01 - Apostila de Gestão de Transporte PDF
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DISCIPLINA :
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1. INTRODUO
O Comrcio Internacional est estruturado sobre muitas variveis, sendo tambm uma importante
rea na formulao das polticas econmicas dos pases. Uma delas, de valor fundamental, o transporte de
bens vendidos, comprados ou trocados, ou seja, a locomoo destes bens de seu ponto de origem at seu
ponto de destino, o elo de ligao entre a zona de produo da mercadoria e sua respectiva zona de
consumo. Pelo seu peso e valor relativo na transao, o transporte componente decisivo no custo final da
mercadoria, atendimento de prazos e condies de entrega pr estabelecido. Uma logstica de transporte
montada adequadamente, baseada nestas variveis importantes do processo, pode representar a
lucratividade ou prejuzo na atividade exportadora ou importadora e, consequentemente, a sua manuteno,
incremento ou retirada do jogo das trocas internacionais.
No seu conceito mais tcnico, o Transporte no Comrcio Internacional pode ser definido como um
deslocamento da carga regido por um contrato internacionalmente aceito. Efetivamente, esse contrato
representado pelo conhecimento de embarque, documento de transporte emitido pelo proprietrio do
veculo transportador, o qual ir se constituir em prova fundamental de que a mercadoria foi efetivamente
embarcada.
A tomada de deciso da logstica de transporte deve passar pela correta opo entre os modais
disponveis e viveis, que podero proporcionar o alcance das metas propostas.
Martimo
O transporte martimo aquele realizado por navios em oceanos e mares e pode ser utilizado para
todos os tipos de carga e para qualquer porto do globo, sendo o nico meio de transporte que possibilita a
remessa de milhares de toneladas ou de metros cbicos de qualquer produto de uma s vez.
Navegao de longo curso: faz a ligao entre pases prximos ou distantes (navegao internacional);
Navegao de cabotagem: realiza a conexo entre os portos de um mesmo pas (navegao nacional).
Fluvial
Navegao fluvial a interna, ou seja, d-se dentro do pas e/ou continente (tpica de interligao do
interior), pois a navegao praticada em rios.
A exemplo do martimo, tambm pode haver transporte de qualquer carga e com navios de todos os
tipos e tamanhos, desde que a via navegvel os comporte.
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Lacustre
Navegao lacustre aquela realizada em lagos e tem como caracterstica a ligao de cidades e
pases circunvizinhos. um tipo de transporte bastante restrito em face de serem poucos os lagos
navegveis. Tambm pode ser utilizado para qualquer carga, a exemplo do martimo.
Embora apresentem limitaes em relao aos meios de transporte martimo e areo, so utilizados
tambm para o transporte entre continentes, como ocorre na Europa e sia.
Nestes modais, a exemplo do aquavirio, pode-se transportar qualquer produto. As cargas so transportadas
nos mais diversos tipos de caminhes e carretas, bem como em vages especializados para os mais variados
tipos de carga.
Areo
o transporte realizado por empresas de navegao area, atravs de aeronaves de vrios tipos e
tamanhos, nacional e internacionalmente e pode ser utilizado praticamente para todas as cargas, embora
com limitaes em relao ao martimo, quanto quantidade e especificao.
Atravs da navegao area pode-se atingir qualquer ponto do planeta, sendo esta opo interessante
para cargas de alto valor ou de alta perecibilidade, ou amostras, que necessitem chegar rapidamente ao seu
destino.
2. UNITIZAO DE CARGAS
No comeo, a conteinerizao teve seus problemas, visto que estas grandes caixas no eram
padronizadas e cada armados, negociante ou construtor tinha as suas prprias unidades, de tamanhos
completamente diferentes. Alm disso, havia a falta de estrutura dos portos que no possuam equipamentos
adequados para o seu manuseio.
Com o decorrer do tempo, o problema do tamanho foi resolvido e hoje, atravs da ISO (International
Organization for Standardization), os containeres so padronizados e utilizados mundialmente, sendo que
os portos tambm esto, em menor ou maior grau, equipados para sua movimentao.
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2.1. Conceito de Unitizao
Unitizar uma carga significa juntar vrios volumes pequenos em um nico maior, com o intuito de
facilitar a movimentao, armazenagem e transporte, fazendo com que esta transferncia, do ponto de
origem at o seu destino final, possa ser realizada, tratando o total de volumes envolvidos em cada
unitizao como apenas um volume, tendo como intuito principal.
Dentro do conceito de unitizao de cargas, inclusive porque os modais cada vez mais requerem este
procedimento, vrias so as vantagens resultantes, como:
Pallet
Container
importante ressaltar que h diferena entre o que se denomina como recipiente para unitizao de
carga e a unidade de transporte de carga, pois enquanto o primeiro um equipamento para unitizao de
pequenos volumes, o segundo trata-se do prprio veculo transportador, que um recipiente no momento
em que est transportando graneis , lquidos e slidos como uma s carga unitizada.
Os pallets podem ser descartveis, ou seja, construdos para serem utilizados em apenas uma viagem (one
way), ou para uso constante. A adoo de cada tipo depende da logstica escolhida, que envolve um estudo
sobre custos e o seu retorno.
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No formato, o pallet pode ser quadrado ou retangular. Quanto s faces, para acomodao de cargas, pode ser
simples (mais frgil), dando carga a possibilidade de utilizao apenas desta face; ou ter duas faces
diferentes, sendo uma para receber a carga e a outra apenas de suporte; ou ainda ter duas faces iguais, ou
seja, ser um pallet reversvel, podendo ser utilizado para carga em qualquer uma das duas faces.
O pallet deve dispor de asas (aletas), que so salincias para iamento, ou seja, extenso das faces
para alm das vigas que o compem, para que possa ser operado por guindastes e outros equipamentos, e
no somente por meio de ganchos especiais de iamento.
Dever haver tambm, uma altura livre entre as duas faces, para possibilitar a entrada dos garfos dos
equipamentos mecnicos.
Preferencialmente, precisa ter quatro lados que permitam a entrada dos equipamentos para
agilizao na sua movimentao, o que fica limitado quando possui apenas duas entradas.
O pallet tem de ser suficientemente resistente e adequadamente construdo, oferecendo segurana para:
Paletizao
As medidas e as demais caractersticas fsicas do pallet a ser escolhido devem ser tais que se
adaptem s vrias fases do transporte e aos diferentes tipos de equipamentos mecnicos em operao nos
portos de carga e de descarga, de forma que a movimentao da carga unitizada se realize com rapidez e
segurana.
A princpio, qualquer carga paletizvel, desde que adaptada ao pallet economicamente vivel.
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A amarrao dos volumes para constituir uma carga unitizada rgida deve ser feita atravs do
emprego de cintas, que podem ser de nylon, polipropileno, poliester, metlicas, complementadas, s vezes,
por tbuas e sarrafos de madeira e folhas de papelo, bem como sacos ou filmes plsticos encolhveis
(shrink), ou filmes estirveis de polietileno (stretch), que so esticados e colocados sobre a carga. Os filmes
e os sacos tm a finalidade tambm de evitar o furto de volumes.
A paletizao de cargas traz muitas vantagens, como melhor aproveitamento dos espaos nos
armazns, agilizao na movimentao da carga e nas operaes de embarque e desembarque; reduo do
custo de movimentao; diminuio de roubos; manipulao segura da carga; simplificao do controle das
mercadorias; reduo das estadias dos veculos transportadores nos pontos ou portos de embarque e
desembarque.
Padronizao
Conceito
Container uma caixa, construda em ao, alumnio ou fibra, criada para o transporte unitizado de
mercadorias e suficientemente forte para resistir ao uso constante.
