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A Realidade Gnóstica

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1

Agradecimentos
A Jesus Cristo mentor e consumador da nosso fé e salvação, sem a qual nada poderíamos fazer.
Ao saudoso e inesquecível Pr. Germano Domingos Zucchi, pela sua vida, fonte de inspiração e
motivo de coragem, para que continuássemos.
Ao Pr. João Oliveira de Souza, um grande amigo e conselheiro.
À irmã Diva, pelas madrugadas de oração e clamor, intercedendo por esta obra, sempre com uma
palavra de conforto nos momentos difíceis.
Aos filhos Elienai e Liege, pela presença, compreensão e amor durante esta caminhada.
Aos irmãos Armin e Claudete, César, Arménio e Eléia, Darlei e Ezil os quais, desde o inicio, Deus
usou para que este livro se tornasse realidade.
Aos amigos e colaboradores Valberto, Abigail, Emane e Jaqueline, que surgiram durante a
caminhada e ajudaram grandemente na finalização deste escrito.
A todos irmãos que, de uma maneira ou outra estiveram orando, confortando e encorajando para
que, mais uma vez, a vida de Jesus Cristo fosse glorificada na Terra, através de suas grandiosas
operações no coração humano. Com amor cristão, Gilson e Eliane Deferrari

Prefácio
Foi me pedido para dizer uma palavra sobre o livro "A Realidade Gnóstica". Com prazer, aceitei. E,
depois de ter examinado esta valiosa obra que chega as suas mãos, tenho certeza que muito do que
aqui está registrado vai tocar profundamente sua alma, e até fazer você rever sua posição em relação
a prática religiosa.
Os irmãos Gilson e Eliane conseguiram reunir, além de seus testemunhos e experiências do outro
lado da linha, esclarecimentos através do texto bíblico que poderá servir para sua meditação e, com
este conhecimento, levar a outros ao verdadeiro caminho da salvação.
Naturalmente que é um assunto polémico e, porque não dizer, necessário em nossos dias, quando há
uma proliferação de falsos ensinadores, e falsa doutrinas tentando, através do engodo "religioso",
afastar o homem cada vez mais, do Verdadeiro e Único Deus, Criador dos Céus e da Terra.
Nem todas as pessoas que pensam ter conhecimento sobre o assunto (Gnose), estariam com tanta
clareza trazendo as afirmações aqui contidas, pois os autores desta obra viveram e conviveram com
este sistema avesso a Palavra de Deus, e os seus testemunhos são verdadeiros.
O casal Deferrari tem sido dedicados a Deus em suas atividades em nossa Igreja. Ele (Gilson), no
Departamento de Relações Públicas e outras atividades afins; ela (Eliane), como professora
dedicada aos adolescentes. Louvamos a Deus por suas vidas e ministério e também que, através
destes escritos, possam ser muito úteis ao Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Esperamos que este livro receba, da parte dos leitores e amantes da literatura, a melhor acolhida.
E assim, com grande alegria, recomendo esta excelente obra.
Pr. João Oliveira de Souza Líder da Assembleia de Deus
Passo Fundo. RS
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Introdução
Logo após nossa conversão ao cristianismo, começamos a ser solicitados por aqueles que sabiam
que o Senhor Jesus Cristo havia nos resgatado do gnosticismo, para compartilhar nosso testemunho
em suas igrejas evangélicas. De acordo com o tempo que nos era colocado a disposição, orávamos a
Deus para que pudéssemos fazer Sua vontade durante aquele período, que era sempre bem variado,
pois as vezes, era para somente um de nós testemunhar, outras vezes era ambos, indo até mesmo a
realização de seminários, com palestras durante todo um final de semana, onde sempre eram
abordados assuntos referentes ás várias ramificações da Nova Era além, é claro, do gnosticismo.
Ao término das palestras ou seminários, sempre éramos procurados por irmãos e irmãs interessados
em adquirir algum material gravado ou escrito, tais como apostilas, fitas, ou até mesmo, um livro,
pois alegavam conhecer alguém em sua família, no seu círculo de amizades ou em seus trabalhos,
que gostariam que soubessem de nossa experiência pois, de uma forma ou de outra, estas pessoas
estavam ligados a alguma das muitas ramificações da Nova Era. Diante da procura insistente,
passamos a orar a Deus, pedindo que Ele nos orientasse no sentido de que pudéssemos passar algum
subsídio aos irmãos, para ajudá-los em suas dificuldades. Deus, então, nos orientou a escrever um
livro, com o objetivo de alertar a nação evangélica para os perigos do gnosticismo no seio das
igrejas cristãs, e também, chamar a atenção dos gnósticos para o verdadeiro conhecimento, que só
encontramos na pessoa magnífica e única do Mestre Jesus Cristo, cujo amor excede todo o
entendimento (Efésios 2:19b), "em quem estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e da ciência"
(Colossenses 2:3). Porém, bastou iniciarmos a escrita, para iniciar, também, uma série de lutas.
Sugiram problemas de todos os lados, dos mais variados tipos, em quase todos os setores de nossas
vidas. Foram dias tnbulosos, difíceis. Quando já estávamos a ponto de desistirmos de tudo, Deus
usava um servo ou serva Sua, vindos dos mais variados lugares, para nos entregar poderosas e
reanimadoras mensagens. Seguíamos, então, firmes em frente, com nossos seminários e pesquisas, e
o livro foi tomando forma. Isto durou dois longos anos e meio. Durante este tempo, vimos o grande
amigo e incentivador, pastor Germano Domingos Zucchi, que nos acompanhou desde o início, ser
promovido as mansões celestiais. Era um sábado, dia 26 Out 96, às 15:30 horas, e estávamos
trabalhando no histórico do gnosticismo, quando um irmão chegou em nossa residência para dar o
aviso. Ele queria muito prefaciar o livro e vivia nos cobrando o término do mesmo. Porém, Deus
providenciou seu substituto, Pr. João Oliveira de Souza, que assumiu a liderança da Igreja em Passo
Fundo, tornando-se também nosso grande amigo e orientador, nos ajudando muito no término desta
obra, que hoje colocamos a sua disposição.
Deus, porém, sempre cuidou dos seus e desta vez, não foi diferente, pois durante este tempo podia
nos faltar tudo, menos aquilo que era necessário para que o livro seguisse em frente. Deus cuidou de
colocar em nosso caminho pessoas que foram fundamentais, nos ajudando nos momentos mais
difíceis. Também foi durante esta fase, que nós mais testemunhamos, nos mais diversos lugares, e
também foi o período que Ele, mais vezes, falou conosco, em toda nossa existência, tanto nos
confortando nos momentos difíceis, como mostrando a Sua vontade para com nossas vidas.
Damos graças por tudo que passamos, pois hoje podemos afirmar, como fez o apóstolo Paulo:
"Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou" (Romanos 8:37).
Vossos em Jesus Cristo,
Gilson e Eliane Deferrari

Sumário
01 Abandonando a Verdade - (Testemunho Gilson - Parte I).
02 Heresias.
03 Espiritismo-Histórico.
04 Espiritismo Conteporâneo.
05 Advertências Bíblicas Sobre o Espiritismo.
06 As Divisões do Espiritismo.
07 Histórico do Gnosticismo.
08 Divisão Humana Segundo o Gnosticismo.
09 Correntes Gnósticas.
10 Deus Começa a Agir- (Testemunho Gilson - Parte II).
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11 O Retorno do Pródigo-(Testemunho Gilson- Final).


Tributo ao Mestre.
12 Encontrei-me com o Cristo Verdadeiro (Testemunho Eliane - Parte I) .
13 Alicerces de Minha Vida com Jesus (Testemunho Eliane-Final).
O Meu Mestre.
14 Contestação Bíblica.
15 AosColossenses.
16 I Timóteo.
17 II Timóteo.
18 Tito.
19 II Pedro.
20 I, II e III João.
21 Judas.
22 Conclusão.
23 Introdução ao Esoterismo.
24 Movimento Gnóstico Cristão Universal.
25 Porque Existe a Procura Pelas Seitas Gnósticas.
26 Jesus, "O Cristo" ou Jesus Cristo.
27 As Armadilhas Satânicas Somente Podem Ser Vencidas Pelo Poder do Espírito Santo.
28 A Implantação da "Nova Ordem Mundial" ot^Nova Era".
29 E a Bíblia Sagrada, o Que Diz a Respeito do Futuro da Human.dade .
30 Epílogo.
A Excelsa Glória de Deus.
Bibliografia.

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abandonando a Verdade
Após vários anos servindo ao Senhor Jesus ativamente, encontrava-me na sala de minha casa,
ajoelhado, dizendo em lágrimas para Ele:
- Não quero mais Lhe servir. Não sou mais Seu servo. Eu Lhe sugeri que não deixasse minha vida
chegar onde chegou pedindo, inclusive, que me levasse antes e o Senhor não me atendeu. Não
pertenço mais ao Seu rebanho.
Havia chegado ao extremo de uma situação criada por mim mesmo. Disfarçadamente, pequenos
erros foram se repetindo em minha vida, até que se tornaram pecados e, há muito, já havia
interrompido a comunhão com o Criador e, por conseguinte, a alegria da salvação não existia mais.
O que eu cobrava de Jesus naquele momento, era o cumprimento de um pedido meu de que, se
algum dia houvesse o perigo de desviar-me dos Seus caminhos, Ele, então, que me levasse antes.
Este pedido, tal como uma procuração assinada e em branco, fora feito anos antes, por ocasião da
minha decisão de aceitá-Lo como meu Salvador pessoal, no momento em que minha vida foi
entregue, incondicionalmente, a Ele. Não fui atendido e a revolta pessoal foi inevitável.
Então, como disse Jó:
"O que eu temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu" (Jó 3:25).
A vida do homem é uma batalha constante, do berço à sepultura. O cristão, quando em comunhão
com Deus, desfruta de paz interior, mas exteriormente enfrenta conflitos constantes com o mundo e
contra as forças espirituais do mal que aqui habita. A Bíblia diz que "... a nossa luta não é contra o
sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Efésios 6:12), e nos adverte a
"sermos sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge
procurando alguém para devorar" (1 Pedro 5:8).
Havia fracassado na luta contra o dominador deste mundo, sendo devorado pelo "leão" e estava,
naquele momento, entregando minhas armas, em rendição ao inimigo contra o qual havia lutado
durante vários anos, que foi vencido para sempre por Jesus, lá no Calvário; inimigo este que, muitas
vezes, havia derrotado e expulsado em nome de Jesus Cristo, o poderoso Filho de Deus, Mestre ao
qual foi dado todo o poder no Céu e na Terra (Mateus 28:18), a quem eu servira e obedecera por
muito tempo.
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Levantei dali completamente mudado. Havia saído da presença de Deus para nunca mais voltar.
Minha vida assim, atingira o crítico estágio daqueles que abandonam as verdades divinas, assim
descritos pelo apóstolo Pedro:
"Portanto, depois de terem escapado as corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e
Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado
pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que,
conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o
que por um verdadeiro provérbio se diz: "O cão voltou ao seu próprio vómito, e a porca lavada ao
espojadouro de lama" (II Pedro 2:20-22).
Esta era minha situação. Estava pior do que antes de conhecer a Jesus Cristo.
Deste dia em diante, passei a trilhar, de vez, o caminho da perdição. Estava só, perdido, e sem
qualquer perspectiva na vida, perambulando pelo mundo, procurando viver a cada dia da melhor
forma possível. Desfiz-me dos discos e livros evangélicos que a muitos anos me acompanhavam,
dando-os ao meu irmão crente e a outros cristãos conhecidos. Minha Bíblia de Estudos não a dei,
pois fora um presente. Mas como não a queria e não a usaria mais, guardei-a num invólucro de
plástico bem fechado. E assim fiz com todo material evangélico, procurando então desfazer-me de
tudo o que fazia lembrar que um dia havia sido cristão. Porém, com o passar dos dias, começaram a
surgir muitos problemas, os quais, com o tempo, ao invés de resolverem-se, agravaram-se ainda
mais. Fui acometido de uma crise depressiva profunda. E agora, não havia mais a Mão Amiga de
Jesus que tanto me ajudara anteriormente.
Certa vez, estava já a alguns dias sem dormir, quando procurei ajuda médica, consultando um
profissional que me vira nascer, e expus-Ihe minha miserável situação. Ele ficou surpreso com o
estado em que me encontrava e, após conversarmos por longo tempo, receitou-me um anti-
depressivo muito forte, recomendando para que tomasse um comprimido ao deitar-me, mas que
tivesse cuidado, devido aos efeitos colaterais que o mesmo poderia causar, que não ingerisse, em
hipótese alguma, mais de uma cápsula por vez. Me orientou que fizesse isto por dois dias, e após,
retornasse ao seu consultório. Chegando em casa, tomei um comprimido ao deitar. Esperei um
pouco e, como o sono não vinha, tomei outro. Aguardei e nada. Não consegui adormecer. Então,
tomei outro, outro e outro... Cinco no total. E as pálpebras nem sequer pesaram. Não consegui
dormir. Senti a crise agravar-se, pois perdi o gosto e o encanto pela vida e sentia constantemente
uma amargura interior muito grande; o pensamento estava fixo somente na morte, na vontade de
cometer suicídio, de acabar com tudo. Estes pensamentos me acompanhavam a cada instante, a cada
momento da vida. Estava em um período existencial perigoso, onde não mais existia o amor próprio
e só pensava em resolver, da forma mais rápida possível tudo isso, pois vivia uma fase em que tudo
parecia dar errado. Era um pessimismo total, onde não enxergava, não vislumbrava qualquer tipo de
solução, mesmo que ela estivesse a minha frente, bem próxima. Pensava que a morte era a melhor e
mais fácil solução para sair dela. Esta situação foi muito bem definida no século passado, quando
um poeta mexicano definiu a depressão no seguinte verso, intitulado "Rir Chorando"1 : "Nada me
encanta, nada me atrai,
Não me interessa nome nem sorte.
Na depressão minha vida se vai,
E só espero que me leve a morte".
1
LA DEPRESIÓN - Cristo para todas las Naciones - Caracas - Venezuela - Pg. 5
É neste estágio que o deus deste século ceifa muitas almas, pois ele cega os entendimentos
daqueles que se perdem. Em II Coríntios 4:4, Paulo escreveu:
3 "Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto,
4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus."
Um colega de trabalho, observando a miserabilidade do meu estado, preocupou-se e, após
conversarmos e ter-lhe exposto minha precária situação pessoal, convidou-me a ir a um lugar onde
ele havia encontrado, segundo estava convicto, a solução para todos os seus problemas, tanto de
saúde, como existenciais e que, certamente, o mesmo aconteceria comigo. Aceitei o convite e
quando nos dirigíamos para lá, ele disse tratar-se de um templo de Quimbanda, da linha negra,
"coisa pesada", concluiu. Não me importei, pois, no estado em que me encontrava, qualquer coisa
servia. O que eu procurava, naquela linda manhã de verão, era, unicamente, solução para os meus
problemas. Nesta esperança, sentei-me a frente de um representante daquele lugar para ver, segundo
ele mesmo disse: "o que dizem as cartas". Eu estava lá com o firme propósito de ver se aquele
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senhor sabia alguma coisa ou não. Para tal, não dei-lhe qualquer informação a meu respeito, a não
ser meu nome, pois havia chegado a pouco tempo naquela cidade, e não nos conhecíamos.
Depois de pregar a Palavra de Deus durante muitos anos, de várias formas, nos mais diversos
lugares, até mesmo em outros países e ter levado muitos a Jesus Cristo, após ter ocupado vários
cargos na Igreja do Senhor, e Ele ter me usado para, em nome de Jesus, curar enfermos, expulsar
demónios estava ali, ansioso, para ouvir o que o meu, outrora, inimigo tinha para me falar, através
do seu mensageiro. Falei isto tudo para aquele senhor e vi estampado em seu rosto um imenso
sorriso de satisfação, quando ele então me disse:
- O Deus destas religiões não leva a nada. Você não é o primeiro ex-cristão que vem aqui. Outros
vieram antes de você, e alguns deles inclusive, se dizem cristãos ativos em suas igrejas.
Aquele senhor, então, colocou as cartas e começou a interpretá-las, relatando acontecimentos
pessoais, com riquezas de detalhes, inclusive, citando fatos relativos a minha infância. E eu, que
estava olhando firme para ele, para que não percebesse nenhuma reação de minha parte, fiquei
surpreso com tamanha "sabedoria". Nem de longe lembrei do segundo capítulo de Jó, o qual nos
prova Satanás é um ser pessoal, que sabe das coisas. A verdade é que, quando alguém fala algo
sobre nós, nosso passado, presente e, principalmente, sobre nosso futuro, ficamos deslumbrados e,
de uma forma geral, passamos, imediatamente, a nos interessar pelo assunto, querendo saber e ouvir
mais, não importando qual seja sua procedência. Comigo não foi diferente, até porque precisava de
direção para minha vida, viesse de onde fosse; necessitava e queria ouvir aquilo tudo. Senti-me
bem, e esperançoso, pensei: "Finalmente, uma luz brilhou na estrada escura em que estou".
Dai a passar a frequentar as "sessões" foi tudo muito rápido. Não só as frequentava, como também
passei a cultuar aos demónios, através de oferendas, e a tomar passes, momento em que eu recebia
"orientações", através das mensagens dos servos do demónio que, naquelas ocasiões, estavam
sempre incorporados a algum tipo de mensageiro do mal. No culto aos demónios, os exus recebem
vários nomes e atuam em vários lugares. Estes formam um exército numeroso e estão sob as ordens
diretas de Satanás, a quem adoram abertamente. A ele oferecem os sacrifícios mais sangrentos e
perversos. A Quimbanda e a Umbanda são semelhantes no tratamento aos demónios, pois em
ambas, eles são servidos, agradados e adorados, bem como em vários outros fatores. Porém, não são
iguais. Na Quimbanda, a predominância está no sangue, derramado por ocasião dos sacrifícios dos
animais. As cores de seus templos são o vermelho e o preto e eles tem uma frase peculiar, onde
afirmam: "Deus é bom, mas o diabo não é mau". Fazem o bem e o mal com a mesma intensidade
dizem, mas a prática mostra que são voltados mesmo é para fazer o mal, sob a desculpa de
"protegerem-se". É muito comum, por exemplo, ver-se nas sessões, pessoas sob a influência dos
exus, rasgarem com os dentes o pescoço de uma galinha, beberem o sangue e usarem pólvora pára,
simbolicamente, destruírem seus inimigos. Nestas sessões demoníacas, há exus protetores para toda
espécie de pessoas e, muita bebida (cachaça pura), que é consumida por seus adeptos, esta, também,
uma característica predominante na Umbanda.
E além disso, nasceu o interesse pela Astrologia, assunto do qual procurei aprofundar-me. No
início, o interesse era apenas para auto-conhecimento. Logo, porém, comecei a usar estes
conhecimentos com amigos, no setor de trabalho, família, enfim , a Astrologia exercia forte
influência em todos os setores da minha vida, bem como de todos que me rodeavam. As pessoas do
círculo de amizade, eram passadas pela "seleção do signo", para ver se combinávamos ou não e
quais os problemas que poderíamos vir a ter, pois aprendi a estudar as personalidades, segundo o
ponto de vista astrológico, e a fazer horóscopos, e também, o mapa astral de cada um. Passei a
"ajudar" as pessoas até mesmo em relacionamentos amorosos ou de amizade, usando, a combinação
dos signos e mapa astral. Devido aos conhecimentos adquiridos nesta área, muitas pessoas, quando
tinham problemas, me procuravam e eu ficava contente, pois achava que as estava ajudando. Porém,
mesmo com estes aprendizados e orientações, o vazio interior e os meus problemas continuavam.
Naqueles momentos em que me sentia bem, por pensar estar ajudando aos outros, perguntava
porque não conseguia ajudar a mim mesmo, e isto era frustrante. Por outro lado, era acometido de
fortes dores de cabeça que duravam, às vezes, até três dias. Resolvi consultar um feiticeiro muito
conhecido na cidade, por seus "milagres". Ele fazia uso da Hidromancia, ou seja, método de
adivinhar através da água, inclusive, doenças.
O método usado por ele era o seguinte: a pessoa, ao chegar lá, escrevia o nome, com o próprio
punho, em um pedaço de papel fornecido por ele. Logo após, ele colocava o papel com o nome,
embaixo de um copo com água e ficava girando o copo, observando e descrevendo para o paciente
o "diagnóstico". A seguir, se detectava alguma doença, prescrevia a receita.
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Meu diagnóstico: estava com problemas cardíacos e, se não tomasse sérios cuidados, não viveria
muito.
Logo nasceu, também, o interesse pela Hidromancia. Fiquei amigo daquele senhor e descobri que
ele realizava vários outros tipos de trabalhos. Sua fama era tanta que, diariamente, dezenas de
pessoas dirigiam-se a sua residência para "consultá-lo" Visitava-o seguidamente,
Abandonando a verdade pois havia ficado fascinado com tudo o que presenciara e queria saber
como ele havia conseguido aquele "poder". Com o tempo, contou-me a história de sua iniciação, a
qual incluíra até sacrifício de criança. Diante da minha surpresa pela riqueza dos macabros detalhes,
ele tranqúilizou-me dizendo que podemos conseguir tudo o que queremos nesta vida, mas há um
preço a pagar. Afirmou-me também que. no caso dele, ele não se importava se isto era de Deus ou
do Diabo: o que realmente importava é que ele havia conseguido o que queria.
A Bíblia Sagrada nos alerta para o fato de que Satanás também opera grandes sinais e prodígios.
Vejamos o que está escrito em: MATEUS 24:24 = "Porque surgirão falsos cristo e falsos profetas, e
farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos."
II TESSALONICENSES 2:9-10 = "A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o
poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem,
porque não receberam o amor de verdade para se salvarem."
APOCALIPSE 16:14 = "Porque são espíritos de demónios, que fazem prodígios; os quais vão ao
encontro dos reis de todo mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus
Todo-Poderoso." APOCALIPSE 19:20 = "E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que, diante
dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem.
Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre."
Uma pergunta, naturalmente, poderá surgir em sua mente agora:
"Mas como um outrora servo do Deus Altíssimo, pode chegar a tanto, a ponto de, consciente e
espontaneamente, jogar-se nas mãos de Satanás?"
A resposta está na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, quando Jesus nos diz que:
"Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não
achando, diz: Tornarei para minha casa, donde sai. E, chegando, acha-a varrida e adornada. Então
vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estágio
desse homem é pior do que o primeiro" (Lucas 11:24-26). Leia também Mateus 12: 43-45.
Esta é a situação daquele que deixa ao Senhor Jesus Cristo. O primeiro volta reforçado de "outros
sete espíritos piores do que ele." Aquele que desvia-se da verdade, faz coisas que, muitas vezes, os
ímpios (aqueles que não tem fé), são capazes de fazer.
Satanás faz isto para assegurar-se de que não vai mais perder aquelas almas, e também, por outros
motivos, entre os quais:
a) POR VINGANÇA: outrora este mesmo homem o enfrentou, o expulsou, exerceu poder sobre ele,
em nome de Jesus, seguido a orientação do próprio Mestre, registrada em Marcos 16:17:
"E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demónios falarão novas
línguas."
Agora então, aproveita a situação para vingar-se dele, humilhando-o diante de todos, até mesmo
perante aqueles que outrora o seguiam, para com isso, vencer a outros cristãos. E, na maioria das
vezes, consegue seu objetivo, pois dificilmente um servo de Jesus Cristo sai sozinho de Sua
presença. Geralmente, outros o seguem, causando isto um grande prejuízo para o Obra de Deus.
É bom estarmos ciente e preparados, pois lutamos contra um inimigo, que até mesmo arruina a
reputação de uma pessoa para conseguir atingir seus sujos propósitos.
b) POR SEGURANÇA: para ficar tranquilo, certificando-se de que aquele homem jamais voltará
para as mãos de Deus; que estará condenado juntamente com ele e seus anjos caídos pela eternidade
afora, mas que, enquanto estiver neste mundo, estará sob seu domínio, e portanto, em constante
revolta contra Deus.
Assim, aquele que antes era luz para o mundo, mergulha em trevas profundas, acorrentado pelo
deus deste mundo, o maligno, pois, segundo o Apóstolo João "... o mundo inteiro jaz no maligno" (\
João 5:19b).
Estas pessoas são os piores inimigos da Igreja do Senhor aqui na Terra. A história nos tem mostrado
isto, e, só para exemplificar, podemos citar o senhor Emmett Fox, um dos mais populares e
entendido professor da Nova Era que, antes de sê-lo, era um proeminente ministro
cristão.
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Como se não bastasse toda essa orientação que tinha, vi-me obrigado a fazer tratamento
psicológico, pois os períodos depressivos continuavam. As dores de cabeça, também faziam-se
presentes sempre, dando a impressão de que a cada dia eram mais intensas.
Resolvi, então, consultar um cardiologista, pois observei que quando fazia algum exercício físico
um pouco mais forçado, como jogar futebol (o que fazia regularmente), as dores pareciam
aumentar, de tal forma que já não praticava nenhum tipo de esporte, com o temor de ter alguma
lesão grave no cérebro ou algo parecido. O médico exigiu que eu fizesse um eletrocardiograma, que
fiz normalmente. Quando chegou o dia do resultado, o médico começou a fazer-me muitas
perguntas pessoais, tais como minha família como seria, quem seriam os parentes mais próximos,
endereços, etc. Notando que havia algo de errado, pois ele não revelava o resultado do exame,
insisti com ele, para que, se tivesse algo para dizer, falasse logo, uma vez que eu morava sozinho e
gostaria de saber o que estava acontecendo, pois não queria aborrecer minha família com más
notícias, se por ventura elas existissem. O doutor, com cautela e jeito, após muita insistência de
minha parte, falou:
- Precisamos confirmar com a realização de um "eletro com esforço" pois, segundo este exame já
realizado, você tem pouco tempo de vida. Eu quis saber quanto. E ele respondeu: - No máximo seis
meses, porém dependemos de confirmação. E marcou uma data, bem próxima, para ser realizado o
outro exame.
Saí do consultório médico naquela tarde ensolarada e sentei-me no meio-fio da calçada e, sem me
importar com as pessoas que passavam, pensei: "Seis meses. Tenho apenas seis meses de vida pela
frente. Não vou nem mesmo chegar a completar trinta anos". Fiquei ali, com olhar perdido no vazio,
decidindo o que iria fazer, a quem falaria, quais as atitudes a serem tomadas, enfim, como seriam
meus últimos meses de vida.
É curioso como nós, muitas vezes, falamos que não tememos a morte, mas quando nos deparamos
com ela ou sabemos que vamos nos deparar em breve, as coisas mudam completamente, pois o ser
humano sem Deus nunca está preparado para morrer, devido a incerteza existeiíte quanto ao que
encontraremos do "lado de lá".
Pensei em tudo que faria, decidi não fazer outro eletro, até mesmo porque já havia o "diagnóstico"
do feiticeiro. Para mim, não restavam dúvidas, descartando assim, qualquer necessidade de
confirmações, as quais julguei perda de tempo. E tempo era o que eu não possuía. Quanto a minha
família, optei por contar somente ao meu irmão caçula e quanto a minha vida resolvi vivê-la
intensamente, como se cada dia fosse o último. Mas, e a minha alma? Bem, quando estava nas mãos
de Deus, tinha a plena convicção de que iria morar nos Céus, que estaria para sempre com Jesus.
Porém, agora minhas convicções eram outras. Em nenhum momento sequer, passou pela minha
mente a vontade de preparar-me para o encontro com Deus, promessa esta exclusiva para "aqueles
que crerem e forem balizados" (Marcos 16:16a). Além de estar distante de Deus, encontrava-me
com o coração endurecido, sentia-me preso pelas cadeias de Satanás, a tal ponto que, nem mesmo
um aviso como este fez com que, sequer pensasse em lembrar ou mesmo, voltar-me para Deus.
Conforme decidi, assim fiz. Falei com meu irmão, pedi-lhe que me ajudasse, mas que não falasse
nada para nossos pais, pois não gostaria de vê-los sofrer. Passei, então, a viver da melhor forma
possível, procurando ser cuidadoso com tudo e com todos, tentando deixar uma imagem que, após
minha partida, permanecesse como uma boa recordação. Nas outras situações da minha vida,
continuei agindo da mesma forma, só que da maneira mais intensa possível.
A verdade porém, é que estava só, longe do Senhor, sem vislumbrar qualquer boa perspectiva para
esta ou para a vida futura.
Não havia esperança. A Verdade genuína que um dia havia aceito para libertação dos pecados, tinha
sido deixada de lado. Aquele "que se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade" (João
1:14), e que um dia ensinou que "conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32), não
era mais meu mestre.
Eu O havia abandonado.
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Heresias
O termo heresia deriva-se da palavra grega "airesis" e significa "escolha, seleção ou preferência",
ou seja, indica, basicamente "selecionar uma doutrina ou uma atividade". Dai que surgiu a palavra
seita, que podemos definir como romper ou separar.
Heresia significa, segundo o ponto de vista cristão, o indivíduo ou grupo que afasta-se da Palavra de
Deus e adota e divulga suas próprias ideias e filosofias ou as de outrem, em matéria de dogmas
religiosos. Em resumo, é o abandono da verdade. Hoje é conhecido o uso do termo "seitas
heréticas", para melhor ser analisado o tema.
Na Bíblia Sagrada, encontramos a termo "airesis", no original, em Atos 5:17; 15:5; 24:5; 26:5 e
28:22.
Já o termo "heresia", é descrito em Atos 24:14; Gálatas 5:20; 2 Pedro 2:1.
Existe muita confusão quanto a definição do que é religião e o que é uma seita herética. As
diferenças são inúmeras, mas na Bíblia Sagrada, encontra-se a principal delas, aquela que, quando
colocada em prática, dirimi qualquer dúvida:
Religião: "Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em
carne é de Deus" (I João 4:2).
Seita: "E todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o
espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo" (I
João 4:3).
Para poder entender o fenómeno das seitas heréticas, temos que entender a natureza do engano por
elas ensinado. As seitas costumam esconder seu mal, com bons motivos, com aparências benignas,
com coisas que, aparentemente, nos parecem boas, inofensivas. Seus caminhos parecem bons, mas a
Bíblia nos alerta que "existem caminhos que parecem direito ao homem, mas o seu fim conduz a
morte" (Provérbios 16:25).
O surgimento e expansão das heresias no mundo é sinal dos últimos tempos. A Bíblia Sagrada nos
alerta para isto, quando em I Timóteo 4:1-2 e em II Pedro 2:1-3 nos diz que:
"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos
a espíritos enganadores, e a doutrinas de demónios; Pela hipocrisia de homens falam mentiras,
tendo cauterizada a sua própria consciência;
Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis, e para
os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles como ações de graças;
Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de
graças" (I Timóteo 4:1-2).
"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores que
introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo
sobre si mesmos repentina perdição.
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelas quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será
tardia a sentença, e a sua perdição não dormita"'(II Pedro 2:1-3).
Porém, dentre todas as heresias existentes, destaca-se o Espiritismo, do qual derivam-se as demais,
tendo em comum a crença na reencarnação, principal teoria criada e divulgada pelo espiritismo,
embora estas estejam espalhadas sob os mais diversos nomes.

3
Espiritismo
HISTÓRICO
O Espiritismo é o maior, mais antigo e ilusório embuste existente; tão antigo quanto a humanidade e
que vai perdurar ainda, até o Juízo Final, desentoem Apocalipse 20:11-15.
Os seguidores do espiritismo, embora tentem passar a ideia de que aceitam a Bíblia como a Palavra
de Deus, na verdade não a aceitam como autoridade única de prática de vida, fé e doutrina;
desobedecem aos mandamentos de Deus, de Jesus e dos apóstolos nela contidos. As bases do
espiritismo (o consultar os mortos, a reencarnação), são falsas e contraditórias a Deus; o que
9

ensinam a respeito de Jesus Cristo é anti-cristão e oferecem ao povo um meio de salvação ilusório e
fraudulento, segundo o qual afirmam só poder ser conseguido através do aperfeiçoamento do ser
humano, pela evolução espiritual, adquirida pelo homem somente através do sofrimento e da prática
de boas obras (filantropia), enquanto que a Bíblia está escrito, em Tito 3:4-6:
4 "Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador e o seu amor para com os homens,
5 não em virtude de obras de justiça que nós houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia,
nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação pelo Espírito Santo,
6 que ele derramou abundantemente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador."
Por estas razões, não querem que ninguém leia a Bíblia (embora não o afirmem abertamente) e
tentam desacreditá-la, usando-a somente peça decorativa, colocando nas mãos de seus adeptos um
outro livro, conhecido como "O Evangelho Segundo o Espiritismo", livro este que, como tantos
outros que servem de base às seitas heréticas, e que contém até mesmo alguns textos copiados da
Bíblia Sagrada, às vezes de forma errada a fim de atingirem seus objetivos, textos estes que, é claro,
não incluem os mandamentos bíblicos que condenam suas doutrinas.
Na verdade, suas doutrinas e crenças provém de supostas revelações mediúnicas, as quais, afirmam,
são enviadas pelos "espíritos" através dos médiuns.

