BixoSP Ebook Semana 03 2018
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2018 Semana 03
26____0 2
fev/mar
Bio.
01
Exercícios: Água e Sais minerais
mar
EXERCÍ CI OS DE AULA
1. Um ser humano adulto tem de 40 a 60% de sua massa corpórea constituída por água. A maior parte
dessa água encontra-se localizada
a) no meio intracelular.
b) no líquido linfático.
c) nas secreções glandulares e intestinais.
d) na saliva.
e) no plasma sanguíneo.
2. Os sais minerais são reguladores e desempenham diversas funções relacionadas com o metabolismo.
São considerados ativadores enzimáticos e essenciais para o funcionamento celular.
3. Elementos que fazem parte da constituição das moléculas de ATP, clorofila e hemoglobina são,
respectivamente:
a) magnésio, ferro e fósforo.
b) ferro, magnésio e fósforo.
c) fósforo, magnésio e ferro.
d) magnésio, fósforo e ferro.
e) fósforo, ferro e magnésio.
4. O sódio, componente que aparece descrito nos rótulos dos alimentos, é considerado um dos vilões
da boa alimentação. O seu consumo excessivo pode causar _________, mas ele é um _________ útil
para o metabolismo humano, pois participa na fisiologia __________.
Bio.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas acima.
a) hipotensão; metal; renal.
b) hipertensão; cátion; nervosa.
c) hipertensão; ânion; pulmonar.
d) hipertensão; ânion; digestiva.
e) hipotensão; cátion; hepática.
5. A importância da água para os seres vivos relaciona-se às suas propriedades físicas e químicas que
permitem o bom funcionamento dos organismos. NÃO se pode atribuir à água a função de
a) servir como meio para as reações químicas celulares.
b) absorver calor dos organismos, agindo como regulador térmico.
c) evitar variações bruscas de temperatura do corpo dos seres vivos.
d) formar os envoltórios rígidos das células vegetais com a função estrutural.
6. O iodo está entre um dos mais importantes sais minerais que necessitamos. Assinale abaixo a alternativa
correta sobre a importância desse sal mineral.
a) Faz parte da molécula de ácido nucleico.
b) Participa da transmissão do impulso nervoso.
c) Proteção dos dentes contra as cáries.
d) Participa nos processos de contração muscular.
e) Faz parte das moléculas dos hormônios da tireoide que estimulam o metabolismo.
EXERCÍ CI OS DE CASA
1. O surgimento e a manutenção da vida, no nosso planeta, estão associados à água que é a substância
mais abundante dentro e fora do corpo dos seres vivos. Entretanto, segundo dados fornecidos pela
Associação Brasileira de Entidades do Meio Ambiente (Abema), 80% dos esgotos do país não recebem
nenhum tipo de tratamento e são despejados diretamente em rios, mares, lagos e mananciais,
contaminando a água aí existente.
(Adaptado de Poluição da Água: http:/ / www.colegioweb.com.br/ biologia/ constituicaoda-agua.html. Acesso: 05.09.2011.)
Considerando as funções exercidas nos seres vivos pela substância em destaque no texto, analise as
afirmativas abaixo.
I. Facilita o transporte das demais substâncias no organismo.
II. Participa do processo da fotossíntese.
III. Dissolve as gorduras facilitando sua absorção.
IV. Auxilia na manutenção da temperatura do corpo.
2. Os sais minerais são essenciais em uma alimentação saudável, pois exercem várias funções reguladoras
no corpo humano. Sobre esse assunto, faça a correspondência entre as colunas apresentadas abaixo.
1. Ferro
Bio.
2. Sódio
3. Cálcio
4. Fósforo
5. Potássio
A sequência correta é:
a) 2, 3, 4, 1, 5.
b) 3, 2, 4, 5, 1.
c) 5, 1, 3, 2, 4.
d) 1, 4, 3, 5, 2.
e) 2, 4, 3, 5, 1.
3. Leia o texto a seguir:
Um ser humano pode ficar semanas sem ingerir alimentos, mas passar de três a cinco dias sem ingerir
líquidos pode ser fatal. Os especialistas recomendam que se deve beber no mínimo 2,5 litros de água
e já passou do ponto de beber água, diz a
quando a pessoa faz exercícios intensos, essa ingestão pode até superar 6 litros, principalmente porque
Sabe-se que a recomendação de hidratação diária para o corpo humano é de 2.550 ml de água, q ue
podem ser abastecidos por meio da ingestão de alimentos (1.000 ml) e líquidos (1.200 ml) e de reações
químicas internas (350 ml). A desidratação diária, em condições normais, é do mesmo montante.
Assinale a alternativa que apresenta, em ordem decrescent e, a perda de água no nosso organismo.
a) Fezes, urina, suor e respiração.
b) Urina, suor, fezes e respiração.
c) Respiração, urina, fezes e suor.
d) Suor, urina, fezes e respiração.
e) Urina, suor, respiração e fezes.
4. Na composição química das células, os íons são tão importantes que pequenas variações na sua
porcentagem modificam profundamente a dinâmica celular. Associou-se corretamente, o íon à sua
respectiva função em:
o fotossintético.
Um indivíduo adulto que adotou essa dieta por um período prolongado pode apresentar
Bio.
a) hemorragia e escorbuto.
b) cegueira noturna e xeroftalmia.
c) beribéri e pelagra.
d) bócio endêmico e cãibras.
e) osteoporose e anemia.
6. Os adubos inorgânicos industrializados, conhecidos pela sigla NPK, contêm sais de três elementos
químicos: nitrogênio, fósforo e potássio. Qual das alternativas indica as principais razões pelas quais
esses elementos são indispensáveis à vida de uma planta?
a) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É constituinte de ácidos
nucléicos e proteínas; Potássio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios e proteínas.
b) Nitrogênio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular; Fósforo - É constituinte de
ácidos nucléicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
c) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É constituinte de ácidos
nucléicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
d) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios e proteínas; Fósforo - Atua no equilíbrio
osmótico e na permeabilidade celular; Potássio - É constituinte de proteínas.
e) Nitrogênio - É constituinte de glicídios; Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas;
Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
7. Os sais minerais, encontrados nos mais variados alimentos, desempenham função importante na saúde
do homem, podendo estar dissolvidos na forma de íons nos líquidos corporais, formando cristais
encontrados no esqueleto, ou ainda combinados com moléculas orgânicas. A alternativa que relaciona
CORRETAMENTE o sal mineral com sua função no organismo é:
a) K - participa dos hormônios da tireoide.
b) F - constitui, juntamente com o Ca, o tecido ósseo e os dentes.
c) P - participa da constituição da hemoglobina, proteína encontrada nas hemácias.
d) Cl- fortalece os ossos e os dentes e previne as cáries.
e) Ca - auxilia na coagulação sanguínea.
8. Todos os seres vivos apresentam, em suas células, uma composição química básica, indispensável para
a manutenção da estrutura e do funcionamento celular. Embora a abundância de substâncias orgânicas
e inorgânicas possam variar nos diferentes tipos celulares, todas as células são compostas por tais
10. Associe os elementos químicos da coluna superior com as funções orgânicas da coluna inferior.
1. Magnésio
Bio.
2. Potássio
3. Iodo
4. Cálcio
5. Sódio
6. Ferro
Exercícios de aula
1. a
O maior conteúdo de água está no intracelular. É importante lembrar que a quantidade total de água
reduz com o envelhecimento.
2. a
Maior concentração de sódio no interior dos vasos e das células cria um gradiente osmótico que gera
um aumento de volume. No sangue, aumenta a pressão arterial, por isso da restrição de sal de cozinha
nos hipertensos.
3. c
ATP é formado por 3 fosfatos ligados, clorofila possui magnésio, enquanto que a hemoglobina possui
ferro na sua composição.
4. b
O consumo excessivo de sódio causa hipertensão, pelo aumento do volume intravascular. O sódio (Na+)
é um cátion que participa do potencial de ação na fisiologia nervosa.
5. d
A água não forma os envoltórios, que podem ser de origem lipídica, como a membrana celular, ou rígida,
formando a parede celular, que no caso dos vegetais, é formada por celulose (carboidrato estrutural).
6. e
O Iodo é um íon presente nos hormônios tireoidianos (T3 e T4), que regulam o metabolismo corporal.
Exercícios de casa
1. c
A água facilita o transporte, como na forma de plasma sanguíneo; participa do processo de fotossíntese
(CO 2 + H2O C 6H12O 6 + O 2) e, pelo alto calor específico, ajuda a manter constante a temperatura
Bio.
corporal. Entretanto, pelo seu caráter polar, não dissolve gorduras, que são apolares.
2. a
2 - Sódio Participa do equilíbrio osmótico e do potencial de ação em células excitáveis
3 - Cálcio Participa da coagulação, da formação da matriz mineral óssea e da contração muscular
4 Fósforo Presente na molécula de ATP e nos ácidos nucleicos na forma de fosfato
1 Ferro Presente na molécula de hemoglobina e de mioglobina
5 Potássio Assim como o sódio, participa do potencial de ação. É o principal íon do intracelular.
3. e
A água é perdida em maior quantidade pela urina, seguida do suor. As fezes representam a menor perda
de água do organismo. Não foi citado na questão, mas a fala também representa uma pequena parcela
da perda de água do organismo.
4. d
O fosfato (PO 4-3) está presente na molécula de ATP. São 3 fosfatos ligados e a quebra da ligação mais
externa permite a liberação de energia para a ocorrência dos fenômenos dependentes de ATP, como o
transporte ativo.
5. e
O leite é rico em cálcio, sua carência pode levar ao raquitismo na infância ou à osteoporose no adulto.
O ferro é fundamental para a composição da hemoglobina e sua ausência reduz a concentração dessa
proteína dentro das hemácias, resultando em anemia ferropriva com dificuldade de transporte de O 2.
6. c
O nitrogênio faz parte da composição de aminoácidos (porção amina) e ácidos nucleicos (bases
nitrogenadas). O fósforo, na forma de fosfato, está presente nos ácidos nucleicos e na molécula de ATP.
O potássio, por fim, participa do potencial de ação e do equilíbrio osmótico, sendo o principal íon
intracelular.
7. e
O cálcio participa da coagulação sanguínea, na ativação dos fatores da coagulação. Além disso, compõe
a matriz óssea mineral e promove a contração muscular, a partir de sua liberação maciça do retículo
sarcoplasmático para o citoplasma.
8. c
Segundo o texto, pode-se inferir que se trata dos sais minerais. Isso porque a regulação da entrada e
saída de água da célula, o equilíbrio osmótico, está diretamente ligado à concentração de sódio,
principalmente. Alterações na permeabilidade da membrana, como a abertura de canais de Na+ e K+,
possibilitam a criação e propagação de um impulso nervoso.
9. e
No processo de fotossíntese, a água é fundamental. Os átomos de hidrogênio participam da formação
do açúcar (C 6H12O 6), enquanto que o oxigênio formado a partir da fotólise da água, forma o O 2 liberado
para a atmosfera.
10. c
4 Cálcio Forma o tecido ósseo, fazendo parte da matriz inorgânica. Além disso, atua na coagulação
e contração muscular.
6 Ferro Compõe a molécula de hemoglobina, fundamental para o transporte de oxigênio
1 Magnésio Forma o grupo prostético da clorofila.
5 Sódio Participa da osmorregulação, criando um gradiente osmótico a favor do compartimento com
Bio.
maior concentração desse íon.
2 O potássio participa do processo de repolarização do impulso nervoso, a partir da saída desse íon do
intracelular para o extracelular.
Fís.
Professor: Silvo Sartorelli
Monitor: Arthur Vieira
Fís.
Calorimetria - Calor Sensível, Latente 01
e Propagação mar
RESUM O
Calor é definido como qualquer fluxo espontâneo de energia de um objeto para outro, causado somente
pela diferença de temperatura entre os objetos. Dizemos que "calor" flui da água quente para o cubo de gelo
frio e do Sol quente para a Terra fria.
(O símbolo para capacidade térmica é C.) A quantidade de calor calculada dessa maneira é denominada calor
sensível (Q s). É claro que quanto maior for a massa da substância, maior será sua capacidade térmica. Uma
quantidade fundamental associada à substância é o calor específico, definido como a capacidade térmica
por unidade de massa:
A unidade de capacidade térmica é cal/ °C, ou no Sistema Internacional, J/ °C. Já a unidade de calor
específico é cal/ g°C, que no SI é J/ g°C. É muito comum o uso da caloria, unidade que não pertence ao SI.
A conversão entre caloria e joule (unidade do SI), pode ser feita pela igualdade, 1 cal = 4,186 J.
Em algumas situações, você pode fornecer calor para um sistema sem aumentar em nada sua temperatura.
Isto normalmente ocorre durante uma mudança d e fase, como o gelo derretendo ou a água fervendo.
Tecnicamente, a capacidade térmica fica mal definida, já que você estaria dividindo por zero o calor! No
entanto, ainda é interessante saber a quantidade de calor necessária para derreter ou ferver uma substância
completamente. Esta quantidade de calor dividida pela massa da substância é chamada de calor latente da
transformação (nome horrível, mas ok), e é denotada por L:
Fís.
Nas provas é comum utilizar o valor de calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/ g e o calor latente de
vaporização da água igual a 540 cal/ g.
Cabe salientar que as mudanças de estado que ocorrem com perda de calor apresentam calores latentes
negativos (solidificação e condensação).
Um diagrama muito comum é aquele que relaciona a temperatura de um objeto com o calor trocado por ele
(lembrando que quando o calor é fornecido ou recebido pelo corpo, o sinal associado é positivo e quando
o calor é cedido ou perdido pelo corpo o sinal associado é negativo):
Começando na fase sólida, o corpo absorve calor a partir de uma fonte externa (fogão por exemplo) e
aumenta de temperatura até chegar na temperatura de fusão. Nesse estágio, a temperatura do corpo não
varia e todo calor absorvido (calor latente) é usado para quebrar ligações químicas (estamos numa mudança
de fase). Logo em seguida a temperatura aumenta de novo até atingir a temperatura de vaporização e a
análise se repete.
Dois corpos atingem o equilíbrio térmico quando passam a ter a mesma temperatura, depois de inicialmente
com temperaturas diferentes, trocarem calor até igualar as temperaturas.
EXERCÍ CI OS DE AULA
Fís.
c) da perda de calor do nosso corpo para a atmosfera que está a uma temperatura menor.
d) do fato de a friagem que vem da atmosfera afetar o nosso corpo.
e) da transferência de calor da atmosfera para o nosso corpo.
2. Uma amostra de determinada substância com massa 30 g encontra-se inicialmente no estado liquido,
a 60°C. Está representada pelo gráfico abaixo a temperatura dessa substância em função da quantidade
de calor por ela cedida.
3. No início do século XX, Pierre Curie e colaboradores, em uma experiência para determinar
características do recém-descoberto elemento químico rádio, colocaram uma pequena quantidade
desse material em um calorímetro e verificaram que 1,30 grama de água líquida ia do ponto de
congelamento ao ponto de ebulição em uma hora. A potência média liberada pelo rádio nesse período
de tempo foi, aproximadamente,
Note e adote:
1 cal = 4 J.
Temperatura de congelamento da água: 0 ºC.
Temperatura de ebulição da água: 100 ºC.
Considere que toda a energia emitida pelo rádio foi absorvida pela água e emp regada exclusivamente
para elevar sua temperatura.
a) 0,06 W
b) 0,10 W
c) 0,14 W
d) 0,18 W
e) 0,22 W
4. No manual fornecido pelo fabricante de uma ducha elétrica de 220V é apresentado um gráfico com a
variação da temperatura da água em função da vazão para três condições (morno, quente e
superquente). Na condição superquente, a potência dissipada é de 6500 W.
Considere o calor específico da água igual a 4200 J/ (kg C) e a densidade da água igual a 1 kg/ L.
Fís.
Com base nas informações dadas, a potência na condição morno corresponde a que fração da
potência na condição superquente?
a) 1/ 3.
b) 1/ 5.
c) 3/ 5.
d) 3/ 8.
e) 5/ 8.
5. Um chefe de cozinha precisa transformar 10 g de gelo a 0°C em água a 40°C em 10 minutos. Para isto
utiliza uma resistência elétrica percorrida por uma corrente elétrica que fornecerá calor para o gelo.
