Responsabilidade Civil Ambiental TCC PDF
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FACULDADE DE DIREITO
NATLIA MALLMANN
Porto Alegre
2009
2
NATLIA MALLMANN
Porto Alegre
2009
SUMRIO
2 TEMA
3 DELIMITAO DO TEMA
4 FORMULAO DO PROBLEMA
4.1 HIPTESES
1
SILVA, Jos Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 32 ed. So Paulo: Malheiros,
2008, p. 119.
2
Ibidem, p. 184.
6
Ademais, a certeza cientfica sobre a ocorrncia de danos acaba por dar lugar a
probabilidade jurdica, vez que a prova do nexo causal em hipteses de pluralidade
dos agentes poluidores , por inmeras circunstncias, muito difcil. O que para
Annelise Monteiro Steigleder
7
5 JUSTIFICATIVA
No h dvida que o Direito, assim como outras cincias, deve mais do que
nunca, em face das notcias catastrficas relacionadas ao meio ambiente como
enchentes, ondas de calor, tornados e vendavais, que so transmitidas todos os dias
pelos variados meios de comunicao, assegurar a proteo do meio ambiente de
forma eficaz, propiciando no s um ambiente ecologicamente equilibrado para o
desenvolvimento da sociedade, mas tambm encontrar formas de tutelar o meio
ambiente para fins da sobrevivncia da prpria vida no Planeta.
3
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano
ambiental no direito brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 208.
4
A teoria da causalidade alternativa aquela pela qual a vtima poder se abster da prova do nexo
de causalidade quando, em razo de um grande nmero de possveis agentes poluidores, se torna
impossvel provar aquele que exatamente promoveu o dano, de modo que se estabelece a
solidariedade passiva entre os possveis agentes. (STEIGLEDER, Annelise Monteiro.
Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano ambiental no direito brasileiro. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 207 e 208).
5
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Op. Cit., p. 208.
8
Isso porque a ligao entre a fonte e o dano poder ser dificultada pela
indeterminao da fonte poluidora, casos em que algumas substncias em razo de
sua imperceptibilidade levam um longo perodo de tempo at serem relacionadas ao
dano, tornando remota a certeza do autor onde e quando a exposio se deu6.
Ademais, a ligao ainda poder ser dificultada em razo da indeterminao da
origem ou dos males que a vtima apresenta, isto , a identificao do modus
operandi da causa do dano pela conduta do agente7.
6
BENJAMIN, Antonio Herman V. Responsabilidade civil pelo dano ambiental. Revista de Direito
Ambiental, n. 9, So Paulo, RT, p. 45
7
Ibidem, p. 45
8
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. So Paulo: Malheiros, 2009, p.
358.
9
Existem duas teorias que se sobressaem das demais no que se refere aos
danos ambientais e o nexo de causalidade, quais sejam: teoria do risco integral, em
que todo e qualquer risco conexo s suas atividades dever ser internalizado em seu
processo produtivo9 e a teoria do risco criado, segunda a qual apenas aquele fator
de risco, dentre vrios outros, que apresentar periculosidade, sendo apto a causar
situaes lesivas, ser capaz de impor responsabilizao civil10.
9
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano
ambiental no direito brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 198.
10
Ibidem.
10
Mister se faz, assim, uma anlise crtica das teorias causualsticas e seus limites
para responsabilizao em casos de multiplicidade de agentes poluidores, fazendo
com que o Direito de fato contribua para a tutela do meio ambiente, com a efetiva
responsabilizao dessas empresas que se utilizam do artifcio da incerteza para se
beneficiar da humanidade.
6 OBJETIVOS
7 EMBASAMENTO TERICO
11
DIAS, Jos de Aguiar. Da responsabilidade civil. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997,
vol 1, p. 2.
12
CRUZ, Gisela Sampaio da. O problema do nexo causal na responsabilidade civil. Rio de
Janeiro: Renovar, 2005, p. 16.
12
13
Ibidem, p. 16 e 17.
