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Fichas Agroecológicas - MAPA - Fertilidade Do Solo e Nutrição de Plantas

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01. Adubao Verde 21.

Composto orgnico farelado anaerbico


02. Adubao verde como fonte de nitrognio 22. Composto farelado UPD so Roque
03. Biomineralizao. Uso de ps de rocha ou rochagem 23. Hmus de minhoca
04. Biofertilizante 24. Minhocrio
05. Biofertilizante base de plantas 25. Minhocrio de bambu
06. Biofertilizao base de p de rocha, plantas e esterco 26. Aplicao de hmus de minhoca
07. Biofertilizante AGROBIO 27. Hmus lquido
08. Aplicao do biofertilizante AGROBIO 28. Urina de vaca na adubao de plantas
09. Biofertilizante BIOGEO 29. Urina de vaca no tratamento de sementes
10. Biofertilizante VAIRO 30. Peletizao de sementes com uso de biofertilizante e p de rocha
11. Biofertilizante enriquecido com mamona 31. Preparo de microrganismos eficientes (E.M.)
12. Biofertilizante enriquecido com microrganismos eficientes 32. Uso de microrganismo eficientes em plantas, sementes e solo
13. Preparo do biofertilizante SUPERMAGRO 33. Enriquecimento de semente com micronutrientes
14. Aplicao do biofertilizante SUPERMAGRO 34. Plantas indicadoras - Parte 1
15. Composto Orgnico 35. Plantas indicadoras - Parte 2
16. Compostagem de resduos domsticos 36. Pragas e doenas que indicam deficincias minerais no solo e planta
17. Composto orgnico enriquecido com fsforo
18. Composto vegetal
19. Composto farelado (BOKASHI)
20. Composto farelado Jacarepagu

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Fertilidade do Solo e
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1

ADUBAO VERDE

A adubao verde, como o prprio nome j diz, a arte de enriquecer (adubar) o solo com
algumas plantas que lhe geram benefcios, como:
Formar e aumentar a quantidade de matria orgnica e micro-organismos do solo;
Deixar a terra mais mida e mais fresca;
Melhorar a infiltrao da gua;
Deixar a terra mais porosa para circular mais oxignio;
Descompactar (romper e afofar) camadas do solo, quando o mesmo se encontra
impenetrvel para as razes das plantas. A compactao ocorre pelo uso constante do arado a
20 cm de profundidade.
Adicionar o nitrognio (alimento), que fornecido pelas plantas da famlia das leguminosas;
Melhorar a estrutura do solo e o deixar com a cor mais escura, em conseqncia do
aumento da matria orgnica.

Planta cultivada em
Planta cultivada em solo compactado;
solo descompactado
pela adubao verde Razes no conseguem
romper camada
Razes mais profundas compactada

Todas as plantas podem ser usadas como adubao verde?


Sim. Mas existem algumas famlias e espcies de plantas que so melhores para essa
finalidade, como por exemplo:
a) Leguminosas - feijo mido/caupi que o mesmo feijo catador (Vigna unguiculata),
crotalarias (Crotalaria spp), mucunas (Sthilozobium spp), feijo de porco (Canavalia ensiformis),
feijo guandu (Cajanus cajans), lab-lab (Dolichos lab-lab), trevo branco (Trifolium repens) e
vermelho (Trifolium pratense) , ervilhaca (Vicia sativa), tremoos (Lupinus spp)., entre outras.
b) Gramneas milho (Zea mayz), centeio (Cecale cereale), aveia preta (Avena strigosa),
azevm (Lolium multiflorum), milheto (Pennisetum glaucum), sorgo (Sorghum bicolor), capim
Sudo (Sorghum sudanense).
c) Asteraceae girassol (Helianthus annuus);
d) Brssicas nabo forrageiro (Raphanus sativus).

PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DAS FAMLIAS DE ADUBOS VERDES


a) Leguminosas Veja as caractersticas das leguminosas na ficha de adubao
nitrogenada com leguminosas.
- Um dos problemas de cultivar apenas as leguminosas em adubao verde que elas se
decompem rapidamente, deixando o solo exposto chuva e ao vento (eroso).
b) Gramneas As plantas desta famlia apresentam uma grande quantidade de razes.
Seus restos culturais so ricos em celulose, que um material mais resistente a decomposio.
As plantas, quando manejadas e incorporadas superfcie do solo, so atacadas por

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bactrias e micrbios que degradam esta celulose. Ao fazer isso, as bactrias liberam uma geleia
que une as partculas de solo, deixando a terra mais unida e porosa. A terra tambm vai ficando
mais escura.
c) Asteraceae O representante desta famlia o girassol, que apresenta um
desenvolvimento inicial muito rpido, cobrindo todo o solo.
- O girassol uma planta que recicla os nutrientes, ou seja, possui um sistema de razes
profundas que buscam os nutrientes que j foram para baixo.
- Quando manejado e incorporado, o girassol deixa uma grande quantidade de massa
verde que cobre o solo.
d) Brssicas O maior representante desta famlia o nabo forrageiro, que possui a funo
de descompactar o solo devido sua raiz, que muito agressiva. Tambm consegue buscar o
nitrognio e o fsforo que esto abaixo da zona das razes de plantas cultivadas (reciclar).

Dica agroecolgica!
Um bom manejo o plantio em consorcio de diversas espcies de adubos verdes esse
mtodo chamado de plantio de adubos verdes em coquetel

Importante!
Quando possvel, realizar o plantio de campos de produo de sementes de adubos verdes,
para que no seja necessrio comprar sementes no prximo ano. Se optar por usar o coquetel
de adubos verdes, deixe uma rea preparada e plante as espcies separadas. Como algumas
so mais precoces e outras mais tardias, a colheita ser mais fcil se estiverem separadas.

Campo de produo de sementes de adubos verdes:

Elaborador da ficha: MOREIRA, V. R. R.


Referncias bibliogrficas:
FAO, Inoculantes para leguminosas y su uso. Roma, 1985.
PRIMAVESI A. Manejo Ecolgico dos Solos, So Paulo, Nobel, 2002.

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ADUBAO VERDE COMO FONTE DE NITROGNIO


Um dos grandes desafios para a agricultura est na obteno de fontes de nitrognio para
as plantas. Existem produtos comerciais, com substncias e produtos autorizados para uso em
sistema orgnico de produo, que servem como fonte de nitrognio, mas muitas vezes eles
noesto acessveis aos agricultores, ora pela disponibilidade ora pelo preo elevado.
A utilizao da adubao verde como fonte de nutrientes, entre eles o nitrognio, uma
alternativa importante, principalmente para os produtores orgnicos.
A famlia de plantas chamadas de leguminosas vive em simbiose (harmonia) com bactrias
do gnero Rhizobium, que tm a capacidade de absorver nitrognio que existe em abundncia
no ar.

Como funciona a simbiose entre as leguminosas e as bactrias:


J existem no solo colnias de bactrias do gnero Rhizobium, de modo que as razes
deleguminosas atraem algumas bactrias para junto de si, e as bactrias constroem ndulos
(casas)nas clulas das razes. A partir da, as bactrias aprisionam o nitrognio do ar e o repassam
para as razes das leguminosas, que posteriormente iro lev-lo para as demais partes da planta.
Em contrapartida, as leguminosas fornecem para as bactrias substncias importantes
para a sua vida como fotossintatos (glicose, gorduras, amido, celulose, aminocidos) e acares.

Importante!
Se o inoculante no for usado aps o seu preparo, deve ser guardado em saquinhos plsticos
ou em vidros bem vedados na geladeira.

Como manejar as leguminosas para adubao verde:


As plantas devem ser cortadas com foice, roadeira costal, roadeira tratorizada, rolofaca,
grade leve ou at mesmo com um poste de madeira, puxado por um trator.
O melhor momento de acamar as leguminosas acontece quando 80% das plantas estiverem
florescidas, pois neste momento o nitrognio encontra-se mais disponvel. Porm, o corte poder
ser realizado no momento que se adequar ao manejo da unidade de produo.
A massa de adubo deve ser manejada na superfcie do solo, ou incorporada at a
profundidade de 8 a 10 cm, sem passar desta profundidade, pois ir perder qualidade.

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Tabela de quantidade de nitrognio fixado por algumas leguminosas:


Em Reais
N2 fixado Equivalem a nmeros de sacos
Leguminosas Cotao uria:
(kg/ha/ano) de uria (46% de nitrognio)
R$102,00
Ervilhaca Lisa 90 4 408,00
Guandu 90 4 408,00
Tremoo 128 5,5 561,00
Ervilha 148 6,4 656,00
Mucuna preta 157 6,8 696,00
Crotalria juncea 159 6,9 705,00
Feijo de porco 190 8,2 843,00
Trevo branco 268 12 1.188,00
Leucena 600 26 2.660,00
Fonte: Adaptado de Monegat, 1991.

Importante!
- A uria uma fonte de nitrognio e possui 46% desse elemento, de forma altamente solvel;
- A cada saco de 50 kg de uria tem-se 23 kg de nitrognio; o resto enchimento;
- Apenas 20% so aproveitados dos 23 kg (em torno de 4,6 kg), sendo o resto perdido por
evaporao, perda por infiltrao para baixo da zona das razes e outras perdas;
- Ateno: a uria no autorizada para uso em sistemas orgnicos de produo,
pois seu processo de obteno em altas temperatura e presso tem elevado custo de
energias no renovveis.

Elaborador da ficha: MOREIRA, V. R. R.


Referncias bibliogrficas:
MONEGAT, C. Plantas de cobertura de solo: caractersticas e manejo em pequenas propriedades.
Chapec, SC: Ed.do Autor, 1991. 337p.
Bancos Comunitrios de Sementes de adubos Verdes: cartilha para agricultores/equipe tcnica:Elaine
Bahia Wutke; Edmilson Jose Ambrosano; et al. Braslia: Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento,
2007. 20p.

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BIOMINERALIZAO. USO DE PS DE ROCHA OU ROCHAGEM


A biomineralizao a tcnica de colocar diversos minerais que so ricos em nutrientes
(alimento das plantas) em contato com organismos como fungos e bactrias, que atuam na
transformao desses minerais brutos em alimentos para as plantas.
A base da biomineralizao formada por farinhas de rochas que nada mais so que as
rochas trituradas e modas.
Como exemplo, temos o calcrio, que uma rocha calcria moda, rica em carbonato de
clcio (calcrio calctico) ou carbonato de clcio e magnsio (calcrio dolomtico).
importante que, na biomineralizao, as plantas e o solo sejam tratados com biofertilizantes
conjuntamente.

Importante!
A ao dos fungos, das bactrias, do sol, da gua e do vento sobre as rochas deixa os
minerais disponveis no solo para as plantas. Assim, formam um ciclo.

Vantagens da biomineralizao:
No solo Nas plantas Nos alimentos

- Repe nutrientes - Aumenta o poder de


em solos fracos e germinao das sementes.
- Maior durabilidade aps a
empobrecidos - Melhora o desenvolvimento
colheita
- Diminui a acidez com o das razes e parte area das
- Maior quantidade de
tempo plantas.
nutrientes
- Reestrutura o solo - Deixa o caule e a casca
- Acentua a colorao e sabor
melhorando a quantidade mais grossos
- Maior peso e melhor
de oxignio no seu interior - As folhas criam uma
sanidade
- Reduz os custos com pelcula que protege contra
fertilizantes qumicos doenas, ventos e geadas
(Adaptado de Martins et al, 2011).

Importante!
Procure utilizar farinhas de rochas de sua regio, procurando materiais em pedreiras locais.
muito importante que seja realizada uma anlise qumica das rochas, pois muitas podem
conter elementos txicos como chumbo, cdmio, arsnio, brio, dentre outros.

Como utilizar a farinha de rochas.


- A farinha de rocha deve estar moda em diversos tamanhos;
- A farinha de rocha deve ser espalhada na superfcie do solo, pois nesta camada encontram-
se as razes de plantas, fungos, bactrias e outros micro-organismos que iro fazer a digesto
das rochas;
- A combinao de farinha de rochas e plantio de adubos verdes acelera o processo de
melhoramento do solo.

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Como utilizar a farinha de rocha


Indicaes de uso Quantidade
Horta No viveiro: 300g/10 litro de composto.
Pomar (nas entrelinhas) No plantio: 500 g a 1kg/cova (bero).
Lavouras No preparo do solo: 2 t/ha em cobertura.

Pastagens Em cobertura: 2 t/ha a cada 2 anos.

Vasos e bandejas Aplicar 300g para cada kg de composto.

Aplicaes foliares Calda: 1kg de p para 10 litros de gua.

Acrescentar na cama de avirio 500g/m ao longo


Compostagem de cama de avirio
de 10 semanas totalizando 5 kg/m
(Fonte: Martins et al, 2011)

Dica agroecolgica!
Nas farinhas de rochas possvel encontrar um nutriente muito importante chamado silcio,
que responsvel por criar uma pelcula protetora nas folhas das plantas. O silcio protege
as folhas contra a ao de insetos nocivos, doenas e tambm contra geadas e ventos.

Importante!
A utilizao da farinha de rocha diminuda com o passar dos anos, pois o solo vai se
tornando vivo.

Anlise da farinha de rocha MB4

Elemento Slica Alumnio Ferro Clcio Magnsio Sdio Potssio Fsforo

% 39,73 7,10 6,86 5,90 17,82 1,48 0,84 0,075


Elemento Mangans Cobre Cobalto Zinco Enxofre - - -
% 0,074 0,029 0,029 0,03 0,18 - - -

Elaborador da ficha: MOREIRA, V. R. R.


Referncias bibliogrficas:
MARTINS, G.; GUTTERRES, L.M.; VIANA, P.R. Prticas Agroecolgicas na agricultura familiar.
Maquin, RS, 2011. 45p.
PINHEIRO, S.; BARRETO, S.B. MB-4: Agricultura Sustentvel, Trofobiose e Biofertilizantes, Canoas, La
Salle, 1996.

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BIOFERTILIZANTE

Na palavra biofertilizante, bio significa vida e fertilizante significa o que fertiliza ou


fecunda. Assim, juntando as duas palavras, sabe-se que biofertilizante a fertilizao por meio
da vida.
Em uma anlise de biofertilizante possvel encontrar:
Nutrientes - nitrognio, fsforo, potssio, clcio, magnsio, enxofre, boro, zinco,
molibdnio, ferro, mangans, cobre e outros mais.
Hormnios substncias que ajudam o desenvolvimento e a resistncia das plantas.
lcool e fenol substncias que ajudam as plantas a desenvolverem suas clulas.
Microrganismos benficos - seres que ajudam nos processos de defesa das plantas e
na disponibilizao de nutrientes.

Os biofertilizantes so adubos produzidos de diversas maneiras e que utilizam ingredientes


disponveis na propriedade (como esterco, leite, caldo de cana, cinzas etc.) que podem ser
enriquecidos com p de rocha, microrganismos eficazes, entre outros.

Tipos de biofertilizantes:
Os biofertilizantes podem ser produzidos de duas maneiras, de forma aerbica ou anaerbica.
Forma aerbica Os biofertilizantes da forma aerbica so preparados em contato com
o ar. (Ver figura 1)
- Os ingredientes so colocados junto com gua em tambores de plstico, alumnio ou inox
e sofrem revolvimento constantemente, at ficarem prontos.
- Os recipientes devem ficar cobertos, de forma que entre ar, mas no caia gua da chuva.

Figura 1 Biofertilizante aerbico

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Forma anaerbica Os biofertilizantes da forma anaerbica so preparados sem o contato


com o ar. (Ver figura 2)
- Os ingredientes so colocados junto com gua em tambores de plstico, alumnio ou inox.
- O recipiente fechado com uma tampa que deve ser furada no centro, por onde ficar
acoplada uma mangueira.
- O recipiente dever ser completo em 75% pelos ingredientes e pela gua. Os outros 25%
restantes ficar sem nada e onde ficar uma das pontas da mangueira.
- A outra ponta da mangueira ficar dentro de uma garrafa com gua.

