Empuxo de Rankine
Empuxo de Rankine
Empuxo de Rankine
Exemplos de Aplicao:
Muros de arrimo
Cortinas de estacas prancha
Escavaes
Dimensionamento de silos
enterrados, tneis, encontros de
pontes, subsolos, etc.
Empuxo
O valor do empuxo de terra, assim como a distribuio de
tenses ao longo do elemento de conteno, depende da
interao solo-elemento estrutural durante todas as fases da
obra.
O empuxo atuando sobre o elemento estrutural provoca
deslocamentos horizontais que, por sua vez, alteram o valor e
a distribuio do empuxo, ao longo das fases construtivas da
obra.
Empuxo
Para determinar as presses devido ao empuxo (horizontais)
utilizaremos, inicialmente, os conceitos da teoria da elasticidade que
relaciona os comportamentos das tenses e deformaes em diferentes
tipos de materiais.
De acordo com a lei de Hooke, ao aplicarmos uma tenso em um corpo,
este estar sujeito a uma deformao, de acordo com seu mdulo de
elasticidade (ou mdulo de Young).
Kp = coeficiente de empuxo
passivo do solo.
Figura 13.1 (c) Presso passiva
Empuxo
Caso 3: Ao contrrio, se a estrutura que empurrada contra o solo, a fora
exercida pela estrutura sobre o solo de natureza passiva.
Um caso tpico deste tipo de interao solo-estrutura o de
fundaes que transmitem ao macio foras de elevada componente
horizontal, como o caso de pontes em arco .
Empuxo
Caso 3: H deslocamento da estrutura, provocando compresso do macio,
estando o macio na iminncia de ruptura.
Outro caso tpico deste tipo de interao solo-estrutura o de
paredes atirantadas.
deslocamento
Parede atirantada
Empuxo
Caso 4: Em determinadas obras, a interao solo-estrutura pode englobar
simultaneamente as duas categorias referidas. o caso da Figura 4, onde se
representa um muro-cais ancorado.
Empuxo
Caso 4: As presses do solo suportado imediatamente atrs da cortina so
equilibradas pela fora Ft de um tirante de ao amarrado em um ponto perto do
topo da cortina e pelas presses do solo em frente cortina. O esforo de trao
no tirante tende a deslocar a placa para a esquerda, isto , empurra a placa contra
o solo, mobilizando presses de natureza passiva de um lado e presses de
natureza ativa no lado oposto.
Empuxo
Caso 4: O cmputo da resultante e da distribuio das presses, quer as de
natureza ativa, quer as de natureza passiva, que o solo exerce sobre a estrutura,
assim como do estado de deformao associado, quase sempre muito difcil.
Contudo, a avaliao do valor mnimo (caso ativo) ou mximo (caso passivo) um
problema que usualmente resolvido por meio das teorias de estado limite.
Empuxo no Repouso
Para se definir o coeficiente de empuxo K0 em
repouso, deve-se consultar a figura 13.3, que
mostra o muro AB contendo um solo seco com
um pesco especfico Y. O muro esttico. A uma
profundidade z, a tenso efetiva vertical ser
'0.z e a horizontal K0. z, visto que K0 = H/'0
(coeficiente de empuxo no repouso).
(13.7)
(13.8)
Empuxo no Repouso
J para solos finos, normalmente adensados, a seguinte equao emprica
foram sugeridas para determinao do K0.
(13.9)
(13.10)
Empuxo no Repouso
Valores de Ko
Solo isotrpico;
Solo homogneo;
Superfcie do terreno plana;
A ruptura ocorre em todos os pontos do macio simultaneamente;
A ruptura ocorre sob o estado plano de deformao;
Muro perfeitamente liso (atrito solo-muro: = 0): os empuxos de
terra atuam paralelamente superfcie do terreno ;
A parede da estrutura em contato com o solo vertical .
Teoria de Rankine
No caso do afastamento da parede, haver um decrscimo de h, sem
alterao de v; as tenses verticais e horizontais continuaro sendo as
tenses principais, mxima e mnima, respectivamente.
Este processo tem um limite (Figura 6) , que corresponde situao
para a qual o macio entra em equilbrio plstico e, por maiores que
sejam os deslocamentos da parede, no possvel reduzir mais o valor
da tenso principal menor (ha).