14
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano
ambiental no direito brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 180.
15
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano
ambiental no direito brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 188.
16
[...] supe riscos conhecidos, seja porque previamente identificados no Estudo de Impacto
Ambiental, seja porque j ocorreram anteriormente. Ou seja, o perigo astrato foi reconhecido,
transformando-se em perigo concreto; deciso pela assuno do risco j foi tomada impondo-se
adoo de medidas preventivas para evitar a produo do dano ou a sua repetio (Ibidem, p. 189).
13
17
Ibidem, p. 192.
18
Ibidem, p. 196
19
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano
ambiental no direito brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 197.
Nesse sentido, A doutrina alem distingue a concausalidade entre causalidade cumulativa e
causalidade alternativa. Fala-se em concausalidade quando vrios fatos produziram conjuntamente
um dano que nenhum deles teria produzido sozinho. Na causalidade cumulativa, ao contrrio, cada
um dos fatos teria provocado por si s o resultado. Por fim, a causalidade alternativa refere-se ao
caso em que no se pode provar com certeza qual dos vrios participantes em certo ato causou o
dano, caso em que no se pode provar com certeza qual dos vrios participantes em certo ato
causou o dano, caso em que o 830, I, 2, do BGB dispe que cada um deles, no obstante,
obrigado a indenizar (Ibidem).
14
nesse sentido que na aplicao do Direito a certeza acaba por dar lugar a
probabilidade, flexibilizando e construindo uma nova viso doutrinria do que
conceituamos nexo de causalidade. tambm nesse momento que as teorias da
causalidade colaboraram para definio e construo da doutrina brasileira do
pressuposto do nexo da causalidade.
[...] justificada pelo mbito de proteo outorgado pelo art. 225, caput, da
Constituio Federal de 1988, ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, podendo-se vislumbrar a instituio de uma verdadeira
obrigao de incolumidade sobre os bens ambientais. Ademais, o 1 do
art. 14 da Lei n 6.938/81 faz incidir o regime de responsabilizao a
qualquer atividade que gere dano ambiental, e no somente s perigosas,
21
como ocorre no art. 927, pargrafo nico, do Cdigo Civil.
20
Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano ambiental no direito
brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 198.
21
STEIGLEDER, Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano
ambiental no direito brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 198 e 199.
15
22
Ibidem, p. 199 e 200
23
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. So Paulo: Malheiros, 2009,
p. 358.
24
DIAS, Jos de Aguiar. Da responsabilidade civil. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997, 2 vol,
p. 514.
25
Annelise Monteiro. Responsabilidade civil ambiental: as dimenses do dano ambiental no direito
brasileiro. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004, p. 201.
16
probabilidade26, o que poder implicar em mera conexo entre atividade e dano [...]
no se exigir um nexo de causalidade adequada entre atividade e dano27.
8 METODOLOGIA
26
Ibidem, p. 201 e 202
27
Ibidem, p. 203 e 204
28
CRUZ, Branca Martins da. Responsabilidade civil pelo dano ecolgico:alguns problemas. Revista
de Direito Ambiental, n. 5, So Paulo, RT, p. 32 e 33.
17
A anlise do tema ser desenvolvida atravs das fontes primrias, tais como a
legislao vigente, doutrina e jurisprudncia que tratem do assunto.
9 SUMRIO PROVISRIO
Sumrio
Introduo
Concluso
Referncias
Jurisprudncias
10 CRONOGRAMA
REFERNCIAS
DIAS, Jos de Aguiar. Da responsabilidade civil. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense,
1997, vol 1.
DIAS, Jos de Aguiar. Da responsabilidade civil. 10. ed. Rio de Janeiro: Forense,
1997, 2 vol.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 17. ed. So Paulo:
Malheiros, 2009.
MIRRA, lvaro Luiz Valery. Responsabilidade civil pelo dano ambiental e o princpio
da reparao integral do dano. Revista de Direito Ambiental, n. 32, So Paulo, RT,
p. 68-82, 2003.