Figura 2 Biofertilizante anaerbico

Aps o preparo dos biofertilizantes deve-se coar e aplicar sobre as plantas e no solo
fertirrigao. (Ver figura 3)

Veja as fichas de biofertilizantes:


base de plantas, base
de p de rocha e plantas,
Agrobio, Biogel, Super
magro (preparo e aplicao),
Vairo, Enriquecido com
micro-organismos eficientes e
Enriquecido com mamona.
Figura 3 Preparo do biofertilizante.

Dica agroecolgica!
Em um saco de adubo qumico so encontrados apenas 3 nutrientes (alimento para as
plantas), que formam o famoso NPK (nitrognio, fsforo e potssio). J em um biofertilizante
so encontrados pelo menos 12 nutrientes para alimentar as plantas.

Importante!
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC para autorizao do uso de
biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas. O uso
de biofertilizante permitido desde que ele esteja fermentado e bioestabilizado (curado).

Elaborador da ficha: MOREIRA, V. R. R.


Referncias bibliogrficas:
MOREIRA, V.R.R, CAPELESSO, E. Orientaes para uma Agricultura de Base Ecolgica no Pampa
Gacho, Grfica Instituto de Menores, Bag 2006.

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BIOFERTILIZANTE BASE DE PLANTAS

A elaborao de biofertilizantes base de plantas pode ser uma alternativa para os


agricultores agroecolgicos. A produo do biofertilizante feita a partir de produtos e,
principalmente, subprodutos da produo agrcola, com a utilizao de materiais que esto
disposio no momento, como plantas de caractersticas benficas:
- Leguminosas adubos verdes como a mucuna, feijo de porco, guandu e tremoo, entre
outras, so fonte de nitrognio.
- Gramneas o milho, sorgo, milheto, aveia e centeio, entre outros, apresentam slica, que
um elemento importante para proteger as plantas do ataque de insetos e de doenas;
- Hortalias apresentam na sua constituio vrios nutrientes como clcio (caso da
alface), enxofre (repolho), ferro (espinafre), alm de vitaminas e minerais;
- Plantas medicinais e indicadoras importantes por possurem, em sua constituio,
inmeros nutrientes e substncias como hormnios (caso da tiririca, rica em auxina);
Alm disso, os biofertilizantes proporcionam tambm o aproveitamento de produtos e
resduos da pecuria, como leite, esterco e soro.

Importante!
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC para autorizao do uso de
biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas.
O uso de biofertilizante permitido desde que ele esteja fermentado e bioestabilizado
(curado).

Ingredientes para o preparo de 100 litros de biofertilizante:


- Vasilhame para 150 litros de gua;
- 100 litros de gua;
- 8 kg de esterco fresco no tratado quimicamente;
- 2,5 litros de leite de vaca no tratados quimicamente;
- 2,5 kg de acar mascavo;
- 3 kg de cinza de madeira parceladas 6 vezes, de cinco em cinco dias;
- 1 kg de carqueja (Bacharis trimera):
- 1 kg de erva de bicho (Poligonon sp);
- 1 kg de tansagem (Plantagono sp);
- 1 kg de maria-mole (Senecio brasiliensis);
- 1 kg de urtiga (Urtiga dioica);
- 1 kg de hortalias;
- 1 kg de leguminosas;

Importante!
Pode-se substituir as plantas acima por outras, mantendo as devidas propores dos
ingredientes.

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Dica agroecolgica!
Use as mais vigorosas plantas espontneas, e de preferncia aquelas retiradas do local de
onde se pretende utilizar o biofertilizante.

1 passo:
Colete as plantas, de preferncia plantas novas e tambm plantas em florescimento (principalmente
as leguminosas).
Corte (picar em vrios pedaos) as plantas em pequenas partes.
2 passo:
Misture todos os ingredientes, menos a cinza, que no ser adicionada no momento do preparo.

3 passo:
No 5 dia aps o preparo do biofertilizantes, adicione 0,5 kg de cinza de madeira;
No 10 dia, adicione 0,5 kg de cinza de madeira;
No 15dia, adicione 0,5 kg de cinza de madeira;
No 20 dia, adicione 0,5 kg de cinza de madeira;
No 25 dia, adicione 0,5 kg de cinza de madeira;
No 30 dia, adicione 0,5 kg de cinza de madeira. Neste momento o biofertilizante estar pronto.

Importante!
O biofertilizante deve ser agitado uma vez por dia, ou a cada dois dias, durante 30 dias no
vero ou um pouco mais no inverno, quando o biofertilizante ficar amarelado, coberto com
uma nata fina e com cheiro de silagem.

Aplicao:
Cultura Aplicao Dose Aplicao Dose Aplicao Dose
Arroz irrigado Perfilhamento 3% Florescimento 5%
Arroz sequeiro Perfilhamento 3% Florescimento 5%
Milho Quatro folhas 3% 8 folhas 5% Florescimento 10%
30 dias
feijo 2% Florescimento 5%
emergncia
Hortalias Aplicaes semanais de 1% a 5%
Tratamento de sementes com 1%, misturado na gua por 30 minutos: secar a sombra e plantar

Elaborador da ficha: MOREIRA, V. R. R.


Referncias bibliogrficas:
Moreira, V.R.R, A Utilizao de Plantas no Enriquecimento de Biofertilizante Caseiros, Reforma Agrria
e Meio ambiente, Braslia, 2006, p. 39 a 46.

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BIOFERTILIZANTE BASE DE P DE ROCHA, PLANTAS


E ESTERCO
Os biofertilizantes so adubos produzidos de diversas maneiras, utilizando ingredientes
disponveis na propriedade (esterco, leite, caldo de cana, cinza, entre outros) enriquecidos com
p de rocha e microrganismos eficazes, por exemplo.

Importante!
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC para autorizao do uso de
biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas.
O uso de biofertilizante permitido desde que ele esteja fermentado e bioestabilizado
(curado).
Para produo e venda comercial, os biofertilizantes devem ter registro junto ao Ministrio
da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.

Ingredientes para o preparo de 200 litros de biofertilizante base de p de rocha,


plantas e esterco:
- 80 kg de esterco bovino fresco;
- 6 kg de acar mascavo ou 15 litros de melao ou caldo de cana;
- 6 kg de p de rocha de basalto;
- 8 litros de leite cru;
- 1 cesto ou uma braada de plantas espontneas picadas;
- 200 litros de gua da chuva ou de fonte dgua, no clorada.

Use as plantas espontneas (urtiga, caruru, beldroega, serralha, dente de leo, pico etc.)
mais vigorosas e de preferncia aquelas retiradas do local de onde se pretende utilizar o
biofertilizante.

Como preparar o biofertilizante:

No primeiro dia fazer o 1 e o 2 passo.


1 passo:
Marcar a metade do vasilhame de 200 litros. Depois, colocar as plantas espontneas e a
gua at a marca ( 100 litros).

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2 passo:
Misturar a metade da quantidade de esterco, acar, leite e o p de rocha.
Colocar a mistura no vasilhame de 200 litros.
Depois, mexer duas vezes ao dia durante 5 dias.

3 passo:
No quinto dia, adicionar a outra metade dos ingredientes (40 kg de esterco, 3 kg de acar
mascavo, 4 litros de leite cru e 3 kg de p de rocha).
Colocar gua at mais ou menos um palmo (entre 15 e 20 cm) da borda do vasilhame,
evitando assim o derramamento do biofertilizante aps fermentado.

Importante!
O biofertilizante deve ser agitado uma vez por dia ou a cada dois dias, durante 30 dias no
vero ou um pouco mais no inverno, quando o biofertilizante ficar amarelado, coberto com
uma nata fina e cheiro de vinagre, leite fermentado ou silagem.

O biofertilizante pode ser usado ao longo de um ano, durante as aplicaes. Para ser
aplicado, diluir o biofertilizante.

Aplicao de 20 litros de biofertilizante a 1%


Dose
Cultura Motivo
Biofertilizante gua

Hortalias 200 ml (1 xcara de ch) Adubao foliar


Completar com
gua os 20 Adubao do solo - Aplicar na
Hortalias 2 litros litros. cova ou na linha de plantio.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
BRASIL. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Instruo Normativa n 46, de 6 outubro de
2011. Dirio oficial [da] Repblica Federativa do Brasil. Braslia, DF, 07 out. 2011. Seo 1.
INSTITUTO GIRAMUNDO MUTUANDO. A cartilha agroecolgica. Botucatu, SP: Editora Criao Ltda,
2005.
MARTINS, G.; GUTTERRES, L. M.; VIANA, P. R. Prticas Agroecolgicas na Agricultura Familiar.
Maquine: ANAMA, 2011. 45p.

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BIOFERTILIZANTE AGROBIO
Bio quer dizer vida e fertilizante, adubo, portanto biofertilizante um adubo vivo, pois
contm organismos vivos que ajudam no controle de doenas, pragas e minerais que alimentam
as plantas. Os biofertilizantes podem ser feitos com qualquer tipo de matria orgnica fresca.
Na maioria das vezes, so utilizados estercos, mas tambm possvel usar somente restos de
vegetais.
O biofertilizante Agrobio um produto usado como fertilizante foliar em produo de mudas,
hortalias e culturas perenes, j que sua aplicao aumenta a resistncia natural ao ataque de

}
pragas e doenas.

Ingrediente para o preparo de 500 litros do biofertilizante Agrobio:


-200 litros de gua;
-100 litros de esterco fresco bovino;
-20 litros de leite de vaca ou soro de leite;
-3 kg de melao;
-3010 g de brax ou acido brico;
-3990 g de cinza de lenha;
-5950 g de cloreto de clcio;
-301 g de sulfato ferroso;
-420 g de farinha de osso;
-420 g de farinha de carne; Os ingredientes
-1001 g de termofosfato magnesiano; devem ser divididos
-10,5 kg de melao; em sete partes iguais
-210 g de molibdato de sdio;
-210 g de sulfato de cobalto;
-301 g de sulfato de cobre;
-602 g de sulfato de mangans;
-1001 g de sulfato de magnsio;
-399 g de sulfato de zinco;
-203 g de torta de mamona;
-Soluo de iodo a 1%.

Importante!
A quantidade mxima permitida na legislao orgnica atual 6 kg de cobre/ha/ano.
O sulfato de magnsio usado para fertilizao e correo do solo permitido desde que sua
origem seja natural.
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC para autorizao do uso de
biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas.
Para produo e venda comercial, os biofertilizantes devem ter registro junto ao Ministrio
da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.
Como preparar o biofertilizante agrobio
1 passo:
- Colocar 200 litros de gua, 100 litros de esterco fresco bovino, 20 litros de leite de vaca ou
soro de leite e 3 kg de melao em uma bombona ou caixa dgua de plstico com tampa, com
capacidade de 500 litros.
- Misturar bem os ingredientes, tampar o recipiente e deixar fermentar por 7 dias.
- Agitar duas vezes ao dia.

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2 passo:
Aps sete dias, acrescentar ao vasilhame, contendo gua, leite, melao e esterco, os seguintes
produtos, previamente diludos em gua:

3 passo:
No 14 dia, acrescentar os mesmos ingredientes usados no 2 passo, previamente diludos em
gua. Depois, misture e deixe fermentar por uma semana.
4 passo:
No 21 dia, repita o procedimento usado no 2 passo, acrescentando 500 ml de urina de vaca.
Depois, misture bem e deixe fermentar por uma semana.
5 passo:
No 28 dia, repita o procedimento usado no 4 passo. Depois, misture bem e deixe fermentar por
uma semana.
6 passo:
No 35 dia, repete-se o procedimento usado no 4 passo. Depois, misture bem e deixe fermentar
por uma semana.
7 passo:
No 42 dia, repete-se o procedimento usado no 4 passo. Depois, misture bem e deixe fermentar
por uma semana.
8 passo:
No 49 dia, repetir o procedimento usado no 4 passo. Depois misturar bem e deixar fermentar
por uma semana.
9 passo:
No 56 dia (equivale a 8 semanas), o volume deve ser completado com gua (at 500 litros)
e coado. Estar pronto para uso e apresentar uma cor bem escura e cheiro caracterstico de
produto fermentado.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.; MOREIRA, V. R. R.


Referncias bibliogrficas:
DELEITO, C. S. R., et al. Biofertilizante Agrobio: Uma alternativa no controle da mancha bacteriana em mudas
de pimento (Capsicum annuum L.). Cincia Rural, v. 34, n. 4, p. 1035-1038, 2004.
FERNANDES, M. C. A., et al. Defensivos Alternativos: Ferramenta para uma agricultura ecolgica, no
poluente, produtora de alimentos sadios. Informe Tcnico, 34, 2006. 22p. Pesagro-Rio.

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APLICAO DO BIOFERTILIZANTE AGROBIO


O biofertilizante Agrobio um produto usado como fertilizante foliar em produo de mudas,
hortalias e culturas perenes, sua aplicao aumenta a resistncia natural ao ataque de pragas e
doenas. Seu preparo feito utilizando esterco bovino e micronutrientes, ver ficha 2.8.

Preparo e aplicao do Biofertilizante Agrobio para capacidade de


20 litros (pulverizador costal)
Diluir
Cultura Quando aplicar Observao
Agrobio gua
Uma vez por At o transplantio
Produo de mudas 400 ml
semana de mudas
Hortalias folhosas
(alface, almeiro,
Uma vez por
espinafre, agrio, couve- 800 ml Aps o
semana
flor, repolho, brcolis, transplantio de
alcachofra). mudas
2 vezes por
Hortalias folhosas 400 ml
semana
Hortalias tipo fruto
(tomate, melancia,
Completar Uma vez por
pimento, quiabo, 800 ml
com gua semana
ervilha, jil, berinjela,
abbora). at 20
litros 4 aplicaes,
sendo 2
Culturas perenes (caf, aplicaes Estdio inicial
laranja, ma, limo, 800 ml com intervalo mudas recm
goiaba, manga). semanal e mais 2 plantadas
aplicaes a cada
15 dias
Aplicaes
realizadas aps
Culturas perenes 800 ml 5 vezes por ano podas, colheitas
e /ou estresse
hdrico.

Importante!
A quantidade mxima permitida na legislao orgnica atual 6 kg de cobre/ha/ano. O uso de
sulfato de cobre proibido em ps-colheita. O sulfato de magnsio usado para fertilizao e correo
do solo permitido desde que sua origem seja natural. Produtores orgnicos devem consultar a
OCS ou OAC para autorizao do uso de biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em
partes comestveis das plantas. O uso de biofertilizante permitido desde que esteja fermentado
e bioestabilizado (curado). Para produo e venda comercial, os biofertilizantes devem ter registro
junto ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.

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Ateno!
Resultados de pesquisas demonstraram que o biofertilizante Agrobio, quando bem
feito, totalmente livre de coliformes fecais!

Hortalias folhosas e de flor = 800 ml de Agrobio em 20 litros de gua 1 vez por semana ou
400 ml 2 vezes por semana.

Hortalias de frutos e frutas = 800 ml de Agrobio em 20 litros de gua 1 vez por semana

Culturas perenes adultas =800 ml de Agrobio em 20 litros de gua 5 vezes ao ano


Aplicaes realizadas aps podas, colheitas e /ou estresse hdrico.

Elaboradores da ficha: MEIRA, A. L.; LEITE, C. D; MOREIRA, V. R R.


Referncias bibliogrficas:
DELEITO, C. S. R., et al. Biofertilizante Agrobio: uma alternativa no controle da mancha bacteriana em mudas
de pimento (Capsicum annuum L.). Cincia Rural, v. 34, n. 4, p. 1035-1038, 2004.
FERNANDES, M. C. A., et al. Defensivos Alternativos: Ferramenta para uma agricultura ecolgica, no
poluente, produtora de alimentos sadios. Informe Tcnico, 34, 2006. 22p. Pesagro-Rio (Empresa de Pesquisa
Agropecuria do Estado do Rio de Janeiro).

