EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM TRATAMENTO DE GUA HOSPITALAR PARA

HEMODILISE

EQUIPMENT USED IN WATER TREATMENT FOR HOSPITAL HEMODIALYSIS

EQUIPOS UTILIZADOS EN EL TRATAMIENTO DE AGUA PARA HEMODILISIS

HOSPITAL

Cezar Aparecido Candido1

Rogria Maria Alves de Almeida2

RESUMO: Em vrios setores hospitalar a gua utilizada, sendo que o requisito de pureza e
qualidade varia de acordo com o uso. Para garantir a qualidade da gua na rea da sade, faz-se
necessrio a utilizao de equipamentos para o tratamento da mesma com um rigoroso
acompanhamento das analises fsico-qumicos e microbiolgicas. Para tanto existem mtodos e
normas que garantem credibilidade ao tratamento da gua e segurana dos equipamentos utilizados
para no prejudicar a sade e integridade fsica do cliente/paciente . O presente artigo tem como
objetivo verificar quais os equipamentos utilizados no tratamento da gua hospitalar para
hemodilise, cujos parmetros microbiolgicos e fsico-qumicos atendam ao padro de
potabilidade e que no ofeream risco a sade e de que forma so realizados servios como
Manuteno Preventiva, corretiva para que a segurana do paciente seja garantida. O estudo
baseou-se em informaes bibliogrficas e nas normas de Legislao do Ministrio de Sade RDC
n 11 de 13 maro de 2014. Conclui-se que mesmo tendo os procedimentos e normas adequadas
para o tratamento da gua hospitalar para hemodilise ainda, ocorrem contaminaes que s vezes
so fatais devido falta de fiscalizao dos rgos pblicos, falta de profissionais qualificados ou
at mesmo por falta de investimento no setor.

Palavras-chave: gua hospitalar. Hemodilise. Manuteno Preventiva. Contaminao.

SUMMARY: In various hospital departments water is used , and the requisite quality and purity
varies according to the use . To ensure water quality in healthcare , it is necessary the use of
equipment for the treatment of it with close monitoring of physical, chemical and microbiological
analyzes . For that there are methods and standards that ensure credibility to water treatment and
safety equipment used to not endanger the health and physical integrity of the client / patient. This

1
Graduando do curso de Tecnologia em Sistemas Biomdicos (FATEC-Bauru).
2
Graduao em Biologia (UNESP), Mestrado Em Microbiologia (USP) e Doutora em mMicrobiologia (USP)
Professora do curso de Tecnologia em Sistemas Biomdicos da Faculdade de Tecnologia de Bauru FATEC- Bauru.
paper aims to determine which equipment used in the treatment of hospital water for hemodialysis ,
whose microbiological and physico - chemical parameters meet the potability standards and not
offering health risk and how services such as Preventive Maintenance , Corrective are performed
that patient safety is guaranteed . The study was based on bibliographic information and the rules of
Legislation of the Ministry of DRC Health No 11 of 13 March 2014. Was concluded that
contamination even with the appropriate procedures and standards for the treatment of hospital
water for hemodialysis also occur that sometimes are fatal because of the lack of oversight of public
bodies , lack of qualified personnel or even by lack of investment in the sector .

Keywords: hospital water. Hemodialysis. Preventive Maintenance. Contamination.

RESUMEN: En varios departamentos del hospital se utiliza el agua , y la calidad y la pureza

requerida vara segn el uso . Para garantizar la calidad del agua en la asistencia sanitaria , es
necesario el uso de equipos para el tratamiento de la misma con una estrecha vigilancia de fsicos,
qumicos y microbiolgicos. Para eso hay mtodos y normas que garanticen la credibilidad de
tratamiento de agua y equipo de seguridad utilizado para no poner en peligro la salud y la integridad
fsica del cliente / paciente. Este trabajo tiene como objetivo determinar el tipo de equipo utilizado
en el tratamiento de agua para hemodilisis hospitalaria , cuyo microbiolgica y fsico- qumica
parmetros cumplen con los estndares de potabilidad y no ofrecer riesgos para la salud y cmo los
servicios tales como mantenimiento preventivo , correctivo se realizan que la seguridad del paciente
est garantizada. El estudio se bas en informacin bibliogrfica y de las reglas de la Legislacin
del Ministerio de Salud de la RDC n 11 de 13 de marzo de 2014. Lleg a la conclusin de que la
contaminacin , incluso con los procedimientos y normas apropiados para el tratamiento de agua
para hemodilisis hospitalaria tambin ocurrir que a veces son fatales debido a la falta de
supervisin de los organismos pblicos , la falta de personal cualificado o incluso por la falta de
inversin en el sector .

Palabras clave: agua del hospital. Hemodilisis. Mantenimiento Preventivo. Contaminacin.

