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BixoSP Ebook Semana 03 2018

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Bixo SP

2018 Semana 03
26____0 2
fev/mar

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cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por
escrito. Todos os direitos reservados.
Bio. Professor: Brenda Braga
Monitor: Sarah Schollmeier

Bio.
01
Exercícios: Água e Sais minerais
mar

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Um ser humano adulto tem de 40 a 60% de sua massa corpórea constituída por água. A maior parte
dessa água encontra-se localizada
a) no meio intracelular.
b) no líquido linfático.
c) nas secreções glandulares e intestinais.
d) na saliva.
e) no plasma sanguíneo.

2. Os sais minerais são reguladores e desempenham diversas funções relacionadas com o metabolismo.
São considerados ativadores enzimáticos e essenciais para o funcionamento celular.

Sobre isso, é correto afirmar-se que


a) o sódio interfere na pressão arterial e no volume celular.
b) a condução de impulsos nervosos nos nervos, nos músculos e no coração é desencadeada pelo
ferro.
c) o enxofre atua na produção de hormônios pela glândula tireoide.
d) a coagulação sanguínea depende diretamente do potássio.
e) o magnésio faz parte da hemoglobina.

3. Elementos que fazem parte da constituição das moléculas de ATP, clorofila e hemoglobina são,
respectivamente:
a) magnésio, ferro e fósforo.
b) ferro, magnésio e fósforo.
c) fósforo, magnésio e ferro.
d) magnésio, fósforo e ferro.
e) fósforo, ferro e magnésio.

4. O sódio, componente que aparece descrito nos rótulos dos alimentos, é considerado um dos vilões
da boa alimentação. O seu consumo excessivo pode causar _________, mas ele é um _________ útil
para o metabolismo humano, pois participa na fisiologia __________.

Bio.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas acima.
a) hipotensão; metal; renal.
b) hipertensão; cátion; nervosa.
c) hipertensão; ânion; pulmonar.
d) hipertensão; ânion; digestiva.
e) hipotensão; cátion; hepática.

5. A importância da água para os seres vivos relaciona-se às suas propriedades físicas e químicas que
permitem o bom funcionamento dos organismos. NÃO se pode atribuir à água a função de
a) servir como meio para as reações químicas celulares.
b) absorver calor dos organismos, agindo como regulador térmico.
c) evitar variações bruscas de temperatura do corpo dos seres vivos.
d) formar os envoltórios rígidos das células vegetais com a função estrutural.
6. O iodo está entre um dos mais importantes sais minerais que necessitamos. Assinale abaixo a alternativa
correta sobre a importância desse sal mineral.
a) Faz parte da molécula de ácido nucleico.
b) Participa da transmissão do impulso nervoso.
c) Proteção dos dentes contra as cáries.
d) Participa nos processos de contração muscular.
e) Faz parte das moléculas dos hormônios da tireoide que estimulam o metabolismo.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. O surgimento e a manutenção da vida, no nosso planeta, estão associados à água que é a substância
mais abundante dentro e fora do corpo dos seres vivos. Entretanto, segundo dados fornecidos pela
Associação Brasileira de Entidades do Meio Ambiente (Abema), 80% dos esgotos do país não recebem
nenhum tipo de tratamento e são despejados diretamente em rios, mares, lagos e mananciais,
contaminando a água aí existente.
(Adaptado de Poluição da Água: http:/ / www.colegioweb.com.br/ biologia/ constituicaoda-agua.html. Acesso: 05.09.2011.)

Considerando as funções exercidas nos seres vivos pela substância em destaque no texto, analise as
afirmativas abaixo.
I. Facilita o transporte das demais substâncias no organismo.
II. Participa do processo da fotossíntese.
III. Dissolve as gorduras facilitando sua absorção.
IV. Auxilia na manutenção da temperatura do corpo.

De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta é:


a) I e II
b) I, II e III
c) I, II e IV
d) II, III e IV
e) I, II, III e IV

2. Os sais minerais são essenciais em uma alimentação saudável, pois exercem várias funções reguladoras
no corpo humano. Sobre esse assunto, faça a correspondência entre as colunas apresentadas abaixo.

1. Ferro

Bio.
2. Sódio
3. Cálcio
4. Fósforo
5. Potássio

( ) Equilíbrio osmótico celular.


( ) Essencial à coagulação sanguínea.
( ) Transferência energética durante reações metabólicas celulares.
( ) Componente da mioglobina e enzimas respiratórias.
( ) Contração muscular e condução de impulsos nervosos.

A sequência correta é:
a) 2, 3, 4, 1, 5.
b) 3, 2, 4, 5, 1.
c) 5, 1, 3, 2, 4.
d) 1, 4, 3, 5, 2.
e) 2, 4, 3, 5, 1.
3. Leia o texto a seguir:
Um ser humano pode ficar semanas sem ingerir alimentos, mas passar de três a cinco dias sem ingerir
líquidos pode ser fatal. Os especialistas recomendam que se deve beber no mínimo 2,5 litros de água
e já passou do ponto de beber água, diz a

quando a pessoa faz exercícios intensos, essa ingestão pode até superar 6 litros, principalmente porque

afirma a nutricionista Isabela Guerra, que desenvolve doutorado na área


(Disponível em: Mundo Estranho / Saúde http:/ / mundoestranho.abril.com.br/ materia/ quais-sao-as-funcoes-da-agua-
nocorpo -humano. Adaptado.)

Sabe-se que a recomendação de hidratação diária para o corpo humano é de 2.550 ml de água, q ue
podem ser abastecidos por meio da ingestão de alimentos (1.000 ml) e líquidos (1.200 ml) e de reações
químicas internas (350 ml). A desidratação diária, em condições normais, é do mesmo montante.
Assinale a alternativa que apresenta, em ordem decrescent e, a perda de água no nosso organismo.
a) Fezes, urina, suor e respiração.
b) Urina, suor, fezes e respiração.
c) Respiração, urina, fezes e suor.
d) Suor, urina, fezes e respiração.
e) Urina, suor, respiração e fezes.

4. Na composição química das células, os íons são tão importantes que pequenas variações na sua
porcentagem modificam profundamente a dinâmica celular. Associou-se corretamente, o íon à sua
respectiva função em:

o fotossintético.

5. Leia o texto a seguir.


As três décadas de estudos sobre os alimentos, o metabolismo humano e a fisiologia do esporte
mostram que as dietas radicais não funcionam. Na busca do corpo saudável e esbelt o, a melhor dieta
é a do bom senso. Uma das dietas mundialmente conhecidas proíbe o consumo de leite e derivados e
limita muito o consumo de proteínas. Essas restrições levam à carência de minerais, especialmente o
cálcio e ferro.
(VEJA, São Paulo, mar. 2007, n. 11, p. 62. Adaptado .)

Um indivíduo adulto que adotou essa dieta por um período prolongado pode apresentar

Bio.
a) hemorragia e escorbuto.
b) cegueira noturna e xeroftalmia.
c) beribéri e pelagra.
d) bócio endêmico e cãibras.
e) osteoporose e anemia.

6. Os adubos inorgânicos industrializados, conhecidos pela sigla NPK, contêm sais de três elementos
químicos: nitrogênio, fósforo e potássio. Qual das alternativas indica as principais razões pelas quais
esses elementos são indispensáveis à vida de uma planta?
a) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É constituinte de ácidos
nucléicos e proteínas; Potássio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios e proteínas.
b) Nitrogênio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular; Fósforo - É constituinte de
ácidos nucléicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
c) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas; Fósforo - É constituinte de ácidos
nucléicos; Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
d) Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléicos, glicídios e proteínas; Fósforo - Atua no equilíbrio
osmótico e na permeabilidade celular; Potássio - É constituinte de proteínas.
e) Nitrogênio - É constituinte de glicídios; Fósforo - É constituinte de ácidos nucléicos e proteínas;
Potássio - Atua no equilíbrio osmótico e na permeabilidade celular.
7. Os sais minerais, encontrados nos mais variados alimentos, desempenham função importante na saúde
do homem, podendo estar dissolvidos na forma de íons nos líquidos corporais, formando cristais
encontrados no esqueleto, ou ainda combinados com moléculas orgânicas. A alternativa que relaciona
CORRETAMENTE o sal mineral com sua função no organismo é:
a) K - participa dos hormônios da tireoide.
b) F - constitui, juntamente com o Ca, o tecido ósseo e os dentes.
c) P - participa da constituição da hemoglobina, proteína encontrada nas hemácias.
d) Cl- fortalece os ossos e os dentes e previne as cáries.
e) Ca - auxilia na coagulação sanguínea.

8. Todos os seres vivos apresentam, em suas células, uma composição química básica, indispensável para
a manutenção da estrutura e do funcionamento celular. Embora a abundância de substâncias orgânicas
e inorgânicas possam variar nos diferentes tipos celulares, todas as células são compostas por tais

modificam profundamente as propriedades celulares, como permeabilidade da membrana, a


viscosidade do citoplasma, a capacidade da célula de responder a estímulos, além de ter relação direta
-se falando de:
a) Carboidratos.
b) Lipídios.
c) Sais minerais.
d) Proteínas.

9. Com relação à água, é correto afirmar:


a) A água é eliminada pelas plantas, à noite, por transpiração, o que aumenta a temperatura interna do
indivíduo.
b) A água dos oceanos, rios e lagos evapora e, por um processo de sublimação, volta à Terra para
recomeçar um novo ciclo.
c) A água ocupa a maior porção da superfície terrestre, porém a produtividade primária líquida do
ambiente aquático é insignificante, inferior a 0,1.
d) A água, apesar de participar de diversos processos vitais para os seres vivos, pode, quando
contaminada, se tornar um grande vetor de disseminação de diversas doenças, como a febre amarela.
e) A água é uma das matérias-primas fundamentais da fotossíntese: seus átomos de hidrogênio vão
formar a matéria orgânica fabricada nesse processo e seus átomos de oxigênio se unirão para formar
o gás oxigênio (O2).

10. Associe os elementos químicos da coluna superior com as funções orgânicas da coluna inferior.
1. Magnésio

Bio.
2. Potássio
3. Iodo
4. Cálcio
5. Sódio
6. Ferro

( ) formação do tecido ósseo


( ) transporte de oxigênio
( ) assimilação de energia luminosa
( ) equilíbrio de água no corpo
( ) transmissão de impulso nervoso

A sequência numérica correta, de cima para baixo, na coluna inferior, é


a) 4 - 3 - 1 - 5 - 2.
b) 5 - 6 - 3 - 4 - 1.
c) 4 - 6 - 1 - 5 - 2.
d) 5 - 4 - 3 - 6 - 1.
e) 6 - 4 - 2 - 3 - 1.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. a
O maior conteúdo de água está no intracelular. É importante lembrar que a quantidade total de água
reduz com o envelhecimento.

2. a
Maior concentração de sódio no interior dos vasos e das células cria um gradiente osmótico que gera
um aumento de volume. No sangue, aumenta a pressão arterial, por isso da restrição de sal de cozinha
nos hipertensos.

3. c
ATP é formado por 3 fosfatos ligados, clorofila possui magnésio, enquanto que a hemoglobina possui
ferro na sua composição.

4. b
O consumo excessivo de sódio causa hipertensão, pelo aumento do volume intravascular. O sódio (Na+)
é um cátion que participa do potencial de ação na fisiologia nervosa.

5. d
A água não forma os envoltórios, que podem ser de origem lipídica, como a membrana celular, ou rígida,
formando a parede celular, que no caso dos vegetais, é formada por celulose (carboidrato estrutural).

6. e
O Iodo é um íon presente nos hormônios tireoidianos (T3 e T4), que regulam o metabolismo corporal.

Exercícios de casa

1. c
A água facilita o transporte, como na forma de plasma sanguíneo; participa do processo de fotossíntese
(CO 2 + H2O  C 6H12O 6 + O 2) e, pelo alto calor específico, ajuda a manter constante a temperatura

Bio.
corporal. Entretanto, pelo seu caráter polar, não dissolve gorduras, que são apolares.

2. a
2 - Sódio Participa do equilíbrio osmótico e do potencial de ação em células excitáveis
3 - Cálcio Participa da coagulação, da formação da matriz mineral óssea e da contração muscular
4 Fósforo Presente na molécula de ATP e nos ácidos nucleicos na forma de fosfato
1 Ferro Presente na molécula de hemoglobina e de mioglobina
5 Potássio Assim como o sódio, participa do potencial de ação. É o principal íon do intracelular.

3. e
A água é perdida em maior quantidade pela urina, seguida do suor. As fezes representam a menor perda
de água do organismo. Não foi citado na questão, mas a fala também representa uma pequena parcela
da perda de água do organismo.
4. d
O fosfato (PO 4-3) está presente na molécula de ATP. São 3 fosfatos ligados e a quebra da ligação mais
externa permite a liberação de energia para a ocorrência dos fenômenos dependentes de ATP, como o
transporte ativo.

5. e
O leite é rico em cálcio, sua carência pode levar ao raquitismo na infância ou à osteoporose no adulto.
O ferro é fundamental para a composição da hemoglobina e sua ausência reduz a concentração dessa
proteína dentro das hemácias, resultando em anemia ferropriva com dificuldade de transporte de O 2.

6. c
O nitrogênio faz parte da composição de aminoácidos (porção amina) e ácidos nucleicos (bases
nitrogenadas). O fósforo, na forma de fosfato, está presente nos ácidos nucleicos e na molécula de ATP.
O potássio, por fim, participa do potencial de ação e do equilíbrio osmótico, sendo o principal íon
intracelular.

7. e
O cálcio participa da coagulação sanguínea, na ativação dos fatores da coagulação. Além disso, compõe
a matriz óssea mineral e promove a contração muscular, a partir de sua liberação maciça do retículo
sarcoplasmático para o citoplasma.

8. c
Segundo o texto, pode-se inferir que se trata dos sais minerais. Isso porque a regulação da entrada e
saída de água da célula, o equilíbrio osmótico, está diretamente ligado à concentração de sódio,
principalmente. Alterações na permeabilidade da membrana, como a abertura de canais de Na+ e K+,
possibilitam a criação e propagação de um impulso nervoso.

9. e
No processo de fotossíntese, a água é fundamental. Os átomos de hidrogênio participam da formação
do açúcar (C 6H12O 6), enquanto que o oxigênio formado a partir da fotólise da água, forma o O 2 liberado
para a atmosfera.

10. c
4 Cálcio Forma o tecido ósseo, fazendo parte da matriz inorgânica. Além disso, atua na coagulação
e contração muscular.
6 Ferro Compõe a molécula de hemoglobina, fundamental para o transporte de oxigênio
1 Magnésio Forma o grupo prostético da clorofila.
5 Sódio Participa da osmorregulação, criando um gradiente osmótico a favor do compartimento com

Bio.
maior concentração desse íon.
2 O potássio participa do processo de repolarização do impulso nervoso, a partir da saída desse íon do
intracelular para o extracelular.
Fís.
Professor: Silvo Sartorelli
Monitor: Arthur Vieira

Fís.
Calorimetria - Calor Sensível, Latente 01
e Propagação mar

RESUM O

Calor é definido como qualquer fluxo espontâneo de energia de um objeto para outro, causado somente
pela diferença de temperatura entre os objetos. Dizemos que "calor" flui da água quente para o cubo de gelo
frio e do Sol quente para a Terra fria.

Calor sensível e latente


A capacidade térmica de um objeto é a quantidade de calor necessária para aumentar sua temperatura
dividida pela variação de temperatura provocada:

(O símbolo para capacidade térmica é C.) A quantidade de calor calculada dessa maneira é denominada calor
sensível (Q s). É claro que quanto maior for a massa da substância, maior será sua capacidade térmica. Uma
quantidade fundamental associada à substância é o calor específico, definido como a capacidade térmica
por unidade de massa:

A unidade de capacidade térmica é cal/ °C, ou no Sistema Internacional, J/ °C. Já a unidade de calor
específico é cal/ g°C, que no SI é J/ g°C. É muito comum o uso da caloria, unidade que não pertence ao SI.
A conversão entre caloria e joule (unidade do SI), pode ser feita pela igualdade, 1 cal = 4,186 J.

Em algumas situações, você pode fornecer calor para um sistema sem aumentar em nada sua temperatura.
Isto normalmente ocorre durante uma mudança d e fase, como o gelo derretendo ou a água fervendo.
Tecnicamente, a capacidade térmica fica mal definida, já que você estaria dividindo por zero o calor! No
entanto, ainda é interessante saber a quantidade de calor necessária para derreter ou ferver uma substância
completamente. Esta quantidade de calor dividida pela massa da substância é chamada de calor latente da
transformação (nome horrível, mas ok), e é denotada por L:
Fís.

Nas provas é comum utilizar o valor de calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/ g e o calor latente de
vaporização da água igual a 540 cal/ g.
Cabe salientar que as mudanças de estado que ocorrem com perda de calor apresentam calores latentes
negativos (solidificação e condensação).
Um diagrama muito comum é aquele que relaciona a temperatura de um objeto com o calor trocado por ele
(lembrando que quando o calor é fornecido ou recebido pelo corpo, o sinal associado é positivo e quando
o calor é cedido ou perdido pelo corpo o sinal associado é negativo):
Começando na fase sólida, o corpo absorve calor a partir de uma fonte externa (fogão por exemplo) e
aumenta de temperatura até chegar na temperatura de fusão. Nesse estágio, a temperatura do corpo não
varia e todo calor absorvido (calor latente) é usado para quebrar ligações químicas (estamos numa mudança
de fase). Logo em seguida a temperatura aumenta de novo até atingir a temperatura de vaporização e a
análise se repete.

Equilíbrio térmico e mecanismos de transporte de calor


Processos de transferências de calor são classificados em três categorias, de acordo com o mecanismo
envolvido:
• Condução é a transferência de calor por contato molecular: moléculas que movem rapidamente
colidem com moléculas mais lentas, cedendo parte de sua energia no processo.
• Convecção é o movimento global de um líquido ou gás, geralmente devido à tendência de materiais
quentes de se expandirem e subirem em um campo gravitacional (ex. A água quente que vai do fundo
da panela quente até a superfície mais fria, esquentando toda a água no meio do caminho).
• Radiação é a emissão de ondas eletromagnéticas, em grande parte na faixa do infravermelho para
objetos à temperatura ambiente, mas na faixa da luz visível para objetos b em mais quentes como a
superfície do Sol.

Dois corpos atingem o equilíbrio térmico quando passam a ter a mesma temperatura, depois de inicialmente
com temperaturas diferentes, trocarem calor até igualar as temperaturas.

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. A sensação de frio que nós sentimos resulta:


a) do fato de nosso corpo precisar receber calor do meio exterior para não sentirmos frio.
b) da perda de calor do nosso corpo para a atmosfera que está a uma temperatura maior.

Fís.
c) da perda de calor do nosso corpo para a atmosfera que está a uma temperatura menor.
d) do fato de a friagem que vem da atmosfera afetar o nosso corpo.
e) da transferência de calor da atmosfera para o nosso corpo.

2. Uma amostra de determinada substância com massa 30 g encontra-se inicialmente no estado liquido,
a 60°C. Está representada pelo gráfico abaixo a temperatura dessa substância em função da quantidade
de calor por ela cedida.

Analisando esse gráfico, é correto afirmar que


a) a temperatura de solidificação da substância é 10°C.
b) o calor específico latente de solidificação é 1,0 cal/ g.
c) o calor específico sensível no estado líquido é 1/ 3 cal/ g°C.
d) o calor específico sensível no estado sólido é 1/ 45 cal/ g°C.
e) ao passar do estado líquido a 60°C para o sólido a 10°C a substância perdeu 180 cal.

3. No início do século XX, Pierre Curie e colaboradores, em uma experiência para determinar
características do recém-descoberto elemento químico rádio, colocaram uma pequena quantidade
desse material em um calorímetro e verificaram que 1,30 grama de água líquida ia do ponto de
congelamento ao ponto de ebulição em uma hora. A potência média liberada pelo rádio nesse período
de tempo foi, aproximadamente,

Note e adote:
1 cal = 4 J.
Temperatura de congelamento da água: 0 ºC.
Temperatura de ebulição da água: 100 ºC.
Considere que toda a energia emitida pelo rádio foi absorvida pela água e emp regada exclusivamente
para elevar sua temperatura.

a) 0,06 W
b) 0,10 W
c) 0,14 W
d) 0,18 W
e) 0,22 W

4. No manual fornecido pelo fabricante de uma ducha elétrica de 220V é apresentado um gráfico com a
variação da temperatura da água em função da vazão para três condições (morno, quente e
superquente). Na condição superquente, a potência dissipada é de 6500 W.
Considere o calor específico da água igual a 4200 J/ (kg C) e a densidade da água igual a 1 kg/ L.

Fís.
Com base nas informações dadas, a potência na condição morno corresponde a que fração da
potência na condição superquente?
a) 1/ 3.
b) 1/ 5.
c) 3/ 5.
d) 3/ 8.
e) 5/ 8.
5. Um chefe de cozinha precisa transformar 10 g de gelo a 0°C em água a 40°C em 10 minutos. Para isto
utiliza uma resistência elétrica percorrida por uma corrente elétrica que fornecerá calor para o gelo.
Supondo-se que todo calor fornecido pela resistência seja absorvido pelo gelo e desprezando -se
perdas de calor para o meio ambiente e para o frasco que contém o gelo, a potência desta resistência
deve ser, em watts, no mínimo, igual a:

Dados da água:
Calor específico no estado sólido: 0,50 cal/ g°C
Calor específico no estado líquido: 1,0 cal/ g°C
Calor latente de fusão do gelo: 80cal/ g
Adote 1 cal = 4 J

a) 4.
b) 8.
c) 10.
d) 80.
e) 120.

6. Durante a primeira fase do projeto de uma usina de geração de energia elétrica, os engenheiros da
equipe de avaliação de impactos ambientais procuram saber se esse projeto está de acordo com as
normas ambientais. A nova planta estará localizada à beira de um rio, cuja temperatura média da água
é de 25 °C, e usará a sua água somente para refrigeração. O projeto pretende que a usina opere com
1,0 MW de potência elétrica e, em razão de restrições técnicas, o dobro dessa potência será dissipada
por seu sistema de arrefecimento, na forma de calor. Para atender a resolução número 430, de 13 de
maio de 2011, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, com uma ampla margem de segurança, os
engenheiros determinaram que a água só poderá ser devolvida ao rio com um aumento de temperatura
de, no máximo, 3 °C em relação à temperatura da água do rio captada pelo sistema de arrefecimento.
Considere o calor especifico da água igual a 4 kJ/ (kg °C).