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BIOFERTILIZANTE BIOGEO
Bio quer dizer vida e fertilizante, adubo, portanto biofertilizante um adubo vivo, j que
contm nutrientes para as plantas e organismos vivos que ajudam no controle de doenas e
pragas e, ainda, fornece minerais que alimentam as plantas. Os biofertilizantes podem ser feitos
com qualquer tipo de matria orgnica fresca. Na maioria das vezes, so utilizados estercos,
mas tambm possvel usar somente restos vegetais.
O biofertilizante Biogeo pode ser utilizado na inoculao de sementes, para acelerar a
decomposio da matria orgnica do solo, e na adubao foliar e do solo.

Ingredientes:
- Vasilhame de 200 litros (tambor plstico);
- 30 litros de esterco fresco;
- 70 litros de gua;
- 5 kg de restos de hortalias e frutas orgnicos, no temperados;
- 50 g de tiririca;
- 50 g de fosfato natural;
- 100 g de p de rocha.

Como preparar o biofertilizante Biogeo:


1 passo:
Colocar o esterco fresco e a gua (pura e sem cloro) dentro do vasilhame e, depois disso,
misturar bem.
Deixe o vasilhame sempre destampado e ao sol.

2 passo:
Quando comear a fermentao, acrescente os restos de hortalias, frutas e a tiririca mistura.

3 passo:
Para enriquecer o Biogeo, acrescente fosfato natural e o p de rocha.
Misturar bem!

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O Biogeo estar pronto quando moscas e marimbondos comearem a aparecer e o lquido


ficar escuro ou ainda quando puder ver a sua imagem refletindo na gua como se fosse um
espelho. O tempo de preparao varia de 20 a 30 dias.

Ateno!
O Biogeo deve ser mexido todos os dias, pelo menos trs vezes por dia.
Se for utilizado no dia seguinte, deve-se mexer somente pela manh e depois deixar em
repouso durante o resto do dia para que a parte slida fique por baixo, e seja possvel retirar
a parte liquida;
No aplicar o Biogeo em plantas em florescimento, pois os insetos responsveis pela
polinizao podem fugir.

Importante!
O Biogeo pode durar anos. Para manter em condies de utilizar novamente, preciso
acrescentar restos de hortalias, de frutas e gua;
O p de rocha pode ser usado respeitando os limites mximos de metais pesados constantes
no Anexo VI da Instruo Normativa 46 (MAPA);
O uso de biofertilizante permitido desde que ele esteja fermentado e bioestabilizado
(curado);
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC para autorizao do uso de
biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas, e
quanto utilizao de restos de hortalias e frutas.

Aplicao do Biogeo, dose para 20 litros (pulverizador costal)


Dose
Aplicao Quando aplicar Observaes
Biogeo gua
No solo 10 litros 10 litros
Deve ser aplicado at que a
Nas horas mais
terra fique fofa e apaream
frescas do dia,
Foliar 1 litros 19 litros os bichinhos do bem na
todo o ms.
plantao.

Depois de dois minutos,


acrescentar farinha de rocha
Deixar as ou p de pedra, misturando
Inoculao de At cobrir as Sem sementes de as sementes para que
sementes sementes gua molho durante todas fiquem com a mesma
dois minutos. quantidade de farinha de
rocha ou p de pedra.
Depois, plante!

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
Tinoco, F. Biofertilizantes e Caldas Alternativas. Emater MG, 28 p.
hppt://pt.scribd.com/doc/6756148/BIOGEO-Adubo-Organico-Liquido
Pereira, W. H., et al. Manual de Prticas Alternativas para a Produo Agropecuria Agroecolgica.
EMATER- MG. 134 p.

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BIOFERTILIZANTE VAIRO
Os biofertilizantes podem ser feitos com qualquer tipo de matria orgnica fresca. Na
maioria das vezes se utiliza estercos, mas tambm possvel usar somente restos vegetais.
O biofertilizante Vairo produzido a partir da fermentao de esterco bovino fresco. Seu uso
se d no tratamento de sementes, na produo de mudas e em aplicaes em todas as culturas.
Esse biofertilizante sofre uma fermentao na ausncia de oxignio (anaerbica).

Ingredientes:
- Metade de gua;
- Metade de esterco;
- Vasilhame para fermentao do biofertilizante;
- Mangueira;
- Garrafa PET de 2 litros.
Como preparar o biofertilizante Vairo:
1 passo:
- Colocar no vasilhame uma medida de esterco fresco mais a outra medida de gua (pura e sem
cloro), deixando 20% do total do vasilhame sem preenchimento com ingredientes. O recipiente
deve possuir uma tampa que proporcione uma boa vedao;
- Fazer uma abertura no centro da tampa do reservatrio, do tamanho que possa passar uma
mangueira;
- Aps isso, introduzir uma mangueira que passe pelo buraco com o comprimento adequado.
Uma ponta ficar localizada entre os 20% que esto sem gua no reservatrio e a outra dentro
da garrafa pet com gua.

2 passo:
- Deixar fermentar por 30 a 40 dias.
-Teremos um sinal de que o biofertilizante estar pronto quando parar o borbulhamento observado
na garrafa PET.

3 passo:
- Coar o biofertilizante Vairo e us-lo de acordo tabela de aplicao do Biofertilizante Vairo.

Importante!
O biofertilizante deve ser usado logo aps o preparo ou at a primeira semana para que
tenha maior eficincia.
A parte slida poder ser usada como adubo de bero para plantio de mudas (cova) ou na
formao de compostagem.
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC para autorizao do uso de
biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas.
O uso de biofertilizante permitido desde que ele esteja fermentado e bioestabilizado
(curado).

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Aplicao do Biofertilizante Vairo


Dose
Aplicao Quando aplicar Observaes
Vairo gua
Aplicar em canteiros de
Em intervalos de 7
Mudas 300 ml 1 litro germinao antes do plantio no
a 15 dias
campo
Estas sementes sero secas
sombra durante 2 horas. Depois
Suficiente Deixar as
plante!
Tratamento para Sem sementes de
Estas sementes no devero
de sementes mergulhar as gua molho durante 1 a
ser armazenadas, pois
sementes 10 minutos.
perdero sua capacidade de
germinao.

Uma pulverizao
Foliar 300 ml 1 litro Para todas as culturas
a cada 15 dias

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
Weingrtner, M. A.; Aldrighi, C, F. S.; Pereira, A. F. Prticas Agroecolgicas: caldas e biofertilizantes.
Embrapa Clima Temperado Pelotas, RS, 24 p. 2009.
Fernandes, M. C. A, et al. Defensivos Alternativos: Ferramenta para uma agricultura ecolgica, no
poluente, produtora de alimentos sadios. Pesagro - Rio. 22 p, 2006.

Coordenao de Agroecologia - Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento


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Fertilidade do Solo e
Nutrio de Plantas
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BIOFERTILIZANTE ENRIQUECIDO COM MAMONA


Os biofertilizantes so adubos produzidos com diferentes ingredientes disponveis na
propriedade (esterco, leite, caldo de cana, cinza, entre outros). Eles podem ser enriquecidos com
p de rocha (ver ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 6), microrganismos eficientes
(ver ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 31) e resduos de plantas.

Importante!
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC para autorizao do uso de
biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas. O uso
de biofertilizante permitido desde que ele esteja fermentado e bioestabilizado (curado).
O uso de resduos permitido desde que no contenham produtos proibidos pela legislao
de produo orgnica.

Ingredientes para o preparo de 200 litros de biofertilizante enriquecido com mamona:

- Vasilhame de 200 litros;


- 20 kg de composto orgnico (ver ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 15) ou
esterco curtido;
- 20 kg de mamona triturada (folhas, talos, bagas e hastes tenras);
- 4 kg de cinza vegetal;
- 140 litros de gua;

Como preparar o biofertilizante enriquecido com mamona:


1 passo:
Colocar todo o composto orgnico dentro do vasilhame de 200 litros.
Acrescentar 100 litros de gua e misturar bem.

2 passo:
Acrescentar a mamona triturada e a cinza.
Completar com gua at o volume total do vasilhame e misturar bem.
Deixar fermentando.

Dica agroecolgica!
A mamona pode ser substituda por outra fonte de nitrognio, como a torta de mamona,
farelo de algodo e farelo de cacau, para os quais sero necessrios 50 kg.

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3 passo:
O biofertilizante poder ser utilizado aps 10 dias de fermentao, ou quando estiver
presente o cheiro de vinagre (azedo), leite fermentado ou silagem.
A parte lquida pode ser retirada, conforme a necessidade, aps uma pr-agitao.
Sugere-se coar o biofertilizante antes de us-lo.

Dica agroecolgica!
Ir sobrar uma grande quantidade de ingredientes slidos no fundo do vasilhame, devido
aos materiais usados, de modo que possvel reaproveit-los acrescentando 100 litros de
gua ao vasilhame.
Ateno: reaproveite apenas uma nica vez, pois depois disso o produto ir
perder a sua qualidade.

Aplicao de biofertilizante:
O biofertilizante enriquecido com mamona deve ser aplicado no solo ou na linha de plantio,
com regador ou via irrigao.

Cultura Biofertilizante Indicao

Alho, Morango 400 ml por m2 Aplicao nas entrelinhas ou via irrigao

Pepino, Pimento, A partir de 30 dias at a fase de frutificao.


200 ml por planta
Tomate Aplicao semanal, via irrigao

Dica agroecolgica!
No use ingredientes que contenham produtos no permitidos pela legislao de produo
orgnica.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
BRASIL. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Instruo Normativa n 46, de 6 outubro de
2011. Dirio oficial [da] Repblica Federativa do Brasil. Braslia, DF, 07 out. 2011. Seo 1.
SOUZA, J. L.; RESENDE, P. Manual de horticultura orgnica. 2 ed. Atualizada e ampliada. Viosa, MG:
Aprenda Fcil, 2006. 843p.

Coordenao de Agroecologia - Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento


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BIOFERTILIZANTE ENRIQUECIDO COM MICRORGANISMOS


EFICIENTES
Os biofertilizantes so adubos produzidos de diversas maneiras utilizando ingredientes
disponveis na propriedade (esterco, leite, caldo de cana, cinza, outros) enriquecidos com p de
rocha (ver ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 6), microrganismos eficientes (ver
ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 31), entre outros biofertilizantes.

Importante!
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC para autorizao do uso de
biofertilizantes, principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas.
O uso de biofertilizante permitido desde que ele esteja fermentado e
bioestabilizado (curado).
O uso de soro de leite permitido desde que no contenha produtos proibidos pela legislao
de produo orgnica.

Ingredientes para o preparo de 60 litros de biofertilizante:

- Vasilhame de 60 litros;
- 20 litros de soro de leite sem sal;
- 2 kg de cinza;
- 1 balde de diversas folhas verdes ou restos de frutas e verduras;
- 2 litros de melao ou 4 kg de garapa ou 1 kg de acar;
- 250 g de farinha de osso ou casca de ovos;
- 600 ml de microrganismos eficientes;

Dica Agroecolgica!
No use materiais que contenham produtos no permitidos pela legislao brasileira de
produo orgnica.

Como preparar o biofertilizante enriquecido com microrganismos eficientes:

1 passo:
preciso macerar as folhas verdes.

Dica agroecolgica!
O processo de macerao realizado da seguinte forma:
- A planta previamente moda deixada em contato com um lquido extrator (gua limpa,
lcool de cereais), em recipiente fechado e em temperatura ambiente, sob agitao ocasional
e sem renovao do lquido extrator;
- A macerao realizada a frio;
- Deve-se deixar descansar por 16 a 24 horas.

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2 passo:
Colocar todos os ingredientes dentro do vasilhame, deixando fermentar durante 21 dias.
No momento em que o biofertilizante estiver coberto com uma nata fina na superfcie e
com cheiro de vinagre (azedo) ou de leite fermentado, o mesmo estar pronto.

Importante!
O tempo de fermentao varia em funo da temperatura.
Na regio Sul do Brasil, a fermentao mais lenta e pode demorar entre 60 a 120 dias.
Nas regies mais quentes do pas, a fermentao mais rpida e pode ocorrer entre 21 a
41 dias.

3 passo:
preciso coar o biofertilizante no momento da aplicao;
O biofertilizante pode permanecer no vasilhame por at 30 dias.

Como aplicar o biofertilizante:

Diluio
Cultura Indicao
Biofertilizante gua
Hortalias e
600 ml a 1 litro Completar com gua at 20 litros. Adubao foliar
outras plantas
Cereais e 3 litros por
Completar com gua at 100 litros. Adubao foliar
frutferas hectare

As aplicaes do biofertilizante variam em funo da necessidade das plantas, de modo


que a frequncia pode ser semanal ou quinzenal.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
BRASIL. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Instruo Normativa n 46, de 6 outubro de
2011. Dirio oficial [da] Repblica Federativa do Brasil. Braslia, DF, 07 out. 2011. Seo 1.
FRIPP, D. T.; AMADO, L. de A.; LONGHI, A. (Elab.) Agricultura orgnica e natural: manual do produtor. Rio
Branco: MAPA/DFA-AC, [1996?] 23p.
SOUZA, J. L.; RESENDE, P. Manual de horticultura orgnica. 2 ed. Atualizada e ampliada. Viosa, MG:
Aprenda Fcil, 2006. 843p.

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PREPARO DO BIOFERTILIZANTE SUPERMAGRO


O biofertilizante Supermagro possui vrias receitas.
O seu preparo vai depender de sua disponibilidade financeira e tambm do clima de sua
regio.
Atualmente este biofertilizante muito utilizado na produo agroecolgica do pas,
constituindo-se como um dos principais insumos da produo.
O Supermagro pode ser usado em hortalias, frutferas, tratamento de sementes, mudas,
milho, feijo, soja e cana-de-acar..

Ingredientes para o preparo de 200 litros do biofertilizante Supermagro:


- Vasilhame de 200 litros;
- 2 kg de sulfato de zinco;
- 2 kg de cloreto de clcio;
- 2 kg de sulfato de magnsio;
- 300 g de sulfato de mangans;
- 50 g de sulfato de cobalto;
- 100 g de molibdato de sdio;
- 1 kg de cido brico ou 1,5 kg de brax;
- 1,5 kg cal hidratada;
- 8 litros de leite ou soro de leite;
- 8 litros de melao ou 4 kg de acar mascavo;
- 200 g de farinha de osso;
- 50 kg de esterco fresco;
- gua para completar 200 litros do biofertilizante;
* Usar luvas para o manuseio dos ingredientes do biofertilizante Supermagro

Importante!
O sulfato de magnsio usado para fertilizao e correo do solo s permitido desde que
sua origem seja natural.
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC quanto ao uso de biofertilizantes,
principalmente quanto aplicao em partes comestveis das plantas.
O uso de biofertilizante permitido desde que ele esteja fermentado e bioestabilizado
(curado).

Dica agroecolgica!
possvel adicionar plantas como adubos verdes, hortalias, plantas medicinais e plantas
indicadoras ao biofertilizante Supermagro.

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Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
TRS, F.; RESENDE, S. A. SUPERMAGRO-SM. Biofertilizante Enriquecido. Emater-Rio (Empresa de
Extenso Rural). 1995, 11p.
CIDADE JNIOR, H. A.; FONTE, N. N.; CAMARGO, R. F. R. Trabalhador na agricultura orgnica:
Informaes bsicas sobre agricultura orgnica. SENAR - PR (Servio Nacional de Aprendizagem Rural).
Coleo.2007. 128p.

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14

APLICAO DO BIOFERTILIZANTE SUPERMAGRO


O biofertilizante Supermagro pode ser usado em hortalias, frutferas, tratamento de
semente, mudas, milho, feijo, soja e cana-de-acar (Ver ficha 2.14 - modo de preparo do
Supermagro).

Ateno!
Antes de ser aplicado nas folhas, o Biofertilizante Supermagro deve ser coado e
diludo em gua.

1 passo:
Colocar luvas antes de comear a diluir o biofertilizante Supermagro;
Retirar a tampa do vasilhame de 200 litros e revolver constantemente a mistura do Supermagro.

