Apostila Axiologia para Uma Educação de Valores
Apostila Axiologia para Uma Educação de Valores
Apostila Axiologia para Uma Educação de Valores
Prof. Izidro
Introduo
A axiologia teve incio com PIato (427-428 a.C), na teoria das formas ou ideias
subordinadas forma no Bem. A ideia do Bem, no sistema platnico, a
realidade suprema, donde dependem todas as demais ideias, e todos os
valores (ticos, lgicos e estticos) que se manifestam no mundo sensvel; o
ser sem o qual no se explica o vir-a-ser. Desenvolvida, posteriormente, por
Aristteles, pelos estoicos e epicuristas, que investigaram sobre o summum
bonum (supremo Bem). Na filosofia escolstica, o Summum Bonum Deus.
Nas filosofias no escolsticas da Idade Moderna, os valores foram
investigados, seguindo outros rumos (mxima de Protgoras 490-415 a.C. "O
homem a medida de todas as coisas, das coisas que so, enquanto so, das
coisas que no so, enquanto no so". Se o homem a medida de todas as
coisas, ento coisa alguma pode ser medida para os homens, ou seja, as leis,
as regras, os valores, a cultura tudo deve ser definido pelo conjunto de
pessoas e aquilo que vale em determinado lugar no deve valer,
necessariamente, em outro. Nos sculos XIX e XX, pela influncia da
Economia, da Sociologia e da Psicologia, surgiram diversas doutrinas sobre a
relatividade dos valores.
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Entretanto, apesar da cultura de cada povo ser diferente, isto, de modo algum,
significa que no haja a noo de pecado em cada cultura.
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Os principais filsofos que no sculo XIX comearam a desenvolver essa
temtica foram, entre outros, Rudolf Lotze (1817-1881), Franz Brentano (1838-
1917), Max scheler (1874-1928). Mais radical Friederich Nietzsche (1844-
1900), props a transvalorizao dos valores, pela qual indaga sobre o valor
dos valores, concluindo que os valores, tais como so conhecidos, no
existiram desde sempre, mas foram criados ao longo do tempo e incorporados
pelo hbito e, na nossa civilizao ocidental, impostos pela tradio crist, que
ele critica acerbamente.
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Atribuir Valor a uma coisa, no ficar indiferente a ela. Isto a
principal caracterstica do valor.
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uma mensagem a ser decodificada por ns mesmos, por algum ou pelo
grupo.
Somos herdeiros e propagadores de valores, tambm procuramos
conserv-los, transmiti-los, mas tambm buscamos superar formas
estereotipadas de valores.
Mas como super-los, critic-los e diferencia-los quando no temos Na
educao, espao privilegiado para discusses produtivas e instaurao de
padres de conduta, ora criticamos o excesso de regras e normas, ora
criticamos a falta de regras e normas. Sabemos o quanto elas so importantes
para a prpria aprendizagem educacional dos indivduos. Sabemos tambm o
valor de uma vida, as prolas que se colocam todo dia em nosso caminho, os
alunos.
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moral fixada pelas normas, leis e costumes o bem universal o nico bem
verdadeiro tanto para o sujeito em particular quanto para a sociedade;
Tambm Kant fala numa lei moral como bem universal, e esta, funciona
quando somos guiados pelo nosso nimo e vontade individual e no apenas
pelas convenes sociais. Tambm o sujeito moral kantiano usa sua
racionalidade a favor do bem universal quando capaz de agir e responder por
suas aes, e Kant diz: age de maneira que possas querer que o motivo que
te levou a agir seja uma lei universal. Agir, mas tambm ser responsvel para
avaliar e julgar o alcance de nossas aes. Para Kant, s o bem pode alcanar
o cumprimento do dever e, quando somos guiados pela nossa razo, somos
capazes de elaborar normas orientadoras para o cumprimento deste bem.
Para os hedonistas: o bem tudo que o nos oferece prazer imediato, e o
mal tudo aquilo que nos causa sofrimento de imediato ou no.
J os epicuristas afirmam que o bem no pode ser considerado um
prazer imediato, mas somente os prazeres relacionados ao bem soberano.