Para atender essa determinação, o valor mínimo do fluxo de água, em kg/ s, para a refrigeração da usina
deve ser mais próximo de
a) 42.
b) 84.
c) 167.
d) 250.
e) 500.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Uma garrafa e uma lata de refrigerante permanecem durante vários dias em uma geladeira. Quando Fís.
pegamos a garrafa e a lata com as mãos desprotegidas para retirá-las da geladeira, temos a impressão
de que a lata está mais fria do que a garrafa. Isso é explicado pelo fato de:
a) a temperatura do refrigerante na lata ser diferente da temperatura do refrigerante na garrafa;
b) a capacidade térmica do refrigerante na lata ser diferente da capacidade térmica do refrigerante
na garrafa;
c) o calor específico dos dois recipientes ser diferente;
d) o coeficiente de dilatação térmica dos dois recipientes ser diferente;
e) a condutividade térmica dos dois recipientes ser diferente.
2. Num dia em que a temperatura ambiente é de 37°C, uma pessoa, com essa mesma temperatura
corporal, repousa à sombra. Para regular sua temperatura corporal e mantê-la constante, a pessoa
libera calor através da evaporação do suor. Considere que a potência necessária para manter seu
metabolismo é 120 W e que, nessas condições, 20% dessa emergia é dissipada pelo suor, cujo calor de
vaporização é igual ao da água (540 cal/ g). Utilize 1 cal igual a 4 J.

Após duas horas nessa situação, que quantidade de água essa pessoa deve ingerir para repor a perda
pela transpiração?
a) 0.08 g
b) 0,44g
c) 1,30g
d) 1,80g
e) 80,0g

3. Considere X e Y dois corpos homogêneos, constituídos por substâncias distintas, cujas massas
correspondem, respectivamente, a 20 g e 10 g. O gráfico abaixo mostra as variações da temperatura
desses corpos em função do calor absorvido por eles durante um processo de aquecimento.

As capacidades térmicas de X e Y e, também, os calores específicos das substâncias que os constituem


são, respectivamente:
a) C x = 10 cal/ K, C y = 4 cal/ K, c x = 0,5 cal/ g.K e c y = 0,4 cal/ g.K
b) C x = 20 cal/ K, C y = 4 cal/ K, c x = 1,5 cal/ g.K e c y = 0,4 cal/ g.K
c) C x = 10 cal/ K, C y = 5 cal/ K, c x = 0,3 cal/ g.K e c y = 0,7 cal/ g.K

Fís.
d) C x = 20 cal/ K, C y = 5 cal/ K, c x = 0,5 cal/ g.K e c y = 0,4 cal/ g.K
e) C x = 20 cal/ K, C y = 5 cal/ K, c x = 0,6 cal/ g.K e c y = 0,7 cal/ g.K

4. Para a instalação de um aparelho de ar-condicionado, é sugerido que ele seja colocado na parte
superior da parede do cômodo, pois a maioria dos fluidos (líquidos e gases), quando aquecidos, sofrem
expansão, tendo sua densidade diminuída e sofrendo um deslocamento ascendente. Por sua vez,
quando são resfriados, tornam-se mais densos e sofrem um deslocamento descendente.

A sugestão apresentada no texto minimiza o consumo de energia, porque


a) diminui a umidade do ar dentro do cômodo.
b) aumenta a taxa de condução térmica para fora do cômodo.
c) torna mais fácil o escoamento da água para fora do cômodo.
d) facilita a circulação das correntes de ar frio e quente dentro do cômodo.
e) diminui a taxa de emissão de calor por parte do aparelho para dentro do cômodo.
5. Na tabela, é possível ler os valores do calor específico de cinco substâncias no estado líquido, e no
gráfico é representada a curva de aquecimento de 100 g de uma dessas substâncias.

A curva de aquecimento representada é a:


a) da água.
b) do álcool etílico.
c) do ácido acético.
d) da acetona.
e) do benzeno.

6. Um isolamento térmico eficiente é um constante desafio a ser superado para que o homem possa viver
em condições extremas de temperatura. Para isso, o entendimento completo dos mecanismos de
troca de calor é imprescindível.

Em cada uma das situações descritas a seguir, você deve reconhecer o processo de troca de calor
envolvido.
I. As prateleiras de uma geladeira doméstica são grades vazadas, para facilitar o fluxo de energia

II. O único processo


III. Em uma garrafa térmica, é mantido vácuo entre as paredes duplas de vidro para evitar que o

Na ordem, os processos de troca de calor utilizados para preencher as lacunas corretamente são:
a) condução, convecção e radiação.

Fís.
b) condução, radiação e convecção.
c) convecção, condução e radiação.
d) convecção, radiação e condução.

7. A liofilização é um processo de desidratação de alimentos que, além de evitar que seus nutrientes
saiam junto com a água, diminui bastante sua massa e seu volume, facilitando o armazenamento e o
transporte. Alimentos liofilizados também têm seus prazos de validade aumentados, sem perder
características como aroma e sabor.
O processo de liofilização segue as seguintes etapas: I. O alimento é resfriado até temperaturas abaixo
de 0 °C, para que a água contida nele seja solidificada. II. Em câmaras especiais, sob baixíssima pressão
(menores do que 0,006 atm), a temperatura do alimento é elevada, fazendo com que a água sólida seja
sublimada. Dessa forma, a água sai do alimento sem romper suas estruturas moleculares, evitando
perdas de proteínas e vitaminas. O gráfico mostra parte do diagrama de fases da água e cinco
processos de mudança de fase, representados pelas setas numeradas de 1 a 5.

A alternativa que melhor representa as etapas do processo de liofilização, na ordem descrita, é


a) 4 e 1.
b) 2 e 1.
c) 2 e 3.
d) 1 e 3.
e) 5 e 3.

8. O gráfico representa, aproximadamente, como varia a temperatura ambiente no período de um dia,


em determinada época do ano, no deserto do Saara. Nessa região a maior parte da superfície do solo
é coberta por areia e a umidade relativa do ar é baixíssima.

Fís.
A grande amplitude térmica diária observada no gráfico pode, dentre outros fatores, ser explicada pelo
fato de que
a) a água líquida apresenta calor específico menor do que o da areia sólida e, assim, devido a maior
presença de areia do que de água na região, a retenção de calor no ambiente torna-se difícil,
causando a drástica queda de temperatura na madrugada.
b) o calor específico da areia é baixo e, por isso, ela esquenta rapidamente quando ganha calor e esfria
rapidamente quando perde. A baixa umidade do ar não retém o calor perdido pela areia quando ela
esfria, explicando a queda de temperatura na madrugada.
c) a falta de água e, consequentemente, de nuvens no ambiente do Saara intensifica o efeito estufa, o
que contribui para uma maior retenção de energia térmica na região.
d) o calor se propaga facilmente na região por condução, uma vez que o ar seco é um excelente
condutor de calor. Dessa forma, a energia retida pela areia durante o dia se dissipa pelo ambiente à
noite, causando a queda de temperatura.
e) da grande massa de areia existente na região do Saara apresenta grande mobilidade, causando a
dissipação do calor absorvido durante o dia e a drástica queda de temperatura à noite.
9. Em um experimento foram utilizadas duas garrafas PET, uma pintada de branco e outra de preto
acopladas cada uma a um termômetro. No ponto médio da distância entre as garrafas, foi mantida
acesa, durante alguns minutos, uma lâmpada incandescente. Em seguida a lâmpada foi desligada.
Durante o experimento, foram monitoradas as temperaturas das garrafas:
A. enquanto a lâmpada permaneceu acesa e
B. após a lâmpada ser desligada e atingirem o equilíbrio térmico com o ambiente.

A taxa de variação da temperatura da garrafa preta, em comparação à garrafa branca, durante todo o
experimento foi
a) Igual no aquecimento e igual no resfriamento.
b) Maior no aquecimento e igual no resfriamento.
c) Menor no aquecimento e igual no resfriamento.
d) Maior no aquecimento e menor no resfriamento.
e) Maior no aquecimento e maior no resfriamento.

QUESTÃO CONTEXTO

Eis aqui um procedimento para medir o calor específico de um metal: um pedaço de metal é colocado em
água fervente (a 100 °C) por um certo tempo e é em seguida transferido para um recipiente isolado contendo
200 g de água a 25 °C. Depois de alguns minutos, o conteúdo deste recipiente está a uma temperatura de 30
°C. Suponha que a capacidade térmica do recipiente seja desprezível e que não há quantidade significativa
de energia transferida entre o conteúdo do recipiente e o ambiente.
A) Qual a quantidade de calor transferida para a água?
B) Qual a quantidade de calor cedida pelo metal?
C) Qual a capacidade térmica do metal?
D) Se o pedaço de metal tem uma massa de 100 g, qual é seu calor específico?

Fís.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. c
Quanto mais rápido perdemos energia térmica, maior é a nossa sensação de frio. Essa rapidez é função
da diferença de temperatura entre o nosso corpo e a atmosfera do meio onde nos encontramos.

2. b
De fato: L = calor/ massa = - 30/ 30= - 1cal/ g.

3. c

4. d

5. b Fís.

6. c
Exercícios de casa

1. e
O metal da lata tem condutividade térmica maior do que o vidro da garrafa. Assim, ao tocarmos ambos,
perderemos calor mais rapidamente para a lata. Por isso ela parecerá mais fria do que a garrafa.

2. e

3. a

4. d

Fís.
5. e

6. d
7. c
Etapa I: a água sofre solidificação, passando da fase líquida para a sólida, processo indicado pela seta
2.
Etapa II: o gelo sofre sublimação, passa da fase sólida para vapor, processo indicado pela seta 3.

8. b

9. e
O preto é a combinação de todas as cores do espectro luminoso, fazendo com que ele absorva todos
os espectros. Logo, a garrafa preta absorve com maior velocidade a energia radiante,
consequentemente, a variação de temperatura também é maior, aquecendo mais rápido.

Acompanhando essa ideia, a emissão da energia absorvida pela garrafa preta também é maior, fazendo
com que o resfriamento também seja mais rápido.

Questão Contexto

A)

B) A quantidade de calor cedida pelo metal é a mesma quantidade, em módulo, de calor transferida para a
água (4200J), já que a energia total deve ser conservada e não há outras trocas de energia.

C) Capacidade térmica do metal:

D) Calor específico do metal:

Fís.
Geo.
Professor: Ricardo Marcílio
Monitor: Marcus Oliveira

Geo.
26
Cartel, truste, holding e dumping
fev

RESUM O

Uma das características mais importantes do Capitalismo Financeiro foi a formação de grandes empresas
industriais e comerciais, além da proliferação de instituições financeiras. Assim, para as empresas garantirem
o lucro e o retorno dos investimentos, começaram a se organizar de forma a obter cada vez mais um pedaço
do mercado. Diversos mecanismos foram criados para facilitar e instituir esses grandes blocos empresariai s,
garantindo a lucratividade e impedindo a livre concorrência. Embora as atividades monopolistas sejam
combatidas por meio de leis em diversos países, é muito comum observá-las na economia, através de práticas
como o truste, o cartel e a holding.

Truste

Quando um conjunto de empresas se une ou se funde controlando o capital de forma conjunta e


centralizando as decisões, formando uma organização mais ampla e lucrativa. A prática mais comum é o
estabelecimento de uma política de preços elevados.

Cartel

Não muito diferente do truste, o cartel é uma prática financeira em que as empresas também fazem acordos
estabelecendo um preço comum e mais elevado, dividindo o mercado e a produção, evitando a concorrência
e garantindo a lucratividade. A grande diferença é que não há fusão legal dessas empresas e, portanto, elas

Geo.
não perdem independência financeira.
Holding

Pode se entender a holding como uma empresa administrativa. Geralmente, não possui nenhuma atividade
produtiva, mas é responsável por centralizar e administrar a política do grupo que controla, grupo esse
denominado conglo merado. Na prática, a holding detém um controle acionário de outras empresas
(subsidiárias) e é o estágio mais avançado de concentração do capital.

O dumping é uma prática comercial em que uma ou mais empresas vendem seus produtos e serviços abaixo
do preço do mercado, inviabilizando o modelo de negócios de uma outra empresa. O objetivo é eliminar a
concorrência e conquistar uma fatia maior de mercado. Geralmente, é associado a vendas no exterior, por
exemplo, quando agricultores da Europa e dos Estados Unidos recebem subsídios governamentais,
conseguindo produzir e exportar abaixo do custo de produção, o que prejudica as vendas brasileiras no
exterior.

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. As provas oferecidas pela Siemens e por seus executivos ao Cade são contundentes. Entre elas, consta
um depoimento bombástico prestado no Brasil em junho de 2008 por um funcionário da Siemens da
Alemanha. ISTOÉ teve acesso às sete páginas da denúncia. Nelas, o ex-funcionário, que prestou
depoimento voluntário ao Ministério Público, revela como funciona o esquema de desvio de dinheiro
dos cofres públicos e fornece os nomes de autoridades e empresários que participavam da tramoia.
Fonte: Istoé, 19/ 07/ 2013.

A matéria retrata:

Geo.
a) um esquema de corrupção existente na prefeitura municipal de São Paulo em relação ao
monopólio que algumas empresas de transportes detêm e que motivou a revolta comandada
pelo Movimento Passe Livre.
b) um milionário propinoduto mantido há quase 20 anos por sucessivos governos do Estado em São
Paulo para desviar dinheiro das obras do Metrô e dos trens metropolitanos.
c) um novo capítulo cuja verba desviada das obras do Metrô eram utilizadas
para comprar votos de parlamentares para que aprovassem projetos do governo federal.
d) um milionário caso de corrupção na prefeitura municipal de São Paulo relacionado a desvios de
recursos para obras do Metrô e trens metropolitanos da CPTM.
e) a descoberta de um Cartel composto por multinacionais europeias que estavam envolvidas com
desvi mensalão mineiro.
2.

http:/ / gestaoboechat.blogspot.com

A fusão da Sadia com a Perdigão, em maio de 2009, resultou na criação da Brazil Foods, décima maior
empresa alimentícia do continente americano e segunda do país.
Esse evento é decorrente de uma estratégia das grandes corporações e representa uma tendência
mundial da atual fase do capitalismo.

A denominação da atual fase do capitalismo e uma justificativa para a adoção dessa estratégia estão
indicadas em:
a) liberal redução dos preços das mercadorias
b) monopolista ampliação da participação no mercado
c) monetarista diminuição dos custos de comercialização
d) concorrencial aumento da escala de compras da companhia

3. Contemporaneamente, pode-se definir a sociedade mundial como a do petróleo, devido à


participação desta matéria-prima em inúmeros produtos e atividades humanas. A utilização deste
recurso natural data de muitos séculos, mas sua exploração e beneficiamento se expandiram somente
a partir do século XX.
A respeito desse recurso natural, é correto afirmar:
a) Houve uma forte redução do preço do barril, no início da década de 1970, por conta dos
resultados das pesquisas envolvendo novos procedimentos de extração e refino.
b) A estatização, no Brasil, do transporte e do refino de petróleo iniciou-se no final dos anos 1930
sob o governo de Juscelino Kubitschek.
c) O início de seu uso como fonte de energia se deu em 1920, na Inglaterra, com a descoberta de
reservas pouco profundas.
d) No final dos anos 1920, sete empresas petrolíferas mundiais constituíram um cartel controlador
da extração, transporte, refino e distribuição do petróleo.
e) Os Estados Unidos possuem reservas ilimitadas de petróleo, o que ocasiona independência em
relação aos países participantes da OPEP.

4.
Geo.
A presença de empresas globais que dominam o mercado de tecnologia no mundo costuma gerar
atritos com os governos nacionais e impactos de diferentes dimensões em sua indústria cultural e na
privacidade dos indivíduos. Diante do poder dessas grandes empresas, os Estados nacionais buscam
estabelecer regras antitrustes para o setor.
Adaptado de Farhad Manjoo, The New York Times/ Folha de São Paulo, 11/ 06/ 2016, p. 1 e 2.

Com relação ao poder econômico e político das empresas globais de tecnologia digital e as ações dos
governos nacionais, é correto afirmar que:
a) A tecnologia digital representou uma expressiva reestruturação da ordem global. Houve maior
democratização da circulação de informações pela internet e os Estados nacionais perderam
totalmente o controle do conteúdo transmitido pelas redes digitais.
b) O poder das grandes empresas de tecnologia predomina apenas nos países pobres, cujos Estados
dispõem de limitadas legislações para o controle desses grupos econômicos em seus territórios,
sobretudo no que diz respeito às mídias globais.
c) As leis antitrustes surgiram no final do século XX e foram criadas pelos Estados nacionais para o
controle do poder econômico das empresas globais do mercado de tecnologia digital, setor que
costuma desenvolver práticas de mercado anticompetitivas.
d) As empresas de tecnologia digital formam verdadeiros oligopólios e controlam diversas redes
informacionais; apesar disso, elas ainda dependem das legislações dos Estados nacionais para a
atuação nos territórios e comercialização dos seus produtos.
EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Associação chinesa pede boicote a mineradoras


O presidente da Associação de Ferro e Aço da China pediu ontem que os importadores licenciados do
país boicotem as três grandes empresas de minério de ferro nos próximos dois meses. O pedido é uma
clara referência à brasileira Vale e às anglo-australianas BHP Billiton e Rio Tinto, que vêm impondo
mudanças nos acordos de compra e venda do minério, determinando preços mais elevados.
Adaptado de O Globo, 03/ 04/ 2010

O comportamento adotado pelas três empresas mineradoras, caso seja comprovado, configuraria a
seguinte prática econômica:
a) cartel
b) holding
c) dumping
d) incorporação

2. Após a Segunda Revolução Industrial, inicia-se uma tendência à concentração e centralização de


capitais, ou seja, a fusão ou a união entre empresas, dando origem à organização dos monopólios e
oligopólios em diversos países do planeta.
Os fatores que traçaram essa tendência podem ser observados nas afirmações a seguir, EXCETO a:
a) substituição do capitalismo concorrencial ou liberal pela organização de práticas como a
cartelização e a formação de trustes.
b) formação de grandes impérios, visando garantir o suprimento de matérias-primas para as suas
indústrias e produção agrícola para as suas populações urbanas.
c) forte participação do Estado na atividade econômica, tanto no planejament o, como nos
investimentos em infraestrutura.
d) transposição de fronteiras políticas por grandes empresas estrangeiras, interessadas nos fatores
locacionais para suas instalações em âmbito mundial.
e) estruturação de um complexo financeiro-industrial com grande poder e controle sobre o Estado.

3. O fenômeno pelo qual o país exporta para outro produtos abaixo do custo, para instituir uma desleal
concorrência, é denominado de:
a) protecionismo.
b)
c)

Geo.
d) cooperativismo.
e) antiprotecionismo.

4. Cade abre processo contra 21 empresas e 59 executivos


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do Ministério da Justiça, instaurou
processo administrativo para investigar 21 empresas e 59 pessoas físicas em licitações públicas para
contratação de serviços de engenharia, construção e montagem industrial. Para o Cade, há evidências
de que os investigados teriam celebrado acordos para fixar preços, dividir mercado e ajustar
condições, vantagens ou abstenção em licitações.
Adaptado de O Globo, 23/ 12/ 2015

A prática empresarial investigada pelo Cade, ilegal no Brasil, é denominada:


a) cartel
b) holding
c) dumping
d) monopólio
5. BRASÍLIA - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) do Ministério da Justiça
condenou, ontem, as empresas Roche, Basf e Aventis. Segundo o Cade, essas empresas teriam
restringido a oferta e elevado os preços no Brasil das vitaminas A, B2, B5, C e E, na segunda metade
dos anos 90. Elas também teriam impedido a entrada de vitaminas chinesas, a preços mais baratos, no
Brasil.
As empresas já haviam sido condenadas por práticas semelhantes na Europa e EUA.
JULIANO BASILE. Adaptado de Valor Econômico, 12/ 04/ 2007

Desde o final do século XIX, tornou-se um aspecto marcante do modo de produção capitalista a
formação de grandes empresas capazes de controlar a maior parte ou mesmo todo o mercado de um
ou mais produtos.
A notícia acima expressa a seguinte prática presente nessa realidade centenária, associada à seguinte
característica do atual momento econômico:
a) holding fusão de companhias do mesmo setor
b) cartel controle do mercado em escala planetária
c) oligopólio padronização mundial das leis de concorrência
d) dumping p protecionismo para produtos de países emergentes

6. Crescimento do mercado no Cone Sul acirrou competição (George Vidor)


A criação da Autolatina ocorreu num período em que a indústria automobilística mundial estava
atravessando uma fase de Associações múltiplas. As previsões para o mercado do Cone Sul, no
entanto, eram pessimistas: acreditava-se que o Brasil produziria um milhão de veículos por ano,
enquanto a Argentina ficaria na casa das cem mil unidades.
Hoje, a produção brasileira de veículos deverá ultrapassar a barreira de 1,5 milhão de unidades/ ano. Na
Argentina, são 350 mil carros por ano. O crescimento vertiginoso do mercado no Cone Sul deve ter
estimulado a Ford a se retirar da Autolatina para disputar os espaços perdidos para a Fiat e a GM. Ambas
estão expandindo as suas fábricas. A Ford precisará de agilidade para correr atrás.
- 02/ 09/ 94 P.24

A criação da AUTOLATINA ocorreu em 1987 entre a Volkswagen do Brasil e a Ford do Brasil. Embora a
dissolução da AUTOLATINA, hoje, já esteja sendo cogitada, conforme foi visto, podemos continuar a
usar seu exemplo para ilustrar empresas que administram associações e coligações entre duas ou mais
firmas. Essas empresas são conhecidas como:
a) .
b) monopólios.
c)
d) guildas.
e) monopsônios.

QUESTÃO CONTEXTO Geo.


Chinesa Didi Chuxing compra o controle da brasileira 99

A empresa de transportes Didi Chuxing anunciou nesta quarta-feira (3) que adquiriu o controle da brasileira
99. O negócio acirra ainda mais a disputa da chinesa com a Uber e sinaliza uma consolidação das empresas
de transporte alternativo no Brasil e pelo mundo.
O valor da transação não foi revelado, mas ele confere à 99 valor de mercado em torno de US$ 1 bilhão,
Isso faz da empresa, na do
Brasil. O nome é dado a startups, empresas iniciantes de tecnologia, ao atingir o patamar bilionário em valor
de mercado.
Adaptado de: https:/ / g1.globo.com/ economia/ noticia/ chinesa-didi-chuxing-compra-o-controle-da-brasileira-99.ghtml

A compra milionária da reportagem acima chamou atenção da mídia internacional, pois representou um
passo mais ousado para a empresa chinesa Didi Chuxing. No mercado brasileiro, qual seria o impacto dessa
aquisição?
GABARI TO

Exercícios de aula

1. b
A matéria trata de um escândalo de corrupção divulgado em 2013 sobre a formação de cartel em serviços
e equipamentos para o metrô e CPTM, em São Paulo. O destaque é que empresas transnacionais, como
Siemens (alemã) e Alstom (francesa), estão envolvidas com propinas a funcionários e políticos do
governo de São Paulo, configurando o chamado propinoduto.