INTRODUO

A populao de uma forma geral tem cada vez mais acesso a assuntos relacionados ao
tratamento de gua, j que programas de televiso, artigos em revistas e jornais, livros e revistas
especializadas tratam do assunto de forma bastante natural e abrangente. de conhecimento de
todos que o Planeta Terra formado por muita gua, mas 97,5% da gua disponvel da Terra
salgada, e esta disponvel em oceanos e mares, 2,493% doce, mas se encontra em geleiras ou
regies subterrneas (aquferos) de difcil acesso, 0,007% doce encontra-se em rios, lagos e
atmosfera. O Brasil detm 11,6% da gua doce superficial do mundo, sendo que 70% esta
localizado na Regio Amaznica, os 30% restante esta distribuda de forma desigual pelo pas.
Segundo a UNICEF Fundo das Naes Unidas para a Infncia, um bilho e 200 milhes de
pessoas (35% da populao mundial) no tem acesso gua tratada. Um milho e 800 milhes de
pessoas (43% da populao mundial) no contam com servios adequados de saneamento bsico, e
dez milhes de pessoas morrem anualmente em decorrncia de doenas transmitidas pela gua.
Quase toda gua potvel que consumimos se transforma em esgoto que reintroduzido nos
rios e lagos. Estes mananciais, uma vez contaminados, podem conter microorganismos causadores
de vrias doenas como a diarreia, hepatite, clera e febre tifoide. Alm dos microorganismos, as
guas dos rios e lagos contm muitas partculas que tambm precisam ser removidas antes do
consumo humano. Da a necessidade de se tratar a gua para que esta volte a ser propcia para o
consumo humano e industrial.
Quando pensamos em gua tratada normalmente nos vem cabea o tratamento de uma
gua que estava poluda, como o esgoto, para uma que volte a ser limpa. Cabe aqui fazer uma
distino entre tratamento de gua, tratamento de esgoto e tratamento gua industrial: o tratamento
de gua feito a partir da gua doce encontrada na natureza que contm resduos orgnicos, sais
dissolvidos, metais pesados, partculas em suspenso e microorganismos. Por essa razo a gua
levada do manancial para a Estao de Tratamento de gua (ETA). J o tratamento de esgoto
feito a partir de esgotos residenciais ou industriais para, aps o tratamento, a gua poder ser
reintroduzida no rio minimizando seu impacto ao ambiente. J o tratamento industrial da gua,
como insumo essencial para instituies mdico-hospitalares, deve apresentar caractersticas fsico-
qumicas e bacteriolgicas adequadas para cada processo, utilizao ou rea de consumo.
A escolha do tratamento mais adequado e eficiente requer a caracterizao tanto da qualidade
de gua de entrada como do processo que requisita. Analisando um ambiente hospitalar possvel
identificar reas de maior consumo por equipamentos mdico hospitalar e infra-estrutura.
Destacam-se os geradores de vapor, servios de hemodilise, laboratrios de anlises clnicas,
processadoras de filmes radiogrficos, lavanderia, sistema de condicionamento de ar e
processamento de materiais cirrgicos sendo que cada setor tem padres de qualidade de gua e
equipamentos especficos. Neste artigo ser abordado o tratamento de osmose reversa para
hemodilise
CONCEITO E OBJETIVO DO TRATAMENTO DA GUA HOSPITALAR

Conforme a RDC 518/2004 gua tratada para o consumo humano tem suas especificaes
sendo coliformes totais, coliformes fecais ou termotolerantes - ausncia em 100ml, bactrias
heterotrficas at 500 UFC/ 100mL, analise de cianotoxinas at 15,0 g/l. Ausncia de odor, cor,
turbidez, pH 6,0 a 9,5, cloro mximo de 2,0 mg/l, Fluoreto 1,5 mg/l, Ferro 0,3 mg/l, Alumnio 0,2
mg/l, dureza 500 mg/l etc (AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA, ANVISA,
2004).
A gua tratada para consumo humano no esta adequada para a elaborao de
medicamentos, alimentos, cosmticos, matrias-primas qumicas e farmacuticas, uso industrial ou
hospitalar. Toda a instalao de gua para processo relacionada com os produtos para a sade
necessita de adequao da gua potvel. O tratamento de gua deve ter um projeto especificado por
tcnico responsvel e seleo de equipamentos adequados, prevendo a qualificao para cada rea
especifica a ser usada.
O fornecimento de gua de boa qualidade livre de contaminao essencial para vrias
operaes no ambiente hospitalar. Alm de ser necessria a vida, utilizada para procedimentos de
limpeza, desinfeco, esterilizao, preparo de alimentos e hemodilise, sendo que os requisitos de
pureza variam de acordo com o tipo de uso. O tratamento da gua tem como objetivo melhorar suas
caractersticas organolpticas, fsico-qumicas e bacteriolgicas, a fim de que se torne adequada a
rea especifica a ser usada. O dimensionamento da instalao baseia-se na anlise fsico-qumica da
gua a ser tratada e onde vai ser consumida. O sucesso do tratamento de guas justamente saber
escolher a combinao de pr-tratamento e dessalinizao mais adequados para as diversas guas a
serem tratadas para as purificaes que devem ser obtidas. Esta anlise deve contemplar os custos
de operao e instalao.

