Volume 4
Volume 4
Volume 4
SUMRIO
8. PROGRAMAS AMBIENTAIS_________________________________78
8.1 PLANO AMBIENTAL PARA CONSTRUO PAC___________________________82
8.2 PROGRAMA DE REGULAMENTAO E CONTROLE DA FAIXA DE DOMNIO_____101
8.3 PROGRAMA DE TREINAMENTO E CAPACITAO DE MO-DE-OBRA__________106
8.4 PROGRAMA DE SEGURANA E SADE DOS TRABALHADORES - PSST_________109
8.5 PROGRAMA DE RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS - PRAD____________117
8.6 PROGRAMA DE PROTEO FLORA E FAUNA___________________________120
8.7 PROGRAMA DE IDENTIFICAO E SALVAMENTO DE PATRIMNIO
ARQUEOLGICO______________________________________________________123
8.8 PROGRAMA DE PREVENO E EMERGNCIA PARA CARGAS PERIGOSAS______125
8.9 PROGRAMA DE COMUNICAO SOCIAL_______________________________127
8.10 PROGRAMA DE EDUCAO AMBIENTAL_______________________________130
8.11 PROGRAMA DE APOIO S COMUNIDADES INDGENAS____________________133
8.12 PROGRAMA DE APOIO TCNICO S PREFEITURAS MUNICIPAIS____________137
8.13 PROGRAMA DE COMPENSAO AMBIENTAL____________________________139
8.14 PROGRAMA DE GESTO AMBIENTAL__________________________________142
8.15 PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL_________________145
9 CONCLUSES____________________________________________148
10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS___________________________149
11 GLOSSRIO____________________________________________167
12 EQUIPE TCNICA________________________________________________176
1
LISTA DE QUADROS
Quadro 7.1.1- Escala de intensidade de impactos____________________________________________________6
Quadro 7.1.2 Matriz de identificao dos impactos ambientais_________________________________________7
Quadro 7.2.1 Planilha de Avaliao de Impactos Meio Fsico________________________________________19
Quadro 7.2.2 Planilha de Avaliao de Impactos Meio bitico_______________________________________26
Quadro 7.2.3 Planilha de Avaliao de Impactos Meio Antrpico____________________________________55
Quadro 7.3.1 - Impactos agrupados por afinidade com as atividades da pavimentao._____________________57
Quadro 7.4.1- Quantificao de extenso de reas segundo as diretrizes de desenvolvimento propostas._______76
Quadro 8.7.4.1.- Relao dos impactos previstos com as medidas de mitigao, compensao ou potencializao
e os programas propostos - Grupo Obras.___________________________________________________79
Quadro 8.7.4.2 Relao dos impactos previstos com as medidas de mitigao, compensao ou potencializao
e os programas propostos - Alcance local.___________________________________________________80
Quadro 8.7.4.3 Relao dos impactos previstos com as medidas de mitigao, compensao ou potencializao
e os programas propostos - Alcance regional._________________________________________________81
Quadro 8.11.1 - Sub-programas, aes e responsveis._____________________________________________135
Quadro 8.11.2 Metas e indicadores para os sub-programas propostos.________________________________136
Quadro 8.15.1 - Relao dos profissionais com participao na elaborao do EIA/RIMA.__________________176
Quadro 8.15.2 - Relao dos profissionais colaboradores ao EIA/RIMA pavimentao da rodovia Cuiab-Santarm
____________________________________________________________________________________177
2
LISTA DE FIGURAS
Figura 7.4.1 - Proposta de Zoneamento Econmico Ecolgico para o Estado do Par (Fonte: SECTAM).________77
3
7. IDENTIFICAO E AVALIAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
Este captulo trata da identificao e avaliao dos impactos ambientais potenciais decorrentes da
pavimentao e operao da rodovia, bem como a proposio de medidas para prevenir, mitigar,
compensar os impactos negativos ou potencializar impactos positivos decorrentes do
empreendimento.
Por definio, impacto ambiental qualquer alterao do ambiente causada por atividades humanas
que, direta (efeito primrio) ou indiretamente (efeito secundrio), afetam a segurana e o bem-estar
da populao, as atividades sociais e econmicas, o meio bitico, as condies estticas e sanitrias
do meio e a qualidade dos recursos ambientais. Assim, possvel distribuir os impactos ambientais
como segue:
Impactos no meio fsico, abrangendo efeitos sobre solos, rochas, guas e ar;
impactos no meio bitico, relativos aos efeitos sobre a vegetao e a fauna;
impactos sobre o meio antrpico, referentes aos efeitos incidentes sobre as atividades humanas.
7.1 METODOLOGIA
Conforme citado por MOREIRA apud MAIA (1992), denominam-se mtodos de avaliao de impacto
ambiental (mtodos de AIA) os mecanismos estruturados para coletar, analisar, comparar e
organizar informaes e dados sobre os impactos ambientais de uma proposta (...) e a seqncia de
passos recomendados para colecionar e analisar os efeitos de uma ao sobre a qualidade ambiental
e a produtividade do sistema natural, e avaliar os seus impactos nos receptores natural, scio-
econmico e humano (...).
4
As metodologias aplicadas para avaliao dos impactos devem apresentar a abrangncia do conjunto
de atributos (intensidade, dimenso temporal, periodicidade, ordem de interao, natureza, grau de
reversibilidade, benefcios, etc.) considerados na caracterizao dos impactos.
Aps a caracterizao da rea de estudo na fase antecedente s aes de impacto ambiental, que
consistiu na etapa de diagnstico, na qual se procurou conhecer os atributos da qualidade ambiental
mais afetados pelas aes impactantes da implantao do empreendimento. Na etapa seguinte,
procurou-se listar as aes que tero maior influncia sobre o meio ambiente e identificar e classificar
os impactos ambientais mais significativos, atravs da atuao de uma equipe tcnica multidiscliplinar.
O instrumento bsico para a identificao dos impactos foi uma matriz de interao entre as aes a
serem executadas nas fases de implantao e operao da rodovia, discutidas no captulo Descrio
do Empreendimento, e os descritores ambientais dos meios fsico, bitico e antrpico.
Na matriz apresentada a seguir (Quadro METODOLOGIA.2), as aes esto colocadas nas linhas da
planilha e os descritores ambientais esto nas colunas. Os nmeros das clulas da matriz indicam o
cdigo de cada impacto identificado para a ao impactante e (linhas) nos descritores ambientais
(colunas).
Foi possvel, ento, elaborar a anlise descritiva de cada impacto gerado apresentando os atributos de
cada um, item 7.3.
Para cada impacto identificado foram sugeridas medidas de preveno, mitigao e compensao,
que vo desde tcnicas de controle consagradas e normatizadas pelo DNIT para o controle das
interferncias das obras at propostas que devem resultar em polticas pblicas para a regio. As
medidas so apresentadas imediatamente aps cada impacto descrito e mencionadas novamente
quando se repetem.
Com vistas avaliao dos impactos quanto possibilidade de preveno, mitigao, compensao ou
potencializao, os mesmos foram classificados utilizando-se planilhas especficas para cada meio
(fsico, bitico e antrpico), considerando sua natureza, efeito, abrangncia territorial, momento de
ignio, durao e reversibilidade e intensidade dos efeitos, tendo sido adotados os seguintes
critrios:
5
Reversibilidade: Avalia a possibilidade de retorno s condies anteriores s aes impactantes,
levando-se em conta a adoo de medidas de atenuao da interferncia ou a suspenso da atividade
geradora. Os impactos podem ser classificados como reversveis ou irreversveis.
Intensidade: Critrio adotado em substituio magnitude. Refere-se mensurao do grau de
benefcio ou de nocividade que o impacto causar. A intensidade expressa em uma escala nominal
de trs nveis, fraca, moderada e forte, cujos critrios de enquadramento constam no quadro abaixo.
Quadro METODOLOGIA.1- Escala de intensidade de impactos
Atributos
Critrios Critrios
Escala e descrio Critrios do meio fsico
do meio bitico do meio antrpico
genricos
FORTE afeta de maneira
definitiva o meio ou com
FORTE interfere em FORTE interfere em
FORTE muito necessidade de grande
processos em nvel de processos sociais gerais dos
nocivo/benfico quantidade de energia para
ecossistema grupos de forma impessoal
restabelecimento das condies
naturais
MODERADA afeta
significativamente a MODERADA interfere em
MODERADA MODERADA interfere
Intensidade
6
Quadro METODOLOGIA.2 Matriz de identificao dos impactos ambientais
FRAME_712
7
7.2 DESCRIO DOS IMPACTOS E MEDIDAS DE ATENUAO
Por se tratar da pavimentao de uma rodovia j implantada, a maioria dos impactos dessa ordem j
foi desencadeada na fase de implantao decorrentes da movimentao de solo para a implantao
do greide da rodovia. Na fase de pavimentao ocorrer o acrscimo das reas de apoio (canteiro de
obras, jazidas, caixas de emprstimo e bota-foras).
Mitigao
Recompor a forma de relevo nas reas de apoio buscando a reintegrao da rea a paisagem do
entorno ou a pretrita quando possvel.
Utilizar a vegetao como efeito paisagstico para a atenuao das variaes topogrficas decorrentes
da implantao do empreendimento.
A explorao de recursos minerais necessrios para as obras de pavimentao muitas vezes acontece
em reas fora da faixa de domnio, sendo assim obrigatria a realizao do Registro de Licenciamento
junto ao DNPM e o licenciamento ambiental junto ao rgo de competncia.
Os dados compilados a partir dos projetos bsicos da pavimentao do segmento rodovirio em tela
indicam a explorao de aproximadamente 94 jazidas, estando 55 fora da faixa de domnio. A
localizao dessas jazidas apresentada no Volume VI - Topografia e Uso do Solo.
Devido ao fato da obteno de licena de lavra junto ao Departamento Nacional da Produo Mineral
(DNPM) ser na forma de registro de licenciamento, necessria ao requerente a autorizao do
proprietrio da rea justificando o acordo realizado entre as partes, sendo que a recuperao da rea
de responsabilidade de quem explora, devendo constar no documento de licenciamento o projeto de
8
recuperao. Muitas vezes este acordo no ocorre ou ocorre de forma incompleta, podendo ocasionar
perda a uma das partes ou gerar o conflito na fase de explorao ou de recuperao.
O fato da regio apresentar uma grande quantidade de Pedidos de Pesquisa Mineral junto ao DNPM
pode ocasionar que uma rea de interesse para o empreendimento coincida com reas j requeridas.
Essa situao far com que o empreendedor entre com um Pedido de Desmembramento de rea com
Justificativa Tcnica junto ao DNPM, processo que pode ser demorado.
Cabe ainda salientar a existncia do fator de especulao minerria. Essa atividade que utiliza o
conhecimento de informaes estratgicas para requerer reas potenciais e/ou necessrias a uma
certa atividade, anteriormente ao empreendedor de verdadeiro interesse.
O conflito minerrio, alm de ser um impacto potencial direto do empreendimento, pode induzir ao
abandono de reas sem a recuperao necessria, gerando um passivo ambiental.
Mitigao
Cadastro e regularizao de jazidas - Com o objetivo de mitigar os conflitos minerrios que possam
surgir em funo da necessidade de explorao de material mineral para a pavimentao, recomenda-
se cadastrar as exploraes ocorrentes licenciadas e as reas requeridas, realizar o inventrio da
situao legal das atividades de minerao e direcionar a utilizao de material proveniente de reas
j licenciadas.
No caso de ser necessria a utilizao de novas reas a regularizao das atividades extrativas devem
ser efetuadas em duas instncias: a minerao propriamente dita, essa feita junto ao DNPM e a
referente ao licenciamento ambiental, junto ao rgo ambiental licenciador de competncia.
O licenciamento perante o DNPM pode ser feito de duas formas: (1) Regime de Licenciamento: nessa
modalidade, o empreendedor requer a rea e comea, assim que aprovados os relatrios, a executar
sua extrao (nesse caso, torna-se imprescindvel a obteno da Licena da Prefeitura Municipal e do
proprietrio das terras); (2) Regime de Pesquisa: elaborado um relatrio de pesquisa completo, com
nfase na composio do material a ser extrado, e os volumes a serem lavrados so pequenos, com
o nico propsito de custear as pesquisas. Aps um prazo de aproximadamente dois anos, tem-se a
situao de concesso de lavra, na qual o empreendedor poder comercializar seu material sem a
necessidade da obteno da licena da Prefeitura Municipal.
Junto ao rgo ambiental, tm-se trs etapas de licenciamento: Licena Prvia, a primeira licena,
obtida a partir da apresentao de um Relatrio de Controle Ambiental (RCA diagnstico dos meios
direta e indiretamente afetados pelo empreendimento), a qual apenas garante a continuidade dos
processos; Licena de Instalao, obtida a partir da apresentao de um Plano de Controle Ambiental
(PCA levantamento dos impactos ambientais e proposio de medidas mitigadoras e
compensatrias), a qual permite ao empreendedor preparar a rea para a futura lavra e; Licena de
Operao, obtida a partir da elaborao de um relatrio tcnico e que possibilita a comercializao do
material. A validade da Licena de Operao depende dos prazos estabelecidos pelo Estado: em nvel
9
nacional, varia de quatro a dez anos. Em caso de Regime de Pesquisa, costuma-se exigir a elaborao
de um EIA-RIMA para o empreendimento.
Junto ao plano de recuperao, devem ser apresentadas as medidas necessrias para a manuteno
e/ou recuperao das frentes de lavras, caso ocorra a paralisao das obras do empreendimento em
tela. Essa manuteno deve ser de responsabilidade do detentor da licena de explorao ou do
proprietrio quando ajustado em contrato prvio. Cabe ao DNIT e aos rgos ambientais competentes
a fiscalizao dessas medidas.
No caso de compra de material, os encargos devem ser retidos pelo comerciante do mesmo. Devendo
ser lembrado que sobre a comercializao de bens minerais de uso construtivo incidido o CFEM
Contribuio Financeira sobre Explorao de Minrio.
Os processos de preparo das reas destinadas implantao do corpo estradal, emprstimos, canteiro
de obras, acessos de servio e demais obras que promovem a remoo de solos apresentam como
caracterstica bsica o desmatamento, destocamento e a remoo principalmente do horizonte de solo
A, deixando o solo suscetvel eroso. Devido ao fato de a maior movimentao de solos estar
prevista para locais prximos ao corpo estradal, esse impacto dar-se- quase que exclusivamente na
faixa de domnio da rodovia.
Os problemas em cortes e aterros rodovirios, assim como processos associados aos taludes, ocorrem
basicamente devido ao desconhecimento das caractersticas geotcnicas da rocha e/ou do solo, do
meio fsico da rea, falta de projetos especficos, deficincias construtivas e m conservao.
Conforme descrito no diagnstico nos itens geologia, geomorfologia e solos, o trecho a ser
pavimentado objeto deste estudo foi subdividido de acordo com suas caractersticas em trs domnios:
Domnio Sedimentar do Cachimbo que se inicia na divisa do Estado do Mato Grosso com o Par,
quilmetro zero at aproximadamente ao quilmetro 100;
Cabe salientar a ocorrncia de pequenas serras ao longo do Domnio dos Latossolos, formadas
predominantemente por rochas cristalinas.
10
Esse impacto j foi desencadeado na fase de implantao da rodovia (ignio pretrita), sendo que
em alguns pontos a situao grave, conforme descrito no subitem Geologia Problemas
Decorrentes das Obras de Engenharia. A execuo de cortes e aterros provoca o desequilbrio da
estabilidade dos solos, conferindo a esse impacto uma continuidade temporal durante a fase de
operao da rodovia.
Mitigao
Acompanhamento contnuo com fiscalizao rigorosa da implantao dos cortes e aterros e introduo
de adequaes do projeto em funo de variveis encontradas na execuo das obras, respeitando as
caractersticas geotcnicas dos solos e rochas. As condies de tempo devem ser levadas em
considerao, evitando movimentao de solos em perodos chuvosos.
Devem ser adotadas todas as medidas de carter preventivo e corretivo preconizadas nos manuais
tcnicos, no Projeto de Engenharia e no Plano Ambiental para Construo (PAC) programa esse que
tem como objetivo estabelecer aes para prevenir e reduzir os impactos com base em procedimentos
operacionais associados predominantemente s atividades da obra.
Mediante a possibilidade de paralisao das obras, devero ser adotadas medidas de controle
provisrio e aes preventivas para as reas propensas a processos erosivos e/ou de desestabilizao
decorrentes da implantao da pavimentao.
O domnio da Serra do Cachimbo uma regio de alta suscetibilidade eroso, devendo ser
privilegiado na implantao das aes preventivas.
11
vazamentos em equipamentos; derramamento ou transbordamento durante operaes de carga e
descarga de produtos; gotejamento de tubulaes, reservatrios, veculos e equipamentos;
lanamento indireto por escoamento superficial, subsuperficial ou pela rede de drenagem do
empreendimento.
A contaminao dos recursos naturais na fase de operao ocorre basicamente devido a quatro
fatores: instalaes ao longo da rodovia de atividades potencialmente poluidoras (postos de
combustveis, oficinas, etc.) caracterizando um impacto indireto; gotejamento de hidrocarbonetos,
precipitao de resduos slidos tais como borracha de pneus, fragmentos de lonas e de pastilhas de
freio; por materiais utilizados nas atividades de manuteno da rodovia; e queda de produtos
transportados e acidentes com cargas potencialmente poluentes, esse ltimo, devido a sua relevncia
ser descrito em particular.
Mitigao
O Plano Ambiental para a Construo (PAC) aborda com maiores detalhes as atividades para
preveno e mitigao dos impactos gerados na implantao.
Para os impactos gerados na fase de operao dever ocorrer a fiscalizao sobre os veculos
automotores conforme legislao em vigor, e um plano de gerenciamento para as atividades de
manuteno da rodovia. A instalao de atividades potencialmente poluidoras prximas rodovia
deve prever sua insero em um sistema de monitoramento e gerenciamento ambiental e no
Programa de Regulamentao e Controle da Faixa de Domnio.
Estima-se um aumento das emisses de material particulado (emisso fugitiva de poeira) na fase de
implantao, com destaque para as atividades de terraplenagem, movimentao do maquinrio e
trfego de caminhes, na limpeza da base para a execuo do revestimento e nos britadores e usinas
de asfalto. Conforme o estudo de qualidade do ar constante no diagnstico do presente relatrio, foi
verificado que a emisso de material particulado j expressiva, principalmente pelo trfego de
veculos na estao de seca. Esse mesmo diagnstico apresentou, para dois pontos, uma classificao
enquadrada como muito insalubre, ndice estabelecido pela Resoluo CONAMA 03, de 28 de junho de
1990.
Alm do risco sade humana a ocorrncia de elevados nveis de material particulado pode diminuir a
visibilidade na estrada, prejudicando o trfego de veculos e aumentando o risco de acidentes.
12
Mitigao
Durante as obras, o solo dos acessos, vias, canteiro de obras e demais superfcies passveis de
gerao de emisso fugitiva de poeira devero ser umidificados com asperses peridicas. Os
caminhes que transportarem terra, rochas e todo material pulverulento devero ter sua carga
coberta, prevenindo o lanamento de partculas e poeira. A localizao dos britadores dever ser
previamente estabelecida, considerando a direo dos ventos e a proximidade de moradias, tomando-
se tambm a deciso de usar medidas minimizadoras de gerao de poeiras como umidificao do
material e instalao de filtros de p.
Dever ser obrigatria a utilizao de equipamentos de proteo individual, como mscaras, para os
funcionrios expostos a esse impacto.
A utilizao de veculos e equipamentos com motores a combusto na fase de implantao das obras
acarretaro em um incremento na emisso de gases. Os principais gases poluentes emitidos por esses
equipamentos so o monxido de carbono (CO), os compostos orgnicos usualmente chamados de
hidrocarbonetos, os xidos de nitrognio (NOx) e os xidos de enxofre (SOx).
Todos esses poluentes, quando presentes na atmosfera em quantidades elevadas, podem causar
danos sade da populao exposta. Dada a magnitude das obras (nmero de veculos e
equipamentos por trecho) esse impacto pode ser considerado de abrangncia local e de fraca
intensidade.
Na fase de operao, haver um incremento de emisses oriundas de veculos pelo fato da rodovia
sofrer um aumento considervel no trfego de veculos. As condies climticas (ventos, precipitao,
camadas de inverso trmica) e o relevo so fatores definidores da disperso desses poluentes. Para
a avaliao do incremento e da disperso dos poluentes foi realizado um modelamento que considera
vrios cenrios. Esse estudo apresentado no Volume V - Apndice Qualidade do Ar.
Outra fonte de emisso importante so as usinas de asfalto que geram praticamente os mesmos
elementos que os veculos automotivos, sendo porm fixas. A quantificao dos valores dos gases
poluentes gerados pelas usinas, a sua disperso e as reas crticas esto apresentados no Volume V -
Apndice Qualidade do Ar.
Mitigao
Orientao e planejamento da localizao das usinas evitando reas prximas a moradias e reas
sensveis.
Instalar sistemas de controle de poluio do ar nas usinas de asfalto, como ciclones e filtros mangas
ou de equipamentos que atendam ao padro estabelecido, bem como adotar procedimentos
operacionais que evitem a emisso de partculas provenientes dos sistemas de limpeza dos filtros de
mangas e de reciclagem de p retido nas mangas.
13
Manuteno preventiva de mquinas e equipamentos e treinamento de operadores.
Aes de fiscalizao da frota que trafega na rodovia, para verificao das emanaes de descarga.
Essas campanhas de fiscalizao devero ser realizadas pelos organismos competentes (Polcias
Rodovirias e rgos Ambientais).
A origem do assoreamento na maioria das vezes est associada aos processos erosivos que
disponibilizam grande quantidade de sedimentos. Sendo assim, esse impacto tambm seguir a
subdiviso em trechos conforme o impacto Exposio dos solo a processos erosivos.
Conforme definido no diagnstico do Meio Fsico, verifica-se que esse impacto j significativo e sua
maior expresso est no trecho do Cachimbo.
Os processos de assoreamento tero um incremento com o incio das atividades para a implantao
da pavimentao, principalmente nas atividades de terraplenagem, abertura de acessos, implantao
das pontes e bueiros e instalaes dos sistemas de drenagem.
O assoreamento pode vir a causar outros impactos, tais como o comprometimento a qualidade das
guas, a perda de nichos ecolgicos, alteraes na comunidade de organismos aquticos e o
comprometimento de estruturas de drenagem, entre outros.
Mitigao
Alm das medidas mitigadoras propostas para a preveno de processos erosivos, apresentadas
anteriormente, devero ser adotadas as seguintes medidas: Controle na execuo das obras de
drenagem, demolio e limpeza das obras provisrias, desimpedindo o fluxo dos talvegues e evitando
a formao de caminhos preferenciais para a gua, recuperao da vegetao nas reas desmatadas
e limpas. Especificar cronogramas entre equipes ou atividades, limpeza dos talvegues, projeto de
14
estruturas dissipadoras de energia em sadas de bueiros, criao de drenagens provisrias
redirecionando fluxos quando da construo de estruturas ou obras especiais.
(8) Contaminao dos solos e recursos hdricos por resduos slidos e efluentes
sanitrios
As principais fontes de resduos slidos domsticos e efluentes sanitrios est associada s instalaes
dos canteiros de obras (alojamentos, refeitrios, cozinhas, banheiros, ambulatrios.
Sem a disposio adequada, os resduos ficaro disponveis contaminao dos solos e recursos
hdricos. Cabe tambm destacar o impacto visual negativo da disposio inadequada de resduos
verificado no diagnstico em alguns locais junto faixa de domnio da rodovia (Volume VI
Topografia e Uso do Solo).
Na fase de operao, esse impacto estar associado a atividades ao longo da rodovia, displicncia de
condutores e passageiros (habito de jogar lixo pela janela durante as viagens) e falta de um
programa de gesto e gerenciamento dos resduos slidos (lixo) gerados nas cidades e ncleos
urbanos, que muitas vezes so dispostos junto rodovia.
Mitigao
A gerao de rudos na fase de operao apresenta como maior fonte o trnsito de veculos na
rodovia, j que a pavimentao total implicar num maior fluxo de veculos. Esporadicamente, pode
haver incremento por atividades de manuteno.
15
Um estudo detalhado foi gerado com base no levantamento do clima de rudo atual (diagnstico),
com o cruzamento de informaes de nveis base para ento estabelecer uma anlise quali-
quantitativa do potencial impacto. Esse estudo apresentado no Volume 5 - Apndices.
Mitigao
No que tange ao rudo gerado na operao da rodovia, medidas so possveis em duas situaes: na
fonte, ou seja, nos veculos e no trajeto entre a fonte e o receptor. No primeiro caso, a emisso
sonora dos veculos deve obedecer legislao vigente. Com relao ao percurso desenvolvido pelo
rudo entre a fonte e o receptor deve-se promover a desocupao humana da faixa de domnio e a
obstaculizao do percurso atravs de barreira vegetal densa.
A atenuao de rudos na fase de operao est associada a algumas medidas adotadas na fase da
elaborao do projeto, tais como: utilizao de revestimento com baixa rugosidade nas travessias de
reas urbanas; aes de engenharia de trfego, objetivando a limitao da velocidade na transposio
de aglomeraes urbanas por mtodos eletrnicos ou contornos evitando lombadas e sonorizadores
(faixas rugosas); e identificao de receptores crticos (escolas, hospitais, etc.) e monitoramento para
a verificao da necessidade de implantao de barreiras acsticas ou relocao.
Esse impacto diz respeito presena de jazidas, reas de emprstimo, bota-foras, canteiros de obras,
etc., que correspondem a elementos estranhos fisionomia. Ainda que a paisagem em macroescala
apresente-se modificada, principalmente pela substituio da floresta por reas abertas, as alteraes
fisionmicas decorrentes das estruturas mencionadas acima podem ser consideradas significativas do
ponto de vista paisagstico local.
Mitigao
Locao ou abertura de jazidas em reas menos visveis; implantao de cortina vegetal em locais
com estruturas que permanecero ativas durante a operao; recuperao das reas utilizadas e
abandonadas com o enriquecimento da cobertura vegetal nativa; realizao da recomposio vegetal
junto as travessias de recursos hdricos (mata ciliar).
16
(11) Contaminao dos solos e recursos hdricos por acidentes com cargas de
produtos perigosos
Acidentes envolvendo veculos com produtos perigosos so eventos a que a estrada j est suscetvel,
pois mesmo sob condies precrias h a necessidade do transporte de combustveis e outros
produtos utilizados na regio. O risco da ocorrncia desse impacto vai aumentar de forma pouco
significativa com incio das obras para pavimentao, pois alguns materiais para execuo dessa
atividade so considerados produtos perigosos. O forte incremento na possibilidade do risco de
acidentes com produtos perigosos ocorrer com a finalizao da pavimentao, quando aumentar o
trfego de veculos.
Os acidentes com produtos perigosos podem causar danos aos recursos naturais, pessoas e ao
patrimnio. Os danos possveis so muitos e dependem da carga e das condies locais, tornando
esses acidentes de difcil previso.
A ocorrncia de acidentes possvel ao longo de toda a rodovia. Porm alguns fatores podem
aumentar o potencial de riscos da ocorrncia do sinistro ou a magnitude do mesmo. Como pontos de
aumento de risco da ocorrncia dos sinistros podem ser citados curvas fechadas, nos cruzamentos,
acessos e trevos, pontes, locais sujeitos a neblina.
Mitigao
O clima da regio da Amaznia tem uma relao estreita com a floresta. A ocupao das reas,
substituindo a floresta por reas agrcolas e as queimadas interferem drasticamente no equilbrio
entre o clima e a vegetao.
As mudanas climticas figuram entre os impactos de maior dificuldade de previso. Pode-se afirmar
que haver modificaes no microclima desde a rea de Influncia Direta at as regies
desflorestadas ou que sero submetidas a substituio das florestas por pastagens e especula-se que
poder haver inclusive contribuio aos processos de mudanas climticas globais.
No Volume V - Apndices feita uma anlise de possveis repercusses climticas pela ao direta
e/ou indireta da pavimentao da rodovia em tela. A seguir apresentado um resumo dessa anlise.
17
compensada pela oferta regional de gua, e o aquecimento pontual amplifica a instabilizao do ar. A
resposta climtica desse cenrio o aumento da precipitao pontualmente, restrita s adjacncias
das reas desmatadas. Esse panorama se sustenta at o limite onde a rea desmatada produz uma
queda mais significativa na evapotranspirao e umidade do solo, possibilitando o ressecamento do ar
que, mesmo aquecido e instvel, no possuir a umidade necessria para a formao de chuva. O
desmatamento de uma superfcie extensa, na ordem de uma centena de quilmetros quadrados pode
gerar redues severas nos totais de chuvas regionais.
Mitigao
Esse impacto de difcil mitigao visto que a maior ao impactante est associada substituio
gradual das formaes florestais por reas abertas e s queimadas utilizadas no sistema produtivo.
Sendo assim, so sugeridas algumas medidas que mesmo de forma restrita podem contribuir na
reduo da variao climtica.
Reduo de incndios propositais e/ou acidentais que tm como causa atividades relacionadas
operao da rodovia; Recuperao de reas degradadas, utilizao de revegetao com espcies
nativas nas matas ciliares transpostas pela rodovia e implantao de reas verdes.
18
Quadro DESCRIO DOS IMPACTOS E MEDIDAS DE ATENUAO.3 Planilha de Avaliao de
Impactos Meio Fsico
FRAME_721
19
7.2.2 IMPACTOS SOBRE O MEIO BITICO
A caa, pesca e comrcio de animais silvestres incrementada, tambm, pelo potencial crescimento
da populao e interiorizao da atividade produtiva. Pode ser encarada como uma atividade extrativa
de subsistncia, quando utilizada para consumo prprio das famlias (alimentao, ornamentao,
animais domesticados) ou como uma atividade de mercado que, aliada ao fluxo de transporte atravs
da rodovia, viabiliza um mercado caracterizado pela oferta proporcionada pela populao local que
captura animais e plantas como forma de incremento de rendimento e vende a motoristas que
trafegam pela rodovia.
Mitigao
20
como conseqncias diretas do empreendimento so passveis de controle quando da implantao do
empreendimento, enquanto que outras, decorrentes de atividades que sero potencializadas com a
pavimentao, como a retirada de madeira e implantao de lavouras, sero de difcil
dimensionamento e somente mitigveis atravs de programas relacionados ao desenvolvimento da
regio.
Mitigao
Compensao
Mitigao
Sem mitigao
A implantao de uma faixa livre de vegetao arbrea em uma zona de floresta representa a
introduo de um elemento estranho ao ecossistema, que atua como um filtro movimentao de
espcies animais. A permeabilidade desse filtro est relacionada ao hbito de cada espcie, sendo
praticamente impermevel para espcies estritamente arborcolas, pois esses animais no se
deslocam por reas abertas.
Mesmo aquelas espcies tpicas de reas de campo, que normalmente se deslocam junto s margens
de rodovias, encontraro alguma dificuldade na suas movimentaes, uma vez que a faixa de rolagem
da estrada apresenta caractersticas fsicas bastante diversas das zonas de margem. Em uma regio
bastante ensolarada e com temperaturas elevadas, como o caso, a temperatura sobre o leito da
estrada, sobretudo se pavimentada, atinge nveis que podem impedir a circulao de animais
rastejantes.
21
Algumas espcies de aves habitantes de interior de mata, principalmente aquelas de pequeno porte
que ocupam o estrato inferior, podem encontrar dificuldades em deslocar-se por grandes extenses
de reas abertas, sendo tambm prejudicadas pela barreira imposta pela rodovia.
Por fim, mesmo as espcies que apresentem condies de cruzar as reas desmatadas nas margens e
o leito da rodovia podem ser impedidas de efetuar seus deslocamentos pelo trfego de veculos, que
quando no as afugentam pelo rudo podem causar a morte por atropelamento, tratado no item a
seguir.
Mitigao
Nos pontos de contato da rodovia com os cursos dgua deve ser feita a manuteno das faixas de
vegetao ciliar, inclusive com adequao das estruturas das pontes, de modo a garantir o fluxo de
animais terrestres, principalmente porque os deslocamentos de fauna ocorrem com maior intensidade
nos pontos de contato da rodovia com as drenagens naturais.
As espcies animais que superarem as barreiras impostas pelas modificaes ambientais da faixa de
domnio e atingirem o leito da rodovia estaro sujeitas a atropelamentos, que representam uma das
maiores causas de morte de animais silvestres em reas antropizadas. No empreendimento em
questo, espera-se que esse tipo de impacto seja mais intenso na parte sul, onde ocorrem em maior
nmero espcies terrestres de reas abertas, que caracteristicamente apresentam maiores
deslocamentos que as espcies florestais.
Durante as avaliaes realizadas na rea, pode-se detectar a maior incidncia de casos nas
proximidades dos cursos de gua. Alm da presena de espcies com hbitos semi-aquticos, como
jacars e sucuris, nesses pontos se concentram animais de diversos hbitos, que procuram a gua
para dessedentao ou na busca de presas. Alm disso, sabido que as faixas ciliares se configuram
em importantes corredores, o que tambm contribui para que apresentem maior risco para
atropelamentos.
Mitigao
Alm das medidas indicadas no impacto (16), devero ser realizados monitoramentos permanentes
(preferencialmente com freqncia bimestral) para a identificao dos pontos crticos de
atropelamento. Nesses pontos, podero ser necessrios mecanismos de controle de velocidade,
visando a mitigao do impacto.
22
(18) - Substituio gradual das formaes florestais por reas abertas
Mantendo-se o modelo atual de explorao dos recursos naturais e a ineficincia do poder pblico na
fiscalizao e controle desses processos, facilmente previsvel que as modificaes ambientais se
mantero em ritmo acelerado, com a substituio de muitas reas de vegetao florestal por reas
destinadas pecuria ou sojicultura.
O avano das reas desmatadas dever ser intensificado com o aumento da presena humana na
regio. A quantificao de reas sujeitas ao desmatamento em reas adjacentes a rodovias tem sido
objeto de vrios estudos e modelos e foram utilizados como referncia para a descrio desse
impacto.
BARROS et al.. (2001) reportam dados do INPE de 1998 indicando que o processo de ocupao j
provocou a eliminao de 550.000 km2 atravs do corte e da queima da vegetao.
A avaliao da descobertura vegetal na rea de Inlfuncia Indireta da rodovia, revelou que, em 1999,
cerca de 6.200 km2 da rea de Influncia Indireta apresentavam-se sem cobertura florestal,
correspondendo a 8,6% da AII. A concentrao dessas reas no segmento que corresponde BR-230
revela os efeitos da ocupao mais antiga.
O estudo de FEARNSIDE & LAURANCE (2002) identificou perdas de floresta de 30%, 20%, 15%, 10%
e 6%, aproximadamente, para distncias de 10, 25, 50, 75 e 100 km ao longo de rodovias asfaltadas.
Os estudos relativos ao desmatamento por faixa de distncia da rodovia na AII, indicaram variaes
entre os segmentos avaliados. Exceo da zona da BR-230, a tendncia observada foi a mesma do
estudo cupracitado, com diminuio do desmatamento medida que se distancia da rodovia, porm
com valores percentuais muito menores.
FEARNSIDE (2001) cita modelos utilizados para projetar impactos do programa Avana Brasil como
um todo. Os nmeros compilados relativos ao desmatamento so da ordem de 250.000 (cenrio
otimista) a 500.000 (cenrio pessimista) hectares por ano de desmatamento at o ano de 2020 como
resultado da infra-estrutura planejada (rodovias, hidrovias, dutovias, linhas de transmisso e
hidreltricas). Considerando somente a parte rodoviria da infra-estrutura planejada provocaria de
120.000 a 270.000 km2 de desmatamento adicional ao longo de um perodo de 20 a 30 anos.
O relatrio do projeto Cenrios Futuros para a Amaznia (IPAM, ISA & WHRC, 2000) faz uma projeo
de 20.000 a 50.000 km 2 de rea a ser desmatada em um perodo de 25 a 35 anos aps a
pavimentao de toda o trecho paraense da Cuiab-Santarm.
23
pelo aumento da carga de gs carbnico na atmosfera, alm de afetas os recursos naturais
representados pelos recursos hdricos, fauna e flora (ALVES, 2000).
Alm do declnio de algumas espcies arbreas com grande valor de importncia na comunidade
vegetal, esperado que espcies animais associadas tambm apresentem diminuies nas suas taxas
populacionais, em funo das alteraes importantes nos seus hbitats. Essas modificaes na
estrutura da floresta alteram drasticamente fatores condicionantes da hidrologia e do balano hdrico
da regio, como a capacidade da cobertura vegetal de reter a gua das chuvas, aumento do efeito da
eroso por salpicamento (ao das gotas da chuva sobre as partculas do solo), diminuio das taxas
de infiltrao das guas no solo, aumento do coeficiente de escoamento e variao nas taxas
evapotranspirao. Esses fatores, alm de influenciar o regime hdrico, tero como conseqncia o
aumento da inflamabilidade florestal e variao no ciclo hidrolgico regional.
O aumento na insolao, proporcionado pela abertura de clareiras, retirada das espcies dominantes
do dossel e aumento nas reas de borda, pode beneficiar espcies vegetais que necessitam de mais
luz solar direta, que no encontram condies de subsistncia no sub-bosque da floresta densa. Essas
alteraes na composio florstica tm implicaes diretas na estrutura da fauna, afetando desde
invertebrados de solo at os primatas.
Algumas espcies de primatas, como o macaco-aranha (Ateles paniscus), o mico-prego (Cebus apella)
e o cuxi (Chiropotes satanas) so negativamente afetados pela fragmentao de seus hbitats, pois
so animais que possuem grandes rea de uso e tornam-se mais vulnerveis caa quando prximos
das bordas da floresta. De outra forma, espcies como o guariba ( Alouatta seniculus), o parauacu
(Pithecia pithecia) e o sauim (Saguinus midas) podem ser beneficiados pelos maiores ndices de
frutificao e produo de sementes que so verificados nas bordas, que ainda oferecem maiores
quantidades de lianas que so utilizadas como alimento.
A substuituio de reas florestais por reas bertas permanentes far com que a rodovia e suas
adjacncias se constituam em um corredor de disperso e, por conseqncia, uma via de entrada de
24
espcies vegetais e animais estranhas ao ambiente amaznico. Alm da disperso natural das
espcies colonizadoras, pode ocorrer a disperso passiva de sementes e de ovos atravs dos veculos
e da populao humana. Espcies animais habitantes de reas abertas podero ocupar locais onde
outrora ocorriam somente espcies de ambientes florestais. Alguns animais mais adaptados a
ambientes alterados, como o pardal, por exemplo, podero ocupar a margem da rodovia e as reas
urbanas ao longo do traado. esperado que algumas espcies do cerrado aumentem a sua
distribuio em direo ao norte.
Mitigao
Devem ser implantados corredores ecolgicos entre os fragmentos florestais, diminuindo os impactos
causados pelo isolamento das manchas. Esses corredores devero ser adequados como vias de
disperso de fauna terrestre, de modo a garantir o fluxo gnico e a manuteno da biodiversidade.
25
Quadro DESCRIO DOS IMPACTOS E MEDIDAS DE ATENUAO.4 Planilha de Avaliao de
Impactos Meio bitico
FRAME_722
26
7.2.3 IMPACTOS SOBRE O MEIO ANTRPICO
O grupo com maior exposio a esse tipo de impacto o de operrios que eventualmente venham a
tomar contato com ambientes gerados a partir do manejo inadequado do espao de entorno e da
infra-estrutura das obras, tais como empoamento de gua provocada por movimentao de terra,
instalaes sanitrias de acampamentos, manejo de resduos produzidos pelas equipes, etc.
Considerando que parte da mo-de-obra a ser ocupada composta por trabalhadores recrutados
localmente, as populaes da regio ficam expostas ao aumento do risco de contgio por doenas
transmissveis originrias desses ambientes. Este impacto possui relao com as condies de
saneamento precrias das localidades urbanizadas da rea de influncia, bem como com o
adensamento populacional previsto a partir da acessibilidade proporcionada pelo empreendimento,
inserindo-se em um ambiente de precria infra-estrutura de saneamento e servios de sade pblica,
devendo-se evitar ao mximo a introduo de vetores que venham a se proliferar nesses ambientes.
Mitigao
A primeira questo a ser considerada neste impacto diz respeito ao volume de trabalhadores que
sero contratados, o perodo de durao efetiva da obra (e suas eventuais interrupes) e a
distribuio geogrfica dos trabalhadores em lotes de obras. Essas informaes definem o pico de
nmero de trabalhadores atuando simultaneamente e a disperso temporal e espacial ao longo do
trecho, sendo uma funo da outra.
Obras deste porte esto sujeitas a fatores oramentrios imponderveis e tm apresentado, conforme
observao de outros empreendimentos similares realizados anteriormente, um padro irregular e
descontnuo de execuo.
Os volumes de trabalhadores previstos e sugeridos como timos pelo projeto bsico para a execuo
dos trabalhos de pavimentao da rodovia e construo de pontes, so, em mdia:
27
- 50 trabalhadores por ponte a ser construda.
Ao todo, o trecho a ser asfaltado composto de 6 lotes, entre os quais sero construdas todo 64
pontes. Dois desses lotes so de menor porte (BR-230, entre Miritituba e Rurpolis), sendo que o
esforo somado dos dois corresponde ao de um lote dos demais.
Estima-se, portanto, que o volume total de postos de trabalho envolvidos no empreendimento seja de
aproximadamente 1000 trabalhadores nas obras de asfaltamento ao longo de quatro anos
consecutivos, supondo-se fluxo contnuo de financiamento do empreendimento. Neste mesmo
cenrio, seriam construdas 16 pontes por ano, nesses mesmos quatro anos, demandando outros 800
trabalhadores.
Assim, com fluxo regular e contnuo de financiamento, o empreendimento seria construdo em 4 anos
ocupando 1.800 trabalhadores nesse perodo. Nesta situao, os trabalhadores estariam distribudos
ao longo de todo o trecho a ser licenciado, havendo, eventualmente, maior concentrao nos trechos
onde houver maior nmero de pontes previstas.
Com base nessa estimativa de 14 anos, os quantitativos de trabalhadores por lote e por ponte
provavelmente no se alterariam, pois corresponde a um volume timo de operao (trabalhar com
menos ou mais trabalhadores por lote ou por ponte somente acrescentaria custos relativos e no
diluiria custos fixos). Supondo-se que a gesto da construo ocorra dentro de um processo de
racionalizao de custos, a tendncia seria a de que os lotes venham a ser contratados em seqncia,
na proporo da disponibilidade de recursos.
Com isso, a mdia de 1.800 trabalhadores para um perodo de quatro anos (pico) se reduziria a 520
trabalhadores por ano ao longo de 14 anos (mdia anual tendencial de trabalhadores ocupados).
De qualquer forma, o pico mximo passvel de ser alcanado pelo empreendimento de cerca de
1.800 trabalhadores operando simultaneamente no trecho. Sendo que poder chegar a no mais que
10 ou 15 no caso de paralisao total da obra por suspenso do financiamento (pessoal de vigilncia
dos canteiros de obras paralisados e pessoal administrativo dos contratos).
Pelo menos em um cenrio de curto e talvez mdio prazo, considerando as dificuldades econmicas
que o Brasil enfrenta e considerando que o financiamento do empreendimento seja exclusivamente
pblico, pouco provvel que o volume de trabalhadores venha a alcanar o seu pico, sendo mais
28
razovel, talvez superestimando o ritmo real do empreendimento, que venham a ocorrer oscilaes
entre 300 e 900 trabalhadores alternadamente entre os perodos de seca e de chuvas na regio. Essa
, porm, apenas uma avaliao com base no comportamento atual do setor.
No segundo cenrio traado, estes quantitativos seriam bem menores, representando no mximo 540
contrataes locais nos perodos de pouca chuva, bem como a contratao de pelo menos 360
trabalhadores de outras localidades (que provavelmente permaneceriam no perodo de chuvas
tambm). A distribuio desses quantitativos de contratao ocorreria ao longo de 14 anos.
Em termos de massa de salrios, estima-se um volume total de folha de pagamento para a obra de 82
milhes em valores de setembro de 2002. No caso do cenrio de construo em um perodo de 4
anos, estima-se um montante anual de folha de pagamento da ordem de 20,5 milhes, ou 1,7
milhes/ms. No cenrio de construo num perodo de 14 anos, esse valor se distribuiria em uma
mdia anual de cerca de 6,5 milhes, ou pouco mais de 500 mil reais/ms.
A massa de salrio de contratao local, considerando que se tratam de trabalhadores com menor
qualificao, corresponderia, estimativamente, de um quarto a um tero dos valores apresentados,
dependendo do volume de trabalhadores mais especializados que possam vir a ser contratados
localmente.
No h nenhum dado que permita estimar o impacto relativo desse volume de ocupao e de injeo
de massa salarial na economia local. A rea de influncia, como um todo, possui atualmente cerca de
142 mil pessoas com idade entre 15 e 64 anos, que pode ser considerada idade ativa para fins de
29
ocupao produtiva. Neste sentido, o pico de ocupao possvel da obra (1.800 trabalhadores)
representaria 1,3% desse contingente, o que, para todos os efeitos, pode ser considerado
significativamente impactante.
Tambm para este mesmo cenrio, a massa salarial anual para um perodo de 4 anos representa
aproximadamente 28% sobre um valor de receitas municipais, estaduais, federais e repasses
constitucionais de cerca de 73 milhes estimados em 2000 no conjunto dos municpios da rea de
influncia, o que tambm pode ser considerado significativamente impactante.
Considerando os cenrios de mais longo prazo, esses montantes sofrem uma diluio proporcional ao
nmero de anos.
Outro diferencial importante de cada um dos cenrios de que no cenrio de menor perodo de
obras, um maior nmero de trabalhadores diferentes, sobretudo locais, ser inserido no processo
produtivo, ainda que por menor perodo de tempo. Nos cenrios de maior perodo de obras,
provvel que um mesmo grupo de trabalhadores de menor nmero permanea empregado nas obras
por maior tempo. O efeito sobre a dinmica de incluso no mercado de trabalho local tender a ser
mais diludo ou mais concentrado, de acordo com um ou outro cenrio.
Mitigao
Identificao da melhor localizao dos alojamentos e gesto adequada dos processos de eventual
paralisao das obras para evitar o "efeito forasteiro".
Potencializao
Impacto positivo, que no requer mitigao e que pode ser potencializado na medida em que a fora
de trabalho local seja privilegiada na contratao e receba orientao e treinamento especficos, caso
no disponha de suficiente grau de qualificao.