ATRAVÉS DOS TEMPOS


Segunda a Bíblia Sagrada, a primeira sessão espírita realizou-se no Jardim do Éden, onde Satanás
incorporou na serpente e atuou como médium, para tentar e enganar Eva e, através dela, Adão,
desobedecendo assim ás ordens de Deus (Génesis 3:1-6), causando a queda do homem e entrando
então o pecado no mundo. Desde então, o espiritismo passou a ser praticado ininterruptamente
através dos tempos, como veremos a seguir:
- NO EGITO = Entre as principais características da religião praticada no Egito nos tempos antigos,
está a volta da alma (reencarnação) ao mesmo corpo, em épocas diferentes.
- NA BABILÓNIA = Proliferou-se livremente, como nos mostra a história e a Arqueologia.
- CANANEUS = Juntamente com os Egípcios, nos diz a Bíblia que estas práticas eram comuns
(Deuteronômio 18:9-14; I Samuel 28:1-15).
- NA GRÉCIA = Os gregos tinham o costume de consultar oráculos (lugares onde só se tratavam
de adivinhações). Pitágoras (580-500 A.C.) cria e divulga a metempsicose, que é a transmigração da
alma de um corpo para outro (reencarnação) e, entre suas várias afirmações, encontramos a que diz
que os astros são deuses".
- NA ITÁLIA = Entre os romanos, a prática de consultar os mortos era bastante comum. As Sibilas,
lendárias sacerdotisas de Apolo, viviam na Sicília e eram médiuns respeitadas na sua época, pois
prediziam o futuro, a ponto do próprio Alexandre Magno consultar uma dessas sacerdotisas, antes
de partir para a conquista do mundo.
Durante a idade média, houve uma verdadeira proliferação de feiticeiros e bruxos. Muitos deles
foram queimados na fogueira da Inquisição, que iniciou em 1184 e foi até 1808, quando houveram
incontáveis torturas e mortes que rondaram o mundo católico, fazendo mais de 68 milhões de
vítimas.
Podemos observar que, em algumas épocas com mais, em outras com menos intensidade, com seus
praticantes ou adeptos usando os mais diversos nomes, tais como adivinhos, feiticeiros, bruxos,
pitonisas, magos, feiticeiros, prognosticadores, encantadores, necromantes e outros mais, Satanás
nunca, durante os séculos, deixou de usar as bases e práticas espíritas na humanidade, pois ele vem,
na verdade, através dos tempos, aperfeiçoando seu plano, que é o plano final para com a
humanidade, para colocá-lo em prática com toda sua intensidade agora, nos últimos dias da Igreja
aqui na terra, finalizando-o após o arrebatamento da Igreja, com o reinado temporário do Anticristo
sobre a terra.
Jesus Cristo sabendo que os cristãos enfrentariam estes dias, deixou-nos o recado, registrado em
Lucas 21:28:
"Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças,
porque a vossa redenção está aproxima."
NO ANTIGO TESTAMENTO
Por todo o Antigo Testamento, as bases espíritas eram muito difundidas entre as nações vizinhas de
Israel. Por causa destas práticas contaminavam também os judeus. Israel rompia constantemente a
Aliança com Deus, sendo, por conseguinte, expulsos de sua terra, tomando-se escravos de outras
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nações, de onde só voltavam quando a comunhão com Deus era refeita. Por causa disso, eles
andaram errantes, sem pátria até o ano de 1948 quando, finalmente, foi fundado o Estado de Israel.
Dois destes erros queremos relatar aqui através das respectivas passagens bíblicas registradas no
Antigo Testamento. Uma delas, é o caso de Saul, é muito citada pelos adeptos do espiritismo como,
segundo eles, uma "aprovação bíblica às suas práticas".
Observe atentamente os seguintes textos bíblicos: -I SAMUEL 28:3-20:
03 "E já Samuel era morto, e todo o Israel o tinha chorado, e o tinha sepultado em Rama, que era a
sua cidade; e Saul tinha desterrado os adivinhos e os encantadores.
04 E ajuntaram-se os filisteus, e vieram, e acamparam-se em Suném; e ajuntou Saul a todo o Israel,
e se acamparam em Gilboa.
05 E, vendo Saul o arraial dos filisteus, temeu, e estremeceu muito o seu coração.
06 E perguntou Saul ao Senhor, porém o Senhor lhe não respondeu, nem por sonhos, nem por
Urim, nem por profetas.
07 Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o espírito de feiticeira, para
que vá a ela e a consulte. E os seus criados lhe disseram: Eis que em Endor há uma mulher que tem
o espírito de adivinhar.
08 E Saul se disfarçou e vestiu outros vestidos, e foi ele e com ele dois homens, e de noite vieram à
mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo espírito de feiticeira, e me faças subir a que eu te
disser.
09 Então a mulher lhe disse: Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os
adivinhos e os encantadores: por que, pois, me armas um laço à minha vida, para me fazer matar?
10 Então Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo: Vive o Senhor, que nenhum mal te sobrevirá por
isso.
11 A mulher então lhe disse: A quem te farei subir? E disse ele:
Faze-me subir Samuel.
12 Vendo pois a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher falou a Saul, dizendo: Por que me
tens enganado? pois tu rftesmó és Saul.
13 E o rei lhe disse: Não temas: porém que é o que vês? Então a mulher disse a Saul: Vejo deuses
que sobem da terra.
14 E lhe disse: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião, e está envolto
numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e se prostrou.
15 Samuel disse a Saul: Por que me desinquietaste, fazendo-me subir? Então disse Saul: Mui
angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se tem desviado de mim, e não
me responde mais, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para
que me faças saber o que hei de fazer.
16 Então disse Samuel: Por que pois a mim me perguntas, visto que o Senhor te tem desamparado, e
se tem feito teu inimigo?
17 Porque o Senhor tem feito para contigo como pela minha boca te disse, e tem rasgado o reino da
tua mão, e o tem dado ao teu companheiro Davi.
18 Como tu não deste ouvidos à voz do Senhor, e não executaste o fervor da sua ira contra
Amaleque, por isso o Senhor te fez hoje isto.
19 E o Senhor entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos
estareis comigo; e o arraial de Israel o Senhor entregará na mão dos filisteus.
20 E imediatamente Saul caiu estendido por terra, e grandemente temeu por causa daquelas palavras
de Samuel: e não houve força nele; porque não tinha comido pão todo aquele dia e toda aquela
noite."
- I CRÓNICAS 10:1-14:
01 "E os filisteus pelejaram com Israel: e os homens de Israel fugiram de diante dos filisteus, e
caíram feridos nas montanhas de Gilboa.
02 E os filisteus, apertaram com Saul e com seus filhos, e feriram os filisteus a Jônatas, e a
Abinadabe, e a Malquisua, filhos de Saul.
03 E a peleja se agravou contra Saul, e os frecheiros o acharam: e temeu muito aos frecheiros.
04 Então disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada, e atravessa-me com ela; para que
porventura não venham estes incircuncisos e escarneçam de mim. Porém o seu escudeiro não quis,
porque temia muito; então tomou Saul a espada, e se lançou sobre ela.
05 Vendo pois o seu escudeiro que Saul estava morto, também ele se lançou sobre a espada, e
morreu.
11

06 Assim morreram Saul e seus três filhos; e toda a sua casa morreu juntamente.
07 E, vendo todos os homens de Israel, que estavam no vale, que haviam fugido, e que Saul e seus
filhos eram mortos, deixaram as suas cidades, e fugiram: então vieram os filisteus, e habitaram
nelas.
08 E sucedeu que, no dia seguinte, vindo os filisteus a despojar os mortos, acharam a Saul e a seus
filhos estirados nas montanhas nas montanhas de Gilboa.
09 E o despojaram, e tomaram a sua cabeça e as suas armas, e as enviaram pela terra dos filisteus
em redor, para o anunciarem a seus ídolos e ao povo.
10 E puseram as suas armas na casa do seu deus, e a sua cabeça fixaram na casa de Dagom.
11 Ouvindo pois toda a Jabes de Gileade tudo quanto os filisteus fizeram a Saul.
12 Então todos os homens belicosos se levantaram, e tomaram o corpo de Saul, e os corpos de seus
filhos, e trouxeram a Jabez; e sepultaram os seus ossos debaixo dum carvalho em Jabez, e jejuaram
sete dias.
13 Assim morreu Saul por causa da sua transgressão com que transgrediu contra o Senhor, a qual
não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar.
14 E não buscou ao Senhor, pelo que o matou, e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé."
Muitas fraudes foram flagradas no decorrer da história em sessões espíritas. Porém, nem sempre
estas seções são uma farsa. Ás vezes, elas realmente acontecem, mas não são da parte de Deus. O
que ocorre são manifestações demoníacas, com espíritos do mal personificando pessoas falecidas.
Muitas vezes, trata-se da manifestação dos espíritos familiares, citados em Isaías 8:19. Estes
demónios atuam em família, são aparentemente calmos e usam características fisionómicas da
pessoa falecida, além do nome, os gestos e a voz e até mesmo a caligrafia, para melhor e mais
rápido conseguirem enganar as pessoas.
Em uma simples análise dos textos bíblicos acima, observamos que Saul, quando foi consultar-se
com a feiticeira de En-Dor, já havia sido reprovado e saído da presença de Deus, não conseguindo
resposta de Deus de forma nenhuma (I Samuel 28:6). Este mesmo Saul, que havia perseguido e
expulsado os espíritas de sua terra, quando ele era fiel a Deus, agora foi procurar um de seus antigos
inimigos, no caso a feiticeira, para pedir-lhe ajuda. Ora, se Deus não lhe respondeu "nem por
sonhos, nem por Urim, nem por profetas", porque lhe responderia logo por uma feiticeira? Deus
sempre abominou tais práticas e Sua ordem no Antigo Testamento era para que não deixasse
nenhuma viva (Êxodo 22:18).
E Ele era e é imutável.
"Pois eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos" (Malaquias 3:6).
No versículo 13, ela não afirma ter visto Samuel (até porque após Saul ter sido rejeitado por Deus,
Samuel nunca mais lhe transmitiu nenhuma mensagem - I Samuel 15:35) e sim "deuses que sobem
da terra." Ora, Samuel era um juiz muito conhecido por todos naqueles dias, pois trabalhava para o
Senhor por todo o país; ela, com sua esperteza já demonstrada nos versículos 11 e 12 do capitulo 28
de I Samuel (ela sabia que estava falando com Saul desde o início), não teve nenhuma dificuldade
em enganar o apavorado rei que, naquele momento, estava aceitando qualquer coisa. Ele fez com
que ele próprio, mesmo sem ver, deduzisse que o espírito demoníaco que subia da terra era Samuel.
Dai em diante, tudo ficou muito fácil de ser conduzido pela astuta pitonisa.
A feiticeira profetizou, no versículo 19, que no dia seguinte, Saul seria morto, junto com seus filhos.
Saul e seus filhos morreram, sim, mas pelo menos, dez dias depois e não no dia seguinte, como ela
havia previsto.
Nas seções espíritas daquele tempo, assim como nas de hoje, quem realmente falava, eram os
espíritos do mal trabalhando como mensageiros de Satanás, "mentiroso e pai da mentira" (palavras
de Jesus Cristo registradas no evangelho de João 8:44).
Por causa da consulta de Saul a feiticeira de Endor, nunca mais houve rei na linhagem de Saul, pois
ele "o os seus três filhos morreram juntos, e nenhum dos seus descendentes se tornou rei" (1
Crónicas 10:6 - Linguagem de Hoje).
Porém, entre as várias provas bíblicas de que a doutrina espírita é um embuste, temos a citada em
Lucas 16:19-31, a parábola do Ricoe do Lázaro, citada por Jesus, que sana qualquer dúvida a
respeito da comunicação entre mortos e vivos aqui na terra, nos mostrando que a mesma não é
permitida por Deus. Ei-la:
19 "Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se
regalava esplendidamente.
20 Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras;
12

21 o qual desejava alimentar-se com as migalhas que caíam -da mesa do rico; e os próprios cães
vinham lamber-lhe as úlceras.
22 Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o
rico, e foi sepultado.
23 No hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu
seio.
24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na
água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de
igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.
26 E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar
daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós.
27 Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
28 porque tenho cinco irmãos; para que lhes de testemunho, a fim de que não venham eles também
para este lugar de tormento.
29 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
30 Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se
arrepender.
31 Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda
que ressuscite alguém dentre os mortos."

4
Espiritismo Contemporâneo
O espiritismo hodierno nada mais é que o aperfeiçoamento das antigas práticas, pois a tentativa de
comunicação com os mortos e a crença na reencarnação, bases da doutrina espírita, datam da mais
remota antiguidade.
Porém, para estudarmos a forma moderna de espiritismo que conhecemos atualmente, temos de nos
reportar para a segunda metade do século passado, mais precisamente ao ano de 1848, no mês de
março, na cidade de Hydeville, Estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde duas jovens
chamadas Kate e Margareth Fox, respectivamente com 14 e 11 anos, cujo pai era um granjeiro.
Ruídos estranhos começaram a incomodar a casa desta família, em diferentes pontos da mesma. Ás
vezes, eram simples batidas; outras vezes parecia que os móveis estavam sendo arrastados pela
casa. De início, pensavam ser ruídos provocados pelos ratos que infestavam sua residência. As
meninas porém, ficavam tão alarmadas que se recusavam a dormir separadas dos pais e iam para o
quarto destes. Mas, quando os lençóis começaram a serem retirados das camas por mãos invisíveis,
cadeiras e mesas deslocando-se dos seus lugares e quando, então, uma mão fria tocou no rosto de
uma das meninas, perceberam que o que estavam acontecendo eram fenómenos sobrenaturais.
Então, no dia 31 de março, a menina Kate, acompanhada de sua irmã Margareth, desafiaram a força
invisível a repetir as batidas que elas davam com os dedos. A resposta veio de forma imediata, e
então, outros sinais foram acrescentados, criando-se assim um alfabeto, com o qual se
comunicavam com o autor dos ruídos, o qual se identificou como sendo o "espírito" de Charles
Rosna, vendedor de Bíblias, que fora assassinado naquela casa cinco anos antes, aos 31 anos de
idade e que estaria enterrado debaixo do assoalho da casa.
Investigações posteriores foram feitas e no lugar indicado teriam sido encontrados ossos e cabelos
sem contudo, e até mesmo pelas limitações científicas da época, ficar provado a quem pertenciam.
Ao que tudo indica, porém, anos mais tarde, as irmãs Fox teriam tentado desfazer as doutrinas que
haviam difundido, relatando suas fraudes sem, contudo, lograrem êxito.
A verdade é que estes acontecimentos, amplamente difundidos pelos meios de comunicações da
época, se espalharam rapidamente e os adeptos do espiritismo cresceram rapidamente tanto que em
1871, o número destes eram, segundo várias estatísticas, entre oito a onze milhões nos Estados
Unidos. Daí para sua expansão na Europa, principalmente na Inglaterra, onde a consulta aos mortos
já era muito popular nas camadas sociais mais elevadas, foi tudo muito rápido.
Passados dois anos, o francês Hippolyte Leon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec,
começou a investigar a atuação de duas médiuns e, a partir de então, sintetizou a doutrina da
reencarnação, tornando-se o codificador do espiritismo, tendo inclusive, publicado vários livros.
13

No Brasil, o espiritismo foi introduzido em 1865 através de Luís Olímpio Teles de Menezes, em
Salvador, na Bahia, quando fundou o primeiro centro espírita. Logo após, precisamente no ano de
1873, a doutrina espírita chegou ao Rio de Janeiro, espalhando-se então pelo país.
Estatística publicada em revista Argentina, afirma que o Brasil hoje é, ao mesmo tempo, a maior
nação católica (estimativas católicas dizem ter 120 milhões de adeptos) e espírita do mundo, pois
70% dos católicos são seguidores ou praticantes de alguma forma de doutrina espírita.
O destaque fica para o estado do Rio de Janeiro, seguido pelo estado da Bahia, considerados como
os principais focos espíritas da nação brasileira devido concentrarem, pela ordem, o maior número
de espíritas. A cidade do Rio de Janeiro inclusive, é considerada a capital mundial do espiritismo.
O espiritismo contemporâneo possui uma extensa literatura e com um crescimento muito acentuado,
nestes últimos tempos. Podemos citar como principais causas deste crescimento:
1) É explorada, com muita astúcia, a curiosidade que os seres humanos em torno de fatos ou coisas
misteriosas, sobrenaturais, ocultas, futuras, desconhecidas, e o desejo de contatar com pessoas
falecidas, principalmente entes queridos, de quem vieram a separar-se e ainda não venceram esta
dor.
2) O apóstolo Paulo, em I Timóteo 4:1, nos revela divinamente que, como sinais dos últimos
tempos, alguns:"... apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de
demónios."
3) As práticas espíritas, com seus verdadeiros objetivos ocultos à maioria, produzem grande
fascínio nas pessoas que não sabem e nem se interessam em aprofundar-se no assunto ("se cura os
outros e faz o bem a muitos, só pode ser de Deus", muitos dizem).
Se procurassem saber no que realmente consiste o espiritismo, chegariam a triste conclusão: é um
culto aos demónios. Observe o que a Bíblia nos diz sobre tais milagres:
a) II Tessalonicensses 2:9:'
"A esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de
mentira."
b) Mateus 24:24:
"Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo
que, se possível fora, enganariam até os escolhidos" (Palavras de Jesus Cristo).
c) Apocalipse 16:14:
"Pois são espíritos de demónios, que operam sinais; os quais vão ao encontro dos reis de todo o
mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus Todo-Poderoso."
4) O espiritismo oferece, pensam aqueles que o procuram, uma solução para o problema da morte.
Esta, tida como algo ruim e apavorante, e que é tão indesejável para a maioria, onde qualquer alívio
é geralmente muito bem-vindo não importando, muitas vezes, se o alívio é falso ou verdadeiro. E
esta sede pelo saber do além túmulo pode ser comprovada facilmente, quando do lançamento de um
filme que mostre ou tente comprovar qualquer teoria a respeito do pós-morte. Estes fazem muito
sucesso, sendo assistidos por milhares de pessoas no mundo inteiro, tomando-se campeões de
bilheteria. Temos vários exemplos recentes disto.
Que os fenómenos existem, isto é uma realidade, embora muitas vezes contestáveis, pois em vários
casos, trata-se de charlatanice; mas encerra também muitas coisas sobrenaturais. Porém, a questão
é: tais fenómenos são da parte Deus ou não? Segundo a Bíblia Sagrada, respondemos: não, não são.
O deus do espiritismo é o deus deste mundo ou seja, o maligno (I João 5:19), pois você acaba com
qualquer manifestação metapsíquica, clamando pelo sangue de Jesus, principal arma espiritual do
cristão para expulsar demónios.
As pessoas porém, costumam atribuir a Deus os milagres e demais fenómenos que acontecem numa
sessão espírita, mas gostaria de lembrá-los de relatos bíblicos que nos mostram que Satanás:
1) É o pai da mentira (João 8:44):
"Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o
princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira,
fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira."
2) Sabe imitar a realidade com seus embustes e fraudes:
a) Êxodo 7:22:
"Mas o mesmo fizeram também os magos do Egito com os seus encantamentos; de maneira que o
coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito."
b) Êxodo 8:7:
14

"Então os magoo fizeram o mesmo com os seus encantamentos, e fizeram subir rãs sobre a terra do
Egito."
3) Pode e se transforma em anjo de luz (II Coríntios 11:14);
"E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz."
4) Também tem poder para operar milagres (II Tessalonicensses 2:9).
"A esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de
mentira."
Portanto, Deus não é o autor deles, porque sempre que Seus milagres acontecem, são para Sua
honra e glória, e para que Seu nome seja glorificado, o que jamais acontece no espiritismo.
O espiritismo, quanto à essência e ensinos é, na verdade, maior ilusão já conhecida pela
humanidade.

5
Advertências Bíblicas sobre o Espiritismo
A Bíblia Sagrada, a espada do Espírito (Efésios 6:17), em toda sua extensão, trata do mundo
invisível que nos rodeia, bem como da vida após a morte. Por tratar-se da genuína Palavra de Deus,
a Bíblia se mantém sempre completa e atual e, como tal, nos previne sobre as mais variadas formas
e práticas de espiritismo exercidas também hoje. Nela, são expostos muitos versículos, os quais não
nos deixam qualquer dúvida de que as práticas espíritas, bem como suas ramificações diversas, são
uma abominação frontal a Deus.
A seguir, relacionamos alguns dos principais versículos bíblicos, os quais nos advertem que Deus
não só rejeita, como também repele e condena totalmente as práticas espíritas:
No Antigo Testamento:
- ÊXODO 22:18:
18 "A feiticeira não deixarás viver."
- LEVÍTICO 19:31:
31 "Não vos voltareis para os médiuns, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes
contaminados por eles: Eu sou o Senhor vosso Deus."
- LEVÍTICO 20:27:
27 "O homem ou mulher que entre vós for médium ou feiticeiro, serão mortos; serão apedrejados e
o seu sangue cairá sobre eles."
- DEUTERONÔMIO 18:9-13:
09 "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as
abominações daqueles povos.
10 Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;
11 nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos.
12 O Senhor abomina todo aquele que faz essas coisas. E por causa dessas abominações que o
Senhor teu Deus expulsa essas nações de diante de ti.
13 Perfeito serás, como o Senhor teu Deus."
- II SAMUEL 12:22-23:
22 "Respondeu ele: Quando a criança ainda vivia, jejuei e chorei, pois dizia: Quem sabe se o Senhor
não se compadecerá de mim, de modo que viva a criança?
23 Porém, agora que é morta por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela
não voltará para mim."
- I CRÓNICAS 10:13-14:
13 "Assim morreu Saul por causa da transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra
do Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma adivinhadora,
14 e não buscou ao Senhor, que por isso o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé."
- JÓ 7:9-10:
09 "Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir.
10 Nunca mais tornará a sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais."
- SAI MOS 88:10-12:
10 "Mostrarás tu maravilhas aos mortos? Levantam-se os mortos para te louvar?
Advertências Bíblicas sobre o Espiritismo 41
15

11 É anunciado o teu amor na sepultura, ou a tua fidelidade na destruição?


12 Serão conhecidas nas trevas as tuas maravilhas, e a tua justiça na terra do esquecimento?"
- ECLESIASTES 9:5-6:
05 "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem
tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
06 O seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram; para sempre não tem eles parte em coisa
alguma do que se faz debaixo do sol."
- ISAÍAS 8:19-20:
19 "Quando vos disserem: Consultai os médiuns e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram entre
dentes, acaso não consultará um povo a seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?
20 À lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, jamais verão a alva."
- ISAÍAS 38:18-19:
18 "Pois não pode louvar-te a sepultura, nem a morte cantar-te os louvores; os que descem para a
cova não podem esperar na tua verdade.
19 Os vivos, somente os vivos, esses te louvarão como eu hoje faço; o pai aos filhos faz notória a
tua fidelidade."
- JEREMIAS 27:9:
09 "Não deis ouvidos aos vossos profetas, e aos vossos adivinhos, aos vossos sonhos, aos vossos
agoureiros e aos vossos encantadores, que vos falam, dizendo: Não servireis ao rei da Babilónia."
No Novo Testamento:
- LUCAS 16:31:
31 "Abraão, porém, lhe respondeu: Senão ouvem a Moisés e aos profetas, tão pouco se deixarão
persuadir, ainda que ressuscite dos mortos."
- II TESSALON1CENSES 2:9-10:
09 "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e
prodígios de mentira,
10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para
serem salvos."
- HEBREUS 2:14-15:
14 "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele,
igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a
saber, o diabo,
15 e livrasse a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida."
- HEBREUS 9:27:
27 "E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo."
- APOCALIPSE 14:13:
13 "Então ouvi uma voz do Céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora
morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os
acompanham."
- APOCALIPSE 21:8:
08 "Quanto, porém, aos covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos
adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago
que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte."
- APOCALIPSE 22:15. 18 e 19:
15 "Fora ficam os cães e os feiticeiros, os que se prostituem, e os assassinos, e os idólatras, e todo
aquele que ama e pratica a mentira."
18 "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes
acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro.
19 E se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da
vida, da cidade santa, e das coisas que se acham escritas neste livro."
16

6
As Divisões do Espiritismo
As práticas e formas de espiritismo são inúmeras e usadas sob as mais diferentes seitas filosóficas,
organizações, instituições e movimentos, como é o caso da Nova Era. Nestes, a doutrina espírita da
reencarnação está presente em todos, sem exceção, juntamente com inúmeras outras práticas.
Porém, independente da forma de como é praticado a essência, no entanto, é sempre a mesma.
Entretanto, para fins de estudos, costuma-se dividir o espiritismo em quatro partes distintas, as quais
englobam as diversas práticas peculiares a cada ramo, as quais nos permitem identificar seus
seguidores. São elas:
1) ESPIRITISMO COMUM:
Nesta classe, dentre as várias práticas, destacam-se:
a) Astrologia: É a suposta arte de predizer o futuro e interpretar emoções através dos astros que,
segundo os astrólogos, afetam e interferem no destino das pessoas. Conhecida também como
uranoscopia, a Astrologia teria sido fundamentada por Hermes Trismegisto, místico importante que
ensinou: "tudo o que acontece em cima, no Céu, repete-se também embaixo, na Terra".
b) Cartomancia: Suposta arte de adivinhação por meio da combinação das cartas, de várias origens;
c) Numerologia: Suposta arte de adivinhação através dos números.
d) Quiromancia: Suposta arte de adivinhação através da leitura ou exame das linhas da mão.
Também conhecida como quiroscopia. Os babilónicos já faziam uso deste tipo de adivinhação, a
qual não era amplamente aceita entre o povo de Israel, embora alguns acreditassem que José tenha
aprendido a arte no Egito (Génesis 44:5,15).
e) Grafologia: É a arte de analisar as semelhanças de elementos normais e patológicos entre a
escrita e o caráter das pessoas, através da observância do talhe da letra.
f) Hidromancia: Suposta arte de adivinhação através da água.
g) Urinoterapia: É a prática que aconselha aos seguidores a tomarem a própria urina, como melhor
remédio contra alergias, micoses e distúrbios gastrointestinais e renais2.
2) BAIXO ESPIRITISMO:
Também conhecido como espiritismo pagão, inculto e sem disfarce, chegou ao Brasil através dos
negros trazidos como escravos da África, durante a era colonial, e é identificado pelas seguintes
práticas:
a) Quimbanda: É semelhante a Umbanda, pois é comum a realização de seus rituais nos terreiros da
Umbanda, onde os mesmos, muitas vezes, são confundidos. Porém, não são iguais. A Quimbanda é
a linha negra, magia negra "pesada", com seus cultos prestados diretamente a Satanás, sem
nenhuma preocupação em omitir tal fato, tal como é feito na Umbanda e no Candomblé, onde
Satanás é adorado também, mas de uma forma disfarçada. Seus adeptos se dedicam muito mais em
fazer o mal e a reforçartrabalhos feitos na Umbanda. Predomina na Quimbanda os sacrifícios feitos
com sangue de animais.
2 Revista ISTOÉ/1443, de 25 Mai 97, Pg. 114.
Na citada revista, nos chama a atenção a definição do padre Joseph Dillon, 53. anos, da Paróquia
Nossa Senhora Aparecida, de São Paulo: "É a água da vida". Irlandês, Dillon tornou-se fã do
método há cerca de um ano. Vítima de resfriados fortes e frequentes, ele garante que as crises se
tornaram mais fracas e esparsas depois que passou a tomar copo de sua urina todos os dias pela
manhã. "Estou ótimo. A urina serve para reequilibrar o sistema hormonal e fortalecer as defesas do
organismo", garante o padre. A convicção do religioso é rebatida pela ciência. "A urina serve para
expelir substâncias tóxicas. Tanto que se um indivíduo ficar sem urinar ele morre", afirma o
urologista Miguel Srougi, no texto da revista.
Devemos beber da água que Jesus Cristo nos dá, pois que disse Ele que: "Aquele que beber da água
que eu lhe der nunca lerá sede. porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte d'água que salta
para a vida eterna'' ('João 4:14).
Juntamente com o Candomblé e a Umbanda, formam o principal grupo dos cultos afro-
brasileiros.
c) Candomblé: Seus deuses, representados por pedras, são orixás de origem africana, os quais se
constituem em sua principal adoração. Para seus adeptos, nenhum santo é superior ou inferior a
outro. Todos são iguais. O Bem e o Mal, isoladamente, não existem. Nos seus cultos, a louvação é
para os orixás, que incorporam nos fiéis, para fortalecer a energia vital (axé), que protege o terreiro
17

e seus membros. Porém, por trás de seus rituais e sacrifícios sangrentos de animais, existe um poder
maligno que quer controlar e destruir a vida de seus adeptos. Seus cânticos são em língua africana.
d) Umbanda: Palavra de origem angolana que engloba uma porção de cultos afros-religiosos, como
candomblé, macumba e pajelança. Seus deuses são entidades agrupadas em hierarquias, que vai dos
espíritos "baixos", que são os maus, aos "evoluídos" considerados os bons. Seus adeptos dizem
dedicar-se a prática do bem, mas não deixam de fazer o mal a algumas pessoas. Trabalham, muitas
vezes, para desfazer os "trabalhos ruins", geralmente feitos pelos praticantes da Quimbanda. Os
sacrifícios com animais não são obrigatórios. Nos seus cultos, os médiuns mais desenvolvidos
espiritualmente, incorporam os demónios e dão passes e consultas. Também, como é o caso da
Quimbanda, seus cultos são prestados ao Demónio, embora de forma disfarçada, nas suas diversas
formas, às sextas-feiras à meia-noite, nas encruzilhadas, em lugares afastados ou à beira d'água. As
cores branco e azul são as preferidas. Seus orixás correspondem aos santos da Igreja Católica. Seus
cânticos são em português e a frase comum na Umbanda é: "Deus é o pai de todos".
d) Macumba: Deriva-se do Candomblé e reúne elementos de várias religiões africanas, de religiões
indígenas brasileiras e de prática popular. A Macumba é considerada uma forma profana e liberal da
prática do mediunismo. Não existem doutrinas ou proibições, acontecendo de tudo nos seus
terreiros.
e) Vodu: Culto de origem africana, praticado pelos negros escravos vindos da África, habitantes
das Antilhas, que usa de certos elementos do ritual do catolicismo. É muito praticado no Haiti3 ,
país considerado sede mundial do Vodu. Os adeptos do vodu crêem na reencarnação e praticam em
grande escala a necromancia. No vodu não existem doutrinas básicas, mas em resumo, crêem que
todos os homens chegarão um dia a prática do Vodu e que zumbi e seus espíritos reinarão no
mundo. Interessam-se pela prática do culto, tendo nos seus rituais e cerimónias o centro de sua
religião.
Trata-se na verdade, de uma seita secreta, onde seus adeptos prestam, através de rituais e
cerimónias, um verdadeiros cultos aos demónios.
Os adeptos da ramificações do chamado baixo espiritismo não gostam de serem chamados de
espíritas, pois não consideram-se como tal.'Esta classe, por incrível que sejam suas práticas, são
mais abertos ao evangelho de Jesus. Temos como exemplo vários ex-adeptos destes, hoje
convertidos ao cristianismo.
Na vida deste tem se cumprido o que Paulo escreveu aos Romanos 5:20b: "... mas, onde o pecado
abundou, a graça superabundou."
3) ESPIRITISMO CIENTÍFICO:
É conhecido também como "Alto Espiritismo", "Espiritismo Ortodoxo", "Espiritismo Profissional"
ou "Espiritualismo". É manifesto também como "sociedades" filantrópicas, filosóficas, teológicas
ou científicas. É o espiritismo com doutrinas, normalmente, com algumas pequenas diferenças das
de Allan Kardec, mas sempre uma ramificação deste, disfarçado com palavras bonitas, usando
inclusive algumas vezes o nome de Jesus, como é o caso da LBV (Legião da Boa Vontade), com
grande atuação na área de assistência social, sempre com destaque na imprensa nacional, onde a
LBV injeta muito dinheiro, aproveitando-se disso para pregar o ecumenismo.
Pela forma com que atua, a LBV deixa claro que, com sua pregação ecuménica (ecuménico,
literalmente, significa "do mundo todo, geral ou universal"), pretende transformar todas as crenças
em uma só, ideia, também, defendida por várias outras seitas, o que só conseguirão após o
arrebatamento da Igreja, quando então estes "religiosos" se unirão, formando assim uma religião
mundial e única. Quando isto acontecer, o mundo estará sob o comando total do Anticristo e a
Igreja estará nos Céus, participando da grande ceia das bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7-9).
Nesta classe, estão incluídas todas as chamadas "filosofias", tais como Gnose, Hare Krisha, Seicho-
No-lê, Rosa Cruz e várias outras. É importante ressaltar que estas filosofias apressam-se em afirmar
que não são religião, que são independentes umas das outras e ainda, que nada tem a ver entre si.
Porém, a palavra portuguesa "religião" origina-se do latim religare e significa "religar" ou "atar".
Com base nisto, podemos apresentar uma série de descrições sobre o temas. Para tal, consideremos
os pontos abaixo:
a) A religião é um sistema qualquer de ideias, de fé e de culto, como é o caso da fé cristã.
b) A religião consiste em crenças e práticas organizadas, formando algum sistema privado ou
coletivo, mediante o qual uma pessoa ou grupo de pessoas são influenciados.
18

c) Uma instituição com um corpo autorizado de comungantes, os quais se reúnem regularmente


para efeito de adoração, aceitando um conjunto de doutrinas que oferece algum meio de relacionar o
indivíduo àquilo que é considerado ser a natureza última da realidade.
Como podemos não incluir as filosofias no contexto das religiões? Temos de fazê-lo pois, na
verdade, tudo o que trata de assuntos referentes a eternidade ou a divindades superiores, não deixa
de ser uma religião. É o que as filosofias ensinam de uma maneira geral, bem como também tentam
passar doutrinas com o objetivo de que as pessoas possam viver bem o presente e encarem a
eternidade com tranquilidade, segundo seus pontos de vista.
Esta classe também é conhecida como:
a) Ecletismo: sistema filosófico provindo de diversos sistemas, porém, sem seguir sistema algum
especificamente, mas que procura harmonizarar as doutrinas e correntes de pensamento que
parecem ser as melhores, mais próximas da verdade.
b) Esoterismo: é o conjunto de princípios e doutrinas secretas, apregoados como verdadeiros, os
quais são transmitidos de modo secreto somente aos poucos iniciados, os quais são escolhidos por
sua inteligência, nível intelectual ou valor moral.
c) Teosofismo (Théos - Deus; soohía - ciência): significa "sabedoria referente a Deus a às coisas
divinas"; é o conjunto de doutrinas que procuram abranger a religião, a filosofia e as ciências, que
tem por objetivo a união do homem com a divindade, pela elevação progressiva do espírito até a
iluminação, conseguida através da sabedoria humana. O teosofismo pretende ser o principal
fundamento de todos os segmentos de credos e religiões as quais, segundo eles, estão apenas
começando.
A Sociedade Teosófica tem como lema: "Não há religião superior à verdade", o qual foi traduzido
do sâncrito "Satyãt Nãsti Paro Dharma". A palavra "dharma" foi traduzida como religião, mas
também significa, entre outras coisas, uma doutrina de qualquer natureza. A Sociedade Teosófica
afirma amplamente, que não há doutrina superior a verdade.
Trata-se, na verdade, de uma organização religiosa, não o sendo porém, em seu sentido comum.
Eles porém, não gostam de serem classificados como religiosos.
O teosofismo foi fundado a 17 de novembro de 1875, em Nova Iorque, por um pequeno grupo, onde
destacava-se a Sra. Helena Petrovna Hahn de Blavatsky (1831-1891), nascida na Rússia, e o Cel.
Henry Steel Olcott, veterano da guerra dos EUA, seu primeiro presidente.
Durante muito tempo, a Sociedade Teosófica esteve reduzida a uns poucos membros, enfrentando
muita dificuldade no início da expansão de seus trabalhos. Porém, em 1879, o Cel. Olcott e a Sra.
Blavatsky partiram para a índia, onde andaram em viagem de norte a sul, fundando várias lojas
filosóficas. No ano de 1882, estabeleceram a sede internacional na cidade de Madras, ao sul da
índia, local onde é até hoje a sede internacional e principal centro de trabalho, mais conhecido como
"Adyar", nome do bairro onde está situada.
A Sra. Blavatsky era seguidora do budismo e também médium espírita, estando por dez anos sob o
controle de um espírito demoníaco que denominava-se "João King". Os teosofistas, também, não
gostam de serem chamados de espíritas, embora creiam na reencarnação, a qual afirmam ser cada
existência terrena um dia na Escola do Carma.
Tendo como principais objetivos: 1) formar um núcleo de Fraternidade Universal na humanidade,
sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor; 2) encorajar o estudo da religião comparada,
Filosofia e Ciência e 3) investigar as leis inexplicadas na natureza e os poderes latentes do homem,
o teosofismo espalhou-se por cerca de cinquenta países, com mais de 1.000 lojas em todos os
continentes.
No Brasil, o teosofismo foi fundado em 17 de novembro de 1919, pelo Gen. Raymundo Pinto Seidi,
com sua sede no Rio de Janeiro, funcionando praticamente, em todo o território brasileiro.
Nesta classe também estão incluídos os chamados "ismos", entre os quais estão incluídas as maiores
religiões do mundo que, além do Cristianismo, são:
Bramanismo, Hinduísmo, Budismo, Taoísmo, Confucionismo, Mazdeísmo, Parsismo, Chintoísmo,
Maometanismo, Islamismo e Judaísmo
Os adeptos do chamado espiritismo científico julgam suas filosofias, ditadas por falíveis homens
comuns, infalíveis e verdadeiras. Para eles, todos os demais estão equivocados, principalmente se
forem cristãos, os quais eles julgam ultrapassados. Os assuntos relativos a Bíblia Sagrada não lhes
interessa e nem fazem questão de ouvir este "tipo de gente", ou ler o que escrevem.
Estes grupos são considerados os mais difíceis de serem evangelizados, pois não são nem um pouco
receptíveis ao Evangelho de Jesus Cristo.
19