Supondo-se que todo calor fornecido pela resistência seja absorvido pelo gelo e desprezando -se
perdas de calor para o meio ambiente e para o frasco que contém o gelo, a potência desta resistência
deve ser, em watts, no mínimo, igual a:
Dados da água:
Calor específico no estado sólido: 0,50 cal/ g°C
Calor específico no estado líquido: 1,0 cal/ g°C
Calor latente de fusão do gelo: 80cal/ g
Adote 1 cal = 4 J
a) 4.
b) 8.
c) 10.
d) 80.
e) 120.
6. Durante a primeira fase do projeto de uma usina de geração de energia elétrica, os engenheiros da
equipe de avaliação de impactos ambientais procuram saber se esse projeto está de acordo com as
normas ambientais. A nova planta estará localizada à beira de um rio, cuja temperatura média da água
é de 25 °C, e usará a sua água somente para refrigeração. O projeto pretende que a usina opere com
1,0 MW de potência elétrica e, em razão de restrições técnicas, o dobro dessa potência será dissipada
por seu sistema de arrefecimento, na forma de calor. Para atender a resolução número 430, de 13 de
maio de 2011, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, com uma ampla margem de segurança, os
engenheiros determinaram que a água só poderá ser devolvida ao rio com um aumento de temperatura
de, no máximo, 3 °C em relação à temperatura da água do rio captada pelo sistema de arrefecimento.
Considere o calor especifico da água igual a 4 kJ/ (kg °C).
Para atender essa determinação, o valor mínimo do fluxo de água, em kg/ s, para a refrigeração da usina
deve ser mais próximo de
a) 42.
b) 84.
c) 167.
d) 250.
e) 500.
EXERCÍ CI OS DE CASA
1. Uma garrafa e uma lata de refrigerante permanecem durante vários dias em uma geladeira. Quando Fís.
pegamos a garrafa e a lata com as mãos desprotegidas para retirá-las da geladeira, temos a impressão
de que a lata está mais fria do que a garrafa. Isso é explicado pelo fato de:
a) a temperatura do refrigerante na lata ser diferente da temperatura do refrigerante na garrafa;
b) a capacidade térmica do refrigerante na lata ser diferente da capacidade térmica do refrigerante
na garrafa;
c) o calor específico dos dois recipientes ser diferente;
d) o coeficiente de dilatação térmica dos dois recipientes ser diferente;
e) a condutividade térmica dos dois recipientes ser diferente.
2. Num dia em que a temperatura ambiente é de 37°C, uma pessoa, com essa mesma temperatura
corporal, repousa à sombra. Para regular sua temperatura corporal e mantê-la constante, a pessoa
libera calor através da evaporação do suor. Considere que a potência necessária para manter seu
metabolismo é 120 W e que, nessas condições, 20% dessa emergia é dissipada pelo suor, cujo calor de
vaporização é igual ao da água (540 cal/ g). Utilize 1 cal igual a 4 J.
Após duas horas nessa situação, que quantidade de água essa pessoa deve ingerir para repor a perda
pela transpiração?
a) 0.08 g
b) 0,44g
c) 1,30g
d) 1,80g
e) 80,0g
3. Considere X e Y dois corpos homogêneos, constituídos por substâncias distintas, cujas massas
correspondem, respectivamente, a 20 g e 10 g. O gráfico abaixo mostra as variações da temperatura
desses corpos em função do calor absorvido por eles durante um processo de aquecimento.
Fís.
d) C x = 20 cal/ K, C y = 5 cal/ K, c x = 0,5 cal/ g.K e c y = 0,4 cal/ g.K
e) C x = 20 cal/ K, C y = 5 cal/ K, c x = 0,6 cal/ g.K e c y = 0,7 cal/ g.K
4. Para a instalação de um aparelho de ar-condicionado, é sugerido que ele seja colocado na parte
superior da parede do cômodo, pois a maioria dos fluidos (líquidos e gases), quando aquecidos, sofrem
expansão, tendo sua densidade diminuída e sofrendo um deslocamento ascendente. Por sua vez,
quando são resfriados, tornam-se mais densos e sofrem um deslocamento descendente.
6. Um isolamento térmico eficiente é um constante desafio a ser superado para que o homem possa viver
em condições extremas de temperatura. Para isso, o entendimento completo dos mecanismos de
troca de calor é imprescindível.
Em cada uma das situações descritas a seguir, você deve reconhecer o processo de troca de calor
envolvido.
I. As prateleiras de uma geladeira doméstica são grades vazadas, para facilitar o fluxo de energia
Na ordem, os processos de troca de calor utilizados para preencher as lacunas corretamente são:
a) condução, convecção e radiação.
Fís.
b) condução, radiação e convecção.
c) convecção, condução e radiação.
d) convecção, radiação e condução.
7. A liofilização é um processo de desidratação de alimentos que, além de evitar que seus nutrientes
saiam junto com a água, diminui bastante sua massa e seu volume, facilitando o armazenamento e o
transporte. Alimentos liofilizados também têm seus prazos de validade aumentados, sem perder
características como aroma e sabor.
O processo de liofilização segue as seguintes etapas: I. O alimento é resfriado até temperaturas abaixo
de 0 °C, para que a água contida nele seja solidificada. II. Em câmaras especiais, sob baixíssima pressão
(menores do que 0,006 atm), a temperatura do alimento é elevada, fazendo com que a água sólida seja
sublimada. Dessa forma, a água sai do alimento sem romper suas estruturas moleculares, evitando
perdas de proteínas e vitaminas. O gráfico mostra parte do diagrama de fases da água e cinco
processos de mudança de fase, representados pelas setas numeradas de 1 a 5.
Fís.
A grande amplitude térmica diária observada no gráfico pode, dentre outros fatores, ser explicada pelo
fato de que
a) a água líquida apresenta calor específico menor do que o da areia sólida e, assim, devido a maior
presença de areia do que de água na região, a retenção de calor no ambiente torna-se difícil,
causando a drástica queda de temperatura na madrugada.
b) o calor específico da areia é baixo e, por isso, ela esquenta rapidamente quando ganha calor e esfria
rapidamente quando perde. A baixa umidade do ar não retém o calor perdido pela areia quando ela
esfria, explicando a queda de temperatura na madrugada.
c) a falta de água e, consequentemente, de nuvens no ambiente do Saara intensifica o efeito estufa, o
que contribui para uma maior retenção de energia térmica na região.
d) o calor se propaga facilmente na região por condução, uma vez que o ar seco é um excelente
condutor de calor. Dessa forma, a energia retida pela areia durante o dia se dissipa pelo ambiente à
noite, causando a queda de temperatura.
e) da grande massa de areia existente na região do Saara apresenta grande mobilidade, causando a
dissipação do calor absorvido durante o dia e a drástica queda de temperatura à noite.
9. Em um experimento foram utilizadas duas garrafas PET, uma pintada de branco e outra de preto
acopladas cada uma a um termômetro. No ponto médio da distância entre as garrafas, foi mantida
acesa, durante alguns minutos, uma lâmpada incandescente. Em seguida a lâmpada foi desligada.
Durante o experimento, foram monitoradas as temperaturas das garrafas:
A. enquanto a lâmpada permaneceu acesa e
B. após a lâmpada ser desligada e atingirem o equilíbrio térmico com o ambiente.
A taxa de variação da temperatura da garrafa preta, em comparação à garrafa branca, durante todo o
experimento foi
a) Igual no aquecimento e igual no resfriamento.
b) Maior no aquecimento e igual no resfriamento.
c) Menor no aquecimento e igual no resfriamento.
d) Maior no aquecimento e menor no resfriamento.
e) Maior no aquecimento e maior no resfriamento.
QUESTÃO CONTEXTO
Eis aqui um procedimento para medir o calor específico de um metal: um pedaço de metal é colocado em
água fervente (a 100 °C) por um certo tempo e é em seguida transferido para um recipiente isolado contendo
200 g de água a 25 °C. Depois de alguns minutos, o conteúdo deste recipiente está a uma temperatura de 30
°C. Suponha que a capacidade térmica do recipiente seja desprezível e que não há quantidade significativa
de energia transferida entre o conteúdo do recipiente e o ambiente.
A) Qual a quantidade de calor transferida para a água?
B) Qual a quantidade de calor cedida pelo metal?
C) Qual a capacidade térmica do metal?
D) Se o pedaço de metal tem uma massa de 100 g, qual é seu calor específico?
Fís.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. c
Quanto mais rápido perdemos energia térmica, maior é a nossa sensação de frio. Essa rapidez é função
da diferença de temperatura entre o nosso corpo e a atmosfera do meio onde nos encontramos.
2. b
De fato: L = calor/ massa = - 30/ 30= - 1cal/ g.
3. c
4. d
5. b Fís.
6. c
Exercícios de casa
1. e
O metal da lata tem condutividade térmica maior do que o vidro da garrafa. Assim, ao tocarmos ambos,
perderemos calor mais rapidamente para a lata. Por isso ela parecerá mais fria do que a garrafa.
2. e
3. a
4. d
Fís.
5. e
6. d
7. c
Etapa I: a água sofre solidificação, passando da fase líquida para a sólida, processo indicado pela seta
2.
Etapa II: o gelo sofre sublimação, passa da fase sólida para vapor, processo indicado pela seta 3.
8. b
9. e
O preto é a combinação de todas as cores do espectro luminoso, fazendo com que ele absorva todos
os espectros. Logo, a garrafa preta absorve com maior velocidade a energia radiante,
consequentemente, a variação de temperatura também é maior, aquecendo mais rápido.
Acompanhando essa ideia, a emissão da energia absorvida pela garrafa preta também é maior, fazendo
com que o resfriamento também seja mais rápido.
Questão Contexto
A)
B) A quantidade de calor cedida pelo metal é a mesma quantidade, em módulo, de calor transferida para a
água (4200J), já que a energia total deve ser conservada e não há outras trocas de energia.
Fís.
Geo.
Professor: Ricardo Marcílio
Monitor: Marcus Oliveira
Geo.
26
Cartel, truste, holding e dumping
fev
RESUM O
Uma das características mais importantes do Capitalismo Financeiro foi a formação de grandes empresas
industriais e comerciais, além da proliferação de instituições financeiras. Assim, para as empresas garantirem
o lucro e o retorno dos investimentos, começaram a se organizar de forma a obter cada vez mais um pedaço
do mercado. Diversos mecanismos foram criados para facilitar e instituir esses grandes blocos empresariai s,
garantindo a lucratividade e impedindo a livre concorrência. Embora as atividades monopolistas sejam
combatidas por meio de leis em diversos países, é muito comum observá-las na economia, através de práticas
como o truste, o cartel e a holding.
Truste
Cartel
Não muito diferente do truste, o cartel é uma prática financeira em que as empresas também fazem acordos
estabelecendo um preço comum e mais elevado, dividindo o mercado e a produção, evitando a concorrência
e garantindo a lucratividade. A grande diferença é que não há fusão legal dessas empresas e, portanto, elas
Geo.
não perdem independência financeira.
Holding
Pode se entender a holding como uma empresa administrativa. Geralmente, não possui nenhuma atividade
produtiva, mas é responsável por centralizar e administrar a política do grupo que controla, grupo esse
denominado conglo merado. Na prática, a holding detém um controle acionário de outras empresas
(subsidiárias) e é o estágio mais avançado de concentração do capital.
O dumping é uma prática comercial em que uma ou mais empresas vendem seus produtos e serviços abaixo
do preço do mercado, inviabilizando o modelo de negócios de uma outra empresa. O objetivo é eliminar a
concorrência e conquistar uma fatia maior de mercado. Geralmente, é associado a vendas no exterior, por
exemplo, quando agricultores da Europa e dos Estados Unidos recebem subsídios governamentais,
conseguindo produzir e exportar abaixo do custo de produção, o que prejudica as vendas brasileiras no
exterior.
EXERCÍ CI OS DE AULA
1. As provas oferecidas pela Siemens e por seus executivos ao Cade são contundentes. Entre elas, consta
um depoimento bombástico prestado no Brasil em junho de 2008 por um funcionário da Siemens da
Alemanha. ISTOÉ teve acesso às sete páginas da denúncia. Nelas, o ex-funcionário, que prestou
depoimento voluntário ao Ministério Público, revela como funciona o esquema de desvio de dinheiro
dos cofres públicos e fornece os nomes de autoridades e empresários que participavam da tramoia.
Fonte: Istoé, 19/ 07/ 2013.
A matéria retrata:
Geo.
a) um esquema de corrupção existente na prefeitura municipal de São Paulo em relação ao
monopólio que algumas empresas de transportes detêm e que motivou a revolta comandada
pelo Movimento Passe Livre.
b) um milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do Estado em São
Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos.
c) um novo capítulo cuja verba desviada das obras do Metrô eram utilizadas
para comprar votos de parlamentares para que aprovassem projetos do governo federal.
d) um milionário caso de corrupção na prefeitura municipal de São Paulo relacionado a desvios de
recursos para obras do Metrô e trens metropolitanos da CPTM.
e) a descoberta de um Cartel composto por multinacionais europeias que estavam envolvidas com
desvi mensalão mineiro.
2.
http:/ / gestaoboechat.blogspot.com
A fusão da Sadia com a Perdigão, em maio de 2009, resultou na criação da Brazil Foods, décima maior
empresa alimentícia do continente americano e segunda do país.
Esse evento é decorrente de uma estratégia das grandes corporações e representa uma tendência
mundial da atual fase do capitalismo.
A denominação da atual fase do capitalismo e uma justificativa para a adoção dessa estratégia estão
indicadas em:
a) liberal redução dos preços das mercadorias
b) monopolista ampliação da participação no mercado
c) monetarista diminuição dos custos de comercialização
d) concorrencial aumento da escala de compras da companhia
4.
Geo.
A presença de empresas globais que dominam o mercado de tecnologia no mundo costuma gerar
atritos com os governos nacionais e impactos de diferentes dimensões em sua indústria cultural e na
privacidade dos indivíduos. Diante do poder dessas grandes empresas, os Estados nacionais buscam
estabelecer regras antitrustes para o setor.
Adaptado de Farhad Manjoo, The New York Times/ Folha de São Paulo, 11/ 06/ 2016, p. 1 e 2.
Com relação ao poder econômico e político das empresas globais de tecnologia digital e as ações dos
governos nacionais, é correto afirmar que:
a) A tecnologia digital representou uma expressiva reestruturação da ordem global. Houve maior
democratização da circulação de informações pela internet e os Estados nacionais perderam
totalmente o controle do conteúdo transmitido pelas redes digitais.
b) O poder das grandes empresas de tecnologia predomina apenas nos países pobres, cujos Estados
dispõem de limitadas legislações para o controle desses grupos econômicos em seus territórios,
sobretudo no que diz respeito às mídias globais.
c) As leis antitrustes surgiram no final do século XX e foram criadas pelos Estados nacionais para o
controle do poder econômico das empresas globais do mercado de tecnologia digital, setor que
costuma desenvolver práticas de mercado anticompetitivas.
d) As empresas de tecnologia digital formam verdadeiros oligopólios e controlam diversas redes
informacionais; apesar disso, elas ainda dependem das legislações dos Estados nacionais para a
atuação nos territórios e comercialização dos seus produtos.
EXERCÍ CI OS DE CASA
O comportamento adotado pelas três empresas mineradoras, caso seja comprovado, configuraria a
seguinte prática econômica:
a) cartel
b) holding
c) dumping
d) incorporação
3. O fenômeno pelo qual o país exporta para outro produtos abaixo do custo, para instituir uma desleal
concorrência, é denominado de:
a) protecionismo.
b)
c)
Geo.
d) cooperativismo.
e) antiprotecionismo.
Desde o final do século XIX, tornou-se um aspecto marcante do modo de produção capitalista a
formação de grandes empresas capazes de controlar a maior parte ou mesmo todo o mercado de um
ou mais produtos.
A notícia acima expressa a seguinte prática presente nessa realidade centenária, associada à seguinte
característica do atual momento econômico:
a) holding fusão de companhias do mesmo setor
b) cartel controle do mercado em escala planetária
c) oligopólio padronização mundial das leis de concorrência
d) dumping p protecionismo para produtos de países emergentes
A criação da AUTOLATINA ocorreu em 1987 entre a Volkswagen do Brasil e a Ford do Brasil. Embora a
dissolução da AUTOLATINA, hoje, já esteja sendo cogitada, conforme foi visto, podemos continuar a
usar seu exemplo para ilustrar empresas que administram associações e coligações entre duas ou mais
firmas. Essas empresas são conhecidas como:
a) .
b) monopólios.
c)
d) guildas.
e) monopsônios.
