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do Papel
Básico
Tecnologia de Fabricação de Papel - Básico
© SENAI-SP, 2003
E-mail senaigrafica@sp.senai.br
Sumário
Fabricação do Papel 5
Pastas de alto rendimento e semiquímica 9
Aditivos para a produção do papel 14
Corantes e Pigmentos 30
Fluxo Básico da Fabricação do Papel 31
Depuração 35
Refinação 42
Máquina de papel 54
Tipos de papéis 68
Eucalipto Pinus
Embora a maior parte das fibras seja proveniente do tronco das árvores (parte
lenhosa), elas também podem vir das folhas, como é o caso do sisal, e dos frutos,
como o algodão.
Quadro
FIBRA QUANTO À ORIGEM EXEMPLOS
Fibras do Fruto Algodão
Fibras de madeira
Fibras do Caule Coníferas Pinus e Araucária
Folhosas Eucalipto, Bétula, e Acácia
Vegetal Fibras liberianas Linho, Crotalária, Juta e Rami
Palhas de cereais, bambú, e
Feixes vasculares
Bagaço de cana
Fibras da folha Sisal, e Cânhamo de Manila
Animal Lã e Seda
Mineral Asbesto e fibra de vidro
Celulose Regenerada,
Artificial
Poliamida, Poliéster
Celulose
Molécula de celulose
Atualmente, quase toda a pasta química é preparada a partir da madeira por meio do
processo kraft ou sulfato. No Brasil, cerca de 81 % da produção de pasta química é
feita por processo kraft, aproximadamente 12 % pelo processo soda e os 7 % restantes
por outros processos.
Fibras de Eucalipto
Existem alguns tipos de pasta mecânica obtida por: pedra (SGW), de pedra
pressurizada (PGW) e por desfibrador despressurizado (RMP); o rendimento nesses
processos chegam até 97 % .
Processo termomecânico
A polpa de madeira obtida apresenta-se mais escura e com partículas maiores do que
a das pastas produzidas por outro processo. Estas pastas produzidas normalmente
são utilizadas para fabricação de papel-imprensa. O processo termomecânico está
tendo uma aceitação cada vez maior na área de produção de pastas mecânicas. Isto
se deve, principalmente, às características e ao potencial de utilização que as pastas
termomecânicas oferecem.
A composição do licor pode conter somente hidróxido de sódio (Na0H), bem como
outros reagentes químicos. A etapa da impregnação pode ser realizada com licor a
temperaturas, ambientes ou mais elevadas.
Pastas Semi-químicas
A fabricação de pastas pelos processos semi-químicos se dá em dois estágios No
primeiro estágio, os cavacos são tratados quimicamente de modo a remover
parcialmente as hemiceluloses e a lignina. No segundo estágio, os cavacos
ligeiramente amolecidos são submetidos a um tratamento mecânico para separação
das fibras.
As pastas produzidas são utilizadas tanto para a fabricação de miolo e capa para
papelão ondulado como em misturas para a fabricação de papéis para impressão e
higiênicos.
Essa composição do licor, contendo uma solução de sulfito mais um agente tampão, é
utilizada a fim de que seu pH durante o cozimento se mantenha entre 7 e 8 , razão
pela qual resultou o nome sulfito neutro. O agente tampão controla o pH neutralizando
os ácidos que formam quando a madeira é aquecida a mais de 120oC. Esse efeito se
reflete sobre o processo controlando a corrosão dos equipamentos e aumentando seu
rendimento em termos de transformação madeira-pasta.
Isto faz com que os produtos manufaturados com esse tipo de pasta apresentem
características de rigidez altamente desenvolvidas, as quais são desejáveis em miolo
para papelão ondulado, sua principal demanda de utilização.
Fibras Secundárias
Aparas - (Reciclados)
Nome comercial dado a resíduos ou produtos de papel, cartão e papelão coletado
antes e depois de sua utilização, escolhidos, selecionados, enfardados e vendidos
usualmente como matéria - prima para fábricas de papel.
Impurezas
São considerados todos os papéis, cartões e papelões inadequados a uma
determinada finalidade, e ainda, metal, corda, vidro, madeira, têxteis, pedras, areia,
plásticos, isopor, clipes, elásticos, etc.
