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Desenvolvimento Da Fluncia Leitora PDF

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ORIENTAÇÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA FLUÊNCIA LEITORA NO

ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS

Os recentes estudos primam por um ensino da leitura numa perspectiva interativa, ou


seja, uma prática da leitura que considera o encontro de sujeitos: leitor e autor, mediados pelo
texto. “Essa concepção abre-se para o fato de que não há uma única maneira de abordar o
texto, e uma única maneira de interpretá-lo” (BARBOSA, SOUZA, 2006, p.19). De modo
que passa a considerar para a construção do sentido do texto, a experiência de vida dos alunos
(KLEIMAN, 2004).
A interpretação de um texto deve perpassar para além dos conhecimentos linguísticos,
é, portanto, “um processo que exige um trabalho de compreensão textual, tendo em vista seus
objetivos e seus conhecimentos sobre o assunto e o tema, o autor, a linguagem e a língua, o
gênero textual” (BRASIL, 2012, p.47). Nesse sentido corroboramos com Antunes (2003,
p.69) quando explicita a tríplice função envolvida no ato de ler: “o ler para informar-se, o ler
para deleitar-se e o ler para entender as particularidades da escrita”.
Vale salientar que dependendo das condições do texto e das funções pretendidas com
a leitura, o leitor irá acionar diferentes processos e estratégias. Essas estratégias em leitores
iniciantes não se apresentam prontamente, sendo necessário o desenvolvimento e
experimentação para que possam ser internalizada, pois constituem conhecimentos
necessários para compreensão leitora. Vejamos de forma sucinta as principais estratégias
utilizadas na atividade de leitura.
Traçar objetivos para a leitura
Os objetivos da leitura pelo professor ou aluno são essenciais para definir “como o
texto será lido e o que deve ser priorizado durante a leitura” (BRANDÃO, 2006, p.65). Sabe-
se que durante a leitura os objetivos pré-estabelecidos podem sofrer algumas mudanças ao
longo do processo, caso seja necessário. Essencialmente o leitor precisa ter clareza “em
relação a questões do tipo: por que vou ler esse texto? Ou, o que espero aprender, fazer ou
usufruir com a leitura desse texto? Vale lembrar também que buscar responder a essas
perguntas pode aumentar a motivação do leitor sobre o material a ser lido” (BRANDÃO,
2006, p.65).
Selecionar informações no texto
A referida estratégia solicita que o leitor foque sua atenção nas informações úteis,
procurando atender os objetivos pretendidos com determinada leitura. A seleção de
informações no texto é de extrema importância dado que a distinção entre o que é relevante e
suplementar auxilia o leitor o que deve guardar em sua memória, constituindo um todo
coerente do texto lido.
Ativar os conhecimentos prévios
A ativação dos conhecimentos prévios do leitor deve se desenvolver para além da
familiaridade com o tema; há a necessidade também do trabalho sobre: o autor do texto e
suas intenções, indagações acerca do portador do texto, características gráficas, formais e
linguísticas do gênero textual (KLEIMAN, 2004).
Antecipar sentido no texto
A habilidade de antecipação do texto possui estreita relação com a estratégia citada
anteriormente, no qual são ativados: as ideias, crenças, conhecimentos e experiências, os
quais fazem parte dos conhecimentos prévios do leitor, de modo, que auxiliarão hipóteses
pessoais que permitirão construção de “conexões entre o que lê e suas expectativas”
(BRANDÃO, 2006, p.67).
Elaborar inferências
A estratégia inferencial solicita do leitor que seja capaz de captar o que não foi dito de
forma explícita, de modo que recorra a pistas deixadas pelo autor, buscando relações entre
informações no texto e/ou conhecimentos prévios. Podemos perceber que a estratégia
inferencial possui maior complexidade, pois exige de crianças e adultos a capacidade de
construção de significados implícitos, diferente da localização de informações, pois estas se
apresentam explícitas no texto.
Avaliar e controlar a compreensão do texto
A dinâmica do processo da leitura envolve uma progressiva reflexão sobre o que se lê.
“Isso significa que, ao antecipar como o texto irá prosseguir, deve buscar comprovar ou
refutar suas suposições iniciais, modificando-as, descartando-as, ou construindo novas, à
medida que vai lendo” (BRANDÃO, 2006, p.68). Em algumas situações se faz necessário ler
mais de uma vez ou ainda buscar em outras fontes (dicionários, livros ou leitores experientes)
para auxiliar na compreensão do texto.
O professor como mediador do processo deve permitir situações variadas como:
realizar a leitura sendo um modelo de leitor, guiando a aprendizagem dos alunos e na
oportunidade explorar e orientar na compreensão dos textos. Tais momentos como estes
favorece que os leitores em formação percebam as estratégias as quais são acionadas no
momento da leitura. Desenvolver a compreensão leitora remete a vivências diversas de
práticas de leitura e suas diversas funções, experimentado o ato de ler, guiados por propósitos
variados e interagindo com diversos textos, autores e outros leitores ; utilizar e conhecer
gêneros textuais e saber sobre seu modo de produção, conhecer onde circulam e suas formas
de recepção; adquirir e ativar conhecimentos e poder usá-los para ler e compreender; e
desenvolver habilidades para agir nas situações em que ler é necessário (CEARÁ, 2014,
p.62).
De acordo com o que foi sucintamente abordado no presente documento, destacamos
o atual enfoque da leitura ao considerar a experiência do leitor, compreendendo assim que ler
é construir sentidos. Por fim, desenvolver habilidades de compreensão leitora suscita
momentos em que o aluno possui acesso a uma variedade de textos, conhecendo a utilidade
deste, os objetivos e domínio dos modos particulares da língua, criando situações favoráveis
para ler e conhecer o universo da cultura escrita. (CEARÁ, 2014)
Desta forma a Secretaria Municipal da Educação (SME) por meio do referido
documento apresenta uma discussão preliminar acerca da leitura, seguindo para uma
reflexão acerca da fluência em leitura, com sugestões de textos que podem ser utilizados
como material auxiliar no planejamento pedagógico.