A empresa de transportes Didi Chuxing anunciou nesta quarta-feira (3) que adquiriu o controle da brasileira
99. O negócio acirra ainda mais a disputa da chinesa com a Uber e sinaliza uma consolidação das empresas
de transporte alternativo no Brasil e pelo mundo.
O valor da transação não foi revelado, mas ele confere à 99 valor de mercado em torno de US$ 1 bilhão,
Isso faz da empresa, na do
Brasil. O nome é dado a startups, empresas iniciantes de tecnologia, ao atingir o patamar bilionário em valor
de mercado.
Adaptado de: https:/ / g1.globo.com/ economia/ noticia/ chinesa-didi-chuxing-compra-o-controle-da-brasileira-99.ghtml
A compra milionária da reportagem acima chamou atenção da mídia internacional, pois representou um
passo mais ousado para a empresa chinesa Didi Chuxing. No mercado brasileiro, qual seria o impacto dessa
aquisição?
GABARI TO
Exercícios de aula
1. b
A matéria trata de um escândalo de corrupção divulgado em 2013 sobre a formação de cartel em serviços
e equipamentos para o metrô e CPTM, em São Paulo. O destaque é que empresas transnacionais, como
Siemens (alemã) e Alstom (francesa), estão envolvidas com propinas a funcionários e políticos do
governo de São Paulo, configurando o chamado propinoduto.
2. b
Muitos argumentam que a quarta fase do capitalismo (Informacional) é apenas uma prolongação da fase
Financeira ou Monopolista. Hoje, observa-se uma concentração de capital em patamares inéditos,
possível graças às fusões e aquisições históricas de empresas multinacionais. Nesse sentido, a atual fase
ainda se caracteriza por Monopolista e tal prática possui como objetivo ampliar e dominar o segmento
do mercado em que elas atuam.
3. d
foi o nome dado ao cartel formado por sete empresas petrolíferas, Gulf Oil (EUA), Exxon
(EUA), Standard Oil (EUA), Texaco (EUA), Shell (Reino Unido e Holanda), BP (Reino Unido) e Chevron
(BP), no início do século XX.
4. d
No mundo da tecnologia, poucas e grandes empresas controlam esse setor. Alphabet (holding que
possui o Google), Microsoft, Apple, Facebook, Intel e Nvidia são alguns exemplos desse domínio global.
Muitas dessas empresas são originárias dos Estados Unidos, mais precisamente do Vale do Silício. Mesmo
com seu gigantesco tamanho, em determinadas situações, essas empresas ainda dependem da legislação
dos Estados, como no caso da China, onde o controle estatal da informação exig e diversas adaptações
por parte dessas empresas, para atuarem nesse gigantesco mercado.
Exercícios de casa
Geo.
1. a
Não é difícil observar, na atual fase do capitalismo, vários setores da economia que são controlados por
um pequeno número de empresas. A notícia informa que três empresas distintas vêm impondo mudanças
nos acordos de compra e venda do minério, determinando preços mais elevados, o que se configura
como uma formação de cartel.
2. c
No início da fase capitalista Financeira ou Monopolista, o Liberalismo era a doutrina econômica
dominante. Defendia o livre comércio e a total ausência do Estado na economia, que seria regulada pela
permitiu a formação de grandes conglomerados.
Somente com a Crise do Liberalismo em 1929, que o Keynesianismo passou a ser a doutrina econômica
dominante, defendendo a intervenção do Estado na economia.
3. c
O dumping é uma prática comercial em que um país ou empresa exporta seus produtos abaixo do custo,
inviabilizando o modelo de negócios de uma outra empresa. O objetivo é eliminar a concorrência e
conquistar uma fatia maior de mercado.
4. a
Cartel é um acordo entre empresas, com o objetivo de dividir o mercado e fixar preços, obtendo
condições e vantagens específicas.
5. b
Tal como a reportagem esclarece, empresas do ramo farmacêutico realizaram acordos para fixar a oferta
e elevar o preço de produtos vitamínicos, o que se configura como a prática de cartel e possui como
objetivo o domínio do mercado.
6. Autolatina foi uma joint venture (aliança entre empresas) formada entre a Ford (49% das ações) e a
Volkswagen (51% das ações) nos mercados brasileiro e argentino, na década de 1980 e 1990. Autolatina
seria uma holding que controlaria a Volkswagen e a Ford, que manteriam suas identidades visuais e suas
marcas, mas colaborariam na produção e desenvolvimento de novas tecnologias. A Autolatina chegou
ao fim em 1996.
Questão Contexto
A aquisição da empresa não se configura propriamente como uma fusão, e sim como, um controle acionário.
Porém, essa aquisição indica para o mundo que a empresa chinesa não está interessada apenas em obter
fatias de uma operação, e sim dominar o mercado. No ano passado, a Cabify, empresa espanhola de
transporte alternativo, uniu suas operações com as da Easy, que foi pioneira no Brasil no negócio de conectar
taxistas via aplicativo. A tendência monopolista das empresas nessa fase do capitalismo não é novidade. No
Brasil, o mercado de transporte alternativo passa a ser disputado por duas grandes empresas, o que, no
futuro, pode significar uma diminuição da concorrência e aumento dos preços.
Geo.
GEP
Slide de abertura
Desenvolva um pré-ritual de
01
estudos e tenha uma rotina de
mar
sucesso
Quase metade das nossas decisões do dia a dia resultam do hábito. Ele é um recurso que nosso cérebro usa
para tomar uma decisão sem gastar muita energia, é quase um piloto automático. Se criarmos o hábito de
estudar, a execução dessa tarefa será mais fácil e menos cansativa.
Hábito e rotina
É a partir da rotina que você irá conseguir adquirir um novo hábito. Imagine a rotina como uma série de
instruções que devem ser executadas de forma encadeada. À medida que executa essas instruções, repeti-
damente, você cria um determinado hábito.
Com o passar dos dias, seu cérebro será condicionado a sempre repetir essas mesmas tarefas, executando-
as de forma mais natural e menos cansativa. Para entender mais sobre rotina, assista ao vídeo abaixo.
GEP
Entrevista sobre Hábito e Rotina
Você também deve criar uma rotina de estudos. Por exemplo, assistir aos módulos gravados, produzir um
resumo, resolver a lista de exercícios e fazer o diagnóstico da lista. Com o tempo e da mesma forma, seu
cérebro irá executar essas tarefas mais naturalmente. Porém, para essa rotina virar um hábito, você precisa
adicionar alguns elementos, como a deixa e a recompensa, que são estratégias que te ajudam a fixar a rotina
no seu dia a dia, criando definitivamente o hábito de estudar. Clicando na imagem abaixo, você irá assistir a
um resumo animado do livro O Poder do Hábito, de Charles Duhigg, e descobrir como essa ferramenta pode
transformar sua vida.
• Seja proativo.
Os 7 hábit os das pes- • Comece com o objetivo em mente.
• Primeiro, o mais importante.
• -g .
soas alt ament e ef ica- • Primeiro, procure compreender, depois, ser com-
preendido.
zes • Crie sinergia.
• Afina o instrumento.
Quer um exemplo real? Se liga nas dicas da ex-aluna e atual monitora Sarah Schollmeier, no grupo do Guia
GEP
do Estudo Perfeito, no Facebook.
EXERCÍCIO
Pense em quais rotinas você poderia criar para adquirir o hábito de estudar. Elabore uma lista com essas
instruções e indique como você gostaria de executá-las. Tenha essa lista em mãos e venha para a live sobre
Pré-ritual de estudos e rotina, no grupo do GEP. Para não perder nenhuma live no grupo, fique atento ao
horário e dia dos eventos criados por lá. Se não puder, elas ficam gravadas e você pode assisti-las depois.
His.
Professor: João Daniel
Monitor: Octavio Correa
His.
Mundo antigo: 26
Grécia fev
RESUM O
Com certeza sociedade que mais influenciou diretamente ou indiretamente o mundo atual foi a grega, ao
lado do mundo romano esses compuseram a base do atual sistema político, filosófico e cultural da sociedade
moderna, seja por meio de influências que resistiram ao tempo ou pelo resgate das tradições durante o
renascimento a cultura greco-romano em especial a parte grega ajudou a formar o mundo como se conhece
hoje.
Temporização
Estes durante a maior parte de sua história organizaram-se em cidades estado que existiram por todo o
mediterrâneo até a costa francesa, as cidades se organizavam em torno de diferentes sistemas políticos, as
mais importantes eram Atenas e Esparta, Atenas tinha um perfil mais intelectual e democrático, já em Esparta
a atividade era majoritariamente militar e tinha um modelo monárquico, essas cidades depois de acabarem
com a ameaça dos Persas voltaram-se uma contra a outra envolvendo outras cidades formando duas ligas a
de Delos (aliados de Atenas) e a do Peloponeso (aliados de Esparta), a guerra do Peloponeso durou de 431-
421 a.C.
Após as guerras entre Atenas e Esparta começa o domínio Macedônico, de Alexandre o Grande, os
macedônios viviam ao norte da Grécia e tinham uma cultura grega principalmente na elite do local, ainda sim
eram considerados como bárbaros pelos gregos já que falavam outra língua e tinham um sistema de governo
diferente. Ainda sim, Alexandre domina a Grécia estende até o Iraque, mais tarde depois de dez anos de
conquistas Alexandre morre em 323 a.C.
A sociedade Grega com a autonomia política dos nativos dura até o início do domínio romano da região, que
se da depois da Batalha de Corinto em 146 a.C. No entanto a sociedade grega deixou profundas influências
na sociedade romana, como a religião que é muitíssimo parecida com a mudança de nomes do s deuses,
grande parte da filosofia romana tem base nos pensadores gregos e de certa forma sua organização social
também foi herdada dos gregos.
His.
A organização social grega era extremamente hierarquizada, salvas as exceções de cada cidade-estado a
sociedade grega seguia um padrão, peguemos o exemplo de Esparta. O grupo do topo da pirâmide eram os
Espartiadas que eram guerreiros dórios que receberam a administração das terras comunais agora estatizadas
sob seu controle tendo direitos políticos, em seguida vinham os Periecos eram os cidadãos livres que se
dedicavam na agricultura nas terras periféricas á dos Espartiadas, eles se dedicavam também ao artesanato e
a criação de gado. Por último vinham os Hilotas que trabalhavam nas terras dos espartiadas além de fazerem
outras funções.
Os gregos herdaram diversas técnicas agrícolas das sociedades egípcias e mseopotâmicas, logo não era de
se espantar que a principal base da economia era a agricultura como em grande parte das sociedades pré-
industriais, no entanto os gregos dedicavam-se a pesca por conta de sua configuração geográfica (em
arquipélago) e ao comércio que movimentava todo um sistema de trocas no mediterrâneo, sendo exímios
navegantes, podemos citar ainda a mineração e o manuseio de metais que eram usados no fabrico de armas,
ornamentos e itens religiosos.
EXERCÍ CI OS DE AULA
2. Dentre os legados dos gregos da Antiguidade Clássica que se mantêm na vida contemporânea,
podemos citar:
a) a concepção de democracia com a participação do voto universal.
b) a promoção do espírito de confraternização por intermédio do esporte e de jogos.
c) a idealização e a valorização do trabalho manual em todas suas dimensões.
d) os valores artísticos como expressão do mundo religioso e cristão.
e) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das cidades-acrópoles.
3. A Guerra do Peloponeso (431 a.C.- 404 a.C.), que teve importância fundamental na evolução histórica
da Grécia antiga, resultou, entre outros fatores, de
a) um confronto econômico entre as cidades que formavam a Confederação de Delos.
His.
b) um esforço da Pérsia para acabar com a influência grega na Ásia Menor.
c) um conflito entre duas ideologias: Esparta, oligárquica, e Atenas, democrática.
d) uma manobra de Esparta para aumentar a sua hegemonia marítima no mar Egeu.
e) uma tentativa de Atenas para fracionar a Grécia em diversas cidades-estado.
Texto II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: princípio
de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as
especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro
elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a
impressão de quererem ancorar o mundo numa
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado) .
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a
partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo
medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que:
a) eram baseadas nas ciências da natureza.
b) refutavam as teorias de filósofos da religião.
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
d) postulavam um princípio originário para o mundo.
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
6. Não esqueçamos que o processo de formação de um povo e de uma civilização gregos não se
desenrolou segundo um plano premeditado, nem de maneira realmente consciente. Tentativa, erro e
imitação foram os principais meios, de tal modo que certa margem de diversidade social e cultural,
amiúde muito marcada, caracterizou os inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo nem a própria direção
da mudança deixaram de se alterar ao longo da história grega.
(Moses I. Finley. O mundo de Ulisses.3ª ed. Lisboa: Presença, 1998, p.16.)
da
b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor
His.
EXERCÍ CI OS DE CASA
1. Não é possível pôr em dúvida por mais tempo, ao passar em revista o estado atual dos conhecimentos,
ter havido realmente uma guerra de Troia histórica, em que uma coligação de Aqueus ou Micênios,
sob um rei cuja suserania era conhecida pelos restantes, combateu o povo de Troia e os seus aliados.
A magnitude e duração da luta podem ter sido exageradas pela tradição popular em tempos recentes,
e o número dos participantes avalia dos muito por cima nos poemas épicos. Muitos incidentes, tanto
de importância primária como secundária, foram sem dúvida inventados e introduzidos na narrativa
durante a sua viagem através dos séculos. Mas as provas são suficientes para demonstrar não só que a
tradição da expedição contra Troia deve basear-se em fatos históricos, mas ainda que boa parte dos
heróis individuais mencionados nos poemas foi tirada de personagens reais.
Carl W. Blegen. Troia e os troianos. Lisboa, Verbo, 1971. Adaptado.
espumosos, impelido pelos ventos do sul, ele avança, e arrasta as vagas imensas que surgem ao redor!
Géia, a suprema divindade, que todas as mais supera, na sua et ernidade, ele [o homem] a corta com
-se
anônimos, sem-nome. Somente o indivíduo heróico, aceitando enfrentar a morte na flor de sua
juventude, vê seu nome perpetuar-se gloriosamente de geração em geração. Sua figura singular fica
Assinale a alternativa correta quanto à construção da imagem do guerreiro na Grécia Antiga. His.
a) As epopéias eram narrativas da vida de indivíduos comuns durante o período homérico.
b) A Ilíada e a Odisséia foram as narrativas que consolidaram o ideal de guerreiro.
c) A Ilíada é a narrativa que desconstruiu a idealização do guerreiro.
d) Para os gregos a imortalidade era conquistada através das ações cotidianas.
e) A morte dos deuses do Olimpo era uma forma de perpetuar a imagem dos guerreiros.
-Augusto Boal)
7. Considere o texto.
A conservação da pequena e média propriedade da terra havia resolvido uma crescente crise social na
Ática e arredores. Mas, em si, ela tenderia a deter os desenvolvimentos cult ural e político da civilização
8. É inegável a contribuição de Aristóteles para a filosofia ocidental. Conviveu com Platão durante vinte
anos, mas se destacou pela amplitude da sua obra. Aristóteles:
a) defendeu uma sociedade política democrática, governada por filósofos.
b) não concordou com a teoria platônica do mundo das ideias.
c) criticou os sofistas, defendendo o relativismo moral.
d) era contra a escravidão, defendendo a cidadania para todos.
His.
e) não conseguiu formular um pensamento original, devido às suas concepções idealistas.
QUESTÃO CONTEXTO
Os gregos deixaram inúmeros legados para civilização ocidental como a filosofia e a democracia, apesar
desses valores positivos para a história da humanidade a sede da democracia grega, Atenas, eram
excludentes.
His.
GABARI TO
1. d
Não se pode usar conceitos ou valores anacrônicos nas analises históricas, sendo que os viventes dos
períodos não tinham estes conceitos, o anacronismo afeta negativamente a análise histórica.
2. b
Os jogos olímpicos eram uma forma de confraternização na antiguidade, nele participavam so mente
homens e os jogos serviam para afirmação da cultura e adoração aos deuses de sua religião também.
3. c
A guerra do Peloponeso simboliza uma transformação na sociedade das cidades-estados que passaram
a se polarizar em dois blocos liderados por Atenas e Esparta em uma grande briga por áreas de influência
entre as cidades.
4. e
A literatura grega é a maior fonte de conhecimento para os historiadores hoje em dia, por seu conteúdo
ajuda a entender os personagens da vida grega e seus valores tendo em vista que a mitologia por exemplo
tinha a função de formação moral.