Porém, é importante observarmos o quanto Jesus Cristo é poderoso e Sua Palavra é viva e eficaz,
pois nós pertencíamos a uma das ramificações filosóficas aqui enquadrada, conforme você já pode
observar anteriormente, e de lá fomos arrebatados para a maravilhosa luz de Jesus. Assim como
nós, existem muitos outros que também aceitaram o sacrifício expiatório de Jesus, realizado no
Calvário e O servem de todo o coração.
O apóstolo Paulo escreveu aos Romanos 5:20b, que: "onde o pecado abundou, superabundou a
graça."
4) ESPIRITISMO KARDECISTA:
É a forma de espiritismo praticada no Brasil. Seus adeptos julgam-se os verdadeiros espíritas,
afirmando que os demais são "espiritistas" ou "mediunistas". Chegam ao ponto de, ousadamente,
intitularem-se a "Terceira Revelação", com a intenção de serem o Espírito Santo prometido por
Jesus. Dizem que a primeira revelação veio por intermédio de Moisés, a segunda através de Jesus e
a terceira, última e mais completa é o espiritismo, que viria a complementar a segunda.
Para os espíritas, inexiste o Céu, inferno, condenação eterna e, principalmente, não existe o diabo.
O diabo, aliás, nestes últimos dias tem se empenhado em provar que ele não existe. Veja o que
afirmou num veículo nacional de imprensa, o repórter Pedro Bial:
"A maior façanha do diabo atualmente: nos convencer de que ele não existe".
A verdade é que, com a multiplicação do fenómeno espírita, após a divulgação dos acontecimentos
com as irmãs Fox, estes chegaram rapidamente a Europa, chamando a atenção do francês Hippolyte
Leon Denizard Rivail (1804-1869), mais conhecido como Allan Kardec, pseudónimo adotado de
um poeta celta com esse nome, do qual ele acreditava ser a reencarnação. Ele então começou a
investigar a atuação de duas médiuns (pessoas que se comunicam com os espíritos), iniciando seu
movimento em 30 de Abril de 1856, em seu país de origem, depois de abandonar a Igreja Católica e
a medicina começando, a partir daí, a sintetização da doutrina da reencarnação. Allan Kardec
tornou-se o codificador do espiritismo, publicando inúmeros livros, entre os quais o Evangelho
Segundo o Espiritismo, considerado pelos espiritas como o verdadeiro evangelho, que sustenta os
seguintes ensinamentos, entre tantos:
- Crença na reencarnação do espírito, a qual é sempre progressiva e nunca regressiva, sendo, por
exemplo, impossível que um sábio venha a ser um selvagem no futuro;
- As reencarnações ou evoluções acontecem também em outros mundos, sendo a Terra um planeta
de expiação habitado pela espécie humana, a qual foi escolhida para a encarnação de espíritos que
chegaram a um determinado grau de desenvolvimento;
- O homem é formado de três coisas; corpo, alma e perispírito, que é um invólucro fluídico, semi-
material, que une o espírito ao corpo, célula por célula. Este invólucro, embora sendo impalpável, é
reproduzido por fotografia.
- Existe a possibilidade de comunicações com "entidades espirituais" desencarnadas.
- Os espíritos pertencem a diferentes classes ou estágios evolutivos.
- Deus existe, mas é impessoal e por demais distante, estando espiritualmente num plano que mal
podemos vislumbrar, habitando em um mundo longínquo, fora do alcance. Isto o torna inacessível
diretamente ao ser humano, a quem se manifesta somente através de intermediários, os chamados
"guias".
- Jesus não é visto como salvador e nem como Deus, mas como um médium, uma grande entidade
reencarnada, talvez a maior que já apareceu no mundo. Ensinam os espíritas que o Evangelho
ensinado por Jesus Cristo foi reinterpretado corretamente por Allan Kardec, no seu livro O
Evangelho Segundo o Espiritismo.
O kardecismo praticado no Brasil, hoje, tem muitas ramificações, as quais estão quase todas
incluídas no "espiritismo científico", e também, no "baixo espiritismo".
O espiritismo nega todas as doutrinas básicas da fé cristã embora, na maioria das vezes, não o faça
abertamente. Os livros, jornais, revista e publicações espíritas nada tem de cristão. Espiritismo
cristão não existe, pois eles negam a infalibilidade da Bíblia Sagrada, só a citando quando o assunto
lhes interessa e, assim mesmo, o fazem usando textos isolados e de forma puramente esotérica. No
entanto, é compreensível a sua negativa quanto a infalibilidade da Bíblia, pois as diferenças entre
ambos são muito profundas, não havendo maneira de harmonizá-los; também entende-se a sua não
aceitação como a genuína Palavra de Deus dirigida à humanidade, pois nela não encontra-se a
palavra "reencarnação", e nem mesmo admite qualquer possibilidade da existência desta, que é a
base e o esteio de toda a espúria doutrina espírita. A Bíblia, ao invés disso, nos fala sim de
ressurreição, em João 5:28-29, que diz:
20

"Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua
voz e sairão:
Os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e es que tiverem praticado o mal, para a
ressurreição do juízo."
A Bíblia somente pode ser interpretada pela hermenêutica sagrada, e isto somente após o
reconhecimento da sua inspiração divina, o que jamais acontece no espiritismo. Quando os adeptos
do espiritismo tentam passar algo de cristão aos incautos, é simplesmente para tentar convencê-los a
seguí-los, não passando isto de um mero e falso rótulo. Os kardecistas, bem como os adeptos do
espiritismo científico, são insolentes e orgulhosos. Os kardecistas pensam em ter no "Evangelho
Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, o verdadeiro evangelho, a verdade suficiente para tudo,
não precisando do Evangelho de Jesus Cristo. Para eles, Jesus Cristo é apenas um espírito a mais no
governo da terra ou no mundo dos espíritos.
Certa noite, nos chamou a atenção o que o presidente da Federação Espírita Paulista, pensativo, ao
lado do túmulo de Allan Kardec, na França, falou:
"É uma contradição vir aqui visitar este túmulo. Se o que Allan Kardec dizia estava certo, ele deve
estar encarnado em outro corpo".
O problema é: Onde?

7
Histórico do Gnosficismo
A Gnose, cujo termo oriundo do grego "gnosis", significa "ciência superior às crenças vulgares;
conhecimento, sabedoria ou saber por excelência", é um movimento filosófico, que segundo
concordam a maioria dos estudiosos, é anterior ao cristianismo, uma vez que foram encontrados
resquícios desta heresia já no mundo helénico, antes, portanto, da vinda de Jesus Cristo ao mundo.
É importante ressaltarmos que, quando nos referimos ao cristianismo, não estamos nos referindo ao
catolicismo. Alguns escritores, principalmente os esotéricos, quando fazem referências ao
cristianismo primitivo em seus artigos, livros ou conferências, colocam-no como sendo o atual
catolicismo. Porém, queremos afirmar que a Igreja Primitiva dos dois primeiros séculos a qual foi
contemporânea do gnosticismo, época dos acontecimentos aqui narrados, é oriunda diretamente de
Jesus Cristo, através de seus discípulos, a qual iniciou suas ações logo após a ascensão de Jesus aos
Céus e a posterior descida do Espírito Santo, fatos registrados na Bíblia Sagrada, no livro de Atos
dos Apóstolos, capítulos 1 e 2.
O que afirmamos sobre o catolicismo romano, o fizemos embasados em dois fatos históricos, a
saber:
1) Os dogmas católicos foram instituídos bem mais tarde, tendo seu início mais precisamente no
ano de 370 AD, com a introdução do culto aos santos, por Basílio de Cesaréia e Gregório
Nazianzeno. Iniciou-se, também, o uso de altares e velas, bem como apareceu, pela primeira vez, o
uso do incenso e turíbulo na igreja, por influência dos prosélitos vindos do paganismo que
tornavam-se adeptos do catolicismo;
2) A tradição católica coloca Pedro como seu primeiro papa.
Esta afirmativa porém, esbarra em três importantes argumentos:
a) Não encontram-se registros com provas concretas de que Pedro esteve alguma vez em Roma e a
afirmativa católica nos diz que foi em Roma o início de todo o clérigo papal, tendo Pedro como seu
primeiro representante.
Na verdade, o início do papado deu-se entre os anos de 380 a 600. O que os católicos querem é
tentar ligar o papado como tendo sua origem nos apóstolos, o que é uma grande inverdade;
b) Paulo, em sua epístola enviada aos Romanos, saúda a todos os que lá estavam, inclusive seus
amigos e seus cooperadores (Romanos 16:1-24); porém, não menciona Pedro. Teria ele esquecido
de um líder tão importante como Pedro?
c) Pedro era casado e como tal, não pode ter sido papa, pois este mandamento humano, que não
tem qualquer fundamento bíblico, é aplicado ainda hoje até mesmo aos padres católicos. A Bíblia
Sagrada nos relata que entre os tantos milagres realizados por Jesus Cristo, está o de que Ele curou
a sogra de Pedro, sendo que ela, uma vez curada de uma grande febre, os serviu. Este
acontecimento está registrado nos Evangelhos de Mateus (8:14-17), Marcos (1:29-31) e Lucas
21

(4:38-39). Além do mais, Pedro foi um homem falível, repreensível (Gálatas 2:11-14) e os católicos
veneram o papa como uma pessoa infalível e irrepreensível.
Estamos nos referindo sim a Igreja Primitiva, as vezes chamada lambem de cristã, apostólica ou
ortodoxa, a qual seguia fielmente os ensinamentos deixados por Jesus e ensinado pelos apóstolos
que, através de seus componentes, foi a primeira a investigar, analisar e combater o gnosticismo de
então, tentando provar que a filosofia gnóstica era essencialmente não-cristã. Para tal, estudaram as
origens do gnosticismo, as quais combinavam misticismo oriental, a filosofia, a astrologia e o
neoplatonismo gregos, magia e até fontes indianas, bem como elementos tradicionais do judaísmo, e
inseria ainda, nessa já confusa mistura, elementos da fé cristã segundo seus interesses, tornando-se
assim uma religião eclética, fazendo uma miscelânea de doutrinas ou filosofias, as quais eram
totalmente opostas ao Evangelho ensinado por Jesus Cristo, e chegaram a conclusão de que se
tratava-se de um grande perigo para a fé professada pelos seguidores do cristianismo.
A doutrina gnóstica, então, ficou conhecida pelos pais da igreja como "a primeira e mais
ameaçadora das heresias". A prova de que a ameaça era séria é a quantidade de literatura escrita,
com a finalidade de combatê-los.
Eles estavam certos, pois foi a partir da proliferação da confusa doutrina gnóstica de então, que
consistia numa grande miscelânea de erros, é que deram origem as seitas e heresias que crescem
assustadoramente em nossos dias e continuará sendo assim, pois a Igreja vive seus últimos dias,
aqui na terra.
Os gnósticos vieram do Oriente e se instalaram na província romana da Ásia Menor, cuja capital era
Éfeso, território conhecido hoje como Turquia, fazendo de Laudicéia seu centro de operações, e
dali, infectando toda aquela região com uma doutrina semelhante a do cristianismo, a qual, também,
foi introduzida de forma sutil no seio da Igreja Primitiva, que vivia então o início de sua fase de
expansão mundial, em cumprimento ao "IDE" de Jesus Cristo (Marcos 16:15). Esta infiltração teria
iniciado, primeiramente, através de Simão, o Mago, que, juntamente com uma prostituta chamada
Helena, são considerados os fundadores da filosofia, que hoje autodenomina-se como "movimento
gnóstico cristão". Esta tese, aceita e defendida inclusive, por escritores gnósticos e pela maioria dos
pesquisadores cristãos, refere-se a Simão, personagem que está registrado na Bíblia Sagrada, em
Atos dos Apóstolos 8:9-24, que era conhecido como "Simão, o Mago" ou "Simão Mago". Ele era
um feiticeiro que exercitava suas mágicas em Samaria, ludibriando o povo já a vários anos, quando
a Evangelho de Jesus Cristo ali chegou. Chegou a ser inclusive, batizado por Felipe, o evangelista.
Em Atos 8:13, lemos que: "E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com
Felipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atónito." Aparentemente,
parecia ter se convertido a Jesus Cristo. Porém, logo depois, tentou obter o dom do Espírito Santo
por meio do dinheiro, para que também pudesse impor as mãos e transmitir as pessoas o poder
sarador e santificador de Jesus. Como sua intenção era impura, pois queria aplicar o poder de Deus
juntamente com suas mágicas e portanto, cobrar para tal, foi repreendido por Pedro, o qual lhe falou
que "seu coração não era reto diante de Deus, que estava em fel de amargura e presos em laços de
iniquidade. Arrepende-te pois dessa tua iniquidade, e ora a Deus para que porventura te seja
perdoado o pensamento do teu coração" (Atos 8: 21-23). Simão recebeu com humildade a
repreensão e rogou ao Apóstolo que orasse por ele, para que tal castigo não viesse sobre si. Simão
teve medo, mas não encontramos relatos de arrependimento de sua parte.
A tradição eclesiástica diz que Simão voltou a exercer as artes mágicas tendo sido, inclusive, um
dos grandes opositores e arquiinimigo do Apóstolo Pedro, sendo porém, sempre confundido. Por
suas atitudes, ficou conhecido entre os cristãos como o pai de todas as heresias.
Os relatos de como teria ocorrido sua morte são bastante contraditórios. Porém, de acordo com
Hipólito, ele sepultou-se vivo, afirmando que dentro de três dias reapareceria vivo, o que jamais
aconteceu.
Após esta infiltração iniciada por Simão, outros adeptos e mestres gnósticos adentraram-se
disfarçadamente no seio da Igreja Cristã durante os dois primeiros séculos, tendo seu ápice, porém
durante os anos 150 a 180 D.C., quando foi causada a chamada "crise gnóstica" entre as igrejas
cristãs, devido a grande confusão causada pelo gnosticismo entre alguns membros, os quais não
sabiam a quem seguir. Nesta fase, além de Simão, o gnosticismo contou com vários mestres tais
como: Clemente, Basilides e seu discípulo Valentino, todos de Alexandria, sendo que este último,
também, atuou em Roma no século II d.C, tendo compilado e escrito inúmeros textos, tomando-se
assim um importante divulgador da filosofia gnóstica e foi considerado um líder importantíssimo do
gnosticismo; Saturnino; Teódoto (Theodotus) foi o mestre de Clemente; Monoimus; Filo (Philo) "O
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Judeu", que viveu em Alexandria entre os séculos I a.C. e I d.C, e foi o sistematizador do
gnosticismo de um modo geral e Márciom, um importante líder gnóstico do século II, o qual, tinha
em Paulo, seu grande herói, e não somente ele, pois os gnósticos tinham Paulo como um de seus
grandes campeões. Márciom foi o mais versátil e inteligente de todos os mestres gnósticos do
segundo século sendo, para a igreja Cristã, o mais perigoso e sagaz de todos. Ele procurou extirpar
o cristianismo de várias formas. Nas "epístolas pastorais", de autoria do apóstolo Paulo, são
atacados suas doutrinas centrais, com grande destaque em I e II Timóteo, como veremos a seguir.
Entretanto, o desenvolvimento e expansão do gnosticismo na Ásia Menor, teve início através de
Cerinto, descendente de judeus, educado em Alexandria, que residia em Éfeso, sendo
contemporâneo e oponente do apóstolo João, que pastoreava a Igreja local, disseminando suas
teorias gnósticas por toda aquela região, fazendo de Laodicéia seu principal centro, paralelamente
ao início da propagação mundial do Cristianismo. Embora alguns estudiosos tentem negar a
influência de Cerinto, a verdade é que ele foi um importante líder do gnosticismo. Ele ensinava que
Jesus era filho natural de José e Maria e que viveu uma vida correta e piedosa. Seu poder (o Cristo)
entretanto, fora recebido através de uma emanação angelical temporária, descida sobre ele por
ocasião de seu batismo, tornando-O o Messias, e O acompanhou até a crucificação, quando O
abandonou definitivamente. Jesus, ensinavam eles, era homem; o Cristo real entretanto, não era
humano, mas sim, um espírito divino. Cerinto também negava o valor da expiação de Cristo, um
ponto de vista comum entre os gnósticos daqueles dias. Segundo ele, o Cristo teria vindo somente
pela água, jamais pelo sangue.
Cerinto, na verdade, era um mestre e divulgador do docetismo gnóstico.
Com muitas de suas doutrinas semelhantes às doutrinas cristãs, os gnósticos as disseminavam por
toda aquela região concentrando-se, porém, principalmente, no seio da Igreja Cristã, causando, a
esta, grandes problemas, tais como dúvidas e divisões, fazendo com que muitos abandonassem a fé
cristã, pois eles, assim como o cristianismo, ensinavam também um plano de salvação, e isto fazia
com que o conflito fosse inevitável. Segundo eles, a salvação não era pela expiação através do
sangue, a qual rejeitavam com veemência, não vendo assim qualquer valor na morte de Jesus Cristo,
mas sim, ensinavam que a salvação só era possível através do "conhecimento", ensinando seus
seguidores a não esperarem entrar em comunhão com o mais elevado somente pelo esforço moral e
pela fé em Deus, mas também, por meio do pensamento, do conhecimento, da imaginação e do
sentimento.
O cristianismo entretanto, pregava o oposto, ensinando que a redenção vem somente através de
Jesus, e O apontava como único mediador entre Deus e os homens, seguindo fielmente o
ensinamento de Paulo, registrado em I Timóteo 2:5, que diz:
"Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem."
O que observou-se durante estes dois séculos, foi uma verdadeira "batalha espiritual", travada entre
o gnosticismo e o cristianismo. A sobrevivência de ambos dependia dos resultados obtidos nesta
fase. A parte "derrotada" se tornaria mais uma destas religiões misteriosas do oriente, o que servia
para o gnosticismo, jamais para o cristianismo vivo e vibrante, com seus mistérios a disposição de
todos aqueles que o buscarem com um coração sincero perante Deus, pois está escrito: "...buscarás
ao Senhor teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma"
(Deuteronômio 4:29).
Os adeptos do gnosticismo eram intelectuais que julgavam-se "iluminados", por pertencerem a um
sistema teológico e filosófico que teria um conhecimento intuitivo e religioso a respeito de Deus
sendo, segundo eles, possuidores de uma filosofia superior a qual os tornava conhecedores da
natureza e dos atributos divinos. Embora procurassem sempre adequar-se aos costumes do lugar
onde pretendiam iniciar a divulgação de suas filosofias, as bases de suas teorias eram sempre as
mesmas. Eles sustentavam alguns aspectos principais, dentre os quais destacavam-se:
1) Deus existe, porém inalcançável, infinitamente longe deste mundo, pois Sua grandeza não pode
agir diretamente sobre as pessoas, compactuando com a fragilidade humana. Para exercer uma ação
sobre a humanidade, Deus precisa de intermediários, os quais são chamados pelos gnósticos de
"aeons". Aeon, para os gnósticos, tem o sentido de uma inteligência criadora emanada da causa
desconhecida, era ou eternidade; uma emanação celestial.
2) Ensinavam que a matéria é má por natureza e origem de todo mal.
3) A redenção só é possível através do "conhecimento".
4) Davam ênfase ao conhecimento da verdade de natureza mais elevada, complexa e profunda, na
qual somente os intelectuais (iluminados) recebiam de Deus.
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5) Negavam a humanidade real do Cristo, afirmando que Ele teria existido sim, mas não em corpo
carnal e sim num corpo espiritual, com aparência de humano, ou seja, que seu corpo era apenas um
fantasma.
6) Alguns mestres docéticos ensinavam ainda que Jesus não teria sido realmente humano e muito
menos Filho de Deus.

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Divisão Humana Segundo o Gnosficismo
Os homens, segundo o gnosticismo, mais precisamente através de Valentino, importante
personagem do ponto de vista da energia mental na heresia gnóstica, eram classificados em três
categorias, dos quais somente um ínfimo número de iniciados poderiam receber a forma remidora
de "conhecimento", da qual Jesus está totalmente excluído, pois esta redenção não depende D'Ele
uma vez que, para eles, não existia o plano universal da salvação através de Jesus Cristo.
Estas três categorias ou grupos eram:
A) Os hílicos "hylikoi" (terrenos ou materialistas) = Estes só se importariam com as coisas
materiais, estando dominados e imersos nelas, subjugados ao mal e às artimanhas de Satanás,
sofrendo influências diretas do reino das trevas, preocupados unicamente com o seu dia a dia, com a
vida terrena, totalmente despreocupados com as coisas espirituais, devido a sua grande lealdade as
coisas terrenas, tornando-se assim incapazes de receber a redenção, constituído-se então numa
classe de homens totalmente sem esperança, vivendo sempre presos ao seu materialismo e tendo
que perecer com ele, na grande conflagração ou grande incêndio final que, segundo eles, haverá
para consumir toda a matéria.
Segundo Irineu, os gnósticos usavam a figura bíblica de "Caim", filho de Adão e Eva, para ilustrar
os materialistas.
Nesta categoria, estariam incluídos a grande maioria dos homens.
B) Os psíquicos "psvchikoi" (meio-espirituais ou guiados pela alma) = Nesta categoria, estariam
induídos aqueles homens que alcançariam a redenção através da fé, sendo esta porém, uma
redenção inferior, pois eles não teriam o conhecimento místico dos gnósticos. Neste grupo, estariam
incluídos os profetas do Antigo Testamento, os cristãos e todos os homens bons. Apesar desta ser
uma redenção digna, tais pessoas jamais alcançariam os degraus mais altos da glória divina.
Irineu afirma que eles usavam o personagem bíblico "Abel", também filho de Adão e Eva, como
ilustração para esta classe humana.
Nesta categoria, estariam incluídos um número médio de homens.
C) Os pneumáticos "pneumatikoi" (verdadeiros espirituais) = Neste grupo, que seriam os gnósticos,
estariam os homens verdadeiramente espirituais, os quais através de suas experiências haveriam de
adquirir o "conhecimento", atingindo assim a mais elevada redenção, por intermédio da reabsorção
pelo Espírito divino, perdendo totalmente a individualidade, onde o "ego" seria absorvido pelo
"superego". Desta maneira, o homem se transformaria em um "super-homem". Esta, segundo eles,
seria a forma máxima de redenção, a qual somente seria possível na forma por eles ensinada
(através do "conhecimento", termo que se deriva do vocábulo grego "gnosis"). Para eles, este
"conhecimento", que era um conhecimento esotérico, adquirido por meio de artes mágicas, práticas,
cerimónias e um falso misticismo, seria infinitamente superior a fé professada pela cristãos, como
meio de agradar a Deus (Hebreus 11:6).
Segundo Irineu, os gnósticos usavam "Sete", filho de Adão e Eva nascido após o assassinato de
Abel, para ilustrar os pneumáticos.
Nesta categoria, estariam incluídos um pequeno grupo de homens.

9
Correntes Gnósticas
Existiam cinco correntes gnósticas durante este período:
A) OFITAS (Ophitas): também conhecidos como "Naassenos". Foram os primeiros gnósticos, a
quem eles classificavam como "o primeiro núcleo dos discípulos de Jesus". Eram os gnósticos mais
estranhos, pois veneravam a serpente, a qual afirmavam ser símbolo da bondade e da verdadeira
24

