Enem 1
Enem 1
Enem 1
Lipdios 2% a 5%
Carboidratos 1% a 3%
(Glicdios)
cidos 1%
Nuclicos
1
INFORMAO NUTRICIONAL
Poro___ g ou ml (medida caseira)
Quantidade por Poro % VD (*)
Valor Energtico ...Kcal = ... Kj
Carboidratos g
Protenas g
Gorduras Totais g
Gorduras Saturadas g
Gorduras Trans g
Fibra Alimentar g
Sdio mg
(*) % Valores Dirios com base em uma dieta de 2.000 Kcal ou 8.400 KJ. Seus
valores dirios podem ser maiores ou menores dependendo de suas
necessidades energticas.
gua
Molcula formada pela unio de dois elementos Hidrognio e um
elemento Oxignio atravs de ligaes covalentes polares formando uma
molcula com momento dipolar diferente de zero fazendo com que seja
classificada como uma substncia POLAR.
H2O
2
Solvente universal
Por ser de natureza polar, a gua capaz de solubilizar outras molculas
de mesma natureza, ou seja, protenas, sais, acares, aminocidos e outras
substncias (hidroflicas). Ela encontrada dissolvendo solutos dentro
(intracelular) e fora (extracelular) da clula. Nota-se que a maior parte da gua
encontra-se no meio intracelular.
Calor especfico
O calor especfico da gua de 1 cal/g C, ou seja, para aquecer 1g
de gua em 1C necessria 1 caloria. Comparando o calor especifico da gua
com o de outras molculas, observamos que necessrio fornecer muito mais
energia para elevarmos a temperatura da gua do que muitas substncias. Desta
3
forma, conclumos que, em funo do alto calor especifico, a gua apresenta um
papel fundamental nos mecanismos de termorregulao.
45
40
35
temperatura corporal
30
25 homeotermicos
20 pecilotermicos
15
10
5
0
10 20 30 40
temperatura ambiental
4
Desenvolvendo Competncias
1. Os distintos biomas apresentam temperaturas variadas [Planeta Terra:
Ecossistemas, 2008]. O homem, estando em um local de temperatura elevada,
consequentemente ter sua temperatura corporal alterada. Para a regulao
dessa temperatura, necessita de:
a) sudorese.
b) hemostasia.
c) expirao.
d) gutao.
e) turgncia.
5
d) um solvente limitado, pois no capaz de se misturar com muitas
substncias.
e) possui alta capacidade trmica e solvente de muitas substncias.
3.
A gua apresenta propriedades fsico-qumicas que a coloca em posio
de destaque como substncia essencial vida. Dentre essas, destacam-se as
propriedades trmicas biologicamente muito importantes, por exemplo, o
elevado valor de calor latente de vaporizao. Esse calor latente refere-se
quantidade de calor que deve ser adicionada a um lquido em seu ponto de
ebulio, por unidade de massa, para convert-lo em vapor na mesma
temperatura, que no caso da gua igual a 540 calorias por grama.
4. A gua o componente celular mais abundante, corresponde a cerca de 75 a 85% e est presente em
todas as clulas. Essa abundncia e universalidade nos seres vivos ocorre em funo de diversas
propriedades biolgicas dessa molcula.
II. Permite a ocorrncia das reaes bioqumicas no citoplasma, alm de contribuir para o equilbrio
trmico das clulas, evitando as variaes bruscas de temperatura.
III. uma molcula dotada da propriedade de catalisar determinadas reaes bioqumicas, tanto no
sentido de sntese como no de degradao de molculas.
6
c) Apenas a proposio II verdadeira.
d) Apenas as proposies II e III so verdadeiras
5. (UNIFE-SP) - Um ser humano adulto tem de 40 a 60% de sua massa corprea constituda por gua. A
maior parte dessa gua encontra-se localizada
a) no meio intracelular.
b) no lquido linftico.
d) na saliva.
e) no plasma sanguneo.
6. A gua apresenta inmeras propriedades que so fundamentais para os seres vivos. Qual, dentre as
caractersticas a seguir relacionadas, uma propriedade da gua de importncia fundamental para os
sistemas biolgicos?
a) Possui baixo calor especfico, pois sua temperatura varia com muita facilidade.
GABARITO
1. A
2. E
3. B
4. B
5. A
6. E
7
Curso Completo
Professor Jos Drummond
Biologia
Glicdios (Carboidratos)
Classificao
1
Importante
A molcula de glicose a principal fonte de energia para o organismo pois
degradada durante a respirao celular aerbia/anaerbia com objetivo de
produzir ATP.
2
de monossacardeos. Apresentam-se em grupos funcionais com propriedades
especificas, tendo como atribuio os seguintes aspectos:
Energtico
Estruturais
3
Disponvel em: http://istockpho.to/2lJZWag
4
Metabolismo Bsico
Hormnios produzidos pelo pncreas relacionados glicemia
Insulina
Caneta de insulina
5
Alterao no funcionamento da insulina.
Excesso de insulina
Faz com que a concentrao de glicose no sangue fique abaixo do normal promovendo
um desmaio ou at mesmo a condio de coma. Com a ingesto ou injeo de glicose,
a glicemia aumenta voltando as condies normais.
Deficincia da insulina
Faz com que a concentrao de glicose no sangue fique acima do normal deixando o
sangue mais viscoso e prejudicando sua circulao. O excesso de glicose no sangue,
em jejum, um sinal que o indivduo pode apresentar uma doena chamada Diabetes
Mellitus. Esta pode ser classificada de duas formas:
- Tipo 1
Tambm chamada diabetes mellitus juvenil, tem como caracterstica a
deficincia na produo do hormnio insulina promovendo a hiperglicemia.
Tratamento: Consiste em aplicar insulina diariamente para estimular a entrada de
glicose nas clulas.
- Tipo 2
Tambm chamada diabetes mellitus tardia, tem como caracterstica a
deficincia dos receptores da insulina nas clulas promovendo a hiperglicemia.
Tratamento: Consiste em ingerir um medicamento que estimula a produo ou melhor
funcionamento dos receptores de insulina.
Importante
Este hormnio de natureza proteica ou peptdica e como importante aps
as refeies, no pode ser via oral pois seria digerido pelo suco gstrico do usurio.
Glucagon
6
Importante: a adrenalina um hormnio produzido pela medula da glndula adrenal
quando o organismo submetido a um processo de medo, perigo ou estresse. Tem
como algumas funes, estimular a quebra do glicognio muscular e heptico e a
formao de novas molculas de glicose.
DESENVOLVENDO COMPETNCIAS
1 (Uel 2005). Pesquisadores franceses identificaram um gene chamado de RN,
que, quando multado, altera o metabolismo energtico do msculo de sunos,
provocando um acmulo de glicognio muscular, o que prejudica a qualidade da
carne e a produo de presunto (Pesquisa "FAPESP", n0. 54, p. 37, 2000).
Com base nos conhecimentos sobre o glicognio e o seu acmulo como reserva
nos vertebrados, correto afirmar:
a) um tipo de glicolipdeo de reserva muscular acumulado pela ao da
adrenalina.
b) um tipo de glicoprotena de reserva muscular acumulado pela ao do
glucagon.
c) um polmero de glicose estocado no fgado e nos msculos pela ao da
insulina.
d) um polmero de frutose, presente apenas em msculos de sunos.
e) um polmero protico estocado no fgado e nos msculos pela ao do
glucagon.
2. Durante uma atividade fsica, o nvel de glicose no sangue pode ficar abaixo do
normal. Nessa condio, qual hormnio liberado no sangue para normalizar a
concentrao de glicose?
a) tiroxina
b) insulina
c) adrenalina
d) glucagon
e) calcitonina
7
3 (Enem 2011). Na modernidade, o corpo foi descoberto, despido e modelado
pelos exerccios fsicos da moda. Novos espaos e prticas esportivas e de
ginstica passaram a convocar as pessoas a modelarem seus corpos.
Multiplicaram-se as academias de ginstica, as salas de musculao e o nmero
de pessoas correndo pelas ruas.
8
O quadro abaixo apresenta a quantidade de colesterol em diversos tipos de
carne crua e cozida.
III A retirada da pele de uma poro cozida de carne escura de frango altera a
quantidade de colesterol a ser ingerida.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
9
5 (UCS RS). Em uma refeio composta por arroz, feijo, bife, verdura cozida,
salada crua, suco de fruta e doce de sobremesa, no aproveitamos como
nutriente a substncia denominada:
a) sacarose.
b) frutose.
c) celulose.
d) aminocido.
e) cido ascrbico.
6 (ENEM 2012).
10
A condio fsica apresentada pelo personagem da tirinha um fator de risco
que pode desencadear doenas como
a) anemia.
b) beribri.
c) diabetes.
d) escorbuto.
e) fenilcetonria.
11
GABARITO
1. Gab: c
2. Gab: d
3. Gab: e
4. Gab: e
5. Gab: c
6. Gab: c
12
Curso Completo
Fsica
Professor Fbio Vidal
Voc saberia me dizer qual a melhor potncia de 10 ( 100, 101, 102...) representa a altura, em
metros, de um homem adulto? Ou que melhor potncia de 10 representaria a quantidade de calor,
em calorias, necessrias para ferver a gua que enche uma chaleira comum de cozinha? Na cincia
usamos notao cientfica e ordem de grandeza para respondermos a essas perguntas. Veja que na 1
pergunta teremos que pensar numa altura para um homem adulto. Sabemos que cada pessoa tem sua
altura mas precisamos de um valor prximo do real como 1,70m ou at mesmo 1,90m. Com esse valor
em mente podemos pensar rapidamente e descobrir que a melhor potncia de 10 que representa a
altura de um indivduo adulto 100m, pois 101m um valor bem maior do que a altura de um homem
adulto.
E qual a vantagem de descobrirmos a ordem de grandeza? Teremos uma noo melhor da
grandeza que estamos analisando e tiraremos melhores concluses das dimenses do que
descobrimos.
NOTAO CIENTFICA
Para determinar a Ordem de Grandeza precisamos escrever a dimenso da grandeza em
notao cientfica. Notao cientfica escrever o nmero que representa a dimenso da grandeza
com apenas um algarismo do lado esquerdo da vrgula e esse nmero no pode ser zero, dez ou maior
que dez. Observe:
ORDEM DE GRANDEZA
Melhor potncia de 10 que representa a dimenso da grandeza. Para determinar a O.G.
pegamos o nmero escrito em notao cientfica e comparamos a parte sem a potncia de 10, com o
algarismo 3,16:
120000m = 1,2 x 105m Como 1,2 < 3,16 teremos a O.G. = 105m
0,000673s = 6,73 x 10-4s Como 6,73 > 3,16 teremos a O.G. = 10-3s.
GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS
Na Fsica encontramos grandezas que so definidas como escalares, que com os seus valores
e unidades de medida so suficientes para caracteriz-las. o caso, por exemplo, do tempo. Observe
a frase: O corpo A se desloca em linha reta durante 20s. Quando lemos 20s podemos dimensionar o
tempo sem precisar de nenhuma outra caracterstica. Como exemplos de grandezas escalares temos
massa, temperatura etc. Observe: Um corpo de massa 2kg encontra-se na temperatura de 300C.
Repare que bastam os valores de 2kg e 300C pra conseguirmos dimensionar as grandezas massa e
temperatura.
No entanto temos grandezas que precisam mais do que um valor e uma unidade de medida
para serem precisamente caracterizadas. So as grandezas vetoriais que possuem tambm direo e
sentido. Observe mais esta frase: O corpo A se desloca em linha reta durante 20s e atinge a velocidade
de 60 km/h. O tempo foi totalmente caracterizado na frase anterior mas a velocidade deixou uma
pergunta no ar: Pra onde est a vel? Para direita? Para esquerda? Para cima? Ficou claro que a direo
e o sentido da velocidade no foram determinados e sendo assim no conseguiremos precisar essa
grandeza corretamente. Podemos citar como exemplos de grandezas vetoriais a acelerao, as foras,
os campos etc. importante sabermos identificar os vetores e os escalares pois a matemtica escalar
diferente da vetorial.
Obs.: O vetor um ente matemtico que possui mdulo (valor), direo (horizontal, vertical...), sentido
(para direita, para esquerda...) e um nome.
Representao:
ATENO: Observe que essa regra s se aplica para somar dois vetores!!!
SOMA DE VETORES: Regra do polgono Unir a extremidade de um vetor com a origem do outro
vetor e encontrar o vetor resultante fechando o polgono mas agora colocando o vetor soma origem
com origem e extremidade com extremidade.
ATENO: Na regra do polgono podemos somar uma quantidade maior do que 2 vetores.
SUBTRAO DE VETORES: Usaremos as mesmas regras da soma com a seguinte relao:
Assim como em muitas questes da cincia, dizer qual o tamanho do universo no uma tarefa
simples, j que, at agora, no sabemos ao certo se h algo alm do que nossos telescpios mais
potentes j puderam registrar () O universo observvel a parte que contm todas as coisas que
podem ser observadas da Terra porque a luz desses elementos chegou at ns. Isso inclui imagens de
satlites, telescpios e do olho nu () os cientistas acreditam que o dimetro do universo observvel
de 93 bilhes de anos-luz, aproximadamente. <UOL - Cincia e Sade>
a) 10-24 km
b) 1024 km
c) 1021 km
d) 10-21 km
e) 103 km
a) 3,0 kg.
b) 2,4kg.
c) 2,1kg.
d) 1,8kg.
e) 1,7kg.
4) Um evento est sendo realizado em uma praia cuja faixa de areia tem cerca de 3 km de
extenso e 100 m de largura.
A ordem de grandeza do maior nmero possvel de adultos que podem assistir a esse
evento sentados na areia de:
(A) 104
(B) 105
(C) 106
(D) 107
5) Numa cidade do interior de So Paulo, um novo bairro foi planejado para que todos os
quarteires sejam quadrados e suas ruas paralelas. A distncia entre um par de ruas ser de
100 m. Imagine um pedestre que realiza o percurso mostrado na figura, comeando no ponto
A e terminando sua trajetria no ponto B. Qual o mdulo do vetor que representa a
deslocamento (deslocamento vetorial) do pedestre?
6 (Enem 2015) As exportaes de soja no Brasil totalizaram 4,129 milhes em toneladas no ms de julho de 2012 e
registraram um aumento em relao ao ms de julho de 2011, embora tenha havido uma baixa em relao ao ms
de maio de 2012
A quantidade, em quilogramas, de soja exportada pelo Brasil no ms de julho de 2012 foi de:
a) 4,1291034,129103
b) 4,1291064,129106
c) 4,1291094,129109
d) 4,12910124,1291012
e) 4,1291015
Gabarito:
01) B
03) D
02) R = 3 N
04)C
05)282,4 m
6) c
Curso Completo
Professor Fbio Vidal
Fsica
1 Lei: INRCIA
Todo corpo que est em repouso, tende a permanecer em repouso; todo corpo que est em
movimento tende a permanecer em movimento; a no ser que um agente externo altere o seu estado
de equilbrio.
A inrcia caracteriza dois tipos de equilbrio: o esttico e o dinmico. O equilbrio esttico
ocorre com o corpo em repouso e o dinmico com o corpo em movimento retilneo uniforme. Nos dois
casos a fora resultante igual a zero.
Obs.: Massa: a medida quantitativa da inrcia de um determinado corpo. Ento, quanto
maior a massa de um corpo, maior vai ser a dificuldade para vencer a inrcia desse corpo.
FRES = m . a
Com isso temos a equao:
3Lei: AO E REAO
Se um corpo A exerce fora sobre um corpo B, este por reao, exerce em A, uma fora de
mesmo mdulo, mesma direo porm sentido oposto. De acordo com Newton, no existe fora que
seja capaz de agir sozinha, pois, para cada fora considerada ao, existe outra chamada de reao.
Temos que lembrar que as foras de ao e reao ocorrem sempre em corpos distintos e por isso no
se anulam mutuamente.
PRINCIPAIS TIPOS DE FORA
PRINCIPAIS(TIPOS(DE(FORA(
Observe%que%o%Peso%e%a%
g% gravidade%tem%sempre%mesma%
P% direo%
e%sen<do!%
b) NORMAL: fora que surge devido ao contato entre corpos. Essa fora chamado de Normal pois
perpendicular superfcie de contato. F(=(m(.(a((!(((P(=(m(.(g((((
NB%
NA%
PLANO%A%
c) TRAO OU TENSO: fora que surge devido a uma corda ou um fio que no seja inextensvel. Como
esta fora s existe se a corda estiver esticada, a tenso sempre atua, reagindo sobre o corpo,
puxando-o.
d) FORA ELSTICA: fora que surge devido a uma mola e sempre atuar de forma a restituir o
tamanho original da mola.
FAT
V=0 F V0
(EST) MOTORA
FAT(MAX) V = 0 FMOTORA FAT FMOTORA
(EST) (CIN) QG
QG QG
FMOTORA < FAT (MAX) FMOTORA = FAT (MAX) FMOTORA > FAT (MAX)
(EST) (EST) (EST)
GRFICO DE ATRITO:
(MAX)%
a) mB = 1,5 mA.
b) mA = 1,5 mB.
c) mA = 0,5 mB.
d) mB = 0,5 mA.
e) mA = mB.
02 - A figura abaixo mostra uma mola de massa desprezivel e de constante elastica k em tres situaes
distintas de equilbrio esttico. De acordo com as situaes I e II, pode-se afirmar que a situao III
ocorre somente se:
a) P2 = 36N
b) P2 = 27N
c) P2 = 18N
d) P2 = 45N
e) P2 = 50N
Adotar g = 10 m/s2.
a) 0,1
b) 0,2
c) 0,3
d) 0,4
e) 0,5
4) Os blocos A e B tm massas mA = 5,0 kg e mB = 2,0 kg e esto apoiados num plano horizontal
perfeitamente liso. Aplica-se ao corpo A a fora horizontal F, de mdulo 21N.
a) 21 N b) 11,5 N c) 9 N d ) 7 N e) 6 N
5) Uma pequena caixa lanada sobre um plano inclinado e, depois de um intervalo de tempo,
desliza com velocidade constante.
Observe a figura, na qual o segmento orientado indica a direo e o sentido do movimento da
caixa.
Entre as representaes abaixo, a que melhor indica as foras que atuam sobre a caixa :
6.Na parte final de seu livro, Discursos e demonstraes concernentes a duas novas cincias, publicado em 1638,
Galileu Galilei tratado movimento de um projtil da seguinte maneira: Suponhamos um corpo qualquer, lanado
ao longo de um plano horizontal, sem atrito; sabemos... que esse corpo se mover indefinidamente ao longo desse
mesmo plano, com um movimento uniforme e perptuo, se tal plano for ilimitado.