Os containers so identificados com marcas, nmeros, definio de espao e peso que podem
comportar, proprietrio, tamanho, etc. Estas caractersticas de resistncia e identificao visam dar ao
container vantagens sobre os demais equipamentos para unitizao, tais como segurana, inviolabilidade,
rapidez e reduo de custos nos transportes. Tambm dotado de dispositivos de segurana aduaneira, e
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deve atender s condies tcnicas de segurana previstas pela Legislao Nacional e pelas Convenes
Internacionais que so ratificadas pelo Brasil.
Padronizao
A padronizao dos containers comeou a ser pensada pela ISO e pela ASA (American Standard
Association). Muito embora a ISO seja o padro utilizado, as medidas de altura tem variaes e os
containers acima de 8 (oito ps) so padres ASA. No Brasil, as normas ISO foram adotadas pela ABNT
(Associao Brasileira de Normas Tcnicas), que em 1971 emitiu as primeiras normas relativas ao
container, sua terminologia, classificao, dimenses, especificaes, etc. O INMETRO (Instituto de
Metodologia, Normalizao e qualidade Industrial) o responsvel pelas adaptaes das normas ISSO, e
emite Certificados de Qualidade de Container.
Quanto ao regime aduaneiro de entrada no Brasil, o container estrangeiro tem um prazo de 180 dias
para permanecer no pas, que pode ser prorrogvel e admitido pelo Regime de Admisso Temporria.
Quando em trnsito, com carga pelo territrio nacional com destino a outros pases, est sujeito ao mesmo
Regime e o prazo de 180 dias para permanecer no pas.
Medidas
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40 so denominados FEU (forty feet equivalent unit), porm no so utilizados como medidas para navios.
Foot, cujo plural feet, uma medida norte-americana e equivale a 30,48cm ou 0,3048m.
Geral
Embora para efeitos prticos, o container possa ser pensado como uma embalagem que facilita o transporte
de mercadorias, para todos os efeitos legais considerado um equipamento do veculo transportador, no se
levando em conta, o seu peso ou volume para efeitos de frete, quando este calculado sobre o peso ou
volume da mercadoria.
Existem hoje, muitos tipos de containers criados adaptados para todos os tipos de carga, como
granis lquidos, granis slidos, refrigerados, petrleo, minrios e animais vivos.
DRY BOX: Totalmente fechado, com portas nos fundos, sendo o container mais utilizado e adequado para
o transporte da maioria das cargas gerais secas existentes, como alimentos, Roupas, mveis, etc. Pode ser de
20 ou 40.
VENTILATED: semelhante ao dry box, porm com pequenas aberturas no alto das paredes laterais,
podendo tambm t-las na parte inferior das paredes, para permitir a entrada de ar, para transporte de cargas
que requerem ventilao como caf e cacau.
REEFER: tambm semelhante ao dry box, totalmente fechado, com portas nos fundos, apropriado para
embarque de cargas perecveis congeladas ou refrigeradas, que precisam Ter a sua temperatura controlada,
como carnes, sorvetes, frutas e verduras.
Pode ser integrado com motor prprio para refrigerao, cuja nica desvantagem a perda de espao
ocupado pelo motor. Como tambm insulado, que no tem motor prprio, tendo na parede da frente duas
aberturas (vlvulas) para entrada e sada de ar, que so fornecidos por fora externa. O container reefer tem
para controle de temperatura uma carta de Registro de Temperatura (Partlow Chart) e pode atingir
at -25 C.
BULK CONTAINER: similar ao dry box, totalmente fechado, tendo aberturas no teto (escotilhas) para o
seu carregamento e uma escotilha na parede do fundo, na parte inferior para descarregametno, apropriado
para transporte de granis slidos como produtos agrcolas.
OPEN TOP: container sem teto, que fechado com lonas para transporte de cargas que apresentam
dificuldades para embarque pela porta dos fundos e necessitam de um acesso especial, embora tambm
possua a porta normal nos fundos. Prprio para mercadorias que excedam a altura do container, cujas cargas
no poderiam ser estufadas num container dry box tradicional.
HALF HEIGHT: container open top, sem teto, porm de meia altura 4 ou 43, fechado com lonas e
cabeceira basculante, adequado para embarque de minrios, cuja carga extremamente densa e se
embarcada em um open top, este no poderia ser utilizado integralmente quanto ao aspecto de volume,
representando uma ocupao de espao indevido no navio.
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OPEN SIDE: com apenas trs paredes, sem uma parede lateral, este container apropriado para
mercadorias que apresentam dificuldades para embarques pela porta dos fundos, ou que excedam um pouco
a largura do equipamento ou ainda para agilizao de sua estufagem.
FLAT RACK: container plataforma, sendo uma combinao dos open top e open side, sem as paredes
laterais e sem teto, com cabeceiras fixas, ou dobrveis, adequado para cargas pesadas e grandes e que
excedam um pouco as suas dimenses.
PLATAFORM: container plataforma sem paredes e sem teto, tendo apenas o piso apropriado para cargas
de grandes dimenses ou muito pesadas.
TANK: container tanque, dentro de uma armao de tamanho padronizado, prprio para transporte de
lquidos em geral, perigosos ou no.
Outro equipamento de unitizao o Big Bag, ou Container Flexvel, que um container feito em
polipropileno, com alas, que acondiciona praticamente qualquer tipo de carga, sendo interessante para
produtos a granel ou embalados em sacos, pois os mantm melhor acomodados e protegidos contra
materiais pontiagudos, que podem fur-los ou rasg-los. Comporta at duas toneladas de mercadorias.
Impermevel, pode ser armazenado em ptios abertos, empilhado uniformemente e transportado em
qualquer modal, sem que este tenha que sofrer adaptaes de nenhuma espcie, em face da sua configurao
e praticidade. Apresenta-se, portanto, como um container de fcil manipulao, tanto no ensacamento,
armazenamento e movimentao quanto nos embarques e desembarques. reutilizvel e dobrvel, por isso
adequado para retorno vazio, j que no ocupa demasiado espao no navio ou no container.
O container, por ser um equipamento de grande utilizao no transporte, que requer uma grande
quantidade em estoque para que possa circular com mercadorias pelo mundo, sem que haja faltas.
Normalmente as empresas de transporte, principalmente as martimas, utilizam o sistema de leasing, sendo
alugados por dia, para uma viagem simples, viagem completa, ida e volta, por um curto prazo ou at para
prazos maiores a 1 ano. O valor do aluguel varia com o seu tipo e tamanho, porm sempre na base do dia.
Mesmo para aluguel de longo prazo, em que o pagamento feito mensalmente, o clculo sempre dirio.
Estufar ou ovar o ato de encher o container com mercadorias, podendo ser estas a granel,
embaladas ou paletizadas. Desovar o ato de retirar mercadorias do mesmo.
Deve-se evitar conteinerizar mercadorias que possuam um grau de umidade muito alto, pois podem
apresentar combusto espontnea, como o caso da farinha de peixe, algodo e farelo de soja. Tambm no
se deve estufar mercadorias completamente diferentes entre si, como por exemplo, em relao a umidade,
odor, peso especfico, controles diferenciados de temperatura, e nem deixar espaos vazios no container,
que precisa ser totalmente ocupado ou Ter sua carga amarrada, escorada, etc.
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O armador costuma proceder a uma inspeo prvia, anterior entrega, denominada PTI (Pre Trip
Inspection), cuja validade de 30 dias e que tem a finalidade de entregar ao embarcador o container em
perfeitas condies de utilizao.