2 passo:
Retirar o Supermagro do vasilhame com auxlio de um recipiente (balde, garrafa etc.).
Coar a quantidade do Supermagro que ser utilizada no pulverizador costal.

3 passo:
Adicionar gua, at completar 20 litros no pulverizador costal;
Aplicar sobre as folhas da cultura a ser fertilizada.

Importante!
Usar a peneira fina para evitar o entupimento do bico do pulverizador durante a aplicao
biofertilizante Supermagro;
Antes de aplicar o Supermagro, colocar os Equipamentos de Proteo Individual (EPIs).
Quando este adubo estiver com cheiro ruim (cheiro de podre) estar estragado e no
dever ser usado.

Aplicao do Biofertilizante Supermagro para capacidade de 20 litros


(pulverizador costal).
Diluir
Cultura Quando aplicar Observao
Supermagro gua
800 ml Uma vez a cada Aplicar no 1 ano
Frutferas
400 ml 15 dias Aplicar no 2 ano
Hortalias de fruto Completar
(tomate, melancia, com gua Usar durante todo
at 20 Uma vez por
pimento, quiabo, 800 ml o ciclo
litros semana
ervilha, tomate, jil,
berinjela, abbora).

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Quantidade
Quando
Cultura Observao
Supermagro gua aplicar

Hortalias folhosas Uma


tenras (alface, almeiro, 600 ml vez por
espinafre, agrio). semana
Hortalias de folhas
Uma
grossas (couve-flor,
1000 ml vez por
repolho, brcolis, Usar durante todo o ciclo
semana
alcachofra).
Hortalias tipo razes
Uma
(cenoura, beterraba,
600 ml vez por
batata-doce,
semana
mandioquinha-salsa).
1 aplicao: realizada aos
2 35 dias depois do plantio
Milho 600 ml
Completar aplicaes 2 aplicao: realizada aos
com gua 55 dias depois do plantio
at 20 1 aplicao: realizada 20 a
litros 30 dias depois do plantio
2 aplicao: realizada
3
Feijo e Soja 600 ml antes do florescimento
aplicaes
3 aplicao: realizada
durante a formao de
vagens
Aplicao durante a fase de
2,5 a 3,0 2
formao (corresponde at
litros aplicaes
Caf 6 meses aps o plantio)
500 ml a 1 4 vezes ao Aplicar aps o 6 ms
litro ano depois do plantio
2 vezes
Iniciar usando 200 ml e ir
Mudas 200 a 600 ml por
aumentado at 600 ml
semana
Pulverizar as sementes e
Tratamento de Antes do
1 a 2 litros Sem gua deix-las secar a sombra e
sementes plantio
plantar em seguida

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
TRS, F.; RESENDE, S. A. SupermagroSM. Biofertilizante Enriquecido. Emater-Rio (Empresa de
Extenso Rural). 1995, 11p.
FREITAS, G.B., et al. Trabalhador na agricultura orgnica: Preparo e aplicao de biofertilizantes e
extrato de plantas. SENAR - DF (Servio Nacional de Aprendizagem Rural). Coleo Senar-107.2006. 84p.
CIDADE JUNIOR, H. A.; et al. Trabalhador na agricultura orgnica: Informaes bsicas sobre agricultura
orgnica. SENAR - PR (Servio Nacional de Aprendizagem Rural). 2007. 128p.

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COMPOSTO ORGNICO
O composto orgnico um excelente adubo para as plantas.

Vantagens do uso de composto:

Como preparar o composto orgnico:

1 passo: Escolha do local.


O local deve ser sombreado, livre de enxurradas e com uma leve declividade.
2 passo: Ingredientes para a construo do composto:
A pilha de compostagem deve ter aproximadamente 75% de restos vegetais (material
grosso e material fino) e 25% de estercos;
- Resto vegetal grosseiro (napier picado, bagao de cana, entre outros);
- Resto vegetal fino (folhas secas, capim, sobra de alimentos, entre outros);
- Esterco - estercos de aves, bovino, equinos, coelhos, entre outros.

Sugesto para enriquecer o composto orgnico:


Fosfato natural - 6 kg por m3
P de rocha - 6 kg por m3
Calcrio dolomtico ou cinza 2 kg por m
Importante: No use cinzas e calcrio ao mesmo tempo, pois isso pode causar perdas
de nitrognio e ainda prejudicar a atividade dos microorganismos decompositores.

3 Passo - Escolher o formato mais adequado da compostagem:


Formato triangular: indicado para perodos ou locais chuvosos, pois favorece o escorrimento
de gua.
Formato trapezoidal: favorece a infiltrao de gua.

Importante!
A pilha de compostagem deve ser montada em camadas sobre lona plstica ou terra
batida ou cimentada. Isso porque a liberao de chorume pode contaminar a terra e a gua.
O chorume deve ser coletado e devolvido pilha. Assim, retornam tambm os
nutrientes que seriam perdidos.

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4 Passo Dimensionar o tamanho da compostagem:
O tamanho da pilha para o reviramento manual no deve ser mais alto que 1,5 m.

O tempo de compostagem varia em


funo de cada regio do Brasil, da
composio e manejo do composto.
Em geral, entre 90 a 110 dias o
composto ficar pronto. Quando isso
ocorre, o composto permite ser moldado
com as mos, estar frio (prxima
temperatura ambiente) e h cheiro de
terra de mata molhada ou terra mofada.

5 Passo Revolvimento da pilha de composto:


Deve-se revolver a pilha quando a temperatura chegar em torno de 65C;
Nmero de reviradas De 3 a 4, aos 15, 30, 45 e 60 dias, colocando a parte de cima
da leira para baixo e a de baixo para cima.

Importante!
O revolvimento permite remover o excesso de CO2 da pilha, oxigenar o composto, ajustar
a umidade e a temperatura quando necessrio e ainda realizar o controle sanitrio da leira.

Importante!
A temperatura da compostagem deve estar entre 50C a 65C;
A umidade da compostagem deve estar entre 40% a 60% (no dia do preparo, irrigue a
compostagem at escorrer gua pelas laterais);
A aerao importante e deve ser de 10 a 17% de oxignio na pilha.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.; MOREIRA, V. R. R.


Referncias bibliogrficas:
COUTO, J. R.; RESENDE. F. V.; SOUZA, R. B. SAMINEZ, T. C. O. Instrues prticas para produo de
composto orgnico em pequenas propriedades. Braslia: Embrapa Hortalias. Boletim de pesquisa e
desenvolvimento. 2008. 8p
BARRETO, C.X. Prtica em agricultura orgnica, 2 ed., 1986. 195p.
KIEHL, J. E. Fertilizantes orgnicos. Piracicaba: Agronmica Ceres, 1985. 492 p.

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COMPOSTAGEM DE RESDUOS DOMSTICOS


Existem muitas sobras nas propriedades, como restos de comidas, folhagens, capinas,
cascas de frutas, papeis, aparas de grama e borras de caf. Essas sobras podem ser aproveitadas
na forma de compostagem e na produo de hmus.
Existe uma tcnica que une a produo de composto com a produo de hmus. Primeiro
se faz a compostagem dos resduos e, aps a estabilizao da temperatura e a decomposio
inicial dos resduos orgnicos, adiciona-se hmus de minhoca (vermicompostagem).
O hmus um adubo de excelente qualidade produzido a partir da transformao biolgica
de resduos orgnicos, onde as minhocas atuam acelerando o processo de decomposio.
Quando o material compostado fornecido para as minhocas e passem pelo seu trato
digestivo, ocorre a liberao de nutrientes como o nitrognio, fsforo, potssio, clcio e magnsio
transformando-se em nutrientes disponveis para as plantas (alimento das plantas).

Preparo da compostagem

Opo 1:
Os resduos orgnicos podem ser colocados em telas plsticas, metlicas ou diretamente
no solo em camadas.
A primeira camada deve ser de restos de capinas ou outro tipo de palhada, intercalando
com camada de resduos domsticos, at atingir altura de 1 a 1,5 metros.
A largura da compostagem deve ser 1,5 a 2 metros, assim como o seu comprimento.

Opo 2:
Outra maneira de guardar resduos orgnicos a forma cilndrica.
A montagem e os materiais so os mesmos realizados na opo 1.

Este exemplo de forma cilndrica


suficiente para acumular resduos
orgnicos domsticos durante 1 ms
para uma famlia com 3 pessoas.

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Aps a montagem da pilha ocorrer o aumento da temperatura, que poder atingir 60C.
Para controlar temperatura e umidade e observar os cuidados que se deve tomar no processo da
compostagem, ver a ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 16 composto orgnico.
Depois que os resduos orgnicos iniciarem sua decomposio, em um perodo em torno de 30
dias, ser realizada a vermicompostagem.

Preparo do vermicomposto:
Aps o preparo do composto, deve-se inserir as minhocas sobre a pilha de composto, ou
ento levar o material e coloc-lo em um minhocrio (ver ficha 2.25 - minhocrio).
Para o modo de preparo e os cuidados para realizar a produo de hmus de minhoca, veja
a ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 23 hmus de minhoca.

Aplicao
Depois que o hmus estiver pronto deve ser aplicado em frutferas, hortalias, culturas
perenes, viveiros, gramados e em plantas ornamentais (ver ficha Fertilidade do Solo e Nutrio
de Plantas n 26 - aplicao de hmus de minhoca).

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
AQUINO, A. M., OLIVEIRA, A. M. G., LOUREIRO, D. C. Integrando compostagem e vermicompostagem
na reciclagem de resduos orgnicos domsticos. Seropdica: Embrapa Agrobiologia, 4p. 2005. (Embrapa
Agrobiologia. Srie documentos). Disponvel em: http://www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/download/cit012.
pdf
LIMA, E., ZONTA, E., AQUINO, A. M., LOUREIRO, D. C. Compostagem e vermicompostagem de resduos
domiciliares com esterco bovino para a produo de insumo orgnico. Pesquisa Agropecuria Brasileira,
v. 42, p. 1043-1048, 2007.

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COMPOSTO ORGNICO ENRIQUECIDO COM FSFORO


O composto rico em fsforo deve ser usado em terras fracas neste nutriente ou em culturas
exigentes neste alimento.
O tamanho e a forma da pilha podem variar em funo da necessidade do produtor, podendo
o composto ser construdo na forma triangular ou de trapzio (figura 1).

Fig. 1 - Forma de composto em trapzio.

Ingredientes por camada de compostagem:

- 1,3 kg de termofosfato magnesiano ou fosfato natural;


- 270 litros de material vegetal (palhas, capins, aparas grama, outros);
- 120 litros de esterco de aves ou outros estercos;
- gua suficiente para umedecer sem escorrer.

Dica Agroecolgica!
O composto orgnico enriquecido de fosfato natural ou termofosfato magnesiano adequado
para solos de baixa fertilidade, como so os solos encontrados no Cerrado.

Como montar uma pilha de composto de 1 m3 (1m de largura x 1m de comprimento x 1 m


de altura):

1 Passo: Monta-se a pilha em at 4 camadas.

Vista lateral da pilha, com camadas de baixo para cima:


4 camada Capim napier triturado, Capim braquiria roado
3 camada Termofosfato, esterco de aves, capim napier triturado, capim braquiria roado

2 camada Termofosfato, esterco de aves, capim napier triturado, capim braquiria roado
1 camada Termofosfato, esterco de aves, capim napier triturado, capim braquiria roado
Fonte: Couto et al. (2008)
Montagem da pilha de baixo para cima

Importante!
A pilha de compostagem deve ser montada em camadas sobre lona plstica ou terra batida
ou cimentada. Isso porque a liberao do chorume pode contaminar a terra e a gua.
O chorume deve ser coletado e devolvido pilha. Assim, retornam tambm os nutrientes que
seriam perdidos.

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2 Passo: Revira-se a pilha no mnimo aos 15, 30, 45 e 60 dias aps a montagem.

3 Passo: Entre 90 a 110 dias, quando constatar-se cheiro de terra de mata molhada ou mofada,
o composto estar pronto para uso na adubao de plantas.

Importante!
* Temperatura ideal da compostagem - 50C a 65C
- Para monitorar a temperatura, sugere-se usar vergalho ou pedao de bambu colocado no
meio da pilha.
- Retira-se o vergalho. Se no for possvel segur-lo com as mos, a temperatura ainda
estar alta. Nesse caso, deve ser feito o revolvimento da pilha.
Umidade ideal da compostagem - 40% a 60%
Aperte amostras do composto com as mos e observe se:
- o composto ficar moldado e a mo mida, a umidade est adequada.
- caso desmanche, a umidade est baixa, molhe um pouco mais;
- se escorrer gua, est molhado demais. Nesse caso, revire a pilha.
Aerao (oxignio dentro da pilha) ideal - 10% a 17% de oxignio
- controlada pelo revolvimento e umidade.

Para detalhes sobre demais compostos, consultar as fichas de compostagem.

Anlise da composio qumica mdia do composto orgnico com fsforo*:


N P K Ca Mg S Cu Zn Fe B Mn

g por kg mg por kg
15 17,5 16,6 63,2 10,2 6,91 240 295 28.032 60 700
* Teores totais mdios de nutrientes com base na matria seca. Fonte adaptada: Couto et al. (2008).

1 tonelada de composto tem ento conforme a tabela acima:


N P K Ca Mg S Cu Zn Fe B Mn
15 15,5 16,6 63,2 10,2 6,91 240 295 28 60 700
kg kg kg kg kg kg gramas gramas kg gramas gramas

Indicao de uso:
1 a 3 kg de composto por m2 ou 10 a 30 toneladas por hectare.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncias bibliogrficas:
COUTO, J. R.; RESENDE. F. V.; SOUZA, R. B. SAMINEZ, T. C. O. Instrues prticas para produo de
composto orgnico em pequenas propriedades. Braslia: Embrapa Hortalias. Boletim de pesquisa e
desenvolvimento. 2008. 8p
HENZ, G. P.; ALCNTRA, F. A.; RESENDE, F. V. Produo orgnica de hortalias: o produtor pergunta,
a Embrapa responde. Braslia, DF: Embrapa Informao Tecnolgica, 2007. 308p.

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COMPOSTO VEGETAL
Geralmente, utiliza-se estercos de origem animal para o preparo de composto. No entanto,
tambm h outros ingredientes que podem ser utilizados na compostagem.
Em propriedades que no possuem fontes de esterco, pode ser produzido composto
formado por resduos vegetais.

Ingredientes para o composto:

Frmula 1
- 100% de crotalria (Crotalaria juncea) picada e com trs meses de idade, ideal que esteja em
florao.

Para preparar 1 tonelada de composto preciso:


- crotalria 1.000 kg

Frmula 2
- 66% de crotalria (Crotalaria juncea) picada e com trs meses de idade.
- 33% Capim napier (Pennisetum purpureum) picado duas semanas antes da montagem do
monte.

Para preparar 1 tonelada de composto preciso:


- crotalria 660 kg
- capim napier 330 kg ou:
- crotalria 330 kg
- capim napier 660 kg

Como preparar o composto:

1 passo: Mistura dos ingredientes:


Amontoa-se a pilha de compostagem conforme a ilustrao abaixo.
Pode-se utilizar somente a crotalria ou em mistura com napier.

2 passo: Revolvimento da pilha


A pilha deve ser revolvida aos 15, 30 e 60 dias aps o incio de sua montagem.
Este cuidado importante para que a temperatura no ultrapasse 35C associado a umidade
mantida acima de 50%.
O composto deve permanecer em processo de fermentao at 90 dias aps o inicio da
compostagem.

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3 Passo: Momento do uso do composto


O composto estar pronto para o uso quando apresentar colorao escura e com o cheiro de
terra, apresentando-se frio.

Observe!
O composto obtido com 100% de crotalria pode ser coletado a partir de 60 dias de
compostagem.

Dica agreocolgica!
Para acelerar a fermentao, pode-se adicionar cana de acar picada, caldo de cana ou
mel diludo na gua, umedecendo-se a pilha de composto.