2. b
Muitos argumentam que a quarta fase do capitalismo (Informacional) é apenas uma prolongação da fase
Financeira ou Monopolista. Hoje, observa-se uma concentração de capital em patamares inéditos,
possível graças às fusões e aquisições históricas de empresas multinacionais. Nesse sentido, a atual fase
ainda se caracteriza por Monopolista e tal prática possui como objetivo ampliar e dominar o segmento
do mercado em que elas atuam.

3. d
foi o nome dado ao cartel formado por sete empresas petrolíferas, Gulf Oil (EUA), Exxon
(EUA), Standard Oil (EUA), Texaco (EUA), Shell (Reino Unido e Holanda), BP (Reino Unido) e Chevron
(BP), no início do século XX.

4. d
No mundo da tecnologia, poucas e grandes empresas controlam esse setor. Alphabet (holding que
possui o Google), Microsoft, Apple, Facebook, Intel e Nvidia são alguns exemplos desse domínio global.
Muitas dessas empresas são originárias dos Estados Unidos, mais precisamente do Vale do Silício. Mesmo
com seu gigantesco tamanho, em determinadas situações, essas empresas ainda dependem da legislação
dos Estados, como no caso da China, onde o controle estatal da informação exig e diversas adaptações
por parte dessas empresas, para atuarem nesse gigantesco mercado.

Exercícios de casa

Geo.
1. a
Não é difícil observar, na atual fase do capitalismo, vários setores da economia que são controlados por
um pequeno número de empresas. A notícia informa que três empresas distintas vêm impondo mudanças
nos acordos de compra e venda do minério, determinando preços mais elevados, o que se configura
como uma formação de cartel.

2. c
No início da fase capitalista Financeira ou Monopolista, o Liberalismo era a doutrina econômica
dominante. Defendia o livre comércio e a total ausência do Estado na economia, que seria regulada pela
permitiu a formação de grandes conglomerados.
Somente com a Crise do Liberalismo em 1929, que o Keynesianismo passou a ser a doutrina econômica
dominante, defendendo a intervenção do Estado na economia.

3. c
O dumping é uma prática comercial em que um país ou empresa exporta seus produtos abaixo do custo,
inviabilizando o modelo de negócios de uma outra empresa. O objetivo é eliminar a concorrência e
conquistar uma fatia maior de mercado.
4. a
Cartel é um acordo entre empresas, com o objetivo de dividir o mercado e fixar preços, obtendo
condições e vantagens específicas.

5. b
Tal como a reportagem esclarece, empresas do ramo farmacêutico realizaram acordos para fixar a oferta
e elevar o preço de produtos vitamínicos, o que se configura como a prática de cartel e possui como
objetivo o domínio do mercado.

6. Autolatina foi uma joint venture (aliança entre empresas) formada entre a Ford (49% das ações) e a
Volkswagen (51% das ações) nos mercados brasileiro e argentino, na década de 1980 e 1990. Autolatina
seria uma holding que controlaria a Volkswagen e a Ford, que manteriam suas identidades visuais e suas
marcas, mas colaborariam na produção e desenvolvimento de novas tecnologias. A Autolatina chegou
ao fim em 1996.

Questão Contexto

A aquisição da empresa não se configura propriamente como uma fusão, e sim como, um controle acionário.
Porém, essa aquisição indica para o mundo que a empresa chinesa não está interessada apenas em obter
fatias de uma operação, e sim dominar o mercado. No ano passado, a Cabify, empresa espanhola de
transporte alternativo, uniu suas operações com as da Easy, que foi pioneira no Brasil no negócio de conectar
taxistas via aplicativo. A tendência monopolista das empresas nessa fase do capitalismo não é novidade. No
Brasil, o mercado de transporte alternativo passa a ser disputado por duas grandes empresas, o que, no
futuro, pode significar uma diminuição da concorrência e aumento dos preços.

Geo.
GEP
Slide de abertura
Desenvolva um pré-ritual de
01
estudos e tenha uma rotina de
mar
sucesso

Quase metade das nossas decisões do dia a dia resultam do hábito. Ele é um recurso que nosso cérebro usa
para tomar uma decisão sem gastar muita energia, é quase um piloto automático. Se criarmos o hábito de
estudar, a execução dessa tarefa será mais fácil e menos cansativa.

Hábito e rotina
É a partir da rotina que você irá conseguir adquirir um novo hábito. Imagine a rotina como uma série de
instruções que devem ser executadas de forma encadeada. À medida que executa essas instruções, repeti-
damente, você cria um determinado hábito.

• Desligue as notificações do celular e guarde-o na gaveta.


Desenvolva • Feche a porta do seu quarto, silenciando o ambiente de estudos.
• Pegue seu caderno de anotações e se prepare para a aula.
seu pr é-r it ual • Reveja seu cronograma e o quadro de objetivos diários.
• Que tal ouvir aquela música de campeão?
de est udos • Ligue o cronômetro e BANG!! Foi dada a largada!!

Com o passar dos dias, seu cérebro será condicionado a sempre repetir essas mesmas tarefas, executando-
as de forma mais natural e menos cansativa. Para entender mais sobre rotina, assista ao vídeo abaixo.

GEP
Entrevista sobre Hábito e Rotina

Você também deve criar uma rotina de estudos. Por exemplo, assistir aos módulos gravados, produzir um
resumo, resolver a lista de exercícios e fazer o diagnóstico da lista. Com o tempo e da mesma forma, seu
cérebro irá executar essas tarefas mais naturalmente. Porém, para essa rotina virar um hábito, você precisa
adicionar alguns elementos, como a deixa e a recompensa, que são estratégias que te ajudam a fixar a rotina
no seu dia a dia, criando definitivamente o hábito de estudar. Clicando na imagem abaixo, você irá assistir a
um resumo animado do livro O Poder do Hábito, de Charles Duhigg, e descobrir como essa ferramenta pode
transformar sua vida.

Resumo ilustrado do livro O Poder do Hábito


Motivação para sair do zero
Muitas vezes, a falta de motivação nos impede de começarmos
alguma tarefa. Imagine que você tenha vontade de ler o portal de
notícias antes de dormir, escrever uma redação todo fim de se-
mana ou fazer no mínimo 100 exercícios. Esses são exemplos de
hábitos positivos que temos uma dificuldade enorme para come-
çar. E isso é muito comum. Nesse sentido, se liga como os mini-
hábitos podem te ajudar nessa tarefa, clicando na imagem ao
lado.

• Seja proativo.
Os 7 hábit os das pes- • Comece com o objetivo em mente.
• Primeiro, o mais importante.
• -g .
soas alt ament e ef ica- • Primeiro, procure compreender, depois, ser com-
preendido.
zes • Crie sinergia.
• Afina o instrumento.

Para entender melhor , assista ao vídeo abaixo e comece


a transformar o modo como você se comporta.

Quer um exemplo real? Se liga nas dicas da ex-aluna e atual monitora Sarah Schollmeier, no grupo do Guia

GEP
do Estudo Perfeito, no Facebook.

EXERCÍCIO

Pense em quais rotinas você poderia criar para adquirir o hábito de estudar. Elabore uma lista com essas
instruções e indique como você gostaria de executá-las. Tenha essa lista em mãos e venha para a live sobre
Pré-ritual de estudos e rotina, no grupo do GEP. Para não perder nenhuma live no grupo, fique atento ao
horário e dia dos eventos criados por lá. Se não puder, elas ficam gravadas e você pode assisti-las depois.
His.
Professor: João Daniel
Monitor: Octavio Correa

His.
Mundo antigo: 26
Grécia fev

RESUM O

Com certeza sociedade que mais influenciou diretamente ou indiretamente o mundo atual foi a grega, ao
lado do mundo romano esses compuseram a base do atual sistema político, filosófico e cultural da sociedade
moderna, seja por meio de influências que resistiram ao tempo ou pelo resgate das tradições durante o
renascimento a cultura greco-romano em especial a parte grega ajudou a formar o mundo como se conhece
hoje.

Temporização

Estes durante a maior parte de sua história organizaram-se em cidades estado que existiram por todo o
mediterrâneo até a costa francesa, as cidades se organizavam em torno de diferentes sistemas políticos, as
mais importantes eram Atenas e Esparta, Atenas tinha um perfil mais intelectual e democrático, já em Esparta
a atividade era majoritariamente militar e tinha um modelo monárquico, essas cidades depois de acabarem
com a ameaça dos Persas voltaram-se uma contra a outra envolvendo outras cidades formando duas ligas a
de Delos (aliados de Atenas) e a do Peloponeso (aliados de Esparta), a guerra do Peloponeso durou de 431-
421 a.C.

Após as guerras entre Atenas e Esparta começa o domínio Macedônico, de Alexandre o Grande, os
macedônios viviam ao norte da Grécia e tinham uma cultura grega principalmente na elite do local, ainda sim
eram considerados como bárbaros pelos gregos já que falavam outra língua e tinham um sistema de governo
diferente. Ainda sim, Alexandre domina a Grécia estende até o Iraque, mais tarde depois de dez anos de
conquistas Alexandre morre em 323 a.C.

A sociedade Grega com a autonomia política dos nativos dura até o início do domínio romano da região, que
se da depois da Batalha de Corinto em 146 a.C. No entanto a sociedade grega deixou profundas influências
na sociedade romana, como a religião que é muitíssimo parecida com a mudança de nomes do s deuses,
grande parte da filosofia romana tem base nos pensadores gregos e de certa forma sua organização social
também foi herdada dos gregos.

Sociedade e Economia Grega

His.
A organização social grega era extremamente hierarquizada, salvas as exceções de cada cidade-estado a
sociedade grega seguia um padrão, peguemos o exemplo de Esparta. O grupo do topo da pirâmide eram os
Espartiadas que eram guerreiros dórios que receberam a administração das terras comunais agora estatizadas
sob seu controle tendo direitos políticos, em seguida vinham os Periecos eram os cidadãos livres que se
dedicavam na agricultura nas terras periféricas á dos Espartiadas, eles se dedicavam também ao artesanato e
a criação de gado. Por último vinham os Hilotas que trabalhavam nas terras dos espartiadas além de fazerem
outras funções.

Os gregos herdaram diversas técnicas agrícolas das sociedades egípcias e mseopotâmicas, logo não era de
se espantar que a principal base da economia era a agricultura como em grande parte das sociedades pré-
industriais, no entanto os gregos dedicavam-se a pesca por conta de sua configuração geográfica (em
arquipélago) e ao comércio que movimentava todo um sistema de trocas no mediterrâneo, sendo exímios
navegantes, podemos citar ainda a mineração e o manuseio de metais que eram usados no fabrico de armas,
ornamentos e itens religiosos.
EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em


pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-
lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele,
encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no
litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa
setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 2500 km de
comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua
estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura,
no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se
tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia).
M. I. Finley. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.

Com base no texto, pode-se apontar corretamente.


a) a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares
de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios.
b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e
cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural.
c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de
formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político.
d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre
a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política.
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de
consolidar política e economicamente o Estado nacional.

2. Dentre os legados dos gregos da Antiguidade Clássica que se mantêm na vida contemporânea,
podemos citar:
a) a concepção de democracia com a participação do voto universal.
b) a promoção do espírito de confraternização por intermédio do esporte e de jogos.
c) a idealização e a valorização do trabalho manual em todas suas dimensões.
d) os valores artísticos como expressão do mundo religioso e cristão.
e) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das cidades-acrópoles.

3. A Guerra do Peloponeso (431 a.C.- 404 a.C.), que teve importância fundamental na evolução histórica
da Grécia antiga, resultou, entre outros fatores, de
a) um confronto econômico entre as cidades que formavam a Confederação de Delos.

His.
b) um esforço da Pérsia para acabar com a influência grega na Ásia Menor.
c) um conflito entre duas ideologias: Esparta, oligárquica, e Atenas, democrática.
d) uma manobra de Esparta para aumentar a sua hegemonia marítima no mar Egeu.
e) uma tentativa de Atenas para fracionar a Grécia em diversas cidades-estado.

4. A civilização grega atingiu extraordinário desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e a crença


na capacidade criadora do homem têm permanente significado. Acerca do imenso e diversificado
legado cultural grego, é correto afirmar que:
a) a importância dos jogos olímpicos limitava-se aos esportes.
b) a democracia espartana era representativa.
c) a escultura helênica, embora desligada da religião, valorizava o corpo humano.
d) os atenienses valorizavam o ócio e desprezavam os negócios.
e) poemas, com narrações sobre aventuras épicas, são importantes para a compreensão do período
homérico.
5. Texto I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e
que outras coisas provêm de sua descendência.
Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens
formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensado, transformam -se em água. A água,
quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível,
transformasse em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC -Rio, 2006 (adaptado).

Texto II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: princípio
de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as
especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro
elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a
impressão de quererem ancorar o mundo numa
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado) .

Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a
partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo
medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que:
a) eram baseadas nas ciências da natureza.
b) refutavam as teorias de filósofos da religião.
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
d) postulavam um princípio originário para o mundo.
e) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.

6. Não esqueçamos que o processo de formação de um povo e de uma civilização gregos não se
desenrolou segundo um plano premeditado, nem de maneira realmente consciente. Tentativa, erro e
imitação foram os principais meios, de tal modo que certa margem de diversidade social e cultural,
amiúde muito marcada, caracterizou os inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo nem a própria direção
da mudança deixaram de se alterar ao longo da história grega.
(Moses I. Finley. O mundo de Ulisses.3ª ed. Lisboa: Presença, 1998, p.16.)

da
b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor

His.
EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Não é possível pôr em dúvida por mais tempo, ao passar em revista o estado atual dos conhecimentos,
ter havido realmente uma guerra de Troia histórica, em que uma coligação de Aqueus ou Micênios,
sob um rei cuja suserania era conhecida pelos restantes, combateu o povo de Troia e os seus aliados.
A magnitude e duração da luta podem ter sido exageradas pela tradição popular em tempos recentes,
e o número dos participantes avalia dos muito por cima nos poemas épicos. Muitos incidentes, tanto
de importância primária como secundária, foram sem dúvida inventados e introduzidos na narrativa
durante a sua viagem através dos séculos. Mas as provas são suficientes para demonstrar não só que a
tradição da expedição contra Troia deve basear-se em fatos históricos, mas ainda que boa parte dos
heróis individuais mencionados nos poemas foi tirada de personagens reais.
Carl W. Blegen. Troia e os troianos. Lisboa, Verbo, 1971. Adaptado.

A partir do texto acima:


a) identifique ao menos um poema épico inspirado na guerra de Troia e explique seu título;
b) explique uma diferença e uma semelhança entre poesia épica e história para os gregos da
Antiguidade.
2. Se os atenienses tivessem resistido à tentação de abusar de sua força de potência principal da
confederação para obter uma limitada vantagem nacional, a pressão econômica no sentido de uma
união política mais firme provavelmente teria mantido viva a Confederação de Delos, em bases
voluntárias. Com o tempo, isso poderia ter levado a alguma forma de unificação política voluntária do
mundo helênico num todo. O curso seguido nesse momento crítico pela política ateniense orientada
por Péricles provocou a eclosão da luta fratricida e o colapso da civilização helênica.
(Arnold Toynbee. Helenismo: História de uma Civilização)

A situação descrita pelo texto provocou a luta fratricida conhecida como:


a) Guerras Púnicas;
b) Guerra do Peloponeso;
c) Guerras Médicas;
d) Guerras da Gália;
e) Guerras Germânicas.

3. Comente a especificidade da estrutura social espartana, no contexto da cidade-estado grega clássica.

4. Leia o trecho abaixo.

espumosos, impelido pelos ventos do sul, ele avança, e arrasta as vagas imensas que surgem ao redor!
Géia, a suprema divindade, que todas as mais supera, na sua et ernidade, ele [o homem] a corta com

(Sófocles, Antígona. São Paulo. Edições de Ouro, S.d. p. 164)

Com base no texto, a respeito da cultura grega, é correto afirmar que:


a) a força de expressão da cultura erudita extinguiu a influência e a herança da mitologia.
b) o valor da ação humana dependia de sua adaptação às imposições estabelecidas pela religião.
c) a liberdade de expressão, na Grécia, destacava o homem como a medida de todas as coisas.
d) a unidade política grega e a centralidade do poder decorriam da valorização do homem.
e) a democracia grega estimulou as reações contra o politeísmo.

5. Leia o texto abaixo.

-se
anônimos, sem-nome. Somente o indivíduo heróico, aceitando enfrentar a morte na flor de sua
juventude, vê seu nome perpetuar-se gloriosamente de geração em geração. Sua figura singular fica

Paris: Gallimard, 1989. p. 217

Assinale a alternativa correta quanto à construção da imagem do guerreiro na Grécia Antiga. His.
a) As epopéias eram narrativas da vida de indivíduos comuns durante o período homérico.
b) A Ilíada e a Odisséia foram as narrativas que consolidaram o ideal de guerreiro.
c) A Ilíada é a narrativa que desconstruiu a idealização do guerreiro.
d) Para os gregos a imortalidade era conquistada através das ações cotidianas.
e) A morte dos deuses do Olimpo era uma forma de perpetuar a imagem dos guerreiros.

6. Têm medo apenas


Não têm sonhos, só presságios

-Augusto Boal)

citados, identifique a alternativa correta:


a) Atenas, conhecida no mundo antigo por sua produção cultural e pela conquista da democracia,
possibilitou às suas mulheres, consideráveis espaços políticos.
b) As mulheres atenienses tinham receio de que seus maridos naufragassem levando com eles a
disposição de superar suas contradições.
c) Mesmo considerando a inestimável contribuição de Atenas para a história da cultura, era evidente
a condição de inferioridade em que colocava suas mulheres.
d) As mulheres atenienses, tanto quanto suas congêneres espartanas, eram autônomas, guerreiras e
voluntariosas.
e) Apesar da mentalidade machista do homem ateniense, era direito conquistado pelas lutas
femininas o exercício da democracia política.

7. Considere o texto.

A conservação da pequena e média propriedade da terra havia resolvido uma crescente crise social na
Ática e arredores. Mas, em si, ela tenderia a deter os desenvolvimentos cult ural e político da civilização

superestrutura urbana. Comunidades camponesas relativamente igualitárias podiam -se congregar


fisicamente em cidades; elas jamais poderiam criar uma luminosa civilização citadina do tipo que a
Antiguidade agora testemunhava pela primeira vez em estado simples. Para isso era preciso um
superávit de trabalho escravo para a emancipação de seu estrato governante e a construção de um
novo mundo cívico e intelectual.
(Pery Anderson. Passagens da antiguidade ao feudalismo. Trad. São Paulo: Brasiliense, 1995. p. 35)

Com base no texto, pode-se afirmar que:


a) a introdução em escala maciça da escravidão foi decisiva para o surgimento da civilização grega.
b) as origens das desigualdades sociais nas cidadesestados gregas podem ser encontradas no modo
de produção escrava.
c) a inovação decisiva para o desenvolvimento da civilização grega foi a introdução do latifúndio
escravista em larga escala nas pólis.
d) o advento do sistema escravista de produção promoveu o declínio do campesinato e o êxodo dos
pequenos proprietários para as cidades.
e) o significado histórico da adoção do modo de produção escravista está no fato de ter favorecido
à integração cultural das cidades gregas.

8. É inegável a contribuição de Aristóteles para a filosofia ocidental. Conviveu com Platão durante vinte
anos, mas se destacou pela amplitude da sua obra. Aristóteles:
a) defendeu uma sociedade política democrática, governada por filósofos.
b) não concordou com a teoria platônica do mundo das ideias.
c) criticou os sofistas, defendendo o relativismo moral.
d) era contra a escravidão, defendendo a cidadania para todos.

His.
e) não conseguiu formular um pensamento original, devido às suas concepções idealistas.

9. A cultura clássica consagrou o modelo de estado ateniense fundamentando -o na democracia. Nesse


contexto instituiu-se o ostracismo, pelo qual garantia-se:
a) a participação de todos os cidadãos atenienses nas instituições públicas da cidade, inclusive os
tetas.
b) o afastamento sócio-político dos cidadãos que se opunham ao governo, através do voto de
banimento.
c) a anistia geral e irrestrita dos presos políticos presos durante o governo aristocrático, liderado por
Drácon.
d) as reformas políticas necessárias ao bem estar dos cidadãos atenienses, metecos e escravos
urbanos.
e) a ampliação da cidadania aos estrangeiros domiciliados em Atenas, através do estabelecimento da
mistoforia.

QUESTÃO CONTEXTO
Os gregos deixaram inúmeros legados para civilização ocidental como a filosofia e a democracia, apesar
desses valores positivos para a história da humanidade a sede da democracia grega, Atenas, eram
excludentes.

a) Quais as exigências para cidadania ateniense?


b) Compare os conceitos de cidadania para os gregos e para o mundo atual e cite uma consequência desses
modelos.

His.
GABARI TO

Exercícios para aula

1. d
Não se pode usar conceitos ou valores anacrônicos nas analises históricas, sendo que os viventes dos
períodos não tinham estes conceitos, o anacronismo afeta negativamente a análise histórica.

2. b
Os jogos olímpicos eram uma forma de confraternização na antiguidade, nele participavam so mente
homens e os jogos serviam para afirmação da cultura e adoração aos deuses de sua religião também.

3. c
A guerra do Peloponeso simboliza uma transformação na sociedade das cidades-estados que passaram
a se polarizar em dois blocos liderados por Atenas e Esparta em uma grande briga por áreas de influência
entre as cidades.

4. e
A literatura grega é a maior fonte de conhecimento para os historiadores hoje em dia, por seu conteúdo
ajuda a entender os personagens da vida grega e seus valores tendo em vista que a mitologia por exemplo
tinha a função de formação moral.

5. d
podemos ver o ponto em comum entre os filósofo s de diferentes tempos e portanto de diferentes
pensamentos a busca pela origem do universo, debate que muitas vezes hoje com todo o avanço
científico ainda é incerto.

6. a) Prática do comércio marítimo e adoção de certos mitos (como o do Minotauro), imitados da civilização
cretense.
entre
Esparta e Atenas: a primeira, com uma sociedade estratificada baseada na origem étnica de suas camadas
sociais, uma educação que privilegiava a militarização e uma mentalidade conservadora; a segunda, com
uma sociedade organizada segundo critérios econômicos, uma educação que privilegiava a formação
intelectual e uma mentalidade progressista, aberta às inovações.
A Grécia teve um processo de desenvolvimento sem nenhum padrão, logo, em diversas cidades estados

His.
haviam diversas formas de organização política e social, e como todas as outras civilizações foi
influenciada pelas anteriores como a cultura cretense e o mito do Minotauro.

