Apostila de CLP Etpc
Apostila de CLP Etpc
Apostila de CLP Etpc
0 INTRODUO
Os sinais de entrada e sada dos CLPs podem ser digitais ou analgicos. Existem
diversos tipos de mdulos de entrada e sada que se adequam as necessidades do
sistema a ser controlado.
Os mdulos de entrada e sadas so compostos de grupos de bits, associados em
conjunto de 8 bits (1 byte) ou conjunto de 16 bits, de acordo com o tipo da CPU.
As entradas analgicas so mdulos conversores A/D, que convertem um sinal de
entrada em um valor digital, normalmente de 12 bits (4096 combinaes). As sadas
analgicas so mdulos conversores D/A, ou seja, um valor binrio transformado
em um sinal analgico.
Os sinais dos sensores so aplicados s entradas do controlador e a cada ciclo
(varredura) todos esses sinais so lidos e transferidos para a unidade de memria
interna denominada memria imagem de entrada. Estes sinais so associados entre si
e aos sinais internos. Ao trmino do ciclo de varredura, os resultados so transferidos
memria imagem de sada e ento aplicados aos terminais de sada. Este ciclo esta
representado na figura 2.
Controlador Programvel tem uma forma particular de trabalhar que caracteriza o seu
funcionamento. O controlador opera executando uma sequencia de atividades
definidas e controladas pelo programa Executivo. Este modo de operao ocorre em
um ciclo, chamado de Ciclo de Varredura ("Scan"), que consiste em:
leitura das entradas externas;
execuo da lgica programada;
atualizao das sadas externas.
Na fase de leitura das entradas, o Processador enderea o sistema de E/S, obtm os
estados dos dispositivos que esto conectados, e armazena estas informaes na
forma de bits "1" ou "0", dependendo do estado obtido (ponto energizado equivale ao
binrio "1" e ponto desenergizado ao binrio "0"). A regio da memria utilizada para
armazenar estas informaes e chamada de Tabela Imagem das Entradas - TIE.
Na fase de execuo da lgica programada pelo usurio, a CPU consulta a TIE para
obter os estados dos dispositivos.
Nesta fase, os resultados das lgicas programadas cujas sadas tenham um ponto
correspondente no rack de sada so armazenados em uma rea de memria que e
chamada de Tabela Imagem das Sadas - TIS. As lgicas que possuem sadas internas
sero armazenadas na rea correspondente. Durante a execuo da lgica
programada, se for necessrio a referencia a uma sada qualquer, dentro do mesmo
ciclo, esta tabela e consultada. Observe que durante esta fase no feita nenhuma
referencia a pontos externos (entrada ou sada), a CPU opera com informaes
obtidas da memria.
Dessa forma podemos definir o Controle Analgico como aquele que se destina ao
monitoramento das variveis analgicas e ao controle discreto como sendo o
monitoramento das variveis discretas.
Por uma questo de organizao a partir de agora quando um nmero for escrito
deve-se indicar em qual sistema numrico (base) ele est sendo representado, logo
um nmero N da base 8 representado da seguinte forma: N8.
3.1 Decimal
3.2 Binrio
Sistema de base 2;
Algarismos: 0 e 1.
Utilizao: Sistema utilizado para transmisso de dados e em informtica;
Exemplos: 100111102 101010102 1,10112
Observaes: Um algarismo sozinho chamado de bit, um conjunto com 4 bits
chamado de nibble, um conjunto com 8 bits chamado de Byte, um conjunto de 16
bits chamado de Word e um conjunto de 32 bits chamado de double-word.
3.3 Hexadecimal
A converso de nmeros da base dez para uma base qualquer emprega algoritmos que
sero o inverso dos acima apresentados. Os algoritmos sero melhores entendidos
pelo exemplo que por uma descrio formal. Vamos a seguir apresentar os
algoritmos.
O nmero decimal ser dividido sucessivas vezes pela base; o resto de cada
diviso ocupar sucessivamente as posies de ordem 0, 1, 2 e assim por diante at
que o resto da ltima diviso ocupe a posio de mais alta ordem. Veja o exemplo da
converso do nmero 1910 para a base 2:
Exerccios
1 - Converta os nmeros decimais abaixo para binrio:
a) 2010
b) 5410
c) 10010
d) 18010
e) 39810
f) 135010
Para fazer este tipo de converso, deve-se utilizar o polinmio abaixo substituindo os
valores das bases e cada um dos seus termos:
Exerccios
De acordo com os dois grficos, fica evidente que a mudana nos valores dos
sinais digitais so mais perceptveis que os dos analgicos, podendo ser at
desprezveis se comparados com o salto de valor que os sinais digitais apresentam
quando seus valores so alterados no grfico de tempo.