Neste caso, o solo ter atingido a condio ativa de equilbrio plstico.
Nesta condio, a razo entre a tenso efetiva horizontal e a tenso
efetiva vertical definida pelo coeficiente de empuxo ativo, ka, ou
seja:
Teoria de Rankine
Com o deslocamento da parede de encontro ao macio, se observar
um acrscimo de h, sem alterao de v. O ponto B se deslocar para a
direita, mantendo-se fixo o ponto A (Figura 6).
Em determinado instante, a tenso horizontal se igualar tenso
vertical, instalando-se no macio um estado de tenses hidrosttico ou
isotrpico. Nos estgios seguintes, a tenso principal maior passa a ser
horizontal, ou seja, ocorre uma rotao das tenses principais.
Com a continuidade do movimento, a tenso h aumentar at que a
razo h/v atinja o limite superior e, consequentemente, a ruptura.
Neste caso, o solo ter atingido a condio passiva de equilbrio
plstico. Nesta condio, a razo entre a tenso efetiva horizontal e a
tenso efetiva vertical definida pelo coeficiente de empuxo passivo,
kp, ou seja:
Teoria de Rankine
Ainda pode-se determinar as direes das superfcies de ruptura nos
estados de equilbrio limite ativo e passivo, ou seja, as direes dos
planos onde a resistncia ao cisalhamento do solo integralmente
mobilizada. Em ambos os casos, as superfcies de ruptura fazem um
ngulo de (45- /2) com a direo da tenso principal mxima (que
no caso ativo a tenso vertical e no caso passivo a tenso
horizontal).
Teoria de Rankine
Para que se ocorra o deslizamento, o empuxo dever ser maior que o peso do
terrapleno, assim, a presso principal maior ser a horizontal e a menor a vertical
(FARIAS, 2014).
Teoria de Rankine para presso
passiva
Empuxo para solos no coesivos:
(13.23)
Onde
(13.24)
UM CASO GENERALIZADO PARA A PRESSO ATIVA E
PASSIVA DE RANKINE ATERRO GRANULAR
(13.25)
(13.26)
UM CASO GENERALIZADO PARA A PRESSO ATIVA E
PASSIVA DE RANKINE ATERRO GRANULAR
(13.27)
(13.28)
UM CASO GENERALIZADO PARA A PRESSO ATIVA E
PASSIVA DE RANKINE ATERRO GRANULAR
UM CASO GENERALIZADO PARA A PRESSO ATIVA E
PASSIVA DE RANKINE ATERRO GRANULAR
Em casos
especiais, para uma face
posterior vertical do muro
(ou seja, = 0), como
mostra na figura ao lado, as
Equaes (13.26) e (13.27)
so simplificadas para
Onde
(13.29)
De uma forma parecida com o caso ativo, para o caso de Rankine, podemos obter as
seguintes relaes:
(13.30)
Onde,
(13.31)
UM CASO GENERALIZADO PARA A PRESSO ATIVA E
PASSIVA DE RANKINE ATERRO GRANULAR
(13.32)
Onde
(13.33)
Onde
(13.34)
(graus)
a(graus)
28 30 32 34 36 38 40
Para a condio = 0,
= + (13.51)
Caso Passivo: nesse caso, a
presso de Rankine contra o muro
na profundidade z pode ser dada
por:
= + (13.52)
Onde em z=0
= (13.53)
E em z=H:
= + (13.54)
De maneira similar,
Presso Passiva:
= () = () (13.59)
Em que () = Coeficiente de empuxo
passivo de Rankine
()
() = (13.60)
PRESSO DE RANKINE PARA SOLO c - - Aterro
Inclinado
De maneira similar,
Presso Passiva:
= () = () (13.59)
Em que () = Coeficiente de empuxo
passivo de Rankine
()
() = (13.60)
Exemplo de Fixao
1 O muro apresentado abaixo tem 15 ft de altura e est
impedido de se movimentar, determine o empuxo lateral de
Rankine, P, por unidade de comprimento do muro e a
localizao da resultante. Represente a distribuio da presso
ativa de terra de Rankine contra o muro de arrimo. Assuma
que para a areia o OCR = 2.
