Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Cap5 TMF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 12

Capı́tulo 5

Séries de Fourier

Introduzem-se as séries de Fourier e derivam-se algumas das suas propri-


edades. Estuda-se o fenómeno de Gibbs. São demonstrados o teorema da
convergência das séries de Fourier e o teorema de Fejér.

5.1 Séries de Fourier


Seja L2 ([0, 1]) o espaço das funções de quadrado somável, ϕ : [0, 1] → C, para
as quais, � �
1 1
|ϕ(x)|2 dx = ϕ∗ (x)ϕ(x)dx < ∞
0 0
Como se viu, L2 ([0, 1]) é um espaço de Hilbert separado e tem como base
ortonormal a famı́lia de funções,

φn (x) = e2πinx com n ∈ Z

Isto foi verificado pelo critério de Vitali-Dalzell. Como o sistema de funções


{e2πinx }n∈Z é uma base ortonormal de L2 ([0, 1]), para qualquer função, f ∈
L2 ([0, 1]), pelo teorema de Riesz-Fischer 3.4, tem-se que,
+∞

f= cn e2πinx (5.1)
n=−∞

no sentido da convergência na média quadrática, e,


� 1
cn =< φn , f >= e−2πinx f (x)dx (5.2)
0

As relações (5.1) e (5.2) definem a série Fourier de f (x) ∈ L2 ([0, 1]) e as


constantes cn são os coeficientes de Fourier da função f .

53
54 CAPÍTULO 5. SÉRIES DE FOURIER

Vejamos agora a notação real para a série de Fourier. Se f : [0, 1] → R,


com, � 1
c−n =< φ−n , f >= e2πinx f (x)dx = c∗n
0
definem-se as constantes reais an e bn através de,
 1
 cn
 = 2
(an − ibn )
1
c0 = 2
a0

 1
c−n = 2
(an + ibn )
Por substituição na série de Fourier,

+∞

f (x) = cn e2πinx
n=−∞
�∞
1 1 1
= a0 + (an − ibn )e2πinx + (an + ibn )e−2πinx
2 n=1
2 2
�∞
1
= a0 + an cos 2πnx + bn sin 2πnx
2 n=1

Com, � 1
1
cn = e−2πinx f (x) dx = (an − ibn )
�0 1 2
1
c−n = e2πinx f (x) dx = (an + ibn )
0 2
vem que, � 1
an = 2 f (x) cos 2πnx dx n≥0
�0 1
bn = 2 f (x) sin 2πnx dx n≥1
0
Muitas vezes a série de Fourier é representada no intervalo [−π, π], isto
é, para funções do espaço de Hilbert L2 ([−π, π]). Neste caso, com a nova
variável, y = −π + 2πx e com x ∈ [0, 1], tem-se que y ∈ [−π, π], e a série de
Fourier escreve-se agora,
� � ∞
y+π a0 �
g(y) = f = + an cos(ny + nπ) + bn sin(ny + nπ)
2π 2

n=1
= a20 + ∞ n=1 an cos nπ. cos ny + bn cos nπ. sin ny

a0 � �
= + an cos ny + b�n sin ny
2 n=1
5.1. SÉRIES DE FOURIER 55

em que,
� 1
a�n = an cos nπ = 2 cos nπ f (x) cos 2πnx dx
� π 0 � π
1 1
= cos nπ g(y) cos nπ. cos ny dy = g(y) cos ny dy
π −π � 1 π −π � π
1
b�n = bn cos nπ = 2 cos nπ f (x) sin 2πnxdx = g(y) sin ny dy
0 π −π

No caso geral em que f ∈ L2 ([a, b]), tem-se o desenvolvimento de Fourier,

�∞
1 2π 2π
f (x) = a0 + an cos nx + bn sin nx
2 n=1
b − a b − a

em que, � b
2 2π
an = f (x) cos nx dx n≥0
b − a �a b−a
b
2 2π
bn = f (x) sin nx dx n≥1
b−a a b−a
A base ortonormada de Fourier de L2 ([a, b]) é a famı́lia de funções,

{e2πinx/(b−a) / b − a}n∈Z .

