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BIOGEOGRAFIA

Cincia que estuda as distribuies geogrficas


das espcies e dos txons mais elevados
Ser verificado nesta aula que:

1) As espcies tm distribuies geogrficas definidas

2) As distribuies geogrficas so influenciadas pela


disperso

3) As caractersticas ecolgicas de uma espcie limitam


sua distribuio

4) As distribuies geogrficas so influenciadas pelo


clima, como nas glaciaes
5) Em arquiplagos, ocorrem irradiaes adaptativas
locais

6) As espcies de reas geogrficas amplas tendem a ser


mais relacionadas com outras espcies locais do que
com espcies ecologicamente semelhantes de outras
partes do globo

7) As distribuies geogrficas so influenciadas pelos


eventos de vicarincia, alguns dos quais so causados
pelos movimentos tectnicos das placas

8) O grande intercmbio Americano


1) As espcies tm distribuies geogrficas
definidas:

Distribuies
disjuntas

Ex: Tucano Gnero Ramphastos


Distribuio geogrfica

Cosmopolita -> tpico de invasoras;


ocorrem em todos os lugares, fica difcil
saber qual o Centro de origem. Ex:
Taraxacum, Amaranthus, pombos
domsticos, homem.

Ampla distribuio -> Stylosanthes


guianensis -> do norte ao sul da Amrica
do Sul -> presente em regies tropicais,
sub-tropicais e temperadas -> muitas
subespcies e variedades.
Distribuio cosmopolita

Vanessa cardui

Rattus norvegicus
Homo sapiens

Orqudeas
Distribuio geogrfica

Endmicas -> ocorrem em reas restritas.


Ex: Stylosanthes angustifolia; S. debilis
(ocorre num nico local em Diamantina (10
a 15 km2).

Relitos -> espcies que j tiveram uma


grande distribuio e que agora tem uma
distribuio restrita.
Iguana da
Ilha de Mona
Dragon blood tree

Endmica da Ilha de Socotra Oceano ndico


Distribuio
restrita

Laelia bradei
Alligator sinensis -> restrita
reas de endemismo na Amaznia para a distribuio
geogrfica de aves (Silva et al., 2002; Cracraft, 1985)
Gnero Pionopsitta
Grupo Pipra serena Uirapuru estrela
2) As distribuies geogrficas so influenciadas
pela disperso

Animais e plantas movem-se ativa e passivamente


(na fase de sementes a disperso passiva), no
espao, para procurar reas desocupadas ou em
resposta a mudanas ambientais.

Por ex., quando o clima esfria, as espcies do


hemisfrio norte deslocam-se para o sul

Se uma espcie se origina em determinada rea e


depois se dispersa para completar sua distribuio
efetiva, o local em que ela se originou chamado
de Centro de Origem.
2) As distribuies geogrficas so influenciadas
pela disperso

Rotas de disperso:
Ex: movimento de animais por um corredor, quando
fazem parte do mesmo macio terrestre, sendo
que quaisquer dois locais unidos por ele tero alto
grau de similaridade de fauna. Ex: Brasil e Paraguai.

Corredores de pontes filtrantes -> conexo seletiva


entre dois locais: s alguns tipos de animais
conseguem ultrapass-la.
Ex: estreito de Bering mamferos da Am. do Norte
para a sia e vice-versa; mas no entre Am. do Sul
e sia (e vice-versa).
Pontes terrestres do
Alasca e do Panam
eram to distantes, to
estreitas e to
diferentes em ecologia
que nenhuma espcie
asitica ia para a
Amrica do Sul e vice-
versa.
Corredores de loteria -> mecanismos de disperso
aleatrios e acidentais, por meio dos quais animais se
movem de um lugar para outro. Ex: Ilha de Krakatoa.
Disperso: passiva, ativa, diversos mecanismos
Colonizao das ilhas Krakatoa por espcies vegetais transportadas
por diferentes mecanismos.
Aps 9 meses -> 1 espcie: aranha.
Aps 3 anos -> algas, 11 espcies de samambaias,
15 espcies de plantas.
Aps 10 anos -> exploso de coqueiros
Aps 25 anos -> 263 espcies animais, floresta densa
Aps 50 anos -> 47 espcies de vertebrados,
36 espcies de pssaros,
3 espcies de morcegos,
ratos, crocodilos

-> Meios de transporte: maioria por vento; vertebrados maiores


por correntezas, em galhos de rvores, ou nadando, ou voando.