FLUÊNCIA EM LEITURA

“Para que a criança ganhe autonomia em leitura e possa compreender o que lê, a
fluência é fundamental” (CEARÁ, 2014, p.62). Segundo Rasinki (2004) a fluência em leitura
é a capacidade de ler com precisão (decodificação com exatidão das palavras), automatismo
(reconhecimento de forma rápida/ velocidade das palavras do texto) e expressividade
(interpretação expressiva, ou seja, ritmo e entonação). Sendo assim, a consolidação dos
processos que envolvem a fluência possibilita que a criança compreenda o que está sendo
lido.
Como desenvolver a fluência
Quanto mais o estudante for incentivado a ler, conversar sobre textos e se familiarizar
com a cultura escrita mais desenvolverá a fluência e gosto pela leitura.
Desta forma, é importante que seja trabalhado, sistematicamente, com a precisão,
especialmente em palavras: com maior número de sílabas; com sílabas não canônicas; com
grafemas cujo valor varia de acordo com a posição na palavra (como o s em sapo, casa, lápis
e pássaro).
Como indicação de atividade sugere-se a leitura e análise dos elementos constituintes
da sílaba (separação de palavras em sílabas e análise de sua estrutura).
Para o automatismo e leitura expressiva é preciso criar situações significativas para a
leitura em voz alta, sempre antecedida pela leitura silenciosa. A leitura prévia é fundamental
porque permite a construção de um vocabulário mental e o desenvolvimento do automatismo
na leitura, possibilitando a fluência. Tanto a leitura silenciosa como a leitura em voz alta
colaboram para uma adequada segmentação sintática e a atenção aos elementos que conferem
expressividade à leitura, os quais contribuem para a compreensão do texto.
Quanto lê em voz alta, a concentração é facilitada, já que a leitura silenciosa pode
sofrer interferências de pensamentos alheios ao assunto tratado no texto.
Uma grande aliada do trabalho com fluência na escola é a leitura em voz alta, pois
permite ao aluno preparar-se para ler, ensaiar, compreender para comunicar e expressar a
outros um sentido. Ler para outras pessoas requer habilidade, concentração e
expressividade, ou seja, envolve entonação, ritmo e ênfase. Para Goodman (1986), a leitura
veloz está associada a uma alta compreensão.
Ler e reler não significa de modo algum repetir várias vezes o que se leu sem ver
sentido algum, apenas para tornar a leitura veloz e garantir fluência. O propósito dessa
atividade é favorecer a compreensão de modo a dar mais ênfase a determinados trechos ou
escolher o ritmo da narração.

