INA INSTITUTO BRASILEIRO DE NATUROPATIA APLICADA

BIOSSEGURANA NA PODOLOGIA
Um conhecimento a mais

GRACIELE ROZINHA CORREIA

BLUMENAU
2017
 GRACIELE ROZINHA CORREIA

BIOSSEGURANA NA PODOLOGIA
Um conhecimento a mais

Trabalho apresentado como requisito

parcial para concluso do Curso de
Educao Profissional em Nvel Tcnico
na rea da Sade com Habilitao de
Tcnico em Podologia do INA Instituto
Brasileiro de Naturopatia Aplicada.
ORIENTADOR: MARCELO KERTICHER

BLUMENAU
 2017
AGRADECIMENTOS

Agradeo em primeiro lugar a Deus, que me deu a vida, a sade, a sabedoria

e o amor para que eu pudesse chegar at aqui. Que com seu poder onipotente e
onipresente me acompanhou permitindo-me crescer sem perder as razes, adquirir
conhecimento sem perder a f, nele e na vida.
Agradeo aos meus pais, Rozinha Maria Correia e Jos Correia por me amar
incondicionalmente, a meu esposo Luiz Correia e minha filha Maria Eduarda Billig
pela pacincia, amor, carinho e apoio, que apesar dos problemas que tivemos, NS
VENCEMOS.
Agradeo aquelas pessoas que quando deveriam ser simplesmente
Professores, Diretores, Secretrios foram Mestres, Amigos que me compreenderam
e me incentivaram a seguir meu caminho.
Agradeo aos meus amigos e colegas, os quais compartilhamos dessa
jornada, e juntos aprendemos a lutar e sobreviver, a crescer e a crer na superao
dos erros, e a acreditar nos valore humanos.
A FamliaTarnowsky que deveriam ser simplesmente meus chefes, mas foram
meus maiores incentivadores.
Enfim sou grata a todos aqueles que torceram por mim, me acompanharam e
que nunca me abandonaram, aqueles que eu amo e me amam reciproca e
desinteressadamente.
 LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Touca de proteo 26

FIGURA 2: Mascara descartvel 26
FIGURA 3: culos de proteo 27
FIGURA 4: Luva de ltex 27
FIGURA 5: Jaleco 28
FIGURA 6: Cala 29
FIGURA 7: Calado fechado 29
FIGURA 8: Principais EPCs 30
FIGURA 9: Autoclave 30
FIGURA 10: Coletor de material infectantes 32
 LISTA DE QUADROS

QUADRO 1: Mapa de risco por cores 12

QUADRO 2: Grau de risco 12
QUADRO 3: Modelo de planta baixa 13
QUADRO 4: Limite e tolerncia de rudo 14
QUADRO 5: Principais smbolos de riscos 18
QUADRO 6: Lavagem das mos 22
QUADRO 7: Classificao e identificao de resduo 32
 SUMRIO

1. INTRODUO 7
2. REVISO LITERRIA 9
2.1 Conceituando Biossegurana 9
2.2 Gerenciamentos de Riscos 10
2.2.1 Riscos de Profissionais13
2.2.2 Riscos Fsicos 13
2.2.3 Riscos Qumicos 16
2.2.4 Riscos Biolgicos 17
2.2.5 Riscos Acidentes 18
2.2.6 Riscos Ergonmicos 18
2.3 Medidas de Preveno de Riscos 18
2.3.1 Higiene Pessoal 19
2.3.2 Higiene Ambiental 21
2.3.3 Higiene Instrumental 22
2.3.4 Equipamento de Proteo Individual (EPI) 23
2.3.5 Equipamento de Proteo Coletiva (EPC) 27
2.4 Descartes de Resduos 28
3. CONSIDERAES FINAIS 30
4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 32
 7

1. INTRODUO

O Podlogo um profissional de sade que presta seus servios a crianas,

jovens, adultos e idosos. Podendo ou no integrar-se a outros profissionais de
sade. Atualmente o interesse por tratamentos na rea da beleza, incluindo
tratamentos podais, apresenta um crescimento a cada ano, com o intuito de manter
a pele, o corpo e a mente sempre belo, jovem, saudvel e tambm para manter o
bem estar.
Com isso cresceu tambm as tecnologias, as pesquisas por cosmticos
estticos e para a sade no Brasil e no mundo, ampliando assim os cuidados de
higiene, preveno de riscos de doenas e de acidentes, surgindo uma cincia que
estuda o controle, a minimizao ou eliminao de riscos e perigos que podem
comprometer a sade dos homens, dos animais e do ambiente, tornando os
espaos mais seguros, ela a Biossegurana.
A Biossegurana uma rea relativamente nova, que impe desafios no
somente aos profissionais, mas tambm as empresas que investem em pesquisas.
Ela designa um campo de conhecimento e um conjunto de prticas e aes tcnicas
com a preocupao social e ambiental destinados a conhecer e controlar os riscos
que o trabalho pode oferecer ao ambiente e a vida. De forma geral a biossegurana
busca atrelar as necessidades que um profissional possui ao executar seu trabalho
com segurana, sem causar danos a sade e ao ambiente.
O objetivo dessa cincia visa diminuir ou at eliminar os riscos ou acidentes
causados em ambientes de trabalho. E a rea da sade, como o caso da
podologia, est exposta diariamente a adquirir agentes patognicos e a acidentes
com perfuro cortantes.
Desta forma busquei atravs de pesquisas bibliogrficas uma forma mais clara
e objetiva de mostrar aos meus colegas, formas de preveno de riscos sade e
riscos a acidentes profissional e ambiental que afinal de contas de que forma
descartamos os materiais perfuro cortantes?
Diante de um mercado altamente competitivo e que nos mais diversos ramos,
sua cliente prezar cada vez mais por profissionais que buscam se destacar pela
qualidade de seus servios atravs da busca de conhecimento e pela introduo
desses conhecimentos no seu dia-a-dia que fui em busca de pesquisa
bibliogrficas, que foram coletadas de livros e sites em bibliotecas pblicas e
particulares e endereos eletrnicos para adquiri esses conhecimentos.
 8

Este trabalho de concluso de curso estrutura-se em trs captulos onde

inicialmente busco apresentar os possveis riscos, seguindo e mostrando as formas
de preveno e finalizando com indicaes de descarte de resduos.
Em cima desta proposta finalizo com a seguinte pergunta:
Mas o que podemos considerar um ambiente seguro?
 9