30
(21) Dinamizao da economia local
Ser provocada pelo aporte de recursos em circulao oriundos da remunerao dos trabalhadores
nas obras, gastos na locao de imveis, aquisio de bens e produtos de consumo imediato
(alimentao, vesturio, equipamentos, objetos e utenslios diversos), aquisio de servios pessoais
(alojamento, restaurante, servios pessoais, domsticos, temporrios, etc.), aquisio de produtos,
equipamentos e assessrios para mquinas, contratao de servios tcnicos e profissionais pelas
empreiteiras, gerando aumento de renda para estabelecimentos comerciais locais, de empregos e
ocupaes, impostos e tributos.
Este um importante impacto indireto das aes do empreendimento sobre o mercado local na fase
de construo (aquisio de bens e servios, bem como contratao de fora de trabalho) e tambm
est relacionado ao efeito indireto que a acessibilidade proporcionada pela rodovia em sua fase de
operao ir proporcionar para a regio, em termos do reflexo sobre o crescimento econmico da
rea de Influncia Indireta.
A maior acessibilidade local, proporcionada pela qualidade da ligao asfltica s localidades da regio
ir desencadear um intenso processo de urbanizao, atraindo populao para locais ao longo do
traado da rodovia, aumentando a populao dos municpios da regio e oferecendo acesso rpido,
seguro e de baixo custo aos equipamentos pblicos e servios, especialmente de sade e educao.
Aspectos adversos relacionados a essa ocupao ao longo da rodovia podero resultar da ocupao
desordenada da faixa de domnio e das reas adjacentes, formao de ncleos urbanizados sem
planejamento e condies viveis de ocupao, disperso de esforos de instalao de infra-estrutura
e de servios pblicos, alm do aumento do risco de acidentes de trnsito.
Mitigao
31
Potencializao
Na rea de educao, a criao de novos ncleos populacionais e o adensamento dos existentes iro
demandar uma rpida expanso da rede de ensino e do nmero de professores. Atualmente, a rede
de ensino insuficiente e desqualificada para a demanda existente, exigindo que sejam realizados
rodzios peridicos de professores para que seja coberto o conjunto de especialidades de ensino
demandadas.
Alm dessas reas consideradas essenciais, h um conjunto de outras que sofrero igual presso de
demanda, a exemplo dos sistemas de energia, abastecimento de combustveis e alimentos, telefonia,
segurana pblica, assistncia social, transporte de passageiros, entre outros.
32
Mesmo que haja um investimento significativo do poder pblico nessas diferentes reas de infra-
estrutura e servios essenciais, o provvel ritmo de expanso populacional na primeira dcada
tender a pressionar e esgotar os limites dos sistemas existentes.
Mitigao
33
de atividades ilcitas ligadas explorao predatria de recursos naturais (que hoje inibida pelos
elevados custos de transporte) ou oferta de benefcios a comunidades distantes do eixo da rodovia
que hoje possuem srias dificuldades de transporte, como, por exemplo, para situaes de
atendimento de sade.
O detalhamento de muitos dos efeitos da acessibilidade local e da vicinalizao a ela associada ser
feito em impactos especficos que, de certa forma, constituem o conjunto de desdobramentos
benficos ou adversos deste impacto. Neste ponto, porm, cabe identificar, como mitigao
necessria, o planejamento de uma adequada ordenao da implantao das vicinais visando ordenar
e direcionar o conjunto de aes voltadas para a mitigao de seus impactos adversos e
potencializao de seus impactos benficos, especialmente os que dizem respeito melhoria da
qualidade de transporte e possibilidade de deslocamento das comunidades residentes na rea de
influncia e das novas populaes que passaro a habitar a regio, mas tambm, para evitar o
aproveitamento irracional dos recursos ambientais que passaro a ser disponibilizados.
O processo de vicinalizao tende a seguir a direo dada pela iniciativa dos agentes econmicos
locais e o padro de ocupao caracterstico da regio. No trecho entre Itaituba e Rurpolis, de
ocupao mais antiga e prximo a estruturas porturias, o padro de vicinalizao seguido foi o
conhecido como espinha de peixe, composto por vicinais perpendiculares ao eixo da rodovia que vo
se distanciando lateralmente na medida em que a ocupao se consolida e h demanda por abertura
de novas reas para extrao madeireira, formao de pastagens ou incorporao de terras para a
agricultura. A aptido do solo na rea, por ser mais restrita e relativamente homognea em todo o
sub-segmento, no parece ter interferido de forma significativa na determinao do padro de
ocupao. Ao sul do trecho, no sub-segmento do entorno da sede do Municpio de Novo Progresso, o
padro j indica um processo distinto de ocupao. Tratam-se de propriedades rurais de maior
tamanho tomadas de terras devolutas e no ocupadas com base em projetos de colonizao. Embora
identifiquem-se vicinais, essas seguem um padro distinto do espinha de peixe e, ao que tudo indica
pelo cruzamento das manchas de desmatamento como o mapa de aptido dos solos, est
condicionado pela aptido dos solos para a formao de pastagens e eventuais aproveitamentos
futuros em produo de lavouras.
Embora no segmento entre Itaituba e Rurpolis, o padro de vicinalizao tenha sido intencional, isso
no representou qualquer tipo de ganho em termos de racionalidade na explorao e aproveitamento
econmico dos recursos naturais, bastando observar o elevado nvel de desmatamento que a regio
apresenta sem que isso tenha revertido em um desenvolvimento agropecurio mais dinmico.
Mitigao
34
antrpica, projetar uma malha vicinal racional em relao ao aproveitamento dos recursos a serem
explorados e em relao ao perfil agropecurio para que a localidade esteja vocacionada. Esse
planejamento do processo de vicinalizao deve ter uma interface com os planos diretores dos
municpios da rea de Influncia Indireta, bem como com o planejamento dos rgos com
responsabilidade fundiria que atuam na regio em nvel estadual e federal, articulando, dessa forma,
o esforo de planejamento e ordenamento da ocupao do espao na regio.
A movimentao de solo que afetar total ou parcialmente stios arqueolgicos localizados na rea de
Influncia Direta. Nesse caso, as aes impactantes sero de frgil controle, acelerando a destruio
dos vestgios remanescentes das ocupaes indgenas pr-coloniais que ali se desenvolvera, e
impedindo a realizao de estudos futuros.
Mitigao
Ao longo da rodovia possvel identificar, um certo recuo das propriedades e dos prdios e
instalaes em relao faixa de domnio. Em dois trechos, contudo, h indicao de uma
concentrao deste tipo de problema. Na travessia de balsa, na localidade de Riozinho, so
encontradas palafitas apoiadas no leito da rodovia. Na sada em direo norte da sede municipal de
Trairo, tambm se observa um importante avano das construes sobre a beira da faixa de
rolamento.
35
Um diagnstico mais detalhado e quantitativo desses potenciais atingidos demandaria a demarcao
precisa da faixa de domnio para que no restasse dvida da condio de invaso ou no da mesma.
Alm disso, o esforo de levantamento desse tipo de informao atravs de cadastro precipitaria,
nesta fase de diagnstico ambiental, um eventual conflito ou um interesse artificial de ocupao na
busca de conquistar algum tipo de benefcio adicional do empreendedor, o que poderia ser
considerado um impacto de projeto que se procurou evitar.
O longo perodo entre a construo da rodovia e sua eventual pavimentao favorece a consolidao
de condies fundirias definidas por posse e usucapio, que podem agravar o potencial conflito
presente numa eventual remoo de domiclios e instalaes da faixa de domnio.
Compensao
Trata-se de um impacto que no pode ser evitado, devendo ser compensado atravs da relocao da
populao instalada na faixa de domnio da rodovia com negociao das benfeitorias construdas,
devendo ser flexvel quando condio de ocupao da rea no estiver consolidada e representar
uma situao de risco de importante perda de qualidade de vida para as populaes residentes, haja
visto o seu nvel de empobrecimento.
O aumento do volume de trfego, da velocidade dos veculos, bem como o potencial adensamento
urbano ao longo da rodovia, iro aumentar significativamente o risco de acidentes de trnsito
envolvendo motoristas e a populao local, com conseqncias sobre a estrutura de servios pblicos
de sade dos municpios da regio.
O risco de acidentes tender a se concentrar nos pontos de entrada e sada de veculos na rodovia e
de deslocamento mais intenso de pedestres. A formao de ncleos urbanizados ao longo do trecho,
bem como a ocupao desordenada da faixa de domnio e de sua rea adjacente tende a potencializar
o aumento desse risco. Trata-se, portanto, de um impacto direto da pavimentao da rodovia.
Mitigao
Implantao de sinalizao preventiva em locais com maior potencial para acidentes; construo
criteriosa de acessos; diretrizes de atendimento a sinistros; preparao de centro de referncia para
atendimento de traumatismos; planos diretores municipais e planejamento urbano.
36
Este impacto ser em parte compensado espontaneamente pelo aumento da populao e pela
dinamizao da economia local que a disponibilizao da rodovia para trfego ir proporcionar,
oferecendo novas ocupaes e novos processos comerciais para manuteno do nvel de renda em
circulao.
O grupo mais afetado, contudo, ser o de trabalhadores locais contratados pelas obras, que perdero
sua ocupao, criando um contingente com dificuldade para reinsero no mercado de trabalho.
Mitigao
O barateamento do frete ir incidir diretamente sobre os custos da produo na regio, tornando mais
competitivas atividades de explorao de recursos, especialmente madeira, de produo agropecuria
e industrial, aumentando o volume produzido e conseqentemente a demanda de novos produtos e
servios no setor tercirio.
Um conjunto de novas atividades e produtos pode assumir valor comercial, em especial, os de origem
extrativista, como foi citado em relao madeira, mas tambm em relao a frutos e produtos
silvestres, atividade tpica de produtores familiares de pequena escala, em relao aos quais o custo
de frete representa um item crucial de acessibilidade aos mercados consumidores.
Mitigao
Impacto positivo, que no requer mitigao, entretanto depende da manuteno peridica da rodovia,
evitando que sua degradao resulte em acrscimo de custos de manuteno dos veculos que
trafegam por ela.
37
(29) Criao de um eixo alternativo de escoamento da produo agropecuria
Projetando-se para o volume de soja atualmente exportado pelo Mato Grosso, ou seja, no
considerando aumentos significativos no volume de produo nem a manuteno de parte da
produo sendo escoada pelas rotas ao sul, a economia proporcionada pelo diferencial de frete seria
de aproximadamente 90 milhes de reais ao ano.
Nessa estimativa no se est considerando a reduo do trajeto martimo da soja exportada, que se
destinaria ao mercado Europeu de forma predominante.
38
dos recursos naturais, atrao de populao migrante e conflito fundirio. Ou seja, a acessibilidade
local, j abordada, somada posio estratgica de eixo de escoamento de um setor agropecurio
dinmico, iro impulsionar e condicionar o perfil de crescimento da atividade econmica regional. Este
novo perfil prognosticado contm aspectos benficos e adversos, conforme avaliao especfica para
cada impacto. No tocante exclusivamente viabilizao de um eixo de escoamento de produo
agropecuria, trata-se de um impacto benfico, por aumentar a competitividade de um setor dinmico
com papel relevante no cenrio da balana comercial brasileira e das demandas do pas no sentido de
aumento do fluxo de recursos oriundos da exportao. Nesta condio, este impacto dispensa
mitigao.
Este impacto pode ser potencializado pela antecipao ou garantido pelo no atraso nas obras que
assegurem a trafegabilidade da rodovia at o porto de Santarm. Conforme foi estimado, algo em
torno de 90 milhes de reais a cada ano podero ser economizados no custo de transporte a partir do
momento que a rodovia for trafegvel para o transporte da produo.
Em primeiro lugar, a dificuldade de acesso inibe a presena humana de maior volume na regio, o
que torna rara e distante a oferta de servios essenciais para a maioria da populao fixada ao longo
do eixo da rodovia e ainda mais para a populao que reside distante do eixo. A oferta de servios
essenciais, especialmente sade e educao, acaba se concentrando nos centros urbanos maiores de
Itaituba e Santarm, exigindo a utilizao da rodovia nas condies atuais para deslocamento e
acesso.
O sistema de transporte de passageiros em nvel local precrio e irregular, alm de caro e perigoso.
Linhas de nibus no conseguem estabelecer itinerrios confiveis, sofrendo muitas avarias nos
veculos e dificuldade para cumprir horrios regulares. As camionetes, conforme descrito, so
emblemticas das dificuldades e riscos que as populaes residentes ao longo do trecho se submetem
atualmente.
Descontando-se a populao urbana de Itaituba e grande parte da populao de Altamira que, pode-
se afirmar, no depende muito do deslocamento pelo trecho a ser asfaltado, e considerando o
39
conjunto da populao dos municpios de Novo Progresso, Trairo e Rurpolis, para os quais o
deslocamento pelo trecho praticamente inevitvel, estima-se que aproximadamente 86 mil pessoas
encontram-se atualmente fortemente prejudicadas em sua qualidade de vida pelas dificuldades de
deslocamento atravs da rodovia, especialmente nos perodos de chuva na regio.
Mesmo que o provvel adensamento populacional na rea de Influncia Indireta venha acarretar em
novos fatores de presso negativa sobre a qualidade de vida das populaes atualmente residentes,
como, por exemplo, em relao segurana pblica ou uma urbanizao no planejada, improvvel
que o futuro nvel de qualidade de vida venha a se configurar como pior do que o atualmente vivido
pela maioria dessa populao.
Mitigao
Sob o ngulo econmico, portanto, a rea se caracteriza pelo sub-aproveitamento de seu potencial
produtivo, no gerando riqueza para sua populao e no suportando nveis maiores de ocupao
humana.
O baixo nvel de agregao de riqueza atravs da economia local pode ser aferido por vrios
indicadores, entre os quais, por exemplo, o valor do PIB per capita. Na rea de Influncia Indireta,
em 1998, o PIB per capita era estimado em apenas R$ 1.778,31, valor muito reduzido sob qualquer
parmetro. Comparativamente ao Estado do Par, por exemplo, que obteve um valor estimado de PIB
per capita naquele ano de R$ 2.957,94, verifica-se que a regio caracteriza-se pelo pouco dinamismo
de sua economia local, ainda muito calcada sobre a produo de subsistncia e sobre a atividade
pecuria extensiva, esta ltima de muito baixa agregao de valor.
40
exigem a presena de algum tipo de atividade produtiva, ou seja, no compreende as reas no
ocupadas produtivamente, embora possa j ser objeto de posse).
Outros indicadores e anlises tambm descrevem o quadro estabelecido nesta sumria caracterizao
como sendo uma rea de baixa ocupao e sub-aproveitamento econmico de seu potencial
produtivo. Contudo, fica evidente que, enquanto cenrio tendencial sem o asfaltamento da rodovia, a
fronteira agrcola da regio ir crescer lentamente e o aproveitamento do potencial produtivo da
regio ocorrer sempre abaixo dos nveis mdios registrados para o conjunto do Estado do Par.
Num primeiro momento, a oferta de terras para o mercado tender a ser grande e a baixo preo, seja
pela grande oferta, seja pelo estado ainda improdutivo das mesmas, tendendo a atrair investimentos
agropecurios do perfil registrado no norte do Estado do Mato Grosso, ou seja, grandes investimentos
na abertura da fronteira agrcola para formao de pastagens e culturas de gros, especialmente soja.
O baixo preo de aquisio das terras compensa os custos iniciais de abertura da rea que, de toda
forma, tambm pode oferecer rendimento pela explorao da madeira. Outra tendncia de ocupao
a de famlias de colonos oriundos de outras regies, que se instalam em propriedades pequenas
para os padres locais e iniciam um processo de explorao das terras para subsistncia, venda de
madeira e de excedentes para o mercado.
Esse processo provavelmente provocar uma sensvel ampliao da rea plantada de soja,
aumentando o alcance dessas lavouras na direo norte, avanando do Mato Grosso at o sul do Par
e permitindo que outras reas ao longo do eixo da rodovia possam vir a ser exploradas, dependendo
da aptido do solo e condies climticas. Neste momento, intensifica-se a caracterstica sinrgica dos
fatores locais de expanso da fronteira agrcola, desencadeados diretamente pela maior acessibilidade
regio, com a caracterstica de eixo estratgico de escoamento da produo agropecuria do centro
do pas.
provvel que se desenvolvam tambm lavouras de arroz, milho, mandioca e outras que se
restringem atualmente produo de subsistncia e ao mercado local, passando a ser produzidas
para atingir novos mercados regionais e mesmo nacionais.
Outra atividade que estar presente neste processo de forma mais intensa do que a j registrada na
regio a de extrao e beneficiamento primrio de madeira. A atividade das serrarias na regio,
atualmente, ainda muito seletiva em relao a espcies de maior valor econmico, capazes de
comportar os elevados custos de transporte da madeira que as precrias condies de acessibilidade
acarretam.
41
Hoje, a explorao de madeira na regio ocorre de forma irregular, em reas sem critrio de
ocupao, com proteo em relao explorao de recursos naturais ou terras pblicas que so
apropriadas pelos madeireiros. Registra-se, tambm, a troca e complementao de interesses entre
madeireiros e produtores locais, especialmente a agricultura familiar que vende madeira em p a
baixo custo para os madeireiros em troca da manuteno das estradas vicinais de acesso s
propriedades, ou para abertura de reas para pastagens (corte raso). Contudo, ainda muito do
processo de abertura de novas reas, principalmente das reas maiores para grandes pastagens,
ocorre por queimada da madeira sem explorao pelas serrarias.
O volume de rea que passar a ser incorporada fronteira agrcola difcil de ser previsto. H,
contudo, grande oferta de terras na regio.
Havia, em 1999, um total aproximado de 618 mil hectares de terras completamente desmatadas no
interior na faixa de 50 km para cada lado da rodovia. Essa rea corresponde a 8,6% da rea total e
localiza-se basicamente nas proximidades da rodovia, mas tambm possui inseres em reas mais
distantes da mesma.
Parte dessa rea utilizada para produo agropecuria e parte representa lavouras ou pastagens
abandonadas ou mesmo reas degradadas de desmatamentos de corte raso.
Sob este aspecto preliminar, portanto, o volume de rea disponvel para adensamento populacional e
expanso da fronteira agrcola muito grande na regio. Uma aproximao mais criteriosa do volume
de terras disponveis para ocupao, ou seja, que ainda contam com cobertura vegetal ntegra ou
secundria e que no representam reas abertas pela ao humana e mantidas assim para utilizao
produtiva, pode ser obtida por uma estimao aproximada que desconte do total as reas j
desmatadas (reas abertas), as reas de uso especial com interseco com a rea da faixa de 100 km
e a zona de amortecimento em volta das reas de uso especial (estabelecida em 10 km do permetro
42
das reas de uso especial). Com este procedimento, obtm-se um total aproximado de 4,07 milhes
de hectares, ou o correspondente a 6,6 vezes a rea j desmatada atualmente ou 56,6% da rea
total, que somada aos 8,6% j desmatadas, indicaria um teto de possvel desmatamento de 65,2%,
desconsiderando-se, nesta estimativa do limite mximo, o respeito a reservas de floresta nas
propriedades e outros condicionantes legais ao volume de desmatamento.
O parmetro de desmatamento sugerido pela bibliografia em rodovias com perfil similar ao da BR-163
e que j foram asfaltadas de que sejam desmatados de 35% a 55% da rea compreendida na faixa
de 100 km que acompanha o eixo da rodovia. Em 1999, os polgonos de desmatamento j somavam
8,6% dessa rea e possivelmente tenham avanado significativamente nestes ltimos anos, conforme
ensaio comparativo de reas com o ano de 2001.
Sem nenhum tipo de ordenamento ou planejamento, portanto, estima-se que mais 16% a 46% da
rea estudada venha a ser desmatada, se for seguido o padro histrico estabelecido em relao a
outras rodovias asfaltadas, sendo que parte dessa rea passar a ser incorporada ao processo
produtivo primrio local.
As reas com maior potencial de atrao inicial de colonos e famlias migrantes de outras regies so
a de Itaituba-Rurpolis, por j contar com uma estrutura de ocupao de perfil de colonizao familiar
em pequenas propriedades e por ser o provvel lote de obras de asfaltamento mais rpido em todo o
conjunto do trecho.
O segmento compreendido no entorno da sede do Municpio de Novo Progresso tambm ser foco de
atrao de empreendimentos de expanso da fronteira agrcola, porm, o padro provvel o de
explorao capitalista da pecuria e da lavoura de gros voltada para o mercado, devido ao padro
local de estabelecimentos rurais de maior porte, a melhor aptido das terras da regio e o fato de
ainda estarem cobertas por florestas, o que limita a capacidade dos produtores familiares de pequeno
porte disporem de recursos para abertura de grandes reas para lavoura. Mesmo com a utilizao de
queimadas para limpeza do terreno, os tratos mnimos de preparo do solo e incio da produo
exigem nveis de investimento que esse perfil de produtor no dispe no curto prazo.
A ocupao decorrente da maior acessibilidade proporcionada pela rodovia ter efeitos econmicos
benficos para a regio, por ser esta, atualmente, pouco explorada em termos produtivos e
praticamente deserta em termos populacionais.
43
Potencializao
Esta dinmica, alimentada pelo rpido incremento inicial de populao, alis, j registrado atualmente,
especialmente na regio de Novo Progresso, tender a atuar como novo fator de atrao de
populao migrante, gerando um efeito potencializador do vetor de crescimento da regio.
A grande oferta de recursos naturais para extrao, especialmente madeira, quando realizada de
forma no sustentvel e seguida da implantao de um modelo agropecurio extensivo e baseado em
grandes pastagens, como foi identificado como sendo o padro de ocupao de reas similares no
contexto amaznico, tender ao estabelecimento do processo denominado boom-colapso, isto , o
processo caracterizado por uma curva rpida e ascendente de crescimento econmico e populacional,
interrompido bruscamente pelo esgotamento dos recursos naturais e no substitudo por outro
processo economicamente sustentvel, resultando em um rpido declnio do nvel de riqueza
acumulada e no xodo ou estagnao populacional.
44
O Municpio de Novo Progresso parece ser o alvo provvel de um grande fluxo de migrao no caso
de asfaltamento da rodovia, uma vez que dispe das terras com maior aptido e de um dinamismo
econmico j consolidado calcado sobre a explorao de madeira e a abertura de reas para pecuria.
Este processo de atrao de populao migrante tem seu ritmo e durao determinados em grande
parte, pelo ritmo de realizao das obras do empreendimento. Uma vez estabelecida a trafegabilidade
no trecho em licenciamento, o processo de atrao de populao tender a reduzir-se na medida em
que forem se consolidando os nveis de gerao de riqueza pela economia local. O exemplo de outros
municpios da regio e de situaes similares no mbito nacional, indica que uma economia em base
agropecuria, e mesmo agroindustrial quando concentrada sobre algumas monoculturas, tende a no
comportar um setor tercirio e secundrio muito grande, tendendo estagnao populacional ao
longo de no mximo quatro dcadas. O desenvolvimento de uma economia importante em termos do
setor industrial, principalmente se diversificada em vrios ramos de atividade, o que aponta para
processos mais longos de expanso populacional com base migratria, o que parece menos provvel
de ocorrer na rea de Influncia Indireta do empreendimento, seja pelo exemplo de outras reas,
seja pela ainda incipiente infra-estrutura bsica para comportar um processo consistente de
industrializao.
A expanso demogrfica com bases migratrias, seja pelo volume adicional de populao que ela
acarreta, seja pela rapidez com que ocorre, resulta em um conjunto de aspectos benficos incidentes
sobre o desenvolvimento local, tais como o crescimento da riqueza e da economia como um todo,
bem como aspectos adversos, amplificados pelo adensamento humano, tais como a formao de
bolses de pobreza, sub-habitao, delinqncia, entre outros.
Mitigao
Planos diretores para os municpios da regio podero representar instrumentos efetivos de controle e
mitigao deste tipo de impacto. Desenvolvimento de programas destinados s reas de saneamento
bsico e ordenamento do uso do espao so importantes para a rea urbana. Na rea rural, os fluxos
de populao nova na regio devero ser direcionados para as reas como maior aptido para a
atividade agropecuria e devero ser desestimulados nas reas com menor aptido, fragilidade
ambiental ou potencial conflito.
O principal recurso da regio a madeira extrada da floresta, que permite a explorao agropecuria
das terras que so abertas pelo desmatamento, alm de recursos minerais potencialmente explorveis
e produtos do extrativismo como castanha, palmito e borracha.
45
O modelo atual de explorao da madeira o predatrio, ou seja, o corte das espcies de maior valor
econmico sem qualquer manejo e o corte raso sem posterior reflorestamento. Este modelo de
explorao permite maior lucro imediato aos madeireiros, mas tende a se esgotar rapidamente (duas
a trs dcadas) quando a madeira disponvel passa a exigir grandes custos de transporte para
explorao.
Trata-se, portanto, de um impacto adverso com grande repercusso sobre a economia local e tambm
sobre o ambiente conservacionista da opinio pblica em escala planetria.
Deve-se considerar, entretanto, que a acessibilidade local estar disponvel tambm para a ao de
fiscalizao, que tambm dever ser intensificada proporcionalmente ao aumento da atividade
extrativista. Registra-se o crescimento da presso institucional e da opinio pblica sobre a
regulamentao e fiscalizao da atividade extrativa de madeira. Diferentemente de reas de
ocupao ao longo de rodovias amaznicas asfaltadas h mais tempo, atualmente existe legislao
apropriada e suficiente, a qual, se cumprida efetivamente, asseguraria um nvel mnimo de
sustentabilidade ao processo de desmatamento registrado em todo o contexto amaznico.
A primeira dessas mitigaes complementares diz respeito ao incentivo integrao entre a expanso
da fronteira agrcola e a explorao dos recursos madeireiros, evitando-se que madeira seja queimada
sem aproveitamento produtivo, ao mesmo tempo que outras reas so desmatadas para
abastecimento das serrarias.
46
Ordenando-se e orientando-se o processo de expanso da fronteira agrcola para as reas com maior
aptido para a produo agropecuria e tornando o desmatamento dessas novas reas a principal
fonte de abastecimento da explorao madeireira na regio, ganha-se um tempo precioso para que
sejam planejados e implementados planos de manejo de explorao sustentvel de madeira em novas
reas.
A larga utilizao de queimadas como forma de manejo agrcola registrada atualmente tender a se
intensificar com a presso pela expanso da fronteira agrcola, gerando conseqncias sobre o volume
de recursos naturais disponveis para explorao econmica. Se de todo absurdo uma sociedade
abrir mo de valores e servios ambientais prestados por uma floresta ntegra e preservada, pode-se
adjetivar como irracional do ponto de vista de uma perspectiva estratgica, que estes valores venham
a ser literalmente incinerados sem qualquer ganho significativo para as comunidades de seu entorno.
Mitigao
A atenuao deste tipo de impacto provm de polticas consistentes de fiscalizao, orientao aos
produtores e combate s queimadas.
A atual condio de relativo isolamento torna a regio pouco exposta introduo de novos
elementos culturais, o que ser potencializado pelo aumento da circulao de novos agentes sociais
47
na regio e pela instalao de novos empreendimentos comerciais. A regio passar a dispor de
elementos culturais e abordagens novas, importantes para o fomento de atividades empreendedoras
e enriquecimento da diversidade cultural, mas tambm impactantes sobre a percepo das
comunidades sobre sua realidade.
A estrutura institucional existente na rea de Influncia Indireta ainda incipiente e pouco equipada
para oferecer condies de estruturao de uma governana sobre os interesses pblicos e privados
presentes neste contexto societrio. Os rgo de governo possuem pouca presena, em muitos casos
no atuando de forma permanente e eficiente na regio.
quase unnime a posio favorvel com relao realizao do asfaltamento da rodovia, posio
esta associada percepo de que haver desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida em
decorrncia da oportunizao deste tipo de infra-estrutura. De negativo, em relao ao asfaltamento,
os grupos sociais da regio identificam basicamente o risco de aumento da criminalidade e da
violncia, ou seja, o ambiente atual sem a presena de fora de poltica e incipiente estrutura de
justia no percebido como contendo risco de violncia e criminalidade.
A percepo de problemas ambientais na regio muito baixa, sendo que apenas 21,3% da
populao entrevistada identifica o desmatamento como problema ambiental. Entre os proprietrios
rurais entrevistados, 47,1% afirma no existir problema ambiental na regio, 24,0% no sabem se h
problemas ambientais na regio e apenas 6,6% identificam o desmatamento como problema.
Com indicadores como esses, possvel compreender a magnitude e o desafio que comporta a tarefa
de trazer os grupos locais para uma percepo mais equilibrada das necessidades de conservao
ambiental em detrimento da forma usual de manejo dos recursos naturais da regio. Mesmo entre as
lideranas institucionais, em grande parte formada por autoridades de Poder Municipal, dada a
pequena presena de outras instncias de Poder Pblico, a percepo dos problemas ambientais ainda
muito restrita.
48
Neste ambiente, a efetivao na prtica do asfaltamento (j que simbolicamente ele representa
atualmente um importante impulsionador e direcionador da ao dos agentes locais) ir representar
um fator de alterao do quadro cultural e de percepo dos atores locais.
Em termos dos aspectos adversos, a cultura e as identidades locais tendero a se diluir e desagregar,
podendo gerar conflitos de simblicos de imposio de significado por parte dos novos grupos e
atores institucionais sobre os atualmente residentes na regio. Essa desarticulao cultural pode
conduzir a quadros societrios de maior conflito, ansiedade e desajuste, podendo associar-se a nveis
crescentes de criminalidade e aumento da violncia, juntamente com fatores j mencionados com
relao a conflitos fundirios. As instituies sociais responsveis pelo gerenciamento da percepo
das comunidades acerca de si mesmas e de seu entorno so ainda insipientes e pouco enraizadas
localmente.
A par dos efeitos propriamente culturais do processo descrito em termos de um misto de perda e
enriquecimento da identidade cultural local, este ambiente simblico e perceptivo constitui-se na base
sobre a qual dever ser desenvolvida a linguagem de apresentao, negociao e desenvolvimento de
aes de controle e mitigao de impactos do empreendimento.
Mitigao
Potencializao
A potencializao de aspectos benficos deste impacto se valem dos mesmos dispositivos e objetivos
apresentados com relao aos aspectos adversos.
49
(35) Interferncia nas culturas indgenas
Mitigao
Informao da populao indgena sobre os riscos para sua sade em relao ingesto de bebidas
alcolicas e contato com dejetos oriundos dos canteiros e alojamentos.
Tratamento de gua e esgoto e implantao de postos de sade nas TIs Praia do Mangue e Praia do
ndio.
A maior acessibilidade local dever influenciar na procura por terras, uma vez que reas antes pouco
acessveis tornar-se-o mais atraentes pela facilidade de deslocamento e escoamento de produo.
50
Este processo vem ocorrendo, como foi dito, a certo tempo, especialmente no segmento de Novo
Progresso/Itaituba. Hoje j so registrados conflitos que tendero ser potencializados com o advento
do asfaltamento da rodovia.
Conflito comum que j ocorre atualmente diz respeito no demarcao da propriedade adquirida,
seno como um lado ao longo da rodovia que, teoricamente, seguiria em algum ngulo, em geral
perpendicular, do eixo da rodovia em direo ao interior da mata. Ocorre que demarcada apenas a
face da rea localizada paralelamente rodovia, ficando por conta do comprador a demarcao do
restante, que geralmente feita por uma picada em um ngulo muito mais abrto, avanando sobre a
rea vizinha. Foram muitos os relatos de conflitos relacionados ao cruzamento de picadas.
Outro conflito que j ocorre atualmente o de compra de posse de uma rea por mais de um
comprador ou o abandono por um comprador original e a ocupao por outro (vizinhos ou sabedores
do abandono da rea), resultando em conflitos para identificao de quem o efetivo comprador.
Obviamente, por serem reas sem condio legal de suporte, no so os poderes de justia e polcia
que so procurados para resoluo dos conflitos, mas o efetivo para-militar local ou a ao direta
entre as partes em conflito, resultando numa caracterizao genrica de parte do conceito sociolgico
de violncia no campo.
Alm do conflito localizado sobre a posse indefinida da terra, h tambm conflitos registrados em
relao ocupao e explorao ilegal de recursos situados em terras indgenas e reas de uso
especial.
Com relao reserva Ba, registra-se, atualmente, um conflito importante entre famlias de colonos
ocupantes de reas dentro da reserva indgena e a demarcao da terra indgena pela Funai, que se
encontra atualmente em litgio, sem sinais de soluo no curto prazo.
Atualmente, da rea de estudo, 28,3% fazem parte de reas de uso especial, incluindo-se terras
indgenas, florestas nacionais, reserva garimpeira e rea militar, ou seja, algo em torno de 2 milhes
de hectares. Deste total de reas de uso especial, 53,8 mil hectares j haviam sido desmatados em
1999, ou 2,6% dessas reas.
A presso sobre as reas de uso especial pode ser registrada na faixa de transio de 10 km que as
cerca. Ao todo, essa faixa corresponde a aproximadamente 625 mil hectares, sendo que desses 102
51
mil hectares j haviam sido desmatados em 1999, ou 16,4% da chamada zona tampo das reas de
uso especial.
Mitigao
A maior facilidade de acesso regio propiciar a invaso das terras indgenas por contingentes
exgenos visando a explorao de diversos recursos, principalmente madeira, ouro, caa e pesca.
O acrscimo na demanda por produtos naturais em funo da maior circulao de veculos pela regio
pode gerar a adoo de prticas que resultem em degradao pela prpria comunidade indgena.
Outro aspecto com alto potencial para degradao ambiental so as invases por especuladores de
terra visando a expanso de frentes agrcolas, pois, alm de estabelecer o conflito pela terra, trazem
consigo a prtica da queimada aps o desmatamento.
As alteraes nos ecossistemas das terras indgenas tm precedentes histricos associados abertura
da rodovia e constituem impactos cuja ignio remonta essa poca e a pavimentao da rodovia
representar elemento de intensificao do processo.
Por outro lado, a pavimentao da rodovia tambm se apresenta s comunidades indgenas como um
instrumento para a reverso de impactos causados pela abertura da mesma. O melhoramento desta
via de acesso permitir um atendimento com menor custo para a Funai e para a prpria comunidade.
Outro fator de reverso de impacto a possibilidade real das comunidades em identificar matrias
primas que resultem em produtos sustentveis em suas terras viabilizando o comrcio desses
produtos de forma mais competitiva por via terrestre, permitindo desta forma que as comunidades
indgenas passem a ter uma fonte de renda fruto de atividades lcitas e sustentveis, no mais
cedendo ao assdio de garimpeiros e madeireiros para terem acesso a recursos financeiros.
52
Mitigao
Fiscalizao permanente (aquisio de 01 veculo tracionado, 01 lancha (voadeira), 01 motor 40hp,
combustvel, kits de radiofonia alimentados por energia solar, instalao e apoio para postos de
fiscalizao nos limites das Tis voltados para BR-163).
Melhoraria das vias de acesso que ligam as aldeias das TIs Ba, Mekrgnoti e Panar BR-163
(parte a melhorar e parte a abrir).
Apoio para incluso de mdulo ambiental no curso (em andamento nas das TIs Ba, Mekrgnoti e
Panar) de capacitao de professores indgenas, dando enfoque no empreendimento.
Apoio para elaborao de mapa cultural das TI Ba e Mekrgnoti pelas comunidades indgenas com
assessoria da FUNAI, para que a comunidade possa melhor se apropriar/resgatar seu meio
ambiente.
Elaborao de mapas de uso do solo e inventrio faunstico nas Tis Praia do Mangue e Praia do
ndio.
Construo de uma escola com ensino bilnge na TI Praia do ndio (capacitao de professores
indgenas e produo de material didtico especfico).
A prtica da queimada na regio ser intensificada com a pavimentao da rodovia devido a diversos
fatores, entre os quais destacam-se a ausncia de controle sobre a dinmica de ocupao da terra e
uso dos recursos naturais, aumento de frentes de explorao (madeireira e agropecuria), queima de
lixo e fogo na faixa de domnio. Tais fatores sero ainda mais marcantes com melhoria da
acessibilidade a reas remotas e a entrada de populao migrante sem a devida orientao dos riscos
do uso do fogo e a falta de equipamentos meteorolgicos na regio que forneam dados confiveis e
que permitam um controle mais eficiente das alteraes climticas que influenciam diretamente a
vulnerabilidade ao fogo.
53
Cabe registrar que a regio est sujeita a alteraes meteorolgicas externas, no caso destaca-se o
fenmeno El Nio, que ocorre na margem leste do Pacfico Tropical e que interfere diretamente sobre
a dinmica atmosfrica da regio do estudo. O monitoramento e compreenso desse fenmeno
fator fundamental para anlise de vulnerabilidade ao fogo e do direcionamento e intensidade das
aes de preveno a efeitos a curto, mdio e longo prazo.
Mitigao:
Campanhas permanentes de preveno aos incndios florestais, uso racional do fogo e preveno
as doenas respiratrias para a populao em geral desde o incio das obras (trabalhadores
envolvidos na obra de pavimentao da rodovia, escolas da zona urbana e rural, empresas,
prefeituras, profissionais da rea de sade, etc).
Compensao:
Equipamento dos Postos de Sade (zona rural), Centros de Sade e Hospitais com nebulizadores e
medicamentos para tratamento de doenas respiratrias.
A seguir so apresentadas as planilhas de avaliao dos impactos para cada meio e considerando a
fase de ocorrncia, se implantao ou operao da rodovia.
54
Quadro DESCRIO DOS IMPACTOS E MEDIDAS DE ATENUAO.5 Planilha de Avaliao de
Impactos Meio Antrpico
FRAME_723
55
7.3 IMPACTOS AMBIENTAIS X PROGRAMAS
Para a definio do alcance dos programas ambientais, atravs dos quais as medidas preventivas,
mitigadoras ou compensatrias sero operacionalizadas, os impactos foram agrupados em trs
conjuntos descritos a seguir.
O grupo 1 (Grupo Obras) engloba os impactos causados diretamente pelas obras de implementao
do empreendimento, cujos efeitos sero controlados por procedimentos padronizados pelo DNIT em
seus manuais de instruo de servio e em suas diretrizes de meio ambiente. O Plano Ambiental para
a Construo consiste no programa que contemplar as medidas de controle relacionadas aos
impactos desse grupo. A esse grupo esto vinculadas as atividades das empreiteiras e seu escopo
temporal dever coincidir com o perodo de implantao da rodovia.
No grupo 2 (Grupo Alcance Local) foram aglutinados os impactos cujo desencadeamento so aes ou
outros impactos fortemente relacionados com as atividades do DNIT ou de suas contratadas. A esse
grupo esto vinculados os programas ambientais de alcance local e de responsabilidade do DNIT.
56
Quadro IMPACTOS AMBIENTAIS X PROGRAMAS.6 - Impactos agrupados por afinidade com as
atividades da pavimentao.
Grupo Impacto
(1) Modificao da topografia
(2) Conflitos minerrios
(3) Exposio do solo a processos erosivos
(4) Contaminao do solo e recursos hdricos por combustveis, leos, graxas e produtos qumicos em geral
(5) Gerao de material particulado
(6) Gerao de fumaas e gases por veculos e equipamentos com motores a combusto
GRUPO OBRAS
57
7.4 PROGNSTICO AMBIENTAL
De acordo com o termo de referncia elaborado para este Estudo de Impacto Ambiental, devem ser
apresentados prognsticos de impactos considerando-se, como determina a legislao, dois cenrios
possveis: a pavimentao da rodovia e a instalao de todas as estruturas associadas, e a no
implementao do empreendimento.
Todavia, a partir das discusses ocorridas na reunio tcnica de Belm, foi levantada a hiptese de
que somente as pontes poderiam ser construdas, garantindo a trafegabilidade atravs de
manuteno regular da rodovia sem pavimentao. Neste sentido, registrou-se a sugesto de que
poderia ser considerado um terceiro cenrio prevendo apenas a construo das pontes e manuteno
regular da rodovia. A equipe de coordenao do EIA, aps consulta ao empreendedor e anlise da
viabilidade dessa possibilidade, considerou que somente a implantao das pontes no se configura
como um cenrio permanente, principalmente por que o objeto do licenciamento justamente a
pavimentao do segmento rodovirio e o rgo ambiental manifestou-se pela avaliao do projeto de
pavimentao e no o de construo das pontes exclusivamente ou de manuteno da
trafegabilidade.
Sendo assim, foram mantidos os dois cenrios propostos no termo de referncia do licenciamento e
acrescidos comentrios nos aspectos abordados no presente prognstico considerando a situao
temporria de trafegabilidade proporcionada pela construo de pontes para as transposies dos
cursos de gua.
A seguir so apresentadas consideraes para os meios fsico, bitico e antrpico que descrevem a
tendncia de diversos descritores considerando os cenrios acima.
58
7.4.1 PROGNSTICO DO MEIO FSICO
Do ponto de vista do meio fsico, a avaliao da situao futura da rea est baseada nas condies e
caractersticas das reas que sofrero de alguma forma modificao com a realizao do
empreendimento ou permanecero sendo alteradas pelos impactos desencadeados na abertura da
estrada.
O cenrio da no-pavimentao , de certa forma, de fcil visualizao, pois se apresenta como uma
continuidade da situao atual (a qual foi amplamente discutida no Diagnstico), visto que a maioria
dos impactos sobre o meio fsico tiveram a sua ignio quando da abertura da estrada, sendo muitos
desses considerados passivos.
A precariedade das condies atuais da rodovia mostra claramente a situao futura desta caso no
ocorra a pavimentao. So inmeros os passivos ambientais que sero ampliados e outros novos
sero somados histria da Cuiab-Santarm, cabendo destacar os problemas de desestabilizao de
taludes e aterros, a eroso sobre a pista de rolamento, faixa de domnio, reas de emprstimo e
jazidas e as eroses junto a bueiros e drenos.
Devido aos altos custos para a interveno sobre os passivos e para a manuteno da rodovia em
reas frgeis, a tendncia o agravamento da situao nesses pontos. Dentre os pontos mais crticos
pode ser destacado o Domnio da Serra do Cachimbo, cujos solos apresentam alta suscetibilidade
eroso. A tendncia a de que em alguns perodos a estrada seja interrompida pelo ravinamento que
ocorre no local.
As condies da qualidade do ar, hoje precrias pelo excesso de poeira advindo da circulao de
veculos sobre a estrada, esto diretamente relacionadas ao trfego de veculos. Caso este aumente
pela manuteno preventiva e/ou pela construo de pontes, os ndices de insalubridade para a
proximidade da rodovia aumentaro ainda mais. Caso as condies de trfego se tornem to precrias
que levem a uma diminuio no fluxo de veculos, a tendncia ser uma melhora na qualidade do ar.
59
sedimentos. Esse fator altera os recursos hdricos, gerando assoreamento de corpos hdricos e reas
baixas.
O uso do solo ser o fator que apresentar o maior grau de incerteza no cenrio futuro caso no
ocorra a pavimentao da rodovia. Pode-se dizer que ele continuar sendo explorado de forma
irracional, talvez tendo um decrscimo na taxa de desmatamento para a instalao de pastagens
devido falta de condies para escoamento da produo.
A possibilidade de construo das pontes e da realizao de uma manuteno mnima para circulao
dos veculos mesmo na estao das chuvas acarretar um incremento no risco de acidentes, j que a
rodovia contar com estruturas de apoio e sinalizao insuficientes para atender ao incremento de
trfego, em especial ao de produtos perigosos, que, em caso de acidente, podem colocar em risco o
meio ambiente e at mesmo a populao local.
Com a implantao do empreendimento, a prpria execuo minimizar alguns impactos sobre o meio
fsico, principalmente os de caractersticas geotcnicas, sendo que o resultado depender da
fiscalizao do perodo de execuo da pavimentao, da implantao de programas de cunho
ambiental e da manuteno da rodovia ao longo do tempo.
O aumento do fluxo de veculos implicar em um crescimento do nvel de rudo, sendo que em alguns
pontos esse incremento ter uma resposta dos receptores. Com base nos valores de incremento,
foram traado os limites provveis da influncia, os quais podem auxiliar no monitoramento de reas
que devem ter uma ateno especial para verificao da necessidade de implantao de medidas
atenuadoras, tais como implantao de barreiras vegetais e adequao de projeto (definio de
pavimentos menos rugosos e controle de redutores de velocidade)
60
7.4.2 PROGNSTICO DO MEIO BITICO
Considerando a natureza dos impactos que atualmente se verificam sobre o meio bitico, com a
rodovia Cuiab-Santarm desprovida de pavimentao, e aqueles que devero ocorrer se a
pavimentao for implantada, percebe-se que praticamente todos so decorrentes da ocupao das
reas naturais pelo homem e das modificaes que essa ocupao causa. Mortes por atropelamento,
caa, comrcio de animais e plantas, introduo de espcies exticas, entre outros, so impactos
atrelados presena e atividade humanas, controladas ou no pelo Poder Pblico.
A anlise comparada dos impactos, considerando os dois cenrios, nada mais do que a comparao
entre ocupaes mais ou menos intensas, que podem trazer em seu rastro uma maior presena do
Poder Pblico, com maior controle das atividades impactantes. Experincias anteriores e o
conhecimento da situao atual do Pas demonstram, todavia, que o crescimento da presena humana
no acompanhado na mesma medida pelo crescimento da presena do Estado, em qualquer das
suas instncias.
Mesmo que a faixa lateral da rodovia j se encontre totalmente descaracterizada, a fauna local se
mostra capaz de transpor a barreira representada pela estrada. Grosso modo, pode-se afirmar que
essa barreira apresente uma permeabilidade de mdia a alta, pois foram registrados casos de
espcies arborcolas, como sagis e bugios, que cruzam o leito da rodovia em deslocamentos pelo
solo. Aquelas espcies de aves habitantes de interior de floresta, que vem nas reas abertas uma
barreira a seus deslocamentos, ainda encontram ilhas de vegetao arbustiva que podem ser usadas
como degraus para seus vos curtos.
A precariedade do trfego tambm interfere no comrcio de animais e plantas, pois a demanda local
restringida pela pequena presena humana e o custo de transporte de espcimes destinados a
mercados externos torna-se mais elevado.
A implantao das pontes poderia diminuir a precariedade do trafego, garantindo o uso da rodovia
nos perodos chuvosos, mas isso teria conseqncias pouco significativas sobre esses impactos, uma
vez que a velocidade mdia dos veculos no seria muito alterada e o custo de transporte no
diminuiria a ponto de interferir no comrcio de animais.