Sinais digitais e analgicos so utilizados a todo tempo para nos orientar. Eles
podem ser um simples semforo ou um velocmetro dos automveis. Mais importante
que perceber esses sinais a interpretao fsica ou mesmo simblica desse sinal.
Quando estamos trabalhando com sinais digitais cada sinal representa um bit do
sistema binrio. O bit pode ser 0 ou 1, ento este sinal s tem dois nveis lgicos que
podem nos dizer alguma coisa. Uma representao mais didtica est ilustrada
abaixo:
A interpretao
que podemos
fazer :
Nvel lgico 1
Ligado Nvel alto Verdadeiro Resposta sim;
Nvel lgico 0 Desligado Nvel baixo Falso Resposta No.
Variveis de entrada:
B Lmpada boa;
S Interruptor acionado;
Variveis de sada:
L Lmpada acesa;
A tabela pode ser montada com as variveis de entrada e sada colocando-se
verdadeiro ou falso nos locais apropriados:
A lmpada s
ir acender se o
interruptor estiver acionado e a lmpada estiver boa,
fazendo a interpretao de V Verdadeiro 1 e de F Falso 0 chegamos a
tabela verdade abaixo:
Pela tabela verdade, podemos concluir que para que a sada L funcione, B e S
devem ser verdadeiros tambm. Essa a chamada funo E, especificada na
lgebra booleana como L=BS.
CLPs fez surgir inmeras variantes destas ao longo do tempo, todas diferente entre si. Do
ponto de vista das empresas usurias , claramente um desperdcio de dinheiro e de
recursos humanos, j que as habilidades desenvolvidas por seus funcionrios na
utilizao de um determinado tipo de CLP no podem ser reaproveitadas quando da
substituio por outro tipo ou fabricante.
Felizmente a comunidade industrial internacional reconheceu que era necessrio
estabelecer um padro aberto para os CLPs, visando a uniformizao de procedimentos
dos diversos fabricantes. Para tanto, foi criado um grupo de trabalho IEC (International
Electrotechnical Commission) para estabelecer normas a todo o ciclo de desenvolvimento
dos CLPs, incluindo o projeto de hardware, instalao, testes, documentao,
programao e comunicao.
No incio da dcada de 1990, o IEC publicou vrias partes da norma IEC 1131 que cobre
o ciclo de vida completo dos CLPs. Essa norma considerada, por alguns autores, um
marco histrico para os CLPs.
Alguns anos depois essa norma foi revisada e recebeu o nmero IEC 61131 cuja terceira
parte IEC 61131- 3 trata das linguagens de programao Visando atender aos
diversos segmentos da indstria, incluindo seus usurios, e uniformizar as vrias
metodologias de programao dos controladores industriais, a norma IEC 61131-3 definiu
sinttica e semanticamente cinco linguagens de programao.
Linguagem Ladder (LD Ladder Diagram)
Diagrama de Blocos de Funes (FBD Function Block Diagram)
Sequenciamento Grfico de Funes (SFC System Function Chart)
Lista de Instrues (IL Instruction List)
Texto Estruturado (ST Structured Text)
uma linguagem grfica baseada na lgica de rels e contatos eltricos para realizao
de circuitos e comandos de acionamentos. Por ser a primeira linguagem utilizada pelos
fabricantes, a mais difundida e encontrada em quase todos os CLPs da atual gerao.
Bobinas e contatos so smbolos utilizados nessa linguagem. Os smbolos de contatos
programados em uma linha representam as condies que sero avaliadas de acordo
com a lgica. Como resultado determinam o controle de uma sada, que normalmente
representado pelo smbolo de uma bobina. Recebeu vrios nomes desde sua criao,
entre eles diagrama do tipo escada, diagrama de contatos e linguagem de contatos. Hoje
em dia a linguagem Ladder a mais conhecida no meio industrial.
uma linguagem textual de alto nvel e muito poderosa, inspirada na linguagem Pascal,
que contm todos os elementos essenciais de uma linguagem de programao moderna,
incluindo as instrues condicionais (IF THEN ELSE e CASE OF) e instrues de
iteraes (FOR, WHILE e REPEAT). Como o seu nome sugere, encoraja o
desenvolvimento de programao estruturada, sendo excelente para definio de blocos
funcionais complexos, os quais podem ser utilizados em qualquer outra linguagem IEC.
LGICA DE CONTATOS