TRATAMENTO DE GUA PARA HEMODIALISE

Segundo Brasil (2002) hemodilise o procedimento que promove a filtragem do sangue via
extracorprea, atravs de uma membrana sinttica especial (contida em um dispositivo chamado
dialisador). O sangue bombeado atravs de tubos at o dialisador, onde ocorrem trocas seletivas
de substncias com o meio externo retirando liquido e substncias indesejveis do sangue e torna
em seguida ao corpo do paciente. A hemodilise realizada em pacientes portadores de
insuficincia renal crnica ou aguda, j que nesses casos o organismo no consegue eliminar tais
substncias devido falncia dos mecanismos excretores renais. O tempo de sobrevida dos
pacientes de dilise est atrelado qualidade da gua utilizada no tratamento, uma vez que os
mesmos j passam por um imensurvel sofrimento e esto susceptveis a alto risco de contaminao
em funo das caractersticas do tratamento.
Segundo Silva et al (1996) a partir da dcada de 70 atravs de pesquisas foi detectado que a
gua potvel advinda do abastecimento pblico possua agentes contaminantes que vinha
prejudicando gradativamente os pacientes, obrigando dessa forma as clinicas especializadas a
aplicarem um tratamento especfico na gua para hemodilise. Pacientes que fazem hemodilise
so expostos a volumes de gua que variam entre 18.000 a 36.000 litros por ano. Portanto, se a gua
no for corretamente tratada vrios contaminantes qumicos, bacteriolgicos e txicos podero ser
transferidos para os pacientes, levando a aparecimento de efeitos adversos, s vezes letais. O
reconhecimento do risco potencial que representava a ausncia de um tratamento especfico levou a
criao, em todo o mundo, de vrios rgos e comisses que acabaram estabelecendo critrios para
a composio adequada da gua a se utilizada para a preparao da soluo dos banhos de dilise
sendo a principal criada nos E.U.A em 1982. No Brasil , o Ministrio da Sade regulamenta as
caractersticas da gua potvel (Portaria 36GM de 19/01/90) e a Portaria 38 determina que os
centros devam quantificar alumnio na gua trimestralmente, entretanto no h estudos especficos
destinados a estabelecer qual a qualidade exigida para a gua de hemodilise.
A gua utilizada na preparao da soluo para dilise nos servios deve ter a sua qualidade
garantida em todas as etapas do seu tratamento, armazenagem e distribuio, mediante o
monitoramento dos parmetros microbiolgicos e fsico-qumico, assim como, dos prprios
procedimentos de tratamento. Os contaminantes mais frequentemente encontrados na gua so
materiais orgnicos, minerais e bactrias.. A presena de compostos orgnicos (bactrias) e
inorgnicos (Al, Flor, Cloramina, etc.) podem causar sintomas durante a hemodilise ou induzir
alteraes metablicas importantes. A mquina de hemodilise mantm controle total sobre o
dialisato, como nvel de condutividade e temperatura da soluo, a fim de evitar possveis
complicaes durante o tratamento.

POLUENTES E MICROPOLUENTES ORGNICOS

Segundo Silva et al (1996) poluentes e micropoluentes orgnicos so compostos do

nitrognio que podem ter origem vegetal, animal, industrial ou urbana. So exemplos o amonaco
na zona rural e os xidos de azoto na zona urbana. A gua potvel para consumo humano tem o
limite mximo de at 2mg/l de substncia orgnicas. As consequncias da poluio orgnica so o
odor desagradvel o desenvolvimento de algas, bactrias e fungos que podem fixar nas tubulaes
da rede. A amnia favorece a proliferao de bactrias e os nitratos e nitritos, quando ingerido
causam dor abdominal, vmitos e tonturas, cianose e choque pela formao de metahemoglobina.
Os mtodos utilizados para diminuio dos materiais orgnicos so a oxidao por oznio ou
clarificao por carvo ativado. Os materiais orgnicos so tambm eliminados por deionizador ou
osmose reversa.

POLUENTES E MICROPOLUENTES MINERAIS

Segundo Silva et al (1996) a presena do Flor em concentraes iguais ou superiores s do