Estes pensadores procuravam separar os prazeres superiores, os prazeres
naturais, os quais esto acima dos artificiais. No entanto, o verdadeiro prazer
est na intelectualidade (na via racional na prtica da virtude e da cultura do
esprito) porque esta via busca o prazer acima das paixes (dos prazeres
imediatos);
Para os estoicos como Zeno de Cicio (340-264 a.C.), fundador da
escola estoica, uma verdadeira vida moral s possvel quando h renncia
total dos desejos (fonte de todo sofrimento) em favor de uma ordem universal
que s pode ser compreendida pela via da razo.
E, para Toms de Aquino (1225-1274), o bem est relacionado f
crist e s pode ser considerado bem aquilo capaz de nos aproximar (pelas
nossas aes) de Deus. Desta forma, o bem s revelado ao homem atravs
da f.
Tambm encontramos indagaes acerca da questo do bem e do mal
no humanismo de Erich Fromm (1900-1980), s o homem pode determinar
para si prprio o que pensa ser o bem e o mal. O bem tudo que bom para a
natureza humana (tudo que faz desenvolver as potencialidades humanas). O
bem a afirmao da vida, o desenvolvimento das capacidades do homem. A
virtude consiste em assumir a responsabilidade por sua prpria existncia. O
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mal constitui a mutilao das capacidades do homem; o vcio reside na
irresponsabilidade perante si mesmo.
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III. Educao moral: o sujeito autnomo
a) O que moral?
O educador Reboul diz que todo professor professor de moral, ainda que
o ignore.
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b) Aprender a ser livre
A essas duas posies antagnicas, que pecam por sua rigidez, podemos
contrapor a teoria da liberdade situada, a partir de uma viso dialtica de
liberdade. O ser humano vive em certo contexto, sofre mltiplas determinaes
e influncias, mas capaz de agir sobre a realidade, transformando-a.
A palavra poltica est sustentada por uma expresso grega - polis, que
quer dizer cidade e a palavra cidadania se fundamenta em um termo latino
correlato - civitate. Esses dois vocbulos nos remetem vida em sociedade,
com suas aes e atuaes de direitos e deveres. Portanto a escola trabalha a
cidadania, mas deve trabalhar a poltica.
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a) Educao e cidadania
a) O que esttica?
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VII. Situaes de Conflito e Confronto na Educao
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ao ldico, sonhador, quando o esclarecer de gestos impensados funcionam
como profilaxias contra feridas e rancores.
Os valores ticos falam alto no logos e no corao de todos, e
perguntamos: Que educador pode aceitar que algum numa instituio tora e
retora sua imagem? Que escola conseguir trabalhar corretamente, falar de
Verdade, de tica, de Normas e Regras se passa aos alunos um a ideia
errnea que tudo pode ser resolvido com esperteza, com inteligncia? Se
algum perceber que pode enganar, mentir, adulterar e acusar outro e nada
acontecer, pode deduzir que assim que as coisas funcionam dentro e fora da
instituio escolar.
No ser tambm tarefa do educador procurar mostrar que no
podemos passar por cima e desconsiderar os sentimentos (afetos, sonhos,
criaes etc.), os princpios, a dignidade do outro, pois, caso contrrio, como
dizer que estamos formando algum, educando, quando somos ns que
fazemos diferenas e desavenas dentro da escola?
Uma reflexo filosfica pode nos oferecer um espao para trabalharmos
as diferenas, as divergncias de maneira sbia, clara, real e concreta, evitar
danos, perdas, quedas e engodos lamentveis e incidentes infelizes.
Quando os nossos jovens acreditam que com mentira, falsidade,
desonestidade e muita esperteza que se consegue vencer os obstculos que
aparecem ou que nos colocamos num momento de prazer e espontaneidade.
Cabe escola no espao que lhe compete, no mnimo, procurar mostrar que tal
caminho um lamentvel engano.
Ser que hoje vivemos a falta ou o excesso de valores em educao?
Ser que no estamos vivendo a desvalorizao de alguns valores? Ou ser
que na busca desenfreada por desenvolver um esprito crtico senso crtico,
no estamos presenciando a falta de senso na educao? Ser que tambm
no estamos presenciando novos valores e o que nos falta justamente um
referencial para compreend-los?
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Concluso
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Bibliografia
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