sabedoria. Ensinavam que o deus deste mundo é mau, uma "emanação" (aeon) inferior, e que a
serpente sim, esta seria boa. Chegavam ao ponto de inverteras Escrituras Sagradas, afirmando, por
exemplo, que Moisés e Elias foram forças malignas da história humana, mas que Faraó e Acabe
foram homens santos, lutando sempre em favor do bem.
Os ofitas na verdade, invertiam os valores, afirmando que os heróis do Antigo Testamento eram
vilões e que os vilões, estes sim é que eram os verdadeiros heróis espirituais. Tinham, por exemplo,
a Caim e Core como seus autênticos e verdadeiros campeões, fazendo deles objetos de adoração
especial.
Segundo seus membros, esta seita herética é oriunda do Jardim do Éden, quando Jesus Cristo tomou
a figura da serpente para enganar Eva.
B) DOCÉTICOS: Este termo (docético) origina-se do grego "dokeo" e significa "parecer". A
grande maioria dos docéticos cria que o Cristo não era "humano"; que sua humanidade não era
genuína e nem jamais poderia ser pois, para os gnósticos, nenhuma entidade divina ou angelical
poderia encarnar; que Ele apenas parecia ser humano. O homem Jesus é que seria humano, mas Ele
não era o Cristo. O Cristo teria sim se apossado do corpo do homem Jesus por ocasião do seu
batismo e se retirado dele durante a sua morte na cruz. Assim, pois, sua vida (do Cristo) como
homem e seus sofrimentos, teriam sido irreais -eram apenas parte de papel desempenhado no drama
cósmico pelo "aeon". Jesus teria morrido por uma causa nobre, tornando-se assim um mártir, mas
não o Salvador da humanidade.
Em suma, ensinavam, Jesus não era "o Cristo".
Esta era considerada a principal corrente do gnosticismo, pois todo gnóstico era doceta.
C) ASCÉTICOS: Filosofia fundada no desprezo do corpo e das sensações físicas. Praticavam a
autodisciplina, especialmente no que se refere a renúncia de certos prazeres corporais, tais como o
casamento, o qual era proibido, sendo permitindo somente para a reprodução da raça e entre
membros da comunidade, o que era severamente regulamentado e feito sob protesto. Também
tinham restrições quanto ao uso de certos alimentos entre eles, principalmente carnes, pois eram
essencialmente vegetarianos. Ensinavam que o corpo era mau por natureza, constituindo-se no
próprio início de toda a maldade humana sendo portanto, incapaz de receber a redenção. Afirmavam
então que não fazia qualquer diferença o que viéssemos a fazer com nossos corpos, pois de modo
algum nosso espírito poderia ser afetado.
D) LIBERTINOS ou LICENCIOSOS: Estes gnósticos criam que o corpo humano era sede do
pecado, declarando que o corpo físico em si mesmo era um mal, o que significaria que não poderia
ser remido, podendo ser livrado do princípio do pecado somente através da morte física. Devia o
corpo então, ser exposto a diversas formas de "abusos", inclusive aos abusos sexuais, a fim de poder
dominá-lo, negando-lhe qualquer valor. Na verdade, eles diziam que os abusos eram
imprescindíveis, porque estes faziam com que o corpo fosse destruído, e esta destruição seria um
bem, pois assim o espírito se libertaria. Poder-se-ia então abusar do corpo com ascetismo ou com
libertinagem, segundo o caso, que isso só serviria para apressar o processo de destruição do corpo
físico, e sua posterior redenção.
Esta classe de gnósticos desenvolvia a crença de que, quanto maior o abuso para com o corpo,
experimentando de tudo, mais rápida seria alcançada a sua redenção.
Eram corruptos tanto corporal como espiritualmente.
E) SATANISMO: Alguns estudiosos afirmam que havia ainda uma outra categoria, oriunda do
gnosticismo, a qual contribuiu para o desenvolvimento do satanismo, com forte atuação no mundo
contemporâneo. Estes, viam o mundo como um verdadeiro inferno, definindo-o como sendo
extremamente maldoso. Afirmavam que se o mundo é mau, e foi criado por Deus, então este Deus
domina o mundo com um poder tirânico e cruel. Referiam-se ao Deus dos judeus, ao Deus da
Bíblia, ao Deus dos cristãos. E faziam isto baseados em alguns textos isolados da Bíblia Sagrada, os
quais eram usados de forma parcial e tendenciosa. Desta forma, desenvolveram e propagaram a
crença num Deus cruel e maldoso, fundando assim o Satanismo.
Os libertinos também eram oriundos deste grupo de gnósticos.
Estas teorias gnósticas e a do Cristianismo eram as existentes na época, senão as únicas, mas
certamente as mais envolventes e atrativas, com respostas definidas a respeito da eternidade do ser
humano. Elas disputavam entre si, procurando fazer com que as pessoas se decidissem por uma
delas ou por ambas, vivendo assim uma dualidade cristã, o que era aceito pelos gnósticos, nunca
porém, pela Igreja Cristã, a qual era cristocêntrica e apontava a Jesus Cristo como "único nome
dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4:12).
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Deus Começa a agir
Passados alguns dias, tive um sonho em meio a toda aquela agitação. Neste sonho, Deus falou
claramente que: "Precisava de mim para transmitir Sua mensagem celestial ao Mundo". Este sonho
deixou-me pensativo por todo o dia seguinte. Seria algum aviso? Alguma chamada divina? Estas
foram minhas dúvidas durante todo aquele dia. Logo após, anotei-o na agenda e tratei de esquecê-
lo, até porque, quando o contei a um crente amigo de nossa família, que fora visitar-nos, ele achou
"muito estranho Deus estar falando com um desviado".
Eis que o tempo de vida dado pelo médico esgotou-se e nada me aconteceu. Tudo continuava
normal. Não senti qualquer anormalidade, embora as dores de cabeça permanecessem. Após nove
meses encontrei-me com meu médico, em um jogo de futebol. Ele falou-me que eu não poderia
estar ali e perguntou, mostrando-se preocupado, o porquê de não ter realizado o outro exame
exigido. Chamou minha atenção na frente dos demais e "intimou-me", marcando ali mesmo, uma
nova data para a realização do Teste Ergométrico de Esforço. Entendendo a sua preocupação,
expliquei-lhe o que havia decidido, após ter recebido o resultado anterior, e prometi-lhe que, na data
marcada, me submeteria ao exame. Fiz, então, conforme prometera. Após a realização do exame,
feito com muito cuidado pois, afinal, eu estava condenado a morrer, obtive o diagnóstico: normal.
Tudo estava normal. Eu havia sido curado. Mas como isto teria acontecido?
Até hoje nem o médico e nem eu sabemos o que houve. Teria Deus me curado? Para mim, esta é a
única hipótese viável, pois não fiz qualquer tipo de tratamento. E mais: se o feiticeiro e o médico
tivessem se equivocado, isto seria então, mais uma artimanha de Satanás. Para quê? Estava em suas
mãos e um acontecimento destes poderia fazer com que então, eu me voltasse para Deus,
preocupado com a eternidade de minha alma. Tudo me leva a crer, que realmente estava condenado,
pois não havia somente o "diagnóstico" do feiticeiro, mas havia, também, a comprovação médica,
assinada por um conceituado profissional, com competência reconhecida na região, e além do mais,
meu amigo pessoal. Porém, quando chegar na presença de Deus, quando ver a Deus (em I Coríntios
13:12, o apóstolo Paulo nos diz que: "o veremos face a face") e, se ainda tiver curiosidade,
perguntarei pessoalmente ao Pai:
- Fostes Tu, Meu Rei?
Não posso provar ao mundo como gostaria, mas não tenho dúvidas de que foi Ele quem me curou,
pois tinha um plano a ser realizado em minha vida e O glorifico por isto.
Este acontecimento deu-se no final de ano de 1989.
No início de 1990, estava em férias em um balneário, quando conheci a Eliane, jovem universitária
e entusiasta seguidora da Gnose, com profundos conhecimentos esotéricos. A afinidade nasceu,
quase que, instantaneamente tanto que, cinco meses depois, solicitei transferência do local de meu
trabalho (sou funcionário público) e já estava morando na mesma cidade que ela. Porém, antes da
transferência concretizar-se, fui comunicar a decisão a um grande amigo, agora convertido e hoje
presbítero da Igreja, o qual me disse: "Venha aqui amanhã, neste mesmo horário, que terei algo a te
dizer". No outro dia, lá estava. E ele me falou:
- Estava orando a Deus por ti, pela madrugada, e Ele disse-me que para onde vais Ele vai falar
contigo. Vai fazer uma obra em tua vida. Vai para lá, pois é da vontade D'Ele.
Ouvi tudo atentamente, mas não acreditei em nada daquilo e nem tampouco me importei. Agradeci-
lhe a preocupação comigo e fui embora. Eu nunca iria imaginar que esta mensagem tão indiferente
para mim naquele momento, iria mudar a minha vida.
Chegando na cidade, passei a frequentar o Movimento Gnóstico Cristão Universal do Brasil na
Nova Ordem, popularmente conhecido como "Gnose", conjuntamente com Eliane, eu como
iniciante e ela já em fase avançada, pois era já adepta a alguns anos. Dentro de em breve,
começamos a namorar e a aprender um com o outro, a trocar conhecimentos de tudo o que
havíamos aprendido sobre as chamadas ciências ocultas. Entrei para a Gnose e assistia as
conferências com o entusiasmo de quem havia encontrado o caminho, as explicações para os
mistérios da vida. Procurava participar de todas as atividades do grupo, sempre junto com Eliane,
seguidora fiel do Movimento, com o firme propósito de tornar-se Mestra Gnóstica. Eu lia muito
sobre a Gnose, sempre assistido por ela, no esforço de que conseguisse adquirir a "compreensão".
Já estava lá a alguns meses, e um dia, assistia atentamente a uma conferência intitulada "Retorno e
Recorrência", a qual tratava sobre as várias existências, diversos retornos, reingresso e
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reencarnações de nossas vidas quando, de repente, ouvi aquela Voz claramente em meu interior:
"Aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo ." Pensei: "Mas isto é uma
passagem bíblica". E era mesmo. Hoje sei que está registrada no livro aos Hebreus, capítulo 9,
versículo 27. É claro que naquela hora, não lembrava onde se encontrava e nem estava interessado
em saber tanto que, logo depois, já estava concentrado novamente na explanação da conferência.
Eis que, então, veio novamente, a mim, aquela Voz interior, de forma que, até o final da conferência
esta Palavra se fez clara por mais umas quatro vezes, de maneira tal, que me foi difícil ficar
indiferente a ela. Sai dali pensativo e aquela passagem bíblica insistia em permanecer inconfundível
em minha mente e coração.
Durante uma conferência, alguns dias depois, onde Jesus era colocado, não como Salvador da
humanidade, mas como uma forma de emanação celestial, um tipo de reencarnação ao mesmo nível
de Buda, Maomé, Krishna, Lao-Tse, Confúcio e tantos outros inclusive, o mestre da Gnose, Samael
Aun Weor e de forma explícita dizia-se que Deus era um ser inalcançável, não podendo entrar em
contato com a matéria humana, devido a sua santidade, necessitando para tal, o uso de inúmeros
mediadores; um Deus despreocupado com o ser humano, tal qual um grande "buraco negro". Neste
momento, a Voz falou novamente em meu coração:
- "Qualquer que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante de meu Pai que está nos
Céus" (Mateus 10:33).
Novamente fiquei surpreso, pois já havia esquecido o acontecimento anterior. Estava concentrado
somente nas conferências, porém a voz soou forte e clara sendo que, por mais que eu tentasse, não
conseguia ignorá-la.
A partir de então, tudo mudou. Não vendo outra alternativa, comecei a questionar tudo o que me era
ensinado, pois as doutrinas fundamentais são todas contrárias a Bíblia Sagrada e, embora eu não me
desse conta, o Espírito Santo estava operando em mim, pois de repente, veio à mente tudo o que
havia aprendido, vivido e ensinado anteriormente, na Obra do Senhor, sem que eu procurasse ou
tivesse alguma influência exterior, pelo menos, que fosse do meu conhecimento, pois havia alguém
intercedendo por mim, junto ao Pai. O que estava acontecendo comigo foi exatamente o que Jesus
Cristo disse e que o evangelista João registrou em seu evangelho, capítulo 14 e versículo
26, que diz:
"Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas
as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito."
Ou seja, o Espírito Santo estava operando em minha vida. Para mim, há muito tempo distanciado de
Deus e de tudo o que Lhe dizia respeito, causou-me surpresa, não só porque Deus estava falando
comigo, como pela intensidade com que O fazia, fazendo com que Sua Palavra fosse mais forte que
minha vontade, convencendo-me a obedecê-la.
Com os incessantes questionamentos, começaram a me surgir problemas no Movimento. Eu sempre
citava a Bíblia Sagrada como base de que eu arguia e os instrutores tentavam me fazer acreditar que
a Bíblia era um livro ultrapassado e cheio de erros, que um dos segredos de Maria, ainda não
revelado pelo Papa ao Mundo, seria a verdadeira Bíblia e argumentos semelhantes a estes. Na
verdade, para que esses movimentos contrários a Deus tenham êxito, é necessário que,
primeiramente, os iniciados não creiam que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus para a
humanidade, divinamente inspirada e que ela contém o Plano de Salvação para o homem, através da
morte vicária de Jesus Cristo, lá no Calvário, seguida de Sua ressurreição e assunção aos Céus, onde
se encontra à destra de Deus, intercedendo por nós e que um dia Ele voltará para levar a Sua Igreja,
para estar para sempre com Ele, nas mansões celestiais.
No entanto, não me conformava, pois suas respostas não eram satisfatórias e nem de longe
respondiam aos meus questionamentos. Estes também começaram a fazer parte das conversas com
Eliane, onde colocava-lhe as experiências pessoais vividas anteriormente como servo de Deus, e ela
tentava me responder com o que havia aprendido até então. Porém, suas colocações não sanavam
minhas dúvidas. Comecei então, falar a ela tudo o que havia aprendido, lido ouvido e vivenciado
como cristão. Falei-lhe da paz interior que sentia, dos milagres que presenciei Deus realizar, em
muitos dos quais Ele me usou como instrumento em Suas mãos, tais como: salvação de almas,
transformações de vidas totalmente destruídas, cura de pessoas com várias enfermidades. Enfim,
tudo o que havia vivido e presenciado durante os anos de vida cristã, das grandezas que vi Deus
operar, de Suas maravilhas realizadas em meio ao Seu povo. Sempre lhe falava somente de minhas
experiências, de Deus e de Sua Palavra, a Bíblia Sagrada, sem nunca mencionar-lhe nome de Igreja,
nem mesmo em qual eu havia congregado. A cada colocação dela, baseada em seus aprendizados,
27

Deus me dava a passagem bíblica correspondente, para refutá-la. Ora, pela Bíblia, ora pelas
experiências vividas. Deus nunca me deixou sem respostas. E ela, evidentemente, não gostava
nenhum pouco disto, tanto que um dia me falou, irónica: "Se sua Igreja era tão boa, porque você a
abandonou?" Respondi-lhe que o problema não foi ter abandonado a Igreja e sim, Jesus, o que fiz
por falhas minhas. Ela repetiu esta pergunta outras vezes e eu sempre encontrava uma ou outra
desculpa, típicas daqueles que estão distantes dos caminhos do Senhor.
Porém, o tempo estava passando e o vazio interior persistia parecendo que, por vezes, até
aumentava. Haviam dias em que era acometido de crises depressivas, pois me sentia um completo
inútil. Estava sem objetivo na vida. Faltava alguma causa para lutar e viver por ela.
No Movimento Gnóstico diziam que não estaria conseguindo adquirir a compreensão, mas a
verdade é que o meu problema, conforme mais tarde ficou constatado, era outro.
O problema era de ordem puramente espiritual. E este nenhuma filosofia humana pode sanar.
Somente o Deus da Bíblia. Único e Verdadeiro, pode resolver. E Ele já havia começado a operar em
minha vida, embora eu nao entendesse bem o que estava realmente acontecendo.
"Eu sou Deus; também de hoje em diante, eu o sou; e ninguém há que possa fazer escapar das
minhas mãos; operando eu, quem impedirá?" (Isaías 43:13).

11
O Retorno do Pródigo
Como não encontrava respostas para os questionamentos, senti uma forte vontade de orar e ler
novamente a Bíblia Sagrada, depois de vários anos. No início, relutei contra, porém logo depois,
passei a fazer o que meu interior exigia, porém secretamente, não comentando nada com ninguém.
O meu espírito clamava pelas coisas espirituais, por alimento sólido, alimento este que nenhuma
filosofia humana, criada por homens comuns, pode suprir.
O nosso espírito só pode alimentar-se com o maná celestial, com alimento espiritual e este, só Deus
pode dar. A genuína paz interior só podemos experimentá-la e gozá-la através d'Aquele que disse:
"Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá" ('João 14:27a).
Somente Jesus Cristo nos dá a verdadeira paz que satisfaz, paz gloriosa que acaba com o vazio
interior, pois Ele é o Príncipe da Paz (Isaías 9:6).
Com o retorno à prática da oração e a leitura da Bíblia, tudo mudou rapidamente. Retornei
novamente à gloriosa comunhão com Deus, pois a primeira coisa que fiz foi reconciliar-me com Ele
e. interiormente, aquela paz de Jesus voltou a reinar em minha vida. Secretamente, havia voltado a
conversar com o Deus maravilhoso e a sentir a Sua majestosa presença. Havia sofrido uma grande
transformação que, por ora, não podia falar a ninguém. Continuava frequentando normalmente as
conferências gnósticas, mas agora, já não me causavam qualquer efeito, tanto que comecei a
contestá-las cada vez mais.
Embora fazendo tudo com muito cuidado para que a Eliane não suspeitasse de nada, ela observou
que eu andava com "umas ideias bastante estranhas", pois estava falando muito em Bíblia e nos
cristãos, tanto que, uma noite, ao retornarmos de uma conferência, ao deixá-la em seu apartamento,
ainda dentro do carro, ela me disse:
- Tenho notado que você anda com umas ideias diferentes ultimamente. Parece-me que você está se
afastando dos princípios gnósticos, pois tenho tido a impressão que você está cheio de dúvidas.
Você não está adquirindo a compreensão. Porém, quero lhe dizer que o meu objetivo é encarnar
meu cristo interior e nada vai me afastar do mesmo. Portanto, não me faça escolher entre você e a
Gnose porque, se assim for, quero que saibas que a escolha já está feita. Decida-se você.
Na verdade, com o retorno à comunhão com Deus, eu não tinha mais dúvidas e sim, muita certeza e
estava plenamente convicto daquilo que falava. Era firme em minhas colocações, pois Deus me
estava inspirando para falar a ela. Mesmo sem querer, eu a estava evangelizando, embora não
pretendesse tal coisa.
Sai dali com um dilema, pois a amava e não queria perdê-la. Para que tal não ocorresse, teria que
continuar a frequentar a Gnose, o que não queria mais, pois estava sentindo que seus ensinamentos,
em sua essência, eram totalmente contrários a Palavra de Deus.
Chegando em casa, fui orar a Deus, colocando este impasse na Sua presença, pois humanamente, eu
não conseguia vislumbrar qualquer solução. Pedi também a Deus que falasse comigo a respeito da
Gnose.
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Após ler a Bíblia, fui dormir e, naquela noite, sonhei com um grande culto, onde o pregador, cheio
do poder de Deus, dirigiu-se a mim, por várias vezes, e me alertava de que "a Gnose era uma seita
falsa". Acordei com a gostosa e inconfundível sensação da presença de Deus em minha vida e
resolvi que seria melhor, daquele momento em diante, não falar mais nada para Eliane, nem
contestá-la enfim, evitar todo e qualquer tipo de conversa direcionada para este fim. Resolvi |
também que somente iria interceder em oração a Deus por ela, para que Ele lhe mostrasse Seu
poder, Sua glória e o Seu plano de redenção para o humanidade, no qual ela também estava
incluída.
E assim fiz. Entreguei o problema inteiramente nas mãos do Soberano do Universo, Criador de
todas as coisas, confiando na promessa de Seu Filho Jesus, quando afirmou:
“E tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis” #Mt 21:22.

TRIBUTO AO MESTRE
Gilson Mazui Deferrari
Jesus, entre Teus atributos incontáveis,
Tu és...
Maravilhoso, Conselheiro. Deus Forte.
Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. O Grande lai Sou.
O Pão da vida a Luz. do Mundo. Sal da Terra. A Porta. O Bom Pastor. A Ressurreição.
A Vida. O Caminho. A Verdade.
A Videira Verdadeira. Rosa de Sarom. Estrela da Manhã.
Todo-Poderoso. Leão da Tribo de Judá. A Raiz e a Geração de Davi.
Que vive e que foi morto, ressuscitou e está vivo para todo o sempre.
Dono das chaves do inferno e da morte.
Resplandecente Lstrelada Manhã.
Rei dos Santos. Fiel, Verdadeiro,
Desejado das Nações.
Herdeiro e Criador de tudo. Resplendor da Glória. Ponte de todas as coisas.
Santificador. mais elevado de todos.
Rei dos Reis. Senhor dos Senhores. Cordeiro Pascal.
Sacrifício Expiatório, Rei Prometido. Sabedoria nossa,
Amado nosso, Alvo Verdadeiro. Messias Prometido.
Único Mediador entre Deus e os homens.
Rei dos Séculos. Salvador da Humanidade. Redentor da Raça Humana,
Alfa e o Omega. Principio e o Fim. Primeiro e Ultimo.
Que é. Que Era e que há de Vir.
Salvador do Mundo.
Es o Cristo ressurgido. Cabeça da Igreja.
Amigo Verdadeiro. O Filho do Deus Vivo.
Mas quero louvar-Te. Jesus, meu Senhor.
Porque um dia deixastes Tua Glória nos Céus.
E viestes a este mundo vil.
Por amor de mim ...
Minha vida Te pertence.
Meu coração é Teu.
Este é o meu tributo.
Aceita-o. Senhor meu e Deus meu.

12
Enconfrei-me com o Cristo Verdadeiro
Certa vez, quando eu estava em sérias dificuldades... Em minha mente vinha a lembrança do dia em
que aceitei a Cristo como meu único e suficiente Salvador, deparei-me por instantes na leitura de
um texto, que eu havia copiado, encontrava-se em meus apontamentos em minha agenda, este dizia:
29

"O cristianismo é uma realidade viva e divina. Não é um conjunto de doutrinas, pois mais
verdadeiras que sejam, ou um sistema de ordenanças, por mais impressionantes que sejam, ou um
número de regras e regulamentos, pois mais importantes que sejam. O cristianismo é muito mais
que qualquer ou todas essas coisas.
É uma realidade viva, comunicativa, ativa e poderosa, alguma coisa para ser vista na vida diária,
algo para ser sentido nas cenas da história da vida pessoal e doméstica, de hora em hora, algo
formativo e influente, um poder divino e celestial introduzindo nas cenas e circunstâncias através
das quais temos de nos mover como homens, mulheres e crianças desde domingo pela manhã até
sábado a noite. Ele não consiste na retenção de certos pontos de vista, de opiniões e princípios de ir
a este ou aquele lugar de adoração.
O cristianismo é a vida de Cristo transmitida ao crente, habitando Nele e que emana Dele, nos seus
milhares de pequenos detalhes que irão constituir a nossa vida diária de carola em torno Dele. Ele é
genial, cordial, alegre, puro, elevado, santo, celestial e divino. Tal é o cristianismo do Novo
Testamento. É Cristo habitando no cristão e reproduzido pelo Espírito Santo na carreira diária e
prática do cristão. Este é o cristianismo nada mais, nada menos, nada diferente" (C.H.
Mackintosch).
Naquele momento, agradeci ao Senhor por ser mais uma daquelas que conhecem e experimentam
esse poder em suas vidas, pois sou cristã e o Senhor tem me mostrado esse cristianismo todos os
dias desde quando me chamou para Sua Obra.
Fui evangélica na minha meninice, mas não sabia o que representava servir a Jesus de todo coração;
não conhecia o poder de Deus em minha vida. E o fascínio pelo novo, pelo desconhecido, pelo
oculto colocou-me longe dos caminhos santos.
Morava em uma cidade a noroeste do R.G.S., onde passei a minha infância. Tive um lar bem
constituído. Meu pai foi presidente da Igreja Luterana e um dos construtores da mesma naquela
cidade. Frequentávamos os cultos em nossa Igreja aos domingos, sendo que esses momentos eram
poucos, diante da inquietude que sentia em meu coração. Sentia necessidade em conhecer mais
sobre o além da vida, o que aconteceria após a morte e também o mundo invisível. Não busquei a
Deus e deixei-me influenciar por uma amiga, cujos pais envolviam-se com o espiritismo. Através da
curiosidade, iniciava-se o meu envolvimento com seitas e vãs filosofias. E durante minha juventude,
saí do fascínio e caí no pesadelo. Meu pai, devido a problemas internos da Igreja, começou a faltar
cultos e deixou de procurar o pequeno grupo de irmãos. Sem perceber, nos afastamos da presença
do Senhor.
Comecei, juntamente com meu irmão, com pequenas experiências no ocultismo, em práticas
simples de consultas aos mortos, onde eram colocadas as letras do alfabeto em um círculo e no
centro, um copo. Recebíamos informações diversas, de espíritos malignos, que para nós eram
espíritos de pessoas mortas. Dai em diante, praticamente toda família passou a envolver-se com os
fenómenos sobrenaturais. Tive acesso a literatura do Positivismo a até mesmo ao livro proibido de
São Cipriano. Perdia horas envolvida em literaturas esotéricas. Praticava diariamente mentalizações
e mantrans. As orações, e leitura da Bíblia ficaram no esquecimento. Ao mesmo tempo em meu lar,
os diálogos passaram a gritarias. Os bens materiais começaram a ser vendidos devido a problemas
financeiros e negócios mal realizados.
Iniciei um estudo sobre o Movimento Gnóstico através da literatura e comecei a frequentar o
mesmo em uma cidade próxima, já que vendemos nossa casa e nos mudamos para lá. Na época, já
cursava a faculdade de Química e, como não havia o Movimento nesta cidade, frequentava as
conferências gnósticas na cidade onde meu pais moravam.
Grandes mudanças ocorreram em meu ser, refletidas em meu exterior, no modo de falar, de vestir,
de alimentar-me. Com pensamentos e maneira de viver voltados ao comportamento daquela seita.
Quando o Movimento Gnóstico iniciou na cidade onde eu cursava a faculdade, passei a inteirar-me
grandemente, participando das conferências, ensinos e práticas quase que diariamente. Estava
entrando por caminhos que poucos conseguem libertar-se, onde o inimigo age disfarçadamente,
com teorias e filosofias cheias de mentiras e distorções da Palavra de Deus.
Já no primeiro ano, iniciei meus estudos quanto ao taro, nos quais usava orientações bibliográficas
publicadas por Samael Aun Weor, fundador do Movimento Gnóstico. Até mesmo as festividades
religiosas passaram a ter outro sentido. Nos reuníamos na Páscoa para discutir em conferências, a
colocação de uma teoria diferente daquela apresentada pelos cristãos, onde Jesus Cristo era Jesus, o
Cristo. Tínhamos muitos e assíduos espectadores. Alguns retiravam-se indignados com as
colocações, mas outros permaneciam e passavam a frequentar o Movimento.
30

Meu pai iniciou seus estudos esotéricos no Movimento Gnóstico por insistência minha e de meu
irmão, assim como minha irmã que, na época, tinha nove anos. Minha mãe assistiu algumas
conferências mas, normalmente, contra sua vontade.
E o convívio familiar ficou insuportável. Brigas e agressões físicas, dificuldades financeiras e
traumas sentimentais faziam parte do nosso dia a dia, resultando em uma desunião total, tanto que,
após vinte e cinco anos de casamento, meu lar foi assolado por um divórcio entre meus pais.
Esqueci-me do Deus de minha infância e enchi-me de teorias e medos. Possuía um coração
angustiado e cheio de dores. E, apesar das incertezas e dúvidas, sentia-me cheia de poderes e
verdades. Invocação de gnomos e mestres gnósticos eram rotina para mim, bem como as várias
experiências que tive, incluindo experiências no astral.
Depois de dois anos de convívio com o esoterismo, o Senhor Deus olhou para mim e teve infinita
misericórdia de minha cegueira espiritual.
Conheci Gilson em um balneário onde acampava em férias, com meus pais. Na época, encontrava-
se desviado dos caminhos do cristianismo. Fizemos amizade e trocamos várias ideias sobre
esoterismo, onde falei-lhe da Gnose. Ele fez várias perguntas e interessou-se grandemente. Na
época, morava em uma cidade a sudoeste do Rio Grande do Sul, fronteira do Brasil com o Uruguai,
e eu em uma cidade na região do Planalto Médio, da mesma cidade, para onde ele veio a mudar-
seemjulhode 1990. De início, éramos grandes amigos, mas não tardou, iniciamos a namorar e
passamos a frequentar o Movimento juntos. Após as primeiras conferências, conversávamos e
trocávamos experiências e ideias, havendo assim, uma aparente harmonia. Mas logo as discussões
surgiram, as quais tomaram-se frequentes devido as discordâncias que ele apresentava em relação a
filosofia gnóstica. Argumentava de sua convivência cristã e de seus conhecimentos bíblicos.
No começo, pareciam que estas dúvidas e discordâncias seriam sanadas mas, com o tempo,
agravaram-se, e senti que haviam muitas diferenças e dificuldades em nosso relacionamento.
Estávamos no mês de fevereiro. Ele na fase "A" das conferências e eu na "B" Avançada, prestes a
fazer o juramento gnóstico e passar para a fase "C".
Irritava-me com suas citações bíblicas, pois parecia que ele tocava em algo sagrado, com
comentários não dignos, já que para nós, a teoria gnóstica era imutável e a Bíblia continha citações
ultrapassadas e interpretações sem fundamento ou seja, de difícil compreensão, segundo a visão
gnóstica.
Para mim, os cristãos não passavam de sinceros equivocados e nada tinham a ver com o
conhecimento superior que julgávamos possuir.
Certa vez, estava estudando os estatutos gnósticos, me preparando para o juramento, quando percebi
a seguinte petição:
"Meu Pai, meu Deus, dê sete passos e prostra-te diante do Mestre Samael". Por momentos, fui
tomada de pensamentos sobre o que significava Deus para mim: Criador de tudo, o Todo-Poderoso
e Senhor de nossas vidas, e lembrei-me então de meus ensinamentos cristãos em minha infância.
Como então, poderia Deus prostrar-se diante de um homem?
Sentia-me estranha, duvidando daquela petição, mas decidi não participai das meditações e nem da
cerimónia do juramento, enquanto não esclarecesse aquela dúvida.,
Durante este período, viajamos e fomos visitar meus pais que se encontravam em sérias
dificuldades financeiras. Lá, sofri grandemente com afrontas e ofensas que me foram feitas por meu
pai, e a noi<e, em meu quarto, senti necessidade de uma palavra de conforto. Enquanto chorava,
sentindo-me muito deprimida, lembrei-me da Bíblia que havia ganho de nosso Pastor, na minha
infância. Recorri a sua leitura, mas fiquei decepcionada quando percebi que não a compreendia.
Levantei-me e sai de meu quarto e fui até o quarto onde o Gilson se encontrava. Quando abri a porta
percebi que também estava lendo a Bíblia; aguardei ele refazer-se da surpresa e pedi-lhe, em
prantos, que me explicasse a Palavra de Deus, já que eu não entendia o que estava escrito. Fiamos
horas e horas lendo a Palavra de Deus e meu coração encheu-se de Paz.
Ao retornarmos da viagem, estávamos sentados na sacada do apartamento em que morava com meu
irmão, quando do sétimo andar o Gilson percebeu, na fila do banco, a presença do Pastor Germano
Domingos Zucchi, de saudosa memória, líder da Igreja Assembleia de Deus, a mesma denominação
que ele havia frequentado durante sua vida cristã. Agarrou-me pelo braço, e saímos correndo escada
abaixo para alcançá-lo. Chegamos na sua presença ofegantes; o Gilson comunicou-lhe o nosso
desejo de conversar com ele que, prontamente, perguntou se gostaríamos de conversar ali mesmo,
naquele momento.
31

Fiquei surpresa com a simplicidade daquele homem pois, para conversarmos com nossos mestres
tínhamos que marcar com bastante antecedência. Já fazia um bom tempo que eu tentava conversar
com os líderes do Movimento Gnóstico, e eles protelavam. Assim, não conseguia esclarecer as
dúvidas que estavam surgindo.
Marcamos para falar com ele à tarde. Ao chegar em sua casa, percebi a simplicidade e a sinceridade
daquele homem de Deus. Conversamos com ele em torno de duas horas, e ali iniciou-se em meu
interior um grande interesse pelo evangelho. Percebi que havia formado uma ideia errada do
evangelho, e de tudo que o envolvia. Talvez pelo mau testemunho de alguns amigos de meus pais.
Este Pastor ensinou-me a olhar para Jesus, e também mostrou-me um caminho estreito da salvação,
quando relatou-me a maneira como foi abandonado pela sua família, após aceitar Jesus como seu
Salvador. Seu testemunho serviu-me para enfrentar os problemas e críticas que sofri, após minha
conversão e decisão por Cristo.
Ao retornarmos para casa, convidei o Gilson para irmos até a Igreja a noite. Chegando até aquele
lugar, Deus usou de tal maneira Seus servos, que pareciam conhecer minha vida e meus problemas.
Irritava-me com as constantes glorificações feitas por alguns e percebi, com surpresa, um brilho no
rosto de algumas pessoas que se encontravam no culto. Era a primeira vez que eu entrava naquela
Igreja e olhava atentamente aquelas pessoas e percebi que, ao mesmo tempo que sorriam, também
choravam. Aquilo era incompreensível para mim, sem entendimento humano, pensei comigo:
"Como é que conseguem emocionar-se desta maneira? Parece que algo sobrenatural lhes acontece.
É como se estivessem hipnotizados. Até mesmo suas glorificações pareciam não vir deles próprios e
sim, de outro ser que naquele instante, estava em seus interiores". Emanava daquelas pessoas uma
adoração pura, vinda de seus corações, tinham ideias diferentes e ali, naquele lugar, o brilho em
seus rostos era constante como se lágrimas limpassem suas amarguras e aflições, e a alegria surgisse
como o sol entre a escuridão.
Aquilo parecia diferente de tudo que eu conhecia, sentia náuseas, como poderia um dia, ser igual
àquele povo, que se entregava a um Deus que não precisava dos seus esforços para resolver seus
problemas e conduzir suas vidas? Impossível!
Às vezes, durante a pregação, me perguntava o que estava fazendo naquele lugar, pois, se alguém
me visse, morreria de vergonha. As pessoas do Movimento Gnóstico com certeza, diriam que
regredi em inteligência e sabedoria. Mas, embora a palavra daquele pregador fosse tão convincente,
não conseguia imaginar-me falando as mesmas coisas sem me sentir ridícula. Como que aquelas
histórias contadas poderiam ser verdadeiras? Então Deus desceria de Sua Glória para morrer por
mim, por nós? E a partir daí, declarando Ele como Salvador e O aceitando, seria salva dos meus
erros e pecados? Mas, e aquelas meditações para destruir meus egos (defeitos) não se faziam mais
necessárias? Não precisaria mais ficar horas e horas criando monstros em minha mente e depois
destruí-los com o fogo de Kundalini (serpente)?
Todos os sacrifícios seriam deixados de lado para permitir um Jesus Cristo que ressuscitou
carnalmente, entrar espiritualmente em meu coração e transformar tudo: vontade personalidade,
desejos e até mesmo interesses, e depois, uma vida eterna sem dores e num mundo diferente e cheio
de alegrias com este Deus? Era muito para mim!
Sai daquele lugar enraivecida, achando que o Gilson havia contado para aqueles pregadores minha
história e pensando se teria coragem de retornar. Naquela noite porém, fui ler a Bíblia e as palavras
falavam comigo. Fiquei surpresa e adormeci, pensando em todas as coisas que poderia fazer com
que meus objetivos fossem trocados e nos três anos em que dediquei-me ao Movimento Gnóstico,
das tristezas e escolhas feitas através dele. Era muito difícil compreender o que estava acontecendo
comigo.
No outro dia, pela manhã, pela primeira vez, orei a Deus e pedi que, através da Sua Palavra,
mostrasse-me porque a Gnose não pertencia á verdade divina. E, ao manusear a Bíblia
constantemente naquela manhã, encontrei algumas passagens citadas e aplicadas por Samael Aun
Weor. Levantei-me do sofá da sala e dirigi-me a cozinha, deixando a Bíblia aberta, sendo que as
portas e janelas estavam fechadas. Percebi ao retornar, com espanto, que a Bíblia havia sido
manuseada e se encontrava aberta no livro da Primeira Epístola de João. O primeiro versículo que
observei foi o versículo 22, do capítulo 2, que diz:
"Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo, esse mesmo que
nega o Pai e o Filho."
Para mim, tudo havia se esclarecido. Fechei a Palavra de Deus e alegrei-me pela resposta de minha
oração. Passei a frequentar a Igreja.
32

Em uma quinta-feira, Deus tocou-me, e converti-me diante da mensagem da cruz. Senti-me aliviada
e deixei aos pés de Jesus Cristo os meus pecados, iniciando juntamente com Ele uma caminhada de
vitórias, pois havia aceitado a mensagem d'Aquele que disse:
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32).
Havia conhecido a Verdade eterna e sido liberta para sempre. Passei da morte para a vida com Jesus
Cristo, e também a viver em um mundo maravilhoso de amor e liberdade, livre de teorias, medos e
angústias.
Fora de encontro com a paz de Deus, paz "que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus" (Paulo aos Filipenses 4:7).