2. REVISO LITERRIA

2.1 Conceituando Biossegurana dentro da Podologia

A Podologia este alicerada nas cincias bsicas da sade, onde se apoiam

outras cincias, como medicina, a enfermagem, a fisioterapia, a farmacologia, a
biomedicina, a fonoaudiologia, a odontologia, entre outras. Partindo de seu alicerce,
a Podologia fundamenta-se num conjunto de abordagens e tcnicas que visam
manter e/ou restabelecer a sade de pessoas, no que diz respeito aos membros
inferiores, mais especificamente do tornozelo aos ps. Dessa forma o
Podlogo/Podologista um profissional de sade que compreende o funcionamento
do corpo humano e suas necessidades biopsicossociais, atuando no campo da
preveno e da promoo da sade, com nfase nos membros inferiores. (BEGA;
LAROSA, 2010, p. 19).
Segundo Vieira (2015, p. 4) cita em seu caderno de estudos, biossegurana
vem a ser o conjunto de aes voltadas para a preveno, minimizao ou
eliminao de riscos inerentes s atividades de pesquisa, produo, ensino,
desenvolvimento tecnolgico e prestao de servios, riscos que podem
comprometer a sade do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade
dos trabalhos desenvolvidos, segundo a Fundao Oswaldo Cruz (apud TEIXEIRA;
VALLE, 1996).
Biossegurana compreende medidas de segurana que envolvem reas
como legislao, aes administrativas, procedimentos mdico-odontolgico e
prticas sociais de modo geral. Tais medidas tm como foco principal diminuir os
riscos inerentes ao processo de trabalho nos locais de sade e no meio ambiente
como um todo. Constitui-se como prticas sanitrias, advindas de conhecimentos
tecnolgicos e cientficos, voltadas para a proteo da vida e do meio ambiente.
Segundo os critrios de qualidade da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
Anvisa nos servios de sade, no ter qualidade significa risco (CADERNO
INSTITUCIONAL DO SEST/SENAT, 2009, p. 7).
Risco a probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espao e no
tempo, que causa danos sade, as unidades operacionais, ou dano
econmico/financeiro. J o perigo a expresso de uma qualidade ambiental que
apresente caractersticas de possvel efeito malfico para a sade ou para o meio
ambiente. Na presena de um perigo, no existe um risco zero, porm existe a
 10

possibilidade de minimiz-lo ou alter-lo para nveis considerados aceitveis. Por

exemplo, existe o perigo no manuseio de determinados produtos qumicos ou
biolgicos, porm o risco dessa atividade pode ser considerado baixo se forem
observados todos os cuidados necessrios e se forem utilizados os equipamentos
de proteo adequados. (RAMOS, 2009, p. 1).
Os riscos ambientais se classificam em: (SALIBA; CORRA; AMARAL; RIANI,
1997, p. 13).
a) Riscos Fsicos: So aqueles que compreendem dentre outros o rudo, a
vibrao, temperaturas extremas, presses anormais, radiao ionizante e
no-ionizante
b) Riscos Qumicos: So aqueles que compreendem dentre outros as nvoas,
neblinas, poeiras, fumos, gases e vapores.
c) Riscos Biolgicos: So aqueles que compreendem dentre outros as bactrias,
fungos, helmintos, protozorios e vrus.
Com o impacto de novas tecnologias, o avano nas pesquisas na rea de
cosmetologia no Brasil e no mundo, alm do aparente crescimento na rea,
amplifica-se tambm os cuidados de higiene que os profissionais devem empregar
nos centros de beleza e esttica, com a finalidade de tornar esses espaos mais
seguros (VIEIRA, 2015, p. 3).

2.2 Gerenciamentos de Riscos

A fim de chamar a ateno das pessoas que trabalham ou frequentam

estabelecimentos de beleza importante que haja uma sistemtica de identificao
de riscos existentes em cada setor ou unidade do estabelecimento. Assim, de
acordo com a necessidade e a gravidade dos riscos existentes, necessria a
atuao de um pessoal capacitado, visando delinear estratgias de gerenciamento
de riscos. Isso deve ser feito a partir de um levantamento da avaliao e do domnio
sistemtico dos riscos do estabelecimento, fundamentados em princpios humanos,
tcnicos, legais e econmicos (RAMOS, 2009, p. 3).
Os objetivos de um programa de higiene do trabalho consistem em
reconhecer, avaliar e controlar os riscos ambientais presentes nos locais de trabalho
(SALIBA; CORREA; AMARAL; RIANI, 1997, p. 13).
As precaues aos riscos de infeces devem ser universais, ou seja
necessria a tomada de medidas de preveno na assistncia de todo o paciente
independente da suspeita ou do diagnstico de infeco que possam ser
 11

transmitidas ao invs de se adotar precaues especiais somente quando esses

fluidos orgnicos forem de pacientes com infeco conhecida por um patgeno de
transmisso sangunea (CADERNO INSTITUCIONAL DO SEST/SENAT, 2009, p. 7).
O Profissional que trabalha na rea de cosmetologia, dentro do segmento
sales de beleza, deve estar ciente da existncia de uma srie de riscos fsicos,
qumicos e biolgicos inerentes a atividade desta profisso, a que podem estar
sujeitos, mas que os mesmos podem ser minimizados atravs de medidas de
preveno bsicas. As medidas de biossegurana abrangem uma srie de cuidados,
que, segundo Garcia e Moser (2006, p. 15), incluem limpeza do estabelecimento e
mobilirios, desinfeco, assepsia e/ou esterilizao dos artigos, uso de
equipamentos de proteo individual (EPI) e coletiva (EPC), o correto gerenciamento
de resduos gerados pelo estabelecimento e tambm a higienizao das mos. A
arquitetura e disposio dos mveis em um centro de beleza tambm so quesitos
importantes a serem observados como medida de biossegurana, pois, atravs
desse pode-se minimizar os riscos fsicos (VIEIRA, 2015, p. 7).
Conforme RDC 50 da Anvisa (2002, p. 54) o ambiente deve ter boa
iluminao e ventilao; pisos e paredes devem ser lisos, lavveis e resistentes a
saneantes.
O processo de gesto de risco mapeado e orientado por fluxos de
notificao, identificao, analise e tratamento dos riscos com utilizao de
ferramentas com classificao do nvel de risco e possibilidade de priorizao.
Trata-se de identificar situaes e locais potencialmente perigosos, a partir de uma
planta baixa de cada seo, so levantados todos os tipos de riscos, classificando-
os por grau de perigo: pequeno, mdio e grande. Sendo estes agrupados em cinco
grupos classificados pelas cores vermelho, verde, marrom, amarelo e azul. Cada
grupo corresponde a um tipo de agente: qumico, fsico, biolgico, ergonmico e
acidental. O Mapa deve ser colocado em um local visvel para alertar aos
trabalhadores sobre os perigos existentes naquela rea (CNDIDA e FAGUNDES,
2015).
 12

Quadro 1: Mapa de Riscos Classificados por Cores

Fonte: http://www.franca.unesp.br/?_escaped_fragment_=/servicos/cipa/mapa-de-riscos/
Acessado em: 02 fev. 2017.