O container est sujeito a todos os tipos de movimento e, portanto, a mercadoria deve estar estufada
adequadamente, principalmente para evitar o excesso de peso em um dos lados, como tambm as
mercadorias mais pesadas devem ser colocadas sob as mais leves. Os espaos vazios devem ser preenchidos
com madeira, cavaletes, estrados, bolsas de ar, ou qualquer estrutura que impea a carga de se movimentar
dentro do container. As mercadorias mais pesadas tem melhor aproveitamento nos containers de 20 e as
mais volumosas em um de 40, devido aos espaos fsicos disponveis e ao peso que cada tipo de container
pode suportar, alm do custo do frete a considerar.
Nos portos e nos terminais a movimentao realizada com reachtackers e toplifts, que so
empilhadeiras prprias para a movimentao e empilhamento de containeres, e os Transtainers, que so
guindastes montados sobre grandes estruturas que correm sobre trilhos e se movimentam ao longo do cais,
empilhando e transferindo containers de um ponto a outro.
Nos deslocamentos e transportes dos containers so usados conjuntos formados por cavalos
mecnicos acoplados a trailers, boogies, chassis e plataforma, que so equipamentos especiais para
acomodar o container. Estes equipamentos podem ser geradores de energia aos reefers.
Para todas estas movimentaes, necessrio que o produto esteja devidamente embalado. Embalar
um produto significa dar-lhe forma para sua apresentao, proteo, movimentao e utilizao, a fim de
que possa ser comercializado e manipulado durante todo o seu ciclo de vida.
3. TRANSPORTE AQUAVIRIO
Este tipo de transporte realizado por navios a motor de grande porte, pelos mares, oceanos, rios e lagos,
podendo ser dividido em trs formas de navegao:
Cabotagem : navegao realizada entre portos ou pontos do territrio brasileiro, utilizando a via
martima ou entre esta e as vias navegveis interiores.
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Navegao de Longo Curso : realizada entre portos brasileiros e estrangeiros.
Ao mesmo tempo, podemos dividir o transporte aquavirio em trs modalidades, conforme indicado
abaixo :
3.1.1 Generalidades
Armador - a pessoa jurdica estabelecida e registrada para a realizao do transporte martimo, seja ele
local ou internacional, atravs da operao de navios. responsvel pela carga que transporta, respondendo
juridicamente por todos os problemas sobre a mesma a partir do momento que a recebe para embarque. Para
tanto, obrigado a fornecer ao embarcador um Conhecimento de Embarque, denominado Bill of Lading -
B/L, conforme j mencionado e detalhado em seguida, representando um contrato de transporte.
Agncia Martima - a empresa representante do armador em qualquer pas ou porto, servindo de elo de
ligao entre este e o comerciante, seja ele importador ou exportador, controlando as operaes de carga e
descarga. Responde tambm pelo o angariamento de carga para o espao disponvel no navio; a solicitao
de espao em navio para transporte de determinada mercadoria chama-se Reserva de Praa e sua
confirmao Fechamento de Praa. Caso a carga no seja embarcada aps confirmado o fechamento de
praa, ocorre o que se denomina Praa Morta, quando o embarcador fica sujeito cobrana de um valor
mnimo de ressarcimento ou at o valor integral do frete, chamado ento Frete Morto. A Agncia Martima
tambm o contato do armador junto a autoridades porturias e governamentais.
Comissria de Despacho - confunde-se usualmente com o prprio despachante, pessoa fsica concursada e
apta a atuar na funo de auxiliar os comerciantes a despachar e liberar as mercadorias nos portos de
embarque e desembarque.
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NOVCC (Non-Vessel Owning Common Carrier) - trata-se de um armador sem navio, registrado no
Departamento de Marinha Mercante para poder operar, proposto a realizar transporte martimo em navios
de armadores constitudos. Para isso, mantm um acordo com estes armadores, envolvendo tanto a
utilizao de containers como do prprio navio deles. Sua atuao maior junto a pequenos comerciantes
que no encontram facilidades junto a armadores por possurem cargas fracionadas.
Mais conhecido como B/L (Bill of Lading), pode ser composto de vrias vias, sendo mais comum
em nmero de 6, todas assinadas pelo agente: 3 vias negociveis e 3 no negociveis.
Cada companhia de navegao pode ter seu modelo de conhecimento de embarque, a ser preenchido
com os dados necessrios, tais como: nome do exportador; nome e endereo da companhia de navegao;
nome do importador; porto de embarque; porto de destino; nome de quem vai ser notificado quando da
chegada da mercadoria; total de volumes; nome da mercadoria; peso bruto e volume cbico; forma de
pagamento do frete ("prepaid" ou "collect"); valor do frete (em algarismos e por extenso); nome do agente
da companhia transportadora no porto de embarque, com o carimbo e a assinatura do responsvel; e
carimbo do local de estiva da mercadoria (shipped on board).
O conhecimento de embarque pode ser emitido ordem (no prprio nome do embarcador, a sua
ordem ou ordem de seu agente no porto de destino) ou nominal (em nome do consignatrio). Pode ser
direto (onde a mercadoria segue direto at o porto de destino final) ou indireto (onde, por ocorrer
transferncia (transbordo) para outro navio, deve constar o nome das duas embarcaes e o valor de cada
frete). Pode ser sem reserva ou ressalvas ("clean on board") ou com reserva ou ressalvas (relato de alguma
avaria).
Pode haver contratao para transporte "House to House" [a mercadoria colocada no continer nas
instalaes do exportador e retirada do conteiner ("desovada") no ptio do consignatrio], "Pier to Pier"
(apenas entre dois terminais martimos), "Pier to House" ou "House to Pier". Relativamente ao servio "Pier
to Pier", existem formas padronizadas, dentre as quais podem ser destacadas:
FI (Free in to vessel) ou FILO (Free in, liner out): Livre de despesas de carregamento para o armador.
(FIS (Free in and stowed to vessel) ou FISLO Free in and stowed, linear out): Livre de despesas de
embarque e estiva para o armador.
FIST (Free in, stowed and trimmed to vessel): Livre de despesas de embarque, estiva e rechego
(balanceamento) para o armador.
FO (Free out) ou LIFO (Liner in, free out): Livre de despesas de descarregamento para o armador.
FIO (Free in and out to vessel): Livre de despesas de carregamento e descarregamento para o armador.
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FIOS (Free in, out and stowed to vessel): Livre de despesas de carregamento, descarregamento e
arrumao para o armador.
FIOT (Free in, out and trimmed to vessel): Livre de despesas de carregamento, descarregamento e
rechego (balanceamento) para o armador.
Os navios so construdos de forma adequada com a natureza da carga a ser transportada (embalada
e unitizada, embalada fracionada, granel slido, granel lquido, etc.), ou at em relao unidade de carga a
ser utilizada, com o objetivo de atender suas necessidades especficas. Os principais tipos so:
A) General Cargo Ship, Cargueiro ou Convencional : para o transporte de carga geral, com os pores
divididos de jeito a atender diferentes tipos de carga.
B) Bulk Carrier ou Graneleiro : visando o transporte de granis slidos (geralmente tem baixo custo
operacional).
E) Full Container Ship ou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de conteineres, que so alocados
atravs de encaixes perfeitos. A utilizao intensa de guindastes reduz sensivelmente a necessidade de
mo-de-obra.
F) Lash ou porta-barcaas: projetado para operar em portos congestionados, transporta, em seu interior,
barcaas com -capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3, cada uma, as quais so embarcadas e
desembarcadas na periferia do porto.
G) Sea-bea: mais moderno tipo de navio mercante, pois pode acomodar barcaas e converter-se em
Graneleiro ou Porta-conteiner.
