Testes Editaveis
Testes Editaveis
Testes Editaveis
Esta obra tem como objetivo fornecer ao Professor um conjunto de testes que façam o balanço
das aprendizagens que o aluno realizou em cada unidade.
Estas provas podem ser usadas como instrumentos de classificação ou apenas numa
perspetiva formativa. Constituem um complemento às fichas e testes já propostos no manual,
tendo sobre eles a vantagem de poderem ser apresentados ao aluno como novidade, colocandoo
perante um novo desafio, uma nova situação em que as competências que desenvolveu são
convocadas e postas à prova para resolver novos problemas.
Porque os ritmos de aprendizagem podem ser distintos, apresentamos aqui quarto testes por
período, ou seja, dois testes por unidade, centrados nos mesmos descritores, mas com graus de
dificuldade diferenciados: um deles de nível elementar e outro de nível mais elevado.
Os testes que se apresentam seguem sensivelmente a estrutura e os princípios das Provas
Finais de Português do 2.º ciclo do Ensino Básico, embora acrescentem um grupo de avaliação
da Compreensão do Oral.
Lembramos que, caso o Professor queira tomar em consideração as classificações obtidas
nestes testes, para efeito de classificação do aluno nos momentos formais de avaliação
quantitativa, os resultados neles obtidos na Compreensão do Oral devem fazer média com outras
classificações da Expressão Oral, obtidas em momentos deliberadamente selecionados para esse
efeito.
Aliás, as classificações obtidas entrarão na média com todas as outras classificações obtidas
pelo aluno ao longo do período, como é inerente ao processo de avaliação contínua.
No final são apresentadas propostas de correção de cada teste e depois a grelha de
registo da pontuação alcançada por cada aluno.
O Professor tem total liberdade para usar apenas partes de cada teste ou combiner partes deles,
em função do processo de aprendizagem realmente desenvolvido, na certeza de que só pode ser
testado o que foi ensinado ou treinado com os alunos.
Assim, estes testes estão também disponíveis, em formato editável, em .
1
2
3
Índice
Unidade 1 – Histórias da arca da velha
Teste 1 (A) ____________________________________________________________________________8
Teste 1 (B) ____________________________________________________________________________12
Unidade 2 – Alguma realidade… muita imaginação!
Teste 2 (A) ____________________________________________________________________________17
Teste 2 (B) ____________________________________________________________________________22
Unidade 3 – Histórias e artimanhas
Teste 3 (A)____________________________________________________________________________28
Teste 3 (B) ____________________________________________________________________________33
Unidade 4 – Histórias e fantasias
Teste 4 (A) ____________________________________________________________________________38
Teste 4 (B) ____________________________________________________________________________43
Unidade 5 – Cantos e embalos
Teste 5 (A) ____________________________________________________________________________48
Teste 5 (B) ____________________________________________________________________________52
Unidade 6 – À boca de cena
Teste 6 (A) ____________________________________________________________________________57
Teste 6 (B) ____________________________________________________________________________62
Soluções ______________________________________________________________________________67
4
5
Grelhas de Etapas/Conteúdos
UNIDADE UM
Etapa Conteúdos
Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa
Informação
Tipologia de textos: narrativos
LEITURA Recursos expressivos: enumeração e personificação
Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa
Literatura popular e tradicional (fábulas)
Textos dos media (notícia)
Língua padrão
Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê)
Texto escrito
ESCRITA Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita,
ortografia, margens, cabeçalho
História, diálogo…
Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa
Nome
Adjetivo: flexão
GRAMÁTICA Dicionário monolingue, de sinónimos
Relações semânticas de semelhança e oposição
Pronome
Funções sintáticas: sujeito, predicado
Ouvinte
COMPREENSÃO
Discurso, universo de discurso
DO ORAL
Contexto
UNIDADE DOIS
Etapa Conteúdos
Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa
Informação
LEITURA
Tipologia de textos: narrativos (lendas)
Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa
Língua padrão
Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê)
Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos
Texto escrito
ESCRITA Texto descritivo: retrato
Configuração gráfica: sinais de pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens,
cabeçalho.
Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa
Reconto, síntese
Nome: flexão (género, número, grau, acompanhado de determinante ou quantificador),
subclasses
GRAMÁTICA Verbo regular:
– vogal temática: paradigmas flexionais da 1.ª, 2.ª e 3.ª conjugação
– verbo: formas simples e formas compostas (pretérito mais-que-perfeito), modo indicativo e
modo imperativo, infinitivo impessoal
Ouvinte
COMPREENSÃO
Discurso, universo de discurso
DO ORAL
Contexto
6
Grelhas de Etapas/Conteúdos
UNIDADE TRÊS
Etapa Conteúdos
Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa
Informação
Tipologia de textos: narrativos
LEITURA Texto narrativo: componentes; estrutura da narrativa
Narrativas da literatura portuguesa
Narrativas infanto-juvenis
Textos científicos
Língua padrão
Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê)
Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos
ESCRITA Texto escrito
Texto descritivo: retrato
Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho
Carta
Preposição
Advérbio (valores semânticos e funções)
GRAMÁTICA
Verbo: flexão
Frases interrogativas
Ouvinte
COMPREENSÃO
Discurso, universo de discurso
DO ORAL
Contexto
UNIDADE QUATRO
Etapa Conteúdos
Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa
Informação
Tipologia de textos: narrativos
LEITURA
Texto narrativo: componentes, estrutura da narrativa
Narrativas de literaturas estrangeiras
Textos dos media (notícia)
Língua padrão
Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê)
Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos
Texto escrito
ESCRITA
Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho,
descrição
Retrato
Tipologia textual - conversacional
Preposição
Derivação
GRAMÁTICA Afixação
Quantificador numeral
Adjetivo: grau
Pontuação
Ouvinte
COMPREENSÃO
Discurso, universo de discurso
DO ORAL
Contexto
7
Grelhas de Etapas/Conteúdos
UNIDADE CINCO
Etapa Conteúdos
Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa
Informação
Texto literário em verso
Texto poético:
LEITURA
– estrutura compositiva; tipos de estrofe, sílaba métrica, rima, esquema rimático,
plurissignificação
Poemas: poemas musicados, letras de canção…
Biografias
Língua padrão
Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê)
Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos
ESCRITA Texto escrito
Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia, margens, cabeçalho.
Textos para expressar conhecimentos, experiências, sensibilidade e imaginário
Poema
Determinantes: possessivos e demonstrativos
GRAMÁTICA Pronomes: possessivos e demonstrativos
Adjetivos: qualificativo e numeral
Ouvinte
COMPREENSÃO
Discurso, universo de discurso
DO ORAL
Contexto
UNIDADE SEIS
Etapa Conteúdos
Texto, leitor, pacto de leitura, intenção comunicativa
Informação
Texto dramático:
– componentes;
LEITURA
– organização estrutural: ato, cena, fala, indicações cénicas
Textos para teatro
Textos dos media (notícia)
Textos de apreciação crítica
Língua padrão
Escrita compositiva (quem, o quê, quando, onde, como, porquê)
Recursos linguísticos: lexicais, sintáticos, semânticos
ESCRITA Texto escrito
Configuração gráfica: pontuação e sinais auxiliares de escrita, ortografia,
margens, cabeçalho
História, diálogo…
Formas verbais não finitas: particípio, infinitivo pessoal
Verbo principal
GRAMÁTICA Verbo auxiliar (dos tempos compostos)
Vocativo
Complemento direto
Complemento indireto
Ouvinte
COMPREENSÃO
Discurso, universo de discurso
DO ORAL
Contexto
8
A B
TESTE 1
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, adaptado de uma fábula de Esopo. Se necessário, consulta o vocabulário apresentado a seguir
ao texto.
TEXTO A
Contase que uma vez um rato que morava na cidade foi visitar outro rato seu amigo,
que vivia no campo.
Quando o rato da cidade chegou à aldeia onde morava este rato seu amigo, divertiu se
muito com ele. Ao jantar, o rato do campo deulhe a comer favas, trigo e ervas, entre
outros manjares.
5
Depois do jantar, o rato da cidade agradeceu ao rato da aldeia a sua amabilidade
rogoulhe que fosse com ele à casa onde morava, na cidade, pois lá lhe serviria muitas e
delicadas iguarias. Tanto rogou que o rato do campo o acompanhou até à cidade.
Aí, o rato da cidade levouo a uma cozinha na casa onde morava. Havia muitas
galinhas e carne de porco, para além de outros bons manjares. O rato da cidade disse ao
10
seu amigo que comesse à sua vontade.
Estando eles assim comendo, seguros, chegou o cozinheiro, abrindo de repente a porta
da cozinha; o rato da cidade, que sabia o costume da casa, fugiu logo, enquanto o outro
rato, porque não sabia o costume, ficou paralisado de surpresa. O cozinheiro correu atrás
dele com um pau, para o matar, chegando a ferilo ligeiramente; por pouco, no entanto, o
15
rato conseguiu escapar.
O rato da cidade, vendoo salvo, chamouo, dizendolhe que se juntasse outra vez a ele
e fosse comer, sem medo; contudo, o rato do campo respondeulhe:
– Meu amigo, nem que estivesse em jejum! Prefiro comer trigo, favas e ervas em paz a
comer galinhas e capões com medo e perigo de morte. A paz, que eu sempre tenho
comigo, torna os meus comeres delicados. Os teus comeres, guardaos para ti, que eu
20
contentome com o que tenho.
E, estas palavras ditas, assim se separaram.
Fábulas de Esopo (adaptado)
9
Amabilidade: simpatia, gentileza. Capões: galos.
10
UNIDADE 1
HISTÓRIAS DA ARCA DA VELHA
Responde ao que te é pedido, sobre o texto que acabaste de ler.
1. Assinala a alínea que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sentido do texto.
1.1 O texto conta uma história em que entram as personagens:
a) rato do campo e gato da cidade.
b) ratos do campo e da cidade.
c) rato e gato.
d) rato, gato, cidade e campo.
1.2 “Ao jantar, o rato do campo deulhe a comer favas, trigo e ervas, entre outros manjares.” (linhas 4 e 5). A
frase acima transcrita significa que:
a) o rato do campo ofereceu ao amigo os pratos que mais apreciava.
b) o rato da cidade gostava muito de favas, trigo e ervas.
c) o gato não gostava de favas, nem de trigo, nem de ervas.
d) o rato do campo pensava estar a oferecer comida deliciosa ao amigo.
1.3 Os dois ratos tinham gostos diferentes, no que respeita a comida:
a) o rato do campo gostava de trigo e erva; o da cidade preferia favas.
b) o rato da cidade gostava muito de capão, mas o do campo detestava.
c) o rato do campo gostava de favas, trigo e ervas, mas o amigo não apreciava muito.
d) o gato do campo gostava de galinha, mas o da cidade detestava.
1.4 Ao dizer “Meu amigo, nem que estivesse em jejum!” (linha 19), o rato do campo:
a) está cheio de fome.
b) está a fazer um sacrifício de jejum.
c) recusa o convite do amigo.
d) aceita o convite do amigo.
1.5 O rato do campo e o rato da cidade falam sobre o melhor local para viverem:
a) o do campo gostaria de viver na cidade e o da cidade de viver no campo.
b) o da cidade gosta de viver na cidade, mas o do campo detestaria viver ali.
c) o do campo prefere viver no campo; o da cidade também.
11
d) ambos preferiam viver na cidade.
2. Os ratos reagem de forma diferente à chegada do cozinheiro.
Copia do texto uma frase que mostre a reação:
2.1 do rato da cidade; 2.2 do rato do campo.
A B
TESTE 1
3. “o rato da cidade, que sabia o costume da casa, fugiu logo”. (linha 13)
Diz que costume será este.
4. Imagina como se sentiria o rato da cidade, após a resposta final do amigo, e escreve duas palavras que descrevam
o seu estado de espírito.
TEXTO B
MYANMAR
Após ciclone, país é assolado por ratos
Quatro meses após o ciclone Nargis ter devastado a antiga Birmânia, outro desastre
natural assolou o país. Uma vez em cada 50 anos, aproximadamente, os bambus da região
florescem, produzindo um fruto que atrai ratos, que se alimentam das suas sementes.
Há quem acredite que os nutrientes presentes nas sementes levam à rápida multiplicação
destes roedores, gerando uma infestação. Após comerem as sementes, os ratos atacam as
colheitas, destruindo plantações de arroz e milho. Milhares de aldeões estão a passar
5
fome.
Os últimos ciclos de florescimento de bambus ocorreram em 1862, 1911 e 1958. Desde
o ultimo ciclo, o regime militar de Myanmar teve 50 anos para se preparar, mas não
solucionou o problema. A recente invasão de ratos está a revelar-se tão prejudicial quanto
as anteriores.
In Opinião e Notícia (texto adaptado), 11/09/2008
10
12
5. Ordena as frases, de a) a g), de acordo com a sequência pela qual as informações são apresentadas no texto.
Regista as alíneas ordenadas, na tua folha de teste.
a) Os bambus floresceram pela última vez nos anos 50 do século XX.
b) Um ciclone destroçou Myanmar, a antiga Birmânia, em Maio de 2008.
c) Em 2008, havia camponeses a passar fome, em Myanmar.
d) Os bambus florescem a cada cinco décadas, em Myanmar.
e) As sementes dos bambus favorecem o enorme aumento do número de ratos.
f) Myanmar não se preparou para a infestação de ratos, que se revelou devastadora.
g) A antiga Birmânia estava a viver uma infestação de ratos.
6. Transcreve do texto B:
6.1 o nome do ciclone que destroçou Myanmar;
6.2 o antigo nome de Myanmar;
6.3 a expressão que refere “o governo de Myanmar”.
7. Segundo o texto, o governo de Myanmar tem alguma culpa nesta infestação.
Indica a razão referida.
13
UNIDADE 1
HISTÓRIAS DA ARCA DA VELHA
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto, podes ler: “o regime militar de Myanmar teve 50 anos para se preparar”. (linha 8)
Escreve uma nova frase em que uses a palavra regime com um significado diferente.
9. Copia do texto uma palavra com significado semelhante a ratos.
10. Escreve uma palavra de significado oposto a natural (“desastre natural”). (linhas 1 e 2)
11. No texto, lêse: “Desde o último ciclo, o regime militar de Myanmar teve 50 anos para se preparar, mas não
solucionou o problema.”. (linhas 7 a 9)
11.1 Substitui as expressões sublinhadas por pronomes.
11.2 Diz a que subclasse dos pronomes eles pertencem.
12. Na frase “O bambu dá alimento aos ratos.”, indica:
12.1 o sujeito; 12.2 o predicado.
13. Lê o excerto.
“os nutrientes (…) levam à rápida multiplicação destes roedores, gerando uma infestação.” (linhas 4 e 5).
Copia cada palavra sublinhada para a classe a que pertence:
a) nomes; b) adjetivos.
13.1 Coloca o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético.
II
Escuta o texto C e assinala como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações seguintes.
1. O rato vive numa quinta. 6. A ratoeira apanhou o rato.
2. O agricultor abre um pacote com comida. 7. A agricultora foi mordida por uma cobra.
3. O rato fica apavorado, ao ver o conteúdo do 8. A esposa do agricultor acaba por morrer,
pacote. devido a uma maldade do rato.
4. A galinha ajuda o rato, mas a vaca e o porco 9. O porco, a vaca e a galinha acabam por ter de
dizem que não têm nada a recear. alimentar a família e amigos do agricultor.
10. Quando vimos os outros em perigo,
5. O porco oferecese para rezar pelo rato.
devemos ajudar.
III
14
O rato da cidade foi passar um dia de férias com o seu amigo da aldeia e descobriu que também no campo
havia perigos e motivos para ter medo.
Relata essa visita, considerando os seguintes aspetos: chegada ao campo, à casa do amigo; acontecimento que
põe os ratos em perigo; aprendizagens feitas; conclusão e partida do visitante.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
A B
TESTE 1
____________________________________________________________________________________________
TEXTO A
15
Um dia, o Coelhinho Branquinho saiu cedo de casa para ir à horta buscar uma couve
para o seu caldinho. Ao voltar, encontrou a porta fechada a sete chaves e sete cadeados.
– Como é possível? – exclamou, espantado. – Deixei a porta aberta e encontroa
trancada? Alguém deve ter entrado sem eu dar por isso.
5
Bateu uma, bateu duas, bateu três vezes. De dentro, uma voz estranha perguntou:
– Quem está aí?
O coelhinho fezse valente:
– Sou eu, o Coelhinho Branquinho, que fui à horta buscar uma couve para o meu
caldinho.
De dentro veio uma gargalhada:
10
– Pois eu sou a Cabra Cabrês que te salto em cima e te faço em três!
Tremeu o coelhinho, sem saber o que fazer. Lembrouse então de um cão, seu amigo,
que vivia numa quinta ali perto.
– Por favor, vem comigo! Em minha casa está a Cabra Cabrês que me salta em cima e
me faz em três!
15
O cão suspirou:
– Cheguei da caça, estou cansado. Procura ajuda noutro lado.
Tremeu o coelhinho, sem saber o que fazer. Lembrouse então de um boi, seu amigo,
que pastava no prado ali perto.
– Por favor, vem comigo! Em minha casa está a Cabra Cabrês que me salta em cima e
me faz em três!
20
O boi suspirou:
– Puxei o arado, estou cansado. Procura ajuda noutro lado.
Tremeu o coelhinho, sem saber o que fazer. Lembrouse então de um galo, seu amigo,
que cantava empoleirado na cancela de um quintal ali perto.
– Por favor, vem comigo! Em minha casa está a Cabra Cabrês que me salta em cima e
25 me faz em três!
O galo suspirou:
– Fiz nascer o Sol, estou muito cansado. Procura ajuda noutro lado.
16
UNIDADE 1
HISTÓRIAS DA ARCA DA VELHA
30 Chorava o coelhinho a sua triste sorte quando sentiu um ligeiro formigueiro pelas
pernas acima e ouviu uma vozinha que dizia:
– Por mais que trabalhe, nunca estou cansada. Eu irei contigo à cabra malvada.
Era a sua amiga formiga, atarefada como sempre, quem assim lhe falava. Mais
animado, o Coelhinho Branquinho pôsse a caminho e, em menos de três saltos e vários
35
ziguezagues, estava diante de casa. Antes que a cabra tivesse tempo de dizer fosse o que
fosse, a formiga perguntou, cá de fora:
– Quem está aí?
Uma gargalhada:
– Sou a Cabra Cabrês que te salto em cima e te faço em três!
A resposta da formiga não se fez esperar:
40 – Pois eu sou a Formiga Rabiga que te salto em cima e te furo a barriga!
Se bem o disse, melhor o fez: entrou pelo buraquinho da fechadura, saltou em cima da
cabra e tantas picadelas lhe ferrou que a Cabra Cabrês, aos coices e pinotes, rebentou com
a porta, fugiu pela estrada e nunca mais foi vista. O Coelhinho Branquinho e a Formiga
Rabiga puderam assim entrar em casa, pôr a couve na panela e fazer a sopa para o jantar.
45
Eu, que fui convidada, posso jurar que melhor sopa nunca provei nos dias da minha vida.
Responde ao que te é pedido, sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientações que te são dadas.
1. Assinala a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sentido do texto.
1.1 O texto que leste conta uma história em que entram as personagens:
a) Coelho Branco e o galo.
b) Coelho Branco, Vaca Cabrês e o galo.
c) Coelho Branco, a vaca e o galo.
d) Coelho Branco, Cabra Cabrês, cão, galo, boi e formiga.
1.2 “Ao voltar, encontrou a porta fechada a sete chaves e sete cadeados.” (linhas 2 e 3)
A frase acima transcrita significa que:
a) a cabra colocou sete chaves e sete cadeados na porta.
b) o rato da cidade gostava muito de favas, trigo e ervas.
17
c) o gato não gostava de favas, nem de trigo, nem de ervas.
d) o rato do campo pensava estar a oferecer comida deliciosa ao amigo.
A B
TESTE 1
1.3 O recurso expressivo que permite criar animais que falam chamase:
a) pessoalização; b) onomatopeia; c) personificação; d) enumeração.
1.4 Por ser um texto narrativo em que as personagens falam e agem como pessoas, este texto é:
a) uma fábula; b) uma lenda; c) um poema; d) uma cantiga.
1.5 A moral desta história é:
a) As formigas são muito más.
b) Os mais pequenos podem ser muito traiçoeiros.
c) As cabras são muito más.
d) Os mais pequenos podem ser muito valentes.
2. O boi e a formiga dão respostas diferentes ao pedido de ajuda do Coelhinho.
Copia do texto uma frase que mostre a posição:
2.1 do boi; 2.2 da formiga.
3. “Fiz nascer o Sol, estou muito cansado.” (linha 30).
Diz por que razão o galo afirma ter feito nascer o Sol.
4. Imagina como se sentiria o Coelhinho, após a recusa de ajuda por parte do boi, e escreve duas palavras que
descrevam o seu estado de espírito.
TEXTO B
18
Capturado coelho gigante em Inglaterra
Numa aldeia a norte de Inglaterra foi capturado um coelho gigante, batizado de
Bigs Bunny, que causava a irritação dos locais por ter destruído plantações inteiras
de legumes.
Os coelhos são animais bem mais pequenos do que o que foi encontrado numa aldeia a
5 norte de Inglaterra por Brian Cadman, um agricultor local.
A princípio os habitantes não queriam acreditar, mas depois de terem observado este
admirável exemplar felpudo e com orelhas enormes, ficaram com a certeza de que este
era o “monstro” que teimava em devorar as plantações de legumes (em especial cenouras)
da região.