Materiais proibitivos
São aqueles cuja presença, em quantidade maior que o permissível segundo a
especificação, tornam as aparas inadequadas para um tipo específico de papel.
Aparas: Branco I, Branco II, Kraft I, Kraft II, Jornais, Revistas, Misto I, Misto II,
Ondulado I, Ondulado II, Cartolina I, Cartolina II, Tipografia, etc.
Cargas
No princípio, não se via à adição de cargas à massa como benéfica e alguns papéis
que tinham quantidades apreciáveis de carga, eram considerados adulterados. Mais
tarde, com a expansão do uso do papel e o conseqüente aparecimento de vários
novos requisitos, as cargas passaram a ser consideradas como parte integrante e, em
alguns casos, imprescindíveis.
Para que um material seja usado como carga, alguns requisitos devem ser
obedecidos: ter brancura compatível com o tipo de papel, alto índice de refração, baixa
abrasividade, além de ser quimicamente inerte, para que não promova reações
desfavoráveis com os outros constituintes da formulação.
A seguir, são descritas algumas das cargas mais usadas no processo de fabricação do
papel.
Carbonato de Cálcio
O CaCO 3 contribui para melhorar a alvura, opacidade, lisura e boa recepção de tintas
de impressão (mais absorvente). O tamanho de partículas varia de 0,1 a 30 microns,
concentrando-se de 50 % na faixa de 5 microns para baixo, seu grau de alvura pode
variar de 93 a 98 %.
O custo elevado faz com que o dióxido de titânio tenha uso limitado, sendo empregado
em papéis de alta qualidade onde se requer pequena quantidade de carga, para se
obter a opacidade necessária, com pouca redução da resistência da folha. É muito
utilizado na fabricação do Papel Bíblia.
Agentes de Colagem
Colagem interna - Impermeabilização parcial das fibras
Por que colamos os papéis: a fibra de celulose é composta por diversas cadeias
celulósicas formadas por átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio interligados entre
si através dos átomos de hidrogênio (H) e radicais (0H) hidroxilas.
A água H2O = H - O - H, por ter afinidade, penetra com facilidade na fibra celulósica
provocando seu inchamento.
Como a celulose tem atração (afinidade) pelas moléculas de água, e sofrem variação
de tamanho ao absorvê-la, a presença de água nos processos de impressão offset ou
nas tintas flexográficas causaria variações dimensionais intoleráveis se não existisse
um agente controlador de penetração.
Por outro lado existem muitos papéis de não devem ser colados, como, por exemplo,
podemos citar àqueles cuja característica principal é a absorção, dentre eles podemos
destacar: papéis higiênicos, papel toalha, guarda napos, lenços, filtros, papéis para
serem impregnados (fórmica) etc.
H + = Hidrogênio OH − = Hidroxila
Escala de valores de pH
NEUTRO
O 14
7
ÁCIDO ALCALINO
H+ (íon positivo) OH −− (íon negativo)
Vários tipos de papéis e cartões, entre eles os de escrever, imprimir, para embalagens,
etc., necessitam ter resistência controlada à penetração de líquidos, em especial a
água. Para isto, é adicionado durante a fabricação, produtos que irão conferir ao papel
características de repelência.
A resistência à água nos papéis é muito importante por dois aspectos distintos. Um se
refere ao caso da impressão offset, em que o papel não deve alterar seu
comportamento pela presença da película de água relativamente fina que é transmitida
durante a impressão. A outra se refere ao produto acabado, onde se exige uma
resistência à água muito mais alta, como no caso dos cartões, caixas de produtos
alimentícios etc., isto devido a sua armazenagem, seu contato com meio ambientes
úmidos, como por exemplo, os que devem ficar em câmara frigorífica.
• Colagem Ácida
O material empregado é a cola (resina), derivada do breu. O breu é saponificado,
transformando-se em sal solúvel. Atualmente, além desta reação, é feita uma outra
com anidrido maléico, resultando numa cola fortificada, isto é, com mais grupos
carboxilas livres para reação.
