TC
TC
TC
Transformador de Corrente
durante o Regime Transitório
3 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Curto-circuito
4 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Curto-circuito
Por exemplo:
Um cliente precisa instalar um TC num sistema cuja
corrente nominal - agora denominada IN - seja de 100A.
E ele sabe que, no momento de um curto-circuito, a
corrente elétrica atinge um nível de 2000A (ICC). E que
a carga equivalente do relé mais cablagem até o
transformador é de 100 VA.
5 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Curto-circuito
6 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
A Curva de Saturação
Tensão [V]
18500 gauss
400
Corrente Primária
Ip/In
10 20 30 40 Histerese
7 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Necessidade de TC’s especiais
8 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Tempo de Desmagnetização
Para se ter uma idéia de dimensão:
Um núcleo convencional, de acordo com as normas
mais usadas de transformadores de corrente, deve
estar com uma magnetização remanescente menor que
10%, dado um evento de curto-circuito, após 3 minutos.
Atualmente, os disjuntores mais simples trabalham com
o seguinte ciclo de operação:
ABERTURA DO
DISJUNTOR
ABERTURA DO
DISJUNTOR
t [ms]
0 100 600 700
9 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Tempo de Desmagnetização
10 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Curva de Histerese B x H
Curva de Saturação
11 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Curto-circuito Assimétrico
12 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Curto-circuito Assimétrico
CASO 1
Supondo que o curto-circuito ocorra no instante em que
a tensão passa pelo seu valor senoidal máximo. Como
consideramos o circuito elétrico do transformador
puramente indutivo (defasagem 90º entre I e V),
devemos compreender que a corrente primária estará
passando pelo seu valor nulo (IP = 0).
No instante logo após o curto-circuito, a corrente
tenderá a assumir valores bem maiores do que os
valores nominais, porém também estará partindo do
valor nulo. Portanto, não haverá descontinuidade do
sinal de corrente.
13 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Curto-circuito Assimétrico
I(t)
t [s]
E(t)
14 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Curto-circuito Assimétrico
CASO 2
Supondo que o curto-circuito agora ocorra no instante
em que a tensão passa pelo seu valor senoidal nulo.
Como consideramos o circuito elétrico do transformador
puramente indutivo, compreendemos que a corrente
primária estará passando pelo seu valor máximo
(IP = [máx]).
No instante logo após o curto-circuito, a corrente
tenderá a assumir valores bem maiores do que os
valores nominais, mas agora saindo do valor nulo.
Neste momento, há uma descontinuidade da corrente
primária do equipamento.
15 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Curto-circuito Assimétrico
I(t)
t [s]
E(t)
17 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Identificando os problemas
18 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Conceitos Básicos
19 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Constantes de Tempo
Leq
T= [s ]
Req
20 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Constantes de Tempo
L1
T1 = [ s ]
R1
21 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Constantes de Tempo
Para o cálculo da constante de tempo secundária do
transformador, consideremos o seguinte circuito elétrico
equivalente de um TC:
Z’1 Z2
L’1 R’1 L2 R2
U2
I’1 I0 I2 Lc
Lo Rp
Carga
U’1 Iµ Iω E2 Zc
Rc
22 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Constantes de Tempo
I’1 I2
I0
L2
L0
Rt
23 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Constantes de Tempo
i1 = i2 + i0
di0 di2
L0 = L2 + Rt i2
dt dt
24 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Constantes de Tempo
Agora, substituindo a segunda equação na primeira,
temos:
di0 R2 L2 di1 Rt
+ i0 = + i1
dt L0 + L2 L0 + L2 dt L0 + L2
di0 1 di1 1
+ i0 = p + i1
dt T2 dt T2
Onde: L2 e L0 + L2
p= T2 =
L0 + L2 Rt
25 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Constantes de Tempo
Define-se, portanto, a constante de tempo secundária
de um transformador de corrente como sendo a razão
entre a soma da indutância de magnetização com a
indutância do circuito secundário, e a resistência do
enrolamento secundário:
L0 + L2
T2 =
R2 + Rc
26 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
27 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
ϖ ⋅ L1
θ = arctg = arctg ϖ ⋅ T1
R1
28 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
δ = φ −θ
O maior valor de crista ocorre em um tempo
denominado ta que depende do instante em que
ocorreu o curto-circuito, ou seja, depende do angulo φ,
conseqüentemente do ângulo δ, e ainda da constante
de tempo primária T1. A equação que representa este
tempo é:
π
−δ
ta = 2
ϖ
29 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
⎡ −ta
⎤
A = ⎢− sen δ ⋅ e + sen (ϖ ⋅ t a + δ )⎥ ⋅ 2
T1
⎢⎣ ⎥⎦
30 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
ϖ ⋅ L1
θ = arctg = arctg ϖ ⋅ T1 ≅ 90°
R1
31 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
π
δ = φ −θ e δ =−
2
32 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
π
−δ
1
ta = 2 = = 0,0083 s
ϖ 2⋅ f
E portanto:
⎡ −ta
⎤
A = ⎢− sen δ ⋅ e T1 + sen (ϖ ⋅ t a + δ )⎥ ⋅ 2 = 2,72
⎢⎣ ⎥⎦
33 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
34 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
δ = φ −θ e δ =0
35 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
π
−δ
1
ta = 2 = = 0,0042 s
ϖ 4⋅ f
E portanto:
⎡ −ta
⎤
A = ⎢− sen δ ⋅ e T1 + sen (ϖ ⋅ t a + δ )⎥ ⋅ 2 = 1,41
⎢⎣ ⎥⎦
36 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Fator de Assimetria
37 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Núcleo com entreferro
No instante da interrupção da corrente de curto-circuito
primária, a indução no núcleo de proteção convencional
do TC pode estar próxima de seu valor máximo.
