Resumo Np1 - Psicologia Jurídica
Resumo Np1 - Psicologia Jurídica
Resumo Np1 - Psicologia Jurídica
-A partir de uma lei em 1984, o profissional foi inserido no cenário jurídico através de
concurso público.
-Após um período, o psicólogo passou a ter uma nova atuação a partir da modificação
da subjetividade humana e novas leis.
-Com a criação do ECA, as crianças passam a ser vistas como pessoas com
direitos e a atuação do psicólogo é alterada. Antes, qualquer situação ia para o
mesmo lugar (FEBEM). Se a família não dava conta, o estado se propunha a ser tutor
para cuidar dessas crianças (essa era a propaganda). Com o ECA, dizemos que esta
parcela da população está em desenvolvimento e precisa de atendimento
diferenciado. Cria-se a fundação de proteção especial (aspectos sociais de
reinserção, identidade, expectativa de vida) e a fundação casa (como preparar a
criança diante do cenário de vulnerabilidade para ser absorvida por outra família ou
sair do cenário de vulnerabilidade e buscar alternativas para o desenvolvimento).
Família: Grupo de pessoas ligadas por emoções ou sangue – vivem juntas – padrões
de interação e histórias.
-Código civil colocava uma desigualdade em que o homem era dono da família
(quando casa, usa o nome do marido). Por questões físicas (aspecto biológico),
definem/legitimam que o homem é quem manda por ser forte (tem que ser forte,
agressivo).
-Antes, a lei do divórcio era para a minoria (a liberdade para massas). O homem pode
ter duas famílias, más tem que sustentar. Acaba não dando conta e o papel do homem
ainda é de provedor. Para dar conta disso, diz que a mulher tem direitos iguais com
a Constituição de 1988. O poder patriarcal passa a ser poder na família e ocorre uma
mudança na expectativa de gênero da mulher.
-Filho vira objeto de barganha no divórcio, não porque quer cuidar, mas porque
quer ganhar do conjugue.
-Antes, a guarda era da mulher. A mulher não permitiu o homem para cuidar, e hoje
tem processo contra o pai por abandono do filho. Não havia abertura para o homem
aprender a desenvolver esse papel.
-Hoje não há mais padrões estipulados do que homem e mulher fazem. Há um trânsito
entre os papéis.
-Confronto: agressão.
-Avaliação psicológica pericial: liga para ambas as partes e avisa que é o perito,
que o processo já está sendo encaminhado e qual o procedimento a ser seguido
(avisando os advogados). Agenda com cada um dos envolvidos um dia no fórum para
realizar entrevistas individuais (unilaterais / possibilidade de até 5 encontros, se
necessário), se necessário, conversa com ambos juntos (coletivas), entrevista lúdica,
aplicar testes ou outros recursos e medidas a serem tomadas, como visitar a casa
das pessoas envolvidas (ver dinâmica familiar e o processo relacional), visita na
escola (entrevistando professor, inspetor, diretor, ou quem for necessário), questionar
médicos.
-O principal cliente do psicólogo jurídico é o juiz. Precisa do psicólogo para que tome
uma decisão supostamente melhor.
-Perito: viu, tem a experiência sobre o assunto, reage de maneira mais fundamentada
(experiência pautada pela técnica). Não fala sobre o que viu ou ouviu, vai construir
uma informação sobre isso a partir de uma técnica (olhar apurado, refinado,
canalizado).
-Perito parcial: psicólogo perito contratado por uma das partes para realizar uma
avaliação psicológica (situação de litígio – disputa de guarda). Não significa que ele
vai defender esta parte (ser tendencioso), porque a principal função é garantir o direito
da criança (mantém uma imparcialidade – observar, avaliar e descrever o que viu
referente a uma técnica, não significa que o resultado será favorável àquela parte).
Pode ser chamado de assistente técnico quando é chamado para auxiliar o perito
imparcial, quando o juiz já nomeou o perito imparcial para fazer a avaliação (não pode
interferir na avaliação, mas pode conversar, discutir técnicas, fazer sugestões e
comentários).
-Perito imparcial: perito alocado no fórum, indicado pelo juiz (extrema confiança e
escolhido pelo juiz). Não é contratado por nenhuma das partes, não defende ninguém
e responde ao juiz. Se está no fórum e atende uma demanda do juiz, não acaba sendo
parcial? O que garante que não será parcial na avaliação dele?
-Perito pistoleiro: perito parcial (contratado por uma das partes), que investiga e
defende o que foi pago para investigar e defender. Por dinheiro, responde o que a
pessoa quer ouvir (investiga e descobre o que a pessoa tem de necessidade).
-Alienação é crime. Multa, perda do direito da guarda da criança. Para verificar, é feita
uma avaliação psicológica pericial, onde percebe o genitor emocionalmente doente.
-Depoimento sem danos ao adolescente: fala o que quiser sem ser culpabilizado.
-Foi aprovado que o processo tem que ser conciliação ou mediação de disputa no
litígio, por que foi levado ao judiciário.
-Os pais veem a situação como individual, sendo que há o envolvimento do 3º (filho).
-Alienação parental rompe com o título 1, artigo 4 do ECA: a criança tem primazia,
por que é considerada vulnerável, em desenvolvimento.
-Psicológica: todo ato, do qual, por uma questão de poder (assimétrica), cria-se
comportamentos de desvalidação, de diminuição do outro, causa danos na
autoestima. Desconstrói uma relação de segurança e desvalida comportamentos
básicos do outro. Chega um momento em que a pessoa toma a fala do outro como
verdade e reproduz essa fala de desvalidação. Então, o agressor se torna o salvador
(exemplo: “ele ainda me quer, mesmo eu sendo horrível”).
-Para mudar todo esse cenário de violência, é necessário educar a respeitar o outro.
Medidas protetivas
-Colocação em família substituta: a rede mais próxima que a criança tiver, caso os
pais sejam internados, por exemplo. É uma guarda temporária até que os pais tenham
condições mais rentáveis para reaver os filhos. Se não há família substituta, a criança
será abrigada (não pode exceder 2 anos, porém o prazo pode ser renovado – a cada
6 meses o abrigo elabora um relatório como está o estado da criança: convivência,
se a família visita). O processo ideal seria um atendimento psicossocial, mas
encontramos uma carência para dar conta do volume (o sistema não dá conta da
manutenção ou capacitar profissionais para trabalhar com isso).
-Adoção: Enquanto o poder familiar não for destituído, a criança não pode ser
adotada.
-Sempre prioriza convívio familiar e recuperação dos laços familiares por que
pressupomos que manter no ambiente familiar é um processo com menor dano do
que colocar em um local novo que exigirá adaptação. Destituição do poder familiar,
colocação em família substituta e adoção são as últimas medidas a serem tomadas.
Em casos de extrema vulnerabilidade e risco, o mais saudável é encaminhá-la para
família substituta ou adoção.
Violência cíclica
1ª fase: construção da tensão (violência psicológica, verbal).
4ª fase: lua de mel (comportamento muda, parece início de relação, até iniciar
novamente o ciclo).
-A repetição do ciclo fica cada vez mais intensa e generalizada. A agressão fica mais
intensa, potencializada.