Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Doutrina de Policiamento Ostensivo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 25

Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

Conteúdo
1. FINALIDADE ................................................................................................................... 16
2 TIPOS DE BUSCA ............................................................................................................ 26
3. IMUNIDADE DIPLOMÁTICA E PARLAMENTAR................................................................. 29
4. ESCOLTA ....................................................................................................................... 30
5. LINGUAGEM SILENCIOSA .............................................................................................. 32
6. PROGRESSÃO NO TERRENO......................................................................................... 33
7. PATRULHA POLICIAL ..................................................................................................... 33
8. BATIDA POLICIAL ........................................................................................................... 34
9. EVENTOS DE MASSA (Comícios, Carreatas, Shows em via Pública, passeatas, etc)............ 36

15
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

DOUTRINA DE POLICIAMENTO OSTENSIVO

1.1 FINALIDADE

Consolidar de uma forma básica as regras legais e os princípios doutrinários pertinentes à


execução de uma prática eficiente e eficaz das atividades de Policiamento Ostensivo no âmbito da Polícia Militar
do Estado da Paraíba.

1.2 OBJETIVO

Fomentar o processo ensino-aprendizagem no âmbito da polícia Militar da Paraíba, no que refere


ao policiamento Ostensivo, propiciando-lhe uma padronização dos princípios doutrinários utilizados na
corporação.

1.3 CONCEITOS BÁSICOS

1.3.1 SEGURANÇA PÚBLICA

È a garantia que o Estado (União, Unidades Federativas e Municipais) proporciona à Nação, a fim
de assegurar a Ordem Pública contra violações de toda espécie, desde que não contenham conotações
ideológicas.

1.3.2 ORDEM PÚBLICA

Conjunto de regras formais, coativas que visam a estabelecer um clima de convivência


harmoniosa e pacífica entre os cidadãos.

1.3.3 POLÍCIA MILITAR

É a instituição oficial, hierarquicamente organizada, encarregada da manutenção da Ordem


Pública nos respectivos Estados, Territórios e no Distrito Federal.

1.3.4 PODER DE POLÍCIA

É a faculdade discricionária da administração pública de limitar, dentro da lei, as liberdades


individuais, em favor de interesse maior da coletividade.

1.3.5 MANUTENÇÃO DA ORDEM PÚBLICA

É o exercício dinâmico do Poder de Polícia, no campo da Segurança Pública, através de ações


predominantemente ostensivas que visam a garantia da coexistência pacífica no seio da comunidade.

1.3.6 POLICIAMENTO OSTENSIVO

Ação Policial Militar em cujo emprego o homem ou a fração de tropa engajados sejam
identificados de relance, quer pela farda, quer pelo equipamento, armamento ou viatura.

1.3.7 TRANQÜILIDADE PÚBLICA

16
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

É o estágio em que a comunidade se encontra num clima de convivência harmoniosa e pacífica,


representando assim uma situação de bem estar social.

1.3.8 TÉCNICA POLICIAL MILITAR

É o conjunto de métodos e procedimentos empregados para a execução eficiente das atividades


policias militares.

1.3.9 TÁTICA POLICIAL MILITAR

É a arte de empregar a tropa em ação ou operação policial militar.

1.3.10 AÇÃO POLICIAL MILITAR

É o desempenho isolado de fração elementar ou constituída, com autonomia para cumprir missões
rotineiras.

1.3.11 OPERAÇÃO POLICIAL MILITAR

É o conjunto de ações, executadas por pelo menos uma fração constituída, que exige
planejamento específico.

1.3.12 OCORRÊNCIA POLICIAL

É todo fato que, de qualquer forma, afete ou possa afetar a Ordem Pública e que exija a
intervenção da Polícia Militar.

1.3.13 RASTREAMENTO

È a diligência policial que visa a perseguição para localização e captura de criminosos, em estado
de flagrância.

1.3.14 RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA

È a descrição escrita, ordenada e mais ou menos minuciosa daquilo que viu, ouviu e/ou observou,
no desempenho da ação/operação Policial Militar.

1.3.15 FRAÇÃO ELEMENTAR

Fração de tropa, de até três Policiais Militares, que não constitua Grupo Policial Militar (GPM), para
emprego coordenado.

1.3.16 FRAÇÃO CONSTITUÍDA

É a tropa com efetivo mínimo de 1 GPM.

1.3.17 GRUPO POLICIAL MILITAR

Grupo policial militar com funções definidas, referente a uma fração de um pelotão

1.3.18 ÁREA

17
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

É o espaço físico destinado à responsabilidade de um Batalhão de Polícia Militar (BPM) ou


Regimento de Polícia Montada (RPMon).

1.3.19 SUBÁREA

É o espaço físico destinado à responsabilidade de uma Companhia PM (Cia PM) ou esquadrão de


Polícia Montada (Esqd. PMon).

1.3.20 SETOR

É o espaço físico destinado à responsabilidade de um Pelotão PM ( Pel. PM).

1.3.21 SUB-SETOR

É o espaço físico destinado a responsabilidade de um Grupo PM (GPM).

1.3.22 POSTO

É o espaço físico delimitado, atribuído à responsabilidade de fração elementar ou constituída,


atuando em permanência ou patrulhamento.

1.3.23 ITINERÁRIO

É a sucessão de pontos de passagem obrigatória por qualquer processo, sujeitos a vigilância por
homem ou mesmo de emprego de força.

13.24 PATRULHAR
É exercer atividade móvel de observação, fiscalização, proteção, reconhecimento, ou mesmo, de
emprego de força.

1.3.25 LOCAL DE RISCO

É todo local que, por suas características, apresente elevada probabilidade de ocorrência Policial
Militar. As chamadas áreas vermelhas.

1.3.26 PONTO QUENTE

Local de incidência de ocorrência policial

1.4 CARACTERÍSTICAS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO

1.4.1 IDENTIFICAÇÃO

O Policiamento Ostensivo é uma atividade policial, exercida exclusivamente pela Polícia Militar, e
como tal é caracterizado pelo uso de uniformes, símbolos e veículos caracterizados.

1.4.2 AÇÃO PÚBLICA

O Policiamento Ostensivo é exercido com o objetivo de preservar o interesse geral da segurança


pública nas comunidades, resguardando o bem comum em sua maior amplitude. Não se confunde com
zeladoria, atividade de vigilância particular de bens ou áreas privadas e públicas, nem com a segurança pessoal
de indivíduos sob ameaça.

18
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

1.4.3 TOTALIDADE

O Policiamento Ostensivo tem origem na necessidade de segurança da comunidade, sendo


desenvolvido, fundamentalmente, sob os aspectos preventivo e repressivo, consoante a elementos que se
oponham ou possam se contrapor à ordem pública. Se consolida por uma sucessão de iniciativa de
planejamento e execução, ou em razão do clamor público. Deve fazer frente a toda e qualquer ocorrência, quer
por iniciativa própria, quer por solicitação, quer em razão de determinação.

