Apostila Proteção e Aterramento Prominas Curso
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PROTEÇÃO E ATERRAMENTO
2
3 UNIDADE 1 - Introdução
5 UNIDADE 2 - Sistema de proteção
5 2.1 Situações de operação de um sistema
SUMÁRIO
12 2.4 Dimensionamento dos dispositivos de proteção
42 REFERÊNCIAS
44 ANEXOS
3
UNIDADE 1 - Introdução
Proteção é uma ação, uma atitude, evitar falhas num sistema elétrico,
algo muito complexo, principalmente por- que pode levar a curto-circuito, por con-
que geralmente ela é percebida somente seguinte, danificar equipamentos, mate-
quando já estamos em situação de perigo! riais do sistema; e,
no circuito que provoque redução na ca- possam trazer perigo para a instalação
pacidade de condução de corrente dos correspondente (MAMEDE FILHO, 2012).
condutores;
Legenda:
0 – Não protegido
1 – Semiprotegido
2 – Totalmente protegido
Os dispositivos elétricos utilizados nor- A operação dos fusíveis é dada pela fu-
malmente em baixa tensão podem ser são do elemento fusível, contido em seu
classificados como: de seccionamento e interior. O elemento fusível é um condutor
de proteção. de seção transversal dimensionado para
que sofra com a passagem de corrente
Dispositivos de seccionamento: comu- elétrica um aquecimento maior que o dos
tadoras, seccionadoras (a vazio ou sob outros condutores devido à sua alta resis-
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média e baixa tensão para funcionar sa- A NBR 5410:2004 estabelece os es-
tisfatoriamente e ser segura a riscos de quemas de aterramento a serem apli-
acidentes fatais deve necessariamente cados em uma instalação elétrica. Es-
possuir um sistema de aterramento di- ses esquemas são listados a seguir:
mensionado adequadamente para cada
tipo de projeto. TN-S – o condutor neutro e de pro-
teção são interligados no aterramento da
Aterrar o sistema, ou seja, ligar um con- alimentação, depois seguem distintos. É
dutor (normalmente o neutro) à terra, necessário o uso de disjuntores e de DR’s
possibilita a detecção de sobretensões para a respectiva proteção da instalação e
em relação à terra. Além disso, fornece de pessoas. É usado na maioria das insta-
um caminho para a circulação de corrente, lações elétricas. Onde é efetuada a equi-
permitindo a detecção de curtos-circuitos potencialização 2 na entrada de energia
(entre os condutores vivos e a terra). Des- elétrica.
ta forma, o aterramento é um aliado dos
dispositivos de proteção contra sobre- Esquema TN-S
tensões e sobrecorrentes (curto-circuito)
(PROCOBRE, 2001, p. 3).
Esquema TN-C-S
Esquema TT
Esquema IT
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A maioria dos raios ou relâmpagos co- Forma-se uma grande radiação eletro-
meça e termina dentro das nuvens. São magnética que gera sobretensões que
poucos os que vêm para o chão. E é justa- causam danos a equipamentos e instala-
mente desses que devemos nos prevenir. ções de empresas, indústrias e residên-
cias.
No momento inicial do relâmpago, isto
é, alguns milésimos de segundos antes da A proteção contra as descargas atmos-
descarga, a nuvem e o solo ficam com uma féricas (raios ou relâmpagos), apesar de
diferença de potencial que pode variar de toda tecnologia existente hoje em dia,
10kV (10.000V) a 100kV (100.000V), for- continua sendo o primitivo para-raios,
mando assim um gigantesco capacitor. uma invenção do século XVIII. É, sem dú-
vida, um dos aparelhos de proteção mais
Os raios são basicamente de dois tipos:
simples. Ele é instalado sobre uma casa,
os positivos e os negativos.
alto de edifícios ou em uma torre, onde
A diferença está onde os mesmos se uma haste metálica é ligada a um condu-
originam, ou seja, os negativos saem da tor, enterrado no solo que será a primeira
parte inferior da nuvem e os positivos parte da construção a receber a descarga.
saem da parte superior das nuvens.