5. d
podemos ver o ponto em comum entre os filósofo s de diferentes tempos e portanto de diferentes
pensamentos a busca pela origem do universo, debate que muitas vezes hoje com todo o avanço
científico ainda é incerto.
6. a) Prática do comércio marítimo e adoção de certos mitos (como o do Minotauro), imitados da civilização
cretense.
entre
Esparta e Atenas: a primeira, com uma sociedade estratificada baseada na origem étnica de suas camadas
sociais, uma educação que privilegiava a militarização e uma mentalidade conservadora; a segunda, com
uma sociedade organizada segundo critérios econômicos, uma educação que privilegiava a formação
intelectual e uma mentalidade progressista, aberta às inovações.
A Grécia teve um processo de desenvolvimento sem nenhum padrão, logo, em diversas cidades estados
His.
haviam diversas formas de organização política e social, e como todas as outras civilizações foi
influenciada pelas anteriores como a cultura cretense e o mito do Minotauro.
1. a) Ilíada, cuja autoria é atribuída a Homero. O título dessa obra deriva de Ílion nome dado pelos gregos
à cidade de Troia, cujo assédio e queda constituem o tema central do poema.
b) Semelhança: um e outro têm como base um evento real. Diferença: no poema épico há intervenções
de divindades, ao passo que o fato histórico é narrado com base em elementos exclusivamente mate -
riais ainda que eventualmente exagerados ou alterados por juízo de valor.
Os gregos registravam seus feitos com a finalidade de passar as próximas gerações sua história, no
entanto seu registro como na maioria das sociedades antigas era recheado de mitologias no meio de
fatos possíveis.
2. b
O texto defende a possibilidade de uma união entre irmãos gregos (fratricida) que poderia ter acontecido
3. A pólis de Esparta apresenta uma série de peculiaridades que a torna singular no contexto das cidades-
Estado da Grécia clássica. Manteve um regime oligárquico fundado na existência de poderosa
aristocracia terra-tenente (os espartíatas) que explorava o trabalho dos hilotas, verdadeiros servos. Além
disso, havia uma camada pouco expressiva de pequenos proprietários, os periecos, situados na periferia
da cidade. Esparta tinha uma estrutura social militarizada ao extremo, com os espartíatas dedicando -se à
prática militar durante quase toda a vida. Eles detinham, portanto, o monopólio da fo rça, garantindo o
domínio sobre os demais grupos sociais e o prosseguimento da exploração da mão -de-obra hilota. Nota-
se que, contrastando com o imobilismo social espartano, as demais pólis gregas apresentaram uma
estrutura mais dinâmica, reflexo de uma economia mais diversificada, como pode ser claramente
observado, por exemplo, na pólis de Atenas.
4. c
A cultura grega em geral tinha uma valorização do homem nunca vista na antiguidade, tanto que estes
valores são resgatados pela tradição humanística no Renascimento.
5. b
As duas epopeias citadas são exemplos de heroísmo imortalizado na cultura grega, habito que era
valorizado como diz o texto.
6. c
A cultura ateniense foi marcada pela desvalorização da mulher, na verdade o objeto de amor dos homens
gregos eram os homens.
7. a
A escravidão grega foi um fator decisivo que permitiu os gregos a se dedicarem não somente a
agricultura, mas também a uma atividade intelectual.
8. b
Os gregos em particular os atenienses protagonizaram um polo da filosofia no mundo antigo.
9. b
O afastamento dos cidadãos oponentes ao governo foi uma espécie de auto proteção dos governos.
Questão contexto:
a) A cidadania grega era reservada somente aos atenienses homens maiores de 21 anos nascidos de pais His.
atenienses.
b) O sistema democrático atual é muito mais inclusivo do que o modelo grego não tendo distinção de idade
ou sexo, a principal consequência dos dois modelos é que em Atenas a política permanecia sem influencias
(boas ou ruins) de fora da cidade já no modelo moderno a participação política leva em conta as diferenças
culturais a fim de incluir todos os cidadãos.
Lit.
Professor: Diogo Mendes
Lit.
Trovadorismo: cantigas de amigo e 02
amor mar
RESUM O
O Trovadorismo
O Trovadorismo vem de uma tradição oral e manifesta-se nas cantigas medievais. Apesar de termos,
hoje, poemas escritos, eles foram pensados para serem cantados há ainda registros de algumas partituras,
bem diferentes do modelo atual e existem algumas tentativas de reprodução dessas cantigas. O que temos,
porém, é uma vastidão de poemas escritos em galego-português. O estranhamento que a leitura de uma
cantiga trovadoresca pode causar vem do fato de que, embora muito próximo da Língua Portuguesa, o
Galego-Português é um estágio anterior do português atual e, portanto, tem suas características (ortografia,
regras gramaticais, pronúncia, sintaxe) próprias. Iniciamos nossos estudos por essa escola literária porque ela
é o que aparece de primeiro na história de um Portugal medieval e, como tal, tem muita importância para
a compreensão da literatura em Língua Portuguesa. Formalmente falando, a oralidade das cantigas medievais
é fundamental para compreender sua forma um texto oral deve ser memorizado e, para isso, usam-se de
alguns artifícios para facilitar a memorização:
- métrica regular
- rimas
- paralelismo
- presença de refrões
- Produção satírica, em que não há sentimentalismos, mas a intenção de crítica e riso. É subdivida
em:
◦ De escárnio, na qual as críticas são feitas de forma velada, sem que se cite nomes.
Exemplo de cantiga escárnio:
EXERCÍ CI OS DE AULA
3. A próxima questão toma por base uma cantiga do trovador galego Airas Nunes, de Santiago (século
XIII), e o poema Confessor Medieval, de Cecília Meireles (1901-1964).
Cantiga
Bailemos nós já todas três, ai amigas,
So aquestas avelaneiras frolidas, (frolidas = floridas)
E quem for velida, como nós, velidas, (velida = formosa)
Se amigo amar,
So aquestas avelaneiras frolidas (aquestas = estas)
Verrá bailar. (verrá = virá)
Bailemos nós já todas três, ai irmanas, (irmanas = irmãs)
So aqueste ramo destas avelanas, (aqueste = este)
E quem for louçana, como nós, louçanas, (louçana = formosa)
Se amigo amar,
So aqueste ramo destas avelanas (avelanas = avelaneiras)
Verrá bailar.
Confessor Medieval
(1960)
Irias à bailia com teu amigo,
Se ele não te dera saia de sirgo? (sirgo = seda)
Cecília Meireles
As cantigas que focalizam temas amorosos apresentam-se em dois gêneros na poesia trovadoresca: as
-
-poemático r
-
mesmo, com um confidente (a mãe, a irmã, etc.). De posse desta informação,
a) classifique a cantiga de Airas Nunes em um dos dois gêneros, apresentando a justificativa dessa
Lit.
resposta.
b) identifique, levando em consideração o próprio título, a figura que o eu-poemático do poema de
Cecília Meireles representa.
creceu a erva,
e per cabo si paceu,
e já se leva!
Seu dono non lhi buscou
cevada neno ferrou:
mai-lo bon tempo tornou,
creceu a erva,
e paceu, e arriçou,
e já se leva!
Seu dono non lhi quis dar
cevada, neno ferrar;
mais, cabo dum lamaçal
creceu a erva,
e já se leva!
( CD Cantigas from the Court of Dom Dinis. harmonia mundi usa, 1995.)
Martim Codax
a) A estrutura paralelística é, neste poema, particularmente expressiva, pois reflete, no plano formal,
o movimento de vai-e-vem das ondas.
b) Nesse texto, os versos livres e brancos são indispensáveis para assegurar o efeito musical da
canção.
c) As repetições que marcam o desenvolvimento do texto opõem-se ao tom emotivo do poema.
Lit.
d) No refrão, a voz das ondas do mar faz-se presente como contraponto irônico ao desejo do eu lírico.
e) É um típico vilancete de tradição popular, com versos em redondilha maior e estrofação irregular.
TEXTO I
Ao longo do sereno
Tejo, suave e brando,
Num vale de altas árvores sombrio,
Estava o triste Almeno
Suspiros espalhando
Ao vento, e doces lágrimas ao rio.
(Luís de Camões, Ao longo do sereno.)
TEXTO II
Bailemos nós ia todas tres, ay irmanas,
so aqueste ramo destas auelanas
e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar.
(Aires Nunes. In Nunes, J. J., Crestomatia arcaica.)
TEXTO III
Tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
(Fernando Pessoa, Obra poética.)
TEXTO IV
Os privilégios que os Reis
Não podem dar, pode Amor,
Que faz qualquer amador
Livre das humanas leis.
mortes e guerras cruéis,
Ferro, frio, fogo e neve,
Tudo sofre quem o serve.
(Luís de Camões, Obra completa.)
TEXTO V
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)
(Mário de Sá Carneiro, Poesias.)
A alternativa que indica texto que faz parte da poesia medieval da fase trovadoresca é
a) I.
b) II.
Lit.
c) III.
d) IV.
e) V.
EXERCÍ CI OS DE CASA
Texto I
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!
Martim Codax
Obs.: verrá = virá
levado = agitado
Texto II
Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao menos uma vez: aos 52 anos eu
Manuel Bandeira
a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres
e mulheres camponesas.
b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a
cultura antropocêntrica.
c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da
Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.
d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como
também a função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos
padrões estéticos greco-romanos.
5. -vos queixar
Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao menos uma vez: aos 52 anos eu ignorava
foi fruto de meses de leitura
dos cancioneiros. Li tanto e tão seguidamente aquelas deliciosas cantigas, que fiquei com a cabeça
a San Servando. O único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga.
Manuel Bandeira
No texto, o autor.
a) manifesta sua resistência à obrigatoriedade de ler textos medievais durante o período de formação
acadêmica.
b) utiliza a expressão cabeça cheia (linha 08) para depreciar as formas linguísticas do galaico-
c) relata circunstâncias que o levaram a compor um poema que recupera a tradição medieval.
d) vez que os textos
medievais eram cantados.
e) usa a expressão deliciosas cantigas (linha 07) em sentido irônico, já que os modernistas
consideraram medíocres os estilos do passado.
7. Interpretando historicamente a relação de vassalagem entre homem amante/ mulher amada, ou mulher
amante/ homem amado, pode-se afirmar que:
a) o Trovadorismo corresponde ao Renascimento.
b) o Trovadorismo corresponde ao movimento humanista.
c) o Trovadorismo corresponde ao Feudalismo.
d) o Trovadorismo e o Medievalismo só poderiam ser provençais.
e) tanto o Trovadorismo como o Humanismo são expressões da decadência medieval.
Lit.
ay Deus, e hu é¹?
Ay flores, ay flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ay Deus, e hu é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu no que pôs comigo!
ay Deus, e hu é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu no que me há jurado!
¹E hu é: onde está
A composição anterior, parcialmente transcrita, pertence à lírica medieval da Península Ibérica. Ela
possui arte poética própria e características definidas do lirismo trovadoresco, podendo -se ainda
descobrir o nome pelo qual composições idênticas são conhecidas.
Em uma das alternativas indicadas acham-se todos os elementos que correspondem a essas
afirmações.
a) Destacam-se o paralelismo das estrofes, a alternância vocálica e o refrão. O poeta pergunta pelo
seu amigo.
b) Destaca-se o refrão como interpelação à natureza. Trata-se de uma cantiga de amigo.
c) Destacam-se o paralelismo das estrofes, a alternância vocálica e o refrão. O poeta canta na voz de
uma mulher e pergunta pelo amado, porque é uma cantiga de amigo .
d) Destaca-se a alternância vocálica. Trata-se da teoria do fingimento, que já existia no lirismo
medieval.
e) Destaca-se o ambiente campestre. O poeta espera que os pinheiros respondam à sua pergunta.
9. Senhor feudal
Se Pedro Segundo
Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia.
Oswald de Andrade
O título do poema de Oswald remete o leitor à Idade Média. Nele, assim como nas cantigas de amor,
a idéia de poder retoma o conceito de
a) fé religiosa.
b) relação de vassalagem.
c) idealização do amor.
d) saudade de um ente distante.
e) igualdade entre as pessoas.
QUESTÃO CONTEXTO
Muitas vezes tendemos a pensar que um movimento literário se restringiu a determinado período histórico e,
após o seu fim, deixou pouco ou nenhum legado. Na prática, não é assim: há uma relação de dialogismo
entre as obras literárias de diferentes períodos, ou seja, uma obra pode dialogar com outra e recuperá-la,
mesmo que inconscientemente. Esse é o caso da canção Sozinho , de Caetano Veloso:
Sozinho
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
Você acha que a música de Caetano Veloso apresenta alguma carcterística em comum com algum gênero
de cantiga estudado? Justifique.
Lit.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. d
O trovadorismo teve seu auge na alta Idade Média, período em que a circulação de livros era muito
restrita. Por isso, as cantigas, em sua maioria de origem popular, circulavam oralmente e, para que tal
tarefa fosse mais fácil, buscava-se meios de tornar sua memorização mais viável.
2. e
As cantigas de amor apresentam eu-lírico masculino. Somente as cantigas de amigo apresentam eu-lírico
feminino.
3. a) Cantiga de amigo, pois há a presença do eu lírico feminino e os interlocutores são amigas desse
interlocutor.
b) O eu-poemático, como o título diz (Confessor Medieval), trata-se da figura de um religioso ou
confidente que aconselha a moça.
4. a
Por ironizar o comportamento do dono do cavalo sem nomeá-lo, a cantiga se enquadra como satírica,
na subcategoria de escárnio.
5. a
O paralelismo aqui reflete o movimento das ondas.
6. b
Pela escrita em galego português e pela temática amorosa do poema, pode-se inferir que a cantiga
trovadoresca está no texto II.
Exercícios de casa
1. d
O trovadorismo teve seu auge na alta Idade Média, período em que a circulação de livros era muito
restrita. Por isso, as cantigas, em sua maioria de origem popular, circulavam oralmente e, para que tal
Lit.
tarefa fosse mais fácil, buscava-se meios de tornar sua memorização mais viávelC
2. a
A produção trovadoresca se restringiu à poesia. A prosa somente ganhou espaço no humanismo.
3. d
As cantigas de amor reprudezem a relação entre vassalo e suzerano na Idade Média: o eu-lírico se doa
4. e
A expressão do sentimento feminino se dá nas cantigas de amigo, em que o anseio pela chegada/ espera
do amado é tema recorrente. É importante lembrar, no entanto, que, apesar do eu-lírico feminino, as
canções de amigo eram escritas por homens.
5. a
6. c
Bandeira busca reconstituir o processo que o impeliu a escrever uma cantiga
7. c
O feudalismo é representado no trovadorismo através das relações de vassalagem e suzerania, bases do
sistema feudal na Idade Média.
8. c
ou seja, as repetições estruturais,
vocabulares e musicais nas estrofes está presente. Além disso, a canção tem um eu-lírico feminino na
espera ansiosa por seu amado o que caracteriza uma canção de amigo.
9. b
O poder na idade média, no sistema feudal, se manifestava através das relações de vassalagem e
suzerania, que podem ser remetidas pelo título do poema em questão.
Questão Contexto
Sim. A canção de Caetano Veloso é muito próxima das cantigas líricas, das cantigas de amor e amigo, em
que um eu-lírico masculino apresenta um sentimento de sofrimento amoroso (o que é próximo das cantigas
de amor) e lamenta a ausência do seu amado/ sua amada (o que é próximo das cantigas de amigo).
Lit.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
Monitor: Fernanda Aranzate
Mat.
Exercícios: Teorema de Tales 28
(FUVEST, UNICAMP E UNESP) fev
EXERCÍ CI OS DE AULA
1. Para melhorar a qualidade do solo em uma fazenda, aumentando a produtividade do milho e da soja,
e feito o rodizio entre essas culturas e a área destinada ao pasto. Com essa finalidade, a área produtiva
da fazenda foi dividida em três partes conforme a figura.
Considere que:
• os pontos A, B, C e D estão alinhados;
• os pontos H, G, F e E estão alinhados;
• os segmentos AH, BG, CF e DE são, dois a dois, paralelos entre si;
• AB = 500 m, BC = 600 m, CD = 700 m HE = 1980 m.
Mat.
2. Pedro está construindo uma fogueira representada pela figura abaixo. Ele sabe que a soma de x com y
e 42 e que as retas r, s e t são paralelas.
A diferença x – y e:
a) 2.
b) 4.
c) 6.
d) 10.
e) 12.
comprimento de MN.