Propriedades das séries de Fourier:

i) A série de Fourier de f ∈ L2 ([a, b]) extende-se em R como uma função


periódica de perı́odo (b − a).

ii) Se f (x) ∈ L2 ([−a, a]) é uma função par no intervalo [−a, a], tem-se que,

a0 � π
f (x) = + an cos nx
2 n=1
a

Se f (x) é impar,

� π
f (x) = bn sin nx
n=1
a

iii) Pela igualdade de Bessel (teorema 3.5), tem-se que,


+∞
� ∞
a2 1 � � 2 �
||f ||2L2 = |cn | = 0 +
2
an + b2n
n=−∞
4 2 n=1
56 CAPÍTULO 5. SÉRIES DE FOURIER

Exemplo de cálculo de uma série de Fourier. Seja a função f (x) = x2


com x ∈ [−π, π]. Assim, f (x) ∈ L2 ([−π, π]). Como f (x) é uma função par
no intervalo [−π, π], tem-se que bn = 0, e,
� π
1 1 3 2
a0 = x2 dx = (π + π 3 ) = π 2
π −π 3π 3
� π � π
1 2 1 2 π 2
an = x cos nx dx = x sin nx |−π − x sin nx dx
π −π nπ nπ −π
2 1 4
= x cos nx|π−π = (−1)n 2
nπ n n
e portanto,

2 1 2 � 4
f (x) = x |[−π,π] = π + (−1)n 2 cos nx (5.3)
3 n=1
n

Na figura 5.1, está representado o gráfico da série de Fourier de f (x) =


x2 |[−π,π] , prolongada a todo o eixo real.

10

0
!10 !5 0 5 10
x

Figura 5.1: Gráfico da série de Fourier de f (x) = x2 |[−π,π] .

Assim, a série de Fourier de uma função restringida a um intervalo de


comprimento finito converge para uma função periódica sobre toda a recta.
Isto significa que o desenvolvimento de Fourier de uma função não é único.
Nalguns casos, os desenvolvimentos de Fourier de funções dão-nos in-
formação sobre a soma de séries. Por exemplo, com o desenvolvimento de
Fourier da função, f (x) = x2 , no intervalo [−π, π], podemos calcular a soma
de séries. Como, f (π) = π 2 , e usando a série de Fourier (5.3), obtem-se a
relação,
∞ ∞
1 2 � 4 1 � 1
f (π) = π 2 = π + (−1)n 2 cos nπ = π 2 + 4
3 n=1
n 3 n=1
n2
5.2. FENÓMENO DE GIBBS 57

Fazendo o rearranjo dos termos da igualdade anterior, obtem-se a fórmula


de Euler,
�∞
1 π2
2
= (5.4)
n=1
n 6
Até aqui, considerámos séries de Fourier de funções de uma variável. No
caso mais geral de funções f : Cn → C, estes resultados generalizam-se
facilmente. Seja, f (x, y) : [0, 1] × [0, 1] → R ou C, com f ∈ L2 ([0, 1] × [0, 1]).
As condições de convergência da série de Fourier para dimensão 2 são iguais
às de dimensão 1, mas agora, tomadas independentemente nas variáveis x e
y. Desenvolvendo f (x, y) em série de Fourier na variável x,
�+∞ � 1
f (x, y) = ck e2πikx
e ck = f (x, y)e−2πikx dx
k=−∞ 0

em que ck = ck (y). Desenvolvendo ck (y) em série de Fourier, vem que,


+∞
� � 1
ck (y) = ckn e2πiny
e ckn = ck (y)e−2πiny dy
n=−∞ 0

Isto é, � �
1 1
ckn = f (x, y)e−2πi(kx+ny) dxdy
0 0
e,
+∞
� +∞

f (x, y) = ckn e2πi(kx+ny)
k=−∞ n=−∞
Tem-se assim o desenvolvimento de Fourier de uma função de duas variáveis.
Para funções de n variáveis o procedimento é idêntico. Com a notação,
�r = x1�e1 +· · ·+xn�en e �k = k1�e1 +· · ·+kn�en , a série de Fourier multidimensional
escreve-se,
� � 1
2πi�k.� �
f (�r) = c�k e r
com c�k = e−2πik.�r f (�r)d�r
�k 0

desde que f ∈ L2 ([0, 1]n ).