Para que a cola (resina) exerça sua função, é preciso adicionar sulfato de alumínio, o
qual tem a função de baixar o pH (meio ácido), favorecendo a precipitação da resina e
depositando os flocos de resinato de alumínio, insolúvel, sobre as fibras de celulose.
+++ Al +
+
+ Al Al
cola de breu Al +
Resinato de Alumínio
secagem
Colagem
∆
Resinato de Al Fibra
Uma desvantagem de fazer o papel sob condições ácidas é que o principal mecanismo
de degradação das suas propriedades físicas e ópticas é a hidrólise ácida. Esta causa
amarelamento e redução das propriedades de resistência do papel e
consequentemente reduzindo a permanência do papel (vida útil).
Estudos conduzidos nos Estados Unidos, em 1957, mostraram que os livros impressos
na primeira metade do século tinham perdido 97% de sua resistência original, e a
degradação do papel era proporcional à sua acidez; 75% dos livros produzidos após
1940 tiveram duração de apenas 25 anos.
• Colagem Alcalina
Vimos que os agentes de colagem são produtos químicos usados para tratar as fibras
de celulose de modo a controlar a absorção de líquidos. Associado a estes estão as
cargas adicionadas para proporcionar opacidade, alvura e outras características.
A colagem alcalina é realizada usando produtos conhecidos por AKD (alkyl ketene
dimer) e ASA (anidrido alquenil succínico). O ASA é um anidrido insaturado do ácido
graxo, muito reativo, importante por minimizar a reação de hidrólise que causa
arrancamento.
A cola AKD é um material que reage com a celulose (amido) em condições alcalinas
para promover a colagem. Todas as colas reativas com a celulose possuem um grupo
hidrófobo ligados a um grupo funcional de celulose reativa.
Uma cola reativa com celulose reage com grupos hidroxílicos que estão presentes em
celulose e água.
Esta reação com água, conhecida como hidrólise, possui um produto hidrolizado não
desejado, que leva à redução de colagem. Este hidrolizado não reativo é instável, que
não é fortemente entrelaçado com a fibra, freqüentemente resulta em arrancamento na
prensa que interfere com o comportamento da máquina (RUNNABILITY).
Uma cola líquida muito reativa é mais propensa para a hidrólise. Com o controle de
produção da emulsão na entrega e na retenção da máquina de papel, este problema
pode ser eliminado (minimizado).
A cola AKD necessita de pH maior que 6,5 e tempo, hidrolizando rapidamente com pH
acima de 9,5, sendo assim é aconselhável uma faixa de trabalho de 7,5 - 8,5 .
(AKD) R - CH = C O + H 20 Hidrolisa
R CH -C =O
Celulose
A presença de aniônicos solúveis de baixo peso molecular com a cola provocam uma
absorção desta, evitando a desejada interação com fibras, finos e cargas, isto pode ser
amenizado com o uso de polímero catiônico de baixo peso molecular, sulfato de
alumínio ou Policloreto de alumínio (PAC) como elementos coletores das substâncias
interferentes.
ASA (Anidrido Alquenil Succínico): é recebida sob forma líquida, deve ser emulsionada
na fábrica com polímero catiônico ou amido catiônico para que seja retido na folha. O
tamanho de partículas influencia na sua eficiência.
O ASA hidroliza mais facilmente do que o AKD, por esse motivo deve ser adicionada o
mais próximo possível da caixa de entrada.
A figura abaixo mostra uma curva típica de resposta de colagem destes dois sistemas.
No sistema ácido clássico Breu-Alumínio há uma progressiva melhoria na curva de
resposta da colagem com o aumento de concentração de cola.
De maneira geral, os papéis alcalinos são superiores aos papéis ácidos. Por exemplo,
apresentam maior alvura, maior opacidade, são mais permanentes, além de
ecologicamente amigáveis. Os papéis alcalinos não revestidos contêm maior
proporção de cargas do que os papéis ácidos e, portanto são menos absorventes e
tendem a ancorar melhor as tintas de impressão, tornando as cores impressas mais
saturadas e vívidas. Entretanto, tendem a apresentar problemas de secagem e
decalque. O maior problema parece ser a baixa resistência à umidade.