alumnio pode levar formao de complexo de flor, que em presena de sdio formaria o mineral
conhecido como criolita, difcil de ser retirado do sistema de tratamento. A sobrecarga crnica por
fluoretos ocasiona quadros de osteomalacia.
O Cloro livre e seus derivados (dixido, hipocloritos, cloramina) so adicionados s guas
naturais para eliminar microorganismo ou oxidar certos ons indesejveis, como on ferro e
mangans. A cloramina, resultante da combinao de clorina e amnia, quando presente em
concentraes elevadas, leva metahemoglobinemia, hemlise e anemia severa.
O Cobre vem da poluio industrial ou tratamentos agrcolas. Pode tambm provir de
tratamento para algas ou da corroso das canalizaes. A casos de hemlise severa e leses
hepticas por contaminao pelo cobre.
O Bismuto quando em quantidades superiores a 200 ug/l leva a quadro de encefalopatia.
A Prata provm de dejetos da fabricao de objetos, joias, filmes para fotografia e
radiografias. A intoxicao crnica leva a argirose cutnea que se caracteriza por pele acinzentada e
formao de linha acinzentada gengival.
O Arsnico se origina de detergentes base de fosfatos, produtos sanitrio, pgmentos e
corantes. Pode ocasionar problemas digestivos, neurolgicos e cutneos (melanomas). Altera o
DNA no processo de diviso celular resultando num efeito cancergeno.
O Cdmio, produto de revestimentos metlicos, pinturas e matrias plsticas um elemento
extremamente txico, tem efeito carcinognico, lesa tbulos renais, provoca doena ssea
(osteomalcia) e hipertenso arterial.
O Zinco em excesso no banho de dilise, pode levar ao aparecimento de anemia hemoltica,
alm de nuseas e vmitos. O acmulo crnico est relacionado a casos de encefalopatia.
Se a gua potvel for rica em Chumbo, o metal pode persistir mesmo aps o tratamento. Os
sintomas de intoxicao por chumbo so anemia hipocrnica, sndrome abdominal (dor abdominal,
anorexia: clica de chumbo), sndrome neuro-muscular (astemia, dores musculares e articulares:
gotas saturmina) at a encefalopatia saturmin que se constitui por sintomas de agitao e
tremores, podendo evoluir para convulses, coma e morte.
O Alumnio se difunde atravs da membrana semipermevel do filtro de dilise atravs da
ligao dos grupos hidroxila e sulfdrica. A contaminao da gua acima dos nveis permitidos, leva
ao acmulo do metal e intoxicao alumnica nos pacientes renais crnicos e pode causar
osteomalcia, anemia microctica e leso funcional aos hepatcitos, sendo que nos casos mais
severos pode evoluir com um quadro de encefalopatia, demncia da dilise, catatonia e morte.
O Mercrio provm da contaminao ambiental pelas fbricas de cimentos, siderrgicas,
alm de fungicidas organomercuriais. A grande lipossolubilidade do metal leva ao acmulo do
mesmo no sistema nervoso central causando tremores, paralisias, manifestaes psiquitricas.
Nveis elevados de Potssio e Sdio geralmente provm de contaminao industrial. Os
casos de hipercalemia relacionada com gua para hemodilise so extremamente raros. As guas
naturais contem quantidades variveis de Clcio conforme o solo. A utilizao de gua com
contedo acima de 80 mg/l de clcio (gua dura) provoca cefaleia, nuseas, vmitos, hiperemia das
conjuntivas, hipertenso e convulses.
O Magnsio um on abundante que tambm confere dureza gua. Quando em excesso na
gua do dialisato causa diminuio da sensibilidade da placa motora acetilcolina e provoca
bloqueio da transmisso neuro-muscular.

POLUENTES E MICROPOLUENTES BIOLGICOS

Segundo Silva et al (1996) gua usada nos centros de hemodilise geralmente obtida do
reservatrio de gua da comunidade. A gua pode vir da superfcie ou de leitos subterrneos.
Ambas as fontes podem conter altas concentraes de endotoxina e bactria. O tratamento da
comunidade reduz o nmero de bactrias na gua, mas, geralmente no reduz significantemente a
concentrao de endotoxinas.
Em funo do sangue e dialisato serem separados apenas por uma membrana
semipermevel, a qualidade microbiologia da gua da dilise e dialisato so extremamente
importantes. Os fluidos no precisam ser estreis, mas o nmero mximo de microorganimos deve
ser controlados. Os principais contaminantes dos fluidos de dilise so bactrias gram-negativas e
microbactrias no tuberculosas. Todos os componentes do tratamento de gua podem se constituir
em multiplicadores de bactrias e fonte de contaminao por endotoxinas e, portanto, devem ser
substitudos ou desinfectados conforme uma rotina pr-estabelecida. O sistema de distribuio de
gua nos centros de dilise, em geral, construdo em tubulao plstica de polivinilclorida (PVC).
 Embora a contaminao por bactrias e endotoxinas no seja comum no concentrado de
acetato, o mesmo ocorre com extrema rapidez no concentrado de bicarbonato. O dialisato deve ser
preparado poucas horas antes do uso e o tanque ou equipamento drenado e desinfectado ao final de
cada dia de tratamento. A estratgia para controle da contaminao do sistema de hemodilise deve
incluir a desinfeco dos componentes como um todo, ou seja, a rotina de desinfeco nos tanques,
tubulaes e mquinas devem ser realizadas em um s tempo para que se considere a desinfeco
eficaz. Tanto a central nica e nas mquinas de dilise tem tubulaes e canais facilmente
colonizveis com bactrias e, geralmente, se constituem numa fonte para contaminao por
bactrias e endotoxinas. Durante a sesso de dilise com fluxo de dialisato continuo as bactrias no
colonizam ou aderem as superfcies das tubulaes, tornando a desinfeco interturnos
desnecessria se a mquina trabalha ininterruptamente. A frequncia e a rotina de desinfeco das
conexes internas das mquinas de dilise podem ser ditadas pelas recomendaes dos fabricantes e
pelos resultados das quantificaes do nmero de bactrias na gua e dialisato. Pode ser usado para
desinfeco o formaldedo a 4%, hipoclorito de sdio em concentraes aproximadamente 500
partes por milho, germicidas qumicos contendo glutaraldedo ou perxido de hidrognio/cido
peroxiacticos so disponveis comercialmente e especficos para os sistemas de dilise. Algumas
mquinas de dilise usam gua quente para controle da contaminao bacteriana. Nesse tipo de
sistema a temperatura da gua excede 80C.
Embora as bactrias gram-negativas e as micobactrias no tuberculosas sejam os
contaminantes biolgicos mais frequentes, devemos ter em mente a possibilidade de outros tipos de
contaminantes, como por exemplo, as cianobactrias, que somente vieram tona, com mais um
item no controle de qualidade de gua para dilise, aps a morte de mais de 50 pacientes em um
centro de dilise de Caruaru, Pernambuco no ano 1996. As cianobactrias podem causar a morte,
quer em poucas, horas por choque circulatrio devido a hemorragia puntiformes hepticas ou em
alguns dias, por insuficincia heptica.

