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UFABC - Eletrônica Analógica Aplicada - Laboratório 5

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Universidade Federal do ABC

EN2720 – ELETRÔNICA ANALÓGICA APLICADA


Experimento 5: Oscilador Senoidal
Prof. Dr. Rodrigo Reina Muñoz

Denis Garcia de Souza RA:11049510

Guilherme Bueno Aoki RA:11132209

Luciano Aparecido Ronchini RA: 11022912

Luciano Campos C. Pinto RA:11105508

Santo André
Agosto de 2016
SUMÁRIO

Introdução 2

Objetivos 2

Metodologia 2

Resultados e discussão 2

Conclusão 6

Referências 7
1. Introdução

Circuitos osciladores são circuitos que produzem uma saída periódica sem que
seja aplicado um sinal de entrada. Eles são uma alternativa aos geradores de sinal que
possuem um custo muito mais elevado.
O oscilador consiste em um amplificador com realimentação positiva proveniente
de uma malha seletiva de frequências, induzindo o circuito a uma instabilidade que
resulta na oscilação. Para que o oscilador funcione da maneira desejada, ele precisa
atender aos critérios de Barkhausen, sendo o primeiro que o ganho do circuito, em
malha fechada, seja unitário; e o segundo, que o deslocamento total de fase do sinal do
circuito deve ser de 0 a 2π ou múltiplos de 2π ​radianos​.
Neste experimento foi contruído o circuito oscilador com a configuração em
Ponte Wien. Esta configuração é usada quando se deseja um gerador de senóides com
baixa distorção.

2. Objetivos

- Verificar o funcionamento de um circuito oscilador


- Comparar resultados obtidos de medidas, simulações e cálculos
- Verificar, explicar e solucionar a ocorrência de distorção

3. Metodologia

O experimento consistiu em montar o circuito oscilador da figura 1, variando a


resistência R2 até obter-se uma oscilação sem distorção. Medir a tensão pico a pico e
a frequência de oscilação. E por fim verificar o limiar de oscilação e anotar o valor de
R2 correspondente.

4. Resultados e discussão

Inicialmente foi montado o circuito oscilador em Ponte Wien, conforme a figura 1.


Figura 1​. Circuito oscilador em Ponte de Wien
Em seguida, utilizou-se para R2 um resistor de 108k Ohms em série com um
potenciômetro multivoltas de 50k Ohms. A resistência do potenciômetro foi variada até
que a distorção associada à oscilação diminuisse consideravelmente, encontrando um
valor de 35k Ohms. Por tanto a resistência R2 foi de 215k Ohms. A tensão pico a pico e
a frequência medidas foram, 29.7 V e 4.79 kHz.

Figura 2.​ Sinal senoidal obtido com o oscilador em Ponte Wien


Questões:
Q1. Porque o sinal obtido na oscilação é justamente uma senóide?
R: A configuração do circuito com a Ponte de Wien é o que garante o sinal na forma
senoidal. Uma vez respeitados os critérios de Barkhausen e o ganho em malha
fechada sendo unitário, o circuito oscilará entre 20 Hz e 100 kHz, com frequência de
oscilação definida por f = 1/2πRC .

Q2. Deduza a fórmula para a frequência de oscilação. Obtenha também o caso


mais geral, em que C1 ≠ C2 e R3 ≠ R4.
R: ​Os componentes R3, R4, C1, C2 são responsáveis pelo ajuste de frequência,
enquanto que os resistores R1 e R2 fazem parte da malha de realimetação.
Desprezando o efeito de carga entre a impedância de entrada do Amp Op e a
impedância de saída da ponte, é possível obter as seguintes relações:

Neste caso, se for escolhido R3 = R4 = R e C1 = C2 = C, obtemos:

A relação R2 e R1 devem ser escolhidos de forma que a relação R2/R1 seja


maior do que 2, para que haja um ganho de malha suficiente para o circuito oscilar na
frequência desejada. Por tanto, R2 deve ser aproximadamente o dobro de R1.

Q3. Quanto ao valor de R2 que resulta em oscilação, explique as diferenças entre


os valores obtidos após simulações, valor prático e valor obtido nesta
experiência.
R: Para obter-se o valor de R2 foi preciso utilizar um resistor de 180k Ohms com um
potenciômetro em série, cujo valor da resistência foi ajustado para 35k Ohms. Valores
de ajuste acima ou abaixo do encontrado resultam em distorção na oscilação do sinal.

Q4. Porque é tão crítico o valor de R2 para ocorrer a oscilação? Ou seja, uma
pequena mudança em R2 resulta em distorção ou perda da oscilação.
R: ​Devido ao ganho alto, o sinal apresentou sinais de saturação (picos e vales
ceifados). A oscilação pode ser melhorada diminuindo o ganho, dado pela relação
R2/R1, dessa forma, o valor de R2 é determinante para isso. Para diminuir o ganho,
deve-se diminuir o valor da resistência fixa de 180k e então usar o potenciômetro para
um novo ajuste.

Q5. Projete um oscilador senoidal de frequência 300 Hz e amplitude aproximada


de 10 VPP.
R: ​Considerando R3=R4 e C1=C2, utilizando a fórmula da frequência de oscilação,
temos:

Escolhendo C=1nF, obtemos R=281,44 Ohms (resistor comercial mais próximo


é de 270 Ohms). Para a relação R2/R1 será mantido o valor aproximado de R2=2R1.

Q6. Como seria um oscilador senoidal com frequência de 1 MHz?


R: ​Para esta frequência, a relação RC seria muito alta, da ordem de 10​13​, o que exigiria
um resistor com resistência muito elevada.
Q7. Redesenhe o circuito montado de tal forma a ficar na forma de um circuito
em ponte.

Figura 3.​ Circuito da aula prática redesenhado

Q8. Identifique as malhas presentes no circuito oscilador montado.

Figura 4.​ Malhas do circuito redesenhado

5. Conclusão

Neste experimento foi construído e verificado o funcionamento de um circuito


oscilador para geração de uma onda senoidal. Para isto, utilizou-se uma configuração
em ponte Wien com um amplificador operacional 741, conforme a figura 1. Para o valor
da resistência R2 foi escolhido um resistor de 180k Ohms em série com um
potenciômetro ajustado para 35k Ohms, obtendo o valor de 215k Ohms. O ganho do
circuito, dado pela relação R2/R1, foi de 2.15, respeitando o critério de que essa
relação deve ser maior ou igual a 2, para que o circuito oscile na faixa desejada. Foi
medida uma tensão pico a pico de 29.7 V e e uma frequência de 4.79 kHz,
correspondendo à faixa de frequência esperada, de 20 Hz a 100k Hz. Como pode ser
verificado na figura 2, o circuito funcionou corretamente, fornecendo uma onda senoidal
com a tensão pico a pico e a frequência indicadas.

6. Referências

[1] BOYLESTAD, Robert L.; NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de


Circuitos. 8ª ed, Pearson Prentice Hall, São Paulo, 2004. 696 p.

[2] SEDRA, S.; SMITH, K. Microeletrônica. 5ª ed, Pearson Prentice Hall, São Paulo,
2007. 848 p.

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