Exercícios para casa

1. a) Ilíada, cuja autoria é atribuída a Homero. O título dessa obra deriva de Ílion nome dado pelos gregos
à cidade de Troia, cujo assédio e queda constituem o tema central do poema.
b) Semelhança: um e outro têm como base um evento real. Diferença: no poema épico há intervenções
de divindades, ao passo que o fato histórico é narrado com base em elementos exclusivamente mate -
riais ainda que eventualmente exagerados ou alterados por juízo de valor.
Os gregos registravam seus feitos com a finalidade de passar as próximas gerações sua história, no
entanto seu registro como na maioria das sociedades antigas era recheado de mitologias no meio de
fatos possíveis.
2. b
O texto defende a possibilidade de uma união entre irmãos gregos (fratricida) que poderia ter acontecido

3. A pólis de Esparta apresenta uma série de peculiaridades que a torna singular no contexto das cidades-
Estado da Grécia clássica. Manteve um regime oligárquico fundado na existência de poderosa
aristocracia terra-tenente (os espartíatas) que explorava o trabalho dos hilotas, verdadeiros servos. Além
disso, havia uma camada pouco expressiva de pequenos proprietários, os periecos, situados na periferia
da cidade. Esparta tinha uma estrutura social militarizada ao extremo, com os espartíatas dedicando -se à
prática militar durante quase toda a vida. Eles detinham, portanto, o monopólio da fo rça, garantindo o
domínio sobre os demais grupos sociais e o prosseguimento da exploração da mão -de-obra hilota. Nota-
se que, contrastando com o imobilismo social espartano, as demais pólis gregas apresentaram uma
estrutura mais dinâmica, reflexo de uma economia mais diversificada, como pode ser claramente
observado, por exemplo, na pólis de Atenas.

4. c
A cultura grega em geral tinha uma valorização do homem nunca vista na antiguidade, tanto que estes
valores são resgatados pela tradição humanística no Renascimento.

5. b
As duas epopeias citadas são exemplos de heroísmo imortalizado na cultura grega, habito que era
valorizado como diz o texto.

6. c
A cultura ateniense foi marcada pela desvalorização da mulher, na verdade o objeto de amor dos homens
gregos eram os homens.

7. a
A escravidão grega foi um fator decisivo que permitiu os gregos a se dedicarem não somente a
agricultura, mas também a uma atividade intelectual.

8. b
Os gregos em particular os atenienses protagonizaram um polo da filosofia no mundo antigo.

9. b
O afastamento dos cidadãos oponentes ao governo foi uma espécie de auto proteção dos governos.

Questão contexto:

a) A cidadania grega era reservada somente aos atenienses homens maiores de 21 anos nascidos de pais His.
atenienses.
b) O sistema democrático atual é muito mais inclusivo do que o modelo grego não tendo distinção de idade
ou sexo, a principal consequência dos dois modelos é que em Atenas a política permanecia sem influencias
(boas ou ruins) de fora da cidade já no modelo moderno a participação política leva em conta as diferenças
culturais a fim de incluir todos os cidadãos.
Lit.
Professor: Diogo Mendes

Monitor: Pamela Puglieri

Lit.
Trovadorismo: cantigas de amigo e 02
amor mar

RESUM O

O Trovadorismo

O Trovadorismo vem de uma tradição oral e manifesta-se nas cantigas medievais. Apesar de termos,
hoje, poemas escritos, eles foram pensados para serem cantados há ainda registros de algumas partituras,
bem diferentes do modelo atual e existem algumas tentativas de reprodução dessas cantigas. O que temos,
porém, é uma vastidão de poemas escritos em galego-português. O estranhamento que a leitura de uma
cantiga trovadoresca pode causar vem do fato de que, embora muito próximo da Língua Portuguesa, o
Galego-Português é um estágio anterior do português atual e, portanto, tem suas características (ortografia,
regras gramaticais, pronúncia, sintaxe) próprias. Iniciamos nossos estudos por essa escola literária porque ela
é o que aparece de primeiro na história de um Portugal medieval e, como tal, tem muita importância para
a compreensão da literatura em Língua Portuguesa. Formalmente falando, a oralidade das cantigas medievais
é fundamental para compreender sua forma um texto oral deve ser memorizado e, para isso, usam-se de
alguns artifícios para facilitar a memorização:
- métrica regular
- rimas
- paralelismo
- presença de refrões

Quanto ao conteúdo, costuma-se classificar a produção trovadoresca da seguinte maneira:


- Produção lírica, que consiste em um sujeito fala de seus sentimentos amorosos. A lírica é subdivida
em:
◦ cantiga de amor, na qual um eu lírico masculino canta seu amor por uma Senhora, sempre
inatingível. O amor é idealizado, platônico e o ambiente em que ocorre é sempre palaciano o eu lírico está
sempre numa camada social inferior à de sua amada e contenta-se em apenas observá-la.
Exemplo de cantiga de amor:

Vós mi defendestes, senhor, Você me proibiu, senhora,


que nunca vos dissesse ren de que lhe dissesse qualquer coisa
de quanto mal mi por vós vem; sobre o quanto sofro por sua causa.
mays fazede-me sabedor, Mas então me diga,
por Deus, senhor, a quem direy por Deus, senhora: a quem falarei
quam muito mal levey o quanto sofro e já sofri por você
por vós, se non a vós, senhor? Senão a você mesma?
Lit.
Ou a quem direy o meu mal, Ou a quem direi o meu amor
se o eu a vós non disser, se eu não disser a você?
poys calar-me nom m'é mester Calar-me não é o que eu quero
e dizer-vo-lo nom m'er val. mas dizê-lo também não adianta.
E, poys tanto mal sofr'assi Sofro tanto de amor por você...
se con vosco non falar hi Se eu não lhe falar sobre isso
por quen saberedes meu mal? como saberá o que sinto?

Ou a quem direy o pesar Ou a quem direi o sofrimento


que mi vos fazedes sofrer que me faz sofrer,
se o a vós non fôr dizer, se eu não for dizê-lo a você?
que podedes consselh'i dar? Diga-me: o que faço?
E, por en, se Deus vos perdon, E, assim, se Deus lhe perdoa,
coraçon, coita do meu coração,
a quem direy o meu pesar? a quem direi o meu amor?
(D. Dinis. In: J. J. Nunes. Cantigas de amigo dos trovadores galego -portugueses. Lisboa. Centro do Livro Brasileiro,
1973.)
◦ Cantiga de amigo, na qual um eu lírico feminino canta as dores de ter sido abandonada por seu
amigo (=namorado, amante) enquanto espera sua volta. O amor é mundano, há referências a amor carnal e
o ambiente é campestre. O eu lírico tende a ser uma moça ingênua, do campo, que sofre sua desilusão.
Exemplo de cantiga de amigo:

Vaiamos, irmãa, vaiamos dormir


[en] nas ribas do lago, u eu andar vi
a las aves meu amigo.

Vaiamos, irmãa, vaiamos folgar


[en] nas ribas do lago, u eu vi andar
a las aves meu amigo.

En nas ribas do lago, u eu andar vi,


seu arco nas man'as aves ferir,
a las aves meu anigo.

En nas ribas do lago, u eu vi andar,


seu arco na mãao a las aves tirar,
a las aves meu amigo.

Seu arco na mãao as aves ferir,


alas que cantavan leixá-las guarir,
a las aves meu amigo.

Se arco na mãao as aves tirar,


a las que cantavam nom nas quer matar,
a las aves meu amigo.

Fernando Esquio, (CV902,CBN 1246)

- Produção satírica, em que não há sentimentalismos, mas a intenção de crítica e riso. É subdivida
em:
◦ De escárnio, na qual as críticas são feitas de forma velada, sem que se cite nomes.
Exemplo de cantiga escárnio:

Ai dona fea, fostes-vos queixar Lit.


que vos nunca louv'en[o] meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei todavia;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!

Dona fea, se Deus mi pardom,


pois havedes [a]tam gram coraçom
que vos eu loe, em esta razom
vos quero já loar todavia;
e vedes qual será a loaçom:
dona fea, velha e sandia!

Dona fea, nunca vos eu loei


em meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já um bom cantar farei
em que vos loarei todavia;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!

◦ de maldizer, na qual se critica explicitamente, citando nomes.


Exemplo de cantiga de maldizer:

Maria Mateu, daqui vou desertar.


De cona não achar o mal me vem.
Aquela que a tem não ma quer dar
e alguém que ma daria não a tem.
Maria Mateu, Maria Mateu,
tão desejosa sois de cona como eu!

Quantas conas foi Deus desperdiçar


quando aqui abundou quem as não quer!
E a outros, fê-las muito desejar:
a mim e a ti, ainda que mulher.
Maria Mateu, Maria Mateu
tão desejosa sois de cona como eu!

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo.


a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres
e mulheres camponesas.
b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a
cultura antropocêntrica.
c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da
Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.
d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como
também a função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos
padrões estéticos greco-romanos.

2. Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é incorreto afirmar que:


a) refletiu o pensamento da época, marcada pelo teocentrismo, o feudalismo e valores altamente
moralistas.
b) representou um claro apelo popular à arte, que passou a ser representada por setores mais baixos
Lit.
da sociedade.
c) pode ser dividida em lírica e satírica.
d) em boa parte de sua realização, teve influência provençal.
e) as cantigas de amor, apesar de escritas por trovadores, expressam o eu-lírico feminino.

3. A próxima questão toma por base uma cantiga do trovador galego Airas Nunes, de Santiago (século
XIII), e o poema Confessor Medieval, de Cecília Meireles (1901-1964).

Cantiga
Bailemos nós já todas três, ai amigas,
So aquestas avelaneiras frolidas, (frolidas = floridas)
E quem for velida, como nós, velidas, (velida = formosa)
Se amigo amar,
So aquestas avelaneiras frolidas (aquestas = estas)
Verrá bailar. (verrá = virá)
Bailemos nós já todas três, ai irmanas, (irmanas = irmãs)
So aqueste ramo destas avelanas, (aqueste = este)
E quem for louçana, como nós, louçanas, (louçana = formosa)
Se amigo amar,
So aqueste ramo destas avelanas (avelanas = avelaneiras)
Verrá bailar.

So aqueste ramo frolido bailemos,


E quem bem parecer, como nós parecemos (bem parecer = tiver belo aspecto)
Se amigo amar,
So aqueste ramo so lo que bailemos
Verrá bailar.

Airas Nunes, de Santiago

Confessor Medieval
(1960)
Irias à bailia com teu amigo,
Se ele não te dera saia de sirgo? (sirgo = seda)

Se te dera apenas um anel de vidro


Irias com ele por sombra e perigo?
Irias à bailia sem teu amigo,
Se ele não pudesse ir bailar contigo?
Irias com ele se te houvessem dito
Que o amigo que amavas é teu inimigo?
Sem a flor no peito, sem saia de sirgo,
Irias sem ele, e sem anel de vidro?
Irias à bailia, já sem teu amigo,
E sem nenhum suspiro?

Cecília Meireles

As cantigas que focalizam temas amorosos apresentam-se em dois gêneros na poesia trovadoresca: as
-
-poemático r
-
mesmo, com um confidente (a mãe, a irmã, etc.). De posse desta informação,

a) classifique a cantiga de Airas Nunes em um dos dois gêneros, apresentando a justificativa dessa

Lit.
resposta.
b) identifique, levando em consideração o próprio título, a figura que o eu-poemático do poema de
Cecília Meireles representa.

4. Leia a cantiga seguinte, de Joan Garcia de Guilhade.

Un cavalo non comeu

creceu a erva,
e per cabo si paceu,
e já se leva!
Seu dono non lhi buscou
cevada neno ferrou:
mai-lo bon tempo tornou,
creceu a erva,
e paceu, e arriçou,
e já se leva!
Seu dono non lhi quis dar
cevada, neno ferrar;
mais, cabo dum lamaçal
creceu a erva,

e já se leva!

( CD Cantigas from the Court of Dom Dinis. harmonia mundi usa, 1995.)

A leitura permite afirmar que se trata de uma cantiga de


a) escárnio, em que se critica a atitude do dono do cavalo, que dele não cuidara, mas graças ao bom
tempo e à chuva, o mato cresceu e o animal pôde recuperar-se sozinho.
b) amor, em que se mostra o amor de Deus com o cavalo que, abandonado pelo dono, comeu a erva
que cresceu graças à chuva e ao bom tempo.
c) escárnio, na qual se conta a divertida história do cavalo que, graças ao bom tempo e à chuva,
alimentou-se, recuperou-se e pôde, então, fugir do dono que o maltratava.
d) amigo, em que se mostra que o dono do cavalo não lhe buscou cevada nem o ferrou por causa do
mau tempo e da chuva que Deus mandou, mas mesmo assim o cavalo pôde recuperar-se.
e) mal-dizer, satirizando a atitude do dono que ferrou o cavalo, mas esqueceu-se de alimentá-lo,
deixando-o entregue à própria sorte para obter alimento.

5. Assinale a alternativa correta sobre o texto.

Ondas do mar de Vigo,


se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!

Martim Codax

Obs.: verrá = virá


levado = agitado

a) A estrutura paralelística é, neste poema, particularmente expressiva, pois reflete, no plano formal,
o movimento de vai-e-vem das ondas.
b) Nesse texto, os versos livres e brancos são indispensáveis para assegurar o efeito musical da
canção.
c) As repetições que marcam o desenvolvimento do texto opõem-se ao tom emotivo do poema.

Lit.
d) No refrão, a voz das ondas do mar faz-se presente como contraponto irônico ao desejo do eu lírico.
e) É um típico vilancete de tradição popular, com versos em redondilha maior e estrofação irregular.

6. TEXTOS PARA A QUESTÃO:

TEXTO I
Ao longo do sereno
Tejo, suave e brando,
Num vale de altas árvores sombrio,
Estava o triste Almeno
Suspiros espalhando
Ao vento, e doces lágrimas ao rio.
(Luís de Camões, Ao longo do sereno.)
TEXTO II
Bailemos nós ia todas tres, ay irmanas,
so aqueste ramo destas auelanas
e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar.
(Aires Nunes. In Nunes, J. J., Crestomatia arcaica.)

TEXTO III
Tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
(Fernando Pessoa, Obra poética.)

TEXTO IV
Os privilégios que os Reis
Não podem dar, pode Amor,
Que faz qualquer amador
Livre das humanas leis.
mortes e guerras cruéis,
Ferro, frio, fogo e neve,
Tudo sofre quem o serve.
(Luís de Camões, Obra completa.)

TEXTO V
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)
(Mário de Sá Carneiro, Poesias.)

A alternativa que indica texto que faz parte da poesia medieval da fase trovadoresca é
a) I.
b) II.

Lit.
c) III.
d) IV.
e) V.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Assinale a afirmativa correta com relação ao Trovadorismo.

Texto I
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo!
E ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado!
E ai Deus, se verrá cedo!

Martim Codax
Obs.: verrá = virá
levado = agitado

Texto II

Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao menos uma vez: aos 52 anos eu

leitura dos cancioneiros.


Li tanto e tão seguidamente aquelas deli

único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga.

Manuel Bandeira

a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres
e mulheres camponesas.
b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a
cultura antropocêntrica.
c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da
Renascença, época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.
d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como
também a função de facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos
padrões estéticos greco-romanos.

2. Assinale a alternativa correta:


a) não houve prosa no período trovadoresco
b) a prosa, no período trovadoresco, sofreu a influência provençal
c) a prosa do período trovadoresco era exclusivamente histórica
d) a prosa do período trovadoresco era literalmente inferior à poesia do mesmo período.
e) nenhuma das alternativas estão corretas

3. O Trovadorismo, quanto ao tempo em que se instala:


a) tem concepções clássicas do fazer poético.
b) é rígido quanto ao uso da linguagem que, geralmente, é erudita.
c) estabeleceu-se num longo período que dura 10 séculos.
d) tinha como concepção poética e epopéia, a louvação dos heróis.
e) reflete as relações de vassalagem nas cantigas de amor.

4. Nas cantigas de amor, Lit.


a) o trovador expressa um amor à mulher amada, encarando -a como um objeto acessível a seus
anseios.
b) o trovador velada ou abertamente ironiza personagens da época.
c) -
d) o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura platônica, expressa seu amor à mulher
amada.
e) existe a expressão de um sentimento feminino, apesar de serem escritas por homens.

5. -vos queixar

mais ora quero fazer um cantar


em que vos loarei toda via
e vedes como vos quero loar:
Assinale a informação correta a respeito do trecho de João Garcia de Guilhade:
a) é cantiga satírica
b) foi o primeiro documento escrito em língua portuguesa (1189)
c) trata-se de cantiga de amigo
d) foi escrita durante o Humanismo (1418-1527)
e) faz parte do Auto da Feira

6. Utilizando como base o texto a seguir, responda à questão.

Me sinto com a cara no chão, mas a verdade precisa ser dita ao menos uma vez: aos 52 anos eu ignorava
foi fruto de meses de leitura
dos cancioneiros. Li tanto e tão seguidamente aquelas deliciosas cantigas, que fiquei com a cabeça

a San Servando. O único jeito de me livrar da obsessão era fazer uma cantiga.
Manuel Bandeira

No texto, o autor.
a) manifesta sua resistência à obrigatoriedade de ler textos medievais durante o período de formação
acadêmica.
b) utiliza a expressão cabeça cheia (linha 08) para depreciar as formas linguísticas do galaico-

c) relata circunstâncias que o levaram a compor um poema que recupera a tradição medieval.
d) vez que os textos
medievais eram cantados.
e) usa a expressão deliciosas cantigas (linha 07) em sentido irônico, já que os modernistas
consideraram medíocres os estilos do passado.

7. Interpretando historicamente a relação de vassalagem entre homem amante/ mulher amada, ou mulher
amante/ homem amado, pode-se afirmar que:
a) o Trovadorismo corresponde ao Renascimento.
b) o Trovadorismo corresponde ao movimento humanista.
c) o Trovadorismo corresponde ao Feudalismo.
d) o Trovadorismo e o Medievalismo só poderiam ser provençais.
e) tanto o Trovadorismo como o Humanismo são expressões da decadência medieval.

8. Leia e observe com atenção a composição seguinte:

"Ay flores, ay flores do verde pinho,


se sabedes novas do meu amigo!

Lit.
ay Deus, e hu é¹?
Ay flores, ay flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ay Deus, e hu é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu no que pôs comigo!
ay Deus, e hu é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu no que me há jurado!

¹E hu é: onde está

A composição anterior, parcialmente transcrita, pertence à lírica medieval da Península Ibérica. Ela
possui arte poética própria e características definidas do lirismo trovadoresco, podendo -se ainda
descobrir o nome pelo qual composições idênticas são conhecidas.
Em uma das alternativas indicadas acham-se todos os elementos que correspondem a essas
afirmações.
a) Destacam-se o paralelismo das estrofes, a alternância vocálica e o refrão. O poeta pergunta pelo
seu amigo.
b) Destaca-se o refrão como interpelação à natureza. Trata-se de uma cantiga de amigo.
c) Destacam-se o paralelismo das estrofes, a alternância vocálica e o refrão. O poeta canta na voz de
uma mulher e pergunta pelo amado, porque é uma cantiga de amigo .
d) Destaca-se a alternância vocálica. Trata-se da teoria do fingimento, que já existia no lirismo
medieval.
e) Destaca-se o ambiente campestre. O poeta espera que os pinheiros respondam à sua pergunta.

9. Senhor feudal

Se Pedro Segundo
Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia.

Oswald de Andrade

O título do poema de Oswald remete o leitor à Idade Média. Nele, assim como nas cantigas de amor,
a idéia de poder retoma o conceito de
a) fé religiosa.
b) relação de vassalagem.
c) idealização do amor.
d) saudade de um ente distante.
e) igualdade entre as pessoas.

QUESTÃO CONTEXTO

Muitas vezes tendemos a pensar que um movimento literário se restringiu a determinado período histórico e,
após o seu fim, deixou pouco ou nenhum legado. Na prática, não é assim: há uma relação de dialogismo
entre as obras literárias de diferentes períodos, ou seja, uma obra pode dialogar com outra e recuperá-la,
mesmo que inconscientemente. Esse é o caso da canção Sozinho , de Caetano Veloso:

Sozinho

Às vezes no silêncio da noite


Eu fico imaginando nós dois Lit.
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois

Por que você me deixa tão solto?


Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho

Não sou nem quero ser o seu dono


É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém

Por que você me esquece e some?


E se eu me interessar por alguém?
E se ela, de repente, me ganha?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora

Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?

Pensando no Trovadorismo e nas suas características estudadas acima, responda:

Você acha que a música de Caetano Veloso apresenta alguma carcterística em comum com algum gênero
de cantiga estudado? Justifique.

Lit.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. d
O trovadorismo teve seu auge na alta Idade Média, período em que a circulação de livros era muito
restrita. Por isso, as cantigas, em sua maioria de origem popular, circulavam oralmente e, para que tal
tarefa fosse mais fácil, buscava-se meios de tornar sua memorização mais viável.

2. e
As cantigas de amor apresentam eu-lírico masculino. Somente as cantigas de amigo apresentam eu-lírico
feminino.

3. a) Cantiga de amigo, pois há a presença do eu lírico feminino e os interlocutores são amigas desse
interlocutor.
b) O eu-poemático, como o título diz (Confessor Medieval), trata-se da figura de um religioso ou
confidente que aconselha a moça.

4. a
Por ironizar o comportamento do dono do cavalo sem nomeá-lo, a cantiga se enquadra como satírica,
na subcategoria de escárnio.

5. a
O paralelismo aqui reflete o movimento das ondas.

6. b
Pela escrita em galego português e pela temática amorosa do poema, pode-se inferir que a cantiga
trovadoresca está no texto II.

Exercícios de casa

1. d
O trovadorismo teve seu auge na alta Idade Média, período em que a circulação de livros era muito
restrita. Por isso, as cantigas, em sua maioria de origem popular, circulavam oralmente e, para que tal

Lit.
tarefa fosse mais fácil, buscava-se meios de tornar sua memorização mais viávelC

2. a
A produção trovadoresca se restringiu à poesia. A prosa somente ganhou espaço no humanismo.

3. d
As cantigas de amor reprudezem a relação entre vassalo e suzerano na Idade Média: o eu-lírico se doa

4. e
A expressão do sentimento feminino se dá nas cantigas de amigo, em que o anseio pela chegada/ espera
do amado é tema recorrente. É importante lembrar, no entanto, que, apesar do eu-lírico feminino, as
canções de amigo eram escritas por homens.

5. a
6. c
Bandeira busca reconstituir o processo que o impeliu a escrever uma cantiga

7. c
O feudalismo é representado no trovadorismo através das relações de vassalagem e suzerania, bases do
sistema feudal na Idade Média.

8. c
ou seja, as repetições estruturais,
vocabulares e musicais nas estrofes está presente. Além disso, a canção tem um eu-lírico feminino na
espera ansiosa por seu amado o que caracteriza uma canção de amigo.