Segundo a National Geographic (NG), o coelho, batizado de Bigs Bunny, que mais
10
parece ter saído do conto Alice no País das Maravilhas, é do tamanho de um cão normal e
tem cor acastanhada.
19
UNIDADE 1
HISTÓRIAS DA ARCA DA VELHA
O British Rabbit Council (BRC) acredita que o tamanho invulgar poderá ter a ver com o
facto de o animal ter sido de estimação.
15
Gordon Marshall, representante da BRC, confirmou que estes coelhos gigantes podem ser
“extremamente agressivos”. Ao que parece, este “coelho converteuse definitivamente à
vida selvagem”: justificou à NG.
Apesar do seu tamanho admirável, o destino de Bigs Bunny não é nada prometedor,
sendo provável que venha a ser abatido de acordo com a lei local vigente.
Não é a primeira vez que em Inglaterra é capturado um coelho gigante. O maior alguma
20
vez encontrado chamavase Roberto e vivia com os seus donos numa loja em Worcester.
O roedor pesava 16 quilos e media 107 centímetros de comprimento.
www.mundopt.com (17/04/2006, acedido em maio de 2013)
5. Classifica como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as frases de a) a g), de acordo com as informações do texto.
a) Brian Cadman encontrou um coelho bem pequeno.
b) Os coelhos gigantes são animais de estimação muito agressivos.
c) O coelho recebeu o nome de Bigs Bunny, a partir de um desenho animado.
d) O Bigs Bunny era muito fofo.
e) Bigs Bunny é o coelho da história de Alice no País das Maravilhas.
f) Bigs Bunny pesava 16 quilos.
g) Bigs Bunny adorava cenouras.
6. Transcreve do texto B:
6.1 o nome do representante do British Rabbit Council;
6.2 o significado de “NG”;
6.3 o nome da terra onde Roberto residia.
7. Segundo o texto, o futuro de Bigs Bunny estava comprometido. Indica a razão referida no texto.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto, podes ler: “sendo provável que venha a ser abatido de acordo com a lei local vigente”.(linha 18)
Escreve uma nova frase em que uses a palavra sublinhada com um significado diferente.
9. Copia do texto uma palavra com significado semelhante a “delegado”.
10. Escreve uma palavra de significado oposto a “gigantes”.
20
A B
TESTE 1
11. Lê a frase “Um agricultor capturou e entregou à polícia um coelho gigante.”.
11.1 Substitui as expressões destacadas por pronomes.
11.2 Diz a que subclasse dos pronomes eles pertencem.
12. Na frase “Naquele dia, os agricultores observaram o coelho gigante.”, indica:
12.1 o sujeito; 12.2 o predicado.
13. Lê o excerto:
“Os coelhos são animais bem mais pequenos do que o que foi encontrado numa aldeia a norte de Inglaterra por
Brian Cadman, um agricultor local.” (linhas 3 e 4)
Agrupa as palavras sublinhadas de acordo com a classe a que pertencem.
a) nomes; b) adjetivos.
14. Diz em que grau(s) se encontram os adjetivos que transcreveste.
15. Reescreve a frase “[o coelho] vivia com os seus donos numa loja em Worcester”, começando por “Os coelhos”.
II
Escuta o texto C e completa as frases.
1. O Coelho encontrou vários animais da 6. Quando soube o que o Coelho dissera, o
floresta, numa roda, prontos para… Elefante...
2. Os animais da roda informaram o coelho de
7. Ao ouvir os passos do Elefante, o Coelho...
que o seu chefe era…
3. O Coelho disse que o Elefante não podia 8. O Elefante comportouse como um criado
ser o chefe, porque... do Coelho, visto que...
9. Ao ver o Coelho às costas do Elefante, os
4. O GatoBravo discordou do Coelho, pois…
animais da floresta…
21
5. O Coelho prometeu aos animais da roda … 10. O Elefante ainda...
III
Imagina que o Elefante encontra finalmente o Coelho.
Relata esse encontro, considerando os seguintes aspetos:
o local e a situação em que se encontram; o diálogo que se travou entre os dois; os sentimentos de cada um;
forma encontrada para resolver o conflito entre ambos.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
UNIDADE 2
A B ALGUMA REALIDADE… MUITA IMAGINAÇÃO!
TESTE 2
____________________________________________________________________________________________
TEXTO A
22
Dois amigos viajavam pelo deserto, caminhando em amena conversa, apesar do sol
abrasador. Um deles, porém, sentindose contrariado pelo outro, encetou uma discussão.
Erguia a voz, gesticulava e pouco faltou para insultar o companheiro.
Em dado momento da contenda, não resistiu e esbofeteouo.
Admirado e ofendido, mas sem nada dizer, o amigo baixouse e escreveu na areia:
5
“Hoje, o meu melhor amigo bateume no rosto.”
Seguiram viagem, tristes e em silêncio. Absortos nos seus pensamentos, fixavam os
olhos num ondulante horizonte de dunas e já caminhavam com dificuldade sob o ardor do
sol. Até que avistaram um oásis verde, emergindo da areia escaldante do deserto. Mais
aliviados à sombra das tamareiras, resolveram banharse, comer e pernoitar no local.
10
Afastouse um para recolher galhos com que pretendia acender um pequeno fogo. E o
que tinha sido esbofeteado despiuse, mergulhou na lagoa do oásis e principiou a
refrescarse. Contudo, passados minutos, perdeu o pé. E em breve se afogaria, não fosse a
ajuda do amigo que, ao escutar os gritos, largou tudo e acorreu ao chamamento,
mergulhando na lagoa e arrastando o companheiro para a margem.
15
Quando ao fim de algum tempo, este se sentiu recuperado, pegou num estilete, dirigiu
se a uma pedra e nela escreveu: “Hoje, o meu melhor amigo salvoume a vida.”
Intrigado, o outro perguntou:
– Porque é que, depois de te bater, escreveste na areia, e agora, que te salvei, foste
escrever na pedra?
A sorrir, o outro respondeu:
20
– Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do
esquecimento e do perdão se encarregam de apagar as palavras.
Quando porém, faz por nós alguma coisa de verdadeiramente nobre, ah... aí devemos
gravar as palavras na pedra da memória e do coração, onde nenhum vento do mundo as
poderá apagar.
25
A B
TESTE 2
23
E assim se acharam reconciliados. E comeram, beberam e conversaram alegremente.
Depois puseramse a contemplar a Lua e as estrelas até o cansaço os vencer.
E mergulharam, por fim, num sono profundo e retemperador.
João Pedro Mésseder e Isabel Ramalhete, Contos e Lendas de Portugal e do Mundo,
Porto Editora, 2012
Responde ao que te é pedido, sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientações que te são dadas.
1. Assinala a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sentido do texto.
1.1 O texto que leste conta uma história em que entram as personagens:
a) dois amigos. b) dois inimigos.
c) duas meninas. d) dois animais.
1.2 A frase “Contudo, passados minutos, perdeu o pé.” (linha 14) significa que:
a) o rapaz ficou descalço. b) o rapaz cortouse num pé.
c) o rapaz molhou os pés. d) o rapaz foi para uma zona muito funda.
1.3 O rapaz não morreu graças:
a) ao amigo. b) a um galho.
c) a saber nadar. d) a uma boia.
1.4 Um dos rapazes escreveu duas frases:
a) na areia e na lagoa. b) na pedra e na lagoa.
c) na areia e na pedra. d) na lagoa e na areia.
2. Quando chegaram perto de uma lagoa, resolveram pernoitar. Diz o que fez:
2.1 um amigo; 2.2 o outro amigo.
3. “– Porque é que, depois de te bater, escreveste na areia, e agora, que te salvei, foste escrever na pedra?” (linhas
22 e 23)
3.1 Diz por que razão este amigo escreveu em locais diferentes.
4. Imagina como se sentiu o amigo quando foi esbofeteado e escreve duas palavras que descrevam o seu estado de
espírito.
24
25
UNIDADE 2
ALGUMA REALIDADE… MUITA IMAGINAÇÃO!
Lê agora a notícia seguinte.
TEXTO B
Foi encontrado o corpo do jovem brasileiro que se afogou junto ao Parque Verde
O corpo do jovem de 17 anos que estava desaparecido desde ontem no rio Mondego,
em Coimbra, foi encontrado cerca das 8h40 deste domingo.
O adolescente desaparecera na tarde de sábado no rio Mondego, junto ao Parque Verde
da cidade, a cerca de 100 metros a montante da Ponte Pedro e Inês, quando tomava banho
5
com dois amigos.
Durante cerca de quatro horas, uma equipa de cinco mergulhadores dos Bombeiros
Sapadores de Coimbra procurou ontem, sem sucesso, o corpo, que só veio hoje a ser
encontrado no reatamento das operações de busca.
Cerca das 10h30, o corpo do jovem foi transportado, em carro funerário, do local para
o Instituto Nacional de Medicina Legal de Coimbra.
10
Diário As Beiras (03/09/2012)
5. Faz corresponder os elementos da coluna A aos da coluna B, de maneira a obteres informações verdadeiras, de
acordo com o texto.
A B
a) Data do afogamento 1. Pedro e Inês
b) Nome do rio 2. 1 de setembro de 2012
c) Nome da ponte 3. Oito horas e quarenta minutos
d) Número total dos amigos 4. Mondego
e) Tempo de procura do jovem, no sábado 5. Dez horas e meia
f) Hora a que o corpo foi encontrado 6. Quatro horas
g) Hora a que o corpo foi retirado do local do 7. Três
acidente
26
A B
TESTE 2
6. Transcreve do texto B:
6.1 o nome do local onde o jovem se afogou;
6.2 a idade do jovem;
6.3 a informação sobre o insucesso das buscas no sábado.
7. Segundo o texto, o jovem estava num grupo de amigos. Indica o que se encontravam a fazer.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto, podes ler: “O adolescente desapareceu na tarde de sábado no rio Mondego, junto ao Parque Verde da
cidade, a cerca de 100 metros a montante da Ponte Pedro e Inês, quando tomava banho com dois amigos.”
(linhas 3 a 5)
Copia um nome próprio da frase.
9. Seleciona um nome comum antecedido de quantificador.
10. Copia da frase acima uma forma verbal que pertença à 2.ªconjugação.
11. Diz em que tempos se encontram as seguintes formas verbais da frase anterior:
11.1 desapareceu.
11.2 tomava.
12. Escreve, completando a frase seguinte, um conselho que tu darias a um colega, se ele fosse passar a tarde junto
a um rio:
Amigo, (ter, imperativo, 2.ª pessoa, singular) cuidado, que já muitos jovens se afogaram em rios e lagoas.
13. Reescreve a frase “Hoje, mais um jovem perde a vida num rio.”, começando pela expressão indicada e pelo
tempo assinalado.
13.1 Naquele dia, … (pretérito perfeito)
13.2 Já antes disso, … (pretérito maisqueperfeito composto).
27
14. Lê a frase “Durante cerca de quatro horas, uma equipa de cinco mergulhadores dos Bombeiros Sapadores de
Coimbra procurou ontem, sem sucesso, o corpo, que só veio hoje a ser encontrado no reatamento das operações
de busca.” (linhas 6 a 8)
Repara nas formas verbais e identifica:
a) um verbo da 1.ª conjugação;
b) um verbo da 3.ª conjugação.
15. Reescreve a frase: “O adolescente desaparecera na tarde de sábado no rio Mondego.”, conjugando a forma
verbal sublinhada no pretérito maisqueperfeito composto e fazendo as alterações necessárias.
28
UNIDADE 2
ALGUMA REALIDADE… MUITA IMAGINAÇÃO!
II
Escuta o texto C e assinala como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações seguintes.
1. O contador da história discute com os
6. O carvão era entregue em sacos.
seus três irmãos.
2. O pai dos três meninos era diferente dos 7. Um velho carregava às costas os sacos
outros. de carvão.
3. O contador tem um cão muito feio. 8. O velho foi queixarse ao padre.
4. Carvão, leite e pedras eram entregues 9. O velho do saco não era mau; apenas
porta a porta. entregava o carvão.
10. Nunca ninguém ameaçou as crianças
5. O leite era sempre roubado das portas.
com o homem do saco.
III
Resume a história do homem do saco que ouviste, considerando os seguintes aspetos:
• apresentação da família;
• explicação do hábito de entregar algumas mercadorias porta a porta;
• ameaça dos pais com o velho que entregava o carvão;
• revolta do velho e queixa às autoridades;
• desfecho da história.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
29
A B
TESTE 2
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, a lenda “A truta de Celorico”. Se necessário, consulta o vocabulário apresentado a seguir ao
texto.
TEXTO A
Celorico da Beira deve ser uma povoação muito antiga, e é crível que o velho castelo
reedificado por D. Dinis, tenha sido construído sobre uma localidade lusoromana situada
naquela eminência. Com Trancoso e Guarda, Celorico constitui um triângulo militar de
grande poder defensivo, como foi reconhecido por Wellington Massena e outros.
5
Em torno do castelo decorreram vários episódios emocionantes da história peninsular,
desde os tempos da reconquista cristã até às invasões francesas. A sua importância militar
pode depreenderse do foral e privilégios que Afonso Henriques lhe outorgou desde cedo
e vários outros reis ao longo do tempo, foram confirmando e ampliando.
Um desses episódios ficou estreitamente ligado à história mais comum da vila visto
fazer parte do seu brasão de armas. Passouse a história em 1245, quando D. Afonso III
10
corria o reino a exigir vassalagem dos súbditos de seu irmão D. Sancho II, o Rei de
Portugal que o Papa depusera e que se encontrava em Toledo banido e refugiado.
O novo Rei viera pôr cerco ao castelo cujo alcaide, Fernão Rodrigues Pacheco,
mantinha fidelidade absoluta ao preito e menagem que jurara a D. Sancho. Dentro das
muralhas, a fome apertava duramente, ao mesmo tempo que se assanhava a resistência do
15
alcaide. Subitamente uma águia cortou os ares e deixou cair intramuros a presa que trazia
nas garras: uma enorme truta fresca, que provavelmente apanhara no Mondego.
Uma ideia surgiu imediatamente no espírito do alcaide de Celorico: mandar aquele
peixe cozinhado a D. Afonso para que visse como a vila estava bem guarnecida de
víveres. Assim, mandou que arranjassem um pouco de farinha – género que escasseava na
fortaleza — e que guisassem a truta.
20
Chamou Gomes Viegas e ao entregarlhe o pitéu que devia levar ao inimigo, juntou
lhe uma mensagem em que dizia: “Não culpeis a minha resistência para
30
31
UNIDADE 2
ALGUMA REALIDADE… MUITA IMAGINAÇÃO!
sustentar a voz de elrei D. Sancho, vosso irmão, que mercês recebidas, obrigações e
25 homenagens me desculpam. Eu tenho determinado perseverar na defensão até expresso
mandado seu; querendo insistir, podeis fazêlo, pois a vila está guarnecida de bons
cavaleiros, que tendes experimentado, e provida de mantimentos como assegura este
regalo: estimarei o aceiteis, atendendo ao pouco que pode oferecervos um cercado.”
D. Afonso recebeu o presente que o alcaide lhe enviava por Gomes Viegas, ao qual
pôs a alcunha de o Peixão e decidiu levantar o cerco por considerar não valer a pena, na
30
verdade, perder mais tempo com uma praça tão bem guarnecida de tudo e pronta a
aguentarse por tempo indeterminado.
Quanto a Gomes Viegas, o Peixão, ficou tão orgulhoso do epíteto que, aceitandoo, o
modificou para Peixoto.
AA. VV., Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas) , Faro, n/a
in http://www.lendarium.org/narrativa/trutadecelorico/
(acedido em maio de 2013)
VOCABULÁRIO Víveres: conjunto de alimentos.
Pitéu: petisco.
Crível: digno de que se acredite nele. Mercês: favores.
Eminência: lugar alto. Cercado: alguém que está a ser alvo de um cerco.
Epíteto: alcunha.
Foral: documento em que o rei dava
determinadas regalias a uma localidade.
Outorgou: concedeu.
Preito: vassalagem.
Menagem: homenagem.
1. Assinala a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sentido do texto.
1.1 O texto conta uma história em que entram as personagens:
a) o rei D. Afonso III, o alcaide Fernão Rodrigues Pacheco e Gomes Viegas.
b) o rei D. Afonso III, o alcaide Fernão Rodrigues Pacheco, o Peixão e Gomes Viegas.
c) o rei D. Afonso III, o alcaide Fernão Rodrigues Pacheco, o Peixoto e Gomes Viegas.
d) o rei D. Afonso III, o alcaide Fernão Rodrigues Pacheco, D. Sancho II e Gomes Viegas.
32
A B
TESTE 2
1.2 “Uma ideia surgiu imediatamente no espírito do alcaide de Celorico: mandar aquele peix cozinhado a D.
Afonso para que visse como a vila estava bem de víveres.” (linhas 22 a 24)
A frase transcrita significa que o alcaide pretendia…
a) enviar uma prenda ao rei.
b) agradar ao rei.
c) enganar o rei.
d) alimentar os soldados do rei.
1.3 O alcaide de Celorico era…
a) leal a D. Afonso III.
b) leal a D. Sancho II.
c) um traidor.
d) um oportunista.
1.4 Gomes Viegas era...
a) tímido.
b) vaidoso.
c) o Peixoto.
d) mentiroso.
1.5 No final desta história, o alcaide de Celorico...
a) conseguiu oporse ao rei.
b) conseguiu verse livre do Peixão.
c) conseguiu vencer o Peixoto.
d) conseguiu manter a palavra dada.
2. D. Afonso III e o alcaide de Celorico tinham posições políticas diferentes.
Copia do texto uma frase que mostre:
2.1 o que pretendia o Rei, ao deslocarse a Celorico;
33
2.2 o que achava o alcaide de Celorico sobre essa pretensão do rei.
3. “Uma ideia surgiu imediatamente no espírito do alcaide de Celorico” (linha 22)
Diz em que consistiu essa ideia.
4. Imagina como se terá sentido D. Afonso III com a mensagem de Gomes Viegas e escreve duas palavras que
descrevam o seu estado de espírito.
34
UNIDADE 2
ALGUMA REALIDADE… MUITA IMAGINAÇÃO!
Lê agora a seguinte notícia de uma revista online.
TEXTO B
Investigadores reencontram o raro “peixe estranho”
Captura aconteceu há dois meses num poço no norte de Minas Gerais
Um peixe muito estranho, com o corpo quase transparente e sem olhos, foi
reencontrado recentemente por investigadores da USP (Universidade de S. Paulo) e da
Unifesp (Universidade Federal de S. Paulo). O animal já havia sido capturado em 1962,
num poço no norte de Minas Gerais, e reapareceu mais uma vez em terras mineiras.
5
A descoberta vai permitir aos investigadores uma melhor compreensão da espécie
Stygichthys typhlops que, apesar de ser muito pouco conhecida, está na lista dos animais
em extinção.
Segundo os investigadores, o Stygichthys typhlops é praticamente cego, mede cerca de
5 cm, tem aspeto esbranquiçado em tom corderosa e vive em água doce.
Alimentase de uma espécie de crustáceo e viveu esquecido quase 50 anos nos
10
aquíferos de Jaíba, no interior de Minas Gerais.
A dificuldade em encontrálo devese ao seu parentesco pouco comum. Muito
provavelmente é parente da traíra, da piranha e da piaba, três espécies bem distintas.
Um artigo sobre a redescoberta do Stygichthys typhlops chegou a ser publicado na
revista norteamericana Journal of Fish Biology. Até 2004, um exemplar levado há 50
15 anos pelo americano Joseph Tosi para os Estados Unidos era o único conhecido.
Por Rafael Peres Kassapian e Lielson Tiozzo, in revista Pesca e Companhia (texto adaptado), 07/2010
VOCABULÁRIO Aquíferos: espécie de lagos subterrâneos.
5. Faz corresponder a cada elemento da coluna A um só da coluna B.
A B
a) Intervalo, em anos, entre os dois encontros com o peixe estranho 1. 100
b) Número de anos em que o peixe viveu escondido 2. 3
c) Número de peixes a que se assemelha 3. 48
4. 5
d) Comprimento, em centímetros, do peixe estranho
5. 1954
e) Data em que um peixe igual fora levado para os Estados Unidos da América
6. 50
35
7. 2004
f) Número de vezes que este peixe estranho apareceu em Minas Gerais, Brasil
8. 1
g) Número de peixes iguais conhecidos até 2004
9. 2
A B
TESTE 2
6. Transcreve do texto B:
6.1 o nome do estado brasileiro onde, em 2010, apareceu o peixe estranho;
6.2 o nome da cidade onde o peixe estranho esteve escondido;
6.3 o nome do cientista que primeiro estudou esta espécie de peixes.
7. Segundo o texto, esta espécie de peixe é muito rara. Indica a razão para ser difícil encontrála.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto A podes ler: “Não culpeis a minha resistência para sustentar a voz de elrei D. Sancho (…)” (linhas 27 e
28)
8.1 Copia um nome próprio.
8.2 Copia um nome antecedido de determinante.
8.3 Reescreve a frase na afirmativa.
9. Diz em que tempos se encontram as formas verbais sublinhadas nas frases seguintes:
9.1 “Passouse a história em 1245.”
9.2 “O novo Rei viera pôr cerco ao castelo”.
10. Copia da frase anterior (exercício 8) uma forma verbal no infinitivo impessoal.
11. Reescreve a frase “Chamou Gomes Viegas”, começando pela expressão indicada e pelo tempo assinalado entre
parênteses.
