1.1 Direito, Sociedade e Estado: Resumo Do Livro Do Poltronieri
1.1 Direito, Sociedade e Estado: Resumo Do Livro Do Poltronieri
1.1 Direito, Sociedade e Estado: Resumo Do Livro Do Poltronieri
Citaes Seminrios
Podemos definir antinomia jurdica como a oposio que ocorre entre duas normas contraditrias
(total ou parcialmente), emanadas de autoridades competentes num mesmo mbito normativos, que
colocam o sujeito numa posio insustentvel pela ausncia ou inconsistncia de critrios aptos a
permitir-lhe uma sada nos quadros de um ordenamento dado.
Seminrio 9: Irretroatividade das leis: direito adquirido, ato jurdico perfeito, coisa julgada
(Venosa)
A lei deve atingir somente os efeitos futuros. Essa a regra. Efeito retroativo aquele cuja lei atinge
fatos passados, atos praticados sob o plio da lei revogada.
Seminrio 10: Formalismo e positivismo jurdicos segundo conceitos de Direito Pblico
(Kelsen)
O Estado no se identifica com nenhuma das aes que formam o objeto da sociologia, nem com a
soma de todas elas. O Estado no uma ao ou uma quantidade de aes, no mais do que um ser
humano ou uma quantidade de seres humanos. O Estado aquela ordem da conduta humana que
chamamos de ordem jurdica, a ordem qual se ajustam as aes humanas, a idia qual os
indivduos adaptam sua conduta. Se a conduta humana adaptada a essa ordem forma o objeto da
sociologia, ento o seu objeto no o Estado. No existe nenhum conceito sociolgico de Estado ao
lado do conceito jurdico.
Ordenamento jurdico e fontes do direito (Bobbio): Segundo Bobbio, entende-se por fontes
atos ou fatos dos quais dependem a produo das normas jurdicas. As normas jurdicas nunca existem
de forma isolada, mas sempre em um contexto de normas com relaes particulares entre si; chamado
de ordenamento jurdico.
Sujeito de direito e personalidade jurdica (Gusmo): Sujeito de direito: pode ser titular de
direitos e obrigaes; seja a pessoa fsica, seja a pessoa juridical (sociedade civil, sociedade commercial,
fundao). As pessoas (fsicas ou jurdicas) so o centro das relaes jurdicas, s quais o direito
reconhece personalidade, isto , aptido generica a ter direitos e deveres. A personalidade jurdica
concretiza-se na capacidade juridica, que a medida do sujeito de direitos e obrigaes em funo de
seu estado pessoal.
Subsuno, formas de elaborao de conceitos e interpretao das regras jurdicas
(Engisch): Subsuno o encaixe da premissa menor (fato) premissa maior (lei).
Conceito de lei e norma jurdica (Montoro): A lei a mais importante das fontes formais da
ordem jurdica; forma fundamental de expresso do direito. A lei fixa as linhas fundamentais no
sistema jurdico e serve de base para a soluo da maior parte dos problemas do direito. Definio de lei
jurdica: norma de conduta do homem no seu relacionamento com seus semelhantes, garantida pela
eventual aplicao da fora social, tendo em vista a realizao da justia. Podemos definir a lei em
sentido estrito e prprio como: uma regra de direito geral, abstrata e permanente (elemento material);
proclamada obrigatria pela vontade da autoridade competente (elemento formal); expressa numa
frmula escrita. (elemento instrumental).
Dogmtica e Zettica (Ferraz Jnior): uma investigao zettica tem como ponto de partida uma
evidncia. E nisso ela se distingue de uma investigao dogmtica. Em ambas, alguma coisa tem de ser
subtrada dvida, para que a investigao se proceda. Enquanto, porm, a zettica deixa de questionar
certos enunciados porque os admite como verificveis e comprovveis, a dogmtica no questiona suas
premissas, porque elas foram estabelecidas como inquestionveis. Nesse sentido, a dogmtica parte de
dogmas, a zettica parte de evidncias.
Direito Objetivo e Subjetivo (Kelsen): O direito subjetivo no se distingue, em essncia, do
Direito objetivo. Afirmou Kelsen que o direito subjetivo no algo distinto do Direito objetivo, o
Direito objetivo mesmo, de vez que quando se dirige, com a consequncia jurdica por ele estabelecida,
contra um sujeito concreto, impe um dever, e quando se coloca disposio do mesmo, concede uma
faculdade. Por outro lado, reconheceu no direito subjetivo apenas um simples reflexo de um dever
jurdico, suprfluo do ponto de vista de uma descrio cientificamente exata da situao jurdica. Para
Bernhard Windscheid ( 18171892 ), jurisconsulto alemo, o direito subjetivo o poder ou senhorio da
vontade reconhecido pela ordem jurdica. O maior crtico dessa teoria foi Hans Kelsen, que atravs de
vrios exemplos a refutou, demonstrando que a existncia do direito subjetivo nem sempre depende da
vontade de seu titular. Os incapazes, tanto os menores como os privados de razo e os ausentes, apesar
de no possurem vontade no sentido psicolgico, tm direito subjetivo e os exercem atravs de seus
representantes legais.
Sano e Coao (Poltronieri): a coao refere-se conscincia de que h uma obrigao em
relao a um ato concreto; se caracteriza pelo constrangimento fsico ou moral para algum fazer algum
ato sob o fundado temor de dano iminente e considervel sua pessoa. A sano jurdica sempre
organizada e conta com m estabelecimento prvio, o que evita surpresas e arbitrariedade; proporcional
gravidade do caso e sua aplicao feita por rgo diverso que a criou.