1.4.4 DINÂMICA
O desempenho do sistema de Policiamento Ostensivo far-se-á, com prioridade, no cumprimento e
no aperfeiçoamento dos planos de rotina, com o fim de manter íntimo e continuado o engajamento do policial
com a comunidade em que trabalha, de forma que conheça detalhadamente seu espaço geográfico e seus
hábitos, com o fim de melhor servi-la. O esforço é feito para a manutenção dos efetivos e dos meios na
execução daqueles planos – que conterão rol de prioridades – pela presença continuada, objetivando criar e
manter, na comunidade, a sensação de segurança que resulta na tranquilidade pública, objetivo final da
preservação da Ordem Pública.

1.4.5 LEGALIDADE

Todas as atividades da Polícia militar devem ser desenvolvidas dentro dos limites que a lei
estabelece. A ação policial para ser legítima deve estar fundamentada no Poder de Polícia, que é discricionário,
mas não arbitrário. Seus parâmetros são a própria lei.

1.4.6 AÇÃO DE PRESENÇA

É a manifestação que dá à comunidade a sensação de segurança, pela certeza de cobertura


policial. Ação de presença real consiste na presença física do Policial Militar nos locais com maior incidência do
crime. Ação de presença potencial é capacidade de num espaço de tempo mínimo, acorrer ao local onde o ilícito
seja iminente ou já tenha ocorrido.

1.5 PRINCÍPIOS DO POLÍCIAMENTO OSTENSIVO

1.5.1 UNIVERSALIDADE

O Policial Militar tem, muitas vezes, tendência à especialização. O cometimento dessas tarefas
específicas não desobriga o PM do atendimento de outras ocorrências que presencie ou para as quais seja
chamado ou determinado.

1.5.2 RESPONSABILIDADE TERRITORIAL

Todo e qualquer Policial Militar em atividade fim – na execução do Policiamento Ostensivo – é


responsável pela segurança na área geográfica sob sua jurisdição. Portanto, compete-lhe a iniciativa de todas as
providências legais e regulamentares, quem visem a garantia da Ordem Pública.

1.5.3 CONTINUIDADE

Como atividade imprescindível que é o Policiamento Ostensivo será executado diuturnamente. A


satisfação da necessidade de segurança da comunidade compreende um nível tal de exigência, que deve
encontrar resposta na estrutura organizacional, na rotina de serviço e na mentalidade do Policial Militar.

1.5.4 APLICAÇÃO

19
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

O Policiamento Ostensivo é caracterizado pelo uso da farda, o que chama a atenção da


comunidade sobre o profissional que a enverga. O PM deveexercer sua atividade de tal modo que desestimule o
cometimento de atos antissociais, pela ação preventiva. A omissão, o desinteresse e a apatia são fatores
geradores de descrédito e desconfiança por parte da comunidade e revelam falta de preparo e espírito de corpo
do policial.

1.5.5 ISENÇÃO

Ao policial cabe tratar a todos os cidadãos sem observar suas próprias concepções pessoais,
preconceitos quanto a cor, religião, nível social, etc. No exercício da função o policial deve ser impessoal e
imparcial em suas ações, tratando a todos com igualdade.

1.5.6 ANTECIPAÇÃO

Durante a atividade de Policiamento Ostensivo, que é uma atividade essencialmente preventiva,


há que se tomar providências táticas e técnicas, com o objetivo de evitar o fator surpresa, caracterizar um clima
de segurança na comunidade e fazer face ao fenômeno da evolução da criminalidade com maior presteza.

1.6 VARIÁVEIS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO

1.6.1 TIPOS DE POLICIAMENTO OSTENSIVO

a) POLICIAMENTO OSTENSIVO GERAL

Visa à satisfação das necessidades básicas de segurança inerentes a qualquer ocorrência,


comunidade ou cidadão.

b) POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO URBANO OU RODOVIÁRIO

Visa à execução do Policiamento Ostensivo nas vias terrestres abertas à livre circulação,
objetivando disciplinar o público no cumprimento e respeito às regras e normas de trânsito.

c) POLICIAMENTO OSTENSIVO AMBIENTAL

Tem por objetivo preservar a fauna, os recursos florestais, as extensões d’água e mananciais,
coibir a caça e a pesca ilegais, a derrubada indevida da flora e a poluição inclusive sonora. Deve ser realizado
em cooperação com órgãos Federais ou Estaduais, mediante convênio.

d) POLICIAMENTO OSTENSIVO DE GUARDAS

Visa à guarda de aquartelamento, à segurança externa de estabelecimentos prisionais (custódia


de presos) e a segurança física das sedes dos poderes estaduais e outras repartições públicas de importância.

1.6.2 POLICIAMENTOS ESPECIAIS

a) POLICIAMENTO DE CHOQUE - Controle de distúrbios civis e intervenções especiais

b) GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) – gerenciamento de crises (ocorrências


complexas)

c) ROTAM (Rondas Ostensivas Táticas com apoio de Motocicletas) – rondas e incursões em


localidades de difícil acesso.

20
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

d) POLICIAMENTO COM CÃES – apoio a crises, operações de faro e guardas especiais.

e) POLICIAMENTO MONTADO – ações de choque e apoio ao policiamento ordinário com boa


ação de presença e intimidação

1.6.3 PROCESSOS

a) A PÉ;
b) MOTORIZADO;
c) MONTADO;
d) AÉREO;
e) EM EMBARCAÇÃO;
f) EM BICICLETA.

1.6.4 MODALIDADES

a) PATRULHAMENTO

É atividade móvel de observação, fiscalização, proteção, reconhecimento, ou mesmo, de emprego


de força.

b) PERMANÊNCIA

É a atividade predominantemente estática de observação, fiscalização, proteção, emprego de


força ou custódia, desempenhada pelo PM no posto.

c) DILIGÊNCIA

É a atividade de busca e captura de pessoas e/ou busca e apreensão de objetos e documentos


em cumprimento a mandado judicial ou ordem de busca

d) ESCOLTA

É a atividade de destinada à custódia de pessoas ou bens em deslocamentos.

1.6.5 CIRCUNSTÂNCIAS

a) ORDINÁRIO

È o emprego rotineiro de meios operacionais em obediência a um plano sistemático, que contem a


escala da prioridade.

b) EXTRAORDINÁRIO

É o emprego eventual e temporário de meios operacionais, em face de acontecimento imprevisto,


que exige manobra de recursos.

c) ESPECIAL

É o emprego temporário de meios operacionais em eventos previsíveis que exijam esforço


específico.

21
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

1.6.6 LUGAR

a) URBANO;
b) RURAL.

1.6.7 FORMA

É a disposição da tropa no terreno para a execução do Policiamento Ostensivo.

a) DESDOBRAMENTO

Constitui a distribuição das unidades operacionais no terreno, devidamente articuladas até o nível
GPM, com limites de responsabilidades perfeitamente definidos.

b) ESCALONAMENTO

É o grau de responsabilidade dos sucessivos e distintos níveis da cadeia de comando, no seu


espaço físico.

1.6.8 TEMPO

É o período do empenho.

a) JORNADA

É o período de tempo, equivalente a 24h do dia.

b) TURNO

É a fração da jornada com um período previamente determinado.