9. b
O poder na idade média, no sistema feudal, se manifestava através das relações de vassalagem e
suzerania, que podem ser remetidas pelo título do poema em questão.

Questão Contexto

Sim. A canção de Caetano Veloso é muito próxima das cantigas líricas, das cantigas de amor e amigo, em
que um eu-lírico masculino apresenta um sentimento de sofrimento amoroso (o que é próximo das cantigas
de amor) e lamenta a ausência do seu amado/ sua amada (o que é próximo das cantigas de amigo).

Lit.
Mat.
Professor: Gabriel Miranda
Monitor: Fernanda Aranzate

Mat.
Exercícios: Teorema de Tales 28
(FUVEST, UNICAMP E UNESP) fev

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Para melhorar a qualidade do solo em uma fazenda, aumentando a produtividade do milho e da soja,
e feito o rodizio entre essas culturas e a área destinada ao pasto. Com essa finalidade, a área produtiva
da fazenda foi dividida em três partes conforme a figura.

Considere que:
• os pontos A, B, C e D estão alinhados;
• os pontos H, G, F e E estão alinhados;
• os segmentos AH, BG, CF e DE são, dois a dois, paralelos entre si;
• AB = 500 m, BC = 600 m, CD = 700 m HE = 1980 m.

Nessas condições, a medida do segmento GF é, em metros:


a) 665.
b) 660.
c) 655.
d) 650.
e) 645.

Mat.
2. Pedro está construindo uma fogueira representada pela figura abaixo. Ele sabe que a soma de x com y
e 42 e que as retas r, s e t são paralelas.

A diferença x – y e:
a) 2.
b) 4.
c) 6.
d) 10.
e) 12.

3. Um triângulo ABC tem lados de comprimentos AB  5, BC  4 e AC  2. Sejam M e N os pontos de AB

comprimento de MN.
4.

No desenho anterior apresentado, as frentes para a rua A dos quarteirões I e II medem,


respectivamente, 250 m e 200 m, e a frente do quarteirão I para a rua B mede 40 m a mais do que a
frente do quarteirão II para a mesma rua. Sendo assim, pode-se afirmar que a medida, em metros, da
frente do menor dos dois quarteirões para a rua B e:
a) 160.
b) 180.
c) 200.
d) 220.
e) 240.

5. No ΔABC da figura a seguir, DE/ / BC. Nessas condições, determine:

a) a medida x.
b) o perímetro

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. 1 , o valor da abscissa x é:
Mat.

a) 2a
b) a²
c) ( a+ 1)²
d) a 1
e) √� 1
2. Considere a figura em que r / / s / / t .

O valor de x é:
a) 3.
b) 4.
c) 5.
d) 6.

3. Uma reta paralela ao lado BC de um triangulo ABC intercepta os lados AB e AC do triangulo em P e Q,


respectivamente, onde AQ = 4, PB = 9 e AP = QC. Então, o comprimento de AP é:
a) 5.
b) 6.
c) 8.
d) 2.
e) 1.

4. O jardineiro do Sr. Artur fez um canteiro triangular composto por folhagens e flores onde as divisões
são todas paralelas a base AB do triangulo ABC, conforme figura.

Sendo assim, as medidas x e y dos canteiros de flores são, respectivamente: Mat.


a) 30 cm e 50 cm.
b) 28 cm e 56 cm.
c) 50 cm e 30 cm.
d) 56 cm e 28 cm.
e) 40 cm e 20 cm.

5. Considere 3 retas coplanares paralelas, r, s e t, cortadas por 2 outras retas, conforme a figura.
Os valores dos segmentos identificados por x e y são, respectivamente:
3 3
a) e .
20 40
b) 6 e 11.
c) 9 e 13.
d) 11 e 6.
20 40
e) e .
3 3

6. O circuito triangular de uma corrida esta esquematizado na figura a seguir:

As ruas TP e SQ são paralelas. Partindo de S, cada corredor deve percorrer o circuito passando,
sucessivamente, por R, Q, P, T, retornando, finalmente, a S.
Assinale a opção que indica o perímetro do circuito.
a) 4,5 km
b) 19,5 km
c) 20,0 km
d) 22,5 km
e) 24,0 km

7. No triangulo ABC a seguir, o segmento DE e paralelo a BC e AM e bissetriz do ângulo interno A . A


soma x + y é:

Mat.

a) 6.
9
b)
2
11
c)
2
15
d)
2
21
e)
2
8. Observe a figura a seguir:

Considerando AM = 8 cm, BM = 12 cm, AN = 6 e MN paralelo a BC, a medida do segmento AC é:


a) 9 cm
b) 10 cm
c) 13 cm
d) 15 cm

9. A figura a seguir mostra um segmento AD dividido em três partes:


AB = 2 cm, BC = 3 cm e CD = 5 cm. O segmento AD mede 13 cm e as retas BB e CC são paralelas a
DD . Determine os comprimentos dos segmentos AB , B C e C D .

10. Na figura a seguir, AD e a bissetriz inteira de A . Calcule as medidas de BD e DC, sabendo que (BC) = 8
cm.

Mat.

PUZZLE

Dois criadores de jacarés (criador I e criador II) estavam conversando, e, durante o curso da conversa, eles
notaram uma curiosa coincidência. Se o criador I vendesse 7 jacarés ao criador II, o criador I ficaria com o
mesmo número de jacarés que o criador II. Por outro lado, se o criador II vendesse ao criador I 7 jacarés, o
criador I ficaria exatamente com o dobro do número de jacarés do criador II. Quantos jacarés cada um deles
possui?
GABARI TO

Exercícios de aula

1. b
Aplicando o Teorema de Thales temos:
AD BC

HE GF
1800 600

1980 x
3 1

1980 x
1980
x  660
3

2. c
Aplicando o Teorema de Thales temos:
8/ 6=x/ y
X+y = 42
x=42-y

Substituindo temos:
8y = 6x
8y = 6 (42-y)
8y = 252 6y
8y+6y = 252
y =252/ 14
y = 18

Assim:
x= 42-y
x=42 18
y =24

como Mat.
x=24
y=18

x-y=
24-18=6

11
3. MN 
30

Seja AM = x, fazemos:
AM/ AC=BM/ BC
X/ 2=(5-X)/ 4
X=5/ 3
Sendo CÂB = α, aplicamos a lei dos cossenos no triângulo ABC
2²  5²  4² 13
cos   
2.2.5 20
E NA = AC. Cos α = 2 . (13/ 20) = 13/ 10
11
Portanto MN=AM-NA=(5/ 30 (13/ 10) = 30

4. b
x / 20 = 35/ 25 = y/ 40
x/ 20 = 35/ 25
25x = 35.20
25x = 700
x = 700/ 25
x = 28

35/ 25 = y/ 40

25y = 40.35
25y = 1400
y = 1400/ 25
y = 56

5. a) 5
Sendo DE é paralela a BC, os ângulos dos triângulos ABC e ADE são iguais. Assim, o triângulo ADE é
proporcional ao triângulo ABC.

AD = 9
AB = 9 +X + 1 =
AB =10 + X
AE = 6
AC = 6 + (X 1)
AC = 5 + X

Assim, como os triângulos ABC e ADE são proporcionais, os seus lados são proporcionais.

Mat.
Reescrevendo a proporcionalidade na forma de frações:

AB / AD = AC/ AE

(10 + x) / 9 = (5 + x) / 6
6 (10 + x) = 9 (5+ x)
60 + 6x = 45 + 9x
60 45 = 9x 6x
15 = 3 x
x = 15/ 3
x=5

b) 36
Para calcularmos o perímetro do triângulo ABC, precisamos saber quanto mede cada lado, sabendo
que x = 5.

AB = 10 + X
AB = 10 + 5
AB = 15.

BC = 11

AC = 5+X
AC = 5 + 5
AC = 10

Perímetro ABC = AB +BC + AC


Perímetro ABC = 15 +11 +10
Perímetro ABC = 36 cm.

Exercícios de casa

1. b

a OA OD
Equação 1 :  
1 OB OC
consequentemente temos:
x OE OD
Equação 2:  
a OA OC
x a

Das equações 1 e 2 teremos: a 1
x  a²

2. b
Aplicando o Teorema de Tales
x x6

x  2 2x  7

Mat.
2 x ²  7 x  x ²  8 x  12
x ²  x  12  0
x4
ou
x  3  não convém 

3. b
Aplicando o Teorema de Tales, temos:
4/ x=x/ 9
x²=36
x= 36
x=6

4. b
Aplicando o Teorema de Tales, temos:
x/ 20=35/ 25=y/ 40

x/ 20=35/ 25
25x=35.20
25x=700
X=28

35/ 25=y/ 40
25y = 40.35
25y = 1400
Y = 56

5. e
Do Teorema de Tales temos que:

4/ x=3/ 5
X=20/ 3

x/ y = 5/ 10
y=10x/ 5
y=[10.(20/ 3)]/ 3
y=40/ 3

6. b
PR/ PT = QR/ QS
6/ PT = 4/ 3
PT = 4,5 km
PR/ TR = QR/ SR
6/ (3 + SR) = 4/ SR
SR = 6 km
Perímetro do circuito: SR + RQ + QP + PT + TS
Perímetro do circuito: 6 + 4 + 2 + 4,5 + 3 = 19,5 km

7. e
Aplicando o Teorema de Tales temos:
AD/ BD = AE/ EC
4/ 2=X/ 3

Mat.
12=2X
X=6
Aplicando o teorema da bissetriz interna, temos:
BM/ AB = CM/ AC
3/ 6=Y/ 9
6Y=27
Y=27/ 6=9/ 2

X+Y = 9/ 2+6=21/ 2

8. d
Aplicando o teorema de tales:
AM/ BM = NA/ CN
8/ 12 = 6/ CN
8CN=72
CN=9

9. AB’ = 2,6 cm ; B C = 3,9 cm ; C D = 6,5 cm.


AD = 2+3+5
AD = 10
AD' = 13
AB' = ...

AD/ AD' = AB/ AB'


10/ 13 = 2/ AB'
10AB' = 13x2
AB' = 26/ 10
AB' = 2,6

B'C' = ...
10/ 13 = 3/ B'C'
10B'C' = 13x3
B'C' = 39/ 10
B'C' = 3,9

C'D' = ...
10/ 13 = 5/ C'D'
10C'D' = 65
C'D' = 65/ 10
C'D' = 6,5

11 5
x y
10. 2 e 2

Do enunciado temos:
BC = x + y = 8
x=8 y
Aplicando o teorema da bissetriz interna:

x/ 11 = y/ 5
8-y / 11 = y / 5
40 5y = 11 y
Y=40/ 16 = 5/ 2

X = 8-5/ 2
X = 11/ 2

Puzzle
Mat.
O criador I possui 49 jacarés, e o criador II possui 35 jacarés.
Por.
Professora: Fernanda Vicente

Monitoras: Maria Carolina e


Pâmela Puglieri

Por.
Apreensão e Compreensão de 27
Sentido fev

RESUM O

Quando lemos uma manchete de jornal como - ,


a maioria de nós não tem problemas no que diz respeito à sua compreensão. Isso porque colocamos a frase
no âmbito das denúncias e debates sobre corrupçã -
não tem seu sentido literal, de um local onde se lava carros, mas sim diz respeito à operação policial.

A partir disso, podemos observar que há dois movimentos distintos atuando no texto e possibilitando seu
entendimento. O primeiro é a apreensão, que é a captação das relações que cada parte mantém com as
outras na manchete, ou seja, o texto pelo texto, em sua camada mais superficial. Ela não é suficiente para o
entendimento do sentido integral, uma vez que uma pessoa que conhecesse todas as palavras da frase em
questão mas não estivesse antenada nas notícias sobre política no Brasil não seria capaz de captar o que a
manchete quer dizer. Por isso é necessário que coloquemos o texto no universo discursivo ao qual ele
pertence para que ele ganhe sentido, ou seja, é preciso certo conhecimento de mundo para que haja
-
coloca no âmbito político, chamamos compreensão.

Assim, podemos afirmar que a soma da apreensão com a compreensão gera a interpretação do texto, isto
é, seu entendimento por completo. Para que se leia e entenda um texto, é preciso que se atinja dois níveis
de leitura: o informativo e o de reconhecimento. O primeiro deve ser feito cuidadosamente, em um primeiro
contato com o texto, e deve focar na extração de informações e na preparação para a leitura interpretativa.

EXERCÍ CI OS DE AULA

Para as questões 1 e 2, use os texto s a seguir:


O HACKER E A LITERATURA
Para conceder liberdade provisória a três jovens detidos sob a acusação de praticar crimes pela Internet, um
juiz federal do Rio Grande do Norte determinou uma condição inédita: que os rapazes leiam e resumam, a

to de Guimarães Rosa, e Vidas secas, romance de Graciliano Ramos.


(Folha de S. Paulo, Cotidiano, 23/ 04/ 2008)

Por.
Quando o juiz pronunciou a sentença, a primeira reação dele foi de revolta. Preferível a cadeia, disse para os
pais e para o advogado. De nada adiantaram os argumentos deles, segundo os quais a decisão do magistrado
tinha sido a melhor possível e, mais, um grande avanço na tradição judiciária.
Foi uma revelação, uma experiência pela qual nunca tinha passado antes. De repente, estava descobrindo
um novo mundo, um mundo que sempre lhe fora desconhecido. Vidas Secas simplesmente o fez chorar. Leu
outros livros de Graciliano e Guimarães Rosa. Leu poemas de Bandeira e João Cabral. E de repente estava
decidido: queria dedicar sua vida à literatura. Foi aprovado em Letras, fez o curso, tornou-se professor
leciona na universidade.
Ah, sim, ele tem um sonho: gostaria de ser um ficcionista. Tem na cabeça o projeto de um romance. É a
história de um hacker que, entrando num site, descobre uma história tão emocionante que muda sua vida.
Uma história como Graciliano Ramos escreveria, se, claro, ele fosse um ex-hacker.
(Adaptado de Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo, 28/ 04/ 2008)

1. Esses dois textos, uma vez inter-relacionados, estabelecem um diálogo entre


a) dois discursos ficcionais que tratam do mesmo fato.
b) dois fragmentos dissertativos que desenvolvem a mesma tese.
c) dois discursos ficcionais que tratam de fatos semelhantes.
d) um discurso informativo e um ficcional, que desenvolve o primeiro.
e) um discurso ficcional e um dissertativo, que desenvolve o primeiro.
2. No texto de Moacyr Scliar, as reações e iniciativas do hacker são expressas
a) numa contínua progressão temporal.
b) num tempo delimitado no passado.
c) em diferentes tempos do passado.
d) numa sucessão contínua do presente.
e) fragmentariamente, sem continuidade temporal.

Texto para as questões 3 e 4.

O melro veio com efeito às três horas. Luísa estava na sala, ao piano. Está ali o sujeito do costume foi
dizer Juliana. Luísa voltou-se corada, escandalizada da expressão: Ah! meu primo Basílio? Mande entrar.
E chamando-a: Ouça, se vier o Sr. Sebastião, ou alguém, que entre. Era o primo! O sujeito, as suas visitas
perderam de repente para ela todo o interesse picante. A sua malícia cheia, enfunada até aí, caiu, engelhou
se como uma vela a que falta o vento. Ora, adeus! Era o primo! Subiu à cozinha, devagar, lograda. Temos
grande novidade, Sr.ª Joana! O tal peralta é primo. Diz que é o primo Basílio. E com um risinho: É o Basílio!
Ora o Basílio! Sai-nos primo à última hora! O diabo tem graça! Então que havia de o homem ser se não
parente? observou Joana. Juliana não respondeu. Quis saber se estava o ferro pronto, que tinha uma carga
de roupa para passar! E sentou-se à janela, esperando. O céu baixo e pardo pesava, carregado de
eletricidade; às vezes uma aragem súbita e fina punha nas folhagens dos quintais um arrepio trêmulo. Éo
primo! refletia ela. E só vem então quando o marido se vai. Boa! E fica-se toda no ar quando ele sai; e é
roupa-branca e mais roupa-branca, e roupão novo, e tipoia para o passeio, e suspiros e olheiras! Boa bêbeda!
Tudo fica na família! Os olhos luziam-lhe. Já se não sentia tão lograda.
Mas a campainha, embaixo, tocou.
(Eça de Queirós. O primo Basílio, 1993.)

3. Quando é avisada de que Basílio estava em sua casa, Luísa escandaliza-se com a forma de
expressão de sua criada Juliana. A reação de Luísa decorre
a) da linguagem descuidada com que a criada se refere a seu primo Basílio, rapaz cortês e de família
aristocrática.
b) da intimidade que a criada revela ter com o Basílio, o que deixa a patroa enciumada com o
comentário.
c) do comentário malicioso que a criada faz à presença de Basílio, sugerindo à patroa que deveria
envolver-se com o rapaz.
d) da indiscrição da criada ao referir-se ao rapaz, o qual, apesar do vínculo familiar, não era visita
frequente na casa da patroa.
e) da ambiguidade que se pode entrever nas palavras da criada, referindo-se com ironia às
frequentes visitas de Basílio à patroa.

Por.
4. A leitura do parágrafo permite concluir que as reflexões de Juliana são pautadas
a) pelo inconformismo com os encontros, que lhe representam mais afazeres.
b) pela falta de interesse que tem de se ocupar dos afazeres domésticos.
c) pelo ressentimento que experimenta, por não receber a atenção desejada.
d) pela insatisfação de contemplar o bem-estar da família.
e) pelo descaso que revela ter em relação a Luísa e aos seus familiares.

Texto para as questões 5 e 6

O trecho a seguir foi retirado da apresentação da obra Pioneiras da ciência no Brasil . O livro traz
biografias de cientistas brasileiras que iniciaram suas carreiras nos anos 1930 e 1940.
Cabe uma reflexão sobre a divisão dos papéis masculino e feminino dentro da família, para tentar
melhor entender por que a presença feminina no mundo científico mantém-se minoritária. Constata-se que,
no Brasil, ainda cabem às mulheres, fortemente, as responsabilidades domésticas e de socialização das
crianças, além dos cuidados com os velhos. Assim, ainda que dividindo o espaço doméstico com
companheiros, as mulheres têm, na maioria dos lares, maior necessidade de articular os papéis familiares e
profissionais. A ideia de que conciliar vida profissional e familiar representa uma dificuldade é reforçada pela
análise da população ocupada feminina com curso superior, feita por estudiosos, que constata que cerca de
46% dessas mulheres vivem em domicílios sem crianças. Como as cientistas são pessoas com diplomas
superiores, elas estão compreendidas nesse universo. Por outro lado, talvez a sociedade brasileira ainda
mantenha uma visão estereotipada calcada num modelo masculino tradicional - do que seja um profissional
da ciência. E certamente faltam às mulheres modelos positivos, as grandes cientistas que lograram conciliar
sucesso profissional com vida pessoal realizada. Para quebrar os estereótipos femininos, para que novas
gerações possam se mirar em novos modelos, é necessário resgatar do esquecimento figuras femininas que,
inadvertida ou deliberadamente, permaneceram ocultas na história da ciência em nosso país.
(Adaptado de Hildete P. de Melo e Lígia Rodrigues, Pioneiras da ciência no Brasil. Rio de Janeiro: SBPC, 2006, p. 3-4.)

5. Indique a alternativa correta. No texto,


a) a informação numérica indica a desproporção entre o número de homens e o de mulheres
presentes no mundo da ciência.
b) o último período tem a finalidade de justificar a publicação do livro Pioneiras da ciência no Brasil,
estabelecendo os objetivos da obra.
c) a visão estereotipada de mulher cientista é exemplificada pelos modelos positivos das pioneiras
brasileiras na ciência, tema da obra.
d) as informações sobre o envolvimento das mulheres nos afazeres domésticos não constituem
argumentos importantes para justificar a obra.

6.
A expressão sublinhada
a) delimita a amostra de lares em que a mulher precisa articular tarefas profissionais e domésticas.
b) restringe o universo das mulheres mencionadas no trecho ao das que se dedicam à vida doméstica.
c) informa o local social em que circulavam as mulheres referidas no trecho.
d) destaca o fato de que a maioria das mulheres vive com companheiros.

EXERCÍ CI OS DE CASA

Use o seguinte texto para as questões 1 e 2:

Além de parecer não ter rotação, a Terra parece também estar imóvel no meio dos céus. Ptolomeu dá
argumentos astronômicos para tentar mostrar isso. Para entender esses argumentos, é necessário lembrar
que, na antigüidade, imaginava-se que todas as estrelas (mas não os planetas) estavam distribuídas sobre uma
superfície esférica, cujo raio não parecia ser muito superior à distância da Terra aos planetas. Suponhamos
agora que a Terra esteja no centro da esfera das estrelas. Neste caso, o céu visível à noite d eve abranger, de
cada vez, exatamente a metade da esfera das estrelas. E assim parece realmente ocorrer: em qualquer noite,
de horizonte a horizonte, é possível contemplar, a cada instante, a metade do zodíaco. Se, no entanto, a
Terra estivesse longe do centro da esfera estrelar, então o campo de visão à noite não seria, em geral, a

Por.
metade da esfera: algumas vezes poderíamos ver mais da metade, outras vêzes poderíamos ver menos da
metade do zodíaco, de horizonte a horizonte. Portanto, a evidência astronômic a parece indicar que a Terra
está no centro da esfera de estrelas. E se ela está sempre nesse centro, ela não se move em relação às estrelas.
(Roberto de A. Martins, Introdução geral ao Commentariolus de Nicolau Copernico)

1. O terceiro período ("Para entender esses... da Terra aos planetas.") representa, no texto,
a) o principal argumento de Ptolomeu.
b) o pressuposto da teoria de Ptolomeu.
c) a base para as teorias posteriores à de Ptolomeu.
d) a hipótese suficiente para Ptolomeu retomar as teorias anteriores.
e) o fundamento para o desmentido da teoria de Ptolomeu.

2. Expressões que, no texto, denunciam subjetividade na apresentação dos fatos são:


a) parece também estar imóvel - dá argumentos - é necessário lembrar.
b) é necessário lembrar - imaginava-se - suponhamos.
c) imaginava-se - esteja - deve abranger.
d) tentar mostrar - suponhamos - parece realmente ocorrer.
e) parece realmente ocorrer - é possível contemplar - não se move.
3. Leia os textos enviados a uma revista por dois de seus leitores.

Leitor 1: O alto número de óbitos entre as mulheres fez com que os cuidados com a saúde feminina se
tornassem mais necessários. Hoje sabemos que estamos expostas a muitos fatores; por isso, conhecer
os sintomas do infarto é fundamental.
Leitor 2: Os médicos devem se aprofundar nos estudos relacionados à saúde da mulher. A paciente,
por sua vez, não pode deixar de se prevenir. Nesse processo, a informação, os rec ursos adequados e
profissionais capacitados são determinantes para diminuir os infartos.
(Cartas. IstoÉ, 04.09.2013. Adaptado.)

