Roteiro Do Tribunal Do Júri
Roteiro Do Tribunal Do Júri
Roteiro Do Tribunal Do Júri
Procedimento do Tribunal do Jri Cdigo de Processo Penal, artigos 406 a 497, de acordo com as alteraes
introduzidas pela Lei n 11.689, de 09 de junho de 2008.
O procedimento adotado pelo Jri especial e possui duas fases. A primeira fase refere-se ao perodo
anterior ao julgamento.
Tem por objeto a admissibilidade da acusao perante o Tribunal. Consiste em produo de provas para
apurar a existncia de crime doloso contra a vida. Essa fase se inicia com o oferecimento da denncia
ou queixa e termina com a sentena de pronncia, impronncia, desclassificao ou absolvio sumria.
Roteiro da 1 fase:
1. Oferecimento da denncia ou queixa
2. Recebimento da denncia ou queixa
3. Citao do acusado e apresentao de resposta escrita
4. Rplica da acusao
5. Audincia de instruo e alegaes finais
6. Deciso
O recebimento implica na ordem de citao do acusado para responder a acusao, por escrito, em 10
dias.
3. Citao do acusado e apresentao de resposta escrita
Aps a citao, o ru tem o prazo de10 dias para apresentar sua defesa. O prazo contado a partir do
efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juzo, do acusado ou do defensor
constitudo, no caso de citao invlida ou por edital.
A apresentao de defesa escrita imprescindvel e sua ausncia gera nulidade absoluta. Por isso, se o
ru no apresent-la no prazo, o juiz nomear defensor para oferec-la em 10 dias.
4. Rplica da acusao
O artigo 409 do Cdigo de Processo Penal (CPC) dispe que, apresentada a defesa, o juiz ouvir o
Ministrio Pblico ou o querelante sobre possveis questes preliminares arguidas e documentos
apresentados, no prazo de 5 dias. Assim, o juiz poder determinar a inquirio de testemunhas e a
realizao de diligncias requeridas pelas partes.
5. Audincia de instruo
A Lei que alterou o rito do Tribunal do Jri prev a realizao de todos os atos instrutrios em uma
nica audincia. Isso possibilita ao juiz indeferir as provas consideradas irrelevantes, impertinentes ou
protelatrias e institui que, regra geral, nenhum ato poder ser adiado. Um ato da audincia s ser
adiado quando for imprescindvel prova faltante e, nesse caso, o juiz poder determinar a conduo
coercitiva de quem deva comparecer.
Ao assistente do MP, aps a manifestao deste, sero concedidos 10 minutos prorrogando-se por igual
perodo o tempo de manifestao da defesa.
Encerrando-se as alegaes, o juiz proferir sua deciso na prpria audincia ou em 10 dias por escrito.
Nesse ltimo caso, o juiz ordenar que os autos lhe sejam conclusos.
6. Deciso
A deciso, nessa fase do procedimento do Tribunal popular, deve ser fundamentada e pode ser pela:
O juiz, ao decidir pronunciar o acusado, admite a imputao feita e a encaminha para julgamento
perante o Tribunal do Jri. Isso ocorre quando ele se convence da materialidade do fato (crime) e de
indcios suficientes de autoria ou de participao.
Na pronncia vigora o princpio in dbio pro societate, havendo dvida o juiz deve levar a questo
para o Jri. Isso por que h mera suspeita, o juiz verifica se a acusao vivel e a leva ao Tribunal, que
por sua vez poder entender diferente ao final.
O art. 420 do CPP dispe que a intimao da sentena de pronncia dever ser feita pessoalmente ao
acusado, ao defensor nomeado e ao Ministrio Pblico - MP. Entretanto, poder ser intimado por edital
o acusado solto que no for encontrado. J a intimao da pronncia ao defensor constitudo, ao
querelante e ao assistente do MP dever ser de acordo com o disposto no art. 370 do mesmo cdigo.
b) Impronncia:
a deciso que rejeita a imputao para julgamento perante o Tribunal Popular, ou porque o juiz no
se convenceu da existncia do fato (crime) ou porque no h indcios suficientes de autoria ou
participao. Acontece quando a acusao no rene elementos mnimos para serem discutidos.
Na impronncia o juiz no diz que o acusado inocente, mas que, por ora, no h indcios suficientes
para a questo ser debatida pelo o Jri.
A deciso pela impronncia do acusado no analisa o mrito da causa. Se surgirem novas provas o
processo poder ser reaberto a qualquer tempo, at a extino da punibilidade que significa o fim da
possibilidade do Estado impor sano ao indivduo.
c) Desclassificao:
d) Absolvio sumria
O art. 415 do CPP estabelece que o juiz, fundamentadamente, poder desde logo absolver o acusado
quando: provado no ser ele o autor ou partcipe do fato; provada a inexistncia do fato; o fato no
constituir infrao penal e; demonstrada causa de iseno de pena ou de excluso do crime.
A sentena pela absolvio sumria de mrito, pois analisa provas e declara a inocncia do acusado.
Por essa razo, somente poder ser proferida em carter excepcional, quando a prova for indiscutvel e
o juiz no tiver nenhuma dvida.