As razões de o relâmpago atingir uma
Os raios ocorrem num curtíssimo espa- edificação nestas condições são: primei-
ço de tempo (200 milésimos de segundos), ro por ser de metal, segundo por possuir
e em função disso as instalações elétricas um condutor que leva a eletricidade para a
(residenciais, comerciais ou industriais) terra, e, terceiro por ser o ponto mais alto.
podem atingir de forma direta estruturas
No entanto, para que o para-raios fosse
de edificações, o sistema de para-raios, as
inventado, foi necessário, primeiramente,
fiações elétricas, redes de energia elétri-
descobrir que os raios são um fenômeno
ca, postes e, de forma indireta, em função
elétrico. O estudo experimental foi uma
da formação da radiação eletromagnéti-
façanha realizada em 1752, pelo cientista
ca, induzir sobretensões nas estruturas,
Benjamin Franklin (1706 - 1790) (CAVA-
nas linhas de energia elétrica, cabos sub-
LIN; CERVELIN, 2011).
terrâneos, cabos de comunicações e de
transmissão de dados. Vários estudos e o cotidiano também
nos apontam que as descargas atmosfé-
De acordo com Cidral Junior (2010), ricas causam sérias perturbações nas re-
em relação a uma instalação elétrica, des aéreas de transmissão e distribuição
o raio pode influenciar de duas ma- de energia elétrica, além de provocarem
neiras: danos materiais nas construções atingi-
a) Incidência direta, quando o raio atin- das por elas, sem contar os riscos de vida
ge a superfície da edificação. a que as pessoas e os animais ficam sub-
metidos.
b) Incidência indireta, quando o raio
atinge as redondezas de instalações elé- As descargas atmosféricas induzem
tricas, linhas de distribuição de energia e surtos de tensão que chegam a centenas
de telecomunicações. de kV nas redes aéreas de transmissão e
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c) Para-raios radioativo:
Foi abolido na maioria dos países e no
Brasil, sua utilização está proibida desde
1989 por resolução da CNEN – Comissão
Nacional de Energia Nuclear. O princípio
do para-raios radioativo é usar captores
com pontas com tratamento radioativo, o
que causa riscos diretos para pessoas que
realizam sua instalação e manutenção e
riscos indiretos às pessoas que efetuam
transporte, armazenamento, venda, etc.
Além disso, este tipo de para-raios, atra-
vés de estudos recentes, não possui maior
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REFERÊNCIAS
BÁSICAS mentos/pda/SENAISCSaoBentodoSulE-
LETRoMECANICA3MODULO-instalacoese-
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS letricasindustriais.PDF
TÉCNICAS. NBR 5410: 2004. Instalações
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ABNT, 2005. Disponível em: http://www. Proteção dos Sistemas Elétricos. Edgard
iar.unicamp.br/lab/luz/ld/normas%20 Blücher Ltda, 1977.
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MAMEDE FILHO, João. Instalações elé- Apostila Instalações Elétricas De Baixa
tricas industriais. 8 ed. Rio de Janeiro: LTC, Tensão. Rio de Janeiro, RJ: ABACUS Infor-
2012. mática e Engenharia, 2003.
MAIA, Lindberg. Cindacta. Elétrico e Te- WEG. Motores Elétricos: Linhas de Pro-
lecomunicação. Disponível na Galeria de dutos – Características – Especificações
Projetos do link: <http://www.altoqi.com. – Instalações – Manutenções. Jaraguá do
br/index2.asp?browser=FF> Sul, SC: WEG. 2004.
ANEXOS
Tabelas com símbolos padronizados dustrial, além dos relacionados pela nor-
utilizados pela ABNT e órgãos internacio- ma NBR 5444.
nais (DIN, ANSI e IEC), os outros símbolos
que fazem parte da simbologia elétrica in-