Formas de utilizao do composto:

Os trs tipos de preparo de composto podem ser utilizados na adubao de base (na hora
do plantio) de beterraba com resultados to eficientes quanto o composto obtido com esterco
bovino.
Para a aplicao do composto devero ser observados os resultados da anlise de solo.
O composto obtido com 67% de crotalria mais 33% pode ser utilizado na produo de mudas
de alface, tomate e beterraba.

Veja outras formas de produo de composto nas fichas de Composto orgnico,


Compostagem, compostagem e vermicompostagem e Composto enriquecido com
fsforo.

Elaboradores da ficha: LEITE, C.D.; MEIRA, A.L.; SARAIVA, P.M.; LIRA, V.M.C.; GONALVES, J.R.A.;
COIMBRA, R.D.
Referncias bibliogrficas:
LEAL, M.A.A. et al. Utilizao de compostos orgnicos como substratos na produo de mudas de hortalias.
Horticultura Brasileira, Braslia, DF, v. 25, p. 392-395, 2007.
LEAL, M.A.A. et al. Adubao orgnica de beterraba com composto obtido a partir da mistura de palhada
de gramnea e de leguminosa. Seropdica: Embrapa Agrobiologia, 2008. 15p. Boletim de pesquisa e
desenvolvimento.

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COMPOSTO FARELADO (BOKASHI)


O composto farelado no Brasil conhecido tambm por Bokashi, que um termo japons
que significa composto orgnico.
Este adubo tem a capacidade de fornecer microrganismos e tambm nutrientes (alimento
das plantas) ao solo.
As receitas de composto de farelos surgiram de acordo com a necessidade e disponibilidade
de ingredientes de cada produtor.

Ingredientes Exemplos
Arroz, trigo, cevada, outros
Farelos de cereais Opes: mandioca ou milho triturado
Torta de oleaginosa Mamona, girassol, amendoim e outros
Fonte energtica para os microrganismos Cana-de-acar, acar mascavo,
do composto bagao de cana, rapadura e outros
Terra virgem de mata ou de barranco,
Fonte de microrganismos (vida) microrganismos eficientes
Farinha de origem animal (optativo) Peixe, carne ou osso.

Vantagens do uso de composto farelado


- Os farelos (resduos) so mais baratos que os insumos qumicos;
- Favorece o vigor e desenvolvimento da planta;
- Atua no controle de doenas;
- Recupera terras nutricionalmente desequilibradas e degradadas pelo uso excessivo de insumos
qumicos;
- O preparo depende somente de sobras originadas da indstria da alimentao.

Veja a como se prepara algumas receitas de composto farelado nas fichas especficas de
preparo de composto farelado.

Cuidados ao preparar um composto de farelos:

1 passo: Escolher o tipo de fermentao (aerbica ou anaerbica).

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Principais diferenas entre fermentao aerbia e anaerbica:


Fermentao aerbica Fermentao anaerbica
- Feito na presena do ar (oxignio) em um - Feito na ausncia do ar (dentro de sacos
local coberto; plsticos preferencialmente pretos ou em
- Montado no formato triangular com diferentes tambor);
alturas; - No necessita de revolvimento;
- Preparo rpido, porm trabalhoso; - Temperatura mantida dentro do saco;
- Necessita de revolvimento no 2 dia aps o - Fica pronto entre 15 a 20 dias.
incio do preparo; - Exige local para armazenar.
- Necessita monitorar a temperatura
- Fica pronto em 10 dias.
2 passo: Revolvimento do composto de farelos
Na fermentao aerbica, necessrio o revolvimento da pilha para que:
Permita a entrada de ar, ajuste a umidade e evite o aquecimento.
Na fermentao anaerbica, no precisa fazer o revolvimento, mas preciso tomar alguns
cuidados, como:
Retirada de todo o ar, amarrando bem a boca do saco e cuidando para no fur-lo durante
o preparo com a p ou com a mo.
A presena de moscas pode indicar que o saco est furado.
3 passo Monitoramento da temperatura e umidade
A temperatura deve ser mantida a 50C.
Na fermentao aerbica, coloque um pedao de bambu ou vergalho no meio do monte
do composto de farelos o tempo todo. A cada dia, retire-o da pilha e faa a prova do toque.
- Se voc conseguir segurar o bambu com a mo, a temperatura est boa. Caso contrrio
a temperatura est alta. Nesse caso, faa o revolvimento.
A umidade deve ser de 15% a 30%, ento se deve molhar a pilha ou os ingredientes
dentro de sacos plsticos. No irrigue em excesso.
Monitore a umidade apertando algumas amostras com as mos. No pode escorrer gua.
(Veja exemplo composto farelado Jacarepagu ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas
n 20)
Aplicao do composto de farelo:
- Pode ser usado diretamente no solo;
- Em doses baixas, pode ser utilizado na forma liquida;
- Pode ser adicionado ao composto orgnico durante a montagem da pilha.
- Pode ser usado em hortalias, cereais, frutferas, plantas ornamentais e outras.

Importante!
Cucurbitceas (abbora, melo, melancia, abobrinha, pepino, etc.) so sensveis aplicao
de doses altas de composto de farelo.
Caso voc incorpore material vegetal triturado em canteiros associados ao uso de composto
de farelo, espere at 10 dias para realizar o plantio.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L; MOREIRA, V. R. R.


Referncias bibliogrficas:
CARVALHO, J. O. M. de; RODRIGUES, C. D. S. Bokashi. Porto Velho: EMBRAPA Rondnia, 2007. 1 folder.
HENZ, G. P.; ALCNTRA, F. A.; RESENDE, F. V. (Ed.) Produo Orgnica de Hortalias: o produtor
pergunta, a Embrapa responde. Braslia, DF: Embrapa Informao Tecnolgica, 2007. 308p.
PAREDES, M. (Elab.) Produccin Agropecuria Ecolgica: Material Educativo para Pequeos Productores.
Asuncin: ATER VIDA, [2009]. 104p.

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COMPOSTO FARELADO JACAREPAGU


Na maioria das propriedades rurais h vrios ingredientes que podem ser aproveitados
para preparar o adubo farelado conhecido como bokashi.
Esta formulao foi desenvolvida por um produtor orgnico de Braslia com alguns
ingredientes disponveis na propriedade denominada Jacarepagu. Por isso, este tipo de
composto farelado foi apelidado assim.

Ingredientes:
- 65 kg de terra virgem de barranco;
- 25 kg de terra de mata (terra preta);
- 50 kg de composto pronto;
- 30 kg de vagens/sementes de leguminosas, trituradas, exemplos: feijo de porco ou mucuna;
- 10 kg de espiga de milho sem palha, trituradas;
- 10 kg de razes de mandioca, trituradas;
- 10 kg de cana-de-acar;
- 10 kg de farinha de ossos;
- 5 kg de cinza ou munha de carvo;
- 45% de gua.
O produtor tambm pode utilizar vagens e frutos de rvores como leucena, pau-ferro ou
jatob substituindo as vagens das leguminosas.

Como preparar:

1 Passo: Deve preparar-se os farelos, triturando as vagens/sementes de leguminosas, as


espigas de milho, a mandioca e a cana (um de cada vez).

2 Passo: No cho de um local coberto, misturam-se todos os ingredientes e forma-se um monte


triangular.

3 Passo: Irriga-se a mistura at formar uma farofa. Quando for possvel, deve-se sentir a
umidade nas mos ao apertar algumas amostras (no deve escorrer gua).

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4 Passo: Deixa-se em repouso durante 2 dias. Depois, irriga-se e revira-se diariamente at o


10 dia, quando o composto ficar pronto (o rendimento mdio de aproximadamente 300 kg).

Importante!
Caso no utilize todo o composto de s uma vez, poder utiliz-lo depois, desde que ele
seja revolvido e irrigado sempre que faltar umidade. Isto serve para no prejudicar a sua
qualidade.

Dosagem:
A aplicao deve ser realizada no solo no plantio ou em cobertura.

Esta formulao de composto pode ser utilizado em hortalias e frutferas.

Importante!
Cucurbitceas (abbora, melo, melancia, abobrinha, pepino etc.) so sensveis
aplicao de doses altas de adubos farelados.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Fonte de conhecimento:
Comunicao verbal tecnologia desenvolvida pelo Engenheiro Agrnomo Rogrio Pereira Dias
Validao por: experimentos no CNPH/Embrapa.

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COMPOSTO ORGNICO FARELADO ANAERBICO


Este adubo farelado, tambm conhecido como bokashi, pode ser utilizado para diversas
culturas e geralmente feito com ingredientes disponveis na propriedade.

Ingredientes:
- 450 kg de farelo de arroz;
- 350 kg de torta de mamona;
- 150 kg de farelo de soja;
- 50 kg de farinha de osso.
- 3 litros de calda de microrganismos eficazes (pode ser microrganismo eficaz comercial ou
preparado caseiro (ver ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 31 - preparo de
microrganismo eficiente - E.M);
- 150 litros de gua;
- 3 kg de acar mascavo ou rapadura triturada.

Como preparar:

O preparo, neste caso, da forma anaerbica, ou seja, expulsando o ar presente na mistura


de farelos.
1 Passo: Diluir a calda de microrganismos eficazes (CM) e o acar em 150 litros de gua.

2 Passo: No cho (solo ou piso de concreto), espalha-se e misturam-se bem todos os


outros ingredientes.

3 Passo: Rega-se uniformemente a calda de microrganismos sobre os ingredientes


misturados no cho. Mistura-se novamente.

4 Passo: Coloca-se a mistura em sacos de rfia forrados por dentro por sacos plsticos
reforados (utilizados para lixo).

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5 Passo: Prensa-se a mistura nos sacos, expulsando o ar, e fechando-os em seguida. Deixa-se
fermentar durante 21 dias.
6 Passo: Aps 21 dias, se necessrio, tritura-se o adubo e guarda-se novamente nos mesmos
sacos expulsando o ar ao fech-los. Neste tempo, o cheiro de fermento indicar que a fermentao
ocorreu normalmente.

Importante!
Utilizar o composto farelado no mximo em 6 meses.

Dosagem:

Como utilizar:
1- Espalha-se o adubo orgnico sobre rea total por cima do mato ou plantas de cobertura;
2- Roa-se o mato ou adubo verde;
3- Deixa-se a rea em repouso por uma a duas semanas;
4- Plantam-se as espcies comerciais por cima da palha ou incorpora-se a palhada e
levantam-se canteiros;
5- No caso de incorporar, esperar mais 20 a 30 dias de acordo com o volume e a qualidade
da palha incorporada.
6- Este adubo pode ser utilizado em todas as culturas.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L; MOREIRA, V. R. R.


Referncia bibliogrfica:
EMATER-DF. Agricultura orgnica. Apostila. 2006.

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COMPOSTO FARELADO UPD* SO ROQUE


Na maioria das propriedades rurais h vrios ingredientes que podem ser aproveitados
para preparar o adubo orgnico a base de farelos conhecido popularmente como bokashi.
Esta formulao de composto farelado foi desenvolvida por pesquisadores da Unidade de
Pesquisa e Desenvolvimento (UPD) de So Roque no estado de So Paulo.

Ingredientes para o preparo de 250 kg:


- 125 kg terra argilosa de subsolo;
- 50 kg farelo de mamona;
- 20 kg farinha de osso;
- 12 kg farelo de arroz;
- 10 kg farinha de peixe;
- 6 kg carvo triturado;
- 6 kg cinza de lenha;
- 20 kg solo vegetal humificado (como inoculante natural de microrganismos);
- 8 litros mingau feito com gua quente e farinha ou polvilho de mandioca, maisena ou outra fonte
de amido;
- 1 kg de rapadura ou acar mascavo.

Como preparar:
1 Passo: Montagem das camadas.
Colocar os ingredientes em camadas dispostas uma sobre a outra, como se fosse preparar um
canteiro, tomando o cuidado de colocar a parte da terra na primeira camada.

2 Passo: Preparo do mingau.


Pegar oito litros de gua fervida e acrescentar 600 gramas de farinha de mandioca (ou maisena
ou polvilho ou qualquer fonte de amido), formando um mingau.
Esperar o mingau esfriar.
Dilui-se a rapadura em 1 litro de gua e adiciona-se ao mingau.
3 Passo Misturar todos os ingredientes formando uma pilha homogenea no formato triangular.
Ento, dever ser adicionado o mingau e novamente deve-se misturar os ingredientes.

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4 Passo: molhar a mistura at a umidade alcanar 45% a 60%.


Aperta-se a mistura nas mos. No deve escorrer gua entre os dedos. (ver composto farelado
Jacarepagu Ficha 2.21).

5 Passo: Colocar o produto dentro de sacos bem fechados, por duas semanas.
Aps esse perodo, deve ser colocado sobre o cho em algum lugar coberto, onde
secar e estar pronto para o uso.

Dica agroecolgica!
Pode-se fazer o composto colocando diretamente sobre o cho aps a mistura de todos os
ingredientes, tomando o cuidado de revir-lo todos os dias durante 5 dias.
Depois disso, estar pronto.
Vantagem no precisa ensacar.
Desvantagem preciso revirar a mistura todos os dias.

Dosagem:
A aplicao deve ser realizada no solo, no plantio ou em cobertura.
um produto ideal para a cultura do tomate orgnico.

Este produto orgnico tambm pode ser utilizado em hortalias e frutferas.

Importante!
Cucurbitceas (abbora, melo, melancia, abobrinha, pepino, etc.) so sensveis aplicao
de doses altas de bokashi.

Elaboradores da ficha: MOREIRA, V. R. R.


Referncia bibliogrfica:
ISHIMURA, I. Preparo e uso de Bokashi na agricultura orgnica. UPD SO ROQUECIESE/DDD/APTA/
SAAESP. So Roque, SP, 2011. Apostila, 11p.

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HMUS DE MINHOCA
O hmus produzido pela minhoca formado mais rapidamente do que o hmus criado pela
ao da natureza com a decomposio de resduos vegetais e animais.
As minhocas consomem os resduos orgnicos, que passam no seu trato digestivo e ento
se transformam em hmus.

O hmus muito rico em nutrientes para as plantas, e tambm em bactrias e microrganismos.

Conhecendo a minhoca!
- A minhoca possui os dois sexos no mesmo animal, mas no se acasala sozinha, precisa
de um companheiro (a);
- A minhoca pode viver de 2 a 16 anos;
- A minhoca estar frtil aos 40 dias;
- A minhoca se reproduz por 9 meses;
- Quatro minhocas adultas geram 1500 minhoquinhas em 6 meses;
- A minhoca consome aproximadamente o seu peso em alimento;
- A minhoca devolve 60% do que consome na forma de hmus.

Ingredientes para preparo do hmus:

- Esterco de vaca, cavalo, galinha, porco ou coelho (50%);


- Resduos vegetais picados, como palha, leucena, guandu, mucuna-preta, crotalria, bagao de
cana, grama cortada (50%)
- O esterco e os resduos vegetais devem se misturados (ver ficha Fertilidade do Solo e Nutrio
de Plantas n 24 Minhocrio construo).

Dica agroecolgica!
Quando o hmus levado para a terra, tambm iro os ovos da minhoca. Eles iro eclodir
(estourar) e deles sairo minhoquinhas, que a partir deste momento podem colonizar a terra.

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Vantagens do uso do hmus de minhoca:

- Regenera a terra, mantendo-a frtil;


- rico em matria orgnica;
- Facilita a entrada de gua na terra;
- Mantm a gua por mais tempo no interior da terra;
- Aumenta a quantidade de ar na terra (aumenta os poros);
- Fornece nutrientes para as plantas, como o nitrognio, fsforo, potssio, enxofre e principalmente
o clcio;
- Pode ser usada em todas as culturas;
- Aproveitamento dos resduos da propriedade (folhas, restos de colheitas, etc.);
-Tratamento de fontes de doenas e insetos nocivos que esto nos estercos;
- No prejudica o meio ambiente.

Importante!
O hmus pode ser produzido pelo prprio agricultor, pelo aproveitamento dos resduos
orgnicos gerados na propriedade, diminuindo assim a dependncia com a aquisio de
insumos industriais, o que acarreta uma reduo nos custos de produo.