13
Alicerces de minha vida com Jesus
Após minha conversão, iniciei um estágio de grandes dificuldades. É como se eu fosse um vaso e
Deus o oleiro, pois o vaso foi totalmente quebrado, esmiuçado, reduzido a pequenos fragmentos. O
Oleiro, em Sua sabedoria, construiu um vaso novo. De início, quando ouvia a pregação da Palavra
do Senhor, me contorcia e as palestras e ensinamentos gnósticos apareciam constantemente em
minha mente, refutando a tudo como se não houvesse comunhão de espírito entre os pregadores e
eu, porque não compreendia seus ensinamentos bíblicos, pois pareciam distantes de mim.
Certa vez, fui visitar um irmão e ele deu-me um folheto que continha uma passagem bíblica
encontrada em Romanos 1:18-32, onde no versículo 22 pude ler: "Dizem-se sábios, mas tornaram-
se loucos." Senti que estava confusa, louca, diante dos ensinamentos diabólicos de Satanás. Ao
chegar em minha casa, dobrei os meus joelhos e clamei para que Deus renovasse minha mente com
ensinamentos cristãos e que eu pudesse compreender Sua Palavra, esquecendo-me das teorias que
me haviam ensinado. Levantei-me e abri minha Bíblia. Percebi então a facilidade com que passei a
compreender a Palavra de Deus e, continuando a leitura encontrada no folheto, grandes coisas
descobri. "Clama a mim e responder-te-ei e anunciar-te-ei cousas grandes e firmes que não sabes"
(Jeremias 33:3).
Batizei-me nas águas em dezembro de 1992. Em janeiro de 1993, Deus batizou-me com o Espírito
Santo (Atos 2). Recebi a oportunidade de dar meu testemunho em um culto. Ali conheci o primeiro
milagre. Presenciei Deus operar, quando uma jovem que não tinha condições físicas de ter filhos foi
curada naquela noite e hoje tem um lindo menino com mais de cinco anos de idade.
Havia uma diferença incomparável entre servir a um Deus que ouve, vê, sente e compreende as
necessidades de seus servos, e seguir a teorias criadas por homens. É maravilhoso quando o homem
reconhece ser um "nada" sem Deus e Ele como um "tudo" em nós, seres humanos.
O fundador do Movimento Gnóstico Cristão Universal, iniciou seus estudos no cristianismo
primitivo, mas distanciou-se dos fundamentos cristãos verdadeiros ao conhecer ciências que
derivam da Psicologia, Antropologia, Cosmogênia, Filosofia e Esoterismo Prático. Embora
procurasse em seus estudos o método Eclético, conseguiu criar uma salada de teorias, levando-as a
milhares de adeptos pelo mundo, os quais distanciaram-se da visão bíblica e Missão Cristã
cumprida no Senhor e Salvador Jesus Cristo. Insatisfeitos com seus ensinamentos humanos,
enredou-se em teorias ditadas por Satanás e alcançou à humanidade mais um confuso e impossível
método de chegar a ser um "homem perfeito" sem a ajuda de Deus, cuja Palavra afirma em
Romanos 3:10: "Não há um justo, nem um sequer."
Muitas pessoas queixam-se de lerem a Bíblia e não a entenderem, mas posso afirmar que é porque
não buscam a ajuda de Deus, faltando-Ihes a correta e pronta orientação espiritual, dentro da própria
Palavra de Deus, especialmente se tem a vida espiritual desequilibrada e doentia, a qual somente um
milagre de Deus pode reajustar. O desequilíbrio espiritual atinge o ser humano quando este julga-se
sábio demais para ater-se a leitura da Bíblia Sagrada, julgando ser, este, um livro ultrapassado, e sai
a procura das coisas espirituais em escritos de mestres meramente humanos que, os invés de
conduzi-los a proximidade com Deus, acabam afastando-o de vez, com o uso de fábulas
meramente humanas.
Para que o ser humano compreenda as coisas de Deus, independe de sua condição intelectual,
precisa, sim, de um coração sedento das verdades eternas, ser pequenino, humilde na presença de
Deus.
33

"Naquela mesma hora exultou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu
e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos; sim,
ó Pai, porque assim foi do teu agrado" (Lucas 10:21).
A Bíblia é a revelação de Deus à humanidade. Tudo que o homem tem a fazer é tomar o Livro, e
apropriar-se dele pela fé, sendo que o autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo e
seu tema central é Jesus Cristo.
O pastor António Gilberto escreveu certa vez que:
"... o homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticar a Bíblia para
ser santo ..."
O famoso escritor inglês Walter Scott, autor de uma série de livros mundialmente conhecidos
quando, moribundo, jazia em seu leito, pediu a seu filho mais velho:"... Dê-me o livro!" À pergunta
a qual livro o pai se referia, Scott respondeu: "Há somente um livro que pode ser chamado de Livro,
isto é, a Bíblia". Scott tinha razão em sua colocação. Que livro escrito por cerca de quarenta autores,
de lugares e culturas totalmente diferentes, por um período de 1600 anos, persiste por vinte séculos,
contendo o passado, presente e o futuro da humanidade, sem necessitar de correções ou
atualizações? Sabemos que a Bíblia é repleta de palavras vivas que harmonizam-se, sem
contradições.
Não podemos dizer o mesmo dos livros gnósticos, com fórmulas mágicas de transformações
interiores, que ainda na época que pertencia ao grupo, necessitaram serem refeitos, por possuírem
falhas. Pobres adeptos, que constróem suas certezas em mentiras, em teorias de homens que,
considerando-se sábios, tornaram-se loucos. O apóstolo Paulo a estes fez referências, quando
escreveu a primeira carta aos Coríntios 3:19:
"Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios
na sua própria astúcia."
Joseph Cook afirmou certa vez, sobre ensinamentos humanos: "São jóias retiradas da lama!..., pois
qualquer verdade encontrada em trabalhos humanos, seja do ponto de vista moral ou espiritual,
acha-se em essência no velho Livro ... a Bíblia".
Nas teorias gnósticas, constantemente nos deparamos com citações bíblicas distorcidas, segundo a
visão humana, acrescentada e interpretada sem a ajuda do Espírito Santo. Paulo escreveu na
Segunda Epístola a Timóteo, capítulo 3 e versículo 16:
"Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir,
para instruir em justiça."
Sabemos que as citações gnósticas no que concerne a textos bíblicos não passam de distorções
usadas por Satanás, para confundir e conquistar os crentes que não estão firmes na Palavra de Deus,
pessoas que convivem no meio do povo cristão, no entanto, não nasceram de novo. Faz-se
necessário aos seguidores de Jesus Cristo um novo nascimento, citado no evangelho de João 3:1-21,
onde Jesus responde a Nicodemos, que era fariseu, líder religioso e um dos principais
dos judeus:
"Em verdade, em verdade eu te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus" (João 3:3).
Jesus Cristo ressalta, ainda, a necessidade de nascermos do Espírito e não da carne.
Certa vez, questionei o porquê dos gnósticos não valerem-se da Bíblia, para seus ensinamentos, em
toda a sua extensão. Justificaram-me que a mesma estava ultrapassada e sem valor para nossos dias,
tornando-se apenas um livro histórico. Este livro chamado de velho e ultrapassado, pelos gnósticos,
no entanto, tem persistido durante tantas gerações, que se fosse de origem puramente humana, é
claro que estaria desatualizado, mas como sua origem é divina, mostra-se como um livro cheio de
antiguidades, nunca velho, onde lemos várias vezes, sem perder o interesse e sempre descobrindo
mistérios, maravilhosas promessas e respostas para todas as perguntas da alma humana. A
orientação usada, sempre de forma sutil, pelas seitas, em geral, é para que seus adeptos não façam a
leitura da Bíblia Sagrada e sim, de muitos outros livros, com a finalidade, como tudo o que fazem,
dos frequentadores do Movimento Gnóstico não conhecerem a Jesus Cristo como Ele realmente é,
pois somente O podemos conhecer através da leitura das Sagradas Letras. Foi Ele mesmo que disse:
"Examinais as Escrituras, porque vós cuidas ter nelas a vida eterna; e são elas que de mim
testificam" (João 5:39).
Para concluir, faço minhas as palavras do poeta lírico alemão Henrique Heine:
34

"Depois de haver passado tantos e tão longos anos de minha vida a correr as tabernas da filosofia,
depois de me haver entregue a todas as politiquices do espírito e ter participado de todos os sistemas
possíveis, sem nele encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia".

O MEU MESTRE
Elicine K. Deferrari
O Meu Mestre não foi como outros mestres!
Ele foi perfeito e sofredor.
Não tinha beleza e sentia muita dor.
Viveu com o Pai e aprendeu a ser humilde e a ensinar.
Não tinha riquezas
Não teve glórias aqui na Terra.
Mas foi torturado e provocado.
Sem Se defender!
Teve família e a deixou.
Não festejou, muito trabalhou!
Fez a missão que Lhe coube em pouco tempo.
Missão difícil, missão de sangue ...
Inocente ... na cruz como maldito foi morto.
E era puro e sem pecados.
Triste e abandonado
Meu Mestre não foi como outros mestres.
Por isso hoje vivo para Ele.
Abandonei os mestres que só mentiam e me enganaram.
Fizeram de mim um grande nada!
Mas o meu Mestre me concedeu ser
Filha do Seu Pai e morar com Ele.
Se preciso for, seguirei Seus passos.
Sei que não terei grandes momentos neste mundo.
Meu caminho é como de meu Mestre.
Muito trabalho, muito afinco, muito desprezo!
Não terei compreensão!
Meu consolo é meu Mestre que pacientemente
Está a me esperar.
Ele quer me trazer a salvação
Porque Ele é verdadeiro!
Que não engana e tem poder...
Teve coragem e não pecou ...
Morreu por mim, e por mim ressuscitou.
Foi o único que me ensinou a adorar
O meu Pai que vivo está.
E por isso tenho vida,
Ele é meu amigo
Me ouve, me aceita ...
E trabalhando agora está, nos Céus
A construir meu novo lar!

14
Contestação Bíblico
Não podemos precisar qual o tipo exato de gnosticismo que assediava cada área ou Igreja. O mais
correto é afirmar que todas as formas de gnosticismo se faziam presentes em cada área, embora em
algumas destas predominassem mais uma forma do que outra. Eles usavam alguns costumes do
lugar em que pretendiam instalar-se, as quais lhe seriam úteis, se adequavam a eles e iniciavam seus
trabalhos, permanecendo no lugar a doutrina que melhor se adequava a região.
35

É importante afirmar que os gnósticos combatidos pelos apóstolos, principalmente pelo apóstolo
Paulo, defendiam e divulgavam ideias semelhantes às da teosofia atual, pois o gnosticismo, sendo
um sincretismo de doutrinas religiosas e filosóficas, fundamentava seus ensinamentos num suposto
conhecimento misterioso e superior. Os teosofistas inclusive, aceitam a teoria gnóstica dos aéons ou
emanações celestiais, a qual deu origem a doutrina da reencarnação.
O que podemos afirmar com certeza, é que além da divulgação das doutrinas, eles tinham como
alvo principal a Igreja Cristã, as quais as teorias gnósticas tentaram prejudicar de tal forma que,
durante este período, foram escrito um total de nove livros, os quais encontram-se na Bíblia
Sagrada, no Novo Testamento, e seus escritos em todo ou em partes, foram direcionados para
combater diretamente as teorias gnósticas disseminadas em cada área, e orientar os cristãos contra
os perigos heréticos de tais ensinamentos, os quais devido a algumas semelhanças com o
cristianismo, acabavam causando muita confusão entre alguns irmãos. São eles:
A) Epístolas de Paulo aos Colossenses;
B) a Timóteo (I e II Timóteo);
C) a Tito;
D) As Epístolas Joaninas (1,11 e III João);
E) A II Epístola do Apóstolo Pedro;
F) A Epístola de Judas.

15
Aos Colossenses
Colossos era o nome de uma cidade da Ásia Menor, situada a sudoeste da Frigia, no vale do Rio
Lico, distante 18 quilómetros de Laodicéia. Ali havia uma comunidade cristã, a qual Paulo nunca
visitou (Colossenses 2:1), e que era administrada por Epafras. Este foi falar com o apóstolo, a fim
de relatar-lhe as dificuldades que enfrentava com a infiltração da heresia gnóstica no seio da
comunidade, além de dar-Ihe também um relato geral da Igreja naquela localidade. Paulo
aproveitou a oportunidade para^enviar uma carta geral à Igreja de Colossos, a qual foi escrita em
Roma durante a primeira prisão de Paulo, que é a Epístola aos Colossenses.
Estudos nos levam a crer que os maiores problemas que Epafras enfrentava na Igreja de Colossos,
eram os seguintes:
- Havia ali uma forma de adoração a anjos, onde criou-se uma grande polémica, pois os gnósticos
difundiam a doutrina de que os anjos seriam mediadores angelicais e, por conseguinte, mediadores
da salvação, colocando a Jesus Cristo como um destes anjos.
- Os gnósticos de Colossos eram essencialmente ascéticos, pois pregavam a redenção através da
prática da autodisciplina, com a renúncia de certos prazeres corporais, principalmente no tocante a
ingestão de alimentos, uma vez que julgavam o corpo mau por natureza, tendo portanto que ser
destruído para poder alcançar a redenção.
Quanto a questão da alimentação, havia ali uma grande influência da seita judaica dos essênios os
quais, acredita-se, tiveram grande influência sobre os gnósticos de Colossos.
Paulo era sabedor das misturas de filosofias que estavam sendo ensinadas em Colossos pelos
mestres gnósticos e estava ciente de que tais ensinamentos eram nocivos e poderiam corromper a fé
cristãs dos crentes daquela localidade. Paulo então exalta a grandeza e supremacia de Jesus Cristo, o
qual ele chama de "... imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criação" (Colossenses
1:15), esperando com isto que os crentes se apercebessem da insuficiência do falso ensino a que
estavam seguindo.
Paulo também demonstra preocupação pelos "que estão em Laodicéia" (2:1) e gostaria que esta
epístola também fosse lida por eles. Nesta epístola, Paulo faz várias advertências contra as falsas
doutrinas, lhes dizendo, entre outras coisas:
Quanto a adoração a anjos, como mediadores: "Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto
de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado em sua
carnal compreensão" (2:18); Quanto aos ascéticos e sua forma de alimentar-se: "Portanto ninguém
vos julgue pelo comer, ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos
sábados" (2:16); Quanto as doutrinas dos homens:
36

"As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em
disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne" (2:23). Textos
importantes:
a) 1:15-3:17 = Nestes textos, Paulo refuta os ensinamentos ministrados pelos falsos mestres
gnósticos, e faz menção as onze superioridades de Jesus Cristo, colocando-0 como único redentor e
reconciliador da humanidade para com Deus, afirmando que todas as coisas foram criadas por Ele,
sendo Ele também a cabeça da Igreja.
Paulo os exorta aos cristãos à santidade e ao amor fraternal "para que os seus corações sejam
consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para
conhecimento do mistério de Deus - Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da
sabedoria e da ciência" (2:2-3).

16
I Timóteo
Paulo escreveu esta epístola a Timóteo, depois de ter saído da primeira prisão que sofreu em Roma,
quando reassumiu suas funções no trabalho missionário. Timóteo era um jovem pastor, descendente
de judeus e gentios, que gozava de bom testemunho junto aos cristãos que o conheciam (Atos 16:1-
3). Era responsável pela importante igreja cristã situada em Éfeso. Ele, juntamente com Tito, eram
íntimos colaboradores de Paulo não só em Éfeso, mas também em grande parte da Ásia. Alguns
estudiosos concordam que esta Epístola teria sido escrita na Macedónia.
Nesta, como nas demais Epístolas Pastorais (que são I e II Timóteo e Tito), são combatidas as
heresias nas mais diversas direções, as quais continham em seu meio vários elementos, tanto
judaicos como pagãos. Porém, a heresia combatida com destaque nas epístolas pastorais é uma das
muitas variedades do gnosticismo greco-oriental, o qual tinha muitas faces (conforme citamos em
Correntes Gnósticas), as quais procuravam sempre adequar-se ao lugar onde queriam implantar suas
doutrinas, usando para isto fórmulas diferentes em cada região.
Com um estudo um pouco mais detalhado, chega-se a conclusão de que os gnósticos eram bastante
confusos na propagação das suas doutrinas.
Paulo porém concentra, de uma forma geral, seus ataques nestas Epístolas Pastorais a variedade
libertina do gnosticismo, com exceção a esta primeira epístola a Timóteo, onde Paulo combate a
forma asceta do mesmo (mais especificamente no capítulo 4, versículos 1 a 5), que nada mais era
senão o outro extremo da variedade libertina da filosofia gnóstica.
A forma de gnosticismo combatida nesta Epístola (o ascetismo), sobre a qual sabemos que eram
vedados certos alimentos, principalmente as carnes e as bebidas alcoólicas, bem como também o
casamento, é a mesma forma de ascetismo atacada por Paulo na Epístola aos Colossenses 2:16;20-
23. Ensinavam os ascetas que com o casamento haveria reprodução e portanto, mais corpos
humanos pecaminosos seriam colocados no mundo, constituindo-se assim em prejuízo para a
humanidade.
Paulo os combate, dizendo quanto a alimentação que os animais são criados por Deus (4:4),
podendo assim serem consumidos; afirma também que o casamento, condenado pelos gnósticos, foi
instituído por Deus (Génesis 2:24; Marcos 10:7; Efésios 5:31), bem como a multiplicação da raça
humana (Génesis 1:28).
Textos importantes:
a) 1:3-7 = Paulo fala da situação em Éfeso, e ressalta a necessidade de combater os falsos
ensinamentos.
b) 2:1 -7 = Paulo exorta a fazer oração por todos os homens, pois a salvação é para todos os que a
aceitarem, indistintamente.
c) 4:1-5 = Falando sobre a apostasia dos últimos tempos, Paulo alerta para os adversários da Igreja;
É importante observar aqui o que nos diz Samael Aun Weor, mestre do gnosticismo
contemporâneo, sobre o Anticristo7:
"O Anticristo odeia mortalmente as virtudes cristãs da fé, da paciência e da humildade.
Chegou a hora da grande apostasia, anunciada por todos os profetas e nenhum ser humano se
atreveria a pronunciar-se contra o ANTICRISTO".
d) 6:3-5 = No primeiro século, os falsos mestres deslocavam-se nas mais diversas direções,
divulgando seus ensinamentos a quem lhes desse ouvidos, independente do local em que se
37

encontravam. Paulo fala como proceder em relação a eles, pois negavam a salvação universal,
ensinando ser esta privilégio de um pequeno número de pessoas.
A única exceção encontrada nesta Epístola, está no capítulo 2:5,
que diz:
"Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem."
Neste versículo, o apóstolo Paulo reafirma a humanidade real de Jesus Cristo, algo não aceito pelos
seguidores do gnosticismo, principalmente pelos docéticos, dos quais faziam parte a grande maioria
dos mestres gnósticos. Ele faz menção a humanidade de Jesus, afirmando que mesmo sendo Filho
de Deus, tornou-se homem por amor a todos os humanos, constituindo-se assim o único e suficiente
Mediador entre Deus eos homens, dos quais Paulo dizia ser o principal (1:15).
Observa-se ao final do versículo acima citado a afirmação "homem". Porque Paulo teria afirmado
isto? A primeira vista, pode nos parecer sem sentido mas a verdade é que esta afirmação tem uma
finalidade ímpar, como tudo que está registado na Bíblia Sagrada. Trata-se, na verdade, de um
alerta aos cristãos quanto a humanidade genuína de Jesus, algo não aceito pelos gnósticos. Porém,
para os cristãos Jesus tornou-se humano, habitou nesta terra, esteve sujeito as mesmas paixões como
qualquer ser humano, teve as mesmas necessidades normais tais como fome, sede, cansaço, tristeza
e tentações. Afirmações deste tipo estão por toda a parte no Novo Testamento as quais, além de
inquestionáveis, são literalmente aceitas por todos aqueles que amam e servem a Deus, assim como
a afirmação de que Jesus Cristo morreu e ressuscitou, por amor a todos habitantes deste mundo
perdido.
O cristianismo tem na ressurreição de Jesus Cristo a sua grande vitória, o que o faz especial,
diferente das demais crenças e filosofias existentes no mundo. A ressurreição é algo tão importante
que faz com que todos aqueles que discordam dos cristãos, procurem combater este fato peculiar ao
cristianismo, o que por inúmeras vezes tem tentado, fazendo o uso de fábulas inventadas por
homens, as quais negam a humanidade de Jesus, colocando-o como uma emanação espiritual,
fantasma, uma entidade cósmica perfeita e afirmações similares, dizendo que por isto, o drama de
Jesus aqui na Terra não existiu e sim o que realmente teria acontecido fora nada mais do que um
drama cósmico nada tendo portanto, de real no mundo físico.
A verdade inelutável porém, é que Jesus Cristo venceu o mundo, o pecado e a morte e está sentado
a direita do Deus Todo-poderoso onde intercede por todos aqueles que O reverenciam como Senhor
de suas vidas, pois no evangelho de Marcos 16:19, diz:
"Ora o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus."
(Examine também: Atos dos Apóstolos 7:55-56; Epístola de Paulo aos Romanos 8:34; aos
Colossenses 3:1 e Hebreus 10:12).
Jesus Cristo não é um Deus fora de nosso alcance. Pelo contrário: ele é muito próximo a nós a ponto
de chamar de "amigos" a todos aqueles que O servem. Em João 15:14, Ele nos afirma isto, dizendo:
"Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando."
E não foi somente Paulo que defendeu a humanidade autêntica de Jesus Cristo, senão todo o Novo
Testamento da Bíblia Sagrada ensina sobre isto, rebatendo assim, diretamente a filosofia gnóstica
em sua forma docética, no que se refere a natureza terrena de Jesus.
Paulo exalta a Jesus, escrevendo:
"Ora ao Rei dos Séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre.
Amém" (I Timóteo 1:17).

17
II Timóteo
Esta Epístola foi escrita por Paulo, destinada a Timóteo quando estava preso pela segunda vez, no
ano 67, provavelmente na cidade de Roma, cinco anos após ter escrito a primeira. O apóstolo fora
vítima da grande perseguição imposta por Nero aos cristãos, os quais foram falsamente acusados
por ele de terem sido os causadores do grande incêndio que destruiu grande parte da cidade de
Roma, iniciado por ordem direta sua.
Foi o último escrito de Paulo, pois estava esperando ser martirizado em breve, o que veio a
concretizar-se. Esta talvez foi a pior fase da vida do Apóstolo e, no entanto, ele encontrava-se
solitário, pois havia sido abandonado por muitos de seus amigos, antigos companheiros seus, dos
quais contava apenas com a companhia de Lucas neste período. Apesar disso e mesmo estando a
38

mercê de novos perigos, o Paulo lembrou-se de Timóteo, não preocupando-se consigo mesmo e sua
morte próxima, mas sim, com o Obra de Deus.
A Igreja Cristã passava por dias difíceis, pois estava sendo assolada por uma grande onda de
apostasia, consequente da influência dos mestres gnósticos e também da terrível perseguição
imposta por Nero aos cristãos, um imperador cruel e sanguinário, que não havia hesitado nem
mesmo em matar sua própria mãe.
Dentre as várias orientações ao ministério pastoral de Timóteo, Paulo o alerta para o perigo da
heresia gnóstica, tida como a principal causa da apostasia daqueles dias na Igreja, cujos adeptos ele
chama de "hereges", exortando-o a "permanecer naquilo que havia aprendido" (II Timóteo 3:14 a).
O que nos chama a atenção é que estes, classificados por Paulo como "hereges", tinham nele um de
seus campeões. Márciom, um dos mais importantes e inteligentes líderes gnósticos do segundo
século, foi um exemplo disto. E não só naquele tempo, pois o gnosticismo contemporâneo também
nutre grande admiração por Paulo, ao qual consideram um "mestre perfeito".
A filosofia aqui combatida é a forma libertina do gnosticismo, a qual havia sido introduzida na
Igreja, principalmente entre as mulheres, como podemos observar no capitulo 3 e versículo 6, que
diz:
"Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias
carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências."
Os gnósticos, que intitulavam-se a si mesmo de "cristãos", exerciam uma religiosidade a qual não
continha nenhum poder espiritual, e a denominavam de "filosofia". Esta "filosofia" era, na verdade,
um credo secreto e que contava com certas formas de adoração estranhas ao genuíno cristianismo
instituído por Jesus Cristo.
Os gnósticos libertinos criam que o corpo humano era a sede do pecado e, por isto, não poderia ser
remido. Ensinavam que o único meio com o qual o corpo poderia ser livrado do pecado era somente
através da morte física. Por isso, eles praticavam diversos abusos com o mesmo. Aliás, estudos não
nos deixam dúvidas de que, para os libertinos, quanto maior o abuso com o corpo, mais próxima
estaria a redenção. Na cidade de Corinto, por exemplo, haviam em torno de mil "prostitutas
religiosas", nos templos dedicados aos deuses pagãos, as quais atraiam incontáveis turistas,
ganhando assim muito dinheiro que era usado para edificar e adornar seus templos e sustentar
pomposamente seus sacerdotes. E pior: sutilmente, os gnósticos libertinos foram introduzindo estes
pecados pagãos nas fileiras da Igreja Cristã.
Isto acontecia porque a Igreja Cristã tinha em seu meio muitos membros que haviam vindo do
paganismo e estes, em alguns locais, constituíam-se na maioria. Na verdade, estas pessoas nunca
experimentaram o novo nascimento ensinado por Jesus Cristo, que está registrado no Evangelho de
São João, capítulo 3, versículos 1 a 21. Faziam parte dos "chamados", sobre os quais Jesus falou,
em Mateus 22:14: "Muitos são os chamados, poucos os escolhidos." Jesus Cristo também refere-se
a estes como joio semeado em meio ao trigo pelos filhos do maligno, em Mateus 13:24-30;36-43;
ladrões e salteadores, em João 10:8; lobos e mercenários, em João 10:11-14; vara seca, que não dá
fruto, em João 15:1 -6 e falsos mestres, em Mateus 7:22-23.
Paulo combate com firmeza este tipo de libertinagem nesta segunda epístola, incentivando o jovem
pastor Timóteo a combater os falsos ensinos ministrados pelos hereges (1:8-14), e a pregar e
defender o verdadeiro evangelho (3:1-9). Paulo estava convicto de que se os crentes fossem
fortalecidos na fé e na Palavra, não só perderiam o temor á perseguição, como saberiam identificar,
enfrentar e desmascarar, com sabedoria divina, os falsos mestres que proliferavam naquela região,
pois ele conhecia a Igreja local, onde já havia passado por esta experiência em sua terceira viagem
missionária (Atos 19:19).
Textos importantes:
a) 1:8-14 = Paulo exorta o jovem pastor Timóteo a pregar o Evangelho, anunciando a Jesus Cristo
único Mediador e Salvador a todos os homens e não somente a alguns poucos, como ensinavam os
gnósticos.
b) 3:1-9 = Encontra-se aqui uma advertência contra os falsos mestres, chamados por Paulo de
"hereges". Paulo refere-se a "tempos penosos" que haverão de vir. A Igreja pastoreada por Timóteo
passava por tempos difíceis com a apostasia causada pela perseguição e principalmente pelos falsos
mestres, assim como a Igreja também passa atualmente, tendo que enfrentar uma onda de heresia
que cresce a cada dia no mundo e que não vai parar. Porém, são dias difíceis, onde muitos se
desviam da verdade. São dias que antecedem ao arrebatamento. Os dias penosos porém, virão após
o arrebatamento, dentro da tribulação, quando a apostasia será geral, quando a besta "será adorada
39

por todos os que habitam sobre a terra ." (Leia o capítulo 13 de Apocalipse, onde você encontrará
estes acontecimentos descritos em ordem cronológica).
Paulo encerra sua advertência, no versículo 9, dizendo que os falsos mestres:
"Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto a sua insensatez, como também aconteceu
com aqueles (referindo-se a Janes e Jambres)."

18
Tito
Enquanto que as Epístolas a Timóteo foram enviadas a ele como representante dos pastores que
trabalham em igrejas locais, já constituídas, que estão enfrentando problemas, a Epístola a Tito foi
escrita a um servo de Deus, tido como o exemplo do "supervisor missionário", que também
pastoreia igrejas, só que em regiões quase inexploradas, as quais ainda lutam com o início de sua
organização.
Porém, não restam dúvidas de que as Epístolas Pastorais foram escritas pelo mesmo autor, tendo
essencialmente os mesmos propósitos, tendo como tema principal o combate aos falsos mestres
gnósticos.
Tito era um grego, que se convertera através da pregação de Paulo. Logo após sua "conversão,
passou a viajar com o Apóstolo, conquistando sua confiança, devido a grande dedicação e zelo com
que tratava seus compromissos espirituais, tornando-se assim um dos seus fiéis cooperadores. Paulo
então o deixou como seu representante em Creta, uma distante ilha situada na costa sudeste da
Grécia, a fim de reformar uma igreja fraca, corrupta e com infiltrações da heresia gnóstica em seu
meio. Ali haviam gnósticos que agiam com influências perniciosas, as quais incluíam o legalismo
judeu e a mitologização, as quais Paulo trata como "fábulas", no capítulo 1:14. Estas tanto tratavam
de histórias de natureza imaginativa acerca dos patriarcas, das quais os escritos do Talmude estão
repletos, bem como referiam-se a Jesus como uma das tantas "emanações celestiais" de Deus.
Textos importantes:
a) 1:9-16 = Neste texto, Paulo ressalta o dever dos líderes combaterem os falsos mestres e suas
doutrinas. Para tanto, ele identifica alguns elementos na doutrina ensinada por estes mestres, que
provavam sua falsidade, dentre os quais destacam-se:
- Eles negavam a suficiência do sangue de Jesus para a remição dos pecados, afirmando que seriam
necessárias ainda a obediência a uma série de rituais judaicos do Antigo Testamento e também a
observância das filosofias por eles ensinadas;
- Eram contraditório naquilo que ensinavam pois, ao mesmo tempo em que ensinavam e obedeciam
a inúmeras regras, toleravam inúmeros pecados, como é o caso dos libertinos, os quais chegavam
aos extremos opostos da doutrina cristã;
- Paulo afirma, no versículo 15 que "tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas ."
Isto significa que os mestres gnósticos haviam pervertido suas próprias consciências de tal maneira
que classificavam o bom em ruim e o puro em impuro. Eles continuavam com suas consciências
impuras porque ainda não haviam experimentado o poder regenerador do Espirito Santo de Deus.
Paulo, no versículo 16, encerra suas referências aos falsos mestres, dizendo:
"Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com suas obras, sendo abomináveis, e
desobedientes, e reprovados para toda a boa obra."

19
II Pedro
O apóstolo Pedro sabia que sua vida aqui na terra estava próxima do fim, pois Jesus Cristo lhe havia
revelado isto (1:14), e preocupado com a forma libertina do gnosticismo que estava invadindo a
Igreja lança, nesta segunda epístola, um severo ataque contra essa heresia. Sabia o apóstolo que o
falso ensino ministrado pelos mestres gnósticos levaria os cristãos a um comportamento licencioso
e que havia o perigo iminente de divisão na Igreja. E pior: os falsos mestres queriam tomar o poder
e o controle da Igreja da Deus, e Pedro estava consciente disso. O apóstolo então descreve com
detalhes nesta epístola os falsos mestres, e o perigos que estes representam para os crentes fracos,
que não tem convicção na fé que aprenderam e professam, e exorta-os a permanecer firmes no
40

Senhor, procurando sempre o crescimento espiritual. Ele alerta-os quanto a necessidade de adquirir
o verdadeiro conhecimento, para então poder combater os ensinamentos dos falsos mestres, pois
ensinava ele que somente a
correta compreensão da sabedoria de Deus, e o do retorno a comunhão com o Senhor Jesus Cristo,
daria forças para os crentes refutar tal heresia.
A preocupação do apóstolo é tanta, que a palavra-chave da epístola é "conhecimento", seguida da
palavra "saber", as quais são citadas dezesseis vezes por toda a epístola. O Apóstolo ensinava que
para não sucumbir as falsas doutrinas, o cristão deve ter o verdadeiro conhecimento, que só
encontramos nos ensinamentos de Jesus Cristo o qual, uma vez adquirido, faz também com que o
homem cresça interiormente.
Textos importantes:
a) 2:1-22 = O Apóstolo descreve os falsos mestres e sua forma de ação, iniciando pelo versículo
primeiro, onde diz que "... introduzirão encobertamente heresias destruidoras..." Os falsos mestres
não agiam publicamente, mas ministravam seus ensinos em cultos realizados em locais secretos
ensinando inclusive, nos lares dos cristãos fracos e descontentes, atacando principalmente a
humanidade de Jesus Cristo e a Bíblia Sagrada, desviando assim famílias inteiras do caminho da
verdade, fazendo com que "negassem até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmo
repentina destruição."
Pedro mostra-lhes neste segundo capítulo, a natureza depravada, falsa e destruidora da heresia
gnóstica, afirmando que a mesma é uma fonte de perdição eterna, jamais de salvação.
Nos versículos 4 a 9, encontramos a julgamento destes falsos mestres, algo não aceito pelos
gnósticos contemporâneos a Pedro, como também pelos atuais. Observe o que G.R.S. Mead
escreveu8 :
"Será que pensamos, então, que o Cristo iria rejeitar a alma de um Plotino, de um Porfírio, ou de um
Proclo simplesmente porque rejeitaram as formas que um Irineu, um Cirilo, ou um Teodoreto
reivindicaram como sendo as únicas formas em que a Sua sabedoria poderia ser expressa?
E, se isto for assim, o que dizer de nossos tempos? Será que imaginamos que o Cristo considera
desfavoravelmente um Darwin ou um Huxley e um Búchner, se comparados com os modernos
campeões da ortodoxia? Ou, por outro lado, que Ele rejeita os místicos da atualidade em favor dos
críticos "avançados"? Pensamos que não. Ele é sábio e conhece as necessidades de nossa natureza
humana".
Pedro porém, relata de como será o julgamento dos falsos mestres usando, inclusive, exemplos do
Antigo Testamento, nos versículos 4 a 9, que diz:
4 "Pois se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os
entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo
5 se não poupou o mundo antigo, embora preservasse a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete
pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;
6 se condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para
exemplo aos que vivessem impiamente;
7 e se livrou ao justo Ló, atribulado pela vida dissoluta daqueles perversos
8 (pois este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias a sua alma justa com as injustas obras
deles);
9 assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para
serem castigados."
G.R.S. Mead se refere aos cristãos Irineu, Cirilo e Teodoreto como simples pensadores, que
estariam expondo ideias suas a respeito de Cristo e do plano de salvação, mas equivocou-se. O que
eles e todos os cristãos ensinam são os mandamentos de Jesus Cristo que, por mais que os escritores
blasfemos gnósticos e da Nova Era tentem colocá-Lo ao mesmo patamar de um ser humano
comum, jamais vão conseguir, pois Ele foi o único que venceu a morte. Ele, realmente escreveu
Mead, é sábio (o maior de todos) e conhece as necessidades da nossa natureza humana, pois Ele é
Deus.
E foi este mesmo Jesus Cristo que deixou registrado no Evangelho Segundo São Marcos 16:15-16,
a todos aqueles que O seguem, o seguinte mandamento:
"Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo;
mas quem não crer será condenado."
41

8
"A Gnosis Viva do Cristianismo Primitivo". Editora Núcleo Lux - 1995, Pg. 20.
G.R.S. Mead: Seu nome completo é George Roberto Stowe Mead. nascido em 22 Mar 63, em
Nuneaton, Inglaterra. Encontrou-se pela primeira vez com Helena Blavatsky em 1887, aos 24 anos,
tornando-se enseguida, seu secretário particular, auxiliando a sua amiga e instrutora no trabalho de
reorganizar em Londres uma "nova" Sociedade Teosófica. Após a morte de Blavatsky, Mead
continuou como editor da revista "Lúcifer" ('O Portador da Luz'), depois transformada em "The
Theosophical Review", extinta em 1909. Escreveu vários artigos e publicou seu primeiro livro em
1892. que era na verdade um estudo sobre Simão, o Mago, conhecido como um dos primeiros
gnósticos. Dois dias antes da morte de Blavatsky, ele comprometera-se com ela no sentido de
dedicar suas energias para recuperar os estudo do cristianismo antigo e do gnosticismo. Sua
bibliografia é composta de 17 obras, publicadas entre 1892 e 1924, além de inúmeros artigos
publicados e traduzidos em diferentes revistas. A ele H.P.Blavstsky confiou seus manuscritos para
serem revisados antes da publicação. Morreu em 29 de setembro de 1933.
Observe: Jesus Cristo abriu alguma exceção? Não. Ele englobou a todos, usando os termos "todo o
mundo" e "toda a criatura", para dirimir qualquer dúvida.
Assim agem aqueles que O seguem.
b) 3:1-18 = Esta Epístola também foi escrita para combater a todos aqueles que zombavam da
doutrina da "parousia" (segunda vinda de Cristo), a qual os falsos mestres ou a negavam ou a
colocavam em um futuro muito distante, tentando assim fazer com que os cristãos perdessem a fé
em sua maior esperança. Esta doutrina estava começando a perder o seu poder na Igreja, devido a
disseminação lançada sutilmente entre os membros pelos mestres gnósticos. Pedro então lembra aos
crentes que Jesus Cristo cumprirá sua Palavra, e que virá outra vez, dizendo que "o Senhor não
retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia. Ele é longânimo para convosco, não
querendo que ninguém se perca, senão que todos venham a arrepender-se" (3:9).
Pedro também transmite uma mensagem de vitória as crentes, relembrando a eles tudo que dantes
eles haviam aprendido, para que mantivessem viva a esperança da vitória eterna, onde haverá para
todos os salvos um novo Céu e uma nova terra.
O Apóstolo encerra, com a seguinte exortação aos cristãos:
"Antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja
dada a glória, assim agora, como até o dia da eternidade. Amém."