Quadro 2: Grau de Risco

Fonte: http://www.fca.unesp.br/#!/entidades/cipa/mapa-de-risco/
Acessado em: 02 fev. 2017.

Quadro 3: Modelo de Planta Baixa

Fonte: http://www.fca.unesp.br/#!/entidades/cipa/mapa-de-risco/
 13

Acessado em: 02 fev. 2017.

2.2.1 Riscos Profissionais

Os servios de sade possuem muitas reas de insalubridade, que variam de

acordo com o tipo de ambiente (laboratrio, lavanderia, pronto-socorro) ou tipo de
trabalho realizado (atendimento a doentes, limpeza, trabalho administrativo). Os
riscos profissionais so caracterizados ou exemplificados por todos os riscos aos
quais os trabalhadores esto sujeitos em seu ambiente de trabalho, como os citados
anteriormente. Tais riscos, como, por exemplo, os de acidentes, podem ser
agravados por problemas administrativos e financeiros, devido, entre outros, falta
de manuteno de equipamentos. (VIEIRA, 2015, p. 17).

2.2.2 Riscos Fsicos

Riscos Fsicos so definidos como forma de energia a que possam estar

expostos os trabalhadores, cujos agentes mais comuns so rudos, temperatura
excessiva, vibraes, presses anormais, radiaes e umidade. (RAMOS, 2009,
p.29).
Rudos: As mquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem
rudos que podem atingir nveis excessivos, podendo a curto, mdio ou a longo
prazo provocar srios prejuzos sade. Dependendo do tempo de exposio, nvel
sonoro e da sensibilidade individual, as alteraes danosas podero manifestar-se
imediatamente ou gradualmente. Quanto maior o nvel de rudo, menor dever ser o
tempo de exposio ocupacional (SUZANA et al, 1998).
Limite de tolerncia para rudo contnuo ou intermitente

Mxima exposio diria

Nvel de rudo dB (A)
permissvel

85 8 horas

86 7 horas
 14

87 6 horas

88 5 horas

89 4 horas e 30 minutos

90 4 horas

91 3 horas e 30 minutos

92 3 horas

93 2 horas e 40 minutos

94 2 horas e 40 minutos

95 2 horas

96 1 hora e 45 minutos

98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora

102 45 minutos

104 35 minutos

105 30 minutos

106 25 minutos

108 20 minutos
 15

110 15 minutos

112 10 minutos

114 8 minutos

115 7 minutos

Quadro 4: Limite de tolerncia de rudo

Fonte: http://www.fiocruz.br/biossegurana/bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html
Acessado em: 06 Fev. 2017.

Temperatura Excessiva: A complexidade do estudo do calor reside no fato de

haver diversos fatores variveis que influenciam nas trocas trmicas entre o corpo
humano e o meio ambiente, definindo desta forma a severidade da exposio ao
calor (SALIBA, CORRA, AMARAL E RIANI,1997, p.42).
Vibraes: Na indstria comum o uso de mquinas e equipamentos que
produzem vibraes, as quais podem ser nocivas ao trabalhador. As vibraes
podem ser: Localizadas - (em certas partes do corpo). So provocadas por
ferramentas manuais, eltricas e pneumticas. Consequenciais: alteraes
neurovasculares nas mos, problemas nas articulaes das mos e braos;
osteoporose (perda de substncia ssea). Generalizadas - (ou do corpo inteiro). As
leses ocorrem com os operadores de grandes mquinas, como os motoristas de
caminhes, nibus e tratores. As Consequncias so: Leses na coluna vertebral;
dores lombares. Para evitar ou diminuir as consequncias das vibraes
recomendado o revezamento dos trabalhadores expostos aos riscos (SUZANA et al,
1998).
Presses Anormais: Com o aumento da presso do ar, aumenta tambm a
solubilidade dos gases no sangue, fazendo com que mais nitrognio e oxignio se
dissolvam no sangue, alterando o equilbrio dessa soluo. Com a diminuio da
presso diminui tambm a solubilidade dos gases no sangue. No caso dessas
variaes, o sangue atinge o seu equilbrio em poucos minutos, no entanto o tecido
adiposo pode levar horas para liberar o nitrognio dissolvido. Dai a necessidade de
se aumentar ou diminuir a presso vagarosamente e em estgios que so funo da
 16

presso e do perodo que o trabalhador ficou nessa presso. Dessas variaes de

presso resulta em alguns tipos de doenas: barotrauma, presses anormais
embolia traumtica pelo ar, presses anormais compresso, embriaguez das
profundidades (JUNIOR, 2015).
Radiao: A diferena entre radiao ionizantes e no ionizantes se deve s
suas origens e quantidade de energia, alm de suas capacidades de penetrar na
matria e arrancar ou no os tomos que a constitui. As radiaes ionizantes (RI),
por seu alto poder energtico, tem capacidade de ionizar a matria ao incidir sobre
ela. As Radiaes no ionizantes ao incidir sobre a matria biolgica no possuem
suficiente energia para provocar uma ionizao. As radiaes no ionizantes
englobam: radiao ultravioleta, radiao visvel e infravermelha, laser, microondas e
radiofrequncia. Podem incluir-se os ultrassons, j que os riscos produzidos por eles
so similares ao da radiao no ionizante, devido a sua natureza ondulatria e de
alta frequncia. As radiaes ionizantes englobam: raios x, raios y, partculas alfa,
beta, y e nutrons. (SALIBA; CORREA; AMARAL; RIANI, 1997, p. 72).
Umidade: As atividades ou operaes executadas em locais alagados ou
encharcadas, com umidades excessivas, capazes de produzir danos sade dos
trabalhadores, so situaes insalubres e devem ter a ateno dos prevencionistas
por meio de verificaes realizadas nesses locais para estudar a implantao de
medida de controle.A exposio do trabalhador umidade pode acarretar doenas
do aparelho respiratrio, quedas, doenas de pele, doenas circulatrias, entre
outras.Para o controle da exposio do trabalhador umidade podem ser tomadas
medidas de proteo coletiva (como o estudo de modificaes no processo do
trabalho, colocao de estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de
proteo individual (como o fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental
para trabalhadores em galvanoplastia, cozinha, limpeza etc) (FIOCRUZ, 1998).

2.2.3 Riscos Qumicos

Os riscos qumicos existem quando um trabalhador e/ou usurios entram em

contato com substncias, como poeira, gases, medicamentos, venenos, entre
outros, que possam causar dano ao seu organismo. Alguns exemplos so
profissionais que trabalham em laboratrio de anlises clnicas ou de manipulao
de medicamentos, entre outros. (VIEIRA, 2015, p. 18).
 17

Nas atividades desenvolvidas na rea da beleza, pode-se deparar com riscos

qumicos durante o manuseio e a aplicao de produtos cosmticos na pele e nos
cabelos. Produtos utilizados em colorao, alisamento capilares contendo
derivados de amnia, perxidos, hidrxidos, tioglicolato, substncias alcalinas,
cidas e oxidante; alm de solventes como acetona e lcool constituem a principal
fonte de risco qumico em estabelecimentos de beleza. (RAMOS, 2009, p.20).

