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A Evolução Setenária Na Teosofia Científica

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A Evoluo Setenria na Teosofia Cientfica *

por Claudia Bento Alves

O tema do Manvantara universal,


especialmente nas suas divises setenrias
comumente difundidas pela Teosofia. Nos toca
aproveitar a presente oportunidade para oferecer
ao leitor um resumo de alguns dos principais
tens do Teosofismo prtico, naquilo que diz
respeito aos ciclos setenrios especialmente.

O conhecimento que me proponho a compartilhar


foi generosamente transmitido pelo escritor Luis
Augusto Weber Salvi (laws), por meio de
inmeros dilogos, nas mais diversas ocasies,
momentos e oportunidades.
Conhecendo as dificuldades que se apresentam
ao buscador destas informaes muitos tm
solicitado snteses a respeito da matria-, e
tendo em vista que os referenciais de pesquisa
esto praticamente restritos s obras neo-
teosficas, de forma bastante difusa e no
necessariamente sistematizada, surgiu o sincero
desejo de dividir com o leitor este conhecimento
transformador.

O que apresentamos aqui apenas um rpido


resumo de alguns dos temas mais destacados na
linguagem teosfica e no neo-teosofismo, sob
uma tica que pretende aproximar de fato a
Cincia e a Religio, assim como Arte e Filosofia.
Ao final da matria, voltaremos ao tema visando
detalhar algo mais sobre a obra do Autor. O
nosso verdadeiro intuito tentar oferecer uma
necessria alfabetizao esotrica em torno
destas importantes matrias, mas dar
sustentao a uma redao didtica nestes
profundos assuntos representa sempre um
saudvel desafio, naquilo que contamos com a
comprenso do leitor sobre os nossos evidentes
limites.
A palavra Teosofia significa literalmente
Sabedoria Divina ou a Sabedoria dos Deuses.
Vista como uma espcie de Filosofia Perene,
tendo por base a Cincia, a Arte, a Filosofia e a
Religio, conhecimentos que abrangem todas as
modalidades da cultura humana, a Teosofia
Cientfica possibilita uma verdadeira sntese
dos mistrios. Tal operao s possvel
devido ao momento histrico em que nos
encontramos, qual seja, a finalizao de um ciclo
racial, perodo conhecido como a Era do
Diamante, no qual as diversas modalidades
de conhecimento so amalgamadas, restauradas
e renovadas, a fim de que se d incio a
estrutura cultural de uma nova Raa. Torna-se
ento acessvel o conhecimento das operaes
secretas da natureza.
Diz, neste sentido, o professor Lus A. W. Salvi:

As Cincias Esotricas so naturalmente


detentoras de grandes mistrios e profundidades.
Porm, foroso reconhecer que, por sua prpria
natureza, este campo tende a ficar minado e
prenhe de fetiches e de mistificaes -
especialmente na medida em que dele tenta se
apoderar o leigo ou o semi-leigo. Boa parte
destes desvios so fomentados pelos Irmos das
Trevas, que buscam criar falsos ares de poderes,
de superioridade e de sabedoria para iludir as
pessoas. No mais, toca aos prprios limites de
interpretao ou de capacidade de expresso
daqueles que, na falta de um canal mais
adequado, so escolhidos para transmitir algum
conhecimento superiormente inspirado.
Contudo, enquanto perdurar esta situao, as
Cincias Sagradas no podero oferecer
Modernidade tudo aquilo que podem fazer em
favor da reintegrao de um Saber Pleno para o
mundo. por esta razo que temos insistido que
a verdadeira reabertura das Escolas de
Mistrios, diz mais respeito no tanto s suas
portas externas para receber mais pessoas, mas
sim s suas portas internas no sentido da
decodificao dos seus saberes, seguida de
propostas de sua reaplicao em diferentes
escalas em favor da sociedade.
Podemos, assim, considerar a Teosofia Cientfica
como a viso dos Mistrios Desvelados, na qual
Cincia e Tradio aproximam-se de fato,
possibilitando uma abordagem integrada e
universalista da Criao e de seus ciclos
evolutivos.
A vida, a partir desta tica, apresenta-se em
constante evoluo. Essa evoluo, de cunho
ascendente mas tambm cclico, ocorre por meio
de processos estruturais, nos quais observamos
a constante reiterao do ritmo setenrio.
Referem da os tesofos, sobre a importncia das
sete Rondas, das sete Raas-razes, das sete
Sub-raas, das sete Iniciaes, dos sete Raios,
dos sete Reinos, etc...; Blavatsky dizia que o
sete a escala da Natureza.
A profunda dignidade do algarismo Sete -alude
laws- possui mltiplas razes matemticas, ou
em especial geomtricas, na medida em que o
espao se organiza naturalmente atravs destas
divises. Isto se deve s divises naturais do
Sete embora seja este uma unicidade e um
algarismo primo-, a exemplo do 3+4 e do 2+5.