Exemplo de variações para a leitura em voz alta:


1. O professor também poderá realizar com o grupo uma leitura em voz alta de
forma compartilhada, onde os alunos continuam a leitura já iniciada por um colega,
segundo a indicação do professor.
2. Outra estratégia é promover a leitura i n d i v i d u a l o u coletiva e em voz alta,
buscando desenvolver fluência leitora do grupo de acordo com aspectos de precisão
(decodificação de palavras), automatismo (velocidade) e expressividade (ritmo e
entonação).
Práticas de leitura que ajudam a desenvolver a fluência:
1. Leitura de palavras com silabas não canônicas – alguns estudantes têm dificuldade
em decodificar palavras compostas por determinadas silabas (gue, bru, etc.). O
mesmo pode ocorrer com palavras desconhecidas. Nesse caso, antes de propor a
leitura de um texto que contém palavras com essas características, sugere-se que o
professor as escreva no quadro, explique seu significado e faça a leitura das mesmas
com todos até que se tornem familiares.
2. Leituras repetidas – abrir espaço para a leitura repetida de um texto para a turma ou
um grupo de colegas e realizar leituras dirigidas de frase ou pequenas porções (por
exemplo: o título do livro ou texto que será lido). Como na prática anterior,
recomenda-se que o professor escreva o texto de forma que todos possam ler e
converse sobre o significado, antes de repetir a leitura com os alunos.
3. Leitura eco – o professor ou outro leitor fluente lê a frase ou um parágrafo de cada
vez, enquanto os estudantes acompanham com o dedo. Assim que o leitor fizer uma
pausa, todos repetem a leitura da mesma frase ou do parágrafo lido, indicando com o
dedo o que está lendo. Após a leitura eco, os estudantes fazem uma leitura coletiva
do texto inteiro.
4. Leitura de poesias, trovas, letras de canções, trava-línguas, parlendas – o professor
seleciona poesias, trovas, letras de canções, trava-línguas e parlendas para que os
alunos leiam em voz alta individualmente e/ou no coletivo.
5. Leitura dramatizada - cada estudante recebe uma cópia do roteiro para ler em voz
alta. Faz-se uma leitura coletiva do texto. Em seguida, ler diferentes partes do script.
A repetição ajuda no desenvolvimento da expressividade. Também pode ser
selecionado um texto com vários personagens. Solicita-se que cada estudante leia as
falas de um personagem usando a entonação adequada e observando como a
linguagem pode expressar o perfil de cada um (mais calmo, mais autoritário, mais
medroso...). Depois de ensaiar bem as falas, pode-se fazer a leitura dramatizada, com
a encenação do texto para a turma.
6. Telejornal, programa de rádio ou jornal falado – os estudantes devem preparar-se
para apresentar notícias como se fosse um telejornal ou noticiário de rádio. O
professor precisa ajudá-lo na seleção das notícias e no ensaio da apresentação.
7. Jogral - cada estudante é encarregado de ler um verso ou uma estrofe de um poema.
Para isso, devem ser incentivados a ensaiar bastante e caprichar na entonação e na
expressividade.
8. Leitura coletiva - leitura em grupo são estratégias eficazes para a promoção da
fluência porque os estudantes estão ativamente engajados e menos apreensivos com a
possibilidade de cometer um erro, o que geralmente ocorre quando realizam a leitura
em voz alta sozinhos.
9. Diálogos – os estudantes devem preparar-se para ler diálogos escritos por eles ou
extraídos de texto de outros autores. É uma variante do teatro.
10. Gravação da leitura do estudante - pode-se adotar esse procedimento para que, depois
da leitura, o mesmo possa analisar sua própria leitura, com a colaboração do
professor, as pausas, a pontuação e a entonação.
11. Modelo de leitura fluente – o professor é o modelo de leitura fluente e deve ler em
voz alta para os estudantes, muitas vezes e com grande expressividade. Mas deve
preparar-se para essa leitura. Pode também fazer leituras repetidas de um texto curto,
que deve ser registrado no quadro ou cartaz. Os estudantes também podem receber
uma cópia dele. Após a leitura, é importante verificar se os alunos notaram seu
comportamento de leitor fluente. São características de uma leitura fluente, por
exemplo, a capacidade de ler várias palavras juntas em uma respiração (fraseado), a
velocidade, a entonação (ênfase em determinadas palavras ou frases), o respeito a
pontuação.
12. Jogos – os jogos a seguir podem ajudar na automatização: palavra dentro de palavra,
troca-letra, batalha das palavras, caça rimas, transformando, palavra mágica.