61
A retirada de madeiras nobres e a substituio de florestas por reas abertas ocorrem atualmente em
ritmo acelerado, mesmo com as dificuldades de acesso e de escoamento das toras. Certamente o
ritmo desses danos aumentaria a partir da pavimentao da rodovia, existindo projees que indicam
que em trs dcadas o desmatamento atingiria cerca de 50 km de distncia do eixo da estrada.
O controle e a mitigao desse impacto, que certamente o mais importante entre os tantos
causados pelo empreendimento, s seriam possveis com a implantao de polticas pblicas eficientes
de gesto da economia regional, implantando alternativas de produo que pudessem diminuir a
importncia do comrcio de madeira.
Embates entre o poder pblico, que atua apenas como fiscalizador e rgo policial, e os segmentos
que hoje atuam transgredindo a lei e que muitas vezes se encontram imiscudos nos prprios rgos
pblicos, sempre terminaro com desvantagem para o meio ambiente.
Deve-se notar que um fator-chave para o aumento da presso sobre os recursos naturais a
facilidade de transporte pessoal propiciada pela opo rodoviria. A implantao de uma ferrovia para
atender s demandas de transporte regional possibilitaria um maior controle sobre o processo de
ocupao regional e o comrcio de madeira (um dos principais fatores de degradao ambiental na
regio), ao mesmo tempo que constituiria uma opo mais racional para a ligao entre o norte de
Mato Grosso e o porto de Santarm.
Em sntese, pode-se afirmar que a situao atual bastante negativa, com constantes e intensas
agresses sofridas pelos ambientes naturais e para as espcies que neles vivem. Essa situao
somente poderia ser melhorada com o cumprimento das suas funes por parte dos governos
municipais, estadual e federal, o que pouco provvel que ocorra. A pavimentao da rodovia poderia
aumentar a presena do Estado, mas traria consigo uma carga de novos impactos mais intensa. Casos
semelhantes demonstram que o aumento nos impactos maior que o aumento na governana.
62
7.4.3 PROGNSTICO DO MEIO ANTRPICO
A realizao de um cenrio de prognstico deve equilibrar o detalhamento dos itens analisados que,
sem dvida, enriquecem as anlises, mas ao mesmo tempo fragmentam a percepo de conjunto da
relao do empreendimento com a rea com uma abordagem excessivamente genrica, o que
desperdia o esforo de diagnstico detalhado.
Esse ponto de equilbrio da abordagem no pde ser alcanado, especialmente nos aspectos
relacionados ao meio antrpico, para o conjunto da rea de influncia do empreendimento. Faz-se
necessrio, portanto, uma segmentao do trecho analisado, o que permitir, pela homogeneidade de
cada segmento, oferecer condies de detalhamento de aspectos relevantes sem perder o carter
sinttico e visual demandado pelo pblico que ter acesso ao documento, conforme expectativa
manifestada na referida Reunio Tcnica de Belm.
4. O segmento Novo Progresso / Altamira (Castelo dos Sonhos), com ocupao concentrada em Novo
Progresso e crescendo rapidamente, desmatamento significativo no entorno da sede de Novo
Progresso e em expanso (porm ainda pouco vicinalizado) e uma grande rea de solos com aptido
regular para agropecuria ( o maior segmento em extenso).
Para cada um desses segmentos o diagnstico ambiental bastante distinto, assim como os tipos de
possveis impactos (ou variaes significativas do mesmo impacto) e, conseqentemente, as
mitigaes e programas propostos.
Alm do prognstico das variveis relacionadas ao meio antrpico, ao final apresenta-se uma proposta
com diretrizes de desenvolvimento para a regio que consiste em um zoneamento baseado em
potencialidades e restries. O mapa resultante pode ser considerado como cenrio desejvel,
63
considerando a eficcia no planejamento e controle ambiental e tambm como meta da
implementao do conjunto dos programas ambientais.
De maneira geral, o trecho a ser licenciado est sofrendo um processo de ocupao antrpica que
data da implantao da rodovia e que vem se desenvolvendo num ritmo lento e inferior ao potencial
de explorao econmica da regio devido dificuldade de trafegabilidade da rodovia em seu atual
estado de conservao. Em termos tendenciais, ou de cenrio futuro sem a realizao do
empreendimento, esse processo de ocupao, que foi mais intenso no segmento norte do trecho nas
dcadas anteriores e est se deslocando para o sul no final da dcada passada e incio desta,
prosseguir ocorrendo em ritmo lento (se comparado ao potencial de ocupao da regio, tendo em
vista os recursos naturais ali existentes e a abundncia de terras para produo agropecuria).
A atividade extrativa, exceto a de madeira, tender a permanecer deprimida pela falta de acesso aos
mercados, no se viabilizando como um meio de obteno de renda adicional para as famlias de
agricultores mais pobres, muito menos para uma explorao comercial em escala agroindustrial.
A economia local, nesse cenrio tendencial, atrelada que s condies de infra-estrutura para os
setores primrio e secundrio especialmente, e ao volume de riqueza em circulao, especialmente
para os setores de comrcio e servios, permanecer estagnada no caso dos ltimos e praticamente
ausente no dos primeiros.
64
queda de pontes nas passagens de cursos dgua tornam o trecho intrafegvel, acarretando grandes
custos e insegurana para o investimento na regio.
De maneira geral, o nvel de qualidade de vida das populaes da regio baixo, no dispondo as
populaes urbanas de sistemas de transporte eficientes, confiveis e seguros, de infra-estrutura de
servios essenciais, especialmente de sade, saneamento bsico e educao. Quanto populao
rural, as condies de acesso ruins da rodovia tornam-se ainda piores quando essa se vicinaliza,
tornando o isolamento dos mercados de comercializao e de aquisio de produtos, bem como os
servios essenciais bsicos praticamente inacessveis.
As instituies de Estado se fazem muito pouco presentes no trecho, concentradas em certo grau
apenas em Itaituba. As municipalidades enfrentam grandes dificuldades para superar o isolamento da
regio, sendo difcilpara atrair e manter profissionais de nvel superior indispensveis prestao de
servios essenciais populao.
As estratgias produtivas e de ocupao do solo na regio, nesse cenrio, tendero a ser as mais
rudimentares e predatrias em relao aos recursos naturais da regio. Embora em ritmo lento, a
explorao madeireira est presente e grande parte da abertura de reas para explorao se destina
pecuria extensiva de baixssimo rendimento, desperdiando e degradando reas sem que as
comunidades locais se beneficiem de forma efetiva com este processo.
As condies de vida nos aglomerados humanos tender, nesse cenrio de rpido e intenso
crescimento provocado pelo empreendimento, a se degradar pelo volume de investimento que se far
necessrio para que sejam atendidas as crescentes demandas de infra-estrutura e servios essenciais,
acrescentando-se problemas de dficit habitacional, aumento da criminalidade e manejo de resduos,
atualmente minimizados pela baixa densidade populacional.
65
As instituies dos Poderes Pblicos, nas esferas do legislativo, executivo e judicirio, passaro a ser
demandadas para o efetivo cumprimento de suas funes, exigindo deslocamento e formao de
quadros de pessoal, instalaes e equipamentos. Mesmo a estrutura de servios e produtos privada e
comercial ter dificuldade para atender o rpido crescimento da demanda, podendo gerar quadros
severos de conflitos sociais provocados pelo crescimento desordenado.
No campo econmico, a produo agropecuria ser fortemente impulsionada, uma vez que um
grande volume de terras de baixo custo ser disponibilizado, bem como o acesso a mercados
distantes passar a ser possvel.
O papel de eixo estratgico de escoamento da produo do norte do Mato Grosso passar a ser
exercido pela regio, gerando um crescimento da produo de gros, especialmente soja para
exportao, que passar a ser incrementado no norte do Mato Grosso e tambm no sul do Par, nas
reas com maior aptido, reduzindo ainda mais o custo de frete e aproveitando-se da oferta de terras
novas para expanso da fronteira agrcola.
Esses portos, especialmente o de Santarm, passar a ser intensamente utilizado, possibilitando uma
retomada da economia porturia da regio que se encontra atualmente relativamente estagnada.
O primeiro deles se refere ao ritmo da ocupao da regio que provavelmente no ser to imediato e
contnuo como na hiptese de menor tempo de obras, tendendo a acompanhar o fluxo de
investimento da rodovia.
O fator de adensamento populacional impulsionado pela oferta local de terras tender a ocorrer logo
nos primeiros anos do perodo, contudo, a viabilizao econmica da produo ir se dar de acordo
com a disponibilizao de cada trecho, ou seja, na medida em que a rodovia permitir a ligao com os
mercados mais distantes.
Esse perodo de espera a que certos trechos sero submetidos no caso de um prazo mais demorado,
tender a acarretar custos para os produtores, que podero se descapitalizar, ingressando na
agricultura de subsistncia e no dispondo de recursos para sair dela. No momento em que as obras
alcanarem esses trechos, a tendncia ser de haver menor fixao dessas populaes, que vendero
suas propriedades, agora mais valorizadas pela acessibilidade e migrando para as cidades, tendendo a
repetir, em maior escala, o processo j observado nas dcadas de 70 e 80 no segmento no qual as
rodovias BR-163 e BR-230 coincidem.
66
Outro fator diferenciador dos cenrios com um ritmo de obras menos intenso e, portanto, mais
demorado, o alcance das instituies dos Poderes Pblicos e sua implantao na regio. A regio
provavelmente permanecer por um perodo maior menos assistida por rgos de regulamentao,
fiscalizao e justia. O atual quadro de falta de governana que tende a se desarticular pelas
mudanas provocadas pela pavimentao da rodovia (em qualquer ritmo), tenderia a se reorganizar e
se consolidar em novos quadros de menor governana, nos quais grupos locais podero continuar se
articulando de forma eficiente para controlar o acesso aos recursos naturais de forma positiva em
favor de seus interesses em detrimento dos interesses da maioria da populao local e do interesse
pblico de uma maneira geral. Num ritmo de obras mais acelerado, a presena das instituies
pblicas provavelmente se viabilizaria em menor espao de tempo, contribuindo para a construo de
um ambiente social normatizado e regulado publicamente, melhor estruturado para enfrentar as aes
ilegais de apropriao de patrimnio pblico e recursos naturais.
O mesmo raciocnio se aplica a itens tais como a qualidade de vida da populao residente, que
permanecer no tendo acesso infra-estrutura de bens e servios, bem como em relao aos
programas de controle ambiental a serem implementados por conta do empreendimento, que
necessitaro de ajustes e replanejamentos freqentes.
Estabelecidos esses cenrios gerais, especifica-se, a seguir, a abordagem para cada segmento
conforme descrito inicialmente.
Esse segmento compreende a rea mais urbanizada de todo o trecho, contando com Itaituba,
municpio com existncia anterior construo da rodovia, juntamente com Santarm,
desempenhando papel de acesso fluvial para a regio e concentrando a maior parte dos servios e
escritrios de instituies pblicas com atuao na regio.
O segmento foi objeto de projetos de colonizao logo aps a construo da rodovia BR-230, sendo
loteado em parcelas de 100 hectares distribudas a famlias de colonos.
Por contar com uma ocupao mais antiga e de padro familiar, o trecho se caracteriza pela
predominncia da agricultura familiar e de subsistncia e se constitui na rea mais desmatada de todo
o trecho, contando com uma rede j bastante desenvolvida de vicinalizao ao longo da rodovia.
67
acesso a mercados mais distantes e estabelecem o limite de crescimento desta economia ao ritmo de
crescimento dos mercados locais, especialmente o de Itaituba.
A presena de rgos e instituies de Poder Pblico, nesse cenrio, tender a manter-se concentrada
em Itaituba, no se interiorizando significativamente. A recente extenso de linhas de transmisso de
energia eltrica pode oferecer um impulso economia local e, sem dvida, um ganho de qualidade de
vida para as populaes, mas esta infra-estrutura, isoladamente, dificilmente romper o circuito de
isolamento e estagnao econmica que o esgotamento dos recursos naturais da regio e do aporte
de incentivos federais provocou.
No cenrio de asfaltamento da rodovia, este segmento, provavelmente, ser o que primeiro receber
as obras, experimentando o rpido e intenso processo de retomada do crescimento da populao
residente e uma elevada valorizao das terras na regio, fenmeno, alis, que j pode ser detectado
atualmente apenas com a perspectiva do asfaltamento.
Este segmento do trecho provavelmente ser o que ir receber o maior afluxo de famlias de
produtores rurais imigrantes para a regio, por j dispor de infra-estrutura e mercados tpicos deste
tipo de produo, em especial, uma estrutura de fracionamento do solo e uma potencial interiorizao
da produo agropecuria. A menor aptido dos solos provavelmente afaste o investimento de
lavouras capitalistas na rea, tendendo a atrair investimentos em grandes projetos pecurios,
provavelmente reunindo estruturas de abate e processamento de carnes e couro, valendo-se da
facilidade de escoamento da produo por via fluvial, de menor custo, para abastecimentos dos
mercados do sudeste do Brasil e do exterior.
Segmento Trairo
Este segmento constitui-se, atualmente numa rea ainda pouco povoada, apesar da relativa
proximidade a Itaituba, da qual o municpio emancipou-se e que continua o envolvendo em termos de
territrio. O predomnio dos solos de aptido restrita e a proximidade de unidades de conservao que
limitam o potencial de expanso da fronteira agrcola a oeste, tendero, no caso de no realizao do
68
empreendimento, a preservar o segmento de um processo de interiorizao da atividade produtiva,
que tender a se manter concentrada ao longo do eixo da rodovia com restries ao processo de
interiorizao por uma rede de vicinais distantes do eixo, a exemplo do segmento anterior.
O vetor dos fluxos de circulao tendero a se manter em direo norte, enfrentando sempre as
dificuldades adjacentes de estar deslocado em relao ao eixo leste-oeste que se forma pela
Transamaznica, sem soluo de continuidade ao sul, em funo da distncia em relao ao Mato
Grosso e a precariedade do acesso.
A tendncia do trecho ser a de registrar maior concentrao na rea urbana, porm, com uma
economia primria muito incipiente, resultando em padres de estagnao econmica e populacional
associado a nveis elevados de precariedade do padro de vida.
Este processo representa uma importante ameaa s Flonas da regio, que se aproximam muito do
eixo da rodovia. O segmento conta tambm com uma atividade extrativista incipiente, que poder
ganhar maior importncia a partir do asfaltamento da rodovia, podendo desempenhar importante
papel no complemento da renda do sistema de produo da agricultura familiar.
Este segmento conta atualmente com os menores nveis de desmatamento e com baixos nveis de
adensamento populacional exatamente por que se situa no ponto mais distante entre o norte do Mato
Grosso e eixo Itaituba-Rurpolis.
Assim como no segmento de Trairo, neste segmento tambm a presena de instituies do Poder
Pblico tender a no se consolidar, mesmo na hiptese de emancipao que provavelmente ocorrer
no futuro prximo.
A pavimentao da rodovia ser altamente impactante sobre o segmento, tendo em vista o estado
preservado de suas matas e a disponibilidade de manchas de solos com maior aptido para a
atividade agropecuria mesclada a solos com aptido restrita e manchas de solos inaptos.
69
Neste segmento, o ramal de acesso reserva garimpeira tender a se transformar em um eixo de
interiorizao da ocupao produtiva da regio, uma vez que a leste, a Flona de Altamira tende a
formar uma barreira expanso, embora ela tenda a se aproximar do eixo da rodovia apenas ao sul
do segmento.
A presena da Reserva Garimpeira do Mdio Tapajs, por sua condio de uso especial, porm no
estruturada para a conservao, pode representar uma dificuldade importante para a ordenao da
ocupao do espao.
Nessa condio, a explorao dos recursos madeireiros tender a apresentar as maiores dificuldades
de controle e representar risco integridade da Flona.
Atualmente, esse segmento o que conta com o maior dinamismo na atrao de populao migrante
e, principalmente, de investimento na aquisio de terras para explorao de grandes reas de
pastagens, na expectativa de explorao futura de lavouras em escala comercial.
O segmento est sendo alvo principal do interesse de aquisio de terras com vistas posterior
ocupao, mercado esse abastecido por uma rede organizada e ativa de grilagem de terras.
O processo de explorao de madeira tender a se esgotar em menor prazo, tendo em vista os custos
adicionais para transporte da madeira, na medida que a extrao vai se interiorizando.
Com a realizao do empreendimento, o segmento o que conta com melhores condies de solo e
volume de terras de todo o trecho para receber o fluxo migratrio que o empreendimento ir atrair. O
perfil provvel de explorao agropecuria predominante no segmento ser o de pecuria extensiva e
lavoura em escala comercial, com produo de soja e outras culturas com valor de mercado.
70
A sudeste da sede urbana de Novo Progresso registra-se, ao longo da rodovia, uma ampla faixa de
solos inaptos a leste as terras indgenas Ba e Menkragnoti, o que tender a limitar a expanso nesta
direo ou, o que seria menos indicado, tenderia a se expandir sob condies inadequadas e de
potencial conflito.
A sede municipal de Novo Progresso, por sua posio estratgica e pelo tamanho e importncia que j
possui atualmente, tender a concentrar a instalao no apenas de rgos e instituies do Poder
Pblico, mas um amplo leque de representao de interesses de grupos e segmentos sociais, alem de
servios e equipamentos de uso pblico, formando, junto com Itaituba e Rurpolis, outro plo de
importncia regional.
Neste segmento, provavelmente, o atraso na concluso das obras ter o efeito mais danoso em
relao aos aspectos negativos potencializados pelo empreendimento. A falta de dispositivos de
governana e a cultura j instalada de grilagem, tender a criar um segmento de elite rural com
interesses sobre a explorao dos recursos naturais e dos solos da regio, que ter tempo suficiente
para se reestruturar no cenrio de rodovia asfaltada, reduzindo a possibilidade de controle pblico
sobre o processo de ocupao, que tender se orientar por esses interesses particulares.
Da mesma forma, a sinergia possvel entre o desenvolvimento com base local e o papel de eixo de
escoamento da produo tambm ser adiada, assim como os eventuais ganhos que o papel do
Municpio de Novo Progresso como plo de abastecimento e logstica deste processo poderia adquirir.
A vocao local, tanto em termos fsicos quanto em termos culturais para a implantao de lavouras
mecanizadas, poder representar um importante atrativo para a expanso da produo de soja no
Par, bem como de outras culturas, concentrando na sede do municpio um conjunto de empresas e
servios relacionados ao abastecimento de insumos para esse tipo de agricultura.
O distrito de Castelo dos Sonhos, por sua distncia do municpio-sede de Altamira, provavelmente se
emancipar em curto espao de tempo. Alm disso, pela extenso do segmento e pelo dinamismo que
ele provavelmente ir assumir com a realizao do empreendimento, prevista a formao de novos
ncleos urbanos com grande potencial para emancipao em mdio e longo prazos.
71
O rpido crescimento populacional tender a tornar, num primeiro momento, as condies de vida na
sede urbana do municpio ainda mais precrias. Contudo, no decorrer do tempo, o dinamismo
econmico que a regio ir adquirir, tender a custear, atravs da arrecadao de impostos e da
presso poltica exercida pelos novos atores com interesses na regio, o investimento em melhores
condies de oferta de infra-estrutura bsica e servios essenciais. No caso de atraso no cronograma
das obras, este quadro de precariedade tender a se agravar.
Segmento do Cachimbo
Este segmento destoa significativamente do restante dos segmentos do trecho, por diversas razes,
entre elas, o tipo de relevo, a baixa concentrao populacional, a presena de uma grande rea
militar, a inaptido dos solos para explorao agropecuria, bem como pelo perfil diferenciado de sua
biota.
72
risco para a preservao cultural dos grupos indgenas. Todas essas aes poderiam ser hoje
controladas, e at mesmo evitadas, caso o Estado se fizesse presente na regio. Acontece que a
dificuldade de acesso tem favorecido queles que praticam atividades ilegais na regio e
desfavorecido a ao do Estado em controlar e coibir essas aes de forma eficaz e permanente.
73
7.4.4 DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO
Com base na segmentao proposta, foram identificadas sete diretrizes de uso/ocupao, conforme
segue:
Ocupao Restrita - rea com baixo ndice de desmatamento e restries de uso produtivo do solo,
faixa limitada ao segmento Moraes de Almeida cuja proximidade com a Reserva Garimpeira, com as
Flonas de Itaituba e de Altamira, sugerem uma conteno inicial mais estreita em termos de
proximidade do eixo da rodovia, orientada para eficincia no aproveitamento de reas e de
recursos naturais. A largura definida foi de 10 km para cada lado da rodovia.
Abertura de Novas reas - solos com aptido regular, localizados proximamente ao eixo da rodovia
e/ou de reas em expanso, cuja maior concentrao ocorre no segmento Novo Progresso-
Altamira, sendo passvel de abrigar tambm a agricultura de mdia e larga escala, ao mesmo
tempo em que pode permitir a explorao dos recursos madeireiros disponveis sobre as reas que
sero abertas. Significativos focos de ocupao j se apresentam em distncias entre 20-30 km do
eixo da rodovia.
Impedimento Ocupao - reas com solos de aptido no mnimo restrita e ainda pouco ocupadas
ou com solos inaptos, situadas em zona com potencial de rpida de expanso. O segmento Novo
Progresso-Altamira exibe um significativo nmero de reas com essas caractersticas, circundadas
por reas de aptido regular que devem receber forte impacto, cuja disposio geomtrica pode se
constituir em desejveis zonas de amortecimento e de refgio para animais silvestres.
Inibio de Ocupao - reas situadas fora das faixas com diretriz de desenvolvimento definida,
distantes do eixo da rodovia e/ou de focos de desmatamento, que podem servir como corredores
74
naturais de interligao entre reas especiais e da mesma forma como zona de amortecimento para
reas especiais adjacentes ao antrpica. Localizam-se praticamente ao longo de toda a rea de
influncia, por um lado e/ou outro, em faixa de largura varivel, de acordo com as restries e
demais ordenamentos propostos pelas outras diretrizes. Sua maior importncia situe-se na Serra do
Cachimbo, tendo em vista suas caractersticas e naturais vocaes.
reas Especiais com Zona de Amortecimento considerada como diretriz bsica e, em parte,
definidora de outras, em princpio vetadas ocupao pelo direito consagrado e que exige o
cumprimento da finalidade a que se destinam.
Recuperao de reas - reas desmatadas situadas sobre as zonas de amortecimento, sobre reas
especiais ou reserva proposta (Cachimbo) demandantes de recuperao de sua cobertura vegetal
para assegurar integridade das reas adjacentes.
Sugere-se que essas diretrizes sejam consideradas quando da alocao de recursos e esforos em
aes tais como: definio de reas para a localizao de projetos de colonizao, definio de
estudos detalhados de aptido para processos de explorao agrcola, definio de prioridades para
aes de fiscalizao de regularidade de posse e ocupao, prioridades para concesso de
financiamento e crdito agrcola ou restrio ao crdito, planejamento de assistncia tcnica, entre
outras aes de cunho institucional que influenciam o estmulo ou a restrio ocupao.
Na medida em que essas diretrizes podem ser avaliadas espacialmente, a digitalizao dos dados
tomados como base permitiu sua quantificao e resultou no quadro abaixo, na qual a distribuio
dos nmeros e o espao fsico apresentado no Mapa 13 Diretrizes de desenvolvimento, traam o
esboo de um cenrio orientado.
75
Quadro PROGNSTICO AMBIENTAL.7- Quantificao de extenso de reas segundo as diretrizes de
desenvolvimento propostas.
SEGMENTOS
Itaituba- Moraes de N.Progresso-
Trairo Cachimbo Total
DIRETRIZ Rurpolis Almeida Altamira
rea rea rea rea rea rea
% % % % %
(km2) (km2) (km2) (km2) (km2) (km2)
Ocupao Restrita - rea com baixo
ndice de desmatamento e restries de - - 152324 15,0 - - 152324
solo.
Abertura de Novas reas - solos com
aptido regular, localizados prximo do
27877 1,8 - 58672 5,8 1369135 52,8 - 1455684
eixo da rodovia e/ou de reas em
expanso.
Desenvolvimento de Ocupao -
reas de ocupao significativa e/ou com
tendncia de expanso que necessitam 662518 43,4 243267 22,4 - - - 905785
planejamento, assistncia tcnica e
orientao de uso.
Impedimento Ocupao - reas com
solos de aptido no mnimo restrita, ainda
- - 790 0,1 387100 14,9 43033 4,3 430133
pouco ocupadas e situadas em zona de
rpido potencial de expanso.
Inibio de Ocupao - reas situadas
fora das faixas com diretriz de
desenvolvimento definida, distantes do 212978 13,9 319563 29,5 317244 31,2 312614 12,0 442086 43,8 1604485
eixo da rodovia e/ou de focos de
desmatamento.
reas Especiais com Zona de
532396 34,8 502166 46,3 482317 47,4 519251 20,0 504201 50,0 2540331
Amortecimento.
O Estado do Par dispe de um instrumento de Zoneamento Econmico Ecolgico (ZEE) com foco no
planjemento da ocupao em nvel estadual que, em grande parte, coincide com as diretrizes
propostas aqui, formuladas com base na especificidade do asfaltamento da BR-163.
Do ponto de vista dos princpios e metodologia gerais, esta proposta de diretrizes e o ZEE do Par
coincidem quase que integralmente. No que se refere ao zoneamento de reas, verifica-se divergncia
com relao ao segmento de Novo Progresso-Altamira, no qual o ZEE classifica em grande parte como
reas de Potencial Futuro e reas de Transio, nas quais a interveno e o investimento em
iniciativas de desenvolvimento muito reduzido e restrito a certas atividades.
O prprio ZEE identifica o eixo da BR-163 como um eixo de desenvolvimento, juntamente com outros
6 eixos no Estado. Contudo, o segmento de Novo Progresso-Altamira o nico local no conjunto dos
eixos no qual no se registram reas antropizadas, ou seja, as que se classificam como de
Investimento Intensivo e, portanto, demandantes de investimentos e iniciativas pblicas. Ou seja,
embora seja considerada um eixo de desenvolvimento, a rea no dispe de uma proposta de
zoneamento para este desenvolvimento.
76
rr
eas Antro-
eas Antro-
pizadas
pizadas
reas de
Transio
reas de Potencial
Futuro
Terras Indgenas
Unidades de
Conservao
Eixos de
Desenvolvimento
Esta caracterstica do ZEE pode estar condicionada, em grande parte, pelo cenrio atual da regio que
efetivamente no pode ser considerado antropizado no mesmo nvel que outras reas no Estado.
Porm, a realizao do asfaltamento dever modificar profundamente este quadro.
Prope-se, assim, no esprito dos prprios princpios dinmicos, graduais e participativos que norteiam
a formulao do ZEE do Par, que esta classificao, no segmento de Novo Progresso-Altamira seja
revista e considere o potencial da rea para recebimento do investimento e do grande incremento de
expanso da fronteira agrcola, conforme proposto nestas diretrizes.
77
8. PROGRAMAS AMBIENTAIS
Os programas listados a seguir foram formulados com o objetivo de atender preferencialmente aos
grupos de impactos j apresentados (grupos Obras, Alcance Local e Alcance Regional).
Como instrumento introdutrio descrio dos programas ambientais, so apresentados quadros com
o resgate das informaes sobre os impactos previstos, suas medidas de mitigao, potencializao
ou compensao e programas ambientais atravs dos quais as medidas sero operacionalizadas para
cada grupo em que foram enquadrados.
Lista de programas:
78
Quadro 8.PROGRAMAS AMBIENTAIS.8.- Relao dos impactos previstos com as medidas de mitigao, compensao ou potencializao e os programas
propostos - Grupo Obras.
IMPACTO MITIGAO (M), COMPENSAO (C) OU POTENCIALIZAO (P) PROGRAMAS AMBIENTAIS
Grupo OBRAS
(1) Modificao da topografia M: Recomposio da forma de relevo; utilizao de vegetao como efeito paisagstico Plano Ambiental para a Construo - PAC
(2) Conflitos minerrios M:Cadastro e licenciamento de jazidas. PAC
M: Limitao da descobertura do solo; procedimentos orientados para movimentao de
terra; tcnicas de estabilizao; revegetao imediata; acompanhamento contnuo de cortes e
(3) Exposio do solo a processos erosivos PAC
aterros; considerar condies de tempo; interrupo das obras quando desencadeamento de
processos erosivos.
Contaminao do solo e recursos hdricos por M: Sistemas de conteno, decantao e tratamento de efluentes; orientao aos
PAC; Programa de Treinamento e
(4) combustveis, leos, graxas e produtos qumicos operadores; fiscalizao em veculo automotores na fase de operao; plano de
Capacitao de Mo-do-Obra
em geral monitoramento e gerenciamento ambiental.
M: Umidificao de superfcies; cobertura de cargas; localizao criteriosa de britadores,
(5) Gerao de material particulado PAC
instalao de filtros.
Gerao de fumaas e gases por veculos e
(6) M: Manuteno preventiva de mquinas; localizao criteriosa de usinas de asfalto. PAC
equipamentos com motores a combusto
M: Estruturas dissipadoras em sadas de bueiros; limpeza de obras provisrias; controle nas
Assoreamento de estruturas drenagens,
(7) obras de drenagem; recuperao de vegetao em reas determinadas; especificaes de PAC
talvegues, corpos hdricos e alagamento de reas
cronogramas; limpeza dos talvegues; criao de drenagens provisrias.
Contaminao dos solos e recursos hdricos por M: Disposio adequada de resduos; orientao de pessoal; dimensionamento adequado de PAC;
(8)
resduos slidos sistema de esgoto sanitrio; adequao normativa de locais e equipamentos. Programa de Educao Ambiental
M: Restrio de horrios para operao em locais urbanizados; localizao criteriosa de
(9) Gerao de rudos PAC
britadores, usinas e pedreiras.
(10) Alterao do padro cnico-paisagstico M: Recuperao; cortinas vegetais; locao ou abertura de jazidas em reas adequadas. PAC
Contaminao dos solos e recursos hdricos por
(11) M: Estruturas de conteno. PAC; Plano de Ao de Emergncia
acidentes com cargas perigosas
Incremento da caa, pesca e comrcio de animais
(13) M: Normatizao de conduta; fiscalizao; controle de armas de fogo. PAC; Programa de Educao Ambiental
silvestres
M: Limitao da descobertura do solo; avaliao e acompanhamento do deslocamento da
(14) Supresso da vegetao e hbitats de fauna PAC
fauna em ambientes adequados.
(15) Afugentamento da fauna -
Desemprego e reduo do volume de renda em
(27) M: Orientao para os trabalhadores recrutados; convnios com instituies pblicas. PAC; Programa de Comunicao Social
circulao na economia local
79
Quadro 8.PROGRAMAS AMBIENTAIS.9 Relao dos impactos previstos com as medidas de mitigao, compensao ou potencializao e os programas
propostos - Alcance local.
Grupo ALCANCE LOCAL MITIGAO (M), COMPENSAO (C) OU POTENCIALIZAO (P) PROGRAMAS AMBIENTAIS
M: Passagens de fauna; manuteno de fragmentos florestais prximos rodovia; adaptao
(16) Criao de barreiras disperso de animais Programa de Proteo Flora e Fauna
das pontes; controle de velocidade; sinalizao.
M: Monitoramentos permanentes dos pontos crticos de atropelamento; passagens de fauna;
(17) Atropelamentos de animais silvestres manuteno de fragmentos florestais prximos rodovia; adaptao das pontes; controle de Programa de Proteo Flora e Fauna
velocidade; sinalizao.
(19) Proliferao de doenas transmissveis M: Tratamento de efluentes, disposio de resduos e medicina preventiva para os trabalhadores. Programa de Segurana e Sade
M: Localizao criteriosa dos alojamentos e gesto das eventuais paralisaes para evitar o
Aumento da oferta de emprego direto no "efeito forasteiro". Programa de Comunicao Social;
(20)
empreendimento Programa de Gesto Ambiental
P: direcionamento da contratao mo de obra local com treinamento.
M: Critrios racionais e planejamento da vicinalizao direcionada ocupao para locais com
(23) Melhoria da acessibilidade local aptido e menor interesse para conservao; estabelecimento de interface com planos Programa de Apoio s Prefeituras Municipais
diretores e rgos com responsabilidade fundiria que atuam na regio.
Programa de Identificao e Salvamento do
(24) Alterao e/ou destruio de stios arqueolgicos M: Pesquisa e resgate arqueolgico.
Patrimnio Arqueolgico
Remoo de populao residente e de instalaes C: Relocao de populao, negociao de benfeitorias e sensibilidade com relao ao Programa de Regulamentao e
(25)
localizadas sobre a faixa de domnio da rodovia agravamento da situao social. Controle da Faixa de Domnio
M: Sinalizao preventiva; construo criteriosa de acessos; definio de diretrizes de
PAC; Programa de Apoio Tcnico s
(26) Aumento do risco de acidentes de trnsito atendimento a sinistros; preparao de centro de referncia para atender traumatismos;
Prefeituras Municipais
planos diretores municipais e planejamento urbano.
M: Informao da sociedade que envolve populaes indgenas sobre venda de bebidas
alcolicas estas; informao s populaes indgenas sobre risco de sade; tratamento de Programa de Apoio s Comunidades
(35) Interferncia nas culturas indgenas
efluentes e disposio de resduos em locais com acesso aos indgenas; tratamento de gua e Indgenas
esgoto e implantao de postos de sade s Tis Praia do Mangue e Praia do ndio.
M: Fiscalizao pernamente; consultoria para estudos de potenciais produtos e mercado nas
TI Ba e Mekrgnoti; melhorias das vias de acesso para as TIs; incluso de mdulo ambiental
Degradao dos recursos naturais das Terras Programa de Apoio s Comunidades
(37) na capacitao de professores indgenas; apoio para criao de mapa cultural das TIs;
Indgenas Indgenas
elaborao de mapas de uso do solo e inventrio de fauna nas TIs PM e PI; construo de
escola bilnge na TI Praia do ndio; aviventao dos limites da TI Panar e sinalizao.
(38) Aumento do nmero de queimadas e fogo fora de M: Planejamento do do processo de ocupao e utilizao dos recursos naturais, incentivando PAC; Programa de Apoio Tcnico s
controle prticas complementares de preveno a incndios; Maior controle sobre o setor madeireiro, Prefeituras Municipais; Programa de
principalmente em relao queima de resduos a cu aberto; Limpeza e manuteno Educao Ambiental e Programa de Apoio ao
constantes das margens da rodovia; Apoio s prefeituras no sentido de implementar o Desenvolvimento Regional
gerenciamento dos resduos slidos e a estruturao de ncleos de combate aos incndios
florestais; Sinalizao da rodovia sobre o perigo de incndios; Campanhas de preveno aos
incndios florestais, uso racional do fogo e preveno as doenas respiratrias
C: Instalao de estaes meteorolgicas de superfcie complementares rede existente,;
Implantao e modernizao da rede de observao pluviomtrica com a meta de cobertura
da rea adjacente rodovia com postos pluviomtricos de 50 em 50 quilmetros;
Equipamento dos Postos de Sade (zona rural), Centros de Sade e Hospitais com
nebulizadores e medicamentos para tratamento de doenas respiratrias.
80
81
Quadro 8.PROGRAMAS AMBIENTAIS.10 Relao dos impactos previstos com as medidas de mitigao, compensao ou potencializao e os programas
propostos - Alcance regional.
Grupo ALCANCE REGIONAL MITIGAO (M), COMPENSAO (C) OU POTENCIALIZAO (P) PROGRAMAS AMBIENTAIS
M: Preveno de incndios (clima local); considerar vnculo com outros impactos e programa Programa de Apoio ao Desenvolvimento
(12) Modificao do sistema climtico
mais amplos (clima global). Regional
M: Adoo de polticas pblicas de fiscalizao e controle de atividades extrativista e Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Substituio gradual das formaes florestais por
(18) potencialmente poluidoras; implantao de rede de unidades de conservao; ordenamento Regional
reas abertas
do uso no entorno da rodovia. Programa de Compensao Ambiental
M: Regulamentao e controle da faixa de domnio; planejamento da ocupao ao longo da
Programa de Apoio ao Desenvolvimento
(21) Dinamizao da economia local rodovia; planos diretores dos municpios.
Regional
P: Capacitao e financiamento de novos empreendimentos na regio.
M: Monitoramento da oferta de infra-estrutura e servios essenciais e convnios
Programa de Apoio ao Desenvolvimento
(22) Aumento da demanda de servios pblicos interinstitucionais; capacitao para preparao de planos; aproveitamento de programas e
Regional
polticas para ampliao da oferta.
Barateamento do frete e dos custos de
(28)
manuteno para transporte de produtos
Criao de um eixo alternativo de escoamento da
(29)
produo agropecuria
(30) Melhoria da qualidade de vida para a populao
Expanso da fronteira agrcola e do potencial P: Planejamento e ordenamento da ocupao pelo zoneamento de reas com potenciais Programa de Apoio ao Desenvolvimento
(31)
produtivo especficos. Regional
M: Planos diretores para os municpios da regio; programas destinados s reas de
saneamento bsico e ordenamento do uso do espao na rea urbana e direcionamento para Programa de Apoio ao Desenvolvimento
(32) Atrao de populao imigrante
reas como maior aptido agropecuria na rea rural, desestimulando ocupao em reas Regional
com menor aptido, fragilidade ambiental ou potencial conflito.
M: Adoo de poltica de conservao atravs da implantao de uma rede de UCs, vinculada
Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Potencializao da explorao dos recursos uma poltica estudos, divulgao e facilitao para explorao sustentvel de outros
(33) Regional
naturais recursos naturais, tais como castanha e palmito; planejamento da vicinalizao; fiscalizao;
Programa de Compensao Ambiental
orientao de produtores e combate s queimadas.
M: Construo de fruns de dilogo e discusso com as comunidades locais e suas lideranas,
apresentando detalhes relativos ao diagnstico de sua condio atual e dos potenciais
Introduo de novos elementos culturais na Programa de Apoio ao Desenvolvimento
(34) impactos do empreendimento, privilegiando a consolidao da cidadania com base na
regio Regional
participao.
P: se vale dos mesmos dispositivos e objetivos apresentados como mitigao.
M: Cadastramento geral de propriedades; implantao do Plano Integrado de Destinao de
Terras Pblicas (PID); investigao de Cartrios e anulao de registros irregulares; polticas
Potencializao de conflitos de posse e
voltadas ao direcionamento da ocupao para reas com maior aptido para agropecuria, Programa de Apoio ao Desenvolvimento
(36) demarcao de propriedades no tituladas, terras
concentrando-se o esforo de regularizao fundiria e atrao de populao e nas reas com Regional
indgenas e reas de uso especial
restries ou sem aptido; elaborao e implementao de planos de manejo para as reas
de uso especial.
82
8.1 PLANO AMBIENTAL PARA CONSTRUO PAC
O presente Plano Ambiental para Construo (PAC) das obras rodovirias da BR-163, trecho divisa
MT/PA Rurpolis/PA e rodovia BR-230, trecho Entroncamento BR-163-Miritituba, apresenta os
critrios e as tcnicas bsicas a serem empregados durante as fases de implantao e operao das
obras, incluindo o controle da supresso de vegetao. O PAC estabelece procedimentos operacionais
(instrues de trabalho) orientados para que as aes do empreendimento estejam associadas e
interagindo com os impactos ambientais previamente identificados, contemplando os mtodos de
construo padronizados; mtodos de construo especializados, incluindo procedimentos para a
travessia de cursos dgua e reas midas; medidas para prevenir, conter e controlar os vazamentos
de mquinas utilizadas na construo; mtodos especializados para desmonte de rochas, etc.
Engloba, tambm, a gesto de resduos slidos e lquidos nos acampamentos, o controle na execuo
das obras de drenagem, demolio e limpeza das obras provisrias na fase de construo, controle de
acidentes de trnsito e controle de assoreamento e eroso e o cadastro e regularizao das
exploraes minerais para a obra (reas licenciadas e reas requeridas).
O PAC contempla as exigncias constantes nos Manuais de Especificaes Gerais para obras
rodovirias do DNER/DNIT, com nfase para as Instrues de Servio e de Proteo Ambiental
estabelecidas nos cadernos de Corpo Normativo Ambiental para Empreendimentos Rodovirios e
Instrues de Proteo Ambiental das Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias Federais.
Justificativas e objetivos
O principal objetivo do PAC o de assegurar que as obras sejam implantadas e operem em condies
de segurana, evitando danos ambientais s reas de trabalho e seus entornos, estabelecendo aes
para prevenir e reduzir os impactos identificados e promover medidas mitigadoras e de controle.
Outros objetivos especficos esto vinculados aos demais subprogramas, salientando-se os seguintes
tpicos:
83
O eixo de desenvolvimento dos procedimentos operacionais deste PAC segue as aes descritas no
Volume I, captulo 3.8 Descrio do Projeto, do EIA, na mesma ordem cronolgica das etapas
previstas na implantao do empreendimento.
Mobilizao da mo-de-obra
Durante o processo de recrutamento e seleo de pessoal pelas empresas responsveis pela execuo
dos servios fundamental que haja perfeita interao com os programas do meio scio-econmico e
cultural, em especial, com o Programa de Capacitao de Mo-de-obra, repassando aos
colaboradores, populao residente nas reas de influncias diretas do empreendimento e populaes
migratrias informaes acerca das caractersticas, necessidades e mudanas decorrentes das obras e
sobre os programas ambientais a serem implantados, minimizando, desta forma, processos de
choques culturais, tenses sociais e riscos de acidentes ambientais. Todo o pessoal contratado dever
ser submetido previamente aos exames mdicos previstos no Programa de Controle Mdico de Sade
Ocupacional PCMSO e o incio dos trabalhos aps treinamento admissional de preveno de
acidentes do trabalho e preservao ambiental, nos termos estabelecidos no Programa de Condies e
Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo PCMAT e instrues prevencionistas de meio
ambiente Anlise Preliminar de Riscos (APR), Dilogo Dirio de Segurana e Meio Ambiente
(DDSMA) e Cdigo de Conduta do Colaborador, visando a garantia da execuo das atividades com
segurana. O treinamento admissional dever ter carga horria mnima de seis horas, ser ministrado
dentro do horrio de trabalho, antes do colaborador iniciar suas atividades, constando de:
A implantao dos canteiros de obras e instalaes de apoio operacional ao longo dos trechos de
trabalho envolvem basicamente estruturas de acampamentos/alojamentos, oficinas de manuteno e
abastecimento, instalaes de britagem e usinas de solo, cimento, concreto e asfalto.
Deve-se buscar a mxima adequao possvel da localizao das instalaes s reas com licenas
ambientais e aos desnveis topogrficos naturais, objetivando reduo na movimentao de cortes e
aterros e facilitando futuras recomposies para uso posterior concluso das obras. Os locais
prximos das reas de preservao permanente e mata nativa de grande porte devero ser evitados.
84
Nos locais onde houver a necessidade de supresso de vegetao, esta dever ficar restrita ao
mnimo necessrio viabilizao das instalaes requeridas.
As reas utilizadas devem ser limpas de solo vegetal, procedendo-se a transferncia da matria
orgnica para locais no sujeitos eroso. Esses estoques devero ser, sempre que possvel,
localizados o mais prximo possvel das reas afetadas, facilitando a recuperao futura.
- Canteiros de obras
Nas regies com infra-estrutura precria, a localizao dos canteiros dever buscar a interferncia
mnima com as rotinas das comunidades locais, evitando-se possveis impactos e facilitando a
disperso de poluentes gerados.
Nas reas disponibilizadas, devero ser verificados pontos de interligaes de gua, nveis de lenol
fretico, esgotos, energia eltrica, sistemas de comunicao, acessos de movimentao de pessoal e
veculos e maior aproveitamento dos fatores fisiogrficos locais, em especial, a paisagem, o relevo e a
cobertura vegetal, de modo a inserir as unidades dos canteiros na estrutura natural e ajustando-as ao
meio em perfeita harmonia e equilbrio com a natureza.
- Instalaes de apoio
Sempre que as medidas de segurana no forem suficientes para controlar e/ou eliminar os riscos
inerentes aos ambientes de trabalho, necessrio o emprego de sistema de sinais, atravs de placas,
faixas e cartazes, no sentido de advertir, orientar, indicar, auxiliar, educar, delimitar e identificar.
obrigatria a sinalizao e delimitao de reas de risco.
Todos os estabelecimentos devem possuir Planos de Preveno Contra Incndio (PPCI), Sistemas de
proteo, instalao de extintores e brigadas de incndio treinadas para o controle de focos potenciais
85
localizados, incndios florestais e o combate ao fogo, de acordo com as caractersticas das ocupaes,
reas de risco e classes de fogo:
Para veculos e equipamentos leves deve ser utilizado extintores portteis de 1 e 2 kg e, para
equipamentos pesados, extintores portteis de 2, 4, 6 e 8 kg;
As instalaes dos canteiros de obras devero ser dotadas de recursos e requisitos que garantam
respeito ao meio ambiente e condies satisfatrias de segurana, higiene e conforto a todos os
colaboradores envolvidos na execuo dos servios.
Acampamentos/Alojamentos
Os canteiros de obra devem dispor de reas de vivncia devidamente dimensionadas em funo das
caractersticas de cada local e quantidade de pessoal, incluindo instalaes hidrossanitrias, vestirios,
alojamentos, locais de refeies, cozinhas, reas de lazer. Deve ser fornecida gua potvel e proibido
o porte de armas, o uso de drogas e o consumo de bebidas alcolicas.
O controle peridico de qualidade da gua de uso direto na alimentao e higiene pessoal deve
obedecer aos padres tcnicos de qualidade, de tal forma que a precauo evite a incidncia de
contaminaes patognicas decorrentes de vrus, vermes, fungos, bactrias e protozorios. Por vezes,
tambm, haver necessidade de prevenir a ocorrncia de acidentes provenientes de partculas txicas
de metais e substncias qumicas nocivas.
Oficinas de Manuteno
Nos locais em que houver o emprego de lquidos combustveis e inflamveis devem ser observadas
normas de segurana envolvendo transporte e armazenagem e providenciadas licenas e alvars para
instalao de postos de abastecimento e depsitos de inflamveis. As reas de risco sero sempre
sinalizadas e de controle restrito.
86
- Controle de reas de estocagem de combustveis e leos lubrificantes
A gua efluente dos tanques separadores, se estiver de acordo com os padres legais, poder ser
lanada em curso de gua prximo. Em caso negativo, dever ser reprocessada.