O 3 + 4 = 7 tem sido considerado pelos


estudiosos das culturas primordiais como a mais
antiga equao espiritual do mundo. O algarismo
trs, associado ao masculino, ao cu e ao
tringulo somado ao quatro, smbolo do
feminino e da terra, relacionado ao quadrado. A
juno destes elementos, encontrada tambm
nos apontamentos alqumicos e na hermenutica
medieval, consubstancia no sete a representao
da perfeio refletida pela unio do princpio
masculino e feminino e, consequentemente, da
gerao da vida (o ovo csmico).
Cabe apresentar estas estruturas setenrias e
seus ciclos internos que, como veremos, se
sobressaem concomitantemente, ou explicitar
algo mais sobre eles, a fim de que se possa ter
uma percepo global de todo o quadro.
Priorizemos, no entanto, no o conjunto de
dados e conceitos em si, mas, acima de tudo, a
perspectiva de vida csmica e transcendental
que se descortina ante nossas vistas; no a
erudio, mas o carter transmutador das
informaes.

1. Os Calendrios da evoluo

O j bastante conhecido Ano de Plato, composto


por 26 mil anos, o perodo referido pelos
tesofos como Ronda, e que os hindus chamam
de Manvantara-Pralaya. Cada Ronda ou Grande
Ano de Plato pode receber muitas formas de
diviso, sendo uma das mais conhecidas a das
doze Eras Zodiacais, cada Era com a durao de
2.160 anos. So consideradas sete Rondas,
sendo dito que nos encontramos na Quarta, a
chamada Ronda Humana-humana, que teve seu
comeo h 24 mil anos, durante a Era de
Capricrnio.
As Rondas anteriores relacionam-se evoluo
Humana-primitiva, quando se desenvolviam os
homindeos; as posteriores dizem respeito
evoluo Humana-avanada, ou seja, aos
Mestres, Adeptos e Super-homens, os chamados
seres mais-que-humanos ou homens perfeitos e
divinos. Ento, parte-se do pr-humano,
passa-se pelo humano e chega-se ao ps-
humano, por assim dizer. Desta forma,
podemos conceber as Rondas como as grandes
etapas de evoluo da prpria condio humana.
Entende-se que dentro de cada Ronda evoluem
as Raas-razes e suas Sub-raas. Como foi
colocado, so consideradas sete Raas-razes,
abrangendo cada qual o perodo de 5 mil anos e
comportando sete Sub-raas, as quais
apresentam, por sua vez, uma durao mdia de
700 anos cada. Levando em conta as clssicas
quatro Idades do Mundo (Idade do Ouro, Idade
de Prata, Idade do Cobre e Idade de Ferro), toda
Raa-raiz comea com uma Satya Yuga (Idade
de Ouro) e termina com a Kali Yuga (Idade de
Ferro), quando ento h uma transio para a
prxima Satya Yuga, inaugurando uma nova
Raa-raiz. As quatro idades constituem, pois,
uma estrutura paralela das Raas-raizes.