TRATAMENTO DE GUA COM OSMOSE REVERSA

Figura 1 Osmose Reversa

Fonte: http://www.waterworks.com.br/sistema_osmose.php
 A osmose retrata a passagem de gua atravs de membranas seletivamente permeveis, estas
permitem a passagem do solvente e no de soluto, este processo no envolve mobilizao de
energia (transporte passivo) e o fluxo de gua dado sempre do meio com menor concentrao em
soluto (meio hipotnico) para o meio com maior concentrao em soluto (meio hipertnico). Isso
ocorre devido a Presso Osmtica que pressiona o meio. Na osmose o processo se finaliza quando
os dois meios ficam com a mesma concentrao de soluto (isotnica). Presso Osmtica a
diferena de nvel que ocorre quando o nvel de coluna do lado da soluo mais concentrada estiver
acima do nvel da coluna do lado da soluo mais diluda.
Conforme a figura 2 a osmose reversa nada mais do que a inverso desse sentido de fluxo
nela, o solvente se desloca no sentido da soluo mais concentrada para a menos concentrada,
isolando-se assim, o soluto, mediante aplicao de uma presso maior do que a presso osmtica
natural. Neste caso, a membrana permitir apenas a passagem de solvente (gua pura), retendo os
solutos (sais dissolvidos e contaminantes). A gua obtida pelo processo de Osmose Reversa resulta
em uma gua ultra-pura por um processo de comprovada confiabilidade desde que sejam
monitoradas todas as fases do tratamento. A osmose reversa propicia uma gua extremante pura do
ponto de vista fsico, qumico e bacteriolgico. Retm entre 95 a 99% dos contaminantes qumicos
praticamente todas as bactrias, fungos, algas e vrus alm de reter pirognios e materiais proteicos
de alto peso molecular. Risco do tratamento incluem a ruptura da membrana, deteriorao
progressiva e colonizao bacteriana das membranas.

Figura 2 - Osmose Reversa

Fonte: http://www.waterworks.com.br/

COMPONENTES DE UM SISTEMA DE OSMOSE REVERSA

Segundo Oliveira Junior (2008), um sistema tpico de Osmose Reversa composto por
cinco partes bsicas: pr-tratamento, bombas de presso, membranas, controles e reservatrio do
produto.
 Pr-tratamento composto por Bombas de Presso, Filtro Multimdia (areia), Abrandador,
Filtro de Carvo Ativado e Filtro Microporoso.
Tratamento composto por Bombas de Presso, Membranas, Controles e por fim o
reservatrio de gua tratada.
Ps-tratamento em geral esta parte no utilizada, devido elevao dos custos, mas caso
haja interesse os componentes so filtro microporoso ou ultrafiltro, deionizador (de preferncia do
tipo eltrico contnuo), radiao ultravioleta (UV) e concentrador de oznio. Estes componentes
deixariam o sistema excelente, porm a utilizao de um ou outro facultativa, tanto para um, como
para todos estes elementos. No sistema de tratamento de osmose reversa realizado monitoramento
interno e externo, para garantir a qualidade da gua e segurana do paciente. O monitoramento
interno feito diariamente inspecionando e registrando pontos que possam comprometer a operao
segura do equipamento que esta sendo avaliado, e semanalmente e feito um controle bacteriolgico
de todo o sistema. No monitoramento externo realizado mensalmente o controle bacteriolgico e
semestralmente o fsico qumico em todos os pontos do sistema de tratamento. Essas analises de
controle deve ser feita por um laboratrio credenciado Rede Brasileira de Laboratrios Analticos
em Sade (REBLAS) habilitado pela ANVISA o qual deve emitir laudos atestando o padro de
potabilidade. Importante salientar que a tambm um cronograma manuteno preventiva para
realizar limpeza e desinfeco em todas as etapas do tratamento, inclusive na reservatrio de gua
potvel.
Bombas de Presso (entrada), impulsionam a gua a vencer a resistncia do filtro de areia
a manter um fluxo corrente. Durante todo o pr-tratamento a presso da gua monitorada.
Filtro Multimdia (areia), conforme a figura 3 consiste em passar a gua atravs de um
tanque cilndrico de fibra de vidro, ao carbono ou inox com diferentes meios filtrantes: seixos
rolados, antracita, quartzo e outros. Este processo o primeiro passo para obteno da gua
purificada e remove mecanicamente partculas em suspenso de at 15 micra (m). um
equipamento de baixo custo operacional e manuteno. Diariamente e feito uma retrolavem no
perodo noturno para manter o filtro limpo, esse procedimento feito automaticamente sendo que
esses filtros possuem cabeotes automticos.