1.6.9 SUPLEMENTAÇÃO (recursos adicionais)

a) CÃO;
b) RÁDIO TRANSCEPTOR;
c) ARMAMENTO (letais e não letais)
d) EQUIPAMENTO (material necessário ao serviço exceto armas e fardamento)

1.6.10 DESEMPENHO

É a participação do emprego do Policial para cumprimento de atividade fim no Policiamento


Ostensivo.

a) ATIVIDADE DE LINHA

É o emprego diretamente relacionado com o público

b) ATIVIDADE AUXILIAR.

É o emprego em apoio imediato ao policial em atividade de linha. (Não deve ser confundido com o
apoio imediato próprio da atividade meio).

22
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

c) ATIVIDADE MEIO

É o emprego do homem em atividades administrativas

1.7 FATORES QUE INFLUENCIAM NA APLICAÇÃO DO POLICIAMENTO

a) Fatores determinantes

Tipicidade, gravidade, incidências de ocorrências presumíveis ou existentes

b) Fatores componentes

Custo, espaços a serem cobertos, mobilidade, possibilidade de contato direto objetivando


conhecimento do local de atuação e relacionamento, autonomia, facilidade de fiscalização e controle,
flexibilidade e proteção ao policial.

c) Fatores determinantes

Local de atuação, características físicas e psicológicas, clima, dia da semana, horário


disponibilidade de recursos.

1.8 CÓDIGOS DE CORES DE ÁREAS

São cores utilizadas para definir o grau de risco ou incidência de ocorrências policiais em
determinada área geográfica, divididas em três cores:

a) Área verde – lugares que se tem a certeza da segurança e tranquilidade policial onde o risco
de ocorrências policiais é quase nulo, a exemplo do interior das Unidades Militares ou lugares que o numero de
ocorrências é sempre muito baixo, não aparecem na mancha criminal.

b) Área amarela – lugares que se tem dúvida da segurança e tranquilidade policial a sempre a
probabilidade da quebra da ordem pública é possível estatisticamente, a exemplo de logradouros públicos, ruas
movimentadas, e pontos comerciais.

c) Área vermelha – lugares onde se tem a certeza da quebra da ordem pública, tem incidência
de crimes, está sempre presente na mancha criminal inclusive com pontos quentes, a exemplo de comunidades
periféricas.

Obs. As áreas podem mudar de código de acordo com dia da semana, horários ou clima.

1.9 REQUISITOS BÁSICOS PARA O POLICIAMENTO OSTENSIVO

1.9.1 CONHECIMENTO DA MISSÃO

O desempenho da atividade de policiamento Ostensivo impõe, como condição essencial para


eficiência operacional, o completo conhecimento da missão, que tem origem no prévio preparo técnico-
profissional e se completa com o interesse do policial.

1.9.2 CONHECIMENTO DO LOCAL DE ATUAÇÃO

23
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

Compreende o conhecimento completo do espaço geográfico da comunidade em que atua o


policial, assegurando a familiarização com o terreno (acidentes, mananciais, vegetação, edificações e vias de
acesso) fator indispensável ao melhor desempenho operacional.

1.9.3 RELACIONAMENTO

Compreende o estabelecimento de contatos com os integrantes da comunidade, proporcionando a


familiarização com seus hábitos, costumes e rotinas, de forma a criar uma empatia entre o Policial Militar e a
comunidade, para que possam de forma integrada trabalhar por uma melhor segurança social.

1.9.4 POSTURA E COMPOSTURA

A atitude, compondo a apresentação pessoal, bem como a correção de maneiras no trato com as
pessoas, influem decisivamente no grau de confiabilidade do público em relação à corporação e mantém
elevado o nível de autoridade do policial Militar, facilitando-lhe o desempenho operacional.
Postura refere-se ao policial e compostura a instituição que representa.

1.9.5 COMPORTAMENTO NA OCORRÊNCIA

O caráter impessoal e imparcial da ação Policial Militar revela a natureza eminentemente


profissional da atuação em qualquer ocorrência, e requer que seja revestida de urbanidade, energia serena,
brevidade compatível e, sobretudo, isenção tolerância e bom senso.

1.10 SUSPEITO E DELINQÜENTE (Distinção)

a) SUSPEITO

Entende-se por suspeito aquela pessoa que infunde dúvidas acerca de seu comportamento ou que
não inspire confiança, o fazendo, em relação ao lugar onde se encontre, horário e outras circunstâncias, justo
receio às condições que nela se apresentam.
Não deve existir preconceito na adoção de determinados critérios para a realização das
abordagens. O que caracteriza a atitude suspeita do indivíduo, e a exteriorização de um comportamento que fuja
do contexto social, ou da normalidade, associado às circunstâncias de horário, lugar, clima, pessoas etc. Em
síntese tudo que possa chamar a atenção e seja passivo de averiguação.

b) DELINQÜENTE

É aquele que cometeu, está cometendo ou pretende cometer algum ilícito tipificado como crime.
Convém salientar é que em determinadas ocorrências o PM poderá incidir em erro, se agir baseado apenas na
primeira informação, decidindo sem instrumentos concretos que determinada pessoa é delinquente, não se
cercando adequadamente dos fatos.

DELINQUENTE – Existência de fato justificador

SUSPEITO – fundado – existência de um fato justificador


Intuído – mera suspicácia (olhar clinico e observador do policial)

2. BUSCA PESSOAL

24
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

CONCEITO

É aquela executada em pessoas, podendo ser realizada por qualquer policial de serviço com ou
sem o respectivo mandado, a qualquer hora do dia ou da noite, respeitando a inviolabilidade domiciliar.

AMPARO LEGAL

O ato de realizar uma busca pessoal de forma indiscriminada e insensata em todas as pessoas
torna-se ilícito, pois contraria o direito constitucional de ir e vir sem ser molestado. Contudo, o policial com sua
vivência e experiência, aprende a conhecer o infrator da lei (olhar clínico de polícia), e sempre que julgar
necessário, sempre que houver indícios de que a pessoa esteja contrariando um dispositivo legal, procederá a
realização da busca, baseado nos Códigos de Processo Penal e Processo Penal Militar, em seus artigos:

1) Código de Processo Penal – Art. 244 e 249:

“A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada


suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de
delito, ou quando a medida for determinada no curso da busca domiciliar.” – Art. 244
“A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da
diligência”. – Art. 249

2) Código de Processo Penal Militar – Art. 180 à 183:

“A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes, pastas, malas e outros objetos
que estejam com a pessoa revistada e, quando necessário, no próprio corpo”.– Art.180
“Proceder-se-á à revista, quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo:
a) Instrumento ou produto de crime;
b) Elementos de prova”. – Art. 181

A revista independe de mandado:


a) Quando feita no ato da captura de pessoa que deve ser presa;
b) Quando determinada no curso da busca domiciliar;
c) Quando ocorrer o caso previsto na alínea ‘a’ do artigo anterior;
d) Quando houver fundada suspeita de que o revistando traz consigo objetos ou papéis que
constituam corpo de delito;
e) Quando feita na presença da autoridade judiciária ou do presidente do inquérito”.– Art. 182
“A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da
diligência” – Art. 183.