Gabarito:
1.a; 2.c; 3.b;4.e;5.d; 6.a
Curso Completo
Qumica
Prof.: Jos Roberto Mazzei
Estudo do tomo
Desde ANTES DE CRISTO, desde os filsofos da Grcia antiga aos nossos dias, o
homem vem buscando como explicar e definir o tomo. A prpria significncia da palavra
j nos leva a idia de indivisibilidade (a = no; tomo = diviso). Entretanto, a evoluo dos
conhecimentos atravs de cientistas como J.J.Thomson, Ernest Rutherford e Neils Bohr
foram nos levaram a descoberta de partculas ainda menores que o tomo, as chamadas
partculas subatmicas e a estruturao do que constitui o modelo atmico atual.
Modelo de Dalton
1 experimento
2 experimento
Nesse experimento, a presena da ventoinha tem por objetivo determinar se o feixe
possua massa. Como a ventoinha se movimenta, fica provada a existncia de massa no
feixe.
3 experimento
O ltimo experimento estudou a carga do feixe. Como pode ser observado acima, o
feixe aproxima-se da placa positiva tendo, portanto, carga negativa.
Modelo de Rutherford
Por ter a partcula alfa carga positiva foi possvel concluir que o tomo possui uma
regio central, que concentra a massa e tem carga positiva, denominada ncleo e outra
regio perifrica que apresenta um grande vazio com eltrons distribudos de forma
bastante dispersa, denominada eletrosfera.
Modelo de Bohr
Representao
A
XZ
Para clculo do nmero de nutrons, basta subtrair a massa do nmero atmico
N = A Z ou A = N + Z
Para espcies no estado fundamental, a quantidade de eltrons ser a mesma que a quantidade
de prtons
Ex: 39K19 A = 39; Z = 19; N = 20; e- = 19
Para ons (espcies com carga), o nmero de eltrons ser diferente do nmero de prtons, o
sinal da carga representa a quantidade de eltrons recebidos ou perdidos. Lembrando que o
eltron tem carga negativa, ou seja, se a espcie tiver com carga negativa, representa um ganho
de eltrons, se tiver com carga positiva, representa perda de eletrn.
Ex: 39K19+ A = 39; Z = 19; N = 20; e- = 18 (seria 19, porm a carga + indica perda de eltron)
Ex: 14N7-3 A = 14; Z = 7; N = 7; e- = 10 (seria 7, porm a carga -3, indica ganha de trs eltrons)
Semelhana Atmica
Istopos so tomos que apresentam o mesmo nmero de prtons, ou seja, pertencem ao mesmo
elementos qumicos, pois a quantidade de prtons no ncleo especfico para cada elemento.
1. H cerca de 100 anos, J. J. Thomson determinou, pela primeira vez, a relao entre a massa e
a carga do eltron, o que pode ser considerado como a descoberta do eltron. reconhecida como
uma contribuio de Thomson ao modelo atmico:
Pudim de passas
Campo de futebol
Bolinhas se chocando
Os planetas do sistema solar
tomos
s vezes
So essas coisas
Em qumica escolar
LEAL, Murilo Cruz. Soneto de hidrognio. So Joo del Rei: Editora UFSJ, 2011.
O antimonio e um elemento quimico que possui 50 protons e possui varios isotopos atomos que
so se diferem pelo numero de neutrons. De acordo com o grafico, os isotopos estaveis do antimonio
possuem
I. Partculas alfa foram desviadas de seu trajeto, devido repulso que o ncleo denso e a
carga positiva do metal exerceram.
II. tomos (esferas indivisveis e permanentes) de um elemento so idnticos em todas as
suas propriedades. tomos de elementos diferentes tm propriedades diferentes.
III. Os eltrons movem-se em rbitas, em torno do ncleo, sem perder ou ganhar energia.
c) analisou-se espectros atmicos com emisso de luz com cores caractersticas para cada
elemento.
d) caracterizou-se estudos sobre radioatividade e disperso e reflexo de partculas alfa.
Gabarito:
1.b
O experimento de Thomson contribuiu para a descoberta do eltron, indo contra uma teoria de
Dalton, que o tomo era indivisvel.
2.a
Os modelos usados por Thomson, Dalton e Rutherford so exatamente o pudim de passas,
bola de gude e o sistema solar.
3.d
No enunciado, foi dito que, o antimnio possui 50 prtons. Analisando o grfico, possvel observar
que os istopos estveis do antimnio possuem de 62 a 74 nutrons, ou seja, possuem entre 12 e
24 nutrons a mais que o nmero de prtons.
4.c
Se A e B so isbaros, isso significa que eles possuem o mesmo nmero de massa, ento j
podemos assimilar o seguinte:
Como B e C so istonos, isso representa que ambos possuem o mesmo nmero de nutrons.
Primeiro calculando quantos nutrons tem o elemento B:
Baseando-se nisso, podemos concluir o seguinte sobre a massa do elemento C:
5. a
Experimentos com partculas alfa foi de Rutherford, tomo macio e indivisvel era uma
teoria de Dalton e os eltrons em orbitais pertence a teoria de Bohr
6.d
Rutherford pode concluir que os eltrons ficavam em volta do ncleo justamente por experimentos
feitos com partculas alfas.
Curso Completo
Qumica
Prof.: Jos Roberto Mazzei
Radioatividade
Fisso nuclear:
a) emitir radiaes nocivas, por milhares de anos, em um processo que no tem como
ser interrompido artificialmente.
b) acumular-se em quantidades bem maiores do que o lixo industrial convencional,
faltando assim locais para reunir tanto material.
c) ser constitudo de materiais orgnicos que podem contaminar muitas espcies vivas,
incluindo os prprios seres humanos.
d) exalar continuamente gases venenosos, que tornariam o ar irrespirvel por milhares
de anos.
e) emitir radiaes e gases que podem destruir a camada de oznio e agravar o efeito
estufa.
Gabarito
1. [D]
A partir da injeo de glicose marcada com esse nucldeo, o tempo de
aquisio de uma imagem de tomografia cinco meias-vidas.
Teremos:
3. [B]
Como a base das estruturas sseas o elemento clcio, dentre os fenmenos
decorrentes da interao entre a radiao e os tomos do indivduo que permitem a
obteno desta imagem inclui-se a maior absoro da radiao eletromagntica pelos
tomos de clcio que por outros tipos de tomos.
4.[A]
O material mdico no pode acumular radiao, ou seja, no se torna radioativo por ter
sido irradiado. A deciso tomada pela companhia foi equivocada.
5.[C]
6. [A]
Matemtica Bsica
1a Classe
Operaes Bsicas:
603 + 79 =
Obs: esse o famoso processo do "vai um" que tanto estamos habituados a
falar.
1
Armando a conta, teramos o seguinte esquema: 6 0 3
+ 7 9
6 8 2
Exemplo 2:
1.853.076 + 85.664 =
1 1 1
1 8 5 3 0 7 6
+ 8 5 6 6 4
1 9 3 8 7 4 0
Propriedade
27 + 19 + 3 = 27 + 3 + 19 = 30 + 19 = 49
953 - 132 =
Centena (10 = 100) Dezena (101 = 10) Unidade (100 = 1)
9 5 3
1 3 2
9-1=8 5-3=2 3-2 =1
8 2 1
713 - 85 =
6 10 13
7 1 3
- 8 5
6 2 8
A x (B + C) = A x B + A x C
5 x 14 5 x (10 + 4) = 5 x 10 + 5 x 4 = 50 + 20 = 70
2
1 4
X 5
7 0
Tambm aqui ns multiplicamos o 5 pelo 4, resultando 20. Como 20
unidades equivalem a 2 dezenas, o dois acrescentado na ordem posterior
(assim como no processo da soma). Em seguida multiplicamos o 5 por 1
dezena (10). Somando as parcelas obtemos o resultado da multiplicao.
1 2 4 2 7 6
0 3 3 4
Nomenclaturas:
Dividendo Divisor
Resto Quociente
Exemplo 3:
589 5 =
5' 8 9 5
0 8' 1 1 7
3 9'
4
Exemplo 4:
541 5 =
5' 4 1 5
0 4' 1 0 8
4 0'
1
(O SISTEMA. 2013 ).
De acordo com o texto, se uma pessoa tivesse que efetuar um pagamento de 680
ris e s possusse moedas de Vintm de Ouro, ento, ao realizar esse pagamento, ele
poderia receber de troco uma quantidade mnima de moedas, correspondente a uma
moeda de
a) 40 ris.
b) 80 ris.
c) 10 e outra de 20 ris.
d) 10 e outra de 40 ris.
e) 10, uma de 20 e uma de 40 ris.
3. Camile gosta de caminhar em uma calada em torno de uma praa circular que possui
500 metros de extenso, localizada perto de casa. A praa, bem como alguns locais ao
seu redor e o ponto de onde inicia a caminhada, esto representados na figura:
a) Centro cultural.
b) Drogaria.
c) Lan house.
d) Ponto de partida.
e) Padaria.
Gabarito:
1.e; 2.a; 3.e;
Curso Completo
Matemtica
Professor Andr Novaes
Unidades de medidas
Unidade de medida:
Mltiplos Submltiplos
x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10
10 10 10 10 10 10
Mltiplos Submltiplos
Km Hm Dam m dm cm mm
Mltiplos Submltiplos
Km Hm Dam m dm cm mm
Mltiplos Submltiplos
x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10
10 10 10 10 10 10
Mltiplos Submltiplos
x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10
10 10 10 10 10 10
1 tonelada = 1000 Kg
5) Tempo
1 hora = 60 minutos
1 minuto = 60 segundos
1 dia = 24 horas
1 semana = 7 dias
1 ms = 30 dias
1 dcada = 10 anos
* Lembrando que os anos bissextos possuem 366 dias e que a durao do ano
comercial de 360 dias, pois admiti-se cada ms com 30 dias e este o valor
(360) utilizado na matemtica financeira e contabilidade.
Desenvolvendo Competncias
a) 60.000
b) 40.000
c) 50.000
d) 55.000
e) 30.000
Gabarito:
1. c; 2. c; 3. c;
Curso Completo
Professor Joo Felipe
Geografia
O Territrio
Nos estudos geogrficos, o territrio a poro do espao definida pelas
relaes de poder, ou seja, uma parte do Espao Geogrfico, com diferentes
escalas, definida por alguma forma de controle.
relativamente simples compreender esse conceito se nos limitarmos a
analisar o territrio nacional. Ao estudarmos um determinado pas, o seu
territrio a sua base espacial, o local onde valem as leis regulamentadas pelo
governo desse pas.
No entanto, o conceito de territrio no se aplica apenas ao Territrio
Nacional, ou seja, a base espacial dos Estados-Naes. O controle, declarado
ou no, de reas do Espao Geogrfico, define a ideia de territrio.
O grupo que se apropria de um territrio ou se organiza sobre ele cria relao
de territorialidade, que pode ser definida como a relao entre os agentes
econmicos, sociais ou polticos e a gesto do espao.
A Regio
b) O espao geogrfico (re) construdo pelas sociedades humanas ao longo do tempo, atravs
do trabalho. Para tanto, as sociedades utilizam tcnicas de que dispem segundo o momento
histrico que vivem, suas crenas e valores, normas e interesses econmicos. Assim, pode-se
afirmar que o espao geogrfico um produto social e histrico.
c) O lugar concebido como uma forma de tratamento geogrfico do mundo vivido, pois a
parte do espao onde vivemos, ou seja, o espao onde moramos, trabalhamos e estudamos,
onde estabelecemos vnculos afetivos.
d) A categoria territrio possui uma relao estreita com a de paisagem e pode ser considerada
como um conjunto de paisagens contido pelos limites polticos e administrativos de uma cidade,
estado ou pas.
O meu lugar,
Tem seus mitos e seres de luz,
bem perto de Oswaldo cruz ,
Cascadura, Vaz Lobo, Iraj.
O meu lugar,
sorriso, paz e prazer,
O seu nome doce dizer.
Madureira,ia, Iai.
Madureira,ia, Iai.
Em cada esquina um pagode um bar,
Em Madureira.
Imprio e Portela tambm so de l,
Em Madureira.
E no mercado voc pode comprar
Por uma pechincha voc vai levar,
Um dengo, um sonho pra quem quer sonhar,
Em Madureira.
Na msica de Arlindo Cruz possvel perceber que a ideia de lugar consiste na interrelao entre a cultura
objetiva e a cultura subjetiva.
a) O lugar tido como um intermdio entre o mundo e o indivduo. Neste, a lgica do desenvolvimento dos
sistemas sociais no se manifesta pela unidade das tendncias opostas individualidade e globalidade.
b) A realidade que se constri no lugar tensa, pois se refere a um dinamismo que se recria a cada
instante/momento entre homens, empresas, instituies e meio ambiente construdo.
c) No lugar as relaes so, permanentemente, instveis, em que globalizao e localizao, globalizao e
fragmentao so termos de uma dialtica que se refaz com freqncia.
d) A individualizao e especializao produtiva de cada lugar (re) produz sua rede urbana, funo urbana,
estrutura e uso do solo, habitao, renda, segregao social, meios de consumo e informao, papel do
Estado entre outros. A uma maior globalidade corresponde uma maior individualidade.
e) Ao revisitar os lugares, no mundo atual, encontraremos novos significados, novas identidades, pois esses
so construdos no cotidiano/mundo vivido e considera as variveis: objetos, aes, tcnica, informao e
tempo.
3.Em vrias reas do conhecimento, o conceito de regio utilizado com diferentes propsitos ou
objetivos. Na Literatura, por exemplo, esse conceito foi usado em obras literrias e traduz delimitaes
espaciais, expressas no regionalismo, como foi o caso de escritores nordestinos, como Rachel de Queiroz,
Jos Lins do Rego, Jorge Amado, Ariano Suassuna, entre outros. Na Sociologia, tambm se pode encontrar
esse mesmo recorte regionalista, como o elaborado por Gilberto Freyre. Para a Geografia, o conceito de
regio tem importante significado.
(MARTINS, D.; et al. Geografia sociedade e cotidiano: fundamentos. Vol. 01. 3 ed. So Paulo: Escala
Educacional, 2013. p.36)
O conceito de regio para a Geografia melhor se identifica em uma das afirmaes a seguir. Assinale-a.
b) Criao racional em que se divide uma rea com base em critrios previamente estabelecidos.
c) Diviso social das prticas humanas que diz respeito aos processos de composio dos elementos
urbanos.
d) Delimitao espacial realizada a partir da posse, soberania ou domnio sobre uma determinada rea a
partir de uma relao de poder.
I. A simples observao da paisagem no nos traz explicaes sobre as funes das edificaes, da
organizao dos sistemas de produo e de tecnologias empregadas.
II. Apenas os elementos naturais so suficientes para entendermos o espao geogrfico, visvel atravs das
paisagens.
III. Ao considerarmos os elementos naturais, as funes dos espaos construdos, as relaes e as estruturas
econmicas, sociais e polticas, estamos tratando do espao geogrfico e no apenas das paisagens.
IV. As paisagens geogrficas envolvem no somente os aspectos naturais, mas tambm os aspectos visveis
da cultura das sociedades.
a) I e II
b) II e III
c) II e IV
d) I, II e IV
e) I, III e IV
5. (UEPB) De acordo com a composio Triste Partida de Patativa do Assar, nas estrofes que dizem
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu bero, seu lar
[...]
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar...
A categoria geogrfica lugar que aparece no fragmento do texto est empregada
a) com o sentido de paisagem, pois do topo da serra que o retirante delimita visualmente o que ele
denomina como o seu lugar.
b) erroneamente porque ningum pode ter o sentimento de identidade e de pertencimento a uma terra
inspita que s lhe causa sofrimento. O lugar para cada pessoa o espao onde consegue se reproduzir
economicamente.
c) com o sentido de territrio, pois trata-se de um espao apropriado pelo fazendeiro, o qual exerce sobre o
mesmo uma relao de poder.
d) corretamente porque est impregnada de emoes e de afetividade. H uma identidade de pertencimento
para com esta parcela do espao.
e) com conotao de regio natural, pois trata-se do Serto nordestino de abrangncia do clima semi-rido
de chuvas escassas e irregulares e da presena da vegetao de caatinga.
6. (UFU) A Geografia se expressou e se expressa a partir de um conjunto de conceitos que, por vezes, so
considerados erroneamente como equivalentes, a exemplo do uso do conceito de espao geogrfico como
equivalente ao de paisagem, entre outros.
Considerando os conceitos de espao geogrfico, paisagem, territrio e lugar, assinale a
alternativa INCORRETA.
a) A paisagem geogrfica a parte visvel do espao e pode ser descrita a partir dos elementos ou dos
objetos que a compem. A paisagem formada apenas por elementos naturais; quando os elementos
humanos e sociais passam a integrar a paisagem, ela se torna sinnimo de espao geogrfico.
b) O espao geogrfico (re)construdo pelas sociedades humanas ao longo do tempo, atravs do trabalho.
Para tanto, as sociedades utilizam tcnicas de que dispem segundo o momento histrico que vivem, suas
crenas e valores, normas e interesses econmicos. Assim, pode-se afirmar que o espao geogrfico um
produto social e histrico.
c) O lugar concebido como uma forma de tratamento geogrfico do mundo vivido, pois a parte do espao
onde vivemos, ou seja, o espao onde moramos, trabalhamos e estudamos, onde estabelecemos vnculos
afetivos.
d) Historicamente, a concepo de territrio associa-se ideia de natureza e sociedade configuradas por um
limite de extenso do poder. A categoria territrio possui uma relao estreita com a de paisagem e pode
ser considerada como um conjunto de paisagens contido pelos limites polticos e administrativos de uma
cidade, estado ou pas.
Gabarito:
O Ncleo
A Crosta Terrestre
Estruturas Geolgicas
Escudos Cristalinos
Bacias Sedimentares
Dobramentos Modernos
5. PUC MG - A teoria da Tectnica de Placas explica como a dinmica interna da Terra responsvel
pela estrutura da litosfera, sendo INCORRETO afirmar:
a) A litosfera a parte rgida que compe a crosta terrestre; segmentada em placas que flutuam em vrias
direes sobre o manto.
b) O movimento das placas pode ser convergente ou divergente, aproximando-as ou afastando-as, ou ainda
deslizando-as uma em relao outra.
c) A tectnica responsvel por fenmenos como formao de cadeias montanhosas, deriva dos
continentes, expanso do assoalho ocenico, erupes vulcnicas e terremotos.
d) As placas continentais e ocenicas possuem semelhante composio mineralgica bsica, uma vez que
essas placas compem a crosta terrestre.
a) Os escudos cristalinos constituem o embasamento fundamental das terras emersas, pois originaram-se
de dobramentos modernos.
b) As bacias sedimentares resultam da ao combinada dos processos destrutivos de eroso e dos processos
construtivos de acumulao ou sedimentao.
c) O ncleo da Terra encontra-se em estado pastoso.
d) O manto o envoltrio rochoso da Terra.
e) Os vulces so gerados por violentos movimentos de massas no interior do ncleo.