Interrompida a corrente, a indução começa a cair,
segundo uma exponencial definida pela constante de
tempo secundária T2, atingindo um valor final, dito
indução remanescente, que pode ser da ordem de 70% a
80% da indução no instante da interrupção da corrente.
φsat − tm
−tm T2 =
Br
Br = Bs ⋅ e T2
ln
80% φsat Bs
tm
38 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Núcleo com entreferro
Por exemplo, vamos considerar um núcleo
convencional em um sistema cujo tempo morto é de
350 ms. Sabendo que a razão entre a indução residual
e a indução de saturação é de 0,8 (ou 80%), temos:
− tm − 0,35
T2 = = = 1,56 segundos
Br ln 0,8
ln
Bs
− tm − 0,35
T2 = = = 0,152 segundos
B ln 0,1
ln r
Bs
39 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Núcleo com entreferro
40 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Núcleo com entreferro
Porém, este aumento do valor da corrente de
magnetização i0 gera um aumento do erro do TC, que
pode ser traduzido nas seguintes equações:
~ − 100 ⋅ X 2
Erro de relação: ε % =
X0 + X2
3438 ⋅ R2
Erro de fase: δ min =
X0 + X2
100 ⋅ Z 2 r
Erro total: ε % =
X0 + X2
Nota: Para TC de enrolamentos distribuídos simetricamente, X2 é
desprezível.
41 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Núcleo com entreferro
42 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Núcleo com entreferro
43 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Núcleo com seção majorada
44 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Coeficiente de majoração
45 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Coeficiente de majoração
Por exemplo, para um TC alimentando uma carga Z
qualquer, com fator de potência cosβ, temos:
φ totalmax φ exp max φ sen max
M= = + = ϖ ⋅ T1 ⋅ cos β + 1
φ senmax φ sen max φ sen max
47 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Coeficiente de majoração
48 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Coeficiente de majoração
49 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
50 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
A seguir está o ciclo de operação C-O (Close-Open) do
regime transitório:
φ sat
Bs
10% Bs
t [s]
t’al t’
tm
Onde:
t’al = tempo de atuação da proteção (relé)
t’ = tempo de comando de abertura de disjuntor
tm = tempo para desmagnetização até 10% da indução de
saturação (remanência)
52 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
⎛
ϖ ⋅ T1 ⋅ T2 ⎜ T1
− t 'al − t 'al
⎞
M= e − e T2 ⎟+ 1
T1 − T2 ⎜⎝ ⎟ cos β
⎠
53 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Após o estabelecimento do curto-circuito, a corrente i0
passa por um valor máximo, que ocorre [tmax] segundos
após o instante do curto. Caso este tempo tmax for menor
que o instante tal’ (exigido pelo cliente), então o fator de
majoração será definido por este tempo. Ele é dado pela
seguinte equação:
T1 ⋅ T2 T1
t max = ⋅ ln
T1 − T2 T2
E portanto a equação do fator de majoração deve ser
adequada para:
⎛
ϖ ⋅ T1 ⋅ T2 ⎜ T1
− t max − t max
⎞
M= e − e T2 ⎟+ 1
T1 − T2 ⎜⎝ ⎟ cos β
⎠
54 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Um exemplo:
Seja um núcleo num sistema de constante de tempo
primária igual a 100 ms, com constante de tempo
secundária igual 60 ms e um tempo máximo calculado
igual a 77 ms.
