Textos de Apoio - e - Ficha-Valores e Valoração
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Texto 1
Texto 2
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Filosofia 10ano
Valores e valorao
O problema da natureza dos valores
Texto1
FALTA TEXTO 2
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Filosofia 10ano
Valores e Cultura
A diversidade e o dilogo de culturas
1. O conceito de Cultura
O conceito de cultura remonta a uma comparao dos sofistas na Grcia Antiga: tal
como na agricultura necessrio um lavrador que coloque a semente na terra,
tambm o ser humano necessita de um educador, que coloque o conhecimento na
alma, afinando as aptides naturais do indivduo. Ccero fala-nos de uma cultura animi,
ou seja, do fenmeno de cultivar, domesticar, tratar, aperfeioar, etc. No h, ainda, o
conceito de cultura, mas apenas uma referncia a este fenmeno enquanto aco a
partir do genitivo - animi (incidir ou actuar sobre). Pouco a pouco, surge o conceito de
cultura (portanto, como substantivo): j no se trata dum fenmeno de elevao a um
estado superior da humanidade, mas antes esse prprio estado em si mesmo.
Porm, desde a antiguidade at modernidade, este termo aparece como uma
formao do esprito superior, prpria do homem civilizado. A cultura ope-se,
portanto, ao brbaro, ao primitivo, ao natural. De facto, os termos cultura e
civilizao funcionaram como sinnimos, na linguagem corrente e, por vezes, mais
cientfica, durante sculos. Assim, na crena de que existe uma cultura ideal ou natural
a toda a humanidade, at aos finais do sculo XVIII, fala-se apenas de cultura como um
quadro referencial de um povo ou de uma esfera de saber.
O termo cultura puro e simples - conjunto de tudo aquilo que recebemos da
natureza como aptides (trabalhadas pelos nossos antepassados culturais) e tudo
aquilo que acrescentamos natureza pela nossa actividade - surge na poca de
Herder. Hoje, o conceito de cultura remete para um todo complexo que inclui os
conhecimentos, as crenas, a moral, a arte, as leis, os costumes e todas as outras
disposies e hbitos adquiridos pelo Homem enquanto membro de uma
comunidade. Deste modo, qualquer reflexo sobre a cultura ganha um sentido
antropolgico, pois a cultura consiste numa caracterstica especificamente humana e
num sentido histrico-etnolgico, na medida em que a cultura , tambm, uma
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Filosofia 10ano
Os Direitos Humanos
AS GERAES DE DIREITOS HUMANOS
As geraes de Direitos Humanos correspondem aos vrios momentos histricos em
que ocorreram alteraes relativamente ao reconhecimento desses direitos. Essas
alteraes foram profundamente marcadas pelo contexto poltico, social e
econmico em que surgiram e por um conjunto de teorias de ordem filosfica.
1 GERAO DIREITOS DE LIBERDADE
Data: Sc. XVIII
Acontecimentos histricos e documentos que estiveram na sua origem:
Independncia dos Estados Unidos da Amrica e a Revoluo Francesa.
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Filosofia 10ano
Direitos garantidos:
Os direitos garantidos nesta fase so os Direitos de Liberdade. Nesta 1 gerao
assiste-se conquista das liberdades individuais e dos direitos de participao
poltica: Direito vida e integridade fsica; liberdade de pensamento e de
expresso; garantias processuais no caso de sermos acusados de delito; proteo do
direito intimidade e boa reputao, direito a eleger os governantes mediante o
voto
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Filosofia 10ano
Direitos garantidos:
Os direitos garantidos nesta fase so os Direitos de Igualdade: o direito educao,
assistncia sanitria, proteo contra o desemprego, a um salrio digno, ao
descanso e ao lazer, a uma reforma digna, ao acesso aos bens culturais.
Este conjunto de direitos, resultante das lutas do operariado, deu origem a uma
nova configurao de Estado: o Estado Social de Direito.
Isto quer dizer que no basta os cidados serem iguais perante a lei, mas
necessrio que se apliquem medidas para que todos tenham acesso aos bens mais
bsicos necessrios para assegurar a sua participao na vida poltica e social.
Direitos garantidos:
Os direitos garantidos nesta fase so os Direitos de Solidariedade: direito a viver em
paz, direito ao desenvolvimento num ambiente equilibrado, direitos das mulheres,
direitos das crianas.
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Filosofia 10ano
NOTA IMPORTANTE
Cada uma das trs geraes de direitos humanos exprime exigncias ligadas ao
respeito pela dignidade humana. No seu conjunto, fundam-se em trs valores
presentes ao longo da tradio poltica moderna: Liberdade, Igualdade e
Fraternidade.
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Filosofia 10ano
Se o bem e o mal so apenas convenes sociais, que variam de cultura para cultura,
ento no existem verdades objectivas em moral, pois estas verdades so
independentes de qualquer ponto de vista particular.
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Filosofia 10ano
O relativismo moral acredita que o bem tudo aquilo que cada sociedade aprova;
deste modo, se a maioria dos membros de uma sociedade aprovar a intolerncia (por
exemplo, por motivos raciais), nessa sociedade a intolerncia um bem.
Por um lado, o relativista moral dir que uma das vantagens da sua teoria est na
promoo da tolerncia e no esprito de boa convivncia entre culturas. Em resumo, o
relativista dir que a tolerncia um bem.
Por outro lado, o relativista moral defende que um bem tudo aquilo que a sua
sociedade aprovar; se a sua sociedade aprovar a intolerncia, para ser coerente, ter
de dizer que a intolerncia um bem.
Mas isto contraditrio. Uma teoria que pode implicar uma contradio como esta,
dificilmente merece ser considerada uma boa teoria.
2. Argumento do conformismo
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Filosofia 10ano
Por muito que algum discorde da opinio da maioria das pessoas da sua sociedade, e
por muito que esta opinio se baseie apenas em preconceitos, falta de informao e
esprito crtico, segundo o relativismo moral, temos de aceitar a opinio da maioria.
Martin Luther King vivia numa sociedade em que uma maioria de pessoas
preconceituosas e mal informadas pensava que o racismo era bom.
Mas King no estava de acordo. King pensava que o racismo era objectivamente
errado, fosse qual fosse o ponto de vista da sua sociedade: era a sociedade que estava
errada e no ele ou quem se opunha ao racismo.
O conformismo diz para no pensarmos pela nossa cabea. E isto est errado. Uma
teoria que tenha esta consequncia no pode ser uma boa teoria.
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