Saeb
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1 Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa
velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de
morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembléia para o
5 estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos
miados pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
— Acho – disse um deles - que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe
atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e
pomo-nos ao fresco a tempo.
10 Palmas e bravos saudaram a luminosa idéia. O projeto foi aprovado com
delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:
— Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-
Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era
15 tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembléia dissolveu-se no meio de
geral consternação.
Dizer é fácil - fazer é que são elas!
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Na assembléia dos ratos, o projeto para atar um guizo ao pescoço do gato foi
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O Pavão
E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo
imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena
do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se
fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
5 Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com
o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a
simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita
e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de
10 teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
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No 2º parágrafo do texto, a expressão ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES significa o
artista
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O IMPÉRIO DA VAIDADE
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O autor pretende influenciar os leitores para que eles
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(A) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende de dinheiro.
(B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela mídia.
(C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente.
(D) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.
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A PARANÓIA DO CORPO
Em geral, a melhor maneira de resolver a insatisfação com o físico é cuidar da parte
emocional.
LETÍCIA DE CASTRO
Não é fácil parecer com Katie Holmes, a musa do seriado preferido dos teens, Dawson's
Creek ou com os galãs musculosos do seriado Malhação. Mas os jovens bem que
tentam. Nunca se cuidou tanto do corpo nessa faixa etária como hoje. A Runner, uma
grande rede de academias de ginástica, com 23 000 alunos espalhados em nove
unidades na cidade de São Paulo, viu o público adolescente crescer mais que o adulto
nos últimos cinco anos. “Acho que a academia é para os jovens de hoje o que foi a
discoteca para a geração dos anos 70”, acredita José Otávio Marfará, sócio de outra
academia paulistana, a Reebok Sports Club. "É o lugar de confraternização, de diversão."
É saudável preocupar-se com o físico. Na adolescência, no entanto, essa
preocupação costuma ser excessiva. É a chamada paranóia do corpo. Alguns exemplos.
Nunca houve uma oferta tão grande de produtos de beleza destinados a adolescentes.
Hoje em dia é possível resolver a maior parte dos problemas de estrias, celulite e
espinhas com a ajuda da ciência. Por isso, a tentação de exagerar nos medicamentos é
grande. "A garota tem a mania de recorrer aos remédios que os amigos estão usando, e
muitas vezes eles não são indicados para seu tipo de pele”, diz a dermatologista Iara
Yoshinaga, de São Paulo, que atende adolescentes em seu consultório. São cada vez
mais freqüentes os casos de meninas que procuram um cirurgião plástico em busca da
solução de problemas que poderiam ser resolvidos facilmente com ginástica, cremes ou
mesmo com o crescimento normal. Nunca houve também tantos casos de anorexia e
bulimia. "Há dez anos essas doenças eram consideradas raríssimas. Hoje constituem
quase um caso de saúde pública”, avalia o psiquiatra Táki Cordás, da Universidade de
São Paulo.
É claro que existem variedades de calvície, obesidade ou doenças de pele que
realmente precisam de tratamento continuado. Na maioria das vezes, no entanto, a
paranóia do corpo é apenas isso: paranóia. Para curá-la, a melhor maneira é tratar da
mente. Nesse processo, a auto-estima é fundamental. “É preciso fazer uma análise
objetiva e descobrir seus pontos fortes. Todo mundo tem uma parte do corpo que acha
mais bonita”, sugere a psicóloga paulista Ceres Alves de Araújo, especialista em
crescimento. Um dia, o teen acorda e percebe que aqueles problemas físicos que
pareciam insolúveis desapareceram como num passe de mágica. Em geral, não foi o
corpo que mudou. Foi a cabeça. Quando começa a se aceitar e resolve as questões
emocionais básicas, o adolescente dá o primeiro passo para se tornar um adulto.
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CASTRO, Letícia de. Veja Jovens. Setembro/2001, p. 56.
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A idéia CENTRAL do texto é
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A opinião do autor em relação ao fato comentado está em
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Pela resposta do Garfield, as coisas que acontecem no mundo são
(A) assustadoras.
(B) corriqueiras.
(C) curiosas.
(D) naturais.
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Mente quieta, corpo saudável
A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim.
Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação
terapêutica da meditação, medida em dezenas de pesquisas. Nos últimos 24 anos, só a
clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil
5 portadores de câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos
descobriram que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua
atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o
uso de analgésicos.
Revista Superinteressante, outubro de 2003
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O texto tem por finalidade
(A) criticar.
(B) conscientizar.
(C) denunciar.