11.1 Nesse momento… (presente)
11.2 Já na semana anterior… (pretérito maisqueperfeito composto)
12. Lê a frase “Quando uma águia deixou cair um peixe dentro do castelo, D. Afonso chamou Gomes Viegas e
disse: – Vai até ao acampamento e entrega esta mensagem a D. Afonso.”
Associa cada forma verbal sublinhada aos conjuntos indicados a seguir:
12.1 verbos da 1.ª conjugação;
12.2 verbos da 2.ª conjugação;
36
12.3 formas verbais no modo imperativo;
12.4 formas verbais no modo indicativo.
13. Reescreve a frase “Fernão Rodrigues Pacheco mantinha fidelidade absolut o preito e menagem que jurara a D.
Sancho”, conjugando a forma verbal sublinhada no pretérito maisqueperfeito composto.
37
UNIDADE 2
ALGUMA REALIDADE… MUITA IMAGINAÇÃO!
II
Escuta o texto C e assinala como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações seguintes.
1. A lei de Moisés dizia que o homem podia comer os animais das águas.
2. O pescador queria comer uma baleia.
3. A baleia não se opôs.
4. O pescador guardou a baleia no seu casebre.
5. A baleia estava farta de comer.
6. A baleia propôs ao pescador comeremse um ao outro.
7. O pescador aceitou a proposta da baleia.
8. Na barriga da baleia havia outros seres humanos.
9. O pescador juntouse aos outros seres para encontrarem a saída.
10. O pescador saiu do ventre da baleia.
III
Conta agora tu uma história, considerando os seguintes aspetos:
• um pescador vai à pesca;
• o pescador pesca algo estranho e que lhe cria uma situação negativa;
• reação do pescador, para resolver a situação;
• desfecho da história.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
38
A B
TESTE 3
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, extraído do Romance da Raposa. Se necessário, consulta o dicionário de Língua Portuguesa.
TEXTO A
39
Sentada por detrás das urzes, num oiteirinho, comadre raposa namorava os figos lampos
que, de pança manteiguda e reboluda, pendiam duma figueira. Mas não longe andavam
ceifeiros e receava que a vissem. Estava deitando cada olho aos figos, quando aconteceu
passar por ali um potro baio, todo desenganado e farsola, com ar de quem fugiu à argola.
— Para onde vais, cavalinho? — perguntou ela na sua voz mais doce e fagueira.
5
— Para onde vou? — Vou por esses mundos além. Ouvi dizer que amanhã me iam
deitar a sela, fugi…
— É muito feio ser desobediente, cavalinho, muito feio. Mas já que o mal está feito, o
anjo da guarda te acompanhe. Para que banda tomas, amigo?
— Para onde haja ervas que pastar.
10
— Conheço os prados como as minhas mãos: vem daí, que eu te ensino. Comeste tu
hoje?
— Duas reles fêveras das ribanceiras. A caminho da almargem deixeime ficar atrás até
que pastor e manada me perderam de vista. Depois, trotei, trotei toda a santa manhã.
— Pois vem comigo, vou levarte a um campo de relva onde poderás encher a pança.
15
— Abençoada sejas!
— O campo é além! Vês? Ao pé da figueira…? Mas como lá adiante andam os ceifeiros,
que o Diabo leve, e podem desconfiar, é preciso que entres afoito, senhor de ti, como se
fosse o amo que para lá te guiasse…
— Está dito, anda lá adiante.
— Não, tenho de marchar à tua ilharga por via de o sol não me bater nos olhos, que
20
tenho catarata.
Assim o fizeram. Abrigandose com o vulto do cavalinho, não por mor dos olhos, que de
finos faiscavam, mas para não ser lobrigada pelos ceifeiros, a raposa chegou aos figos
lampos, a meio do relvedo. E, a agatanhar para a figueira, disse ao poldro:
— Eu vou de mirante, cá para cima, não venham por lá aqueles homens ou teu amo.
25 Pasta à vontadinha que, se houver perigo, eu boto alarme!
Embrenhouse a zorra pela figueira e por lá andou tanto tempo que, à força de
manducar, havendo subido lesta como um gato, desceu mais pesada que um pato.
— Vamos embora? – disse para o garraninho, que também já enchera o fole.
— Pois vamos na graça e boa paz.
30 Aquilino Ribeiro, Romance da Raposa , Livraria Bertrand, 1981
40
UNIDADE 3
HISTÓRIAS E ARTIMANHAS
1. Seleciona a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sentido do texto.
1.1 A raposa não se lançava aos figos, porque…
a) estava longe dos ceifeiros.
b) tinha medo de ser apanhada pelos homens.
c) estava cheia de fome.
d) os figos eram barrigudos.
1.2 Enquanto a raposa olhava os figos, apareceu…
a) um cavalo enorme.
b) um cavalo jovem.
c) uma argola fugida.
d) um ceifeiro.
1.3 O animal que apareceu à raposa…
a) andava perdido.
b) vinha à procura do seu dono.
c) fugira ao seu dono.
d) não tinha dono.
1.4 A raposa ofereceuse para ajudar o animal, porque…
a) era generosa e gostava de ajudar os outros.
b) era uma boa raposa, apesar de ter alguns defeitos.
c) procurava ficar santa e ser recordada como boa.
d) procurava resolver um problema seu.
1.5 A raposa caminhou atrás do outro animal, pois…
a) não podia apanhar sol.
b) os seus olhos não suportavam o sol.
c) não queria ser vista pelos homens.
d) só assim podia alcançar os figos.
2. A raposa e o outro animal têm opiniões diferentes em relação à fuga deste último.
Copia do texto uma frase que mostre a opinião:
2.1 da raposa;
2.2 do outro animal.
3. “fugi…” (linha 8)
Diz por que razão fugiu o animal.
41
A B
TESTE 3
4. Imagina como se sentiu a raposa, quando viu surgir o outro animal, e escreve duas palavras que descrevam o seu
estado de espírito.
I
TEXTO B
No fim de semana de 29 e 30 de maio, venha descobrir Santo Isidoro, no Marco de
Canaveses, terra de tradições hípicas, e deliciese com o encanto dos cavalos Purosangue
Lusitano, que serão os protagonistas dum evento singular.
A 3.ª Prova do II Campeonato Regional – Norte de Equitação de Trabalho é
organizada pela Câmara Municipal do Marco de Canaveses, sob a tutela e coordenação da
5
APSL – Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano.
A dinâmica está dividida em dois dias: no sábado, dia 29 de maio, às 15:00 horas,
decorre a Prova de Ensino; no domingo, dia 30 de maio, às 11:00 horas, decorre a Prova
de Maneabilidade, estando agendada para as 16:30 horas a Prova de Velocidade.
A Prova será julgada por um juiz nacional, nomeado pela APSL, que avaliará a
10
prestação dos cavaleiros nos escalões de Juvenis, Juniores e Cavalos Debutantes.
Depois de cada prova, haverá reuniões entre os cavaleiros e o juiz nacional que vai
explicar os critérios de julgamento e transmitir as correções que considere que os
cavaleiros devem efetuar no seu trabalho, para obterem de futuro melhores resultados.
Aos três primeiros classificados deste Campeonato Regional, nos diferentes escalões,
15
será facultada a participação na final Nacional, programada para novembro próximo, na
Companhia das Lezírias.
A Equitação de Trabalho foi criada com a intenção de promover a equitação
tradicional portuguesa e os cavalos Purosangue Lusitano. Deste modo, pretendese
conservar e perpetuar, não só o tipo de equitação de raiz portuguesa, mas também as
42
várias tradições, como os trajes e arreios, que fazem parte do património cultural equestre
20 da nossa nação. (…)
In jornal A Verdade, 27/05/2010
VOCABULÁRIO
Hípicas: relativas a cavalos. Equitação: hipismo (desporto com Equestre: relativo a cavalos ou
cavalos). cavaleiros.
43
UNIDADE 3
HISTÓRIAS E ARTIMANHAS
5. Completa as frases seguintes, de acordo com o texto.
a) As personagens principais das festas de Santo Isidoro serão
b) A organização da 3.ª Prova do II Campeonato Regional – Norte de Equitação de Trabalho está a cargo
c) No sábado, realizarseá a prova
d) No domingo de manhã, realizarseá a prova
e) O juiz nacional da prova será nomeado pela
f) Em novembro terá lugar
g) Os trajes e os arreios fazem parte
6. Transcreve do texto B:
6.1 o nome do município onde se realiza este campeonato equestre;
6.2 o nome dos escalões em prova;
6.3 o nome da raça de cavalos que participarão nas provas.
7. Segundo o texto, este campeonato pretende promover a equitação portuguesa.
Indica o modo como essa promoção será feita.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto, podes ler: “no sábado, dia 29 de maio, às 15:00 horas, decorre a Prova de Ensino”. (linhas 7 e 8)
Diz em que tempo e modo se encontra a forma verbal da frase.
9. No fim de semana de 29 e 30 de maio, venha descobrir Santo Isidoro, no Marco de Canaveses, (...) e deliciese
com o encanto dos cavalos Purosangue Lusitano, que serão os protagonistas de um evento singular.
9.1 Reescreve a frase, introduzindo um advérbio de quantidade e grau.
9.2 Escreve uma pergunta à qual responderias com a expressão sublinhada na frase.
10. Joana: Eu já fui a uma feira de cavalos.
Pedro: Onde?
Joana: Na Golegã. E vou voltar para o ano.
10.1 Diz a que classe e subclasse pertence a palavra sublinhada.
10.2 Copia uma forma verbal no presente do indicativo.
11. Reescreve a frase “os cavaleiros devem efetuar [correções] no seu trabalho”, acrescentando um advérbio com
valor de modo.
44
A B
TESTE 3
12. Lê a frase “venha descobrir Santo Isidoro, no Marco de Canaveses, terra de tradições hípicas, e deliciese com o
encanto dos cavalos Purosangue Lusitano”.
12.1 Reescrevea na 2.ª pessoa do singular.
12.2 Diz em que modo se encontram as formas verbais que usaste na frase que escreveste.
13. Completa a frase seguinte com preposições.
Os cavalos PuroSangue Lusitano são uma raça tradicional ________________ Portugal. Poucas pessoas
sabem ________________ tal facto, pois não é um assunto ________________ interesse pessoas
________________ em geral.
14. Completa as frases seguintes, colocando as formas verbais conforme indicado:
a) Quando ________________ (ser, futuro do indicativo) a próxima corrida de cavalos?
b) No ano passado, eu ________________ (comprar, pretérito perfeito do indicativo) um Purosangue
Lusitano.
c) Estava a perguntar se tu ________________ (gostar, presente do indicativo) de hipismo.
II
Escuta o texto C e escreve a resposta aos dados seguintes.
1. Ano (aproximado) de origem do hipismo.
2. Nome da versão mais aceite na história do hipismo.
3. Região do mundo onde mais se usava o cavalo.
4. Nome das três modalidades olímpicas de hipismo.
45
5. Outras três provas hípicas (não olímpicas).
6. Número de obstáculos nas competições individuais (categoria A).
7. Número de medalhas olímpicas em hipismo, para Portugal.
8. Nome de um dos melhores cavaleiros olímpicos da atualidade.
9. Classificação de Duarte Silva, em 1964.
10. Nome de uma atual variante do hipismo, na área da saúde
III
Imagina que queres pedir um cavalo ao Pai Natal. Escrevelhe uma carta, considerando os seguintes aspetos:
• saudação;
• características do cavalo que desejas;
• o que tencionas fazer com ele;
• o nome que lhe darás (e porquê).
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
46
UNIDADE 3
A B HISTÓRIAS E ARTIMANHAS
TESTE 3
____________________________________________________________________________________________
TEXTO A
A pobre senhora Gage não conseguia dormir. Não parava de dar voltas sobre voltas e
pensar na sua triste situação, perguntandose como voltaria a Yorkshire e como pagaria ao
reverendo Samuel Tallboys o dinheiro que este lhe havia emprestado.
Sentiase ainda mais preocupada quando pensava na sorte do pobre papagaio James. Já
se lhe tinha afeiçoado e pensava que o animal devia ter bom coração para lamentar tanto a
5
morte do velho Joseph Brand, que nunca se havia mostrado carinhoso com nenhum ser
humano. Era uma terrível morte para um pássaro inocente; e pensou que se tivesse
chegado a tempo teria arriscado a vida para o salvar.
Estava na cama, sumida nesses pensamentos, quando um toque na janela a
sobressaltou.
10 O ruído repetiuse várias vezes. A senhora Gage saiu da cama o mais depressa que
pôde e aproximouse da janela. Ali, para sua surpresa, sentado no parapeito, havia um
enorme papagaio. A chuva cessara e estava uma formosa noite de luar. De início
assustouse muito, mas depois reconheceu o papagaio cinzento, James, e a alegria
embargoua ao ver que o animal se tinha salvo. Abriu a janela, acenou a cabeça várias
15
vezes e disselhe que entrasse. O papagaio respondeu movendo suavemente a cabeça de
um lado para o outro, voou até ao chão, avançou uns passos, voltou para ver se a senhora
Gage o seguia e regressou ao parapeito, onde ela o observava muda de espanto.
“Os animais atuam com muito mais sentido do que nós pensamos”, refletiu.
– Muito bem, James – disse em voz alta, falandolhe como se fosse um ser humano.
Vou acreditar na tua palavra. Espera um momento para que me arranje um pouco.
20
Pôs um grande avental, desceu as escadas sem fazer ruído e saiu sem despertar a
senhora Ford.
O papagaio parecia satisfeito. Avançava aos saltos uns metros à sua frente, em direção
à casa em ruínas. A senhora Gage esforçavase por o acompanhar. O papagaio parecia
conhecer perfeitamente o caminho e dirigiuse para as traseiras da casa, onde ficava a
25 cozinha.
Virginia Woolf, A viúva e o papagaio, Relógio D’Água Editores, 2007
47
VOCABULÁRIO Formosa: linda. Embargar: suspender.
A B
TESTE 3
1. Seleciona a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o texto.
1.1 A senhora Gage não conseguia dormir, porque…
a) não sabia o caminho de regresso a Yorkshire.
b) tinha saudades do reverendo Samuel Tallboys.
c) não tinha dinheiro para a viagem de regresso.
d) tinha de pedir dinheiro emprestado a alguém.
1.2 A senhora Gage tinha pena…
a) que o papagaio tivesse morrido.
b) porque julgava que o papagaio morrera.
c) do velho Joseph Brand.
d) do reverendo Samuel Tallboys.
48
1.3 O papagaio…
a) tinha bom coração.
b) chorava a morte do dono.
c) impressionara a senhora Gage.
d) era carinhoso.
1.4 O papagaio queria…
a) comunicar algo à senhora Gage.
b) pedir comida à senhora Gage.
c) recolherse da chuva.
d) entrar para o quarto da senhora Gage.
1.5 A senhora Gage acha que os animais…
a) são muito interesseiros.
b) gostam de ajudar.
c) sabem mais do que julgamos.
d) dedicamse muito aos donos.
2. A senhora Gage e o papagaio têm intenções diferentes, após ela abrir a janela.
Copia do texto uma frase que mostre a intenção:
2.1 do papagaio;
2.2 da senhora Gage.
3. “Os animais atuam com muito mais sentido do que nós pensamos”. (linha 19)
Copia outro passo do texto que demonstre esta afirmação.
4. Imagina como se sentiu a senhora Gage quando seguiu o papagaio até às traseiras da cozinha, e escreve duas
palavras que descrevam o seu estado de espírito.
49
UNIDADE 3
HISTÓRIAS E ARTIMANHAS
Lê agora a seguinte notícia de uma revista online.
TEXTO B
Estudo: Os papagaios selvagens também atribuem nomes às crias
Filipa Alves (24092012)
Um estudo recentemente publicado revela que as crias de Forpus conspicillatus, adquirem
chamamentos de contacto individuais parecidos com os dos irmãos e com os dos pais, quer sejam
biológicos ou adotivos, o que sugere que estas vocalizações não são herdadas, mas sim aprendidas
com os adultos que os criam e que as utilizam durante as suas primeiras semanas de vida.
5 Foi recentemente publicado na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological
Sciences, um artigo que revela que os papagaios selvagens também atribuem “nomes” às
suas crias.
O estudo foi realizado por uma equipa formada por investigadores das Universidades
norteamericanas de Cornell (Nova Iorque) e da Califórnia e teve como espéciealvo o
10
papagaio mais pequeno do continente americano, cujo nome científico é Forpus
conspicillatus.
Tratase de uma ave que habita zonas de floresta pouco densa e de mato nos trópicos
sulamericanos e cujos indivíduos possuem um “chamamento de contacto individual”
único, que é utilizado apenas para o reconhecer, de acordo com uma investigação
publicada em 1998.
15 Os resultados revelaram que não só o macho e a fêmea de cada casal possuíam, em
todos os casos, chamamentos de contacto individuais mais parecidos entre si do que com
os de outros casais, mas também as crias, independentemente de serem biológicas ou
adotivas, apresentavam chamamentos semelhantes entre si e aos dos adultos que os
criavam.
20
A comparação dos chamamentos do macho e fêmea de cada casal reprodutor antes e
após a eclosão das crias, permitiu comprovar que estes não se modificaram e que tinham
sido as crias a aprender o seu chamamento individual a partir dos progenitores e das
vocalizações que lhes dirigiam individualmente nas primeiras semanas de vida. Para além
de serem a primeira prova de que os papagaios selvagens também aprendem sons por
imitação, estes resultados revelam que os progenitores, biológicos ou adotivos, são quem
25
atribui às crias a vocalização de contacto que os identifica individualmente, que funciona
como “nome”, nesta espécie de papagaio.
In Naturlink – sapo Notícias (24092012)
[http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/EstudoOspapagaiosselvagenstambematribuemnomesascrias?bl=1]
(adaptado, acedido em maio de 2013)
50
A B
TESTE 3
5. Diz se as frases seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F), de acordo com o texto.
a) Os papagaios dão nomes aos filhotes.
b) O estudo foi levado a cabo por uma universidade.
c) O papagaio estudado habita nas florestas virgens do Brasil.
d) Os “nomes” dados pelos papagaios têm som semelhante aos nomes dos seus donos.
e) Afinal, são as crias que impõem os seus nomes aos próprios pais.
f) Este comportamento funciona com filhos biológicos e adotados.
g) As conclusões do estudo ainda não foram publicadas.
6. Transcreve do texto B:
6.1 o nome de uma universidade envolvida neste estudo;
6.2 a data que marca a descoberta de que os papagaios dão nomes às crias;
6.3 o nome da espécie de papagaio estudada.
7. Segundo o texto, os papagaios dão nomes aos elementos da sua comunidade mais próxima.
Indica o modo como eles se relacionam uns com os outros.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. “A comparação dos chamamentos (...) permitiu comprovar que estes não se modificaram e que tinham sido as
crias a aprender o seu chamamento individual a partir dos progenitores e das vocalizações que lhes dirigiam
individualmente nas primeiras semanas de vida. (linhas 22 a 26)
Copia as formas verbais:
8.1 no pretérito imperfeito do indicativo;
8.2 no pretérito perfeito do indicativo;
8.3 no pretérito maisqueperfeito composto do indicativo.
51
9. “Tratase de uma ave que habita zonas de floresta pouco densa e de mato nos trópicos sulamericanos e cujos
indivíduos possuem um ‘chamamento de contacto individual’ único”. (linhas 13 a 15)
Copia da frase:
9.1 uma preposição simples;
9.2 um advérbio com valor de quantidade e grau.
10. Entrevistador: Onde foi realizado este estudo?
Cientista: Nos Estados Unidos.
Entrevistador: País onde trabalha habitualmente, certo?
Cientista: Sim.
10.1 Diz a que classe e subclasse pertence a palavra sublinhada.
10.2 Copia uma forma verbal no presente do indicativo.
52
UNIDADE 3
HISTÓRIAS E ARTIMANHAS
11. Reescreve a frase “estes resultados revelam que os progenitores, biológicos ou adotivos, são quem atribui às
crias a vocalização de contacto”, acrescentando um advérbio com valor de modo.
12. Escreve uma frase em que uses o verbo chamar no futuro do indicativo.
13. Completa a frase seguinte, usando preposições simples.
Os papagaios habitam zonas _____________ floresta e comunicam _____________ si. Têm chamamentos
_____________ contacto que usam _____________ as crias que as aprendem _____________ as primeiras
semanas _____________ vida.
14. Completa as frases seguintes, colocando as formas verbais conforme indicado:
a) Quem _____________ (dar, presente do indicativo) o nome às crias?
b) Os papagaios _____________ (mostrar, pretérito perfeito do indicativo) que escolhem os sons para chamar
os filhotes.
c) Quem sabe se, no futuro, se _____________ (descobrir, futuro do indicativo) que todos os animais dão
nomes aos filhos!
II
Escuta o texto C e assinala como Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações seguintes.
1. Um lenhador vivia com a esposa e o 6. Um dia, o lenhador viu a raposa com a
filho. boca ensanguentada.
2. Uma raposa tomava conta do menino. 7. A raposa atacara o menino.
3. A raposa passava muita fome. 8. O lenhador matou a raposa.
4. A raposa não era confiável. 9. Devemos seguir as opiniões dos outros.
10. Não devemos tomar decisões
5. O lenhador sofria dos olhos.
precipitadas.
III
Imagina que és amigo(a) da Sr.ª Gage. Escrevelhe uma carta, considerando os seguintes aspetos:
• saudação;
• a tua opinião sobre os seus comportamentos;
53
• conselhos;
• convite para te visitar.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
A B
TESTE 4
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, extraído do Romance da Raposa. Se necessário, consulta o dicionário de Língua Portuguesa.
