
dedicao nascida do desespero, juntemo-nos a Deus com toda a fora que
estiver em ns, usando cada recurso disponvel para fortalecer nosso
relacionamento com ele. A luta em que estamos engajados no brincadeira de
criana; uma luta na qual no podemos falhar. Se perdermos esta batalha,
teremos perdido tudo, um mundo sem fim.
Mas no precisamos perder. Podemos vencer e receber a coroa de

conquistador, no fim. Deus tornou isto possvel. E assim, finalmente no cu, nos
reuniremos a uma multido inumervel, para gritar com grande voz: "Ao nosso
Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvao" (Apocalipse
7:10). Deus, queira apressar esse dia!

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BIBLIOGRAFIA
[1] www.estudosdabiblia.net. Acesso em: 01 de novembro de 2016.
[2] http://www.orvalho.com/ministerio/estudos-biblicos/o-batismo-nas-
aguas-por-luciano-subira. Acesso em: 01 de novembro de 2016.

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PARTE 1

Ensino sobre a Salvao

O QUE DEVO FAZER PARA ME SALVAR?

Todas essas coisas so importantes. Mas, so necessrias todas elas? Neste

Apostila de novos convertidos para Batismo

SALVAO SEM O EVANGELHO?

Apostila de novos convertidos para Batismo

SALVAO SEM CRISTO?

Apostila de novos convertidos para Batismo

Apostila de novos convertidos para Batismo

SALVAO SEM CONFISSO?

Suponho que todos os que reconhecem o poder de Jesus para salvar

Reconhecer que Jesus o Senhor exige submisso sua autoridade.

Apostila de novos convertidos para Batismo

Joo escreveu para convencer as pessoas que Jesus o Cristo (o Ungido)

3. Jesus Est Ressuscitado

A f que confessada, a f num Senhor vivo, que pode mostrar o caminho

O Lugar da Confisso no Plano de Deus para a Salvao

Compreendendo que a confisso da f em Jesus essencial para a salvao,

(1) S a confisso no salva. Enquanto a confisso essencial para a

(2) Esta confisso o resultado natural da f. Se algum verdadeiramente

SALVAO SEM ARREPENDIMENTO?

Numa sociedade que engole o esquema fantasioso "fique rico rpido", no

Arrependimento exigido para a Reconciliao

As pessoas esto separadas de Deus pelo pecado (Isaas 59:1-2). Paulo

Arrependimento Requer Volta

Com uma definio simples, dizemos ento que o arrependimento uma

Arrependimento Resulta em Reviso

Enquanto arrependimento em si mesmo uma mudana de atitude, ele

Apostila de novos convertidos para Batismo

Uma pessoa que realmente se arrependeu do pecado no vai continuar a

Arrependimento uma parte essencial do que Deus exige para nossa

SALVAO SEM BATISMO?

O papel do batismo no plano de Deus para a nossa salvao um dos mais

o Batismo Simplesmente um Sinal Externo?

Muitos ensinam que batismo importante, mas no essencial para a

Em contraste, o Novo Testamento mostra o batismo como uma exigncia

Salvao Precede o Batismo?

A doutrina de que o batismo simplesmente um smbolo anda de mos

Novamente, a Bblia clara. Enquanto vrios mandamentos e exemplos nos

Eles podem tentar quanto quiserem, lderes religiosos simplesmente no

O Batismo Necessrio para Entrar em Cristo?

Apostila de novos convertidos para Batismo

Se no entrarmos em Cristo, no teremos a vida eterna. A Bblia usa duas

A segunda ilustrao se encontra em Romanos 6:3-4: "Ou, porventura,

Alguns, entretanto, torceram a verdade de que batismo essencial para um

SALVAO SEM PERSEVERANA?

Enquanto a mensagem do evangelho para todas as pessoas (Romanos

Como em todos os outros pontos de controvrsia religiosa, ns devemos

Siga e Viva! (Joo 10:25-30)

(1) Eu dou a vida eterna

Apostila de novos convertidos para Batismo

(3) Ningum as arrebatar da minha mo.

Esta tripla promessa baseada em duas condies (versculo 27):

(1) Minhas ovelhas ouvem a minha voz

(2) E elas me seguem.

As duas condies esto no presente (ao habitual e contnua), mostrando