4.
a) a medida x.
b) o perímetro
EXERCÍ CI OS DE CASA
1. 1 , o valor da abscissa x é:
Mat.
a) 2a
b) a²
c) ( a+ 1)²
d) a 1
e) √� 1
2. Considere a figura em que r / / s / / t .
O valor de x é:
a) 3.
b) 4.
c) 5.
d) 6.
4. O jardineiro do Sr. Artur fez um canteiro triangular composto por folhagens e flores onde as divisões
são todas paralelas a base AB do triangulo ABC, conforme figura.
5. Considere 3 retas coplanares paralelas, r, s e t, cortadas por 2 outras retas, conforme a figura.
Os valores dos segmentos identificados por x e y são, respectivamente:
3 3
a) e .
20 40
b) 6 e 11.
c) 9 e 13.
d) 11 e 6.
20 40
e) e .
3 3
As ruas TP e SQ são paralelas. Partindo de S, cada corredor deve percorrer o circuito passando,
sucessivamente, por R, Q, P, T, retornando, finalmente, a S.
Assinale a opção que indica o perímetro do circuito.
a) 4,5 km
b) 19,5 km
c) 20,0 km
d) 22,5 km
e) 24,0 km
Mat.
a) 6.
9
b)
2
11
c)
2
15
d)
2
21
e)
2
8. Observe a figura a seguir:
10. Na figura a seguir, AD e a bissetriz inteira de A . Calcule as medidas de BD e DC, sabendo que (BC) = 8
cm.
Mat.
PUZZLE
Dois criadores de jacarés (criador I e criador II) estavam conversando, e, durante o curso da conversa, eles
notaram uma curiosa coincidência. Se o criador I vendesse 7 jacarés ao criador II, o criador I ficaria com o
mesmo número de jacarés que o criador II. Por outro lado, se o criador II vendesse ao criador I 7 jacarés, o
criador I ficaria exatamente com o dobro do número de jacarés do criador II. Quantos jacarés cada um deles
possui?
GABARI TO
Exercícios de aula
1. b
Aplicando o Teorema de Thales temos:
AD BC
HE GF
1800 600
1980 x
3 1
1980 x
1980
x 660
3
2. c
Aplicando o Teorema de Thales temos:
8/ 6=x/ y
X+y = 42
x=42-y
Substituindo temos:
8y = 6x
8y = 6 (42-y)
8y = 252 6y
8y+6y = 252
y =252/ 14
y = 18
Assim:
x= 42-y
x=42 18
y =24
como Mat.
x=24
y=18
x-y=
24-18=6
11
3. MN
30
Seja AM = x, fazemos:
AM/ AC=BM/ BC
X/ 2=(5-X)/ 4
X=5/ 3
Sendo CÂB = α, aplicamos a lei dos cossenos no triângulo ABC
2² 5² 4² 13
cos
2.2.5 20
E NA = AC. Cos α = 2 . (13/ 20) = 13/ 10
11
Portanto MN=AM-NA=(5/ 30 (13/ 10) = 30
4. b
x / 20 = 35/ 25 = y/ 40
x/ 20 = 35/ 25
25x = 35.20
25x = 700
x = 700/ 25
x = 28
35/ 25 = y/ 40
25y = 40.35
25y = 1400
y = 1400/ 25
y = 56
5. a) 5
Sendo DE é paralela a BC, os ângulos dos triângulos ABC e ADE são iguais. Assim, o triângulo ADE é
proporcional ao triângulo ABC.
AD = 9
AB = 9 +X + 1 =
AB =10 + X
AE = 6
AC = 6 + (X 1)
AC = 5 + X
Assim, como os triângulos ABC e ADE são proporcionais, os seus lados são proporcionais.
Mat.
Reescrevendo a proporcionalidade na forma de frações:
AB / AD = AC/ AE
(10 + x) / 9 = (5 + x) / 6
6 (10 + x) = 9 (5+ x)
60 + 6x = 45 + 9x
60 45 = 9x 6x
15 = 3 x
x = 15/ 3
x=5
b) 36
Para calcularmos o perímetro do triângulo ABC, precisamos saber quanto mede cada lado, sabendo
que x = 5.
AB = 10 + X
AB = 10 + 5
AB = 15.
BC = 11
AC = 5+X
AC = 5 + 5
AC = 10
Exercícios de casa
1. b
a OA OD
Equação 1 :
1 OB OC
consequentemente temos:
x OE OD
Equação 2:
a OA OC
x a
Das equações 1 e 2 teremos: a 1
x a²
2. b
Aplicando o Teorema de Tales
x x6
x 2 2x 7
Mat.
2 x ² 7 x x ² 8 x 12
x ² x 12 0
x4
ou
x 3 não convém
3. b
Aplicando o Teorema de Tales, temos:
4/ x=x/ 9
x²=36
x= 36
x=6
4. b
Aplicando o Teorema de Tales, temos:
x/ 20=35/ 25=y/ 40
x/ 20=35/ 25
25x=35.20
25x=700
X=28
35/ 25=y/ 40
25y = 40.35
25y = 1400
Y = 56
5. e
Do Teorema de Tales temos que:
4/ x=3/ 5
X=20/ 3
x/ y = 5/ 10
y=10x/ 5
y=[10.(20/ 3)]/ 3
y=40/ 3
6. b
PR/ PT = QR/ QS
6/ PT = 4/ 3
PT = 4,5 km
PR/ TR = QR/ SR
6/ (3 + SR) = 4/ SR
SR = 6 km
Perímetro do circuito: SR + RQ + QP + PT + TS
Perímetro do circuito: 6 + 4 + 2 + 4,5 + 3 = 19,5 km
7. e
Aplicando o Teorema de Tales temos:
AD/ BD = AE/ EC
4/ 2=X/ 3
Mat.
12=2X
X=6
Aplicando o teorema da bissetriz interna, temos:
BM/ AB = CM/ AC
3/ 6=Y/ 9
6Y=27
Y=27/ 6=9/ 2
X+Y = 9/ 2+6=21/ 2
8. d
Aplicando o teorema de tales:
AM/ BM = NA/ CN
8/ 12 = 6/ CN
8CN=72
CN=9
B'C' = ...
10/ 13 = 3/ B'C'
10B'C' = 13x3
B'C' = 39/ 10
B'C' = 3,9
C'D' = ...
10/ 13 = 5/ C'D'
10C'D' = 65
C'D' = 65/ 10
C'D' = 6,5
11 5
x y
10. 2 e 2
Do enunciado temos:
BC = x + y = 8
x=8 y
Aplicando o teorema da bissetriz interna:
x/ 11 = y/ 5
8-y / 11 = y / 5
40 5y = 11 y
Y=40/ 16 = 5/ 2
X = 8-5/ 2
X = 11/ 2
Puzzle
Mat.
O criador I possui 49 jacarés, e o criador II possui 35 jacarés.
Por.
Professora: Fernanda Vicente
Por.
Apreensão e Compreensão de 27
Sentido fev
RESUM O
A partir disso, podemos observar que há dois movimentos distintos atuando no texto e possibilitando seu
entendimento. O primeiro é a apreensão, que é a captação das relações que cada parte mantém com as
outras na manchete, ou seja, o texto pelo texto, em sua camada mais superficial. Ela não é suficiente para o
entendimento do sentido integral, uma vez que uma pessoa que conhecesse todas as palavras da frase em
questão mas não estivesse antenada nas notícias sobre política no Brasil não seria capaz de captar o que a
manchete quer dizer. Por isso é necessário que coloquemos o texto no universo discursivo ao qual ele
pertence para que ele ganhe sentido, ou seja, é preciso certo conhecimento de mundo para que haja
-
coloca no âmbito político, chamamos compreensão.
Assim, podemos afirmar que a soma da apreensão com a compreensão gera a interpretação do texto, isto
é, seu entendimento por completo. Para que se leia e entenda um texto, é preciso que se atinja dois níveis
de leitura: o informativo e o de reconhecimento. O primeiro deve ser feito cuidadosamente, em um primeiro
contato com o texto, e deve focar na extração de informações e na preparação para a leitura interpretativa.
EXERCÍ CI OS DE AULA
Por.
Quando o juiz pronunciou a sentença, a primeira reação dele foi de revolta. Preferível a cadeia, disse para os
pais e para o advogado. De nada adiantaram os argumentos deles, segundo os quais a decisão do magistrado
tinha sido a melhor possível e, mais, um grande avanço na tradição judiciária.
Foi uma revelação, uma experiência pela qual nunca tinha passado antes. De repente, estava descobrindo
um novo mundo, um mundo que sempre lhe fora desconhecido. Vidas Secas simplesmente o fez chorar. Leu
outros livros de Graciliano e Guimarães Rosa. Leu poemas de Bandeira e João Cabral. E de repente estava
decidido: queria dedicar sua vida à literatura. Foi aprovado em Letras, fez o curso, tornou-se professor
leciona na universidade.
Ah, sim, ele tem um sonho: gostaria de ser um ficcionista. Tem na cabeça o projeto de um romance. É a
história de um hacker que, entrando num site, descobre uma história tão emocionante que muda sua vida.
Uma história como Graciliano Ramos escreveria, se, claro, ele fosse um ex-hacker.
(Adaptado de Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 28/ 04/ 2008)
O melro veio com efeito às três horas. Luísa estava na sala, ao piano. Está ali o sujeito do costume foi
dizer Juliana. Luísa voltou-se corada, escandalizada da expressão: Ah! meu primo Basílio? Mande entrar.
E chamando-a: Ouça, se vier o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre. Era o primo! O sujeito, as suas visitas
perderam de repente para ela todo o interesse picante. A sua malícia cheia, enfunada até aí, caiu, engelhou
se como uma vela a que falta o vento. Ora, adeus! Era o primo! Subiu à cozinha, devagar, lograda. Temos
grande novidade, Sr.ª Joana! O tal peralta é primo. Diz que é o primo Basílio. E com um risinho: É o Basílio!
Ora o Basílio! Sai-nos primo à última hora! O diabo tem graça! Então que havia de o homem ser se não
parente? observou Joana. Juliana não respondeu. Quis saber se estava o ferro pronto, que tinha uma carga
de roupa para passar! E sentou-se à janela, esperando. O céu baixo e pardo pesava, carregado de
eletricidade; às vezes uma aragem súbita e fina punha nas folhagens dos quintais um arrepio trêmulo. Éo
primo! refletia ela. E só vem então quando o marido se vai. Boa! E fica-se toda no ar quando ele sai; e é
roupa-branca e mais roupa-branca, e roupão novo, e tipoia para o passeio, e suspiros e olheiras! Boa bêbeda!
Tudo fica na família! Os olhos luziam-lhe. Já se não sentia tão lograda.
Mas a campainha, embaixo, tocou.
(Eça de Queirós. O primo Basílio, 1993.)
3. Quando é avisada de que Basílio estava em sua casa, Luísa escandaliza-se com a forma de
expressão de sua criada Juliana. A reação de Luísa decorre
a) da linguagem descuidada com que a criada se refere a seu primo Basílio, rapaz cortês e de família
aristocrática.
b) da intimidade que a criada revela ter com o Basílio, o que deixa a patroa enciumada com o
comentário.
c) do comentário malicioso que a criada faz à presença de Basílio, sugerindo à patroa que deveria
envolver-se com o rapaz.
d) da indiscrição da criada ao referir-se ao rapaz, o qual, apesar do vínculo familiar, não era visita
frequente na casa da patroa.
e) da ambiguidade que se pode entrever nas palavras da criada, referindo-se com ironia às
frequentes visitas de Basílio à patroa.
Por.
4. A leitura do parágrafo permite concluir que as reflexões de Juliana são pautadas
a) pelo inconformismo com os encontros, que lhe representam mais afazeres.
b) pela falta de interesse que tem de se ocupar dos afazeres domésticos.
c) pelo ressentimento que experimenta, por não receber a atenção desejada.
d) pela insatisfação de contemplar o bem-estar da família.
e) pelo descaso que revela ter em relação a Luísa e aos seus familiares.
O trecho a seguir foi retirado da apresentação da obra Pioneiras da ciência no Brasil . O livro traz
biografias de cientistas brasileiras que iniciaram suas carreiras nos anos 1930 e 1940.
Cabe uma reflexão sobre a divisão dos papéis masculino e feminino dentro da família, para tentar
melhor entender por que a presença feminina no mundo científico mantém-se minoritária. Constata-se que,
no Brasil, ainda cabem às mulheres, fortemente, as responsabilidades domésticas e de socialização das
crianças, além dos cuidados com os velhos. Assim, ainda que dividindo o espaço doméstico com
companheiros, as mulheres têm, na maioria dos lares, maior necessidade de articular os papéis familiares e
profissionais. A ideia de que conciliar vida profissional e familiar representa uma dificuldade é reforçada pela
análise da população ocupada feminina com curso superior, feita por estudiosos, que constata que cerca de
46% dessas mulheres vivem em domicílios sem crianças. Como as cientistas são pessoas com diplomas
superiores, elas estão compreendidas nesse universo. Por outro lado, talvez a sociedade brasileira ainda
mantenha uma visão estereotipada calcada num modelo masculino tradicional - do que seja um profissional
da ciência. E certamente faltam às mulheres modelos positivos, as grandes cientistas que lograram conciliar
sucesso profissional com vida pessoal realizada. Para quebrar os estereótipos femininos, para que novas
gerações possam se mirar em novos modelos, é necessário resgatar do esquecimento figuras femininas que,
inadvertida ou deliberadamente, permaneceram ocultas na história da ciência em nosso país.
(Adaptado de Hildete P. de Melo e Lígia Rodrigues, Pioneiras da ciência no Brasil. Rio de Janeiro: SBPC, 2006, p. 3-4.)
6.
A expressão sublinhada
a) delimita a amostra de lares em que a mulher precisa articular tarefas profissionais e domésticas.
b) restringe o universo das mulheres mencionadas no trecho ao das que se dedicam à vida doméstica.
c) informa o local social em que circulavam as mulheres referidas no trecho.
d) destaca o fato de que a maioria das mulheres vive com companheiros.
EXERCÍ CI OS DE CASA
Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também estar imóvel no meio dos céus. Ptolomeu dá
argumentos astronômicos para tentar mostrar isso. Para entender esses argumentos, é necessário lembrar
que, na antigüidade, imaginava-se que todas as estrelas (mas não os planetas) estavam distribuídas sobre uma
superfície esférica, cujo raio não parecia ser muito superior à distância da Terra aos planetas. Suponhamos
agora que a Terra esteja no centro da esfera das estrelas. Neste caso, o céu visível à noite d eve abranger, de
cada vez, exatamente a metade da esfera das estrelas. E assim parece realmente ocorrer: em qualquer noite,
de horizonte a horizonte, é possível contemplar, a cada instante, a metade do zodíaco. Se, no entanto, a
Terra estivesse longe do centro da esfera estrelar, então o campo de visão à noite não seria, em geral, a
Por.
metade da esfera: algumas vezes poderíamos ver mais da metade, outras vêzes poderíamos ver menos da
metade do zodíaco, de horizonte a horizonte. Portanto, a evidência astronômic a parece indicar que a Terra
está no centro da esfera de estrelas. E se ela está sempre nesse centro, ela não se move em relação às estrelas.
(Roberto de A. Martins, Introdução geral ao Commentariolus de Nicolau Copernico)
1. O terceiro período ("Para entender esses... da Terra aos planetas.") representa, no texto,
a) o principal argumento de Ptolomeu.
b) o pressuposto da teoria de Ptolomeu.
c) a base para as teorias posteriores à de Ptolomeu.
d) a hipótese suficiente para Ptolomeu retomar as teorias anteriores.
e) o fundamento para o desmentido da teoria de Ptolomeu.
Leitor 1: O alto número de óbitos entre as mulheres fez com que os cuidados com a saúde feminina se
tornassem mais necessários. Hoje sabemos que estamos expostas a muitos fatores; por isso, conhecer
os sintomas do infarto é fundamental.
Leitor 2: Os médicos devem se aprofundar nos estudos relacionados à saúde da mulher. A paciente,
por sua vez, não pode deixar de se prevenir. Nesse processo, a informação, os rec ursos adequados e
profissionais capacitados são determinantes para diminuir os infartos.
(Cartas. IstoÉ, 04.09.2013. Adaptado.)