Figura 3 - Filtro Multimdia

Fonte: http://www.fathorph.com.br/equipamentos.asp?c=4
 Abrandadores so equipamentos que removem principalmente clcio e magnsio e outros
ctions polivalentes. Os abrandadores contm resinas que trocam sdio por clcio e magnsio. Se a
concentrao desses elementos na gua a ser tratada for elevada, a quantidade de sdio liberada pelo
aparelho pode ser elevada levando a riscos hipenatremia. Os abrandadores, conforme mostra a
figura 4 alm de controlar a dureza da gua (clcio e magnsio) diminui os nveis de ons positivos
como Alumnio e ferro, protegem as membranas do sistema de osmose, pois a deposio de clcio e
magnsio nas membranas leva a um mal funcionamento do aparelho. Os abrandadores so vasos de
presso geralmente construdos em ao carbono revestidos com polietileno ou fibra de vidro, em
seu interior composto por uma coluna abrandadora com varias resina de poliestireno (carregadas
com NaCl devido ao banho de salmoura), uma camada de areia, um tanque de salmoura e cabeote
de controle. Para o processo de regenerao, a diluio do sal completamente automtica, ou seja,
no necessrio preparar manualmente a salmoura. O tanque de regenerante fabricado em
polietileno com isso, evita-se a possibilidade de ocorrer a corroso do tanque. Diariamente antes de
iniciar o tratamento hemodilise e feito o controle de dureza no abrandador sendo que o resultado
na sada do abrandador tem que ser zero, j a regenerao das resinas e feito diariamente noite.

Figura 4 - Abrandador

Fonte: http://www.vexer.com.br/produto/produto-C152724.html

Filtros de Carvo no tratamento de gua tem a funo de absorver cloretos, cloraminas e

substncia orgnicas. Os filtros de carvo conforme a figura 5 so porosos e tem alta afinidade por
matria orgnica, o que facilita contaminao e proliferao bacteriana quando os mesmos no so
mantidos adequadamente. O contedo de um tanque de carvo deve ser calculado levando-se em
conta o tempo de contato entre o carvo e a substncia a ser eliminada. No caso do cloro o tempo
de 6 minutos e da cloramina 10 minutos. A presena de cloro promove a reao de hidrolise na
membrana de osmose reversa. Para monitorar a presena de cloro diariamente antes de liberar o
tratamento para os pacientes de hemodilise feito a analise para demonstrar se o filtro de carvo
esta funcionando corretamente. Os pontos verificados so na entrada e sada do filtro sendo que o
valor de cloro livre antes do filtro de carvo de ser de 1,2 a 2,0 mg/l e depois do filtro de carvo
deve ser 0mg/l. Sabendo que o carvo um meio propicio para o desenvolvimento de colnia de
bactrias realizado diariamente a retrolavagem do filtro com a finalidade de estar fazendo com
que o carvo que esta no fundo do filtro seja transferido para cima e desinfetado com o cloro.

Figura 5 Filtro de Carvo

Fonte: http://www.fathorph.com.br/equipamentos.asp?c=2

Figura 6 - Pr Tratamento da Osmose Reversa com Filtro de Areia, Abrandador e Filtro de Carvo

Fonte: http://www.meiofiltrante.com.br/materias_ver.asp?action=detalhe&id=382

Filtro Microporoso conforme a figura 7 composto por cartucho de polipropileno cuja

funo reter partculas que eventualmente escapem das colunas de carvo e danificam as
membranas. Os cartuchos so formados por poros que vo diminuindo de fora para dentro. Variam
de 5 a 0,22 mais podem ser usadas outras especificaes.
 Figura 7 - Filtro Microporo

Fonte: http://pt.made-in-china.com/co_qf20061212/product_PTFE-Micropore-Filter-Cartridge_euuohogng.html

Membranas conforme a figura 8 o corao do sistema, pois nela ocorrer a separao do

produto, ou permeado (nome dado gua aps o tratamento) e concentrado, ou rejeito (nome dado
aos resduos indesejados retirados da gua) sendo que o rejeito representa 2/3 do volume de
entrada da gua para o tratamento. A gua do rejeito tem sido usada nos hospitais nas descargas de
vasos sanitrios e na irrigao dos jardins, mas a maior parte descartada diretamente no esgoto. As
membranas so capazes de remover de 95 a 99% dos slidos presentes na gua, juntamente com
pirognio (bactrias e fungos) e materiais orgnicos. As membranas de Osmose Reversa so
compostas basicamente por uma pelcula fina e densa que recobre um substrato poroso garantido a
sua resistncia. As membranas geralmente so de pelcula extra-fina composta e membranas
assimtricas e so sintetizadas a partir de polmeros. Polmeros so compostos de cadeias longas de
uma unidade chamada monmero. Os principais tipos de membranas utilizadas nesse processo so
acetato de celulose, poliamidas aromticas e TFC (membrana de camada delgada). Essas
membranas so semipermeveis e suas cadeias so construdas de tal forma que possvel fazer
uma seleo molecular daquilo que deve passar e do que vai ser retido e descartado sua durabilidade
varia de 3 a 4 anos.