2. Os Trs Centros

Trataremos agora dos trs Centros planetrios,


ou seja: Shambala, Hierarquia e Humanidade.
Correspondem a trs Reinos espiritualmente
coligados, dentre os chamados Sete Reinos da
Natureza.
Shambala tem sido apontada como um reino
mtico localizado nos Himalayas ou na sia
Central. Devido ao nome que, em snscrito
significa um lugar de paz, felicidade e
tranquilidade, muitos supem que os seus
habitantes sejam todos seres iluminados,
vivendo numa espcie de Idade de Ouro.
Saliente-se que Sanat Kumara, rei eterno de
Shambala, foi o primeiro ser humano a encarnar
uma divindade na Terra ou seja, a se tornar
um Avatar, como por exemplo Buda ou Cristo-, o
que representou uma revoluo na cultura
planetria. De acordo com a tradio, tal fato
ocorreu h 13 mil anos, ao tempo da Raa
Lemuriana e da passagem da Era de Libra para a
de Virgem.
Segundo os tratados tibetanos, em especial
Caminho para Shambala, do XIIIo Dalai Lama
que profetizou a invaso do Tibete e a renovao
do Dharma no Ocidente- h trs acepes para
Shambala, que pode ento ser entendida como
mito, realidade geogrfica e ainda caminho
espiritual. No caso, o caminho do guerreiro
espiritual, como aquele encontrado na Agni Yoga
-Ioga do Fogo, prtica que trabalha diretamente
com a luz e o poder e que constitui o coroamento
dos Ensinamentos Yogues transmitidos
anteriormente- e no Kalachakra (Roda do
Tempo), sistema budista de conhecimentos que
rene astrologia, calendrios e rituais.
Na verdade, Shambala deve ser entendida como
uma esfera basicamente espiritual, cujos mestres
-os Avatares- manifestam-se fisicamente, em
regra, mais ou menos de mil em mil anos, a
exemplo de Jesus, Buda e Krishna. Desta forma,
de se conceb-la como a Fundao original da
espiritualidade superior no planeta,
caracterizada, acima de tudo, pela compaixo,
mas tambm pelo poder e o sacrifcio, assim
como pelo conhecimento divino. Segundo o XIVo
Dalai Lama, Tenzin Gyatso, a compaixo
representa o impulso incontvel de cuidar do
outro e que tem por substrato a percepo da
unidade entre todos os seres, de modo que o
sofrimento alheio , em ltima anlise, meu
tambm, assim como a iluminao do outro
integra e intensifica a minha prpria iluminao.
A modelo daquela mxima, por muitos atribuda
a Gandhi, quando caio toda a humanidade cai
comigo, quando me levanto toda a humanidade
eleva-se comigo. Enfatize-se que foi o poder de
tal atributo que, a partir da manifestao desde
Centro Primordial, permitiu a evoluo espiritual
da Humanidade, libertando a Terra do chamado
ciclo luciferiano, quando os antigos iniciados,
tidos por isto como filhos de Lcifer
(sabidamente, um anjo cado), levavam a luz
somente para si e no para todos.

Shambala detm todavia energias muito


elevadas e incompreensveis para a Humanidade,
por isto dela emana um centro vinculado alma
ou ao amor universal, que a Hierarquia.
Atuando sempre segundo as diretrizes de
Shambala, a Hierarquia formada por uma
ordem permanente de mestres, que representam
secundariamente a divindade na Terra e que
constituem, de fato, uma elite de iluminados,
precursora dos conhecimentos espirituais da
Humanidade. So esses Mestres que, estando
mais prximos da Humanidade, ainda que
atuando em seus Ashrams ou centros prprios,
apontam os caminhos da evoluo humana,
explicitando ou organizando na forma de
Civilizao o Dharma trazido por Avatares como
Jesus, Buda ou Krishna.
A Hierarquia irradia, por sua vez, um terceiro
Centro que a Humanidade espiritual, que
aparece ento na forma das Raas-razes. Uma
Raa-raiz ua Humanidade regida em nvel de
alma, com possibilidade espiritual evolutiva e
alinhada Hierarquia; destinada ento a
expandir a sua cultura-modelo atravs de toda a
Terra.
Em sntese, Shambala representa o surgimento
do superior que permitiu integrar o inferior ou a
Humanidade na evoluo planetria, graas ao
preceito da salvao, da intermediao e da
expiao, intervindo assim no carma humano.. A
Hierarquia, sob a sua orientao, tem sido o
instrumento para esta mediao.