Bate-papo
1. Gabarito: e
2. Gabarito: c
3. Gabarito: a
4. Gabarito: d
5. Gabarito: d
6. Gabarito: b
Curso Completo
Professor: Marcelo Tavares
Histria
Mesopotmia
A - Contexto de Anlise
a partir desse cenrio que o nosso raciocnio vai se desenvolver. Imagine que essas
comunidades comeam a se estabelecer em regies que permitem fcil acesso gua
(fundamental para a irrigao - lembrar do termo sociedades hidrulicas) e terras frteis.
No toa, os historiadores convencionaram chamar essa regio de crescente frtil, entre os
rios Tigre, Eufrates e Nilo. Ou seja, o bero da humanidade seria a regio dos atuais Iraque,
Ir, Kuwait.
B- As tentativas de unificao
Acdios: a primeira tentativa de unificao se deu atravs de uma cidade chamada Acdia
e de seu patesi, Sargo I por volta de 2350 A.C. A cultura sumria passou a ser difundida e
serviu ao projeto de unificao.
Caldeus: era criado o segundo Imprio Babilnico em 610 A.C. O Novo Imperio Babilnico
assumiu as heranas da centralizao assria, combinada com uma administrao mais
competente. O governo de Nabucodonosor incentivou as artes, a astronomia e ficou famoso
pela construo dos jardins suspensos.
C- Egito
A Grcia Antiga
1- Poltica e Economia
Para aqueles que desejam aprimorar seu conhecimento sobre a histria das
civilizaes determinante a preocupao com a noo de contemporaneidade dos
eventos analisados. Vejamos o que isso: ainda que sejamos impulsionados a estabelecer
uma inflexvel ordem de eventos quando estudamos como se um processo s pudesse
comear quando um outro anterior terminasse - devemos ter em mente que muitos dos
nossos temas acontecem num mesmo perodo histrico.
Ainda que os gregos antigos nunca tenham constitudo uma unidade poltica (ou um
Estado Nacional, da forma como a Grcia hoje) se sentiam parte de um mesmo conjunto
lingustico e cultural: a Hlade. Politicamente estavam organizados notadamente a partir
do ano 700 a.C - no que chamamos plis, ou cidades-estados. Alis a palavra poltica, usada
h sculos para definir as relaes sociais na esfera pblica, vem justamente do termo plis.
Veja no mapa abaixo a distribuio das plis gregas. Em seguida observe o mapa que
representa a regio atualmente.
3 Atenas
Voltando a Atenas: quanto excluso feminina, uma das ilustraes mais utilizadas
por bancas de vestibulares a msica Mulheres de Atenas, do cantor e compositor Chico
Buarque. Repare as possibilidades de contextualizao propostas pelo autor no que se
refere subordinao da mulher ateniense:
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raa de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas no choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas; cadenas
(...)
(...)
3.2 - Cultura
Alm da democracia, Atenas se notabilizou por sua produo filosfica. A tradio
filosfica grega, ainda no perodo homrico, se caracterizava por uma abordagem mitolgica
para explicar o mundo. Gradativamente, a partir do sculo VI a.C, seus filsofos
enveredaram pela perspectiva racional baseada na evidncia. Isso provocou uma srie de
investigaes sobre o limite e o papel da razo, das nossas faculdades sensoriais, de como
o conhecimento adquirido - e em ltima instncia sobre o que o conhecimento. Foi o
nascimento da metafsica, da epistemologia e da tica.
Scrates, Plato e Aristteles foram os mais influentes dos antigos filsofos gregos.
Suas obras concentraram ateno no homem e na sua constituio extracorprea, o mundo
material no era mais prioritrio. Aristteles sustentou o pensamento medieval atravs da
interpretao de So Toms de Aquino (1225-1274), alicerce da Escolstica; Plato era a
fonte foi a fonte do pensamento moderno a partir do Renascimento e at hoje estudantes de
filosofia espalhados pelo Brasil se rendem ao estudo desses clssicos.
4-Esparta
4.2 - Cultura
Essa relao com a guerra explica o fato de que no sculo V a. C, Esparta tinha status
de potncia militar temida pelas outras pleis. Ainda que o espartano fosse um proprietrio
rural, valores culturais que priorizavam a produo de bons soldados tornavam a dedicao
guerra sua principal marca e verdadeira razo de ser. Formados soldados desde os 20
anos, seu treinamento militar comea ainda mais cedo, quando aos 7 sai da casa dos pais
para ingressar numa escola militar. Os valores de honra, desapego aos vcios, culto ao fsico
e sobrevivncia eram incrustados no homem espartano que os exibia com orgulho como
uma verdadeira identidade.
Terminada a guerra, Atenas se torna a lder da Liga de Delos, aliana militar formada
durante as Guerras Mdicas para arregimentar fundos, soldados e alimentos. Segundo
alguns autores, os atenineses se aproveitariam da liderana sobre a Liga, subjugando as
demais pleis atravs da cobrana de tributos e interferindo em suas polticas internas. Se
por um lado o imperialismo de Atenas permitiu que ela alcanasse seu apogeu, por outro
provocou crescente indignao das cidades subordinadas. A reao de vrias delas sob o
comando de Esparta no tardaria. Era a ciso no mundo grego.
Em 481 a. C explode a guerra do Peloponeso colocando frente a frente a Liga de
Delos e a Liga do Peloponeso (pennsula no sul da Grcia onde estava a maior parte das
cidades contrrias ao imperialismo ateniense). O conflito s terminaria 77 anos depois com
a vitria militar de Esparta, mas com o enfraquecimento e toda a Grcia graas aos esforos
empreendidos numa guerra to longa. A Guerra do Peloponeso marca o fim da Grcia
Antiga. Menos de um sculo depois, toda a regio caa sob o controle de um poderoso
general oriundo da regio da Macednia, norte da Pennsula Balcnica: Alexandre, o
Grande. A Grcia se subordinava a um dos maiores conquistadores do mundo antigo.
Aprofundando
A civilizao helenstica representa o auge da influncia da cultura grega no mundo
antigo, difundida pelo grandioso domnio militar dos macednicos na frica e no Oriente.
Apaixonado pela filosofia grega era discpulo de Aristteles! Alexandre fazia questo de
se comportar como um grego e repercutir os valores da hlade nas reas que dominava.
Aps a conquista do imprio persa, reinos helnicos foram estabelecidos ao longo do
sudoeste da sia e no nordeste da frica (Egito e Cirene, na antiga Lbia antiga). Isso
resultou na exportao da cultura e da lngua grega para estes novos reinos.
Assim, a civilizao helenstica, portanto, representa uma fuso do mundo grego
antigo com o do Oriente Prximo, Oriente Mdio e Sudoeste da sia um verdadeiro
intercmbio cultural que muitos consideram a primeira grande globalizao.
Desenvolvendo Competncias
1. Artigo 200: Se um homem arrancou um dente de um outro homem livre igual a ele,
arrancaro o seu dente.
Artigo 201: Se ele arrancou o dente de um homem vulgar pagar um tero de uma mina de
prata.
Artigo 202: Se um homem agrediu a face de um outro homem que lhe superior, ser
golpeado sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de couro de boi.
CDIGO DE HAMURBI. In: VICENTINO; DORIGO. Histria para o Ensino Mdio. So Paulo: Scipione,
2001. p. 47.
a) a pena pelo delito cometido pode variar de acordo com a posio social da vtima e do
agressor.
b) para a legislao de Hamurbi, a Lei de Talio era absoluta, sempre olho por olho,
dente por dente.
c) Hamurbi conseguiu unificar a Babilnia a partir da implantao de um s cdigo de leis
para todo o territrio.
d) os antigos babilnios consideravam que agredir a face de um homem era mais grave do
que arrancar seu dente.
4 (UFSM-RS). A regio da Mesopotmia ocupa lugar central na histria da humanidade. Na Antiguidade, foi bero da
civilizao sumeriana devido ao fato de:
b) ter um subsolo rico em minrios, possibilitando o salto tecnolgico da idade da pedra para a idade dos metais.
d) possuir uma rea agricultvel extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates.
e) abrigar um sistema hidrogrfico ideal para a locomoo de pessoas e apropriado para desenvolvimento comercial.
5. (UPE) As sociedades da Antiguidade Oriental tiveram prticas sociais com influncias marcantes das religies e
inventaram outras formas de conhecer o mundo. Na Mesopotmia, ocorreu/ocorreram:
a) o predomnio de castas sacerdotais poderosas, mas que criticavam o poder existente e combatiam as supersties;
b) expresses artsticas pouco originais, direcionadas s para admirao dos deuses e das foras da natureza;
c) o uso da escrita cuneiforme, a descoberta do uso da raiz quadrada e a crena na ao de espritos malgnos causadores
de doenas;
e) uma arte direcionada para consagrao dos feitos militares e no preocupada com a construo de uma arquitetura
grandiosa.
6 (FUVEST). A escrita cuneiforme dos mesopotmios, utilizada principalmente em seus documentos religiosos e civis,
era:
Bate-papo
Resposta da questo 1:
[A]
O Cdigo de Hamurabi, sintetizado na frase olho por olho, dente por dente, tratava
agressor e agredido de formas diferentes, considerando a classe social a que pertenciam.
Resposta da questo 2:
[D]
A arqueologia uma cincia que conheceu grande desenvolvimento no sculo XX e
possibilitou o conhecimento sobre a histria de diversas civilizaes antigas. Na maior parte
dos casos, a arqueologia decisiva para entendimento de sociedades que deixaram poucos
ou nenhum documentos escritos. No caso do Egito, as descobertas da regio do Vale
dos Reis foram fundamentais para o conhecimento da importncia da cultura religiosa dos
antigos egpcios.
Resposta da questo 3:
[C]
Resposta da questo 4:
D
Resposta da questo 5:
C
Resposta da questo 6:
C
Curso Completo
Professor: Marcelo Tavares
Histria
Roma
1- A fase monrquica
A cidade de Roma, hoje capital da Itlia, era - oito sculos antes de Cristo
importante entreposto comercial do Mar Tirreno, litoral oeste da pennsula
itlica. A regio estava sob domnio do povo Etrusco: esse povo, originrio da
sia, ocupava regies que hoje seriam as famosas cidades de Livorno e Firenze.
Como os etruscos eram uma monarquia estavam sob o comando de um rei -
essa fase da histria romana sob domnio etrusco conhecida como o perodo
monrquico (Sculos VIII VI a.C).
A sociedade romana era fortemente hierarquizada: os patrcios eram os
proprietrios das terras e exerciam o poder poltico na cidade, interpretando as
ordens do rei atravs de uma instituio chamada de senado (outra contribuio
para a poltica atual); os plebeus desempenhavam diversas atividades como
comrcio e artesanato, mas no tinham direitos polticos; aos escravos - obtidos
por meio da guerra ou por endividamento era destinado o trabalho agrcola.
Em 509 a.C, os patrcios organizaram uma revolta contra o rei etrusco em
nome da autonomia de Roma: liderando exrcitos formados por seus
subordinados conseguem estabelecer na cidade um novo regime, a repblica.
De maneira superficial, os romanos definiram a repblica como o governo de
excluso dos reis. Mas em essncia, o novo regime provocava em seu
significado o ideal de bem comum, de comunidade, de interesse pblico res
publica, do latim coisa pblica. Mas no foi bem isso que aconteceu. A
instaurao da repblica no trouxe qualquer resultado democrtico, revelando-
se um regime a favor dos interesses patrcios.
(Adaptado de P. Aris e G. Duby, Histria da Vida Privada. So Paulo: Companhia das Letras,
1990. v. 1, p. 47.)
4 (Enem 2012)
A figura apresentada de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod,
atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma caracterstica poltica dos
romanos no perodo, indicada em:
5. (UFV) A respeito das classes que compunham a sociedade romana na Antiguidade, CORRETO afirmar
que:
a) os "plebeus" podiam casar-se com membros das famlias patrcias, forma pela qual conseguiam quitar
suas pendncias de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascenso social.
b) os "plebeus" compunham a classe formada pelos camponeses, artesos e alguns que conseguiam
enriquecer-se por meio do comrcio, atividade que lhes era permitida.
c) os "clientes" eram estrangeiros acolhidos pelos patrcios e transformados em escravos, quando sua
conduta moral no condizia com a de seus protetores.
d) os "patrcios" foram igualados aos plebeus durante a democracia romana, quando da revolta dos clientes,
que lutaram contra a excluso social da qual eram vtimas.
e) os "escravos" por dvida eram resultado da transformao de qualquer romano em propriedade de outrem,
o que ocorria para todos que violassem a obrigao de pagar os impostos que sustentavam o Estado
expansionista.
a) permaneceu praticamente inalterada ao longo dos sculos, mas foi abolida com a introduo do
cristianismo.
b) previa a possibilidade de alforria do escravo apenas no caso da morte de seu proprietrio.
c) era restrita ao meio rural e associada ao trabalho braal, no ocorrendo em reas urbanas, nem atingindo
funes intelectuais ou administrativas.
d) pressupunha que os escravos eram humanos e, por isso, era proibida toda forma de castigo fsico.
e) variou ao longo do tempo, mas era determinada por trs critrios: nascimento, guerra e direito civil.
GABARITO:
Resposta da questo 1: E
Resposta da questo 2:
Resposta da questo 3: B
O Imprio Romano teve como um de seus pilares a expanso territorial e o domnio de outros povos. Essas
caractersticas permitia obter riquezas e escravos, estes por sua vez, eram a principal fora de trabalho.
Dessa forma, o Imprio Romano conquistou vrios povos e se estendeu por toda Europa, Norte da frica e
oeste da sia, sua grande extenso proporcionou ao Imprio uma enorme diversidade como representado
na figura da questo.
Resposta da questo 5: B
A plebe no possua origem nobre nos antigos cls que fundaram a cidade de Roma. Consequentemente,
tambm no possua as grandes faixas de terras cultivveis que os patrcios possuam e nem os mesmos
privilgios polticos que estes.
Resposta da questo 6: E
A Arte a primeira forma de comunicao do homem, ainda na Pr-Histria. Ela veio antes do
surgimento dos idiomas ou da escrita.
A palavra arte deriva do termo em latim Ars (que derivado do grego Tkne) que dizer tcnica. Essa
palavra era usada para designar a capacidade que algumas pessoas tinham para criar ou produzir
algo.
Em termos gerais, Arte uma forma de comunicao humana indireta, conectada a esttica e a
fruio.
Apenas o homem produz e se comunica atravs da Arte, animais podem fazer coisas que
consideramos belas, mas eles no a fazem com o mesmo discernimento que os seres humanos.
A esttica da Arte no est necessariamente conectada com aquilo que a sociedade considera belo,
muitas vezes o papel do artista descontruir um conceito inerente a respeito do que a beleza.
A fruio da obra de arte est ligada a nossa capacidade de ver um trabalho artstico e pensar algo
sobre ele, o objetivo do artista comunicar algo atravs da apreciao, independente se esse algo
lhe desperta sensaes boas ou ruins, muitos artistas buscam o choque outros o encantamento.
Arte uma linguagem que sofre modificaes constantes e ressoa o seu tempo, ela um reflexo de
uma poca. A interpretao do que arte depende do contexto histrico e social no qual ela est
inserida, no havendo uma definio nica para explic-la.
1
Onde est a Arte?
Muita gente se questiona sobre isso, mas ser que no possvel ver a Arte no nosso cotidiano?
Para comearmos a debater esse assunto responda as seguintes perguntas:
Voc consegue imaginar um mundo sem a sua banda favorita, escritor ou filme favorito?
Voc consegue visualizar uma sociedade onde nunca nasceram desenhistas para criar roupas,
mveis, cadeiras ou sofs?
Voc consegue se imaginar sendo um homem sem idioma, pois seus antepassados no fizeram
as pinturas primitivas que viraram as primeiras letras?
A Arte est conectada com o jeito que vivemos hoje. Olhe a sua volta e conte quantas imagens
criadas pelo homem voc pode ver. Existem estudos que apontam que o homem de hoje v por dia,
aproximadamente 80 mil imagens criadas artisticamente, entre desenhos, pinturas, gravuras, fotografias,
esculturas, filmes, etc. muita coisa, consegue mensurar se somarmos isso quantidade de sons
produzidos que ouvimos diariamente?
A arte est presente em toda a parte s olhar com ateno, ela no fica mais guardada em
museus, galerias ou palcios, ela est no seu celular, nos muros da cidade, na internet, nos videogames,
nas roupas, na capa do seu caderno; ela est na vida.
Estudar a Histria nos permite conhecer o que j aconteceu com a nossa sociedade e entender
os conflitos pelos quais passamos.
Histria da Arte nos permite entender os aspectos culturais de cada poca e nos possibilita
aprender sobre o pensamento que regia o homem em um determinado momento.
A arte reflete sempre os traos culturais de um povo em uma determinada poca. Entender a arte
de uma civilizao compreender como ela pensava, quais eram os seus valores, quais as suas
habilidades, enfim, aprender como era sua vida. O artista em todas as pocas foi o responsvel por
captar as ideias que esto na sociedade e materializ-las em arte, ele como se fosse uma antena de
televiso, que capta o sinal invisvel e o transforma em uma imagem visvel a todos.
Veremos em nossas aulas que a Histria da Arte complementa os estudos de Histria e vai muito
alm. A Arte nunca esteve separada das outras reas do conhecimento, na Pr-Histria e na Antiguidade
ela era a base da lingustica, enquanto no comeo da Idade Moderna, os artistas eram cientistas,
catalogando e decifrando a natureza e o nosso corpo. No nosso estudo veremos muitas vezes a Arte
falando de Literatura, Biologia, Filosofia, Sociologia e at mesmo Matemtica e Fsica.
A Arte ajuda no desenvolvimento expressivo do ser humano e proporciona referencial crtico para
que a pessoa possa questionar o mundo a sua volta. Aprender e fazer arte possibilita o aprimoramento
de uma srie de habilidades manuais e criativas alm de aprimorar a sintonia fina (capacidade de
desenvolvimento de ideias, conceitos, estratgias de comunicao e projetos para segmentos diversos).
2
Existem muitos casos de grandes empresas que indicam que seus lderes produzam atividades artsticas
para estimular a criatividade e de mdicos cirurgies que atribuem seu sucesso nas cirurgias graas ao
controle e s habilidades manuais conseguidos pela prtica do desenho ou da pintura.