Figura 8 - Membrana da Osmose Reversa

Fonte: http://www.waterworks.com.br/tecnologia.php
 Controles uma unidade de monitorao composta por elementos mecnicos, hidrulicos e
eletrnicos que monitoram os dados do sistema quanto s condies de alarme, preservando a
segurana operacional do equipamento e a qualidade do servio. Os parmetros monitorados so:
presso primaria alta ou baixa; presso de entrada baixa; presso do permeado (gua tratada) alta;
fluxo do produto ou permeado baixo; fluxo do concentrado; pH alto e baixo na sada da membrana;
pH da gua de entrada; condutividade do produto ou permeado (mximo 10S/cm a 25C); rejeio
baixa; temperatura da gua de alimentao e alarme sonoro que indica a desativao por baixa
presso, alta temperatura e baixa qualidade da gua. Sendo que a cada 3 meses realizado limpeza
qumica nas membranas e semestralmente a desinfeco.
Reservatrio de gua Tratada sua capacidade varia de acordo com a necessidade, deve
apresentar geometria cilndrica com fundo cnico (sem cantos vivos), conforme a figura 9. Possuir
duas moto bombas que recalca a gua a ser utilizada por uma rede de distribuio feita de PVC
(looping), a central de reuso das linhas e capilares, na sala de concentrao ou diretamente nas
mquinas. Esse recalque tem que ser feito em forma de turbilhamento e continua para evitar
formao de biofilme e colnias de bactrias, parando somente para fazer a desinfeco semestral
com hipoclorito de sdio a 1%.

Figura 9 - Reservatrio de gua Tratada

Fonte: http://www.anvisa.gov.br

Outros acessrios como Ultravioleta (UV) e oznio tambm pode ser utilizados, mais
atualmente so poucos utilizados devido aumentar o custo do tratamento e a pureza da gua com o
tratamento com Osmose j dar qualidade necessria para hemodilise. O sistema de irradiao UV
tem a finalidade de destruir o DNA de bactrias e vrus. O Oznio mata vrus e bactrias por
contanto mais rpido que o cloro 20 vezes mais eficiente e 100 vezes mais solvel e no deixa
resduos seu nico sub-produto o oxignio.
 Basicamente, pode-se afirmar que a composio do sistema de tratamento de gua para
hemodilise no possui um padro, pois sua composio e dimensionamento dependem das
caractersticas fsico-qumicas e microbiolgicas da gua utilizada no tratamento. A legislao
brasileira no indica uma configurao ideal para o sistema de tratamento da gua para hemodilise,
porm, indica um padro de qualidade da gua baseado em uma tabela que especifica o nmero
mximo de seus componentes. A validao do sistema obtida atravs de resultados de anlise
laboratoriais indicados na Resoluo RDC n 11 de maro de 2014. (ANVISA).

QUALIDADE DA GUA

Definir pontos de coletas (mnimos), anlises por laboratrio credenciado (REBLAS)

habilitado pela ANVISA , definir as caractersticas dos reservatrios de gua tratada. O sistema de
tratamento da gua potvel para obteno da gua tratada para dilise, bem como seu reservatrio e
sistema de distribuio, devem ser especificados em projeto assinado por responsvel tcnico
habilitado na rea. Definio da periodicidade de manuteno, desinfeco por profissional
treinado, laudos atestando o padro de potabilidade.

PLANO DE AMOSTRAGEM DA COLETAS E ANALISES DA GUA

Anlises fsico-qumicas: coletas semestrais ou quando das intercorrncias; avaliar

principalmente os metais pesados. Anlises bacteriolgicas: coletas mensais ou quando das
intercorrncias; analise de coliformes totais, contagem de bactrias heterotrficas, pseudmonas,
cianobactrias, endotoxinas.
Figura 10 pontos de Coletas de gua para Anlise

Fonte: http://www.anvisa.gov.br
 Para que haja um controle efetivo nos equipamentos e na qualidade da gua conforme o
quadro 1 importante fazer manutenes preventiva e os testes quantitativos, sendo necessrio
registrar em planilhas e avaliar os dados obtidos para ter um histrico de todo o sistema do
tratamento de gua para hemodilise. Todos os registros relacionados as manutenes dos
equipamentos e a qualidade da gua do sistema de tratamento devem arquivados, em conformidade
com o estabelecido em normatizao especifica ou na ausncia desta, por um prazo mnimo de 5
anos, para efeitos de inspeo sanitria.
Quadro 1 Manuteno preventiva
Sanitizao Looping Mensal

Limpeza qumica membrana Osmose Reversa ( OR ) Trimestral

Desinfeco nas membranas OR Semestral

Limpeza do reservatrio gua potvel Semestral

Controle bacteriolgico do reservatrio gua potvel Mensal

Verificao rolamentos motores 1 ano

Verificao conjunto bombeador 1 ano

Inspeo nos cabeotes dos filtros, membranas, fluxometros, Diariamente

manmetros, registros e torneiras, painel controle eltrico, temperatura
umidade da sala de tratamento OR
Analise ferro, dureza, cloro, Ph, condutividade, temperatura gua do Diariamente

tratamento da OR, volume do reservatrio de NaCl

Fonte: Cezar Aparecido Candido

A qualidade da gua potvel deve ser monitorada e registrada diariamente pelo tcnico
responsvel, conforme o quadro 2 segundo a RDC 11/2014, em amostras coletadas na entrada do
reservatrio da gua potvel e na entrada do sistema de tratamento de gua para hemodilise.