A remunerao pelo servio contratado de transporte de uma mercadoria conhecido como frete. O
pagamento do frete pode ocorrer de trs formas :
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II. Frete Payable at Destination - o frete pago pelo importador na chegada ou retirada da mercadoria.
III. Frete Collect - o frete a pagar, podendo ser pago em qualquer lugar do mundo, sendo que o armador
ser avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete, para ento proceder liberao da mercadoria.
Os custos do transporte so influenciados por: caractersticas da carga, peso e volume cbico da carga,
fragilidade, embalagem, valor, distncia entre os portos de embarque e desembarque, e localizao dos
portos.
A tarifa determinada por mercadoria e quando o produto no est identificado nas tabelas cobrado o
frete NOS (Not Otherwise Specified), que representa o maior valor existente no respectivo item do tarifrio.
3.1.5.1 Frete Bsico: valor cobrado segundo o peso ou volume da mercadoria (cubagem), prevalecendo
sempre o que propiciar maior receita ao armador.
3.1.5.2 Ad-Valorern: percentual que incide sobre o valor fob da mercadoria. Aplicado normalmente
quando, esse valor corresponder a mais de US$1,000.00 por tonelada. Pode substituir o frete bsico ou
complementar seu valor.
3.1.5.3 Sobretaxa de Combustvel (Bunker Surcharge): percentual aplicado sobre o frete bsico,
destinado a cobrir custos com combustvel.
3.1.5.4 Taxa para Volurnes Pesados (Heavy Lft Change): valor de moeda atribudo s cargas cujos
volumes individuais, excessivamente pesados (normalmente acima de 1500 kg), exijam condies
especiais para embarque/desembarque ou acomodao no navio.
3.1.5.5 Taxa para Volumes com Grandes Dimenses (Extra Length Charge): aplicada geralmente a
mercadorias com comprimento superior a 12 metros.
3.1.5.6 Adicional de Porto: taxa cobrada quando a mercadoria tem como origem ou destino algum porto
secundrio ou fora da rota.
3.1.5.7 Fator de Ajuste Cambial - CAF (Currencv Adjustment Factor): utilizado para moedas que
desvalorizam sistematicamente em relao ao dlar norte americano.
3.1.5.8 Sobretaxa de Congestionamento (Port Congestion Surcharge): incide sobre o frete bsico, para
portos onde existe demora para atracao dos navios.
um percentual sobre o frete, de 25% para a navegao de longo curso (assim considerada quando
entre portos estrangeiros e brasileiros, sejam martimos, fluviais ou lacustres), cobrado do consignatrio da
carga pela empresa de navegao, que o recolhe posteriormente. Passa a ser devido no porto brasileiro de
descarga e na data da operao (incio efetivo da operao, de descarregamento), ou seja, incide somente na
importao.
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O valor do frete como base de clculo equivale remunerao do transporte mercante porto a porto,
includas as despesas porturias e outras despesas, constantes do conhecimento de embarque.
Serve como instrumento de ao poltica governamental, obtido de uma contribuio parafiscal, com
finalidades especficas de formar e manter uma marinha mercante e uma indstria de construo naval
brasileiras.
Esto isentos de recolhimento: bagagem, livros, jornais, peridicos, papel de imprensa, alguns tipos
de embarcaes, doao, carga consular, eventos culturais e artsticos, atos e acordos internacionais (quando
especificado no escopo do Acordo), drawback, reimportao, carga militar, cargas em trnsito, unidades de
carga (conteineres), admisso temporria, loja franca, Befiex, Zona Franca de Manaus, importaes do
governo federal, amostras, remessas postais e os bens destinados pesquisa cientfica ou tecnolgica.
Estiva: atividade de movimentao de mercadorias nos conveses ou nos pores das embarcaes principais
ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumao, peao e despeao, bem como o carregamento e descarga
das mesmas, quando realizados com equipamento de bordo.
No comrcio com os pases a seguir relatados, com os quais existem acordos ou convnios
internacionais de diviso de cargas, bilaterais, obrigatria a utilizao da bandeira de um dos dois
signatrios: Arglia, Argentina, Chile, Portugal e Uruguai. Ressalte-se que existem produtos excetuados,
geralmente minrios a granel e petrleo, em praticamente todos os casos.
obrigatrio o transporte das cargas em navio de bandeira brasileira, quando importadas por rgos
ou empresas governamentais, da administrao direta ou indireta, ou por empresas que venham a ser
beneficiadas com redues ou isenes de tributos (Decretos-lei ns 666 e 687, de 02 e 18.07.69). Esto
excludas as importaes: com alquota zero de imposto, especificamente prevista na Nomenclatura Comum
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do MERCOSUL - NCM, da Tarifa Externa Comum - TEC; conduzidas sob "drawback"; com alquota
favorecida no mbito da ALADI; objeto de concesso tarifria no GATT; e as doadas, com frete pago pelo
doador.
Nos casos dos acordos ou convnios internacionais relatados, bem como os Estados Unidos. com os
quais h acordo de acesso a cargas - prescritas, permitida a utilizao da bandeira do outro pas signatrio.
A liberao da carga (concesso de "waiver") pode ser solicitada, por ocasio do embarque, caso a
obrigatoriedade prevista no possa ser cumprida por falta de navio ou espao em navio, delegado do
Departamento de Marinha Mercante - DIVIM ou ao prprio DIVIM, conforme regras definidas por aquele
rgo, integrante do Ministrio dos Transportes.
Considerando o potencial de suas bacias hidrogrficas, o transporte fluvial tem ainda uma utilizao
muito pequena no Brasil. O grande volume de mercadorias transportada por este modal de produtos
agrcolas, fertilizantes, minrios, derivados de petrleo e lcool. Na Bacia Amaznica, porm, o transporte
de mercadoria manufaturada bastante difundido e, juntamente com madeiras da regio, feita na forma
internacional, ligando diversos portos brasileiros com o Peru e a Colmbia.
Neste tipo de modal, as embarcaes utilizadas so as balsas, chatas, alm de navios de todos os portes,
pequenos, mdios e grandes. O clculo de frete baseado na tonelada/quilmetro ou pela unidade, no caso
de containers. Seu valor bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres.
Alguns lagos navegveis, em nvel de transporte de cargas, so : Grandes Lagos, na fronteira dos Estados
Unidos e do Canad; Lagoa Mirim, que liga o Brasil ao Uruguai; Lago Titicaca, ligando a Bolvia ao Peru.
Tanto as embarcaes como o clculo de seus fretes seguem os mesmos padres do Transporte Fluvial.
4. TRANSPORTE TERRESTRE
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simplicidade de funcionamento;
maior disponibilidade para embarques urgentes;
permite integrar regies, mesmo as mais afastadas, bem como o interior do pas;
vendas do tipo entrega porta a porta, trazendo maior comodidade para exportador e importador;
menor manuseio da carga, sendo o veculo lacrado no local de carregamento e aberto no local de
entrega;
rapidez na entrega em curta distncia;
possibilidade de utilizao de embalagens mais simples e de menor custo.
As vantagens dos treminhes sobre os boogies, os quais tambem podem transportar dois containers
de 20 sobre a plataforma para 40 so :
a) maior segurana no transporte dos dois containers, suportados cada um por uma plataforma individual;
b) capacidade para suportar um peso maior;
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c) facilidade no estufamento dos containers separadamente, em plataformas de embarque onde no existam
equipamentos prprios para movimentao de containers.