Atualmente muitas profisses se relacionam com Arte, e os cursos superiores so inmeros. Nas
universidades encontramos cursos voltados totalmente para o ensino de Arte, como Artes Visuais, Artes
Plsticas, Desenho, Escultura, Teatro, Msica, Comunicao Social (Cinema), etc. Veja abaixo o que o
Guia do Estudante da editora Abril tem a dizer sobre o mercado de trabalho ligado aos cursos:
A demanda existe porque a questo da arte visual est presente em vrias reas da
atividade humana. Hoje a visualidade est no celular, na capa do caderno, no computador,
na parte grfica", explica Maria Christina de Souza Lima Rizzi, coordenadora do curso da
USP. Alm disso, o maior incentivo dos governos federal, estadual e municipal na rea
cultural faz esse profissional encontrar trabalho em institutos e centros culturais, atuando
como monitor, organizador de eventos, educador e coordenador. O terceiro setor
(organizaes sem fins lucrativos, como ONGs) outra possibilidade de emprego para
esse profissional na curadoria de exposies ou em trabalhos sociais. Dar aulas, para
quem licenciado, boa opo em escolas do Ensino Infantil, Fundamental e Mdio. Alm
de cumprir a carga horria obrigatria, h muitos estabelecimentos de ensino que oferecem
cursos extracurriculares aos alunos. Essa prtica vem crescendo nas instituies
particulares, abrindo vagas para mais professores. Lecionar em cursos livres de artes
outra opo. Os grandes centros, como Rio de Janeiro, So Paulo e Belo Horizonte,
apresentam demanda. "O Nordeste tambm possui um bom mercado. A formao cultural
deixou de ser um privilgio s de grandes capitais, h locais que propagam cultura prpria",
afirma Maria Christina Rizzi.
Alm dos cursos ligados diretamente a arte em muitos outros o aluno dever estud-la para ter
uma formao completa. Este o caso de cursos como Arquitetura, Design, Moda, Histria, Tecnologia
de Jogos Digitais (videogames), Publicidade, Pedagogia, dentre outros.
Outro fator importante quando falamos sobre o porqu da Arte: o prazer. Fazer atividades
artsticas pode proporcionar prazer e relaxar. Estudos apontam que fazer e se envolver com Arte deixa
as pessoas mais felizes.
3
O homem pr-histrico elaborava pinturas usando tintas feitas base de frutas, cascas de rvore,
carvo, sangue, saliva e urina. Suas esculturas eram inicialmente feitas de pedra talhada e barro, mas
com a descoberta do fogo tambm foi possvel a produo de peas de cermica e posteriormente de
metais fundidos.
A arquitetura tambm foi uma Arte que passou a se desenvolver na Pr-Histria em duas linhas
distintas:
Palaftica Construes de madeira elevadas em estacas, destinadas a moradia.
Megaltica Construes de pedra com carter cerimonial e ritualstico.
O Brasil tem uma das grandes reservas de Arte Rupestre do mundo, so mais de 10 mil stios
arqueolgicos tombados como patrimnio histrico da unio, como o Parque Nacional da Serra da
Capivara, Piau; Lapa da Cerca Grande, Minas Gerais; Quilombo do Ambrsio: remanescentes, Minas
Gerais; e Ilha do Campeche, Santa Catarina.
DESENVOLVENDO COMPETNCIAS
1. (ENEM 2015)
Ao se apossarem do novo territrio, os europeus ignoraram um universo de antiga sabedoria,
povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos valores
culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrio simplista desses grupos e sua sucessiva
destruio. Na verdade, no existe uma distino entre a nossa arte e aquela produzida por povos
tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestaes devem ser encaradas como expresses
diferentes dos modos de sentir e pensar das vrias sociedades, mas tambm como equivalentes, por
resultarem de impulsos humanos comuns.
SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia. So
Paulo: Fundao Bienal de So Paulo Associao Brasil 500 anos artes visuais, 2000.
De acordo com o texto, inexiste distino entre as artes produzidas pelos colonizadores e pelos
colonizados, pois ambas compartilham o (a)
a) suporte artstico.
b) nvel tecnolgico.
c) base antropolgica.
d) concepo esttica.
e) referencial temtico.
4
2. (ENEM 2007)
5
TEXTO II
4. Podemos definir a pr-histria como um perodo anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse
perodo anterior h 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que os sumrios desenvolveram a escrita
cuneiforme. Foi uma importante fase, pois o homem conseguiu vencer as barreiras impostas pela
6
natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo,
aos poucos, solues prticas para os problemas da vida. Com isso, inventando objetos e solues a
partir das necessidades. Ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante.
A religiosidade um item de bastante relevncia no estudo da arte na pr-histria, fato facilmente
observvel na prtica de
a) pinturas que serviam de decorao das cavernas para os deuses.
b) pinturas que faziam parte do processo de magia para interferir na captura de animais.
c) danas que homens faziam em volta de fogueiras com um forte carter ritualstico.
d) magia para interferir na captura de pessoas.
e) cermicas decorativas e religiosas.
5. (ENEM 2011)
TEXTO I
Toca do Salitre Piau Disponvel em: http://www.fumdham.org.br. Acesso em: 27 jul. 2010. (Foto: Reproduo/Enem)
TEXTO II
Arte Urbana. Foto: Diego Singh Disponvel em: http://www.diaadia.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010.
(Foto: Reproduo/Enem)
7
O grafite contemporneo, considerado em alguns momentos como uma arte marginal, tem sido
comparado s pinturas murais de vrias pocas e s escritas pr-histricas. Observando as imagens
apresentadas, possvel reconhecer elementos comuns entre os tipos de pinturas murais, tais como
a) a preferncia por tintas naturais, em razo de seu efeito esttico.
b) a inovao na tcnica de pintura, rompendo com modelos estabelecidos.
c) o registro do pensamento e das crenas das sociedades em vrias pocas.
d) a repetio dos temas e a restrio de uso pelas classes dominantes.
e) o uso exclusivista da arte para atender aos interesses da elite.
6.
Futebol Arte Joo Paulo de Oliveira
Quando a 20 edio da Copa do Mundo se iniciar por aqui, artistas da bola de 32 pases tero a
oportunidade de mostrar suas "obras de arte", em lances que sero verdadeiras pinturas, fazendo do jogo
com a bola, aquilo que alguns chamam de "futebol arte". Alm de filmes ou mesmo na literatura, o esporte
breto tambm foi retratado nas artes plsticas ao longo do tempo, at mesmo antes de se tornar um
negcio padro FIFA!
Tanto a arte quanto o futebol remontam em seu cenrio dramaticidade da vida, onde perdas e
ganhos, alegrias e tristezas que correm no campo e no cotidiano dos artistas do espetculo e da
expresso esto em jogo. O "jogo bonito" que encanta os olhos e a alma.
(Futebol arte. Disponvel em: <obvious: http://lounge.obviousmag.org/amalgama_cultural/2014/06/futebol-e-
arte.html#ixzz3txGv5JbX> acessado em dezembro de 2015).
8
GABARITO COMENTADO
3. Como na questo anterior, preciso saber da importncia do cotidiano nas pinturas rupestres. Mas
tambm pode-se notar, com certo grau de abstrao, rvores na primeira imagem o que poderia remeter
a danas, manifestaes ou mesmo uma colheita e animais na segunda que costuma caracterizar a
caa.
Gabarito: A
4. Ao desenhar figuras relacionadas caa nas paredes de suas cavernas, os artistas primitivos
acreditavam que estariam atraindo aquele animal, facilitando assim a sua caa.
Gabarito: B
5. Perceber que os seres humanos, em ambas as imagens, so peas centrais, fundamental para
acertar a questo.
Gabarito C.
6. O texto destaca o futebol como uma manifestao antropolgica, assim como a arte . No passado a
arte era entendida como tcnica, o futebol se aproxima da arte quando pensamos nele como a
exteriorizao de uma tcnica humana.
Gabarito: A
9
Curso Completo
Filosofia
Prof. nio Mendes
MSTICA E COSMOLGICA
SOCIOLGICA E PEDAGGICA
1
a formulao de leis depende do mito como o princpio de construo da moral e da estrutura
social.
Funo pedaggica quando se encontra no mito as respostas de como viver a vida,
levando em considerao as mais diversas possibilidades e compreender o horizonte
histrico em que se vive. Esta funo curiosamente abarca e depende das outras, na medida
que lida com importantes definies sociais, constri a moral e ensina a criana e ao jovem
ouvinte os detalhes da existncia.
PLIS
2
AS NAVEGAES
AS LEIS ESCRITAS
Como sinalizado, com as navegaes surge uma nova classe comercial/comerciante,
com isso as estruturas de poder passam a ser questionadas. Como vimos, o mito sempre foi
utilizado para validao do poder, e com a aristocracia rural grega no era diferente.Com o
surgimento das Polis ficou mais latente os privilgios entre as diversas classes, levando a
procura de novos modelos que fossem mais justos ou corretos. Exige-se aqui de novas leis
de organizao, agora com base em princpios racionais, seguindo o modelo do comrcio,
como explicaremos a seguir.
MOEDA E COMRCIO
3
CIDADANIA E DEMOCRACIA
Falaremos com mais calma do modelo democrtico grego na aula seguinte. Contudo,
cabe aqui pequenas sinalizaes. A Grcia antiga ter sido o bero do atual modelo
democrtico e do conceito de cidadania tambm um fator central para o surgimento da
filosofia como conhecemos. Ainda que a democracia seja fundamentalmente uma inveno
ateniense, o ideal democrtico fruto da vida urbana grega e da quebra de velhos
paradigmas, assim sendo, vrias outras cidades tiveram transformaes semelhantes,
caminhando para sistemas de organizao que tambm traziam as discusses para um
mbito mais pblico. Em toda Grcia o conceito de gora vai ganhando fora, mais do que
apenas a praa pblica, seu significado original, o termo representa o espao de convvio
dirio e do debate acerca dos caminhos da cidade
4
terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crislida, est contido o
pensamento: Tudo um.
PHYSIS
Em uma traduo direta, o mais prximo em nosso idioma seria o termo natureza,
contudo no podemos isto arriscaria gerar uma traduo simples. Physis se apresenta aqui
como um termo que descreve a totalidade do real. o termo para descrever a natureza e a
realidade sua volta.
ARCH, ARQUE OU ARKHE
O termo arch designa aqui origem, no uma origem temporal, mas um princpio
geral, um princpio que gere e ordena a realidade, uma estrutura fundamental que de alguma
forma acompanha o incio, o meio e o fim de todas as coisas. Toda a filosofia e a prpria
cincia despontaram frente a esta busca fundamental.
PRINCIPAIS PR-SOCRTICOS
TALES
Aristteles e outros doxgrafos, apontam que Tales de mileto teria sido o primeiro a
defender que tudo que existe teria como origem e como princpio fundamental a gua. Esta
tese hoje bastante questionvel, inaugurou todo um novo processo de operacionalizao do
pensamento sem volta, fazendo com que todos os filsofos posteriores seguissem esse
gesto e entregassem tambm propostas razoveis e considerando elementos naturais para
tal. De forma sucinta, podemos justificar esta primeira tese da seguinte maneira: A gua
visivelmente um princpio vital, todas as coisas vivas parecem depender da gua para
sobreviver, notvel o fato de que vida surge em superfcies midas, por fim se reconhece
que o que morre acaba por secar. Inegavelmente, um pensamento simplista, mas falamos
aqui tambm de uma poca simples e com menor base tecnolgica.
5
ANAXIMANDRO DE MILETO
Anaximandro defende a ideia do Aperon (termo grego para ilimitado). Assim sendo
ele lida com a realidade a partir da ideia de separao dos contrrios, dizendo que os
elementos se alternam na construo do mundo, sem primazia de um sobre outro
ANAXMENES DE MILETO
Anaxmenes defende o Ar como princpio de todas as coisas. Nota-se aqui que o autor
busca encontrar um elemento ilimitado, e dentre todos elenca o ar como o nico possvel.
Tendo inspirao para sua resposta em fenmenos visveis como a rarefao, na origem do
fogo, e a transformao de vapor dgua em precipitao, ele defende o ar como base para
todos os outros elementos, e toda a realidade.
PITGORAS
6
debate sobre constncia e mudana. Existncia e fundamento da existncia. Que existe uma
realidade a nossa volta, no aqui negvel, mas como ela funciona, ela constante? Essa
pergunta leva a duas possibilidades, defender uma ordem constante, que se sobreponha as
mudanas, ou uma mudana constante, que d pequenos acenos de ordem.
Parece bobeira, mas essa discusso a base para o futuro do pensamento ocidental,
na medida que buscamos sempre formulaes universalmente validadas, uma verdade
inquestionvel, e at pensamos hoje em leis naturais, por outro lado vemos movimento e
transformao, e podemos o questionar se os mesmos no levam a mudanas to radicais
que minariam essas prprias leis. Sem todo o peso das certezas que nos cercam, estes
pensadores ousaram fazer as perguntas que at hoje nos acompanham.
PARMNIDES E O IMOBILISMO
Parmnides defende que o Ser uno e imutvel, e que deve-se distinguir a cincia
que nos fornece a verdade e que formulada com base na razo, e o conhecimento que
acha que tudo mltiplo e mutvel, a qual seria segundo ele apenas opinio. Parmnides
aponta que o movimento e a mudana so apenas aparncias, e para percebermos isso
basta irmos alm de nossa percepo sensvel. A formulao mais central do autor e seu
poema o ser , o no ser no . Ser para o autor idntico ao pensar, ou seja, o que
pode ser pensado
HERCLITO E O MOBILISMO
7
DESENVOLVENDO COMPETNCIAS
1. (Enem 2009) No perodo 750-338 a. C., a Grcia antiga era composta por cidades-
estados, como por exemplo Atenas, Esparta, Tebas, que eram independentes umas das
outras, mas partilhavam algumas caractersticas culturais, como a lngua grega. No centro
da Grcia, Delfos era um lugar de culto religioso frequentado por habitantes de todas as
cidades-estados.
No perodo 1200-1600 d. C., na parte da Amaznia brasileira onde hoje est o Parque
Nacional do Xingu, h vestgios de quinze cidades que eram cercadas por muros de madeira
e que tinham at dois mil e quinhentos habitantes cada uma. Essas cidades eram ligadas
por estradas a centros cerimoniais com grandes praas. Em torno delas havia roas,
pomares e tanques para a criao de tartarugas.
Aparentemente, epidemias dizimaram grande parte da populao que l vivia.
Folha de S. Paulo, ago. 2008 (adaptado).
d) os povos do Xingu falavam uma mesma lngua, tal como nas cidades-estados da Grcia.
2. (Enem 2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram
transmitidas oralmente de uma gerao para outra. A ausncia de uma legislao escrita
permitia aos patrcios manipular a justia conforme seus interesses. Em 451 a.C., porm, os
plebeus conseguiram eleger uma comisso de dez pessoas os decnviros para escrever
as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grcia, para estudar a legislao de Slon.
8
COULANGES, F. A cidade antiga. So Paulo: Martins Fontes, 2000.
A superao da tradio jurdica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada
Fonte: JAEGER, W.Paidia. Traduo de Artur M. Parreira. 3.ed. So Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 197.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relao entre mito e filosofia na Grcia,
correto afirmar:
a) Em que pese ser considerada como criao dos gregos, a filosofia se origina no Oriente
sob o influxo da religio e apenas posteriormente chega Grcia.
b) A filosofia representa uma ruptura radical em relao aos mitos, representando uma nova
forma de pensamento plenamente racional desde as suas origens.
c) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se desvincula dos mitos de forma gradual.
9
d) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relao de interdependncia, uma vez que o
pensamento filosfico necessita do mito para se expressar.
e) O mito j era filosofia, uma vez que buscava respostas para problemas que at hoje so
objeto da pesquisa filosfica.
4 (Enem 2015). A filosofia grega parece comear com uma ideia absurda, com a proposio:
a gua a origem e a matriz de todas as coisas. Ser mesmo necessrio deter-nos e lev-
la a srio? Sim, e por trs razes: em primeiro lugar, porque essa proposio anuncia algo
sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulao; e
enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crislida, est contido
o pensamento: Tudo um.
10
6 (Instituto Federal RS 2010). A filosofia ocidental teve incio com os pensadores anteriores a
Scrates, por isso chamados de pr-socrticos, dos quais a maioria viveu em colnias gregas distantes
de Atenas; destes pensadores pode-se dizer que:
a) Com os pr-socrticos a filosofia se constitui numa cincia particular e no mais no estudo da
realidade total.
b) A mitologia tradicional grega fazia parte das suas doutrinas.
c) Pitgoras e os seus discpulos dedicaram-se ao estudo da poltica e recusaram a interferncia da
matemtica no estudo da cosmologia.
d) Herclito defendeu s idia de permanncia substancial e constante do ser, contra a noo de devir.
e) Os naturalistas, ou fisilogos da Jnia, dedicavam-se sobretudo ao estudo do cosmo, e muitos deles
buscavam o princpio constitutivo do mundo em algum de seus elementos: ar, gua, terra, ou fogo.
GABARITO
1. Gabarito: c
2. Gabarito: b
Como a prpria questo deixa claro, quando a legislao era transmitida oralmente,
as classes superiores "manipulavam a justia de acordo com seus interesses".
Considerando isto, a filosofia e a legislao escrita proporcionaram um nmero maior de
direitos garantidos e melhor estruturados.
3. Gabarito: c
Como indicado no trecho, a filosofia foi se afastando gradualmente do pensamento
mtico, indicando uma insero de novos temas, at que os antigos foram abandonados.
4. Gabarito: c
Nietzsche faz referncia ao surgimento da filosofia atravs dos pr-socrticos que buscavam
na natureza (physis) uma justificativa racional para a origem de tudo. Inicialmente, encontravam um
elemento essencial (arch) como soluo primordial.
11
5. Gabarito: d
Herclito considera que tudo na natureza se transforma, pois todas as coisas esto em constante
movimento e, portanto, conhecer captar a mudana contnua. J Parmnides concebe que conhecer alcanar
o idntico, imutvel.
6. Gabarito: e
Os naturalistas, ou fisilogos da Jnia, dedicavam-se sobretudo ao estudo do cosmo, e muitos
deles buscavam o princpio constitutivo do mundo em algum de seus elementos: ar, gua, terra, ou
fogo.
12
CURSO COMPLETO FILOSOFIA
AULA 2 PLATO E SCRATES
PROF. NIO MENDES
1
Para evitar a manuteno do poder, Atenas selecionava, por princpios diversos, os
funcionrios de cargos administrativos e judiciais, modificando os mesmos de tempos em
tempos, e formulava suas leis em uma assembleia pblica formada por todos seus
cidados. Dado o quantitativo pequeno, era possvel tomar as decises e expor suas
opinies diretamente. Na gora, termo grego para o local pblico das assembleias, os
atenienses possuam total isegoria, liberdade de expressar suas opinies. No havendo um
princpio de poder geral, a delimitao dos poderes civis era construda a partir da aprovao
de suas vontades nas assembleias pblicas, neste ponto, o discurso se torna inegavelmente
uma forma de atingir o poder, e saber discursar se torna imprescindvel.
2
sentena de Protgoras guarda o incio do relativismo filosfico e a discusso do papel do
homem na construo do conhecimento. Outro nome famoso Grgias, tomado por muitos
como o fundador do Ceticismo, a crena na impossibilidade do conhecimento total e
irrevogvel.