A comparação dos textos enviados pelos leitores permite afirmar corretamente que
a) dois leitores escrevem à revista para informar a falta de conhecimentos sobre o infarto feminino.
b) duas mulheres escrevem à revista para falar da prevenção dos infartos, mais incidentes no sexo
feminino.
c) duas pessoas escrevem à revista para ressaltar a importância dos cuidados com a saúde da mulher.
d) duas pessoas escrevem à revista para expressar sua indignação com a falta de recursos destinados
à saúde da mulher.
e) dois profissionais da saúde escrevem à revista para reforçar a necessidade da medicina preventiva.
4.
A publicidade acima foi divulgada no site da agência FAMIGLIA no dia 24 de janeiro de 2007, véspera
do
foto, em letras bem pequenas, está escrito: Tomara, mas tomara mesmo, que nos próximos aniversários
Por.
o paulistano comemore uma cidade nova de verdade. Considerando os sentidos produzidos por esse
anúncio, é correto afirmar:
a) As duas perguntas e as duas respostas que configuram o texto do outdoor na publicidade acima
pressupõem que os paulistanos estão discutindo o número de outdoors e também o abandono de
muitos dos moradores da cidade.
b) O texto escrito em letras pequenas tem a função de exortar os paulistanos a refletir sobre as
próximas eleições e sobre como fazer para que seja estabelecido um conjunto de prioridades
socialmente relevantes para toda a sociedade.
c) A publicidade pretende levar os leitores a perceber que as prioridades estabelecidas pela gestão
municipal da cidade não permitem que os paulistanos enxerguem os verdadeiros problemas que
estão nas ruas de São Paulo.
d) A publicidade, composta de texto verbal e imagem, tem como objetivo principal encampar o
projeto municipal e também propor a discussão de outras
prioridades para a cidade.
5. A estrada
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,
6. Consideremos, por exemplo, a questão da morte, que, pelo menos à primeira vista, parece ser um
indicador fidedigno de que se perdeu a luta darwiniana. Os ricos também morrem, é claro só que
não tão cedo. Levam uma vida mais longa e mais sadia do que o resto de nós. Diz o velho clichê que
todo dinheiro do mundo não significa nada quando não se tem saúde, mas as pessoas endinheiradas
geralmente a têm. E, em média, quanto mais dinheiro têm, melhor é sua saúde. O estudo Longitudinal
de 1990, no Reino Unido, constatou que os donos de casa própria que têm um automóvel tendem a
redução de mortalidade que vai das áreas mais desprivilegiadas até as mais opulentas. (O estudo
considerou a posse de automóveis meramente como uma medida conveniente da riqueza; não
pretendeu implicar que ter vinte carros qualificaria Elton John para a imortalidade.)
Outras pesquisas indicaram que as pessoas abastadas tinham vida mais longa no passado. Numa das
mais estranhas pesquisas demográficas de que se tem notícia, uma equipe de epidemiologistas e
Por.
psicólogos vasculhou o cemitério de Glasgow, em meados dos anos 90, munidos de varas de limpar
chaminés. Usaram-nas para medir a altura de mais de oitocentos obeliscos do século XIX. As pessoas
enterradas sob os obeliscos tendem a ser abastadas, e os pesquisadores presumiram que os obeliscos
mais altos marcariam as sepulturas mais ricas. O estudo revelou que cada metro extra de altura do
obelisco traduzia-se em quase dois anos de longevidade adicional para a pessoa sepultada sob ele.
(História natural dos ricos, 2004. Adaptado.)
Assinale a alternativa que estabelece a correta relação entre o texto e o clichê citado.
a) O texto relativiza o clichê, notando que há uma correlação direta entre a saúd e das pessoas e o
dinheiro que elas têm.
b) O texto confirma a afirmação do clichê, trazendo dados numéricos e rigor científico ao que o clichê
afirmava a partir da sabedoria popular.
c) O texto contesta o que o clichê diz, afirmando que, mesmo para pessoas com saúde debilitada, o
dinheiro pode amenizar os sofrimentos durante o tempo que precede a morte.
d) O texto relativiza o clichê, questionando com dados e pesquisas científicas atualizadas os dados em
que o clichê se baseia.
e) O texto contesta a validade do clichê, afirmando que pessoas mais saudáveis tendem a ganhar ,ais
dinheiro.
7. Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente quando tem pouco que fazer; começou portanto a puxar
conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna.
O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um
dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar.
Ó mestre! disse o marujo no meio da conversa, você também não é sangrador?
Sim, eu também sangro...
Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar a gente a bordo; morre-se ali
que é uma praga.
Homem, eu da cirurgia não entendo muito...
Pois já não disse que sabe também sangrar?
Sim...
Então já sabe até demais.
No dia seguinte saiu o nosso homem pela barra fora: a fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria sabê-
lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro; restava
unicamente saber fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta.
Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros; chamou-se o
médico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos.
Com isto ganhou imensa reputação, e começou a ser estimado.
Chegaram com feliz viagem ao seu destino; tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram para
o Rio. Graças à lanceta do nosso homem, nem um só negro morreu, o que muito contribuiu para
aumentar-lhe a sólida reputação de entendedor do riscado.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
A linguagem de cunho popular que está presente tanto na fala das personagens quanto no discurso
do narrador do romance de Manuel Antônio de Almeida, está mais bem exemplificada em:
a) umpria sabê-lo
b)
c)
d)
e)
Por.
8. Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
a) utilização paródica de um provérbio de uso corrente.
b) emprego de linguagem formal em circunstâncias informais.
c) representação inverossímil de um convívio pacífico de cães e gatos.
d) uso do grotesco na caracterização de seres humanos e de animais.
e) inversão do sentido de um pensamento bastante repet ido.
9. No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido
pela personagem seja considerado
a) incoerente.
b) parcial.
c) anacrônico.
d) hipotético.
e) enigmático
QUESTÃO CONTEXTO
http:/ / publicinove.com.br/
Exercícios de aula
1. d
O texto 1 tem o foco na informação e trata-se de uma notícia; já o texto 2 tem caráter ficcional, uma
vez que o autor dialoga com o primeiro texto e cria uma narrativa sobre a situação anterior.
2. a
O texto de Moacyr Scliar apresenta uma progressividade dos acontecimentos: desde o momento em
que o jovem foi sentenciado até o momento em que ele decide cursar Letras e seguir a profissão de
docente, já na vida adulta.
3. e
No trecho presente é possível perceber que Juliana desconfia de um possível envolvimento amoroso
de Luísa com o primo Basílio devido às frequentes visitas. Ao denominá-
a expressão induz um pensamento malicioso de Juliana, pressupondo que Basílio é amante de sua
patroa.
4. a
No trecho e é roupa-branca e mais roupa- -
se um tom de reclamação de Juliana, pois as visitas frequentes do primo Basílio faziam com que Luísa
se enfeitasse mais, dando mais trabalho à Juliana, que tinha que arrumar e passar suas roupas.
5. b
O último período do texto reflete sobre a necessidade de representatividade feminina no campo da
ciência, neste sentido, temos ali a justificativa da criação da obra, que mostrará as mulheres pioneiras
da ciência no Brasil.
6. a
se dividem entre as tarefas
profissionais e as do lar.
Exercícios de casa
1. b
Por.
No terceiro período, o autor tenta justificar como Ptolomeu fomentou argumentos astronômicos para
explicar que a Terra aparenta estar imóvel em relação às estrelas, para isso, ele apresenta seus
pressupostos.
2. d
3. c
Ao ler os comentários dos leitores 1 e 2, é possível perceber que esses reafirmam a necessidade de
prevenir possíveis riscos à saúde feminina.
4. c
O anúncio publicitário coloca o outdoor abaixo de uma triste realidade social: a dos moradores de rua.
A ideia é induzir o interlocutor a refletir sobre esta situação social e, principalmente, sobre as prioridades
estabelecidas pelo governo, que trata com descaso a marginalização social e a pobreza.
5. e
6. a
Ao interpretarmos o texto, vemos que ele tenta relativizar o clichê, como pode ser evidenciado nos
7. d
8. e
Há um pensamento de senso comum de que as pessoas que possuem animais de estimação tentam
substituir a ausência de ter filhos; o cartum ironiza esse pensamento ao inverter o seu valor.
9. b
A fala da personagem baseia-se em sua experiência pessoal, não é possível tomá-la como verdade
absoluta, por isso tal pensamento torna-se parcial.
Questão Contexto
A intenção comunicativa do anúncio consiste em alertar os pais sobre os perigos da obesidade infantil, a fim
de que esses se atentem-se e evitem prejudicar a saúde de seus filhos.
Por.
Quí.
Professor: Abner Camargo
Monitor: João Castro
Quí.
27
Atomística
fev
RESUM O
Atomística
Átomo: a unidade fundamental da matéria, é formado por um núcleo, que contém nêutrons e prótons, e
por elétrons que circundam o núcleo.
80
Hg 200,5
Quí.
Elemento: Mercúrio
Número Atômico: 80
Número de Massa: 200,5 u
• Em átomos neutros o número de prótons será equivalente ao número de nêutrons, porém, quando
houver um desequilíbrio entre estes valores estaremos diante de um íon.
Íons
• átomo ou grupo atômico eletricamente carregado
Tipos de íons
Isótopos: Mesmo numero de prótons, diferente número de massa e diferente número de nêutrons.
Isóbaros: Mesmo numero de massa, diferente número de prótons e diferentes números de nêutrons.
Isótonos: Mesmo número de nêutrons , diferente número de prótons e diferente número de massa.
Cada uma dessas possíveis orbitas que o elétron pode se localizar foi denominada nível de energia ou ainda
camadas eletrônicas, são representados pelas letras K, L, M, N, O ,P e Q.
Subníveis de energia
Em cada nível de energia, os elétrons se distribuem em subníveis
Distribuição eletrônica
Diagrama de distribuição eletrônica de Linus Pauling
Quí.
Exemplos:
12Mg: 1s2 2s2 2p 6 3s2
2 2 6 2 6 2 1
21Sc: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d
Exemplos em Íons:
Cátion: 20Ca2+:1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 (perdeu dois elétrons-carga positiva 2+)
Ânion: 17Cl - : 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 (ganhou um elétron-carga negativa 1-)
EXERCÍ CI OS DE AULA
O número atômico de X é:
a) 53
b) 54
c) 55
d) 56
e) 57
2. Um cátion metálico trivalente tem 76 elétrons e 118 nêutrons. O átomo do elemento químico, do qual
se originou, tem número atômico e número de massa, respectivamente:
a) 76 e 194
b) 76 e 197
c) 79 e 200
d) 79 e 194
e) 79 e 197
Quí.
e) 54
EXERCÍ CI OS DE CASA
3. A água pesada, utilizada em certos tipos de reatores nucleares, é composta por dois átomos de
deutério (número de massa 2) e pelo isótopo 16 de oxigênio. O número total de nêutrons, na molécula
da água pesada, é:
a) 10
b) 12
c) 16
Quí.
d) 18
e) 20
5. Isótopos e alótropos constituem átomos do mesmo elemento químico, porém têm propriedades
diferentes. Conceitue isótopos e alótropos.
6. O íon monoatômico A2 apresenta a configuração eletrônica 3s2 3p 6 para o último nível. O número
atômico do elemento A é:
a) 8
b) 10
c) 14
d) 16
e) 18
9. Sabendo que o número atômico do ferro é 26, responda: Na configuração eletrônica do íon Fe 3+
,o
último subnível ocupado e o número de elétrons do mesmo são, respectivamente:
a) 3d, com 6 elétrons
b) 3d, com 5 elétrons
c) 3d, com 3 elétrons
d) 4s, com 2 elétrons
QUESTÃO CONTEXTO
Um estudante do ensino médio ao sair de uma aula de química, em que o professor tinha acabado de explicar
metais. O aluno antes de ir embora decide então dar mais uma volta, q uando se depara com uma barra de
alumínio e também uns pedaços de uma antiga janela de ferro. Para exercitar o conhecimento adquirido na
aula de química do dia, o aluno (com o auxílio de sua tabela periódica) decide fazer a distribuição eletrônica
Quí.
dos dois metais. Represente como deveria ter sido a distribuição eletrônica do alumínio e do ferro.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. c
I. X é isóbaro de Y e isótono de Z, ou seja o número de massa de X e de Y são iguais e o o número de
nêutrons entre X e Z também são iguais.
II. II. Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z, ou seja o número atômico
(número de prótons) de Y é igual ao de Z
2. e
O cátion trivalente perdeu 3 elétrons e ficou com 76 elétrons, logo o átomo neutro tinha 79 elétrons, com
isso, o seu nº atômico Z = 79, como N = 118, neste caso temos: A = Z + N = 79 + 118 = 197
3. b
X é isóbaro do 40Ca logo X possui A = 40. X é isótopo do 18Ar, logo X possui Z = 18, com isso temos: 40
X,
18
4. c
O cátion bivalente perdeu 2 elétrons e ficou com o mesmo número de elétrons do xenônio, ou seja, com
54 elétrons. Logo, o átomo neutro Y tinha 56 elétrons, sendo assim o seu nº atômico é 56.
5. d
1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 4s2 3d 8
6. c
III. 3s2 3p 6 4s2 perde 2e- 2
3p 6 (gás nobre-camada de valência com 8 elétrons)
Exercícios de casa
Quí.
1. a
2. e
Os isótopos apresentam o mesmo número de prótons, como no átomo neutro nº prótons = nº elétrons,
logo estes apresentam o mesmo número de elétrons e diferem entre si no número de nêutrons.
3. a
Na molécula de água pesada temos H2O temos cada átomo de hidrogênio representado por 2H1 (N = 1) e
cada átomo de oxigênio representado por 16 O 8(N = 8), com isso cada molécula de água apresenta 10
nêutrons
4. c
Isótopos são elementos que possuem o mesmo número atômico, exemplo o elemento hidrogênio, cujo
número atômico é 1, possui 3 isótopos: 1H (mais abundante), 2H (deutério), 3H (trítio).
5.
6. d
O íon monoatômico A2 ganhou 2 elétrons e apresenta a configuração eletrônica 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 , ou
seja, 18 elétrons. Logo o átomo neutro tinha 16 elétrons
7. a
Para 12Mg temos: 1s2 2s2 2p 6 3s2 , com isso para o íon Mg 2+ ficamos com: 1s2 2s2 2p 6 , ou seja, apresenta dois
níveis completamente preenchidos.
8. c
O íon X3+ perdeu 3 elétrons e ficou com 28 elétrons, logo quando neutro o átomo apresentava 31 elétrons
e 31 prótons
9. b
Questão Contexto
Quí.
Red.
Professor: Carolina Achut ti
Monitor: Maria Paula Queiroga
Red.
28
A redação da Unicamp
fev
RESUM O
A Unicamp, diferentemente das outras provas estaduais, pede em seus vestibulares um modelo de
redação diferente. Enquanto a maioria dos vestibulares pede um texto de caráter dissertativo -argumentativo,
a Universidade Estadual de Campinas requer de seus candidatos uma produção mais abrangente quando se
trata de gêneros textuais.
Isso significa que, ao prestar o vestibular da Unicamp, deve-se ter preparado a escrita de textos não
somente dissertativos. Portanto, é importante conhecer os diferentes gêneros e o que eles requerem.
e
quatro aspectos de definição:
• Esfera: o que circula esse gênero (qual é o ambiente em que o texto pode ser encontrado)
• Forma co mposicional: a forma como o texto é estruturada (parágrafos, progressões, etc)
• Temática: o tipo de assunto que é tratado no gênero
• Estilo: os recursos linguísticos mais comuns em determinado gênero
Assim, se torna mais fácil classificar e entender os gêneros. Uma carta entre amigos, por exemplo,
circula na esfera social mais íntima, entre conhecidos; sua forma composicional se estende em data,
saudação, assunto, despedida, assinatura e post -scriptum (opcional); a temática é das mais variadas e; o estilo
se define de acordo com o nível de intimidade entre os amigos.
Esse esquema de pensamento se aplica aos mais variados gêneros. Ao pensar um gênero, é
importante fazer esse tipo de relação.
Entretanto, isso não quer dizer que é necessário conhecer e ter proficiência em todos os gêneros
textuais isso seria praticamente impossível, devido ao número de gêneros possíveis. O importante no
vestibular da Unicamp é, além de uma noção básica do conceito e dos tipos existentes de gêneros, ter uma
leitura atenta. Isso porque consta nas instruções da redação o que se espera da produção textual e quais
elementos ela deve conter. Não fica tão complicado, então, compor um texto dentro dos moldes pedidos.