Direito Costumeiro:

Algumas pessoas incriminam a busca pessoal, com base nos dispositivos da lei “in concreto”, com
uma visão limitada. A temática é mais ampla e ultrapassa os dispositivos, se bem que, em determinadas
situações, o PM realiza a busca enquadrando-se nesses dispositivos.
Os usos e costumes são a fonte primária do direito; por exemplo, ainda hoje a sociedade mantém
costume de formar fila, na ordem de chegada, para ser atendido em hospitais, em bancos, em cinemas, etc. A
sociedade os adota como fossem leis “inalienáveis”; e ai de quem tentar “furar uma fila”. Por isso o policial
fardado que passar pelo local onde esteja ocorrendo fato dessa natureza, será acionado e terá que intervir para
manutenção da ordem pública.
Essa intervenção é legítima, não sob o prisma do Código Penal, e sim porque contraria os usos e
costumes da sociedade. Esse PM não poderá jamais deixar de atuar alegando que aquela atitude do “fura fila”
não está tipificada como crime no Código Penal.

25
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

Nessa intervenção, o PM age, utilizando-se do Poder de Polícia e do Poder Discricionário. Caso o


“fura fila” não aceite a ordem de se manter na fila, poderá incorrer no ilícito penal de “desobediência”, “desacato”
ou até mesmo “resistência”, conforme o agravamento da situação, pois essa ordem do policial é perfeitamente
legal e visa à preservação da ordem pública.

2.1 TIPOS DE BUSCA

2.1.1 BUSCA PESSOAL LIGEIRA (PRELIMINAR)

É aquela realizada em situação de rotina em razão do local e da hora de atuação, aplicada


também em pessoas frequentadoras de locais onde o índice de criminalidade é elevado.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

Realiza-se em situação de rotineiras (Blitz, bloqueio, Operações diversas), quando não há


fundadas suspeitas sobre a pes¬soa a ser verificada, mas em razão do local e da hora ou das circunstâncias
operacionais de ação preventiva é conveniente procedê-la. Tam¬bém utilizada nas entradas de casas de
diversão e campo de futebol. Essa busca visa localizar objetos que possam ser usados na prática de ilícitos
penais, ou objetos de uso e porte proibido ou não recomendado para aquela ocasião. Deve ser realizada de
preferência pelas costas, porém nas en¬tradas de campo de futebol ou casas de diversão, pode ser procedida
pela frente, solicitando-se que o abordado coloque as mãos acima da cabeça e sempre com um Policial dando
cobertura, devendo o revistador deslizar suas mãos sobre o vestuário do indivíduo, verificando quadris, tórax,
axilas, braços, pernas, além de verificar pacotes, bolsas, volumes e etc.

OBSERVAÇÃO:

Em mulheres, o Policial se limitará a verificação de bolsas, agasalhos e/ou ou¬tros objetos onde
possam esconder armas, drogas, etc. O Policial poderá usar os seguintes artifícios:
- Solicitar um Policial feminino para o procedimento Policial cabível.
- Solicitar uma mulher para revistar outra;
- Solicitar que a suspeita pressione sua roupa contra seu próprio corpo, para de¬tectar algum
volume, que possa ser objeto de furto ou roubo ou mesmo uma arma.
2.1.2 BUSCA PESSOAL MINUCIOSA

É aquela realizada em pessoas suspeitas ou em delinquentes que acabaram de cometer um crime


ou estão na iminência de cometer, bem como, em detentos de estabelecimentos prisionais.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

Antes de iniciar a busca, evitar que o indivíduo fique de posse de quaisquer objetos (sacola, bolsa,
pacote, guarda-chuva, jornal etc.);
O revistador deverá manter o controle do revistado como olhar, observando qualquer reação;
O revistado ficará em posição incômoda, cansativa e em desequilíbrio, quando houver superfície
vertical (anteparo). Não havendo, será colocado na posição de joelho ou deitado (dependendo do grau de
necessidade); O revistado ficará apoiado na superfície vertical, com as mãos afastadas e os dedos abertos, com
os pés paralelos e mais afastados possíveis da superfície de apoio; O Policial Revistador manterá sua arma no
coldre e se aproximará do suspeito pelo lado oposto a seu coldre direito (esquerdo); colocará seu pé direito
(esquerdo) em frente ao pé direito (esquerdo) do suspeito e manterá os dois tornozelos unidos, o que
possibilitará uma ação defensiva/ofensiva, caso o suspeito esboce reação;
Realizar a busca pelas costas do revistado, mantendo sempre um braço apoiado nas costas do
revistado e o outro realizando a busca, e ainda o pé direito (ou esquerdo) em frente ao pé esquerdo (ou direito)

26
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

do revistado de acordo com a posição dos braços; O Policial Auxiliar (Segurança) deverá se colocar de forma
obliqua e a retaguarda do suspeito, mantendo-o sempre no seu campo visual. Deverá estar atento a todo e
qualquer movimento do revistado, a fim de evitar imprevistos inclusive com fatores externos.A arma deverá estar
empunhada, porém não deve estar apontada para o(s) abordado(s).

SEQÜÊNCIA DA BUSCA:

Verificar de imediato o quadril do suspeito, devido a maior possibilidade de ha¬ver uma arma
escondida nessa área;
Retirar chapéu, bonés e similares e examiná-los;
Verificar braços, mãos e tórax (incluindo axilas);
Verificar a região pubiana;
Observar colarinho;
Deslizar as mãos ao longo das pernas do suspeito, verificando a parte interna das mesmas, olhar
também canos de botas, sapatos, etc.,
Examinar lapelas e gravatas e as dobras do vestuário.

BUSCA MINUCIOSA EM GRUPO DE PESSOAS

Os procedimentos serão os mesmos descritos anteriormente, acrescentando as seguintes


instruções:

- Os suspeitos serão posicionados e afastados um do outro, de forma a não poderem se tocar (no
mínimo 50 cm de distância entre eles);
- Não permitir que os mesmos se comuniquem de qualquer forma;
- Um ou mais policiais deve estar na cobertura (Segurança do grupo e do ambiente), de acordo
com a situação;
- Os suspeitos a serem revistados são dispostos em linha;
- O Revistador se coloca em uma das extremidades do grupo;
- Tão logo um suspeito é revistado, deve afastar do grupo de suspeito, mas ainda fica sob
vigilância, até ser procedida a busca em todo grupo.

2.1.3 BUSCA PESSOAL COMPLETA

É aquela empregada quando do encarceramento de presos, normalmente é feita em re¬partição


policial ou em recinto adequado. Nessa busca será retirada toda a roupa do suspeito e examinada peça por
peça, como também, as cavidades naturais do corpo do elemento.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL

Deverá ser feita em recinto fechado, sempre que possível, na presença, no mínimo, de uma
testemunha; Adotar os procedimentos da busca minuciosa e mais: 02 (dois) Policiais Militares desarmados
procedem a revista, enquanto um outro se postará do lado de fora do recinto, armado; Tirar toda a roupa e os
sapatos do revistado. Se estiver com ataduras ou gesso, verificar sua autenticidade; Verificar todo o corpo do
revistado, inclusive orifícios externos. Indagar da procedência de cicatrizes e tatuagens. Verificar a roupa do
revistado.Além da posição tradicional de Busca Pessoal, com apoio em Superfície Vertical, poderá o Policial, em
situações que exigem maiores cautelas e em casos de maior suspeição, adotar as posições ajoelhado e deitado.

3. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS

3.1 CONCEITO

27
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

3.1.1 IDENTIDADE

É o conjunto de caracteres próprios de uma pessoa, que se fazem individualizada e reconhecida


entre as demais.
Exemplo: Nome;
Filiação;
Defeitos físicos;
Profissão;
Impressão digital;
Tatuagens
Cicatrizes dentre outros.

3.1.2 IDENTIFICAÇÃO

É a ação ou efeito de identificar ou identificar-se.

3.2 DOCUMENTOS DE IDENTIDADE PESSOAL

Os documentos de identidade pessoal são empregados para provar a identidade da pessoa,


através da fotografia, caracteres físicos, filiação, naturalidade, dentre outros.

3.2.1 TIPOS DE DOCUMENTO

1) Carteira de identidade;
2) Passaporte;
3) Salvo-conduto (em caso de estado de sítio)
4) Carteira profissional;
5) Carteira funcional (com fotografia)
6) Carteira Nacional de Habilitação dentre outros

3.3 PROCEDIMENTO OPERACIONAL

É importante que o Policial Militar tenha consciência que não é crime alguém deixar de portar
documento de identidade. A contravenção se caracteriza pela RECUSA DE FORNECIMENTO de dados sobre a
própria identificação.
Obs. Se o policial achar necessário checar a veracidade dos dados fornecidos, deve diligenciar
com o suspeito na busca de um documento ou ainda fazer com que ele faça alguém trazer o documento que
prove sua identificação até o local da abordagem, permanecendo a dúvida ou não sendo apresentado nenhum
documento o mesmo pode ser conduzido até a delegacia distrital para averiguação.

AMPARO LEGAL:
Artigo 68 da Lei das Contravenções Penais:
“Recusar à autoridade, quando for por esta justificadamente solicitado ou exigido, dados ou
indicações concernentes à própria identidade, estado civil, profissão, domicílio ou residência”.
PARÁGRAFO ÚNICO: “incorre na pena... quem, nas mesmas circunstancias, fez declarações
inverídicas de sua identidade pessoal, estado civil, profissão, domicílio ou residência”.

3.4 TÉCNICA UTILIZADA

O policial Militar procederá à identificação nos seguintes casos:

a) Reconhecimento - Quando precisa reconhecer uma pessoa.

28
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

b) Suspeita - Quando a pessoa emana suspeição de autoria de crime ou contravenção penal.

c) Infração - Quando a pessoa infringe as leis penais.

Obs. O policial ao verificar o documento de identidade deverá observar:

• Se o documento é de fato legal (de acordo com a lei vigente);


• Se o documento é autentico (não foi adulterado);
• Se o documento propõe oferecimento de prova que se deseja (se é suficiente).

4. IMUNIDADE DIPLOMÁTICA E PARLAMENTAR

4.1 IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

São privilégios atribuídos ao agente diplomático, cuja função é de intermediário entre o


governo de seu país e o governo junto ao qual é acreditado, ficando isento do cumprimento da lei nacional,
quanto aos seus atos pessoais.

4.1.1 DETENTORES DA IMUNIDADE DIPLOMÁTICA

1) Agentes Diplomáticos (Embaixadores, Legados, Núncios apostólicos, Embaixadores


extraordinários, Ministros Plenipotenciários, Internúncios, Ministros residentes e Encarregados de Negócios);
2) Soberanos e Chefes de Estado;
3) Pessoal, com caráter oficial, componente das delegações e embaixadas (Secretários,
Intérpretes, Conselheiros, Adidos Civis e Militares, Correios e Funcionários subalternos da administração);
4) Pessoal sem caráter oficial (familiares do diplomata ou dos funcionários e os
empregados no serviço doméstico – quando em exercício imediato da função; e)
5) Cônsules, quando investidos de missões diplomáticas especiais.

4.1.2 AÇÃO POLICIAL

O Policial Militar diante de ocorrência envolvendo pessoas possuidoras desta imunidade,


deve atentar para os seguintes procedimentos:
1) Respeitar a Imunidade Diplomática, que é absoluta;
2) Respeitar a inviolabilidade das embaixadas e legações, pois não se pode entrar
discricionariamente sem prévia autorização do diplomata (por princípio da cortesia internacional, a embaixada,
legações e navios de guerra, são considerados como se fora o próprio território do país amigo);
3) Respeitar a inviolabilidade do domicílio das pessoas que gozam de Imunidade Diplomática;
4) Respeitar a inviolabilidade dos objetos de propriedade do Diplomata ou destinados à
embaixada ou legação;
5) Em caso de homizio criminoso, na sede da embaixada ou legação, não adentrar na mesma
sem a autorização do Diplomata, ou de quem suas vezes fizer (em geral, o agente diplomático manda fazer a
entrega do delinquente ou facilita sua captura, tratando-se de crime comum; tratando-se, todavia, de crime
político, não é obrigado a entregá-lo); e
6) Dispensar tratamento condigno aos Diplomatas.

OBSERVAÇÃO: No caso de haver o Diplomata cometido um delito de qualquer natureza, cumpre


ao Policial Militar reunir os dados da ocorrência e efetuará a respectiva comunicação à autoridade competente; o
29
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

chefe de governo, se assim entender, e que tomará as providências que o caso comportar, junto ao governo
representado.

4.2 IMUNIDADE PARLAMENTAR

São privilégios atribuídos aos membros do Congresso Nacional, no tocante a


inviolabilidade no exercício do mandato, por suas opiniões, palavras ou voto. A Imunidade Parlamentar começa
a vigorar desde a expedição do diploma até a inauguração da legislação seguinte.

4.2.1 DETENTORES DA IMUNIDADE PARLAMENTAR

1) Senadores da República;
2) Deputados Federais; e
3) Deputados Estaduais, dentro do Estado em cuja Assembleia Legislativa exerçam o
mandato.

4.2.2 AÇÃO POLICIAL

O Policial Militar diante de ocorrência envolvendo pessoas possuidoras desta imunidade


deve atentar para os seguintes procedimentos:
1) Respeitar a inviolabilidade pessoal dos Senadores da República e Deputados Federais, em
qualquer parte do território nacional;
2) Respeitar a inviolabilidade dos Deputados Estaduais, dentro dos seus respectivos Estados;
3) Só efetuar a prisão de um representante do povo, em flagrante delito de crime inafiançável;
4) Não remover o preso do local e, sim, providenciar o comparecimento da Autoridade Policial
Judiciária;
5) Dispensar ao preso todas as garantias pessoais que se fizerem necessárias;
6) Tratando-se de crime afiançável, não efetuar a prisão em flagrante delito, limitando-se a
colher os dados necessários para a comunicação da ocorrência à autoridade Policial Judiciária.