Todos os resduos tero tratamento preventivo quanto aos riscos de destinao final, segundo os
padres tcnicos vigentes e normas tcnicas da ABNT. Dever ser implantado um sistema de coleta
seletiva de resduo.
Durante a construo das obras, uma grande quantidade de resduos slidos ser gerada,
ressaltando-se o lixo produzido nos acampamentos e o entulho, descarte e refugo resultantes das
diversas frentes e etapas de trabalho.
Esses resduos devero ser dispostos conforme sua classificao e atendendo ao disposto na
legislao correspondente e normas da ABNT.
- Lixo domstico
87
Devero ser implantados a coleta seletiva e reaproveitamento do material reciclvel gerado pela obra.
O lixo de rpida deteriorao dever ser coletado diariamente. O lixo decorrente de limpeza,
embalagens e outros, poder ser recolhido em intervalos maiores, de no mximo trs dias. A coleta
dever obedecer a um programa, com freqncia e horrios de conhecimento dos usurios.
O resduo slido de origem ambulatorial dever ser coletado diariamente e disposto conforme
estabelecido na legislao correspondente.
- Resduo industrial
Nesses aterros, os resduos devero ser dispostos de acordo com o plano de segregao elaborado de
forma a evitar que resduos incompatveis sejam dispostos no mesmo local, provocando reaes
indesejveis.
As guas servidas e os esgotos gerados nos acampamentos e alojamentos devero ter tratamento
adequado em sistema de tanques de digesto tipo IMHOFF, dimensionados de forma a atender as
demandas envolvidas. Sero necessrios procedimentos de manuteno, limpeza e monitoramento do
sistema.
88
- Manejo de efluentes industriais
Para reas com operaes envolvendo leos, graxas, lavagem de mquinas e veculos devero ser
construdos sistemas de coleta de gua residual e adoo de medidas padres de controle preventivo.
Desse modo, devero ser implementadas medidas de controle e tratamento de resduos e efluentes,
procurando minimizar esses impactos.
- Slidos decantados
Os slidos decantados que no contenham leos, graxas, solventes ou outros elementos que o
caracterizem como perigosos, podero ser dispostos em aterro sanitrio, instalado conforme as
normas legais e as recomendaes dos rgos competentes.
- guas tratadas
Estando dentro dos padres legais, podero ser lanadas em curso de gua prximo.
As guas com temperatura superior a 40C, sob hiptese alguma, podero ser lanadas diretamente
nos cursos dgua. Devero ser encaminhadas bacia de equalizao para adequao aos padres
correspondentes.
A definio da faixa de desmatamento ocorre aps a indicao dos off-sets, acrescido da largura para
implantao da drenagem e circulao de mquinas e equipamentos de terraplenagem. Essas
variantes definem a faixa de domnio da rodovia. Os cortes na faixa de domnio devero ser realizados
em conformidade com o projeto de engenharia especfico e contemplar alguns requisitos preventivos
ambientais:
89
Limpeza do terreno
Proceder a retirada da vegetao existente (rvores, arbustos, galhos, tocos, razes, camada vegetal,
mataces, etc) dentro dos limites da rea estipulada no projeto e das especificaes tcnicas
ambientais preventivas, observando, tambm, as questes de segurana dos colaboradores e
equipamentos, restringindo-se ao espao efetivamente necessrio. Todo o desmatamento
desnecessrio, fora dos limites estabelecidos, dever ser evitado.
Remover a camada de solo orgnico (camada superficial do solo onde se concentra a matria
orgnica, microorganismos e nutrientes) e estocar os materiais retirados em locais sinalizados e
protegidos contra eroses. Esse estoque dever, sempre que possvel, ser localizado o mais prximo
possvel da rea afetada, visando facilitar os servios de recuperao posterior da rea.
A execuo das escavaes dever ser feita adotando tcnicas apropriadas para evitar o
espalhamento e o deslizamento de materiais para fora dos locais delimitados de trabalho.
Conservar e proteger a vegetao remanescente nas reas de entorno das frentes de trabalho,
evitando o uso de rvores como ponto de apoio ou para a ancoragem de servios ou esforos
requeridos na obra. Caso seja necessria a utilizao de reas vizinhas, os troncos devero ser
devidamente protegidos (colocao de estacas, tbuas de suporte, sacos de estopa, etc, ao redor dos
mesmos). Caso seja necessria a remoo de galhos, esta dever ser feita preferencialmente com
serras ou lminas de corte, nunca com utilizao de machados. Sempre que possvel, os esforos
estaro direcionados para a manuteno de exemplares de grande porte e preservao de manchas
de florestas prximas ao eixo do corpo estradal, desde que no inviabilizem a execuo do projeto
executivo.
A seleo das reas pesquisadas para emprstimos e bota-fora dever contemplar, simultaneamente,
as exigncias das obras e as necessidades de conservao ambiental.
90
Assim, a partir de determinado volume de material a ser explorado ou descartado, faz-se necessrio
que a rea a ser trabalhada seja claramente delimitada, para que a execuo de cortes e aterros seja
devidamente planejada, evitando-se deformaes na paisagem e o surgimento de problemas de
drenagem nas reas prximas, minimizando a rea a ser desmatada e os processos de eroso e
assoreamento.
Os aterros de bota-fora devero ser executados em conformidade com a topografia original da rea
circundante, de forma a preservar a continuidade paisagstica.
A declividade e extenso dos taludes e a largura das bermas, alm de atenderem estabilidade e
sustentao dos materiais depositados, devero aproximar-se, o mximo possvel, da configurao
original do relevo.
Nascentes e olhos de gua, bem como as margens de pequenos cursos de gua, so reas de
preservao permanente, devendo ser evitados ao mximo sua perturbao. Caso seja inevitvel,
devero ser tomados cuidados para evitar a obstruo de tais surgncias ou corpos dgua, bem como
interceptar o sistema de drenagem, o que poder causar a desestabilizao de aterros e problemas de
drenagem de reas a montante.
Na localizao das instalaes de britagem, alm da observncia das exigncias constantes nos
licenciamentos operacionais e ambientais, devero ser observados critrios de afastamento de reas
povoadas e de cursos dgua em funo dos impactos decorrentes dessas atividades, em especial
vibraes resultantes das detonaes, rudo causado pela operao das mquinas e equipamentos,
alteraes na qualidade do ar e das guas do entorno, escoamentos superficiais, processos de eroso
91
e sedimentao e a conseqente complexidade das medidas mitigadoras a serem obrigatoriamente
implantadas.
Os britadores devero possuir sistema de asperso nos principais pontos de formao de poeiras e
instalaes de tratamento de material particulado, com elementos filtrantes e bacia de decantao.
As usinas de asfalto devero possuir sistemas de filtro de mangas, dimensionados de acordo com a
capacidade de produo do equipamento.
Todas as caambas devero possuir cobertura da carga com lona durante o transporte de material
britado e/ou asfalto.
A fase de implantao do corpo estradal representa o maior conjunto de atividades que constitui uma
obra rodoviria, envolvendo etapas de caminhos e desvios de servio, terraplenagem, compensaes
de cortes e aterros, bota-foras e drenagens, representando, desta forma, significativa importncia no
controle ambiental.
Caminhos de Servio
Deve-se buscar a implantao dessas vias com a maior economia possvel de abertura da vegetao,
movimentao de terra e transposio de talvegues em funo de representarem riscos potenciais
para escorrimento e/ou represamento de guas superficiais e o conseqente surgimento de eroses
e/ou proliferao de insetos. A derrubada descontrolada da vegetao pode causar o entupimento de
bueiros e at mesmo o rompimento do corpo estradal nas ocasies de chuvas intensas.
92
Neste sentido, ser necessrio o cuidado permanente na recuperao das reas atingidas,
especialmente, no que se refere garantia de manuteno dos cursos de gua superficiais originais.
A asperso de gua nos trechos poeirentos, a remoo das camadas de lama e o controle da
velocidade so medidas que devero ser rigorosamente observadas.
Os emprstimos devero ser buscados em terrenos que possuam suave declividade, facilitando o
escoamento natural das guas superficiais e preservando-se a vegetao natural dos entornos.
Controle de Eroso
Sero adotadas medidas de controle provisrio de eroso em todos os setores e fases da obra, com a
instalao de barreiras e/ou curvas de nvel para drenagem (escoamento e quebra de volume de
gua).
Todos os detritos e fragmentos produzidos durante a construo devero ser removidos ou usados
para estabilizao, sempre que possvel.
Dependendo das condies ambientais, sempre que necessrio, devero ser construdas valetas de
drenagem nos ps dos taludes.
93
Controle de Sedimentao
Nas reas onde a produo de sedimentos for muito elevada ser necessria a construo de bacias
de sedimentao para decantao do material slido transportado pelo escoamento superficial.
Simultaneamente com os procedimentos e diretrizes para controle das eroses e dos processos de
assoreamento mencionados anteriormente, as empresas contratadas e sub-contratadas desenvolvero
atividades de controle ambiental, de acordo com as exigncias da legislao ambiental aplicvel e dos
condicionantes do licenciamento ambiental da rodovia, adotando as medidas de controle preventivas
descritas nos programas ambientais integrantes do EIA.
Durante as etapas de implantao e desenvolvimento das obras, inmeras atividades podero gerar
poluio atmosfrica, principalmente, em razo da emisso de poeiras provenientes de escavaes,
bota-foras, britagem e construes diversas, bem como pela emisso de fumaa e substncias txicas
resultantes da queima de material e operao de equipamentos.
Nesse sentido, devero ser implementadas medidas de controle, obedecendo as seguintes diretrizes:
Queima de Materiais
A queima da vegetao seca removida de reas desmatadas somente poder ocorrer quando
estritamente necessria, desde que permitido pelas normas estaduais e federais de proteo
ambiental.
Os resduos carbonizados sero dispostos adequadamente nas reas determinadas para destino final
de resduos industriais.
94
Controle de poeira
Durante a construo das obras, atividades envolvendo movimentao de solo, britagem de rocha e
trfego de veculos, podero gerar poeira. Nveis elevados de poeira em suspenso no ar constituiro
um srio risco nas reas de trnsito intenso e podero prejudicar a sade da populao residente,
dentro e fora dos limites das obras.
No caso de utilizao de processo de rega, este dever ser repetido em intervalos adequados de
tempo, de modo a manter todas as reas permanentemente midas.
- Mquinas e Equipamentos
95
Ser obrigatrio alarme sonoro de translao para elevadores e gruas, bem como alarme sonoro de r
para outros equipamentos de guindar e transportar, alm de buzina convencional. O alarme sonoro de
r dever ser do tipo automtico.
Nos equipamentos de transporte com fora motriz prpria, o operador dever receber treinamento
especfico, dado pela empresa, que o habilitar nessa funo. Os operadores devero, tambm,
possuir Carteira Nacional de Habilitao, mnimo Categoria C, devidamente atualizada e s podero
dirigir se durante o horrio de trabalho portarem um carto de identificao, com o nome e fotografia,
em lugar visvel:
O carto ter a validade de um ano e para revalidao o empregado dever passar por exame de
sade completo, por conta do empregador.
Na etapa de pavimentao asfltica deve-se ter especial preocupao com possveis derramamentos
e/ou vazamentos de leos lubrificantes e misturas asflticas. Neste sentido, as mquinas e
equipamentos envolvidos devero ser permanentemente vistoriados e os procedimentos operacionais
reavaliados, especialmente, no que se refere capacidade e vedao da carga dos caminhes
transportadores de asfalto, tcnicas de distribuio e espalhamento de material na pista de rolamento,
limpeza de equipamentos e ferramentas, existncia de bandejas aparadoras de vazamentos de
derivados de petrleo e equipe de limpeza e conservao de reas de trabalho.
Outro cuidado est relacionado etapa de sinalizao horizontal do pavimento atravs de pintura com
emprego de tintas contendo metal pesado em sua composio. Devero, tambm, ser disponibilizadas
bandejas para eventuais preparos de misturas e/ou estoque temporrio de embalagens contendo os
produtos. Os equipamentos de aplicao da pintura devero ser previamente inspecionados para
identificao de eventuais vazamentos. Os colaboradores envolvidos devero receber treinamento
para utilizao de produtos txicos e uso de equipamentos de proteo individual apropriados e as
reas de trabalho devidamente sinalizadas.
Durante a construo das estruturas operacionais de apoio para a operao da rodovia devero ser
observados aspectos mitigadores ambientais, em especial no controle de assoreamento de reas de
96
disposio de materiais, na preservao da vegetao e limpeza completa das reas trabalhadas.
Devero ser contempladas as exigncias normativas previstas nos demais itens deste PAC.
Os trabalhadores que porventura venham a ser desmobilizados por conta da concluso das obras ou
de eventuais paralisaes das mesmas devero ser alvo de orientao sobre alternativas de ocupao
local, no caso de manifestarem interesse de permanncia na regio ou para aqueles j residentes, ou
de auxlio no encaminhamento de retorno a seus lugares de origem.
Essa orientao dever ser promovida por assistente social, em contato com rgos de governo que
possam disponibilizar programas e apoio nas mais variadas reas. O objetivo do programa evitar
que no encerramento de etapas de obra, especialmente nas interrupes com perspectiva de
retomada posterior, os trabalhadores demitidos venham a formar aglomeraes precrias ou passem
a ocupar reas de forma irregular, incentivando a formao de processos de ocupao desordenados
no entorno dos canteiros de obras, eventual processo de marginalizao e aumento da criminalidade.
Ao trmino das obras de concluso da rodovia, preliminarmente, antes da retirada dos equipamentos,
dever ocorrer a desmobilizao completa dos canteiros, atravs da demolio e remoo dos prdios
e instalaes usados durante a construo. de responsabilidade das empresas contratadas e sub-
contratadas a reconformao do terreno, escarificao, gradeamento, recobrimento com terra vegetal
e revegetao das reas ocupadas, incluindo sistemas virios e de utilidades, alm de outras reas de
emprstimo e escavaes expostas.
Todas as encostas, taludes e outras reas sujeitas eroso, to logo concludas as obras, devero
receber tratamento de drenagem e proteo superficial adequadas, de forma a estabilizar tais
superfcies e evitando futuros riscos de eroso e desagregao.
Na medida em que os servios foram concludos, nas diversas frentes e etapas da obra, as
intervenes para a estabilizao e/ou recomposio das reas afetadas devero ser desenvolvidas
pelas empresas, aproveitando a infra-estrutura (mo-de-obra, equipamentos, ferramentas e veculos)
disponvel.
O processo de recomposio das reas da obra dever ser executado conforme o Programa de
Recuperao de reas Degradadas PRAD e de acordo com procedimentos bsicos constando das
seguintes etapas:
97
Disponibilizao da rodovia
A operao de uma rodovia gera uma srie de modificaes no meio ambiente original, aumentando
os nveis de rudo e de vibraes, poluio do ar e da gua e problemas de segurana das
comunidades de entorno.
Em parcerias com os organismos pblicos regionais, devero ser implementados programas de apoio
populao migrante, propiciando a adequada utilizao da mo-de-obra da populao
espontaneamente atrada pelo empreendimento e reduzindo o afluxo excessivo de novos migrantes
regio do entorno da obra.
Devero, tambm, ser promovidas aes em conjunto com aquelas previstas no Programa de Apoio
ao Desenvolvimento Regional, sub-programa de apoio demanda de servios pblicos, em especial,
aquelas envolvendo medidas de recomposio e redimensionamento nas reas de ensino, sade e
habitao, suprindo carncias, eliminando instalaes que ficaro ociosas e reforando outras em
funo de novas polarizaes e diretrizes que venham a ser fixadas pelos respectivos rgos
municipais e estaduais.
Manuteno da rodovia
Alm das exigncias contidas neste Plano, devero ser igualmente atendidos os requisitos constantes
nos seguintes documentos:
98
Normas da A.B.N.T. - Associao Brasileira de Normas Tcnicas;
Programas Ambientais integrantes deste EIA/RIMA;
Manuais e Especificaes Gerais para Obras Rodovirias do DNER/DNIT;
Constituies Federal e Estaduais;
Legislaes Ambientais Federal e Estaduais;
Resolues do CONAMA;
Cdigo Florestal Lei n 4771/65;
Crimes Ambientais Lei n 9605/98;
Licenciamentos Ambientais (LP,LI,LO) do empreendimento.
Metas e Produtos
A principal meta do PAC evitar ocorrncias de no-conformidades ambientais e a soluo rpida e
eficiente para eventuais problemas ou impactos ambientais que possam ocorrer durante as diversas
aes previstas para o empreendimento, garantindo, desta forma, a interao e eficcia de
desempenho dos demais programas ambientais propostos.
Para os servios que apresentam alto grau de complexidade e risco na execuo, devero ser
utilizadas tcnicas de Anlise Preliminar de Riscos (APR), com a elaborao prvia obrigatria de
instruo prevencionista de meio ambiente e distribuio de cpias para todos os colaboradores
envolvidos.
Durante a execuo das obras, diariamente, antes do incio de cada jornada, todos os colaboradores
devero participar do Dilogo Dirio de Segurana e Meio Ambiente (DDSMA), onde recebero uma
instruo diria de meio ambiente, alertando sobre os riscos inerentes a cada atividade do dia e
orientando sobre as medidas de preveno e os mtodos necessrios, tomando como base a APR e
outras instrues tcnicas e administrativas de preveno ambiental.
Dever ser estabelecida uma interface com o Comit de Gesto Ambiental para verificao de
resultados, discusso de relatrios de no-conformidades e planejamento de aes estratgicas.
99
Como rotinas de inspees e acompanhamento do controle ambiental das obras sero utilizadas as
seguintes ferramentas:
As empresas contratadas e sub-contratadas para a execuo das obras obrigam-se a respeitar e fazer
com que os seus colaboradores respeitem os preceitos legais no tocante ao Meio Ambiente, bem
como fazer cumprir integralmente o que estabelecem as presentes exigncias e todos os
regulamentos e procedimentos de trabalho concernentes proteo ao meio ambiente, permitindo
ampla e total fiscalizao em suas instalaes e servios pela Superviso Ambiental da contratante.
importante que haja perfeita sintonia no treinamento de colaboradores envolvidos nas obras e
comunicao com as comunidades envolvidas. Neste sentido, a implementao do PAC dever estar
integrada com outros programas ambientais previstos no EIA, especialmente, os Programas de
Treinamento e Capacitao de Mo-de-obra, Programa de Segurana e Sade dos Trabalhadores,
Programa de Educao Ambiental e Programa de Gesto Ambiental.
Recursos
Os custos relativos implementao do PAC devero ser previstos pelas contratadas no oramento da
obra.
A responsabilidade pela implementao deste programa ambiental ficar a cargo dos Engenheiros
Gestores de Segurana e Sade no Trabalho e de Meio Ambiente da obra, compartilhada pelos demais
integrantes dos Recursos Humanos necessrios, em especial, Engenheiros de Segurana do Trabalho,
Mdicos do Trabalho, Tcnicos de Segurana do Trabalho, Tcnicos Ambientais, Tcnicos de
Enfermagem do Trabalho, Encarregados de Frentes de Servio, Supervisores de Manuteno, Brigada
de Incndio, Brigada de Emergncia Ambiental, Segurana Patrimonial, Sinaleiros e demais
Colaboradores. O dimensionamento das equipes de Segurana, Sade Ocupacional e Meio Ambiente
das empresas contratadas dever obedecer aos critrios previstos na NR-4 da Portaria 3.214/78 do
Ministrio do Trabalho e Emprego.
100
- Recursos Humanos Externos
Dever haver a disponibilidade de acionamento dos seguintes recursos, caso sejam necessrios:
Material bsico para treinamento ambiental (Cdigos de Conduta para Colaboradores, Impressos
para Placas/Banners, Cartilhas de Meio Ambiente, Placas, Cartazes, Transparncias, Fitas de Vdeo,
Mquinas Fotogrficas para registro de inspees);
Material para procedimentos de conteno de eroso, escorregamentos, assoreamento;
vazamentos e/ou derramamentos de leos combustveis e lubrificantes, e de coleta e
armazenamento de materiais de consumo, de lixo e resduos da obra;
Rdios de comunicao;
Veculo adequado para transporte coletivo de pessoal;
Filtros e outros materiais para conteno de sedimentos em movimentos de terra (telas, geotxteis,
estacas de madeira, etc);
Kit para salvamento de animais em gua e em terra (caixa de madeira para cobras, sacos plsticos,
roupa de apicultor, caixa para colocao de abelhas, luva de couro, pegador de cobras, material
para transporte de animal ferido, material para resgate de peixes, etc);
Sirene toques curtos intermitentes;
Ambulncia, de acordo com a complexidade e nmero de colaboradores envolvidos na execuo
das obras.
- Recursos Financeiros
Cronograma
Este programa abranger todo o perodo de execuo da obra rodoviria, desde a fase de pr-
implantao at o incio da fase de operao e seu cronograma de implementao acompanhar as
aes previstas para o empreendimento.
101
8.2 PROGRAMA DE REGULAMENTAO E CONTROLE DA FAIXA DE DOMNIO
Justificativas e Objetivos
Este programa dever conter diretrizes especficas e procedimentos adotados regularmente pelo DNIT
(Manual para o Ordenamento do Solo nas Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias Federais e
Instrues de Proteo Ambiental das Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias Federais). Haver
interface com o subprograma de Apoio Tcnico s Prefeituras, na medida em que a faixa de domnio
da rodovia pode estar ocupada pela malha urbana. O programa dever envolver o cadastro das reas
ocupadas irregularmente, atrelado ao levantamento topogrfico para o projeto executivo.
O objetivo geral a ordenao de atividades que estabeleam estreita relao com a faixa de domnio
e os objetivos especficos esto direcionados aos tipos de interferncia previstos:
Procedimentos Operacionais
Considerando que as diretrizes bsicas para ordenamento da faixa de domnio constam nos manuais
do DNER (Manual para o Ordenamento do Solo nas Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias
Federais e Instrues de Proteo Ambiental das Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias
Federais), o diferencial metodolgico do programa residir no levantamento de peculiaridades
regionais e adequao das normas. A seguir so apresentadas diretrizes para a consecuo das
atividades de cada objetivo especfico.
Tratamento paisagstico
O objetivo desta atividade visa a adequao paisagstica e ambiental das faixas de domnio e lindeiras
das rodovias atingidas por este estudo, por meio de implantao de arborizao adequada, peculiares
regio, evitando impactos adversos e transmitindo harmoniza, conforto e segurana aos usurios.
102
A atividade deve considerar as formas de arborizao que constam na publicao do DNER
Instrues de proteo ambiental das faixas de domnio e lindeiras das rodovias federais Instruo
de Proteo Ambiental IPA-01 Arborizao, pois adotam-se diretrizes que atendem segurana e
ao conforto dos usurios das rodovias, assim como os aspectos legais, principalmente expressas no
Cdigo Florestal, sancionado pela Lei Federal 4.771/65, no artigo 3 e, seus respectivos decretos de
regulamentao e de alteraes.
As medidas de proteo devero ser realizadas durante a execuo dos servios de conservao
rotineira, adotando-se as recomendaes do Corpo Normativo Ambiental do DNER, assim como,
considerar as tcnicas de preveno da propagao do fogo citadas no manual para ordenamento do
uso do solo do mesmo rgo rodovirio e em consonncia com Plano Ambiental para a Construo -
PAC.
Os servios de preservao contra queimadas nas faixas devero ser realizadas durante a etapa de
conservao rotineira das rodovias, conforme j citado. A implantao de vegetao resistente ao
fogo devero ser inseridas nesta fase.
Estabelecer estreito contato com as autoridades municipais no sentido de incorporar decises dos
planos diretores ou prestar auxlio em sua elaborao;
Considerar a relao dos recursos do planejamento urbano e engenharia de trfego aos da
engenharia rodoviria e propor projetos de engenharia esteticamente adequados paisagem
urbana;
Adotar medidas fsico-operacionais com efeito imediato na melhoria da operacionalidade e
segurana do trecho;
Ordenar o uso do solo nas faixas lindeiras, atravs de instrumentos legais;
Evitar a destruio de stios de valor arquitetnico, urbanstico e/ou paisagstico;
Criar canais de acessibilidade (rebaixamento da pista, semforos, passarelas, etc.), anulando os
acessos indevidos;
Considerar a legislao com relao aos acessos para impedir ou desestimular o surgimento de
usos do solo que, por sua vez, geram volumes de trfego de veculos e pedestres ao longo do
trecho.
103
Rodovirios, DNER, 1978; convm adotar, tambm, normas do Cdigo Florestal, item arborizao, Lei
4.771/65 e respectivas alteraes posteriores.
Os depsitos irregulares existentes em reas lindeiras e na prpria faixa de domnio das rodovias
devem ser removidos e coibidos, cabendo s unidades de infra-estrutura do DNIT manter a segurana
do trfego e o conforto dos usurios.
Tais instalaes podem representar causas de impactos como a contaminao dos solos e recursos
hdricos, alterao do padro cnico-paisagstico e proliferao de doenas transmissveis.
Na invaso da faixa de domnio, cabe ao rgo rodovirio as disposies cabveis, atravs de sua
unidade com jurisdio no trecho, imediatamente aps a identificao deste tipo de adversidade,
adotando-se, portanto, o Decreto-Lei 512/69 e Portaria 0492/92, referentes normas anteriores a
criao do DNIT, assim como considerar a atuao da Polcia Rodoviria Federal com seus encargos.
Cadastro com informaes bsicas (populao a ser reassentada, inventrio de benfeitorias, formas
definidas da nova organizao social da populao reassentada, vocao da rea e dos grupos
envolvidos, fontes de renda, rea destinadas ao uso pblico), incluir indenizao de rea ocupada e
benfeitorias serem desapropriadas, assim como, investigar a rea de destino referente aos
recursos naturais e aos padres culturais;
Marcos legais e polticas normativas, referentes a eventual auxlio material, assistncia tcnica e
financeira, s pessoas a serem reassentadas.
De acordo com estudos mencionados no manual do DNER, as margens das rodovias tornam-se local
excelente para a colocao de cartazes de propaganda ou outdoors por aqueles que querem anunciar
seus produtos ou servios, tornando-se uma grande fonte de receita. A restrio a anncios e
propaganda est diretamente ligada ao impacto de alterao do padro cnico-paisagstico,
constituindo, tambm, em elementos de intruso visual, obstruindo muitas situaes, incluindo o
descortnuo de paisagens ou elementos arquitetnicos interessantes para os usurios das rodovias.
104
Existem pendncias legais que ainda no foram concludas, segundo referido manual para
ordenamento do uso do solo, entretanto o Decreto-Lei 512/69, do DNER, norma anterior ao DNIT,
permite a colocao de tais mtodos de propaganda em situaes excepcionais, nas faixas de
domnio.
Atravs dos contratos de concesso de rodovias federais, devem ser realizados estudos para
explorao de painis publicitrios por parte de concessionrias.
Instalaes de servios como postos de abastecimento, oficinas, hotis, etc, localizados nas faixas
lindeiras das rodovias, esto sujeitos jurisdio do DNER que, por sua vez, estabelece padres para
sua construo e operao.
Devem ser apresentados ao DNIT os projetos das instalaes de servios com de planta de situao
do estabelecimento, indicao de sua localizao (km ou estaca do projeto), largura da faixa de
domnio, acessos rodovia e sinalizao, reas non-aedificandi.
Mirantes, estacionamentos e paradas de nibus devem atender s medidas listadas no Manual para
Ordenamento do Uso do Solo nas Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias Federais (DNER, 1996).
Especificamente para as paradas de nibus devem ser considerada a resoluo 18/91 - Instrues
para a Autorizao de Acessos s Rodovias Federais DEST/DNER.
Os procedimentos para a execuo da remoo dos vestgios de antigos canteiros de obras esto
listados no Manual para Ordenamento do Uso do Solo nas Faixas de Domnio e Lindeiras das Rodovias
Federais (DNER, 1996).
Metas e Produtos
As metas relativas aos objetivos especficos consistem em alcanar as solues propostas para as
situaes encontradas na regio em momento adequado ao planejamento e execuo das obras.
Deve-se aproveitar o momento dos levantamentos topogrficos do projeto final de engenharia para
identificao de pontos notveis em relao topografia, alm daqueles j apontados no EIA. Dessa
forma, o programa dever ser iniciado to logo estejam definidas as condicionantes do licenciamento
prvio.
105
junto s comunidades lindeiras, assim como relatrios de verificao de andamento e concluso de
atividades.
Recursos
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
106
8.3 PROGRAMA DE TREINAMENTO E CAPACITAO DE MO-DE-OBRA
Este programa envolver procedimentos instrucionais direcionados aos tcnicos e operrios que
estaro envolvidos nas diversas atividades da construo, de forma a orient-los sobre as questes
ambientais e relaes com comunidades locais. A equipe tcnica de superviso ser informada,
tambm, sobre as leis e suas respectivas sanes, regras e regulamentos de controle de poluio,
conduta e higiene.
Justificativas e Objetivos
Grande parte dos danos causados ao meio ambiente pela instalao de empreendimentos pode ser
evitada, se as equipes de trabalho, nas frentes de obra, estiverem alertadas, conscientizadas e
treinadas para desenvolver as diversas atividades previstas, minimizando seus impactos ambientais.
Objetivos
Este programa tem como objetivo geral mitigar possveis perturbaes ambientais derivada da ao
de tcnicos e trabalhadores das obras, treinando-os e instruindo-os em relao s questes
ambientais, de forma a evitar qualquer tipo de agresso fauna, flora e s comunidades nas reas
adjacentes obra.
Evitar riscos de incndios, indicando quais as causas mais comuns dessas ocorrncias, divulgando
orientao sobre as providncias a serem adotadas;
Disseminar a importncia da manuteno da vida silvestre, ressaltando a ilegalidade da caa e
pesca predatria e as penas previstas na lei de crimes ambientais (Lei 9605, de 12/fev./98);
107
Conscientizar sobre a nocividade da retirada da natureza e da transferncia inter-regional de
espcies vegetais e de espcies da fauna, tanto no aspecto da perda da diversidade biolgica,
como no dos riscos sanitrios consequentemente econmicos que podem deflagrar;
Conscientizar sobre a necessidade de minimizar os desmatamentos, proteger as matas ciliares e a
vegetao de encostas, bem como a necessidade de revegetao dos taludes;
Orientar os responsveis diretos pelos trabalhadores, encarregados e engenheiros responsveis,
sobre a fiscalizao e cooperao com os rgos competentes (IBAMA, rgo Estadual de Meio
Ambiente, Polcia Florestal, e outros);
Prevenir acidentes com animais peonhentos, doenas sexualmente transmissveis; endemias, etc;
e
Proteger populaes frgeis.
Procedimentos Operacionais
Metas e Produtos
Coleta e preparao de material didtico (cartilhas, folhetos, slides, vdeos) para as palestras.
108
O gerenciamento das atividades deste programa ser feito pelo empreendedor, que manter um kit
para educao ambiental com videocassete, retroprojetor e projetor de slides para a projeo das
fitas de vdeo, transparncias e diapositivos, e dispor de profissional habilitado tanto para realizar os
treinamentos voltados para a populao vizinha obra, como para orientar as firmas empreiteiras no
treinamento de seu pessoal.
Recursos
Os custos deste Programa estaro includos nos oramentos das empreiteiras responsveis pela
execuo das obras.
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
109
8.4 PROGRAMA DE SEGURANA E SADE DOS TRABALHADORES - PSST
Definies
110
condies e no meio ambiente de trabalho em todas as obras a partir de 20 trabalhadores,
estabelecendo diretrizes de ordem administrativa e de planejamento.
PPCI: Plano de Proteo e Preveno contra Incndio. Tem a finalidade de estabelecer condies
mnimas de proteo contra incndio para as edificaes, prevendo a execuo de vistorias in loco e a
elaborao de laudo tcnico preventivo.
Ergonomia: Estabelece parmetros relacionados s condies de trabalho e incluem aspectos
relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobilirio, aos equipamentos e
s condies ambientais dos postos de trabalho e prpria organizao do trabalho, alm de critrios
mnimos de iluminao ambiental.
OS Ordem de Servio: Tem como finalidade a comunicao preventiva de riscos existentes nas
atividades, fases ou etapas de um trabalho, estabelecendo obrigaes, responsabilidades e
apresentando orientao prevencionista.
APR Anlise Preliminar de Riscos: Para aquelas atividades que apresentarem elevado grau de
complexidade e risco na execuo, devero ser utilizadas tcnicas de Anlise Preliminar de Riscos
(APR), com a elaborao prvia obrigatria de instruo prevencionista de segurana e meio
ambiente, identificando os riscos existentes em cada etapa ou fase de trabalho e sugerindo
procedimento eficiente e seguro de execuo, com distribuio de cpias para todos os colaboradores
envolvidos.
DDSMA Dilogo Dirio de Segurana e Meio Ambiente: uma instruo de trabalho que
dever ser realizada diariamente pelos encarregados de obras, antes do incio da jornada, aos seus
trabalhadores, alertando-os sobre os riscos de segurana e meio ambiente inerentes s atividades do
dia ou etapa da obra e orientando-os sobre as medidas de preveno e os EPIs obrigatrios, tomando
como base as OS (Ordens de Servio), APR (Anlise Preliminar de Riscos) e outras instrues de
trabalho preventivas.
RISMA Relatrio de Inspeo de Segurana e Meio Ambiente: um documento emitido
normalmente pelo Sesmt, resultante de inspeo peridica nos canteiros de obras, com a finalidade
de registrar, reduzir, eliminar e/ou prevenir riscos e irregularidades existentes, prticas e hbitos
indevidos e outras no-conformidades.
Comit de Gesto Integrada de Qualidade, Segurana, Sade Ocupacional e Meio
Ambiente: O Comit de Qualidade, Segurana, Sade Ocupacional e Meio Ambiente ser o rgo
normativo da Gesto Integrada do empreendimento. Ter como atribuies a aprovao de
procedimentos, manuais, normas, verificaes de resultados, discusso de relatrios de no-
conformidades e planejamento de aes estratgicas, nos termos estabelecidos no Plano Ambiental
para Construo PAC. Suas prioridades sero decorrentes da identificao de riscos potenciais
sade e integridade fsica dos trabalhadores e preservao ambiental, anlise de dados, estatstica de
resultados e fatos histricos informados pelas Cipas e Sesmt das empresas construtoras. Dever
estabelecer estratgias de planejamento, implementando aes preventivas de controle, programa
permanente de treinamento e sistemas bsicos de segurana nos processos e ambientes de trabalho.
O desenvolvimento dos procedimentos previstos neste PSST ficar cargo dos Servios Especializados
em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho (SESMT) da empresas contratadas e sub-
contratadas, com a participao e cooperao direta das Comisses Internas de Preveno de
Acidentes (CIPA).
111
SESMT (Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho /
NR-4)
- Compete ao SESMT:
- Compete Cipa:
Todo o acidente do trabalho dever ser analisado e registrado em documentos padronizados com a
finalidade da identificao de condies de risco e/ou mtodos inadequados de trabalho, objetivando
a tomada de providncias preventivas.
O empregado que sofrer acidente do trabalho dever ser encaminhado imediatamente para
atendimento de primeiros socorros dentro do prprio canteiro de obras. No caso de leso grave, o
acidentado dever ser levado ao hospital ou posto de sade mais prximo. Em caso de ocorrncia de
112
acidente fatal, ser obrigatria a adoo de medidas especiais, conforme determina a legislao
vigente.
O PCMSO deve ter carter de preveno, rastreamento e diagnstico precoce dos agravos sade
relacionados ao trabalho. A NR-7 determina que deve ser planejado e implantado com base nos riscos
sade dos trabalhadores, especialmente identificados nas avaliaes previstas nas demais NRs,
assim como ter controle especial de vacinao e na preveno de doenas tropicais potenciais. Todos
os canteiros de obras devero possuir ambulatrios mdicos e estar equipados com material
necessrio prestao de primeiros socorros.
O PPRA parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas das empresas no campo da
preservao da sade e da integridade fsica dos trabalhadores. Sua coordenao de
responsabilidade do Engenheiro de Segurana do Trabalho designado e sua execuo dever contar
com a participao dos demais integrantes do SESMT, CIPA, Comit de Qualidade, Segurana, Sade
Ocupacional e Meio Ambiente e trabalhadores em geral. A estruturao e desenvolvimento atendero
as exigncias normativas estabelecidas na NR-9.
113
Mquinas e Equipamentos (NR-12)
Ergonomia (NR-17)
Explosivos (NR-19)
Em todas as frentes de trabalho em que houver o emprego de explosivos devero ser observadas as
normas de segurana envolvendo transporte, manuseio e armazenagem de explosivos e
providenciadas licenas e alvars para instalaes de paiis, liberao de guias de trfego e
obteno/renovao de cartas blaster, obedecendo-se ao disposto na NR-19 (Explosivos), R-105 do
Ministrio do Exrcito, regulamentado pelo Decreto n 2.998/99 e NBR-9061 (Segurana de escavao
a cu aberto).
Nas atividades e locais com emprego de lquidos combustveis e inflamveis devero ser observadas
as orientaes previstas no Plano Ambiental para Construo PAC, PCMAT, NBR-7505
114
(Armazenagem de lquidos inflamveis e combustveis) e demais Normas Regulamentadoras
pertinentes.
As empresas contratadas e sub-contratadas devero dotar seus equipamentos, suas mquinas e seus
veculos, os canteiros de obras e as instalaes de apoio de equipamentos de combate a incndio de
acordo com as reas de risco, classes de fogo, sistemas de proteo previstos no Plano de Preveno
Contra Incndio (PPCI) e tcnicas de preveno e combate ao incndio florestal, nos termos previstos
no PAC.
Sempre que as medidas de segurana no forem suficientes para controlar e/ou eliminar os riscos
inerentes aos ambientes de trabalho, ser necessrio o emprego de um sistema de sinalizao,
atravs de placas, faixas e cartazes, no sentido de advertir, orientar, indicar, auxiliar, educar, delimitar
e identificar reas e operaes de risco.
Meio Ambiente
Os demais programas ambientais integrantes deste EIA devero ser rigorosamente cumpridos,
buscando-se, sempre que possvel, a implantao integrada das aes relativas a qualidade,
segurana do trabalho, sade ocupacional e meio ambiente.
Alm das exigncias contidas neste Programa, devero ser igualmente atendidos os requisitos
constantes nos seguintes documentos:
115
Os indicadores de segurana do trabalho e sade ocupacional pelos quais as contratadas e sub-
contratadas sero avaliadas em termos de eficcia sero:
Disposies finais
Todos os controles previstos neste programa devero ser formalizados atravs de formulrios e
documentos padronizados e aprovados pelo Comit.
O Programa de Segurana e Sade dos Trabalhadores PSST, assim como as demais Normas e
Procedimentos de Segurana, Sade e Meio Ambiente previstas para o empreendimento devero ser
rigorosamente cumpridos por todos os empregados, colaboradores e prestadores de servio de todas
as empresas contratadas e sub-contratadas.
Os casos omissos e dvidas suscitadas sero elucidados pelo Comit de Gesto Integrada de
Qualidade, Segurana, Sade Ocupacional e Meio Ambiente.
116
Mensalmente, o Comit emitir relatrio conclusivo de avaliao geral de desempenho de segurana e
sade (RADS) do empreendimento e medidas emergenciais necessrias, com imediato repasse
Gerncia Geral da obra e disponibilizao ao rgo Fiscalizador.
Recursos
Os custos relativos implementao do PSST devero estar previstos pelas empresas contratadas e
sub-contratadas no oramento da obra.
A responsabilidade pela implementao deste programa ficar a cargo dos Engenheiros Gestores de
Segurana e Sade no Trabalho e de Meio Ambiente da obra, compartilhada pelos demais integrantes
dos Sesmt das empresas construtoras.
Sempre que necessrio, devero ser buscados os acionamentos de recursos previstos no PAC.
Cronograma
Este programa abranger todo o perodo de execuo da obra rodoviria, desde a fase preliminar de
implantao at o incio da fase de operao e seu cronograma de implementao acompanhar as
estratgias de aes previstas para o empreendimento.
117
8.5 PROGRAMA DE RECUPERAO DE REAS DEGRADADAS - PRAD
Licenciar junto aos rgos ambientais todas as atividades de apoio s obras da rodovia que
impliquem em degradao das reas ocupadas;
Subsidiar o planejamento da obra visando prevenir os impactos de degradao provocados pelas
atividades reas utilizadas e a facilitao da recuperao das reas;
Oferecer procedimentos operacionais para serem executados pelas construtoras visando a
preveno da degradao das reas;
Detalhar as medidas de recuperao das reas para serem executadas durante e aps das obras
visando a recuperao das reas;
Prever medidas de recuperao das reas identificadas como passivos ambientais;
Execuo do Programa de Recuperao;
Manuteno do processo de recuperao das reas durante a operao da rodovia.
Procedimentos Operacionais
Identificar e localizar ao longo de toda a extenso da rodovia, todas as atividades previstas para as
obras que implicaro em algum tipo de alterao ou degradao das caractersticas originais das
reas. Estas atividades so:
canteiros de obras;
jazidas de emprstimos;
bota-foras;
reas escavadas;
aterros;
cortes em taludes;
acessos de apoios;
desmatamentos;
centrais de britagens;
usinas de asfaltos;
118
oficinas;
aterros de resduos slidos;
obras de drenagens;
outros.
A partir da identificao e localizao dessas atividades deve-se avaliar o grau de impactao de cada
local, avaliando-se a melhor alternativa em termos de minimizao da degradao e a melhor
alternativa de recuperao.
Tambm faz parte desta etapa o planejamento de todas atividades para que sejam executadas o mais
rpido possvel, reduzindo custos de execuo e otimizando os resultados tcnicos.
Esta atividade busca verificar as demandas e os procedimentos para o licenciamento das atividades
em nvel federal, estadual e municipal. Prev todas as necessidades legais para a ocupao dessas
reas de forma legalizada.
Ser detalhado para cada caso, o tipo de recuperao a ser executado com o dimensionamento das
aes, necessidades de insumos e equipamentos e os recursos financeiros com a elaborao de
cronograma de execuo.
recondicionamento topogrfico;
recomposio e proteo do solo;
sistemas de drenagem;
sistema de controle de eroso;
descompactao do solo;
correo da fertilidade do solo;
implantao da vegetao rasteira;
implantao de vegetao arbrea conforme projeto;
implantao de projeto paisagstico.
manuteno das reas com vegetao implantada.
Atividade 04 Monitoramento
Por fim, feito o monitoramento das reas recuperadas. Atividade de acompanhamento dos
resultados obtidos para verificar a necessidade de novas medidas e o estgio do processo de
recuperao obtido.
Metas e produtos
Para fins de garantir os resultados do Programa so previstas as seguintes metas para cada um dos
objetivos especficos com a forma de aferio dos resultados:
119
Licenciar junto aos rgos ambientais todas as atividades de apoio s obras da rodovia que
impliquem em degradao das reas ocupadas.
Meta: 100% das reas passveis de licenciamento devem ser utilizadas com todo o processo de
licenciamento executado e com licenas de operao.
Produto: Auditorias peridicas junto s operaes para verificar licenciamentos.
Subsidiar o planejamento da obra visando prevenir os impactos de degradao provocados pelas
atividades reas utilizadas e a facilitao da recuperao das reas.
Meta: Identificao especfica de impactos com avaliao sinttica comparativa das alternativas de
projeto.
Produtos: Relatrios de tcnicos especializados em meio ambiente na equipe projetista
comprovando com estas avaliaes e as revises de projeto
Oferecer procedimentos operacionais para serem executados pelas construtoras visando a
preveno da degradao das reas.
Meta: Elaborao de Procedimentos para cada atividade impactante significativa antes do incio das
obras.
Produto: Auditoria para verificar a existncia desses procedimentos.
Detalhar as medidas de recuperao das reas para serem executadas durante e aps das obras
visando a recuperao das reas.
Meta: Detalhamento das medidas no projeto de engenharia.
Produto: Reviso Projeto executivo de engenharia.
Prever medidas de recuperao das reas identificadas como passivos ambientais.
Meta:Detalhamento das medidas no projeto de engenharia.
Aferio: Reviso Projeto executivo de engenharia.
Execuo do Programa de Recuperao.
Meta: Ter todas as medidas do projeto de engenharia executadas conforme cronograma.
Aferio:Realizao de fiscalizao das obras para acompanhamento da implantao das medidas.
Realizao de auditorias perdicas.
Manuteno do processo de recuperao das reas durante a operao da rodovia.
Meta: Ter um plano de monitoramento das medidas implantadas e a execuo desse
monitoramento.
Aferio: Relatrios do monitoramento realizado e fiscalizao das recomendaes de manuteno
executadas.
Instituies Envolvidas
O empreendedor, as empresas construtoras, os rgos governamentais de controle ambiental, as
prefeituras, as universidades e rgos de extenso rural dos estados estaro diretamente envolvidas
neste programa.
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
120
8.6 PROGRAMA DE PROTEO FLORA E FAUNA
Justificativas e Objetivos
A mitigao e a compensao dos impactos so, grosso modo, os objetivos principais da legislao
que norteia os estudos de impacto. No caso em tela, o programa justifica-se pela necessidade de
adoo de mecanismos que possam atenuar os efeitos da supresso de ambientes florestais e dos
hbitats associados, dos atropelamentos de fauna e das barreiras disperso impostas pela rodovia,
da caa e comrcio ilegais de animais e da substituio de florestas por reas de campo e de
lavouras.
Procedimentos Operacionais
A revegetao da faixa de domnio tem como objetivo recuperar as reas prximas rodovia que
sofrerem alteraes em sua cobertura vegetal em funo das obras ou mesmo daquelas que foram
anteriormente desmatadas, mas que possam ser recuperadas, de forma a diminuir os impactos da
supresso dos ambientes florestados.
A paisagem dever ser avaliada atravs de aerofotos nos locais com maior proximidade de fragmentos
florestas significativos, de modo a estabelecer contato entre zonas isoladas pela rodovia, privilegiando
as drenagens naturais como caminhos para interconexo.
As espcies vegetais nativas da regio a serem utilizadas ns plantios devem ser selecionadas a partir
dos estudos fitossocilogicos realizados nas diversas fisionomias vegetais e apresentados no EIA.
Aliado ao sub-programa descrito acima, deve ser executado um plano de implantao de corredores
ecolgicos ligando fragmentos florestais que se encontrem na rea de impactos indiretos do
121
empreendimento, de forma a garantir as trocas gnicas entre esses fragmentos, preservando a
biodiversidade da regio.