AVALIAÇÃO DA LEITURA

De acordo com Solé (2008) podemos destacar alguns pontos relevantes no ensino e
avaliação da leitura
1. Aprender a ler significa aprender a ser ativo ante a leitura, ter objetivos para ela, se
auto-interrogar sobre o conteúdo e sobre a própria compreensão.
2. Aprender a ler significa também aprender a encontrar sentido e interesse na leitura.
3. Aprender a ler compreensivamente é uma condição necessária para poder aprender a
partir dos textos escritos.
4. Aprender a ler requer que se ensine a ler, e isso é um papel do professor.
5. Ensinar a ler é uma questão de compartilhar. Compartilhar objetivos, compartilhar
tarefas, compartilhar os significados construídos em torno deles.
6. Ensinar a ler exige a observação dos alunos e da própria intervenção, como requisitos
para estabelecer situações didáticas diferenciadas capazes de se adaptar à diversidade
inevitável da sala de aula.
7. É função do professor promover atividades significativas de leitura, bem como refletir,
planejar e avaliar a própria prática em torna da leitura.
Por fim, tais reflexões ora mencionadas suscitam a extrema relevância da ação do
professor aos leitores em formação quanto a sua compreensão leitora e da fluência, pois
entendemos que a leitura é uma competência indispensável ao desenvolvimento pleno do
estudante, podendo torná-lo de fato um cidadão, ou seja, capaz de interferir no ambiente em
que vive.
A seguir indicamos uma breve coletânea de textos que possuem a intenção de
oferecer um recurso a mais no ato de planejar e que auxiliarão no desenvolvimento da
compreensão e fluência leitora dos estudantes.
SUGESTÕES DE TEXTOS PARA DESENVOLVER FLUÊNCIA LEITORA

 2º ano do Ensino Fundamental

O PATO
ELIAS JOSÉ

O PATO PERTO DA PORTA O PATO


PERTO DA PIA
O PATO LONGE DA PATA
O PATO PIA QUE PIA.

O PATO LONGE DA PORTA O PATO


LONGE DA PIA
O PATO PERTO DA PATA
É UM PATO QUE NEM PIA.

A FADA DONDOCA
SYLVIA ORTHOF

A FADA DONDOCA ADORA GOIABA.


SÓ COME, NO ESCURO, GOIABA
MADURA...
- TENHO MEDO, TENHO NOJO DE VER BICHO DE GOIABA! PREFIRO
COMER DE NOITE, ASSIM NÃO ENXERGO NADA!

QUEM COCHICHA O RABO ESPICHA QUEM


CUTUCA
O RABO ENCURTA. VIVA EU, VIVA TU
VIVA O RABO DO TATU.
O RETRATO
MÁRIO QUINTANA

A MENINA GANHOU BONECA E


SAPATO, FOI LOGO TIRAR RETRATO.
O HOMEM RETRATISTA
ERA MESMO UM GRANDE
ARTISTA. DISSE À MENINA:
“NÃO SE MEXA PARA DEPOIS NÃO TER QUEIXA”.
E A MENINA, DURA E SEM
GRAÇA COMO SE FOSSE DE
MASSA!
ÖLHE PARA CÁ DIREITINHO,
VAI PASSAR UM PASSARINHO!”

VACA AMARELA
NÃO FOI PRA PANELA.
VACA MALHADA
SÓ FICA DEITADA.
VACA VIOLETA
É MEIO CAMBETA
VACA AZULÃO
AÍ JÁ É AVACALHAÇÃO.