Concluso: Onde h espao vazio, eles chegam l.


A ausncia de uma espcie em determinada rea
pode ser devido ao simples fracasso em alcanar
esta rea -> falta meios de transporte (histrico)

Como verificar isto?

-> Deve-se introduzir a espcie ausente na rea

-> Se a espcie sobreviver e se reproduzir, ela no


estava l por falta de meios de disperso

-> Se a espcie no sobreviver, ela ento no


habita a rea por outros fatores.
Exemplos de distribuio afetada pelo transporte -
espcies introduzidas pelo homem

Estorninho europeu (Stumus vulgaris)

-> Original da Eursia, do Mediterrneo Noruega e


Sibria.
-> Introduzido em 1890 em Nova Iorque (EUA), cerca de
160 pssaros (80 + 80), que se estabeleceram bem em 10
anos.
-> Foram se dispersando (principalmente pelos jovens com
1 a 2 anos) at ocupar todo o pas.
-> Percorreram cerca de 7.700.000 km2 em 50 anos.
Abelha melfera

-> No Brasil, a abelha italiana era dominante at a chegada


das abelhas africanas.

-> Introduo no Brasil em 1956 para fins de pesquisa e, por


acidente, foram soltas, e se dispersaram pelo Brasil, Amrica
do Sul e at os Estados Unidos.

-> Iniciou-se uma fase de africanizao (hibridao com as


nossas abelhas).

-> Em 1976, praticamente todas as colonias de abelhas


melferas no Brasil tornaram-se africanizadas.
3) As caractersticas ecolgicas de uma espcie
limitam sua distribuio

nicho fundamental vs nicho realizado


TEMPERATURA

-> Cada espcie tem uma temperatura letal mxima e


mnima, mas essas no so constantes para cada
espcie;

-> Indivduos de uma mesma espcie podem se


adaptar diferentemente aos ambientes, s
diferentes condies.
Ex: robalo (Centropomus undecimalis)

-> Distribuio da Flrida at Santa Catarina.


Restrita pela temperatura da gua Amrica
tropical e subtropical do Norte, Central e do Sul.
-> A temperatura pode atuar em qualquer estdio do
ciclo vital e limitar a distribuio de uma espcie
atravs de seus efeitos na (o):

(1) Sobrevivncia

(2) Reproduo

(3) Desenvolvimento dos indivduos na fase jovem

(4) Interao com outras formas de vida


(competio, predao, parasitismo e doenas)
Truta (Salvelinus fontinalis)

-> Prefere ambientes variando de 14 a 19oC quando


pode escolher, e o limite letal mximo ao redor
de 25oC.

-> Esta espcie est ausente de rios onde a


temperatura da gua excede a 24oC em qualquer
poca.
Mosquito Aedes aegypti

-> Distribui-se nas zonas tropicais e


subtropicais do globo e um vetor
comum da dengue e febre amarela.

-> Distribuio limitada pela latitude.


O limite superior (ao norte) e o limite inferior
(ao sul) da distribuio relacionados temperatura.

-> Temp. de 10oC letais s larvas e adultos. No


entanto, o estdio de ovo muito mais resistente
temperatura. Em algumas reas o mosquito
sobrevive no inverno em tal estdio.
UMIDADE

A gua tanto isoladamente como em conjunto com a


temperatura provavelmente o fator fsico mais
importante afetando a ecologia dos organismos
terrestres.
-> Adaptaes morfolgicas e fisiolgicas
relacionadas reteno de gua no organismo:

-> No reino vegetal, por exemplo, as plantas xerfitas


(vivem em ambientes demasiadamente secos)
possuem, nas folhas, adaptaes estruturais
para reduzir a perda de gua para a atmosfera.
Rato canguru do Arizona

-> Vive em buracos durante o dia e, noite,


sai em busca de comida.
-> Em seu habitat natural raramente encontra gua
para beber. Sua dieta consiste de sementes e
plantas secas, e no de plantas suculentas.