O programa de proteo fauna envolve uma primeira etapa a ser implantada na fase de projeto e
refere-se adequao dos projetos estruturais das pontes, adaptando-as para que desempenhem a
funo de passagens de fauna. As alteraes estruturais basicamente se referem a mudanas no perfil
do enrocamento e alargamento das plataformas laterais (saia do aterro). Para tanto devem ser
analisados cada um dos perfis de projeto, identificando aqueles cuja distncia do corpo d'gua e
altura no estejam adequadamente dimensionadas funo de passagens de fauna. A anlise de
aerofotos tambm dever subsidiar quais cursos de gua apresentam vegetao ciliar melhor
preservada com potencial maior para vias de deslocamento de fauna.
O monitoramento dos atropelamentos de fauna deve ser realizado bimestralmente nos dois primeiros
anos de operao da rodovia, devendo ser capaz de definir quais so os trechos em que esse impacto
mais intenso, sugerindo mtodos capazes de mitig-lo, seja pela instalao de estruturas de
transposio de animais ou pela implantao de mecanismos de reduo de velocidade do trfego.
A fiscalizao da caa e comrcio ilegal de animais dever constitucional do Estado, que atualmente
no est sendo cumprido adequadamente em funo da ausncia do Poder Pblico na regio, em
suas diversas instncias. Esse programa deve ser capaz de fornecer condies para que a atuao do
Poder Pblico seja efetiva, garantindo o cumprimento da legislao. Essa atividade ser objeto de
interface com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Regional.
Metas e Produtos
122
Responsabilidade e parcerias institucionais
Recursos
Os recursos necessrios para a implementao dos Programas de Proteo Flora e Fauna devem ser
includos do oramento da obra.
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
123
8.7 PROGRAMA DE IDENTIFICAO E SALVAMENTO DE PATRIMNIO
ARQUEOLGICO
Envolver o acompanhamento prvio fase de obras em locais com potencial para ocorrncia de
stios e elaborao e execuo de projeto de resgate ou salvamento daqueles identificados no
diagnstico ambiental.
Justificativas e Objetivos
As atividades de limpeza do terreno e construo de obras de artes especiais so aes com potencial
de destruio de stios arqueolgicos. A proteo do patrimnio arqueolgico no s justifica como
torna uma obrigao do empreendimento a implementao de atividades de resgate de material.
Identificao de possveis novos stios presentes na rea e de vestgios diversos e/ou melhor
conservados presentes na rea, que ampliem e completem o quadro obtido nas pesquisas das
unidades amostrais;
Resgate nos stios arqueolgicos identificados;
Obteno de um quadro arqueolgico regional que sirva de referncia e contextualizao para os
stios existentes na regio.
Procedimentos Operacionais
Na rea de Influncia Direta das obras de asfaltamento (leito das rodovias, faixa de domnio, reas de
obras como pontes, acesso, contornos, etc.) pesquisas devero ser intensivas e sistemticas em uma
amostragem de 25% do trajeto, e extensivas/oportunsticas nos demais 75%.
Os levantamentos sistemticos intensivos de stios (do tipo varredura), em amostra de 25% do trajeto
sero realizados por caminhamentos sistemticos nas unidades amostrais, aliados a abertura de
sondagens a cada 50 metros percorridos, alternando entre margem direita e esquerda da rodovia, de
forma a trabalhar com uma malha de prospeco que permita reconhecer tanto vestgios em
superfcie como em profundidade. Considere-se, aqui, o fato da rea ser densamente florestada, e
somente com intervenes sistemticas de sub-superfcie ser possvel identificar muitos dos vestgios
existentes.
O resgate dos stios arqueolgicos identificados durante a fase de Diagnstico e naqueles que virem a
ser identificados durante os levantamentos intensivos devero ter a definio do tipo de pesquisa a
ser realizada em cada stio de acordo com seu potencial informativo e cientfico, raridade de
ocorrncia e o estado de conservao que apresentar. Essa avaliao definir o nvel de
aprofundamento da pesquisa, escalada em 3 nveis:
Nvel 1: a ser realizado em todos os stios, envolvendo cadastramento grfico e fotogrfico, abertura
de linhas de sondagens e coleta total quadriculada de material em superfcie.
124
Nvel 2: pesquisas de detalhe a serem realizadas nos stios com estado de conservao mediano,
envolvendo a abertura de algumas reas de escavao, alm do total de procedimentos descritos no
nvel 1.
Nvel 3: escavaes amplas a serem realizadas nos stios com bom estado de conservao, alm do
total de procedimentos descritos no nvel 1.
Metas e Produtos
As atividades devero ser realizadas por equipe especialmente contratada para o acompanhamento da
obra em consonncia com o IPHAN, bem como estabelecendo parcerias com entidades
(universidades, organizaes no governamentais) com histrico em pesquisas arqueolgicas na
regio.
Recursos
Os recursos para o programa devero ser previstos no oramento da obra, podendo ser
complementado com fontes de financiamento de pesquisa no caso de envolvimento de instituies
como universidades ou organizaes no governamentais.
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
125
8.8 PROGRAMA DE PREVENO E EMERGNCIA PARA CARGAS PERIGOSAS
Justificativas e Objetivos
Como linhas de ao, devero ser implementadas medidas preventivas e de fiscalizao assim como
organizao de procedimentos de carter corretivo emergenciais, recuperao e monitoramento dos
efeitos danosos verificados.
Procedimentos Operacionais
Metas e Produtos
126
Os produtos de aferio das metas sero relatrios peridicos da base de dados, manual de
procedimentos de atendimento a acidentes com cargas perigosas e treinamentos com atualizaes ao
pessoal a ser mobilizado nos acidentes.
O empreendedor dever firmar convnios com a Defesa Civil, Policiamento Rodovirio, SECTAM e
IBAMA no sentido de viabilizar estratgias de fiscalizao, elaborao de procedimentos e definio de
responsabilidades para o atendimento a acidentes com cargas perigosas, durante a fase de
pavimentao da rodovia. Para a fase de operao da rodovia, a implementao do plano de
emergncia dever ser revisada considerando as instituies j envolvidas e a administrao da
rodovia.
Recursos
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
127
8.9 PROGRAMA DE COMUNICAO SOCIAL
Programa que visa evitar transtornos populao e conflitos com o empreendedor, esclarecendo os
reais objetivos do empreendimento.
Justificativas e Objetivos
Ressalta-se que os resultados advindos da pesquisa realizada para a elaborao deste EIA sugerem a
necessidade de investimentos no sentido da prestao de esclarecimentos s populaes que vivem
nos povoados existentes nas reas prximas rodovia. Esse procedimento contribuir para evitar a
emergncia de boatos que possam interferir negativamente no processo de implantao do
empreendimento.
O Programa de Comunicao Social tem como objetivo principal repassar informaes sobre as mais
importantes etapas e aes do empreendimento, nas fases de projeto, construo e operao,
estabelecendo uma ligao permanente entre o empreendedor e as comunidades dos municpios
interceptados pela rodovia, visando reduzir ao mximo os conflitos e problemas relacionados
implantao do projeto.
Objetivos especficos:
Procedimentos Operacionais
128
do simples ato da informao/comunicao, construir o dilogo entre diferentes atores sociais
envolvidos.
O Programa de Comunicao Social tem uma relao direta com todos os programas propostos,
principalmente com o Programa de Regulamentao e Controle da Faixa de Domnio.
Metas e Produtos
129
Responsabilidade e parcerias institucionais
Recursos
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
130
8.10 PROGRAMA DE EDUCAO AMBIENTAL
Justificativas e Objetivos
A melhoria da qualidade de vida vem sendo cada vez mais uma exigncia da sociedade atual e essa
melhoria est diretamente relacionada com a qualidade dos ambientes, tanto dos naturais como dos
produzidos pelo homem.
Com uma dcada da realizao da Conferncia das Naes Unidas para o Desenvolvimento
Sustentvel - AGENDA 21 - verificou-se que os avanos foram insuficientes e que sero necessrios
mais esforos dos governos e da sociedade civil organizada para a efetiva implementao do
desenvolvimento sustentvel e da educao ambiental, aqui entendida como um processo de
permanente construo para a busca de sociedades sustentveis e eqitativas. As causas primrias de
problemas como o aumento da pobreza, da degradao humana e ambiental e a prpria violncia,
podem ser identificadas como decorrncia do modelo de civilizao dominante, que se baseia na
superproduo e superconsumo para uns e subconsumo para outros.
131
O programa dever priorizar sua atuao nos setores sociais diretamente afetados pelo
empreendimento, seu planejamento e suas atividades estaro profundamente articulados com os
demais Programas Ambientais, particularmente com o Programa de Comunicao Social.
O sistema escolar deve ser o principal protagonista das aes sobre o meio ambiente. No entanto se
reconhece a necessidade de dividir esta responsabilidade com os diferentes setores da sociedade.
Apesar da escola desempenhar um papel importante, a sociedade tambm co-gestora da Educao
Ambiental.
O Programa de Educao Ambiental deve nortear e contribuir para o bom desenvolvimento das obras
e para a melhoria dos padres de qualidade de vida da populao a ser beneficiada pelo projeto,
atravs da introduo e/ou reforo de conhecimentos e prticas que permitam o cumprimento dos
seguintes objetivos especficos:
132
Procedimentos Operacionais
Metas
Realizar campanhas educativas de conscientizao quanto s questes ambientais locais.
Formar Agentes de Educao Ambiental para serem multiplicadores.
Promover oficinas pedaggicas-ambientais.
Ministrar Cursos de Educao Ambiental voltados famlia, escola e ao trabalho.
Identificar os problemas ambientais e as possibilidades de gesto participativa a partir de situaes
problema.
Envolver a comunidade escolar nas campanhas educativas.
Sensibilizar para as mudanas de atitudes e prticas predadoras.
Possibilitar o debate sobre as questes scio-ambientais da rea.
Produzir vdeos sobre educao ambiental.
Produzir cartilhas sobre educao ambiental.
Realizar seminrios e reunies.
Elaborar relatrios de implementao do Programa.
Recursos
Os custos referentes a recursos humanos, equipamentos, material permanente e de consumo sero
detalhados e orados no Programa de Gesto Ambiental.
133
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
O programa tem por finalidade mitigar os impactos identificados em aes visando a proteo das
Terras Indgenas que envolvem as etnias Mebengokre (Kayap), Panar e Munduruku, assim como a
preservao da cultura desses grupos.
Justificativas e Objetivos
Muitos impactos identificados j vm ocorrendo, pois a rodovia foi aberta na dcada de setenta. Na
ocasio, ainda no existia legislao que assegurasse a realizao de EIA-RIMA para o licenciamento
de empreendimentos, e as conseqncias negativas sobre as populaes indgenas e o meio ambiente
decorrentes da abertura da estrada no foram absolutamente objeto de preocupao e reparao por
parte do poder pblico, a no ser no caso dos Panar aps recente e indita determinao judicial. O
que se observa que muitos desses impactos certamente sero potencializados pelo
empreendimento, enquanto novos impactos podero surgir.
Com o objetivo de minimizar, reverter e compensar os impactos identificados e outros que ainda
podero surgir em decorrncia da obra prope-se um Programa de Apoio s Comunidades
Indgenas, o qual dividido em 4 Sub-Programas:
Cada um dos sub-programas tem objetivos especficos para atender a um grupo de impactos scio-
ambientais previamente identificados e contribuir para o objetivo geral do Programa.
A experincia de outros empreendimentos deste porte nos demonstra que to importante quanto a
identificao e a implementao de aes mitigadoras a escolha do processo de gesto. Diante
deste fato, sugere-se que a gesto do programa seja encaminhada de forma a descentralizar a
implementao, monitoramento e avaliao das aes, visando otimizar recursos financeiros e
humanos.
O processo de gesto descentralizada vem ocupando cada vez mais espao junto administrao
pblica federal, alcanando resultados satisfatrios. O maior desafio deste programa ser, sem
dvida, garantir a transparncia de todo o processo e ampla participao das comunidades indgenas
e sociedade civil. Ao optar-se por uma gesto descentralizada pretende-se que o pblico alvo deste
134
programa e seus parceiros assumam responsabilidades reais e no sejam apenas meros coadjuvantes
de aes a serem desenvolvidas em seu territrio.
Cabe registrar que os impactos decorrentes do empreendimento afetam esses povos diferentemente.
Por esta razo, a escolha da metodologia e as formas de implementao, monitoramento e avaliao
das medidas mitigadoras devero ser executadas respeitando as diferenas culturais e histricas
destes povos.
Caber aos gestores do programa buscarem, para o bom desenvolvimento do programa, as parcerias
que julgarem necessrias - junto ao poder pblico municipal, estadual, federal e ainda com
organizaes no governamentais e de pesquisa.
135
Quadro programa de Apoio s Comunidades Indgenas .11 - Sub-programas, aes e responsveis.
Sub-Programa Aes Responsvel
Sub-Programa de Sade Tratamento de gua e esgoto dos alojamentos e canteiros de obra DNIT*
Informar trabalhadores sobre as especificidades da questo indgena e as etnias em questo para no
Sub-Programa de Educao FUNAI / DNIT
ocorrer contato prejudicial s comunidades indgenas e aos trabalhadores
Sub-Programa de Proteo e
Apoio s atividades de Proteo e Fiscalizao das TIs FUNAI / DNIT
Fiscalizao
Sub-Programa de Alternativas Contratao de consultoria especializada para realizao de estudo de produtos no madeireiros
FUNAI / DNIT
Econmicas Sustentveis disponveis nas TIs e mercado para os mesmos
Sub-Programa de Alternativas Melhorar as vias de acesso que ligam as aldeias das Tis Ba, Mekragnoti e Panar a BR-163 (parte a
DNIT
Econmicas Sustentveis melhorar e parte a abrir)
Capacitao de professores indgenas e apoio para incluso de mdulo ambiental no curso de
capacitao de professores indgenas dando enfoque no empreendimento (pontos positivos, negativos
Sub-Programa de Educao FUNAI / DNIT/MEC
e preveno); Construo de escola bilnge na TI Praia do ndio; Curso de legislao ambiental para
as comunidades indgenas;
Apoio para elaborao de mapa cultural a ser elaborado pela comunidade indgena com assessoria da
Sub-Programa de Educao FUNAI para que a comunidade possa melhor se apropriar/resgatar de seu meio ambiente relacionado FUNAI / DNIT
ao uso tradicional do territrio.
Promover estratgias para preservar a sade indgena, principalmente atravs da educao preventiva;
Sub-Programa de Sade FUNAI / DNIT/FUNASA
construo de postos de sade nas Tis Praia do ndio e Praia do Mangue
Sub-Programa de Proteo e Fiscalizao Aviventao dos limites da TI Panar e colocao de placas em todas as Terras Indgenas indicando
FUNAI / DNIT
Sub-Programa de Educao seus limites.
Manter a populao indgena e no indgena informada sobre a obrigatoriedade de controle do
Sub-Programa de Educao FUNAI, DNIT e IBAMA
desmatamento e uso do fogo
Sub-Programa de Educao Sinalizar as margens da rodovia com alertas sobre o controle e perigo de incndios. FUNAI, DNIT e IBAMA
Manter a sociedade envolvente e trabalhadores contratados pelo empreendedor informados sobre a
Sub-Programa de Educao Sub-
proibio da venda e oferta de bebida alcolica a populao indgena; DNIT, Prefeituras, FUNASA
Programa de Sade
Manter a populao indgena informada sobre os prejuzos a sade com relao ingesto de bebidas e FUNAI
alcolicas.
* DNIT = Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes
FUNAI = Fundao Nacional do ndio
FUNASA = Fundao Nacional de Sade
IBAMA = Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renovveis
MEC = Ministrio da Educao
136
Metas e Produtos (indicadores)
Devido diversidade das aes propostas, cabe monitorar e avaliar seus resultados orientando-se
pelos objetivos gerais e especficos do Programa atravs da implementao dos Sub-Programas. As
aes de cada um dos sub-programas em conjunto atendem ao objetivo geral do programa, no
devendo as mesmas serem isoladas, seja em sua implementao, seja tambm no monitoramento e
avaliao das mesmas.
Quadro programa de Apoio s Comunidades Indgenas .12 Metas e indicadores para os sub-
programas propostos.
Sub-Programas Metas Indicadores
- consultoria especializada para realizao de estudo
Reverter s atividades madeireiras e garimpeira
de potenciais produtos no-madeireiros contratada e
ilegais e predatrias no interior da TIs;
estudos realizados;
Sub-Programa de Promoo de atividades econmicas
- implementao de pelo menos duas atividades
Alternativas sustentveis para as comunidades indgenas
econmicas sustentveis nas TIs;
Econmicas Coibir o envolvimento/conivncia de membros
- paralisao das atividades predatrias e ilegais
Sustentveis das comunidades indgenas com as prticas
(madeireiras e garimpeiras) no interior das TIs;
madeireiras e garimpeiras ilegais e predatrias
- diminuio de interferncia externa na cultura
no interior da Tis.
tradicional das comunidades indgenas.
- professores capacitados;
Manter as comunidades indgenas cientes dos - cursos realizados;
impactos da obra (como se prevenirem dos - diminuio da ingesto de bebidas alcolicas por
mesmos, importncia de participarem de todo o parte das comunidades indgenas;
processo de implementao do programa de - paralisao da explorao madeireira e garimpeira
Sub-Programa de
apoio as comunidades indgenas, tomarem no interior das TIs com anuncia de membros da
Educao
conhecimento dos direitos e deveres da comunidade indgena;
comunidade indgena com relao ao programa - comunidade indgena melhor preparada/informada
e as questes ambientais e valorizar as prticas para proteger seu territrio e implementar as aes
tradicionais de uso do territrio e culturais). do Programa;
- escola construda.
Prevenir alteraes do quadro de sade das
- agentes de sade indgena capacitados;
populaes indgenas decorrentes do contato
- postos de sade construdos;
da mesma com os trabalhadores da obra e
Sub-Programa de - diminuio dos casos de alcoolismos nas Tis;
populao migrante; Coibir a introduo de
Sade - nenhuma epidemia decorrente do contato com
bebidas alcolicas nas TIs e oferta das mesmas
trabalhadores da obra e populao migrante durante
aos ndios nas cidades e acampamentos da
todas as fases do empreendimento.
obra.
- paralisao das atividades predatrias e ilegais
Impedir a invaso e explorao ilegal dos
Sub-Programa de (madeireiras e garimpeiras) no interir das TIs;
recursos naturais das TIs por parte da
Proteo e - Controle das tentativas de invases por parte de
populao no ndia;
Fiscalizao das posseiros, pescadores e outros;
Coibir o contato das populaes indgenas com
TIs - diminuio na interferncia externa na cultura
madeireiros e garimpeiros.
tradicional das comunidades indgenas.
Recursos
137
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
Justificativas e Objetivos
Os aspectos negativos a serem mitigados, bem como os positivos a potencializar, esto relacionados
aos impactos provocados, em primeira ordem, pela melhoria da acessibilidade local, que
provavelmente trar consigo u+m processo de rpido e intenso desenvolvimento econmico para a
rea de influncia do empreendimento. A conseqente dinamizao da economia local e atrao de
populao migrante so elementos dessa cadeia de impactos cuja mitigao demanda a alterao
significativa do perfil institucional e fsico das sedes urbanas dos municpios e da faixa de ocupao ao
longo da rodovia.
Nessas condies de rpido e intenso crescimento da ocupao local, muitos dos aspectos adversos
do isolamento a que esto submetidas atualmente essas comunidades sero sanados, porm, outros
importantes aspectos adversos podero ser criados, como conseqncia de um processo desordenado
e no planejado de ocupao de reas urbanas para residncia e instalao de atividades comerciais,
bem como uma ocupao ao longo da rodovia que crie riscos de acidentes, potencialidade de
propagao de incndios acidentais, estimulando uma ocupao e explorao dos recursos naturais
em reas adjacentes ao eixo da rodovia.
importante, portanto, que a elaborao ou reviso dos planos diretores contem com subsdios
tecnicamente bem fundamentados, bem como consultoria especializada e experiente para
potencializar sua operacionalidade e eficcia.
138
O objetivo geral deste programa dar suporte s administraes municipais da rea de influncia
para a realizao de seus planos diretores.
Procedimentos Operacionais
Metas e Produtos
As metas do programa consistem no ordenamento dos espaos urbanos afetados pela rodovia e
regularizao/planejamento da abertura de estradas vicinais. Para tanto esto previstos os seguintes
produtos:
139
Recursos
Estudos tcnicos e contratao de consultoria especializada devero ser custeados pelo DNIT, com
contrapartida das prefeituras municipais com estrutura e pessoal de apoio.
Cronograma
O cronograma ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com a emisso das
licenas ambientais e detalhamento do PBA.
As opes apresentadas demandam estudos complementares cujo escopo dever ser detalhado no
Plano Bsico Ambiental (PBA) e seu custeio poder compor parte do investimento da compensao
ambiental.
Justificativas e Objetivos
O objetivo geral deste programa sugerir alternativas para o investimento, como medida de
compensao, relacionadas proteo de biomas situados na rea de influncia do empreendimento
que abriguem pores significativas da biodiversidade.
Os objetivos especficos, apresentados a seguir, representam necessidades para as quais pode ser
direcionado o parte ou todo o montante dos recursos de compensao ambiental:
140
B) Na ecorregio do interflvio Tapajs-Xingu, montante do rio Iriri, limitada ao sul pelos limites
setentrionais das Terras Indgenas Ba e Menkragnoti, em regio recentemente denominada de
Terra do Meio, tambm indicada pelo ISA como prioritria para criao de novas unidades de
conservao, com potencial de aumentar a proteo de vrias tipologias vegetais. No Seminrio
de Macap (2001) foi identificada uma manifestao das comunidades favorvel preservao
da regio que deu origem a um pr-estudo de proposta de criao de uma unidade de
conservao na regio denominada de Terra do Meio, que est sendo realizado pelo Instituto
Scio-Ambiental (ISA);
C) Avaliao da criao de um mosaico de FLONAs ao longo do lado oeste da rodovia, tendo a rea
militar na Serra do Cachimbo como limite Sul e a FLONA de Itaituba II como limite Norte, e a
Reserva Garimpeira ao oeste. A sugesto de criao de uma unidade de uso sustentvel baseia-
se no fato de que a atividade madeireira o um dos principais usos da terra no Estado do Par, e
realiza-se de forma no manejada, ocasionando severos danos ecolgicos, e segundo BARRETO
(apud VERSSIMO, 2002) o manejo florestal mantm a composio geral da flora arbrea, a
estrutura e a funo ecolgica das florestas exploradas. Outro importante fator a ser considerado
que esta regio encontra-se em condies econmicas de acessibilidade, apresentando
espcies de mdio e alto valor comercial, e corresponde a mais nova fronteira madeireira do Par
Plo oeste (IMAZON, 2002) que j vem sendo explorada desde a dcada de 90, porque dentre
outras razes, existe oferta abundante de madeira em terras devolutas.
Procedimentos Operacionais
Os procedimentos a serem realizados com relao ao investimento no Parque Nacional do Amazonas
deve incluir a atualizao do plano de manejo para que a administrao do PARNA possa definir as
prioridades a serem contempladas.
Para o processo de a criao de novas unidades de uso restrito, de proteo integral, segundo Dec.
N 4.340 de 2002, deve ser baseado em estudos tcnicos e de consulta pblica, para as definies
necessrias como localizao, categoria de manejo assim como o levantamento da populao
tradicional beneficiria ou residente quando se tratar de florestas.
Considerando que j existem duas propostas de criao de novas unidades, recomenda-se o contato
com as entidades responsveis para a implementao dos estudos de viabilidade das propostas.
Metas e Produtos
A definio de metas e produtos para o investimento do recurso de compensao ambiental fica
atrelada s definies do IBAMA, em consonncia com as diretrizes do Programa de reas Protegidas
da Amaznia (ARPA).
141
Os projetos podero ser desenvolvidos com os benefcios advindos de programas governamentais
existentes como por exemplo o Programa Nacional de Florestas (PNF), e Projeto reas Protegidas da
Amaznia (ARPA) desenvolvidos na regio.
Recursos
O recurso a ser utilizado para a realizao e ou implementao dos programas de compensao
ambiental est atrelado ao valor total previsto para consecuo da obra que de R$520.000.00,00
(Quinhentos e vinte milhes de reais). A Resoluo CONAMA 02/96 prev o investimento de no
mnimo 0,5% (meio por cento) desse montante, o que corresponde R$2.600.000,00 (Dois milhes e
seiscentos mil reais).
Cronograma
O cronograma do investimento ser definido pelo entendimento entre IBAMA e DNIT.
142
8.14 PROGRAMA DE GESTO AMBIENTAL
Justificativas e Objetivos
O Programa de Gesto Ambiental se justifica pela necessidade de articulao entre os executores dos
diversos programas, empreendedor e rgo(s) licenciador(es) - IBAMA e SECTAM. A integrao dos
resultados dos programas em andamento necessria para que o processo de licenciamento se
efetive atravs do atendimento das medidas condicionantes a serem impostas pelo rgo licenciador
para as etapas subseqentes, com a emisso das licenas de instalao e de operao.
143
Procedimentos Operacionais
A implementao do programa de gesto ser vinculada ao contrato de superviso e gerenciamento
ambiental e dever adotar dispositivos de controle previstos no respectivo termo de referncia.
A gesto do empreendimento ser responsvel pela operacionalizao de uma base de dados que
deve contemplar desde o atendimento de condicionantes de licenciamento ambiental, demandas
externas, atividades em andamento e respectivas responsabilidades, recebimento de relatrios,
instrumentos de verificao e cumprimento de cronogramas.
Recursos hdricos;
Arqueologia;
Metas e Produtos
As metas do programa de gesto dependero do andamento das obras e da implementao dos
programas ambientais. Via de regra, devero contemplar o atendimento dos cronogramas fsicos
propostos em cada programa.
144
Os produtos sero de dois tipos:
Eventos reunies do Comit de Gesto Ambiental, reunies peridicas entre os responsveis pelos
programas e superviso ambiental com vistas aferio de mtodos, estabelecimento de interfaces e
ajustes de cronograma.
Recursos
Os recursos necessrios devem ser includos no custo da obra.
Cronograma
O cronograma da gesto ambiental ser atrelado ao das obras e dever sofrer ajustes de acordo com
a emisso das licenas ambientais e detalhamento do PBA.
145
8.15 PROGRAMA DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Justificativas e Objetivos
A pavimentao de uma rodovia j implantada tem como peculiaridade o fato de que os principais
impactos diretos do empreendimento rodovirio j aconteceram quando de sua abertura. As aes
identificadas com as obras de pavimentao tm conseqncias previsveis cujas medidas de controle
esto incorporadas aos procedimentos exigidos como padro pelo DNIT.
So vrios os impactos potenciais indiretos identificados pela equipe multidisciplinar e que extrapolam
a esfera de atuao do empreendedor (DNIT): Aumento da demanda de servios pblicos,
interiorizao da atividade produtiva, expanso da fronteira agrcola e do potencial produtivo, atrao
de populao imigrante, desarticulao das culturas indgenas e tradicionais provocada pela
introduo de novos elementos culturais, potencializao de conflitos de posse e demarcao de
propriedades no tituladas, terras indgenas e reas de uso especial, substituio gradual das
formaes florestais por reas abertas, aumento do nmero de queimadas e fogo fora de controle.
Trata-se de um programa cuja implementao est diretamente associada adoo de medidas, com
potencial para significativas alteraes da dinmica ambiental e/ou scio-econmica da regio e tem
como objetivo geral atrelar ao empreendimento a responsabilidade do Governo Federal em promover
o desenvolvimento sustentvel em todas as suas dimenses, mediante a incluso no PPA 2004-2007
dos resultados dessa avaliao estratgica.
146
Zoneamento Econmico-Ecolgico;
Sistema de monitoramento integrado por sensoriamento remoto;
Plano de desenvolvimento integrado e participativo;
Apoio s iniciativas comunitrias em atividades sustentveis;
Fiscalizao da atividade madeireira;
Regularizao fundiria;
Controle e monitoramento da vulnerabilidade ao fogo;
Infra-estrutura de apoio (postos fiscais, postos do IBAMA e servios essenciais - sade, educao,
saneamento e segurana);
Apoio ao incremento de demanda por servios pblicos;
Conservao da biodiversidade.
Procedimentos Operacionais
A partir do detalhamento das aes a serem envidadas, seu escopo e dimensionamento financeiro,
sero definidos os procedimentos institucionais para alocao de recursos atravs de convnios,
convites, comisses, grupos de trabalho, entre outros.
Metas e Produtos
As seguintes metas e seus respectivos produtos devem ser perseguidas e vinculadas aos objetivos
especficos (subprogramas) listados anteriormente:
147
Integrao dos dados da rede de observao atmosfrica (estaes meteorolgicas/climatolgicas e
postos termo-pluviomtricos do INMET, ANA, ANEEL, INFRAERO, INPE);
Promoo de campanhas de conscientizao, preveno aos incndios florestais e uso racional do
fogo - Produtos: Relatrios e avaliaes peridicas da incidncia de focos de incndios;
Indicao de aes prioritrias para atendimento de demandas mais urgentes de infra-estrutura e
servios essenciais nos municpios e dimensionamento de esforo e recursos necessrios - Produto:
Provimento da regio com bases logsticas para presena de agentes de governo em reas
essenciais;
Incremento de reas legalmente protegidas em consonncia com o avano das frentes de
desenvolvimento agrrio, extrativo e urbano - Produto: Rede de unidades conservao de
diferentes nveis de restrio de acordo com as oportunidades para preservao, aptido do solo e
importncia local para a manuteno da biodiversidade.
A responsabilidade pela implementao do programa caber ao Governo Federal, atravs dos seus
rgo setoriais, em especial Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto, Ministrio dos
Transportes, Ministrio do Meio Ambiente e Amaznia Legal e Ministrio da Integrao Nacional,
Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano, Ministrio de Desenvolvimento Agrrio. Os parceiros-
chave sero os governos municipais e agncias de governo que sero instadas a participar de acordo
com suas atribuies correlatas a cada sub-programa (IBAMA, SIVAM, INCRA, ITERPA, Ministrio
Pblico e Prefeituras Municipais). Instituies privadas e organizaes no governamentais devero
ser chamadas a participar desde o detalhamento dos subprogramas no PBA at a implementao das
atividades.
Recursos
Cronograma
148
9 CONCLUSES
Este captulo tem por meta a apresentao de maneira sucinta uma apanhado geral de trs temas:
modificaes ambientais, benefcios e viabilidade ambiental do empreendimento.
De maneira geral, tender a aumentar a presena dos rgos e instncias do Poder Pblico, que
passaro a atuar sobre uma realidade at ento no regulamentada e normatizada, com base na ao
individual de grupos e pessoas e no com base em uma normatizao de interesse pblico.
A base econmica da macrorregio definida pelos extremos do eixo da rodovia tambm ser
amplamente modificada, tendo em vista os ganhos econmicos viabilizados pelo um eixo de
escoamento da produo de gros de menor custo.
Do ponto de vista dos recursos natuais da regio, especialmente os florestais, sua explorao ser
intensificada, porm, podendo assumir contornos sustentveis na medida em que sejam previnidas
aes com potencial degradador sobre a rea, advindas, atualmente, da falta de fiscalizao e
controle na regio.
Avalia-se que o prognstico realizado aponta para a viabilidade ambiental do projeto, considerando,
principalmente, que os principais processos que resultam em degradao ambiental e da qualidade de
vida das populaes residentes j esto instalados atualmente e que a obra, em si, pouco ir
contribuir diretamente para a introduo de novos processos de degradao. Porm, a acessibilidade
que a rodovia ir incrementar tornar disponvel para as comunidades e grupos interessados na regio
recursos para a orientao sustentvel de seu desenvolvimento.
149
10 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
GENRICAS
ALBANO, J.F., LINDAU, L.A., SENNA, L.A.S. Sistemas de pesagem para veculos rodovirios de carga - necessidades
de implantao. Revista Estradas, n.1, p.30-36. 2001.
ALVES, D.S. An analysis of the geographical patterns of deforestation in Brazilian Amazon in the period 1991-
1996. In: WOOD, C.& PORRO, R. (eds.) Deforestation and land use. University Press of Florida, p. 95-106. 1999.
BARROS, A.C., NEPSTAD, D.,CAPOBIANCO, J.P., CARVALHO, G., MOUTINHO, P., LOPES, U., LEFEBVRE, P. Os custos
ambientais do programa Avana Brasil. Cadernos Adenauer, v. II, n.4, p.51-78. 2001.
BENTO, C.M. Amaznia e os seus Desafios. Disponvel em: <http://www.resenet.com.br/users/ahimtb/> 1999.
CARVALHO, N. O. et al. Guia de avaliao de assoreamento de reservatrios. Braslia, DF: Agncia Nacional de Energia
Eltrica, Superintendncia de Estudos e Informaes Hidrolgicas. 2000.
CENARGEN. Glossrio de Recursos Genticos Vegetais. Disponvel em:
<http://www.cenargen.embrapa.br/rec_gen/glossario/glossario.html>
CPMA/MT. Comisso Permanente de Meio Ambiente do Ministrio dos Transportes: Poltica Ambiental do
Ministrio dos Transportes. Braslia, DF. 2002. Disponvel em: <http://www.transportes.gov.br/bit/inpolitica.htm>
CUNHA, J. M. Avaliao Ambiental Estratgica Eixos da Amaznia e Eixo Oeste. Seminrios de Preparao:
Programa Corredor Oeste-Norte. Braslia, DF: Ministrio do Planejamento/BNDES. 2002 [CD-ROM].
DNER. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual de Servios de Consultoria para Estudos e Projetos
Rodovirios. Diretoria de Planejamento. Rio de Janeiro. 1978.
DNER. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual para ordenamento do uso do solo nas faixas de
domnio e lindeiras das rodovias federais. Diretoria de Engenharia Rodoviria. Diviso de Estudos e Projetos. Servio
de Estudos Rodovirios e Ambientais. Rio de Janeiro. 1996. 68p.
ECOPLAN. Estudo Prvio de Impacto Ambiental Relativo s Obras de Pavimentao da Rodovia BR-163/PA: Divisa
MT/PA - Rurpolis e Rodovia BR-230/PA: Entroncamento BR-163/PA Miritituba. Porto Alegre, RS: ECOPLAN
ENGENHARIA LTDA. Fevereiro 2002. 50 P.
FAPESP. Ambiente. Impactos irreversveis do desmatamento. Pesquisa FAPESP. n. 52. 2000.
FEARNSIDE, P.M. Avana Brasil: conseqncias ambientais e sociais na Amaznia. Cadernos Adenauer, 2 (4): 101-124.
2001.
FEARNSIDE, P.M., LAURANCE, W.F. O futuro da Amaznia: os impactos do programa Avana Brasil. Cincia Hoje, v.31,
n.182, p.61-65. 2002.
IBAMA. Roteiro Metodolgico para Gesto de rea de Proteo Ambiental. Parte F Glossrio. 1999.
IBGE. Anurio Estatstico do Brasil 1998. Rio de Janeiro, RJ: IBGE. 1999 [CD-ROM].
IBGE. Folha SA.21-Santarm. Levantamento de Recursos Naturais. Geologia, geomorfologia, pedologia,
vegetao, uso potencial da terra. Rio de Janeiro, RJ v.10, 1976. 522p. Escala: 1:1.000.000.
IBGE. Folha SB.21-Tapajs. Levantamento de Recursos Naturais. Geologia, geomorfologia, pedologia, vegetao,
uso potencial da terra. Rio de Janeiro, RJ. v.7, 1975. Escala: 1:1.000.000.
IBGE. Folha SC.21-Juruena. Levantamento de Recursos Naturais. Geologia, geomorfologia, pedologia, vegetao,
uso potencial da terra. Rio de Janeiro, RJ v.20, 1980. 460p. Escala: 1:1.000.000.
IBGE. Glossrio Geolgico. Rio de Janeiro, RJ: Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. 1999. 214 P.
IPAM, ISA, WHRC. Relatrio do Projeto "Cenrios Futuros para a Amaznia". Disponvel em:
<http://www.ipam.org.br/avanca/ab.htm>. 2000.
ISA. INSTITUTO SCIOAMBIENTAL. Biodiversidade na Amaznia brasileira. ed. Estao Liberdade/ Instituto
Socioambiental. 2001.
LEAL, J.W.L., PASTANA, J.M.N., JOO, X.S.J., AMARAL, J.A.F., SILVA NETO, C.S., SILVA, M.R., PEREIRA, M.S.M. Primaz -
Programa de Integrao Mineral no Municpio de Itaituba. Itaituba, PA: Ministrio das minas e Energia/Governo
do Estado do Par/ Prefeitura Municipal de Itaituba. 1996.
MACEDO, R.K., BEAUMORD, A.C. Convnio DNER/IME Curso de Gesto Ambiental para Empreendimentos
Rodovirios. A Prtica da Avaliao Ambiental de Impactos Ambientais AIA O que AIA, Avaliao de
Impactos Ambientais ? Rio de Janeiro, RJ: Kohan-Saagoyen, 1997.
MAIA. Manual de Avaliao de Impactos Ambientais. 1 edio. Curitiba: SUREHMA/GTZ. 1992.
MARTINELLI, M. Curso de Cartografia Temtica. So Paulo, SP: Contexto. 1991. 180 p.
MINEROPAR. Glossrio de Termos Geolgicos. Disponvel em: <http://www.pr.gov.br/mineropar/atermos.html>
MMA. Ministrio do Meio Ambiente. Avaliao e identificao de aes prioritrias para a conservao, utilizao
sustentvel e repartio dos benefcios da biodiversidade na Amaznia brasileira. Braslia: MMA/SBF, 2001.
MMA/SCA, SECTAM. AGENDA POSITIVA DO ESTADO DO PAR. Sociedade e Estado em parceria na busca de
alternativas para o desenvolvimento sustentvel. 2000.
NEPSTAD, D., McGRATH, D., ALENCAR, A., BARROS, A.C., CARVALHO, G., SANTILLI, M., DIAZ, M.C.V. Frontier Governance in
Amazonia. Science, v.295. 2002. p. 629-631.
OLIVEIRA, C. Curso de Cartografia Moderna. Rio de Janeiro, RJ: IBGE. 1993. 152 p.
150
PENTEADO, T.M. Manual Internacional de Manuteno Rodoviria. Guia Prtico para Manuteno de Rodovias
Rurais. Volume I de IV Manuteno das Faixas de Domnio e Drenagem. So Paulo, SP: IPC/BR. 1982.
PPA. Plano Plurianual 2000-2003: AVANA BRASIL - EIXOS NACIONAIS DE INTEGRAO E DESENVOLVIMENTO.
Edital de Concorrncia N AB/CN 01/2001. 2000-2003. 35p.
ROCHA, C.H.B. Geoprocessamento: tecnologia transdisciplinar. Juiz de Fora, MG: Ed. do autor. 2000. 220 p.
SANTANA, J.A. Texto para discusso N 562 Rede Bsica de Transportes da Amaznia. Braslia, DF: IPEA. 1998.
SECTAM. Secretaria Executiva de Cincia, Tecnologia e Meio Ambiente: Projeto de Gesto Ambiental Integrada
do Estado do Par. Belm, PA: SECTAM. 2000. 51p.
SECTAM/PGAI. Secretaria Executiva de Cincia, Tecnologia e Meio Ambiente: Guia Ambiental do Estado do Par:
o que voc precisa saber sobre Gesto Ambiental. Belm, PA: SECTAM/PGAI. 2000. 34p.
SERRO, E.A.S., NEPSTAD, D., WALKER, R.T. Desenvolvimento agropecurio e florestal de terra firme na Amaznia:
sustentabilidade, criticalidade e resilincia. In: HOMMA, A.K.O. (Ed.) Amaznia - Meio Ambiente e Desenvolvimento
Agrcola. Braslia, DF: Embrapa. Captulo 14, p. 367-385. 1998.
SUREHMA/GTZ. MAIA Manual de Avaliao de Impactos Ambientais. Curitiba, PR: Secretaria Especial do Meio
Ambiente. 1992.
ZILBERMAN, I. Introduo Engenharia Ambiental. Canoas, RS: Ed. ULBRA. 1997.
MEIO FSICO
ABGE. Geologia de Engenharia. Associao Brasileira de Geologia de Engenharia. CNPq - FAPESP. So Paulo. 1998. 586p.
ABSBER, A.N. Ecossistemas Continentais. Porto Alegre, RS: Publicao avulsa da Associao dos Gegrafos Profissionais
do Rio Grande do Sul. 1986. 44p.
ABSBER, A.N. Provncias Geolgicas e Domnios Morfoclimticos no Brasil. Geomorfologia. N 20. So Paulo, SP:
Instituto de Geografia-USP. 1970. 26p.
ABSBER, A.N. Ecossistemas Continentais. Porto Alegre, RS: Publicao avulsa da Associao dos Gegrafos Profissionais
do Rio Grande do Sul. 1986. 44p.
ABSBER, A.N. Provncias Geolgicas e Domnios Morfoclimticos no Brasil. Geomorfologia. N 20. So Paulo, SP:
Instituto de Geografia-USP. 1970. 26p.
ALMEIDA, F.F.M, HASUI, Y., BRITO NEVES, B.B., FUCK, R.A. 1977. Provncias Estruturais Brasileiras. Atas do VIII Simpsio
de Geologia do Nordeste. Campina Grande, PB. 1977. pp. 363-391.
ANA. AGNCIA NACIONAL DAS GUAS. Banco de Dados Hidrolgicos da Agncia Nacional de guas. Braslia, DF:
Superintendncia de Informaes Hidrolgicas. 2002.
ANDRADE, G.O. de. Os Climas. In: AZEVEDO, A. de. Brasil, a terra e o homem. Vol I As bases fsicas. So Paulo, SP: Cia
editora nacional. 1972.p. 409-461.
APHA. AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standard Methods for Examination of Water and Wastewater.
Washington. 1995. 1268 p.
BATALHA, B.H.L. Disperso Ambiental das Substncias Qumicas. In: DNPM - Curso de Controle da Poluio na
Minerao: Alguns Aspectos. Braslia, DF. 1986. v.1, p. 9-33.
BRASIL, Departamento Nacional de Produo Mineral. Projeto RADAMBRASIL.. Folha SB.21 Tapajs; geologia,
geomorfologia, solos, vegetao e uso potencial da terra. Rio de Janeiro: DNPM. 1975. v.7, 418p.
BRASIL, Departamento Nacional de Produo Mineral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SA.21 Santarm. Rio de Janeiro: DNPM.
1976. V.10, V.10, 522 p.
BRASIL, Departamento Nacional de Produo Mineral. Projeto RADAMBRASIL.. Folha SC.21 Juruena; geologia,
geomorfologia, pedologia, vegetao e uso potencial da terra. Rio de Janeiro: DNPM. 1980. V.20, 460 p.
BRINO, W.C. A abordagem gentica na classificao climtica. Geografia, N.2 Vol. 3. Rio Claro, SP. 1977. p. 97-105
BRITO NEVES, B.B., TEIXEIRA, W., TASSINARI, C.G., KAWASHITA, K. A Contribution to the subdivision of the
Precambrian time in South America. XXVIII Congr. Geol. Abstracts v. 2. Washington: Inst. Washington. 1989. p.
510-511.
CANTER, L.W., HILL, L.G. Handbook of Variables for Environmental Impact Assessment. Michigan: Ann Arbor Science
Publishers Inc. 1979. 203 p.
CARTER, V.H. Classificao de Terras para Irrigao. Braslia, DF: Secretaria de Irrigao. 1993. 208 p. (Manual de
Irrigao, vol. 2).
CERQUEIRA, L. Citao do documento eletrnico: Poluentes Atmosfricos. [on line] Frum Livre. Disponvel em:
<http://www.unilivre.org.br/centro/textos/forum/polar.htm> Abril de 2001.
CETESB. Relatrio de qualidade do ar no estado de So Paulo. CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental. So Paulo, SP. 2001.
CETESB. Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental. Guia de coleta e preservao de amostras de gua. So
Paulo, SP: CETESB. 1987. 150 p.
CETESB. Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental. Relatrio de Qualidade das guas interiores do Estado de
So Paulo 1993. So Paulo: CETESB. 1994. 225 p. (Srie Relatrios/Secretaria do Meio Ambiente).
CHANG, H.K., KOWSMANN, R.O., BENDER, A.A., MELLO, U.T. 1990. Origem e Evoluo Termomecnica de Bacias
Sedimentares. RAJA GABAGLIA, G.P., MILANI, E.J. 1990. Origem e Evoluo de Bacias Sedimentares. Petrobrs. pp.49-
71.
151
CONAMA. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resoluo n 20 de 18 junho de 1986. Dirio Oficial da Unio,
Braslia, DF. 30/07/1986. p. 78-95.
CUNHA, P.R.C., GONZAGA, F.G., COUTINHO, L.F.C., FEIJ, F.J., 1994. Bacia do Amazonas. Bol. Geoc vol. 8 (1). Rio de
Janeiro, DF: PETROBRS. 1994. pp. 47-55.
DNER. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual rodovirio de conservao, monitoramento e controle
ambientais. Diretoria de Engenharia Rodoviria. Diviso de Estudos e Projetos. Servio de Estudos Rodovirios e
Ambientais. Rio de Janeiro. 1996. 134p.
DNER. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Projeto de Aterros sobre solos moles para obras virias. Norma
rodoviria, Procedimento DNER-PRO 381/98. Diretoria de Desenvolvimento Tecnolgico - IPR. Rio de Janeiro. 1998.
DNIT. Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes. Banco de Informaes e Mapas de Transportes -
BIT(CD-ROM). 2002
DNMET. Departamento Nacional de Meteorologia. Normas Climatolgicas 1961-1990. Braslia, DF: EMBRAPA. 1992. 85 p.
ELSOM, D.M. Air Pollution: Causes, Effects and Control Policies. New York: Basil Blackewll. 1989.
EMBRAPA. (SNLCS) Levantamento de reconhecimento de mdia intensidade dos solos e avaliao agrcola das
terras da rea do Plo Tapajs. Rio de Janeiro, Boletim Tcnico, 20. 1983. 284p.
EMBRAPA. Critrios para distino de solos e de fases de unidades de mapeamento: normas em uso pelo SNCLS .
Rio de Janeiro, RJ: Servio Nacional de Levantamento e Conservao de Solos. 1988a (Documentos, n 11).
EMBRAPA. Definio e notao de horizontes e camadas de solo. Rio de Janeiro, RJ: Servio Nacional de Levantamento e
Conservao de Solos. 1988b (Documentos, n 3).