Assim como acontece com todos outros insumos utilizados na impressão, os papéis
alcalinos também apresentam pontos fortes e fracos. É importante conhecer as
vantagens para tirar o melhor proveito em termos de qualidade e produtividade na
impressão, e de aparência do produto impresso, assim como é importante conhecer as
limitações para; orientar a condução das manobras para minimizar os possíveis
problemas. Cabe aos técnicos encontrar os caminhos para encurtar a fase de transição
entre a colagem ácida e alcalina.
Pontos de atenção
O milking ocorre tanto com papéis ácidos quanto com papéis alcalinos, mas tende a
ser mais intenso com papéis alcalinos, caso ocorra a reversão da colagem.
Vida útil dos equipamentos - visto que o tipo de carbonato de cálcio usado em
alguns papéis alcalinos promove uma condição mais abrasiva do que os papéis ácidos
(que não contém carbonato de cálcio), é esperado que ocorra maior desgaste das
facas das guilhotinas lineares, facas de corte e vinco, serrilhas, perfuradores, punches
e facas circulares.
Alguns convertedores aumentam ligeiramente o ângulo das facas para aumentar a sua
vida útil. Aços mais duros e materiais cerâmicos também estão sendo usados com o
mesmo propósito.
• Amidos
A resistência interna de um papel é geralmente conferida pelo tipo de fibra e
tratamento dado a esta.
Contudo, podemos melhorar esta característica com a adição de amido, sendo o de
milho o mais utilizado.
O amido é uma substância presente em quase todas plantas e serve como reserva de
carboidratos para uso metabólico. O amido é formado nas plantas durante o processo
de fotossíntese; como a celulose, é um polissacarídeo constituído por unidades de
glicose.O amido é formado por dois polissacarídeos: Amilose e Amilopectina, ambos
por hidrólise obtém-se glicose ou maltose.
O amido de batata catiônico tem um maior peso molecular quando comparado com
outros similares, e acredita-se que a esta qualidade ser a responsável pela sua
superioridade na retenção da cola.
Speed Sizer
Corantes e pigmentos
Corantes
Na fabricação de papéis coloridos, deve-se fazer o tingimento das fibras com corantes,
que são adicionados à massa (celulose) nos tanques ou no Desagregador.
Branqueadores óticos
São agentes de branqueamento, usados em papéis para melhorar a alvura dos papéis
brancos. São compostos que possuem a propriedade de absorverem luz ultravioleta
invisível ao olho humano e a converterem em luz fluorescente visível, do violeta até
azul, fazendo o papel parecer mais branco.
Corantes de matizagem
Outros ingredientes
Preparação da massa
Desagregação da celulose
O termo desagregação das fibras significa torná-las dissolvidas em água, de tal forma
que possam ser bombeadas para o setor seguinte.
A = Rotor desagregador
B = Aletas ou chicanas
C= Caixa de peneira
D = Tubo de saída
E = Válvula de descarga
pneumática
F = Peneira classificadora
G = Esteira transportadora
H = Válvula de alimentação
de água fresca
I = Válvula de alimentação
de água clarificada
Desagregador contínuo
Tanques horizontais
Os tanques horizontais caracterizam-se por possuírem grandes dimensões e uma
construção em forma de canal.
São quase sempre construídos em concreto armado e instalados nos porões das
máquinas de papel.
Tanque horizontal
Tanques verticais
Os tanques verticais caracterizam-se pelas pequenas dimensões relativas aos tanques
horizontais.
Tanque vertical
Depuração
Separam parafusos, grampos, pedras, pregos, etc; são instalados antes do pré-
refinadores e refinadores, pois evita estragos nos mesmos e seu desgaste prematuro.
O depósito de rejeitos recebe água de lavagem pela válvula que regula o fluxo,
evitando assim sedimentação de fibras no depósito.
Turbo Separador
Instalado em sistemas que trabalham com materiais reciclado, este equipamento
retira impurezas fiáveis e pesadas como mostra a figura abaixo.
A = entrada de massa
B = massa aceita
C = chapa perfurada
D = rotor
E= rejeitos pesados
F= caixa imp. pesadas
G = água de contra
pressão
H = rejeitos leves
I = rejeitos pesados
i
Peneira vibratória
Depuradores Cleaner
Para obter uma boa eficiência de depuração a condição básica necessária é que exista
uma diferença de pressão entre a alimentação e o aceite pelo menos igual a 3 kg/cm2.