-> Em laboratrio, vive indefinidamente sem gua,


alimentando-se apenas de sementes secas.

-> A oxidao dos alimentos sempre forma gua. A


quantidade de gua que o rato produz a partir de
seus alimentos baixa, mas sua urina tambm
contm muito pouca gua. E muito salgada.
E suas fezes so extremamente secas. E com seu
hbito noturno, tambm perde pouca gua por
evapotranspirao.
Camelo

-> O camelo no pode se esconder num buraco


para escapar do calor, mas tambm pode ficar por
longos perodos sem gua.

-> Ele se alimenta de plantas suculentas e arbustos.

-> O camelo perde gua mais lentamente que o


homem. O volume de urina pequeno. A
transpirao ajuda a manter a temperatura do corpo
constante.
-> No camelo, a temperatura sobe lentamente at 41oC; s
ento comea a suar livremente. Ela tambm desce
abaixo do normal noite, at 34oC. Assim, poder passar
boa parte do dia at chegar a 40oC e comear a transpirar.
A l tambm impede a sudao.
Outros fatores:

LUZ

QUMICA DA GUA, pH e SALINIDADE

OXIGNIO

FOGO

ESTRUTURA DO SOLO E NUTRIENTES


) Pntanos: ambientes deficientes em nitrognio e
fsforo, assim plantas devem ser adaptadas a
baixos nveis dos dois minerais.
) Cerrado -> solos com pH cido, variando de
4,3 a 6,2. Elevado contedo de alumnio, e baixa
disponibilidade de nutrientes.
) Caatinga: espcies lenhosas e herbceas de
pequeno porte, no geral dotadas de espinhos,
caduciflias (perdem as folhas no incio da
estao seca), e cactceas e bromeliceas.
-> 11% do territrio nacional.
-> 596 espcies arbreas e arbustivas, sendo
180 endmicas.
4) As distribuies geogrficas so influenciadas
pelo clima, como nas glaciaes

A rea onde uma espcie encontra-se alocada pode ser


alterada em resposta a:

-> mudanas de habitat;


-> mudanas quanto ao uso da terra (ex: onde era um
fragmento de mata passa a ser uma rea de pastagem ou
campo cultivado);
-> introduo de uma nova espcie;
-> eliminao de um competidor;
-> dinmica interna da espcie, como por exemplo, uma
mutao que permite aos indivduos tolerarem novas
condies;
-> mudanas climticas.
http://www.earthgauge.net/2011/climate-fact-bird-breeding-range-shifts-great-lakes
Distribuio potencial atual de Aedes aegypti
Azul -> distribuio atual (azul escuro mais intensa)

Alaranjado -> distribuio potencial futura (quanto


mais escuro mais intensa)
Temperaturas mais elevadas esto estimulando espcies de pssaros nos EUA a
expandir suas reas de ocorrncia e reproduo em direo ao norte. Comparado
com 1970, Swainsons Thrush agora apresenta sua rea de reproduo (breeding
range) 142 km mais ao norte, enquanto que o Blue-gray Gnatcatcher possui sua
rea de reproduo 314 km mais ao norte.
-> No passado, alternncia climtica: perodos
glaciais e interglaciais

-> Aps a ultima glaciao, h cerca de 10 mil anos,


tendncia nos EUA das espcies avanarem para
o norte, com o recuo da calota polar
Mudana na
distribuio
geogrfica
de espcies
para o Norte
com o recuo
da calota
polar depois
da glaciao
mais recente
Consequencias evolutivas pelo movimento das
espcies de acordo com as glaciaes:

-> No auge da glaciao, ursos e ourios recuaram


para a Itlia, Espanha e os Blcs -> em refgios
Consequencias evolutivas pelo movimento das
espcies de acordo com as glaciaes:

-> Nos refgios -> pequenas populaes ->


diferenas genticas por seleo natural ou deriva

-> Recuo da calota polar p/ o norte -> as trs


populaes tambm se expandiram
-> conseqencias detectveis
Distribuio
dos principais
clados
genticos
dos ourios
Zona de sutura:
onde muitas
espcies formam
suas zonas
hbridas
Duas explicaes para a zona de sutura:

Histrica: explicada pelas glaciaes -> disperso


para os refgios na glaciao e posterior re-
encontro das populaes/espcies na zona de
sutura

Ambiental: essas zonas se formam nos locais


que tm as maiores descontinuidades
ambientais

A explicao histrica a mais aceita para


as zonas de sutura europias
Ex2: refgios devido s mudanas climticas
+ recentes:

Peixes ciprindeos nos desertos de Nevada/


California, EUA

Vivendo em poas e pequenos lagos de gua


dispersos, vestgios de um antigo sistema de lagos
e grandes rios
Cyprinodon armagosa

H 10.000 anos, grande seca com a formao


dos desertos do sul dos EUA

Alguns grandes rios como o Colorado permane-


ceram, outros secaram.

Formao de lagos e poas (refgios)


Cyprinodum diabolis
Cyprinodum nevadensis

H hoje no Death Valley


20 populaes isoladas de
ciprindeos, que divergiram em Cyprinodum radiosus
certo n de espcies (talvez 4,
e outras sete subespcies)

Grande variedade de formas e


tipos de adaptaes
ecolgicas
Cyprinodum salinus
5) Em arquiplagos, ocorrem irradiaes
adaptativas locais

Irradiao adaptativa uma espcie ancestral evolui


em vrias espcies descendentes com adaptaes
ecolgicas distintas

Ex: lagartos do gnero Anolis


Ilhas do Caribe
Lagartos do gnero Anolis ->
adaptaes a vrios nichos ecolgicos:

Ramagens: caudas longas


e patas curtas

Capim: caudas curtas

Troncos: patas longas


Perguntas:

-> Ser que uma espcie que vive nas ramagens, em


determinada ilha, compartilha um ancestral em
comum mais recente com as espcies de
ramagens de outras ilhas, ou com os Anolis
ecologicamente diferentes dela, de sua
prpria ilha?

-> Isto , o tipo ecolgico das ramagens


evoluiu uma s vez e da espalhou-se
pelas vrias ilhas?
Ou cada tipo ecolgico evoluiu
independentemente em cada ilha?
Resposta:

-> Na maior parte das vezes, cada tipo


ecolgico evoluiu independentemente
em cada ilha.

-> Ou seja, cada ilha tendia a ser colonizada


por uma populao de lagartos que, ento,
irradiava o conjunto usual de tipos
ecolgicos nessa ilha.

Em arquiplagos, ocorrem irradiaes


adaptativas locais
Exemplos de irradiao adaptativa:

http://www.anoleannals.org/2010/12/19/darwins-finches-vs-anoles/
6) As espcies de reas geogrficas amplas
tendem a ser mais relacionadas com outras
espcies locais que com espcies ecologicamente
semelhantes de outras partes do globo

Princpio semelhante ao dos lagartos Anoles


visto em uma escala geogrfica muito maior

Ex: ecossistemas do tipo mediterrneo: vistos no


Mediterrneo, California, Chile, frica do Sul,
Austrlia Ocidental

Plantas: arbustivas, duras e espinhentas, mas no


relacionadas evoluo convergente!!
Exemplos de
convergncia
evolutiva
7) As distribuies geogrficas so influenciadas
pelos eventos de vicarincia, alguns dos quais
so causados pelos movimentos tectnicos das
placas

Tectnica de placas (deriva continental) ->


influncia na distribuio geogrfica de
plantas e animais

Placas massa rochosa


Tectnica (grego) formar, construir
Vicarincia : ruptura na distribuio de um
txon

Ruptura por: formao de uma cordilheira


formao de um rio
formao de um oceano
formao de um canavial

Biogeografia da vicarincia Duas ou mais


espcies ocupando partes complementares de
uma rea que anteriormente era contnua e
ocupada pelo ancestral comum
Nmeros: estimativas do tempo em maa
Os biogegrafos do sculo XIX examinando as
distribuies de grande nmero de espcies do
globo, verificaram que, frequentemente,
diferentes espcies viviam nas mesmas reas.

Philip Lutley Sclater (1829-1913), ornitlogo


britnico, fez o primeiro mapa de regies
faunsticas para aves.

Alfred Russel Wallace generalizou as regies de


Sclater para outros grupos de animais.