A comparação dos textos enviados pelos leitores permite afirmar corretamente que
a) dois leitores escrevem à revista para informar a falta de conhecimentos sobre o infarto feminino.
b) duas mulheres escrevem à revista para falar da prevenção dos infartos, mais incidentes no sexo
feminino.
c) duas pessoas escrevem à revista para ressaltar a importância dos cuidados com a saúde da mulher.
d) duas pessoas escrevem à revista para expressar sua indignação com a falta de recursos destinados
à saúde da mulher.
e) dois profissionais da saúde escrevem à revista para reforçar a necessidade da medicina preventiva.

4.

A publicidade acima foi divulgada no site da agência FAMIGLIA no dia 24 de janeiro de 2007, véspera
do
foto, em letras bem pequenas, está escrito: Tomara, mas tomara mesmo, que nos próximos aniversários

Por.
o paulistano comemore uma cidade nova de verdade. Considerando os sentidos produzidos por esse
anúncio, é correto afirmar:

a) As duas perguntas e as duas respostas que configuram o texto do outdoor na publicidade acima
pressupõem que os paulistanos estão discutindo o número de outdoors e também o abandono de
muitos dos moradores da cidade.
b) O texto escrito em letras pequenas tem a função de exortar os paulistanos a refletir sobre as
próximas eleições e sobre como fazer para que seja estabelecido um conjunto de prioridades
socialmente relevantes para toda a sociedade.
c) A publicidade pretende levar os leitores a perceber que as prioridades estabelecidas pela gestão
municipal da cidade não permitem que os paulistanos enxerguem os verdadeiros problemas que
estão nas ruas de São Paulo.
d) A publicidade, composta de texto verbal e imagem, tem como objetivo principal encampar o
projeto municipal e também propor a discussão de outras
prioridades para a cidade.
5. A estrada

Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,


Interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem.
Todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única.
Até os cães.
Estes cães da roça parecem homens de negócios:
Andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai!
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:
Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho manhoso.

Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,

Que a vida passa! que a vida passa!


E que a mocidade vai acabar.

(Estrela da vida inteira, 2009.)


O poema faz referência
a) à pobreza do campo, quando comparada à riqueza das cidades.
b) à possibilidade de as cidades se expandirem em direção ao campo.
c) à beleza que surge do crescimento e da modernização dos ambientes urbanos.
d) à importância do jovem na construção de uma sociedade melhor.
e) à desumanização dos indivíduos no processo de homogeneização das cidades.

6. Consideremos, por exemplo, a questão da morte, que, pelo menos à primeira vista, parece ser um
indicador fidedigno de que se perdeu a luta darwiniana. Os ricos também morrem, é claro só que
não tão cedo. Levam uma vida mais longa e mais sadia do que o resto de nós. Diz o velho clichê que
todo dinheiro do mundo não significa nada quando não se tem saúde, mas as pessoas endinheiradas
geralmente a têm. E, em média, quanto mais dinheiro têm, melhor é sua saúde. O estudo Longitudinal
de 1990, no Reino Unido, constatou que os donos de casa própria que têm um automóvel tendem a

redução de mortalidade que vai das áreas mais desprivilegiadas até as mais opulentas. (O estudo
considerou a posse de automóveis meramente como uma medida conveniente da riqueza; não
pretendeu implicar que ter vinte carros qualificaria Elton John para a imortalidade.)
Outras pesquisas indicaram que as pessoas abastadas tinham vida mais longa no passado. Numa das
mais estranhas pesquisas demográficas de que se tem notícia, uma equipe de epidemiologistas e

Por.
psicólogos vasculhou o cemitério de Glasgow, em meados dos anos 90, munidos de varas de limpar
chaminés. Usaram-nas para medir a altura de mais de oitocentos obeliscos do século XIX. As pessoas
enterradas sob os obeliscos tendem a ser abastadas, e os pesquisadores presumiram que os obeliscos
mais altos marcariam as sepulturas mais ricas. O estudo revelou que cada metro extra de altura do
obelisco traduzia-se em quase dois anos de longevidade adicional para a pessoa sepultada sob ele.
(História natural dos ricos, 2004. Adaptado.)

Assinale a alternativa que estabelece a correta relação entre o texto e o clichê citado.
a) O texto relativiza o clichê, notando que há uma correlação direta entre a saúd e das pessoas e o
dinheiro que elas têm.
b) O texto confirma a afirmação do clichê, trazendo dados numéricos e rigor científico ao que o clichê
afirmava a partir da sabedoria popular.
c) O texto contesta o que o clichê diz, afirmando que, mesmo para pessoas com saúde debilitada, o
dinheiro pode amenizar os sofrimentos durante o tempo que precede a morte.
d) O texto relativiza o clichê, questionando com dados e pesquisas científicas atualizadas os dados em
que o clichê se baseia.
e) O texto contesta a validade do clichê, afirmando que pessoas mais saudáveis tendem a ganhar ,ais
dinheiro.
7. Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente quando tem pouco que fazer; começou portanto a puxar
conversa com o freguês. Foi a sua salvação e fortuna.
O navio a que o marujo pertencia viajava para a Costa e ocupava-se no comércio de negros; era um
dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo, e estava pronto a largar.
Ó mestre! disse o marujo no meio da conversa, você também não é sangrador?
Sim, eu também sangro...
Pois olhe, você estava bem bom, se quisesse ir conosco... para curar a gente a bordo; morre-se ali
que é uma praga.
Homem, eu da cirurgia não entendo muito...
Pois já não disse que sabe também sangrar?
Sim...
Então já sabe até demais.
No dia seguinte saiu o nosso homem pela barra fora: a fortuna tinha-lhe dado o meio, cumpria sabê-
lo aproveitar; de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro; restava
unicamente saber fazer render a nova posição. Isso ficou por sua conta.
Por um feliz acaso logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros; chamou-se o
médico; ele fez tudo o que sabia... sangrou os doentes, e em pouco tempo estavam bons, perfeitos.
Com isto ganhou imensa reputação, e começou a ser estimado.
Chegaram com feliz viagem ao seu destino; tomaram o seu carregamento de gente, e voltaram para
o Rio. Graças à lanceta do nosso homem, nem um só negro morreu, o que muito contribuiu para
aumentar-lhe a sólida reputação de entendedor do riscado.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.

A linguagem de cunho popular que está presente tanto na fala das personagens quanto no discurso
do narrador do romance de Manuel Antônio de Almeida, está mais bem exemplificada em:
a) umpria sabê-lo
b)
c)
d)
e)

Texto para as questões 8 e 9

Por.
8. Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
a) utilização paródica de um provérbio de uso corrente.
b) emprego de linguagem formal em circunstâncias informais.
c) representação inverossímil de um convívio pacífico de cães e gatos.
d) uso do grotesco na caracterização de seres humanos e de animais.
e) inversão do sentido de um pensamento bastante repet ido.

9. No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido
pela personagem seja considerado
a) incoerente.
b) parcial.
c) anacrônico.
d) hipotético.
e) enigmático

QUESTÃO CONTEXTO

Observe com atenção o anúncio publicitário abaixo:

http:/ / publicinove.com.br/

A partir da interpretação textual, explique a intenção comunicativa do anúncio. Por.


GABARI TO

Exercícios de aula

1. d
O texto 1 tem o foco na informação e trata-se de uma notícia; já o texto 2 tem caráter ficcional, uma
vez que o autor dialoga com o primeiro texto e cria uma narrativa sobre a situação anterior.

2. a
O texto de Moacyr Scliar apresenta uma progressividade dos acontecimentos: desde o momento em
que o jovem foi sentenciado até o momento em que ele decide cursar Letras e seguir a profissão de
docente, já na vida adulta.

3. e
No trecho presente é possível perceber que Juliana desconfia de um possível envolvimento amoroso
de Luísa com o primo Basílio devido às frequentes visitas. Ao denominá-
a expressão induz um pensamento malicioso de Juliana, pressupondo que Basílio é amante de sua
patroa.

4. a
No trecho e é roupa-branca e mais roupa- -
se um tom de reclamação de Juliana, pois as visitas frequentes do primo Basílio faziam com que Luísa
se enfeitasse mais, dando mais trabalho à Juliana, que tinha que arrumar e passar suas roupas.

5. b
O último período do texto reflete sobre a necessidade de representatividade feminina no campo da
ciência, neste sentido, temos ali a justificativa da criação da obra, que mostrará as mulheres pioneiras
da ciência no Brasil.

6. a
se dividem entre as tarefas
profissionais e as do lar.

Exercícios de casa

1. b

Por.
No terceiro período, o autor tenta justificar como Ptolomeu fomentou argumentos astronômicos para
explicar que a Terra aparenta estar imóvel em relação às estrelas, para isso, ele apresenta seus
pressupostos.

2. d

possibilidade, por isso a carga subjetiva.

3. c
Ao ler os comentários dos leitores 1 e 2, é possível perceber que esses reafirmam a necessidade de
prevenir possíveis riscos à saúde feminina.

4. c
O anúncio publicitário coloca o outdoor abaixo de uma triste realidade social: a dos moradores de rua.
A ideia é induzir o interlocutor a refletir sobre esta situação social e, principalmente, sobre as prioridades
estabelecidas pelo governo, que trata com descaso a marginalização social e a pobreza.
5. e

6. a
Ao interpretarmos o texto, vemos que ele tenta relativizar o clichê, como pode ser evidenciado nos

7. d

de um determinado assunto, respectivamente, são informais.

8. e
Há um pensamento de senso comum de que as pessoas que possuem animais de estimação tentam
substituir a ausência de ter filhos; o cartum ironiza esse pensamento ao inverter o seu valor.

9. b
A fala da personagem baseia-se em sua experiência pessoal, não é possível tomá-la como verdade
absoluta, por isso tal pensamento torna-se parcial.

Questão Contexto

A intenção comunicativa do anúncio consiste em alertar os pais sobre os perigos da obesidade infantil, a fim
de que esses se atentem-se e evitem prejudicar a saúde de seus filhos.

Por.
Quí.
Professor: Abner Camargo
Monitor: João Castro

Quí.
27
Atomística
fev

RESUM O

Atomística

Átomo: a unidade fundamental da matéria, é formado por um núcleo, que contém nêutrons e prótons, e
por elétrons que circundam o núcleo.

Partículas básicas subatômicas

Partícula Símbolo Carga Massa Relativa


Próton p +1 1
Nêutron n 0 1
Elétron �− -1 1
*
1836

*Massa relativa do elétron é desprezível, mas não nula.

Representação de um elemento químico

Numero Atômico (Z): Número de prótons presente no núcleo de cada átomo.


Z=p
Número de Massa (A): Soma da massas das partículas subatômicas.
A=p+n
Exemplo :

80
Hg 200,5

Quí.
Elemento: Mercúrio
Número Atômico: 80
Número de Massa: 200,5 u

• Em átomos neutros o número de prótons será equivalente ao número de nêutrons, porém, quando
houver um desequilíbrio entre estes valores estaremos diante de um íon.

Íons
• átomo ou grupo atômico eletricamente carregado

Tipos de íons

Cátion Doa elétron Carga positiva


Ânion Recebe elétron Carga negativa
Relações entre átomos

Isótopos: Mesmo numero de prótons, diferente número de massa e diferente número de nêutrons.
Isóbaros: Mesmo numero de massa, diferente número de prótons e diferentes números de nêutrons.
Isótonos: Mesmo número de nêutrons , diferente número de prótons e diferente número de massa.

Modelo atô mico d e Rutherford - Bohr

Cada uma dessas possíveis orbitas que o elétron pode se localizar foi denominada nível de energia ou ainda
camadas eletrônicas, são representados pelas letras K, L, M, N, O ,P e Q.

Subníveis de energia
Em cada nível de energia, os elétrons se distribuem em subníveis

Subnível N° Máximo de elétron


S 2
P 6
D 10
f 14

Distribuição eletrônica
Diagrama de distribuição eletrônica de Linus Pauling

Quí.

Exemplos:
12Mg: 1s2 2s2 2p 6 3s2
2 2 6 2 6 2 1
21Sc: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d

Exemplos em Íons:
Cátion: 20Ca2+:1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 (perdeu dois elétrons-carga positiva 2+)
Ânion: 17Cl - : 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 (ganhou um elétron-carga negativa 1-)
EXERCÍ CI OS DE AULA

1. São dadas as seguintes informações relativas aos átomos X, Y e Z.


I. X é isóbaro de Y e isótono de Z.
II. Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z
III. O número de massa de Z é 138

O número atômico de X é:
a) 53
b) 54
c) 55
d) 56
e) 57

2. Um cátion metálico trivalente tem 76 elétrons e 118 nêutrons. O átomo do elemento químico, do qual
se originou, tem número atômico e número de massa, respectivamente:
a) 76 e 194
b) 76 e 197
c) 79 e 200
d) 79 e 194
e) 79 e 197

3. O átomo X é isóbaro do 40Ca e isótopo do 36Ar. Assinale o número de nêutrons do átomo X.


Dados: Número atômicos: Ar = 18; Ca = 20
a) 4
b) 22
c) 40
d) 18
e) 36

4. O Cátion Y2+ é isoeletrônico do xenônio. Qual o número atômico de Y?


Dados: Número atômico: Xe = 54.
a) 34
b) 52
c) 56
d) 38

Quí.
e) 54

5. Para o elemento químico de Z=28, a distribuição eletrônica é:


a) 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 3d 10
b) 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 3d 2 4s2 4p 6
c) 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 4s2 4p 6 5s2
d) 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 4s2 3d 8

6. Considere as configurações eletrônicas nos níveis 3 e 4 dos átomos:


Qual delas representa um elemento químico que adquire configuração de gás nobre quando se
transforma em cátion bivalente?
a) I
b) II
c) III
d) IV
e) V

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Dados os nuclídeos , e sabe-se que X e Y são isótopos, Y e Z são isóbaros e X e Z são


isótonos. Sabendo que o número de massa de X é igual a 40, os números de nêutrons de Y e Z serão
respectivamente iguais a:
a) 21 e 19
b) c e a
c) 42 e 21
d) 19 e 21
e) 21 e 42

2. O elemento hidrogênio, cujo número atômico é 1, possui 3 isótopos: 1H (mais abundante), 2H


(deutério), 3H (trítio). Estes 3 isótopos apresentam entre si:
a) diferente número de prótons, mesmo número de nêutrons e mesmo número de massa.
b) mesmo número de prótons, mesmo número de nêutrons e diferente número de elétrons ( 1H = 1
elétron, 2H = 2 elétrons, 3H = 3 elétrons).
c) mesmo número de prótons, mesmo número de nêutrons e diferente número de massa.
d) mesmo número de prótons, mesmo número de elétrons e diferente número de nêutrons (1H = 1
nêutron, 2H = 2 nêutrons, 3H = 3 nêutrons).
e) mesmo número de prótons, mesmo número de elétrons e diferente número de nêutrons ( 1H = 0
nêutrons, 2H = 1 nêutron, 3H = 2 nêutrons).

3. A água pesada, utilizada em certos tipos de reatores nucleares, é composta por dois átomos de
deutério (número de massa 2) e pelo isótopo 16 de oxigênio. O número total de nêutrons, na molécula
da água pesada, é:
a) 10
b) 12
c) 16

Quí.
d) 18
e) 20

4. Dalton, na sua teoria atômica, propôs, entre outras hipóteses,

a) a hipótese é verdadeira, pois foi confirmada pela descoberta dos isótopos.


b) a hipótese é verdadeira, pois foi confirmada pela descoberta dos isótonos.
c) a hipótese é falsa, pois com a descoberta dos isótopos, verificou-se que átomos do mesmo
elemento químico podem ter massas diferentes.
d) A hipótese é falsa, pois com a descoberta dos isóbaros, verificou-se que átomos do mesmo
elemento químico podem ter massas diferentes.

5. Isótopos e alótropos constituem átomos do mesmo elemento químico, porém têm propriedades
diferentes. Conceitue isótopos e alótropos.
6. O íon monoatômico A2 apresenta a configuração eletrônica 3s2 3p 6 para o último nível. O número
atômico do elemento A é:
a) 8
b) 10
c) 14
d) 16
e) 18

7. Considerando as partículas constituintes do íon Mg 2+ e a posição do elemento no quadro periódico,


pode-se afirmar que esse íon:
a) apresenta dois níveis completamente preenchidos.
b) apresenta números iguais de prótons e elétrons.
c) tem um núcleo com 14 prótons.
d) tem a mesma configuração eletrônica que o átomo de argônio.

8. Quantos prótons há no íon X 3+ de configuração 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 3d 10?


a) 25
b) 28
c) 31
d) 51
e) 56

9. Sabendo que o número atômico do ferro é 26, responda: Na configuração eletrônica do íon Fe 3+
,o
último subnível ocupado e o número de elétrons do mesmo são, respectivamente:
a) 3d, com 6 elétrons
b) 3d, com 5 elétrons
c) 3d, com 3 elétrons
d) 4s, com 2 elétrons

QUESTÃO CONTEXTO

Um estudante do ensino médio ao sair de uma aula de química, em que o professor tinha acabado de explicar

metais. O aluno antes de ir embora decide então dar mais uma volta, q uando se depara com uma barra de
alumínio e também uns pedaços de uma antiga janela de ferro. Para exercitar o conhecimento adquirido na
aula de química do dia, o aluno (com o auxílio de sua tabela periódica) decide fazer a distribuição eletrônica

Quí.
dos dois metais. Represente como deveria ter sido a distribuição eletrônica do alumínio e do ferro.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. c
I. X é isóbaro de Y e isótono de Z, ou seja o número de massa de X e de Y são iguais e o o número de
nêutrons entre X e Z também são iguais.
II. II. Y tem número atômico 56, número de massa 137 e é isótopo de Z, ou seja o número atômico
(número de prótons) de Y é igual ao de Z

2. e
O cátion trivalente perdeu 3 elétrons e ficou com 76 elétrons, logo o átomo neutro tinha 79 elétrons, com
isso, o seu nº atômico Z = 79, como N = 118, neste caso temos: A = Z + N = 79 + 118 = 197

3. b
X é isóbaro do 40Ca logo X possui A = 40. X é isótopo do 18Ar, logo X possui Z = 18, com isso temos: 40
X,
18

desta forma ficamos com: N = A Z = 40 18 = 22.

4. c
O cátion bivalente perdeu 2 elétrons e ficou com o mesmo número de elétrons do xenônio, ou seja, com
54 elétrons. Logo, o átomo neutro Y tinha 56 elétrons, sendo assim o seu nº atômico é 56.

5. d
1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 4s2 3d 8

6. c
III. 3s2 3p 6 4s2 perde 2e- 2
3p 6 (gás nobre-camada de valência com 8 elétrons)

Exercícios de casa

Quí.
1. a

2. e
Os isótopos apresentam o mesmo número de prótons, como no átomo neutro nº prótons = nº elétrons,
logo estes apresentam o mesmo número de elétrons e diferem entre si no número de nêutrons.

3. a
Na molécula de água pesada temos H2O temos cada átomo de hidrogênio representado por 2H1 (N = 1) e
cada átomo de oxigênio representado por 16 O 8(N = 8), com isso cada molécula de água apresenta 10
nêutrons
4. c
Isótopos são elementos que possuem o mesmo número atômico, exemplo o elemento hidrogênio, cujo
número atômico é 1, possui 3 isótopos: 1H (mais abundante), 2H (deutério), 3H (trítio).

5.

6. d
O íon monoatômico A2 ganhou 2 elétrons e apresenta a configuração eletrônica 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 , ou
seja, 18 elétrons. Logo o átomo neutro tinha 16 elétrons

7. a
Para 12Mg temos: 1s2 2s2 2p 6 3s2 , com isso para o íon Mg 2+ ficamos com: 1s2 2s2 2p 6 , ou seja, apresenta dois
níveis completamente preenchidos.

8. c
O íon X3+ perdeu 3 elétrons e ficou com 28 elétrons, logo quando neutro o átomo apresentava 31 elétrons
e 31 prótons

9. b

Questão Contexto

Al 13: 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 1


Fe26: 1s2 2s2 2p 6 3s2 3p 6 4s2 3d 6

Quí.
Red.
Professor: Carolina Achut ti
Monitor: Maria Paula Queiroga

Red.
28
A redação da Unicamp
fev

RESUM O

A Unicamp, diferentemente das outras provas estaduais, pede em seus vestibulares um modelo de
redação diferente. Enquanto a maioria dos vestibulares pede um texto de caráter dissertativo -argumentativo,
a Universidade Estadual de Campinas requer de seus candidatos uma produção mais abrangente quando se
trata de gêneros textuais.
Isso significa que, ao prestar o vestibular da Unicamp, deve-se ter preparado a escrita de textos não
somente dissertativos. Portanto, é importante conhecer os diferentes gêneros e o que eles requerem.

O Conceito de Gênero Textual

e
quatro aspectos de definição:
• Esfera: o que circula esse gênero (qual é o ambiente em que o texto pode ser encontrado)
• Forma co mposicional: a forma como o texto é estruturada (parágrafos, progressões, etc)
• Temática: o tipo de assunto que é tratado no gênero
• Estilo: os recursos linguísticos mais comuns em determinado gênero

Assim, se torna mais fácil classificar e entender os gêneros. Uma carta entre amigos, por exemplo,
circula na esfera social mais íntima, entre conhecidos; sua forma composicional se estende em data,
saudação, assunto, despedida, assinatura e post -scriptum (opcional); a temática é das mais variadas e; o estilo
se define de acordo com o nível de intimidade entre os amigos.
Esse esquema de pensamento se aplica aos mais variados gêneros. Ao pensar um gênero, é
importante fazer esse tipo de relação.
Entretanto, isso não quer dizer que é necessário conhecer e ter proficiência em todos os gêneros
textuais isso seria praticamente impossível, devido ao número de gêneros possíveis. O importante no
vestibular da Unicamp é, além de uma noção básica do conceito e dos tipos existentes de gêneros, ter uma
leitura atenta. Isso porque consta nas instruções da redação o que se espera da produção textual e quais
elementos ela deve conter. Não fica tão complicado, então, compor um texto dentro dos moldes pedidos.

Últimos gêneros pedidos pela Unicamp


Para contextualizar a explicação da aula, selecionamos os últimos tipos textuais pedidos pelo vestibular. É

Red.
importante ressaltar que a prova da Unicamp contém duas redações com gêneros distintos.