20
I, IIe III João
As epístolas joaninas fazem parte das Epístolas Gerais, que são oito (as outras são Hebreus, Tiago, I
e II Pedro e Judas), foram escritas às comunidades cristãs da Ásia Menor, no território hoje
conhecido Turquia, que tinha como cidades mais importantes naquela época, além de Colossos e
Hierápolis, aquelas sete que são citadas no livro de apocalipse, que são: Éfeso, Smirna, Pérgamo,
Tiatira, Sardo, Filadélfia e Laodicéia. Isto aconteceu entre os anos de 79 e 90 D.C..
A chamada "literatura de heresia", na qual se enquadram estas cartas, foram escritas a fim de
combater a heresia gnóstica que assediava os crentes naquela região, divulgadas por pessoas que
haviam vindo do Oriente, da região da Babilónia, e também para transmitir orientações éticas e
ministeriais necessárias aos crentes dali.
João, o autor, esteve exilado na Ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do seu testemunho.
Após o exílio, viveu seus últimos dias na Ásia Menor, fixando residência em Éfeso, mas atuando
nas Igrejas por toda a região, onde era bem conhecido entre os cristãos, pois parece ter exercido o
ministério pastoral por ali, supervisionando a todas as Igrejas da localidade. Ele então era sabedor
dos problemas por elas enfrentados. Diante disso, ele procura constantemente animar seus membros
a viver uma vida de consequente comunhão com Deus e com Jesus Cristo. Ele aborda assuntos
vitais para a vida espiritual dos cristãos tais como: justiça, amor, verdade e conhecimento.
João era conhecido entre os crentes daquela região como o "apóstolo do amor". Diz a tradição que
ele, já em idade bem avançada e não podendo mais andar, era colocado em uma liteira e conduzido
ao púlpito, quando então transmitia, com grande esforço mas muita alegria e cheio da graça divina,
sua mensagem a Igreja, que era:
"Filhinhos, amai-vos uns aos outros."
42

Nestas epístolas, o Apóstolo também relembra aos cristãos a doutrina do amor, como forma de
manter a Igreja unida vencendo assim, qualquer tipo de heresia que viesse a surgir. João esperava
que os crentes entendessem a grandiosidade do amor de Deus para com eles e com a humanidade,
lhes afirmando que Deus é amor e que todos Seus filhos verdadeiros, através de Jesus Cristo, devem
também amar. O amor faz com que exercitemos a verdadeira fé, a qual seria suficiente para vencer
toda e qualquer doutrina herética que viesse a surgir.
Essa fé (fé "é a certeza das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem" - Hebreus
11:1) que vem de Deus, e pela qual devemos viver (Habacuque 2:4; Romanos 10:38), é a verdadeira
"gnosis cristã" e contrasta com o falso "conhecimento" ensinado pelos gnósticos.
Nos dias de João naquela região não encontram-se registros de perseguição à Igreja. Os problemas
enfrentados por João eram internos, com a infiltração dos gnósticos e suas doutrinas falsas entre os
crentes, pois os gnósticos, tal como os cristãos, ensinavam um plano de salvação, embora de
maneira bem diferente, pois eles negavam o principal: a remissão através da morte vicária de Jesus
Cristo, no Calvário. Estes tinham como líder um gnóstico chamado Cerinto, natural de Alexandria,
de ascendência judaica, contemporâneo e opositor de João, o qual propalava a forma docética do
gnosticismo, ensinando que Jesus era homem; o Cristo real entretanto, não. Cristo não era humano e
sim um espírito divino, o qual fora recebido por Jesus através de uma emanação angelical
temporária vinda sobre Ele por ocasião de seu batismo e que O teria acompanhado até o Calvário,
abandohando-o ali. Cerinto também negava o valor da expiação de Jesus Cristo, o que era ponto
passivo entre os gnósticos daqueles dias.
Ele também, como os demais gnósticos, subestimavam abertamente o grande princípio da fé
ensinado pelos cristãos, os quais ensinavam que:
"Sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe, e-que é galardoador dos que o buscam" (Hebreus 11:6).
João ensinava que somente através da fé é que obtivemos vitória sobre o mundo, afirmando em I
João 5:4:
4 "porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a
nossa fé."
Textos importantes:
As Epístolas joaninas foram escritas para combater a forma docética do gnosticismo, porém
encontramos textos importantes com referências aos falsos mestres e ao erro gnóstico. São eles:
a) I João 2:18-29 = O Apóstolo nos alerta contra os perigos dos falsos mestres, a quem afirma terem
eles o espírito do anticristo. "Anti", no grego, tem o significado de contra, oposto. Antichristos, vem
do grego e significa "contra Cristo". Portanto, é aquele que se opõe, que é inimigo de Cristo. O
anticristo será o último perseguidor da doutrina cristã, no final dos tempos.
Ele afirma, no primeiro versículo, que "vem o anticristo", dizendo assim que este é uma pessoa;
afirma ainda que o espírito que nesta pessoa se incorpora é também o Anticristo e diz que "já
muitos anticristos têm surgido, pelo que conhecemos que é a última hora." O principal objetivo
deste espírito é preparação do caminho para o Anticristo, com a negação de Cristo e a real
encarnação do Filho de Deus. Este espírito já perturbava a Igreja Primitiva na pessoa de falsos
mestres e de falsos discípulos, porque o espírito do anticristo se manifesta naqueles que se dizem
cristãos, mas só o são no nome, pois jamais decidiram-se verdadeiramente por Jesus Cristo.
João, em 2:22, nosso texto-chave, afirma que:
"Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo, esse mesmo que
nega o Pai e o Filho."
Neste versículo são dirimidas quaisquer dúvidas sobre as doutrinas gnósticas, as quais separavam e
separam Jesus de Cristo, afirmando que Jesus é um e Cristo é outro, algo que pode ser alcançado
por qualquer um, através de esforços humanos. É a chamada "cristificação" onde o ser humano
pode transformar-se num ser perfeito, num deus, pelos seus próprios esforços.
Ora, sabemos que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (João 6:69), e que Ele e o Pai são um (João
10:30) quanto a divindade, e que todos aqueles que assim crerem, jamais serão derrotados pelos
inimigos de Jesus Cristo.
João porém, foi enfático:
"É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho"
(Leia também; II João v.7).
Observe que falsos cristos e anticristos, que são precursores do Anticristo, tem surgido e se
multiplicado muito nos últimos anos. Desde os tempos de Jesus Cristo, até hoje, já aparecem mais
43

de 1.050 (um mil e cinquenta) pessoas no mundo dizendo ser "o Cristo". Até o ano de 1975, cem
anos após a criação do Movimento Nova Era, eles trabalhavam de forma oculta; de lá para cá, tem
se manifestado abertamente, de todas as formas usando principalmente, todos os meios de
comunicações (rádios, jornais, televisão e revistas) do mundo inteiro, dando ampla cobertura e
abertura para tais pessoas, as quais adentram nos lares em horários nobres, de grande audiência,
causando sérios
problemas.
Jesus nos adverte para nos guardarmos destes em:
A) Mateus 24:5:23-26, que diz:
5 "Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo;
a muitos enganarão.
23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis;
24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo
que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
25 Eis que de antemão vo-lo tenho dito.
26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto: não saiais; ou: Eis que ele está no interior
da casa; não acrediteis."
B) Marcos 13:21-23:
21 "Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis.
22 Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios para enganar se
possível, até os escolhidos.
23 Ficai vós, pois, de sobreaviso; eis que de antemão vos tenho dito tudo."
Você cristão, ore, vigie e esteja atento aos acontecimentos, pois por eles sabemos que já "é chegada
a última hora." Observe, lendo em Lucas 21:28, como Jesus Cristo nos aconselha a agirmos nestas
horas difíceis:
28 "Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a
vossa redenção se aproxima."
Nos versículos 24 a 29, João nos dá argumentos para nos defendermos dos anticristos, nos
aconselhando a permanecermos no que ouvimos desde o princípio, porque é verdadeiro, não tendo
necessidade de que ninguém nos ensine.
Se assim fizermos, "também permanecereis no Filho e no Pai."
b) I João 4:1-6 = Nestes versículos iniciais (1 a 3), o apóstolo descreve o docetismo e nos manda
provar os espíritos "porque já muitos falsos profetas tem surgido no mundo." Como saberemos se o
Espírito é de Deus? Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus." Caso
contrário, é o espírito do anticristo; Nos versículos seguintes (4 a 6), afirma que os gnósticos são do
mundo e fala da vitória que já pertence aos verdadeiros filhos de Deus, "porque maior é o que está
vós do que o que está no mundo."
c) II João 7-11 = o Apóstolo diz que muitos falsos mestres tem saído pelo mundo, dando a entender
que eles foram crentes, e que te teriam desviado-se da verdade. João nos ensina a identificá-los
("não confessam que Jesus Cristo veio em carne"), os classifica de "enganadores e anticristos" e é
rigoroso quando termina dizendo, no versículo 11 que, aqueles que simplesmente os cumprimentam
são cúmplices de suas obras más.

21
Judas
Judas é o irmão carnal de Jesus Cristo, que se tornou cristão somente depois da ressurreição (Atos
1:14), pois anteriormente ele não cria em Jesus como salvador enviado por Deus à humanidade
(João 7:5). Era filho de Maria e José e tinha como irmãos Tiago, José, Simão e Judas (não o
Iscariotes), e também algumas irmãs (Mateus 13:55-56).
Na sua epístola, a qual também é direcionada aos crentes da Ásia Menor, o propósito do escrito é
claro. Ele escreveu contra a heresia gnóstica, cujos mestres eram imorais, esperando assim quebrar
o encantamento exercido pelos mesmos sobre os crentes, trazendo-os de volta ao evangelho
apostólico. A grande preocupação de Judas é que estes mestres eram pessoas que se diziam cristãs
ou seja, eram cristãos sim, mas cristãos nominais, pois suas atitudes eram mundanas e nocivas a fé
cristã, sendo "murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e
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cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse" (v. 16). Seus
nomes até podiam constar no rol de membros de alguma Igreja porém, não estavam escritos no livro
da vida (Apocalipse 20:15).
Ao longo do caminho, Judas procura dar instruções positivas sobre a natureza da verdadeira fé; e
isso faz ao mencionar várias crenças cristãs, demonstrando inclusive ser conhecedor da tradição
judaica, argumentando, através de exemplos históricos, que a apostasia é algo antigo (w. 5-7).
Contrasta então seus ensinos fundamentados no Mestre Jesus Cristo, com a heresia que havia ao
redor, exortando-os "a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos" (v.3).
Textos importantes:
Toda a Epístola é importante, uma vez que foi escrita na íntegra, para combater a heresia gnóstica,
na sua forma libertina. Porém, no v. 6, o autor refere-se a queda de algumas ordens angelicais, num
paralelo a Colossenses 2:18, onde o apóstolo Paulo combate a "adoração aos anjos" exercida pelos
gnósticos em Colossos.
Nos versículos 8 a 13, Judas descreve os falsos mestres gnósticos, chamando-os de "hereges".
Compara-os a Balaão e a Core, e os chama de filhos espirituais de Caim (vv. 11), afirmando que
eles sim é que seriam os verdadeiros materialistas ou terrenos (observe a classificação humana,
segundo o gnosticismo). Judas, entre outras coisas, os chama de "pastores que a si mesmo se
apacentam, nuvens sem água impelidas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores
murchas, infrutíferas, duplamente mortas, desarraigadas; ondas impetuosas do mar, que espumam
as suas mesmas abominações: estrelas errantes, para as quais está reservada a negridão das trevas,
para sempre" (vv. 12 e 13).
Judas finaliza dizendo:
"Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação,
imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor
nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, por todos os séculos.
Amém." (vv. 24-25).

22
Conclusão
Durante os primeiro duzentos anos da Era Cristã, a Igreja Primitiva travou uma verdadeira batalha
espiritual com os gnósticos. Durante este tempo, início da expansão mundial do cristianismo, a
Igreja com cerca de cento e vinte de seus membros, primou pela comunhão com Deus e entre si,
enquanto aguardava a descida do Espirito Santo, prometida por Jesus em João 16:7, o que
aconteceu e está registrado no capítulo 2, de Atos dos Apóstolos. A vinda do Espírito Santo lhes
deu poder, ousadia e autoridade necessárias para cumprirem a missão que lhes fora designada pelo
Mestre, registrada no Evangelho de Marcos 16:15-18:
15 "E disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demónios; falarão novas
línguas;
18 Pegarão nas serpentes; e, se beberem-alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão
as mãos sobre os enfermos e os curarão."
Esta missão foi mais especificada por Jesus em Atos 1:8: "Mas recebereis a virtude do Espírito
Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a
Judeia e Samaria, e até os confins da terra."
E aconteceu exatamente assim. Unidos no amor de Deus, aquele pequeno grupo iniciou por
Jerusalém, experimentando um visível e impressionante crescimento que a todos surpreendia. Este
grupo que formava a Igreja Primitiva, foi contra tudo e contra todos e as perseguições, torturas,
prisões e morte, ao invés de desencorajarem e acabarem com o grupo, serviu de incentivo para que
eles se espalhassem pelo mundo com fervor tal que, nestes duzentos anos, apesar de tudo o que
enfretaram, conseguiram evangelizar todo o mundo daquela época. Não escapou ninguém, em
nenhum local do mundo que ficasse sem ouvir a mensagem redentora de Jesus Cristo. Independente
dos meios de divulgação da época, que eram escassos quase inexistentes, levaram a mensagem
salvífica a todos povos, tribos, nações e línguas.
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Porém, o cristianismo tem algo que o torna único, diferente de todas as religiões e filosofias
existentes: é a ressurreição de Jesus Cristo. O cristianismo é a única religião, grupo, movimento ou
filosofia do mundo que tem um Mestre ressurreto.
A ressurreição de Jesus Cristo é a grande vitória do cristianismo.
O cristianismo triunfou, seguiu em frente, pois tem um Mestre que venceu a morte. O único.
Nenhuma filosofia, religião ou grupo pode vangloriar-se de ter um mestre vivo. Tal qual seu
Mestre, o cristianismo tem vida naquilo que vive e prega Se o gnosticismo houvesse ganho essa
batalha, o cristianismo ter-se-ia transformado apenas em um outro culto misterioso, tal qual estas
tantas filosofias falsas que circundam o mundo contemporâneo, enganando a muitos.
Contudo, o gnosticismo foi ativo somente durante estes duzentos anos e desapareceu, reaparecendo
só recentemente, enquanto que a fé cristã triunfa até nossos dias, sem qualquer interrupção, apesar
dos reveses enfrentados ao longo da história.
Hoje, sabemos que a heresia gnóstica ressurgiu eestá atingindo inclusive lares cristãos e destruindo
vidas, condenando-as a viverem uma grande ilusão onde, longe das verdades genuína, aprisiona
almas na mais profunda escuridão da mentira.

23
Introdução ao Fsoferismo
Temos encontrado um vasto número de livros e publicações sobre o assunto "esoterismo". Um
modismo na atualidade, onde pessoas tem surgido de vários lugares do mundo, dizendo-se médiuns
e inspiradas por forças do além. Entes já falecidos ou espíritos. Embora os textos sejam originários
de mentes confusas e pessoas muitas vezes, com problemas psicológicos refletidos em sua vida
pessoal, bastante óbvios, cujas vidas não condizem com o que escrevem, muitos deixam-se levar
por esses "escritores" dúbios, cujo intuito maior é alcançar uma fonte de renda a custa do domínio
do pensamento humano, contaminando famílias, com heresias que podem inclusive, destruir bases
cristãs fundamentadas.
Com isso, podemos questionar tais esotéricos que parecem auto-suficientes a tal ponto de
procurarem por suas forças, energias de objetos e da própria natureza, alcançar a perfeição de Jesus
Cristo, inclusive comparando-se a Ele, homem este que verdadeiramente demonstrou e provou ser
Filho do Deus vivo, único e verdadeiro.
Tais pensadores e intelectuais em um jogo de palavras, mantrans e mistérios e, as vezes, com textos
embasados no Livro dos Livros - a Bíblia - procuram confundir aos homens que possuem o
sentimento de encontrar algo que lhes preencha a espaço vazio em seu interior, espaço que somente
poderá ser preenchido pelo seu Criador, cuja separação lhe causou tanta dor. Um sentimento de
perda insuportável.
Sabemos que a religiosidade humana é um fato universal e incontestável. É prova da veracidade e
inspiração da Bíblia. Todo ser humano é religioso por natureza. Existem tribos indígenas que não
tem conhecimento suficiente para ascender fogo, entretanto não encontramos tribo de povos
humanos que não possua suas crenças num ser superior, muita vezes deuses absurdos criados por
estes homens, fenómenos da natureza incompreensíveis para eles, mas adorados, encontramos na
palavra de Deus o salmista que diz:
"Como o servo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A
minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de
Deus?" (Salmo 42:1,2).
A explicação para a religiosidade humana está no fato de que não somos animais irracionais
evoluídos mas sim, seres dos quais Deus soprou nas narinas fôlego de vida (Génesis 2:7).
Porém, aproveitadores conhecidos como "mestres", unidos pelo sentimento de egoísmo e adoração
própria, procuram combater o verdadeiro evangelho, levando muitos lares a confusas revelações,
criando laços de engano e, as vezes, ridicularizando ou até mesmo desmoralizando, os seguidores
de Jesus Cristo.
Existe uma onda de misticismo na humanidade. Na realidade, por mais cético que um indivíduo
possa ser, quando o fim do milénio se aproxima surgem inseguranças no coração dos homens e,
com a anunciação de que está ocorrendo o fim de um ciclo apocalíptico pelas seitas da Nova Era,
esta incerteza aumenta mais ainda, proporcionando o surgimento de fadas, bruxas, duendes,
ciganas, magos e até angeólogos. E juntamente com estes aparecem os aproveitadores desta onda de
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misticismo, criando até mesma uma indústria de cunho espiritual, com seres humanos e fenómenos
dos mais variados possíveis, onde são criados protetores de argila, de gesso, de porcelana, de metal
e até de pano. Paralelas a onda do crescimento tecnológico, pessoas que depositam sua confiança
em objetos perecíveis. No entanto, somos advertidos por Deus quanto as atitudes idólatras
encontradas no ser humano, no Salmo 115:2-9, onde está escrito:
"Por que perguntariam as nações: Onde está o seu Deus? Mas o nosso Deus está nos céus; ele faz
tudo o que lhe apraz. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas
não falam; têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem; têm nariz, mas não cheiram;
Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.
Semelhantes a eles sejam os que fazem, e todos os que neles confiam.
Confia, ó Israel, no Senhor; ele é seu auxílio e seu escudo."
Muitas são as demandas espirituais criadas pela Nova Era, e o mercado visa grandemente os
pequeninos que se deleitam com a compra de bruxinhas, duendes, fadinhas etc..., incentivados
muitas vezes por seus professores que indicam as bibliografias com pensamentos heréticos e
absurdos. Entre os mais conhecidos no Brasil estão os escritores: Paulo Coelho, que se diz mago, e
já vendeu mais de 5 milhões de livros em 10 anos, vendendo fórmulas mágicas de felicidade e
afirmando conversar frequentemente com anjos; Mónica Buonfiglio, mãe-de-santo e apresentadora
de um programa de televisão, vem se notabilizando no mercado editorial, escritora, com seu
primeiro livro "Anjos Cabalísticos", que superou a marca das 135 edições trazendo, entre outras, a
teoria da existência de 72 anjos, apresentando inclusive os seus nomes, dado este longe da verdade
apresentada pela Bíblia, declarando sua inspiração ser proveniente dos Orixás9 .
Como se não bastasse, temos programas de televisão infantis diários propagando estas heresias para
as mais tenras idades. Conhecendo a existência de anjos caídos, o apóstolo Paulo nos alerta:
"...ainda que um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado seja
anátema" (Gálatas 1:8).
O apóstolo falou do "anjo do céu" porque os anjos caídos habitam as regiões celestiais (Efésios
6:12), tendo como líder o príncipe das potestades do ar, o diabo (Efésios 2.2). O Salmo 103.20, nos
mostra anjos embora magníficos em poder, mas que apenas limitam-se a executar as ordens de
Deus, que diz:
"Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à
voz da sua palavra."
E no meio evangélico surgem Igrejas preocupadas em contentar seu público promovendo
verdadeiros festivais de fenómenos sobrenaturais, esquecendo-se do que Paulo afirma sobre o culto
racional; percebe-se shows evangélicos que procuram tocar somente no lado sentimental das
pessoas incentivando as mesmas a colocar sua fé em objetos, para promover prosperidade em suas
vidas, trazendo um evangelho diferente do que conhecemos, sem a visão do Deus transformador
mas sim de um Deus somente abençoador, um Deus preocupado unicamente com a benção material
de seus membros, como ocorre com a Teologia da Prosperidade.
Encontramos também empresas, aproveitando alguns evangélicos que se dizem conhecedores da
Nova Era, as quais se dispõe a ensinar as Igrejas quais são os produtos da Nova Era e quais não são,
incentivando o consumo destes, favorecendo a concorrência entre as empresas, e gerando polémicas
entre as pessoas que desconhecem à Cristo. É vital para as Igrejas de Cristo a orientação correta
quanto a origem do pensamento esotérico que assombra a humanidade atualmente; se conseguirmos
orientar à Igreja ensinando a palavra de Deus, preocupados com os princípios cristãos genuínos, não
precisaremos nos deter em pormenores ou ditames satânicos, esse enredo criado pelo demónio, e
que é inevitável, pois Jesus alerta para os últimos dias, em Mateus 24:5,24, quanto a preparação do
reinado do Anticristo, dizendo:
"Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão.
Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo
que, se possível fora, enganariam até os escolhidos."
Nestes quase dois mil anos que se passaram desde que Jesus fez esta afirmação, já apareceram no
mundo mais mil e cem pessoas afirmando serem o Cristo, os quais estão proliferando cada vez mais
nestes últimos tempos.
Muitas são as tentativas de acabar com o Cristianismo pregado por Jesus Cristo desfazendo suas
palavras, seus milagres e desmerecendo suas atitudes, mas são quase dois mil anos de afirmações
que não puderam ser invalidadas, muitas religiões surgiram com adeptos dos mais diversos; alguns
até procuraram o suicídio para fugir de Deus. Especialistas canadenses calculam que mais de vinte
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mil novos movimentos religiosos atuam no mundo, os quais vieram somar-se aos dois mil já
existentes, sendo que duzentos destes novos são baseados em cartilhas que pregam suicídios e até
mesmo assassinatos10. Os exemplos estão a nossa frente quase que diariamente, no mundo inteiro.
Porém, observemos o milénio: ele passará e Jesus Cristo permanecerá.
Isto porque Jesus Cristo, o nosso Rei, é eterno...
10
Revista ISTOÉ n° 1437, de 16 Abr 97, Pg. 92.
Este exemplar da revista mostra em sua capa um líder fanático de uma seita brasileira, com a
afirmação: "Eu SOU O Cristo". Nas páginas 92 a 97, a reportagem intitulada "Profetas ou malucos?
analisa mais detalhadamente o que algumas estas seitas, conduzidas por fanáticos sem nenhum
escrúpulo e seguidores de suas Próprias ideias, tem causado a humanidade através dos tempos.

24
Movimento Gnóstico Cristão Universal
O "Movimento Gnóstico Cristão Universal do Brasil na Nova Ordem", foi fundado por Samael Aun
Weor, mais precisamente quando lançou o livro "O Matrimónio Perfeito". Desenvolveu a maior
parte de suas atividades na Colômbia e Cidade do México. Dizia-se dotado de faculdades
superiores. Ditador de conferências de esoterismo puro, estudou psicologia, antropologia,
cosmogenia, filosofia, esoterismo prático e por último, o cristianismo primitivo.
Faleceu no dia 24 de dezembro de 1977, deixando o Movimento à seu discípulo Joaquim Enrique
Amortegui Valbuena, conhecido no Movimento como "Mestre Rabulú", com a missão de levar os
seus ensinamentos ao mundo. Hoje, o Movimento Gnóstico está presente em quarenta e três
países11, sendo que no Brasil vem encontrando seu território mais fértil, pois já existem nada menos
que quatrocentos centros, onde são ministrados os cursos. Todos os ensinamentos são gratuitos e
apresentados de maneira sutil, mais precisamente em fases conhecidas por conferências onde, por
etapas, são ditadas as teorias, transformando o pensamento humano, aparentemente com boas
intenções, pois afirmam que o Movimento nada tem de religioso, mas que suas lições são de auto-
ajuda, porém posteriormente, através de um método eclético e confuso, o indivíduo passa a
vivenciar uma distorção do verdadeiro conhecimento cristão.
Os gnósticos citam algumas passagens bíblicas afastadas de seu contexto, como se a Palavra de
Deus necessitasse de explicações humanas, separadas da inspiração divina, sem a operação do
Espírito Santo. Pelo fato de muitos cristãos desconhecerem a Bíblia Sagrada em sua extensão,
tornam-se alvos fáceis, pois as heresias gnósticas constituem-se em veneno disfarçado de leite.
Semelhante ao que acontece entre os artistas, os gnósticos consideram a invenção criativa original
como marca de toda pessoa dotada de vida espiritual; tal qual os alunos de um pintor ou escritor,
todo gnóstico espera expressar suas próprias percepções revisando e transformando aquilo que lhe é
ensinado. Quem meramente repete as palavras do mestre é considerado imaturo.
Em seus escritos, mais precisamente poesias mitológicas do século I e II, tais como a "Dança
Circular da Cruz" e "Trovão, Mente perfeita", admitiam não haver nada que confirmasse seus
escritos, senão a sua própria intuição. Quando questionados, eles mencionam meros sentimentos
humanos, ou referem-se à harmonia que podemos ver na criação.
Na Epístola de Paulo aos Romanos 1:18-27, lemos sobre a indignação de Deus com relação a
homens que, devido a idolatria, geraram a degeneração humana em seu ser: "dizendo-se sábios
tornaram-se loucos" (1:2), "onde mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a
criatura em lugar do Criador" (1:25); "homens que tornaram-se nulos em seus próprios raciocínios,
obscurecendo-se-lhes o coração insensato" (1:21). Fica claro aos cristãos que os gnósticos eram um
povo que viviam na prática de seus preceitos, pois tentam construir suas bases e fundamentos em
fatos imaginários, sempre refutando o cristianismo e seus ensinamentos. Ora, se os ensinamentos
apresentados por Jesus Cristo sofrerem mudanças, revela-se à humanidade heresias, levando
milhares de almas à perdição.
Os gnósticos apresentam um Deus distante do ser humano, perfeito e despreocupado com o homem,
a tal ponto, que não suporta nossas imperfeições e costumes. Criticam constantemente as
hierarquias da Igreja, protegendo-se contra os cristãos e suas crenças através da relutância em
obedecer os ensinamentos de pastores, chamando-os de "homens comuns", seres que vivem em
"regiões inferiores", sendo incapazes de erguer nossas mentes as coisas superiores e de
compreender as coisas do alto ou de Deus, enquanto que os cristãos são fiéis a Deus porque O
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amam e, pelo mesmo motivo, O confessam como Senhor, bem como O admitem como Aquele que
julga o pecador.
O gnóstico porém, interpreta tudo isso como uma mera tentativa dos líderes cristãos reafirmarem
suas falsas pretensões como representantes na Terra, exercendo poder exclusivo sobre a
comunidade. O apóstolo Paulo sofria com os gnósticos que consideravam-se auto suficientes; na II
Epístola do Apóstolo Pedro 3:15-16, encontramos tal referência:
15. "E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como também o nosso amado irmão
Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada,
16. ao falar acerca destes assuntos, como de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas
quais há certas cousas difíceis de entender, que ignorantes e instáveis deturpam, como também
deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles."
Percebe-se insubordinação como uma das características primordiais desses hereges. Tal fato nos
lembra o episódio ocorrido por Satanás que em sua auto-suficiência e de igual insubordinação para
com Deus, tornou-se soberbo e orgulhoso, rebelando-se contra seu Criador, sendo esta a maior
catástrofe da história da criação universal que foi, sem dúvida, a desobediência à Deus por parte de
Lúcifer, e a consequente queda de um terço dos anjos que se juntaram a ele em sua maldade.
Lúcifer, "o filho da alva", foi criado, como todos os demais anjos, para glorificar a Deus.
Entretanto, ao invés de ser fiel a Deus e honrá-Lo para sempre, Lúcifer desejou reinar sobre o céu e
a criação, em lugar de Deus. Ele queria para si a suprema autoridade. Sua decisão de sobrepor-se a
Deus mostra sua arrogância que dominava o mais profundo do seu ser. Devido a sua atitude de
rebelião, foi lançado ao reino dos mortos, no mais profundo do abismo (Isaías 14:12-17).
No gnosticismo, o ser humano é estimulado a buscar a perfeição e a encarnar o cristo interior,
desconsiderando o sacrifício cumprido no Calvário, ridicularizando a ideia da ressurreição corporal,
isto porque, frequentemente desvalorizam o corpo, considerando seus atos sem importância para a
"pessoa espiritual". Ao menosprezar seus corpos físicos, automaticamente substimam a ressurreição
de Jesus Cristo e a recomendação de Paulo, em I Coríntios 6:19-20, que diz:
19 "Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual
possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?
20 Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo."
Apresentam práticas, segundo eles, revolucionárias, por onde os elementos indesejáveis, como
dores, fraquezas e infelicidades podem ser eliminados de nosso interior. Tais heresias tornam seus
ouvintes escravos de teorias, envolvendo o pensamento humano, perturbando-os, abandonando
inclusive, atitudes naturais e objetivos pessoais, para seguir meditações, despertamento da
consciência, alquimia sexual e tantas outras fórmulas demoníacas, afastando-os cada vez mais do
Único e Suficiente Salvador: Jesus Cristo.
O ensinamento gnóstico reúne homens e mulheres com o propósito de enriquecer seus
conhecimentos, sob a promessa de resolver problemas, tais como: dúvidas, miséria moral e física,
sofrimento e stress, que afetam este mundo, segundo eles, um mundo em decadência.
Os adeptos do Movimento Gnóstico acreditam em uma sabedoria baseada nas Leis da Natureza,
possibilitando que todas as pessoas, sem distinção de raça, credo, idade ou nível social, desfrutem
gratuitamente das conferências, cujos instrutores dizem-se desinteressados, sem lucro financeiro.
Apresentam cursos programados de autoconhecimento, embasados na filosofia contemporânea de
Samael Aun Weor, onde fazem um convite as pessoas para trabalharem nos três fatores que
poderiam revolucionar a consciência: morrer, nascer e sacrificar-se pela humanidade.
Já na primeira palestra é apresentada uma conferência que convida a todos a "despertar a
consciência", com métodos de auto-observação, envolvendo a pessoa em práticas, as quais
permitem que as teorias gnósticas a afastem da realidade, meditando constantemente no ambiente
em que estão, com quem estão falando, quais as intenções deste alguém e porque estão naquele
local, mantendo-se apáticos ao mundo ao redor, tentando achar uma explicação para todas as
situações que lhe acontecem no dia a dia, sugerindo a partir destas observações, que libertem-se de
seu estado de consciência adormecida, para desfrutar de seu "Corpo Astral", ou seja, quando
estivermos dormindo, podemos viajar com nossos corpos e explorar mundos astrais. Ensinam serem
possuidores destes poderes grandes nomes da história bíblica, personagens conhecidos pelos
cristãos como profetas, inclusive os que predisseram a vinda de Jesus Cristo, sendo que os mesmos
eram conhecedores de tais fatos futuros não por revelação de Deus, mas por viagens astrais.
Afirmam que o Apóstolo João foi um grande clarividente da Ilha de Patmos, cujo poder de viagens
astrais lhe coube o privilégio de receber a revelação do Livro de Apocalipse.
49