TEXTO A
54
Num país distante do oriente, viviam uma viúva e o seu filho chamado Aladino. Um dia,
um desconhecido aproximouse de Aladino e disse que era irmão de seu falecido pai e
vinha para o ajudar.
Na manhã seguinte, levou Aladino a dar um passeio pelas montanhas e, num
determinado sítio, fez uma fogueira e deitou um pouco de lenha no chão, ao mesmo tempo
5
que dizia umas palavras mágicas. Nesse momento, a terra abriuse e apareceu uma gruta.
O homem, que era um feiticeiro, ordenou a Aladino:
– Entra e trazme uma lâmpada que se encontra na última galeria desta gruta. – E deu a
Aladino um anel que o deveria proteger dos perigos. Aladino desceu e sentiuse como se
estivesse num país de maravilha: em seu redor, havia árvores cintilantes que iluminavam
10
toda a gruta. Quando encontrou a lâmpada, guardoua, mas, ao regressar à superfície, o
feiticeiro ordenoulhe:
– Passame primeiro a lâmpada!
Mas Aladino seguroua firmemente e o feiticeiro ficou tão furioso que fechou a entrada
da gruta, deixando Aladino preso. Desesperado, o rapaz começou a esfregar o anel e
15
subitamente saiu dele um gigante que gritou:
– Eu sou o génio do anel. Em que lhe posso ser útil, meu amo?
Aladino, um pouco assustado, pediu para voltar para casa. Num piscar de olhos, já
estava ele junto da mãe.
– Esta deve ser uma lâmpada muito especial – comentou a mãe e esfregou o velho
objeto. De repente, começou a sair fumo da lâmpada e apareceu um vulto que disse:
20
– Eu sou o génio da lâmpada. Qual o seu desejo?
A partir daquele momento, Aladino e a sua mãe viveram sem problemas, pois o génio da
lâmpada davalhes tudo o que desejavam. Aladino ficou a saber que os frutos da gruta não
eram de vidro, mas sim pedras preciosas.
Um dia, no caminho para casa, Aladino viu a filha do sultão e ficou tão encantado com a
25 sua beleza, que não conseguia deixar de pensar nela. Por fim, decidiu ir ao palácio falar
com o sultão. Levoulhe as pedras preciosas e pediulhe a sua bonita filha em casamento. O
sultão ficou radiante com as preciosidades. Exigiu mais. E assim Aladino
55
UNIDADE 4
HISTÓRIAS E FANTASIAS
30 pediu ao génio da lâmpada um palácio para a princesa, como jamais alguém tinha
visto.
Festejouse o casamento. Mas o feiticeiro não tinha desistido do seu plano. Arranjou
uma cesta de lâmpadas novas, foi ao palácio e propôs à princesa trocar a lâmpada por uma
lâmpada nova. Finalmente, o malvado feiticeiro tinha alcançado o seu objetivo.
– Traz o palácio com os seus moradores para a minha terra! – ordenou ele ao génio da
35
lâmpada.
Quando Aladino, que tinha ido à caça, regressou, encontrou vazio o lugar do seu
palácio.
Desesperado, esfregou um anel mágico e imediatamente lhe surgiu o génio, a quem
pediu que trouxesse o palácio de volta. Porém, isso era impossível, pois ele não tinha
40 poderes sobre o génio da lâmpada.
Mas tinha poder para levar Aladino até ao palácio, na longínqua terra do feiticeiro.
Já no palácio, juntamente com a princesa, deu ao feiticeiro uma bebida e logo ele caiu
num sono profundo. Aladino recuperou a lâmpada e pediu ao génio que voltasse a levar o
palácio e os seus moradores de volta ao seu país.
Ao regressarem, Aladino e a bonita princesa deram uma grande festa que durou sete
45
dias. E os dois viveram muito felizes o resto da vida.
“Aladino e a Lâmpada Mágica” in As Mil e uma Noites (adaptado)
1. Associa os elementos da coluna A aos elementos da coluna B, de acordo com o sentido do texto.
A B
a) A personagem é 1. esperto.
b) O feiticeiro era 2. interesseiro.
c) Aladino foi 3. Aladino.
d) O sultão era 4. feliz com a princesa.
e) Aladino viveu muito 5. ambicioso.
2. O feiticeiro não se comporta sempre da mesma maneira, em relação a Aladino.
Copia do texto expressões onde se vê que o feiticeiro:
2.1 é simpático com Aladino; 2.2 é agressivo com Aladino.
3. “Finalmente, o malvado feiticeiro tinha alcançado o seu objetivo.” (linha 34)
Diz qual era esse objetivo.
56
4. Imagina como se terá sentido Aladino ao ver as árvores da gruta e escreve duas palavras que descrevam o seu
estado de espírito.
A B
TESTE 4
TEXTO B
5. Liga os elementos da coluna A aos elementos da coluna B, de acordo com o texto.
A B
57
a) Ano a que se referem estas previsões sobre os preços da eletricidade. 1. 5
2. 55
b) Aumento da fatura do consumo familiar médio no ano seguinte.
3. 2011
c) Número de lâmpadas a substituir por lâmpadas economizadoras para poupar 32 €
4. 2010
por ano. 5. 18
d) Valor anual poupado, ao desligar a televisão e a power box. 6. 22
7. 45
e) Hora de início do período económico bihorário.
8. 7
f) Número médio semanal de lavagens de roupa.
9. 10
g) Valor da poupança do uso da máquina da loiça em regime bihorário. 10. 50
58
UNIDADE 4
HISTÓRIAS E FANTASIAS
6. Transcreve do texto B:
6.1 o significado de “ERSE”;
6.2 a expressão inglesa que significa “deixar um aparelho no modo de pausa”;
6.3 o nome da tarifa que divide o preço do consumo elétrico em dois períodos.
7. Segundo o texto, não deixar a power box em stand by pode trazer inconvenientes. Quais?
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto, podes ler: “A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos determinou para o próximo ano novos
tarifários de eletricidade”. (linhas 1 e 2)
Diz a que classe pertencem as palavras sublinhadas.
9. “Segundo a ERSE, trocar cinco lâmpadas incandescentes de 60 watts por lâmpadas economizadoras permitirá
reduzir o consumo de eletricidade em casa”. (linhas 6 a 8)
Identifica:
a) os adjetivos;
b) as preposições;
c) um quantificador numeral.
10. Explica o processo de formação da palavra “desligar”.
11. Lê a frase: “A família Silva é poupada.”
11.1 Identifica o adjetivo presente na frase.
11.2 Diz em que grau se encontra.
11.3 Reescreve a frase, usando o adjetivo no grau superlativo absoluto sintético.
12. Escreve uma frase de tua autoria em que uses o mesmo adjetivo no grau comparativo de superioridade.
13. Completa as frases seguintes com a preposição adequada.
a) Bastam alguns gestos simples _____________ poupar energia.
b) É preciso ter cuidado _____________ os aparelhos que ficam modo de pausa.
c) O período mais económico da tarifa bihorária é _____________ a noite.
59
14. “À noite, o Jacinto, desliga sempre a ficha da consola”.
14.1 Diz qual o erro de pontuação presente na frase.
14.2 Explica porque o consideras um erro.
A B
TESTE 4
II
Escuta o texto C e ordena as frases seguintes de 1 a 10.
a) Ali Babá, mercador numa cidade do Oriente, viu uma caravana de 40 homens a descarregar grandes
caixotes junto a uma rocha e o chefe da caravana a abrir a rocha com um grito: “Abrete, Sésamo!”.
b) Então, Ali Babá repetiu o grito “Abrete, Sésamo” e entrou na gruta, onde descobriu muitos tesouros
roubados por aqueles homens.
c) Os dois irmãos ferveram azeite e atiraramno para dentro das barricas, obrigando os ladrões a fugir.
d) No fim, os dois irmãos e a criada dividiram entre si os tesouros e Ali Babá casou com Frahazada.
e) Ali Babá encheu um saco com alguns tesouros e foi para casa, tendo contado a seu irmão Kasim o
sucedido.
f) Depois, viu os homens depositarem os caixotes dentro da gruta e o chefe da caravana fechar a rocha com o
grito: “Fechate, Sésamo!”.
g) Porém, a criada Frahazada ouviu os cochichos dos ladrões, dentro das barricas, e avisou Ali Babá.
h) Ambicioso, Kasim foi à gruta para ficar rico, mas foi descoberto pelos ladrões, que o prenderam lá dentro.
i) Quando descobriram a casa de Ali Babá e Kasim, esconderamse dentro de umas barricas, prontos para
atacar.
j) Ali Babá libertou o irmão, mas os ladrões, quando voltaram, resolveram vingarse.
III
Descreve a personagem Ali Babá, considerando os seguintes aspetos:
• retrato físico, ordenado de cima para baixo;
• indicações sobre provável vestuário;
• retrato psicológico;
• a tua opinião sobre esta personagem.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
60
61
UNIDADE 4
A B HISTÓRIAS E FANTASIAS
TESTE 4
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, um famoso conto de Charles Perrault. Se necessário, consulta o dicionário de Língua
Portuguesa.
TEXTO A
Era uma vez um moleiro que tinha três filhos. Um dia, chamouos para lhes dizer que
ia repartir por eles todos os seus bens.
Ao mais velho deu o moinho, ao do meio deu o burro e ao mais novo deu o gato.
O filho mais novo ficou muito triste porque o pai não tinha sido justo para com ele.
Mas, surpresa das surpresas, o gato começou a falar!
5
— Dáme um saco e um par de botas e, em breve, eu provarei que sou de mais
utilidade que um moinho e um burro.
O rapaz ficou muito espantado e, obedecendo ao pedido do gato, no dia seguinte, lá foi
comprar um saco e umas botas.
— Aqui estão, meu amigo! – disse ele.
10 O gato calçou as botas, pegou no saco e lá foi floresta fora. Como era muito esperto,
não demorou muito a apanhar uma lebre bem gordinha, que pôs dentro do saco.
Com o pesado saco às costas, o gato dirigiuse ao castelo do rei e ofereceulhe a lebre,
dizendo:
— Majestade, venho da parte do meu amo, o marquês de Carabás, e tragolhe esta
15
linda lebre de presente.
O rei ficou muito impressionado e contente com aquela atitude e disse:
— Diz ao teu amo que lhe agradeço muito!
Daí em diante o gato repetiu aquele gesto várias vezes, levando vários presents ao rei e
dizendo sempre que era uma oferta do seu amo.
Um dia, disse o gato a seu amo:
20
— Senhor, tomai banho neste rio que eu trato de tudo.
O gato esperou que a carruagem do rei passasse junto ao rio onde o seu amo tomava
banho e pôsse a gritar:
— Socorro! Socorro! O meu amo, o marquês de Carabás, está a afogarse! Ajudem
no!
25 O rei mandou logo parar a carruagem e ajudou o marquês, dandolhe belas roupas e
convidandoo a passear com ele e com a filha, a princesa, na carruagem real.
62
A B
TESTE 3
63
O gato desatou então a correr à frente da carruagem. Pela estrada fora, sempre que via
30 alguém a trabalhar nos campos, pedialhes que dissessem que trabalhavam para o
marquês de Carabás.
O rei estava cada vez mais impressionado!
O gato chegou por fim ao castelo do gigante, onde todas as coisas eram grandes e
magníficas.
35
O gato pediu para ser recebido pelo gigante e perguntoulhe:
— É verdade que consegues transformarte num animal qualquer?
— É! – disse o gigante.
Então o gato pediulhe que se transformasse num rato. E assim foi.
O gato, que estava atento, deu um salto, agarrou o rato e comeuo.
O rei, a princesa e o marquês de Carabás chegaram ao castelo do gigante, onde foram
40
recebidos pelo gato:
— Sejam bem vindos à propriedade do meu amo! – disse o gato.
O rei nem queria acreditar no que os seus olhos viam:
— Tanta riqueza! Tem que casar com a minha filha, senhor marquês – disse o rei.
E foi assim que, graças ao seu gato, o filho de um moleiro casou com a princesa mais
45 bela do reino.
Adaptado do conto de Charles Perrault, O Gato das Botas ,
incluído no projeto “nónio” da Escola Superior de Educação de Santarém
1. Seleciona a alínea com a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sentido do
texto.
1.1 Ao falecer, um moleiro deixou em herança…
a) um moinho e um burro. b) um coelho e um gato
c) um moinho, um gato e um burro. d) um coelho, um gato e um burro.
1.2 O gato pediu ao dono…
a) um saco, umas botas e o resto. b) um saco.
c) um saco e o resto. d) um saco e umas botas.
1.3 O dono do gato era…
a) o marquês de Carabás. b) o filho mais novo do moleiro.
c) o filho mais velho do moleiro. d) o rei do país onde morava o moleiro.
1.4 O gigante acabou por ser comido devido…
a) à sua vaidade. b) à sua falta de preparação física.
c) à vaidade do gato. d) à ganância do marquês de Carabás.
64
UNIDADE 4
HISTÓRIAS E FANTASIAS
2. O filho mais novo do moleiro e o gato têm opiniões diferentes quanto à herança.
Copia do texto uma frase que mostre a opinião:
2.1 do filho mais novo do moleiro;
2.2 do gato.
3. “Pela estrada fora, sempre que via alguém (…), pedialhes que dissessem que trabalhavam para o marquês de
Carabás.” (linhas 30 a 32)
Diz com que intenção o gato dá esta ordem.
4. Imagina como se sentiria o filho mais novo do moleiro, quando o gato os saudou à chegada ao castelo do
gigante, e escreve duas palavras que descrevam o seu estado de espírito.
Lê agora o seguinte texto dum jornal online.
TEXTO B
37 mil cães e gatos abandonados recolhidos em 3 anos
Alerta. Número de animais aumentou em 10 mil neste período. Falta de fiscalização e
incumprimento da lei, que obriga à identificação com microchip, explicam tendência.
Alergias, férias, o nascimento de um filho, problemas de comportamento, mau
5 desempenho na caça e dificuldades económicas são os vários motivos que levam os donos
a abandonar os animais de companhia. Segundo a DireçãoGeral de Veterinária (DGV),
entre 2006 e 2009 o número de cães e gatos recolhidos pelos municípios aumentou em
dez mil.
Nesses três anos foram resgatados à rua 37 365 animais. Fora deste número estão todas
10
as recolhas feitas pelas várias associações de Proteção Animal e particulares. Uma das
explicações para a subida dos abandonos é a falta de fiscalização das autoridades. (…)
Desde julho de 2008, todos os animais que nascem têm de ter identificação eletrónica,
mas a legislação não é cumprida, dizem os veterinários, o que dificulta a identificação dos
animais abandonados e dos donos. “Na minha opinião, nem 30% dos cães têm microchip.
Se se cumprisse a lei, o dono de um cão abandonado era identificado e seria autuado”,
15 explica Sofia Almendra. “A falta de identificação animal dá liberdade ao dono para
abandonar”, acrescenta o veterinário João Alvoeiro.
DN (versão online), 28/6/2010
65
A B
TESTE 4
5. Recolhe do texto as informações que se seguem.
a) Situações que podem levar ao abandono dos animais de estimação.
b) Período em que o número de animais abandonados aumentou em 10 000.
c) Número de animais recolhidos por instituições, entre 2006 e 2009.
d) Data de entrada em vigor da obrigação de colocar um chip nos animais.
e) Percentagem aproximada de cães a quem foi colocado o chip de identificação.
f) Uma das explicações para o aumento do número de animais abandonados.
g) Organismo que revelou estes dados.
6. Transcreve do texto B:
6.1 o nome do jornal onde foi publicada esta notícia;
6.2 o nome do veterinário citado nesta notícia;
6.3 o nome da pessoa que acha que quem abandona animais deve ser multado.
7. Segundo o texto, é difícil identificar os donos dos cães abandonados.
Indica uma razão que o texto apresenta para essa dificuldade.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto, podes ler “mau desempenho na caça e dificuldades económicas”. (linhas 4 e 5)
8.1 Copia os adjetivos presentes nesta expressão.
8.2 Diz em que grau se encontram.
8.3 Identifica o género do primeiro adjetivo que copiaste.
8.4 Reescreve a expressão, usando o primeiro adjetivo no plural.
9. Diz que nome se dá ao processo de formação das seguintes palavras complexas:
9.1 incumprimento;
9.2 animalesco.
66
10. Explica o valor do afixo in no vocábulo “incumprimento”.
11. Copia, do último parágrafo, cinco preposições diferentes (simples ou contraídas).
12. Reescreve a frase: “Os animais da rua são infelizes”, colocando o adjetivo.
12.1 no grau superlativo relativo de superioridade;
12.2 no grau superlativo absoluto analítico;
12.3 no grau comparativo de igualdade.
67
UNIDADE 4
HISTÓRIAS E FANTASIAS
13. Pontua as frases.
a) Meus Senhores ___ abandonar animais é crime.
b) Quando vais de férias ___ eu fico com o teu cão
c) Em três anos, muitos animais ___ 37 365 ___ foram resgatados à rua.
d) Quem me dera ter um gatinho para tratar ___
e) Estas são as qualidades de um animal doméstico ___ meiguice, esperteza e higiene.
14. Escreve uma frase em que uses uma palavra derivada por prefixação.
15. Escreve uma palavra derivada de crime, em que o afixo signifique:
15.1 que se trata de um adjetivo;
15.2 que se trata de um advérbio de modo;
15.3 tratarse de um nome com o sentido de abundância, plenitude (= cheio de).
II
Escuta o texto C e completa as afirmações seguintes.
1. Este texto é uma _________________.
2. Forma de tratamento usado, que mostra o princípio de cortesia: _________________.
3. Os nomes destes animais são todos do género _________________.
4. Estes animais mostram que não são racistas, porque _________________.
5. Os dois interlocutores, no texto, são _________________.
6. Predominam perguntas sobre _________________.
7. A pintora teve diferentes animais: _________________.
8. As respostas são pertinentes, porque _________________.
9. A introdução apresenta _________________.
10. Se fosse muito rica, _________________.
III
Imagina que és jornalista e que vais entrevistar o Marquês de Carabás.
Escreve a introdução e 10 perguntas que gostasses de lhe colocar, considerando os seguintes aspetos:
• apresentação do marquês;
68
• como se tornou marquês;
• romance com a princesa e título de príncipe;
• relação com o Gato das Botas e planos para o futuro.
A B
TESTE 5
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, a letra de uma canção de Rui Veloso.
TEXTO A
Andava eu na quarta classe e fiz uma redação
sobre o que eu queria ser um dia quando crescesse
Quero ser um marinheiro, sulcar o azul do mar
vaguear de porto em porto até um dia me cansar
quero ser um saltimbanco, saber truques e cantigas
5
ser um dos que sobe ao palco e encanta as raparigas
A sessôra chamoume ao quadro e deixoume descomposto
Ó menino atolambado, que gracinha de mau gusto
Lá fiz outra redação, quero ser um funcionário
ser zeloso, ter patrão, deitar cedo e ter horário
10
ser um barquinho apagado sem prazer em navegar
humilde, bem comportado, sem fazer ondas no mar
A sessôra bateu palmas e deume muitos louvores
apontoume como exemplo e passoume com quinze valores
69
Carlos Tê, O que eu quero ser quando for grande
(letra de canção de Rui Veloso, in Mingos e Samurais )
1. Classifica as frases seguintes como Verdadeiras (V) ou Falsas (F), de acordo com o texto.
1.1 O enunciador anda na quarta classe.
1.2 O enunciador fez uma composição sobre os seus sonhos pessoais.
1.3 O enunciador foi marinheiro e saltimbanco.
1.4 A professora gostou da segunda composição do menino sobre os seus sonhos.
1.5 O menino preferia ser funcionário zeloso, com patrão e horário.
70
UNIDADE 5
CANTOS E EMBALOS
2. A professora teve reações diferentes às duas redações do menino.
Copia do texto uma frase que mostre a reação da professora relativamente:
2.1 à primeira composição;
2.2 à segunda composição.
3. “ser um dos que sobe ao palco e encanta as raparigas” (verso 6)
Diz uma profissão em que o menino poderia realizar este sonho.
4. Imagina como se sentiu o menino após a reação da professora à sua primeira composição e escreve duas palavras
que descrevam o seu estado de espírito.
Lê agora o seguinte excerto da biografia do poeta Fernando Pessoa.
TEXTO B
Devido ao segundo casamento de sua mãe, Fernando Pessoa viajou para Durban [África
do Sul] e fez a instrução primária na escola de freiras irlandesas da West Street, onde fez a
primeira comunhão, percorrendo em dois anos o equivalente a quatro.
Em 1899 ingressou no Liceu de Durban, onde permaneceu durante três anos e foi um dos
primeiros alunos da turma. No ano de 1901, foi aprovado com distinção no primeiro exame
5
Cape School High Examination e escreveu os primeiros poemas em inglês. No mesmo ano,
regressou com a família a Portugal, no paquete König, para um ano de férias.
Tendo recebido uma educação britânica, teve um profundo contacto com a língua inglesa,
a qual teve grande destaque na sua vida, sobretudo quando, mais tarde, se tornou
correspondente comercial em Lisboa e tradutor de poetas ingleses.