Dica agroecolgica!
A minhoca pode ser utilizada como mais uma fonte de protena para aves alimentao de aves.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L; MOREIRA, V. R. R.


Referncia bibliogrfica:
MORSELLI, T.B.G.A. Biologia do Solos, Pelotas, 2007. Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de
Agronomia Eliseu Maciel, Programa de Ps Graduao em Agronomia e Sistemas de Produo Agrcola
Famlias; Departamento de Solos e Fitotecnia: 144p.
DADONAS, M., A horta orgnica em seu quintal. So Paulo 1987, Editora Global, 175p.

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MINHOCRIO
Existem diversas formas e materiais para a construo de minhocrios (figura 1). O ideal
que sejam utilizados materiais disponveis na propriedade. A dimenso do minhocrio pode ser
observada na figura 2.

Montagem do minhocrio:
1 Passo: escolha do local.
Prximo de um ponto de gua;
Prximo da matria-prima (estercos e outros materiais vegetais);
Se possvel com um declive (mnimo de 2%);

Importante!
Regies de clima frio e mido ------- local ensolarado;
Regies de clima quente ------------- local parcialmente sombreado.

A base do minhocrio deve ser construda com terra batida, ou com outros materiais que
evitem a fuga das minhocas.
2 Passo: instalao do minhocrio.
Escolha o tipo de canteiro de acordo com as condies locais.

Tipos de canteiros e materiais a serem usados:


- Canteiros em leira (amontoado no cho), canteiros de bambu, canteiros de madeira, canteiros
de tijolo (alvenaria).
3 Passo: enchimento do minhocario.
Coloque os ingredientes do hmus (estercos misturados ou no com at 50% de resduos
vegetais) no canteiro e deixe em repouso por 2 a 3 dias.
Importante!
- No use esterco fresco.
- Antes de adicionar o esterco no minhocrio, faa uma pequena compostagem do mesmo
durante 15 ou 20 dias (sob 25C).
- Lembre que as minhocas no suportam temperatura elevada.
4 Passo: inoculao das minhocas no canteiro
Solte um litro de minhocas por m2 (igual a 1.000 minhocas por m2).

As espcies de minhocas mais usadas na produo de hmus so:


minhoca vermelha da califrnia (Eisenia foetida)
minhoca gigante africana (Eudrilus eugeniae).

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5 Passo: cobertura do minhocrio
Cubra o minhocario com palhas dos mais diversos tipos (bananeira, grama cortada, restos
culturais e sap);
possvel tambm cobrir os canteiros com lona, sombrite, plstico ou outros materiais
disponveis na propriedade para reduzir a ao da chuva.

Importante!
A cobertura dos canteiros conserva a umidade do local e protege contra o sol forte.

Cuidado!
As galinhas, pssaros, porcos, sapos, centopias, tatus, sanguessuga e formigas

Cuidado com a umidade.


Para observar a umidade ideal do hmus, aperte o material com a mo, no podendo escorrer
gua entre os dedos (sinal de que est muito mido), ou cair sem deixar resduos nas mos
(sinal de que est totalmente seco).

Coleta das minhocas, separao e armazenamento do hmus:


O hmus estar pronto para uso entre 45 a 90 dias. O tempo varia em funo dos ingredientes
e do clima.
O hmus ficar parecido com chocolate granulado;
Deve-se separar as minhocas do hmus para que as mesmas sejam usadas no prximo
minhocrio.
Ao apertar o hmus com as mos, as mesmas ficaro com a colorao de graxa preta.

Iscas: coloque o esterco curtido dentro ou sobre sacos de cebola vazios ou de rfia dentro do
minhocrio durante 3 dias (as minhocas migram para dentro dos sacos).
Manual: coletar com as mos as minhocas no minhocrio.
Peneira: peneire o hmus (cuidado, pode lesionar as minhocas).
Em seguida, deixe secar o hmus sombra at 40% de umidade;
Armazenagem do hmus em sacos de rfia ou plsticos em local arejado.
Rendimento mdio de 1 m3 de ingredientes de 500 kg de hmus pronto

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L; MOREIRA, V. R. R.


Referncia bibliogrfica:
AQUINO, A. M. de. Vermicompostagem. Seropdica: EMBRAPA AGROBIOLOGIA, 2009. 6p. (Circular
Tcnica, 29)
AQUINO, A. M. de.; ALMEIDA, D. L.; SILVA, V. F. da. Utilizao de minhocas na estabilizao de resduos
orgnicos: vermicompostagem. Seropdica: EMBRAPA AGROBIOLOGIA, 1992. 6p. (Comunicado Tcnico,
08, revisada)
FIORI, A. A. Minhocultura. Campinas, CATI, 2004. 66p. (Boletim Tcnico, 242)
PAREDES, M. (Elab.) Produccion agropecuria ecolgica: material educativo para pequeos productores.
Asuncin: ATER VIDA, [2009]. 104p
RICCI M. dos S. F. Manual de vermicompostagem. Porto Velho: EMBRAPA Rondnia, 1996. 23p.

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MINHOCRIO DE BAMBU
Nas propriedades agrcolas existem muitas variedades de bambus.
O bambu possui muitas utilidades. Uma delas a de permitir construes rurais de baixo
custo.
Uma construo rural que pode ser desenvolvida nas propriedades rurais utilizando bambu
a construo de minhocrios.

Vantagens do uso do minhocrio de bambu:


- Promove uma melhor aerao do material a ser transformado em hmus;
- Ameniza a temperaturas para as minhocas;
- Tem baixo custo de implantao.

Materiais necessrios para a construo do minhocrio de bambu:


Para a construo de um canteiro retangular com dimenses de 2m de comprimento, 1m
de largura e 0,50m de altura (figura 1), sero necessrios:
- 20 bambus de 2 m de comprimento (com aproximadamente 6 cm de dimetro cada);
- 20 bambus de 1 m de comprimento (com aproximadamente 6 cm de dimetro cada);
- 18 estacas de sabi (sanso do campo ou outra rvore da sua regio) com 70 cm de comprimento
(preferncia por madeiras duras, j que vo ser enterradas no solo);
- 3 m de sombrite preto (com 2 m de largura) com passagem de luz de 50% ou 70% (o mesmo
utilizado em viveiros de plantas);
- 2 kg de arame 16.

Como construir um minhocrio de bambu:


1 Passo: Escolha do local.
Prximo de um ponto de gua;
Prximo da matria-prima (estercos e outros materiais vegetais);
Se possvel com um declive (mnimo de 2%);
2 Passo: Montagem da estrutura de apoio.
Crava-se 3 estacas de sabi no solo 20 cm de profundidade ( um palmo) nos
cantos e uma estaca de sabi a cada 60 cm de distncia no comprimento do
minhocrio.
Minhocario vista de cima:

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3 Passo: Amarrao das laterais.
Inicia-se a colocao dos bambus pelas laterais, depositando um bambu sobre o
outro at atingir 40 cm de altura.
Repete-se este processo na frente e no fundo, para fechar os quatro cantos do
minhocrio.
Deve- se fazer a amarrao dos bambus nas laterais, tranando o bambu e as
estacas.

4 Passo: Cobertura do minhocrio.


Aps isso, monta-se a estrutura do minhocrio, colocando o sombrite dentro da estrutura,
cobrindo o fundo e as laterais internamente.
5 Passo: Inoculao dos ingredientes.
Coloca-se dentro do minhocrio os materiais a serem transfomados em hmus.
- Esterco (vaca, cavalo, galinha, porco ou coelho) misturado ou no com at 50% de resduos
picados (palha, leucena, guandu, mucuna preta, crotalria, bagao de cana entre outros) e/ou
restos orgnicos domsticos (VER FICHA DE CONSTRUO DE MINHOCRIO).

Importante!
O esterco no deve ser fresco. Para isso, deixe o esterco amontoado entre 15 a 20 dias
(ver detalhes de manejo do hmus na ficha de contruo de minhocrio).

Algumas indicaes de uso do hmus em hortalias, frutferas, plantas ornamentais e mudas


podem ser consultadas na ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 26 Aplicao de
hmus.

Dica!
Esse minhocrio pode durar at 4 anos, dependendo da variedade de bambu que for
usado. Depois disso, os bambus podero ser decompostos tambm e virar adubo.

Elaboradores da ficha: NOBRE, F. G. de A.; LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncia bibliogrfica:
AQUINO, A. M. de. Vermicompostagem. Seropdica: EMBRAPA AGROBIOLOGIA, 2009. 6p. (Circular
Tcnica, 29)
AQUINO, A. M. de.; MEREILLES, E. C. Canteiros de bambu para a criao ecolgica de minhocas.
Seropdica: EMBRAPA AGROBIOLOGIA, 2006. 2p. (Comunicado Tcnico, 93)

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APLICAO HMUS DE MINHOCA


O hmus de minhoca um adubo orgnico formado a partir da transformao biolgica de
resduos orgnicos. Quando aduba-se o solo com hmus, a terra fica mais porosa e mantm-se
a gua disposio das plantas por mais tempo.
O hmus rico em matria orgnica.
O hmus pode ser usado em culturas como hortalias, frutas, pastagens, cereais, plantas
ornamentais.
O hmus pode ser usado tambm diludo em gua (ver ficha 27- Hmus Lquido);

Como pode ser aplicado o hmus?


O hmus pode ser aplicado da seguinte forma:
A lano Pode ser a aplicado com a mo ou com mquina espalhadora de calcrio em toda a
rea.
Em faixas Aplicado somente na faixa de plantio;
No bero (cova) Aplicado na projeo da copa de arvores, cobertura para mudas e rvores
(frutferas, ornamentais, nativas).
Em vasos Aplicado misturado a terra.

Constituio de alguns nutrientes do


Em cada tonelada de hmus tem-se ento:
hmus de minhoca:
Nitrognio = 1,5% Nitrognio = 15 kg
Fsforo= 1,3% Fsforo= 13 kg
Potssio = 1,7% Potssio = 17 kg
Clcio = 1,4% Clcio = 14 kg
Magnsio = 0,5% Magnsio = 5 kg

Doses e formas de aplicao de vermicomposto para algumas culturas


Cultura No plantio Em cobertura
Antes da florao: 1 a 2 kg/planta,
Caf, cacau e citros 500 a 700 g/cova Aps a colheita: 1 a 2 kg/planta
Aumentar 30% a cada ano
Antes da florao: 500 a 700 g/cova
Frutferas (menos abacaxi) 500 a 700 g/cova Aps a colheita: 500 a 700 g/cova
Aumentar 30% a cada ano
Hortalias folhas (alface,
200g/cova ou
almeiro, espinafre, agrio, Nos perodos de maior demanda:
300g/sulco ou
couve-flor, repolho, brcolis, repetir a dose de plantio
1 kg/m2 de canteiro
alcachofra).
Abbora, melo,melancia, Inicio da florao: 300g/ planta no
200 a 400g/cova
pepino sulco
500 a 700 g/metro de Inicio da florao: 300g/ metro de
Milho, arroz e feijo
sulco sulco

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Nos perodos de maior demanda:


Abacaxi 500g/cova
300g/planta
500 a 700g/m2 de Repetir a cada 3 meses: 500 a
Mudas
canteiro 700g/m2 de canteiro
Repetir a cada 3 meses: 300g ao
Plantas ornamentais de jardim,
200g/vaso redor de cada planta
roseiras arbustos
Aumentar 30% a cada ano
20 a 30% do volume do
Plantas ornamentais de vaso Repetir a cada 3 meses: 300 a 700g
vaso
Fonte: Ricci, 1996.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L; MOREIRA, V. R. R.


Referncia bibliogrfica:
RICCI, M. S. F. Manual de vermicompostagem. Porto Velho, RO: Embrapa CPAF-Rondonia, 23 p. 1996.
Disponvel em http://www.cpafro.embrapa.br/portal/publicacao/286
SCHIEDECK, G.; GONALVES, M.de M.; SCHWENGBER, J. E.; Minhocultura e produo de hmus para
a agricultura familiar. Circular tcnica 57, Pelotas 2006, Embrapa Clima Temperado. http://www.infoteca.
cnptia.embrapa.br/handle/doc/746014
AQUINO, A. M., OLIVEIRA, A. M. G., LOUREIRO, D. C. Integrando compostagem e vermicompostagem
na reciclagem de resduos orgnicos domsticos. Seropdica: Embrapa Agrobiologia, 4p. 2005. (Embrapa
Agrobiologia. Srie documentos). Disponvel em: http:// www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/download/
cit012.pdf;STEFFEN, G. P. K.; ANTONIOLLI, Z. I.; STEFFEN, R. B.; MACHADO, R. G. Casca de arroz e
esterco bovino como substratos para multiplicao de minhoca e produo de mudas de tomate e alface. Acta
Zoolgica Mexicana, nmero especial 2, p. 333-343, 2010.

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HMUS LQUIDO
O hmus lquido um adubo foliar que ajuda a promover o crescimento das plantase
favorece o equilbrio biolgico do solo.

Como preparar 20 litros de hmus lquido a 10%:

1 Passo: coleta do humus.


Separe 4 kg de hmus de minhoca (slido) pronto com dois meses de antecedncia.

Importante!
No se deve utilizar esse adubo diretamente sobre partes comestveis das plantas como
folhas (alface, rcula, repolho), flores (brcolis e couve flor) e frutos (tomate, pimento e
morango).

Dica!
O preparo de 20 litros de hmus lquido a 10% necessita de 4 kg de hmus de minhoca
slido, pois em torno de 50 a 60% do hmus slido composto apenas por gua.

2 Passo: preparo da soluo.


Em um recipiente, coloque o hmus e complete com at 20 litros de gua;
Misture bem;
Deixe a mistura em local sombreado entre 5 a 8 dias;
Agite a mistura por 1 minuto, ao menos duas vezes por dia, para que sejam liberados os
nutrientes (alimento das plantas) para a gua.

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3 Passo: filtragem e uso.


Um dia antes do uso do hmus liquido, no necessrio o revolvimento da soluo.
A parte slida (do fundo do recipiente) pode ser usada como adubo de solo.
O hmus lquido deve ser filtrado para evitar entupimento dos bicos do pulverizador.

Aplicao foliar do hmus lquido a 10%:


Dose de hmus Quando aplicar?
1 litro por m2 A cada 15 dias

Para fazer outros volumes, basta manter as mesmas propores de ingredientes.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncia bibliogrfica:
SCHIEDECK, G.; SCHWENGBER, J. E.; GONALVES, M. de M.; SCHIAVON, G. de A. Preparo e uso de
hmus lquido: opo para adubao orgnica de hortalias. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2008.
4p. (Comunicado tcnico, 195).
SCHIEDECK, G.; SCHWENGBER, J. E.; Hmus lquido: adubao orgnica lquida visando a transio
agroecolgicas. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, [n.d.]. 2p.

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URINA DE VACA NA ADUBAO DE PLANTAS


As plantas pulverizadas com o biofertilizante de urina de vaca ficam mais saudveis e
resistentes a pragas (como cochonilhas, pulges, caros, lagartas) e doenas (como pinta-preta,
requeima, pstula bacteriana e antracnose).
A urina de vaca tambm pode ser usada no tratamento de sementes.
Importante!
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC quanto ao uso de biofertilizantes em
partes comestveis.
O uso de biofertilizantes permitido desde que curados e fermentados.

Como preparar o biofertilizante de urina de vaca:


1 Passo: Coleta da urina da vaca.
Geralmente, a vaca urina no momento da ordenha e nesse momento que se pode coletar
a urina em um vasilhame como um balde, por exemplo.

2 Passo: Fermentao da urina de vaca.


Aps a coleta, coloca-se a urina em garrafas de plstico (PET).
preciso fechar bem as garrafas e deixar em local sombreado durante um perodo mnimo
de 3 dias para que fermente.

3 Passo: Utilizao da urina.


Depois de, no mnimo, 3 dias, a urina ficar escura. Neste momento, pode-se utilizar a urina
na adubao de plantas ou do solo. Ela pode permanecer armazenada por at um ano.
Como diluir a urina de vaca
No esquema abaixo, explica-se como diluir a urina a 1% em 10 litros de gua.
O importante colocar a urina e completar com gua.