Exemplo de Fixao
2 - Para o muro apresentado abaixo, determine o empuxo
ativo de Rankine, Pa, por unidade de comprimento do muro e
a localizao da resultante. Represente a distribuio da
presso ativa de terra de Rankine contra o muro de arrimo.
H= 6 m; H1= 3 m; 1= 15,5 kN/m; 2= 19 kN/m; 1= 30;
2= 36; q= 15 kN/m;
Exerccio de Fixao
3 - Calcule o empuxo em um muro de 6m de altura que est
contendo um solo arenoso, para o caso de o muro no ter
deslocamento, para o caso em que o mesmo se desloca para
esquerda e para o caso em que ele se desloca para
direita. O do solo 16 KN/m e o ngulo de atrito de 35.
Determine a inclinao das cunhas de ruptura e represente
os crculos de Mohr correspondentes a cada caso e a
envoltria de resistncia na ruptura.
Exerccio de Fixao
4. Para um muro com paramento vertical e retroterra
inclinada de 14,5. Pede-se, para um ponto situado a
2,8m de profundidade. Considere como parmetros do
solo =18kN/m3, c=0 e =35.
i) desenhar os crculos ativo e passivo
ii) determinar os planos de ruptura para as condies
ativa e passiva
iii) determinar a direo dos planos principais
Exerccio de Fixao
paramento vertical; = 14,5; z = 2,8m
parmetros do solo =18kN/m3, c=0 e =35.
i) desenhar os crculos ativo e passivo
ii) determinar os planos de ruptura para as condies ativa e passiva
iii) determinar a direo dos planos principais
Condio ativa
3 = 14,48 atua num plano a 63 com o plano horizontal.
1 = 53,42 atua num plano a 153 com o plano horizontal
Exerccio de Fixao
paramento vertical; = 14,5; z = 2,8m
parmetros do solo =18kN/m3, c=0 e =35.
i) desenhar os crculos ativo e passivo
ii) determinar os planos de ruptura para as condies ativa e passiva
iii) determinar a direo dos planos principais
Condio passiva
3 = 47,53 atua num plano a 70 com o plano vertical.
1 = 175,36 atua num plano a 20 com o plano vertical
Exerccio de Fixao
5. Sabendo-se que o muro de arrimo sofre um
deslocamento para a direita, calcular pelo mtodo de
Rankine, o valor do empuxo, seu ponto de aplicao sobre
o muro e representar a distribuio da presso de terra
sobre o muro. Determine a inclinao das cunhas de
ruptura e represente o crculo de Mohr correspondente e
a envoltria de resistncia na ruptura.
Exerccio de Fixao
6. Para um muro de altura 3,66m, com paramento
inclinado a +20e retroterra inclinada de +20. Para o
aterro granular, dado que = 18,08 kN/m e = 30.
Determine o empuxo ativo por unidade de comprimento
do muro, assim como a localizao e a direo da
resultante.
Exerccio de Fixao
7. Um muro de arrimo que tem um
aterro de argila saturada
mostrado ao lado. Para uma
condio sem drenagem ( = 0) do
aterro, determine:
a) a mxima profundidade da
fenda de trao;
b) Pa antes de ocorrer a fenda de
trao;
c) Pa aps ocorrer a fenda de
trao.
Exerccio de Fixao
8. Para um muro construdo no perfil apresentado abaixo,
determine o empuxo ativo e passivo de Rankine, por
unidade de comprimento do muro e a localizao da
resultante. Represente a distribuio da presso ativa de
terra de Rankine contra o muro de arrimo.
Exerccio de Fixao
9. As condies de solo adjacente a uma cortina esto
dadas na figura abaixo. Plote as distribuies de empuxo
ativo e passivo.
Referncias
ORTIGO, J. A. R. Introduo Mecnica dos solos dos
estados crticos. 3 ed. 2007 (www.terratek.com.br)
PINTO, C. S. Curso Bsico de Mecnica dos Solos em 16
aulas. 3 ed. So Paulo: Oficina de Textos, 2006.
DAS, B. M. Fundamentos de Engenharia Geotcnica.
So Paulo: Cengage Learning, 2014.
GERSCOVICH, D. M. S. Empuxos de Terra. Notas de Aula.
PGECIV/UERJ, 2010.
99
Fim
desiree.alves@ufersa.edu.br 100