EMBRAPA. Procedimentos Normativos de Levantamentos Pedolgicos. Rio de Janeiro, RJ: Centro Nacional de Pesquisa
de Solos. 1995. 101 p.
EMBRAPA. Manual de Mtodos de Anlise de Solo. Rio de Janeiro, RJ: Centro Nacional de Pesquisa de Solos. 1997. 212 p.
EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificao de Solos. Rio de Janeiro, RJ: Embrapa Solos. 1999. 412 p.
EPA . Industrial Source Complex (ISC3) Dispersion Models - User's Guide- Vol.1 e 2, EPA-454/B-95-003a-b. 1995.
EPA. Guideline for Public Reporting of Daily Air Quality Pollutant Index (PSI) - U.S. EPA Office Air Quality Standard. 1977.
EPA. United States Environmental Protection Agency. Volatile Organic Compound Species Data Manual (2 nd Edition).
EPA-950/4-80-015. 1985.
EPA. Information on Levels of Environmental Noise Requisite to Protect Public Health and Welfare with an
Adequate Margin of Safety EPA/ONAC 550/9-74-004. USA. 1974.
ESTEVES, F. de A. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro, RJ: Intercincia. 1998. 575 p.
FEREK, R.J., J. S. REID and P. V. HOBBS (1996) Emission Factors of Hydrocarbons, Halocarbons, Trace Gases abd Particles
from Biomass Burning in Brazil. Smoke/Sulfate, Clouds and Radiation Brazil (SCAR-B) Proceedings. Fortaleza, 4-8
November, pp. 35-39. 1996.
FRSTNER, U., WITTMANN, G.T.W. Metal Polution in the Aquatic Environment. Berlin: Springer-Verlag. 1981. 486 p.
FREITAS, S. R. Modelagem Numrica do Transporte e das Emisses de Gases Traos e Aerossis de Queimadas no
Cerrado e Floresta Tropical da Amrica do Sul. Tese de Doutorado, IAG-USP. pp. 185. 1999.
GANDU, A.W., COHEN, J.C.P. Impacto do desmatamento na regio leste da Amaznia: simulaes climticas com o
modelo RAMS para o perodo menos chuvoso. Anais do XII Congresso Brasileiro de Meteorologia. Foz do Iguau,
PR: SBMET. 2002. pp 639-644. [CD-ROM].
GEOLOGICAL SOCIETY OF AMERICA. Geological Time Scale. 1999. 1 p.
GERGES S.N.Y. Rudo Fundamentos e Controle. Brasil: Ed. Centro Brasileiro de Segurana e Sade Industrial. 1992. 600 p.
GOLTERMAN, H.L. 1975. Physiological Limnology An approach to the Physiology of Lake Ecossystems. Amsterdam:
Elsevier. 489 p.
GONALVES, F. L. T. Uma Anlise dos Processos de Remoo de Poluentes Atmosfricos por Gotas de Chuva. Tese
de Doutorado, IAG-USP. pp. 246. 1997.
GOODMAN, L.S., GILMAN, A.G. As Bases Farmacolgicas da Teraputica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1985.
1839 p.
GRIGG, D. Regies, Modelos e Classes. In: CHORLEY, R.J., HAGGETT, P. (org.). Modelos Integrados em Geografia. Rio de
Janeiro, RJ: Livros Tcnicos e Cientficos. 1974. p. 23-59.
GUERRA, A.J.T., CUNHA, S.B. da (org.). Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil. 2000. 372 p.
GUERRA, A.T. Dicionrio Geolgico-Geomorfolgico. Rio de Janeiro, RJ: IBGE. 1993. 446 p.
GUERRA, A.J.T., CUNHA, S.B. da (org.). Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand Brasil. 2000. 372 p.
GUERRA, A.T. Dicionrio Geolgico-Geomorfolgico. Rio de Janeiro, RJ: IBGE. 1993. 446 p.
IBGE. Atlas Nacional do Brasil. Rio de Janeiro, RJ: IBGE. 2000. 263 p.
IBGE. Geografia do Brasil, regio centro-oeste. V.4. Rio de Janeiro, RJ: IBGE. 1977. 466 p.
IBGE. Geografia do Brasil, regio norte. V.1. Rio de Janeiro, RJ: IBGE. 1977. 466 p.
INPE. Anos de El Nio e La nia. http://www.cptec.inpe.br/enos acessado em 25/07/2002.
KAGANO, M.T. Um Estudo Climatolgico e Sintico utilizando dados de Radiosondagem de Manaus e Belm.
Dissertao de Mestrado. INPE. So Jos dos Campos. 1979. 82 p.
KAUFMAN, Y. J. Remoto Sensing of Direct and Indirect Aerosol Forcing. In: Aerosol Forcing of Climate. ED. BY r. j.
Charlson and J. Heintzenberg, John Wiley & Sons Ltd. 1995.
152
KLEIN, E.L. Projeto Especial Provncia Mineral do Tapajs Geologia e Recursos Minerais da Folha Vila Riozinho
SB.21-Z-A. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CPRM, Braslia, 2000a.
KLEIN, E.L. Projeto Especial Provncia Mineral do Tapajs Geologia e Recursos Minerais da Folha Caracol
SB.21-X-C. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CPRM, Braslia, 2000b.
LAURANCE, William F., COCHRANE, Scott B., FEARNSIDE, Philip M., DELAMONICA, Patrcia, BARBER, Christopher, DANGELO,
Sammya e FERNADES, Tito. The future of Brasilian Amazon: Supplementary Material. Science Online. 2002.
http://www.sciencemag.org/cgi/content/full/291/5503/438/DC1.
LEMOS, R.C. , SANTOS, R.D. Manual de descrio e coleta de solos no campo. Campinas, SP: Sociedade Brasileira de
Cincia do Solo. 1996.
LYONS, T.J.; SCOTT, W.D. Principles of Air Pollution Meteorology. London, Great Britain: Belhaven Press. 1990.
MONTEIRO, C.A. de F. Da necessidade de um carter gentico classificao climtica. Revista Geogrfica. Rio de
Janeiro, RJ: IPGH, n.57, tomo XXXI, separata. 1962. 43 p.
MORAES, B.C. de, COSTA, J.M.N. da, COSTA, A.C.L. da, COSTA, M.H., ALMEIDA, R.M.B. de. Variao Espacial da
Precipitao Mdia Anual e Sazonal no Estado do Par. Anais do XII Congresso Brasileiro de Meteorologia.
Foz do Iguau, PR: SBMET. 2002. pp 639-644. [CD-ROM].
NBR 10151. Avaliao do rudo em reas habitadas visando o conforto da comunidade. 12/1987.
NBR 10151. Acstica - Avaliao do rudo em reas habitadas, visando o conforto da comunidade - Procedimento.
jun 2000.
NBR 10152. Nveis de rudo para conforto acstico. 12/1987.
NIMER, Edmon.. Climatologia do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, Departamento de recursos naturais e estudos ambientais.
1989. 422 p.
OLIVER, J.E., FAIRBRIDGE, R.W. The encyclopedia of climatology. Canada: Van Nostrand. 1987. 986 p.
PAIVA, E.M.C.D. de. Variao Espacial da Precipitao na Amaznia. Anais do XI Simpsio Brasileiro de Recursos
Hdricos e II Simpsio de Hidrulica dos Pases de Lngua Oficial Portuguesa. Recife, PE: ABRH. 1995. p. 211-
17.
PGUY, C.P. Prcis de Climatologie. Paris: Masson et cie. 1970. 468 p.
RAMALHO FILHO, A., BEEK, K.J. Sistema de Avaliao da Aptido Agrcola das Terras. Rio de Janeiro, RJ. 1995.
ROSS, J.L.S. (org.). Geografia do Brasil. So Paulo, SP. EDUSP: 1995. 546 p.
ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. So Paulo, SP. Contexto: 1996. 85 p.
ROSS, J.L.S. (org.). Geografia do Brasil. So Paulo, SP. EDUSP: 1995. 546 p.
ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. So Paulo, SP. Contexto: 1996. 85 p.
ROSSBY, C.G. The scientific basis of Modern Meteorology. Yearbook of agriculture. Washington, D.C.: USDA. 1941. P.599-
655.
SANTOS, U.P. (org.). Rudo Riscos e Preveno. So Paulo, SP: Hucitec. 1996. 158 p.
SCHNEIDER, Rober R., ARIMA, Eugnio, VERSSIMO, Adalberto, BARRETO, Paulo e SOUZA Jr., Carlos. Amaznia
Sustentvel: limitantes e oportunidades para o desenvolvimento rural. Braslia: Banco Mundial; Belm: Imazon.
2000. 58 p.
SEINFIELD, J. H. Atmospheric Chemistry and Physics from Air Pollution. John Wiley & Sons. 1986.
SEINFIELD, J. H. Atmospheric Chemistry and Physics from Air Pollution to Climate Change. John Wiley & Sons. 1998.
SERRA, A. Climatologia do Brasil 1. Boletim Geogrfico. N.243, nov dez (33). Rio de Janeiro, RJ: IBGE, diretoria tcnica.
P. 53-119.
SIOLI, H. Amaznia - fundamentos da ecologia da maior regio de florestas tropicais. Petrpolis, RJ: vozes. 1985. 72
p.
SMITH, K.A. Manganese and cobalt. In: ALLOWAY, B.J. (ed.). Heavy Metals in Soils. London: John Wiley. 1990. p. 197-221.
SORRE, M. Les fondements de la gographie humaine. Tome 1er (Les fondements Biologiques: essai dune ecologie de
lhome). Paris: Libraire Armand Collin. 1951. 448 p.
STRAHLER, A.N. Geografa Fsica. Barcelona: Omega. 1986.
TCHOBANOGLOUS, G., SCHROEDER, E.D. Water Quality: characteristics, modeling, modification. Chicago: Addison-
Wesley. 1987. 768 p.
UNEP United Nations Environment Programme. Chemical Pollution - A Global Overview. Geneve. 1992. 106 p.
U.S. DEPARTMENT OF TRANSPORTATION. National Reference Energy Mean Emission Levels as a Function of Speed,
HIGHWAY TRAFFIC NOISE ANALYSIS AND ABATEMENT; POLICY AND GUIDANCE; BY; FEDERAL HIGHWAY
ADMINISTRATION; OFFICE OF ENVIRONMENT AND PLANNING; NOISE AND AIR QUALITY BRANCH; WASHINGTON, D.C.;
JUNE 1995; Estados Unidos da Amrica do Norte.
VIANELLO, R.L., ALVES, A.R. Meteorologia bsica e aplicaes. Viosa, MG: UFV, Imprensa universitria. 1991. 449 p.
WARD, D. E., R. A. Susott, J. B. Kauffman. Smoke and Fire Characteristics for Cerrado and Deforestation Burns in
Brazil: BASE-B Experiment. J. Geophys Res., 97, D13, pp. 14601-14619. 1992.
MEIO BITICO
ABSABER, A.N. The paleoclimate and paleoecology of Brazilian Amazonia. pp. 41-59. In: WHITMORE, T.C., PRANCE,
G.T. (eds.). Biological diversification in the tropics. New York: Columbia University Press, 1982. 714 p.
153
ABSY, M.L. Quaternary palynological studies in the amazon basin. pp. 67-73. In: WHITMORE, T.C., PRANCE, G.T. (eds.).
Biological diversification in the tropics. New York: Columbia University Press, 1982. 714 p.
Aes Prioritrias para a Conservao da Biodiversidade da Amaznia. Disponvel em
http://www.isa.org.br/bio/index.html. 1999.
Aes Prioritrias para a Conservao da Biodiversidade do Cerrado e do Pantanal. Disponvel em
http://www.bdt.org.br/bdt/workcerrado. 1999.
ALHO, C. J. R. Brazilian Rodents: their habitats and habits mammalian biology in South America. In MARES: M.,
GENOWAYS, H. (eds.), Mammalian biology in South America. Pymatuning Symposia in Ecology 6. Special
Publication Series. Pittsburgh: Pymatuning Laboratory of Ecology, University of Pittsburgh. 1982. pp.143-166.
ALLEN, J.A. Mammals collected on the Roosevelt Brazilian Expedition, with field notes by Leo E. Miller. Bulletin of
American Museum of Natural History, v.35, n 30, 1916. pp.559-610.
ALMEIDA, S.S., LISBOA, P.L.B., SILVA, A.S. Diversidade florstica de uma comunidade arbrea na estao cientfica
Ferreira Penna em Caxiuan (Par). Boletim Museu Paraense Emlio Goeldi. 9 (1). 1993. pp 93-128.
ALMEIDA, S.S. Inventrio florestal detalhado em floresta densa de terra firme em trs comunidades de ribeirinhos
do municpio de Gurup-PA. Belm, PA: FASE/MPEG. 1998. 36 p.
ATRAMENTOWICS, M. Influence du milieu sur lactivit locomotrice et la reproduction de Caluromys philander (L.).
Rev. Ecol. (Terre et Vie), v. 36. 1982. pp.373-395.
AURICCHIO, P. Primatas do Brasil. Terra Brasilis Comrcio de Material Didtico e Editora Ltda - ME, So Paulo. 1995.
168 p.
VILA-PIRES, F.D. Taxonomia e zoogeografia do gnero Callithrix Erxleben, 1777 (Primates, Callithricidae).
Revista Brasileira de Biologia, v.29. 1969. pp.49-64.
VILA-PIRES, T.C.S. Lizards of Brazilian Amazonia (Reptilia: Squamata). Zoologische Verhandelingen. Leiden. 1995.
pp. 3-706.
AYRES, J.M. & CLUTTON-BROCK, T.H. River boundaries and species range size in Amazonian primates. The American
Naturalist, n.140, p.531-537. 1992.
AZEVEDO-RAMOS, C. e GALATTI, U. Patterns of amphibian diversity in Brazilian Amazonia: Conservation
implications. Biological Conservation, v.103, p. 103-111. 2002.
AZEVEDO-RAMOS, C., MAGNUSSON, W. E., BAYLISS, P. Predation as the key factor structuring tadpole assemblages in
a savanna area in Central Amazonia. Copeia, 1999, pp. 22-33. 1999.
BAENSCH, H. A., FISCHER. G.H. Aquarien Atlas Photo Index. Mergus Verlag GmbH. 1998. 1211 p.
BAKER, W. L. e KNIGHT, R. L. Roads and forest fragmentation in the southern Rocky Mountains. In: Forest
Fragmentation in the Southern Rocky Mountains. R. L. Knight, F. W. Smith, S. W. Buskirk, W. H. Romme, and W.
L. Baker (eds.). Boulder, Colorado: University Press of Colorado. 2000. pp. 97-122.
BARROS, A.C., NEPSTAD, D., CAPOBIANCO, J. P., CARVALHO, G., MOUTINHO, P., LOPES, U., LEFEBVRE, P. 2001. Os custos
ambientais do programa Avana Brasil. In: Amaznia: Avana o Brasil?. KOHLHEPP, G., ALLEGRETTI, M. H.,
BARROS, A. C., NEPSTAD, D., CAPOBIANCO, J. P. et. al., ARIMA, E., VERSSIMO, A., FEARNSIDE, P. Cadernos
Adenauer II, n 04. So Paulo, SP: Fundao Konrad Adenauer. 124 p.
BATES, J.M. Avian diversification in Amaznia: evidence for historical complexity and a vicariance model for a
basic diversification pattern. In: VIEIRA, I.C.G., SILVA, J.M.C., OREN, D.C., DINCAO, M.A. (orgs.) Diversidade
biolgica e cultural da Amaznia. Belm: Museu Paraense Emilio Goeldi. 2001. p.119-137.
BECKER, M.N., DALPONTE, J.L. Rastros de mamferos silvestres brasileiras. Ed. Universidade de Braslia, Braslia - DF.
1991. 180 p.
BERNARDINO, F. S. e DALRYMPLE, G. H. Seasonal activity and road mortality of the snakes of the Pa- Hay-Okee
wetlands of Everglades National-Park, USA. Biological Conservation, 62: 1992. pp. 71-75.
BERTA, A. Cerdocyon thous. Mammalian Species, n 186. 1982. pp.1-4.
BEST, R.C. The aquatic mammals and reptiles of the Amazon Basin. In: SIOLI, H. (ed), The Amazon. Dordrecht: W.
Junk. 1984. pp.371-412.
BEST, R.C., OVERAL, W.L., MUNIZ, J. A. P. C., SCHNEIDER, H., ASSIS, M.F.L., FILHO, V.O.R., FRAZO, E.R. Plano de
inventrio e aproveitamento da fauna da regio do reservatrio da UHE de Tucuru. Relatrio final. INPA.
1984.
BEST, R.C., V.M.F., SILVA. Inia geoffrensis. Mammalian Species, n 426. 1993. pp.1-8.
BRAKO, L., DIBBEN M.J., I. AMARAL. Preliminary notes on the macrolichens of Serra do Cachimbo, northcentral
Brazil.. Acta Amazonica, supl. Especial: Contribuies do Projeto Flora Amaznica. Parte 2, 15:123 - 135. 1985.
BRAKO, L., DIBBEN M.J. Cladonia crassiuscula Ahti. Ann. Bot. Fenn. 23:210. 1986.
BRASIL. 1974a. Folha SA 22 Belm. Vegetao. Rio de Janeiro, DNPM, Projeto Radambrasil. Levantamento de Recursos
naturais, Vol.5.
BRASIL. 1974b. Folha SB 22 Tocantins. Rio de Janeiro, DNPM, Projeto Radambrasil. Levantamento de Recursos
Naturais, Vol. 9.
BRASIL. Folha SB.21-Tapajs. Levantamento de Recursos Naturais. Geologia, geomorfologia, pedologia, vegetao,
uso potencial da terra. Rio de Janeiro, RJ. v.7, 1975. Escala: 1:1.000.000.
BRUINDERINK, G.W.T.A.G., HAZEBROEK, E. Ungulate traffic collisions in Europe. Conservation Biology, 4(10): 1996.
pp1059-1067.
154
BURGESS, W. E. An atlas of freshwater and marine catfishes. A preliminary survey of the Siluriformes. Neptune City:
TFH Publications. 1989. 784 p.
CAMPBELL, D.G., P. HAMMOND, H.D. Floristic inventory of tropical countries. New York: Botanical Garden. 1989. 545 p.
CAPOBIANCO, J.P.R., VERSSIMO, A., MOREIRA, A., SAWYER, D., SANTOS, I. e PINTO, L.P. Biodiversidade na Amaznia
Brasileira: Avaliao e Aes Prioritrias para a Conservao, Uso Sustentvel e Repartio de Benefcios.
Sao Paulo, SP: Estao Liberdade e Instituto Socioambiental. 2001. 540 p.
CARAMASCHI, U. e CRUZ, C. A.G.A new species of Chiasmocleis Mehely, 1904 from Brazilian Amazonia (Amphibia, Anura,
Microhylidae). Boletim do Museu Nacional nova srie Zoologia, 8: 1-8. Rio de Janeiro, RJ. 2001.
CARLETON, M.D., G.G., MUSSER. Systematic studies of oryzomyine rodents (Muridae: Sigmodontinae): Definition
and distribution of Oligoryzomys vegetus (Bangs, 1902). Proc. Biol. Soc. Washington, 108, 1982. pp. 338-369.
CARVALHO, C.T. Sobre a validez de Callithrix leucippe (Thos.)(Callithricidae, Primates). Papis Avulsos de Zoologia,
So Paulo, v.13, n.27, 1959. pp.317-320.
CERQUEIRA, R. A study of Neotropical Didelphis (Mammalia, Poliprodontia, Didelphidae). Ph.D. thesis, University of
London. 1980.
CHARLES-DOMINIQUE, P. Ecology and social adaptations in didelphid marsupials: comparison with eutherians of
similar ecology. In: EISENBERG, J.F., KLEIMAN, D.G. (eds.), Advances in the study of mammalian behavior.
Special Publication 7. Shippensburg, Pa.: American Society of Mammalogists. 1983. p.395-422.
CHIARELLO, A.G. Mammalian community and vegetation structure of Atlantic forest fragments in Southeastern
Brazil. Ph.D. Dissertation, Girton College, Cambridge. 1997.
COLLAR, N. J., GONZAGA, L. A. P., KRABBE, N., MADROO NIETO, A., NARANJO, L. G., PARKER, T. A. AND WEGE, D. C .
Threatened birds of the Americas: the ICBP/IUCN Red Data Book. Cambridge: International Council for Bird
Preservation. 1992.
Convention on International. Trade in Endangered Species of Wild Flora and Fauna. The CITES Appendices I, II and III.
(Vol. 2002). Disponvel em <http://www.cites.org/eng/append/index.shtml>.1979.
COTTAM, G., CURTIS, J. T. The use of distance mensures in phytosociological sampling. Ecology, 37(3). 1956. pp. 451
60.
CRACRAFT, J. Historical biogeography and patterns of differentiation within the South American avifauna: areas
of endemism. Ornithological Monographs n.36, p.49-84, 1985.
CRUMP, M.L. Quantitative analysis of the ecological distribution of a tropical herpetofauna. Occasional Papers of the
Museum of Natural History. The University of Kansas, v.3, 1-62. 1971.
CRUZ LIMA, E. Mammals of Amazonia. Vol. I. Primates. Museu Paraense Emlio Goeldi de Histria Natural e Etnografia.
Belm and Rio de Janeiro. 1945.
CULLEN, L. Hunting and biodiversity in Atlantic Forest fragments, So Paulo, Brazil. M. Sc. Thesis, University of
florida, Gainesville, FL. 1997.
CUNHA, O. R., NASCIMENTO, F.P. e AVILA-PIRES, T.C.S. Os rpteis da rea de Carajs, Par, Brasil (Testudines e
Squamata). Publicaes Avulsas do Museu Paraense Emlio Goeldi, 40: 1985. pp. 9-92.
CUNHA, O.R. e NASCIMENTO, F.P. Ofdios da Amaznia. As cobras da regio leste do Par. Boletim do Museu Paraense
Emlio Goeldi. Srie Zoologia, Belm, 9, 1-191. 1993.
CURRIER, M.J. Felis concolor. Mammalian Species, n.200, 1983. pp.1-7.
DALPONTE, J.C. Diet of the hoary fox, Lycalopex vetulus, in Mato Grosso, Central Brazil. Mammalia, 61(4): 1997. pp. 537-546.
DALY, D., PRANCE, G.T. Brazilian Amazon. pp. 402-424. In: Campbell, D.G.P. Harmond. Floristic inventory of tropical
countries. New York: Botanical Garden. 1989. 545 p.
DANTAS, M., MLLER, N.R.M. Estudos fito-ecolgicos do trpico mido brasileiro I Aspectos fitossociolgicos de
mata de terra roxa na regio de Altamira. In: Congresso Nacional de Botnica, 30. So Paulo. Anais . . . . 1980.
pp. 205 218.
DAVIDSE, G., MORRONE, O., ZUKLOAGA, F.O. 2001.M. Two New Species of Paspalum (Poaceae: Panicoideae) from
Brazil. Novon 11(4):391-394, f.2. 2001.
DAVIS, S.D., HEYWOOD, V.H., HERRERA-MACBRYDE, O., VILLA-LOBOS J., AND A.C. HAMILTON, editors. Centers of plant
diversity: A guide and strategy for their conservation, Vol. 3 The America. IUCN, WWF, OXFORD, U.K. 1997.
DIAS, P.A.; OLIVEIRA, T.G. Distribuio geogrfica de Sylvilagus brasiliensis no Brasil. In: I Congresso Brasileiro de
Mastozoologia, Porto Alegre. Porto Alegre, RS. 2001. pp.112.
DIRZO, R., MIRANDA, A. Contemporary neotropical defaunation and the forest structure, function, and diversity
a sequel to John Terborgh. Conservation Biology, 4: 1990. pp. 444-447.
DUBOST, G. The ecology and social life of the red acouchy, Myoprocta exilis: Comparison with the orange-rumped
agouti, Dasyprocta leporina. Journal of Zoology (London), n.214, 1988. pp.107-123.
DUCKE, A., BLACK, G.A. Notas sobre a fitogeografia da Amaznia Brasileira. Bol. Tec. IAN, 29:1-62. 1954.
DUCKE, A. e BLACK, G.. Phytogeographical notes on the Brazilian Amazon. Anais da Academia Brasileira de Cincias, 25:
1953. pp.1-46.
DUELLMAN, W. E.. Patterns of species diversity in anuran amphibians in the American tropics. Annals of the Missouri
Botanical Garden, v. 75, p. 79-104. 1988.
DUELLMAN, W. E.. Herpetofaunas in neotropical rainforests: comparative composition, history, and resource use.
In: Four Neotropical Rainforests, A. H. GENTRY (ed.). New Haven and London: Yale University Press. 1990. pp.455-505.
155
DUELLMAN, W. E. Distribution patterns of amphibians in South America. In: Patterns of Distribution of Amphibians. A
Global Perspective. W. E. DUELLMAN (ed.). Baltimore, MD: The John Hopkins University Press. 1999. pp.255-328.
EISENBERG, J.F. Mammals of the Neotropics, The northern Neotropics. Vol.1. Chicago and London: Univ. Chicago Press.
1989.
EISENBERG, J.F., REDFORD, K.H. Mammals of the Neotropics, The Central Neotropics. Vol. 3. Chicago and London: Univ.
Chicago Press. 1999.
ELETRONORTE. Plano de enchimento do reservatrio. Fauna. Relatrio final. Volume 1. Projetos faunsticos em
Tucuru. No. TUC-10-26756-RE. Centrais Eltricas do Norte do Brasil S.A. 1985.
ELETRONORTE. Plano de utilizao do reservatrio. Programa de levantamentos e estudos da fauna.
Acompanhamento dos trabalhos de campo-Jul,Ago/88. No. TUC-10-26486-RE. Centrais Eltricas do Norte do
Brasil S.A. 1988.
EMMONS, L., FEER, F. Neotropical rainforest mammals. A field guide. Chicago: The University of Chicago Press. 1990.
EMMONS, L., FEER, F. Neotropical Rainforest mammals. A field guide. 2 ed. The University Chicago Press. 1997. 307 p.
EMMONS, L.H. Geographic variation in densities and diversities of non-flying mammals in Amazonia. Biotropica, 16:
1984. pp. 210-222.
EMMONS, L.H. Morphological, ecological, and behavioral adaptations for arboreal browsing in Dactylomys
dactylinus (Rodentia, Echimyidae). Journal of Mammalogy, v.62, 1981. pp.183-189.
FALESI, I.C. Os solos da rodovia Transamaznica. Bol. Tcn. IPEAN 55:1-196. 1972.
FEARNSIDE, P.M. Land use allocation of the transamazon highway colonists of Bazil and its relation to human
carrying capacity. In: F. Barbira-Scazzochio, pp. 114-38. (ed.). Land, people and planning in contemporary Amazonia.
Center of Latin America Studies, University of Cambridge, Occasional Paper n o. 3. 1980a.
FEARNSIDE, P.M. The prediction of soil erosion losses under various land uses in the Transamazon Highway
colonization area of Brazil. In: J.J. Furtado (ed.): Proceedings of the Vth International Symposium of Tropical
Ecology. Kuala Lampur. 1980b. pp. 1287 - 95.
FERRARI, S.F., LOPES, M.A. A note on the behaviour of the weasel Mustela cf. africana (Carnivora, Mustelidae), from
Amazonas, Brazil. Mammalia, t.56, 1992. pp.482-483.
FERREIRA E. J. G., ZUANON, J. A., SANTOS, G. M. dos. Peixes comerciais do mdio Amazonas: regio de Santarm,
Par. Coleo Meio Ambiente. Srie Estudos Pesca. IBAMA. 1998. 214 p.
FISCHER, W. Efeitos da BR-262 na mortalidade de vertebrados silvestres: sntese naturalstica para conservao
da regio do Pantanal, MS. Tese de Mestrado em Cincias Biolgicas/Ecologia, Universidade Federal do Mato Grosso
do Sul. Campo Grande, MS. 1997. 44 p.
FONSECA, G.A.B. Proposta para um programa de avaliao rpida em mbito nacional. In: I. GARAY, DIAS, B. (eds),
Conservao da Biodiversidade em Ecossistemas Tropicais. Petrpolis, RJ: Editora Vozes. 2001. pp.150-156.
FONSECA, G.A.B., HERMMANN, G., LEITE, Y.L.R. Macrogeography of Brazilian Mammals. In: EISENBERG, J.F., REDFORD, K.H.
(eds.) Mammals of the Neotropics, Vol. 3, The Central Neotropics: Ecuador, Peru, Bolivia, Brazil. Chicago
and London: The University of Chicago Press. 1999. pp. 549-563.
FONSECA, G.A.B., HERMMANN, G., LEITE, Y.L.R., MITTERMEIER, R.A., RYLANDS,A.B., PATTON, J.L. Lista anotada dos
mamferos do Brasil. Conservation International & Fundao Biodiversitas. Occasional Papers in Conservation
Biology, n.4, 1996. pp.1-38.
FONSECA, G.A.B., REDFORD, K.H. The mammals of IBGEs ecological reserve, Braslia, and an analysis of the role of
gallery forests in increasing diversity. Revista Brasileira de Biologia, v.44, 1984. pp.517-523.
FONSECA, G.A.B., RYLANDS, A.B., COSTA, C.M.R., MACHADO, R.B., LEITE, Y.L.R. Livro vermelho dos mamferos
ameaados de extino. Belo Horizonte, MG: Fundao Biodiversitas. 1994. pp.19-23.
FONTELES FILHO, A.A. Recursos Pesqueiros: biologia e Dinmica populacional. Imprensa Oficial do Cear. 1994. 296 p.
FORMAN, R.T.T. e ALEXANDER, L.E. Roads and their major ecological effects. Annual Review of Ecology and Systematics,
29: 1998. pp. 207-231.
FORSHAW, J.M. Parrots of the World. Neptune: T.F.H. Publications. 1977.
FROEHLICH, J.W., SUPRIATNA, J., FROEHLICH, P.H. Morphometric analyses of Ateles: systematic and biogeographic
implications. American Journal of Primatology, v.25, 1991. pp.1-22.
FROST, D.R. Amphibian Species of the World: An Online Reference. V2. 20 (1 September 2000). The American Museum
of Natural History. 2000.
FURNESS, R.W., GREENWOOD, J.J.D. (eds.) Birds as monitors of environmental change. London: Chapman & Hall. 1993.
GENTRY, A.H. Endemism in tropical versus temperate plant communities. In: SOUL, M. E. (ed.), Conservation
Biology: The Science of Scarcity and Diversity. Sinauer Associates, Sunderland, Massachussetts. 1986. pp.153-
181.
GEORGE, T.K., MARQUES, S.A., VIVO, M. de, BRANCH, L.C., GOMES, N., RODRIGUES, R. Levantamento de mamferos do
PARNA Tapajs. Brasil Florestal, n.63, 1988. pp. 33-41.
GERY, J. Characoids of the world. Neptune City: TFH Publications. 1977. 672 p.
GLASER U. F. SCHFER, W. Glaser. All Corydoras. Verlag: A.C.S. GmbH, Germany. 1996b. 142 p.
GLASER U. F. SCHFER, W. GLASER. Southamerican Cichlids III. Verlag: A.C.S. GmbH, Germany. 1996a. 144p.
GLASER U., W. GLASER. Southamerican Cichlids II. Verlag: A.C.S. GmbH, Germany. 1996. 110 p.
156
GOELDI, E.A., HAGMANN, G. Prodromo de um catlogo crtico, comentado, da coleo de mamferos do Museu do
Par (1894-1903). Boletim do Museu Goeldi (Mus. Para.) Hist. Nat. Ethnogr., 4. 1906. pp.38-122.
GOULDING, M. Ecologia da pesca do rio Madeira. Manaus, AM: CNPQ-INPA. 1979. 172 p.
GOULDING, M. The fishes and the forest: Explorations in Amazonian Natural History. Berkeley: University of California
Press. 1980. 280 p.
GREGORIN, R. Variao geogrfica e taxonomia das espcies brasileiras do gnero Alouatta Lacpde, 1799
(Primates, Atelidae). Dissertao de mestrado, Universidade de So Paulo. 1996. 204 p.
GROVES, C. Primate Taxonomy. Washington, D.C: Smithsonian Institution Press 2001.
HAFFER, J. General aspects of euge theory. Pp. 6-26. In: WHITMORE, T.C., PRANCE, G.T. (eds.). Biological
diversification in the tropics. New York: Columbia University Press, 1982. 714 p.
HAFFER, J.H. Species concepts and species limits in ornithology. In DEL HOYO, J., ELLIOTT, A., SARGATAL, J. (eds.)
Handbook of the birds of the world volume 4. Barcelona: Lynx Ediciones. 1997. p.11-24.
HAMMEN, T. van der. Paleoecology of tropical South America. pp. 60-66. In: WHITMORE, T.C., PRANCE, G.T. (eds.).
Biological diversification in the tropics. New York: Columbia University Press, 1982. 714 p.
HANDLEY, C.O., JR. Mammals of the Smithsonian Venezuelan project. Brigham Young Univ. Sci Bull., Biol. Ser., v.20,
n.5. 1976. pp.1-90.
HANDLEY, C.O., JR. New species of mammals from northern South America: A long-tonged bat, genus Anoura
Gray. Proceedings of the Biological Society of Washington, 97, pp.513-521. 1984.
HANDLEY, C.O., JR., PINE, R.H. A new species of prehensile-tailed porcupine, genus Coendou Lacpde, from Brazil.
Mammalia, t.56, 1992. pp.237-244.
HANSSON, L. Local hot spots and their edge effects: small mammals in Oak-Hazel Woodland . Oikos, 81, 1998. pp.55-
62.
HELS, T. e BUCHWALD, E. The effect of road kills on amphibian populations. Biological Conservation, 99: 2001. 331-340.
HERSHKOVITZ, P. A preliminary taxonomic review of the South American bearded saki monkeys genus Chiropotes
(Cebidae, Platyrrhini), with description of a new subspecies. Fieldiana Zoology, 27, 1985. pp.1-45.
HERSHKOVITZ, P. Living New World monkeys (Platyrrhini), Vol.1. University of Chicago Press, Chicago. 1977.
HERSHKOVITZ, P. Mammals of northern Colombia. Preliminary report no. 6: Rabbits (Leporidae), with notes on the
classification and distribution of the South American forms. Proceedings U. S. National Museum, 100, 1950. pp.327-375.
HERSHKOVITZ, P. Origin, speciation and distribution of South American titi monkeys, genus Callicebus (Family
Cebidae, Platyrrhini). Proccedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, v.140, n.1, 1988. pp.240-272.
HERSHKOVITZ, P. Taxonomy of the squirrel monkey genus Saimiri (Cebidae, Platyrrhini): a preliminary report with
description of a hitherto unnamed form. American Journal of Primatology, 7, 1984. pp.155-210.
HERSHKOVITZ, P. The description of a new species of South American hocicudo, or long nose mouse, genus
Oxymycterus (Sigmodontinae, Muroidea), with a critical review of the generic content. Fieldiana Zoology,
19. 1994. pp.1-43.
HERSHKOVITZ, P. The taxonomy of South American sakis, genus Pithecia (Cebidae, Platyrrhini): A preliminary
report and critical review with the description of a new species and a new subspecies. American Journal of
Primatology, 12. 1987. pp.386-468.
HERSHKOVITZ, P. Titis, New World monkeys of the genus Callicebus (Cebidae, Platyrrhini): a preliminary
taxonomic review. Fieldiana Zoology, 55. 1990. pp.1-109.
HERSHKOVITZ, P. Two new species of night monkeys, genus Aotus (Cebidae, Platyrrhini): a preliminary report on
Aotus taxonomy. American Journal of Primatology, 4, 1983. pp.209-243.
HILTY, J., MERENLENDER, A. Faunal indicator taxa selection for monitoring ecosystem health. Biological Conservation,
92. 2000. pp.185-197.
HIRSCH, A., LANDAU, E.C., TEDESCHI, A.C.M., MENEGHETI, J.O. Estudo comparativo das espcies do gnero Alouatta
Lacpde, 1799 (Platyrrhini, Atelidae) e sua distribuio geogrfica na Amrica do Sul . A Primatologia no
Brasil, v.3. 1991. pp.239-262.
HONACKI, J.H., KINMAN, K.E., KOEPPL, J.W. Mammal species of the world. Lawrence, Kansas. Allen Press and Association
of Systematics Collections. 1982.
HOOGMOED, M.S. The occurrence of Sylvilagus brasiliensis in Surinam. Lutra, v.26, n.1, 1983. pp.34-45.
HOWARD, P.C., VISKANIC, P., DAVENPORT, T.R.B., KIGENYI, F. W., BALTZER, M., DICKINSON, C.J., LWANGA, J.S.,
MATTHEWS, R.A., BALMFORD, A. Complementarity and the use of indicator groups for reserve selection in
Uganda. Nature, n.394. 1998. pp.472-475.
HUECK, K. As florestas da Amrica do Sul. So Paulo, SP: USP. 1966.
HUSAR, S.L. Trichechus inunguis. Mammalian Species, v.72. 1977. p.1-4.
IBAMA. Lista oficial de fauna ameaada de extino. MMA. 1992.
IBAMA. Official Brazilian List of Threatened Bat Species. MMA. 1997.
IBAMA/MMA. Arco de Desmatamento. http://www.ibama.gov.br. 2001.
IBGE. A vegetao do Brasil. Rio de Janeiro, RJ: FIBGE, Departamento de Geocincias. 1993. 78 p.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Mapa de Vegetao do Brasil, 2a edio. Escala 1: 5.000.000. 1993.
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Diagnstico da Alterao da Cobertura Vegetal no Brasil, Ano 1999.
INPE, Reltatrio Tcnico. 2000. 230p.
157
ISBRCKER, I.J.H. Revision of Loricaria Linnaeus, 1758 (Pisces, Siluriformes, Loricariidae). Beaufortia, 31(3). 1981.
pp. 51-96.
IUCN. Red List Categories. Disponvel em: <http://iucn.org/themes/ssc/redlist/categor.htm>. 2000.
IZOR, R.J., PETERSON, N.E. Notes on South American weasels. Journal of Mammalogy, v.66, n.4. 1985. pp.788-789.
IZOR, R.J., TORRE, L. A new species of weasel (Mustela) from the highlands of Colombia, with comments on the
evolution and distribution of South American weasel. Journal of Mammalogy, v.59. 1978. pp.92-102.
KELLOGG, R., GOLDMAN, E.A. Review of the spider monkeys. Proceedings U. S. National Museum, 96. 1944. pp.1-45.
KONSTANT, W., MITTERMIER, R.A., NASH, S.D. Spider monkeys in captivity and in the wild. Primate Conservation, 5.
1985. pp.82-109.
KOOPMAN, K. Biogeography of the bats of South America. In: MARES, M. A., GENOWAYS, H. H. (eds.), Mammalian
biology in South America. Univ. Pittsburg: Special Publication Pymatuning Laboratory of Ecology, n.6. 1982. pp. 273-
302.
KUIKEN, M. Consideration of environmental and landscape factors in highway planning in valued landscapes: an
Australian survey. Journal of Environmental Management, 6. 1988. pp. 191-201.
KULLANDER, S.O. Guide to the South American Cichlidae. Disponvel em
<http://www.nrm.se/ve/pisces/acara/cichalfa.shtml> 2000.
LACHER, T.E., MARES, M.A., ALHO, C.J.R. The structure of a small mammal community in a Central Brazilian
savanna. pp. 137-162, In Redford, K. H. and J. F. Eisenberg (eds), Advances in Neotropical Mammalogy. Gainesville:
The Sandhill Crane Press. 1989. 614 p.
LAURANCE, W.F., COCHRANE, M.A, BERGEN, S., FEARNSIDE, P.M., DELAMNICA, P., BARBER, C, DNGELO, S., FERNANDES,
T. The future of the Brazilian Amazon. Science, 19. 2001. pp.438-439.
LLEITE, Y.L.R. Tatu-canastra, tatu-gigante. In: G.A.B. da Fonseca, A.B. Rylands, C.M.R. Costa, R.B. Machado and Y.L.R. Leite
(eds). Livro Vermelho dos mamferos ameaados de extino. Pp 19-23. Fundao Biodiversitas. Belo Horizonte.
Minas Gerais. 1994.
LLERAS, E., MIRKBRIDE, J. Notas sobre a flora da Serra do Cachimbo. Acta Amaznica 4. 1978. pp. 33-43.
LO, V.K. Extenso da distribuio de Guaruba guarouba para o norte de Mato Grosso, Amaznia meridional
(Psittaciformes: Psittacidae). Ararajuba n.3. 1995. p.93-94.
LNNBERG, E. Notes on marmosets. Ark. Zool. Stockholm, v.32A, n.10. 1940. p.1-22.
LVEI, G.L. Global change through invasion. Nature n.388. 1997. p. 627.
MACHADO, R. B., AGUIAR, L. M. S., BIANCHI, C. A., VIANNA, R. L., SANTOS, A. J. B., SAITO, C. H., TIMMERS, J. F. reas de
risco no entorno de unidades de conservao: estudo de caso da Estao Ecolgica de guas Emendadas,
Planaltina, DF. In: MARINHO-FILHO, J. S., RODRIGUES, F. H. G., GUIMARES, M. (eds.) Vertebrados da Estao
Ecolgica de guas Emendadas: Histria natural e ecologia em um fragmento de cerrado do Brasil
Central. Braslia, DF: IEMA/SEMATEC. 1998. pp. 64-78.
MAGNUSSON, W.E., DE PAIVA, L.J., DA ROCHA, R.M., FRANKE, C. R., KASPER, L.A. e LIMA, A.P. The correlates of foraging
mode in a community of brazilian lizards. Herpetologica, 41: 1985. pp. 324-332.
MAGO-LECCIA F. Electric fishes of the continental waters of America. Caracas: Fundacion para el Desarrollo de las
Ciencias Fsicas, Matemticas y Naturales. 29. 1994. 223 p.
MALCOLM, J.R. The small mammals of Amazon forest fragments: pattern and process. Ph D. Dissertation. Gainesville,
Fl: University of Florida. 1991.
MARES, M.A., BRAUN, J.K., GETTINGER, D. Observations of the distribution and ecology of the mammals of the
cerrado grasslands of Central Brazil. Annals of Carnegie Museum, v.58, n.1. 1989. pp.1-60.
MARES, M.A., ERNEST, K.A. Population and community ecology of small mammals in a gallery forest of central
Brazil. J. Mammal., 76. 1995. pp. 750-768.
MARES, M.A., WILLIG, M.R., LACHER Jr., T.E. The Brazilian Caatinga in South American zoogeography: tropical
mammals in a dry region. Journal of Biogeography, 12, 1985. pp.57-69.
MARES, M.A., WILLIG, M.R., STREILEIN, K.E., LACHER JR., T.E. The mammals of northeastern Brazil: a preliminary
assesment. Annals of Carnegie Museum, v.50, n.4, 1981. pp.81-137.
MARINHO-FILHO, J., RODRIGUES, F., GUIMARES, M. (eds.). Vertebrados da Estao Ecolgica de guas Emendadas
histria natural e ecologia em um fragmento de cerrado do Brasil Central. Braslia, DF: Semam/Ibama. 1998.
92 p.
MARQUES-AGUIAR, S.A. A systematic review of Artibeus Leach, 1821 (Mammalia: Chiroptera) with some
phylogenetic inference. Boletim do Museu Paraense Emlio Goeldi, 10. 1994. pp.3-84.
MARTINS, E. S., SCHNEIDER, H., LEO, V.F. Syntopy and troops association between Callithrix and Saguinus from
Rondonia, Brazil. International Journal of Primatology, 8. 1987. p. 527.
MARTINS, E.S., AYRES, J.M., VALLE, M.B.R. On the status of Ateles belzebuth marginatus with notes on other
primates of the Rio Iriri basin. Primate Conservation, 9. 1988. pp.87-90.
MARTUSCELLI, P., YAMASHITA, C. Rediscovery of the White-cheeked Parrot Amazona kawalli (Grantsau and
Camargo 1989), with notes on its ecology, distribution and taxonomy. Ararajuba n. 5, 1997 .pp.97-113.
MCBEE, K., BAKER, R.J. Dasypus novemcintus. Mammalian Species, n.162. 1982. pp.1-9.
MEADE, R.H., KOEHNKEN, L. Distribution of the river dolphin, tonina Inia geoffrensis, in the Orinoco river basin of
Venezuela and Colombia. Intercincia, 16. 1991. pp.300-312.
158
MITTERMEIER, R.A., KINZEY, W.G., MAST, R.B. Neotropical primate conservation. Journal of Human Evolution, 18, 1989.
pp.157-610.
MITTERMEIER, R.A., SCHWARZ, M., AYRES, J.M. A new species of marmoset, genus Callithrix Erxleben, 1777
(Callitrichidae, Primates) from the Rio Maus Region, State of Amazonas, Central Brazilian Amazonia.
Goeldiana Zoologia, 14, 1992. pp.1-17.
MMA. Causas e dinmicas do desmatamento na Amaznia. Braslia, DF: Ministrio do Meio Ambiente. 2001.
MONDOLFI, E. Taxonomy, distribution and status of the manatee in Venezuela. Mem. Soc. Cienc. Nat. La Salle, v.34,
n.97. 1974. pp.5-23.
MUELLER-DOMBOIS, D., ELLEMBERG, H. Aims and Methods of vegetation ecology. New York: John Willey and Sons. 1974.
pp. 45 135.
MUSSER, G.G., CARLETON, M.D., BROTHERS, E.M., GARDNER, A.L. Systematic studies of oryzomyine rodents (Muridae,
Sigmodontinae): Diagnoses and distributions of species formerly assigned to Oryzomys capito. Bulletin
of the American Museum of Natural History 236. 1998. pp. 1-376.
MYERS, N., MITTERNEIER, R.A., MITTERMEIER, C.G., FONSECA, G.A.B.da, KENT, J. Biodiversity hotspots for conservation
priorities. Nature, 403: 2000. pp. 853-858.
NAPIER, P.H. Catalogue of primates in the British Museum (Natural History) Part I: families Callitrichidae and
Cebidae. London: British Museum (Natural History). 1976.
NASCIMENTO, F.P. Os rpteis da rea de Carajs, Par, Brasil (Squamata). Boletim do Museu Paraense Emlio Goeldi,
nova srie, Zoologia, 3: 1987. pp. 33-65.
NEPSTAD, D.C., VERISSIMO, A., ALENCAR, A., NOBRE, C., LIMA, E., LEFEBVRE, P., SCHLESINGER, P., POTTER, C.,MOUTINHO,
P., MENDOZA, E., COCHRANE, M., BROOKS, V. Large-scale impoverishment of Amazonian forests by logging
and fire. Nature n.398. 1999. pp.505-508.