10
Ao voltar a África, no vapor Herzog, matriculouse na Durban Commercial School, escola
comercial de ensino noturno, enquanto de dia estudava as disciplinas humanísticas para entrar
na universidade. Na prova de exame de admissão, não obteve boa classificação, mas tirou a
melhor nota entre os 899 candidatos no ensaio de estilo inglês. Recebeu por isso o Queen
Victoria Memorial Prize (Prémio Rainha Vitória). Um ano depois, ingressou novamente na
15 Durban High School, onde frequentou o equivalente a um primeiro ano universitário. Por fim,
encerrou os seus bem sucedidos estudos na África do Sul com o Intermediate Examination in
Arts, na Universidade, obtendo uma boa classificação.
Deixando a família em Durban, regressou definitivamente à capital portuguesa, sozinho,
em 1905 e, no ano seguinte, matriculouse no Curso Superior de Letras (atual Faculdade de
71
Letras da Universidade de Lisboa), que abandonou sem sequer ter completado o primeiro ano.
Wikipédia (adaptado)
A B
TESTE 5
5. Faz corresponder a cada elemento da coluna A um só da coluna B, de maneira a obteres informações
verdadeiras, de acordo com o texto.
A B
1. 4
a) Número de anos que Fernando Pessoa frequentou o 1.º ciclo.
2. 3
b) Número de anos que Fernando Pessoa frequentou o liceu. 3. 1901
c) Ano em que escreveu os primeiros poemas em inglês. 4. 899
5. 1905
d) Número de alunos no exame de admissão.
6. 1904
e) Ano em que ingressou numa universidade. 7. 1906
f) Ano em que ingressou numa universidade portuguesa. 8. 1899
9. 5
g) Ano em que regressou definitivamente ao seu país natal.
10. 2
6. Transcreve do texto B:
72
6.1 o nome do barco onde Fernando Pessoa veio de férias a Portugal;
6.2 o nome do barco onde Fernando Pessoa regressou a África;
6.3 o nome da cidade onde Fernando Pessoa passou a infância e juventude.
7. Segundo o texto, a língua inglesa foi muito importante para Fernando Pessoa.
Indica uma razão que o texto apresenta para essa importância.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. Copia do primeiro parágrafo do texto B dois adjetivos numerais.
9. No texto B, podes ler: “(…) teve um profundo contacto com a língua inglesa (…)” (linhas 9 e 10)
9.1 Diz a que classe e subclasse pertence a palavra sublinhada.
10. Completa a frase seguinte, substituindo um determinante artigo definido por um determinante demonstrativo.
A escola primária deu uma educação tipicamente britânica.
11. Completa as frases seguintes com uma palavra pertencente à classe indicada entre parênteses:
a) Fernando Pessoa é ______________ poeta de que te falei. (determinante demonstrativo)
b) Foi o ______________ poeta que conheci na escola. (adjetivo numeral)
73
UNIDADE 5
CANTOS E EMBALOS
12. Lê a frase: “Um ano depois, ingressou novamente na Durban High School, onde frequento o equivalente a um
primeiro ano universitário.”
12.1 Copia um adjetivo numeral.
12.2 Reescreve a frase, subsituindo a expressão sublinhada por um nome antecedido de determinante
demonstrativo (contraído com a preposição “em”).
13. Escreve uma frase em que uses um determinante possessivo (e sublinhao).
14. Identifica a classe e subclasse das palavras sublinhadas nas frases que se seguem:
14.1 Devido ao segundo casamento de sua mãe, Fernando Pessoa viajou para Durban.
14.2 Adoro ler Pessoa! A coroa dos poetas portugueses é sua.
14.3 Como recordo aqueles seus versos: 'Ai que prazer não cumprir um dever!'
II
Escuta o texto C e completa as afirmações seguintes.
1. O poeta encontrou ________________.
2. A preta estava ________________.
3. O poeta recolheu uma lágrima num ________________.
4. A lágrima era muito ________________.
5. O poeta analisou a lágrima, adicionandolhe três tipos de substâncias: ________________.
6. O poeta fez experiências com a lágrima em duas situações distintas: ________________.
7. O resultado foi resultados anteriores ________________.
8. A lágrima não continha ________________.
9. A lágrima era constituída por ________________.
10. A mensagem do poema é que ________________.
III
Repara na mensagem do poema que ouviste e considera os seguintes aspetos:
• as situações que podem ter causado o choro;
• os sentimentos do autor;
• os sentimentos que o poema te despertou;
74
• conselhos que darias a quem causasse sofrimento por alguém ser de cor diferente.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas sobre estes aspetos.
A B
TESTE 5
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, de um grande poeta português. Se necessário, consulta o vocabulário apresentado a seguir ao
texto.
TEXTO A
75
As fadas... eu creio nelas! 25 O luar é os seus amores!
Umas são moças e belas, Sentadinhas entre as flores,
Outras, velhas de pasmar... Ficamse horas semfim,
Umas vivem nos rochedos, Cantando suas cantigas,
Outras, pelos arvoredos, Fiando suas estrigas,
5
Outras, à beira do mar... Em roca de ouro e marfim.
30
76
a UNIDADE 5
CANTOS E EMBALOS
TEXTO A
Umas têm mando nos ares; A mais pobre criancinha.
50 Outras, na terra, nos mares: Se quis ser sua madrinha
E todas trazem na mão Uma fada... ai, que feliz!
Aquela vara famosa. São palácios, num momento...
A vara maravilhosa, 30
Beleza, que é um portento...
A varinha de condão! Riqueza, que nem se diz...
O que elas querem, num pronto Ou então, prendas, talento,
55
Fezse ali! Parece um conto... Ciência, discernimento,
Mesmo de fadas... eu sei! Graças, chiste, discrição...
São condões, que dão à gente, Vêse o pobre inocentinho
Ou dinheiro reluzente, 70 Feito um sábio, um adivinho,
Ou joias, que nem um rei! Que aos mais sábios vai à mão!
60
Antero de Quental, Raquel Pinheiro (ilustradora), As fadas,
Editora Nova Vega, Lisboa, 2008 (excerto)
VOCABULÁRIO
Estriga: feixe de fios de linho Jasmim: nome de uma flor Chiste: piada
Bulir: mexer Portento: maravilha Discrição: prudência
Discernimento: inteligência
1. Preenche a coluna B, de maneira a responderes aos elementos da coluna A, de acordo com o texto.
A B
a) Onde vivem as fadas _________________________________________
b) Um exemplo de rima, neste poema _________________________________________
c) Como ocupam as fadas o seu tempo _________________________________________
d) Uma comparação _________________________________________
e) Número de estrofes do poema _________________________________________
2. As fadas têm grandes poderes.
Copia do texto palavras/expressões onde se diz o que as fadas dão às crianças, para as tornar:
2.1 ricas; 2.2 sábias.
77
3. “as riquezas das fadas / São sabidas, celebradas / Por toda a gente que as viu... “ (versos 16 a 18)
Diz a que riquezas se refere o poeta nesta expressão.
4. Imagina como se sentiria um(a) menino(a) que visse a sua fadamadrinha e escreve duas palavras que descrevam
o seu estado de espírito.
A B
TESTE 5
Lê agora o seguinte texto de um jornal online.
TEXTO B
AS CRIANÇAS vivem num mundo de mentiras. A verdade é essa. Entre o Pai Natal, a
fada dos dentes, o ratinho dos dentes, o coelho da Páscoa, as bruxas, o lobo mau, o homem
do saco e o papão, eles vivem num mundo onde os nomes das coisas são inventados e
tirados dos livros de ficção infantil. Ou de outro sítio qualquer.
Mas como é que tudo isto começou? Foram os adultos que resolveram inventor uma
5
série de mentiras para facilitar as suas vidas, simplificar conceitos e vender livros, ou foram
as crianças que adaptaram a realidade à sua imaginação?
No outro dia ouvi este revelador diálogo sobre o mundo da mentira infantil que me deu
algumas pistas para a resolução do mistério:
– Já te caiu algum dente?
10
– Já.
– E recebeste algum presente?
– Sim: foi o ratinho.
– Como é que sabes? Visteo?
– Não.
15
– Se não viste, é porque foi a fada dos dentes.
O ratinho, esse impostor, tinha sido finalmente desmascarado. E, com ele, eu concluí
que as crianças gostam de ser enganadas, ou de se enganar. Ou seja: preferem acreditar no
homem do saco (que até pode ser de plástico, o saco) do que pôr a hipótese de existirem
homens maus que não se denunciam pelos sacos. E também gostam mais de imaginar o Pai
Natal a descer pelo recuperador de calor do que a visão consumista do pai nas filas do
20
Toys’R’Us.
Percebo. Eu também prefiro a fada ao ratinho.
I online, 8/8/2009
78
5. Diz se as frases seguintes são Verdadeiras (V) ou Falsas (F), de acordo com o texto.
a) Na frase “foi o ratinho” (linha 13) [que me deu o presente], há uma personificação.
b) Não há Pai Natal, mas a fada dos dentes existe, porque dá presentes aos meninos.
c) Os adultos inventaram nomes para seres imaginários.
d) As crianças gostam de imaginar esses seres inventados.
e) O enunciador ouviu uma conversa entre dois pais.
f) O Pai Natal compra os presentes no Toys’R’Us.
g) “Já” é uma onomatopeia.
79
UNIDADE 5
CANTOS E EMBALOS
6. Transcreve do texto B:
6.1 o nome do ser que deu a prenda à personagem que perdeu um dente, na sua opinião;
6.2 o nome desse ser, na opinião do amigo;
6.3 o nome de uma marca/loja de brinquedos.
7. Segundo o texto, as crianças preferem ter medo de seres imaginários a pensar em perigos reais.
Indica uma razão que o texto apresenta para essa preferência.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto, podes ler: “(…) foram as crianças que adaptaram a realidade à sua imaginação?” (linha 7)
8.1 Diz a que classe e subclasse pertence a palavra sublinhada.
8.2 Reescreve a frase, acrescentando um adjetivo qualificativo.
9. Escreve uma frase que inclua um determinante demonstrativo (e sublinhao).
10. Completa a frase seguinte, com um adjetivo numeral:
Naquela noite, nasceulhe o dente.
11. Lê a frase: “Eu não acredito no homem do saco nem quero encontrar o lobo mau.”.
11.1 Escreve o nome que designa um conjunto de lobos.
11.2 Copia uma forma verbal no infinitivo impessoal.
11.3 Diz em que tempo e modo se encontra a forma verbal sublinhada.
12. Escreve uma frase em que uses um pronome demonstrativo (e sublinhao).
13. Repara na frase: “O ratinho, esse impostor, tinha sido finalmente desmascarado.” (linha 17)
13.1 Identifica um determinante demonstrativo.
13.2 Copia uma forma verbal composta.
13.3 Diz em que grau se encontra o primeiro nome presente na frase.
80
A B
TESTE 6
II
Escuta o texto C e completa as afirmações seguintes.
1. Fiona está ______________________ e chora.
2. Uma fada vem ______________________ Fiona.
3. Fiona conhecerá um ______________________.
4. Para isso, basta um toque de ______________________.
5. A fada anuncia que virá um ______________________ para levar Fiona.
6. Fiona vai ter de fazer ______________________.
7. Fiona ficará muito ______________________.
8. Não há outro príncipe ______________________ a este.
9. A fada é ______________________ de Fiona.
10. Fiona não ______________________ a ajuda da fada.
III
Escreve duas quadras sobre as fadas, considerando os seguintes aspetos:
• comparaas a alguma coisa (objeto, elemento da natureza, pessoa, animal, cor, …);
• usa uma onomatopeia (por exemplo, em relação à varinha de condão);
• expressa os teus sentimentos sobre esses seres imaginários;
• escreve os versos a rimar.
81
82
UNIDADE 6
A B À BOCA DE CENA
TESTE 6
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, extraído de Vanessa vai à Luta. Se necessário, consulta o dicionário de Língua Portuguesa.
TEXTO A
Pela direita entra a Fada Marina, toda vestida de tule cor de rosa. É muito possidónia
e fala numa voz muito fininha.
Marina – Estás a chorar, querida?
Vanessa (Olhandoa, espantada) Eu? Não.
5 Marina – Senteste triste e desiludida, porque não pudeste ir ao baile.
Vanessa – Qual baile?
Marina – E não tens absolutamente nada que vestir. Oh pobre de ti… nem um par de
jeans… nem uma camisolinha de caxemira… nem um par de sabrinas douradas…
Vanessa – Mas de que estás tu a falar, ó pirosa? Estou de pijama, mas tenho montes de roupa
10
no armário, olha!...
Marina – E precisas de transporte… Queres com certeza uma bela carruagem dourada?
E cocheiro de galonas douradas…
Vanessa – Mas que mania dos dourados!
Marina – Não tens por aí uma abóbora?
Vanessa – Não me fales em abóbora, que eu detesto abóbora, detesto sopa de abóbora,
15
detesto pastéis de abóbora … (Vaise aproximando e começa a remexer nos folhos do
vestido da Fada Marina.)
Marina – (Fazendo uma birra, batendo com o pé.) Mas eu preciso de uma abóbora, eu quero
uma abóbora, sem abóbora nada feito, não te arranjo a carruagem, não arranjo, não arranjo,
não consigo trabalhar desta maneira!!!
20
Vanessa – Ih, que grande birra, mas para que é que tu queres uma abóbora, agora a meio da
noite?
Marina – Para a tornar numa carruagem, ora abóbora! (…)
Vanessa – Esta não está boa da cabeça!
Marina – Todas as raparigas querem ir ao baile!
Vanessa – Ok, ok, acalmate lá. Pronto, senta aí. (Dálhe umas palmadinhas nas costas).
25
Estás melhor?
83
A B
TESTE 6
Marina – (com a varinha de condão produz uma nuvem branca e sentase
desencorajada em cima dela) Estou cansada de realizar os desejos dos outros. É sempre
30 os outros, sempre os outros… E os meus desejos? Hã? Quem é que os realiza? Chego
aqui para te dizer que te dou um belo vestido de noite, que te arranjo uma carruagem
dourada para tu ires ao baile, para as outras meninas se roerem de inveja, para o príncipe
se apaixonar por ti e tu… não queres ir.
Vanessa – Vai tu. Pode ser que o príncipe se apaixone por ti.
35
Marina – Olha, é uma ideia.
Luísa Costa Gomes, Vanessa vai à Luta, Cotovia Ed.
1. Seleciona a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sentido do texto.
1.1 Quando a Fada Marina chegou, a Vanessa estava:
a) a chorar. b) tranquila.
c) a chamar por ela. d) triste.
1.2 Vanessa estava vestida:
a) de jeans e camisola de caxemira. b) de pijama.
c) de camisa de dormir. d) de princesa.
1.3 A Fada Marina precisa de uma abóbora para:
a) fazer sopa de abóbora. b) fazer bolos de abóbora.
c) ir ao baile. d) a transformar.
1.4 A Fada Marina sentese vítima de injustiça, porque:
a) ninguém lhe dá uma abóbora. b) é boa demais para os outros.
c) nunca pode pensar em si própria. d) não vai ao baile.
1.5 Vanessa revelase uma jovem atenciosa, pois:
84
a) compreende os sentimentos da Fada Marina.
b) oferecese para levar a Fada Marina ao baile.
c) promete à Fada Marina o amor do príncipe.
d) recusa ir ao baile que a Fada Marina lhe propôs.
2. Vanessa e a Fada Marina têm opiniões diferentes quanto à cor das roupas.
Copia do texto uma frase que mostre a opinião:
2.1 da Vanessa; 2.2 da Fada Marina.
3. “para as outras meninas se roerem de inveja “ (linha 32)
Diz por que razão as outras meninas se roeriam de inveja de Vanessa.
UNIDADE 6
À BOCA DE CENA
4. Imagina como se sentiu Vanessa, ao ver a Fada Marina tão “desencorajada”, e escreve duas palavras que
descrevam o seu estado de espírito.
Lê agora o seguinte texto dum jornal online.
TEXTO B
85
É uma noite de princesas. Vestidas de branco virginal, tiaras no cabelo, joias de
família usadas pela primeira vez, as meninas entram no salão de baile, onde o brilho dos
candelabros é ofuscado apenas pelo da ocasião. A sala está cheia. De famílias, de gente
bem vestida, de “sociedade” que tirou os casacos de peles do armário. Nalguns casos, até
de príncipes. Estão todos ali para as verem. Pela mão do pai, entram, nervosas, ao anúncio
do seu nome. Percorrida a distância até à mesa de honra, fazem uma vénia e dão meia
volta, sob uma chuva de palmas.
5 Depois, já menos nervosas, tornarão a entrar para dançar a primeira valsa com o pai,
dando uso aos meses de aulas que tiveram para se apresentarem aqui. Nesta noite, elas são
quase noivas. São o centro das atenções. Experimentam pela primeira vez os preparativos
duma festa, os ensaios do vestido, o penteado, a dança... No fim da noite, só não deixam
um sapatinho perdido na escadaria por mero acaso. E porque o debute, como é conhecido
o baile de debutantes, nunca termina à meia noite – mas sim a altas horas da madrugada.
10
“Antigamente”, o baile de debutantes revestiase de todo um significado social que
hoje já não existe. Era a forma de apresentar as meninas das famílias nobres à sociedade,
aos 15 anos, marcando o início da sua vida social e o facto de poderem começar a
frequentar ambientes mais adultos, a namorar...
Na altura do primeiro baile de debutantes, em 1877, em Viena – que ainda é o mais
15 prestigiado da Europa, a par do baile de Crillon, em Paris, mais aberto –, debutar (do
francês débuter, que significa “principiar”) era um passo obrigatório na vida de uma
menina que quisesse casar bem. Hoje, com o esbatimento das diferenças entre classes
sociais, o debute passou a ser opção, tradição familiar, festa. Primeiro baile. (…)
No Porto, o debute é uma instituição. Na Invicta, numa determinada classe, debutar é
tão natural como respirar. A tradição familiar ainda pesa muito, e o baile do Club
Portuense acontece religiosamente em janeiro desde os anos 50 – com exceção da
interrupção entre 1975 e 1984, por causa da revolução. Para Maria João Oliveira, “o
debute é uma conversa de Natal”. Por altura das festas, havia sempre a pergunta: “Quem é
que debuta este ano?” “Aqui, no Porto, é uma coisa instituída.
Quando uma menina vai fazer 15 anos, é sabido que vai debutar. E, a partir de uma
certa idade, nós começávamos a sonhar com a noite do baile.”
in http://aeiou.expresso.pt (5/4/2010)
A B
TESTE 6
86
5. Diz se as frases seguintes são Verdadeiras (V) ou Falsas (F), de acordo com o texto acima.
a) No baile de debutantes, as meninas entram pela mão dos pais.
b) A primeira dança é um tango com os seus pais.
c) O baile de debutantes termina à meia noite.
d) Dantes, só depois deste baile as meninas podiam namorar.
e) O primeiro baile de debutantes foi em 1877.
f) O baile de debutantes de Crillon é o mais famoso da Europa.
g) Na cidade do Porto, a tradição do debute começou nos meados do século XX.
6. Transcreve do texto B:
6.1 outro nome dado à cidade do Porto;
6.2 período (interregno) em que não houve baile de debutantes no Porto;
6.3 o nome da organização responsável por este baile, no Porto.
7. Segundo o texto, neste baile, as meninas “são quase noivas”.
Indica as razões para esta comparação.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto B, podes ler: “Depois, já menos nervosas, tornarão a entrar para dançar a primeira valsa com o pai,
dando uso aos meses de aulas que tiveram para se apresentarem aqui.” (linhas 8 e 9)
Diz em que modo e tempo se encontram as formas verbais sublinhadas.
9. Lê a frase: “As meninas tinham treinado a dança durante muitos meses para dançarem no debute.”.
Identifica:
9.1 uma forma verbal composta;
9.2 um verbo auxiliar.
10. “Percorrida a distância até à mesa de honra, fazem uma vénia e dão meia volta, sob uma chuva de palmas.”.
(linhas 6 e 7)
Copia desta frase:
10.1 duas preposições;
10.2 um complemento direto.
11. Reescreve a frase “O debute terminou à meia noite. “, conjugando o verbo no:
11.1 pretérito maisqueperfeito composto;
11.2 pretérito maisqueperfeito simples.
87
88
UNIDADE 6
À BOCA DE CENA
12. Identifica o sujeito e o predicado das seguintes frases:
a) “(…) O baile do Club Portuense acontece religiosamente em janeiro desde os anos 50.”
b) O debute é uma tradição. c) O debute é também uma festa.
13. Identifica as funções sintáticas da frase seguinte.
Sofia, dá a mão ao pai.
14. Completa as frases com diferentes verbos auxiliares dos tempos compostos.
a) A menina ________________ chegado pela mão do pai.
b) As meninas ________________ chegado em carruagens douradas.
15. Completa as frases seguintes, introduzindo um sujeito simples ou um sujeito composto, conforme indicado.
a) ________________ treinam muito, mas ainda chegam nervosas ao baile. (sujeito simples)
b) ________________ fomos ao baile de debutantes com a idade de 17 anos. (sujeito composto)
c) Dantes, ou ias ao baile ou ________________ não te reconhecia. (sujeito simples)
II
Escuta o texto C e escreve a resposta aos dados seguintes.
1. Cor dos cabelos da menina.
2. Situações em que menino e menina se cruzam.
3. Modo de comunicar entre eles.
4. Local onde falaram a primeira vez.
5. Nome do rapaz.
6. O que estão eles realmente a viver.
7. Nome da menina.
8. O que fez o rapaz nessa noite.
9. Uma loucura do rapaz apaixonado.
10. O que fazem atualmente os dois no recreio.
III
“E agora, nos recreios, dão os seu passeios, fazem muitos planos. E dividem a merenda, tal como uma prenda que
se dá nos anos! E, num desses bons momentos, houve sentimentos a falar por si. Ele pegou na mão dela, sabes
Cinderela, eu gosto de ti.”