Setembro/90, Assuno, Paraguai, documento de emisso obrigatria, em trs vias originais ( uma
para o exportador, outra acompanha a mercadoria e a terceira para o transportador). O CRT tem a funo de
:
contrato de transporte terrestre;
recibo de entrega da carga;
ttulo de crdito.
Neste documento devem constar dados como : embarcador, consignatrio, locais de origem e destino da
mercadoria, ponto de fronteira de liberao da mercadoria/veculo, data de entrega da mercadoria ao
transportador, descrio da mercadoria, sua embalagem , pesos e quantidades, marcas especiais, valor do
frete, entre outros.
O CRT deve ser datado e assinado pelo transportador ou seu representante e a mercadoria deve ser
vistoriada por ocasio do embarque. Se o documento no trouxer ressalvas , indica que o transportador
recebeu a mercadoria com a embalagem externa e a quantidade em perfeitas condies. Qualquer condio
defeituosa da mercadoria deve constar do documento para salvaguardar o transportador e o destinatrio da
mercadoria.
4.1.3 Fretes
tambm bastante comum que o frete seja cobrado por unidade de transporte (carreta, caminho, etc.),
ou seja, um frete global, fechado por viagem. Neste caso, pode-se ou no cobrar a taxa ad valorem. Neste
modal no existem acordos de frete, devido ao grande nmero de transportadores, de maneira que a
concorrncia bastante acirrada.
O frete pode ser de duas modalidades quanto ao seu pagamento :
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Pr-pago (prepaid) : pago na origem, ou seja, na ocasio do embarque, pelo exportador;
A pagar (collect) : pago no destino, pelo importador.
4.1.4 Legislao
O transporte rodovirio no Cone Sul regido pelo Convnio sobre Transporte Internacional
Terrestre firmado por Brasil, Argentina, Bolvia, Paraguai, Uruguai, Chile e Peru, no sentido de
regulamentar o transporte terrestre entre estes pases.
Este documento trata dos aspectos pertinentes ao transporte internacional por rodovias e dos
procedimentos relativos aos assuntos aduaneiros, migratrios, de seguros e disposies gerais de
operacionalidade do sistema. Este documento permitiu determinar os direitos e obrigaes dos
transportadores, bem como garantir o trfego regular de veculos e viagens diretas entre pases.
4.1.5 Permissionrios
Para operar no transporte internacional de cargas, a empresa transportadora dever obter junto s
autoridades do seu pas uma autorizao, que no Brasil chamada de Documento de Idoneidade. A
empresa, para solicit-lo, deve estar inscrita no RETRIC (Registro Cadastral de Habilitao de Empresa de
Transporte Internacional de Cargas) do Ministrio dos Transportes. A empresa deve obter esta permisso
em cada pas alvo de suas operaes.
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4.2 Transporte Ferrovirio
Transporte ferrovirio internacional aquele efetuado por vages, puxados por locomotivas, sobre
trilhos e com trajetos devidamente delineados, ou seja, no tm flexibilidade quanto a percursos e esto
presos a caminhos nicos, o que pode provocar atrasos na entrega das mercadorias em caso de obstruo da
ferrovia.
Liga, normalmente, pases limtrofes, podendo ser realizado tambm entre pases que no faam
fronteiras entre si, mas que apresentem condies para tal, tanto em relao distncia quanto viabilidade
de custos e condies das ferrovias, cujo trnsito realizado atravs de um terceiro ou terceiros pases.
4.2.1 Vantagens
Podemos citar, por exemplo, o transporte realizado pelas mineradoras, em composies de at 204
vages, com capacidade para 100 ton cada, utilizando 3 locomotivas para isto, podendo ser incrementado
com uma locomotiva no final da composio para ajudar a empurra-lo nas subidas.
Os vages tm capacidade de carga diferentes entre si, dependendo da finalidade para a qual foram
desenvolvidos.
Alm dos vages, as ferrovias tambm podem apresentar diferentes capacidades de carga,
dependendo da sua construo, limitando com isto a capacidade dos vages.
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O ferrovirio um modal apropriado para transporte de mercadorias agrcolas a granel, como
acar, gros, etc., assim como minrios, derivados de petrleo e produtos siderrgicos, que so os produtos
mais transportados, pois apresentam grandes volumes e preos baixos, necessitando de um frete
competitivo.
O modal ferrovirio tambm comporta o trfego de containers, o que no Brasil tem apresentado
tendncias de crescimento. inteno dos operadores das malhas ferrovirias privatizadas que a maioria
das cargas que entram e saem do porto de Santos sejam transportadas por via ferroviria, substituindo, em
boa parte, o atual transporte rodovirio neste trajeto.
Cabe ressaltar que quando o transporte de uma mercadoria ocorre por mais de uma ferrovia, aquela
que emitiu a Carta de Porte Ferrovirio pelo trajeto total a responsvel, perante todas as partes envolvidas,
por todo o percurso, desde a origem at a entrega.
4.2.4 Fretes
bastante comum que o frete seja cobrado por vago, ou seja, um frete global por viagem, podendo ou
no ser cobrada a taxa ad valorem.
H um frete mnimo para o caso de embarque de cargas leves que completam o vago sem chegar a um
peso adequado. Os fretes tambm podem ser prepaid ou collect.. Este ltimo no aceito para cargas
facilmente deteriorveis e plantas vivas.
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Como no rodovirio, este modal tambm regido pelas normas do Convnio sobre Transporte
Internacional. firmado entre os pases do Cone Sul : Brasil, Argentina, Bolvia, Peru, Paraguai, Uruguai e
Chile. H tambm convnios bilaterais entre os pases para acerto dos transportes entre eles.
Um dos problemas enfrentados por este modal a questo das bitolas das linhas frreas, que no so
padronizadas entre os pases, porque cada um adotou uma bitola especfica, com exceo do Brasil e
Bolvia, que adotaram o mesmo padro.
Em virtude do problema das bitolas, normalmente as cargas sofrem baldeao nos terminais ferrovirios
nas fronteiras, o que pode trazer problemas como roubo, avarias, atrasos, etc.. Isto representa um entrave ao
desenvolvimento do transporte internacional por ferrovias entre os pases sul-americanos.
5. TRANSPORTE AREO
O transporte areo internacional baseado nas normas da IATA (International Air Transport
Association) e em acordos e convenes internacionais.
As reservas para transporte de cargas podem ser feitas para um espao na aeronave, para o espao
total ou ainda afretamento de avies cargueiros.. As reservas so realizadas pelos expedidores diretamente
com a companhia area ou atravs de um agente de carga IATA.
5.2 Caractersticas
A IATA uma associao que rene empresas de todo o mundo, contando com aproximadamente 1.000
empresas e 10.000 agentes de carga associados. O seu desenvolvimento ocorreu a partir de 1945, aps a II
Guerra Mundial, em uma reunio na cidade de Havana, Cuba. Suas sedes so localizadas nas cidades de
Montreal, Canad e Genebra, Sua.
Esta associao representa as companhias areas, tm papel fundamental nas negociaes para o
estabelecimento de tarifas uniformes de fretes e regula as trs conferncias existentes, dividindo o globo em
22
trs reas. A participao das companhias na IATA voluntria, porm a empresa que no for associada
no ter a assistncia e facilidade encontradas por estas, uma vez que no contar com a estrutura e os
instrumentos disponveis da organizao.
So empresas de transporte areo autorizadas pelas autoridades de seu pas de origem a operar o
transporte de cargas e passageiros, dentro das normas internacionais, com aeronaves devidamente
registradas e capacitadas para o trfego.
Normalmente as empresas areas so proprietrias das aeronaves com que atuam, que podem ser
adquiridas pelo sistema de leasing ou atravs de financiamneto direto dos fabricantes. Porm, comum as
empresas se valerem de aeronaves de terceiros, no sistema de chartering, ou seja, afretamento de
equipamentos de outras empresas.