Red.
importante ressaltar que a prova da Unicamp contém duas redações com gêneros distintos.
2015
Tema 1: Síntese
Proposta: Síntese sobre humanizar o atendimento da saúde através da tecnologia
Tema 2: Carta
Proposta: Carta convite para debater a violência nas escolas
2016
Tema 1: Resenha
Proposta: Resenha sobre a fábula de La Fontaine
Tema 2: Artigo de divulgação
Proposta: Artigo de divulgação sobre texto científico
2017
Tema 1: Carta argumentativa
Proposta: Carta sobre a imigração no Brasil
Tema 2: Artigo
Proposta: Artigo sobre uma campanha publicitária
2018
Tema 1: Palestra
-
Tema 2: Artigo de opinião
Proposta: Artigo de opinião sobre os limites da liberdade de expressão
EXERCÍ CI OS DE AULA
Para compreender melhor a prova da Unicamp e os seus conceitos, selecionamos a proposta de 2015 e a
expectativa da banca para cada tema.
Tema 1:
Você integra um grupo de estudos formado por estudantes universitários. Periodicamente, cada membro
apresenta resultados de leituras realizadas sobre temas diversos. Você ficou responsável por elaborar uma
síntese sobre o tema humanização no atendimento à saúde, que deverá ser escrita em registro formal. As
fontes para escrever a síntese são um trecho de um artigo científico (excerto A) e um trecho de um ensaio
(excerto B). Seu texto deverá contemplar: a) o conceito de humanização no atendimento à saúde; b) o ponto
de vista de cada texto sobre o conceito, assim como as principais informações que sustentam esses p ontos
de vista; c) as relações possíveis entre os dois pontos de vista.
Excerto A
Excerto B
Red.
A famosa Faculdade para Médicos e Cirurgiões da Escola de Medicina da Columbia University, em Nova York,
formou rec
e até das mortes que
podia ser atribuído parcial ou totalmente à atitude dos médicos de ignorarem o que os pacientes contavam
sobre suas doenças, sobre aquilo com que tinham que lidar, sobre a sensação de serem negligenciados e até
mesmo abandonados. Não é que os médicos não acompanhassem seus casos, pois eles seguiam
meticulosamente os prontuários de seus pacientes: ritmo cardíaco, hemogramas, temperatura e resultados
dos exames especializados. Mas, para parafrasear uma das médicas comprometidas com o programa, eles
simplesmente não ouviam o que os pacientes lhes contavam: as hist órias dos pacientes. Na sua visão, eles
ou medicação e nada disso acontece, a queda ladeira abaixo tem tanto o seu lado biológico como psíquico.
reunião para discutir o assunto. Você ficou respo nsável pela elaboração da carta-convite d essa reunião, a
ser endereçada pelo grupo à comunidade escolar alunos, professores, pais, gestores e funcionários.
A carta deverá convencer os membros da comunidade escolar a participarem da reunião, justificando a
importância desse espaço para a discussão de ações concretas de enfrentamento do problema da violência
na escola. Utilize as informações da matéria abaixo para construir seus argumentos e mostrar possibilidades
de solução.
Lembre-se de que o grupo deverá assinar a carta e também informar o dia, o horário e o local da reunião.
Conversar para resolver conflitos. Quando a escuta e o diálogo são as regras, surgem soluções
pacíficas para as brigas.
Alunos que brigam com colegas, professores que desrespeitam funcionários, pais que ofendem os diretores.
Casos de violência na escola não faltam. A pesquisa O Que Pensam os Jovens de Baixa Renda sobre a Escola,
realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) sob encomenda da Fundação Victor
Civita (FVC), ambos de São Paulo, revelou que 11% dos estudantes se envolveram em conflitos com seus
pares nos últimos seis meses e pouco mais de 8% com professores, coordenadores e diretores. Poucas
escolas refletem sobre essas situações e elaboram estratégias para construir uma cultura da paz. A maioria
aplica punições que, em vez de acabarem com o enfrentamento, estimulam esse tipo de atitude e tiram dos
jovens a autonomia para resolver problemas.
Segundo Telma Vinha, professora de Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e colunista da revista NOVA ESCOLA, implementar um projeto institucional de mediação de
conflitos é fundamental para implantar espaços de diálogo sobre a qualidade das relações e os problemas de
convivência e propor maneiras não violentas de resolvê-los. Assim, os próprios envolvidos em uma briga
podem chegar a uma solução pacífica.
Por essa razão, é importante que, ao longo do processo de implantação, alunos, professores, gestores e
funcionários sejam capacitados para atuar como mediadores. Esses, por sua vez, precisam ter algumas
habilidades como saber se colocar no lugar do outro, manter a imparcialidade, ter cuidado com as palavras
e se dispor a escutar.
O projeto inclui a realização de um levantamento sobre a natureza dos conflitos e um trabalho preventivo
para evitar a agressão como resposta para essas situações. Além disso, ao sensibilizar os professores e
funcionários, é possível identificar as violências sofridas pelos diferentes segmentos e atuar para acabar com
elas.
Há duas formas principais de a mediação acontecer, segundo explica Lívia Maria Silva Licciardi, doutoranda
em Psicologia Educacional, Desenvolvimento Humano e Educação pela Universidade Estadual de Campinas
Red.
(Unicamp). A primeira é quando há duas partes envolvidas. Nesse caso, ambos os lados se apresentam ou são
chamados para conversar com os mediadores - normalmente eles atuam em dupla para que a imparcialidade
no encaminhamento do caso seja garantida - em uma sala reservada para esse fim. Eles ouvem as diversas
versões, dirigem a conversa para tentar fazer com que todos entendam os sentimentos colocados em jogo e
ajudam na resolução do episódio, deixando que os envolvidos prop onham caminhos para a decisão final.
A segunda forma é utilizada quando acontece um problema coletivo - um aluno é excluído pela turma, por
exemplo. Diante disso, o ideal é organizar mediações coletivas, como uma assembleia. Nelas, um gestor ou
um professor pauta o encontro e conduz a discussão, sem expor a vítima nem os agressores. "O objetivo é
fazer com que todos falem, escutem e proponham saídas para o impasse. Assim, a solução deixa de ser
punitiva e passa a ser formativa, levando à corresponsabilização pelos resultados", diz Ana Lucia Catão,
mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Ela ressalta que o
debate é enriquecido quando se usam outros recursos: filmes, peças de teatro e músicas ajudam na
contextualização e compreensão do problema.
No Colégio Estadual Federal (CEF) 602, no Recanto das Emas, subdistrito de Brasília, o Projeto Estudar em
Paz, realizado desde 2011 em parceria com o Núcleo de Estudos para a Paz e os Direitos Humanos da
Universidade de Brasília (NEP/ UnB), tem 16 alunos mediadores formados e outros 30 sendo capacitados.
A instituição conta ainda com 28 professores habilitados e desde o começo deste ano o projeto faz parte da
formação continuada. "Os casos de violência diminuíram. Recebo menos alunos na minha sala e as
depredações do patrimônio praticamente deixaram de existir. Ao virarem protagonistas das decisões, os
estudantes passam a se responsabilizar por suas atitudes", conta Silvani dos Santos, diretora. (...)
"Essas propostas trazem um retorno muito grande para as instituições, que conseguem resultados
satisfatórios. É preciso, porém, planejá-las criteriosamente", afirma Suzana Menin, professora da Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
(Adaptado de Karina Padial, Conversar para resolver. Gestão Escolar. São Paulo, no . 27, ago/ set 2013.
http:/ / gestaoescolar.abril.com.br/ formacao/ conversar -resolver-conflitos-brigas-dialogo-762845.shtml?page=1. Acessado em
02/ 10/ 2014.)
EXERCÍ CI OS DE CASA
Seguindo o mesmo modelo dos exercícios apresentados durante a aula, agora é a sua vez de redigir um texto
a partir dos gêneros exigidos pela Unicamp em 2017! Lembre-se de compreender o gênero, a proposta e o
desenvolvimento do que se pede.
Tema 1:
Reverenciada mundialmente por suas belezas naturais, a cidade do Rio de Janeiro tem se transformado em
espaço sonhado para aqueles que buscam construir seu futuro em terra estrangeira. Imigrantes, de origens
variadas, vêm chegando à cidade, buscando garantir sua sobrevivência, fugir à pobreza ou transformar seus
sonhos em realidade. Esse processo insere-se em um quadro mais geral de transformações. Graças à situação
assumida pelo Brasil, como uma das maiores economias do mundo, polo de atração na Am érica do Sul, o
país vem se tornando, mais uma vez na história, importante lugar de chegada, em um momento em que
políticas de vigilância e controle sobre os estrangeiros aprofundam-se nos países ricos em crise. Essa nova
situação exige estudos que ultrapassem as questões pontuais para incluir análises sobre as relações presente
O recente episódio da entrada abrupta de haitianos no Brasil, sem dúvida, apontou a necessidade dessas
análises ampliadas. Para além da conjugação entre a necessidade de partir e o conhecimento adquirido sobre
-
se de preocupantes aspectos de mudança. Dentre eles, a ação dos coiotes na efetivação dos deslocamentos,
marca indicativa do ingresso do país em um contexto no qual grupos organizados vivem da imigração ilegal
Red.
e máfias internacionais enriquecem com o tráfico humano. O episódio pode ser visto, assim, como a ponta
de um iceberg que tende a envolver a América Latina e o Caribe, considerando -se uma das tendências dos
processos migratórios da atualidade: as migrações regionalizadas, realizadas no interior dos subsistemas
internacionais.
A predisposição do Brasil em receber o estrangeiro de braços abertos é ideia consagrada que necessita sofrer
o peso da crítica. Pesquisas variadas têm demonstrado que o país nunca foi imune aos processos de
discrim
na Primeira República (1907-1930), que se caracterizou por extrema violência, mesmo contra aqueles que já
eram considerados residentes, portanto com os mesmos direitos constitucionais dados aos brasileiros. A
representação de um Brasil cordial, desta forma, deve ser entendida como uma construção forjada em
determinado momento de nossa história. Lógico que as reações diferiam e diferem de acordo com os
diferentes tipos de estrangeiros com os quais travamos contato, ocorrendo diferenças de tratamento em
relação àqueles que, pelo local de nascimento ou pela cor, classificamos como superiores ou inferiores.
Vários indícios vêm demonstrando que as atitudes discriminatórias não ficaram perdidas no passado, mas
podem ser encontradas com relativa facilidade, quando treinamos nosso olhar para melhor observar aquilo
que nos cerca. As tensões entre brasileiros e bolivianos nos locais onde estes estão mais presentes, por
exemplo, já são bastante visíveis. Isso sem falar no triste espetáculo do subemprego e da exploração a que
estão sujeitos latino-americanos fixados ilegalmente no país. É urgente, portanto, que nos perguntemos
como tendemos a ver e sentir a presença cada vez mais visível de estrangeiros em solo brasileiro,
principalmente daqueles que são oriundos de países pobres, muitos deles necessitando do foco dos direitos
humanos. Seremos sensíveis aos discursos e às práticas xenófobas? Defenderemos políticas restritivas e
ser visto como ameaça? Responder a essas questões, aqui e agora, seria um exercício de profecia que não
nos cabe fazer. Isso não exclui, entretanto, que a reflexão sobre essas possibilidades esteja proposta, por
mais penosa que ela possa ser, principalmente se considerarmos a rapidez dos processos em curso e a tensão
mundial presente no embate entre interesses nacionais e direitos humanos.
(Adaptado de Lená Medeiros de Menezes, A volta de um Rio que faz sonhar. Rio Pesquisa, Rio de Janeiro, ano V, nº 20, p. 48 -
50, set. 2012.)
Tema 2:
Como voluntário(a) da biblioteca Barca dos Livros, você ficou responsável por escrever o texto de
apresentação de uma campanha de arrecadação de fundos para a instituição. Em seu texto, que estará
disponível no site da Barca dos Livros, apresente, com base na notícia abaixo, o histórico e as ações da
biblioteca, mostrando a importância das doações para a continuidade do projeto.
Barca dos Livros corre o risco de fechar por falta d e apoio financeiro
Em 2014, a Barca dos Livros foi eleita a melhor biblioteca comunitária do país pelo Ministério da Cultura e da
Educação. Graças ao trabalho de voluntários apaixonados por literatura e que a consideram uma arte
fundamental para a infância, a instituição vem há quase uma década formando leitores e promovendo a
cultura em Florianópolis. Precisa, no entanto, de um impulso material para que continue existindo. Para
chegar ao posto de referência no país, a Barca dos Livros navegou por mares calmos e revoltos. Hoje, nove
anos e dois meses depois da inauguração, conta com um precioso acervo de 15 mil livros, dois terços dos
quais de literatura infantil e infanto-juvenil, aproximadamente 5 mil carteirinhas de sócios e a incerteza do
futuro. Desde maio do ano passado, está com o aluguel atrasado na atual sede, um espaço de 125 m² no
Lagoa Iate Clube.
salário de três funcionários. A Barca é tocada por voluntários. Acontece que nunca foi fácil, mas nunca esteve
a ponto de quase fec lamenta a coordenadora do projeto, Tânia Piacentini. De 2010 até maio do ano
passado, um convênio com a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes garantia o pagamento do
aluguel, no valor de R$ 6,5 mil por mês. Mas a parceria não foi renov
Apenas para os passeios de barco com contação de histórias, realizados no segundo sábado de cada mês, é
cobrado o valor de 5 reais para adultos que acompanham as crianças. Nosso material, espaço, livros, tudo é
reno
Red.
Acolhimento literário
De 2007 até hoje, os voluntários da Barca viram crianças que engatinhavam lerem as primeiras palavras e
depois amarem a leitura. Despertaram a paixão pela ficção, contaram histórias, viram mães com bebês de
colo pegando no sono nos confortáveis sofás da sala de leitura, aconchegadas pelo ambiente de acolhimento
literário.
Nascida em Nova Veneza, sul do Estado, há 68 anos, Tânia Piacentini começou a dar aulas aos 14 anos. Cursou
Letras e fez mestrado e doutorado na área de educação e literatura. Foi a primeira representante de Santa
Catarina, nos anos 1970, a selecionar livros para a Fundação Nacional do Livro Infantil, que a cada ano premia
as melhores publicações para crianças e jovens.
Duas décadas depois, com o aumento de livros editados para esse público quando começou, eram no
máximo 10 por ano, hoje são cerca de 1.200 novas edições , passou a convidar pessoas para ajudar a
selecioná-los. Daí surgiu um núcleo de 25 leitores e especialistas que formou a Sociedade Amantes da Leitura,
ONG que criou e sustenta legalmente a Barca.
os dias é um sonho. Temos que estar disponíveis e manter a qualidade. Mas sem dívidas pessoais e crises
Hoje a Barca abre ao público de terça a sábado, das 14 às 20 horas chegou a ser de terça a domingo, em
três turnos. Mesmo com as dificuldades, promove atividades semanais, como A Escola Vai à Barca (que
recebe alunos de escolas da rede pública e particular), palestras, saraus para adultos, lançamentos de livros,
leituras coletivas de livros e passeios mensais de barco pela Lagoa da Conceição.
O cadastro custa 1 real e dá ao pequeno sócio uma carteirinha que permite pegar três obras emprestadas por
15 dias. Mais informações sobre a programação no site da Barca dos Livros.
(Adaptado de Carol Macário, Barca dos Livros corre o risco de fechar por falta de apoio financeiro. Disponível em:
http:/ / dc.clicrbs.com.br/ sc/ entretenimento/ noticia/ 2016/ 04/ barca-dos-livros-corre-o-risco -de-fechar-por-falta-de-
apoiofinanceiro 5754089.html. Publicado em 05/ 04/ 16.)
Red.
GABARI TO
Exercícios de a aula
Red.
a participarem da reunião, justificando a relevância do evento. A justificativa deve estar relacionada com a
ocorrência de vários episódios de violência na própria escola e com a importância do envolvimento coletivo
da comunidade escolar no enfrentamento desse problema, princípio explicitado na matéria que inspira a
carta. O candidato deverá também assinar a carta e fornecer informações essenciais relativas ao evento,
como dia, local e horário de realização.