Cinderela, Carlos Paião
89
Imagina o diálogo entre este rapaz e esta menina, nesse dia, no recreio. Escreveo, sob a forma de texto
dramático, considerando os seguintes aspetos:
• didascália inicial; o passeio pelo recreio; a divisão da merenda; os planos que fazem para o futuro; a
declaração de amor.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
A B
TESTE 6
____________________________________________________________________________________________
Lê o texto A, extraído de Todos os Rapazes são Gatos. Se necessário, consulta o dicionário de Língua
Portuguesa.
TEXTO A
90
Outro terraço. Um homem (com cerca de 50 anos) está no terraço a ler o jornal e levanta
se de repente quando vê Mia cair.
Homem – Caíste bem, rapaz! Onde aprendeste a cair assim?
Mia – Não aprendi. Nem costumo cair.
5
Homem – Pois olha que sabes cair. Parecias um gato. Aliás, vens dos telhados, onde
andam os gatos.
Mia – Moro aqui perto, saí para tomar ar. Desculpe ter caído aqui…
Homem – (Observando Mia atentamente) Tu és diferente de outros rapazes.
Mia – Eu? Porquê?
10 Homem – És um deles.
Mia – Sou um deles?
Homem – Tens um animal dentro de ti, escondido, aninhado, amordaçado, adormecido.
Mia – (Espantado) Eu?
Homem – (Caminhando em redor de Mia, sempre a observálo) Pode ser um animal
15
qualquer, um gato, uma serpente ou um macaco, um pato, um hipopótamo, um jaguar.
Tenha o tamanho que tiver, cabe dentro de ti à vontade, sem incomodar.
Mia – (Condescendente) Nunca dei por nada.
Homem – É o teu animal interior. É ele que te anima, que te faz correr e saltar, que te faz
tremer de medo ou de tristeza, te faz gritar de raiva ou alegria, que te liga à Natureza a que
pertences. Esse animal é a tua alma e a tua alma é quem verdadeiramente tu és. Sem o teu
20
animal interior, eras só cabeça, tronco, braços, pés.
Mia – Será um gato?
Homem – Gostas de gatos?
Mia – Sem limites, como diz a minha mãe.
Homem – E cais como um gato. E andas no telhado à noite. Dizme lá, rapaz, precisas de
25
estar só de vez em quando?
Mia – Sim…
Homem – Dormes enrolado sobre ti?
Mia – Sim…
91
UNIDADE 6
À BOCA DE CENA
30 Homem – Avanças sempre primeiro com a perna esquerda? Gostas de fazer as mesmas coisas
todos os dias? Vais sempre pelo mesmo caminho para a escola?
Mia – Sim, sim, sim.
Homem – Caminhas como se andasses por uma linha que só tu vês?
Mia – (Hesitante) Às vezes, sim…
Homem – Rapaz, tu és um gato. Só te falta miar. Como te chamas?
35
Mia – Manuel Maria. Mas chamam-me Mia, por gostar tanto de gatos.
Homem – Mia? Então mia. Mia! Mia!
Mia – Não consigo. Nem eu nem o meu gato interior. Mas às vezes parece que ouço um
motor pequenino cá dentro.
Homem – É ele, o teu gato interior.
40 Mia – A ronronar?
Homem – É o teu gato a levantar-se, a espreguiçar-se e a espetar as unhas no ar.
Mia – (Encolhe-se) Ainda me arranha por dentro… Mas o que eu queria era encontrar o meu
gato exterior. Não viu por aqui um gato cinzento malhado?
Álvaro Magalhães, Todos os Rapazes são Gatos, Edições ASA
1. Seleciona a alínea com a opção que permite completar corretamente cada afirmação, de acordo com o sentido do
texto.
1.1 As personagens são…
a) um homem e um rapaz. b) um homem e uma rapariga.
c) um homem e um gato. d) um homem e um paraquedista.
1.2 Segundo o Homem, Mia tem…
a) um jaguar dentro dele. b) um gato dentro dele.
c) um gato ao colo. d) uma alma.
1.3 Segundo o Homem, só falta uma coisa a Mia para ele parecer um gato:
a) cair como os gatos. b) dormir como os gatos.
c) miar como os gatos. d) andar no telhado, como os gatos.
1.4 Ao dizer “Ainda me arranha por dentro”, Mia mostra…
a) que ficou com medo. b) que é brincalhão.
c) que acreditou no Homem. d) que prevê ser arranhado por dentro.
1.5 Na verdade, Mia andava…
a) a treinar saltos. b) a passear.
c) à caça de gatos. d) à procura do seu gato.
92
A B
TESTE 6
2. Repara nas expressões que surgem entre parênteses ou em itálico no texto A e transcreve uma que se destine:
2.1 ao encenador; 2.2 ao ator.
3. “Parecias um gato.” (linha 5). Diz por que razões Mia parece um gato.
4. Imagina como se sentiu Mia, depois da conversa com o Homem, e escreve duas palavras que descrevam o seu
estado de espírito.
Lê agora o seguinte texto sobre um estudo da relação entre o homem e os animais.
TEXTO B
Os animais são uma referência no mundo e na existência; com eles temos aprendido
muito. Presente no dia a dia, nos sonhos, nas fantasias, nos mitos, nos contos, no folclore e
na arte, o animal é uma das imagens mais poderosas para o ser humano, tanto no mundo
externo como no interno.
Observálo em seu habitat natural evoca em nós um sentimento súbito e profundo de
5
respeito e encantamento. Neste mundo tão instável, a estabilidade da vida animal e o seu
comportamento são pontos importantes na relação do homem com o seu ambiente. Para se
compreender a si mesmo, o homem necessita de entender os animais e o seu significado.
O homem primitivo e a criança vivenciam os animais diretamente. Ao incorporar a
qualidade de um deles, a criança e o primitivo adotam essa qualidade, o que transforma o
10
animal num meio de entender o seu próprio pensamento.
Observase assim que a energia dos animais se manifesta simbolicamente como
diferentes forças no homem. Cada ser humano contém em si todos eles. Dentro de nós
estão o lobo, o carneiro, a onça, o cavalo. Cada um passa a ser um exemplo de
comportamentos: “bravo como uma onça”, “manso como um carneiro”, “lento como uma
15
tartaruga”, “esperto como uma raposa”. A mensagem característica de cada animal é uma
referência externa a um sentimento interno, que é trazido à vida pela observação e pela
mímica.
Observase, nas diferentes civilizações, que surgiram no decorrer da história da
93
humanidade, profundas transformações no modo de ver um mesmo animal. O gato, por
exemplo, sagrado e adorado no Egito, foi quase exterminado na Idade Média, por ter sido
20
associado a poderes demoníacos. O urso, objeto de afeto e proteção como “bichinho de
pelúcia”, era considerado em algumas culturas a encarnação do diabo.
Na história atual, só agora a humanidade vê a força da ligação entre o homem e os
animais e o seu significado.
Denise Gimenez Ramos, Os animais e a psique, volume 1,
25 Grupo Editorial Summus, 2005 (adaptado)
94
UNIDADE 6
À BOCA DE CENA
5. Une os elementos das colunas A e B, de acordo com o texto B.
A B
a) Os animais estão presentes na 1. coragem.
b) A estabilidade dos animais opõese à 2. serenidade.
c) O homem procura entender os animais, para 3. as forças no interior do homem.
d) Os animais simbolizam 4. literatura, pintura e outras artes.
e) O homem tem em si 5. constante mudança do ser humano.
f) A onça simboliza 6. astúcia.
g) O carneiro simboliza 7. se compreender a si próprio.
h) A tartaruga simboliza 8. lentidão.
i) A raposa simboliza 9. afetividade.
j) O urso simboliza 10. todos os animais.
6. Transcreve do texto B:
6.1 a palavra que significa “ambiente habitual e favorável”;
6.2 dois seres que sentem diretamente como os animais;
6.3 o nome do país onde o gato foi um animal sagrado.
7. Segundo o texto, o gato foi quase exterminado na Idade Média. Indica a razão para esse ato.
Responde, agora, ao que te é pedido sobre gramática.
8. No texto, podes ler: “Ao incorporar a qualidade de um deles, a criança e o primitivo adotam essa qualidade”.
(linhas 10 e 11)
8.1 Copia uma forma verbal não finita.
8.2 Classifica essa forma verbal.
9. Lê a frase: “Os animais são uma referência no mundo e na existência; com eles temos aprendido muito.” (linhas
1 e 2)
Copia d frase:
9.1 uma forma verbal composta;
9.2 um verbo auxiliar.
95
10. Lê a frase: “Na história atual, só agora a humanidade vê a força da ligação entre o homem e os animais e o seu
significado.” (linhas 25 e 26)
10.1 Copia, desta frase, um nome antecedido de determinante.
10.2 Copia um nome coletivo.
A B
TESTE 6
11. Reescreve a frase “Cada um passa a ser um exemplo de comportamentos”, usando o verbo sublinhado no:
a) pretérito perfeito simples; b) pretérito maisqueperfeito composto.
12. Identifica o sujeito e o predicado das seguintes frases:
a) O gato é hoje um animal de estimação.
b) Nunca vi uma onça.
c) O homem primitivo e a criança vivenciam os animais diretamente.
13. Completa as frases seguintes com diferentes verbos auxiliares dos tempos compostos:
a) Os animais ______________ atraído a humanidade desde o princípio dos tempos.
b) Aquele rapaz ______________ adotado o gato como o seu animal interior.
14. De acordo com o texto B, completa as frases seguintes, acrescentando um complemento direto:
a) Os animais dãonos ______________.
b) O homem primitivo incorpora ______________.
c) O urso simboliza ______________.
II
Escuta o texto C e escreve a resposta aos dados seguintes.
1. Nome do gato. 6. Locais onde os gatos estacionavam.
2. Dois traços físicos do gato. 7. Motivo de uma luta que se travou.
3. Desporto praticado pelo gato. 8. Vencedor dessa luta.
4. Nome da companhia de gatos. 9. Consequência dessa vitória.
5. O que fazia a companhia dos gatos. 10. Objeto com que alisou os bigodes.
III
“Com o seu pelo malhado/e os seus saltos matreiros/lá criou uma companhia/de gatos mosqueteiros.”
96
(O Gato D’ Artagnan, Cantigas da Arca de Noé, Carlos Alberto e Lúcia Moniz)
Imagina o diálogo entre estes gatos, para formar uma companhia. Escreveo, sob a forma de
texto dramático, considerando os seguintes aspetos:
• didascália inicial;
• apresentação de cada um ao grupo;
• definição dos objetivos do grupo;
• os planos para o futuro;
• jura de fidelidade ao grupo.
Escreve um texto entre 25 e 30 linhas.
97
SOLUÇÕES
98
NOTAS INTRODUTÓRIAS:
• Na grelha de classificação do Grupo II, apresentase níveis por número de respostas certas.
• No Grupo III, A a H correspondem aos parâmetros que constam na p. 80.
UNIDADE 1 – TESTE 1 (A)
TEXTO C (áudio)
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o agricultor e sua
esposa a abrir um pacote. Pensou logo no tipo de comida que
estaria dentro dele. Ao descobrir que era uma ratoeira, ficou
aterrorizado. Correu ao pátio da quinta, avisando todos:
– Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!
A galinha disse:
– Desculpeme, Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande
problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me
incomoda.
O rato foi até junto do porco e disse: 4. O aluno deve escrever dois adjetivos que caraterizem o estado
– Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira! de espírito do rato da cidade; por exemplo: “desiludido” e
– Desculpeme, Sr. Rato – disse o porco – mas não há nada “medroso”.
que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que o Sr. será 5. b, d, e, c, g, a, f
lembrado nas minhas orações. 6.1 Nargis; 6.2 Birmânia; 6.3 O regime militar de Myanmar.
O rato dirigiuse até à vaca. E ela respondeulhe: 7. O governo de Myanmar teve 50 anos para se preparar, mas
– O quê? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho não solucionou o problema.
que não! 8. Por exemplo: “Vou fazer um regime de emagrecimento, antes
Então, o rato voltou para casa, abatido, para enfrentar a do verão”.
ratoeira. Naquela noite, ouviuse um barulho, como o da ratoeira 9. Roedores
apanhando a sua vítima. A mulher do agricultor correu para ver o 10. Artificial
que tinha sido apanhado. No escuro, ela não viu que a ratoeira
11.1 “o regime militar de Myanmar” – ele “o problema” – o
tinha fisgado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a
11.2 Pronomes pessoais
mulher… O agricultor levoua imediatamente ao hospital. Ela
12.1 “O bambu”; 12.2 “dá alimento aos ratos”.
voltou com febre. Já se sabe que, para alimentar alguém com
febre, nada melhor que uma canja de galinha. Por isso, o 13. a) Nomes: nutrientes, multiplicação, roedores, infestação
agricultor pegou no seu cutelo e foi em busca do ingrediente b) Adjetivos: rápida
principal. 13.1 Rapidíssima
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos
vieram visitála. Para alimentálos, o marido matou o porco. A II – 1. V, 2. F, 3. V, 4. F, 5. V, 6. F, 7. V, 8. F, 9. V, 10. F
mulher não melhorou e acabou por morrer. Vieram muitos III – cf. grelha na p. 80
familiares de longe para o funeral e o agricultor teve de sacrificar
a vaca, para os alimentar. GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO
“Na próxima vez que ouvir dizer que alguém está diante de
um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito,
lembrese de que, quando há uma ratoeira na casa, toda a quinta
GRUPO I 1.1 a 1.5 5X2=10
corre risco. O problema de um é um problema de todos.”
2 2X1=2
Fábula brasileira “O rato e o fazendeiro” (adaptada)
Texto A 3 3
Leitura
CENÁRIOS DE RESPOSTA (resposta 4 2X1=2
25%
I fechada) 5 3
1.1 b), 1.2 d), 1.3 c), 1.4 c), 1.5 b). 6 3X1=3
2.1 “O rato da cidade, que sabia o costume da casa, fugiu logo”.
7 2
2.2 “O outro rato, porque não sabia o costume, ficou paralisado
de surpresa”. Texto B Gramática 8 3
3. O costume de perseguir os ratos, para os matar, quando os (resposta 25% 9 3
apanham na cozinha. fechada)
10 2
99
11 3X2=6 B 3
12 2X2=4 C 3
13 5X1=5 D 3
13.1 2 Composição 24% E 3
12 10 F 3
GRUPO II Comp. do
35 15 G 3
Texto C Oral
68 20 H 3
(resposta fechada) 26%
910 26
GRUPO III Escrita A 3
SOLUÇÕES
UNIDADE 1 – TESTE 1 (B) Nessa altura, alguns animais resolveram abandonar a reunião,
convencidos de que o Coelho falara verdade. Pouco depois
TEXTO C (áudio) chegou o Elefante.
Um coelho andava certo dia a passear na floresta – Então, os outros ainda não chegaram? – perguntou ele.
quandoencontrou, à sombra de uma árvore, um grande – Pelo contrário! – informou o macaco. – Já cá estiveram,
ajuntamentode animais. Curioso, aproximouse do grupo e mas foramse embora!
perguntou: – Embora, porquê?! – surpreendeuse o Elefante.
– Que se passa, amigos? Há alguma novidade? – Porque o Coelho afirmou que tu não eras o nosso chefe,
– Estamos aqui reunidos para resolver um problema! – mas sim o seu criado particular!
respondeulhe uma tartaruga que estava sentada entre umcágado – Pois irei buscar o Coelho hoje mesmo, para que desminta
e um macaco. aquilo que disse! – exclamou o Elefante, bastante irritado.
– E já o resolveram? – quis saber o Coelho. O Coelho, porém, esperto como era, assim que pressentiu as
– Ainda não. – explicou o cágado. – Aguardamos a chegada passadas do Elefante perto de casa, saiu para a rua, deitou se
do nosso chefe, para depois o resolvermos! sobre uma esteira e começou a gemer como se estivesse muito
– E quem é o vosso chefe? – tornou o Coelho. doente.
– O nosso chefe é o Elefante! – informou um lagarto que Chegado junto dele, o Elefante ordenou, numa voz muito
fazia parte do grupo. zangada:
– O Elefante?! – espantouse o Coelho, dando um salto. – Levantate e vem imediatamente comigo! Tens de dizer a
– Ele mesmo! – confirmou o Macaco, fazendo com a cabeça todos os animais da floresta que mentiste e que não sou teu
um sinal afirmativo. criado particular!
– Não posso acreditar! É impossível! – quase gritou o – Oh! Querido amigo! Eu estou muito mal! Estou a morrer! –
Coelho, arrebitando muito as suas orelhas. queixouse o Coelho numa voz sumida e arrastada.
Ao vêlo tão agitado, a Tartaruga perguntou: – Lamento muito, mas tens que vir comigo! – teimou o
– Passase alguma coisa, Sr. Coelho? Elefante.
– Passase, sim, D. Tartaruga! – respondeu o Coelho, muito – Não te zangues! Isso foi só uma pequena brincadeira! E eu
solene. – Passase que o Elefante não pode ser o vosso chefe, estou muito mal! – volveu ele cheio de manha.
porque é o meu criado particular! – Já te disse! Levantate e vem comigo! – insistiu o Elefante,
– É mentira! É mentira! – exclamaram ao mesmo tempo cada vez mais zangado.
todos os animais. – Não posso! Não consigo nem pôrme em pé! Só se tu me
– É verdade! O Elefante é o meu criado particular! – teimou levares às costas!
o coelho, arrebitando ainda mais as orelhas compridas. – Seja! Levarteei às costas! – concordou o outro.
– O Elefante é um animal sensato, inteligente e o maior da – Nesse caso, dáme a minha camisa nova, que está sobre a
floresta! Não pode ser criado particular de um pequeno Coelho cadeira!
como tu! – interrompeu o GatoBravo, com ar de poucos amigos. O Elefante meteu a tromba pela porta e deulhe a camisa.
– Pois fica sabendo que ele até me leva às costas sempre que – Já agora, dáme também as calças novas e os sapatos
me apetece dar um passeio mais longe! – replicou o Coelho, novos! Se eu morrer pelo caminho, quero estar vestido com as
cheio de importância. minhas melhores roupas!
– Nesse caso, prova o que afirmas! – desafiou o Lagarto. O Elefante assim fez.
– Prováloei mais depressa do que imaginam! – retorquiu o Quando já estava calçado e vestido, o Coelho subiu
Coelho, afastandose todo empertigado. devagarinho para as costas do Elefante. Nessa altura pediu numa
voz ainda mais fraca:
100
– Amigo, dáme a sombrinha! Está muito sol e eu posso não Mas o Coelho, matreiro como poucos, deu uma corrida tão
aguentar o calor e morrer antes de chegar junto aos outros! veloz que o Elefante o perdeu de vista! Contam os animais da
O Elefante pegou na sombrinha com a tromba e entregoua floresta, depois de saberem a verdade, que o Elefante ainda por lá
ao Coelho. Depois disto puseramse a caminho. Bem repimpado anda, à procura do maroto do Coelho, para lhe pedir contas de tão
sobre o dorso do Elefante, o Coelho, mal viu que se grande partida.
aproximavam do grupo dos animais, tomou uma posição “O Coelho e o Elefante” in Os Mais Belos Contos
importante, espetou o focinho e pôs um ar cheio de satisfação. de Todo o Mundo I, EuropaAmérica
Ao vêlo às costas do Elefante, debaixo da sombrinha e muito
bem vestido, os outros bichos, cheios de espanto, puseramse a CENÁRIOS DE RESPOSTA
cochichar: I
– É verdade! É verdade! O Elefante é o criado particular do 1.1 d); 1.2 c); 1.3 c); 1.4 a); 1.5 d).
Coelho! 2.1 “Procura ajuda noutro lado.”
Assim, mal os dois pararam junto deles, o Coelho saltou ágil 2.2 “Eu irei contigo à cabra malvada.”
para o chão, apontou o Elefante, que, de tão espantado, nem 3. O galo costuma cantar ao nascer do sol.
conseguia falar, e disse:
4. O aluno deve escrever dois adjetivos que caracterizem o estado
– Aqui está a prova do que afirmei! E agora, acreditam ou
de espírito do coelho; por exemplo: “desanimado” e
não que o Elefante é o meu criado particular?
“medroso”.
– Acreditamos! Acreditamos! – gritaram os animais às
5. a) F, b) F, c) V, d) V, e) F, f) V, g) V.
gargalhadas.
6.1 Gordon Marshall
Descobrindo finalmente a maroteira, o Elefante, mais
zangado do que nunca, esticou a tromba para agarrar o mentiroso. 6.2 National Geographic
6.3 Worcest
101
SOLUÇÕES
7. A lei local obrigava a abater os coelhos gigantes, por serem 35 15
muito agressivos. Texto C Oral
68 20
8. Por exemplo: “A doença do seu cão deixouo muito abatido.” (resposta fechada) 26%
9. Representante 910 26
10. Anões A 3
11.1 “Um agricultor” – ele; “à polícia” – lhe B 3
11.2 Pronomes pessoais
C 3
12.1 “os agricultores”
12.2 “observaram o coelho gigante” GRUPO III Escrita D 3
13. a) Nomes: coelhos, animais, aldeia, Inglaterra Composição 24% E 3
Adjetivos: pequenos, local F 3
14. “pequenos”: grau comparativo de superioridade; “local”: grau
G 3
normal
15. “Os coelhos viviam com os seus donos numa loja em H 3
Worcester.”