2015
Tema 1: Síntese
Proposta: Síntese sobre humanizar o atendimento da saúde através da tecnologia
Tema 2: Carta
Proposta: Carta convite para debater a violência nas escolas

2016
Tema 1: Resenha
Proposta: Resenha sobre a fábula de La Fontaine
Tema 2: Artigo de divulgação
Proposta: Artigo de divulgação sobre texto científico

2017
Tema 1: Carta argumentativa
Proposta: Carta sobre a imigração no Brasil
Tema 2: Artigo
Proposta: Artigo sobre uma campanha publicitária
2018
Tema 1: Palestra
-
Tema 2: Artigo de opinião
Proposta: Artigo de opinião sobre os limites da liberdade de expressão

EXERCÍ CI OS DE AULA

Para compreender melhor a prova da Unicamp e os seus conceitos, selecionamos a proposta de 2015 e a
expectativa da banca para cada tema.

Tema 1:
Você integra um grupo de estudos formado por estudantes universitários. Periodicamente, cada membro
apresenta resultados de leituras realizadas sobre temas diversos. Você ficou responsável por elaborar uma
síntese sobre o tema humanização no atendimento à saúde, que deverá ser escrita em registro formal. As
fontes para escrever a síntese são um trecho de um artigo científico (excerto A) e um trecho de um ensaio
(excerto B). Seu texto deverá contemplar: a) o conceito de humanização no atendimento à saúde; b) o ponto
de vista de cada texto sobre o conceito, assim como as principais informações que sustentam esses p ontos
de vista; c) as relações possíveis entre os dois pontos de vista.

Excerto A

A humanização é vista como a capacidade de oferecer atendimento de qualidade, articulando os avanços


tecnológicos com o bom relacionamento. O Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
(PNHAH) destaca a importância da conjugação do binômio "tecnologia" e "fator humano e de
relacionamento". Há um diagnóstico sobre o divórcio entre dispor de alta tecnologia e nem sempre dispor
da delicadeza do cuidado, o que desumaniza a assistência. Por outro lado, reconhece-se que não ter recursos
tecnológicos, quando estes são necessários, pode ser um fator de estresse e conflito entre profissionais e
usuários, igualmente desumanizando o cuidado. Assim, embora se afirme que ambos os itens constituem a
qualidade do sistema, o "fator humano" é considerado o mais estratégico pelo documento do PNHAH, que
afirma:
(...) as tecnologias e os dispositivos organizacionais, sobretudo numa área como a da saúde, não funcionam
sozinhos sua eficácia é fortemente influenciada pela qualidade do fator humano e do relacionamento que
se estabelece entre profissionais e usuários no processo de atendimento. (Ministério da Saúde, 2000).
(Adaptado de Suely F. Deslandes, Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Ciência & saúde
coletiva. Vol. 9, n. 1, p. 9-10. Rio de Janeiro, 2004.)

Excerto B

Red.
A famosa Faculdade para Médicos e Cirurgiões da Escola de Medicina da Columbia University, em Nova York,
formou rec
e até das mortes que
podia ser atribuído parcial ou totalmente à atitude dos médicos de ignorarem o que os pacientes contavam
sobre suas doenças, sobre aquilo com que tinham que lidar, sobre a sensação de serem negligenciados e até
mesmo abandonados. Não é que os médicos não acompanhassem seus casos, pois eles seguiam
meticulosamente os prontuários de seus pacientes: ritmo cardíaco, hemogramas, temperatura e resultados
dos exames especializados. Mas, para parafrasear uma das médicas comprometidas com o programa, eles
simplesmente não ouviam o que os pacientes lhes contavam: as hist órias dos pacientes. Na sua visão, eles

ou medicação e nada disso acontece, a queda ladeira abaixo tem tanto o seu lado biológico como psíquico.

dizer, e só depois decidir o que fazer a respeito


programa de medicina narrativa já começou a reduzir o número de mortes causadas por incompetências
narrativas na Faculdade para Médicos e Cirurgiões.
*A pergunta é feita por Jerome Bruner a Rita Charon, idealizadora do Programa de Medicina Narrativa.
(Adaptado de Jerome Bruner, Fabricando histórias: direito, literatura, vida. São Paulo: Letra e Voz, 2014, p. 115 -116.)
Tema 2:
Em busca de soluções para os inúmeros incidentes de violência ocorridos na escola em que estudam, um

reunião para discutir o assunto. Você ficou respo nsável pela elaboração da carta-convite d essa reunião, a
ser endereçada pelo grupo à comunidade escolar alunos, professores, pais, gestores e funcionários.
A carta deverá convencer os membros da comunidade escolar a participarem da reunião, justificando a
importância desse espaço para a discussão de ações concretas de enfrentamento do problema da violência
na escola. Utilize as informações da matéria abaixo para construir seus argumentos e mostrar possibilidades
de solução.
Lembre-se de que o grupo deverá assinar a carta e também informar o dia, o horário e o local da reunião.

Conversar para resolver conflitos. Quando a escuta e o diálogo são as regras, surgem soluções
pacíficas para as brigas.

Alunos que brigam com colegas, professores que desrespeitam funcionários, pais que ofendem os diretores.
Casos de violência na escola não faltam. A pesquisa O Que Pensam os Jovens de Baixa Renda sobre a Escola,
realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) sob encomenda da Fundação Victor
Civita (FVC), ambos de São Paulo, revelou que 11% dos estudantes se envolveram em conflitos com seus
pares nos últimos seis meses e pouco mais de 8% com professores, coordenadores e diretores. Poucas
escolas refletem sobre essas situações e elaboram estratégias para construir uma cultura da paz. A maioria
aplica punições que, em vez de acabarem com o enfrentamento, estimulam esse tipo de atitude e tiram dos
jovens a autonomia para resolver problemas.
Segundo Telma Vinha, professora de Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e colunista da revista NOVA ESCOLA, implementar um projeto institucional de mediação de
conflitos é fundamental para implantar espaços de diálogo sobre a qualidade das relações e os problemas de
convivência e propor maneiras não violentas de resolvê-los. Assim, os próprios envolvidos em uma briga
podem chegar a uma solução pacífica.
Por essa razão, é importante que, ao longo do processo de implantação, alunos, professores, gestores e
funcionários sejam capacitados para atuar como mediadores. Esses, por sua vez, precisam ter algumas
habilidades como saber se colocar no lugar do outro, manter a imparcialidade, ter cuidado com as palavras
e se dispor a escutar.
O projeto inclui a realização de um levantamento sobre a natureza dos conflitos e um trabalho preventivo
para evitar a agressão como resposta para essas situações. Além disso, ao sensibilizar os professores e
funcionários, é possível identificar as violências sofridas pelos diferentes segmentos e atuar para acabar com
elas.

Pessoas capacitadas atuam em encontros individuais e coletivos

Há duas formas principais de a mediação acontecer, segundo explica Lívia Maria Silva Licciardi, doutoranda
em Psicologia Educacional, Desenvolvimento Humano e Educação pela Universidade Estadual de Campinas

Red.
(Unicamp). A primeira é quando há duas partes envolvidas. Nesse caso, ambos os lados se apresentam ou são
chamados para conversar com os mediadores - normalmente eles atuam em dupla para que a imparcialidade
no encaminhamento do caso seja garantida - em uma sala reservada para esse fim. Eles ouvem as diversas
versões, dirigem a conversa para tentar fazer com que todos entendam os sentimentos colocados em jogo e
ajudam na resolução do episódio, deixando que os envolvidos prop onham caminhos para a decisão final.
A segunda forma é utilizada quando acontece um problema coletivo - um aluno é excluído pela turma, por
exemplo. Diante disso, o ideal é organizar mediações coletivas, como uma assembleia. Nelas, um gestor ou
um professor pauta o encontro e conduz a discussão, sem expor a vítima nem os agressores. "O objetivo é
fazer com que todos falem, escutem e proponham saídas para o impasse. Assim, a solução deixa de ser
punitiva e passa a ser formativa, levando à corresponsabilização pelos resultados", diz Ana Lucia Catão,
mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Ela ressalta que o
debate é enriquecido quando se usam outros recursos: filmes, peças de teatro e músicas ajudam na
contextualização e compreensão do problema.
No Colégio Estadual Federal (CEF) 602, no Recanto das Emas, subdistrito de Brasília, o Projeto Estudar em
Paz, realizado desde 2011 em parceria com o Núcleo de Estudos para a Paz e os Direitos Humanos da
Universidade de Brasília (NEP/ UnB), tem 16 alunos mediadores formados e outros 30 sendo capacitados.
A instituição conta ainda com 28 professores habilitados e desde o começo deste ano o projeto faz parte da
formação continuada. "Os casos de violência diminuíram. Recebo menos alunos na minha sala e as
depredações do patrimônio praticamente deixaram de existir. Ao virarem protagonistas das decisões, os
estudantes passam a se responsabilizar por suas atitudes", conta Silvani dos Santos, diretora. (...)
"Essas propostas trazem um retorno muito grande para as instituições, que conseguem resultados
satisfatórios. É preciso, porém, planejá-las criteriosamente", afirma Suzana Menin, professora da Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
(Adaptado de Karina Padial, Conversar para resolver. Gestão Escolar. São Paulo, no . 27, ago/ set 2013.
http:/ / gestaoescolar.abril.com.br/ formacao/ conversar -resolver-conflitos-brigas-dialogo-762845.shtml?page=1. Acessado em
02/ 10/ 2014.)

EXERCÍ CI OS DE CASA

Seguindo o mesmo modelo dos exercícios apresentados durante a aula, agora é a sua vez de redigir um texto
a partir dos gêneros exigidos pela Unicamp em 2017! Lembre-se de compreender o gênero, a proposta e o
desenvolvimento do que se pede.

Tema 1:

-se desafiado(a) pelos questionamentos levantados no texto, você


decidiu escrever uma cart a para a Seção do Leitor d a revista Rio Pesquisa. Em sua carta, discuta a relação
estabelecida pela autora entre o conceito de Brasil cordial e a presença de estrangeiros no Brasil,
apresentando argumentos em defesa de um ponto de vista sobre a questão.

A volta de um Rio que faz sonhar

Reverenciada mundialmente por suas belezas naturais, a cidade do Rio de Janeiro tem se transformado em
espaço sonhado para aqueles que buscam construir seu futuro em terra estrangeira. Imigrantes, de origens
variadas, vêm chegando à cidade, buscando garantir sua sobrevivência, fugir à pobreza ou transformar seus
sonhos em realidade. Esse processo insere-se em um quadro mais geral de transformações. Graças à situação
assumida pelo Brasil, como uma das maiores economias do mundo, polo de atração na Am érica do Sul, o
país vem se tornando, mais uma vez na história, importante lugar de chegada, em um momento em que
políticas de vigilância e controle sobre os estrangeiros aprofundam-se nos países ricos em crise. Essa nova
situação exige estudos que ultrapassem as questões pontuais para incluir análises sobre as relações presente

O recente episódio da entrada abrupta de haitianos no Brasil, sem dúvida, apontou a necessidade dessas
análises ampliadas. Para além da conjugação entre a necessidade de partir e o conhecimento adquirido sobre
-
se de preocupantes aspectos de mudança. Dentre eles, a ação dos coiotes na efetivação dos deslocamentos,
marca indicativa do ingresso do país em um contexto no qual grupos organizados vivem da imigração ilegal

Red.
e máfias internacionais enriquecem com o tráfico humano. O episódio pode ser visto, assim, como a ponta
de um iceberg que tende a envolver a América Latina e o Caribe, considerando -se uma das tendências dos
processos migratórios da atualidade: as migrações regionalizadas, realizadas no interior dos subsistemas
internacionais.

Brasil: país cordial?

A predisposição do Brasil em receber o estrangeiro de braços abertos é ideia consagrada que necessita sofrer
o peso da crítica. Pesquisas variadas têm demonstrado que o país nunca foi imune aos processos de
discrim
na Primeira República (1907-1930), que se caracterizou por extrema violência, mesmo contra aqueles que já
eram considerados residentes, portanto com os mesmos direitos constitucionais dados aos brasileiros. A
representação de um Brasil cordial, desta forma, deve ser entendida como uma construção forjada em
determinado momento de nossa história. Lógico que as reações diferiam e diferem de acordo com os
diferentes tipos de estrangeiros com os quais travamos contato, ocorrendo diferenças de tratamento em
relação àqueles que, pelo local de nascimento ou pela cor, classificamos como superiores ou inferiores.
Vários indícios vêm demonstrando que as atitudes discriminatórias não ficaram perdidas no passado, mas
podem ser encontradas com relativa facilidade, quando treinamos nosso olhar para melhor observar aquilo
que nos cerca. As tensões entre brasileiros e bolivianos nos locais onde estes estão mais presentes, por
exemplo, já são bastante visíveis. Isso sem falar no triste espetáculo do subemprego e da exploração a que
estão sujeitos latino-americanos fixados ilegalmente no país. É urgente, portanto, que nos perguntemos
como tendemos a ver e sentir a presença cada vez mais visível de estrangeiros em solo brasileiro,
principalmente daqueles que são oriundos de países pobres, muitos deles necessitando do foco dos direitos
humanos. Seremos sensíveis aos discursos e às práticas xenófobas? Defenderemos políticas restritivas e

ser visto como ameaça? Responder a essas questões, aqui e agora, seria um exercício de profecia que não
nos cabe fazer. Isso não exclui, entretanto, que a reflexão sobre essas possibilidades esteja proposta, por
mais penosa que ela possa ser, principalmente se considerarmos a rapidez dos processos em curso e a tensão
mundial presente no embate entre interesses nacionais e direitos humanos.
(Adaptado de Lená Medeiros de Menezes, A volta de um Rio que faz sonhar. Rio Pesquisa, Rio de Janeiro, ano V, nº 20, p. 48 -
50, set. 2012.)

Tema 2:

Como voluntário(a) da biblioteca Barca dos Livros, você ficou responsável por escrever o texto de
apresentação de uma campanha de arrecadação de fundos para a instituição. Em seu texto, que estará
disponível no site da Barca dos Livros, apresente, com base na notícia abaixo, o histórico e as ações da
biblioteca, mostrando a importância das doações para a continuidade do projeto.

Barca dos Livros corre o risco de fechar por falta d e apoio financeiro

Em 2014, a Barca dos Livros foi eleita a melhor biblioteca comunitária do país pelo Ministério da Cultura e da
Educação. Graças ao trabalho de voluntários apaixonados por literatura e que a consideram uma arte
fundamental para a infância, a instituição vem há quase uma década formando leitores e promovendo a
cultura em Florianópolis. Precisa, no entanto, de um impulso material para que continue existindo. Para
chegar ao posto de referência no país, a Barca dos Livros navegou por mares calmos e revoltos. Hoje, nove
anos e dois meses depois da inauguração, conta com um precioso acervo de 15 mil livros, dois terços dos
quais de literatura infantil e infanto-juvenil, aproximadamente 5 mil carteirinhas de sócios e a incerteza do
futuro. Desde maio do ano passado, está com o aluguel atrasado na atual sede, um espaço de 125 m² no
Lagoa Iate Clube.

salário de três funcionários. A Barca é tocada por voluntários. Acontece que nunca foi fácil, mas nunca esteve
a ponto de quase fec lamenta a coordenadora do projeto, Tânia Piacentini. De 2010 até maio do ano
passado, um convênio com a Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes garantia o pagamento do
aluguel, no valor de R$ 6,5 mil por mês. Mas a parceria não foi renov
Apenas para os passeios de barco com contação de histórias, realizados no segundo sábado de cada mês, é
cobrado o valor de 5 reais para adultos que acompanham as crianças. Nosso material, espaço, livros, tudo é
reno

Red.
Acolhimento literário

De 2007 até hoje, os voluntários da Barca viram crianças que engatinhavam lerem as primeiras palavras e
depois amarem a leitura. Despertaram a paixão pela ficção, contaram histórias, viram mães com bebês de
colo pegando no sono nos confortáveis sofás da sala de leitura, aconchegadas pelo ambiente de acolhimento
literário.
Nascida em Nova Veneza, sul do Estado, há 68 anos, Tânia Piacentini começou a dar aulas aos 14 anos. Cursou
Letras e fez mestrado e doutorado na área de educação e literatura. Foi a primeira representante de Santa
Catarina, nos anos 1970, a selecionar livros para a Fundação Nacional do Livro Infantil, que a cada ano premia
as melhores publicações para crianças e jovens.
Duas décadas depois, com o aumento de livros editados para esse público quando começou, eram no
máximo 10 por ano, hoje são cerca de 1.200 novas edições , passou a convidar pessoas para ajudar a
selecioná-los. Daí surgiu um núcleo de 25 leitores e especialistas que formou a Sociedade Amantes da Leitura,
ONG que criou e sustenta legalmente a Barca.

os dias é um sonho. Temos que estar disponíveis e manter a qualidade. Mas sem dívidas pessoais e crises

Hoje a Barca abre ao público de terça a sábado, das 14 às 20 horas chegou a ser de terça a domingo, em
três turnos. Mesmo com as dificuldades, promove atividades semanais, como A Escola Vai à Barca (que
recebe alunos de escolas da rede pública e particular), palestras, saraus para adultos, lançamentos de livros,
leituras coletivas de livros e passeios mensais de barco pela Lagoa da Conceição.
O cadastro custa 1 real e dá ao pequeno sócio uma carteirinha que permite pegar três obras emprestadas por
15 dias. Mais informações sobre a programação no site da Barca dos Livros.
(Adaptado de Carol Macário, Barca dos Livros corre o risco de fechar por falta de apoio financeiro. Disponível em:
http:/ / dc.clicrbs.com.br/ sc/ entretenimento/ noticia/ 2016/ 04/ barca-dos-livros-corre-o-risco -de-fechar-por-falta-de-
apoiofinanceiro 5754089.html. Publicado em 05/ 04/ 16.)

Red.
GABARI TO

Exercícios de a aula

Expectativa da banca: Tema 1


Espera-se que o candidato compreenda os excertos, selecione as principais informações de cada um e
estabeleça relações entre os pontos de vista neles expressos, convergentes e complementares, a fim de
elaborar a síntese requerida.
O candidato deve destacar que o primeiro excerto apresenta uma definição de humanização de assistência

qualidade, articulando os avanços te


Além disso, o candidato deve relacionar esse conceito com outras informações do texto, especialmente as
relativas ao processo de desumanização do atendimento à saúde mencionado no documento do PNHAH
(Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar). Destaca-se o fato de que nem a tecnologia
nem a organização das instituições são capazes de, isoladamente, oferecerem um atendimento de qualidade
na área da saúde, salientando-se a maior relevância do fator humano.
Espera-se que o candidato ressalte, em relação ao segundo excerto, a existência de um Programa de
Medicina Narrativa da Faculdade para Médicos e Cirurgiões da Escola de Medicina da Columbia University,
em Nova York, que tem reduzido o número de mortes
texto a exposição de um problema na área médica: o sofrimento (e, eventualmente, o óbito) causado pelo
fato de médicos não ouvirem o que os pacientes têm a relatar sobre seu estado de saúde e como se sentem
a respeito disso. Outras informações importantes no excerto a serem contempladas pelo candidato são os
princípios assumidos por essa escola de formação médica a medicina narrativa -
paciente é responsável por sua própria vida, sendo dever dos
médicos escutá-lo antes de tomar decisões.
Por fim, espera-se que o candidato enfatize o fator humano como o aspecto mais estratégico no atendimento
à saúde, o que fica evidente nos excertos quando se menciona a necessidade de os médicos escutarem o
paciente antes de tomarem decisões e quando se recorre ao próprio conceito de humanização presente no
documento do Ministério da Saúde.

Expectativa da banca: Tema 2


Espera-se que o candidato se coloque no lugar de um grupo de alunos e, em nome desse coletivo, redija
uma carta-convite endereçada à sua comunidade escolar, que compreende alunos, professores, pais,
gestores e funcionários. Para elaborar a carta, terá de argumentar no sentido de convencer os destinatários

Red.
a participarem da reunião, justificando a relevância do evento. A justificativa deve estar relacionada com a
ocorrência de vários episódios de violência na própria escola e com a importância do envolvimento coletivo
da comunidade escolar no enfrentamento desse problema, princípio explicitado na matéria que inspira a
carta. O candidato deverá também assinar a carta e fornecer informações essenciais relativas ao evento,
como dia, local e horário de realização.
A proposta instrui ainda que o candidato apresente possibilidades de solução do problema, explicitadas na
matéria jornalística. De modo geral, as soluções indicadas sugerem a implementação de projetos
institucionais de mediação de conflitos para a construção de uma cultura de paz. Tais projetos visam,
essencialmente, a implantar espaços de diálogo sobre a qualidade das relações e os problemas de
convivência e demandam planejamento de ações, tais como levantamento da situação de violência escolar
e capacitação dos mediadores. O candidato pode mencionar as formas distintas de mediação para conflitos,
desde os que envolvem duas pessoas até aqueles que atingem muitas pessoas ao mesmo tempo. Outra
informação que pode compor o texto do candidato é a menção à iniciativa bem sucedida na escola em
Brasília, na qual se investiu no protagonismo estudantil nas mediações e na formação dos mediadores (alunos
e educadores).
Exercícios de casa

Expectativa da banca: Tema 1


A prova de redação da Unicamp é composta por duas propostas, que se complementam, de maneira a
permitir que diferentes sub-habilidades de leitura e diferentes sub-habilidades de escrita sejam avaliadas.
A proposta para o Texto 1, que integra leitura e esc rita, pressupõe não apenas ser capaz de identificar um
ponto de vista sobre uma questão e os argumentos que o sustentam, como também ser capaz de refletir
sobre esse ponto de vista e posicionar-se a respeito. Essas sub-habilidades, fundamentais para um aluno
universitário, não são requeridas apenas em gêneros da esfera acadêmico -científica, mas também são
mobilizadas em diferentes configurações de vários outros gêneros que perpassam a vida do estudante e que
também são importantes para o exercício da cidadania.
Espera-se que os candidatos estejam familiarizados com a questão dos recentes movimentos migratórios no
país e no mundo, a partir da leitura de jornais e revistas e de discussões ocorridas no ambiente escolar.
Pressupõe-se, portanto, que os estudantes disponham de referências para elaborar seus textos,
relacionando-as às questões colocadas pelo texto-fonte.
O enunciado, que orienta a elaboração do texto a partir da leitura proposta, deixa claro que o candidato
deveria se colocar na posição de um enunciador interessado em questões da atualidade e que, tendo lido o

o conceito de Brasil cordial e a presença de estrangeiros no país.