3.SCRATES E A DIALTICA
Scrates foi um importante pensador, talvez em sua poca o mais impactante.
Considerado por muitos o primeiro a discutir as questes humanas somadas as questes da
natureza e do ser, Scrates representa uma fronteira entre dois momentos do pensamento.
Como muitos de sua poca, Scrates no deixou nada escrito. Diversos pensadores,
discpulos seus, escreveram relatos sobre seus dilogos, colocando em suas palavras uma
genialidade e um mtodo bastante particular.
Quando falamos em Scrates, na maioria das vezes, estamos falando com base em
relatos de seu maior discpulo, Plato. Por uma questo organizacional, separamos aqui
suas teses em dois momentos. Apresentamos Scrates como crtico severo dos sofistas e
o mtodo por ele utilizado para combat-los. Entretanto, quando falarmos de suas teorias,
colocamos as mesmas como teorias platnicas, as quais veremos a seguir.
3
construo do saber. Maiutica significa literalmente a arte de ajudar no parto, sendo
Scrates ento, um parteiro de ideias
Para solucionar a dicotomia acima citada, era necessria uma tese que assumisse
ambas as propostas, sem fragilizar a outra. Surge aqui o que chamaremos de teoria das
ideias. Plato procura fundamentalmente aquilo que existe de universal e contnuo frente a
apreenso mltipla das coisas. A isto que h de essencial e contnuo nas coisas damos o
nome de ideia. por meio das ideias que nomeamos, identificamos e categorizamos as
coisas, sendo elas as bases do conhecimento verdadeiro, da episteme, dado este ser
construdo em estruturas universais. Por outro lado, ele no nega a existncia de uma
realidade mutvel e em fluxo, assimilando o mobilismo ao afirmar que tomamos
4
conhecimento atravs dos sentidos, das mudanas da realidade e de tudo que se
transforma. Contudo, nosso conhecimento no pode se estruturar sobre a inconstncia,
portanto o mundo sensvel sempre uma derivao do mundo inteligvel, ou das ideias.
Estas ideias j estariam, desde o nascimento presentes em nossa alma e nossa razo,
sendo, portanto, inatas, contudo, a sensibilidade e a materialidade obscurecem as mesmas,
tornando o gesto filosfico da dialtica extremamente necessrio.
Para ampliar e explicitar as teses de Plato existe duas passagens do mesmo que
so centrais. A passagem da linha e o famoso mito/alegoria da caverna. A primeira se
configura como um enquadramento terico dos estgios de desenvolvimento do
pensamento e o segundo uma imagem forte e fundamental que espelha em uma narrativa,
toda a potncia da teoria das ideias.
5.1.Passagem da Linha
5
5.2. Mito da Caverna
6
6.A LIDA PECULIAR DE PLATO COM A ARTE
Falar de Arte em Plato sempre algo curioso. Se por um lado o autor um dos
primeiros a propor uma ideia universal de Belo e defende a matemtica como uma principio
de exatido e harmonia, por outro lado um dos crticos mais severos da histria da arte,
apontando um carter de cpia imperfeita na maioria das lidas artsticas, e defendendo um
potencial negativo da arte na poltica, na medida em que essa pode criar pathos (paixes)
diversas.
7
de algo j derivado, ou seja, uma imitao a 3 nveis de distncia da realidade, a imagem do
particular, destoante da universalidade. Mas qual o problema disso?
Alm da questo acerca de verdade ou falsidade, Plato foca sua crtica no fato de
que a arte pode mobilizar Pathos (Paixes), ou seja gerar sentimentos, e educar o povo
como medidas falsas, tomadas por verdadeiras apenas por repousar em si um aspecto lrico.
DESENVOLVENDO COMPETNCIAS
1(Enem PPL 2012). Pode-se viver sem cincia, pode-se adotar crenas sem querer justific-
las racionalmente, pode-se desprezar as evidncias empricas. No entanto, depois de Plato
e Aristteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi
experimentada, a de adotar crenas com base em razes e evidncias e questionar tudo o
mais a fim de descobrir seu sentido ltimo. ZINGANO,
M. Plato e Aristteles: o fascnio da filosofia. So Paulo: Odysseus, 2002.
Plato e Aristteles marcaram profundamente a formao do pensamento Ocidental.
No texto, ressaltado importante aspecto filosfico de ambos os autores que, em linhas
gerais, refere-se
a) adoo da experincia do senso comum como critrio de verdade.
8
Observando o cerne da filosofia de Plato, assinale nas opes abaixo aquela que se
identifica corretamente com suas concepes.
a) A dicotomia aristotlica (mundo sensvel X mundo inteligvel) se ope radicalmente as
concepes de carter emprico defendidas por Plato.
b) A filosofia platnica marcada pelo materialismo e pragmatismo, afastando-se do
misticismo e de conceitos transcendentais.
c) Segundo Plato a verdade obtida a partir da observao das coisas, por meio da
valorizao do conhecimento sensvel.
d) Para Plato, a realidade material e o conhecimento sensvel so ilusrios.
3 (Uel 2006). Quando , pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando
ela deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer questo que seja, o corpo, claro, a
engana radicalmente.
- Sim.
[...] - E este ento o pensamento que nos guia: durante todo o tempo em que tivermos o
corpo, e nossa alma estiver misturada com essa coisa m, jamais possuiremos
completamente o objeto de nossos desejos! Ora, esse objeto , como dizamos, a verdade.
(PLATO. Fdon. Trad. Jorge Paleikat e Joo Cruz Costa. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 66-67.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepo de verdade em Plato, correto
afirmar:
a) O conhecimento inteligvel, compreendido como verdade, est contido nas ideias que a
alma possui.
9
b) A verdade reside na contemplao das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas
no mundo sensvel.
c) A verdade consiste na fidelidade, e como Deus o nico verdadeiramente fiel, ento a
verdade reside em Deus.
d) A principal tarefa da filosofia est em aproximar o mximo possvel a alma do corpo para,
dessa forma, obter a verdade.
e) A verdade encontra-se na correspondncia entre um enunciado e os fatos que ele aponta
no mundo sensvel.
4 (Enem 2015). O que implica o sistema da plis uma extraordinria preeminncia da palavra sobre
todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditrio, a discusso, a
argumentao e a polmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo poltico.
VERNANT, J.P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).
Na configurao poltica da democracia grega, em especial a ateniense, a gora tinha por funo
a) agregar os cidados em torno de reis que governavam em prol da cidade.
b) permitir aos homens livres o acesso s decises do Estado expostas por seus magistrados.
c) constituir o lugar onde o corpo de cidados se reunia para deliberar sobre as questes da comunidade.
d) reunir os exrcitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de
guerra.
e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias.
5. (Enem 2014).
GABARITO
10
Fonte: http://bit.ly/2fsT5Lj
No centro da imagem, o filsofo Plato retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o
conhecimento se encontra em uma instncia na qual o homem descobre a
Adaptado de: PLATO. A Repblica. 7.ed. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Calouste
Gulbenkian, 1993. p.457.
O imitar congnito no homem e os homens se comprazem no imitado.
Adaptado de: ARISTTELES. Potica. 4.ed. Trad. De Eudoro de Souza. So Paulo: Nova Cultural,
1991. p.203. Coleo Os Pensadores.
Com base nos textos, nos conhecimentos sobre esttica e a questo da mmesis em Plato e Aristteles,
assinale a alternativa correta.
a) Para Plato, a obra do artista cpia de coisas fenomnicas, um exemplo particular e, por isso, algo
inadequado e inferior, tanto em relao aos objetos representados quanto s ideias universais que os
pressupem.
b) Para Plato, as obras produzidas pelos poetas, pintores e escultores representam perfeitamente a
verdade e a essncia do plano inteligvel, sendo a atividade do artista um fazer nobre, imprescindvel
para o engrandecimento da plis e da filosofia.
c) Na compreenso de Aristteles, a arte se restringe reproduo de objetos existentes, o que veda o
poder do artista de inveno do real e impossibilita a funo caricatural que a arte poderia assumir ao
apresentar os modelos de maneira distorcida.
11
d) Aristteles concebe a mmesis artstica como uma atividade que reproduz passivamente a aparncia
das coisas, o que impede ao artista a possibilidade de recriao das coisas segundo uma nova dimenso.
e) Aristteles se ope concepo de que a arte imitao e entende que a msica, o teatro e a poesia
so incapazes de provocar um efeito benfico e purificador no espectador.
GABARITO
RESPOSTA DA QUESTO 1
RESPOSTA DA QUESTO 2
nica opo que apresenta uma afirmao correta acerca da doutrina platnica, a
qual assumia a realidade sensvel e material como ilusria, tendo em vista a diferena da
mesma para com a realidade racionalizada e essencial das ideias.
Gabarito: d
RESPOSTA DA QUESTO 3
nica opo que apresenta uma descrio correta da concepo platnica acerca da
verdade, e apresenta a noo de ideias como inatas na alma, tal qual o texto introdutrio
pretende defender.
Gabarito: a
RESPOSTA DA QUESTO 4
Para os gregos, a gora era a praa central da plis, na qual se reuniam os cidados.
Atenas passava por um perodo democrtico e na Eclsia (assembleia dos cidados) os
cidados se reuniam para decidir sobre os assuntos de interesse pblico, que configurava a
prtica de uma democracia direta.
12
Gabarito: c
RESPOSTA DA QUESTO 5
Vejamos mais de perto o gesto de Plato apontando para cima. Plato estabeleceu, em seu sistema
filosfico, a existncia de dois mundos:
- Mundo das ideias, das essncias, inteligvel, que o homem atinge pela reflexo e dialtica;
Assim, no quadro Escola de Atenas, Aristteles aponta para baixo, para o mundo sensvel,
material e prtico. J Plato aponta para cima, para o mundo das Ideias.
Os homens vivem dentro de uma caverna, com medo de sair. Eles veem formas enormes na
parede da caverna e se amedrontam. Estas formas na verdade so sombras das formas reais que
esto fora da caverna. Similarmente, o homem vive acorrentado em uma realidade ilusria, em
que todas as coisas so sombras. E a verdade est acima, no mundo das ideias.
Gabarito: b
13
RESPOSTA DA QUESTO 6
Gabarito: a
14
Curso Completo
Sociologia
Professor: Franklin Augusto
CULTURA
O termo cultura suscita muitas interpretaes. O velho e reconhecido
dicionrio Aurlio assim o define: 1. Ato, efeito ou modo de cultivar. 2. Cultivo.
3. O complexo dos padres de comportamento, das crenas, das instituies e
doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e
caractersticos de uma sociedade: civilizao. 4. O desenvolvimento de um
grupo social, uma nao, etc., que fruto do esforo coletivo pelo aprimoramento
desses valores; civilizao, progresso. 5. Apuro, esmero, elegncia. 6. Criao
de certos animais, em particular os microscpicos. Os seis grupos de
significados que encontramos para definir o que cultura nos mostra, de
imediato, que o termo varia, sugerindo-nos que todas as acepes nele
presentes so aceitas. Assim, cultura significa tanto os valores e padres de
comportamento de uma sociedade (3), como civilizao, progresso (4) e, ainda,
apuro ou elegncia (5). Para um leitor descompromissado, tais significados
podem ser facilmente utilizados, desde que aplicados a uma determinada
situao que o exija. No entanto, para o historiador, a utilizao do termo no
pode ser feita dessa maneira, j que a adoo de um ou outro, ou de um e outro
significado implica necessariamente a tomada de uma posio acadmico-
poltica. Assim, no podendo usar indiscriminadamente o conceito de cultura, ao
historiador cabe abord-lo dentro de uma perspectiva histrica, ou seja,
considerando os contextos sociais dentro dos quais os termos foram elaborados.
1
CULTURA UM CONCEITO CHAVE
A cultura , enfim, uma espcie de culos atravs do qual enxergamos o
mundo. Os nossos culos so diferentes dos culos dos indianos. Os deles so
diferentes dos paquistaneses, e assim por diante. Algumas categorias gerais
como Ocidente e Oriente podem dar conta das diferenas culturais mais
substanciais, como a preponderncia ou no do indivduo na organizao das
sociedades. Mas, certamente, esta diviso bipolar no d conta da diversidade
de valores e costumes que preenchem de significado a vida de grupos de
homens pelo mundo.
Quando no nos confrontamos com a diferena e compartilhamos modos
de vida, tomamos por naturais os valores que motivam as nossas aes e a dos
outros membros de nosso crculo social. Pensamos, por exemplo, que
absolutamente natural que os executivos se vistam com terno e gravata para ir
ao trabalho no clima brasileiro. Achamos que as mulheres nasceram romnticas
e os homens no. E tantos outros valores culturais so pensados como marcas
do nosso DNA.
Diferentemente dos animais, portanto, os homens tm a capacidade de
produzir cultura e justificativas para suas aes. Se a organizao social no
privilgio dos humanos, a atribuio de significados a todas suas interaes com
o mundo o . As sociedades produzem distintas leituras acerca do mesmo
mundo e as aes dos indivduos so inspiradas em motivaes e valores
diferenciados.
2
principalmente na cultura afro-brasileira e na indgena, e o modo como elas se
encontram estabelecidas em nosso pas. Desse modo, h duas centrais:
estabelecer a noo geral de etnocentrismo e relativismo cultural e em seguida
discutir ambos em relao realidade brasileira.
3
A REALIDADE BRASILEIRA
O etnocentrismo, enquanto prtica cultural, no pode ser pensado no
Brasil separado da prpria formao histrico-cultural e do preconceito oriundo
desse prprio processo. O incio da colonizao brasileira por Portugal j
desmarcava tais prticas com base na paulatina catequese dos ndios, em um
processo de aculturao forada.
A utilizao da mo de obra africana, em um segundo momento,
conseguiu produzir duas feridas culturais. A primeira delas foi a mutilao das
diversas culturas africanas de onde os escravos foram retirados, cada uma com
seus matizes e caractersticas. Depois, a negao aos escravos da prtica dos
poucos hbitos culturais que ainda conseguiram salvaguardar, diante da
multiplicidade cultural que se formou.
Mesmo com o fim da escravido, o preconceito se instituiu socialmente, e
com a paulatina marginalizao do negro, dada a falta de qualquer plano de
reintegrao social ps-escravido, comeou-se a marginalizar toda e qualquer
cultura desta origem, atribuindo a ela o carter de religio obscura, quando ligada
prtica religiosa, ou de menos valor e lotada de exotismo, quando ligado
produo cultural. Com o ndio no foi diferente: criou-se uma imagem de bom
selvagem e preguioso, que minimiza a verdadeira chacina realizada no
domnio portugus, e que faz com que se esquea a real situao das
comunidades atuais, at mesmo negligenciando-as.
Ao longo do sculo XX, com a ampliao da antropologia, o discurso
falseado de no existncia de preconceito foi abandonado, e aos poucos foram
criados dispositivos legais para garantir a insero destas culturas em nosso
horizonte social. A constituio de 88 foi fundamental nesse aspecto, ao inserir
como obrigao do Estado o pleno exerccio dos direitos culturais. Para isso
novas leis comearam a ser promulgadas, obrigando a insero destas culturas
nos currculos escolares e nas programaes de tv, minando aos poucos o
domnio de uma viso mais etnocntrica do prprio povo.
4
SOCIOLOGIA COMO CINCIA: AUTORES DA HISTRIA DA SOCIOLOGIA
Auguste Comte (1798-1857)
5
mile Durkheim (1858-1917)
6
Karl Marx (1818-1883)
7
SOCIOLOGIA COMO CINCIA: MAX WEBER
Max Weber (1864-1920)
8
DESENVOLVENDO COMPETNCIAS
9
Durante muito tempo o portugus e o tupi viveram lado a lado como lnguas de
comunicao. Era o tupi que utilizavam os bandeirantes nas suas expedies.
Em 1694, dizia o Padre Antnio Vieira que as famlias dos portugueses e ndios
em So Paulo esto to ligadas hoje umas com as outras, que as mulheres e os
filhos se criam mstica e domesticamente, e a lngua que nas ditas famlias se
fala a dos ndios, e a portuguesa a vo os meninos aprender escola.
Gabarito: e
3. (UFUB) De acordo com a teoria de Marx, a desigualdade social se explica:
a) Pela distribuio da riqueza de acordo com o esforo de cada um no
desempenho de seu trabalho.
b) Pela diviso da sociedade em classes sociais, decorrente da separao entre
proprietrios e no-proprietrios dos meios de produo.
c) Pelas diferenas de inteligncia e habilidade inatas dos indivduos,
determinadas biologicamente.
d) Pela apropriao das condies de trabalho pelos homens mais capazes em
contextos histricos, marcados pela igualdade de oportunidades.
e) Pela tica protestante que supera a o pensamento catlico vigente.
Gabarito: b
10
4. Max Weber, em sua obra Economia e Sociedade, prope uma classificao
tpico-ideal da ao social, de acordo com o sentido ou orientao dos atores.
Considere os exemplos de ao social citados abaixo:
I o consumidor adquire um relgio motivado pela emoo que este lhe causa.
II o empresrio estabelece uma gratificao para os empregados mais
produtivos.
III o catlico caminha noventa quilmetros para demonstrar sua f.
IV o (a) estudante escolhe o colgio X s porque ali estudaram seus pais e
avs.
Gabarito: d
5. O significado da palavra cultura esteve vinculado terra at o sculo XVIII. Com o Iluminismo,
o termo passa a definir uma caracterstica do homem. Essa mudana de perspectiva s foi
possvel graas:
b) imposio da Igreja para que se aceitasse a ideia de cultura como uma caracterstica
humana;
c) descoberta de novos mundos, como a Amrica, que colocou o homem em contato com
povos diferentes do europeu;
11
e) a uma nova concepo de mundo, segundo a qual o homem passou a ser o centro do universo,
e no mais Deus;
Gabarito: e
6 (UEL 2003). O etnocentrismo pode ser definido como uma atitude emocionalmente
condicionada que leva a considerar e julgar sociedades culturalmente diversas com critrios
fornecidos pela prpria cultura. Assim, compreende-se a tendncia para menosprezar ou odiar
culturas cujos padres se afastam ou divergem dos da cultura do observador que exterioriza a
atitude etnocntrica. (...) Preconceito racial, nacionalismo, preconceito de classe ou de
profisso, intolerncia religiosa so algumas formas de etnocentrismo. (WILLEMS, E. Dicionrio
de Sociologia. Porto Alegre: Editora Globo, 1970. p. 125.)
Com base no texto e nos conhecimentos de sociologia, assinale a alternativa cujo discurso revela
uma atitude etnocntrica:
c) Os critrios de julgamento das culturas diferentes devem primar pela tolerncia e pela
compreenso dos valores, da lgica e da dinmica prpria a cada uma delas.
e) O encontro entre diferentes culturas propicia a humanizao das relaes sociais, a partir do
aprendizado sobre as diferentes vises de mundo.