Consideremos que o cliente especificou uma carga cujo
cosβ = 0,8 e definiu o tempo para atuação da proteção
como 100 ms. Então devemos usar o tempo máximo ao
invés deste tempo.
Temos:
⎛
ϖ ⋅ T1 ⋅ T2 ⎜ T1
− t max − t max
⎞
M= e − e T2 ⎟ + 1 = 11,76
T1 − T2 ⎜⎝ ⎟ cos β
⎠
55 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Conclusão:
Isto significa que, para este núcleo, agora com entreferros,
atender as características transitórias no instante do curto-
circuito, ele deve possuir uma seção 11,76 vezes MAIOR
que um núcleo projetado para atender um curto-circuito
puramente simétrico.
Isto é, com o entreferro, o fator de majoração neste caso, é
praticamente 3 vezes menor que o fator do núcleo sem
entreferros porém com seção majorada.
56 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Uma vez que o TC linearizado deve fornecer uma corrente
secundária que retrate a corrente de curto-circuito no
regime transitório, o núcleo também deve atender ao erro
máximo da classe especificada.
O erro do TC linearizado é medido em relação ao valor de
crista da corrente de curto-circuito e é dado pela seguinte
equação:
100 ⋅ i0
εˆ% =
I
E pode ser escrita em função do fator de majoração:
⎛
100 ⋅ T1 ⎜ T1
− t 'al − t 'al
⎞ 1
εˆ% = e − e T2 ⎟+
T1 − T2 ⎜⎝ ⎟ ϖ ⋅ T2 ⋅ cos β
⎠
57 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
A introdução de um entreferro não mais permite que a
corrente de magnetização i0 seja desprezível. Sendo que a
corrente de magnetização possui uma componente
exponencial que depende da característica construtiva do
entreferro (T2), a corrente secundária não será mais uma
imagem fiel da corrente de curto-circuito primária. Porém,
estará dentro dos limites pré-estabelecidos de precisão.
A introdução do entreferro reduz a constante de tempo
secundária, o que facilita a desmagnetização do núcleo
durante o tempo morto no religamento. Conforme as
dimensões do entreferro, a remanescência pode ser
reduzida a um valor máximo de 10% da indução de
saturação ou mesmo ser desprezível.
58 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Um regime transitório também pode possuir dois ciclos de
operação, conhecido como ciclo C-O-C-O (Close-Open-
Close-Open), que é ilustrado a seguir:
φ sat M12
M1
59 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Onde:
t’al = tempo de atuação da proteção para o 1° ciclo (relé)
t’ = tempo de comando de abertura de disjuntor no 1° ciclo
tm = tempo morto - intervalo de tempo de interrupção da
corrente de curto-circuito
t’’al = tempo de atuação da proteção para o 2° ciclo (relé)
t’’ = tempo de comando de abertura de disjuntor no 2° ciclo
60 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
M = A1 ⋅ M 1 ⋅ e T2
+ A2 ⋅ M 2
Onde:
⎛ −t '
ϖ ⋅ T1 ⋅ T2 ⎜ T1
−t '
T2 ⎟
⎞ 1
M1 = e −e +
T1 − T2 ⎜⎝ ⎟ cos β
⎠
⎛
ϖ ⋅ T1 ⋅ T2 ⎜ T1
− t ''al − t ''al
⎞
M2 = e − e T2 ⎟+ 1
T1 − T2 ⎜⎝ ⎟ cos β
⎠
61 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
62 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Classe PR:
São núcleos clássicos providos de entreferro que permite
a desmagnetização do núcleo durante um tempo morto
no religamento.
As exigências de precisão são idênticas às exigidas do
TC clássico sem entreferro. O erro devido à presença do
entreferro deve ser considerado.
63 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Classe PR:
Erro devido ao nível de indução no núcleo:
T
100 1
εC%=
I ef T ∫
o
( K n i 2 − i1 )2 dt
Erro total:
r
ε~T % = ε C% +ε %
64 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Classe TPX:
São núcleos de seção majorada e aplicados quando o
sistema de proteção exige que a corrente de curto-
circuito primária, em regime transitório, seja retratada
pela corrente secundária, dentro dos limites de precisão
especificados.
O erro é medido em relação ao valor de crista da corrente
de curto-circuito, uma vez que se trata de regime
transitório.