(D) informar.
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Texto I
Sem-proteção
Texto II
Perda de Tempo
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Comparando os dois textos, percebe-se que eles são
(A) semelhantes.
(B) divergentes.
(C) contrários.
(D) complementares.
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Texto 1
Mapa Da Devastação
Nem só as favelas brotam nos morros cariocas. As encostas cada vez mais povoadas no
Rio de Janeiro disfarçam o avanço do reflorestamento na crista das serras, que espalha
cerca de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica em espaço equivalente a 1.800
gramados do Maracanã. O replantio começou há 13 anos, para conter vertentes
ameaçadas de desmoronamento. Fez mais do que isso. Mudou a paisagem. Vista do alto,
ângulo que não faz parte do cotidiano de seus habitantes, a cidade aninha-se agora em
colinas coroadas por labirintos verdes, formando desenhos em curva de nível, como
cafezais.
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Uma declaração do segundo texto que CONTRADIZ o primeiro é
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Eu tenho um sonho
Eu tenho um sonho
lutar pelos direitos dos homens
Eu tenho um sonho
tornar nosso mundo verde e
5 limpinho
Eu tenho um sonho
de boa educação para as crianças
Eu tenho um sonho
de voar livre como um passarinho
10 Eu tenho um sonho
ter amigos de todas raças
Eu tenho um sonho
que o mundo viva em paz
e em parte alguma haja guerra
15 Eu tenho um sonho
Acabar com a pobreza na Terra
Eu tenho um sonho
Eu tenho um monte de sonhos...
Quero que todos se realizem
20 Mas como?
Marchemos de mãos dadas
e ombro a ombro
Para que os sonhos de todos
se realizem!
SHRESTHA, Urjana. Eu tenho um sonho. In: Jovens do mundo inteiro. Todos temos
direitos: um livro de direitos humanos. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2000, p.10.
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No verso “Quero que todos se realizem” (v. 19) o termo sublinhado refere-se a
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(A) amigos.
(B) direitos.
(C) homens.
(D) sonhos.
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O ouro da biotecnologia
Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a
Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica – ou o que restou dela – são invejadas no
mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o
da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade
5 de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas
escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista
("Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é diretamente proporcional à desatenção
e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas.
Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais
10 (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa),
a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa
revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em
breve de ser uma enorme fonte “potencial" de alimentos, cosméticos, remédios e
outros subprodutos: ela o será de fato – e de forma sustentável. Outro exemplo: os
15 créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem mais
do que podem, poderão significar forte entrada de divisas.
Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades
nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza
natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram
20 registrados por estrangeiros – que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original
daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a
biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e animais sejam
levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de
ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade econômica global,
ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão.
PIZA, Daniel. O Estado de S. Paulo.
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O texto defende a tese de que
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(C) o Brasil desconhece o valor de seus bens naturais.
(D) os bens naturais são citados na escola.
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O namoro na adolescência
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Para um namoro acontecer de forma positiva, o adolescente precisa do apoio da família.
O argumento que defende essa idéia é
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Animais no espaço
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Urubus e Sabiás
ALVES, Rubem. Estórias de Quem gosta de Ensinar. São Paulo: Ars Poética,
1985, p.81-2.
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No contexto, o que gera o conflito é
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(A) a competição para eleger o melhor urubu.
(B) a escola para formar aves cantoras.
(C) o concurso de canto para conferir diplomas.
(D) o desejo dos urubus de aprender a cantar.
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BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988. p. 89.
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O homem desviou-se de sua trajetória porque
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1 Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda,
mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos
para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos
Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
5 Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver
até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da
cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo
porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a
família defronte teve medo.
10 Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa,
aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre.
Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e
se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo
nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e
15 mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando,
mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo - aquilo
era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo,
dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas
cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer,
20 queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.
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Que função desempenha a expressão destacada no texto “... o volume do rio cresceu
TANTO QUE a família defronte teve medo.” (2º parágrafo)
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O que torna o texto engraçado é que
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No terceiro quadrinho, os pontos de exclamação reforçam idéia de
(A) comoção.
(B) contentamento.
(C) desinteresse.
(D) surpresa.
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“Chatear” e “encher”
20 Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova
ligação:
— Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim?
CAMPOS, Paulo Mendes. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, v.2, p. 35.
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No trecho “Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar” (ℓ. 7), o emprego do termo
sublinhado sugere que o personagem, no contexto,
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A CHUVA
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Todas as frases do texto começam com "a chuva".
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Pressa
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Identifica-se termo da linguagem informal em
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