Gabarito: a
12
Curso Completo
Sociologia
Professor: Franklin Augusto
1
realizadas e mais especializadas sero as funes. Para o bom funcionamento
do todo, fundamental o cumprimento de suas funes.
Dessa especializao progressiva das atividades profissionais decorre a
dependncia, tambm progressiva, entre os homens. Se em tempos mais
remotos os homens controlavam ciclos inteiros do processo produtivo, no mundo
moderno cumprem apenas uma pequena parte deste processo. O efeito disso,
segundo Durkheim, foi, alm do aumento da produtividade, a maior solidariedade
entre os homens.
Durkheim distingue duas modalidades de solidariedade. A Solidariedade
mecnica: nas sociedades primitivas ou na sociedade feudal, a diviso do
trabalho no era muito desenvolvida e sendo pouca a dependncia entre os
homens. Para Durkheim, os laos que unem as pessoas esto fortemente
baseados na religio, na tradio e em sentimentos comuns. Essa para o
socilogo a solidariedade mecnica ou solidariedade por similitude.
A Solidariedade orgnica seria tpica das sociedades capitalistas, que
incluem maior especializao das funes e maior interdependncia entre os
trabalhadores. Para Durkheim, o vnculo social neste ambiente est relacionado
segmentao do trabalho e dependncia generalizada que ela produz entre
os homens.
Para Karl Marx, as relaes sociais so determinadas, ao longo da
histria, pelas dinmicas de produo. Assim, as condies materiais de
produo decorrem do emprego da mo de obra (de forma escrava, servil ou
assalariada) e dos parmetros estabelecidos para os bens e a produo
(agricultura de subsistncia, de larga escala, artesanato ou maquino fatura).
cada poca desenvolveu-se um modo de produo. Nesse sentido,
Marx opera com a ideia de que a histria caminha para uma direo
progredindo conforme se sucedem diferentes condies materiais de produo
e o conflito entre as diferentes classes.
O Materialismo Histrico de Marx aponta para um primeiro momento, nas
sociedades de abundncia, onde no h propriedade privada e
2
a diviso do trabalho baixa, tendendo a se restringir a uma diviso sexual. Tal
modelo conhecido pelo nome de comunismo primitivo. Entre os ndios, por
exemplo, a pesca e a caa seriam tarefas atribudas aos homens. Outros modos
de produo seriam o asitico e o escravista, desenvolvido na Antiguidade,
na Grcia e em Roma. O feudal teria se desenvolvido a partir da desagregao
do Imprio Romano do Ocidente e consistiria em relaes servis de produo,
baseadas na terra como riqueza e na servido.
Para quem vai realizar a prova do Enem no necessrio memorizar
detalhadamente os tipos de sistema de produo, mas saber que o capitalismo
foi precedido pelo sistema feudal e por formas ainda mais simples e com menor
diviso social do trabalho. H, nesse sentido, um curso evolutivo no qual o
capitalismo tambm deve ser sucedido, dessa vez por um sistema definitivo: o
comunismo. Mas esse um tema que voltaremos nas prximas aulas.
O capitalismo surge, em consequncia das Revolues Industrial e Francesa, no
sculo XVIII, a burguesia emergiu como grupo social detentor da propriedade
privada dos meios de produo (ou seja, as mquinas, ferramentas, insumos,
matrias-primas) que empregava mo-de-obra livre e assalariada. Nesta, cada
trabalhador cumpria uma tarefa especfica para a produo de um objeto. Com
isso, a fabricao ganhou agilidade, pois um trabalhador repetia ao longo do dia
uma nica etapa e no era mais responsvel pela concepo total de um
produto. Em seguida, a produo mecanizada nas fbricas introduziu avanos
tcnicos e produtivos que culminaram na industrializao.
MODERNIDADE E TRADIO
3
Unidos e Europa ocidental considerados os autnticos modernos. Como
veremos mais adiante, o Brasil seria com muito esforo includo na categoria
sociedade moderna, ainda mais se pensarmos em todo territrio nacional e no
perodo da primeira metade do sculo XX, quando ainda predominava uma maior
concentrao populacional no campo do que nas cidades.
Rural Urbano
4
Weber, por sua vez, critica Marx por dar um sentido exagerado
dimenso econmica, afirmando que classes sociais (que para Weber significam
apenas ter ou no bens) no acarretam necessariamente uma conscincia
comum que essa caracterstica mais tpica de estamentos, como grupos
profissionais j que o que aproxima as classes algo mais distante, mais
abstrato, enquanto o estamento mais prximo, significativo e cotidiano.
Durkheim utiliza o conceito de anomia para se referir ao efeito de
desarticulao da integrao social que pode ser causado pelo avano da
sociedade capitalista, quando h perda do sentido de interpendncia. Essa ideia
se aproxima da de alienao de Marx. No entanto, enquanto Marx v como
condio inevitvel da modernizao da sociedade a alienao e a explorao
capitalista, Durkheim mais positivo e reconhece apenas a possibilidade da
diviso social do trabalho gerar anomia e no solidariedade.
Tambm importante mencionar as mudanas mais recentes no mundo
do trabalho nas sociedades modernas, j que alguns autores vm questionando
se o momento atual no seria ps-moderno. Dentre os elementos que do base
a essa leitura esto mudanas como de crtica razo e burocracia tpica da
modernidade; a ps- industrializao; a globalizao; o crescimento dos
trabalhos informais; a flexibilizao do processo de trabalho, incluindo a
possibilidade de trabalho em casa; o fim dos especialistas e a passagem de um
modelo de produo fordista, centralizado, para um, toyotista, desterritorializado.
Retomaremos a esse ponto em outro momento, por hora, vamos passar o foco
para o Brasil.
O TRABALHO NO BRASIL
5
Para o socilogo Florestan Fernandes o fim da escravido no teve como
questo central a melhoria de vida dos negros, sendo feito com o intuito de
modernizar o Brasil e se adequar a realidade internacional. O Brasil, segundo o
autor, no viveu uma revoluo burguesa como os demais pases, j que no
houve democratizao dos ganhos da burguesia e o sistema competitivo se
manifestou de maneira muito rudimentar no incio do nosso processo de
urbanizao e de industrializao.
O perodo de Primeira Repblica (1889-1930) foi cercado por intensas
manifestaes de trabalhadores pela conquista de direitos. importante
considerarmos que as primeiras mobilizaes dos trabalhadores no Brasil foram
construdas num contexto histrico mundial de 1 Guerra Mundial, Revoluo
Russa, crescimento econmico e poltico dos EUA e da crise de 1929.
As pssimas condies de trabalho e os baixos salrios levaram muitos
desses imigrantes a se organizarem em sindicatos e promoverem greves, como
as de 1917, fortemente marcada pela ideologia anarquista. Dentre as principais
reivindicaes: melhores condies de trabalho, diminuio da carga horria,
melhoria salarial e normatizao do trabalho de mulheres.
Getlio Vargas, no dia primeiro de maio de 1943 ganhou notoriedade pela
consolidao das leis trabalhistas (CLT) que entre outros pontos foi responsvel
pela regulamentao do descanso semanal, das frias remuneradas e do
seguro-desemprego.
Nesse momento, o Brasil ainda era um pas predominantemente rural
como possvel observar a partir dos dados do IBGE no grfico a seguir:
6
Jos de Souza Martins questiona a ideologia urbana por atribuir um papel
desimportante ao mbito rural e responsabiliz-lo pelo atraso do pas. Para o
autor, esse atraso s pode ser entendido em complementariedade com a esfera
urbana que exige do campo baixos preos para extrair vantagens na competio
externa. Alm disso, o autor afirma que as lutas no campo contra a concentrao
de terra e o sistema de rentismo exprimem uma relao de proximidade com a
cidade, j que enquanto os operrios so explorados pelo capital, os
camponeses so expropriados e obrigados a dar parte de sua produo aos
donos da terra, realizando assim o sistema rentista. importante destacar essa
Ideia, de que tanto no campo quanto na cidade existe um sistema capitalista.
Nos tempos atuais, com o governo Lula, houve a reduo do desemprego,
aumento do salrio mnimo e elevao da condio de vida da populao. No
entanto, o economista Marcio Pochmann afirma que a mdia propaga um
discurso ideolgico equivocado, propagandeando o surgimento de uma nova
classe mdia. O autor afirma que se trata apenas da sada da pobreza extrema,
mas que tais trabalhadores que ganham pouco mais de um salrio mnimo, no
podem acumular dinheiro, por isso no podem ter bens, estando longe da
burguesia e, nesse sentido, no seriam classe mdia. Este salrio seria todo
consumvel e o que determina a posio de classe no o consumo, mas a
propriedade.
7
DESENVOLVENDO COMPETNCIAS
a) sistema orgnico.
b) solidariedade orgnica.
8
c) solidariedade mecnica.
d) norma social.
e) competio.
9
( ) A diviso do trabalho possibilita a coeso social, garantindo o funcionamento harmnico do
organismo social.
a) V V V F
b) F V V V
c) F V F F
d) F V F V
e) V F F F
(Uel 2010) Assinale a alternativa que corretamente define a funo moral da diviso do trabalho
social segundo E. Durkheim.
10
c) A fragmentao do mundo do trabalho e a prtica empresarial da terceirizao
tendem a criar uma rede complexa e diversificada na qual surgem novos
estatutos precrios de emprego e salrio.
GABARITO
1.e, 2.b; 3.e; 4.d; 5.d; 6.c
11
Curso completo
Professora Priscila Gomes
Portugus
As variantes lingusticas
Ateno!
O neologismo
Exemplo:
Samba Do Approach
(Zeca Baleiro)
Eu tenho savoir-fare
Meu temperamento light
Minha casa high-tech
Toda hora rola um insight
J fui fo do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora cool
Meu passado que foi trash
Desenvolvendo Competncias
1. (Enem)
(POSSENTI, S. Gramtica na cabea. Lngua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 adaptado).
Nenhum cidado paulista poder dizer "Eu lhe amo" e retirar ou acrescentar o
plural em sentenas como "Me v um chopps e dois pastel";
3. Enem
O lxico e a cultura
Potencialmente, todas as lnguas de todos os tempos podem candidatar-
se a expressar qualquer contedo. A pesquisa lingustica do sculo XX
demonstrou que no h diferena qualitativa entre os idiomas do mundo ou
seja, no h idiomas gramaticalmente mais primitivos ou mais desenvolvidos.
Entretanto, para que possa ser efetvamente utilizada, essa igualdade potencial
precisa realizar-se na prtica histrica do idioma, o que nem sempre acontece.
Teoricamente, uma lngua com pouca tradio escrita (como as lnguas
indgenas brasileiras) ou uma lngua j extinta (como o latim ou o grego
clssicos) podem ser empregadas para falar sobre qualquer assunto, como,
digamos, fsica quntica ou biologia molecular. Na prtica, contudo, no
possvel, de uma hora para outra, expressar tais contedos em camaiur ou
latim, siplesmente porque no haveria vocabulrio prprio para esses
contedos. perfeitamente possvel desenvolver esse vocabulrio especfico,
seja por meio de emprstimos de outras lnguas, seja por meio da criao de
novos termos na lngua em questo, mas tal tarefa no se realizaria em pouco
tempo nem com pouco esforo.
BEARZOTI FILHO, P. Miniaurlio: o dicionrio da lngua portuguesa. Manual do professor.
Curitiba: Positivo, 2004 (fragmento)
[Em Portugal], voc poder ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas
sutilezas da lngua. Por exemplo, no adianta pedir para ver os ternos pea para ver os
fatos. Palet casaco. Meias so pegas. Suter camisola mas no se assuste,
porque calcinhas femininas so cuecas. (No uma delcia?)
a) ao vocabulrio.
b) derivao.
c) pronncia.
d) ao gnero.
e) sintaxe.
5 (Enem 2009).
A linguagem da tirinha revela:
6 (Enem 2006) No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o
patro para receber o salrio. Eis parte da cena: No se conformou: devia haver engano. () Com certeza
havia um erro no papel do branco. No se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida
inteira assim no toco, entregando o que era dele de mo beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como
negro e nunca arranjar carta de alforria? O patro zangou-se, repeliu a insolncia, achou bom que o
vaqueiro fosse procurar servio noutra fazenda. A Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem.
No era preciso barulho no.
Graciliano Ramos. Vidas Secas. 91. ed. Rio de Janeiro: Record, 2003.
1. d; 2. b; 3. d; 4. a; 5.c; 6.a
Curso Completo
Prof. Priscila Gomes
Portugus
Nesta primeira aula, vamos iniciar nossos estudos bsicos envolvendo a principal ferramenta
capaz de fazer com que nos comuniquemos: a Lngua no nosso caso a Portuguesa. Para isso,
tomemos por base o texto a seguir:
Lngua
Esta lngua como um elstico
que espicharam pelo mundo.
O texto de Gilberto Mendona Teles trata de um relevante assunto para o nosso estudo: as
transformaes pelas quais a lngua passa com o decorrer do tempo. No poema, criada uma imagem
desse sistema como algo mutante e, ao mesmo tempo, enriquecedor para a sociedade.
Na comunidade em que vivemos, utilizamos a Lngua Portuguesa para que possamos nos
comunicar e interagir com os demais membros. Dessa forma:
MENSAGEM
EMISSOR RECEPTOR
CDIGO (= Lngua)
A Lngua mostra-se, portanto, como um cdigo verbal (por utilizar a palavra), capaz de traduzir
informaes (mensagem) do emissor (transmissor) para o receptor.
Signos lingusticos
Os signos lingusticos so os sinais que permitem a comunicao. Dividem-se em duas partes:
I) Significante: diz respeito s formas como percebemos a imagem do signo; a expresso por ele
representada, as marcas no papel ou o prprio som. a parte perceptvel.
II) Significado: o conceito mental a que se refere o signo; o contedo. a parte inteligvel.
Observe
Texto I
A Casa
Repare que a expresso A casa caiu possui um significado diferente; um sentido figurado.
Nesse caso, quer dizer que a situao ficou bem complicada de se resolver. Dessa forma, podemos
perceber que um signo pode ter mltiplos significados, dependendo do contexto no qual esteja inserido.
Quando o sentido o literal, damos o nome de denotao e, quando o figurado, conotao.
Um termo ou uma palavra, alm do seu significado denotativo, pode vir acrescido de
outros significados paralelos, pode vir carregado de impresses, valores afetivos,
negativos e positivos. Assim, sobre o signo lingustico, dotado de um plano de expresso
e um plano de contedo, pode-se construir outro plano de contedo constitudo de
valores sociais, de impresses ou reaes psquicas que um signo desperta. Esses
valores sobrepostos ao signo constituem aquilo que denominamos de sentido conotativo
e esse acrscimo de um novo contedo constitui a conotao.
(Plato & Fiorin. Para entender o texto).
Tipos de Linguagem
Verbal: aquela que utiliza a lngua (oral ou escrita), ou seja, tem por unidade a palavra;
No Verbal: a que possui outros tipos de unidade, como o gesto, o movimento, a imagem, a dana,
etc.
Mista: aquela que utiliza tanto a palavra quanto as demais unidades, como nas histrias em
quadrinhos, no teatro, na televiso, no cinema.
2. (Enem 2001)
3. (Enem 2016)
Mandinga Era a denominao que, no perodo das grandes navegaes, os portugueses davam
costa ocidental da frica. A palavra se tornou sinnimo de feitiaria porque os exploradores lusitanos
consideravam bruxos os africanos que ali habitavam que eles davam indicaes sobre a existncia
de ouro na regio. Em idioma nativo, manding designava terra de feiticeiros. A palavra acabou virando
sinnimo de feitio, sortilgio.
COTRIM, M. O pulo do gato 3. So Paulo: Gerao Editorial, 2009 (fragmento).
4. (Enem 2008)
Considerando a diversidade cultural focalizada no texto e nas figuras acima, avalie as seguintes
afirmativas.
I. A mitologia guarani relaciona a presena da Ema no firmamento s mudanas das estaes do
ano.
II. Em culturas indgenas e no-indgenas, o Cruzeiro do Sul, ou Cut'uxu, funciona como parmetro
de orientao espacial.
III. Na mitologia guarani, o Cut'uxu tem a importante funo de segurar a Ema para que seja
preservada a gua da Terra.
IV. As trs Marias, estrelas da constelao de rion, compem a figura da Ema.
5. (Enem 2013)
Pelas caractersticas da linguagem visual e pelas escolhas vocabulares, pode-se entender que o
texto possibilita a reflexo sobre uma problemtica contempornea ao
a) criticar o transporte rodovirio brasileiro, em razo da grande quantidade de caminhes nas estradas
b) ironizar a dificuldade de locomoo no trnsito urbano, devida ao grande fluxo de veculos.
c) expor a questo do movimento como um problema existente desde tempos antigos, conforme frase
citada.
d) restringir os problemas de trfego a veculos particulares, defendendo, como soluo, o transporte
pblico.
e) propor a ampliao de vias nas estradas, detalhando o espao exguo ocupado pelos veculos nas
ruas.
6. (Enem 2016)
Gabarito
1. A
2. B
3. A
4. D
5. B
6. D
Textualidade
Antes da construo do texto propriamente dito em qualquer que seja a
avaliao de que faa parte o candidato, fundamental o entendimento do que
significa essa estrutura to rica e complexa, para que sua produo se aproxime
o mximo possvel dos objetivos pretendidos por aquele que o escreve.
Texto
a) Intencionalidade
Ex. Amigos optam por discursos com vocabulrio mais carinhoso, com a
inteno de demonstrar afeto, e muitas vezes, entretanto, so mal interpretados,
como se estivessem fazendo uso de um tratamento infantil e, por isso,
incompatvel situao.
Ex. 2 (ENEM 2003) Leis e atuaes dos rgos de punio so decisivos para
que haja avano social, na medida em que essas permitem a criao de
referncias para os que ainda viriam a se tornar reais contraventores.
b) Aceitabilidade
A aceitabilidade faz com que uma simples pergunta seja interpretada como uma
crtica diante de certo desrespeito sinalizao, por exemplo.
c) Situacionalidade
Fonte: arquiles.blogspot.com.br/
Ex.
Pelo fato de o texto no ser datado em seu incio ou fim, como, por exemplo,
uma carta, convm evitar, como houve no trecho destacado, qualquer referncia
a tempo que s se compreenda a partir da realidade externa s palavras
utilizadas. Ler trs meses atrs em dezembro no provoca o mesmo
entendimento que, por exemplo, em novembro.
d) Informatividade
Volume de dados com que conta o texto, varivel a partir das intenes
de acrscimo ou de simples confirmao de realidade do alvo da comunicao.
Ex. Por definio, uma charge, tratando-se de um texto cuja prioridade a de
repercutir fato ou situao de conhecimento pblico, teria uma baixa
informatividade quando comparada a uma reportagem ou mesmo um artigo
cientfico, obras com volumes razoavelmente maiores de dados a serem
propagados.