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28

Tabela 1 Aplicaes foliares e diluies indicadas e testadas a campo pela


PESAGRO-RIO e por produtores:
Diluio
Cultura Quando pulverizar?
Urina gua
Abacaxi 100 ml 10 litros Mensalmente, durante os 4 meses aps o plantio
Mensalmente (suspender as aplicaes 2 meses antes da
Abacaxi 250 ml 10 litros
induo floral e recomear a partir do avermelhamento do fruto)
Berinjela 100 ml 10 litros Quinzenalmente
Caf 100 ml 10 litros Mensalmente
Couve 50 ml 10 litros Semanalmente
Feijo-vagem 50 ml 10 litros Semanalmente
Jil 100 ml 10 litros Quinzenalmente
Pepino 50 ml 10 litros Semanalmente
Pimento 50 ml 10 litros Semanalmente
Quiabo 100 ml 10 litros Quinzenalmente
Tomate 50 ml 10 litros Semanalmente
Deve-se aplicar a urina em dias nublados ou sem sol, porm com claridade.
Tabela 2 Aplicaes no solo e diluies indicadas:
Diluio
Cultura Observaes
Urina de vaca gua
Plantas pequenas: 500 ml da diluio;
Acerola, banana, coco, goiaba, Plantas mdias: 1 litro da diluio;
jabuticaba, pinha, laranja, 5 litros 100 litros Planta adulta: 2 litros da diluio;
tangerina limo, manga
Aplicar junto planta a cada 3 meses.
Aplicar junto planta pelo menos 2 vezes
Alface 1 litro 100 litros durante o ciclo da alface. O uso da urina
pode reduzir em at 20 dias a colheita

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncia bibliogrfica:
BRASIL. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Instruo Normativa n 46, de 6 outubro de
2011. Dirio oficial [da] Repblica Federativa do Brasil. Braslia, DF, 07 out. 2011. Seo 1.
BURG, I. C.; MAYER, P. H. Alternativas ecolgicas para preveno e controle de pragas e doenas.
Grafit Grfica Editora Ltda., Francisco Beltro, PR, 2000. 153p.
EMPRESA DE PESQUISA AGROPECURIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Urina de vaca: alternativa
eficiente e barata. 2ed. Niteri: PESAGRO-RIO, 2002. 8p. (Documento, 68).
FREITAS, G. B.; BARRELLA, T. P.; SIQUEIRA, R. G.; TRIVELATTO, M. D.; SANTOS, R. H. S. (Ed). Aplicar
o biofertilizante de urina de vaca. IN: Preparo e aplicao de biofertilizantes e extratos de plantas. Braslia:
SENAR, 84p. 2006.
PAREDES, M. (Elab.) Produccion Agropecuria Ecolgica: Material Educativo para Pequeos
Productores. Asuncin: ATER VIDA, [2009]. 104p.
SOUZA, J. L.; RESENDE, P. Manual de horticultura orgnica. 2 ed. Atualizada e ampliada. Viosa, MG:
Aprenda Fcil, 2006. 843p.

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URINA DE VACA NO TRATAMENTO DE SEMENTES


A urina de vaca pode ser utilizada no tratamento de sementes para melhorar o enraizamento
e a brotao das plantas e para reduzir a ocorrncia de pragas e doenas.
Ela tambm utilizada como biofertilizante, pois torna as plantas mais saudveis e
resistentes a algumas pragas (cochonilhas, pulges, caros e lagartas) e doenas (pinta-preta,
requeima, pstula bacteriana e antracnose) (ver ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas
n 28 - uso de urina de vaca na adubao de plantas).

Importante!
Produtores orgnicos devem consultar a OCS ou OAC quanto ao uso de biofertilizantes em
partes comestveis.
O uso de biofertilizante permitido desde que bioestabilizado

Tratamento de sementes com urina de vaca:


1 Passo: Inoculao da semente com urina.
Em um recipiente, mergulham-se as sementes que se deseja tratar na urina de vaca pura
(sem diluio). Isso deve durar um perodo de 30 segundos a 1 minuto para no prejudicar as
sementes.

2 Passo: Como usar.


Secar as sementes sombra e plantar logo em sequncia.

Dica agroecolgica!
Tambm possvel tratar as sementes com biofertilizantes na proporo de 1%
diludo na gua por 30 minutos.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.


Referncia bibliogrfica:
BRASIL. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Instruo Normativa n 46, de 6 outubro de
2011. Dirio oficial [da] Repblica Federativa do Brasil. Braslia, DF, 07 out. 2011. Seo 1.
SOUZA, J. L.; RESENDE, P. Manual de horticultura orgnica. 2 ed. Atualizada e ampliada. Viosa,
MG: Aprenda Fcil, 2006. 843p.

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PELETIZAO DE SEMENTES COM USO DE BIOFERTILIZANTE


E P DE ROCHA
A peletizao de sementes consiste em uma tcnica simples e barata que pode ser feita na
propriedade.
Peletizar uma ao semelhante a revestir a semente com substncias que agreguem
qualidades benficas prpria semente e na vida da planta.
A peletizao tem a funo de proteo contra fatores externos (funciona como uma roupa
da semente).
A peletizao serve como um veculo de aplicao de nutrientes, como fsforo pelo uso de
fosfato natural, p de rocha (diversos minerais), calcrio (clcio e magnsio), composto farelado
(adubo orgnico), entre outros fertilizantes e corretivos do solo permitidos pela legislao de
produo orgnica.

Vantagens de peletizar as sementes:


- As sementes peletizadas com ps de rocha aceleram seu poder de germinao em torno
de cinco dias, aumentando o vigor e a sanidade.
- As razes das plantas, logo aps serem emitidas, j entram em contato com os nutrientes
(alimento das plantas), ajudando, assim, o seu desenvolvimento.
- Plantas com sistemas de razes vigorosos (bem desenvolvidos) so mais bem nutridas e
tambm enfrentam melhor adversidades como a seca e o encharcamento do solo.

- Quando a semente, logo aps emergir, teve contato com nutrientes (alimento das plantas),
a planta tende a responder melhor a aplicao de nutrientes quando se torna adulta;
Como preparar a peletizao de sementes base de biofertilizante e p de rocha
1 Passo:
Dissolve-se 100 ml de biofertilizante fermentado (ver como preparar biofertilizantes nas
fichas de biofertilizantes) em 1 litro de gua.
Aps isso, mistura-se bem, formando uma calda homognea.
2 Passo:
Mergulham-se as sementes no biofertilizante diludo e adiciona-se o p de rocha peneirado.
Depois, deve-se retirar as sementes umedecidas do biofertilizante e p de rocha, de forma
que as sementes fiquem revestidas por um barro levemente mido.
Devem-se misturar bem as sementes ao p de rocha, para que se tenha um bom contato
entre ambos.

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3 Passo:
Pode-se semear imediatamente as sementes, ou ainda deixar secar sombra e
posteriormente semear.
O tempo mximo para semear as sementes tratadas de 24 horas.

Importante!
A quantidade de p de rocha e de biofertilizante varia em funo do tamanho de
semente.

Dica agroecolgica!
Utilize p de rocha para corrigir solos degradados.
A utilizao de biofertilizantes sobre ps de rochas aumenta a quantidade de micro-
organismos benficos no solo, melhorando suas qualidades qumicas (nutrientes), fsica
(porosidade) e biolgica (animais). (ver ficha Fertilidade do Solo e nutrio de plantas n
3 Biomineralizao)

Outra forma de fazer peletizao de sementes pode ser verificada na ficha de urina de vaca.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L., MOREIRA, V.R.R.


Referncia bibliogrfica:
MARTINS, G.; GUTTERRES, L.M.; VIANA, P.R. Prticas Agroecolgicas na agricultura familiar. Maquin,
RS, 2011. 45p.
PRIMAVESI, A. Manejo ecolgico de pragas e doenas. So Paulo: Nobel, 1988. 137p.
PINHEIRO, S.; BARRETO, S.B. MB-4: Agricultura Sustentvel, Trofobiose e Biofertilizantes, Canoas, La
Salle, 1996.

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PREPARO DE MICRORGANISMOS EFICIENTES (E.M)


Os microrganismos eficientes so seres muito pequenos (fungos e bactrias) que vivem
naturalmente em solos frteis e em plantas.
Esses microrganismos podem ser utilizados na agricultura e na criao animal.
Os microrganismos eficientes so capturados em uma mata (preferencialmente virgem) e,
depois disso, ativados com melao.

Vantagens do uso do E.M:


- uma tcnica acessvel e de baixo custo;
- de fcil preparo na propriedade.

Ingredientes (1 opo):
- 700 g de arroz;
- 100 ml de melao ou calda de cana ou 500 ml de garapa ou 200 g de acar mascavo.

Ingredientes (2 opo):
- 2,3 kg de arroz cozido (ou 4,5 kg de farelo de arroz);
- 500 ml de melao para cada 5 litros de gua
- 2,7 m de plstico (preferencialmente de cor preta).

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Captura de microrganismos de mata:


Cozinha-se o arroz sem sal.
Coleta-se um saco de serrapilheira de uma mata, preferencialmente folhas que possuam
fungos ou bactria;
No cho, espalha-se a serrapilheira sobre um plstico (preferencialmente preto) e mistura-
se com o arroz cozido (ou o farelo de arroz);
Umedecer a mistura de arroz e serrapilheira com a soluo de melao e gua e deixar
repousar ao ar livre por 3 dias para fazer a captura (preferencialmente quando no estiver
chovendo).
importante monitorar a mistura e observar se existem colnias de bactrias ou fungos
de cor esquanquiada nas folhas. Ao final se obtem um saco de folhas com microrganismos de
mata, os microrganismos eficientes.

Ingredientes para elaborar EM slido:


- 60 kg de farelo de arroz
- 1 saco de serrapilheira com microrganismos de mata capturados (conforme descrito
acima);
- 500 ml de melao para cada 5 litros de gua
- 1 barril plstico com capacidade de 100 ou 200 litros.

Elaborao do EM slido:
Colocar o farelo de arroz sobre uma superfcie limpa ou um plstico;
Adicionar o saco de serrapilheira de microrganismos de mata capturados e misturar;
Umedecer a mistura com o melao, evitando o excesso de umidade;
Colocar a mistura em um barril, compactar e tampar;
Destampar o barril a cada dois ou trs dias para liberar gases;
Os microrganismos eficientes estaro prontos para uso aps 30 dias.

Elaborao do EM lquido:
Para produzir o EM lquido, colocar aproximadamente 500g de EM slido em 100 litros de
gua e depois coar.
Os microrganismos eficientes podem ser aplicados em todas as culturas. Para sugestes de
uso, ver a ficha Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 32 - uso de Microrganismo Eficiente.

Importante!
Os microrganismos eficientes podem permanecer armazenados at um ano. No se deve
us-los quando se constata mau cheiro!
O tempo que o arroz permanece na mata (captura) pode variar de acordo com a regio.
No usar gua com cloro, pois isso mata os microrganismos.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L;


Referncia bibliogrfica:
CASALI, V. W. D. (Org.) Caderno dos microrganismos eficientes (EM): Instrues prticas sobre o uso
ecolgico e social do EM. Viosa, MG, 2009. 31p.
GMEZ, D.; VSQUEZ, M. Abonos orgnicos. Tegucigalpa: PyMeRural, 2011. 27p. (Serie: Produccin
orgnica de hortalizas de clima templado).

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32

USO DE MICRORGANISMOS EFICIENTES EM PLANTAS,


SEMENTES E SOLO
Os microrganismos eficientes so seres muito pequenos (fungos e bactrias) que vivem
naturalmente em solos frteis e em plantas.
A tcnica acessvel pelo baixo custo e pode ser preparada na propriedade (ver ficha
Fertilidade do Solo e Nutrio de Plantas n 31- preparo de Microrganismos Eficiente).

Vantagens do uso dos microrganismos eficientes:


- Aumento da produtividade agrcola (atuam na germinao, florescimento, frutificao e
ativao do amadurecimento);
- Evitam a proliferao de plantas espontneas, doenas e pragas;
- Ajudam na estruturao do solo, deixando os pedacinhos de terra mais colados;
- Reduz a quantidade de aplicaes de outros adubos no solo;
- Podem atuar associados com adubos verdes na descompactao do solo, aumentando a
porosidade e a infiltrao de gua;
- Podem ser misturados a outros adubos orgnicos como biofertilizantes, compostos, hmus
e compostos farelados;
- Podem ser usados como decompositores de matria orgnica para acelerar o processo
de preparo de composto ou biofertilizante.

Ingredientes:
- 10 ml de microrganismos eficientes;
- 10 ml de melao;
- 10 litros de gua.

Dica:
- 10 ml equivale a 2 tampinhas de garrafa PET ou duas colheres de ch bem cheias.

Preparo de 10 litros de microrganismos eficientes:


Misturar todos os ingredientes e completar o volume at alcanar 10 litros. Misturar bem.

Aplicaes:

Os microrganismos eficientes podem ser utilizados diretamente em plantas de qualquer


idade, no solo ou em sementes.

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Importante!
No usar gua com cloro, pois ir matar os microrganismos. Para tirar o cloro da gua, a
sugesto deix-la em um recipiente aberto ao sol durante 24 horas.
A aplicao dos microrganismos eficientes deve ser feita no final da tarde, em dias nublados
ou aps chuva.
Ao iniciar o uso de microrganismos eficientes, faa um nmero maior de aplicaes.
Ano aps ano, reduza a freqncia de aplicaes, pois o sistema solo-planta se manter em
equilbrio.

Indicao de uso Cuidados

Pulverizar at Aplicar aps a germinao ou em plantas adultas.


Planta o ponto de Aplicao semanal at melhorar a sade do solo.
escorrimento Depois, fazer aplicao quinzenal.

Molhar os canteiros Aguardar entre 7 a 10 dias para semear, plantar


Solo
ou beros (covas) ou transplantar mudas
4 a 8 aplicaes de 100 a 200 litros/ha/ano
Recuperao de
Molhar solo Alterar aplicao de acordo com a necessidade
solos degradados
do solo
Umedecer as
Semente Semear logo aps o umedecimento
sementes*

Dica agroecolgica!
*Pode ser feita a peletizao das sementes, durante o umedecimento das sementes
(mergulhar as sementes nos microrganismos lquido), acrescentar cinza de fogo ou
farelo (pode ser farelo de arroz, soja, mamona etc.) envolvendo as sementes. Pronto,
est feita a peletizao.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L.; Moreira, V. R. R.


Referncia bibliogrfica:
CASALI, V. W. D. (Org.) Caderno dos microrganismos eficientes (EM): Instrues prticas sobre o uso
ecolgico e social do EM. Viosa, MG, 2009. 31p.
FRIPP, D. T.; AMADO, L. de A.; LONGHI, A. (Elab.) Agricultura orgnica e natural: manual do produtor. Rio
Branco: MAPA/DFA-AC, [1996?] 23p.

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ENRIQUECIMENTO DE SEMENTES COM MICRONUTRIENTES


Diversas formas podem ser utilizadas para o enriquecimento de sementes.
Pode-se citar o enriquecimento com biofertilizante, p de rocha, urina e micronutrientes.
Os micronutrientes so importantssimos para as plantas, e se forem ministrados desde o
inicio do cultivo, por meio do processo de germinao da semente, beneficiaro as produes.
Se, logo aps a germinao da semente, os micronutrientes j estiverem disponveis para
a absoro, a atuao para a planta ser ainda melhor.

Importante!
Os micronutrientes so utilizados pelas plantas em pequenas quantidades. Sua falta, no
entanto, pode acarretar em grandes perdas na produtividade.