João, na verdade, estava preso e exilado na ilha chamada Patmos, que era um lugar de castigo, "por
causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus" (Apocalipse 1:9), por ordem do imperador
Domiciano, pois João recusou-se a fazer parte do culto do imperador, que incluía adorações
idólatras e diabólicas. Ali naquela ilha, humanamente solitário, João recebeu as visões que
constituem o Livro de Apocalipse ou Revelação, último livro da Bíblia Sagrada, sendo que nos
primeiros capítulos, encontramos o próprio Jesus Cristo lhe ditando as sete cartas endereçadas às
Igrejas da Ásia (Apocalipse 1:8;11;17-20; cap. 2 e 3). É importante ressaltar que João teve as visões
enquanto estava acordado, e que estas serviram e servem para exaltar a pessoa de Jesus Cristo, este
mesmo que as heresias não aceitam como único Salvador da humanidade, a qual foi comprada com
seu sangue derramado lá no Calvário, por ocasião da Sua morte na cruz. Observe o que João
escreveu em Apocalipse 5:9:
9 "E cantavam um cântico novo, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque
foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e
nação."
Além disso no livro assunção de Isaías 6:10-12 encontramos uma descrição de como o Espírito
Santo desce e influencia aos homens: "E, quando ele falava no Espírito Santo, ouvindo-o todos, fez
silêncio e sua mente consciente lhe foi tirada, e ele não via mais os homens que estavam de pé à sua
frente, embora seus olhos, na realidade, continuassem abertos. (Outrossim, seus lábios se calaram e
a mente de seu corpo lhe foi retirada. Mas a sua respiração continuava, pois estava tendo uma
visão."
Os grandes místicos asseveram que, quando recebem alguma visão, se ela é de suficiente
importância, por diversos dias, antes e depois de sua ocorrência, sofrem a influência da mesma.
Essa influência consiste de um sentimento de paz, ou de busca espiritual agitada, de agitada, de
mistura com sentimentos de êxtase e urgência. As experiências místicas autênticas sempre são
morais. Em outras palavras santificam os místicos, e esta é a prova de um misticismo válido. As
provas comprobatórias do misticismo autêntico são as seguintes:
1. As visões e comunicações devem ser de conformidade com os documentos sagrados, as
Escrituras.
2. Servem de agentes purificadores.
3. Podem transcender, mas não contraem razões pias.
4. Exaltam a pessoa de Cristo.
5. Alguns estudiosos adicionam a isso que elas concordam com a autoridade da Igreja.
Conhecemos várias formas de misticismo, visões místicas de natureza puramente "psíquica", isto é,
podem ser projeções mentais do próprio ser, sem qualquer contato com outros seres de natureza
espiritual. Aqueles que recebem essas experiências pensarão, entretanto, que elas são experiências
"objetivas", tal como quando sonhamos, e tal experiência parece perfeitamente objetiva. As
experiências podem oriundas do fato dos homens terem espírito, embora entravado pelo corpo
físico, podendo revelar coisas significativas para a sua própria mente consciente, tal como tem sido
demonstrado pelos sonhos, com frequência, têm algum significado. A mais comum "experiência
psíquica" é a dos sonhos que apanham algo do futuro. Também podem ser alucinações provocadas
por dependentes químicos ou tendências neurológicas, e ainda provocadas por anjos ou demónios, a
própria fé é de natureza mística pois deposita sua confiança na revelações recebidas pelos profetas e
videntes e dos homens santos. As escrituras resultaram de experiências místicas. Os dons
espirituais, são misticamente mediados (porquanto vêm do poder do Espírito Santo, direta ou
indiretamente ministrados), conferem crescimento à igreja espiritual, sendo meios de
desenvolvimento espiritual, conforme se aprende em I Coríntios 12-14 e Efésios 4:12. As igrejas
modernas sem contar com o toque místico, mostram-se moribundas, espiritualmente inativas, frias,
infrutíferas. O intelecto é uma força poderosa, mas não suficientemente. Necessitamos de
discernimento espiritual de modo a não sermos influenciados por "espírito estranhos", que se
deleitam por imitar as experiências cristãs, a fim de atraírem após si aos discípulos, tal e qual fazem
os falsos mestres e humanos. Precisamos assediar os portões do céu, com oração e discernimento,
buscando as experiências místicas, através dos agentes de Deus. Dessa maneira seremos
transformados segundo a imagem de Cristo, o maior de todos os místicos; e tudo isso está envolvido
em nossa salvação.
O Movimento Gnóstico diz-se cristão, embora infundado em teorias absurdamente humanas, mais
precisamente no pensamento de um homem declaradamente filósofo, com ideias misturadas em
bases científicas e esotericamente confusas. Com palavras "doces" e convincentes, diz-se
50

revolucionário, confundindo a milhares de pessoas que estão em busca da libertação que, em muitos
casos, acreditam-se em um caminho verdadeiro, onde ao invés de despertos, estão adormecidos em
sua auto-suficiência, como mini-deuses, egocêntricos e inflados de orgulho, afastando-se do único e
suficiente Salvador de nossas almas: Jesus Cristo, que em nenhum de seus ensinamentos apresentou
métodos para libertação de defeitos humanos, mas quando O reconhecemos como nosso Salvador,
Seu grande poder nos justifica e somos purificados imediatamente de nossos pecados, em uma
transformação da nossa personalidade corrompida, efetuando uma obra completa, sem necessidade
de pagamento, sacrifício ou método humano algum.
Os gnósticos acreditam não estarem fundamentados por crenças religiosas mas, no entanto,
apresentam chaves que, segundo eles, levam ao autoconhecimento.
Dentre as várias contradições realísticas no Movimento temos a citada por Joaquim Amortegui
Valbuena, em uma Mensagem de Natal entregue a todos os gnósticos12, onde ele declara que
"somente três pessoas estariam fazendo o trabalho de despertar corretamente a consciência", fato
este conhecido em uma reunião no mundo Astral, em uma de suas supostas viagens astrais. E o que
diríamos das milhares de pessoas espalhadas pelo mundo todo, que estão empenhando-se em
meditações, inclusive levando-os ao afastamento de familiares, amigos, objetivos e vidas próprias?
Não seria esta uma forma de engano? Que espécies de verdades este movimento apresenta? Será
que Deus escolheria métodos tão difíceis ao homem para alcançar sua salvação, onde tão poucos
seriam alcançados?
Observemos durante a crucificação, o diálogo de Jesus com um dos malfeitores que estava
crucificado com Ele:
"Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lucas 23:42-43).
Sem métodos, fórmulas ou práticas complexas, o malfeitor teve seu pedido atendido pouco mais de
três horas depois.
Observemos também o mandamento que Jesus deixou aos seus discípulos, antes de ser recebido nos
Céus e sentar-se à direita de Deus:
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus"
(Marcos 16:15-16; 19).
Quando Jesus ministrava suas últimas instruções aos discípulos, -em razão de sua saída do mundo,
Ele afirmou:
"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos
lugar" (João 14:2).
Pelas expressões de Jesus, podemos chegar as seguintes conclusões:
1) "Quem crer e for batizado será salvo" (Marcos 16:15a) = abrange toda a humanidade,
afirmando que todos, indistintamente, podem ser salvos, bastando apenas crer;
2) "Na casa de meu Pai há muitas moradas" (João 14:2a) = Para todos aqueles que crerem,
independente de quantos, não importando se são centenas, milhões ou bilhões, existem moradas
suficientes nos Céus, que Ele mesmo foi preparar "para que onde eu estiver estejais vós também"
(João 14:3c).

25
Por que existe a procura pelas seifas Gnósticas?
Talvez o leitor possa questionar-se do porquê um ser humano, buscar sanar suas dúvidas
existenciais em seitas heréticas, com teorias absurdas como a Gnose e não nos fundamentos do
Cristianismo?
Não podemos entender esta busca, sem relacioná-la com a procura por um caminho fácil, pois
através do estudo apresentado, percebe-se um caminho de muitos abandonos, um caminho com
sacrifícios humanos, sem a ajuda e a confiança em Jesus.
A princípio, as pessoas que procuram o Movimento Gnóstico Cristão Universal, buscam-no com
sinceridade á Deus. Sabemos que o ser humano possui uma espécie de dispositivo divino, embutido
em seu ser por Deus, quando "formou o Senhor Deus o homem do pó da • terra, e soprou-lhe nas
narinas o fôlego da vida: e o homem tornou-se alma vivente" (Génesis 2:7); este, estimulado e
51

desenvolvido o leva cada vez mais a procura do Criador. O que nos faz agir desta maneira é o fato
de sermos feitos á "imagem e semelhança de Deus" (Génesis 1:27) pois, através da queda do
homem e posterior expulsão do Jardim do Éden, nos afastamos desta semelhança. No entanto, a
nossa religiosidade persiste até hoje, fato este comprovado na humanidade pois, em recente
pesquisa não se encontrou, entre seis e vinte e quatro mil pessoas, uma cultura humana sem algum
sistema religioso.
Embora, na maioria das vezes com sinceridade, as pessoas procurem as coisas de Deus, acabam
permanecendo no grupo por fatores afetivos de sociabilidade, adequando-se aos ideais gnósticos
com facilidade. Tal fato comprova-se em um estudo realizado por sociólogos, onde sabe-se que as
pessoas abandonam um sistema religioso pela falta de carinho, atenção e entrosamento no grupo,
muito antes que por discordâncias de ideias. E se filiam a outros sistemas religiosos quando lá,
inicialmente, são bem recebidos com amor, carinho e aceitação social.
Existe uma íntima ligação entre o raciocínio, as emoções e os sentimentos, no funcionamento do
cérebro e o corpo biológico. Portanto, a aprendizagem ocorre integralmente por um processo íntimo
entre o raciocínio, a afetividade e a vontade humana, fatores estes observados com cuidado e
harmonia entre as heresias em geral.
Percebemos durante vários relatos bíblicos, o povo de Israel muitas vezes, negligenciando quanto
ao bom testemunho de "nação escolhida" de caráter santo e justo de Deus e, devido á desobediência,
serem mantidos anos a fora em cativeiro; uma nação que deixava continuamente de dar bom
testemunho das leis divinas, sujeitando-se á humilhação do julgamento de Deus.
Talvez a Igreja do Senhor em nossos dias esteja afastada dos princípios que nortearam os primeiros
cristãos, os quais cresciam em número através do amor e união, pois na Igreja Primitiva
encontramos uma forma mais simples, porém, mais pura de fé, onde todos os membros
compartilhavam seu dinheiro e suas propriedades, onde ninguém dizia possuir alguma coisa, mas
todas as coisas lhe eram comuns e tudo era repartido segundo a necessidade de cada um (Atos 4:32-
37).
Nos últimos anos, temos levado muitos a confessar a Jesus Cristo como Salvador, mas não temos
dado bom testemunho em nosso procedimento pessoal, com relação ao amor ao próximo em nossos
negócios e, até mesmo, entre nossos familiares. Jesus nos alerta em Mateus 24:12 que, nos últimos
tempos, "por se multiplicar a iniquidade, o amor de quase todos esfriará", e disto tem se aproveitado
os adeptos das seitas heréticas ou da Nova Era. Necessitamos urgentemente de manifestações
sinceras de amor sem fingimento e julgamentos, sendo cristãos autênticos vinte e quatro horas por
dia, principalmente para com aqueles que ainda estão nos primeiros passos da fé cristã, pois Deus
ainda corrige Seu povo, e isto, porque o ama. (I Tessalonicenses 2:4; Hebreus 12:5-14 e Lucas
12:42-46).
O crescimento da Nova Era tem sido assustador no Brasil, porque estamos vacilando na nossa
missão de sermos instrumentos vivos nas mãos de Deus, como embaixadores de Jesus Cristo nesta
Nação, para que a Igreja do Senhor possa caminhar, não somente em palavras verdadeiras, mas em
atitudes que nos apresente a Deus com Seu plano insubstituível e único de salvação.
Durante nossa vida cristã, experimentamos situações difíceis, solitárias e, em uma destas situações,
Deus enviou-nos um servo, profeta, anunciando a Jesus Cristo como nosso amigo. Tal fato fez-nos
refletir sobre o grupo de nossa Igreja. Aonde encontravam-se a todos que dividíamos a Ceia, em um
só amor e fé, durante estes momentos de grande dificuldade? Restou-nos Jesus Cristo...
Registramos esta experiência em busca de um despertamento da Igreja para o único mandamento
deixado por Jesus Cristo, em João 13:34:
"...Amai-vos uns aos outros como eu vos amei..."
Em Apocalipse 2:4, a Igreja de Éfeso é advertida por Deus a manter o seu primeira amor,
encontrando-se entre eles homens mentirosos que declaravam-se apóstolos, ou seja, em seu meio
proliferavam heresias gnósticas por negligência do amor deixado de lado pelos cristãos daquele
lugar. Desta maneira, podemos alcançaras bênçãos experimentadas pelo povo cristão no início da
Igreja, onde perseveravam na doutrina dos apóstolos com comunhão, no partir do pão, nas orações,
com temor, crendo juntos e em tudo com comunhão, sendo capazes de desfazerem-se de suas
propriedades para sanarem as necessidades uns dos outros, com simplicidade de coração, realizando
prodígios e sinais entre os povos inclusive, apropriando-se da simpatia destes.
"E Deus acrescentava-lhes, dia após dia os que eram salvos", diz a Palavra do Senhor em Atos dos
Apóstolos 2:47.
52

26
Jesus, "O Cristo "ou Jesus Cristo ?
Todas as seitas oriundas do Movimento Nova Era, inclusive a Gnose, apropriam-se do mesmo
método para implantar suas teorias: inutilizam o sacrifício de Jesus no Calvário, negando-lhe assim,
o poder de Salvador da Humanidade.
Durante as celebrações da Páscoa, os gnósticos reúnem-se no mundo todo, em conferências abertas
á comunidade, para propagar seus ensinamentos afirmando ser Jesus, o Cristo, e não Jesus Cristo.
Apresentam Jesus como um homem que alcançou o grau de perfeição no Mundo terreno,
demonstrando durante seu período de vida como todos podemos nos tornar "cristos", entendendo-se
por um ser com poderes divinos e consciência desperta, sendo Jesus apenas mais um Kabir, um
Mestre como Buda, Maomé, Samael Aun Weor, entre tantos outros.
Em Atos dos Apóstolos 4:12, Pedro, referindo-se a Jesus Cristo, afirma:
"E em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os
homens pelo qual devamos ser salvos." Este versículo apresenta Jesus Cristo como o Logos eterno,
o Criador, o Salvador, mediante a Sua missão em seu estado de encarnação. Jesus Cristo é uma
figura cosmológica, isto é, revestida de significação para a criação inteira, que não deve ser
encarada como um mero homem que surgiu no palco da história da humanidade.
Determinados aspectos da salvação humana resultam desta sua missão terrena, ao passo que outros
aspectos resultam de seu ministério celestial porém, seja como for, Jesus Cristo é o Salvador
Universal de toda a raça humana, porquanto nenhuma criatura humana vai retornara Deus, exceto
por intermédio D'Ele.
Muitos tiveram curiosidades sobre a pessoa de Jesus Cristo. O próprio Jesus Cristo perguntava aos
outros o que diziam dele: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?" (Mateus 16:13).
O maior de todos os absurdos concentra-se na relação que se faz de Jesus Cristo como um ser
reencarnado, segundo a afirmação gnóstica de aperfeiçoamento da alma humana, através da
reencarnação, cujo enfoque principal é dado ao fato de estarmos em um ciclo de vidas que nos
levam a pagar nossos erros de vidas passadas em vidas futuras. As opiniões são diversas quanto a
pessoa de Jesus.
O tetrarca Herodes pensa e não hesita em afirmar que Jesus era reencarnação de João Batista
decapitado e, desta maneira, encontrava explicações para as operações miraculosas que Jesus Cristo
realizava (Mateus 14:2). Outros fazem ligação com o arrebatamento de Elias, que ocorreu nove
séculos antes (II Reis 2:9-18) e afirmam, sem sombras de dúvidas, que Jesus Cristo é Elias que
apareceu. Mas alguns preferiam dizer que Jesus Cristo é Jeremias ou um dos antigos profetas que
ressuscitou (Mateus 16:14). Respostas fantasticamente confusas. E alguns chegavam a ser
ofensivos: "Ele tem demónios", explicavam os judeus (João 8:52). Os fariseus afirmavam (João
9:24): "Ele engana o povo" e "é embusteiro", garantiam os sacerdotes (João 7:12; Mateus 27:63).
A resposta de quem é a pessoa de Jesus Cristo, está evidente no seu modo de agir, quando
transforma três mil litros de água em vinho (João 2:1-11), quando alimenta uma multidão de cinco
mil homens, sem contar mulheres e crianças, com apenas cinco pães e dois peixinhos (Mateus
14:15-21; Marcos 6:35-44; Lucas 9:12-17; João 6:5-14), apenas quando responde de maneira
audível aos pensamentos (Lucas 11.17), quando ressuscita dos mortos (Lucas 7:11-16; João 11:32-
44), quando acalma uma tempestade de vento em pleno mar (Marcos 4:37-41; Mateus 8:23-27;
Lucas 8:22-25), ou até mesmo quando perdoa pecados (Mateus 5.14).
Pois Ele é Jesus Cristo, o único mediador entre Deus e o homem (I Timóteo 2:5). É o resplendor da
glória e a expressão exata de Deus (Hebreus 1:3), é o Verbo que se fez carne (João 1:14).
Deus não usou fábulas engenhosamente inventadas para apresentar Jesus Cristo: "Pelo contrário,
nós fomos testemunhas oculares de Sua majestade" (II Pedro 1:16). Percebemos uma familiaridade
do apóstolo Pedro com Jesus e Sua glória, bem como a visão que recebera de seu segundo advento,
o qual o qualificou na qualidade de Mestre Cristão, de modo que não podia ser igualado e nem
derrubado pelos falsos mestres, os quais jamais poderiam compartilhar de iguais privilégios.
Os gnósticos criaram um sistema elaborado, incluindo narrativas de seres angelicais, que teriam
participado da redenção humana. A origem da mensagem gnóstica está na "perversa" sabedoria
humana e não na sabedoria da revelação divina. Os gnósticos preferiram "mitos", criaram um
sistema atrativo de pensamento, que não refletia o evangelho que o Senhqr Jesus Cristo mandara
seus apóstolos e seguidores anunciarem.
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Devidos aos testemunhos consistentes, vários foram os que se converteram depois da descida do
Espírito Santo, não somente em Jerusalém, mas em toda Judeia e Samaria e até os confins da Terra.
Entre os convertidos havia judeus, prosélitos, gentios, monoteístas, politeístas, gente honrada e
gente devassa (adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, etc...); havia simpatizantes e opositores,
sacerdotes e leigos, e ainda, Paulo, um violento perseguidor da igreja primitiva, responsável por
tortura, prisão e morte dos primeiros cristãos, o qual veio a transformar-se no maior teólogo e
missionário de todos os tempos.
De todas as religiões existentes no mundo, o Cristianismo é a única que tem um fundador
ressurrecto. De fato, os primeiros apóstolos demonstravam a autenticidade do Cristianismo,
baseados na ressurreição do Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo afirma: "Se Jesus Cristo não
ressuscitou, évãa nossa fé" (I Coríntios 15:14).
Se a ressurreição não tem base histórica, o Cristianismo não passa de uma fraude. Se a ressurreição
puder ser negada e desmentida de sua historicidade, desmorona-se toda a estrutura do Evangelho,
pois a ressurreição de Jesus Cristo é a sua pedra angular. "Se não houve tal ressurreição física, tudo
o que a Igreja tem feito durante séculos e todas as esperanças do futuro que a Igreja Cristã tem
nutrido e comunicado, são baseadas numa grande mentira", afirma Dr. Evans, um estudioso da
Bíblia.
Encontramos mais de cem vezes referências á ressurreição de Jesus Cristo no Novo Testamento.
A recusa de aceitar a ressurreição de Jesus Cristo e confessá-Lo, não é novidade, pois logo após a
ressurreição do Mestre, tal atitude se manifestou, quando os guardas fugiram do túmulo de Jesus,
depois que viram o anjo remover a pedra da porta do sepulcro, indo contar aos sacerdotes o que
acontecera, como está registrado em Mateus 28:12-15:
12 "E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos
soldados, dizendo:
13 Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram.
14 E, se isto chegar a ser ouvido pelo governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em
segurança.
15 E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi divulgado este dito entre
os judeus, até o dia de hoje."
Outros admitem o fato de que Jesus Cristo apenas desmaiou, devido ao cheiro aromático e ao ar frio
do sepulcro em que foi sepultado e que, despertando de seu desmaio, saiu do túmulo como se
estivesse ressuscitado. E como explicaríamos o fato de Jesus Cristo ter aparecido três dias depois,
com vigor físico e mental, uma vez que os soldados observaram suas feridas que saíram sangue e
água, do qual João, com tantos outros, foram testemunhas oculares (João 19: 25,34-35)?
Os fisiologistas dos nossos dias são unânimes em afirmar que tal efusão de água e sangue, são
órgãos vitais do corpo, resultado da morte física do organismo, previamente ocorrida.
Jesus fez questão de comer na presença de muitas testemunhas após sua ressurreição, insistindo
inclusive, para que seus discípulos o tocassem, para dissipar qualquer dúvida quanto a realidade do
Seu corpo físico. Em Lucas 24:29, diz:
"Vede as minhas mãos e meus pés, apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem
ossos, como vedes que eu tenho."
Jesus foi visto ressurrecto, durante os quarenta dias em que ainda permaneceu na Terra, sendo visto
por mais de quinhentas testemunhas. Observe o que Paulo escreveu em I Coríntios 15:3-8:
"Pois primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados,
segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
E que apareceu a Cefas, e depois aos doze.
Depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas
alguns já dormem.
Depois apareceu a Tiago, e então a todos os apóstolos; e por último de todos apareceu também a
mim, como a um abortivo."
É correto concluir que aqueles que não crêem, nem aceitam a ressurreição corporal do Senhor Jesus
Cristo, adotam tal atitude para, por meio dela, acalmar a consciência e daí evitarem a
responsabilidade de responder a chamada pessoal e insistente de Jesus Cristo em seus corações,
para que se arrependam, abandonem as vis imaginações humanas e recebam a salvação que Ele lhes
oferece gratuitamente, pois Jesus Cristo não é superior a Buda, que nasceu a cinco séculos e meio
antes D'Ele, nem a Maomé, que nasceu cinco séculos e meio depois D'Ele, nem a nenhum outro que
tenha nascido em qualquer época da história humana.
54

Jesus Cristo é único!

27
As armadilhas Satânicas somente podem ser vencidas peio poder do
Espírito Santo
Como um movimento de massa nesta última década, a Nova Era está, publicamente oferecendo
ensinos e práticas, tais como: migração da alma, ufologia, ocultismo, espiritismo, quiromancia, cura
psíquica, bruxarias, taro, pirâmides e muitas outras espécies de psicotécnicas orientais, armas
apresentadas por gurus e "mestres", para alcançar a paz mundial, harmonia com a natureza, um
futuro marcado pela justiça e prosperidade, assim como a cura em "todos os aspectos de nossas
vidas". A realização pessoal, combinada com experiências sobrenaturais, poderia finalmente, mudar
a vida difícil e frustrante de inúmeras pessoas. Seriam libertas de stress, medos e pressões, incluindo
as tensões causadas por relacionamentos insuportáveis. Deixaria este "mundo ilusório" para trás, a
fim de progredir a novas esferas, consideradas mundos altos, a vida "real".
Promessas como experiências excitantes produzidas por drogas que alteram a mente, podem ser
alcançadas através da meditação transcendental e por várias formas de Ioga. Sob a perspectiva de
uma vida maravilhosa e significativa, com atraentes perspectivas para o futuro; todas estas
alternativas modernas preenchem um vazio real, apresentando então a opção de fugir deste mundo
presente e avançar dentro de outros domínios, por meio de evoluções contínuas e ascendentes, até
que a união com o Universo seja alcançada.
Descobrir que você é um deus e pode ser transferido para maravilhosas esferas, onde você pode ter
experiências fenomenais, não seria sensacional?
Certa noite, fui transportada por projeção astral e me encontrei em um lugar, que parecia um
templo. Neste lugar haviam várias pessoas. Fui orientada na sede gnóstica que, quando estivesse no
astral, proferisse mantrans para livrar-me de situações difíceis, pois vários espíritos infras
(considerados demónios na visão gnóstica), poderiam aproximar-se, criando situações difíceis.
Clamei por Samael Aun Weor ao sentir que estava desperta no mundo astral, pois queria fazer-lhe
perguntas e esclarecer dúvidas. Mas surpreendi-me ao deparar-me com um homem de vestes de
cores escuras, manifestando gargalhadas estridentes e demoníacas. Repeti mantrans insistentemente,
mas de nada adiantou. Comecei a debater-me em um grande pesadelo, sentindo-me angustiada.
Aquele homem ria terrivelmente enquanto eu repetia os mantrans. Lembrei-me, então, da oração do
"Pai Nosso", que usava antes de adormecer, quando criança. Clamei por Jesus Cristo e, no exato
momento, voltei ao meu corpo físico. Jamais esqueci aquela horrível experiência. Porém, após
despertar, esqueci-me de quem havia me socorrido: Jesus Cristo.
Ao ler uma declaração do Rabi R. Maharaj, lembrei-me desta experiência. Ele afirma:
"Muitas vezes, enquanto eu estava em profunda meditação, os deuses se tornavam visíveis e
conversavam comigo. As vezes, eu parecia ser transportado por projeção astral para distantes
planetas ou mundos em outras dimensões... Em meus êxtases de Ioga, muitas vezes eu estava
sozinho com Shiva, o Destruidor, assentado temerosamente aos seus pés, a grande cobra enrolando-
se ao seu pescoço, olhando fixamente para mim, chiando e arremessando sua língua
ameaçadoramente. Algumas vezes eu me perguntava porque nenhum dos deuses que eu encontrava
pareciam bondosos, gentis e amorosos, mas pelo menos eles pareciam reais - eu não tinha dúvida
disto - e não meros mitos".
O mesmo, mais tarde, veio a converter-se a Jesus Cristo.
Após esta viagem astral, tive vários pesadelos durante a semana. Muitos são os que experimentam
esta presença demoníaca em meditações ou até mesmo no astral pois, afinal, todos sabemos quem
está por trás destas experiências. As consequências das práticas esotéricas são largamente
conhecidas. Psiquiatras e psicoterapeutas tem relatado que um número crescente de jovens tem se
tornado emocionalmente perturbados devido a influência de ensinos esotéricos, tornando-se
dependentes das meditações e de gurus que eles escolheram, resultando em colapso físico e
emocional, com dificuldades em uma vida normal, como foi o caso de minha família, e até mesmo,
internação para tratamento psiquiátrico, com poucas esperanças de cura.
Compreende-se o conflito gerado entre o transe obtido durante a meditação, o stress e a frustração
da vida diária, aumentando ainda mais a irritabilidade.
55

Durante o período em que estive no Movimento Gnóstico, encontrava muita dificuldade em


compreender as pessoas. Dentro de mim, fervilhavam sentimentos de ira, ódio e falta de amor.
Enxergava a todos como se fossem seres inferiores, e era incapaz de ser gentil com alguém e, as
vezes, encontrava dificuldades em relacionar-me com meus colegas de faculdade e, até mesmo, com
minha família.
O mesmo Rabi R. Maharaj conta14 que "todo ano decidia parar de fumar, principalmente porque só
conseguia os cigarros ás escondidas, mas esta decisão durava apenas um ou dois dias e logo ele caia
novamente no vício". E isto apesar de ser apenas um guru e ser adorado até mesmo, na sua
juventude.
Um dia, ele ouviu por acaso seu tio, muito bravo, denunciando a hipocrisia dos gurus, que dizia que
"quanto mais realização pessoal, mais egoísmo, tudo á custa dos outros". E ele não podia negar esta
incoerência, pois tinha que admitir a si mesmo que era um hipócrita.
Alguém muito astuto deve estar atrás disto tudo, enganando a ele e a todos os adeptos esotéricos,
levando muitas pessoas a loucura ou, até mesmo, ao suicídio, através de seu poder satânico, pois ele
conhece nossas fraquezas: depressão, stress, falta de paz, etc ... e usa destas bandeiras em seus
anúncios e heresias para aumentarem seus seguidores, cegos em artimanhas diabólicas e promessas
mentirosas.
No entanto, Jesus Cristo não nos apresenta meios de nos transportarmos a esferas cósmicas, mas
apresenta uma total renovação de nossas vidas, ampliando nossas consciências sem meditações e
drogas, sendo que todos os dias experimentaremos extensão e profundidade em seus ensinamentos
pois, através de Je.sus Cristo não necessitaremos de vários renascimentos, mas experimentaremos o
novo nascimento descrito por Jesus em sua conversa com Nicodemos, registrado no Evangelho de
João, 3:1-21. Seremos novas criaturas com a esperança não de morar em um "nirvana", mas sim, em
um lar de eterna glória, envoltos pelo amor de Deus. Isto, graças a Jesus Cristo, o mais poderoso do
que todos os pseudo-deuses e seres espirituais do Universo. As armas satânicas podem nos alcançar
falsos meios de termos momentos de paz, alegria e fórmulas de prosperidade. Mas Jesus Cristo nos
alcança paz e alegria eternas, gerando prosperidade celestial em Suas promessas de, juntos com Ele,
reinarmos para sempre.
Muitas são as armas dos cristãos, concedidas por Jesus Cristo, no combate as várias facetas de
Satanás. A principal, concentra-se no poder do Espírito Santo em nossas vidas, mais eficiente que
todos os "mantrans" conhecidos por qualquer gnóstico. Na permanência deste poder em nossas
vidas, desfrutamos da comunhão com Jesus, fazendo-nos ser o que Jesus Cristo é: Filhos de Deus,
conduzidos a glória. Essa "permanência", por conseguinte, é o meio da transmissão de sua
"modalidade de vida", intitulada "vida eterna".
Faz parte do ministério do Espírito Santo orientar-nos espiritualmente, pois Jesus disse que "esse
vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (João 14:26).
Dado o fato que Deus é o alvo de toda existência, e que a vida é, essencialmente, aprender de Deus,
segue-se que toda educação, desvinculada da fé religiosa, é uma contradição em termos com o que
se deve compreender do verdadeiro conhecimento. Em João 16:13 encontramos a referência quanto
ao que o Espírito Santo veio fazer em prol dos que confessam a Jesus Cristo como seu Salvador
pessoal:
"...Ele vos guiará em toda a verdade..."
Esta é a garantia que temos de estarmos no caminho correto, diante de tantos caminhos. Se tivermos
um contato do divino com o humano, então haverá uma iluminação que nos assegurará a verdade,
que se encontra em Jesus (Efésios 4:21). O Evangelho, impulsionado pela instrução do Espírito,
"habita" em nós. Por causa disso, é que permanecemos no Pai e no Filho.
Em várias passagens bíblicas o Espírito Santo é representado pelo termo "unção". Como em I João
2.27b: "...como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas e é verdadeira, e não é mentira,
como vos ensinou ela, assim nele permaneceis." A unção desempenhava grande papel na vida física
das raças orientais. O clima era seco, abafado e debilitante, os unguentos restauravam o fresco, a
elasticidade e a vida aos arcabouços ressequidos e débeis. Assim, tal como o orvalho faz reviver a
verdura das colinas, ou como a unção restaura o vigor dos músculos e ligamentos, a influência
curadora, suavizadora do Espírito Divino soprada sobre os filhos de Deus, desdobra o significado
daquilo que tiveram ouvido trazendo tudo de volta a memória deles, guiando-os a toda verdade.
Não precisamos das pretensas descobertas de falsos mestres. Tudo quanto necessitamos é a unção
de Deus.
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Este mesmo Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade, também é simbolizado pelo fogo, que veio
para purificar ou destruir os sentimentos incompatíveis com a Sua natureza santa, pois não pode
tolerar e nem compactuar com o pecado.
O livro de Atos dos Apóstolos tem sido chamado, acertadamente, "Atos do Espírito Santo". O
impacto que sofreram os discípulos com a morte de Jesus, a predominância da versão de que os
discípulos O tinham roubado do túmulo, seriam o suficiente para levá-los a abandonarem a tarefa de
continuar pregando o evangelho. Mesmo crendo que Jesus ressuscitou de fato, fariam como muitos
em nossos dias, que "tudo sabem" e nada fazem. Foi o Espírito Santo a provisão divina para os Seus
seguidores desanimados (João 14:16-17).
A transformação das vidas de tantos homens, os numerosos milagres que distinguiram a Igreja
Primitiva das comunidades religiosas da época, o poder com que pregavam o evangelho e a rapidez
com que o difundiam através do mundo, eram o resultado da provisão sobrenatural do Espírito
Santo.
O Espírito Santo proveu os crentes do primeiro século do cristianismo de tudo quanto necessitavam
para o desempenho da obra evangelizadora do mundo. Os milagres operados pelos primitivos
cristãos á vista de multidões, constituíam as credenciais divinas para o Ministério de fazer Jesus
Cristo conhecido como Aquele que morreu e ressuscitou para a salvação de todo o que O aceitar
pela fé.
Pela falta de demorado contato com o Espírito Santo, o grande Mestre, o revelador das
"profundezas de Deus", é que muitos homens do púlpito são tão artificiais na maneira de ensinar.
Afinal, o homem natural não pode entender as coisas de Deus. Encontramos explicações a este
respeito em II Pedro 1:21:
"Homens falaram e da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo."
Depois de conhecermos esta arma cristã tão poderosa, podemos entender por que o Movimento
Gnóstico tenta desmentir a pessoa do Espírito Santo15, valendo-se de afirmações mentirosas de que
o mesmo significa o fogo do sexo, utilizando em suas práticas diabólicas para despertar a serpente
Kundalini (chegando ao absurdo de afirmar16 que o mesmo faz parte da Trindade, com as seguintes
denominações: O Pai chamado de "íris", conhecido por o Espírito Santo "Horus", e a Mãe
Kundalini seria "Osíris").
Retirando a verdadeira figura cristã do Espírito Santo, os preceitos gnósticos galgam triunfantes
mentes humanas, desvirtuando-as sem empecilho algum.
E onde está o Filho ou seja, Jesus Cristo, nesta Trindade? Como os gnósticos ousam chamar-se
cristãos, negando o "Filho"? Mais uma vez retornamos ao versículo de I João 2:22, responsável pela
minha conversão á Jesus Cristo: "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
É o anticristo aquele que nega o pai e o Filho."
Hoje, existem muitas denominações que se dizem "evangélicas", mas substimam o poder do
Espírito Santo, esta arma poderosa, pois aderiram ao formalismo puro em seus cultos, tornando-se
assim religiões sociais, onde predominam ideias humanas, as quais divergem do que está escrito na
Bíblia Sagrada, seguindo o evangelho somente em algumas partes, afirmando que outras não são
para esta época e coisas semelhantes, desculpas para viverem uma vida em total desacordo com o
genuíno evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nestes formalismos, a primeira coisa
que tratam de expurgar é a presença viva do Espírito Santo de Deus, pois este, como santo que é,
não compactua e não atua naqueles que andam em desacordo com os preceitos divinos. "É coisa de
fanáticos" dizem; "não é para nossa época, era somente para os apóstolos" afirmam, e até mesmo
escrevem livros defendendo estas falsas teorias.
Estas denominações que assim agem, não tem nada de evangélicas, pois não seguem o evangelho
em sua íntegra, senão somente naquilo que lhes interessa, naquilo que não venha a confrontar com
"a sua maneira de pensar ou agir", seguindo a ensinamentos de homens, tal qual o fazem as seitas,
se esquecendo totalmente de quem é Jesus Cristo e que "aquele que diz que está nele, também deve
andar como ele andou" (I João 2:6).
As denominações que assim agem são, espiritualmente, mornas, e representam as "laodicéias" de
nossos dias, a quem Jesus Cristo repreende em Apocalipse 3:15-16, dizendo:
"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; oxalá foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca."
Estas igrejas são portas escancaradas para que as doutrinas filosóficas da Nova Era entrem e façam
morada, pois o Espírito Santo, aquele a quem Jesus Cristo disse que "vos ensinará todas as coisas e
vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (João 14:26), não está em seu meio para alertá-los
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da nocividade de tais doutrinas heréticas, tornando assim a obra de Jesus Cristo frágil às armadilhas
satânicas, pois Satanás, em sua astúcia não hesitará em usar tais cristãos para tornar a Nova Era e
seus dogmas mais conhecidos.
Pobre Igrejas que não possuem a unção e os dons do Espírito Santo, os quais estão disponíveis a
todos aqueles que, de coração voltados para Deus, os buscarem.
Jesus Cristo porém, em Seu imensurável amor, ainda hoje aconselha e convida a todos que se
encontram nesta situação, quando em Apocalipse 3:18-20, Ele diz:
"Aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas,
para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e colírio, a fim de ungires os teus
olhos, para que vejas.
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te.
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e
com ele cearei, e ele comigo."