a. As Raas-razes
Em cada Ronda evoluem, como vimos, sete
Raas-raizes; cada raa-raiz comporta sete sub-
raas. Na Ronda atual, as duas primeiras Raas-
razes, a Hiperbrea e a Austral, no so muito
mencionadas, pois so tidas por alguns
pensadores como nirvnicas, representando,
assim, o pice da evoluo das Raas na Ronda
anterior. Na contramo deste entendimento,
estudiosos afirmam que tratar-se-iam de raas
primitivas, passando por uma etapa ainda muito
rudimentar em termos de evoluo espiritual,
sendo por isto desconsideradas como
propriamente humanas. No h um consenso
sobre este ponto, cabe ao pesquisador chegar a
suas prprias concluses, podendo no obstante
ambos os pontos-de-vista conter verdades
considerveis.
Do outro extremo, temos a duas ltimas Raas.
Tambm neste ponto estabelece-se certa
polmica. Determinadas linhas de pesquisa
propagam a idia de que a Sexta Raa-raiz no
se completar e que, por isto, no haver uma
stima Raa-raiz. As correntes de pensadores
que entendem pela realidade da Stima Raa-
raiz dizem tratar-se da Raa Divina e a veem
por vezes como a primeira raa da Ronda
posterior. Como se percebe, levando em conta
estas consideraes, poder-se-ia falar em quatro
Raas e compreender as demais como transies
raciais pertinentes evoluo da condio
humana tendo por base, como j apontado, o
estgio pr-humano, o humano e o ps-
humano. Uma das chaves para toda esta
questo, estaria na criteriosa distino entre as
Raas-razes e as Lojas hierrquicas que se
desenvolvem em seu seio ou, antes, em paralelo
com as Raas, tendo como uma de suas misses
custodiar e orientar a evoluo humana. Na
sequncia, incluiremos uma anlise sumria da
evoluo conjunta destes dois reinos, e mais
adiante voltaremos a tratar especificamente das
Lojas da Hierarquia.

A Terceira Raa conhecida pelo nome de


Lemuriana; a quarta, de Atlante; a quinta a
Raa ria; a sexta, a Americana ou Teluriana.
Dentro desse processo sequencial e evolutivo,
podemos estabelecer uma relao direta entre as
Raas e as iniciaes pelas quais passam a
Humanidade e a Hierarquia. Em cada Raa-raiz,
atravs das iniciaes planetrias e solares,
processa-se a evoluo da Humanidade e da
Hierarquia. A Humanidade passa por quatro
Iniciaes: duas Planetrias e duas Solares; para
a Hierarquia, sobrepe-se a essas mais duas
Iniciaes Siracas (referente estrela Srio,
considerada a sede da Loja da Hierarquia), que
so a Quinta e a Sexta Iniciao. A partir da
Stima Iniciao, surgem os graus csmicos. So
as Iniciaes Divinas ou Avatricas, pertencentes
esfera de Shambala, portanto, o Centro
espiritual supremo.
Observe-se o Quadro acima, para melhor
compreenso do tema, considerando que o
quadro das dez iniciaes constitui uma diviso
tradicional -lembremos, por exemplo, da rvore
Sefirtica da Cabala. O setenrio, em especfico,
pode ser visto atravs das Sete Iluminaes que
se sucedem a partir do quarto grau.
A Terceira Raa, a Lemuriana, existiu h cerca de
15 mil anos, a partir da Era de Libra. Realizou a
Primeira Iniciao para a humanidade ou o
Noviciado, por meio da prtica da Yoga Fsica -
semelhante ao que hoje conhecemos como Hatha
Yoga (asanas)- e da purificao material
(alimentao adequada, etc.). Atingiu a
conscincia espiritual da morte, em outras
palavras, a percepo de que o tempo existe
para que se evolua, e neste sentido buscou a
superao da extino da conscincia e o correto
emprego do livre-arbtrio. Nesse perodo, a
meditao estava restrita aos mestres da
Hierarquia, que, ento, dispunham somente da
Terceira Iniciao, acessada atravs da Dhyana
ou Yoga Mental. A Hierarquia estava todavia se
organizando, e no se encontrava integrada com
a Humanidade. Como verdadeira abridora de
caminhos, a Hierarquia caminha sempre dois
graus frente da Humanidade, sendo, ela sim,
contada desde a primeira Raa-raiz.

Na quarta Raa-raiz, a Atlante (10 mil anos


atrs, Era de Cncer),* surge o Estado Espiritual,
a Teocracia. A Hierarquia introduz na sociedade
humana esta frmula, a fim de se aproximar da
Humanidade, preparando uma cultura precursora
para a evoluo humana. Surgem da os
Adeptos, os Profetas, os grandes iniciados, os
administradores divinos da luz, que mantm a
roda do Dharma em movimento. Ocorre a
segunda iniciao humana ou o Discipulado, por
meio da prtica da Bakti Yoga, a Yoga
Devocional. Aparece a magia astral, que, na
poca, constituiu uma revelao das
possibilidades subjetivas da conscincia e dos
poderes psquicos, a exemplo das viagens astrais
e dos sortilgios, e que, posteriormente,
degeneraria em magia negra.
A Hierarquia recebe, por sua vez, a Quarta
Iniciao: a cruz espiritual ou Iluminao, que
representa, de fato, o grande embate entre
matria e esprito, mas que ainda pertence ao
plano humano da evoluo e o coroa. Trata-se de
um momento verdadeiramente crucial, no qual o
iniciado coloca-se entre a vida e a morte.
Lembremos que esta a ltima Iniciao Solar, a
partir da adentra-se nas Iniciaes Siracas e na
condio definitiva de membros da Hierarquia.
Entende-se, pois, a dramaticidade e a
intensidade desse processo inicitico,
representado nos Mistrios Ctnicos atlantes e
nos ritos sacrificiais simblicos.