Ex. 2 (Enem 2015) A Lei Maria da Penha, conhecida como Lei Nmero 11.340,
que entrou em vigor em setembro de 2006, fruto da luta de uma mulher contra
as agresses que sofreu durante 23 anos de casamento, representa um dos
avanos que as mulheres obtiveram ao longo de sua luta por igualdade de
condies.
e) Intertextualidade
Ex. 2 (ENEM 2012) Hobbes, quando afirma que o homem o lobo do homem,
ilustra a forma com que a individualidade se sobrepe ao coletivo em diversos
momentos de construo social.
3. Aplicao Prtica
Ex. 2
Ex.
1
Verbos no Imperativo, conjugados na terceira pessoa Enredo: conjunto dos fatos de uma narrativa, costurados por
(voc), indicam contato direto com o receptor interessado na relaes de acarretamento.
produo do alimento cujos ingredientes so descritos.
Narrador: relator dos fatos ocorridos, participando (1 pessoa) ou
Ex. 2 - 10 dicas para melhorar o sinal da sua rede Wi-Fi no (3 pessoa) do que se conta.
1. Mantenha seus equipamentos atualizados; Personagens: agentes que possibilitam a ocorrncia dos fatos ou
que so atingidos diretamente por eles.
2. Posicione o seu roteador no melhor lugar possvel;
Tempo: conjunto de instantes em que se desenrolam os fatos,
3. Procure um canal de transmisso que esteja liberado; mediante percepo exata (Cronolgico) ou
sentimental/instintiva/intuitiva (Psicolgico)
4. Livre-se de aparelhos que causam interferncia;
Espao: conjunto de locais fsicos ou psicolgicos em que se
5. Aumente a segurana de sua rede e livre-se dos ladres de sinal.
desenrolam os acontecimentos da narrativa.
Fonte: http://bit.ly/2cGHEn2
d) Dissertao
c) Narrao
Principal cobrana textual em vestibulares de todo o Brasil,
Construo derivada do gnero pico literrio, pode se definir incluindo o ENEM, trata-se de um texto cujo principal objetivo a
como um conjunto de fatos em sequncia, no necessariamente exposio de ideias, pontos de vista. Conectores, como preposies
em ordem cronolgica natural, mas que estabelecem entre si e conjunes, sequenciando as ideias de forma lgica, ajudam a
relaes de causa e efeito. Esses acontecimentos, juntos, entender um posicionamento como a prioridade de quem escreve.
compem o que chamamos de enredo, do qual participam Dependendo da necessidade de se sustentar o que se declara em
personagens, que, atuando em certos tempos e espaos, meio ao texto, a dissertao pode ser classificada como
tornam- se elementos do relato de um narrador. Verbos de ao
d.1) Expositiva
e trechos descritivos, em que se possam identificar os elementos
agentes ou situacionais dos fatos, ajudam a confirmar a existncia Como o nome sugere, a prioridade desse tipo de
ou a predominncia dessa tipologia textual. dissertao um posicionamento simples a respeito de um
determinado assunto, sem que se busquem motivos para tornar
Desde fbulas e contos de fada at histrias contadas por
esse ponto de vista algo a ser necessariamente defendido por quem
geraes anteriores nossa, a narrativa surge como componente
l, mas simplesmente ter sua coerncia aceita.
fundamental na construo da identidade cultural de um povo, seja
pelos lugares e tempos mencionados, seja pelas figuras pessoais que Ex.
marcam pocas e vidas.
Uma aula de Histria pode contar com essa organizao
Ex. textual em meio s explicaes do professor no momento em que
simplesmente se busca contar uma perspectiva diante dos fatos ao
Resolvi ficar em casa o dia inteiro, alguma novidade
mesmo tempo narrados, sem que necessariamente se queira a
poderia surgir. A o telefone tocou e quando fui atender, escorreguei
aceitao do aluno quanto quela anlise.
no corredor. No deu tempo de saber quem era, desistiram de
esperar. A eu imaginei que era ela, contando o que eu mais queria d.2) Argumentativa
ouvir naquela hora: que estava, at que enfim, voltando pra casa e
pra mim. Ao contrrio do anterior, a argumentao possibilita ao
autor encontrar razes que faam da opinio escolhida a mais
Mesmo na coloquialidade, possvel a conexo entre os legtima entre todas as que a discusso permitia a que se chegasse.
fatos, permitindo a construo de uma coerncia interna, obtida no Textos desse tipo so boas ferramentas de cobrana de
trecho destacado, por exemplo, a partir do uso de a, advrbio de conhecimento em avaliaes, j que no s os mecanismos
lugar funcionando como conjuno conclusiva, dando continuidade gramaticais acabam por ser analisados, mas tambm se verifica a
ao desenrolar dos acontecimentos relatados. Conectores como capacidade de associao de dados, exemplos e discursos a favor de
ento, logo, por isso, enfim e assim obteriam o mesmo um ponto de vista: o do candidato.
efeito textual, porm com formalidade.
Ex. (ENEM 2013)
Ex. 2
Com o caos predominando na circulao urbana, a venda
Dario vem apressado, guarda-chuva no brao esquerdo. de automveis e motos a preos acessveis ou parcelamentos
Assim que dobra a esquina, diminui o passo at parar, encosta-se a extensos deveria ser extremamente combatida por um Estado que
uma parede. Por ela escorrega, senta-se na calada, ainda mida de se pretende eficaz em proporcionar condies saudveis de vida a
chuva. Descansa na pedra o cachimbo. seus cidados.
Dois ou trs passantes sua volta indagam se no est Obs: Traos que merecem ser evitados em dissertao
bem. Dario abre a boca, move os lbios, no se ouve resposta. O argumentativa
senhor gordo, de branco, diz que deve sofrer de ataque. (...).
- Pronomes e verbos em 1 pessoa do singular
(Uma vela para Dario Dalton Trevisan)
Ex. (ENEM 2014)
c.1) Componentes da Narrativa
2
Acredito que haja maiores possibilidades de alterao no REESCRITURA POSSVEL: Deve-se logo considerar a guerra como
cenrio... nico meio de promover o controle de grupos radicais.
REESCRITURA POSSVEL: Talvez haja maiores possibilidades de - Metalinguagens (Concluindo no ltimo pargrafo,
alterao no cenrio... quando s se poderia obviamente estar executando essa
atividade etc.)
(ENEM 2014)
Ex. (ENEM 2014)
Acreditava que haveria mudanas em pouco tempo, mas
no se efetivaram diante da crise. Conforme dito acima, enquanto no houver engajamento
de vrios setores da sociedade civil, a tendncia a de estagnao
*Cuidado com formas verbais que podem concordar do processo de aperfeioamento das atividades humanas.
simultaneamente com pessoas do discurso possveis na
dissertao (ele ou ela) e com outras inaceitveis no REESCRITURA POSSVEL: Enquanto no houver, portanto,
mesmo tipo de texto (eu, voc ou a gente). engajamento de vrios setores da sociedade civil, a tendncia a de
estagnao do processo de aperfeioamento das atividades
- Pronomes e verbos em 2 pessoa do singular ou do plural humanas.
ou em 3 pessoa, desde que apontem para receptor (voc
ou vocs). - Coloquialidade (Vocabulrio informal, desvios gramaticais
leves ou graves).
Ex. (ENEM 2015)
Ex. (ENEM 2015)
Lute! Faa sua parte em prol de uma realidade mais justa.
Se percebeu que a gente no teria nenhuma condio de
modificar o cenrio atual. Um pouquinho que fosse j seria o
bastante, nos indicaria um pouquinho que fosse o caminho a seguir
REESCRITURA POSSVEL: O cidado deve fazer sua parte em prol
em busca de melhoria da vida de cada um. Seria bem legal encontrar
de uma realidade mais justa.
um mundo melhor assim.
(ENEM 2014)
REESCRITURA POSSVEL: percebeu-se que no haveria nenhuma
Aquilo que te oprime no pode se sobrepor a uma srie de condio de mudana do cenrio atual. O mnimo que se fizesse j
sonhos com que crescemos. indicaria referncias na busca de melhoria das condies de vida
individuais, o que j agradaria bastante.
REESCRITURA POSSVEL: Aquilo que oprime o indivduo no
pode se sobrepor a uma srie de sonhos com que crescemos -Referenciais externos ao texto (indicaes temporais ou
espaciais que dependam de um dado com que no conta o
(ENEM 2013) texto em si)
Alguns fatos so, com razo, provocadores: voc chega a Ex. (ENEM 2015)
um hospital e percebe que no h nem maca para que se inicie o
atendimento. Cinco meses atrs houve um episdio que chocou os
brasileiros. O rompimento de uma barragem em Mariana, municpio
REESCRITURA POSSVEL: Alguns fatos so, com razo, de Minas Gerais, fez com que as atenes da mdia se voltassem a
provocadores: chegar a um hospital e percebe que no h nem maca um territrio nem sempre abordado por matrias jornalsticas ao
para que se inicie o atendimento. longo do ano.
Devemos logo considerar a guerra como nico meio de REESCRITURA POSSVEL: espera-se que, diante das mudanas
promover o controle de grupos radicais. propostas, haja uma evoluo no quadro de desigualdade brasileira.
Como nao, temos um histrico de perseverana, o que permite que
CONDENVEL, J QUE DIVIDE COM O MEIO UMA OPINIO
ainda acreditemos em perspectivas melhores.
EM TESE SOMENTE PERTENCENTE AO AUTOR DA
DISSERTAO EM QUE O TRECHO SE INSERE 2. Interao entre as tipologias
3
Conhecer as caractersticas bsicas de cada uma das
tipologias previstas em Portugus no s garante que no se
desobedea ao comando proposto pela Banca, mas tambm
possibilita que o candidato tenha mais ferramentas para sustentar
seu ponto de vista diante do que se prope como tema.
Ex.
4
Curso Completo
Literatura
Professora Slvia Gelpke
O Papel do protagonista na literatura
O heri clssico;
O heri romanesco;
O heri problemtico;
O anti-heri;
O heri idealizado;
O heri ps-moderno.
O heri clssico
Heri - Heri s.m. (Do gr. e lat. heros) 1. Nome dado pelos gregos aos grandes
homens divinizados. - 2. Aquele que se distingue por seu valor ou por suas aes
extraordinrias, principalmente por feitos brilhantes durante a guerra.
O termo heri foi utilizado na Antiguidade para designar um homem fora do comum,
principalmente por sua coragem e capacidade de se tornar vitorioso quando se deparava
com uma srie de dificuldades.
Caractersticas:
A Odisseia, de Homero
Neste fragmento da Odisseia, texto pico de Homero que narra o retorno do heri
Ulisses sua terra depois da guerra de Troia, Penlope, esposa de Ulisses, pede a um
interlocutor que a ajude a compreender um sonho que tivera:
Ouvi meu sonho e vede o que significa. Havia vinte grandes gansos que saram da
gua para comer. Senti um calor no corao quando os vi. Mas uma guia das montanhas
desceu, quebrou-lhes o pescoo com suas garras recurvadas e matou-os. Eles ficaram
estendidos no cho enquanto a guia subia ao cu.
Eu gritei, no sonho, quero dizer, e uma multido de mulheres ajuntou-se em torno de
mim, enquanto eu chorava amargamente porque a guia matara meus gansos. A guia
voltou, pousou numa viga do telhado e falou-me com voz humana: "Toma coragem, filha do
famoso Icrios! Isto no sonho, mas uma viso do bem que certamente ser cumprido.
Os gansos so aqueles que te fazem a corte e eu, que era antes uma guia, sou agora teu
prprio marido, e trar-lhes-ei uma morte terrvel. Ento acordei e vi os gansos, como sempre
pastando entre o trigo.
Ao ouvi-la, o interlocutor responde:Nobre dama, impossvel interpretar o sonho de
outra maneira, uma vez que o prprio Ulisses te disse o que ele significava. A morte vir
para os que te cortejam, no resta dvida: eles morrero e nenhum escapar.
(Homero. A Odisseia (em forma de narrativa). Rio de Janeiro: Ediouro, 7a. edio)
O heri romanesco
Na Idade Mdia, surgiu uma forma literria chamada romance de cavalaria, tambm
conhecida como novela de cavalaria.
O termo cavalaria refere-se aos jovens cavaleiros medievais, que tinham na cavalaria
no apenas uma referncia para as tcnicas de combate a cavalo, mas, principalmente, uma
conveno moral, tica e social a seguir, em torno das noes de honra e lealdade.
Os romances de cavalaria eram, inicialmente, escritos na forma de versos, embora
tenham assumido a forma de prosa, posteriormente. Os textos mantinham um tom pico ao
narrarem grandes aventuras de heris corajosos e defensores da f crist.
As novelas de cavalaria mais conhecidas so as que retrataram a busca pelo Santo
Graal na Idade Mdia, assim como as lendas do Rei Arthur.
Algumas obras:
- O Rei Arthur e os cavaleiros da Tvola Redonda
- Amadis de Gaula
- Las sergas de Esplandin
- Palmern de Oliva
- Primalen
- Floriseo
O heri problemtico
(...) Achava ele um prazer suavssimo em desobedecer a tudo quanto se lhe ordenava; se
se queria que estivesse srio, desatava a rir como um perdido com o maior gosto do mundo;
se se queria que estivesse quieto, parece que uma mola oculta o impelia e fazia com que
desse uma ideia pouco mais ou menos aproximada do moto-contnuo. Nunca uma pasta,
um tinteiro, uma lousa lhe durou mais de 15 dias: era tido na escola pelo mais refinado
velhaco; vendia aos colegas tudo que podia ter algum valor, fosse seu ou alheio, contanto
que lhe casse nas mos: um lpis, uma pena, um registro, tudo lhe fazia conta; o dinheiro
que apurava empregava sempre do pior modo que podia. Logo no fim dos primeiros cinco
dias de escola declarou ao padrinho que j sabia as ruas, e no precisava mais de que ele
o acompanhasse; no primeiro dia em que o padrinho anuiu a que ele fosse sozinho fez uma
tremenda gazeta; tomou depois gosto a esse hbito, e em pouco tempo adquiriu entre os
companheiros o apelido de gazeta mor da escola (...)
No fundo do mato-virgem nasceu Macunama, heri de nossa gente. Era preto retinto e filho
do medo da noite. Houve um momento em que o silncio foi to grande escutando o
murmurejo do Uraricoera, que a ndia tapanhumas pariu uma criana feira. Essa criana
que chamara Macunama.
J na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos no falando.
Si o incitavam a falar, exclamava:
Ai! Que preguia! ... e no dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de
paxiba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha. Maanape
j velhinho e Jigu na fora de homem. O divertimento dele era decepar cabea de sava.
Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunama dandava pra ganhar vintm. E
tambm espertava quando a famlia ia tomar banho no rio, todos juntos e nus (...) No
mucambo si alguma cunhat se aproximava dele pra fazer festinha, Macunama punha a
mo nas graas dela, cunhat se afasta (...)
Mrio de Andrade
Prosa Romntica
A burguesia ansiava por uma literatura que enfocasse seu prprio tempo, seus
problemas e sua forma de viver.
O romance, por relatar acontecimentos da vida cotidiana e por dar vazo ao gosto
burgus pela fantasia e pela aventura, tornou-se o mais importante meio de expresso
artstica dessa classe.
O romance narra o presente, os acontecimentos comuns da vida das pessoas, numa
linguagem simples e direta.
O heri romntico geralmente um ser dotado de idealismo, honra, fora e coragem.
s vezes pe a vida em risco para atender aos apelos do corao ou da justia.
Em algumas obras de influncia medieval, o heri romntico assume feies de
cavaleiro medieval, como o caso do personagem Peri, da obra O Guarani, de Jos de
Alencar. Por outro lado, o heri deste perodo no apresenta aspectos de superioridade do
ser, como podemos verificar numa epopeia, por exemplo. O heri clssico, em muitas
caractersticas, lembrava um deus. Tinha fora, distinguia-se do homem comum. O heri
romntico aproxima-se do homem comum e mostra-se pouco integrado sociedade a que
pertence.
Alm, muito alm daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lbios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da
grana e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati no era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque
como seu hlito perfumado.
Mais rpida que a ema selvagem, a morena virgem corria o serto e as matas do Ipu,
onde campeava sua guerreira tribo da grande nao tabajara, o p grcil e nu, mal roando
alisava apenas a verde pelcia que vestia a terra com as primeiras guas.
Jorge Vercillo
Desenvolvendo Competncias
1.(Enem) O correr da vida embrulha tudo. A vida assim: esquenta e esfria, aperta e da
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente coragem.
4 (Enem 1999). E considerei a glria de um pavo ostentando o esplendor de suas cores; um luxo imperial.
Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas no existem na pena do pavo. No h pigmentos.
O que h so minsculas bolhas d'gua em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavo um arco-
ris de plumas.
Eu considerei que este o luxo do grande artista, atingir o mximo de matizes com o mnimo de elementos.
De gua e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistrio a simplicidade.
Considerei, por fim, que assim o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e
delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glrias e me faz
magnfico.
(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 20. ed.)
O poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu assim sobre a obra de Rubem Braga:
O que ele nos conta o seu dia, o seu expediente de homem, apanhado no essencial, narrativa direta e
econmica. (...) o poeta do real, do palpvel, que se vai diluindo em cisma. D o sentimento da realidade e
o remdio para ela.
Em seu texto, Rubem Braga afirma que "este o luxo do grande artista, atingir o mximo de matizes com o
mnimo de elementos". Afirmao semelhante pode ser encontrada no texto de Carlos Drummond de
Andrade, quando, ao analisar a obra de Braga, diz que ela :
5. rico Verssimo relata, em suas memrias, um episdio da adolescncia que teve influncia significativa em
sua carreira de escritor.
Lembro-me de que certa noite -- eu teria uns quatorze anos, quando muito -- encarregaram-me de segurar
uma lmpada eltrica cabeceira da mesa de operaes, enquanto um mdico fazia os primeiros curativos
num pobre-diabo que soldados da Polcia Municipal haviam carneado. (...) Apesar do horror e da nusea,
continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por
que no hei de poder ficar segurando esta lmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa
vida? (...)
Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado at hoje a ideia de que o menos que o
escritor pode fazer, numa poca de atrocidades e injustias como a nossa, acender a sua lmpada, fazer luz
sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escurido, propcia aos ladres, aos assassinos
e aos tiranos. Sim, segurar a lmpada, a despeito da nusea e do horror. Se no tivermos uma lmpada eltrica,
acendamos o nosso toco de vela ou, em ltimo caso, risquemos fsforos repetidamente, como um sinal de
que no desertamos nosso posto.
(VERSSIMO, rico. Solo de Clarineta. Porto Alegre: Globo, 1978. t. I.)