5.2 Fenómeno de Gibbs


Vamos agora analisar o comportamento das séries de Fourier na vizinhança
de descontinuidades. Vamos considerar a função,

1 se 0 < x < π
f (x) = (5.5)
−1 se − π < x < 0
58 CAPÍTULO 5. SÉRIES DE FOURIER

Claro está que, f ∈ L2 ([−π, π]) e podemos portanto calcular o seu desenvol-
vimento de Fourier.
Como f (x) é ı́mpar, tem-se que, an = 0, para todo o n ≥ 0, bn = 0, para
n par, e bn = 4/nπ, para n impar. Assim,

� ∞
4� 1
f (x) = bk sin kx = sin(2k + 1)x (5.6)
k=1
π k=0 (2k + 1)

Sejam então as somas parciais da série de Fourier (5.6),


n n �
4 � sin(2k + 1)x 4 � x
S2n+1 (x) = = cos(2k + 1)y.dy
π k=0 (2k + 1) π k=0 0
� � n � (5.7)
4 x �
= cos(2k + 1)y dy
π 0 k=0

Na figura 5.2, estão representadas as somas parciais S1 , S3 , S5 e S43 da série


de Fourier de (5.6). Na vizinhança da descontinuidade em x = 0, as somas
parcias parecem não convergir. Este fenómeno, correntemente observado em
osciloscópios e dispositivos de análise de sinais, designa-se por fenómeno de
Gibbs.

1.0 1.2
1.0
0.5 S43
0.8
0.0 0.6
!0.5 0.4
0.2
!1.0
0.0
!3 !2 !1 0 1 2 3 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
x x

Figura 5.2: Somas parciais S1 , S3 , S5 e S43 da série de Fourier da função


(5.5).

Vamos agora calcular a soma parcial S2n+1 (x). Ora,


n
� n
1 � i(2k+1)y
cos(2k + 1)y = e + e−i(2k+1)y =
k=0
2 k=0
n n
1 � iy � i2y �k 1 � −iy � −i2y �k
= e e + e e
2 k=0 2 k=0
5.2. FENÓMENO DE GIBBS 59

Com, 1 + z + . . . + z n = (1 − z n+1 )/(1 − z),


n
� 1 iy 1 − e2iy(n+1) 1 −iy 1 − e−2iy(n+1)
cos(2k + 1)y = e + e
k=0
2 1 − e2iy 2 1 − e−2iy
sin y(n + 1) · cos y(n + 1) 1 sin 2y(n + 1)
= =
sin y 2 sin y
Assim, substituindo estas expressões em (5.7) obtem-se,
� x
2 sin 2y(n + 1)
S2n+1 (x) = dy (5.8)
π 0 sin y
Na vizinhança de x = 0 e para n finito, com, sin y ∼ y, a soma parcial da
série de Fourier (5.7) fica mais simples, obtendo-se,
� x � x
2 sin 2y(n + 1) 2 sin 2y(n + 1)
S2n+1 (x) = dy ∼ dy (5.9)
π 0 sin y π 0 y
du
Introduzindo em (5.9) a nova variável, u := 2y(n+1), vem que, dy
= 2(n+1),
e, � v
2 sin u
S2n+1 (v) ∼ du
π 0 u
em que v := 2x(n + 1). Assim, para x na vizinhança de 0, as somas parciais
são independentes de n. Na figura 5.3, estão representados os gráficos de
sin u/u e de S2n+1 (v).

1.0 1.2
sin u
0.8 1.0
u
0.6 0.8 S2 n"1 !v"
0.4 0.6
0.2 0.4
0.0 0.2
!0.2 0.0
0 5 10 15 20 0 5 10 15 20
u v

Figura 5.3: Gráficos das funções sin u/u e S2n+1 (v).

Como S2n+1 (v) tem um máximo para sin u = 0, ou seja, para, u = 2y(n +
1) = π, o valor da função S2n+1 (v) no ponto v = π é,

2 π sin u 2
S2n+1 (π) � du = 1.851 � 1.18
π 0 u π
independentemente de n. Assim, na vizinhança de x = 0 e para n finito,
o valor da função f (x) no ponto x = π/2(n + 1) é f (π/2(n + 1)) ∼ 1.18,
60 CAPÍTULO 5. SÉRIES DE FOURIER

1.0
0.5
0.0
!0.5
!1.0

!1.0 !0.5 0.0 0.5 1.0


x

Figura 5.4: Gráfico da série de Fourier da função (5.5).