TACHINHA
RICARDO AZEVEDO
É PEQUENININHA
REDONDA E BAIXINHA.
PARECE BOBINHA,
MAS É BEM BRAVINHA.
FAZ FURO A ESPERTINHA,
ESPETA A CHATINHA,
BELISCA A SANTINHA,
E NÃO PERDE A LINHA.
AS AVENTURAS DA PULGA
ELIAS JOSÉ
UMA PULGA NA PANÇA
DEU UM PULO, VIROU GANÇA
UMA PULGA NO PÉ
DEU UM PULO, VIROU CHULÉ.

UMA PULGA NO FOCINHO


DEU UM PULO, VIROU PORQUINHO.

UMA PULGA NO CAMBITO


DEU UM PULO, VIROU CABRITO.

UMA PULGA NA POUPANÇA


DEU UM PULO E FOI À FRANÇA

A FOLIA DO BOI BUMBÁ


Cleise Magalhães

LÁ VAI O BOI... E O BOI VEM! LÁ


VAI ABEL... E BIBI VEM!
LÁ FOI ABÍLIA... E MABEL VEM...
ABEL E BIBI:
É BAIÃO, É BAILE OU É BALÉ?
É O VAI E VEM DA FOLIA, MEU BEM.
NA FOLIA O BOI VAI E ELE VEM. O BOM DA FOLIA É O BOI. O
BOI BUMBÁ VAI... E ELE VEM!
OTÁVIO E O BEM-TE-VI
CLEISE C. MAGALHÃES

OTÁVIO VIVE NA VILA. NA VILA EM QUE OTÁVIO VIVE TEM UM TIME. O


TIME DA VILA TEM UMA BOLA. A BOLA DO TIME DA VILA É DE MEIA.
A VILA TEM UM VALE. A AVE VOA NO VALE DA VILA. A AVE QUE VOA NO
VALE DA VILA É O BEM-TE-VI. O BEM-TE-VI QUE É DO OTÁVIO.
OTÁVIO QUE VIVE NA VILA, QUE TEM UM TIME, QUE TEM UMA BOLA,
QUE É DE MEIA.
A BOLA BATE NA AVE QUE VOA. A BOLA BATE E ABATE O BEM-TE-VI QUE
VOA NO VALE. O BEM-TE-VI QUE É DO OTÁVIO QUE VIVE NA VILA, QUE
TEM UM TIME, QUE TEM UMA BOLA QUE É DE MEIA.

OS LOBOS
Maria Celeste Fernandes Leão

OS LOBOS VIVEM EM FAMÍLIA. A FAMÍLIA DOS LOBOS VIVE NA MATA. OS


LOBOS UIVAM, ELES UIVAM MUITO: AUUUUUUU... AUUUUUUUU
FÁBIO VAI ATÉ A MATA, FÁBIO NÃO VÊ OS LOBOS. ELE OUVE O UIVO DOS
LOBOS: AUUUUUUU... AUUUUUU...
FÁBIO TEM MEDO DOS LOBOS E VOLTA PARA A VILA. NA VILA FÁBIO VÊ
TIÃO E FALA: - TIÃO, NA MATA VIVEM MUITOS LOBOS.
- VIVEM, FÁBIO. OS LOBOS VIVEM LÁ.
- OS LOBOS TÊM MUITA FOME?
- ELES TÊM MUITA FOME, FALOU TIÃO.
- EU OUVI OS UIVOS DOS LOBOS NA MATA.
- FÁBIO, VOCÊ TEM MEDO DOS LOBOS?
- DOS LOBOS E DOS UIVOS DOS LOBOS. E VOCÊ, TIÃO?
A PANELA DE SOPA
Rosane Bassalo Siqueira Lima

PEPITA FAZ SOPA NO PANELÃO. NA SOPA PEPITA PÕE: BATATA, PEPINO,


AIPIM E PIMENTA.
A TAMPA DO PANELÃO TEM UM APITO. PIII... PIIII... APITA O PANELÃO!
PEPITA DÁ UM
PULO E FALA: - EPA! É O APITO DO PANELÃO DE SOPA.
ELA PÕE A PANELA DE SOPA NA PIA. PAULO VÊ A PANELA DE SOPA. ELE
FALA:
- OBA! EU AMO SOPA! PAULO PÕE SOPA NO POTE E TOMA TUDO.