Assim, a Hierarquia Atlante conquistou a morte


atravs da Ressurreio (Quarta iniciao), que,
podemos dizer, o resultado da Iluminao, na
qual uma energia altamente regenerativa,
resultante da ascenso de Kundalini, faz com que
o iniciado que, sucumbiria morte caso no
dispusesse de tal recurso energtico, sobreviva e
se torne um iluminado (no caso de ocorrncia da
morte, que pode acontecer inclusive por
questes crmicas, a iluminao tambm pode
ser alcanada no mundo espiritual). A cultura
atlante transps para o ciclo ryo estes
Ensinamentos da Ressurreio, atravs dos
Livros dos Mortos de trs grandes culturas: a
egpcia (De Como Sair a Luz), a Tibetana
(Bardo Thodol) e a Maia (Popol Vuh).

A quinta Raa-raiz a Arya, que teve suas


origens no norte da ndia, na chamado
Aryavartha (regio dos rias), h 5 mil anos.
Nesta etapa, a Humanidade realiza a Terceira
Iniciao, que corresponde ao grau do Instrutor
ou Hamsa, em snscrito, por meio da meditao,
tornando-se ento Iniciada; na Hierarquia
surgem os Adeptos de quintessncia, isto , os
Mestres de quinto grau ou Alquimistas perfeitos,
trata-se da Quinta Iniciao, que d origem aos
Rishis, aqueles que cognizam o conhecimento
direto de Akasha (ter). a primeira
manifestao supra-humana permanente, o
que acarreta uma nova grande revoluo cultural
no Planeta, dando lugar criao do conceito-
sntese da Civilizao -hoje j bastante
degenerado, verdade, uma vez que chegado
o final deste mesmo ciclo cultural da Terra. De
fato, embora se diga por vezes ser esta a
humanidade atual, tendo por base certas
cronologias, alguns Calendrios raciais mais
precisos como os dos povos maias-nahuas,
contestam tal entendimento na medida em que
limitam a evoluo desta Raa ao ano de 2012.
Assim, estamos finalizando o ciclo de 5 mil anos
da Raa ria e presenciando -ou participando, a
depender de nossa postura- da formao do
embrio da Raa Americana.

A sexta Raa-raiz a Raa Americana, conhecida


por Ayam, nela a Humanidade deve alcanar a
Quarta Iniciao, obtendo a condio de
Venervel ou Arhat, em snscrito. O quarto grau,
como j foi dito, a prpria Iluminao, que
nesta Raa comea a perder a sua dramaticidade
por passar a ser um processo coletivo e
discipular (sua consecuo ocorrer de modo
mais natural, em decorrncia da evoluo
depurada e da energia propiciadora que o
momento comportar), diferentemente do que
acontece, ainda, na Raa atual (considere-se
aqui a Quinta Raa), aos poucos buscadores que
se iluminam por meio de esforos prprios e
praticamente sobre-humanos, pondo em risco a
prpria vida. A ascenso de Kundalini, gera a
transformao definitiva do sistema nervoso, que
se torna super-acelerado, desenvolvendo mais e
mais sinapses e abrindo caminhos para que o
Iniciado transforme-se num Adepto (quinto
grau). A Quarta Iniciao ou o quarto grau, j
vimos, constitui o cume da evoluo humana.

Para a Hierarquia, especificamente,


o momento da Sexta Iniciao ou Ascenso,
nesta etapa realizada a sntese das energias
referentes ao Sistema Solar Esotrico, que
constitui a energia espiritual do Sistema Solar
Fsico, passando-se, depois disto, para o Sistema
Csmico; por conseqncia, os mestres tornam-
se Chohans ou Ishwaris, que so os Senhores
dos bem conhecidos Sete Raios da Evoluo
Solar, por exemplo: o Mestre Morya o Senhor
do Primeiro Raio; o Mestre Confcio o Senhor
do Segundo Raio, etc.