OBSERVAÇÕES:
Para que um representante do povo seja processado criminalmente, deverá haver uma
autorização antecipada da câmara da qual fizer parte, ou da Assembleia Legislativa se for o caso.
Os Vereadores não gozam de Imunidade Parlamentar.
Suplente de Parlamentar não goza de Imunidade Parlamentar.

AMPARO LEGAL:
Artigo 53, parágrafo 1º, da Constituição Federal, sem eu Caput diz:
“Desde a expedição do diploma, os membros do congresso nacional não poderão ser
presos, salvo em flagrante delito, de crime inafiançável nem processados criminalmente, sem licença prévia de
sua casa.”

5. ESCOLTA

A atividade determinada à custódia de pessoas ou bens em permanência e/ou


deslocamento.
È o ato de conduzir sob custódia alguma coisa ou pessoa, de um local a outro, como medida de
prevenção, ou prevenção, a fim de se atingir os objetivos pré – estabelecidos.
Etimologicamente “Escolta” significa acompanhar em grupo para defender ou guardar.

30
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

5.1 SITUAÇÕES EM QUE AS ESCOLTAS SÃO REALIZADAS

- Prisão em flagrante Delito


- Requisição Judicial
- Mediante Ordem Superior
- Em atendimentos a solicitações

5.2 COMPETÊNCIA LEGAL

A Polícia Militar da Paraíba realiza escoltas de acordo com o artigo, inciso do Decreto Estadual nº
7505/77, que aprovou o Regulamento de Competências da Polícia Militar da Paraíba.

5.2 ALGUNS CONCEITOS

5.2.1 CONDUÇÃO
“È o ato, efeito ou meio de conduzir”.
É o ato de fazer apresentar a uma determinada autoridade, pessoa que se encontre presa ou sob
custódia.

5.2.2 CUSTÓDIA
È o ato de guardar, proteger, manter em segurança e sob vigilância algum bem ou pessoa que se
encontra apreendida, presa, detida ou sob cuidados especiais.

5.2.3 PRESO
Entende-se por preso o indivíduo que tem sua liberdade cerceada em razão de flagrante delito, ou
mediante ordem escrita de autoridade competente.
Os presos a serem recolhidos à prisão ou encarcerados poderão se encontrar nas seguintes
situações, à disposição da justiça:

- Preso em flagrante delito;


- Preso preventivamente ou provisoriamente;
- Preso em virtude de sentença de pronúncia, aguardando júri;
- Preso por sentença condenatória;
- Preso pela prática de crime militar próprio;
- Preso aguardando que a sentença transite em julgado.

A atenção para averiguação utilizada pelos organismos policiais deixou de existir com o advento
do artigo 5º, Inciso LXI, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1688, caracterizando-se tal prática
em abuso de autoridade, pois a Constituição só permite a prisão em caso de flagrante ou mandado judicial.

5.2.4 PRESO COMUM

Indivíduo condenado ou sujeito à condenação com reduzidas penas, e/ou em final de cumprimento
de pena, primário do ponto de vista dos antecedentes criminais, que possuí família radicada em local conhecido,
que presumivelmente pouco interesse tenha em fugir, e que também não esteja sob ameaça.

5.2.5 PRESO PERIGOSO

Delinquente condenado ou sujeito à condenação com penas rigorosas, e/ou contumaz reincidente,
reconhecido como violento, com disposição a causar problemas, nada tendo a perder tentando fugir, ou que
esteja sob ameaça de seus comparsas, de suas vítimas ou dos familiares destas; individuo que, pela sua
importância ou pelo que sabe, está passível de ser resgatado.

31
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

5.3 MEDIDAS QUE ANTECEDEM UMA ESCOLTA

5.3.1 ESTUDO DE SITUAÇÃO

a) Conhecer a missão;
b) Conhecer os fatores que influem ou poderão influir no cumprimento da missão;
c) Analisar as nossas forças;
d) Analisa fatores adversos;
e) Estabelecer as linhas de ação;
f) Analisar os recursos humanos;
g) Analisar meios disponíveis

5.3.2 LEGALIDADE DA AÇÃO

Uma das providências basilares que um policial deve adotar é verificar a legalidade de seus atos
antes de praticá-los.
As seguintes perguntas serão feitas:

- Houve requisição formal para a escolta?


- Existe solicitação para o transporte do preso, débil mental ou valores?
- Foi autorizado o atendimento pedido?
- Indivíduo a ser conduzido encontra-se legalmente preso?

5.4 ANÁLISE DA MISSÃO

As seguintes perguntas serão feitas:

- O que ou quem será escoltado?


- Para onde?
- Quando será executada a escolta?
- Com quem executará a missão?
- Como executar a missão?

5.5 DO PESSOAL A SER EMPENHADO NA OPERAÇÃO

A escolta deve ser sempre executada em vantagem numérica, com o efetivo de dois PMS para
cada preso, os quais devem estar armados e devidamente equipados e possuir alto grau de adestramento.

6. LINGUAGEM SILENCIOSA

Forma de comunicação realizada através de gestos codificados evitando a quebra do silêncio e


consequente denuncia da posição em operações que objetivam ações de surpresa ou aproximação tática.

Grupo usado para informação silenciosa e ou a distância em operações

Grupo usado para controle de formação de tropa

Grupo usado para incursão tática em ambientes hostis

32
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

Grupo usado para identificação de armamento em operações silenciosas e ou a distância

Grupo usado para informação e ou solicitação de meios

7. PROGRESSÃO NO TERRENO

Formas de avançar no terreno de áreas urbanas ou rurais inclusive de vegetação alta como matas
em situação de ocorrências de confronto ou tática utilizando das seguintes técnicas:

Rastejo – técnica de deslocamento com redução total de silueta (silueta zero) realizada com o
policial deitado com o peito voltado para o solo e se dá em três processos conforme manual de campanha.

Redução de silueta – Consiste em diminuir a superfície de acerto pela parte oposta permanecendo
em situação de combate a exemplo das posições de cócoras, sentado, deitado.

Mudança de ponto com rolamento lateral – Mudar o ponto com silueta zero rolando para uma das
laterais.

Lanço – Mudança de ponto de abrigo em processo acelerado fazendo as seguintes perguntas:


Para onde vou? Por onde vou? Quando vou? Como vou?

Engatinhar – Técnica de deslocamento com silueta reduzida. com quatro apoios.

Coberta – é a proteção que esconde visualmente o homem, mas não garante segurança balística.

Abrigo – é a proteção que oferece segurança balística e quase sempre das vistas inimigas.

Alto guardado – formação circular em ângulo de 360 graus que deixa os policiais em condições de
pronto emprego com respostas para todos os lados

Transposição de obstáculos (muro, cerca e domínio de muro)

8. PATRULHA POLICIAL

É uma força de pequeno efetivo com funções definidas, destacada para cumprir missões de
incursão, combate e segurança preventivas em eventos.

Incursão – é a operação de penetração em áreas de risco ou ambientes confinados dominados por


meliantes.