Existe uma relação direta entre tamanho do cleaner e tamanho de impurezas a serem
removidas.
Depuradores verticais
Também chamados de peneira cilíndrica são constituídos de uma carcaça cilíndrica
vertical, no interior da qual existe uma peneira perfurada, que retém todos os corpos
estranhos, caroços, lâminas, fios, fibras enroladas (bolos de massa), etc., deixando
passar somente a massa (fibras + produtos).O Depurador Vertical é instalado
imediatamente antes da máquina de papel ou na preparação de massa.
C B
D
Rotor
Depurador vertical
Após passar pelo sistema de depuração, a suspensão de fibras, com cargas, químicas,
etc., alcança a máquina de papel propriamente dita.
Refinação
A fibrilação aumenta a superfície da fibra em contato com o meio, que é a água. Sendo
a celulose um material higroscópio (tem afinidade com a água), ela irá reter em sua
superfície tanto mais água quanto mais refinada for.
Graus de refinações
Se uma pasta celulósica for dispersa em água o suficiente para separar as fibras umas
das outras, e se a suspensão resultante for diretamente para a máquina de papel, será
obtido um papel de baixa qualidade. Isto é explicado por uma série de razões:
• A suspensão terá um desaguamento (drenagem) na tela muito rápido, o que
impedirá que haja formação uniforme da folha;
• Haverá formação de flóculos (fibras aglomeradas), antes mesmo antes mesmo que
a suspensão atinja a tela;
• As fibras não serão suficientemente flexíveis e fibriladas para que tenham
resistência capaz de permitir a passagem da folha, entre as diversas seções da
máquina de papel, sem que ela se quebre;
• Finalmente, a folha resultante além de apresentar baixa resistência terá outras
características indesejáveis;
Fibrilação interna
Fibrilação externa
• Corte das fibras: com uma refinação severa, as lâminas acarretam sérios danos
ás fibras provocando um encurtamento das mesmas, diminuindo seu comprimento
e prejudicando as resistências físicas da folha.
O refinador a disco (duplo), consiste de um disco rotativo e outro fixo. A distância entre
os dois discos é controlada manualmente através de um volante ou automaticamente
comandada no painel.
O material (fibroso) a ser refinado, passa entre dois discos sofrendo um tratamento
mecânico, o qual confere as fibras características necessárias para desempenho
desejável na máquina de papel e no produto final.
Refinador a disco
Holandesa
O rotor trabalha pressionando contra o estator e a celulose passa entre os dois, onde
ocorre processo de refinação (hidratação, corte e fibrilação).
Refinadores em paralelo
Vantagens:
• Maior facilidade de controle;
• Maior retenção de massa no refinador;
• Baixo grau de hidratação.
Desvantagens:
• Dificuldade em obter uma boa divisão de fluxo;
• Maior pressão específica.
Refinadores em série
Vantagem
• Pressão específica menor (fibras passam por mais de um refinador);
• Grau de refino pode ser melhor controlado;
• Recomendado para altos graus de refinação.
Desvantagens
• Aumento da temperatura a cada refinador;
• Maior cuidado no controle;
• Não recomendado para baixo grau de refino.
Consistência
Para cada tipo de tratamento desejado na massa, deve-se escolher uma consistência
adequada. Quando se deseja um tratamento de corte nas fibras, a consistência
adequada para favorecer essa ocorrência, é trabalhar em torno de 2,5 a 3,0 %.
Se o tratamento desejado for de hidratação, sem que ocorra o corte das fibras, a
consistência de trabalho mais adequada gira em torno de 5,0 a 5,5 %, podendo chegar
em alguns casos a 7,0 %.
Podemos dizer que cerca de 90 % das indústrias papeleiras, trabalham com uma
consistência neutra, 4,0 a 4,5 %. Nesta faixa de consistência, o trabalho na fibra não
favorece este ou aquele tratamento.