Quadro 2 - Caractersticas fsicas e organolpticas da gua potvel

Caractersticas Parmetro aceitvel Frequncia de
verificao
Cor aparente Incolor Diria
Turvao Ausente Diria
Sabor Inspido Diria
Odor Inodoro Diria
Cloro residual livre gua da rede pblica maior que 0,2 mg/l; gua Diria
da fonte alternativa: maior que 0,5 mg/l
pH 6 a 9,5 Diria
Fonte:http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=8061&Itemid=82
 A gua tratada pelo sistema de tratamento e distribuio de gua para hemodilise
(STDAH), devem ter suas caractersticas combatveis ao quadro 3 conforme exige a RDC 11/2014.

Quadro 3 - Padro de qualidade da gua tratada utilizada na preparao de soluo para dilise
Componentes Valor mximo Frequncia de anlise
permitido
Coliforme total Ausncia em 100 ml Mensal
Contagem de bactrias 100 UFC/ml Mensal
heterotrficas
Endotoxinas 0,25 EU/ml Mensal
Alumnio 0,01 mg/l Semestral
Antimnio 0,006 mg/l Semestral
Arsnico 0,005 mg/l Semestral
Brio 0,1mg/l Semestral
Berlio 0,0004 mg/l Semestral
Cdmio 0,001 mg/l Semestral
Clcio 2 mg/l Semestral
Chumbo 0,005 mg/l Semestral
Cloro total 0,1 mg/l Semestral
Cobre 0,1 mg/l Semestral
Cromo 0,014 mg/l Semestral
Fluoreto 0,2 mg/l Semestral
Magnsio 4 mg/l Semestral
Mercrio 0,0002 mg/l Semestral
Nitrato (N) 2 mg/l Semestral
Potssio 8 mg/l Semestral
Prata 0,005 mg/l Semestral
Selnio 0,09 mg/l Semestral
Sdio 70 mg/l Semestral
Sulfato 100 mg/l Semestral
Tlio 0,002 mg/l Semestral
Zinco 0,1 mg/l Semestral
Fonte: http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=8061&Itemid=82
O nvel de ao relacionado contagem de bactrias heterotrficas de 50 UFC/ml.

Os procedimentos de manuteno prevista no quadro 4 devem ser realizado e registrados na

frequncia indicada e sempre que for verificada a no conformidade com os padres estabelecidos
para a gua de hemodilise segundo a RDC 11/2014.
 Quadro 4 Manuteno de reservatrio de gua potvel
Procedimento Frequncia
Limpeza do reservatrio de gua potvel Semestral
Controle bacteriolgico do reservatrio de gua potvel Mensal
Limpeza e desinfeco do reservatrio e da rede de distribuio de gua para Mensal
hemodilise
Fonte: http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=8061&Itemid=82

CONCLUSO

Conclui-se que em cada processo do ambiente hospitalar requer caractersticas especificas

da qualidade da gua, sendo que primordial seguir esses parmetros. Todo o processo de
implantao do projeto e acompanhamento de resultados devem ser feito por profissionais
qualificados, que devem registrar todos os dados coletados para que tenha um histrico dos
equipamentos e das atividades. Conclui-se ainda que mesmo tendo os procedimentos e normas
adequadas para o tratamento da gua hospitalar ainda, acontecem contaminaes que s vezes so
fatais devido falta de fiscalizao dos rgos pblicos, falta de profissionais qualificados ou at
mesmo por falta de investimento no setor. J pensando no futuro pode ser uma sada para tantos
problemas com a contaminao e escassez da gua.

REFERNCIAS

AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIA (ANVISA). RDC n 11 de 13 de maro

de 2014. Disponvel em:
http://portalses.saude.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=8061&I
temid=82. Acesso em: 29 mar. 2014.

BRASIL. Ministrio da Sade. Equipamentos mdico-hospitalares e o gerenciamento da

manuteno. Braslia: D.F., 2002.

______.Ministrio da sade, RDC n 518 de 25 de maro de 2004. Disponvel em:

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/rdcs/RDC%20N%C2%BA%20
154-2004.pdf. Acesso em: 21 mar.2014.

OLIVEIRA JUNIOR, V. de T. gua filtrada na hemodilise. Meio Filtrante, ano VII, 32.ed.
maio/jun.2008. Disponvel em:
http://www.meiofiltrante.com.br/materias_ver.asp?action=detalhe&id=382. Acesso em: 18 mar.
2014.
SILVA, A. et al. Reviso/Atualizada em Dilise: gua para hemodilise, 1996. Disponvel em:
http://www.jbn.org.br/audiencia_pdf.asp?aid2=955&nomeArquivo=18-02-17.pdf. Acesso: 25 mar.
2014.