Combate – destina-se ao confronto em ações policiais com o emprego de técnicas e força.

Segurança preventiva – destina-se a prevenção de crimes e contravenções por meio de ações de


presença causando um efeito psicológico de segurança, comumente usadas em eventos de massa.

9. BARREIRAS

33
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

São contenções realizadas com o objetivo de fiscalizar, averiguar, checar documentação, prender
pessoas foragidas, recuperar veículos roubados, apreender veículos irregulares, provocar flagrantes de corpo de
delito como armas e drogas.

9.1 Barreira policial

É um bloqueio planejado com funções definidas de efetivo e meios necessários para controle de
uma via na realização de vistoria de veículos e documentos, busca em suspeitos, apreensão de drogas, armas e
outros ilícitos não obstante a realização de outras atividades como campanhas educativas de trânsito, segurança
pública e outras.

9.1.1 Planejamento
Deve-se levar em consideração o local e sua geografia, dia da semana, horário, o que se
pretende, tempo de duração, sinalização, segurança do ambiente, agente de trânsito, numero de policiais,
armamento disponível, ordem a patrulha (preleção).

9.1.2 Material necessário

- VIATURAS: para transporte de pessoal, evitar retração de veículos e perseguição após barreira
- CONES OU CAVALO DE FRISA: reduzir a velocidade na via
- RÁDIO TRANSCEPTOR: comunicação com a central e entre posições na barreira
- COLETES REFLEXIVOS: sinalização do ponto de bloqueio
- ARMAS LONGAS: demonstração de força e tiros de precisão
- LANTERNAS: sinalização e orientação
- CAMA De FAQUIR: impedir fuga de veículos
- APITO: sinalização e orientação
- MATERIAL COMPLEMENTAR: relação de foragidos, relação de telefones, mandados de prisão,
relação de veículos roubados, legislação de trânsito, pranchetas.

9.1.3 Esquema da barreira

9.1 Grampo policial militar

É o bloqueio de via pública por necessidade do serviço ou ocorrência policial, é uma ação
fracionada do plano de barreiras de uma Unidade operacional.

9.2 Blitz policial

Operação de trânsito voltada para abordagem e verificação de veículos e documentação de seus


condutores.

10. BATIDA POLICIAL

São operações policiais moveis com objetivo de apoiar o policiamento ordinário com ações de
presença e abordagens de pessoas, veículos e lugares suspeitos. Sempre realizada por viaturas de transporte
pessoal de efetivo reforçado ou com viaturas encarneiradas.

11. ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS

11.1 OCORRENCIA POLICIAL – é todo fato que, de qualquer forma, afete ou possa afetar a
ordem pública e que exija a intervenção da policia militar.

34
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

11.2 AÇÃO POLICIAL – é o desempenho isolado de frações ou grupo com autonomia para
cumprir ações rotineiras.

11.3 RELATÓRIO DE OCORRENCIA – é a descrição escrita e ordenada e mais ou menos


minuciosa daquilo que se viu e/ou observou, no desempenho da ação/operação policial militar.

11.4 ATUAÇÃO NO LOCAL DE CRIME – O empenho do policial militar em ocorrência policial se


por iniciativa própria ou por acionamento da central (CIOP/COPOM) o mesmo adotará as providencias abaixo
relacionadas conforme for necessário:

• Socorro a vitima;
• Identificação das partes e do delito;
• Prisão do criminoso ou diligencia para tal;
• Apreensão de instrumento e objetos usados para prática do delito;
• Arrolamento de testemunhas;
• Vigilância do local;
• Comunicação do fato à autoridade policial (delegado);
• Condução e apresentação das partes e testemunha a policia judiciária com o devido boletim
de ocorrência;
• Informar a central (durante e no desfecho)

12. CUSTÓDIA DE PRESOS EM HOSPITAIS

Quando encarregado dessa missão devemos tomar medidas preventivas para a guarda e
segurança do preso já que geralmente é preso de justiça e a responsabilidade é do custodiante.

• Conhecer as entradas e saídas do hospital como também as vias de fuga como janelas e
entradas de ar.
• Verificar as condições de funcionamento do armamento e equipamento(algema) antes de
assumir o serviço;
• Manter sempre que possível o custodiado algemado ou acorrentado;
• Não permitir que o preso perambule por salas e corredores do hospital;
• Só permitir visitas autorizadas e devidamente revistadas e identificadas;
• Não aceitar em hipótese alguma alimentação fornecida pelo preso ou familiar;
• Não manter relacionamento amistoso com o preso, pois poderá ser enganado pelo mesmo
tão logo perceba que conquistou a confiança do policiamento;
• Só liberar o custodiado mediante alta do médico identificado, e só entrega-lo a os policiais
da escolta devidamente reconhecidos.

13. OCORRÊNCIA ENVOLVENDO MENOR INFRATOR

Diuturnamente nos deparamos com ocorrências com menores onde devemos tomar uma
serie de precauções, já que existe uma lei especial para tratarmos estes casos, para isso devemos sempre que
for necessária a condução de menor infrator tomar os seguintes providencias:

• Só algemá-lo em caso de extrema necessidade;


• Não conduzir o menor em mala ou xadrez da viatura;
• Apreender objetos ligados ao delito;
• Preservar a imagem do acusado
• Conduzir a parte ofendida juntamente com as testemunhas e o infrator para delegacia
especializada;
• Elaborar o boletim de ocorrência.

35
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

14. EVENTOS DE MASSA (Comícios, Carreatas, Shows em via Pública, passeatas, etc).

Nos eventos desta natureza geralmente existe um planejamento já que são previstos,
porem é importante observar os seguinte itens:

• Balizamento do transito;
• Policiamento das vias de acesso e periferia do evento;
• Comunicação local via rádio;
• Setorização da área;
• Ponto base de viaturas;
• Serviço de informação.

15. CERCO POLICIAL – objetivo policial que tem por finalidade isolar e conter determinada área
ou edificação dando suporte para grupos de assaltos.

Este procedimento geralmente é usado quando se faz necessário o controle de uma


edificação usada para homizio de delinquente devendo-se tomar os seguintes procedimentos:

• Cobertura das vias de fuga (portas, janelas buracos etc.);


• Situação do terreno;
• Informações dos homiziados (quantos são, tipo de armamento, se estão com reféns, onde
estão na edificação);
• Se estão apoiados por moradores;
• Se há necessidade de solicitar reforço;
• Se dispõe de armamento e equipamento para atacar o objetivo;
• Legalidade da ação.

16. PROCEDIMENTOS EM TRANSPORTES DE VALORES – Em transportes de valores ou


cargas especiais como armamento deve-se tomar providencias idêntica a escolta de presos:

- Destacamento precursor
- Cuidados com infortúnios como caros de grande porte as margens ou estradas secundarias
da rodovia
- Carros suspeitos que se aproximam pela retaguarda do veiculo de escolta
- Travessias em cidades ao logo da rodovia
- Comunicação entre os veículos envolvidos na escolta
- Armamento de logo alcance
- Atiradores em locais privilegiados como elevações que possam investir contra a escolta
- Prévio conhecimento do local de destino da carga.