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A Implantação da "Nova Ordem Mundial"ou "NovaEra"
Vivemos tempos de rápidas, grandes e profundas mudanças, com os avanços nas áreas do
conhecimento humano, onde os desafios aumentam a cada vez mais, apesar de nossos dias
continuarem tendo suas mesmas vinte e quatro horas. Nestes novos tempos e com grandes espaços
na mídia internacional, estão sendo divulgadas as tendências de uma nova época para o mundo,
conhecida como "Nova Era" ou "New Age". Com a chegada do novo século, isto tem sido
intensamente explorado em todos os setores da sociedade mundial, criando assim grandes
expectativas na humanidade quanto a entrada do novo milénio.
Porém, não existe uma unanimidade entre os astrólogos quanto ao início desta "Nova Era" ou "Era
de Aquário", como também é denominada. Existe sim muita indefinição e confusão pois, segundo
alguns, desde 1.900 já estamos vivendo em plena Era de Aquário era que, afirmam, ser de amor,
fraternidade, tranquilidade e paz. Ensinam estes que a cada 2.000 ou, no máximo, 2.200 anos,
passamos a viver uma nova era, com mudanças profundas no mundo, seja na área religiosa,
governamental ou pessoal, onde acontecem muitas modificações, onde muitos conceitos são
revistos, diversos tabus são quebrados, com várias inovações sendo introduzidas em todos os
setores da vida humana, causando assim, profundos reveses no mundo. Segundo estes, a Era de
Touro foi de 4.000 a 2.000 a.C. iniciando-se então a Era de Aries, a 9ual estendeu-se até o
nascimento de Cristo, quando deu-se início a Era de Peixes.
Outros, ensinam que a primeira era foi a Era de Touro, que foi de 4304 a 2154 a.C; a segunda, foi a
de Aries, de 2.154 a 4 a.C; a terceira foi a Era de Peixes, de 4 a.C. e findará em 2.146; a próxima
então, seria a Era de Aquário, que iria de 2.146 a 4.296, quando então ter-se-á início à Era de
Capricórnio.
Existem ainda aqueles que simplificam, ensinando aos adeptos da Nova Era que o sol, em sua
movimentação normal no zodíaco, a cada 2.100 aproximadamente, percorre uma nova constelação
zodiacal, passando de um ponto para outro "ponto vernal" ou "ponto de primavera do sol", como
também é chamado, sendo que cada um destes pontos é uma era nova que se inicia, com um líder
peculiar a cada época. Por exemplo: na época em que Jesus Cristo veio a Terra, o Sol estava na casa
de peixes. Então, acreditam eles, estávamos sendo regidos pela Era de Peixes, e que Jesus veio
como um líder para difundir todas as suas filosofias e ideologias e que, quando terminasse sua
missão, deveria então ser implantada a próxima era, ou seja, a Era de Aquário. Divulgam que isto
acontecerá na passagem do milénio, quando o ponto de primavera do Sol passará da constelação de
Aries para a constelação de Aquário.
Tem ainda aqueles que acreditam (e ai se encontram também a maioria dos estudiosos cristãos), ter
sido o início (secreto) da Nova Era em 1875, com a fundação do teosofismo por Helena Petrovna
Hahn Blavatsky que, durante os dez anos em que esteve sob o domínio do espírito demoníaco que
dizia chamar-se "João King", recebeu todas as orientações e ordens secretas do plano político,
económico e religioso para a criação de uma Nova Ordem Mundial, os quais somente deveriam
tornar-se públicos após passados cem anos sendo que, durante este período deveriam serem
transmitidos somente a alguns poucos iniciados, os quais deveriam ir sutilmente implantando estes
planos nas diversas camadas da sociedade para que, quando fosse tornado público, não causasse
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grandes choques na humanidade. E isto aconteceu a partir de 1975, quando estes planos até então
restritos a poucos, começaram a serem divulgados abertamente para o mundo, usando todos os
meios possíveis, quando então também todos os esforços deveriam concentrar-se na busca de novos
simpatizantes, novos adeptos à causa da Nova Era.
É exatamente isto que está sendo feito.
Entre outras coisas, o plano determina que:
1) O slogan deve ser "Paz, Amor e União";
2) A ciência e a religião devem ser unificadas;
3) O Movimento deve abranger todo o mundo, sem exceções:
4) Os líderes devem ensinar que Jesus não era o cristo verdadeiro, negando sua divindade.
5) Os princípios que regem o cristianismo devem ser desacreditados e eliminados definitivamente.
6) Estabelecer uma nova e única religião, na qual o cristianismo e todas as demais religiões terão
que unir-se. Caso algum cristão queira resistir a isto, deve ser banido, eliminado. (Para isto
trabalham aqueles que pregam a doutrina do ecumenismo hoje).
7) Estabelecer uma nova ordem política e social.
8/ Fazer com que o homem acredite que ele tem potencial para tornar-se um deus, usando somente
esforços humanos, aplicando fórmulas e treinamentos por eles ensinados, não necessitando assim de
um salvador. (Esta mentira é muito antigas pois, a primeira vez que Satanás a usou em nosso
planeta está registrada na Bíblia Sagrada, no livro de Génesis 3:5b, que diz: "... e sereis como Deus,
sabendo o bem e o mal).
9) As crianças, já a partir dos cinco anos, deverão serem seduzidas espiritualmente e envolvidas,
por todos os meios que as rodeiam, principalmente nas escolas, para divulgação da Nova Era.
10) Com a surgimento do "messias" da Nova Era, todos os planos serão concretizados.
A favor deste argumento temos o fato crucial de que Alice Bailey (1880-1949), terceira presidente
da Sociedade Teosófica (a segunda foi Annie Besant -1847/1933), inglesa que imigrou para os
EUA, e que estabeleceu as verdadeiras bases da Nova Era, tendo como uma de suas principais
afirmações a de que "Lúcifer é o dono e senhor da humanidade". Ela é considerada a luz mestra da
Nova Era, sendo reconhecida e venerada como sua sumo-sacerdotisa.
Alguns ainda, acham que a Nova Era teve início em 1962. Dentre estes pensadores, encontramos o
mestre do gnosticismo contemporâneo, Samael Aun Weor, que afirmou taxativamente que a Era de
Aquário teve seu início em 4 de fevereiro de 1962, entre duas e três horas da tarde.
A verdade porém, é que a Nova Era já está entre nós, no nosso dia a dia, atuando em todos os
setores de nossas vidas, em alguns de forma oculta mas, em sua maioria, está agindo abertamente,
embora ainda de forma aparentemente despretenciosa e desinteressada.
A Nova Era não é uma organização só, por enquanto, e sim, várias, centenas, milhares de
organizações, que atuam nos mais diversos setores, que muitos, inclusive cristãos, julgam que uns
nada tem nada a ver com os outros mas que, na verdade, agem com ações muito bem elaboradas,
onde seus líderes seguem uma linha única de pensamento. Estas organizações estão espalhadas pelo
mundo em forma de cadeia ou rede, mediante um processo conhecido de "networking" que, no
momento oportuno, se unirão, pois seus objetivos e propósitos são os mesmos, que é preparar o
mundo para ser governado por uma só pessoa, a quem chamam de o grande "Maitreya", chamado
também de "avatar dos avatares", "o cristo da Nova Era", "Grande Mente Universal", entre outros,
que será venerado por muitos como um messias, pela sua inteligência e liderança, mas que na
verdade trata-se do Anticristo que a Bíblia fala. Para que isto aconteça, é necessário e está sendo
feito um grande e cuidadoso trabalho de preparação, onde estão sendo usadas pessoas inteligentes,
génios de alto nível de setores da cultura humana, tais como os artistas, escritores, cientistas,
educadores, estadistas, economistas, teólogos e tantos outros, visando unicamente a implantação de
uma Nova Ordem Mundial em nosso planeta. Como verdadeiros precursores, os "new agers" estão
trabalhando incansavelmente, preparando o caminho. Basta você observar ao seu derredor e ver o
que está acontecendo, para notar que as modificações a nível mundial, estão acontecendo de forma
muito rápida, tudo porém, parecendo estar dentro da maior normalidade possível, como se o mundo
simplesmente estivesse seguindo seu curso progressivo normal.
Mas observe, por exemplo, no verso da nota de um dólar, onde já em 1933, o presidente Rosevelt
mandou colocar um símbolo ocultista da maçonaria, com os dizeres em latim "NOVUS ORDO
SECLORUM", que significam "nova ordem mundial"17. E em 1992, o Clube de Roma18 , após
longos estudos relacionados ao futuro da humanidade, do qual chegaram a conclusão que a mesma
necessita de um governo único e centralizado, para resolver seus problemas, elaborou a nova
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divisão mundial, onde o mundo foi dividido em dez partes ou regiões, visando unicamente a
implantação da Nova Ordem Mundial, o que foi aceito e firmado em 1993, dando início a uma nova
forma de atuação conhecida como "globalização", tão em voga em nossos dias. Esta está presente
em todos os setores da sociedade hodierna, com destaque porém para as áreas de economia, da
política, da religião e da educação, pois afirmam eles que esta Nova Ordem Mundial será uma paz,
amor e prosperidade para o mundo.
Ficou assim a divisão mundial dos globalistas:
01) México, Canadá e Estados Unidos;
02) Europa Ocidental;
03) Japão;
04) Austrália e Nova Zelândia;
05) Europa Oriental;
06) América Latina (inclusive a América Central);
07) África do Norte e Oriente Médio;
08) África Principal;
09) Sul e Sudeste da Ásia;
10) Ásia Central.
Os líderes do globalismo declaram que:"... a qualquer momento em que houver tensão internacional
ou um colapso financeiro, o governo mundial assume o controle de:
a) Todos os meios de comunicações;
b) Todas as áreas de eletricidade, petróleo e combustíveis;
c) Todas as fazendas e suprimentos alimentícios;
d) Todas as áreas de transportes, rodovias e exportação;
e) Todos os cidadãos do mundo, os quais serão recadastrados como servidores do governo;
f) Todos os grandes centros populacionais;
g) Todas as áreas de saúde, educação e bem-estar social;
h) Todos os grandes centros populacionais;
i) Todos os aeroportos e toda aviação;
j) Todo setor de financiamento habitacional;
h) Todas as ferrovias e todos os cursos de água doce navegáveis e os
dispositivos de armazenagem de bens de consumo público".
A partir de 1o de janeiro de 1.999, entra em vigora moeda única da União Europeia, que se chamará
"Euro", implantando assim definitivamente, a união monetária europeia. Previsto pelo Tratado de
Maastricht, em 1991, o Euro passou por muitas discussões e desentendimentos, quando então uma
reunião com a participação dos líderes dos 15 países que formam a União Europeia, reunidos num
encontro de cúpula realizado em Amsterdã (Holanda), no último dia 18 de junho, aprovaram por
unanimidade o Pacto de Estabilização com as diretrizes para depois da implantação da moeda
única2 °. As economias de vários países europeus vem sofrendo já a tempos intensas correções, com
o objetivo de adaptarem-se às regras de participação no sistema de moeda única21. Mais
recentemente, a União Europeia fez o convite para que mais seis países, chamados "pobres",
também passem a fazer parte da mesma.
Após isto, as fronteiras também deverão terminar, quando todos poderão deslocar-se livremente
entre os países, com um mesmo documento.
Aqui na América Latina, o Mercosul teve sua criação oficial em janeiro de 1995, sendo que hoje,
após dois anos de sua implantação se consolidado como um dos blocos económicos de maior
crescimento. Certamente, vem por aí moeda única, fim das fronteiras, pois esta é a atual tendência
mundial, dentro do projeto da "globalização".
O mundo atual está com suas distâncias bastante reduzidas, pois está praticamente todo interligado
através da Internet, sistema pelo qual você se comunica (transmite e recebe) instantaneamente com
qualquer parte do mundo inteiro, sem sair de dentro de sua própria casa.
Também já existe o Sistema Global de Localização (SGL), do qual fazem parte 24 satélites que
circulam a 18.000 km acima da Terra, os quais movem-se rapidamente pelo espaço, em seis
percursos diferentes, através do qual é possível localizar uma pessoa em qualquer ponto do globo
terrestre, com margem de erro de pouco mais de 1 metro. Nos EUA, este sistema, se encontra a
disposição de todos, e é gratuito.
Apenas descrevemos alguns avanços da humanidade, alguns já em pleno funcionamento, outros
ainda sendo implantados. Porém, uma vez tudo implantado devidamente, não haverão razões para
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os países que formam os cinco continentes não venham a unirem-se, fazendo com que o mundo
inteiro adote uma só moeda, sem fronteiras, um só cartão de crédito, uma só religião, um só sistema
de comunicações,... e o que impede de ser governado por um só homem? Nada. Absolutamente
nada. Não existirão empecilhos capazes de impedir que o plano satânico seja concretizado e que ele
seja entronizado como senhor deste planeta.
Mas o Mestres dos Mestres, Jesus Cristo nos deixou o seguinte recado, que está registrado na
Bíblia, no Evangelho de Lucas, 21:28:
"Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças,
porque a vossa redenção está próxima."

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E a Bíblia Sagrado, o que diz a respeito do futuro da humanidade?
A Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, é o livro mais editado e lido no mundo e é usado como manual
pelos cristãos. Nela, encontramos os eventos relacionados ao passado, presente e, principalmente,
sobre o futuro da humanidade, que está de maneira clara distribuída por toda a sua extensão, nos
impedindo assim de cair no erro das heresias, que querem, de uma forma geral, distorcer as
verdades irrefutáveis, pois são as verdades de Deus, agindo os hereges segundo seus espúrios
interesses. É também nela que os cristãos encontram sua maior esperança, que é a segunda vinda de
Jesus Cristo, quando terão então um encontro pessoal com o seu Salvador amado, sobre o qual estão
registradas 1845 citações, afirmando que Ele vai voltar para levar os seus "para que onde eu estiver
(disse Jesus) estejais vós também" (João 14:3b).
Na Bíblia encontram-se registrados vários eventos que estão acontecendo ou irão acontecer
brevemente, eventos estes que regerão os destinos do mundo. Não vamos analisá-los profundamente
porém, julgamos ser importante a observação de alguns deles, sem entrar numa análise mais
profunda.
Observemos alguns dos sinais que precedem a segunda vinda de Jesus:
1) Guerra e flagelos contínuos e contíguos (Mateus 24:6,7);
2) Projeção internacional de Israel (Lucas 21:29,30);
3) Lutas trabalhistas, greves e colapsos financeiros (Tiago 5:1-4; Apocalipse capítulo 18);
4) Demonismo e feitiçaria em profusão (I Timóteo 4:1; Apocalipse 21:8; 22:15);
5) A multiplicação da ciência (Daniel 12:4);
6) Multiplicação de zombadores do evangelho e modernistas (II Pedro 3:3);
7) Relaxamento moral e espiritual, como na época antediluviana (Lucas 17:26-30; Génesis 6:5,11).
O arrebatamento será nos ares, quando Jesus descerá até as nuvens naquele momento (I
Tessalonicenses 4:16,17), repentino (I Coríntios 15:52), e secreto para o mundo (Mateus 25:1-10), e
acontecerá em duas fases distintas, sendo a primeira o arrebatamento da Igreja que O espera, e a
segunda uma manifestação física e pessoal de Jesus Cristo a todas as nações mundiais. O
arrebatamento será o início de uma série de eventos abrangendo a Igreja, Israel e as Nações pois,
logo após, iniciar-se-á o cumprimento das profecias (II Tessalonicenses 2:7; Daniel 9:27;
Apocalipse 11:3; Mateus 24:15-41).
Imediatamente após o arrebatamento, seguir-se-á o período conhecido como Grande Tribulação, um
período de sete anos, divididos em duas fases de três anos e meio cada (Daniel 7:25), sendo que a
segunda é a pior, período sobre o qual Jesus, em Mateus 24:21, nos diz que "nesse tempo haverá
grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem haverá jamais."
Durante a Grande Tribulação em onde acontecerão vários eventos, dos quais destacamos:
1) Uma onda de apostasia (abandono da fé) total e generalizada entre os homens (II Tessalonicenses
2:3);
2) Surgimento no cenário mundial do Anticristo, que trata-se na verdade da mesma Besta citada em
Apocalipse 13:1-10. Ele não admitirá ser ele o Anticristo, e se apresentará as nações como sendo o
cristo real e o verdadeiro messias, redentor da humanidade (II Tessalonicenses 2:3-12). Ele será um
super-líder político, com uma capacidade invulgar para governar e grande orador, que influenciará
as massas com discursos eloquentes e inflamados (Apocalipse 13:5). Este homem será inteligente
(Daniel 7:8), filósofo (Daniel 8:23) e grande operador de maravilhas (Apocalipse 13:3,4,13-15).
Trata-se, sem dúvidas, da manifestação do "Maitreya", o líder esperado pelos adeptos da Nova Era.
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3) Surgimento da Segunda Besta, que terá a preocupação com a religião, identificado como o Falso
Profeta (Apocalipse 13:11,12; 16:13). Este será um super-líder religioso (Apocalipse 13:11-16), que
estará a frente do sistema religioso mundial e único, que se formará sob sua inspiração e com a
união de todas as igrejas, e que será implantado pelo Anticristo na segunda parte da Grande
Tribulação, a qual será totalmente adverso a Deus, pois na verdade adorará um homem, ao grande
homem "cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás" (II Tessalonicenses 2:9a), ou seja, o Anticristo
(II Tessalonicenses 2:4; Apocalipse 13:4,8,12).
O Movimento Ecuménico Mundial e o Concílio Mundial de Igrejas são hoje a maior prova de que
estes "novos tempos religiosos" se aproximam, podendo até mesmo serem considerados seus
precursores, ainda que em alguns casos talvez até involuntariamente, pois defendem a ideia (e já
tem obtido muitos progressos) de que todas as religiões, indistintamente, devem se unir.
É exatamente isto que acontecerá durante a Grande Tribulação.
Paralelo a estes, vários outros acontecimentos terão parte durante este período, de maneira que toda
a Terra sofrerá os horrores da Grande Tribulação (Jeremias 25:32; Mateus 24:29; Lucas 21:26), pois
durante este tempo, Satanás será o soberano deste mundo, uma vez que estarão sob seu poder o
controle político e espiritual do mesmo, através do Anticristo e do Falso Profeta (1a e 2a Bestas).
Porém, é importante ressaltar que durante a Grande Tribulação ainda haverão aqueles que
alcançarão a salvação divina (leia Apocalipse 6:9-11; 7:9-14; 20:4 e Atos 2:17-21).
Enquanto estas coisas estiverem acontecendo aqui na Terra, no Céu também acontecerão grandes
eventos, iniciando com os salvos que foram arrebatados comparecendo perante o Tribunal de Cristo
(não confundir com Juízo Final ou Trono Branco, pois no Tribunal de Cristo só os salvos
participarão), onde cada um receberá de Jesus Cristo a devida e justa recompensa (Apocalipse
22:12), segundo o que tiver feito neste mundo (II Coríntios 5:10), "começando pelos últimos até os
primeiros" (Mateus 20:8).
Imediatamente após, já galardoados, os salvos serão convidados a participarem das Bodas do
Cordeiro (Apocalipse 19:7-9), onde a Igreja fiel será honrada sobremaneira por seu Mestre Jesus
Cristo, por tudo o que suportou e sofreu neste mundo, em todos os séculos, por amor a Ele. Será um
momento único na história da humanidade, pois o universo inteiro conhecerá a forma indelével com
que Jesus trata àqueles que são D'Ele, pois foram comprados pelo Seu sangue remidor derramado
durante a Sua vinda em carne aqui neste mundo. Passados sete anos, ao final da Grande Tribulação,
a Bíblia nos afirma que Jesus Cristo virá (Atos 1:11), em glória, majestade e poder, com os seus,
que são todos aqueles que foram arrebatados. Porém, este evento será precedido de grandes
cataclismas em toda a Terra e na natureza (Lucas 21:25-27), quando também acontecerão
morticínios sobrenaturais (Isaías 24:20; Apocalipse 16:17-21). Jesus Cristo descerá visivelmente
sobre o Monte das Oliveiras (Zacarias 14:4), no exato momento em que a nação de Israel estará
sendo destruída pelos exércitos comandados pelo Anticristo, na Guerra do Armagedom (Apocalipse
16:14; 19:19-21; Zacarias 12:2-9). Todas as nações da Terra O verão e Ele tomar-se-á o centro das
atenções pois, neste dia, os governos e soberanos deste planeta serão sacudidos e saberão porque
Deus, o Pai, colocou Jesus Cristo sobre eles como o Reto Juiz (Mateus 24:30; Apocalipse 1:7).
Diante deste grande e sobrenatural livramento, os remanescentes da nação judaica ou seja, todos
aqueles que escaparem da Grande Tribulação, finalmente aceitarão a Jesus Cristo como o Messias
único e verdadeiro (Zacarias 12:10-14; Mateus 23:39; Isaías 4:3; Oséias3:5; Romanos 11:25-27).
Com a prisão de Satanás por mil anos (Apocalipse 20:1-3), finda-se a Grande Tribulação, e o
reinado de Jesus Cristo será estabelecido sobre a Terra, por um período de mil anos, conhecido
como MILÉNIO (Apocalipse 20:4-7; Isaías 65:21-25). Durante este período, o mundo sofrerá uma
reorganização política, social e religiosa. Não haverão mais contrariedades entre os homens. Toda a
oposição a Deus, será neutralizada (I Coríntios 15:24-28). Haverá um grande derramamento do
Espírito Santo (Isaías 32:15; Atos 2:19-20), e a vida humana será prolongada (Isaías 65:19-20). A
paz existente é a verdadeira, pois a mundo estará sendo governado pelo Príncipe da Paz (Isaías 9:6).
Porém, quando completarem-se mil anos, Satanás será solto por um curto espaço de tempo de sua
prisão, e sairá para seduzir as nações que existem na Terra. Satanás virá com todos os que
arregimentar, que serão muitos, contra a cidade Santa, onde estará o trono e o governo de Jesus
Cristo, para guerrear, e a cercarão. Esta ação de Satanás é que levará Jesus a decretar sua eterna
prisão no lago de fogo pois, naquele momento, descerá fogo do Céu e os consumirá, "e o diabo, que
os enganava, será lançado para sempre no lago de fogo e enxofre, onde já está a besta e o falso
profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre" (Apocalipse 20:7-10). É o fim
do milénio. Logo após, Deus julgará a todos, grandes e pequenos, nos céus, no Juízo Final ou
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Grande Trono Branco, descrito em Apocalipse 20:11-15, que diz: "E vi um grande trono branco e o
que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para
eles.
E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro
livro, que éoda vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros,
segundo as suas obras.
O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o hades entregaram os mortos que neles
havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.
E a morte e o hades foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.
E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo."
No Juízo Final, Jesus Cristo será o centro de todas as atenções, pois estará julgando com justiça a
todos os ímpios, os quais estarão literalmente em pé, com seus corpos, para receber a sua sentença.
Por isto a Palavra diz que: "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição"
(Apocalipse 20:6a).
Uma vez findo este juízo, conclui-se também o obra redentora do homem, planejada antes mesmo
da fundação do mundo. Agora, é Cristo e o Igreja glorificada entrarão no gozo da vida eterna,
juntos, num novo Céu e uma nova terra, onde habitará perenemente a justiça de Deus vivo e Todo-
poderoso.
"Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o
servirão.
E verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome.
E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do sol, porque o
Senhor Deus os alumiará; e reinarão para todo o sempre" (Apocalipse, 22:3-5).
Isto é o que está escrito. E Jesus disse que: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não
hão de passar" (Mateus 24:35). Embora muitos hoje, e nisto estão incluídos principalmente os
seguidores da Nova Era ou Nova Ordem Mundial, tentem de inúmeras formas tornarem a Bíblia
Sagrada um livro comum, tentando descredenciá-la, usando vários argumentos espúrios e facciosos,
ela continua firme, pois é a Palavra de Deus genuína e incontestável. Nela encontramos o passado, o
presente e, principalmente o futuro. O que descrevemos acima é uma pequena parcela de tudo o que
está escrito, com relação ao futuro da humanidade. Por maiores que sejam as contestações, o que
está escrito, está escrito, e acontecerá, quer queiram ou não, pois são eventos determinados pelo
Deus Único e Verdadeiro, Senhor e Criador do Universo. Nada mudará o curso dos acontecimentos.
Porém, para todos aqueles que teimam em acrescentar ou tirar algo da Bíblia Sagrada, para atender
seus desígnios puramente pessoais, Deus deixou um aviso bem claro, em Apocalipse 22:18-19:
"Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar
alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;
E, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da
árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro." *

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Epílogo
Caro adepto de qualquer um dos seguimentos da Nova Era ou outro sistema filosófico, que não seja
o cristianismo:
Jesus Cristo, o Filho de Deus, ama você. Ele veio a este mundo e cumpriu um plano perfeito para
salvá-lo, para que você tenha uma eternidade de paz, gozo e felicidade junto a Deus, este mesmo
Deus que amou você, "de tal maneira, que deu o seu filho unigénito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). Neste versículo, está o resumido todo o
Evangelho.
Hoje em dia, existem milhares de pessoas que buscam soluções para suas vidas e eternidade,
seguindo filosofias aparentemente bonitas, cheias de soluções, cujos líderes em sua petulância,
chegam até a afirmar terem comunhão com Deus, dizendo que os caminhos por eles ensinados são
caminhos verdadeiros, mas que, na verdade, são caminhos de morte, e morte eterna. Estes mestres
agem como um certo bode, que trabalhava na Butchers Dressed Meat Company, de Nova Iorque,
conhecido como "Bode Judas". Este era empregado para conduzir ovelhas do local de desembarque,
à beira do rio, até o matadouro. Iniciava fielmente seu trabalho às sete horas da manhã, liderando os
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grupos de ovelhas até sua condenação inesperada. Ele fazia, em média, de oito a dez viagens por
dia. Calcula-se que durante sua "carreira", ele tenha liderado em torno de quatro milhões e meio de
ovelhas à morte. É sabido que as ovelhas não precisam ser tangidas, como os porcos e o gado,
seguindo a algum líder; portanto, não era um trabalho difícil para aquele bode liderar as ovelhas,
como se fosse uma delas. Jesus advertiu sobre os falsos mestres que tentariam cativar as mentes dos
discípulos, tal como se diz que Satanás se transforma em anjo de luz (II Coríntios 11:13-15). Não
nos surpreende portanto, que falsos líderes, algumas vezes, se disfarcem em "homens religiosos".
Nós entendemos estas pessoas, pois também trilhamos por longo tempos estes caminhos, seguindo
estes falsos mestres, conforme você acabou de ler.
Porém, a verdadeira paz, a verdadeira satisfação interior nós nunca conseguiremos seguindo
mandamentos de mestres meramente humanos, porque ao deus deste mundo isto não interessa. Mas,
e qual é o deus deste mundo? A Bíblia nos diz que "o mundo inteiro jaz no maligno" (I João 5:19b).
Vamos analisar o tema sob o seguinte ângulo: imaginemos que você seja um praticante fiel de
determinada linha de pensamento que não o cristão. Você é sincero, esforça-se com suas práticas,
fazendo tudo que lhe é ensinado e sugerido, vivendo uma vida de acordo com aquilo que acredita
ser o correto. Afora do cristianismo, sempre vão lhe ensinar a crer na reencarnação, irão lhe
argumentar que você retornará aqui novamente, por quantas vezes forem necessários. Ai então,
você morre, ou "desencarna", como costumam dizer, e, para sua surpresa, quando chega do outro
lado, verá que não vai mais voltar aqui e que também não terá mais chances por toda a eternidade.
Mesmo sem nunca ter sentido esta sensação, daria para afirmarmos que a mesma deve ser terrível,
pois você foi enganado durante toda a sua vida, e este engano se prolongará por toda a eternidade.
Pois bem, querido leitor, quando o escritor aos Hebreus nos diz que: "Aos homens está ordenado
morrer uma só vez, vindo depois disto o juízo" (9:27), é exatamente isto que ele está querendo nos
afirmar, para que você não seja surpreendido quando lá chegar. Você poderá então querer
argumentar que a morte aqui referida tem um outro sentido, que os cristãos continuam sendo os
"sinceros equivocados", não entendendo perfeitamente a Bíblia e outros argumentos semelhantes.
Ora, também entendemos isto, porque também pensávamos assim, uma vez que as pessoas em geral
tentam deturpar as palavras da Bíblia, desviando propositadamente o sentido verdadeiro do que está
escrito, para manter as pessoas a sua mercê, iludidas. Porém, a Bíblia Sagrada é muito clara, quando
trata-se de eternidade.
Talvez lhe ocorra o pensamento de que você não consiga ser salvo, que talvez não mereça ou ainda,
que o caminho da salvação não seja tão simples assim. Porém, Jesus foi quem disse que: 'Todo
aquele que crere for batizado, será salvo. Quem não crer, será condenado" (Marcos 16:15). É assim
mesmo. A salvação é simples, mas ao mesmo tempo complexa, pois você pode num simples
momento ganhá-la ou perdê-la. Temos, por exemplo, o caso de Dimas, o chamado "ladrão da cruz",
que arrependeu-se e pediu ao Senhor Jesus, alcançando a salvação momentos antes de morrer
(Lucas 23:39-43).
É importante você saber que enquanto Jesus Cristo não vier levar os seus, ainda existem chances de
viver uma eternidade com Deus. E para isto, não é preciso qualquer tipo de sacrifícios de sua parte,
pois Ele, Jesus, já pagou todos os pecados da humanidade, quando morreu crucificado, lá no Monte
Calvário. Basta que O aceitemos como nosso único e suficiente salvador de nossas vidas. Esta é
uma verdade irrefutável e que está a disposição da humanidade inteira, sem exceções. Uma vida de
satisfações pessoais, alegria interior e intensa te aguardam, logo após tomada esta decisão, o que
você pode fazer a qualquer momento, até mesmo agora, aonde você estiver, bastando render-se a
Ele e confessá-Lo com sua boca, pois diz na Bíblia que "se com a tua boca confessares a Jesus
como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo"
(Romanos 10:9).
Isto funciona, garantimos a você, pois aconteceu conosco a sete anos passados, quando nossas vidas
foram totalmente transformadas.
Nós somos a maior prova do poder que afirmamos haver somente na pessoa de Jesus Cristo, o Filho
do Deus vivo. "E chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra"
(Mateus 28:18).
Isto que aconteceu conosco, tem acontecido com milhares. Pode também acontecer com você, basta
você querer, pois "todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo" (Romanos 10:13).

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