Segue Abaixo os principais smbolos de risco qumico:

Quadro 5: Principais Smbolos de Riscos Qumicos

Fonte: https://pharmagirls.wikispaces.com/S
%C3%ADmbolos+Associados+aos+Risco+de+Laborat%C3%B3rio>
Acessado em: 02 fev. 2017.

2.2.4 Riscos Biolgicos

 18

Quando, nos ambientes de sade esto presentes microorganismos, como

bactrias, fungos, parasitas e vrus (causadores de doenas infectocontagiosas),
dissemos que o trabalhador e/ou usurios esto em contato com riscos biolgicos.
(VIEIRA, 2015, p. 18).
Infeco: doena caracterizada pela presena de agentes infecciosos que
provocam danos em determinados rgos ou tecidos do nosso organismo causando
febre, dor, eritema (vermelhido), edema (inchao) alteraes sanguneas (aumento
do nmero de leuccitos), e secreo purulenta no local afetado. (Apostila de Estudo
INA Noes de Biossegurana p. 4).
A transmisso de agentes infecciosos pode ocorrer de maneira direta ou
indireta. A transmisso direta se d por meio de contato fsico entre o transmissor e
o receptor por via cutnea ou secrees. O mecanismo de transmisso indireta pode
ocorrer por meio de instrumentos contaminados, especialmente os perfurocortantes
(exposio percustanea) ou por meio de infeco cruzada. (RAMOS, 2009, p. 8).

2.2.5 Riscos de Acidentes

Riscos de Acidentes so todos os fatores que colocam em perigo o

trabalhador ou afetam sua integridade fsica ou moral. So considerados como
riscos geradores de acidentes: arranjo fsico deficiente; mquinas e equipamentos
sem proteo; ferramentas inadequadas; ou defeituosas; eletricidade; incndio ou
exploso; animais peonhentos; armazenamento inadequado.

2.2.6 Riscos Ergonmicos

Esta a sobrecarga advinda do contato com o sofrimento de pacientes, com a

dor e a morte, o trabalho noturno, rodzios noturnos, ritmo de trabalho, realizao de
tarefas mltiplas, fragmentadas e repetitivas, o que pode levar a depresso, insnia,
suicdio, tabagismo, consumo de lcool e drogas e fadiga mental. O frequente
levantamento de peso para movimentao e transporte de pacientes e
equipamentos, a postura inadequada e flexes de coluna vertebral em atividades de
organizao e assistncia podem causar problemas a sade do trabalhador, tais
como fraturas, lombalgias e varizes. Tais fatores causais esto relacionados a
agentes ergonmicos. Os fatores ergonmicos so aqueles que incidem na
adaptao entre o trabalho-trabalhador. So eles o desenho dos equipamentos, do
 19

posto de trabalho, a maneira como a atividade laboral executada, a comunicao e

o meio ambiente. (Apostila de Estudo INA Noes de Biossegurana p.19).

2.3 Medidas de Preveno de Riscos

Face as diversas consideraes mas principalmente da necessidade de

melhor orientar a adoo de medidas de proteo aos trabalhadores contra os riscos
ambientais, o Ministrios do Trabalho resolveu normatizar conceitos, etapas,
procedimentos, a serem utilizados em um programa de higiene do trabalho, ao qual
denominou Programa de Preveno de Riscos Ambientais. (PPRA) (SALIBA;
CORREA, AMARAL, RIANI, 1997, p. 171).
Teixeira e Vale (1996) recomendam que a preveno seja frequente, a fim de
minimizar e eliminar riscos que possam comprometer a sade dos clientes, e dos
profissionais, portanto, a aplicao dos conceitos de biossegurana torna-se
fundamental para assegurar a qualidade em todos os servios oferecidos (VIEIRA,
2015, p.4).

2.3.1 Higiene Pessoal

Higiene do trabalho refere-se a um conjunto de normas e procedimento que

visa proteo da integridade fsica e mental do trabalhador, preservando-o dos
riscos de sade inerentes s tarefas do cargo e ao ambiente fsico onde so
executadas. Relaciona-se com o diagnstico e preveno das doenas ocupacionais
a partir do estudo e controle de duas variveis: homem e seu ambiente de trabalho
(CHIAVENATO, 1999, p.376).
De acordo com Toledo (1992) Higiene e segurana no trabalho so medidas
de proteo das pessoas e dos bens da empresa. A higiene do trabalho tem carter
eminentemente preventivo, pois objetiva a sade e o conforto do trabalhador,
evitando que adoea e se ausente provisria ou definitivamente do trabalho. Os
principais objetivos so:
Eliminao das causas das doenas profissionais; atravs da preveno do
reconhecimento e do controle dos agentes ambientais.
Reduo dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas
doentes ou portadoras de defeitos fsicos.
Preveno de agravamento de doenas e de leses.
 20

Manuteno da sade dos trabalhadores e aumento da produtividade por

meio de controle do ambiente de trabalho.
As mos so o principal e mais precioso instrumento de trabalho que o
profissional de beleza possui. O maior ndice de contaminao em ambientes
coletivos na rea da sade proveniente de contaminaes cruzadas por meio de
utenslios e mos dos profissionais. Quando tocados em objetos e nas pessoas (no
caso os clientes), entramos em contato com uma enorme quantidade de micro-
organismos. Estes, quando aderidos as mos, so repassados para outros objetos e
clientes e transferidos para outras partes do corpo, como os olhos, a boca e o nariz.
Uma medida relativamente simples como a higienizao das mos capaz de
reduzir drasticamente a contaminao e o ndice de infeces em estabelecimentos
de sade e beleza (RAMOS, 2009, p. 101).
O pessoal do laboratrio no dever: preparar, armazenar nem consumir
alimentos e bebidas; pipetar com a boca, fumar, aplicar batom ou outro cosmtico,
lentes de contato na rea de trabalho. Esta regra elementar de segurana dever
ser seguida por todos os que trabalham ou quem visita um laboratrio. Lavar as
mos uma proteo preliminar a exposio inadvertida aos produtos qumicos
txicos ou aos agentes biolgicos. Lave sempre suas mos antes de sair do
laboratrio, mesmo quando voc use luvas. Lave suas mos aps ter removido a
roupa protetora suja, antes de comer, de beber, de fumar. Lave suas mos
periodicamente durante o dia nos intervalos ditados pela natureza do seu trabalho.
Lavar com sabo e gua corrente, com as mos unidas descendentes para nivelar a
contaminao fora das mos. Desligar a torneira com uma toalha de papel limpa
para impedir a recontaminao, e para secar suas mos com toalhas limpas. No
use luvas fora do laboratrio para evitar transportar contaminantes (ALMEIDA, 2008,
p. 213).
Segue a seguir a sugesto de lavagem das mos:
 21

Quadro 6: Lavagem das Mos

Fonte: http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=18041//>
Acessado em: 06 Fev. 2017.