NOVAES, F.C., LIMA, M.F.C. As aves do rio Peixoto de Azevedo, Mato Grosso, Brasil. Rev. Brasil. Zool. n.7, 1991. p. 351-
381.
OCONNELL, M.A. Population ecology of small mammals from northern Venezuela. Ph.D. Thesis, Texas Tech University.
1981.
OLDS, N., ANDERSON, S. Notes on Bolivian mammals: Taxonomy and distribution of rice rats of the 1987. subgenus
Oligoryzomys. Fieldiana Zoology, New Series, 39, p.261-282.
OLIVEIRA, J. Morphometric assesment of species groups in the South American rodent genus Oxymycterus
Sigmodontinae, with taxonomic notes based on the analysis of type material. Ph.D. dissertation, Texas Tech
University, Lubbock. 1998.
OLIVEIRA, J.A., PESSOA, L.M., REIS, S.F., STRAUSS, R.E. Variao geogrfica e diferenciao subespecfica em
Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus)(Lagomorpha: Leporidae). XVIII Congresso Brasileiro de Zoologia, 18,
Salvador, BA: 1991. p. 436.
OPINION 1894. Regnum Animale..., Ed.2 (M.J. Brisson, 1762): rejected for nomenclatural purposes, with the conservation of
the mammalian generic names Philander (Marsupialia), Pteropus (Chiroptera), Glis, Cuniculus and Hydrochoerus
(Rodentia), Meles, Lutra and Hyaena (Carnivora), Tapirus (Perissodactyla), Tragulus and Giraffa (Artiodactyla). Bulletin
of Zoological Nomenclature, v.55, n.1, p.64-66. 1998.
OREN, D.C., NOVAES, F.C. Conservation of the Golden Parakeet Aratinga guarouba in northern Brazil. Biological
Conservation n 36, 1986. pp. 329-337.
PARDINI, R. Pequenos mamferos e a fragmentao da Mata Atlntica de Una, Sul da Bahia Processos e
Conservao. Dissertao de Doutorado. Instituto de Biocincias da Universidade de So Paulo, Zoologia. 2001.
PARKER, T. A. III. On the use of tape recordings in avifaunal surveys. Auk n. 108, 1991. p.443-444.
PATTON, J.L. Species groups of spiny rats, genus Proechimys (Rodentia, Echimyidae). Fieldiana Zoology, New Series,
39. 1987. pp.305-345.
PATTON, J.L., EMMONS, L.H. A review of the genus Isothrix. American Museum Novitaes, n.2817. 1985. pp.1-14.
PEARSON, D. L. Selecting indicator taxa for the quantitative assessment of biodiversity. In: Biodiversity:
Measurement and Estimation. Ed. D. L. Hawkssworth. 1996. 140p.
PERES, C.A. Effects of habitat quality and hunting pressure on arboreal folivore densities in Neotropical forests: a
case study of howler monkeys (Alouatta spp.). Folia Primatol., 69: pp. 199-222.
PERES, C.A. Effects of hunting on western Amazonian primate communities. Biological Conservation, 54. 1990. pp. 47-
59.
PERES, C.A. Population status of white-lipped and collared peccaries in hunted and unhunted Amazonian forests.
Biological Conservation, 77. 1996. pp. 115-123.
PILLERI, G., PILLERI, O. Zoologische expedition zum Orinoco and Brazo Casiquiare. Ostermundigen, Switzerland:
Hirnanatomischen Institutes. 1982.
PINE, R.H. Mammals (exclusive of bats) of Belm, Par, Brazil. Acta Amaznica, v.3, n 2. 1973. pp. 47-79.
PINE, R.H., HANDLEY JR., C.O. A review of the Amazonian short-tailed opossum Monodelphis emiliae. Mammalia,
t.48. 1984. pp.239-245.
PINTO, L.P., STEZ, E.Z.F. Sympatry and new locality for Alouatta belzebul discolor and Alouatta seniculus in the
Southern Amazon. Neotropical Primates, v.8, n 4. 2000. pp.150-151.
PINTO, O.M.O. Novo catlogo das aves do Brasil. So Paulo: Revista dos Tribunais. 1978.
159
PINTO, O.M.O., CAMARGO, E.A. Sobre uma coleo de aves da regio de Cachimbo (sul do Estado do Par). Pap.
Avulsos Dept. Zool. So Paulo n 13, 1957. pp.51-69.
PIRES, J.M. Tipos de vegetao da Amaznia. Belm. Publicaes Avulsas do Museu Paraense Emlio Goeldi 20. 1973. pp.
179-202.
PIRES, J.M. & PRANCE, G.T. The vegetation types of the Brazilian Amazon. pp. 109-145. In: PRANCE, G.T., LOVEJOY T.E.
Key environments: Amazonia. Oxford: Pergamon Press. 1985. 442 p.
PIRES, J.M., DOBZHANSKI, T., BLACK, G.A. An estimate of the number of species of trees in an amazonian forest
community. Bot. Gaz. 114. 1950. pp.467-477.
PIRES, J.M. e PRANCE, G.T. The vegetation types of the Brazilian Amazon. In: Key Environments: Amazonia, G. T.
PRANCE and T. E. LOVEJOY (eds.). Oxford, U.K: Pergamon Press. 1985. pp.109-145.
PIRES-OBRIEN, M.J., OBRIEN, C.M. Ecologia e modelamento de florestas tropicais. Belm, PA: FCAP, Servio de
Documentao e Informao. 1995. 400 p.
PLANQUETTE P., P. KEITH, P. Y., LE BAIL. Atlas des poissons deau douce de Guyane. Tomo I (22). Colletion du
Patrimoine Naturel. Paris: IEGB - M.N.H.N., INRA, CSP, Min. Env. 1996. 429p.
POUGH, F.H., ANDREWS, R.M., CADLE, J.E., CRUMP,M.L., SAVITZKY, A. H. e WELLS, K. D. Herpetology., New Jersey:
Prentice Hall, Upper Saddle River. 1998. 577 p.
PRANCE, G.T. 1979. Forest refuges: evidences from woody angiosperms. pp. 137-136. In: WHITMORE, T.C., PRANCE,
G.T. (eds.). Biological diversification in the tropics. New York: Columbia University Press, 1982. 714 p.
PRANCE, G.T., LOVEJOY, T.E. Key environments: Amazonia. Oxford: Pergamon Press. 1985. 442 p.
QUEIROZ, H.L. A new species of capuchin monkey, genus Cebus Erxleben, 1777 (Cebidae: Primates), from eastern
Brazilian Amazonia. Goeldiana Zoologia, 14. 1992. pp.1-17.
QUEIROZ, W.T. Tcnicas de amostragem em inventrio florestal nos trpicos. Belm, PA: FCAP, Servio de
Documentao e Informao. 1993. 47 p.
RAPP PY-DANIEL, L. H. Redescription of Parancistrus aurantiacus (Castelnau, 1855) and preliminary establishment
of two new genera: Baryancsitrus and Oligancistrus (Siluriformes, Loricariidae). Cybium, 13(3). 1989. pp.
235-246.
REID, F.A., LANGTIMM, C.A. Distributional and natural history notes for selected mammals from Costa Rica.
Southwestern Naturalist, 38. 1993. pp.299-302.
RICKLEFS, R. E. Ecology. New York: Chiron Press. 1979. pp. 688 7.
RIDGELY, R.S., TUDOR, G. 1994. The Birds of South America, vol. II. Austin: University of Texas Press. 1994.
RODRIGUES, F. H. G., HASS, A., LACERDA, A.C.R., GRANDO, R.L.S.C. Biologia e Conservao do Lobo-Guar na Estao
Ecolgica de guas Emendadas, DF. In: SEMATEC/IEMA, Seminrio sobre pesquisa em Unidades de Conservao.
1998. 207 p.
RODRIGUES, F. H. G., HASS, A., RESENDE, L. M., PEREIRA, C. S., FIGUEIREDO, C. F., LEITE, B. F., FRANA, F. G. R . Impacto
de rodovias sobre a fauna da Estao Ecolgica de guas Emendadas, DF. Anais do III Congresso Brasileiro de
Unidades de Conservao, Fortaleza, CE. 2002.
RODRIGUES, F.H.G. Biologia e conservao do Lobo Guar na Estao Ecolgica de guas Emendadas . Anais do
Seminrio Pesquisa em Unidades de Conservao, Braslia, DF. IEMA/SEMATEC. 1998. pp. 29-42.
RODRIGUES, M.T. Sistemtica, ecologia e zoogeografia dos Tropidurus do grupo Torquatus ao sul do Rio
Amazonas (Sauria, Iguanidae). Arquivos de Zoologia, So Paulo, 31: 1987. pp. 105-230.
RODRIGUEZ, L.B. e CADLE, J.E. A preliminary overview of the herpetofauna of Cocha Cashu, Manu National Park,
Peru. In: Four Neotropical Rainforests, A. H. Gentry (ed.), Yale University Press, New Haven and London. 1990.
pp.410-425
ROOSMALEN, M.G.M. van; ROOSMALEN, T. Van; MITTERMEIER, R.A. & FONSECA G.A.B. A new and distinctive species of
marmoset (Callitrichidae, Primates) from the Lower Rio Aripuan, State of Amazonas, Central Brazilian
Amazonia. Goeldiana Zoologia, 22:1-27. 1998.
ROSEN, P.C. e LOWE, C.H. Highway mortality of snakes in the Sonoran Desert of southern Arizona. Biological
Conservation, 68: 1994. pp. 143-148.
ROSS A. R., F. SCHFER. Freshwater Rays. Aqualog. 2000. 196p.
RUFFINO, M.L., ISAAC, V.J. Life cycle and biological parameters of several Brazilian Amazon fish species. NAGA. The
ICLARM Quarterly 18(4). 1995. pp.41-45.
RYLANDS, A. B. The status of conservation areas in the Brazilian Amazon. Baltimore, Maryland: World Wildlife Found
WWF. 1991.
RYLANDS, A.B. Macaco-aranha, coat. In: FONSECA, G.A.B., RYLANDS, A.B., COSTA, C.M.R., MACHADO, R.B., LEITE, Y.L.R.
(eds.), Livro vermelho dos mamferos ameaados de extino. Belo Horizonte, MG: Fundao Biodiversitas 1994.
pp.171-182.
SANTOS, G.M, dos, JEGU, M., MERONA, M.B. Catlogo de peixes comerciais do baixo rio Tocantins. Projeto Tucurui.
Manaus, AM: Eletronorte/CNPq/INPA. 1984. 83 p.
SANTOS, G.M. dos. Composio do pescado e situao da pesca no Estado de Rondnia. Acta Amaznica 16,
17(nico):suplemento 1986,1987. pp. 43-84.
SCHAEFER, S.A. Phylogenetic analysis of the loricariid subfamily Hypoptomatinae (Pisces: Siluroidei: Loricariidae),
with comments on generic diagnoses and geographic distribution. Zoological Journal of the Linnean Society,
(102). 1991. pp. 1-41.
160
SEYMOUR, K.L. Panthera onca. Mammalian Species, n.340. 1989. pp.1-9.
SHANNON, C. E., WIENER, W. The Mathematical Theory of Communication. Urbana: University of Illinois Press. 1949. 117
pp.
SHORT, L., HORNE, J. Toucans, barbets and honeyguides. Oxford: Oxford University Press. 2001.
SICK, H. A. Aratinga cactorum paraensis Anghriger ds Formenkreises Aratinga pertinax. J. Orn. n. 104, 1963.
pp.441-443.
SICK, H. Ein neuer Sittich aus Brasilien: Aratinga cactorum paraensis, subsp. nova. J. Orn. n.100, 1959b. pp.413-416.
SICK, H. Ornitologia Brasileira. Edio revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 1997.
SICK, H. Um novo piprdeo do Brasil Central: Pipra vilasboasi sp. nov. (Pipridae, Aves). Revta. Bras. Biol. n.19, 1959a.
pp.13-16.
SILVA JNIOR, J.S. Distribuio geogrfica do cuxi-preto (Chiropotes satanas satanas Hoffmannsegg, 1807) na
Amaznia Maranhense (Cebidae, Primates). A Primatologia no Brasil, v.3, 1991. pp. 275-284.
SILVA JNIOR, J.S. Especiao nos macacos-prego e caiararas, gnero Cebus Erxleben, 1777 (Primates, Cebidae).
Tese de doutorado. Rio de Janeiro, RJ: Curso de ps graduao em Gentica, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2001. 377p.
SILVA JNIOR, J.S. Problemas de amostragem no desenvolvimento da sistemtica e biogeografia de primatas
neotropicais. Neotropical Primates, v.6, n.1, 1998. pp. 21-22.
SILVA JNIOR, J.S. Reviso dos macacos-de-cheiro (Saimiri Voigt, 1831) da Bacia Amaznica (Primates, Cebidae).
Dissertao de mestrado. Belm, PA: Universidade Federal do Par e Museu Paraense Emlio Goeldi. 1992.
SILVA JNIOR, J.S., FERNANDES, M.E.B. A northeastern extension of the distribution of Aotus infulatus in Maranho,
Brazil. Neotropical Primates, v.7, n.3, p.76-80. 1999.
SILVA JNIOR, J.S., NORONHA, M.A. On a new species of bare-eared marmoset, genus Callithrix Erxleben, 1777,
from Central Amazonia, Brazil (Primates, Callitrichidae). Goeldiana Zoologia, 21. 1998. pp. 1-28.
SILVA JNIOR, J.S., NUNES, A.P. An extension of the distribution of Dactylomys dactylinus Desmarest, 1822
(Rodentia, Echimyidae). Boletim do Museu Paraense Emlio Goeldi srie Zoologia, v.16, n.1. 2000. pp. 65-73.
SILVA JNIOR, J.S., NUNES, A.P., FERNANDES, M.E.B. Geographic distribution of night monkeys, Aotus, in Northern
Brazil: new data and a correction. Neotropical Primates, v.2, n.3. 1995. p.72-74.
SILVA JNIOR, J.S., OLIVEIRA, J.A., OLIVEIRA, T.G., DIAS, P.A.. Update on the geographical distribution and habitat of
the tapiti (Sylvilagus brasiliensis: Lagomorpha, Leporidae) in the Brasilian Amazon. Em prep.
SILVA, M. N. F., RYLANDS, A. B., PATTON, J. L. Biogeografia e Conservao da mastofauna na Floresta Amaznica
brasileira. Aes Prioritrias para a Conservao da Biodiversidade da Amaznia.1999.
SILVA, M.N.F., RYLANDS, A.B., PATTON, J.L. Biogeografia e conservao da mastofauna na floresta Amaznica
brasileira. In: J.P.R. CAPOBIANCO et al. (eds.). Biodiversidade na Amaznia Brasileira. Editora Estao Liberdade e
Instituto Socioambiental. 2001. p.110-131.
SILVA, N.J., Jr. e SITES, J.W., Jr. Patterns of diversity of neotropical squamate reptile species with emphasis on the
Brazilian Amazon and the conservation potential of indigenous reserves. Conservation Biology, 9: 1995. pp.
873-901.
SILVEIRA, J.P., LAURANCE, W.F., FEARNSIDE, P.M., COCHRANE, M.A., D'ANGELO, S., BERGEN, S., DELAMNICA, P.
Development of the Brazilian Amazon Science 2001 n 292, 2001. pp.1651-1654.
SILVEIRA, L. Ecologia e conservao dos mamferos carnvoros do Parque Nacional das Emas, Gois. Tese de
Mestrado. Universidade Federal de Gois, Gois. 117 p. 1999.
SIOLI, H. The Amazon: limnology and landscape ecology of a mighty tropical river and its basin. Dordrecht, W. Junk
publishers. 1984. 763p.
SIOLI, H. The Amazon: Limnology and Landscape Ecology of a Mighty Tropical River and Its Basin. Dr. W. Junk Pub.
Co. 1984. 763 p.
SIOLI, H. Amazon tributaries and drainage basins. In: HASLER, A.D (ed.) Coupling of land and water systems. Berlin:
Springer Verlag. 1975. pp 199-213.
SKOLE, D. e TUCKER, C. Tropical deforestation and habitat fragmentation in the Amazon: satellite data from 1978
to 1988. Science, 260: 1993. pp. 1905-1910.
SMITH, M. H., GARDNER, R. H., GENTRY, J. B., KAUFMAN, D. W., O'FARRELL, M. H. Density estimators of small mammal
populations. In: GOLLEY, F.B., PETRUSEWICZ, K., Ryszkowski, L. (eds.). Small mammals: their productivity
and population dynamics. Cambridge: University Press. 1975. pp. 25-53.
SNETHLAGE, E. A travessia entre o Xing e o Tapajs. Boletim do Museu Goeldi, 7. 1912. pp.7-99.
SNETHLAGE, E. Ornitologisches von Tapajoz und Tocantins. Jourrn. fr Ornith., n.56, 1908. pp.493-539.
SOUL, M. E. Viable populations for conservation. Cambridge: University Press. 1987. 189p.
SPIESS, E. B. Genes in populations. New York: John Wiley & Sons. 1989.
STARRETT, A. Cyttarops alecto. Mammalian Species, n.13. 1972. pp.1-2.
STEVENSON, P.R. The relationship between fruit production and primate abundance in Neotropical communities .
Biological Journal of the Linnean Society, 72. 2001. pp.161-178.
STICKEL, L.F. Home range and travels. In King, J.A. (ed.), Biology of Peromyscus (rodentia). Special Publication n2,
The American Society of Mammalogists. 1968. pp. 373-411.
161
SUDAM. Levantamento da Alterao da Cobertura Vegetal Natural do Estado do Par. Centro de Sensoriamento
Remoto da Amaznia. 1988.
TERBORGH, J. Maintenance of diversity in tropical forests. Biotropica, 24. 1992. pp.283-292.
THOISY, B., MASSEMIN, D, DEWYNTER, M. Hunting impact on Neotropical Primates: a preliminary case study in
French Guiana. Neotropical Primates, v.8, n 4. 2000. pp.141-144.
THOMAS, O. On mammals from the Lower Amazon in the Goeldi Museum, Par. Ann. Mag. Nat. Hist., (9) 6: 1920. pp.
266-283.
THOMAS, O. On small mammals from the Lower Amazon. Ann. Mag. Nat. Hist., (8) 9: 1912. pp. 84-90.
THORINGTON JR, R.W. The taxonomy and distribution of squirrel monkeys (Saimiri). In: ROSENBLUM, L.A., COE, C.L.
(eds.). Handbook of squirrel monkey research. New York, London: Plenum Press. 1985. p.1-33.
TIMM, R.M., ALBUJA, L. Ecology, distribution, harvest, and conservation of the Amazonian manatee Trichechus
inunguis in Ecuador. Biotropica, 18, 1986. pp.150-156.
TORRES DE ASSUMPO, C. An ecological study of the primates of Southeastern Brazil, with a reappraisal of Cebus
apella races. Edinburgh: University of Edinburgh. Ph.D. Thesis. 1983.
TRAJANO, E., MOREIRA, J.R.A. Estudo da Fauna de Cavernas da Provncia Espeleolgica Arentica Altamira-Itaituba,
Par. Revista Brasileira de Biologia, v.51, n.1, 1991. pp. 13-29.
TROMBULAK, S.C., FRISSEL, C.A. Review of ecological effects of roads on terrestrial and aquatic communities.
Conservation Biology 14: 2000. pp. 18-30.
UETZ, P., ETZOLD, T. e CHENNA, R. The EMBL Reptile Database. 1995.
VAN ROOSMALEN, M.G.M., ROOSMALEN, T., MITTERMEIER, R.A., FONSECA, G.A.B. A new and distinctive species of
marmoset (Callitrichidae, Primates) from the Lower Rio Aripuan, State of Amazonas, Central Brazilian
Amazonia. Goeldiana Zoologia, 22, 1998. pp.1-27.
VAN ROOSMALEN, M.G.M., VAN ROOSMALEN, T., MITTERMEIER, R.A., RYLANDS, A.B. Two new species of marmoset,
genus Callithrix Erxleben, 1777 (Callitrichidae, Primates), from the Tapajs/Madeira interfluvium, South
Central Amazonia, Brazil. Neotropical Primates, v.8, n.1, 2000. pp.2-18.
VAREJO, J.B.M., VALLE, C.M. de C. Contribuio ao estudo da distribuio geogrfica das espcies do gnero
Didelphis (Mammalia, Marsupialia) no estado de Minas Gerais, Brasil. Lundiana 2: 1982. pp. 5-55.
VARI, R.P. Phylogenetic relationship of the families Curimatidae, prochilodontidae, Anostomidae and
Chilodontidae (Pisces, Characiformes). Smith. Contr. Zoology (378), 60 p. 1983.
VARI, R.P. A phylogenetic Study of the Neotropical Characiform Family Curimatidae (Pisces: Ostariophysi) . Smith.
Cont. Zool. (471). 1989a. pp. 1-71.
VARI, R.P. Systematic of the Neotropical Characiform Genus Curimata Bosc (Pisces: Characiformes). Smith. Cont.
Zool. (474). 1989b. pp. 1-63.
VAZ, S. M. Primatas da regio do rio Tapajs, Par, Brasil. Neotropical Primates, v.9, n 2, 2001. pp. 54-57.
VAZZOLER, A.E.A. de M. Biologia da reproduo de peixes telesteos: Teoria e prtica. Maring, PR: EDUEM. So
Paulo, SP: CNPq e Nuplia. 1996. pp. 169 p.
VELOSO, H.P., RANGEL FILHO., A.L.R., LIMA, J.C. Classificao da vegetao brasileira, adaptada a um sistema
universal. Rio de Janeiro, RJ: IBGE, Diretoria de Geocincias. 1991. 123 p.
VIEIRA, C. Lista remissiva dos mamferos do Brasil. Arquivos de Zoologia, So Paulo, 8. 1955. pp.341-474.
VIEIRA, E.M. Highway mortality of mammals in central Brazil. Cincia e Cultura Journal of the Brazilian association for
the Advancement of Science, 48 (4): 1996. pp. 270-272.
VIVO, M. de. How many species of mammals are there in Brazil? In: C. E. Bicudo & N. A. Menezes (eds.). Biodiversity in
Brazil. A First Approach. Proceedings of the Workshop Methods for the assesment of Biodiversity in Plants and
Animals. Campos do Jordo, SP. 1996. p. 313-321.
VIVO, M. de. Sistemtica de Callihtrix Erxleben, 1777. Tese de Doutorado, So Paulo, SP: Universidade de So Paulo.
1988. 343 p.
VIVO, M. de. Taxonomia de Callithrix Erxleben, 1777 (Callitrichidae, Primates). Belo Horizonte, MG: Fundao
Biodiversitas. 1991. 105 p.
VOGT, R.C., MOREIRA, G., DUARTE, A.C.O.C. Biodiversidade de rpteis do bioma floresta amaznica e aes
prioritrias para sua conservao. Aes Prioritrias para a Conservao da Biodiversidade da Amaznia. Disponvel
em <http//:www.isa.org.br/bio/index.html>. 1999.
VOSS, R.S., EMMONS, L.H. Mammalian diversity in Neotropical lowland rainforests: a preliminary assessment.
Bulletin of the American Museum of Natural History, 230, 1996. pp.1-115.
WEKSLER, M. Reviso sistemtica do grupo de espcies nitidus do gnero Oryzomys (Rodentia: Sigmodontinae).
Dissertao de Mestrado. Rio de Janeiro, RJ:. Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 1996. 206 p.
WEKSLER, M., BONVICINO, C.R., OTAZU, I.B., SILVA JNIOR, J.S. Status of Proechimys roberti and P. oris (Rodentia:
Echimyidae) from eastern Amazonia and central Brazil. Journal of Mammalogy, v.82, n.1, 2001. pp. 109-122.
WETZEL, R.M. Systematics, distribution, ecology and conservation of South American edentates. In MARES: M.,
GENOWAYS, H. (eds.), Mammalian biology in South America. Pymatuning Symposia in Ecology 6. Special Publication
Series. Pittsburgh: Pymatuning Laboratory of Ecology, University of Pittsburgh. 1982. pp. 345-375.
WETZEL, R.M., AVILA-PIRES, F.D. Identification and distribution of recent sloths of Brazil (Edentata). Revista
Brasileira de Biologia, v.40, n 4, 1980. pp.831-836.
162
WHITMORE, T.C., PRANCE, G.T. Biogeography and quaternary history in Tropical America. Oxford: Claredon Press.
1987. 212 p.
WHITNEY, B.M., PACHECO, J.F., BUZZETTI, D.R.C., PARRINI, R. 2000. Systematic revision and biogeography of the
Herpsilochmus pileatus complex, with description of a new species from northeastern Brazil. Auk n.117,
2000. pp. 869-891.
WILCOX, B.A., MURPHY, D.D. Conservation strategy: the effects of fragmentation on extintion. Am. Nat., 125. pp.
879-887.
WILLIS, E.O. & ONIKI, Y. Levantamento preliminar de aves em treze reas do Estado de So Paulo. Rev. Brasil. Biol.
41: 1981. pp. 121-135.
WILLIS, E.O. Estimating diversity in Brazilian birds: in the Mantiqueira range. In BICUDO, C.E.M. & MENEZES, N.A.
(eds.). Biodiversity in Brazil: a first approach. So Paulo: CNPq. 1996. p.297-312.
WILLIS, E.O. The composition of avian communities in remanescent woodlots in southern Brazil. Papis Avulsos de
Zoologia, S. Paulo n 33, 1979. pp.1-25.
WILSON, D.E., COLE, F.R., NICHOLS, J.D., RUDRAN, R., FOSTER, M.S. Measuring and monitoring biological diversity -
standard methods for mammals. Smithsonian Institution Press, Washington and London. 1996. 409 p.
WILSON, D.E., REEDER, D.M. Mammal species of the world a Taxonomic and Geographic Reference.. Second ed.
Washington, D.C.: Smithsonian Institute Press. 1993. 1207 p.
WINEMILLER, K.O. Patterns of variation in life history among South American fishes is seasonal environments .
Oecologia, 81. 1989. pp. 225-241.
WOOTTON, R.J. Introduction: Tactics and strategies in fish reproduction: p1-12. In: POTTS, G.W., WOOTTON, R.J.
(eds.) Fish reproduction: Stategies and tactics. London: Academic Press. 1984.
WWF, THE WORLD BANK. A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin America and the
Caribbean. Washington. 1999.
XIMENES, G.E.I. Sistemtica da famlia Dasyproctidae Bonaparte, 1838 (Rodentia, Histricognathi) no Brasil.
Dissertao de Mestrado. So Paulo, SP: Universidade de So Paulo. 1999. 429 p.
ZIMMER, K.J., PARKER III, T.A., ISLER, M.L., ISLER, P.R. Survey of a southern Amazonian avifauna: the Alta Floresta
region, Mato Grosso, Brazil. Ornithological Monographs n 48. 1997. pp.887-918.
ZIMMERMAN, B. L. e RODRIGUES, M. T. Frogs, snakes, and lizards of the INPA-WWF reserves near Manaus, Brazil.
In: Four Neotropical Rainforests, A.H. Gentry (ed.), Yale University Press, New Haven and London. 1990. p.426-454.
MEIO ANTRPICO
ALENCASTRE, J. M.P. de. Anais da Provncia de Goyaz. (1863) Goinia: Oriente. 1979
ALMEIDA, J. ... E se a anlise sistmica no refletir a realidade? Usos "redutores" de um pretenso paradigma
"holstico". In: V Simpsio Latino-Americano sobre Investigao e Extenso em Sistemas Agropecurios. Florianpolis,
SC: Anais, IESA/SBSP, 2002.
ANDRADE LIMA, T. Cermica indgena brasileira. In: Ribeiro, D. (ed.) Suma Etnolgica Brasileira vol 2. Petrpolis, RJ:
FINEP-Vozes. 1986. pp. 173-230.
ARIMA, E., VERSSIMO, A. Ameaas e Oportunidades Econmicas. Cadernos Adenauer. ano II, n04. 2001. pp. 79-99.
ARNAUD, E. O ndio e a expanso nacional. Belm: CEJUP. 1989.
ARNAUD, E. Os ndios Munduruk e o Servio de Proteo aos ndios. In: Boletim do Museu Paraense Emlio Goeldi,
Belm, PA: Nova Srie Antropologia 54. 1974. pp 1-57.
ARNT, R., PINTO, L.F., PINTO, R. Panar. A volta dos ndios Gigantes. So Paulo, SP: Instituto Socioambiental. 1998.
ASSIS, E.C. de, SILVA, R.C.F. Relatrio sobre os Mekragnoti do Ba do GT PP n 707/96. 1996.
BARBOSA, R.I. Relatrio de avaliao da rea dos sistemas naturais e agroecossistemas atingidos pelo fogo no
estado de Roraima. Boa Vista, RR: INPA. 1998.
BECQUELIN, P. Relatrio de pesquisas arqueolgicas no Parque Indgena do Xingu, Mato Grosso. Belm, PA: Museu
Paraense Emilio Goeldi, Depto. de Arqueologia. 1973.
BERTALANFFY, L. Von. Teoria General de Los Sistemas Fundamentos, desarrollo, aplicaciones. Mxico: Fondo de
Cultura Econmica. 1995.
BURUM, M. 1980. Lendas Munduruk. Braslia, DF: SIL.
CEDI - Centro Ecumnico de Documentao e Informao. Relatrios sobre extrao de madeira das TIs Panar, Ba e
Megkragnoti. So Paulo, SP: CEDI (fontes diversas). 2002.
CENTRO ECUMNICO DE DOCUMENTAO E INFORMAO. Povos Indgenas no Brasil. 1987/88/89/90. So Paulo, SP:
CEDI (Srie Aconteceu Especial 18). 1991.
CHONCHOL, J. Sistemas agrarios en Amrica Latina - De la etapa prehispnica a la modernizacin conservadora .
Santiago de Chile: Fondo de Cultura Econmica. 1994.
COELHO, V.P., PEDROSO, G., MIGUEL, L. A. Sistema de produo, uma promissora ferramenta nas avaliaes de
impacto ambiental - um estudo de caso em uma regio orizcola no sul do Brasil. In: 16Simposio de la
Asociacion Internacional de Sistemas de Produccion/4 Simposio Latinoamericano sobre Investigacin y Extension en
Sistemas Agropecuarios. Santiago de Chile: Anais, 16 IFSA/4 IESA, 2000.
CONAB Disponvel em: <www.conab.gov.br>. 2001.
CONSERVATION INTERNATIONAL. Frentes de Ocupao. Disponvel em: <www.geocities.com/pinkaiti>. 2002.
163
COSTA, F. G. Avaliao do Potencial de Expanso da Soja na Amaznia Legal: uma aplicao do modelo de Von
Thnen. Dissertao de Mestrado. Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, USP, 2000. 162P.
COUDREAU, H. Viagem ao Tapajs. So Paulo, SP: Editora Nacional. 1977.
CPTEC - Centro de Previso do Tempo e Estudos Climticos. Projeto El Nio. So Jos dos Campos, SP: CPTEC. 1997.
CROFTS, M. Aspectos da Lngua Munduruk. Braslia, DF: Summer Inst. Lingstico. 1985.
Decreto n 4340 de 22 de agosto de 2002
DIAS, M.do C.O. Manual de Impactos Ambientais: Orientaes Bsicas Sobre Aspectos Ambientais de atividades
Produtivas. Fortaleza, CE: Banco do Nordeste. 1999.
DINERSTEIN et al. In: Ministrio do Meio Ambiente. Avaliao e Identificao de Aes Prioritrias para a
Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio dos Benefcios da Biodiversidade na Amaznia Brasileira.
2001.
DNER. Transamaznica: Uma Experincia Rodoviria nos Trpicos. Braslia, DF. 1972.
DOLE, G.E. - A preliminary consideration of the prehistory of the Upper Xingu Basin. Revista do Museu Paulista N.S.
13. USP. pp. 399-423. 1961/62.
DUFUMIER, M. La importancia de la tipologia de las unidades de produccion agricolas en el analisis-diagnostico de
realidades agrarias. Paris-Grignon: Instituto Nacional Agronomico (mimeo.).
DUFUMIER, M. Les Projets de Dveloppement Agricole. Paris: ditions Karthala - CTA. 1996.
ELETRONORTE. Arqueologia nos empreendimentos hidreltricos da Eletronorte. Arqueologia, Ambiente e
Desenvolvimento. Braslia, DF: Eletronorte, 1992.
FEARNSIDE, P.M. O Cultivo da Soja como ameaa ao Meio Ambiente na Amaznia Brasileira. In. FORLITE, L.;
MURRIETA, R. Amaznia 500 anos; O V Centenrio e o Novo Milnio: Lies de Histria e Reflexes para uma Nova Era.
Museu Paraense Emlio Goeldi, Belm. No prelo.
FIGUEIREDO, C. Fogo: Problema ou Soluo A perspectiva dos agricultores familiares do sudeste do Par. Estudo
de caso. Centro de Desenvolvimento Sustentvel. Braslia, DF: UNB. 2002.
FIGUEROA, S. N., NOBRE, C. A. Precipitation distribution over Central and Western Tropical South America.
Climanlise - Boletim de Monitoramento e Anlise Climtica, v.5, n.6. 1990. pp.36 45.
FRANCHETTO, B. Laudo Antropolgico. A ocupao Indgena da Regio dos formadores e do Alto curso do rio
Xingu. Rio de Janeiro, RJ: UFRJ. 1987.
FRENTES DE OCUPAO. 2002. Disponvel em: <www.geocities/pinkaiti/>.
FUNASA. SADE INDGENA. Disponvel em: <www.funasa.gov.br. 2002>
FUNATURA. FUNDAO PR-NATUREZA. Sistema Nacional de reas naturais protegidas SISNANP (4 relatrio
parcial) Braslia, DF. FUNATURA, 1989. 24p.
GALVO, E. Encontro de Sociedades: ndios e Brancos no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra. 1979.
GIRALDIN, O. Cayap e Panar: luta e sobrevivncia de um povo J no Brasil Central. Campinas, SP: Editora da
UNICAMP. 1997.
GOLDENSTEIN, S. Avaliao de Impacto Ambiental. So Paulo, SP: Secretaria Meio Ambiente. 1998.
GONALVES, A.L. Feitiaria entre os Munduruk: uma forma de resistncia cultural. Dissertao de graduao
apresentada ao Departamento de Antropologia da Universidade de Braslia. 2001.
HECKENBERGER, M. Manioc agriculture and sedentarism in Amazonia: the Upper Xingu example. Antiquity 72:
Londres. 1998. pp. 633-48.
HEELAS, R. The Social Organization of the Panar, a Ge Tribe of Central Brazil. Doctoral Dissertation, St. Carherine's
College, Oxford University. 1979.
HOLANDA, S.B. de. O extremo Oeste. So Paulo, SP: Brasiliense. 1986.
IBAMA. Avaliao de Impactos Ambientais: Agentes Sociais, Procedimentos e Ferramentas. Braslia, DF. 1995.
IBAMA. Programa de Preveno e Controle de Queimadas e Incndios Florestais na Amaznia Legal PROARCO
(2002). IBAMA. Braslia. DF. 2002
IBGE. CENSO 2000. Disponvel em: <www.ibge.gov.br>
IBGE. Disponvel em: <www.ibge.gov.br>. 1996.
INCRA/FAO. Guia Metodolgico: diagnstico de sistemas agrrios. Projeto de Cooperao Tcnica INCRA/FAO. Braslia.
1999.
ISA. INSTITUTO SCIOAMBIENTAL. Relatrio sobre a retirada ilegal de madeira e invaso da rea Indgena Panar.
So Jos do Xingu, MT. 1996.
ISA. INSTITUTO SCIOAMBIENTAL. Biodiversidade na Amaznia brasileira. ed. Estao Liberdade/ Instituto
Socioambiental. 2001.
KARASCH, M. Damiana da Cunha: Catechist and Sertanista. In: SWEET, D. G., & NASH, G. (ed.) Struggle and Survival in
Colonial America: 102-119. California: University of California Press. 1981.
KIDWELL, K.B. NOAA POD Guide. U. S. Suitland: Department of Commerce - NOAA-NESDIS-Satellite Services Branch - FOB3.
1997.
LAS-CASAS, R. D. de. ndios Brasileiros no Vale do rio Tapajs. In: Boletim do Museu Paraense Emlio Goeldi. Nova Srie:
Antropologia, no 23. Belm, PA. 1964.
LEA, V. Casas e Casas Mebengokre (J). In: AMAZNIA. Etnologia e Histria. So Paulo, SP: Ncleo de Histria Indgena e
do Indigenismo, USP, FAPESP. 1993.
164
LEAL, J.W.L., et al. Programa de Integrao Mineral no Municpio De Itaituba. 1996.
Lei Federal n 9985 de julho de 2000.
LEOPOLDI, J.S. O Contato do ndio Brasileiro: O caso Munduruk. Tese de Mestrado. Universidade de Oxford. 1979.
LIMA, A.J.P.; BASSO, N., NEUMANN, P.S.; SANTOS, A.C., MLLER, A.G. Adminsitrao da unidade de produo familiar:
modalidades de trabalho com agricultores. Iju, RS: Editora UNIJU. 1995.
LIST, R.J. (ed.) Meteorological Table. 6th ed. Washington, D.C.: Smithsonian Institute. 1951. 527 pp.
LOWIE, R. The Sothern Cayap. In: Hand-Book of South American Indians. vol. I, New York: Cooper Square Publishers Inc.
1946.
MARCOPITO, L. F. Amarga Renncia Terra de Origem. Revista de Atualidade Indgena. Ano III, n 18, Set/Out, Braslia,
DF: FUNAI. 1979.
MARTINS, J. de S. Fronteira - A degradao do Outro nos confins do humano. So Paulo, SP: HUCITEC. 1997.
MEC. EDUCAO INDGENA. Disponvel em: <www.mec.gov.br. 2002>
MEGGERS, B. J. Amaznia - a iluso de um paraso. Ed. Civilizao Brasileira. 1977.
MELATTI, J.C. ndios do Brasil. So Paulo-Braslia: HUCITEC-Edunb. 1993.
MELLATI, J.C. (Org.). Feiticeiro o que paga com a vida a fora do mal. In: Instituto de Antropologia e Etnologia do Par.
pp 8-56. 1977.
MELLATI, J.C. ndios do Brasil. So Paulo, SP: Hucitec. 1983.
MELLATI, J.C. ndios da Amrica do Sul: reas Etnogrficas, Volume II. Braslia, DF: UnB. 1997.
MELLO, P.J.C. (coord.). Projeto de Levantamento do Patrimnio Arqueolgico Pr-Histrico da rea afetada pela
PCH Brao Norte 3 (MT). Relatrio final. Sociedade Goiana de Cultura, UCG, IGPA/Guarant Energtica Ltda.
Relatrio interno. 2001.
MENNDEZ, M.A. A rea Madeira - Tapajs: Situao de Contato e relaes entre Colonizador e Indgenas. In:
Histria dos ndios do Brasil. 1998.
METRE, L. Castanheira Aldeias tm apoio da FUNAI para coleta e beneficiamento de um rico fruto. Brasil Indgena
no. 8. Braslia, DF. 2002.
MIGUEL, L.A. O enfoque sistmico e as cincias agrrias. Porto Alegre, RS: (mimeo.). 2000.
MILANO, M.S. Curso Unidades de Conservao. Porto Alegre, RS. Julho de 1994.
MILLER, T.E. Histria da cultura indgena do alto-mdio Guapor (Rondnia e Mato Grosso). Dissertao de Mestrado
Porto Alegre, RS: PUC/RS. 1983.
MINISTRIO DO PLANEJAMENTO. <www.infraestruturabrasil.gov.br> 2002
MORSELLO, C. reas Protegidas Pblicas e Privadas seleo e manejo. Annablume, Ed. FAPESP. 2001. 334p.
NEPSTAD et al.. Predio e Preveno de Incndios Florestais na Amaznia Brasileira. Conservation Biology. 1998.
NEVES, E.G. A velha Hilia: paisagens e passado dos povos amaznicos. In: Brasil 50.000 anos. Uma viagem ao
passado pr-colonial. So Paulo, SP: EDUSP. 2001.
NIMUENDAJ, C. Mapa Etno-Histrico do Brasil e regies adjacentes. Rio de Janeiro, RJ: Museu Nacional do Rio de
Janeiro. 1944.
NIMUENDAJ, C. O ESTADO DE SO PAULO. Fazendeiros se armam contra reserva Caiap. So Paulo, SP:
07/08/2000.
NOBRE, C.A., MATTOS, L.F., DERECZYNSKI, C.P., TARASOVA, T.A., TROSNIKOV, I.V. Overview of atmospheric conditions
during the Smoke, Clouds, and Radiation - Brazil (SCAR-B) field experiment. Journal of Geophysical Research,
v.103, n.D24. 1998. pp.31.809-31.820.
O ESTADO DE SO PAULO. Refns so Libertados pelos ndios Caiaps. Pgs 1 e A21. So Paulo, SP: 05/08/2000.
O ESTADO DE SO PAULO. 09/08/2002.
O LIBERAL. Siqueira, Frank. Par enfrenta desafio de crescer sem destruir. Matria jornalstica. Belm, PA. 2002.
OLIVEIRA JR. A. N. de. O Faccionalismo Caiap. Um Exerccio de Investigao Antropolgica. Dissertao de Ps-
Graduao em Antropologia Social, Universidade de Braslia. 1995
OLIVEIRA, A. G. de Relatrio de Identificao e Delimitao da Terra Indgena Panar, Portarias ns 0834/94 e
0910/94, Braslia: FUNAI. 1994
OLIVEIRA, C.A. Tipologias de Produtores Rurais. In: Seminrio Planejamento e Desenvolvimento Territorial, 27-30 de
setembro. Campina Grande, PB. 1999.
OVERAL, W. L. & POSEY, D. A. "Prticas agrrias dos ndios Kayap do Par: subsdios para o desenvolvimento da
Amaznia". Em: Uma estratgia Latino-Americana para a Amaznia. Vol. I. Braslia: Min. Meio Ambiente, dos Recursos
Hdricos da Amaznia Legal, So Paulo: Memorial. 1996
PARDI, M.L.O. Frentes de expanso. Seu potencial e impacto sobre o patrimnio arqueolgico - o caso da
Amaznia Mato-grossense a partir de um reconhecimento da 14. "CR/IPHAN". Anais VIII Reunio Cientfica da
SAB. Porto Alegre, RS. 1995.
PEIXOTO, J.P., OORT, A.H. Physics of Climate. American Institute of Physics, 1992. 520p.
PENTEADO, Y.M.B. Condio Urbana: Um Estudo de dois Casos de insero do ndio na Vida Citadina. Dissertao de
Mestrado. Braslia, DF: UnB. 1980.
165
PINHEIRO, S., SCHIMIT, W. O enfoque sistmico e a sustentabilidade da agricultura familiar: uma oportunidade de
mudar o foco de objetos/sistemas fsicos de produo para os sujeitos/complexos sistemas vivos e as
relaes entre o ser humano e o ambiente. In: IV Encontro da Sociedade Brasileira de Sistemas de Produo. Belm
do Par, PA: Anais, IV SBSP. 2001.
Poltica Ambiental do Estado do Par, atravs da Lei no 5887 de maio 1995.
PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARANT DO NORTE. Perfil Socioeconmico. Guarant do Norte, MT. 2001.
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAITUBA. Diagnstico mineral do municpio de Itaituba, um exemplo de gesto
institucional. Itaituba, PA. 1999.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVO PROGRESSO. Informaes sobre o municpio de Novo Progresso. Novo Progresso,
PA. 2002.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVO PROGRESSO. Relatrio de Informaes sobre o municpio de Novo Progresso/PA.
Novo Progresso, PA. 2002.
PRIMACK, R.B., RODRIGUES, E. Biologia da Conservao, Grfica e Editora Midiograf Londrina, PR. 2001. 328p.
PRIMAZ. S/d. Programa de Integrao Mineral no Municpio de Itaituba. Braslia, DF: CPRM.
PROARCO - Programa de Preveno e Controle de Queimadas e Incndios Florestais na Amaznia Legal. Braslia,
DF: IBAMA. 2002.
REIJNTJES, C.; HAVERKORT, B., WATERS-BAYER, A. Agricultura para o futuro - uma introduo agricultura
sustentvel e de baixo uso de insumos externos. AS-PTA & ILEIA. 1994.
Resoluo CONAMA 002/96.
RIBEIRO, D. Os ndios e a Civilizao. So Paulo, SP: Crculo do Livro. 1989.
RICARDO, C.A. (ed.). Povos Indgenas no Brasil, 1991-1995. So Paulo, SP: Instituto Socioambiental. 1996.
RICARDO, C.A. (ed.). Povos Indgenas no Brasil, 1996-2000. So Paulo, SP: Instituto Socioambiental. 2000.
RIPPER, J.R. Escravido no Par. In: PROPOSTA, Ano 31, N92. maro/maio de 2002.
ROBRAHN GONZLEZ, E.M. A ocupao ceramista pr-colonial do Brasil Central: origens e desenvolvimento. Tese de
Doutoramento, So Paulo, SP: FFLCH-USP. 1996.
ROBRAHN GONZLEZ, E.M. As aldeias circulares do Brasil Central. Brasil 50 mil anos: uma viagem ao passado pr-
colonial. So Paulo, SP: EDUSP MAE. pp. 35-43. 2001.
RODRIGUES, A.D. Lnguas Indgenas.
RODRIGUES, A.D., DOURADO, L. PANAR: Identificao Lingstica dos Kren-Akarore com os Cayap do Sul. Anais da
45 reunio da SBPC: 505. 1993.
RODRIGUES, C.I. Entre os J e os Tupi: A especificidade J/Tupi e a etnologia Brasileira. Braslia, DF: UnB. 1981.
RODRIGUES, P. de M. Relatrio de Demarcao da Terra Indgena Munduruk. Braslia: FUNAI. 1993.
ROLIM, S.G. Terra Indgena Panar: Perspectivas de Manejo Sustentado dos Recursos Naturais. So Paulo. Instituto
Socioambiental. 1997.
ROOSEVELT, A. Early Pottery in teh Amazon. Twenty Years of Scholarly Obscurity. In: W. Barnett & J. Hoopes (eds.)
The emergence of Pottery. Technology and Innovation in Ancient Societies. Washington: Smithsonian
Institution Press. pp. 115-131. 1995.