A stima raa a Raa Divina, que, pode-se


dizer, representa a consumao racial da Quinta
Iniciao, com a formao ostensiva dos
Adeptos, Asekha ou Rishis; no se trata mais,
porm, de humanidade, j que esta atinge agora
uma condio superior, mas de uma sociedade
de iluminados, como foi referido anteriormente.
Para a Hierarquia, ocorre a Stima Iniciao, que
corresponde Primeira Iniciao Csmica, pois,
recordemos, no grau anterior, por meio da
Ascenso, foi realizada a unificao das energias
do Sistema Solar. Surgem, agora, os Mestres
Divinos, os Bodhisattvas ou os divinos
Renunciantes. So os ditos Avatares
Astrolgicos, que vm para reger as Eras
Astrolgicas, a exemplo de Jesus que regeu a Era
de Peixes e de Maitreya, que vir na iminente
Era de Aqurio. Nesta fase, a Hierarquia funde-se
com Shambala.
Este contexto, contudo, j pertenceria Ronda
Futura, a Quinta, podendo ser nela integrado. A
sexta e a stima Raa-raiz, como j mencionado,
transpassaro para a Ronda seguinte e seus
mestres sero os Deuses (Hierarquia da nova
Raa-raiz) do mundo futuro. Comporo a
primeira e a segunda Raa-raiz da prxima
Ronda, segundo entendem alguns.

b. As Sub-raas

Vejamos agora as sete Sub-raas desta quinta


Raa-raiz (a rya), com suas diferentes formas
de religio, relacionando, ainda, cada uma delas
a um dos Sete Raios e suas caractersticas.
A incluso dos Mestres nos remete tradicional
idia da regncia da Hierarquia sobre os
Continentes da Terra, muito difundida por
correntes ligadas Tesofia mas que remonta aos
Arcontes de Plato, de resto uma realidade
bastante compreensvel considerando que os
Adeptos ryos eram os Altos Custdios do
conceito do Imprio solar ou do Estado
universal - que naquele contexto ocupava
todavia uma dimenso continental.
A primeira Sub-raa foi a que conhecemos como
Egpcia -cultura reconhecida hoje como
primordial pela Cincia-, que marcou a transio
da Raa Atlntida para a Raa rya. Expressou-
se religiosamente atravs do culto solar e
vinculada ao Primeiro Raio, de cor azul e regido
pelo Sol, relacionado ao Estado e ao poder,
tendo como senhor o Mestre Morya. A segunda
Sub-raa foi a Indiana, que se valeu da
meditao e associada ao Segundo Raio, de cor
amarelo-ouro, e esfera da Lua, com atributos
como sabedoria e compaixo (Mestres Lanto e
Confcio, sucessores do Mestre Kuthumi). A
terceira Sub-raa foi a Persa, que desenvolveu o
culto ao fogo, relacionada ao Terceiro Raio, cor
rosa, qualificado pela inteligncia ativa e
discernimento (Mestra Rowena, vinculado ao
planeta Mercrio). A quarta foi a Sub-raa Celta,
que se utilizou da magia, vinculada ao Quarto
Raio, de cor branca, qualificado pela busca da
Harmonia atravs do Conflito e pela arte
(Mestre Seraphis Bey, relacionado ao planeta
Vnus). A quinta Sub-raa foi a Germnica, com
o naturalismo e o culto aos seres da natureza,
ligada ao Quinto Raio, de cor verde e tendo por
atributos a cincia, a inteligncia concreta e a
cura (Mestre Hilarion, associado ao planeta
Marte). A sexta Sub-raa atual e est sendo a
Norte-Americana, que almeja a ascenso da
conscincia, ligada ao Sexto Raio, de cor rubi e
se expressa pela devoo e pelo amor
incondicional (Mestra Nada, relacionado ao
planeta Jpiter). A stima e tambm atual,
ltima Sub-raa deste ciclo, a Sul-Americana,
vem desenvolvendo-se espiritualmente por meio
da ritualstica, vinculada ao Stimo Raio, de cor
violeta, caracterizado pela organizao e
transmutao (Mestre St. Germain, relacionado
ao planeta Saturno).
Desta forma, estamos vivenciando um perodo de
transio, sendo a 6 Sub-raa (Norte-
americana), o embrio da 6 Raa-raiz e a 7
Sub-raa (Sul-americana) a prpria transio.
Este perodo tambm conhecido como a Era do
Diamante, Vajra Yuga em snscrito.
O quadro abaixo permite visualizar melhor este
conjunto de informaes.
c. Os Ashrams raciais