independentemente de n. Na vizinhança de uma descontinuidade, a não


convergência da série de Fourier em primeira ordem em n designa-se por
fenómeno de Gibbs, figura 5.4. No entanto, por cálculo directo da série de
Fourier da função considerada, tem-se que f (0) = 0. O fenómeno de Gibbs
afirma apenas que a convergência na vizinhança de uma descontinuidade é
lenta, no sentido em que, em primeira ordem, as somas parciais de uma série
de Fourier são independentes de n. Foi esta aproximação que se fez em (5.9).
A convergência lenta da série de Fourier na vizinhança de descontinuida-
de aparece em todas as funções e não é uma particularidade da função (5.5).
Por exemplo, na figura 5.5, está representada uma soma parcial da série de
Fourier da função f (x) = −x/2, se, 0 ≤ x < π, e f (x) = −x/2 + π, se,
π < x ≤ 2π.

!1

!2
0 1 2 3 4 5 6
x

Figura 5.5: Soma parcial da série de Fourier da função f (x) = −x/2, se,
0 ≤ 0x < π, e f (x) = −x/2 + π, se, π < x ≤ 2π. Neste caso, para valores de
n elevados, os valores das somas parciais da séries de Fourier desta função
na vizinhança de 0 são f (±0) � ±1.18π/2.

Em geral, se f (x) tem um ponto de descontinuidade para x = x∗ , mos-


tra-se que a série de Fourier da função converge para (f (x∗ +) + f (x∗ −))/2.
5.3. CONVERGÊNCIA DAS SÉRIES DE FOURIER 61

5.3 Convergência das séries de Fourier


Estabelecido o critério de convergência em média quadrática das séries de
Fourier, através do teorema de Riesz-Fischer, queremos analisar agora as
condições em que a convergência é uniforme.
Diz-se que uma sucessão {fn (x)} converge uniformemente para f (x) se,
para todo o ε > 0, existe um N tal que, para n > N ,
|f (x) − fn (x)| < ε,
independentemente
� de x.
Uma série,� an , é uniformemente convergente se a sucessão das somas
parciais sn = nk=1 ak�converge uniformemente. A mesma série é absoluta-
mente convergente se |an | é convergente.
Teorema 5.1 (Weierstrass).� Se {fn (x)} é uma sucessão de
� funções limita-
das, |fn (x)| < Mn e a série Mn é convergente, então, fn (x) converge
uniformemente em X.
Uma das consequências do teorema de Weierstrass 5.1 é o teorema da
convergência de Fourier.
Teorema 5.2 (convergência de Fourier). Seja f (x) uma função contı́nua,
diferenciável em toda a recta real e periódica de perı́odo P . Se f � (x) ∈
L2 ([0, P ]), então, a série de Fourier de f (x) converge uniforme e absolu-
tamente para f (x).
Demonstração. Vamos considerar que f é uma função contı́nua e diferenciável
em toda a recta real. Assim, f (x) ∈ L2 ([0, P ]) pois é contı́nua e limitada em
[0, P ]. Seja cn é o coeficiente de Fourier de ordem n de f . Os coeficientes de
Fourier da derivada de f são,
� 1 � 1
� −2πinx

−2πinx �1
c̄n = f (x)e dx = f (x)e 0
+ 2πin f (x)e−2πinx dx
0 0
= f (1) − f (0) + 2πincn
Como f é periódica de perı́odo P , f (0) = f (P ), então, c̄n = 2πincn . Pelo
critério de Weierstrass, se a série,
� �
|cn e2πinx | = |cn |
é convergente, então a série de Fourier é uniforme e absolutamente conver-
gente. Ora, com, c̄n = 2πincn , e |cn | = |c−n |,
+∞
� +∞
1� 1
|cn | = |c0 | + |c̄n |
n=−∞
π n=1 |n|
62 CAPÍTULO 5. SÉRIES DE FOURIER

Como, (a − b)2 ≥ 0, tem-se a desigualdade, |a|.|b| ≤ (|a|2 + |b|2 )/2, e,


+∞
� +∞ � �
1 � 2 1
|cn | ≤ |c0 | + |c̄n | + 2
n=−∞
2π n=1 |n|
�+∞
Se admitirmos
� por hipótese que f � (x) ∈ L2 ([0, 1]), tem-se que n=1 |c̄n |2 < ∞
e como, 1/|n|2 < ∞,
+∞