ROOSEVELT, A. et al. Eighth Millennium Pottery from a Prehistoric Shell Midden in the Brazilian Amazon. Science
254: 1991. pp. 1.621-4.
ROOSEVELT, A. et al. Paleoindian Cave Dwellers in the Amazon: the peopling of the Americas. Science 272. 1996. pp.
373-84.
SANTO, M. A. do E. Relatrio de Identificao da rea Indgena Menkragnoti. GT PP 2024/E, de 17.03.86. 1986.
SCHADEN, E. Aculturao Indgena: Ensaio sobre Fatores e Tendncias da Mudana Cultural de Tribos ndias em
Contato com o Mundo dos Brancos. So Paulo, SP: Pioneira. 1969.
SCHENEIDER, R.R.; ARIMA, E.; VERSSIMO, A.; BARRETO, P.; SOUZA JR, C. Amaznia Sustentvel: limites e
oportunidades para o desenvolvimento rural. Banco Mundial, Imazon, Belm. 2000. 57p.
SCHWARTZMAN, S. The Panar of The Xingu National Park: The Transformations of a Society. Doctor Dissertation.
Chicago, Illinois: The University of Chicago. 1988.
SCHWARTZMAN, S. Os Panar do Peixoto de Azevedo e Cabeceiras do Iriri: Histria, Contato e Transferncia ao
Parque do Xingu. So Paulo, SP: ISA. 1992.
SECEX. Dados publicados em matria jornalstica. Jornal Zero Hora 10/10/2002.
SETZER, A.W., MALINGREAU, J.P. AVHRR Monitoring of Vegetation Fires in the Tropics. Toward the Development of a
Global Product. In: LEVINE, J.S. (ed.), Biomass Burning and Global Change. MIT, Cambridge University Press, pp. 25-39.
1996.
SIMES, M.F. Fases arqueolgicas brasileiras 1950-1971. Publicaes Avulsas do Museu Paraense Emilio Goeldi 18.
Belm, PA. 1972.
SIMES, M.F., ARAUJO COSTA, F. Pesquisas arqueolgicas no baixo rio Tocantins (Par). Revista de Arqueologia v.4
n.1. Belm, PA: 1987. pp. 11-28.
SIMES, M.F., GENTIL CORREA, C. Pesquisas arqueolgicas no baixo Uatam-Jatapu (Amazonas). Revista de
Arqueologia v.4 n.1:29-48. Belm, PA. 1987
SIMES, M.F., MACHADO, A.L. Pesquisas arqueolgicas no lado de Silves (Amazonas). Revista de Arqueologia v.4 n.1.
Belm, PA. pp. 49-82. 1987
166
SIMONSEN, I., OLIVEIRA, A.P. Cermica da Lagoa Miararr. Notas prvias. Goinia, GO: Museu Antropolgico, UFGO. 1976.
SOBRAL L., VERSSIMO A., LIMA E., AZEVEDO T., SMERALDI, R. Acertando o Alvo 2: Consumo de madeira amaznica
no Estado de So Paulo e potencial para certificao florestal. Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amaznia
(Imazon); Amigos da Terra - Amaznia Brasileira; Instituto de Manejo e Certificao Florestal e Agrcola (Imaflora);
Agncia Alem de Cooperao Tcnica (GTZ); Embaixada do Reino dos Pases Baixos. No prelo.
SOUZA SANTOS, Z. SOUZA, M; CARRIERE, A. Pesquisa em sistema de produo: uma reviso. In: Agricultura em So
Paulo, So Paulo, SP. 41(2): 1994. pp. 127-139.
SOUZA, E. da S. Informao n 18/DID/FUNAI. Processo FUNAI/4 SUER n 327/90, de 08.11.90. 1997.
SUDAM. Polamazonas: Tapajs. Belm, PA. 1976.
SUDAM. Recursos Naturais e Potencialidades de Aproveitamento Econmico nos Vales dos Rios Xingu e Tapajs .
Belm, PA. 1976.
TURNER, T. S. Social Structure and Political Organization among the Northen Cayap. Tese de Doutorado.
Cambridge. USA: Harvard University Press. 535p. 1966.
TURNER, T. S. Da Cosmologia a Histria: resistncia, adaptao e conscincia social entre os Kayap. In: CASTRO,
Eduardo V. de & CUNHA, Manuela C. da. AMAZNIA. Etnologia e Histria Indgena. So Paulo, SP: Ncleo de Histria
Indgena e do Indigenismo. So Paulo, SP: USP, FAPESP. 1993.
UNIDADE DE PESQUISA Gesto de Recursos Renovveis e Meio Ambiente GREEN, Centro de Cooperao Internacional
em Pesquisa Agronmica para o Desenvolvimento CIRAD. Frana.
VELHO, O. G. Frentes de Expanso e Estrutura Agrria: Estudo do Processo de Penetrao numa rea da
Transamaznica. Rio de Janeiro, RJ: Zahar. 1972.
VELTHEM, L.H. Van. Munduruk: O Povo que Dominou o Par antes do Homem Branco. In: Revista da Atualidade
Indgena, ano II, no 9. Braslia, DF: FUNAI. pp 7-40. 1978.
VERSSIMO, A., LIMA, E., LENTINI, M. Plos madeireiros do estado do Par. Belm, PA: IMAZON. 2002.
VERSWIJVER, G. S/d. Os Kayap. 1978
VERSWIJVER, G. Mekragnoti. Living among the Painted People of the Amazon. New York: Prestel Munich. 1996.
WERNER, D.W. Levantamento sobre a Situao Atual das Populaes Indgenas no Brasil. Povo: Kayap Mekragnoti.
So Paulo: CEDI-PIB. 1980.
WNSCH, J. Diagnstico e tipificao de Sistemas de Produo: Procedimentos para Aes de Desenvolvimento
Regional. (Dissertao de Mestrado em Agronomia).Piracicaba, SP: ESALQ. 1995. 178 p.
WUST, I., BARRETO, C.N.G. The ring villages of central Brazil: a challenge for amazonian archaeology. Latin American
Antiquity 10(1). Washington. 1999. pp. 3-23.
167
11 GLOSSRIO
Abitico lugar ou processo caracterizado pela ausncia de vida.
Aceiro uma tcnica preventiva destinada a quebrar a continuidade do material combustvel, constituindo-se,
basicamente, de faixas livres de vegetao, onde o solo exposto, distribudas de acordo com as necessidades de
proteo.
Acidez da gua quantidade de cido, expressa em miliequivalentes de uma base forte por litro de gua, necessria
para titular uma amostra a um determinado valor do pH.
Acostamento Parte pavimentada ou no da rodovia situada s margens da pista de rolamento. O acostamento serve
de suporte lateral para o pavimento, e permite a parada de veculos ou passagem em uma emergncia.
Afloramento exposio em superfcie, de rocha ou mineral, bem como, qualquer exposio acessvel a observao
humana, tais como: corte de estradas, tneis, galerias subterrneas, poos, etc.
Afluente denominao aplicada a qualquer curso dgua, cujo volume ou descarga contribui para aumentar outro, no
qual desemboca.
Alsio Vento originado na alta subtropical e que sopra de sudeste no Hemisfrio sul e de nordeste no Norte.
Alctone material (orgnico ou no) transportado para ambientes deposicionais ou tectnicos no coincidentes com
seu local de origem. O inverso denomina-se autctone, ou seja, quando no transportado ( in situ)
Alta Subtropical Qualquer uma das reas de alta presso atmosfrica (anticiclone) semi-permanentes situadas
aproximadamente a 30 de latitude (em ambos hemisfrios) sobre os maiores oceanos. Nesse trabalho a Alta do
Atlntico Sul, tambm chamado de Anticiclone de Santa Helena.
Aluvio designao genrica para englobar depsitos detrticos recentes, de natureza fluvial, lacustre, marinho,
glacial ou gravitacional constitudos por cascalhos, areias, siltes e argilas, transportados e depositados por corrente,
sobre plancies de inundao e no sop de montes e escarpas.
Amaznia clima equatorial, terras baixas e florestas tropicais e equatoriais midas. Estende-se alm do territrio
brasileiro. A Amaznia Legal tem 4,9 milhes de Km 2 (58% do territrio brasileiro) e abrange os estados do Acre,
Rondnia, Amazonas, Norte do Mato Grosso, Roraima, Amap, Par, noroeste do Tocantins e oeste do Maranho.
Ambiente todos os fatores (vivos e no-vivos) que de fato afetam um organismo ou populao determinados, em
qualquer ponto do ciclo de vida. Tambm referido algumas vezes para denotar um certo conjunto de circustncias que
cercam uma ocorrncia particular (por exemplo, ambiente de depsitos).
Amostra retirada de pequenas partes (amostras) para representar as propriedades de um conjunto ou do todo.
Amostragem operao que consiste em extrair amostras de solo, rocha, ar ou gua de um local para anlise
individual.
Antrpico relativo ao do ser humano no meio ambiente. Um dos setores do meio ambiente, o meio antrpico,
compreende os fatores sociais, econmicos e culturais.
Aqufero unidade geolgica correspondente a formao porosa (camada ou estrato) de rocha permevel, areia ou
cascalho, capaz de armazenar e fornecer quantidades significativas de gua.
Arco de desflorestamento faixa territorial onde encontram-se maiores riscos de degradao ambiental.
rea de Interveno o conjunto das reas onde sero introduzidos, temporria ou permanentemente, as
intervenes ambientais que compem cada uma das atividades transformadoras previstas e a infra-estrutura por elas
demandadas.
rea de Emprstimo rea indicada no projeto, ou selecionada, onde sero escavados materiais a utilizar na
execuo da plataforma da rodovia, nos segmentos em aterro.
rea de Influncia o conjunto de reas que sofrero impactos diretos e indiretos decorrentes da manifestao de
atividades transformadoras existentes e previstas, sobre as quais desenvolvero os estudos. Existem trs categorias de
sub-reas de influncia: a) rea de interveno; b) rea de Influncia Direta e c) rea de Influncia Indireta.
rea de Influncia Direta consiste no conjunto das reas que, por suas caractersticas, so potencialmente aptas a
sofrer impactos diretos da implantao e da operao de atividades transformadoras, ou seja, impactos oriundos de
fenmenos diretamente decorrentes de alteraes ambientais que venham a suceder.
rea de Influncia Indireta consiste no conjunto das reas basicamente limtrofes rea de Influncia Direta, que
so potencialmente aptas a sofrer impactos provenientes de fenmenos secundrios, ou seja, no decorrentes
diretamente de alteraes ambientais, mas derivados de fenmenos primrios.
rea de Ocorrncia Arqueolgica locais que apresentam uma quantidade bastante reduzida de vestgios ( 1 ou 2
peas em pedra lascada, por exemplo), correspondendo a materiais isolados e descontextualizados.
168
rea de Preservao Permanente rea protegida nos termos dos arts 2 e 3 da Lei n 4.771, de 15 de setembro
de 1965 (Cdigo Florestal), coberta ou no por vegetao nativa, com a funo ambiental de preservar os recursos
hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico de fauna e flora, proteger o solo e
assegurar o bem-estar das populaes humanas.
rea de Proteo Ambiental (APA) Unidade de conservao de uso sustentvel, estabelecida pela Lei Federal n.
6902/81, que outorga ao Poder Executivo, nos casos de relevante interesse pblico, o direito de declarar determinadas
reas do territrio nacional como de interesse ambiental. A rea de Proteo Ambiental uma rea em geral extensa,
com certo grau de ocupao humana, dotada de atributos abiticos, biticos, estticos e culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populaes humanas, e tem como objetivos bsicos proteger a
diversidade biolgica, disciplinar o processo de ocupao e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais
(SNUC).
rea prstina rea intacta.
rea protegida corresponde unidade de conservao que constitui espao territorial, incluindo as guas
jurisdicionais, com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, com objetivos de
conservao e limites definidos, sob regime especial de administrao ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteo.
reas estratgicas destacam-se no conjunto das reas socioambientais homogneas da APA, por apresentarem
padro de qualidade ambiental, tal como biodiversidade conservada ou problemas graves de degradao ambiental. So
consideradas estratgicas pelo Plano de Gesto, tendo em vista a aplicao de aes programticas e normativas
emergenciais.
reas socioambientais homogneas so reas identificadas e delimitadas, no contexto territorial do quadro
socioambiental, por apresentarem homogeneidade interna, traduzindo um padro de dinmica e qualidade ambiental.
Areia sedimento clstico no consolidado, composto essencialmente de gros de quartzo de tamanho que varia entre
0,06 e 2 mm.
Assentamento humano qualquer forma de ocupao, organizao, equipamento e utilizao do espao, quer
urbano ou rural, para adapt-lo s necessidades humanas para viver em comunidade.
Assoreamento processo de elevao de uma superfcie por deposio de sedimentos. Acmulo de areia ou de terra
causada por enchentes ou construes.
Aterros rodovirios segmentos de rodovia cuja implantao requer depsito de materiais provenientes de cortes
e/ou de emprstimos no interior dos limites das sees de projeto (off-sets) que definem o corpo estradal.
Autctone diz-se da espcie do indivduo ou da populao originria do prprio local onde ocorre naturalmente,
formando in situ.
Avaliao Ambiental expresso utilizada com o mesmo significado da avaliao de impacto ambiental, em
decorrncia de terminologia adotada por algumas agncias internacionais de cooperao tcnica e econmica,
correspondendo, s vezes, a um conceito amplo que inclui outras formas de avaliao, como a anlise de risco, a
auditoria ambiental e outros procedimentos de gesto ambiental.
Avaliao de Impacto Ambiental (AIA) um instrumento de poltica ambiental, formada por um conjunto de
procedimentos capaz de assegurar , desde o incio do processo, que se faa um exame sistemtico dos impactos
ambientais de uma ao proposta (projeto, programa, plano ou poltica) e de suas alternativas, e que os resultados
sejam apresentados de forma adequada ao pblico e aos responsveis pela tomada de deciso, e por eles considerados.
Alm disso, os procedimentos devem garantir adoo das medidas de proteo do meio ambiente determinadas, no
caso de deciso sobre a implantao do projeto.
Avifauna conjunto de espcies de aves encontradas em uma determinada rea.
Bacia de drenagem a rea que contribui com gua superficial para uma determinada rede de cursos dgua.
Bacia hidrogeolgica - regio geogrfica em que as guas subterrneas escoam a um s exutrio. Pode no coincidir
com a hidrogrfica.
Bacia hidrogrfica rea de terra que forma a drenagem de um determinado corpo dgua e seus tributrios, por
exemplo, um rio e limitada perifericamente pelos chamados divisores de guas.
Bacia sedimentar entidade geolgica que se refere ao conjunto de rochas sedimentares que guardam relao
geomtrica e/ou histrica mtua, e cuja superfcie atual no necessariamente se comporta como uma bacia de
sedimentao.
Biodiversidade num contexto geral, o somatrio de formas de vida que habitam o planeta. Existem dois conceitos
para esta definio: 1) o conceito amplo afirma que o total de organismos vivos existentes, sua variao gentica e os
complexos ecolgicos por eles habitados; a diversidade considerada abrange aquela dentro da espcie, entre espcies e
entre ecossistemas. 2) o conceito restrito afirma que a multitude de bioformas, em todas as suas categorias
taxonmicas e ecolgicas, que habitam a biosfera; a incluso de fatores abiticos no essencial para a formulao do
169
conceito, uma vez que o que importa descrever um fenmeno natural, o qual no dependente para sua visualizao
da incluso de fatores fsicos e qumicos do ambiente.
Bioma amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionmicos semelhantes de vegetao.
Os biomas que abrangem o estudo em questo, so os caracterizados abaixo, sendo que a diviso destes e mais; a
caatinga ou semi-rido, mata atlntica, mata de araucria e Pradarias, obedecem a critrios morfoclimticos e
fitogeogrficos, formando, portanto, os seis maiores biomas do Brasil:
Biorregio um espao geogrfico que abriga integralmente um ou vrios ecossistemas. Caracteriza-se por sua
topografia, cobertura vegetal, cultura e histria humanas, sendo assim identificvel por comunidades locais, governos e
cientistas.
Biota o conjunto de organismo vivos, incluindo plantas, animais e microrganismos de uma determinada rea ou
ecossistema.
Bota-fora local selecionado para depsito do material excedente resultante da escavao dos cortes.
Bueiro estrutura construda para a passagem da gua sob a rodovia, variando de 0,5 m a 5 m. A seo pode ser
circular, retangular ou em forma de arco. Os pisos, as alas e testa formam normalmente uma unidade integrada.
Buffer raio de cobertura.
Caminhos de Servio vias implantadas a fim de permitir o trfego de equipamento e veculos em operao na fase
de construo.
Campo de Mataces rea (em geral vertentes) onde encontram-se difundidos mataces.
Cartografia bsica conjunto de cartas e/ou mapas articulados sobre os quais so lanados temas.
Cartografia sistemtica representao do territrio de um pas por meio de cartas em diversas escalas para
diversos fins segundo normas e padres especficos.
Cartografia temtica conjunto de cartas e mapas temticos (e.g. clima, vegetao, populao e uso do solo). Estas
cartas e mapas so construdas sobre a cartografia bsica com dados de sensores remotos (fotos areas, imagens
orbitais), de campo e/ou de levantamentos bibliogrficos.
Cenrio modelo cientfico que permite considerar elementos de um sistema, como se realmente funcionassem da
maneira descrita. No testa as hipteses, mas permite o exame dos possveis resultados, caso as hipteses sejam
verdadeiras.
Cerrado clima tropical e vegetao de campos (savanas), com rvores isoladas, de troncos retorcidos e folhas
enceradas e matas ciliares ao longo dos cursos dgua. Ocupando os planaltos centrais brasileiros, o cerrado se distribui
pelos sudoeste de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Gois, Minas Gerais e reas significativas de Rondnia, Bahia, Piau
e Maranho e manchas nas chapadas o Cear, Pernambuco e Piau somando 21 milhes de hectares. Existem manchas
de vegetao de cerrado na rea de domnio da floresta amaznica e da atlntica, como por exemplo, em Roraima e
Amap, na regio Norte e So Paulo, na regio Sul.
Clima a representatividade ou condies caractersticas da atmosfera em determinados locais do planeta. Refere-se
a condies mdias ou esperadas ao longo de perodos de tempo. Condies meteorolgicas se referem a determinadas
condies em um certo local e tempo.
Cobertura vegetal expresso usada no mapeamento de dados ambientais para designar tipos ou formas de
vegetao, natural ou plantada, que recobrem uma certa rea.
Colvio material sedimentar mobilizado pela ao gravitacional.
Compactao operao de reduo do volume de materiais empilhados, notadamente resduos.
Compilao processo de elaborao de um novo documento cartogrfico tendo por base a anlise dados alfa-
numricos e/ou outras cartas visando a adaptao a uma escala nica.
Condies de ocupao refere-se a condies tais como, as atividades e empreendimentos que se assentam ou se
implantam sobre um determinado territrio, estabelecendo interferncias e intervenes sobre os elementos fsicos e
biticos, definindo formas de manejo adequadas ou inadequadas conservao dos recursos naturais.
Conservao ajuste das necessidades, de forma a minimizar o uso, equilibrado e auto-sustentado, de um
determinado recurso; manuteno do equilbrio natural biolgico atravs de tcnicas adequadas de manejo. A
conservao diferente de preservao, porque implica interferncia do homem para assegurar a sobrevivncia de
ecossistemas ou espcies.
Contaminao presena de matrias indesejveis que tornam alguma coisa imprpria para determinado uso.
Convergncia Intertropical Faixa onde convergem os Ventos Alsios do hemisfrio sul e norte, associada a
instabilidade atmosfrica (chuvas). Tambm chamada de Zona de Convergncia Intertropical (ZCIT).
Corpo do Aterro parte do aterro situado entre o terreno natural at 0,60m abaixo da cota correspondente ao greide
da terra plenagem.
170
Corpo Receptor parte do meio ambiente na qual so ou podem ser lanados, direta ou indiretamente, quaisquer
tipos de efluentes, provenientes de atividade poluidoras ou potencialmente poluidoras.
Corredores termos adotados para designar a ligao entre duas unidades de conservao ou dois ecossistemas
importantes, que permite o trnsito de animais e deve ser igualmente protegido. O corredor pode ser formado por
vegetao nativa, reflorestamento ou mesmo cultura permanente.
Cortes segmentos de rodovia, em que a implantao requer a escavao do terreno natural, ao longo do eixo e no
interior dos limites das sees do projeto (off-sets) que definem o corpo estradal.
Cortina de segurana uma tcnica que altera a inflamabilidade do material combustvel, atravs do
estabelecimento de faixas de espcies menos inflamveis entre espcies altamente combustveis, formando cortinas que
oferecem maior resistncia propagao dos incndios.
Cota Altimtrica valor que define a altura de um ponto em relao a uma superfcie de referncia.
Curva de nvel linha que se apresenta em um mapa ou carta, destinada a retratar matematicamente uma forma de
relevo, unindo todos os pontos de igual altitude, situados acima ou abaixo de uma superfcie de referncia, em geral o
nvel mdio do mar.
Declividade inclinao do terreno em relao ao plano do horizonte que pode ser expressa em percentual (%) ou
graus ().
Degradao da Qualidade Ambiental alterao adversa das caractersticas do meio ambiente, resultante de
atividades humanas; extrao, destruio ou supresso de todos ou da maior parte dos elementos de um determinado
ambiente. O mesmo que devastao ambiental.
Derivao ambiental alterao dos componentes fsicos e biolgicos e da dinmica dos processos naturais, o que
condiciona transformaes sucessivas no meio ambiente. Isto, a partir de fenmenos da natureza ou, de interferncias
das atividades sociais e econmicas.
Desflorestamento prtica constituda de derrubada de todas as rvores, ao mesmo tempo, em um determinado
local, para uso comercial e outros fins.
Desmatamento corte e remoo de toda vegetao de qualquer densidade.
Destocamento e limpeza operaes de escavao e remoo total dos tocos e razes e da camada de solo
orgnico, na profundidade necessria at o nvel do terreno considerado apto para terraplenagem.
Digitalizao converso de dados cartogrficos da forma analgica (papel) para a digital.
Dissipadores de energia dispositivos que visam promover a reduo da velocidade de escoamento nas entradas,
sadas ou mesmo ao longo da prpria canalizao de modo a reduzir os riscos dos efeitos de eroso nos prprios
dispositivos ou nas reas adjacentes.
Distribuio Sazonal clculo de qualquer varivel considerando a Estao do ano (Vero, Primavera, Outono e
Inverno).
Drenagem remoo natural ou artificial de gua superficial ou subterrnea de uma rea determinada; feio linear
negativa, produzida por gua de escorrncia, que modela a topografia de uma regio.
Drenagem subterrnea sistema constitudo de tubos e/ou material drenante, destinados a coletar e escoar a gua
subterrnea.
Ecorregio representa um territrio geograficamente definido, constitudo por comunidades naturais que
compartilham a grande maioria de suas espcies, a dinmica ecolgica, as condies ambientais e cujas interaes
ecolgicas so cruciais para sua persistncia a longo prazo.
Ecossistema comunidade de espcies vegetais, animais e microrganismos de um habitat que, em conjunto com os
elementos abiticos do ambiente, interagem como um sistema estvel e clmax. A funcionalidade do sistema opera
atravs de cadeias alimentares, que so ciclos biolgicos de reciclagem da matria viva, em que espcies dependem de
outras espcies para completar seu ciclo biolgico. No estdio clmax, as cadeias biolgicas configuram uma rota
circular.
Educao ambiental processo de aprendizagem e comunicao de problemas relacionados interao dos homens
com seu ambiente natural. o instrumento de formao de uma conscincia, atravs do conhecimento e da reflexo
sobre a realidade ambiental.
Efeito estufa Aumento da temperatura mdia da terra provocado, principalmente, pela concentrao de gs
carbnico na atmosfera, proveniente de queima de combustveis fsseis e de biomassa. Automveis e usinas de energia,
contribuem com 75% do CO2 liberado em naes industrializadas. A devastao e queima de florestas tropicais so
outros grandes contribuintes. O gs carbnico acumulado forma um filtro na atmosfera, impedindo a passagem do calor
armazenado pela terra e aumentando a temperatura mdia. Essas alteraes, at meados do prximo sculo, tero
efeitos nocivos sobre o clima da terra e sobre as atividades que dele dependem.
171
Efeitos Ambientais so as alteraes mensurveis de processos (eroso do solo, disperso de poluentes,
relocalizao de pessoas, etc) naturais e da qualidade ambiental, iniciados ou acelerados a partir de aes antrpicas.
Eluvio material detrtico resultante da desintegrao da rocha matriz, e que permanece in situ. Pode o material ser
deslocado ou mesmo arrastado por guas colina abaixo, por uma certa distncia, porm no pode ter sido transportado
por uma corrente.
Empreendimento definido como toda e qualquer ao fsica, pblica ou privada que, com objetivos sociais ou
econmicos especficos, cause intervenes sobre o territrio, envolvendo determinadas condies de ocupao e
manejo dos recursos naturais e alterao sobre as peculiaridades ambientais.
Endmico grupo nativo, restrito a uma determinada rea geogrfica ou ecossistema.
Entorno rea que circunscreve um territrio, o qual tem limites estabelecidos, por constituir espao ambiental ou por
apresentar homogeneidade de funes.
Eroso desgaste do solo, ocasionado por diversos fatores, tais como: gua corrente, geleiras, ventos e vagas.
Escala (cartografia) relao existente entre as dimenses dos elementos representados em um mapa e as
correspondentes dimenses na natureza.
Escudo rea de exposio de rochas do embasamento cristalino em regies cratnicas, comumente com superfcie
convexa.
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) um dos elementos do processo de avaliao de impacto ambiental. Processo
sistemtico que busca identificar e interpretar, bem como prevenir, previamente, as consequncias ou efeitos que
determinados empreendimentos possam causar para o ambiente biogeofsico, sade, aos efeitos scioeconmicos e
bem-estar antrpicos.
Estudos Ambientais so todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados localizao,
instalao, operao e ampliao de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsdio para a anlise da
licena requerida, tais como: relatrio ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatrio ambiental preliminar,
diagnstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperao de rea degradada e anlise preliminar de risco.
Extrato camada de vegetao que constitui o habitat de determinadas espcies.
Faixa de Domnio rea de terra de propriedade pblica onde se localiza a rodovia e limitada pelas cercas laterais
que separam a rodovia dos imveis marginais particulares.
Falha (Geologia) fratura ou cisalhamento em blocos de rochas que se deslocaram um em relao ao outro, ao longo
dos planos.
Fatores ambientais so elementos ou componentes que exercem funo especfica ou influem diretamente no
funcionamento do sistema ambiental.
Garimpagem trabalho individual no qual so utilizados instrumentos rudimentares, aparelhos manuais ou mquinas
simples e portteis, na extrao de gemas, minerais metlicos ou no-metlicos, valiosos, em depsitos de eluvio ou
aluvies, nos alvolos de cursos dgua ou nas margens reservadas, bem como nos depsitos secundrios ou chapadas
(grupiaras), vertentes e alto de morros, depsitos esses genericamente denominados garimpos.
Garimpeiro trabalhador que extrai substncias minerais teis, por processo rudimentar e individual de minerao,
garimpagem, faiscao ou cata.
Geologia ambiental aplicao de informao geolgica a problemas ambientais.
Gesto ambiental conduo, direo, proteo da biodiversidade, controle do uso de recursos naturais, atravs de
determinados instrumentos, que incluem regulamentos e normatizao, investimentos pblicos e financiamentos,
requisitos interinstitucionais e jurdicos. Este conceito tem evoludo para uma perspectiva de gesto compartilhada pelos
diferentes agentes envolvidos e articulados em seus diferentes papis, a partir da perspectiva de que a responsabilidade
pela conservao ambiental de toda a sociedade e no apenas do governo, e baseada na busca de uma postura pr-
ativa de todos os atores envolvidos.
Habitat ambiente que oferece um conjunto de condies favorveis para o desenvolvimento, a sobrevivncia e a
reproduo de determinados organismos.
Impacto Ambiental a estimativa ou o julgamento do significado e do valor de qualquer alterao das propriedades
fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a sade, a segurana e o bem-estar da populao; as
atividades sociais e econmicas; a biota; as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; a qualidade dos recursos
ambientais.
Impacto Ambiental Regional todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (rea de Influncia
Direta do projeto), no todo ou em parte, o territrio de dois ou mais Estados.
Indicador so variveis perfeitamente identificveis, utilizadas para caracterizar (quantificar ou qualificar) os
objetivos, metas ou resultados.
172
Insolao Radiao solar que chega a superfcie terrestre.
Intemperismo processos fsicos, qumicos e biolgicos que atacam a rocha ou sedimentos proporcionando sua
decomposio.
Interflvio poro do terreno que separa dois ou mais vales fluviais.
Isoieta Linha que une pontos com igual precipitao pluviomtrica.
Isopsas linhas que unem pontos com mesma altitude. Sinnimo de curva de nvel ou curva hipsomtrica.
Jazida rea indicada para a obteno de solos ou rocha a empregar na execuo das camadas do pavimento.
Jusante ponto ou rea situada abaixo do local considerado, referido a uma corrente fluvial. Na direo da foz.
Licena Ambiental ato administrativo pelo qual o rgo ambiental competente, estabelece as condies, restries e
medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fsica ou jurdica, para localizar,
instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental.
Licena de Instalao (LI) autoriza a instalao do empreendimento ou atividade de acordo com as especificaes
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, da qual constituem motivo determinante.
Licena de Operao (LO) autoriza a operao da atividade ou empreendimento, aps a verificao do efetivo
cumprimento do que consta das licenas anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a operao.
Licena Prvia (LP) concedida na frase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua
localizao e concepo, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos bsicos e condicionantes a
serem atendidos nas prximas fases de sua implementao.
Licenciamento Ambiental procedimento administrativo pelo qual o rgo ambiental competente licencia a
localizao, instalao, ampliao e a operao de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradao
ambiental, considerando as disposies legais e regulamentares e as normas tcnicas aplicveis ao caso.
Manejo aplicao de programa de utilizao dos ecossistemas ou de espcies em teorias ecolgicas slidas, para
garantir que os valores intrnsecos das reas naturais no sejam alterados; forma de interferncia humana
freqentemente adotada para atenuar ou eliminar desequilbrios num ecossistema.
Manuteno Peridica de Rodovia operaes ocasionalmente requeridas por um trecho de uma rodovia, aps um
perodo de vrios anos. Normalmente requer recursos significativos ou apropriados para sua implementao e
usualmente necessita da aplicao temporria daqueles recursos no trecho em questo. Essas operaes requerem
identificao especial e planejamento para sua implementao e, freqentemente, requerem projetos prvios.
Manuteno Rodoviria atividades de rotina peridicas e urgentes para manter o pavimento, acostamentos,
taludes, dispositivos de drenagem e todas as outras estruturas e instalaes no limite da faixa de domnio, to prxima
quanto possvel das condies de construo ou de reabilitao. A manuteno inclui pequenos reparos e providncias
para eliminao das causas dos defeitos e evita a repetio excessiva dos servios de manuteno.
Manuteno Rotineira a operao de manuteno desenvolvida uma ou mais vezes por ano num trecho de uma
rodovia. A sua necessidade pode ser estimada ou planejada a intervalos regulares como, por exemplo, controle da
vegetao.
Massa de ar Grande compartimento atmosfrico com caractersticas fsicas homogneas (umidade e temperatura).
Sua classificao considera a superfcie de origem (marinha ou continental) e a zona (equatorial, tropical , polar e ainda
rtica ou antrtica).
Medidas Compensatrias medidas tomadas pelos responsveis pela execuo de um projeto, destinadas a
compensar impactos ambientais negativos, notadamente alguns custos sociais que no podem ser evitados ou uso de
recursos ambientais no renovveis.
Medidas Mitigadoras so aquelas destinadas prevenir impactos negativos ou reduzir sua magnitude. prefervel
usar a expresso medida mitigadora em vez de medida corretiva, uma vez que a maioria dos danos ao meio
ambiente, quando no pode ser evitada, pode apenas ser mitigada ou compensada.
Meio Ambiente conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biolgica, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
Microclima condies climticas existentes numa rea delimitada s vezes criadas artificialmente.
Mitigao processo que identifica aes para evitar, diminuir ou compensar impactos ambientais adversos previstos.
Monitoramento ambiental coleta para um propsito predeterminado, de medies ou observaes sistemticas e
intercomparveis, em uma srie espao-temporal, de qualquer varivel ou atributo ambiental, que fornea uma viso
sinptica ou uma amostra representativa do meio ambiente. Superviso permanente ou peridica da implementao
173
fsica, financeira e temporal de um projeto, para se assegurar que os recursos, as aes, os resultados, e os fatores
externos esto ocorrendo de acordo com o plano.
Montante oposto jusante. Direo oposta corrente de um rio.
Morfoescultura modelado ou tipo de forma de relevo gerada sobre uma ou vrias morfoestruturas.
Morfoestrutura grandes conjuntos do substrato geolgico sobre os quais so esculpidas as formas de relevo. As
morfoestruturas so: plataformas ou crtons, bacias sedimentares e cadeias orognicas.
Morfometria extrao de medidas quantitativas de formas do relevo.
Movimentos de Massa movimentao de uma grande quantidade de sedimentos ou solos.
Nvel de Base nvel altimtrico a partir da qual se processa a eroso remontante em uma bacia hidrogrfica.
Off sets linhas de estacas demarcadoras da rea de execuo dos servios.
Ong Organizao no-governamental. Expresso difundida a partir dos Estados Unidos para designar grupos de ao
independentes, sem vinculao com administrao pblica. Muito usado para designar as associaes ambientalistas,
vem sofrendo crticas por parte de alguns setores do movimento ambiental, pelo sentido muito amplo, aplicvel a
qualquer tipo de organizao.
Oznio gs formado pelo oxignio na atmosfera; protege a superfcie da Terra da radiao ultravioleta emitida pelo
sol.
Formado a grande altitude (cerca de 25 km da superfcie terrestre) o gs oznio um escudo protetor penetrao da
radiao ultravioleta que, se atingir em grandes doses, muito prejudicial aos seres vivos. A exposio direta as
radiaes ultravioletas tem provocado a morte de enormes quantidades de seres do plncton do Plo Sul e afetado toda
a vida animal da regio. So dois os problemas associados a camada de oznio: a depresso da camada, isto , a
reduo de sua espessura, diminuindo seu poder de filtrar a luz solar, o que resulta no aumento da intensidade da
radiao ultravioleta em toda a terra; o buraco da camada de oznio, que se forma anualmente na primavera sobre a
Antrtida, permanecendo por dois ou trs meses, provocado provavelmente pela concentrao de poluentes trazidos
pelos ventos de grande circulao atmosfrica. J foi comprovado que gases como o CFC (clorofuocarbono ou freon,
propelene usados em aerosis compressores de geladeira e como borbulhante) atacam e destroem a camada de oznio.
Padro de Drenagem arranjo espacial dos cursos dgua influenciado pelo substrato (solo, geologia e relevo).
Padres ambientais estabelecem o nvel ou grau de qualidade exigido pela legislao ambiental para parmetros de
um determinado componente ambiental. Em sentido restrito, padro o nvel ou grau de qualidade de um elemento
(substncia, produto ou servio) que prprio ou adequado a um determinado propsito. Os padres so estabelecidos
pelas autoridades como regra para medidas de quantidade, peso, extenso ou valor dos elementos. Na gesto
ambiental, so de uso corrente os padres de qualidade ambiental e dos componentes do meio ambiente, bem como os
padres de emisso de poluentes.
Parmetros significa o valor de qualquer das variveis de um componente ambiental que lhe confira uma situao
qualitativa ou quantitativa. Valor ou quantidade que caracteriza ou descreve uma populao estatstica. Nos sistemas
ecolgicos, medida ou estimativa quantificvel do valor de um atributo de um componente do sistema.
Parcelamento do solo qualquer forma de diviso de uma gleba em unidades autnomas, podendo ser classificada
em loteamento ou desmembramento, regulamentada por legislao especfica.
Particulados partculas slidas ou lquidas finamente divididas no ar ou em uma fonte de emisso. Incluem poeiras,
fumos, nevoeiros, asperso e cerrao.
Pavimento conjunto de camadas executadas acima do subleito sobre as quais trafegam os veculos.
Peculiaridades ambientais a expresso envolve os sistemas ambientais, alterados ou no, destacando os
componentes biticos e abiticos, seus fatores, seus processos naturais, seus atributos (qualidade, valor sociocultural),
os patrimnios culturais, cnicos, da biodiversidade que se destacam pela raridade, potencialidade ou fragilidade.
Envolvem tambm a tipologia e a qualificao dos recursos naturais.
Pediplano rea plana ou suavemente ondulada recoberta por pedimento. A origem dos pediplanos est ligada a
climas semi-ridos sendo comum encontrarem-se relevos residuais ( inselbergs) difundidos no seu interior.
Plano de manejo projeto que orienta o uso dos recursos naturais de uma rea natural protegida, dentro de prtica
conservacionista, respeitando sua capacidade de regenerao, de modo a no alterar sua caracterstica; o plano de
manejo pode determinar a intangibilidade de reas representativas de um ecossistema.
Plataforma faixa da rodovia que inclui pista de rolamento e acostamento.
Pluviometria medida de precipitao pluvial em geral expressa em mm.
Poluente genericamente, qualquer fator que tenha efeito danoso aos seres vivos ou a seu meio.
Poluio degradao da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a
sade, a segurana e o bem-estar da populao; criem condies adversas s atividades sociais e econmicas; afetem
174
desfavoravelmente a biota; afetem as condies estticas ou sanitrias do meio ambiente; lancem matrias ou energia
em desacordo com os padres ambientais estabelecidos.
Poluidor pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, responsvel, direta ou indiretamente, por atividade
causadora de degradao ambiental.
Ponto denominao regional para relevo residual de forma arredondada.
Ponte uma estrutura, geralmente com um vo de 5 m ou mais cabe ressaltar que na presente rea de estudo a
menor extenso existente, corresponde 30 m na BR-163 e 24 m na BR-230 para permitir a transposio de um
curso dgua, ferrovia ou outra obstruo, seja ela natural ou artificial. Uma ponte constituda de encontros, tabuleiro
e, s vezes, por muros de conteno e pilares.
Preservao conjunto de mtodos, procedimentos e polticas que visam a proteo a longo prazo das espcies,
hbitats e ecossistemas, alm da manuteno dos processos ecolgicos, prevenindo a simplificao dos sistemas
naturais.
Preservacionismo conjunto de idias e de atitudes em favor da proteo rigorosa de determinadas reas e recursos
naturais, consideradas de grande valor como patrimnio ecolgico. diferente do conservacionismo, porque no admite
qualquer interveno humana no local protegido.
Programa um conjunto de atividades, projetos ou servios dirigidos realizao de objetivos especficos, geralmente
similares ou relacionados.
Qualidade ambiental estado do solo, da gua, do ar e dos ecossistemas em relao aos efeitos da ao humana
numa determinada rea ou regio. Objetivamente, mede-se a qualidade de alguns dos componentes de um sistema
ambiental, ou mesmo subjetivamente em relao a determinados atributos como a beleza da paisagem, o conforto, o
bem-estar.
Qualidade da gua caractersticas qumicas, fsicas e biolgicas relacionadas com o seu uso para um determinado fim.
Queimada prtica agrcola rudimentar, proibida pelo Cdigo Florestal, que consiste na queima da vegetao natural
com o fim de preparar o terreno para utilizao agrcola.
Raster (varredura) estrutura de representao de dados onde as informaes esto vinculadas a uma matriz de
clulas (pixels).
Ravinas tipo de sulco mais aprofundado e que no atingiu o lenol fretico.
Recurso natural qualquer elemento, matria e energia que no tenha sofrido processo de transformao, que seja
usado diretamente para assegurar necessidades fisiolgicas, socioeconmicas ou culturais. Um recurso renovvel pode
se auto-renovar ou ser renovado a um ritmo constante, porque se recicla rapidamente, ou porque est vivo e pode
propagar-se ou ser propagado. Um recurso no-renovvel, aquele cujo consumo envolve necessariamente seu
esgotamento, pois no tem mecanismos fsico-qumicos ou biolgicos de gerao, regenerao ou de propagao.
Recursos reservas mais outros depsitos de materiais teis do planeta que podem, eventualmente, se tornar
disponveis.
Recursos ambientais a atmosfera, as guas interiores, superficiais e subterrneas, os esturios, o mar territorial, o
solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.
Reflorestamento reposio da floresta derrubada anteriormente, com espcies nativas e exticas, restaurao da
cobertura vegetal arbrea de uma rea desflorestada, utilizando vrias espcies e visando fins ecolgicos. O plantio de
monocultura com espcies exticas ou nativas deve ser entendido como atividade agrcola ou de cultivo (silvicultura).
Refgio rea protegida, visando a proteo da biota.
Regio poro de territrio contnua e homognea em relao a determinados critrios pelos quais se distingue das
regies vizinhas. As regies tm seus limites estabelecidos pela coerncia e homogeneidade de determinados fatores,
enquanto uma rea tem limites arbitrados de acordo com as convenincias.
Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA) declarao escrita que estuda e explora os possveis impactos associados
com um determinado projeto que pode afetar o ambiente. O relatrio exigido pela legislao ambiental vigente no
pas.
Reserva Legal rea localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservao
permanente, necessria ao uso sutentvel dos recursos naturais, conservao e reabilitao dos processos ecolgicos,
conservao da biodiversidade e ao abrigo e proteo de fauna e flora nativas.
Rodovia no-pavimentada num contexto geral, uma rodovia revestida com solo ou material granular.
Rodovia pavimentada num contexto geral, uma rodovia com revestimento betuminoso.
Sistema Ambiental ou do Meio Ambiente parte de um sistema mais complexo e deve ser visto como uma
estrutura global, complexa e organizada, um todo composto de diversas partes entrosadas, relacionadas e interagindo
entre si.
175
Sistemas de Informaes Geogrficas - Sistema baseado em computador composto de hardware, software, dados
e procedimentos, construdo para permitir a captura, gerenciamento, anlise, manipulao, modelamento e exibio de
dados referenciados geograficamente para solucionar, planejar, gerenciar problemas.
Stio Arqueolgico local que apresenta vestgios relacionados a estruturas de ocupao humana, que podem ser de
diferentes naturezas (aldeias, cemitrios, acampamentos, etc.)
Talude superfcie inclinada oriunda de escavao no solo ou aterro.
Talvegue linha que une os pontos mais baixos de um vale ou posio do trecho do rio em que as profundidades so
maiores.
Troposfera Compartimento da atmosfera terrestre situado junto a superfcie, estendendo-se at aproximadamente
15 km de altitude.
Unidade de conservao reas naturais protegidas: a resoluo de conservao n 011 do CONAMA de 03/12/87,
declara como Unidade de Conservao as seguintes categorias: estaes ecolgicas, reservas ecolgicas, reas de
proteo ambiental (especialmente nas zonas de vida silvestre e os corredores ecolgicos), florestas nacionais,
estaduais e municipais, monumelntos florestais e reas de relevante interesse ecolgico.
Unidade de preservao reas naturais protegidas: a resoluo de conservao n 011 do CONAMA de 03/12/87,
declara como Unidade de Preservao as seguintes categorias de Stios Ecolgicos de Relevncia Cultural, criadas pelo
poder pblico: estaes ecolgicas, reservas ecolgicas, reas de proteo ambiental (especialmente nas zonas de vida
silvestre e os corredores ecolgicos), parques nacionais, estaduais e municipais, monumentos florestais e reas de
relevante interesse ecolgico.
Usina de asfalto equipamento mecnico projetado para dosar e misturar agregados minerais e ligantes betuminosos
para produzir pr-misturados.
Uso do solo definido como o resultado de toda ao humana, envolvendo qualquer parte ou conjunto do territrio,
que implique na realizao ou implantao de atividades e empreendimentos. Tambm pode ser caracterizado como um
processo complexo envolvendo a implantao de um plano do uso do solo que aborde assuntos de uso da terra, metas
e objetivos, sumrio dos dados obtidos e anlise dos mesmos, mapa de classificao dos usos da terra, relatrio
descrevendo e indicando desenvolvimentos apropriados em reas de especial preocupao ambiental.
Vale rea constituda pelo talvegue, leitos menor e maior e limitada por vertentes que convergem.
Vertente planos de declives variados que divergem a partir dos interflvios, enquadrando o vale.
Vetorial estrutura de representao de dados baseada em coordenadas bastante usada em mapeamento. Cada
elemento representado uma lista de coordenadas x,y podendo ainda inserir-se um atributo z.
Vetorizao processo de digitalizao onde o produto final um arquivo digital vetorial.
Zona de Transio reas de contato entre dois ou mais biomas; em geral so formaes muito complexos e
algumas muito extensas, por exemplo, pantanal matogrossense.
Zona Equatorial Do ponto de vista fsico-geogrfico a poro terrestre situada entre 5 de latitude sul e norte.
Climatologicamente a poro onde inserem-se os climas equatoriais.
Zona Tampo faixa limtrofe a uma rea protegida; faixa de transio entre a rea protegida e as zonas de uso
controlado para reduzir o impacto da atividade humana sobre a rea protegida.
Zona Tropical Do ponto de vista fsico-geogrfico a poro terrestre situada entre os trpicos (aproximadamente
2327 de latitude sul e norte). Climatologicamente a poro onde ocorrem os climas tropicais. aceita tambm a
poro terrestre entre 30 de latitude sul e norte.
Zoneamento ambiental trata-se da integrao harmnica de um conjunto de zonas ambientais com seu respectivo
corpo normativo. Possui objetivos de manejo e normas especficas, com o propsito de proporcionar os meios e as
condies para que todos os objetivos da Unidade possam ser alcanados. instrumento normativo do Plano de Gesto
Ambiental, tendo como pressuposto um cenrio formulado a partir de peculiaridades ambientais diante dos processos
sociais, culturais, econmicos e polticos vigentes e prognosticados para uma determinada rea de estudo e sua regio.
Zoneamento econmico-ecolgico recurso do planejamento para disciplinar o uso e ocupao humana de uma
rea ou regio, de acordo com a capacidade de suporte; zoneamento agroecolgico ; variao para reas agrcolas; base
tcnica para o ordenamento territorial.
176
12 EQUIPE TCNICA
Os quadros abaixo apresentam a relao dos profissionais envolvidos no EIA / RIMA da pavimentao
da rodovia Cuiab-Santarm, com suas respectivas profisses, registros profissionais e Cadastro
Tcnico Federal do IBAMA.
177
26
24
22
20
18
16
178