Tipo de fibra: quanto ao tipo de fibra, depende da origem, tipo de matéria -prima, grau
de cozimento. A influência do cozimento está relacionada à quantidade de lignina e
hemicelulose que foram eliminadas da pasta, a figura abaixo mostra um exemplo:
Uma outra idéia que podemos tirar é quando refinarmos dois tipos de fibras distintos,
por exemplo: pinus e eucalipto.
Muitas massas contêm misturas de fibras longas e curtas que em condições ideais
deveriam ser refinadas separadamente. No entanto, através da prática deve-se chegar
a um ponto ótimo com misturas de fibras.
Portanto, uma melhor refinação se consegue com uma retenção maior da massa na
configuração dos discos ou cônicos.
Após a refinação, o material fibroso (celulose, aparas, pasta de alto rendimento, etc),
entra no tanque de mistura ou “tanque de preparo da receita". Neste tanque, o material
fibroso é misturado com os demais componentes (cargas minerais, colas, amidos,
sulfato de alumínio, corantes e outros aditivos), que irão compor a receita do papel.
Essa fase do processo pode ser contínua ou em etapas (batelada).
A massa que passa pela válvula de gramatura será diluída com a água branca do poço
da tela e enviada para depuração.
Caixa de nível
Impurezas pesadas
Rejeitos pesados
Esquema
Máquina de papel
Preparação da receita
Máquina de papel
• Caixa de entrada
A caixa de entrada, primeiro elemento da mesa plana, está localizada logo após o
sistema de alimentação. Trata-se de um compartimento que tem a largura da
"Tela Formadora", ou (um pouco mais) e que tem a função de distribuir a suspensão
de fibras sobre a tela formadora, como uma lâmina contínua, o mais uniformemente
possível.
O jato da suspensão de fibras, ao sair da caixa de entrada, passa por uma abertura
delimitada pelos lábios superior e inferior.
A tela formadora é feita de material sintético e tem malha bastante fechada (80 mesh
para papéis com alta gramatura e 100 mesh para papéis com gramaturas mais baixas).
Ao desaguar sobre a tela, as fibras ficam retidas na superfície e a água passa através
da tela, caindo em calhas apropriadas. Esta água rica em partículas de fibras e cargas,
é recirculada para diluir a massa (água de reciclagem) e realimentar a máquina.
O rolo Couch é recoberto por uma camisa toda perfurada e tem uma ou duas zonas de
vácuo que são de enorme auxílio na remoção de água da folha.
Mesa plana
Ao contrário das caixas de sução - onde o nível de vácuo é limitado pois criam
excessiva fricção entre a tela e suas coberturas, aumentando o desgaste e a potência
de acionamento da tela - nos rolos Couch tal limitação não existe. De fato, quando o
vácuo aumenta, ocorre um melhor contato entre a tela e o rolo, podendo atingir
consistências na faixa entre 18 até 28 %, dependendo do tipo de papel.
É no Couch que a folha atinge o estágio que lhe habilita ter resistência suficiente para
passar para a seção de prensas e secagem. Sendo a principal zona de vácuo da
máquina, é importante dedicar ao rolo Couch atenção especial.
Rolos de sucção podem ser aplicados ainda em outros lugares da parte úmida da
máquina, tais como prensa de sucção, prensa lava-feltro, pickup e sucção de feltro.
Rolo de sucção
Neste tipo de Duoformer o desaguamento é de quase 50% para o lado superior que é
feito pelo rolo formador. Este rolo é constituído por uma camisa perfurada de aço
inoxidável com uma caixa de vácuo interna dividida em duas zonas. Pelo lado externo
da camisa é fixada uma estrutura em forma de colméia também de aço inoxidável com
a qual obtém-se uma área aberta de aproximadamente 98 %, dando um grande
volume disponível para o transporte da água.
Duoformer F
Massas com cargas requerem níveis mais baixos de turbulência para reter as cargas e
prevenir defeitos que são mais visíveis no papel.
Operar a caixa de entrada dentro de sua faixa de fluxo do projeto é o melhor caminho
para assegurar o nível de turbulência apropriado no jato.
• Prensas
Na seção das prensas remove-se um pouco mais da umidade da folha, preparando-a
para entrar na seção de secagem. Os feltros aqui agem como “mata-borrão”,
absorvendo a umidade residual da folha, que lhe é transferida na ação de prensagem.