Quais so os micronutrientes:
Zinco (Zn)
Cobre (Cu), Importante!
Ferro (Fe), As culturas tm preferncia por alguns
Mangans (Mn), micronutrientes para sua nutrio:
Molibdnio (Mo), Milho Gosta de boro e zinco;
Boro (B), Trigo Gosta de boro e mangans;
Cloro (Cl), Feijo Gosta de boro, zinco e molibdnio;
Sdio (Na), Soja Gosta de molibdnio e cobalto;
Cobalto (Co), Arroz Gosta de cobre e zinco.
Silcio (Si),
Nquel (Ni).

Enriquecimento com micronutrientes em algumas culturas importantes:


Cultura
Ingrediente Grama de nutriente por litro de gua
Semente
Brax 20
Milho
Sulfato de zinco 5
Brax 5
Trigo
Sulfato de mangans 5
Brax 5
Feijo
Sulfato de zinco 5
Molibdnio 10
Soja
Cobalto 10
Sulfato de cobre 100
Arroz
Sulfato de zinco 80
Fonte: Adaptado de Primavesi. Agricultura Sustentvel. Manual do Produtor Rural. Nobel

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Como preparar o enriquecimento das sementes com micronutrientes:


1 Passo: Coloque as sementes sobre uma lona;
2 Passo: Misture os micronutrientes gua (soluo).

3 Passo: Pulverizao das sementes com a soluo.


Pulverize as sementes de forma com que fiquem ligeiramente molhadas.
Deixe-as secar sombra e plante-as.

Elaboradores da ficha: MOREIRA, V. R. R.


Referncia bibliogrfica:
BURG, I.C.; MAYER, P.H.; Manual de Alternativas Ecolgicas Para a Preveno e Controle de Pragas e
Doenas,. Francisco Beltro, PR, 1999, p:137
PRIMAVESI A. Manejo Ecolgico dos Solos, So Paulo, Nobel, 2002.

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PLANTAS INDICADORAS PARTE 1


A natureza sabia. Muitas vezes, possvel encontrar solues pela observao das
condies e sinais demonstrados por ela no seu dia a dia.
Como exemplo dessa sabedoria, temos as plantas indicadoras, que podem, como diz o
termo, indicar vrias situaes.
A presena de algumas plantas na sua lavoura, horta ou pomar pode indicar como se est
manejando o solo e o ambiente.
Chamamos as plantas indicadoras de ecotipos, que so indivduos adaptados ao meio e
ao ambiente natural.

Exemplos de plantas indicadoras de solo


Plantas indicadoras de solo Nome popular Caracterstica
Leiteirinha,parece-mas-no-,
Amendoim bravo Desequilbrio entre nitrognio (N)
flor-de-poeta, adeus-brasil,
e micronutrientes, especialmente
(Euphorbia heterophylla) caf-de-bispo, caf-do-diabo
molibdnio (Mo) e cobre (Cu)
ou mata-brasil
Terra argilosa, pH baixo,
Azedinha (Oxalis oxyptera) Trevinho deficincia de clcio (Ca) e de
molibdnio (Mo)
Solo pobre em fsforo (P), clcio
Barba-de-bode (Aristida pallens) Capim-de-bode
(Ca), potssio (K)
Solo frtil, no prejudica as
Beldroega Ora-pro-nobis, salada-de-
lavouras e protege o solo. uma
negro, caaponga, porcelana
(Portulaca oleracea) planta alimentcia com elevado
ou verdolaga
teor de protena
Compactao do solo e deficincia
Cabelo de porco (Carex spp.) -
de clcio (Ca)
Solos de baixa fertilidade. Ocorre
em lavouras abandonadas ou em
Capim amargoso (Digitaria
Capim au ou capim-poror pastagens nas manchas midas,
insularis)
onde a gua fica parada aps as
chuvas
Solos encharcados
Capim caninha (Andropogon temporariamente, queimados
Capim-colorado
incanis) com freqncia e deficientes em
fsforo (P)
Solos muito compactados e
Capim carrapicho (Cenchrus
Amoroso erodidos. Desaparecem com a
echinatus)
recuperao do solo
Solos arados, gradeados, com
deficincia em zinco (Zn).Diminui
com a permanncia da palhada da
Capim marmelada (Brachiaria prpria planta sobre a superfcie.
Capim-papu
plantaginea) Desaparece com centeio, aveia
preta e ervilhaca. Reduz com a
adubao corretiva de fsforo (P)
e clcio (Ca)

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Plantas indicadoras de solo Nome popular Caracterstica


Terras abandonadas e gastas,
Capim rabo de burro solos cidos com baixo teor de
-
(Andropogon sp.) clcio (Ca), impermevel na
profundidade de 60 a 120 cm
Capim-carrapicho, carrapicho-
Capim-amoroso (Cenchrus de-roseta, bosta-de-baiano, Solo compactado e com
equinatus) timbete, arroz-do-diabo ou deficincia em clcio (Ca)
trigo-bravo
Solos que sofrem queimadas,
Caraguat (Eryngium ciliatum) Gravat ou barba-de-velho hmus cido, desaparecem com
calagem e rotao de culturas
Solo pobre e compactado
Carqueja (Baccharis ssp.) - superficialmente, com falta de
molibdnio (Mo)
Espinho-de-carneiro, amor-
Carrapicho-de-carneiro de-negro-de-retirante, cabea-
Deficincia de clcio (Ca)
(Acanthospermum hispidum) de-boi, chifre-de-carneiro ou
espinho-de-agulha
Milho de cobra, erva-carnuda,
rabo-de-rato, cauda-de-
Solo com teor de acidez de mdio
Cavalinha (Equisetum sp.) raposa, rabo-de-cobra, cana-
a elevado
de-jacar, erva-canudo, lixa-
vegetal, cola-de-cavalo
Solos ricos em molibdnio (Mo),
Chirca (Ruppatorium sp.) -
indica pastagens mal manejadas
Dente-de-leo (Taraxacum Indica terra boa e presena de
-
oficinale) boro (B)
Capim-de-burro, capim-da-
cidade, grama-de-ganso,
Grama seda (Cynodon dactylon) Solo muito compactado
grama-paulista, grama-de-
maraj, gramas-das-boticas

Dica Agroecolgica!
As plantas indicadoras poder ser usadas na fabricao de biofertilizantes base de
plantas (ver ficha de biofertilizante)

As plantas indicadoras de solo continuam na ficha Fertilidade do solo e nutrio de plantas n 35.

Elaboradores da ficha: LEITE, C. D.; MEIRA, A. L;


Referncia bibliogrfica:
MARTINS, G.; GUTTERRES, L. M.; VIANA, P. R. Prticas Agroecolgicas na Agricultura Familiar.
Maquine: ANAMA, 2011. 45p.
CIDADE JNIOR, H. A.; FONTE, N. N.; CAMARGO, R. F. R. Trabalhador na Agricultura Orgnica: Informaes
Bsicas sobre Agricultura Orgnica. Senar PR, 2007. 128 p.
PEREIRA, W. R.; MOREIRA, L. F.; FRANA, F. C. T. Manual de Prticas Alternativas para Produo
Agropecuria Agroecolgica. EMATER - MG, 2006. 134 p.

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35

PLANTAS INDICADORAS PARTE 2


As plantas indicadoras podem auxiliar os agricultores no seu dia a dia, pois podem mostrar
algum manejo que esteja prejudicando ou beneficiando o solo.
A presena de algumas espcies de plantas em certa quantidade demonstra que pode estar
acontecendo algum problema no solo, como compactao ou deficincia de algum nutriente.
Na tabela abaixo, possvel encontrar uma lista de plantas indicadoras. Esta ficha
agroecolgica um seguimento da ficha 2.35 - plantas indicadoras parte 1.

Plantar indicadoras de solo Nome popular Caracterstica


Subsolo compactado ou com
Guanxuma eroso inicial. Encontrada onde se
-
(Sida spp.) manobram mquinas, aps o plantio
de batatinha, em estradas e ptios.
Solos muito midos e compactados,
encontrada com freqncia em
reas mecanizadas e posteriormente
Lngua-de-vaca
Labaa expostas ao pisoteio do gado. Pode
(Rumex obtusifolius)
aparecer em solos frteis, que
estejam com excesso de nitrognio.
(N).
Carrapateiro, palma-de-cristo,
Mamona
bojureira, tortago e feijo-de- Solo arejado, falta de potssio (K)
(Ricinus communis)
castor
flor-das-almas, berneira,
vassoura-mole, cardo-morto,
flor-de-finados, capito, Solo adensado na profundidade
Maria-mole
craveiro-do-campo, erva- de 40 cm a 120 cm, reduz com
(Senecio brasiliensis)
lanceta, cravo do campo, adubao de potssio (K).
tasneirinha, cravo-do-campo e
catio
Indica deficincia de molibdnio
Mio-mio
Alecrim e vassourinha (Mo), geralmente esto presentes em
(Baccharis coridifolia)
pastagens de solos rasos.
Nabo Nabo bravo e rabanete de Carncia de mangans (Mn) e boro
(Raphanus raphanistrum) cavalo (B)
Solo com excesso de nitrognio
Pico branco
Fazendeiro e buto-de-ouro (N) e deficiente em micronutrientes,
(Galinsoga parviflora)
principalmente de Cobre (Cu).
Amor-Seco, carrapicho,
carrapicho-de-agulha,
carrapicho-pico, clavelito-de- Indica solos de mdia fertilidade,
Pico preto
monte, erva-pico, gema-de- solos que usam implementos
(Bidens pilosa)
ovo, mozote, picacho-negro, agrcolas e solos desequilibrados.
pico, pico-negro, pico e
pirca
Samambaia Solo com altos teores de alumnio
Samambaia do campo
(Pteridium aquilinum) (Al), presena reduzida com calagem.

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Plantar indicadoras de solo Nome popular Caracterstica


Solos cidos e adensados
Sap Solos temporariamente
-
(Imperata exaltata) encharcados, sem aerao, solos
deficientes em magnsio (Mg).
Solos cidos, expostos,
Tiririca
Juna ou barba-de-bode compactados, deficientes em
(Cyperus rotundus)
magnsio (Mg).
Urtiga Excesso de nitrognio (N) e
Urtiga an e urtiga mida
(Urtica urens) deficiente em cobre (Cu).

Importante!
Conforme as condies de solo (umidade, porosidade, compactao, acidez e fertilidade),
h um favorecimento na ocorrncia de plantas que melhor se desenvolvem nas condies
encontradas. a reposta da natureza, que quer reestabelecer as condies ideais do
ambiente.

Dica agroecolgica!
Uma das causas da compactao do solo pode ser o uso de maquinrio pesado, como os
arados e as grades pesadas no preparo do solo, que pode criar uma barreira a 20 cm de
profundidade, chamada de p de arado e de 5 cm de profundidade, chamada de p de
grade.
Quando isso ocorre, aparecem algumas plantas como a guanxuma (Sida spp.) ou a lngua
de vaca (Rumex crispus) entre outras plantas indicadoras.

Dica agroecolgica!
Para descompactar o solo, uma prtica agroecolgica importante o plantio de adubos
verdes, pois eles possuem razes que rompem essa camada compactada e reestabelecem
a infiltrao de gua, a oxigenao do solo e aumentam a matria orgnica, ativando a
vida do solo. (Veja fichas 2.1 a 2.3 de adubao verde)

Elaboradores da ficha: MEIRA, A. L.; LEITE, C. D.; MOREIRA, V. R.R.


Referncia bibliogrfica:
BURG, I.C; MAYER,P.H. MANUAL DE ALTERNATIVAS ECOLGICAS PARA PREVENO E CONTROLE
DE PRAGAS E DOENAS. Francisco Beltro, ASSESSOAR. 1999.
CIDADE JNIOR, H. A.; FONTE, N. N.; CAMARGO, R. F. R. Trabalhador na Agricultura Orgnica: Informa-
es Bsicas sobre Agricultura Orgnica. Senar PR, 2007. 128 p.
MARTINS, G.; GUTTERRES, L. M.; VIANA, P. R. Prticas Agroecolgicas na Agricultura Familiar. Maquine:
ANAMA, 2011. 45p.

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PRAGAS E DOENAS QUE INDICAM DEFICINCIAS DE


MINERAIS NO SOLO E NA PLANTA
As deficincias de minerais (alimento das plantas) no solo e na planta podem ser observadas
pelo aparecimento de pragas e doenas que prejudicam os cultivos.
Identificando qual a deficincia no solo, podemos escolher a prtica de manejo que deve
ser feita para melhorar a fertilidade do solo. Sempre que possvel, interessante ter tambm
as informaes obtidas por anlise de solo ou anlise foliar.

Alguns exemplos de pragas e doenas que indicam deficincias de minerais no solo:


Indicativo de
Doena ou pragas Culturas
deficincia
Cochonilha, Mosca-branca (Bemisia tabaci);
Uva, Tomate, Morango,
Podrido apical, Virose vira cabea, Vrus Clcio (Ca)
Feijo
dourado
Mldio (Erysiphe graminis, Erysiphe
cichoracearum, Botrytis sp), Ferrugem Cevada, Trigo, Girassol,
(Puccinia graminis tritici, Puccinia glumarum), Milho, Batata, Couve-flor, Boro (Bo)
Sarna (Strreptomyces scabiel), Podrido-seca- Batata-doce
da-espiga (Diploid zea)
Brusone (Piricularia oryzae)
Ferrugem (Puccinia graminis tritici, Hemileia Arroz, Trigo, Caf Cobre (Cu)
vastatrix)
Besouro serrador (Oncideres impluviata),
Tomate, Accia Magnsio (Mg)
Infeces bacterianas
Ferrugem (Puccinia graminis tritici),
Aveia, Trigo Mangans (Mn)
Infeces bacterianas
Molibdnio (Mo) e
Lagarta rosada (Pectinophora gossypiella) Algodo
Fsforo (P)
Broca do colmo (Elasmopalpus lignosellus), Seringueira,
Zinco (Zn)
Odio (Oidium hevea) Phytophthora sp Milho

(Fonte: Adaptado de MEIRELES E RUPP, 2005).


Alm do aparecimento de pragas e doenas, podemos identificar alguns sintomas de
carncia ou desequilbrio de micronutrientes, como na tabela abaixo:

Micronutrientes Sintomas de carncia ou desequilbrio


Razes pequenas e suscetveis a podrides;
Boro (Bo)
Frutos deformados
Maior suscetibilidade a doenas;
Cobre (Cu)
Acamamento
Mangans (Mn) Amarelecimento das folhas mais jovens
Deficincia nas nervuras das plantas;
Molibdnio (Mo)
Cor amarela em leguminosas
Silcio (Si) Maior suscetibilidade ao ataque de pragas e doenas
Zinco (Zn) Reduo no tamanho das plantas, folhas pequenas, encurtamento de entre ns.

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Dica agroecolgica!
As plantas ficam suscetveis aos ataques de insetos nocivos e doenas quando esto mal
nutridas.
Os adubos orgnicos, como a compostagem, compostos farelados e o biofertilizante,
apresentam vrios nutrientes que ajudam a planta a se alimentar adequadamente.
Veja como preparar esses adubos orgnicos nas fichas correspondentes a cada tema.

Importante!
Na agricultura convencional, as plantas se alimentam quase que exclusivamente de trs
nutrientes: o nitrognio, o fsforo e o potssio, que formam o adubo chamado de NPK.
Esta uma das causas que leva cada vez mais ao uso de inseticidas e fungicidas
nas lavouras convencionais, pois as plantas esto mal alimentadas e muito suscetveis a
ataques de insetos nocivos e doenas.

Elaboradores da ficha: MEIRA, A. L.; LEITE, C. D.; MOREIRA, V. R. R.


Referncia bibliogrfica:
CHABOUSSOU, F., Plantas doentes pelo uso de agrotxicos (A teoria da trofobiose), Porto Alegre, L&PM,
1987
MARTINS, G.; GUTTERRES, L. M.; VIANA, P. R. Prticas Agroecolgicas na Agricultura Familiar. Maqui-
ne: ANAMA, 2011. 45p.
INSTITUTO GIRAMUNDO. A Cartilha Agroecolgica. Botucatu, SP. 2005.92p.
PRIMAVESI, A. Manejo Ecolgico de Pragas e Doenas, So Paulo, Nobel, 1988.

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