So intermedirios entre as empresas areas e os usurios do transporte. Estes devem ser propostos
por companhias areas e credenciados pela IATA.
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A arte de sua receita auferida atravs de um percentual do frete que realizam e que recebem das
empresas areas. Outra parte provm de taxas de expedientes diversas, que so mencionadas no AWB.
Dependendo do cliente e da negociao esta taxa poder ser eliminada pelo agente.
Estes agentes so autorizados a emitir os seus prprios Conhecimentos de Carga Area e podem
emiti-los, em lugar dos AWB das empresas areas nos embarques consolidados, onde a empresa area emite
um nico AWB para toda a carga embarcada. este caso, o Conhecimento emitido pelo agente no menciona
o transportador e pode ser utilizado para cargas embarcadas em qualquer companhia area.
Alm das caractersticas usuais dos Conhecimentos de Carga dos outros modais, como contrato de
transporte, ttulo de crdito, comprovante de entrega de carga, etc., o Conhecimento de Carga Areo
representa Certificado de Seguro, no caso do exportador solicitar empresa area um seguro da mercadoria
adicional quele que j tem normalmente, quando mencionado no mesmo. No caso de no haver seguro
extra, coberto pelo AWB, a responsabilidade do transportador se limita a US$ 20,00 (vinte dlares) o quilo.
Porm, em nenhum caso ser superior ao valor declarado da mercadoria.
Todo tipo de carga pode ser transportada por este modal, desde que no oferea risco aeronave, aos
passageiros e operadores. Para cargas perigosas, as condies estabelecidas pela IATA so bastante
rigorosas.
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As mercadorias perigosas podem ser classificadas pela ONU nas seguintes categorias de riscos :
Classe 1 - Explosivos;
Classe 2 - Gases;
Classe 3 - Lquidos inflamveis;
Classe 4 - Slidos inflamveis;
Classe 5 - combustveis e materiais oxidantes;
Classe 6 - substncias txicas e infecciosas;
Classe 7 - materiais radioativos;
Classe 8 - corrosivos;
Classe 9 - mercadorias perigosas diversas.
Algumas mercadorias aparentemente inofensivas podem ser perigosas, devendo-se solicitar autorizao
especial, como aerossis, materiais blicos, barmetros (podem conter mercrio), materiais de
branqueamento, aparelho de respirao (com cilindro de gs comprimido); baterias, tintas de celulose, gelo
seco, equipamentos eltricos, inseticidas, vacinas, etc..
ULD Unit Load Devices : Unidades prprias para unitizao de cargas, ou seja , os conteiners e pallets
utilizados na carga area. Estes distinguem-se em formatos e tamanhos , bem como em sua concepo e
utilizao, daqueles utilizados no transporte martimo.
Os ULD podero ser entregues aos embarcadores ou destinatrios por um perodo mximo de 48 horas,
no considerados sbados, domingos e feriados. Sero cobrados cerca de US$ 25,00 por dia ou pro rata pelo
atraso na sua devoluo.
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Tarifa Geral : a tarifa aplicada a expedies que no contenham mercadorias valiosas e que no
estejam enquadradas na tarifa especfica ou na tarifa classificada, estipulada por rea pela IATA e
dividida como segue :
Tarifa Normal : aplicada a embarques de at 45kg; em alguns pases at 100kg;
Tarifa Quantitativa : aplicada conforme o peso do embarque, por faixas de 45 a 100 kg; de 100 a 300
kg; de 300 a 500 kg e acima de 500 kg, diminuindo medida que o peso aumenta.
Tarifa para Mercadorias Especficas : normalmente mais baixas, utilizadas para mercadorias
transportadas regularmente de um ponto de origem a um ponto de destino determinado;
Tarifa Classificada : desdobramento da tarifa geral, aplicado a bagagem no acompanhada, jornais e
equivalentes, animais vivos, restos mortais, ouro, platina, etc., entre reas determinadas. podem ser
divididas como segue :
Tarifa Ad Valorem : mercadorias de alto valor;
Tarifa Reduo : produtos culturais, aparelhos mdicos, etc.
Tarifa de Sobretaxa : para cargas que apresentem dificuldade para manipulao, como cargas de
medidas extraordinrias ou volumes de peso excessivo.
6.1. Conceito
Transporte multimodal aquele em que uma mercadoria utiliza mais de um modal de transporte
para chegar a seu destino, sob a responsabilidade de um nico transportador ou operador de transporte
multimodal.
Sua grande vantagem permitir que um nico responsvel tenha a obrigao do transporte da carga
desde a origem at a entrega no destino final, ou partes do trajeto que de qualquer modo necessitam de
transporte conjugado. Adicionalmente, o transporte multimodal proporciona segurana carga,
possibilidade de entrega mais rpida e reduo de custos.
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6.3. Transporte Intermodal e Transbordo de Carga
O transporte multimodal foi introduzido no MERCOSUL atravs do Acordo de Alcance Parcial para
a Facilitao do Transporte Multimodal de Mercadorias, entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai,
celebrado entre estes pases em 30 de abril de 1994 (tambm conhecido como Acordo de Transporte
Multimodal Internacional - MERCOSUL). Entre ns, consoante o disposto no artigo 1 do Decreto 1.563
de 19 de julho de 1995, o Acordo em questo "ser executado e cumprido to inteiramente como nele se
contm, inclusive quanto sua vigncia".
"O transporte de mercadorias por duas modalidades de transporte, pelo menos, em virtude de um
Contrato de Transporte Multimodal, desde um lugar situado em um Estado Parte em que um
Operador de Transporte Multimodal toma as mercadorias sob sua custdia, at outro lugar
designado para sua entrega, situado em outro Estado Parte, compreendendo, alm do transporte
em si, os servios de coleta, unitizao ou desunitizao da carga por destino, armazenagem,
manipulao e entrega da carga ao destinatrio, abarcando os servios que foram contratados
entre a origem e o destino, inclusive os de consolidao e desconsolidao das cargas."
"Art. 178. A lei dispor sobre a ordenao dos transportes areo, aqutico e terrestre, devendo,
quanto ordenao do transporte internacional, observar os acordos firmados pela Unio,
atendido o princpio da reciprocidade." (grifos nossos)
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Assim, no mbito do MERCOSUL, o transporte multimodal de cargas e mercadorias est vinculado
s disposies do Acordo de Transporte Multimodal Internacional - MERCOSUL.
A Lei 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, regula o transporte multimodal de cargas e define-o como
sendo aquele que, regido por um nico contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a
origem at o destino, e executado sob a responsabilidade nica de um Operador Multimodal,
compreendendo alm do transporte em si, a unitizao, desunitizao, movimentao, armazenagem, e
entrega de carga ao destinatrio e a realizao de servios correlatos que forem contratados entre a
origem e o destino, inclusive os de consolidao de documentos. A lei considera nacional este transporte
quando os pontos de embarque e de destino estiverem situados no territrio nacional e; internacional,
quando o ponto de embarque ou de destino estiver situado fora do territrio nacional.
Tanto nos segmentos nacionais como nos internacionais o rgo responsvel pelo Transporte
Multimodal no Brasil o Ministrio dos Transportes, ressalvada a legislao vigente e os acordos, tratados
e convenes internacionais.
A Lei n 9.611/98 traz tambm os conceitos de Operador Multimodal, como a pessoa jurdica
contratada para fazer o transporte da carga desde sua origem at seu destino, por meios prprios ou de
terceiros, podendo ou no ser o prprio transportador.