II
1. uma reunião
UNIDADE 2 – TESTE 2 (A)
2. o Elefante
3. era seu criado TEXTO C (áudio)
4. o Elefante era muito maior que o Coelho
Depois de muita discussão, chegámos à conclusão de que
5. provar que o Elefante era seu criado
seria melhor contarmos histórias. Foi então que ouvi a história do
6. ficou muito zangado e foi procurar o Coelho homem do saco.
7. fingiuse moribundo/doente Era uma família de três irmãos, o pai e a mãe. Moravam
8. o ajudou a vestir e calçar, lhe fez sombra e o levou às costas numa residência muito graciosa. Não lhes era permitido juntarse
9. acreditaram no Coelho aos garotos que brincavam na rua.
10. anda na floresta, à procura do Coelho (para se vingar). – Porquê?
– Bem, não sei muito bem, mas o pai era uma pessoa muito
III – cf. grelha na p. 80 diferente dos outros pais. Nunca ninguém ia brincar lá em casa e
GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO as portas e as janelas raramente se abriam. Às vezes podia
perceberse que havia alguém por trás da janela a espiar, mas
1.1 a 1.5 5X2=10 nada mais se sabia. Tinham um cachorro grande, muito feio, que
rondava a casa dia e noite, e nunca ladrava. Naquele tempo
2 2X1=2
recebiase carvão em casa e pedras de gelo para o congelador e
Texto A 3 3 até mesmo leite em garrafas especiais.
Leitura
(resposta 4 2X1=2 O gelo chegava numa carrocinha, e era lançado porta adentro.
25% O leite ficava no portão do lado de fora da casa.
fechada) 5 3
– Espera um pouco, ninguém o levava?
6 3X1=3 – Não, nunca soube disso.
7 2 – Mas, continuando, o carvão vinha em sacos especiais.
– Um homem traz o saco às costas e fica à espera, se saires
GRUPO I 8 2
ele agarra em ti e levate embora dentro do saco. Ele é o homem
9 2 do saco.
10 2 O pobre coitado estava ali ouvindo, atónito! Credo, como
Texto B alguém pode dizer uma coisa destas para uma criança? – pensou.
Gramática 11 2X2=4 Voltou para a carvoaria e, no final do dia, depois de um bom
(resposta
25% 12 6X2=12 banho, foi falar com o delegado da cidade. Narroulhe todos os
fechada)
factos, e os dois foram até a casa. Bateram na porta, bateram e
13 2
nada de abrirem.
14 1 Finalmente, depois de muita insistência, apareceu o dono da
15 10 casa. O delegado passoulhe um corretivo e à mulher dele
também. Chamaram as crianças e apresentaram o homem do saco
GRUPO II Comp. do 12 10
com todas as verdades. Daí em diante, aquela casa ficou sendo
102
chamada de “a casa do homem do saco”. Até hoje ainda existem 5. a) 2, b) 4, c) 1, d) 7, e) 6, f) 3, g) 5.
pessoas que gostam de assustar crianças com isto: Um, dois, 6. 1 Parque Verde.
três... / O último que ficar, / O homem do saco vai levar... 6.2 17 anos.
6.3 “Durante cerca de quatro horas, uma equipa de cinco
Marlene B. Cerviglieri, O homem do saco
mergulhadores dos Bombeiros Sapadores de Coimbra
procurou ontem, sem sucesso, o corpo, que só veio hoje a ser
CENÁRIOS DE RESPOSTA
encontrado no reatamento das operações de busca.”
I 7. Tomava banho no rio.
8. Mondego.
1.1 a); 1.2 d); 1.3 a); 1.4 c).
9. Metros, amigos.
2.1 Foi apanhar lenha.
10. Desaparecer.
2.2 Foi nadar.
11.1 Pretérito perfeito.
3.1 Na areia, porque a frase falava de algo que não merecia ser
11.2 Pretérito imperfeito.
lembrado durante muito tempo; na pedra, porque era uma
ideia importante, a não esquecer.
4. Por exemplo: admirado e ofendido.
SOLUÇÕES
12. Amigo, tem cuidado, que já muitos jovens se afogararam em E 3
rios e lagoas. F 3
13.1 Naquele dia, mais um jovem perdeu a vida num rio.
G 3
13.2 Já antes disso, mais um jovem tinha perdido a vida num rio.
H 3
14. a) Procurar, encontrar; b) Vir.
15. O adolescente tinha desaparecido na tarde de sábado no rio UNIDADE 2 – TESTE 2 (B)
Mondego. TEXTO C (áudio)
II – 1. F, 2. V, 3. F, 4. F, 5. F, 6. V, 7. V, 8. F, 9. V, 10. F. Havendo a lei de Moisés autorizado que se comessem, dentre
III – cf. grelha na p. 80 os animais habitantes das águas, aqueles providos de barbatanas,
o pobre pescador, ao divisar uma baleia, dispôsse a ingerila.
1.1 a 1.5 4X2,5=10 Guardaria em seu casebre o que sobrasse da refeição, e devia ser
2 2X1=2 muito, para ulterior aproveitamento.
A baleia, aparentando ser de boa índole, mostrouse disposta
Texto A 3 3
Leitura a satisfazêlo, mediante contrato. Ela também sentia fome, e por
(resposta 4 2X1=2
25% isso começaria a comer o pescador, que, já no seu ventre, a iria
fechada) 5 3 comendo pouco a pouco. A proposta foi aceite, e o animal,
6 3X1=3 atenciosamente, evitou mastigar a carne do contratante, que, por
7 2 sua vez, prometeu ser gentil na manducação interna.
O ventre da baleia era tenebroso, atravancado de volumes
GRUPO I 8 3
que incomodavam o pescador. Eram formas que se moviam, e ele
9 2 distinguiu entre elas seres vivos, homens e peixes ansioso por
10 3 libertação. Estavam todos reduzidos a cativeiro por haverem
Texto B prestado fé à palavra da baleia. O pescador percebeu que devia
Gramática 11 2X2=4
(resposta incorporarse ao grupo na tentativa de buscar o caminho de saída,
25% 12 2X1=2
fechada) fosse ele qual fosse. Mas os que estavam lá dentro havia muito
13 3X2=6
tempo, declarandose sem forças para agir, acharam de bom
14 2X2=4 aviso devorar o pescador, para que melhor enfrentassem a situação.
15 3 O que foi feito, apesar de seus protestos.
12 10 Carlos Drummond de Andrade, “No interior da baleia”
GRUPO II Comp. do in Contos plausíveis
35 15
Texto C Oral CENÁRIOS DE RESPOSTA
68 20
(resposta fechada) 26% I
910 26
1.1 a), 1.2 c), 1.3 b), 1.4 c), 1.5 d).
GRUPO III Escrita A 3
2.1 “D. Afonso III corria o reino a exigir vassalagem dos
Composição 24% B 3
súbditos de seu irmão D. Sancho II, o Rei de Portugal que o
C 3 Papa depusera e que se encontrava em Toledo banido e
D 3 refugiado.”
103
2.2 “Eu tenho determinado perseverar na defensão até expresso 1.1 a 1.5 5X2=10
mandado seu (…)”. 2 2X1=2
3. A ideia era enviar um grande peixe ao rei, para ele pensar que
Texto A 3 3
dentro das muralhas havia muitos mantimentos. Leitura
(resposta 4 2X1=2
4. Por exemplo: dececionado e desmotivado. 25%
fechada) 5 3
5. a) 3, b) 6, c) 2, d) 4, e) 5, f) 9, g) 8.
6.1 Minas Gerais; 6.2 Jaíba; 6.3 Joseph Tosi. 6 3X1=3
7. Estes animais têm um parentesco pouco comum. GRUPO I 7 2
8.1 Sancho. 8 2X3=6
8.2 Resistência, voz. 9 2X1=2
8.3 “Culpai a minha resistência para sustentar a voz de elrei D. Texto B
Gramática 10 2
Sancho”. (resposta
25% 11 2X2=4
9.1 Pretérito perfeito. fechada)
12 2X4=8
9.2 Pretérito maisqueperfeito.
10. Pôr 13 3
11.1 Nesse momento chama Gomes Viegas. 12 10
GRUPO II Comp. do
11.2 Já na semana anterior tinha chamado por Gomes Viegas. 35 15
Texto C Oral
12.1 Deixar, chamar, entregar. 68 20
(resposta fechada) 26%
12.2 Dizer. 910 26
12.3 Vai, entrega.
A 3
12.4 Deixou, chamou, disse.
B 3
13. “Fernão Rodrigues Pacheco mantinha fidelidade absoluta ao
C 3
preito e menagem que tinha jurado a D. Sancho”.
GRUPO III Escrita D 3
II – 1. V, 2. F, 3. V, 4. F, 5. F, 6. V, 7. V, 8. V, 9. F, 10. F. Composição 24% E 3
III – cf. grelha na p. 80 F 3
G 3
GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO
H 3
SOLUÇÕES
UNIDADE 3 – TESTE 3 (A) competições por equipas, disputadas por três cavalos por equipa,
existem nove obstáculos para um percurso de 3 x 350 metros.
TEXTO C (áudio) Num percurso de 12 obstáculos deverá existir um composto de
Desde sempre o homem utilizou o cavalo em trabalhos no dois obstáculos (duplo), um composto de três obstáculos (triplo);
campo e foi desta "relação laboral" que nasceu o hipismo por num percurso de nove obstáculos deverá existir, ou um duplo, ou
volta de 1500. Apesar de existirem muito poucos dados sobre as um triplo. Quanto à competição por equipas não pode haver
suas origens, é geralmente aceite a versão do lavrador. compostos.
Este, ao constatar que à terçafeira, depois do dia de Portugal já conquistou por três vezes uma medalha olímpica
descanso, o cavalo não tinha tanto rendimento, percebeu que o de bronze. A primeira foi em 1924, nos Jogos Olímpicos de
cavalo não devia parar e que precisava de manutenção para Paris, oito anos depois, também na disciplina de obstáculos, veio
manter a sua condição física. Estavam formadas as bases do a consagração em Berlim e, finalmente, em 1948, nas olimpíadas
hipismo, praticado principalmente nos países do Norte da de Londres, os cavaleiros e os cavalos portugueses foram
Europa, onde os cavalos eram mais utilizados. medalhados pela última vez com o bronze, na modalidade de
Do hipismo fazem parte três disciplinas olímpicas – salto de ensino. Ainda assim, Portugal obteve o 4.° lugar por equipas no
obstáculos, ensino e concurso completo de cavalos – e ainda Concurso Completo de Equitação em Helsínquia, em 1952, e, no
raides (uma prova de resistência equestre), horseball e atrelagem palmarés nacional, figuram igualmente as classificações
(carroças puxadas por cavalos). individuais de Henrique Calado, em Helsínquia, em 1956, que
As provas mais famosas e mediáticas são as de salto de ficou em 7.° lugar em obstáculos, de Reymão Nogueira, em
obstáculos. Nas competições individuais (categoria A), nas finais Roma, em 1960, com o 10.° lugar em ensino e de Duarte Silva,
e tradicionais, existem 12 obstáculos, a uma altura máxima de em Tóquio, em 1964, com um 5.° lugar em obstáculos.
1,20 metros, e o percurso é de 350 a 400 metros. Nas semifinais o O hipismo português tinha naquela altura uma das melhores
percurso é igualmente de 350 metros, mas há apenas nove escolas equestres de base militar do mundo, mas entrou depois
obstáculos e a sua altura máxima é de 1,10 metros. Nas em estagnação. Os dois melhores cavaleiros portugueses da
atualidade na disciplina olímpica de obstáculos são o Miguel
104
Bravo (119.° lugar do ranking mundial de obstáculos da Canaveses e a APSL; c) Prova de Ensino; d) Prova de
Federação Equestre Internacional – FEI) e o Miguel Faria Leal Maneabilidade; e) APSL; f) a final nacional; g) das tradições
(220.° lugar do ranking mundial de obstáculos da FEI) e vivem portuguesas.
fora do País, na Irlanda e em França, respetivamente. É que os 6.1 Marco de Canaveses
cavalos lusitanos, apesar de serem muito requisitados em feiras 6.2 Juvenis, juniores, cavalos debutantes
internacionais, são muito duros e pouco hábeis para o salto de
6.3 Purosangue lusitano
obstáculos. No ranking mundial de raides estão também
7. Promovendo os cavalos purosangue lusitano, os trajes, os
presentes alguns cavaleiros portugueses.
arreios e a equitação de raiz portuguesa.
Recentemente foi introduzida em Portugal uma variante do
8. Presente do indicativo.
hipismo, a hipoterapia, ou equitação adaptada, que se destina ao
tratamento de deficientes físicos ou mentais, através do contacto 9.1 Por exemplo: … evento muito singular.
com os cavalos. 9.2 Por exemplo: “Quando poderei ir a Santo Isidoro, no Marco
Hipismo, in Infopédia – Porto Editora, 20032011 de Canaveses, deliciarme com o encanto dos cavalos puro
(acedido em maio de 2013) sangue Lusitano?”.
10.1 Advérbio interrogativo.
10.2 Vou.
CENÁRIOS DE RESPOSTA 11. Por exemplo: “Os cavaleiros devem, cuidadosamente, efetuar
[correções] no seu trabalho.”
I
12.1 “Vem descobrir Santo Isidoro, (…), terra de tradições
1.1 b) hípicas, e deliciate com o encanto dos cavalos Purosangue
1.2 b) Lusitano”.
1.3 c) 12.2 Imperativo.
1.4 d) 13. de, de, de, para
1.5 c) 14. a) será; b) comprei; c) gostas.
2.1 “é muito feio ser desobediente”
2.2 “Ouvi dizer que amanhã me iam deitar a sela, fugi…” II – 1. 1500; 2. Versão do lavrador; 3. Norte da Europa; 4. Salto
3. Para evitar que lhe pusessem a sela e o obrigassem a trabalhar. de obstáculos, ensino, concurso completo de cavalos; 5.
4. Por exemplo: satisfeita e matreira. Raides, horseball, atrelagem; 6. 12; 7. 3; 8. Miguel Bravo /
5. a) os cavalos purosangue lusitano; b) C. M. de Marco de Miguel Faria Lea; 9. 5.º; 10. Hipoterapia
III – cf. grelha na p. 80
105
SOLUÇÕES
GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO Um dia, o Lenhador, muito exausto do trabalho e muito
cansado desses comentários, ao chegar em casa, viu a Raposa
1.1 a 1.5 5X2=10 sorrindo como sempre, mas a sua boca estava totalmente
2 2X1=2 ensanguentada...
Texto A 3 3 O Lenhador suou frio e, sem pensar duas vezes, acertou o
Leitura machado na cabeça da raposa...
(resposta 4 2X1=2
25% Porém, ao entrar no quarto, desesperado, encontrou o seu
fechada) 5 3
filho no berço, dormindo tranquilamente, e, ao lado do berço,
6 3X1=3 uma cobra morta...
7 2 O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos.
GRUPO I Se confias em alguém, não importa o que os outros pensem a
8 3
esse respeito, Segue sempre o teu caminho e não te deixes
9 2X2=4
influenciar...
Texto B 10 2X2=4 E, principalmente, não tomes decisões precipitadas...
Gramática
(resposta 11 2 Popular
25%
fechada) 12 2X3=6 CENÁRIOS DE RESPOSTA
13 3X1=3 I
14 3X1=3 1.1 c), 1.2 b), 1.3 c), 1.4 a), 1.5 c).
12 10 2.1 “O papagaio respondeu movendo suavemente a cabeça de um
GRUPO II Comp. do lado para o outro, voou até ao chão, avançou uns passos,
35 15
Texto C Oral voltou para ver se a senhora Gage o seguia e regressou ao
68 20
(resposta fechada) 26% parapeito (…)”.
910 26 2.2 “Abriu a janela, acenou a cabeça várias vezes e disselhe que
A 3 entrasse.”
B 3 3. Por exemplo: “O papagaio parecia conhecer perfeitamente o
C 3 caminho (…)”.
4. Por exemplo: curiosa, interessada.
GRUPO III Escrita D 3
5. a) V, b) F, c) F, d) F, e) F, f) V, g) F.
Composição 24% E 3
6.1 Cornell, Califórnia.
F 3
6.2 1998
G 3 6.3 Forpus conspicillatus.
H 3 7. Os elementos de cada casal dão nomes com sons semelhantes
um ao outro e são eles também que dão os nomes às suas crias.
UNIDADE 3 – TESTE 3 (B)
Estas, por sua vez, aprender a responder a esses nomes.
TEXTO C (áudio) 8.1 Dirigiam.
8.2 Permitiu, modificaram.
Existiu um Lenhador viúvo que acordava às seis da manhã,
8.3 Tinham sido.
trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava à noite, já
9.1 De
bem tarde.
Tinha um filho lindo, de poucos meses, e uma raposa, sua 9.2 Pouco
amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. 10.1 Advérbio interrogativo.
Todos os dias o Lenhador ia trabalhar e deixava a raposa a 10.2 Tratase, habita, possuem.
cuidar do seu filho. 11. Por exemplo: “estes resultados revelam bem que os
Todas as noites, ao vêlo retornar do trabalho, a raposa ficava progenitors (…)”
feliz com a sua chegada. 12. Por exemplo: “Eu chamarei o papagaio pelo seu nome.”
No entanto, os vizinhos do Lenhador alertavamno, dizendo 13. de, entre, de, com, durante, de
que a Raposa era um bicho, um animal selvagem, e portando, não 14. a) dá; b) mostraram; c) descobrirá.
era confiável. Quando ela sentisse fome, comeria a criança.
II – 1. F, 2. V, 3. F, 4. F, 5. F, 6. V, 7. F, 8. V, 9. F, 10. V.
O Lenhador respondia que isso era uma grande tolice.
A raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos III – cf. grelha na p. 80
insistiam: GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO
– Lenhador, abra os olhos! A Raposa vai comer o seu filho.
– Quando sentir fome, comerá o seu filho! GRUPO I Texto A Leitura 1.1 a 1.5 5X2=10
106
2 2X1=2 12 10
GRUPO II Comp. do
3 3 35 15
Texto C Oral
(resposta 4 2X1=2 68 20
25% (resposta fechada) 26%
fechada) 5 3 910 26
6 3X1=3 A 3
7 2 B 3
8 3 C 3
9 3 GRUPO III Escrita D 3
Texto B 10 2 Composição 24% E 3
Gramática
(resposta 11 3X2=6 F 3
25%
fechada) 12 2X2=4 G 3
13 5X1=5 H 3
4 2
SOLUÇÕES
UNIDADE 4 – TESTE 4 (A) vasilha e encherei uma com azeite. – decidiu o chefe dos ladrões.
E lá foram de cidade em cidade, consoante o plano que o chefe
TEXTO C (áudio) tinha forjado, até que chegaram a casa de Kasim e o
Há muito, muito tempo, numa cidade lá para os lados do reconheceram. De imediato, o chefe lhe pediu alojamento, ao que
Oriente, vivia Ali Babá, que ganhava a vida comprando e este anuiu, sem desconfiar de nada.
vendendo coisas nas aldeias próximas à sua. Uma bela tarde, ao Mas durante o jantar a criada Frahazada, ao passar junto das
regressar a casa, viu uma longa caravana de quarenta homens vasilhas, ouviu os ladrões a cochicharem:
carregados com grandes caixas, que puseram no chão ao – Estejam preparados, aproximase o momento de os
chegarem junto a uma rocha. Então, espantadíssimo, Ali Babá agarrarmos!
viu o chefe aproximarse da parede rochosa e gritar: Frahazada correu a contar a Ali Babá a estranha coisa que
– Abrete Sésamo! tinha ouvido. Resolveram então ferver um alguidar de azeite e
Como que por milagre, abriuse uma grande fenda na rocha e despejálo em cada pote onde se escondiam os malvados ladrões.
apareceu uma enorme gruta, no interior da qual os homens Estes fugiram aterrorizados, com exceção do chefe, que foi preso
depositaram as caixas e saíram. e entregue aos guardas do rei.
– Fechate Sésamo! – gritou o chefe. Kasim, agradecido, comprometeuse a dar metade da sua
A parede voltou a fecharse e foramse embora. fortuna ao irmão.
Quando Ali Babá viu que os homens já iam longe, correu – Agradeçote, mas apenas quero 1/4 para mim. O restante
para a grande rocha e gritou: pertence a Frahazada, com quem me vou casar!
– Abrete Sésamo!
http://sotaodaines.chrome.pt/
Entrou na gruta e viu, espantado, que ela albergava um
(acedido em maio de 2013)
precioso tesouro, proveniente dos roubos que os homens vinham
praticando nas cidades da região. Então carregou o que pôde num
CENÁRIOS DE RESPOSTA
saco e voltou para casa. No dia seguinte, pedindo segredo, contou
tudo ao seu irmão mais velho, Kasim. I
Logo que a noite caiu, Kasim, sem dizer nada a ninguém,
colocou os arreios e alguns sacos nas mulas e dirigiuse à gruta, 1.1 a) 3; b) 5; c) 1; d) 2; e) 4.
sonhando durante todo o percurso que era muito, mas mesmo 2.1 “Aproximouse de Aladino e disse que era irmão de seu
muito rico. Porém, quando tinha os sacos quase todos cheios, os falecido pai e vinha para o ajudar” / “levou Aladino a dar um
ladrões regressaram para guardar mais coisas roubadas e, ao passeio pelas montanhas”
veremno, condenaramno a ficar fechado na gruta. Preocupado 2.2 “O feiticeiro ficou tão furioso que fechou a entrada da gruta,
com o desaparecimento do irmão, e lembrandose da conversa deixando Aladino preso”
que tivera, Ali Babá decidiu ir procurálo à gruta. Logo que 3. Ficar com a lâmpada mágica.
entrou, viuo atado de pés e mãos, jogado a um canto.