Importante, ainda, referir-se aos Ashrams


espirituais ou, como querem alguns, as Lojas da
Hierarquia, que so as organizaes iniciticas
dos Iluminados, ocupando um reino
intermedirio entre a Humanidade e Shambala.
O conhecimento dos Ashrams ou das Lojas da
Hierarquia, comeou a ser dado por Alice A.
Bailey, sendo levado a cabo por LAWS, inclusive
nos termos das iniciaes cabveis a cada ciclo
espiritual, tema de resto tambm apurado em
relao s raas-razes (ver Quadro ao final),
possibilitando um maior conhecimento das
realidades espirituais. Diz o autor: Esta
informao desdobra vrias questes
inicialmente associadas s raas, mas que na
realidade dizem respeito s Hierarquias a elas
associadas. Neste sentido, o perfil da Hierarquia
tende a ser sugerido atravs dos Mitos, ao passo
que a evoluo humana registrada atravs da
Histria.
Alm de promover a evoluo da prpria
Hierarquia e dar cumprimento ao Propsito do
Senhor do Mundo, Sanat Kumara, tais Lojas tem
a tarefa de orientar as Raas-razes na sua
evoluo cultural, abrindo caminhos para a
humanidade, atravs de experimentos culturais
pioneiros e originais.
A primeira Loja o prprio Centro Shambala,
fundado na Terceira Raa-raiz, na poca
lemuriana por Sanat Kumara, a manifestao da
divindade terrena, relacionada evoluo
quaternria ou venusiana que rege a condio
humana. A Dinastia Hamsa (Instrutores) de
Shambala era detentora de trs iniciaes,
atuando ainda de forma apenas interna, isto ,
como Escola Inicitica fechada, tratando de
reformular algumas das ordens xamnicas ento
existentes, e implantando nelas a tcnica da
meditao.

A segunda Loja chamada Ibez, que a Loja


atlante fundada no seio da Quarta Raa-raiz, nas
Amricas, por Quetzalcatl -nome de origem
Nahua, palavra que designa os povos indgenas
mexicanos, a exemplo dos astecas, toltecas, etc.,
e que chamavam este centro de Tula. A Dinastia
Arhat (Venerveis) ibeziana era detentora de
quatro iniciaes, havendo sido a primeira rama
de Shambala a se manifestar efetivamente,
atuando regularmente junto humanidade e
dando origem religio como hoje a
concebemos.

A terceira Loja a de Agartha, a Loja rya


fundada por Rama e, sobretudo, por Krishna, h
cerca de cinco mil anos, na ndia, na Quinta
Raa-Raiz. A Dinastia Asekha (no-discpulo ou
Mestre) agarthina era detentora de cinco
iniciaes, sendo a responsvel pela introduo
de uma nova energia planetria, suprahumana
e universalista, permitindo a Sntese da
Civilizao -a valorizao do conjunto dos
elementos culturais como base da futura
transcendncia humana. Desta forma, surge o
conceito dos Imprios continentais como sntese
de naes e integridade territorial. o que se v
tambm hoje, sob os contornos materialistas da
Kali Yuga, na unificao entre pases atravs de
blocos econmicos continentais, a exemplo da
Comunidade Econmica Europia (CEE) e outras.
A quarta Loja denominada Albion, e est sendo
fundada na Amrica do Sul, pelos atuais
trabalhadores da Hierarquia no seio da Sexta
Raa-raiz. A Dinastia Choham (Senhores)
albionense detentora de seis iniciaes, e est
tratando de implantar a cultura csmica no
planeta, ou a unificao mundial, na qual ser
possvel a integrao das naes, porm, atravs
dos Continentes organizados ou do trabalho
associado dos Mestres ryos.

O Quadro acima sintetiza as informaes dadas,


apresentando as Iniciaes pelas quais tm
passado a Humanidade e a Hierarquia, ao longo
da formao das Raas-razes com seus
Ashrams, apontando as designaes
correspondentes e elucidando o degrau existente
entre os dois Reinos onde, como j vimos, a
Hierarquia anda dois passos frente da
Humanidade, abrindo-lhe ento os caminhos da
evoluo espiritual. As duas Lojas ditas
Ocultas, correspondem na realidade a sistemas
de conhecimento xamnicos, anteriores
verdadeira organizao da Hierarquia.