O gênero do texto a ser escrito pelo candidato é uma carta do leitor a um meio de comunicação. Em função
do propósito e das condições de produção, esse gênero pode apresentar configurações distintas, o que
permite sua utilização em diferentes contextos e com diferentes o bjetivos. Nesta proposta, trata-se de uma
carta argumentativa, um instrumento que permite ao leitor expressar sua opinião sobre assuntos atuais e
relevantes que circulam na mídia e, com isso, ter uma participação social mais ativa. O enunciador, nesse
caso
extensão, a própria autora do texto. É importante lembrar, ainda, que como a carta será publicada na revista,
também são interlocutores os seus leit ores. A interlocução, nesse caso, é fundamental, como em qualquer
outra carta, e não se constitui pela simples inclusão de marcas formais. Dada a natureza da revista, a carta
deve ser adequada à modalidade escrita formal.
No texto-fonte, a historiadora Lená Medeiros de Menezes questiona a ideia de Brasil cordial, ao chamar a
atenção para a complexidade dos processos migratórios, salientando a necessidade de análises ampliadas
face à carência de teorias capazes de abordar essa complexidade. O texto, finalizado com questionamentos,
revela-se especialmente estimulante, convidando o leitor a refletir e a se posicionar.
Para o cumprimento do propósito da tarefa, o candidato deverá, em primeiro lugar, ser capaz de identificar
a relação estabelecida pela autora entre o conceito de Brasil cordial e a presença de estrangeiros no Brasil.

ente constitutiva do
brasileiro, mas parte de um conceito construído em determinado momento de nossa história, uma vez que a
convivência com estrangeiros tem sido por vezes conflituosa. Para justificar tal afirmação, a autora ressalta o

Red.
tensões passadas e recentes entre brasileiros e estrangeiros. Em segundo lugar, o candidato deverá
posicionar-se a respeito dessa relação entre o conceito de Brasil cordial e a presença de estrangeiros no
Brasil, apresentando argumentos em defesa de um ponto de vista. Para tanto, existem diferentes
possibilidades. Ao reafirmar que a cordialidade é construída e não necessariamente constitutiva do brasileiro,
o candidato poderia defender diferentes posições, mobilizando diferentes argumentos. Uma possibilidade
seria defender a entrada e permanência de estrangeiros e de refugiados, enfatizando a garantia aos direitos
humanos; outra poderia ir em direção contrária, relegando os direitos humanos ao segundo plano, ao
priorizar políticas de manutenção dos interesses nacionais. O candidato também poderia afirmar que a
cordialidade é constitutiva do brasileiro, defendendo, por exemplo, que as reações negativas à entrada
desses estrangeiros, principalmente quando comparadas ao que vem ocorrendo em outros países, são fatos
isolados que não expressam o pensamento da maioria da população. Nos três casos, para construir sua
argumentação, o candidato utilizaria elementos do texto -fonte, como a prática de expulsão de estrangeiros
na Primeira República ou a entrada dos haitianos no país ou, ainda, as tensões entre brasileiros e bolivianos.
Não se espera, contudo, que o candidato elabore propostas de solução, o que, por vezes, pode distanciá-lo
do cumprimento do propósito da tarefa por reduzir a complexidade da questão em pauta e,
consequentemente, comprometer o exercício de reflexão.
Expectativa da banca: Tema 2
A proposta para o Texto 2, que também avalia a leitura e a escrita de maneira integrada, pressupõe a
capacidade de selecionar, sumarizar, (re)organizar e retextualizar informações a partir de uma notícia para a
elaboração de um texto de apresentação de uma campanha de arrecadação de fundos para a biblioteca
comunitária Barca dos Livros, de Florianópolis.
Trata-se de uma tarefa bastante distinta daquela solicitada para o Texto 1, tanto no que diz respeito ao gênero
do texto-fonte e do texto a ser elaborado pelo candidato, quanto em relação às sub -habilidades de leitura e
subhabilidades de escrita necessárias para a realização da proposta. Embora o gênero do texto a ser
elaborado possa não ser considerado como pertencente à esfera acadêmico -científica, as sub-habilidades
exigidas também são fundamentais para um aluno universitário tanto em sua atuação acadêmica e
profissional, quanto em seu trânsito nas mais variadas práticas sociais nas quais se envolve.
Nesta proposta, os candidatos possivelmente não dispõem de conhecimento prévio sobre a situação da
biblioteca Barca dos Livros, devendo informar-se a partir do texto-fonte. Por outro lado, pressupõe-se que
os estudantes se sintam motivados a desenvolver a proposta por reconhecerem a importância das bibliotecas
na formação leitora das pessoas.
O texto-fonte apresenta a situação da instituição, bem como os diversos projetos e atividades nela
desenvolvidos. Para cumprir o propósito solicitado, o candidato deveria selecionar e retextualizar as
informações relevantes para apresentar o histórico e as ações da biblioteca, que servirão de base para o
desenvolvimento da segunda parte do propósito mostrar a importância das doações para a continuidade
do projeto, que corre o risco de ser interrompido. Vale lembrar que há várias possibilidades de organização
e apresentação das informações, permitindo que o candidato desenvolva seu texto em diferentes estilos.
O gênero a ser produzido é um texto de apresentação de uma campanha para arrecadação de fundos. Dadas
as condições de produção e o propósito da tarefa, esse gênero não tem apenas a função de apresentar a
campanha, mas também de convencer o leitor da importância das doações para a continuidade do projeto,
o que lhe confere um caráter apelativo. A adequada seleção de informações do texto -fonte é fundamental
para a construção desse convencimento.
O enunciado, que orienta a elaboração do texto a partir da leitura proposta, deixa claro que o enunciador é
um voluntário da biblioteca Barca dos Livros, que ficou responsável pela elaboração do texto de
apresentação da campanha. É importante lembrar, contudo , que esse texto de apresentação deverá ser uma
manifestação institucional e, como tal, não poderá ser elaborado a partir da perspectiva pessoal do
voluntário. Nesse caso, explicitar o enunciador (o voluntário) compromete a configuração do gênero
solicitado.
Os interlocutores, por sua vez, serão todos os visitantes do site da biblioteca, já que o texto deverá ser
publicado nesse site.

Red.
Fil.
Professor: Gui de Franco
Monitor: Leidiane Oliveira

Fil.
02
Os filósofos pré-socráticos
mar

RESUM O

Heráclito e o devir

Heráclito defende que tudo o que existe no mundo está em constante transformação, num fluxo
Nesse sentido, o ser (tudo o que existe)
está sempre em movimento, por isso Heráclito é considerado um filósofo mobilista. A imagem que melhor
representa esse pensamento é a imagem do rio. Diz Heráclito que não podemos entrar duas vezes no mesmo
rio, pois, quando entramos pela segunda vez, as águas do rio não são as mesmas e, portanto, o rio não é o
mesmo. Além do mais, nós, quando entramos novamente no rio, não somos também os mesmos, já somos
diferentes do que éramos, pois estamos submetidos necessariamente à mudança. Se nada permanece igual,
o conhecimento está diante de um problema: como posso dizer que conheço algo de maneira objetiva dado
que essa coisa que digo conhecer, assim como tudo, está em constante transformação? Nesse sentido, o
conhecimento é justamente a percepção das transformações. Como o ser o móvel, o Lógos (razão) é
mudança e contradição.

Parmênides e o imobilismo

Parmênides, por outro lado, não aceitará em seu método as contradições, sendo famoso justamente
Assim, se
para Heráclito a permanência é uma ilusão, já para Parmênides a mudança é que consiste numa ilusão, sendo
impossível a passagem do ser para o não ser ou do não ser para o ser. Evidentemente, Parmênides não quer
dizer com isso que não existe mudança no mundo, mas apenas que as mudanças estão restritas ao mundo
material, às coisas sensíveis, mas a essência de uma coisa nunca muda, é imóvel. Assim Parmênides é
considerado um filósofo imobilista, pois aquilo que existe não pode deixar de ser o que é, ou seja, não pode
perder a sua essência. O mundo do pensamento, portanto, é imóvel e o conhecimento objetivo sobre as
coisas é possível graças à identidade que ele reconhece entre ser, pensar e dizer: as palavras refletem o
pensamento, e o pensamento tem a capacidade de exprimir a essência imutável das coisas.

Fil.
Heráclito Parmênides

• mobilismo • imobilismo
• a permanência é uma ilusão • O movimento é uma ilusão
• • As coisas possuem uma essência
• O conhecimento é mutável • Ser = Pensar = Dizer

• Zenão de Eleia é um imo bilista que tenta defender


as ideias de seu mestre (Parmênides) provando
matematicamente que a ideia de movimento é uma
ilusão dos sentidos (Paradoxo de Aquiles e a tartaruga)
EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Fragmento B91

HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adap tado).

Fragmento B8
e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é
perecer? Como poderia gerar-
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).

Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das
a) investigações do pensamento sistemático.
b) preocupações do período mitológico.
c) discussões de base ontológica.
d) habilidades da retórica sofística.
e) verdades do mundo sensível.

2. Como uma onda

Nada do que foi será


De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo
Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar

Fil.
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar

Lulu Santos e Nelson Motta

A letra dessa canção de Lulu Santos lembra ideias do filósofo grego Heráclito, que viveu no século VI
a.C. e que usava uma linguagem poética para exprimir seu pensamento. Ele é o autor de uma frase

Dentre as sentenças de Heráclito abaixo citadas, marque aquela da qual o sentido da canção de Lulu
Santos mais se aproxima.
a) Muita instrução não ensina a ter inteligência.
b) Ao se entrar num mesmo rio, as águas que fluem são outras
c) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.
d) Morte é tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo é sono.
e) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade.
3.
Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 56. Coleção .Os Pensadores..

Este fragmento ilustra bem o pensamento de Heráclito, que acreditou ser o mundo o eterno fluir,
comparado a um rio no qual entramos e não entramos:

Assinale a alternativa que explica o fragmento mencionado acima.


a) Todas as coisas estão em oposição umas com as outras, o que explica o caráter mutável
b) da realidade. A unidade do mundo, sua razão universal resulta da tensão entre as coisas, daí o
emprego freqüente, por parte de Heráclito, da palavra guerra para indicar o conflito como
fundamento do eterno fluxo.
c) A harmonia que anima o mundo é aberta aos sentidos, sendo possível ser conhecida na
multiplicidade daquilo que é manifesto, uma vez que a realidade nada mais é que o eterno fluxo
da multiplicidade do Logos heraclíteo.
d) A unidade dos contrários, a vida e a morte, é imóvel, podendo ser melhor representada para o
entendimento humano por intermédio da imagem do fogo, que permanece sempre o mesmo,
imutável e continuamente inerte, e não se oculta aos olhos humanos.
e) O arco, instrumento de guerra, indica que a idéia de eterno fluxo, das transformações que
compõem o fluxo universal, é o fundamento da teoria do caos, pois o fogo se expande sem
medida, tornado a realidade sem nenhuma harmonia ou ordem.

4. O fragmento a seguir é atribuído a Heráclito de Éfeso:

, novo e velho; pois estes, tombados além,

HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 93. Coleção .Os
Pensadores..

A partir do fragmento citado, escolha a alternativa que representa melhor o pensamento de Heráclito.
a)

natureza.
b) a equivalência de estados contrários com o mesmo exprime a alternância harmônica de pólos
opostos, pela qual um estado é transposto no outro, numa sucessão mútua, como o dia e a noite.
stitui uma unidade, e todos os seres
estão em um fluxo eterno de sucessão de opostos em guerra.
c) Se o morto é vivo, o velho é novo, e o dormente é desperto, então não existe o múltiplo, mas

physis, e a multiplicidade, apenas aparência.


d) a alternância entre pólo
que ocorre sem qualquer medida ou proporção. A guerra entre contrários evidencia que a physis
Fil.
é caótica é denota o fato de que o pensamento de Heráclito é irracionalista.

5. Leia atentamente o texto abaixo.

-se o tema da ontologia. A experiência não lhe apresentava em


nenhuma parte um ser tal como ele o pensava, mas, do fato que podia pensá-lo, ele concluía que ele
precisava existir: uma conclusão que repousa sobre o pressuposto de que nós temos um órgão de
conhecimento que vai à essência das coisas e é independente da experiência. Segundo Parmênides, o
elemento de nosso pensamento não está presente na intuição mas é trazido de outra parte, de um
mundo extra-
Friedrich. A filosofia na época trágica dos gregos. Trad. Carlos A. R. de Moura. In Os pré-socráticos.
São Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 151. Coleção Os Pensadores
Marque a alternativa INCORRETA.
a) Para Parmênides, o Ser e a Verdade coincidem, porque é impossível a Verdade residir naquilo que
Não-é: somente o Ser pode ser pensado e dito.
b) Pode-se afirmar com segurança que Parmênides rejeita a experiência como fonte da verdade, pois,
para ele, o Ser não pode ser percebido pelos sentidos.
c) Parmênides é nitidamente um pensador empirista, pois afirma que a verdade só pode ser acessada
por meio dos sentidos.
d) O pensamento, para Parmênides, é o meio adequado para se chegar à essência das coisas, ao Ser,
porque os dados dos sentidos não são suficientes para apreender a essência.

6. No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase
enigmática:

L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.)

Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o

lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de tal forma

RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os Pré- socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994,
p.284.)

Com base no problema filosófico da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afirmar que
seu argumento
a) baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa
explicação naturalista pautada pelos sentidos.
b) confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível
por condições que lhe são estranhas.
c) ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se
chegaria pelos sentidos.
d) mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso
nos apontam as evidências dos sentidos.
e) pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do
movimento entre os corredores.

EXERCÍ CI OS DE CASA
Fil.
1. Heráclito de Éfeso viveu entre os séculos VI e V a.C. e sua doutrina, apesar de criticada pela filosofia
clássica, foi resgatada por Hegel, que recuperou sua importante contribuição para a Dialética. Os dois
fragmentos a seguir nos apresentam este pensamento.
mundo, igual para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o fez; sempre foi, é e será
um fogo eternamente vivo, acendendo-se e apagando-

-se em água; para a água, morrer é transformarse em terra. Da


terra, contudo, forma-

De acordo com o pensamento de Heráclito, marque a alternativa INCORRETA.


a) As doutrinas de Heráclito e de Parmênides estão em perfeito acordo sobre a imutabilidade do ser.
b)
c) Heráclito desenvolve a idéia da harmonia dos contrários, isto é, a permanente conciliação dos
opostos.
d) a de Heráclito
2. Sobre o pensamento de Heráclito de Éfeso, marque a alternativa INCORRETA.
a) Segundo Heráclito, a realidade do Ser é a imobilidade, uma vez que a luta entre os opostos
neutraliza qualquer possibilidade de movimento.
b) Heráclito concebe o mundo como um eterno devir, isto é, em estado de perene movimento. Nesse
sentido, a imobilidade apresenta-se como uma ilusão.
c) Para Heráclito, a guerra (pólemos) é o princípio regulador da harmonia do mundo.
d) Segundo Heráclito, o um é múltiplo e o múltiplo é um.

3. Leia os fragmentos abaixo:

― Muitos não percebem tais coisas, todos os que as encontram, nem quando ensinados conhecem,
mas a si próprios lhes parece que as conhecem e percebem. (DK 22 B 17)

― Más testemunhas para os homens são os olhos e ouvidos, se almas bárbaras eles têm (DK 22 B 107)

A partir destes dois textos de Heráclito, pode-se afirmar que, para ele,
a) as sensações, como as águas de um rio, são infalíveis e nos proporcionam nelas mesmas a
apreensão do real.
b) o conhecimento é obtido unicamente a partir da percepção sensível.
c) as sensações por si só não são garantias de conhecimento.
d) o conhecimento é proporcionado pelo ensino obtido pela atividade da alma, qualquer que esta
seja

4. Heráclito de Éfeso, filósofo pré-socrático, compreendia que

I- o ser é vir-a-ser.
II- o vir-a-ser é a luta entre os contrários.
III- a luta entre os contrários é o princípio de todas as coisas.
IV- da luta entre os contrários origina-se o não-ser.

Assinale
a) se apenas I, II e III estiverem corretas.
b) se apenas I, III e IV estiverem corretas.
c) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
d) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Fil.
5. Heráclito de Éfeso (500 a.C.) concebia a realidade do mundo como mobilidade, impulsionada pela luta
dos contrários. Sobre sua filosofia, é correto afirmar que

I- a imagem do fogo, com chamas vivas e eternas, representa o Logos que governa o movimento
perpétuo dos seres.
II- a luta dos contrários é aparência que afeta apenas a sensibilidade humana.
III- a mobilidade dos seres resulta no simples aparecer de novos seres.
IV- a harmonia do cosmo é resultado da tensão eterna da luta dos contrários.

Assinale
a) se as afirmações II e III são corretas.
b) se as afirmações I e IV são corretas.
c) se apenas a afirmação IV é correta.
d) se apenas a afirmação I é correta
6. De um modo geral, o conceito de physis no mundo pré-socrático expressa um princípio de movimento
por meio do qual tudo o que existe é gerado e se corrompe. A doutrina de Parmênides, no entanto,
tal como relatada pela tradição, aboliu esse princípio e provocou, consequentemente, um sério
conflito no debate filosófico posterior, em relação ao modo como conceber o ser.

Para Parmênides e seus discípulos:


a) A imobilidade é o princípio do não-ser, na medida em que o movimento está em tudo o que existe.
b) O movimento é princípio de mudança e a pressuposição de um não -ser.
c) Um Ser que jamais muda não existe e, portanto, é fruto de imaginação especulativa.
d) O Ser existe como gerador do mundo físico, por isso a realidade empírica é puro ser, ainda que em
movimento.

7.
imperecível, pois é todo inteiro, inabalável e sem fim; nem jamais era nem será, pois é agora todo junto,

Sobre a Natureza, 8, 2-5

Com base nesse trecho do poema de Parmênides, é possível afirmar que:


a) a continuidade, a geração e o imobilismo estão presentes na via do ser
b) o ser, por não poder não ser, não é gerado nem deixa de ser, não tendo princípio nem fim
c) a via do ser é aquela percebida por nossos sentidos
d) o ser, para o autor, de certo modo, não é, pois nunca foi no passado nem será no futuro

8. No poema Sobre a Natureza Parmênides afirma: "os únicos caminhos de inquérito que são a pensar: o
primeiro que é e portanto que não é não ser, de Persuasão é caminho (pois à verdade acompanha); o
outro, que não é e portanto que é preciso não ser, este então, eu te digo, é atalho de todo incrível;
pois nem conhecerias o que não é nem o dirias."

Pode-se daí inferir que


a) apenas o ser pode ser dito e pensado.
b) o não ser de algum modo é.
c) o ser e o pensar são distintos.
d) o ser é conhecido pelos sentidos.

9. Parmênides de Eléia, filósofo pré-socrático, sustentava que

I- o ser é.
II- o não-ser não é.

Fil.
III- o ser e o não-ser existem ao mesmo tempo.
IV- o ser é pensável e o não-ser é impensável.

Assinale
a) se apenas I, III e IV estiverem corretas.
b) se apenas I, II e III estiverem corretas.
c) se apenas II, III e IV estiverem corretas.
d) se apenas I, II e IV estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas
QUESTÃO CONTEXTO

Vamos refletir um pouco mais sobre os conceitos de Heráclito, filósofo pré-socrático?

Como uma onda Lulu Santos

Nada do que foi será


De novo do jeito que já foi
um dia
Tudo passa, tudo sempre
passará
A vida vem em ondas,
como um mar
Num indo e vindo
infinito

Tudo que se vê não é


Igual ao que a gente viu a
um segundo
tudo muda o tempo todo no
mundo

Não adianta fugir


Nem mentir pra si mesmo Fil.
agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre

Como uma onda no mar


Como uma onda no mar
Como uma onda no mar

Com base na tirinha e na música do cantor Lulu Santos, redija um pequeno texto expondo a defesa de
Heráclito, filósofo pré-socrático, de que o ser está em constante movimento.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. c
Tanto Heráclito quanto Parmênides tinham uma profunda preocupação ontológica, isto é, a respeito do
ser, do fundamento último da realidade. Para o primeiro, o ser é o devir, a mudança. Para o segundo, é
a identidade, a estabilidade.

2. b

ca expressar o devir e mudança constante da realidade mediante a imagem da fluidez da água.

3. a
Para Heráclito, a arché é a mudança e esta se dá mediante a luta de contrários (dia e noite, inverno e
verão, alegria e tristeza, etc.). Tal oposição, porém, não consistia, ao seus olhos, em uma desordem ou
caos, mas sim em uma harmonia superior e divina, regida pelo Logos. Sendo tal Logos a Razão universal
da realidade, ele só pode ser apreendido pela razão e não pelos sentidos.

4. b
Para Heráclito, a arché é mudança e a mudança é luta de opostos. Isto significa que nem os opostos nem
a multiplicidade são falsos para ele, ainda que exista uma harmonia superior a esta realidade mais
aparente e que lhe dá racionalidade, ordem e proporção.

5. c
Ao contrário do que diz a opção C, Parmênides rejeitou definitivamente qualquer papel cognitivo para
os sentidos, afirmando que apenas a razão é capaz de alcançar o Ser eterno e imutável.

6. c
Os engenhosos argumentos de Zenão visavam indicar que, por mais que os sentidos nos mostrem uma
realidade mutável, esta experiência é enganosa, visto que, segundo ele, a razão nos comprova de maneira
cabal que a mudança é impossível e que apenas o Ser imutável existe verdadeiramente.

Exercícios de casa

1. a Fil.
Heráclito e Parmênides tinham visões inteiramente opostas sobre o ser. Para o segundo, o ser é imutável.
Para o primeiro, o ser é a própria mudança.

2. a
Para Heráclito o ser não apenas é mutável, como ele é a própria mudança, que se dá mediante a luta de
contrários.

3. c
Para Heráclito, o conhecimento consiste em perceber o Logos, Razão universal que guia todas as coisas
mediante a luta de contrários. Esta apreensão do Logos não se dá por meio dos sentidos, mas por meio
da alma, desde que essa se exercite no uso e cultivo da razão.

4. a
Para Heráclito, da luta de contrários origina-se o ser, que é devir, isto é, mudança e diferenciação
constante.
5. b
Para Heráclito, a luta de contrários é algo real e não mera aparência subjetiva humana. Igualmente, para
ele, seria simplificador dizer que a mobilidade dos seres simplesmente resulta no aparecimento de novos
seres, uma vez que existe um elemento mais profundo, o Logos, que guia toda a mobilidade da realidade.

6. b
Para Parmênides, a mudança não existe precisamente porque ela pressupõe o não -ser, isto é, passagem
de algo que não existe à existência. No entendimento dele, isto seria uma contradição: do nada, nada
surge, portanto, a mudança é impossível.

7. b
Para Parmênides, o Ser, única realidade verdadeiramente existente, existe de modo absoluto: é incriado
e indestrutível, ilimitado, sem princípio nem fim, eterno, contínuo e acessível apenas pela razão. Nele,
não há geração, pois isso já seria uma mudança.

8. a
Para Parmênides, como ser é a única realidade verdadeiramente existente, portanto, ele é também a
única realidade que pode ser verdadeiramente conhecida e expressa por palavras. O que não existe não
pode ser conhecido nem nomeado.

9. d
Para Parmênides, o ser é a única realidade existente (e existe de modo absoluto), enquanto o não -ser
não existe (e inexiste de modo absoluto). Daí porque a mudança (passagem do não -ser ao ser) é
impossível.

Fil.

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