2.3.2 Higiene Ambiental

Os sanitrios de pacientes e funcionrios devem ser separados; deve haver

local especfico para que os funcionrios guardem seus pertences, as superfcies
fixas (pisos, paredes, tetos, portas e mobilirios) no representam risco significativo
de transmisso de doenas. imprescindvel a limpeza destas reas, porm
desnecessria a desinfeco, a menos que haja respingos de matria orgnica
contaminada, quando recomendada a desinfeco localizada (MINISTRIO DA
SADE, 2004, p. 54).
importante ressaltar que em ambiente coletivo onde h convivncia de
pessoas com origens e costumes diversificados, necessrio adotar procedimentos
de higienizao diferente dos comumente utilizados em ambientes domsticos. So
 22

princpios que norteiam qualquer procedimento de higienizao eficaz: limpar do

sentido da rea mais limpa para a mais suja; da rea menos contaminada para a
mais contaminada; de cima para baixo (ao da gravidade); remover as sujidades
sempre no mesmo sentido e direo (VIEIRA, 2015, p. 29).
Um ambiente limpo e organizado, mesmo em instalaes fsicas simples,
proporciona bem-estar tanto para a cliente quanto para a equipe de trabalho. Antes
de iniciar o processo de limpeza e desinfeco do ambiente, ele deve ser organizado
de modo que todos os objetos e materiais estejam guardados, liberando as
superfcies para facilitar a limpeza. Quanto maior o acumulo de sujidade em uma
superfcie, maior ser o tempo e a fora de frico para sua remoo, e maior a
concentrao e a potncia do agente qumico utilizado. Em estabelecimentos de
sade e beleza, recomendvel a utilizao de aspirao ou de varredura mida,
feita com rodo e panos midos, em detrimento da varredura seca, que dispersa
partculas de poeiras que podem se depositar nos artigos ou serem inaladas por
profissionais e usurios (RAMOS, 2009, p. 90).
Considerando-se que um grande nmero de superfcies pode ser
contaminado, torna-se claro que o uso de desinfetantes constitui uma das principais
etapas de assepsia efetiva. A limpeza e desinfeco das superfcies fixas e partes
expostas do equipamento reduz significativamente a contaminao cruzada
ambiental. Para desinfeco de bancadas, moveis e equipamentos adequada a
frico com lcool a 70%, com tempo de exposio h 10 minutos (3 aplicaes),
conforme descrito nas normas de processamento de artigos e superfcies em
estabelecimentos de sade. Quanto a limpeza de teto, paredes e pisos recomenda-
se o uso de gua e sabo ou detergente neutro e hipoclorito a 1% (MADELLA,
2010).

2.3.3 Higiene Instrumental

Na Podologia usamos artigos invasivos e no invasivos, para identificar quais

procedimento que cada artigo necessita antes de seu uso classificamos os mesmos
em artigos: Crticos: entram em contato com tecido estril ou sistema vascular.
Penetram atravs da pele so evasivos. Apresentam alto risco de infeco, se
contaminados. Devem sofrer esterilizao. Por exemplo: Bisturis, Alicates, Brocas.
Semicrticos: entram em contato com a pele no ntegra. Devem sofrer desinfeco
de alto nvel para destruio de todos os microorganismo, com exceo de
 23

esporos. So elas: Pina, Estilete, Esptula. No crticos: entram em contato com a

pele intacta. Devem sofrer limpeza. So os: Aparelho de onicoorteses, Estojo de
bisturis, Bandejas, aplicador de gases, Caneta / Mandril, Monofilamento / Diapazo
(ORLANDO JR, 2006, p. 01).
Usualmente, a descontaminao apenas a primeira etapa de um processo
de esterilizao ou desinfeco e, como tal, denominado descontaminao prvia,
pois reduz consideravelmente a carga biolgica, tornando a limpeza, a desinfeco e
a esterilizao mais fceis, menos dispendiosas e com menor probabilidade de
causar infeces. (RAMOS, 2009, p. 57).
Imerso: O material deve ser colocado de molho em solues desincrustantes
em um recipiente de plstico comum ou em cubas de ultrassom. Estas substncias
so destinadas a dissolver resduos orgnicos e facilitar a lavagem posterior; no
so desinfetantes. Principais produtos utilizados: endozime, descrost 100, Johnson
88, descrothe 200. Devem ser preparados conforme recomendao do fabricante.
Lavagem: deve ser usado um grande volume de gua corrente, escovando-se os
instrumentos para remover deles todos os atritos desincrustados pela operao. A
escova empregada deve ser de uso exclusivo. Sua desinfeco feita pela imerso
em soluo de glutaraldedo a 2% por 30 minutos. Secagem: deve ser feita com
toalhas de papel. Deve-se evitar que eles sequem naturalmente, pois a gua contm
sais minerais e, quando secos, ficam aderidos aos instrumentos, podendo danific-
los durante a esterilizao pelo calor. Devem ser empacotados quando
completamente secos. Embalagem: dever ser feita em pacotes especiais que
suportem altas temperaturas e/ou caixas metlicas fechadas (CADERNO
INSTITUCIONAL DO SEST/SENAT, 2009, p. 39).
Esterilizao: refere-se ao mtodo capaz de eliminar todos os micro-
organismos patognicos, inclusive esporos. A esterilizao nesses estabelecimentos
dever ser feito mediante aplicao de processos fsicos (autoclaves e estufa).
(VIEIRA, 2015, p. 36).
O ano de 1933 tido como o incio da moderna esterilizao cientfica. Nesta
poca a empresa American Sterilizer introduziu o primeiro esterilizador por presso
de vapor no qual o controle do processo inteiro de esterilizao era centrado na
medio da temperatura atravs de um termmetro de mercrio localizado no dreno
da cmara, situado no fundo da mesma. Os esterilizadores fabricados e instalados
antes de 1933 eram operados tendo como parmetro de controle apenas a presso,
sem opo de medio da temperatura desenvolvida pelo vapor. A introduo do
 24

controle por temperatura tirou a esterilizao de um perodo marcado por trabalhos

cientficos de quase adivinhao, remetendo-os a um perodo de esterilizao mais
confivel, que permanece praticamente inalterado at os dias de hoje, excetuando-
se os modernos controles de automatismo. Praticamente todos os esterilizadores
atuais apresentam o mrito de possurem termmetros capazes de, sob quaisquer
condies, indicarem com boa exatido, a temperatura do vapor aplicado s cargas
(PUC-RIO, 2009, p. 24).