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O Operador Multimodal, ou qualquer subcontratado para referido servio so responsveis
solidariamente perante a Fazenda Nacional, pelo crdito tributrio exigvel, sendo que ao operador cabe o
direito de regresso.
7. SEGUROS
(a) Introduo
O propsito do seguro dar proteo carga transportada contra danos ou perdas, visando apenas
repor um dano advindo da ocorrncia de um sinistro e nunca proporcionar lucros com relao ao bem
segurado.
Uma operao de seguro no comrcio exterior depende essencialmente de dois fatos distintos,
porm interligados, a saber, (I) a compra e venda de determinada mercadoria; e (II) o transporte
internacional envolvido. necessrio que a condio de venda ou compra determine quem tem a
responsabilidade de arcar com a contratao do seguro, o que geralmente se d conforme a modalidade ou
Incoterm escolhido pelas partes.
O contrato de seguro contempla uma operao realizada entre duas partes, o segurado e o segurador,
coordenada por uma terceira parte denominada corretor. O Cdigo Civil Brasileiro o define como aquele
pelo qual uma das partes se obriga para com a outra mediante a paga de um prmio, a indeniz-la do
prejuzo resultante de riscos futuros, previstos no contrato. (art. 1.432)
V-se, portanto, que atravs do contrato de seguro, o segurador assume o risco de indenizar o
segurado por um prejuzo decorrente de um sinistro, mediante o recebimento de uma contrapartida
pecuniria, o prmio. Tambm pode-se incluir entre os riscos assumidos pelo segurador as despesas
incorridas pelo segurado relativas a providncias tomadas no sentido de evitar ou reduzir os danos que a
mercadoria possa sofrer em decorrncia de um sinistro.
A aplice de seguro (que o instrumento que formaliza o contrato de seguro) contm as declaraes
e informaes do segurador e do segurado.
O sistema nacional de seguros privados tem por finalidade controlar e fomentar o mercado de
seguros, inserindo-o cada vez mais na economia nacional, e composto dos seguintes rgos:
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- SUSEP (Superintendncia de Seguros Privados) - igualmente subordinada ao Ministrio da
Fazenda, e tem atribuies de fiscalizar o cumprimento das normas estabelecidas pelo CNSP,
acompanhando a constituio e funcionamento das entidades seguradoras.
- Companhias Seguradoras - empresas que tem por objeto social segurar bens, de acordo com a
vontade de seus clientes e indeniza-los contra danos ou perdas sofridos pela carga segurada. So obrigadas
a ressegurar, junto ao IRB, todas as responsabilidades assumidas que excedam seus limites de suporte,
podendo tambm aceitar resseguros quando assim autorizadas pelo IRB.
- Corretor de Seguros - pessoa fsica ou jurdica autorizada pela FUNSENSEG (Fundao Escola
Nacional de Seguros) a operar na atividade de seguro, pela qual recebe da seguradora uma comisso
denominada corretagem. O corretor intermedia a relao entre o cliente e a companhia seguradora,
assumindo responsabilidade civil sobre a operao e respondendo por qualquer problema que tenha dado
causa (quer por culpa ou dolo) perante os segurados e seguradoras.
- Bem Segurado - qualquer coisa que tenha valor econmico e pela qual o segurado tenha pago um
prmio companhia seguradora para proteg-lo do risco de danos e perdas, que ser indenizado em caso de
sinistro, possibilitando a sua reposio e que tenha recebido a emisso de um certificado ou aplice de
seguro, caracterizando-o.
- Risco - o evento a que o bem segurado est sujeito e que independe da vontade das partes
envolvidas, podendo ocorrer aleatoriamente a qualquer tempo. um evento futuro e incerto.
- Valor Segurado - o valor de bem a ser considerado para efeitos de pagamento da indenizao
por sinistro. Pode ser comprovado pela fatura comercial ou outro documento comercial hbil.
Normalmente considera-se de 100% a 110% do valor CIF do bem para assegurar a cobertura das despesas
que o segurado possa ter em relao ao sinistro. Numa operao FOB, normalmente acrescenta-se 25% ao
valor do bem para cobrir tambm as despesas com o frete que o beneficirio possa incorrer em caso de
sinistro.
- Prmio - a contrapartida paga pelo segurado companhia seguradora pela assuno, por esta
ltima, do risco em relao ao bem segurado. A falta do pagamento do prmio nas condies ajustadas
isenta a companhia seguradora do pagamento da indenizao em caso de sinistro.
30
- Valor Indenizado - a soma em dinheiro pagvel ao beneficirio pela companhia seguradora na
hiptese da ocorrncia de um sinistro.
- Franquia - a parcela do valor indenizado que deve ser suportada pelo beneficirio, isto , que
no est coberta em funo do prmio pago. Sua finalidade evitar pagamento de quantias de menor
monta, reduzindo de forma geral os custos operacionais das companhias seguradoras. A franquia
normalmente varia entre 1% e 5% do valor segurado.
- Aplice de Seguro - o documento que instrumentaliza o contrato de seguro para todos os fins de
direito (tem valor jurdico). Dela devem constar as qualificaes das partes contraentes, a identificao do
bem segurado, a descrio dos riscos segurados, o valor do prmio e as condies para seu pagamento, o
valor segurado e a franquia, o prazo de vigncia, o local de incio e de trmino do seguro, a identificao do
veculo transportador, a data de embarque e qualquer outro detalhe de relevo operao. Pode ser
simples/avulsa, quando emitida para cada embarque individualmente ou flutuante, quando emitida para
cobrir uma srie de embarques num determinado perodo de tempo, normalmente de 12 meses.
- Resseguro - a transferncia, pela companhia seguradora, de parte do risco assumido com uma
operao de seguro, para uma ou mais resseguradoras, visando mitigar seus riscos diretos. Funciona como
um seguro do seguro.
- Retrocesso - quando o seguro contratado com uma companhia seguradora e ressegurado com
uma resseguradora ultrapassa os limites operacionais (capacidade de indenizar) desta ltima, esta pode
31
repassar a parcela de seus riscos que exceda seus limites operacionais a outras seguradoras no mercado.
na verdade o resseguro das resseguradoras.
As clusulas bsicas neste tipo de seguro incluem: (i) para transporte aquavirio, naufrgio, encalhe,
abalroamento, exploso, incndio, raio, tempestade, etc.; (ii) para transporte terrestre, descarrilamento,
capotagem, coliso, exploso, incndio, etc.; e (iii) para transporte areo, queda do avio, aterrissagem
forada, abalroamento, coliso, exploso, incndio, etc.
Podem tambm ser contratadas clusulas especiais para a cobertura de todos os riscos de transporte
e eventuais riscos que possam decorrer de causas alheias ou externas durante o transporte.
Existem algumas excees que podem isentar o segurador da responsabilidade de indenizar, dentre
as quais incluem-se: (I) culpa do segurado no sinistro; (II) vcio prprio da mercadoria ou defeito da mesma
ou em sua embalagem; (III) inadequao do veculo transportador para o transporte da carga; (IV) troca do
veculo transportador da mercadoria sem a concordncia da seguradora; (V) desvio de rota do veculo, ainda
que, eventualmente o sinistro possa acontecer quando o veculo j esteja de volta sua rota normal; (VI)
estiva malfeita ou perdas em face de demora/sobre estadia do navio no porto; e (VII) durao excessiva da
viagem, ultrapassando um tempo considerado normal para ser concluda.