O erro instantâneo é:
100 i0
εˆ0 % =
I
65 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Classe TPY:
São núcleos de seção majorada e com entreferro
correspondente ao fator de majoração.
O erro é medido em relação ao valor de crista de curto-
circuito, uma vez que se trata de regime transitório.
São núcleos aplicados quando o sistema de proteção
exige que a corrente de curto-circuito primária, em regime
transitório, seja retratada pela corrente secundária, nas
componentes exponencial e senoidal, dentro dos limites
de precisão especificados.
66 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Classe TPY:
Erro devido ao nível de indução no núcleo:
100 i0
εˆ0 % =
I
Erro devido à presença do entreferro relativo às duas
componentes:
100 M
εˆ% =
ω T2
Erro total:
Classe TPZ:
São núcleos de seção majorada e com entreferro
correspondente ao fator de majoração.
O erro é medido em relação ao valor de crista de curto-
circuito, uma vez que se trata de regime transitório.
São núcleos aplicados quando o sistema de proteção
exige que a corrente de curto-circuito primária, em regime
transitório, seja retratada pela corrente secundária,
somente na componente senoidal, dentro dos limites de
precisão especificados.
68 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
O Transformador Linearizado
Classe TPZ:
Erro devido ao nível de indução no núcleo:
100 i0
εˆ0 % =
I
Erro devido à presença do entreferro relativo às duas
componentes:
r 100 ⋅ Z 2
ε%=
X0 + X2
Erro total:
r
εˆT % = εˆ0 % + ε %
69 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Análise de Erros de um TC
10P ±3 - 10
70 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Análise de Erros de um TC
TC linearizado:
TPY ±1 ± 60 10
TPZ ±1 180 ± 18 10
71 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Dimensionamento
Dimensional, da esquerda para a direita:
5P20, TPX, TPY, TPZ - 10 VA
72 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Testes
TC Clássico
E = (Rcarga + R2).I.Kssc
E = 60 [V]
I0 = 0,17 [A]
73 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Testes
Classe TPX
E = (Rcarga + R2).I.Ktf.Kssc
E = 795 [V]
I0 = 0,80 [A]
74 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Testes
Classe TPY
E = (Rcarga + R2).I.Ktf.Kssc
E = 803 [V]
I0 = 5,8 [A]
75 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Testes
Classe TPZ
E = (Rcarga + R2).I.ktf.Kssc
E = 540 [V]
I0 = 45 [A]
76 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Especificação de TC’s linearizados
77 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Especificação de TC’s linearizados
Classe PR:
• 5PR ou 10PR;
• Fator de sobrecorrente;
• Carga a ser atendida;
• Constante de tempo secundária (T2) ou tempo de
desmagnetização (tm).
A relação entre a constante de tempo secundária e o
tempo de desmagnetização é de acordo com a seguinte
fórmula:
−tm Onde o erro será 5% ou 10%, de
acordo com a classe exigida pelo
ε% = e T2
cliente.
78 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Especificação de TC’s linearizados
79 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Especificação de TC’s linearizados
Tempos do ciclo de operação
tal’ t’ tal’
tfr t’
80 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Especificação de TC’s linearizados
81 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Variáveis de saída
I al =
Eal 2 ⋅ K ssc ⋅ I 2 ⋅ K td
[ A] I al ≤ [ A]
X0 ϖ ⋅ T2
4,8 ⋅ ⎛⎜ f ⎞⎟ ⋅ S N ⋅ N S ⋅10 −6
2
e= ⎝ 60 ⎠ [mm]
X0
82 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Variáveis de saída
Ciclo CO
Ciclo CO-CO
83 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Variáveis de saída
L0 + L2
T2 =
R2 + Rc
Portanto, para controlarmos a indutância de
magnetização do núcleo, podemos controlar tanto a
resistência do enrolamento quanto a constante de
tempo secundária do circuito.
84 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Variáveis de saída
85 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Variáveis de saída
86 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Variáveis de saída
87 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Exemplos de projeto
t2 0,314
t´ 0,060
t´al 0,017
tfr 0,500
w 376,991
KSSC 20,000
RCT 0,650
Rb 8,000
I2 5,000
KTD 8,663394
EAL 7493,836
88 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
CONTATO
Engº Fabiano Correia
Coordenador Técnico-Comercial
Telefone:(35) 3629-7190
Fax:(35) 3629-7007
fabiano.correia@areva-td.com
89 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia
Muito obrigado!
90 Comportamento do Transformador de Corrente durante o Regime Transitório – 2009 – Fabiano Amaral Correia