Vemos, ento, que nos encontramos nesta


transio da terceira para a quarta Loja da
Hierarquia. Simbolicamente, poder-se-ia falar de
uma futura Quinta Loja, na Stima Raa-raiz
vindoura, quando os Mestres da Hierarquia
detero j a Stima iniciao, o que
representaria na verdade uma condio divina ou
avatrica; porm, como vimos, este ciclo
integrar a Quinta Ronda Mundial. Alm disto, tal
raa representar um ciclo em que a prpria
Humanidade ser detentora de cinco iniciaes,
coisa esta que corresponde s metas evolutivas
da Humanidade da Quinta Ronda.

3. Dos Reinos de evoluo

H que se falar tambm nos Reinos, que, mais


uma vez, se apresentam em nmero de sete: o
primeiro o Reino Mineral, que representa e
comporta a conscincia mineral; o segundo, o
Reino Vegetal, com a conscincia vegetal; o
terceiro, o Reino Animal, conscincia animal; o
quarto, o Reino Humano, conscincia humana; o
quinto, o Reino Espiritual, conscincia espiritual;
o sexto, o Reino Angelical, conscincia angelical
(estes dois ltimos reinos dizem respeito
Hierarquia); e o stimo, o Reino Divino,
conscincia divina (se refere Shambala).
Seguindo sempre a unidade da evoluo esprito-
matria, pela qual se diz completando a
famosa frase:

A alma dorme na pedra, sonha na planta, move-


se no animal e desperta no homem, ilumina-se
nos mestres e cosmifica-se nos deuses.
A rigr, tudo isto diz respeito, na verdade,
Grande Evoluo Humana e suas subdivises
evolutivas. Simbolicamente, os trs primeiros
reinos remetem condio pr-humana nas
sucessivas rondas de evoluo, includos nela os
homindeos; e os trs ltimos, ainda vindouros,
futura situao ps-humana, pela qual os
Mestres trabalham. Mas na abrangncia de
todos os reinos que ocorre a Grande Evoluo
Humana, considerando, ento, o
desenvolvimento consciencial e inicitico,
possibilitado pela vivncia e experimentao dos
diferentes planos da criao. Lembremos que,
com a consecuo da quinta iniciao, no
estamos mais levando em conta a humanidade
propriamente dita, mas adentramos, na verdade,
no Reino Espiritual. Em processo similar, com a
sexta iniciao, alcanamos o Reino Angelical e
com a stima, o Reino Divino. Pode-se dizer que
a Grande Evoluo Hominal passa por todas
estas formas de conscincia, desenvolvendo e
agregando suas diferentes qualidades e
atributos.
Na sequncia, apresentamos um rpido
panorama da obra do professor Lus A. W. Salvi.

A Obra de LAWS

Uma das coisas que logo chama a ateno a


vastido da obra de LAWS: so afinal mais de
120 volumes. Contudo, a extenso deste
trabalho ainda deve ser vista to somente como
um indcio da sua profundidade, e tambm da
sua diversidade estes sim importantes. Existem
muitas formas de classificar esta rica obra. Uma
delas seria atravs dos Sete Raios da divindade.

Outra forma original se d atravs das divises


das Quatro Cincias de Agartha (de que j
falava o Marqus Saint Yves dAlveydre), que
pode receber diferentes classificaes, entre elas
de: a. Alquimia (Iniciao Humana), b.
Hierofania (Iniciao Divina, Ascensiologia), c.
Astrosofia (Cincias do Tempo) e d. Geosofia
(Cincias do Espao).
Ao lado da apurao dos novos Cdigos de
Iniciao, LAWS responsvel pelo
desenvolvimento e adaptao de diferentes
ramas de Astrologia. Caberia dar um destaque
especial sua contribuio na rea da Geografia
Sagrada (Geosofia), associada organizao do
Mesocosmo ou do Espao sagrado. Tal coisa se
reflete tambm em formulaes de Sociologias
aplicadas, de bases universalistas e tradicionais,
mas tambm Historicamente definidas, o que
confere a sua dimenso de praxis capaz de
auxiliar positivamente a evoluo humana.
O trabalho de LAWS integra e culmina o Plano da
Hierarquia de preparao da Humanidade para a
Nova Era, preparando a vinda do Avatar
(Maitreya, Kalky), destinado a surgir, segundo os
anais teosficos, na stima sub-raa rya ou na
Amrica do Sul.

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