Neste texto, por meio da metfora da lmpada que ilumina a escurido, rico Verssimo define como uma das
funes do escritor e, por extenso, da literatura:
a) criar a fantasia.
b) permitir o sonho.
c) denunciar o real.
d) criar o belo.
e) fugir da nusea.
6 (UERJ 2009).
Gabarito
CONCEITO DE LITERATURA
Literatura. [Do lat. litteratura.] S. f. 1. Arte de compor ou escrever trabalhos artsticos em prosa ou verso. 2. O
conjunto de trabalhos literrios dum pas ou duma poca. 3. Os homens de letras: A literatura brasileira fez-se
representar no colquio de Lisboa. 4. A vida literria. 5. A carreira das letras. 6. Conjunto de conhecimentos
relativos s obras ou aos autores literrios: estudante de literatura brasileira; manual de literatura portuguesa.
7. Qualquer dos usos estticos da linguagem: literatura oral [q. v.]. 8. Fam. Irrealidade, fico: Sonhador, tudo
quanto diz literatura. 9. Bibliografia: J bem extensa a literatura da fsica nuclear. 10. Conjunto de escritos
de propaganda de um produto industrial.
FERREIRA, Aurlio Buarque de Holanda. Novo dicionrio da lngua portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986.
Traduzindo em midos:
A literatura imita a vida por meio de palavras organizadas de modo tal que formam uma
suprarrealidade, isto , uma realidade paralela ao ambiente que foi imitado.
O escritor, com sua sensibilidade, capta o mundo como se tivesse antenas. Ele pode ou no ter
vivenciado determinada experincia amor, dio, fome, guerra, morte , mas dela se apodera como
se fosse sua. E o leitor ou espectador da obra muitas vezes fica em completo xtase com o que destrincha
em linhas retas\tortas\ densas\suaves ou assiste em palcos de diferentes dimenses.
A Catarse
Na Antiguidade Clssica, por exemplo, o teatro segundo Aristteles tinha para o ser humano a
capacidade de libertao, pois quando este via as paixes representadas, conseguia se libertar delas.
Essa purgao ou purificao tinha o nome de catarse, que era provocada no pblico durante e aps a
representao de uma tragdia grega. A catarse era o estado de purificao da alma experimentada pela
plateia atravs das diversas emoes transmitidas no drama.
1
A Epifania
A Verossimilhana
Escrever dar forma s ideias. organizar as palavras para traduzir um pensamento e transmitir
mensagens, que possuem um modo singular de formar uma organizao prpria.
A literatura visa verossimilhana, ou seja, a suprarrealidade criada pelo autor pretende ser
verdadeira, estar bem prxima ao real. Essa verossimilhana pode ser interna ou externa. A
verossimilhana interna fundamental para dar sentido ao texto ela diz respeito coerncia entre o
texto e suas estruturas: personagens, tempo, espao, causa, consequncia... A verossimilhana externa
est relacionada ligao entre os fatos que ocorrem no texto e a possibilidade de eles acontecerem no
nosso mundo aqui fora, na nossa realidade.
Exemplo: No livro Memrias Pstumas de Brs Cubas, o protagonista da histria Brs Cubas,
um personagem que narra sua vida depois de morto. H verossimilhana interna na obra, pois os fatos
se encadeiam, o narrador no se perde, consegue explicar sua trajetria do seu nascimento a sua morte
embora comece pelo seu enterro. (O narrador o personagem principal). Morto ele pode criticar de
forma impiedosa a sociedade de seu tempo. No entanto, a verossimilhana externa comprometida, uma
vez que sabemos no existir essa possibilidade na vida real, isso seria fantstico.
O texto literrio plurissignificativo, suas palavras podem ter mais de um significado. Ele se
caracteriza exatamente por sua capacidade de transmitir significaes diversas, isto , por sua
ambiguidade.
O texto literrio possui regras prprias; dependendo da poca em que foi escrito no h
preocupao com a sintaxe, com a ortografia, com a correo gramatical. Muitas vezes, o ritmo, a
sonoridade, o aspecto visual, a mensagem so os elementos mais importantes no texto. Observe:
2
Texto I
Vcio na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mi
Para pior pi
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vo fazendo telhados
Oswald de Andrade
Texto II
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
OBS.: O interessante na literatura que qualquer palavra pode se tornar literria; o que vai transform-
la o arranjo, a combinao nova entre ela e as outras selecionadas pelo artista na hora da criao.
3
Texto III
O acar
O branco acar que adoar meu caf
nesta manh de Ipanema
no foi produzido por mim
nem surgiu dentro do aucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afvel ao paladar
como beijo de moa, gua
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este acar
no foi feito por mim.
Este acar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.
Este acar veio
de uma usina de acar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este acar era cana
e veio dos canaviais extensos
que no nascem por acaso
no regao do vale.
Em lugares distantes, onde no h hospital
nem escola,
homens que no sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria acar.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este acar
branco e puro
com que adoo meu caf esta manh em Ipanema.
Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilizao Brasileira, 1980, pp.227-228
4
Texto IV
A cana-de-acar
Originria da sia, a cana-de-acar foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no
sculo XVI. A regio que durante sculos foi a grande produtora de cana-de-acar no Brasil a Zona da
Mata nordestina, onde os frteis solos de massap, alm da menor distncia em relao ao mercado
europeu, propiciaram condies favorveis a esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-
de-acar So Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Alm de
produzir o acar, que em parte exportado e em parte abastece o mercado interno, a cana serve
tambm para a produo de lcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A
imensa expanso dos canaviais no Brasil, especialmente em So Paulo, est ligada ao uso do lcool
como combustvel.
Funes da literatura
"A literatura nos mostra o homem com uma veracidade que as cincias talvez no tm. Ela o
5
documento espontneo da vida em trnsito. o depoimento vivo, natural, autntico... Quando um
poeta canta que nele se operou todo um processo de sntese: sua sensibilidade, sua
personalidade recolheu os elementos esparsos do momento, da raa, da terra, dos contatos
sociais e espirituais; todo o complexo da vida, na receptividade ativa e criadora de um homem (...)
Ceclia Meireles
DESENVOLVENDO COMPETNCIAS
2. O termo destacado que est empregado em seu sentido prprio, denotativo, ocorre em:
a) O baque do corpo no cho chamou a ateno do vizinho, moo do interior de So Paulo, inquilino
recente do apartamento do andar de baixo (...) (Drauzio Varella).
b) O pirralho no se mexeu, e Fabiano desejou mat-lo. Tinha o corao grosso, queria responsabilizar
algum pela sua desgraa. (Graciliano Ramos).
c) A porta envidraada estava aberta; e subimos pela escadaria de pedra, no imenso silncio em que toda
a Flor da Malva repousava, at a antecmara, de altos tetos apainelados, com longos bancos de pau,
onde desmaiavam na sua velha pintura as complicadas armas dos Cerqueiras. (Ea de Queirs).
d) Jos Dias fez um gesto de aborrecido, e apenas lhe respondeu com uma palavra seca, olhando para
o padre que lavava as mos. (Machado de Assis).
e) Crimes da terra, como perdo-los? Tomei parte em muitos, outros escondi. Alguns achei belos, foram
publicados. Crimes suaves, que ajudam a viver. Rao diria de erro, distribuda em casa. (Carlos
Drummond de Andrade).
6
3. (Enem 1999) Leia o que disse Joo Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a funo de
seus textos:
"Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; Falo somente do que falo: a vida seca,
spera e clara do serto; Falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade
e na mngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situao da misria
no Nordeste."
Para Joo Cabral de Melo Neto, no texto literrio,
a) a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para
determinados leitores.
b) a linguagem do texto no deve ter relao com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto
seja lido.
c) o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor.
d) a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os
leitores.
e) a linguagem est alm do tema, e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor.
4. A partir da leitura da tirinha da Mafalda, possvel fazer algumas afirmaes acerca da literatura,
exceto:
Fonte: <http://fdv.br/arquivo/uploads/o2u_to7cqe.pdf>
a) A escola um dos poucos lugares hoje em que se pode ter acesso literatura, conhecer sua linguagem
e apreci-la.
7
b) Na conversa entre Mafalda e sua amiga, podemos observar o uso da aliterao: recurso sonoro de
repetio sonora, utilizado na poesia.
c) O ensino de literatura, muitas vezes, por ser artificial e descontextualizado, faz com que a literatura
fique restrita ao ambiente escolar.
d) A repetio, como recurso de explorao da sonoridade, um recurso exclusivo da poesia.
e) Uma das funes da literatura, destacada na tirinha, a funo de entreter e divertir o leitor.
5. (Enem 2009). Com base no conceito de literatura como arte potica e ficcional, alguns textos so
literrios, outros, no. Observe as declaraes que se fazem sobre eles.
I. A linguagem utilizada pelos autores de textos no literrios a denotativa.
II. A funo principal dos textos no literrios informar, esclarecer, convencer.
III. O texto literrio tem uma funo esttica, enquanto o no literrio tem funo literria.
IV. A funo principal dos textos literrios comover, despertar sentimentos, provocar a reflexo.
V. O autor, no texto literrio, procura recriar a realidade, utilizando, principalmente, a linguagem
conotativa.
8
Texto II
Dado que a literatura ensina na medida em que atua com toda a sua gama, artificial querer que
ela funcione como os manuais de virtude e boa conduta. E a sociedade no pode seno escolher o que
em cada momento lhe parece adaptado aos seus fins, enfrentando ainda assim os mais curiosos
paradoxos, pois, mesmo as obras consideradas indispensveis para a formao do moo, trazem
frequentemente o que as convenes desejariam banir. Alis, essa espcie de inevitvel contrabando
um dos meios por que o jovem em contato com realidades que se tenciona escamotear-lhe.
Adaptado de: Candido, Antnio. A literatura e a formao do homem.
Os dois textos, com enfoque diferentes, abordam um mesmo problema, que se refere,
simultaneamente, ao campo literrio e ao social. Considerando-se a relao entre os dois textos, verifica-
se que eles tm em comum o fato de que:
a) Tratam do mesmo tema, embora com opinies divergentes, expressas no primeiro texto por meio da
fico e, no segundo, por meio de uma anlise sociolgica.
b) Foi usada, em ambos, linguagem de carter moralista em defesa de uma mesma tese: a literatura,
muitas vezes, nociva formao do jovem estudante.
c) So utilizadas linguagens diferentes nos dois textos, que apresentam um mesmo ponto de vista: a
literatura deixa ver o que se pretende esconder.
d) A linguagem figurada predominante em ambos, embora o primeiro seja uma fbula e o segundo um
texto cientfico.
e) O tom humorstico caracteriza a linguagem de ambos os textos, em que se defende o carter
pedaggico da literatura.
Gabarito
1. B
2. A
3. A
4. D
5. B
6. C
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Conhecendo a prova de Ingls do ENEM:
Estrutura da prova:
O enunciado j nos
diz que a charge
trata de que
atividades escolares
tm prazo de
entrega e que a
aluna apresenta
argumentos sobre o
assunto.
1
O enunciado j nos diz que o
artigo aborda os tumultos na
Inglaterra e que houve um
alerta feito.
2
Tipologia Textual:
A prova de lngua inglesa do Exame Nacional do Ensino Mdio apresenta
uma variada tipologia textual. de suma importncia sabermos que tipos de
textos podem aparecer na prova, pois desta forma, sabemos o tipo de
linguagem que pode ser usada, a temtica textual que pode surgir e que
objetivos cada texto pode apresentar. Ao fazermos isso, seremos mais capazes
de interpret-los melhor, compreend-los melhor e assim responder a questo
proposta.
Cartoons/Charges/Tirinhas:
Este tipo de texto tem por natureza comum o tom de ironia, sacarmos ou
mesmo de comdia. comum que se encontre um tipo de linguagem mais leve,
cotidiana e proveniente da oralidade. Podem surgir expresses idiomticas
bem como grias. Seguem exemplos abaixo:
3
Poesia:
Poemas so aparies comuns nas provas de ingls do ENEM e
costumam ser textos um pouco mais complicados de se ler e interpretar, visto
que, normalmente, apresentam uma linguagem menos cotidiana, por vezes
mais rebuscada ou ainda, em alguns casos, termos arcaicos ou de pouco uso
pela lngua moderna. importante tambm termos em mente que este tipo de
texto apresenta por vezes linguagem metafrica.
Letras de Msica:
Letras de msica so muito comuns nas provas de lngua estrangeira e
podem apresentar linguagem bastante variada, desde a mais corriqueira mais
rebuscada, bem como apresentar linguagem bem literal ou mesmo metafrica.
Algumas canes utilizadas pelo ENEM j apresentaram um tema poltico-
histrico. Vejam exemplos a seguir:
4
Citaes famosas ou relevantes:
Muitas vezes frases e opinies proferidas por pessoas importantes e
relevantes historicamente ou socialmente so utilizadas como textos nas
5
provas de lngua inglesa. Portanto, estar atento ao que dito com relevncia
para a sociedade pode facilitar a compreenso textual. Seguem exemplos:
Artigos e Reportagens:
Talvez seja esta tipologia a mais comum e corriqueira de todas. Pode
apresentar uma enorme gama de linguagem que depende sempre do tema
abordado, bem como do pblico-alvo a que o mesmo destinado. Seguem
exemplos:
6
Imagens:
Algumas vezes imagens so
utilizadas nas questes e no somente
atravs de charges ou tirinhas como vimos,
mas atravs de outros recursos visuais.
Vejamos este exemplo a seguir:
Contexto e Inferncia:
Atravs do contexto, possvel entender o sentido geral do texto, no se
perdendo tempo com cada palavra desconhecida, bem como inferir o
significado de um ou mais vocbulos. Pode-se fazer isso:
Exemplo 1:
7
Digamos que no quadrinho anterior, no saibamos o significado da
expresso hang up on. Entendemos que o rapaz ameaa nunca mais ligar
para Ellen se algo acontecer. A segunda parte da imagem, atravs de um
recurso onomatopeico, bem como da expresso facial do rapaz, vemos que
Ellen desligou o telefone. Portanto, podemos tentar inferir que o termo utilizado
na ameaa refere-se justamente a atitude tomada por Ellen, que foi a de
desligar o telefone. Desta forma, vemos que atravs do contexto e dos recursos
visuais fomos capazes de realizar a inferncia de um termo desconhecido.
Exemplo 2:
Skimming:
Skimming uma tcnica de leitura que consiste em realizarmos uma
leitura rpida e superficial de um texto com o objetivo maior de se ter uma ideia
geral do texto, saber do assunto abordado e buscar a ideia central que
transmitida.
Exemplo:
8
Pope Francis has unveiled reforms intended to
make it easier for Roman Catholics to get
annulments and remarry within the Church.
Scanning:
Scanning uma tcnica de leitura que consiste em realizarmos uma busca por
uma informao especfica contida no texto. Muitas vezes, queremos uma ideia
que est descrita somente em uma frase ou um pargrafo.
Exemplo:
9
(...)
Until now the procedures have
been seen as arcane, expensive
and bureaucratic. Catholics seeking an
annulment previously needed approval from
two Church tribunals. The reforms will reduce
this to one and remove the requirement of
automatic appeal. An appeal will still be
possible if one of the parties requests it. ()
Conhecimento de Mundo:
Alm da tcnicas de leitura apresentadas, outro recurso que podemos
utilizar para melhor ler e interpretar os textos propostos na questes estarmos
munidos do maior contedo possvel acerca do mundo que nos cerca, tanto
quanto s atualidades bem como acerca da histria. Digamos que uma
repostagem seja utilizada e voc j sabe do tema tratado pois estava a par de
seu contedo, a leitura e a compreenso ficam mais simples e eficazes. Assim
tambm verdade para msicas, poesias, citaes, etc.
10
Vejamos uma questo do ENEM de 2015:
A questo apresenta um poema que,
segundo o enunciado em portugus,
refere-se tradio oral da cultura
indgena norte-americana. Munido de
um conhecimento prvio de que tais
povos possuam uma conexo enorme
e muito prxima da natureza, tanto no
seu dia-a-dia quanto nas suas crenas
religiosas, a busca pela resposta certa
fica mais fcil, pois uma das respostas
justamente sobre a importncia dos
elementos da natureza. Unindo-se a
leitura do texto com o conhecimento
prvio de mundo e o auxlio dado pela
lngua portuguesa, conseguimos
responder a questo.
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Desenvolvendo Competncias
1. Enem 2013
A partir da leitura dessa tirinha, infere-se que o discurso de Calvin teve um efeito diferente do
pretendido, uma vez que ele
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a) decide tirar a neve do quintal para convencer seu pai sobre seu discurso.
b) culpa o pai por exercer influncia negativa na formao de sua personalidade.
c) comenta que suas discusses com o pai no correspondem s suas expectativas.
d) conclui que os acontecimentos ruins no fazem falta para a sociedade.
e) reclama que vtima de valores que o levam a atitudes inadequadas.
2. Enem 2011
A tira, definida como um segmento de histria em quadrinhos, pode transmitir uma mensagem com
efeito de humor. A presena desse efeito no dilogo entre John e Garfield acontece porque
a) John pensa que sua es namorada maluca e que Garfield no sabia disso.
b) Jodell a nica namorada maluca que John teve, e Garfield acha isso estranho.
c) Garfield tem certeza de que a ex-namorada de John sensata, o maluco o amigo.
d) Garfield conhece as ex-namoradas de John e considera mais de uma como maluca.
e) John caracteriza a ex-namorada como maluca e no entende a cara de Garfield.
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3. Enem 2012
Gabaritos e Resolues
1. c
Resoluo
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Apesar de afirmar que suas atitudes ruins so ocasionadas pela influncia da
sociedade em seu comportamento, Calvin, eximindo-se de culpa, elabora um discurso
profundo a fim de convencer seu pai de tal. No entanto, podemos inferir que o efeito
pretendido no alcanado pela fala de Calvin no ltimo quadrinho e sua ao de ter de
retirar a neve da calada a pedido do pai, que o faz para que o filho adquira mais
personalidade e carter e no use a sociedade como escape para fazer coisas ruins.
2. d
Resoluo
O efeito de humor no dilogo entre Jon e Garfield ocorre porque o ltimo, por meio do
balo de pensamento, deixa claro que Jon precisa dar mais informaes, ser mais especfico
(Youll have to be more specific), para que ele possa descobrir a qual namorada Jon se
refere, j que considera muitas como malucas.
3. b
Resoluo
O primeiro personagem julga seu falar como a melhor forma, afirmando que s est
ali quem fala ingls muito bem. J o segundo concorda ironizando e faz a sugesto de que
o primeiro siga a gramtica normativa, no devendo se utilizar de duplas negativas e
devendo se lembrar de usar advrbios. Isso mostra que, embora tenha havido a
inteligibilidade mtua, no h a aceitao de um pelo outro ou de seus diferentes usos da
linguagem, dando o carter crtico-reflexivo tpico do cartum.
15
Referncia Bibliogrfica das Questes
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