17. PROCEDIMENTOS COM SEGURANÇA DE AUTORIDADES – Em serviço de segurança de


autoridades caracterizado ou não se devem tomar os seguintes procedimentos:

16.1 QUANDO EM DESLOCAMENTOS:


- Destacamento precursor
- Cuidados com infortúnios como caros de grande porte as margens ou estradas secundarias
da rodovia
- Carros suspeitos que se aproximam pela retaguarda do veiculo de escolta ou de transporte
- Travessias em cidades ao logo da rodovia
36
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

- Comunicação entre os veículos envolvidos na escolta


- Armamento de logo alcance
- Atiradores em locais privilegiados como elevações que possam investir contra a escolta
- Uso de coletes pela autoridade quando necessário
- Contato prévio com o responsável ou informante do local de destino

16.2 EM AMBIENTES CONFINADOS (EDFICAÇÕES)

- Vitória antecipada do ambiente (explosivos, câmeras, pontos de escuta, armas)


- Elemento precursor
- Acompanhamento velado
- Observador (detectar elementos comportamentos estranhos)
- Estudo dos acesos e geografia do ambiente
- Identificação e controle de pessoas
-

18. ROUBO A BANCO – Sempre que a guarnição for acionada ou informada por qualquer meio
para roubo a banco, devesse tomar as seguintes providencias:

- Nunca parar a viatura de frente ao banco


- Realizar sempre uma preleção das ações com a guarnição no deslocamento
- Observar o movimento de entrada e saída da edificação
- Em contato com o vigilante observar se seu coldre esta com a arma e se estiver verifica se
a mesma está carregada como também o crachá do mesmo
- Usar anteparos na observação
- Verificar a existência de elemento externo agindo como observador ou apoio de fogo
- Verificar pessoas próximas ao local usando uniformes, fardas militares ou com estória
cobertura.
- Verificar a possível existência de veiculo de apoio nas proximidades.
- Caso os meliantes já tenham se evadido acionar o plano de barreiras
- Caso seja constatada a normalidade solicitar do gerente a declaração de atendimento de
ocorrência

IMPORTANTE: Os assaltos a banco quase sempre são planejados, e podem ter informações de
funcionários dos banco e até mesmo das instituições o que favorece a seus agentes facilidade em deslocamento
levando em consideração vias de acesso, horário e outro fatores, além de terem armamentos, equipamentos e
veículos apropriados para tal fim.

19. ASSISTÊNCIAS

É todo auxilio preliminar, eventual e não compulsório prestado pelo policia no socorro de
pessoa que dele necessita, e que na pode ser ignorado.
Obs. As circunstancias exigem imediato auxilio a fim de evitar e minimizar riscos e danos a
comunidade, podendo ser por iniciativa própria ou solicitação, gestos de civilidade e elegância repercutem
favoravelmente e devem ser praticados embora não constituam dever legal.

19.1 TIPOS DE ASSISTENCIA:

- Alienado mental

37
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

- Atendimento a parturiente
- Criança ou adolescente, perdido, fugido, extraviado ou abandonado.
- Pessoa ferida ou enferma
- Outras

Obs. Solicitação para atendimento de assistência é um meio utilizado por meliantes para atrair
policiais para emboscadas e pessoas comuns para serem roubadas.

20. CONFECÇÃO DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA POLICIAL

Boletim de ocorrência é o documento elaborado pelo policial a frente da ocorrência, onde


relata o ocorrido no transcurso do fato delituoso, dividi-se nos seguintes campos:

CABEÇALHO – Destinado aos dados oferecidos pela ocorrência e guarnição que atende-la

DATA
VIATURA DESLOCADA
COMANDANTE
HORA
ENDEREÇO SOLICITANTE
NATUREZA DA OCORRENCIA
LOCAL DA OCORRENCIA

PESSOAS ENVOLVIDAS – Campo destinado para qualificação das partes envolvidas na


ocorrência, ACUSADO e VITIMA.

NOME
ENDEREÇO (RUA, NUMERO, BAIRRO, CIDADE)
PROFISSÃO
DOCUMENTO (CPF/RG/CNH)
TELEFONE
IDADE

TESTEMUNHAS – Campo destinado à qualificação da(s) testemunha(s) do fato.


NOME
ENDEREÇO (RUA, NUMERO, BAIRRO, CIDADE,)
PROFISSÃO
DOCUMENTO (CPF/RG/CNH)
TELEFONE
IDADE

OBJETOS APREENDIDOS – Campo destinado à descrição dos objetos aprendidos.

ARMAS
DINHEIRO
JOIAS
PERTENCES DOS ENVOLVIDOS
PRODUTO(S) DO DELITO

RELATO MINUCIOSO – Destinado para descrição do acontecido (fato delituoso) dando referencia
a quem prendeu, porque prendeu, onde prendeu, com o que prendeu, a hora da prisão e do delito, o estado que
apresentou e a quem apresentou.

38
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação
Doutrina de Policiamento Ostensivo | Curso de Formação de Soldados

RODAPE - Destinado ao recebimento do boletim de ocorrência por parte da autoridade policial


(delegado), decrescendo o dia e a hora do recebimento, com nome legível, assinatura e matricula do recebedor.

21. MARCHA URBANA

Exercício regulado por nota que prever a aproximação do aluno com a comunidade executado em
uma manhã sem chuva com deslocamento rápido de tropa a pé na área urbana das cidades com o objetivo de
submeter a tropa a um exercício de rusticidade vivenciando as dificuldade geográficas, climáticas e privação de
água a alimento, em consequência o conhecimento das dificuldades de acesso, desigualdade social,
conhecimento das comunidades periféricas, crimes mais incidentes e limite de áreas e seus acidentes
geográficos

22. ATIVIDADE NOTURNA

Exercício prático regulado por nota no turno da noite que vai complementar o aprendizado da
pratica policial realizado com oficinas de instruções de camuflagem, orientação No terreno, sobrevivência em
áreas críticas e acuidade auditiva e visual, alem de exposição a resistência e ao frio em mananciais.

REFERENCIAS

1. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 05 de Outubro de


1988. São Paulo: Fisco e Contribuinte, 1988 135p.
2. PARAÍBA. Constituição do Estado da Paraíba: promulgada em 05 de Outubro de 1989. João
Pessoa: Grafset, 1989 193p.
3. MANUAL BÁSICO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO – Ministério do Exército – Estado
Maior do Exército – Inspetoria Geral das Policias Militares, João Pessoa, PB, 1990.

4. CHAVES, Euller de Assis (Cap). PMPB. Doutrina de Policiamento Ostensivo. João Pessoa,
PB, 2000. 108p.
5. CORRÊA, Ivon (Maj) PMDF. Manual de Policiamento Ostensivo Geral e Técnica Policial. 1.
Edição. Brasília: 1988.
6. MANUAL BÁSICO DE POLICIAMENTO OSTENSIVO – Polícia Militar de Minas Gerais.

39
Polícia Militar da Paraíba | Centro de Educação

Você também pode gostar