A TUMBA DA MÚMIA
Silvana Menezes

MEIA NOITE! LÁ FOI O TÉO E SUA TURMA, ATÉ A TUMBA DA MÚMIA.


- EI, TÉO! VOCÊ NÃO FICA COM MEDO DA MÚMIA? MEU PAI FALOU
QUE A TAL MÚMIA FOI AVÔ DO AVÔ, DO AVÔ, DO AVÔ DO MEU AVÔ.
- ENTÃO VOCÊ É NETO DA MÚMIA? E NETO DE MÚMIA O QUE É? É MÚMIO
TAMBÉM?
- MÚMIO UMA OVA! NETO DE MÚMIA É MU... MU... MUITO VALENTE!
- NÃO MINTA, TÉO! VOCÊ É TÃO VALENTE QUE NÃO TEM MEDO DE NADA?
- EU NÃO TEMO A MÚMIA, TURMA!
- E O QUE VOCÊ TEME, LÉO? TÉO NÃO FALOU NADA. ELE OUVIU
TOC... TOC... A TURMA TODA OUVIU TAMBÉM. AI QUE MEDO!
- TÉO, VOCÊ AINDA NÃO TEM MEDO DE NADA?
- NÃO TEMAM AS BATIDAS NA TAMPA DA TUMBA, TURMA! A MÚMIA É
MEU AVÔ! E FOI ENTÃO QUE... A MEIA NOITE EM PONTO... PUMBA! A
TAMPA DA TUMBA
LEVANTOU! A TURMA TODA DEU NO PÉ! TÉO NÃO FOI. ELE, QUE É
VALENTE, VIU A TUMBA E FALOU - VOVÔ!
ASSIM ASSADO

ERA UMA VEZ...


UM URSO CHORÃO,
COITADO, ELE NUNCA SABIA A LIÇÃO.
ER UMA VEZ...
UM ELEFANTE DELICADO,
LEVOU UM BRONCA,
FICOU EMBURRADO.
ERA UMA VEZ...
UMA VELHA COROCA,
FOI PARA O JARDIM,
CONVERSAR COM A MINHOCA.
ERA UMA VEZ...
UM COELHO VALENTE,
ENTROU NUMA BRIGA,
FICOU SEM DENTE.
ERA UMA VEZ...
UM LEÃO VAIDOSO,
BATEU UM VENTO,
FICOU HORROROSO.
ERA UMA VEZ...
UM FILHOTE DE CASCAVEL,
SE DISTRAIU,
COMEU UM CHAPÉU.
ERA UMA VEZ ...
UMA CENTOPÉIA MALUQUINHA,
TINHA TRÊS CHINELOS,
SEIS SAPATOS E UMA BOTINHA.
ERA UMA VEZ...
UM GATO DIFERENTE,
COMIA REFRIGERANTE
E TOMAVA CACHORRO QUENTE.
BOLHAS

OLHA A BOLHA D’ÁGUA NO GALHO!


OLHA O ORVALHO!
OLHA A BOLHA DE VINHO NA ROLHA!
OLHA A ROLHA!
OLHA A BOLHA NA MÃO QUE TRABALHA!
OLHA A BOLHA DE SABÃO NA PONTA DA PALHA:
BRILHA, ESPELHA E SE ESPALHA.
OLHA A BOLHA.
OLHA A BOLHA QUE MOLHA A MÃO DO MENINO:
A BOLHA DA CHUVA DA CALHA!

A VASSOURA

A VASSOURA É DANADA
VARRE, VARRE, SEM PARAR.
ASSA BOLO E VARRE CASA
OUVE PÁSSARO ASSOBIAR.
RODA, PULA, ASSOBIA
PASSA ROUPA E LAVA A PIA.
ELA É MUITO ASSEADA
A VASSOURA É DANADA.
ZEBRINHA
WANIA AMARANTE

COITADA DA ZEBRA!
É TÃO POBREZINHA,
SÓ TEM UMA ROUPA
A COITADINHA!

DORME DE PIJAMA,
PIJAMA DE LISTRINHA,
E PASSA DIAS INTEIRO
VESTIDA DE PIJAMINHA.

QUE TAL A GENTE SE JUNTAR


FAZER UMA VAQUINHA
PRA COMPAR PRA ZEBRINHA
VESTIDO DE BOLINHA?