A proposta instrui ainda que o candidato apresente possibilidades de solução do problema, explicitadas na
matéria jornalística. De modo geral, as soluções indicadas sugerem a implementação de projetos
institucionais de mediação de conflitos para a construção de uma cultura de paz. Tais projetos visam,
essencialmente, a implantar espaços de diálogo sobre a qualidade das relações e os problemas de
convivência e demandam planejamento de ações, tais como levantamento da situação de violência escolar
e capacitação dos mediadores. O candidato pode mencionar as formas distintas de mediação para conflitos,
desde os que envolvem duas pessoas até aqueles que atingem muitas pessoas ao mesmo tempo. Outra
informação que pode compor o texto do candidato é a menção à iniciativa bem sucedida na escola em
Brasília, na qual se investiu no protagonismo estudantil nas mediações e na formação dos mediadores (alunos
e educadores).
Exercícios de casa
ente constitutiva do
brasileiro, mas parte de um conceito construído em determinado momento de nossa história, uma vez que a
convivência com estrangeiros tem sido por vezes conflituosa. Para justificar tal afirmação, a autora ressalta o
Red.
tensões passadas e recentes entre brasileiros e estrangeiros. Em segundo lugar, o candidato deverá
posicionar-se a respeito dessa relação entre o conceito de Brasil cordial e a presença de estrangeiros no
Brasil, apresentando argumentos em defesa de um ponto de vista. Para tanto, existem diferentes
possibilidades. Ao reafirmar que a cordialidade é construída e não necessariamente constitutiva do brasileiro,
o candidato poderia defender diferentes posições, mobilizando diferentes argumentos. Uma possibilidade
seria defender a entrada e permanência de estrangeiros e de refugiados, enfatizando a garantia aos direitos
humanos; outra poderia ir em direção contrária, relegando os direitos humanos ao segundo plano, ao
priorizar políticas de manutenção dos interesses nacionais. O candidato também poderia afirmar que a
cordialidade é constitutiva do brasileiro, defendendo, por exemplo, que as reações negativas à entrada
desses estrangeiros, principalmente quando comparadas ao que vem ocorrendo em outros países, são fatos
isolados que não expressam o pensamento da maioria da população. Nos três casos, para construir sua
argumentação, o candidato utilizaria elementos do texto -fonte, como a prática de expulsão de estrangeiros
na Primeira República ou a entrada dos haitianos no país ou, ainda, as tensões entre brasileiros e bolivianos.
Não se espera, contudo, que o candidato elabore propostas de solução, o que, por vezes, pode distanciá-lo
do cumprimento do propósito da tarefa por reduzir a complexidade da questão em pauta e,
consequentemente, comprometer o exercício de reflexão.
Expectativa da banca: Tema 2
A proposta para o Texto 2, que também avalia a leitura e a escrita de maneira integrada, pressupõe a
capacidade de selecionar, sumarizar, (re)organizar e retextualizar informações a partir de uma notícia para a
elaboração de um texto de apresentação de uma campanha de arrecadação de fundos para a biblioteca
comunitária Barca dos Livros, de Florianópolis.
Trata-se de uma tarefa bastante distinta daquela solicitada para o Texto 1, tanto no que diz respeito ao gênero
do texto-fonte e do texto a ser elaborado pelo candidato, quanto em relação às sub -habilidades de leitura e
subhabilidades de escrita necessárias para a realização da proposta. Embora o gênero do texto a ser
elaborado possa não ser considerado como pertencente à esfera acadêmico -científica, as sub-habilidades
exigidas também são fundamentais para um aluno universitário tanto em sua atuação acadêmica e
profissional, quanto em seu trânsito nas mais variadas práticas sociais nas quais se envolve.
Nesta proposta, os candidatos possivelmente não dispõem de conhecimento prévio sobre a situação da
biblioteca Barca dos Livros, devendo informar-se a partir do texto-fonte. Por outro lado, pressupõe-se que
os estudantes se sintam motivados a desenvolver a proposta por reconhecerem a importância das bibliotecas
na formação leitora das pessoas.
O texto-fonte apresenta a situação da instituição, bem como os diversos projetos e atividades nela
desenvolvidos. Para cumprir o propósito solicitado, o candidato deveria selecionar e retextualizar as
informações relevantes para apresentar o histórico e as ações da biblioteca, que servirão de base para o
desenvolvimento da segunda parte do propósito mostrar a importância das doações para a continuidade
do projeto, que corre o risco de ser interrompido. Vale lembrar que há várias possibilidades de organização
e apresentação das informações, permitindo que o candidato desenvolva seu texto em diferentes estilos.
O gênero a ser produzido é um texto de apresentação de uma campanha para arrecadação de fundos. Dadas
as condições de produção e o propósito da tarefa, esse gênero não tem apenas a função de apresentar a
campanha, mas também de convencer o leitor da importância das doações para a continuidade do projeto,
o que lhe confere um caráter apelativo. A adequada seleção de informações do texto -fonte é fundamental
para a construção desse convencimento.
O enunciado, que orienta a elaboração do texto a partir da leitura proposta, deixa claro que o enunciador é
um voluntário da biblioteca Barca dos Livros, que ficou responsável pela elaboração do texto de
apresentação da campanha. É importante lembrar, contudo , que esse texto de apresentação deverá ser uma
manifestação institucional e, como tal, não poderá ser elaborado a partir da perspectiva pessoal do
voluntário. Nesse caso, explicitar o enunciador (o voluntário) compromete a configuração do gênero
solicitado.
Os interlocutores, por sua vez, serão todos os visitantes do site da biblioteca, já que o texto deverá ser
publicado nesse site.
Red.
Fil.
Professor: Gui de Franco
Monitor: Leidiane Oliveira
Fil.
02
Os filósofos pré-socráticos
mar
RESUM O
Heráclito e o devir
Heráclito defende que tudo o que existe no mundo está em constante transformação, num fluxo
Nesse sentido, o ser (tudo o que existe)
está sempre em movimento, por isso Heráclito é considerado um filósofo mobilista. A imagem que melhor
representa esse pensamento é a imagem do rio. Diz Heráclito que não podemos entrar duas vezes no mesmo
rio, pois, quando entramos pela segunda vez, as águas do rio não são as mesmas e, portanto, o rio não é o
mesmo. Além do mais, nós, quando entramos novamente no rio, não somos também os mesmos, já somos
diferentes do que éramos, pois estamos submetidos necessariamente à mudança. Se nada permanece igual,
o conhecimento está diante de um problema: como posso dizer que conheço algo de maneira objetiva dado
que essa coisa que digo conhecer, assim como tudo, está em constante transformação? Nesse sentido, o
conhecimento é justamente a percepção das transformações. Como o ser o móvel, o Lógos (razão) é
mudança e contradição.
Parmênides e o imobilismo
Parmênides, por outro lado, não aceitará em seu método as contradições, sendo famoso justamente
Assim, se
para Heráclito a permanência é uma ilusão, já para Parmênides a mudança é que consiste numa ilusão, sendo
impossível a passagem do ser para o não ser ou do não ser para o ser. Evidentemente, Parmênides não quer
dizer com isso que não existe mudança no mundo, mas apenas que as mudanças estão restritas ao mundo
material, às coisas sensíveis, mas a essência de uma coisa nunca muda, é imóvel. Assim Parmênides é
considerado um filósofo imobilista, pois aquilo que existe não pode deixar de ser o que é, ou seja, não pode
perder a sua essência. O mundo do pensamento, portanto, é imóvel e o conhecimento objetivo sobre as
coisas é possível graças à identidade que ele reconhece entre ser, pensar e dizer: as palavras refletem o
pensamento, e o pensamento tem a capacidade de exprimir a essência imutável das coisas.
Fil.
Heráclito Parmênides
• mobilismo • imobilismo
• a permanência é uma ilusão • O movimento é uma ilusão
• • As coisas possuem uma essência
• O conhecimento é mutável • Ser = Pensar = Dizer
1. Fragmento B91
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adap tado).
Fragmento B8
e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é
perecer? Como poderia gerar-
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das
a) investigações do pensamento sistemático.
b) preocupações do período mitológico.
c) discussões de base ontológica.
d) habilidades da retórica sofística.
e) verdades do mundo sensível.
Fil.
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias do filósofo grego Heráclito, que viveu no século VI
a.C. e que usava uma linguagem poética para exprimir seu pensamento. Ele é o autor de uma frase
Dentre as sentenças de Heráclito abaixo citadas, marque aquela da qual o sentido da canção de Lulu
Santos mais se aproxima.
a) Muita instrução não ensina a ter inteligência.
b) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras
c) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
d) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
e) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade.
3.
Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 56. Coleção .Os Pensadores..
Este fragmento ilustra bem o pensamento de Heráclito, que acreditou ser o mundo o eterno fluir,
comparado a um rio no qual entramos e não entramos:
HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção .Os
Pensadores..
A partir do fragmento citado, escolha a alternativa que representa melhor o pensamento de Heráclito.
a)
natureza.
b) a equivalência de estados contrários com o mesmo exprime a alternância harmônica de pólos
opostos, pela qual um estado é transposto no outro, numa sucessão mútua, como o dia e a noite.
stitui uma unidade, e todos os seres
estão em um fluxo eterno de sucessão de opostos em guerra.
c) Se o morto é vivo, o velho é novo, e o dormente é desperto, então não existe o múltiplo, mas
6. No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase
enigmática:
L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.)
Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o
lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de tal forma
RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os Pré- socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994,
p.284.)
Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que
seu argumento
a) baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa
explicação naturalista pautada pelos sentidos.
b) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível
por condições que lhe são estranhas.
c) ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se
chegaria pelos sentidos.
d) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso
nos apontam as evidências dos sentidos.
e) pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do
movimento entre os corredores.
EXERCÍ CI OS DE CASA
Fil.
1. Heráclito de Éfeso viveu entre os séculos VI e V a.C. e sua doutrina, apesar de criticada pela filosofia
clássica, foi resgatada por Hegel, que recuperou sua importante contribuição para a Dialética. Os dois
fragmentos a seguir nos apresentam este pensamento.
mundo, igual para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o fez; sempre foi, é e será
um fogo eternamente vivo, acendendo-se e apagando-
― Muitos não percebem tais coisas, todos os que as encontram, nem quando ensinados conhecem,
mas a si próprios lhes parece que as conhecem e percebem. (DK 22 B 17)
― Más testemunhas para os homens são os olhos e ouvidos, se almas bárbaras eles têm (DK 22 B 107)
A partir destes dois textos de Heráclito, pode-se afirmar que, para ele,
a) as sensações, como as águas de um rio, são infalíveis e nos proporcionam nelas mesmas a
apreensão do real.
b) o conhecimento é obtido unicamente a partir da percepção sensível.
c) as sensações por si só não são garantias de conhecimento.
d) o conhecimento é proporcionado pelo ensino obtido pela atividade da alma, qualquer que esta
seja
I- o ser é vir-a-ser.
II- o vir-a-ser é a luta entre os contrários.
III- a luta entre os contrários é o princípio de todas as coisas.
IV- da luta entre os contrários origina-se o não-ser.
Assinale
a) se apenas I, II e III estiverem corretas.
b) se apenas I, III e IV estiverem corretas.
c) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
d) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Fil.
5. Heráclito de Éfeso (500 a.C.) concebia a realidade do mundo como mobilidade, impulsionada pela luta
dos contrários. Sobre sua filosofia, é correto afirmar que
I- a imagem do fogo, com chamas vivas e eternas, representa o Logos que governa o movimento
perpétuo dos seres.
II- a luta dos contrários é aparência que afeta apenas a sensibilidade humana.
III- a mobilidade dos seres resulta no simples aparecer de novos seres.
IV- a harmonia do cosmo é resultado da tensão eterna da luta dos contrários.
Assinale
a) se as afirmações II e III são corretas.
b) se as afirmações I e IV são corretas.
c) se apenas a afirmação IV é correta.
d) se apenas a afirmação I é correta
6. De um modo geral, o conceito de physis no mundo pré-socrático expressa um princípio de movimento
por meio do qual tudo o que existe é gerado e se corrompe. A doutrina de Parmênides, no entanto,
tal como relatada pela tradição, aboliu esse princípio e provocou, consequentemente, um sério
conflito no debate filosófico posterior, em relação ao modo como conceber o ser.
7.
imperecível, pois é todo inteiro, inabalável e sem fim; nem jamais era nem será, pois é agora todo junto,
8. No poema Sobre a Natureza Parmênides afirma: "os únicos caminhos de inquérito que são a pensar: o
primeiro que é e portanto que não é não ser, de Persuasão é caminho (pois à verdade acompanha); o
outro, que não é e portanto que é preciso não ser, este então, eu te digo, é atalho de todo incrível;
pois nem conhecerias o que não é nem o dirias."
I- o ser é.
II- o não-ser não é.
Fil.
III- o ser e o não-ser existem ao mesmo tempo.
IV- o ser é pensável e o não-ser é impensável.
Assinale
a) se apenas I, III e IV estiverem corretas.
b) se apenas I, II e III estiverem corretas.
c) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
d) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas
QUESTÃO CONTEXTO
Com base na tirinha e na música do cantor Lulu Santos, redija um pequeno texto expondo a defesa de
Heráclito, filósofo pré-socrático, de que o ser está em constante movimento.
GABARI TO
Exercícios de aula
1. c
Tanto Heráclito quanto Parmênides tinham uma profunda preocupação ontológica, isto é, a respeito do
ser, do fundamento último da realidade. Para o primeiro, o ser é o devir, a mudança. Para o segundo, é
a identidade, a estabilidade.
2. b
3. a
Para Heráclito, a arché é a mudança e esta se dá mediante a luta de contrários (dia e noite, inverno e
verão, alegria e tristeza, etc.). Tal oposição, porém, não consistia, ao seus olhos, em uma desordem ou
caos, mas sim em uma harmonia superior e divina, regida pelo Logos. Sendo tal Logos a Razão universal
da realidade, ele só pode ser apreendido pela razão e não pelos sentidos.
4. b
Para Heráclito, a arché é mudança e a mudança é luta de opostos. Isto significa que nem os opostos nem
a multiplicidade são falsos para ele, ainda que exista uma harmonia superior a esta realidade mais
aparente e que lhe dá racionalidade, ordem e proporção.
5. c
Ao contrário do que diz a opção C, Parmênides rejeitou definitivamente qualquer papel cognitivo para
os sentidos, afirmando que apenas a razão é capaz de alcançar o Ser eterno e imutável.
6. c
Os engenhosos argumentos de Zenão visavam indicar que, por mais que os sentidos nos mostrem uma
realidade mutável, esta experiência é enganosa, visto que, segundo ele, a razão nos comprova de maneira
cabal que a mudança é impossível e que apenas o Ser imutável existe verdadeiramente.
Exercícios de casa
1. a Fil.
Heráclito e Parmênides tinham visões inteiramente opostas sobre o ser. Para o segundo, o ser é imutável.
Para o primeiro, o ser é a própria mudança.
2. a
Para Heráclito o ser não apenas é mutável, como ele é a própria mudança, que se dá mediante a luta de
contrários.
3. c
Para Heráclito, o conhecimento consiste em perceber o Logos, Razão universal que guia todas as coisas
mediante a luta de contrários. Esta apreensão do Logos não se dá por meio dos sentidos, mas por meio
da alma, desde que essa se exercite no uso e cultivo da razão.
4. a
Para Heráclito, da luta de contrários origina-se o ser, que é devir, isto é, mudança e diferenciação
constante.
5. b
Para Heráclito, a luta de contrários é algo real e não mera aparência subjetiva humana. Igualmente, para
ele, seria simplificador dizer que a mobilidade dos seres simplesmente resulta no aparecimento de novos
seres, uma vez que existe um elemento mais profundo, o Logos, que guia toda a mobilidade da realidade.
6. b
Para Parmênides, a mudança não existe precisamente porque ela pressupõe o não -ser, isto é, passagem
de algo que não existe à existência. No entendimento dele, isto seria uma contradição: do nada, nada
surge, portanto, a mudança é impossível.
7. b
Para Parmênides, o Ser, única realidade verdadeiramente existente, existe de modo absoluto: é incriado
e indestrutível, ilimitado, sem princípio nem fim, eterno, contínuo e acessível apenas pela razão. Nele,
não há geração, pois isso já seria uma mudança.
8. a
Para Parmênides, como ser é a única realidade verdadeiramente existente, portanto, ele é também a
única realidade que pode ser verdadeiramente conhecida e expressa por palavras. O que não existe não
pode ser conhecido nem nomeado.
9. d
Para Parmênides, o ser é a única realidade existente (e existe de modo absoluto), enquanto o não -ser
não existe (e inexiste de modo absoluto). Daí porque a mudança (passagem do não -ser ao ser) é
impossível.
Fil.