|cn | < ∞.
n=−∞

A convergência uniforme da série de Fourier decorre então pelo Teorema de


Weierstrass 5.1.
Existe um teorema mais geral para a convergência das séries de Fourier
que analisa o caso em que f (x) é periódica e contı́nua. O procedimento que
permite recuperar uma função contı́nua da sua série de Fourier baseia-se na
convergência do valor médio das somas parciais da série de Fourier. Sejam,
n
a0 �
Sn (x) = + ak cos kx + bk sin kx
2 k=1
S0 (x) + S1 (x) + . . . + Sn−1 (x)
σn = .
n
a soma parcial e o valor médio das somas parciais de uma função periódica
de perı́odo 2π. Sem perda de generalidade, f ∈ L2 ([, −π, π]). Então tem-se:
Teorema 5.3 (Fejér). Se f é uma função periódica e contı́nua sobre toda a
recta real, a sucessão das somas de Fejér {σn } converge uniformemente para
f em todo o eixo real.
O teorema de Riesz-Fischer garante-nos a convergência na norma da série
de Fourier sob a condição de f ∈ L2 . No entanto para se ter convergência
uniforme é necessário introduzir as condições de continuidade e de periodi-
cidade para f e pedir que ambas as funções f e f � pertençam ao espaço
de Hilbert L2 . As condições de continuidade e de periodicidade eliminam
a possibilidade de existir o fenómeno de Gibbs, responsável pela quebra de
convergência uniforme da série de Fourier. Em geral, tem-se que,

Convergência uniforme =⇒ Convergência em média quadrática

mas a implicação inversa não é verdadeira.

Exercı́cios
5.3. CONVERGÊNCIA DAS SÉRIES DE FOURIER 63

5.1) Mostre que se pode escrever a série de Fourier de uma função f (x), no
intervalo [−π, π], na forma,

A0 �
f (x) = + An sin(nx + φn )
2 n=1

e determine os coeficientes An e φn .
5.2) Escreva a função sin(x) no intervalo (0, π) como uma série de cosenos.
5.3) Determine as séries de Fourier das funções:
a) f (x) = |x| em [−π, π].
b) f (x) = x em [−π, π].
c) f (x) = cos3 x em [0, 2π].
� �∞
5.4) Qual a soma das séries ∞ 4
n=1 1/n e
n
n=0 (−1) /(2n + 1).
5.5) Determine o desenvolvimento de Fourier da função

f (x, y) = cos(2y). sin(x)

na base φnm = ei(nx+my) /2π de L2 ([−π, π] × [−π, π]).


5.6) Seja f (x) uma função periódica de periodo 2π e seja,
� √ �
inx
φn (x) = e / 2π
n∈Z

uma base de L2 ([−π, π]). Com,


N

fN = < φn , f > φn
n=−N

mostre que, � π
1
fN (x) = DN (x − y)f (y)dy
2π −π
em que,
sin((N + 1/2)x)
DN (x) =
sin(x/2)
é o núcleo de Dirichlet. Estude o gráfico da função DN (x).
2
�N f (x) ∈ L ([−π, π]) uma função periódica de periodo 2π. Com,
5.7) Seja
fN = n=−N < φn , f > φn , seja a soma de Fejér,

f0 (x) + f1 (x) + . . . + fn−1 (x)


σn =
n
64 CAPÍTULO 5. SÉRIES DE FOURIER

Mostre que, � π
σn (x) = Φn (x − y)f (y)dy
−π
em que, � �2
1 sin(nx/2)
Φn (x) =
2nπ sin(x/2)
é o núcleo de Fejér. Estude o gráfico da função ΦN (x).
5.8) Chama-se representação de um operador numa base {φn } do espaço de
Hilbert à matriz infinita de elemento genérico

Anm =< φn , T φm > (ou, com outra notação < φn |T |φm >)

Considere o operador T φ(x, y) = φ(y, x) com φ ∈ L2 ([−π, π]×[−π, π]). Qual


a representação do operador T na base de Fourier de L2 ([−π, π] × [−π, π]).
Os elementos desta base são {φnm = ei(nx+my) /2π}n,m∈Z . Verifique que o
operador T é auto-adjunto. Determine a norma do operador T .
5.9) Sejam f (t) e g(t) duas funções periódicas de perı́odo 2π. Assuma que
f, g ∈ L2 ([0, 2π]). Determine o desenvolvimento de Fourier da função de
correlação entre f e g, definida como,
� 2π
f ∗ g := f (t − x)g(x)dx
0

Você também pode gostar