4. Por exemplo: surpreendido e fascinado.
Desamarrouo e foramse embora correndo, por entre juras de
nunca mais ali voltarem. Porém, quando os ladrões regressaram à 5. a) 3; b) 5; c) 1; d) 2; e) 6; f) 1; g ) 10.
gruta e viram que o prisioneiro se tinha evadido, logo pensaram 6.1 Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
numa maneira de o apanharem e a quem o ajudou. 6.2 standby
– Farmeei passar por mercador e irei bater de porta em 6.3 bihorária
porta em todas as cidades em redor. Porei um de vós em cada
7. Desconfigura os canais televisivos.
107
8. Preposições. 7 2
9. a) incandescentes, economizadoras 8 1
b) segundo, de, por, em 9 7X1=7
c) cinco
Texto B 10 2
10. Palavra derivada por prefixação. Gramática
(resposta 11 3X2=6
11.1 Poupada; 11.2 Grau normal; 11.3 A família Silva é 25%
fechada) 12 2
poupadíssima.
13 3X1=3
12. … mais poupada (do) que…
14 2X2=4
13. a) para; b) com, em; c) durante.
14.1 A 2.ª vírgula; 14.2 Não se pode usar vírgula entre sujeitoe 12 10
GRUPO II Comp. do
predicado. 35 15
Texto C Oral
68 20
II – a), f), b), e), h), j), i), g), c), d). (resposta fechada) 26%
910 26
III – cf. grelha na p. 80
A 3
GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO B 3
C 3
1.1 a 1.5 5X2=10 GRUPO III Escrita D 3
2 2X1=2 Composição 24% E 3
Texto A
Leitura 3 3 F 3
GRUPO I (resposta
25% 4 2X1=2 G 3
fechada)
5 3 H 3
6 3X1=3
SOLUÇÕES
UNIDADE 4 – TESTE 4 (B) Também encontrou o Sassá à porta de sua casa! Sim, já era
adulto e estava à porta do prédio. Enroscouse nas minhas pernas,
TEXTO C (áudio) a ronronar. Abri a porta e ele entrou. Chamei o elevador e ele
A pintora Teresa Trigalhos adora gatos e estes sabemno aguardou aos meus pés. Entrei no elevador e ele entrou também.
bem. Tão bem que são eles quem escolhem Teresa e a procuram Subimos ao andar, abri a porta de casa e ele entrou. Entrou e
para com ela viver. Assim mesmo. Todos eles, Sassá, Periquita e ficou até hoje. E entrou como se lá vivesse desde sempre e
Mia, surgiram quase sempre de livre e espontânea vontade na integrouse e foi aceite pelos meus outros gatos como se fossem a
casa da artista plástica, rondando o seu espaço físico e afetivo e sua família de sempre. O que é que eu havia de fazer? Tinha de
nele entrando sem cerimónias, como que reconhecendo o seu ficar com ele.
próprio lugar. (…) O Periquita foi o último dos gatos a chegar. Esse, descobri o
De alguma forma, os nomes acabam por revelar traços de no jardim, onde fui atraída pelo barulho do Sassá com quem
personalidade. Por ventura, sim. O Mia sempre miou muito, é o trocava algumas altercações. Era só barulho, mas separei os e,
mais comunicativo, um verdadeiro sindicalista. É ele quem fala para que o Sassá não lhe fizesse mal, peguei no pequeno estranho
pelo grupo e é também o que tem o miar mais expressive com ao colo e logo ele me abraçou com ambas as patas à volta do meu
cambiantes e tonalidades que eu já reconheço. Sei exatamente o pescoço. (…)
que é que ele me está a pedir. Sempre teve gatos? Sempre, desde criança e sou,
Sei que é aquele que está consigo há mais tempo. Eu ainda inequivocamente uma pessoa de gatos, são uma âncora afetiva na
vivia na minha antiga casa e ele foi colocado à porta do prédio. minha vida. O que não implica que não tenha tido de tudo um
Imaginei que teria sido deixado por alguém que sabia que eu pouco, desde cabras anãs, gansos, patos… Até um pombo já me
tinha gatos e claro que tive de o adotar. Não se resiste! (...) veio parar às mãos. Apareceume – como tudo me aparece na
Não receia que os gatos arranhem os seus quadros, ou se vida – desamparado, abandonado e doente. Até uma gripe o
rocem nas telas enquanto secam? Nunca nenhum dos meus gatos pobre tinha. Trateio e liberteio. (…)
me estragou uma tela e elas secam no chão, encostadas à parede. Como é que surge uma cadela neste universo felino? A
Apenas uma vez, em que um avião da Força Aérea passou tão Bubby é a mais nova da família e também a única fêmea. Não
baixo que assustou o Periquita que me apareceu todo pintado. tenho noção dos anos, mas talvez já esteja connosco há uns
cinco, seis anos. (…)
108
Foi bem aceite pelos três gatos? O Periquita tratou das 5. a) Alergias, férias, nascimento de um filho, problemas de
apresentações e quando mudámos de casa, optei por não a ter comportamento, mau desempenho na caça, dificuldades
num canil e acolhêla em casa com os outros. Quando resolve económicas; b) 3 anos; c) 37 365; d) julho de 2008; e) 30%; f)
juntar atelier e este pequeno zoo, o Periquita chamou a si a tarefa Falta de fiscalização / incumprimento da lei; g) DireçãoGeral
de fazer com que todos fizessem as pazes. Durante o dia chegam de Veterinária /DGV.
a dormir todos juntos e enroscados. São todos muito inteligentes. 6.1 DN Portugal; 6.2 João Alvoeiro; 6.3 Sofia Almendra.
Sabem perfeitamente quando estou a pintar ou a vender e, nessas 7. A identificação eletrónica exigida pela legislação não é
alturas, não fazem barulho algum. E são todos muito meus cumprida.
amigos.
8.1 Mau; económicas; 8.2 Grau normal; 8.3 Masculino.
Sempre teve uma assoalhada inteira para eles? Tenho sempre
8.4 “Maus desempenhos na caça e dificuldades económicas”
um quarto para eles dormirem, porque tenho receio que vão às
9.1 Prefixação e sufixação; 9.2 sufixação.
tintas e morram.
Com a sua natureza de mãe adotiva quase por vocação, o que 10. Prefixo de negação.
faria se tivesse muito dinheiro? Se eu ficasse rica, mesmo muito 11. Desde, de, dos, na, ao.
rica, comprava um Jardim Zoológico e ia para lá viver, no meio 12.1 Os animais da rua são os mais infelizes.
dos bichos, onde também eu teria um espaço para pintar. 12.2 Os animais da rua são muito infelizes.
12.3 Os animais da rua são tão infelizes como os outros.
In revista Instinto 13. a) vírgula; b) ponto de interrogação, ponto final;
c) parênteses /dois travessões; d) ponto de exclamação;
CENÁRIOS DE RESPOSTA
e) dois pontos.
I 14. Por exemplo: O meu “Perdigueiro” é um cão inofensivo.
15.1 criminal/criminoso;15.2 criminosamente/criminalmente;
1.1 c); 1.2 d); 1.3 b); 1.4 a).
15.3. criminoso.
2.1 “O filho mais novo ficou muito triste porque o pai não tinha
sido justo para com ele.” II
2.2 “(…), em breve, eu provarei que sou de mais utilidade que
1. entrevista
um moinho e um burro.”
2. Senhora/ você
3. Impressionar o rei/levar o rei a pensar que o rapaz era rico.
3. feminino
4. Por exemplo: surpreendido e aliviado.
4. dormem todos juntos e enroscados/são muito inteligentes
109
SOLUÇÕES
110
2 2X1=2 12 10
GRUPO II Comp. do
3 3 35 15
Texto C Oral
(resposta 4 2X1=2 68 20
25% (resposta fechada) 26%
fechada) 5 3 910 26
6 3X1=3 A 3
7 2 B 3
8 2X2=4 C 3
9 2 GRUPO III Escrita D 3
10 2 Composição 24% E 3
Texto B
Gramática
(resposta 11 2X2=4 F 3
25%
fechada) 12 2X2=4 G 3
13 3 H 3
14 3X2=6
SOLUÇÕES
UNIDADE 5 – TESTE 5 (B) exercícios e jejum
para arrumar o melhor bumbum
TEXTO C (áudio) para comer só bufet
A sua lágrima caiu O príncipe amado dançar com você
por isso eu venho ajudar vão dançar ao luar
O seu pedido alguém ouviu mil canções vão cantar
princesa pode confiar que salão que emoção
[Fada Madrinha falando: Nossa como você está crescida. o seu príncipe é um amor
Fiona falando: Mas quem você é? muita flor, muita cor
Fada Madrinha
Fada Madrinha: Eu sou sua fada madrinha
(retirado do filme Shrek)
Fiona: Eu tenho uma fada madrinha?
Fada Madrinha: Não se preocupe querida, estou aqui para CENÁRIOS DE RESPOSTA
dar um jeito em tudo] I
Só com um
1.1 a) Rochedos, arvoredos, beira mar, fonte, debaixo da terra/
Toque do meu condão
grutas da serra; b) Por ex. serra/terra; c) Fazendo roda,
Não há mais preocupação
o seu príncipe logo vai surgir dobando meadas, cantando, fiando; d) Voa como uma ave; e)
com muito ouro a reluzir 12.
Vestido assim todo de Cetim 2.1 Dinheiro reluzente, joias, palácios, riqueza.
cristais reluzentes e jasmim 2.2 Talento, ciência, discernimento, graças, chiste, discrição.
não há mais porque se preocupar 3. A riqueza do seu vestir.
a sua madrinha vai te ajudar 4. O/A aluno(a) deve escrever dois adjetivos que caraterizem o
você vai ver sua estrela brilhar estado de espírito do(a) menino(a), por exemplo: deslumbrado(
a), feliz.
Irresistível, linda demais 5. a) V, b) F, c) V, d) V, e) F, f) F, g) F .
mil príncipes correndo atrás 6.1 Ratinho, 6.2 Fada dos dentes, 6.3 Toys’R’Us.
seu nome nunca vão esquecer 7. Custa menos pensar no imaginário do homem do saco do que
para um final feliz eles querem você no perigo verdadeiro de homens maus.
A carruagem que emoção
8.1 Determinante possessivo.
E um cocheiro bonitão
8.2 Por exemplo: “(…) foram as crianças que adaptaram a
os dentes mais brancos irão surgir
realidade à sua enorme imaginação?”
a celulite vai sumir
9. Por exemplo: “Aquelas crianças são fantásticas!”
e só para você tem um bicho ficê
10. Por exemplo: “Naquela noite, nasceulhe o Segundo dente.“
pó de arroz e batom 11.1 Alcateia.
a aparência que dá o tom 11.2 Encontrar.
111
11.3 Presente do indicativo. 9 3
12. Por exemplo: “Que figura imaginária eu gostaria de
10 3
encontrar? Esta, claro!”
13.1 Esse (resposta 11 3X2=6
25%
13.2 Tinha sido. fechada) 12 3
13.3 Diminutivo. 13 3X2=6
II – 1. triste; 2. ajudar; 3. príncipe; 4. magia; 5. coche; 13.1 10
6. dieta; 7. bonita; 8. igual; 9. madrinha; 10. aceita.
12 10
III – cf. grelha na p. 80 GRUPO II Comp. do
35 15
Texto C Oral
68 20
GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO (resposta fechada) 26%
910 26
A 3
GRUPO I 1.1 a 1.5 5X2=10 B 3
2 2X1=2 C 3
Texto A 3 3 GRUPO III Escrita D 3
Leitura
(resposta 4 2X1=2 Composição 24% E 3
25%
fechada) 5 3 F 3
6 3X1=3 G 3
7 2 H 3
Texto B Gramática 8 2X2=4
112
SOLUÇÕES
113
UNIDADE 6 – TESTE 6 (A) 9.1 tinham treinado
9.2 tinham
TEXTO C (áudio)
10.1 até, sob
Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir. 10.2 uma vénia
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir. 11.1 O debute tinha terminado à meia noite.
Numa outra brincadeira passam mesmo à beira, sempre sem 11.2 O debute terminara à meia noite.
falar. 12. a) O baile do Club Portuense – sujeito; acontece (…) anos
Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém 50 – predicado;
pensar.
b) O debute – sujeito; é uma tradição – predicado;
Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé.
c) O debute – sujeito, é também uma festa – predicado.
Ele lá lhe disse, a medo: "O meu nome é Pedro e o teu qual é?"
13. Sofia – vocativo; dá a mão ao pai – predicado; a mão –
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a
complemento direto; ao pai – complemento indireto.
Cinderela".
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela... 14. a) tinha/havia; b) tinham/haviam.
15. a) As meninas; b) Eu e a Maria; c) a sociedade.
(Refrão)
Então, II – 1. Louros; 2. Brincadeiras de escola; 3. Olhares e sorrisos;
Bate, bate coração! 4. Autocarro; 5. Pedro; 6. O seu primeiro amor; 7.
Louco, louco de ilusão! Cinderela; 8. Sonhou com a menina; 9. Andou à chuva;
A idade assim não tem valor. 10. Dão passeios, fazem planos e dividem a merenda.
Crescer,
Vai dar tempo p'ra aprender, III – cf. grelha na p. 80
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor. GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO
Cinderela das histórias, a avivar memórias, a deixar mistério.
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério. 1.1 a 1.5 5X2=10
Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou. 2 2X1=2
Com a cara assim molhada, ninguém deu por nada, ele até 3 3
Texto A
chorou... Leitura
(resposta 4 2X1=2
(Refrão) 25%
fechada) 5 3
E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos
6 3X1=3
planos.
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos. 7 2
GRUPO I
E, num desses bons momentos, houve sentimentos a falar por 8 2X1=2
si.
9 2X1=2
Ele pegou na mão dela: "Sabes Cinderela, eu gosto de ti..."
Texto B 10 2X2=4
(Refrão) Gramática
Carlos Paião, Cinderela (resposta 11 2X2=4
25%
fechada) 12 3x2=6
CENÁRIOS DE RESPOSTA
13 2X2=4
I 14 3X1=3
1.1 b); 1.2 b); 1.3. d); 1.4 c); 1.5 a). 12 10
2.1 “Mas que mania dos dourados!” GRUPO II Comp. do
35 15
2.2 “Oh pobre de ti… nem um par de jeans… nem uma Texto C Oral
68 20
camisolinha de caxemira… nem um par de sabrinas (resposta fechada) 26%
douradas…” 910 26
3. Por ir ao baile e conhecer o príncipe. GRUPO III Escrita A 3
4. Por exemplo: piedosa e solidária. Composição 24% B 3
5. a) V; b) F; c) F; d) V; e) V; f) F; g) V.
C 3
6.1 Invicta.
6.2 19751984. D 3
6.3 Club Portuense. E 3
7. Vestidas de branco, bem penteadas, dançam: são o centro F 3
das atenções.
G 3
8. Infinitivo impessoal, pretérito imperfeito do indicativo.
H 3
SOLUÇÕES
UNIDADE 6 – TESTE 6 (B) b) Nunca vi uma onça – predicado.
c) Os animais e as crianças – sujeito; vivenciam os animais
TEXTO C (áudio)
diretamente – predicado.
Era uma vez um gato Mas um dia, inesperada, 13. a) tinham / haviam; b) tinha / havia.
com bigodes de galã houve uma luta amorosa 14. Resposta livre.
e artes de espadachim por causa de uma gata
II
chamado D'Artagnan de coleira corderosa
1. D’Artagnan; 2. Bigodes de lã e pelo malhado; 3. Espadachim/
Com o seu pelo malhado E D'Artagnan, espadachim, esgrima; 4. Mosqueteiros; 5. Descansar; 6. Telhados, camas e
e os seus saltos matreiros ganhou a luta, e a gata
parapeitos; 7. Amor; 8. D’Artagnan; 9. D’Artagnan ganhou o
lá criou uma companhia e alisou os bigodes
amor da gata; 10. Florete de prata.
de gatos mosqueteiros com o florete de prata
1.1 a); 1.2 d); 1.3 c); 1.4 c); 1.5 d). 9 2X1=2
2.1 “Outro terraço. Um homem (com cerca de 50 anos) está no Texto B 10 2X2=4
terraço a ler o jornal (…)” Gramática
(resposta 11 2X2=4
2.2 Por exemplo: espantado. 25%
fechada) 12 3X2=6
3. Salta, cai, anda nos telhados, precisa de estar só de vez em
quando, dorme enrolado sobre si, avança sempre primeiro com 13 2X2=4
a perna esquerda e caminha como se andasse por uma linha 14 3X1=3
que só ele vê.
12 10
4. Por exemplo: admirado e confuso.
GRUPO II Comp. do
5. a) 4; b) 5; c) 7; d) 3; e) 10; f) 1; g) 2; h) 8; i) 6; j) 9. 35 15
Texto C Oral
6.1 Habitat 68 20
(resposta fechada) 26%
6.2 Criança, homem primitivo.
910 26
6.3 Egito.
A 3
7. Era considerado demoníaco.
8.1 a) incorporar; 8.2 infinitivo impessoal. B 3
9.1 temos aprendido C 3
9.2 temos D 3
GRUPO III Escrita
10.1 a humanidade; 10.2 humanidade.
Composição 24% E 3
11. a) Cada um passou a ser um exemplo de comportamentos.
b) Cada um tinha passado a ser um exemplo de F 3
comportamentos. G 3
12. a) O gato – sujeito; é hoje um animal de estimação –
H 3
predicado.
SOLUÇÕES
Produz um texto de extensão igual ou superior a 25 linhas (ou de acordo com instrução dada). 3
Produz um texto de extensão compreendida entre 20 e 22 linhas. 2
Produz um texto de extensão inferior a 15 linhas. 0
FORMATO
TipologiaB
Respeita integralmente as instruções no que se refere ao tipo de texto (narrativo, p. ex.) e à modalidade de 3
enunciação (discurso na 1.ª pessoa, p. ex.).
Respeita parcialmente as instruções, podendo ocorrer alguns desvios quer quanto ao tipo de texto indicado, quer 2
quanto à modalidade de enunciação adotada.
Ignora as instruções no que se refere ao tipo de texto indicado e à modalidade de enunciação. 0
InformaçãoC
Aborda o tema proposto (relato de uma viagem, p. ex), referindo os aspetos solicitados: por exemplo, preparativos; 3
acontecimentos (impressões, reações); aprendizagens feitas; apreciação final.
Aborda parcialmente o tema proposto, omitindo alguns dos aspetos solicitados. Por exemplo: preparativos, 2
impressões, aprendizagens feitas...
Ignora totalmente a proposta de escrita. 0
TEMA
ProgressãoD
Desenvolve, de forma coerente, cada um dos aspetos solicitados ou referidos, alcançando uma distribuição 3
equilibrada em termos da globalidade do texto.
Desenvolve, de forma parcialmente coerente, cada um dos aspetos solicitados, apresentando desvios, 2
redundâncias, repetições ou omissões de informação.
Produz um texto de conteúdo incoerente, transmitindo informação ambígua ou ininteligível. 0
TEXTUALIZAÇÃO
EstruturaçãoE
Redige um texto com estrutura bem definida, segmentando as unidades maiores do discurs (uso de parágrafos, 3
delimitação de frases) por recurso a uma utilização correta dos sinais de pontuação.
Redige um texto estruturado de forma satisfatória, ainda que com algum desequilíbrio das suas partes 2
constituintes.
Utiliza os sinais de pontuação, principalmente para marcar a delimitação de parágrafos.
Não redige um texto. Escreve frases ou palavras isoladas. 0
Ignora os sinais de pontuação de final de frase ou utilizaos de modo aleatório.
ArticulaçãoF
Mantém as coordenadas de enunciação (tempo, espaço, pessoa) adotadas inicialmente. 3
Usa processos variados de articulação interfrásica (uso adequado de conetores, substituições
nominais/pronominais).
Usa vocabulário adequado e variado.
Apresenta alguns desvios às coordenadas de enunciação adotadas inicialmente. 2
Usa, essencialmente, os processos de articulação interfrásica mais simples e frequentes, que, ainda assim,
consegue diversificar.
Usa vocabulário adequado, ainda que pouco variado ou passível de ocasionar confusões pontuais.
Apresenta grande variabilidade quanto às coordenadas de enunciação adotadas inicialmente. 0
Não recorre a processos de articulação interfrásica.
Usa vocabulário muito elementar e restrito, com elevado grau de redundância, por vezes, com grave inadequação.
Sintaxe e MorfologiaG
Constrói frases, assegurando as regras de concordância, seleção, flexão e ordem. 3
Utiliza, corretamente, a pontuação, no interior da frase.
Constrói frases, apresentando alguns erros/falhas no uso das regras de concordância, seleção, flexão e ordem. 2
Utiliza a pontuação, no interior da frase, sem seguir sistematicamente as regras.
Constrói frases, apresentando muitos erros/falhas no uso das regras de concordância, seleção, flexão e ordem. 0
Utiliza a pontuação, no interior da frase, de modo aleatório ou não a utiliza.
OrtografiaH
Escreve com correção ortográfica ou com eventual ocorrência de erro, sobretudo, em palavras pouco frequentes ou
em formas instáveis.
Escreve com alguns erros ortográficos, de caráter não sistemático, cuja frequência se mantém na proporção de 4
erros em 80 palavras.
Escreve com elevada frequência de erros ortográficos, com caráter sistemático