QUE HORTA!
TATIANA BELINKY

QUE HORTA GENIAL!


QUE HORTA DE ARTISTA!
COLHEITA ESPECIAL
PRODUÇÃO, NUNCA VISTA:
ERVICHOFRA E PALMIPOLHO
DEU NA HORTA DO ZIMPOLHO
RABAMATE E PEPIGRÃO
DEU NA HORTA DO ZIMPÃO
ESCABOLA E REPOBRINHA
CENOTATA BEM MIUDINHA,
E TAMBÉM BANACAXI
PERANCIA E MELAQUI,
MAMARANJA E AMEIREJA,
E AINDA, ORA VEJA,
ABORANGA E GOIANÁS!
DIZ AGORA, SE É CAPAZ,
DE QUE FRUTAS E VERDURAS
RESULTARAM TRAVESSURAS
COMO ESTAS QUE AQUI ESTÃO,
DE ZIMPOLHO E ZIMPÃO!
A PIPA
IARA SILVIA ANDRADE

BETO TEM UMA PIPA. A PIPA DE BETO É NOVA, ELA É MUITO


BONITA, ELA É MUITO LEVE. A PIPA É DE PAPEL FINO. ELA VOA... VOA...
ELA VOA NO VENTO.
LÁ NO ALTO A PIPA DÁ UMA VOLTA BONITA! BETO VÊ A PIPA.
BETO FALA:
- A PIPA É LINDA! A PIPA VOA SOZINHA! O VENTO LEVA A PIPA!
A VOLTA QUE A PIPA DÁ É MUITO BONITA

VOCÊ SABE?

CARTO GATINHO,
BEM PEQUENINO,
DE FRIO TRANSIDO,
MORTO DE FOME,
FOI RECOLHIDO
POR UM MENINO.

DEPOIS, UMA CACHORRINHA


O LAMBEU PARA ESQUENTAR.
E, SERVINDO DE MÃEZINHA,
FEZ QUESTÃO DE ALIMENTAR.

SÃO DOIS INSEPARAVEIS


E AMIGOS, DE FATO.
O BICHANO DE OLHOS SUAVES
NÃO SABE SE É CÃO OU GATO...
O QUE EU QUERIA SAVER
NINGUÉM PODE ME EXPLICAR:
QUANDO O GATINHO CRESCER
VAI LATIR OU VAI MIRAR?
O RELÓGIO
VINICIUS DE MORAES

PASSA, TEMPO, TIC-TAC


TIC-TAC, PASSA, HORA
CHEGA LOGO, TIC-TAC
TIC-TAC, E VAI-TE EMBORA
PASSA, TEMPO
BEM DEPRESSA
NÃO ATRASA
NÃO DEMORA
QUE JÁ ESTOU
MUITO CANSADO
JÁ PERDI
TODA A ALEGRIA
DE FAZER
MEU TIC-TAC
DIA E NOITE
NOITE E DIA
TIC-TAC
TIC-TAC
DIA E NOITE
NOITE E DIA
LEILÃO DE JARDIM
CECÍLIA MEIRELLES

QUEM ME COMPRA UM JARDIM DE FLORES?


BORBOLETAS DE MUITAS CORES,
LAVADEIRA E PASSARINHOS,
OVOS VERDES E AZUIS NOS NINHOS!

QUEM ME COMPRA ESTE CARACOL?


QUEMME COMPRA UM RAIO DE SOL?
UM LAGARTO ENTRE O MURO E A HERA?
UMA ESTÁTUA DE PRIMAVERA?

QUEM ME COMPRA ESTE FORMIGUEIRO?


E ESTE SAP, QUE É JARDINEIRO?
E A CIGARRA E ASUA CANÇÃO?
E O GRILINHO DENTRO DO CHÃO?