Adicionalmente, existem outras excees que podem ser cobertas atravs do pagamento de taxa
especial alm do prmio normal, a saber, (I) perda ou dano em virtude de guerra, guerra civil, revoluo,
rebelio, insurreio; (II) captura, arresto, restrio mercadoria e s conseqncias advindas disto, exceto
se a causa for pirataria; (III) perda ou dano mercadoria em virtude de bombas, torpedos ou outras armas
de guerra; e (IV) perda ou dano mercadoria causada por ou resultante de greves, lock-outs, distrbios,
terrorismo, motim ou comoo civil.
- Coberturas Especiais - existem coberturas especiais contra os riscos de (a) roubo dos bens
segurados, e (b) rejeio das mercadorias seguradas pelas autoridades governamentais do pas importador.
Neste ltimo caso, a cobertura no aplicvel nos casos de (I) mercadorias que no tenham sido
produzidas, embaladas, embarcadas de acordo com as regulamentaes do pas importador e inspecionadas
antes do incio do seguro; (II) perda de mercado; (III) no cumprir as regulamentaes do pas importador
sobre embalagens; (IV) qualquer erro ou omisso no contrato de venda ou qualquer outro documento; e (V)
qualquer descumprimento com relao garantia da aplice de seguro. Tambm incluem-se entre as
coberturas especiais, (c) a clusula guerra, (d) a clusula greve, (e) a clusula de lucros esperados, (f) a
clusula especial para seguro de impostos; e (g) a clusula de trnsito incluindo depsito a depsito.
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7.2 Seguro do Transportador
o seguro efetuado pelo transportador para os seus veculos, navios aeronaves etc. Apresenta
diferenas em relao ao seguro abordado anteriormente, pois enquanto o de mercadorias efetuado pelo
dono das mesmas, este feito pelo segurador para cobrir danos ou perdas aos veculos utilizados em seu
transporte. Existe nas seguintes modalidades;
- Areo - inclui o seguro para sinistros aeronuticos que cobre os danos causados s aeronaves em
virtude de acidentes, mas est sujeito vistoria prvia da entidade seguradora.
- Martimo - inclui seguro de cascos para indenizar o segurado por danos causados embarcao e
seus equipamentos. Igualmente no cobre as cargas que porventura estejam no navio por ocasio do
sinistro.
So clubes de proteo formados pelos armadores. Consistem numa estrutura que d aos armadores
suporte em casos de ausncia de cobertura por seguros convencionais, e tm a finalidade de prover
coberturas em relao a:
- prejuzos sofridos por seus associados referentes a indenizaes pagas aos embarcadores em face
de sinistros sofridos pelas mercadorias durante uma viagem martima, inclusive despesas de suporte, como
vistorias etc.
- assistncia aos tripulantes nos acidentes pessoais, doenas, etc.
- assistncia a terceiros que sofram acidentes no navio;
- prejuzos suportados pelo armador em casos de poluio martima de que sejam declarados
culpados;
- coliso de navios; e
- despesas no recebimento de fretes, relacionadas a problemas com arresto de navios, decorrentes de
soluo de controvrsias, ou decorrentes da construo e reparo de navios.
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Principais Tipos de Embarcaes
Foto ilustrativa Tipos Definio
So os navios que transportam vrios
tipos de cargas, geralmente em pequenos
lotes sacarias, caixas, veculos
encaixotados ou sobre rodas, bobinas de
papel de imprensa, vergalhes, barris,
barricas, etc. Tem aberturas retangulares
Navios de Carga no convs principais e cobertas de carga
Geral chamadas escotilhas de carga, por onde a
carga embarcada para ser estivada nas
cobertas e pores. A carga iada ou
arriada do cais para bordo ou vice-versa
pelo equipamento do navio (paus de carga
e ou guindastes) ou pelo existente no
porto.
So os navios que tem a finalidade nica
de transportar pessoas e suas bagagens.
Pode ser para viagens normais como para
Navios de cruzeiros tursticos. Possuem uma
Passageiros estrutura voltada ao lazer, como
restaurantes de luxo, cassinos, bares,
cinema, boate, lojas, piscina, salo de
jogos e ginstica, etc.
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So os navios para transporte de petrleo
bruto e produtos refinados (lcool,
gasolina, diesel, querosene, etc.). Se
caracterizam por sua superestrutura a r e
longo convs principal quase sempre
Navios Tanque
tendo meia nau uma ponte que vai desde
a superestrutura at a proa. Essa ponte
uma precauo para a segurana do
pessoal, pois os navios tanques
carregados passam a ter uma pequena
borda livre, fazendo com que no mar seu
convs seja "lavado" com frequncia
pelas ondas.
35
So os navios parecidos com os gaseiros,
transportando cargas qumicas especiais,
Navios Qumicos
tais como: enxofre lquido, cido
fosfrico, soda custica, etc.
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Principais Tipos de Aeronaves
Foto ilustrativa Tipos Definio
37
Principais Tipos de Caminhes
Foto ilustrativa Tipos Definio
38
Tem o mesmo conceito do cavalo mecnico,
mas com o diferencial de ter eixo duplo em seu
Cavalo Mecnico conjunto, para poder carregar mais peso.
Trucado ou LS Assim o peso da carga do semirreboque
distribui-se por mais rodas, e a presso
exercida por cada uma no cho menor.
39
Vantagens do Transporte Martimo
Acessibilidade A maioria dos portos martimos est longe dos locais de produo e
destino final das mercadorias, o que exige quase sempre transbordo.
Custo da embalagem A natureza das operaes de manuseio nos portos martimos exige
embalagens adequadas para mercadorias
Velocidade o meio de transporte mais lento. A durao mdia de uma viagem
maior do que a de qualquer outro meio de transporte (modal)
Freqncia dos Servios No oferece amplas possibilidades de escolha de servios regulares.
Por ser menos freqentes, agrega custo pelo perodo de armazenagem
de mercadorias.
Congestionamento nos portos Cada vez mais freqentes, o congestionamento compromete qualquer
programa de trfego e implica pagamentos de adicionais pela demora
na atracao e desatracao. O custo da embalagem maior
40
Vantagens do Transporte Areo
Capacidade Mesmo a maior aeronave no pode competir com outros meios de transporte por
causa das restries de volume e de peso
Carga a Granel Est fora de cogitao o transporte de minrios, petrleo, gros e qumicos a granel
por via area, dentro do princpio de economicidade dos transportes
Produtos de baixo Matrias-primas, produtos semifaturados e alguns manufaturados no tm
custo unitrio condies de absorver o alto valor das tarifas areas
Artigos perigosos H severas restries quanto ao transporte desses produtos por via area.
41
Vantagens do Transporte Rodovirio
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Vantagens do Transporte Ferrovirio
Capacidade o meio aconselhvel para grandes quantidades de carga por causa de sua maior
capacidade se comparada ao transporte rodovirio e areo
Flexibilidade No caso do subsistema gua-ferroviria, os vages so transportados em balsas
combinada
Velocidade Os trilhos so vias de alta velocidade para os trens
Flexibilidade baixa por causa das restries da rede e das diferenas de bitola
Transbordo A localizao dos pontos de produo com relao s estaes ferrovirias exige
transporte prvio e posterior da remessa, o que implica manipulaes, que podem
causar danos mercadorias
Furto Est mais exposto a furtos em razo de percursos maiores e da armazenagem
entre a origem e o destino final
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Caractersticas
44
45
rgos Intervenientes Internacional
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rgo Intervenientes Nacionais
- TM Tribunal
Martimo vinculado
ao Ministrio da
Marinha, responsvel
pela investigao e pelo
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julgamento dos acidentes
ocorridos na navegao
martima, podendo suas
concluses e laudos
tcnicos serem usados
pela justia civil, quando
necessrio
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