2.3.4 Autoclave

No mtodo de autoclaves, a descontaminao realizada atravs de vapor

dgua em temperatura e presso elevadas, durante um perodo de tempo suficiente
para destruir agentes patognicos ou diminu-los a um nvel que no ofeream
riscos. Aps a desinfeco, em cargo da utilizao de vapor dgua, pode acontecer
um aumento de massa. Para tanto, algumas autoclaves congregam dispositivos
mecnicos de compresso com o intuito de diminuir o volume. Seguinte ao
processamento, os resduos slidos tratados so encaminhados para aterros
sanitrios e os efluentes lquidos devem ser tratados, atendendo aos limites de
emisso estabelecidos em Legislao, antes do seu lanamento (BARTHOLOMEU;
CAIXETA, 2011).
Durante o processo de esterilizao, importante observar a disposio dos
artigos dentro da cmara. Nas autoclaves, os pacotes devem ser posicionados de
maneira que o vapor possa fluir para todos os itens. Deve-se respeitar um
espaamento de 20 a 25 mm entre todos os pacotes, e destes para as paredes do
aparelho. O volume do material no pode ultrapassar 80% da capacidade do
aparelho. Os pacotes 120 Revista de Iniciao Cientfica da Universidade Vale do
Rio Verde, Trs Coraes, v. 4, n. 1, p.114-131 maiores devem ser posicionados na
parte inferior da cmara; e os menores por cima, para facilitar o fluxo do vapor.
(MINISTRIO DA SADE - BRASIL, 2000).

2.3.6 Indicador Qumico

De acordo com estudos realizados por Vranjac (2007), os esterilizantes

qumicos mais utilizados em nosso meio so o Glutaraldedo e o cido Peractico,
 25

que devem ser utilizados de acordo com as orientaes dos fabricantes, sendo que
na escolha do produto deve-se considerar:
Aprovao do fabricante para uso em artigos delicados;
Poder de corroso, odor e manchas;
Estabilidade do produto;
Tempo de exposio ao produto.
Toxicidade para o profissional de sade, paciente e meio ambiente. Vrios
fatores interferem na efetividade dos esterilizantes qumicos, entre eles:
Manipulao incorreta;
Contaminao bacteriana durante sua manipulao;
Qualidade da limpeza dos artigos e equipamentos previamente ao
uso do desinfetante;
Tempo de imerso por perodo inferior ao recomendado;
Resistncia microbiana ao produto;
Concentrao da soluo;
Contaminao da soluo por microrganismos presentes nos artigos;

Contaminao do recipiente no qual os equipamentos e instrumentais so

imersos; Aes a serem realizadas, segundo Vranjac (2007).
O artigo deve ser previamente lavado e seco antes da imerso, para
evitar que a gua altere a concentrao da soluo;
Imergir completamente o equipamento na soluo qumica;
Todos os canais devem ser preenchidos com soluo desinfetante,
utilizando-se uma seringa;
Monitorar o tempo de imerso necessrio para garantir a
esterilizao de acordo com o tipo de soluo e a recomendao do
fabricante do produto;
Aps a esterilizao o artigo deve ser submetido a enxgue
abundante com gua estril (frasco descartvel);
Utilizar seringa com gua estril para enxaguar os canais;
Manipular os artigos com luva estril;
Secar o equipamento com compressa estril e utilizar imediatamente;
Utilizar equipamento de proteo individual (EPI) luvas, avental,
mscara e culos. Desvantagens da esterilizao qumica
O material no pode permanecer estril, uma vez que esterilizado
no embalado.

Monitorizao qumica dividida em classes, segundo Junqueira (2017):

 26

Classe 1: Os indicadores de passagem so normalmente

encontrados em fitas zebradas, que indicam se um determinado
pacote passou pelo processo, no garantindo, porm a sua
esterilidade. Devem ser utilizados em todos os pacotes
externamente.
Classe 4: Existem indicadores qumicos multiparamtricos que deve
ser usado em cada pacote. Mostram que houve penetrao de calor
e vapor, mas no garantem a esterilizao. SIL 250
Classe 5: Integrador qumico de uso interno, indicado para utilizao
em pacotes que sero esterilizados a vapor em parmetros
determinados mundialmente. Tem boa confiabilidade, porm em
alguns modelos se a temperatura for acima de 140C o indicador
aprova o ciclo independente da presena de vapor, o que uma
limitao. STEAMPLUS
Classe 6: Emuladores para temperatura especfica, 121 C ou 134
C, em tempos especficos e pr-determinados. O emuladores Browne
(5,3 min 134C), foram testados e aprovados na Cristfoli para ciclos
em autoclaves Vitale, 12, 21, Vitale Plus 12 e 21 litros, Baby e
Quadra. Devem ser utilizados rotineiramente. Prtico, fcil de usar,
de armazenar com leitura imediata.

Quadro 7: Principais Smbolos de Riscos Qumicos

Fonte: http://www.dentalspeedgraph.com.br/grupo/teste-para-autoclave
Acessado em: 02 fev. 2017.
 27

2.3.8 Indicador Biolgico

Preparado padronizado contendo microrganismos vivos e viveis,
reconhecidamente resistentes ao mtodo de esterilizao a ser monitorado, e tem
por objetivo demostrar se as condies do esterilizador esto adequadas para
produzir a esterilizao (FAVERO, 1998).
Usa em pacote teste desafio manual padro AAMI ou pronto;
Posio do pacote na autoclave: horizontal e prximo ao dreno;
Autoclave com carga;
Rotina diria.
Coloca-se o teste dentro de um pacote, que ir passar pelo ciclo de
esterilizao da autoclave. Normalmente os hospitais utilizam o primeiro ciclo, e
colocam o pacote teste no ponto mais frio da autoclave, que embaixo junto ao
dreno. Nas autoclaves Cristfoli coloque o indicador na bandeja superior, na parte
frontal (junto porta). Terminado o ciclo, abre-se o pacote recuperando-se o tubo
plstico, aguarda-se 15 min. para que resfrie e perca a presso. Aperta-se a ampola
plstica (ativao) consequentemente quebra-se a ampola de vidro interna, expondo
os esporos ao meio de cultura. Coloca-se para incubar o indicador teste, que passou
por esterilizao, em incubadora prpria junto com outro indicador controle. O
indicador controle no vai para autoclave, mas deve ser ativado da mesma forma
(JUNQUEIRA, 2017).

Quadro 7: Classificao dos IB

Fonte: http://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/downloads/controle_de_esterilizacao.pdf
Acessado em: 05 Jul. 2017.
 28

Quadro 7: Montagem do Pacote Teste

Fonte: http://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/downloads/controle_de_esterilizacao.pdf
Acessado em: 05 Jul. 2017.