(ESTE É O MEU LEILÃO)


A CHÁCARA DO CHICO BOLACHA

CECÍLIA MEIRELES

NA CHÁCARA DO CHICO BOLACHA,


O QUE SE PROCURA
NUNCA SE ACHA!
QUANDO CHOVE MUITO,
O CHICO BRINCA DE BARCO,
PORQUE A CHÁCARA VIRA CHARCO.
QUANDO NÃO CHOVE NADA,
CHICO TRABALHA COM A ENXADA
E LOGO SE MACHUCA
E FICA DE MÃO INCHADA.
POR ISSO, COM O CHICO BOLACHA
O QUE SE PROCURA
NUNCA SE ACHA!
DIZEM QUE A CHÁCARA DO CHICO
SÓ TEM MESMO CHUCHU
E UM CACHORRO COXO
QUE SE CHAMA CAXAMBU.
OUTRAS COISAS NINGUÉM PROCURA,
PORQUE NÃO ACHA,
COITADO DO CHICO BOLACHA!
O MOSQUITO ESCREVE
CECÍLIA MEIRELES
O MOSQUITO PERNILONGO
TRANÇA AS PERNAS, FAZ UM M,
DEPOIS, TREME, TREME, TREME,
FAZ UM O BASTANTE OBLONGO,
FAZ UM S.
O MOSQUITO SOBE E DESCE.
COM ARTES QUE NINGUÉM VÊ,
FAZ UM Q,
FAZ UM U, E FAZ UM I.
ESTE MOSQUITO
ESQUISITO
CRUZA AS PATAS, FAZ UM T.
E AÍ,
SE ARREDONDA E FAZ OUTRO O,
MAIS BONITO.
OH!
JÁ NÃO É ANALFABETO,
ESSE INSETO,
POIS SABE ESCREVER SEU NOME.
MAS DEPOIS VAI PROCURAR
ALGUÉM QUE POSSA PICAR,
POIS ESCREVER CANSA,
NÃO É, CRIANÇA?
E ELE ESTÁ COM MUITA FOME.
 3º ano do Ensino Fundamental
GÊNERO PÁGINA FONTE
TÍTULO
A bailarina Poesia 09 Coletânea
João e Maria Conto de fadas 10 de textos
Hércules e o carreiro Fábula 11 Língua

Quem é a mula sem cabeça Lenda 15 Portuguesa


3º ano
Nesta rua Instrucional 18
PAIC+5
Balada do rei das sereias Poesia 20
Trava línguas Trava língua 22
O pasto Poema 23
O que é o amor? Narrativa 25
Teresinha de Jesus Letra de canção 27
Carta Carta 28
História em quadrinhos História Quadrinhos 33
Você é realmente único Texto explicativo 35
Bolo de milho Receita 38
Os músicos de Bremen Conto maravilhoso 46
Biografia Biografia 50

 4º ano do Ensino Fundamental


TÍTULO GÊNERO PÁGINA FONTE
Diário Diário 13 Coletânea
Bilboquê Regras de jogo 16 de textos
A princesa e o sapo Conto de fadas 18 Língua

Berço de dinossauro Noticias 20 Portuguesa


4º ano
Carta Carta 24
PAIC+5
Puxa que bruxa História em quadrinhos 28
Ali Babá e os 40 ladrões Contos maravilhosos 29
Vicente Van Gogh Biografia 32
A química da amizade Noticias 34
Reciclagem: respeito a vida Texto explicativo 37

 4º ano do Ensino Fundamental


TÍTULO GÊNERO PÁGINA FONTE
Acredito na rapaziada Letra de canção 38 Coletânea
Ano bissexto Texto explicativo 41 de textos
Entrevista Entrevista 45 Língua

Reportagem Reportagem 47 Portuguesa


4º ano
Severino faz chover Narrativa 49
PAIC+5
Jogo de boliche Regras de jogo 52

 5º ano do Ensino Fundamental


TÍTULO GÊNERO PÁGINA FONTE
Na minha escola todo mundo é igual Poesia 10 Coletânea
Cebolinha História em quadrinhos 13 de textos
Chapeuzinho Vermelho Conto de fadas 14 Língua

A onça e o saci Conto moderno 17 Portuguesa


5º ano
Leonardo da Vinci Biografia 21
PAIC+5
Por que as zebras são listradas Noticias 24
O casalzinho Crônica 26
Mutirão de soluções Reportagem 28
Pet: pra quê te quero Informativo 29
Barangandão arco-íris Instruções 37
Candido Portinari Biografia 38
Papagaio congelado Piada 48
Um curumin, um pajé e a lenda do Lenda 49
Ceará

REFERÊNCIAS
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Paulo, 2003.
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