Portanto, essas reas foram definidas, pplmente


pela distribuio de aves e mamferos, baseado no
grau de similaridade das espcies. .
Seis regies faunsticas do mundo, com base na distri-
buio dos animais, principalmente aves e mamferos
Linha de Wallace separando duas faunas distintas
em Borneo e Clebes.
A oeste dessa linha encontram-
se primatas, carnvoros
(incluindo o tigre), insectvoros,
faises, trogondeos,
picnonotdeos, e outras espcies
especificamente asiticas;

A leste encontram-se catatuas,


lris, casuares, opossum, alguns
marsupiais e uma diversidade
muito maior de papagaios do
que de esquilos;

As duas regies, embora com


condies semelhantes de clima
e de habitat, alojam dois
conjuntos faunsticos distintos.
Explicado pela
vicarincia
Antes da tectnica de placas ser conhecida,
pensava-se que a disperso era o principal
processo de alterao da distribuio
biogeogrfica

Os animais e plantas teriam se originado no seu


centro de origem, e as populaes descencentes
se dispersavam para outros locais
Dois testes so utilizados pelos biogegrafos
para comprovar o fenmeno da vicarincia:

1) Observar se o padro de rupturas em um


grupo concorda com a histria geolgica da
regio onde ele vive.

2) Comparar a relao entre a filogenia e a


biogeografia em vrios taxons
Figura 1: Aves paleognata (A) avestruz; (B) ema; (C) ave-elefante extinta; (d)
inhambu; (E) casuar; (F) meu; (G) moa extinto; (H) kiwi (Fonte Wikipdia exceto (B)
foto de Augusto Gomes e (D) foto de Jarbas Mattos).
Linhagens das aves ratita separadas
pela fragmentao de Gonduana.
Cladogramas de reas de marsupiais fsseis e recentes,
e de cinco outros taxons -> todos congruentes:
sustentando a previso de vicarincia (e no da disperso)
8) O grande intercmbio Americano

Forma-se o istmo do Panam h 3 milhes de anos

Unio das Amricas do Sul e do Norte

Duas faunas anteriormente separadas entram em


contato: tanto pelo processo de tectnica de placas
como pela disperso

Distribuio geogrfica de Gastrpodes


Marshall et al. (1982) dividiram os gneros em:

- Gneros primrios (os que evoluram no sul e


migraram p/ o norte, e vice-versa);

- Gneros secundrios (que descenderam dos


imigrantes primrios)
Nmeros e porcentagem de gneros de mamferos
terrestres nos ltimos 9 ma nas Amricas do Norte e do
Sul

50% dos gneros sul-americanos descendem dos norte-


americanos, enquanto que apenas 20% dos norte-
americanos descendem dos sul-americanos
O maior nmero absoluto de mudanas para o sul
deve-se, pplmente, ao maior nmero inicial de
mamferos no norte (talvez devido maior rea, que
suporta um maior nmero de espcies).
Porque a superioridade dos migrantes da Am. Norte?

Competio mais intensa entre predadores e presas


-> maiores tamanhos dos crebros -> vieram para a
Am. do Sul com mais inteligncia e armamentos
Concluso
Bilogos evolucionistas -> mais interessados nos
processos histricos que moldaram a distribuio das
espcies, sem desprezar a influncia da ecologia.
Concluso

A biogeografia uma das reas da biologia


evolutiva que est mais se beneficiando da expanso
da pesquisa da filogentica molecular

Novos marcadores estudos da filogenia de uma


espcie ou de grupos de espcies relacionadas
sistemtica molecular

Com a combinao da biogeografia e da filogenia


surge a filogeografia, que est no auge.
Concluso

Filogeografia: estudo dos processos histricos que


podem ser responsveis pela distribuio geogrfica
contempornea de indivduos. Isto conseguido
considerando a distribuio geogrfica dos indivduos
luz dos padres numa genealogia gentica.
Referncias bibliogrficas:

Ridley, M. (2006) Evoluo. Cap. 17. Biogeografia


evolutiva. p. 516-542

Ricklefs, R.E. (2006) A Economia da Natureza.


Cap.24. Histria e Biogeografia. p.424-442

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