2.3.8 Equipamentos de Proteo Individual

importante voc saber que a escolha certa do EPI est diretamente

associada ao conhecimento dos tipos de riscos: riscos fsicos, qumicos, biolgicos e
ergonmicos, aos quais o trabalhador estar exposto. Assim, a compra dever estar
baseada na proteo que se quer dar ao trabalhador o que se quer proteger
(cabea, mos, olhos, etc.), a vida til do equipamento, uma compra mais barata
pode signifi car um baixo custo-benefcio, quais os limites de sua utilizao, o que na
realidade ele elimina ou atenua e principalmente como realizar a sua limpeza e
conservao (TAVARES; DEPRESBITERIS, 2009, p. 8).
A utilizao de EPI no mbito do programa dever considerar as Normas
legais e Administrativas em vigor e envolver no mnimo: Seleo do EPI adequado
tecnicamente ao risco a que o trabalhador est exposto e a atividade exercida,
considerando-se a eficincia necessria para o controle da exposio ao risco e o
conforto oferecido segundo a avaliao do trabalhador usurio; programa de
treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilizao e orientao sobre as
limitaes de proteo que o EPI oferece; estabelecimento de normas ou
procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienizao, a
conservao, a manuteno e a reposio do EPI, visando garantir as condies de
 29

proteo originalmente estabelecidas. (SALIBA; CORREA; AMARAL; RIANI, 1997,

p.176).
Na rea da beleza, os EPIs mais comumente utilizados pelos profissionais da
rea so os descritos a seguir:
Gorro: o gorro oferece uma barreira mecnica para a possibilidade de
contaminao dos cabelos do profissional com produtos qumicos, aerossis e
micro-organismos, alm de evitar queda de cabelo na rea do procedimento. Os
cabelos representam uma importante fonte de contaminao, j que podem conter
diversos micro-organismos (RAMOS, 2009, p. 110).

Figura 1: Touca de Proteo

Fonte: http://www.fibracirurgica.com.br/touca-descartavel-com-elastico-pacote-com-100-
unidades-descarpack-1148/p>
Acessado em: 28 de Jan. de 2017.

Mscara descartvel: Usa-se quando houver risco de respingo em mucosa

oral e nasal, protegendo as vias areas superiores de micro-organismos contidos
nas partculas de aerossis, quando h um acesso de tosse, espirro ou fala. Visa
acrescentar que, durante o procedimento no se deve puxar a mascara para a
regio do pescoo (pois esta considerada contaminada), alm de trocar a mesma
quando essa ficar mida, no intervalo de cada cliente, e no ser reutilizada. (VIEIRA,
2015, p. 15).

Figura 2: Mascara descartvel

Fonte: http://www.superepi.com.br/respirador-descartavel-sem-valvula-s108//>
Acessado em: 28 jan. 2017.
 30

culos de proteo: os culos de proteo, assim como as mscaras,

tambm representam uma barreira de proteo de transmisso de infeces, mais
particularmente uma proteo para os profissionais, diante do risco de fluidos
contaminados como sangue, exsudatos, secrees e substncias qumicas
atingirem diretamente os olhos. A mucosa ocular apresenta menor barreira de
proteo que a pele (RAMOS, 2009, p. 121).

Figura 3: culos de Proteo

Fonte: http://www.dentalcremer.com.br/departamento/854891/oculos//>
Acessado em: 28 Jan. 2017.

Luvas: devem ser usadas em todos os procedimentos com todos os

pacientes. Tambm devem ser utilizadas para contato com materiais, instrumentos e
equipamentos contaminados e durante o processo de limpeza destes materiais e do
ambientes. As luvas recomendadas para o processo de limpeza so grossas e de
borracha, com o cano longo, que podem ser reutilizadas, desde que lavadas e
secadas aps cada uso. As luvas recomendadas para procedimentos gerais em
Podologia, manicure e esttica, so aquelas denominadas luvas de procedimentos.
As luvas utilizadas para os procedimentos so de uso nico, portanto, devem ser
trocadas a cada clientes. No permitido o reprocessamento de luvas, nem
lavagem e reutilizao das mesmas (Apostila de Estudos INA, 2015, p. 28).

Figura 4: Luvas de Latex

Fonte: http://www.superepi.com.br/luva-de-latex-descartavel-talge-com-po-cx-100-unidades-
p234//>
Acessado em: 28 Jan. 2017.

Jaleco: Os jalecos devem ser abotoados completamente para proteger sua

roupa e corpo de respingos de reagentes, sangue ou outros fluidos corporais.
 31

Escolha um jaleco que seja do seu tamanho, nem grande ou pequeno demais. Use
sempre jaleco de manga longa e nunca a suba para ventilao ou conforto. Seu
brao estar protegido. Outra coisa importante comprar um jaleco que tenha o
punho justo com elstico para evitar que a manga entre em contato com
contaminantes. Nunca saia do laboratrio vestindo o jaleco. Quando for tir-lo
sempre deixe no local apropriado e designado para guard-lo. No guarde os
usados junto com os limpos (CMARA, 2013).

Figura 5: Jaleco
Fonte: http://brancura.com.br/jaleco-longo-branco-oxford-unissex.html//>
Acessado em: 28 Jan. 2017.

Calado Fechado e Cala Comprida: o calado fechado e a cala comprida

so utenslios de segurana adotados com o intuito de evitar secrees orgnicas ou
materiais de trabalho sejam lanados sobre os ps do profissional, evitando
acidentes e transmisso de doenas. (VIEIRA, 2015, p.16).

Figura 6: Cala
Fonte: http://brancura.com.br/jaleco-longo-branco-oxford-unissex.html//>
Acessado em: 28 Jan. 2017.
 32

Figura 7: Calado Fechado

Fonte: https://www.lojadoctorpe.com.br/sapato-branco-para-profissionais-da-saude-19405///>
Acessado em: 28 de Jan. de 2017.

2.3.5 Equipamentos de Proteo Coletivo

Como o prprio nome sugere, os equipamentos de proteo coletiva (EPCs)

dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores e clientes
expostos a determinado risco por exemplo, sinalizao de segurana, cabines de
segurana biolgica, capelas qumicas, extintores de incndios, chuveiro lava-olhos,
dentre outros (LIMA E SILVA, 1998).

Figura 8: Os Principais EPCs

Fonte: http://ussilva.blogspot.com.br/2013/07/epi-e-epc-equipamentos-de-protecao.html>>
Acessado em: 06 Fev. 2017.
 33

FIGURA 9: EPC Autoclave

FONTE: http://sanamoraes.blogspot.com.br/2015/07/papo-serio-cuidado-ao-fazer-as-
unhas.html>>
Acessado em 06 Fev. 2017.

2.4 Descarte de Resduos

Todas as atividades - sejam domiciliares, comerciais ou industriais implicam de

alguma forma a gerao de resduos, sendo que estes variam conforme o processo
gerador, ou seja, para cada tipo de processo so gerados resduos com
caractersticas especficas. Os resduos gerados em funo das atividades humanas
so motivos de preocupao, uma vez que representam risco a sade e ao meio
ambiente. Assim, de forma direta ou indireta, os resduos tem grande importncia na
transmisso de doenas por meio de vetores e pelo prprio humano. Quando no
so tomados cuidados essenciais, os resduos contribuem para a poluio biolgica,
fsica e qumica do solo, da gua e do ar (RAMOS, 2009, p.133).
O gerenciamento dos resduos de servios de sade constitui-se em um
conjunto de procedimentos de gesto planejados e implementados a partir de bases
cientficas e tcnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produo
de resduos e proporcionar, aos resduos gerados, um encaminhamento seguro, de
forma eficiente, visando a proteo dos trabalhadores, a preveno da sade, dos
recursos naturais e do meio ambiente. Deve abranger todas as etapas de
planejamento dos recursos fsicos, dos recursos materiais e da capacitao dos
recursos humanos envolvidos no manejo de resduos de servios de sade
(CADERNO INSTITUCIONAL DO SEST/SENAT, 2009, p. 9).
de responsabilidade de todos os profissionais que trabalham nos
estabelecimentos de embelezamento gerenciar seus resduos gerados. A primeira
 34

etapa do gerenciamento de resduos interfere-se a operao de segregao ou

separao dos resduos, no momento e no local de sua gerao, acondicionando-os
imediatamente, de acordo com a seguinte classificao: Resduos Comum:
acondicionados em sacos plsticos de qualquer cor menos branca, e o
preenchimento dos sacos deve alcanar, no mximo 2/3 de sua capacidade;
Resduos Infectantes: os materiais perfurantes e cortantes devem ser
acondicionados em recipientes apropriados de parede rgida, devidamente
identificados como resduos infectantes. Para os no perfurantes e cortantes utilizar
sacos plsticos de cor branca leitosa (VIEIRA, 2015, p.46).
Na rea da sade, os resduos slidos so classificados de acordo com seu
risco em potencial em cinco grupos distintos, conforme RDC 306 (ANVISA, 2004).
Grupo A: Resduo com risco Biolgico; Grupo B: resduos com riscos qumicos;
Grupo C: Rejeitos radioativos; Grupo D: resduos reciclveis; Grupo E: Resduos
Perfurocortantes. Geralmente em estabelecimentos de beleza, so gerados os
seguintes resduos: Comuns; Reciclveis; Infectantes; qumicos; perfurocortantes
(RAMOS, 2009, p. 135).

Quadro 7: Classificao e Identificao de Resduos

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=classifica
%C3%A7%C3%A3o+dos+residuos+de+servi
%C3%A7o+de+saude&biw=1366&bih=662&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj_5
OXXvufRAhUkLcAKHd0TCQYQ_AUIBigB#imgrc=sg8ov9EwSTUDtM%3A
Acessado em: 06 Fev. 2017.
 35

FIGURA 10: Coletor de Materiais Infectantes

Fonte: http://www.riomx.com.br/coletor-perfuro-cortante-13-litros-descarpack-pr-2504-
401233.htm
Acessado em: 06 Fev. 2017.
 36

3. CONSIDERAES FINAIS

Neste trabalho abordei o assunto Biossegurana na Podologia. E conclui que

biossegurana nada mais do que um conjunto de estudos e procedimentos que
visam evitar, controlar ou at eliminar os riscos em ambientes de sade, que podem
ser riscos qumicos, fsicos, biolgicos, ergonmicos, ou psicolgicos.
O estudo da biossegurana recente, porm, inegvel que houve um
enorme crescimento na ltima dcada, o que faz com que a biossegurana deixe de
ser apenas uma preocupao s para cientista, profissionais ou governo, mas que
passou a ser tambm preocupao da sociedade, que agora participam mais
ativamente do processo de compreenso, conscientizao e da tomada de deciso.
Pude concluir tambm a extrema importncia de se utilizar os EPIs e os EPC
s de segurana, e a tomar medidas para prevenir acidentes ou contaminaes
infecciosas como por exemplo a higiene pessoal, a higiene ambiental, e a higiene
instrumental. Um ambiente limpo e organizado proporciona ao cliente e aos
profissionais uma sensao de Bem Estar e conforto, e tambm pode compreender
que existem tcnicas especificas e exatas para tais procedimentos de limpeza que
asseguram a preveno e o controle da contaminao cruzada.
Tambm tomei conhecimento e me conscientizei da importncia do descarte
correto de materiais comuns e materiais infectantes, que cada qual tem seu jeito e
local apropriado para o descarte para no comprometer a sade da populao nem
degradar o meio ambiente.
Por fim este trabalho foi de grande importncia para meu conhecimento,
compreenso e aprofundamento deste tema, pois uma vez que me permite conhecer
melhor, compreender melhor alm de ter me permitido desenvolver e aperfeioar
minha competncia de investigao, seleo, organizao e comunicao de
informao.
No posso deixar de sugerir a leitura do livro Biossegurana em
Estabelecimentos de Beleza e Afins de Janine Ramos Pereira, que uma obra
perfeita e completa sobre biossegurana nesses estabelecimentos, e foi de grande
valia para o desenvolvimento e motivao deste trabalho, e de tambm sugerir uma
nova pesquisa para quem possa se interessar sobre emergncias, pois creio ser
muitssimo importante para ns profissionais sabermos tcnicas de primeiros
socorros e como prosseguir em caso de emergncia, podendo assim minimizar
dores e sofrimentos e podendo at salvar uma vida.
 37

4. REFERNCIA BIBLIOGRFICA

ALMEIDA, Maria de Ftima Costa Boas Prticas de Laboratrio. SP: Ed. Difuso,
2008.

Apostila de Estudos do INA, Noes de Biossegurana 2017

BARTHOLOMEU, D. B.; CAIXETA, J. V. Filho. Logstica Ambiental de Resduos

Slidos. So Paulo: Atlas, 2011.

BEGA, A. e LAROSA, P. Podologia: Bases Clnicas e Anatmicas, SP, Martinari,

2010.

Caderno Intitucional do Sest/Senat Manual de Biossegurana 2009

CAMARA, Bruno, 2013.Como usar e lavar seu Jaleco Adequadamente

Disponvel em: http://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/01/como-usar-e-lavar-
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CNDIDA, Fagundes, 2015, Gerenciamento de risco traz mais segurana no

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http://www.fmrp.usp.br/gerenciamento-de-risco-traz-mais-seguranca-no-
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humanos nas organizaes. 2ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

DEPRESBITERIS, La; TAVARES, Marialva Rossi. Diversificar preciso...:

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JUNQUEIRA, Liliana, 2017, Monitorizao qumica e biolgica em autoclaves

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