As pressões lineares aplicadas nos rolos das prensas têm aumentado
substancialmente em relação ao passado, obrigando os fabricantes de feltro a
pesquisar novos materiais e aumentar sua gramatura, procurando sempre maximizar a
remoção de água no "Nip”.
Prensa lisa
A máquina de papel tem duas, três ou mais prensas. As prensas trabalham com feltro
especial, agulhado, que serve para apoio e condução da folha.
Ao prensar o papel, é prensado também o feltro, que extrai por absorção parte da água
do papel.
Ao sair das prensas para a fase seguinte do processo (secaria), a folha de papel ainda
tem 60 a 65 % de água. Em algumas máquinas, com determinados tipos de papel, se
pode chegar a 50 a 55 % de umidade.
• Secaria
É o setor da máquina de papel onde se faz a secagem final da folha e se realizam a
cura das resinas adicionadas. Nos processos de secagem utilizando ar quente como
fonte de calor, uma análise exata dos efeitos da variação de temperatura, umidade e
velocidade do ar é relativamente fácil de fazer, pois estes parâmetros seguem leis
definidas, ou atuam de acordo com valores empíricos, que podem ser prontamente
avaliadas.
SUPERÍCIE AQUECIDA DO
CILÍNDRO
ENTRADA
DE VAPOR
SAÍDA DE
CONDENSADO
SIFÃO ESTACIONÁRIO SIFÃO
(PESCADOR) ROTATIVO
Cilindro secador
Na passagem de secador para secador, a folha é exposta dos dois lados, a um espaço
com ou sem vapor de água. Enquanto estiver em contato com o secador, o lado em
contato está recebendo calor da superfície quente do secador, com alguma
evaporação deste mesmo lado tanto por ebulição como por absorção no filme de ar
entre a folha e o secador. Enquanto isso no outro lado da folha a água evapora-se para
o ar, com uma taxa determinada pelos quatros fatores já mencionados.
através das baterias secadoras, ela é prensada contra cada secador, por um curto
intervalo de tempo, com o metal de um lado e a tela do outro lado.
• Colagem Superficial
O termo colagem superficial é geralmente definido como o tratamento do papel em
Size Press, com produtos solúveis em água, tais como amido, CMC. etc. Contudo,
estas formulações são somente adequadas para a obtenção de certo aumento de
resistência superficial da folha e diminuir a tendência à formação de pó.
Estas formulações não são indicadas para produzir um papel com adequada
resistência à tinta e água. Desde que, satisfatórias as propriedades de escrita e
resistência superficial; a absorção de água não pode ser obtida somente com amido ou
CMC, é necessário usarmos colagem na massa (colagem interna).
Speed - Sizer
• Calandra
Trata-se de um equipamento da máquina de papel, que é constituída por um conjunto
de rolos metálicos montados uns sobre os outros num cavalete que os sustenta e, que
conta também com dispositivo que permite controlar a pressão de encosto entre os
rolos de forma independente para o lado do acionamento (LA) e o lado do comando
(LC), além do centro através do dispositivo de abaulamento.
Tipos de Calandra
A grosso modo, pode-se dizer que a calandragem do papel tem a mesma função, que
o ferro elétrico tem sobre as roupas (tecidos). Há diversos tipos de calandra (prensa
alisadora, calandra igualadora, calandra da máquina, Soft Calandra), mas o princípio
básico sempre é o mesmo. A variedade de denominações usadas para diversos tipos
indica apenas, a localização da calandra no processo.
Calandra (Soft)
Após a calandra da máquina temos a enroladeira, onde a folha contínua de papel vai
sendo “bobinada” até um determinado diâmetro, daí partindo para os vários processos
de beneficiamento.
• Super calandra
A principal diferença entre esse tipo de calandra e as demais é que, ao invés de
possuir todos os rolos de aço, apresenta rolos revestidos com fibras, dispostos
alternadamente. Com isso, as interfaces entre os rolos ficam mais largas e, portanto o
papel é submetido à fricção mecânica, devido à deformação dos rolos revestidos com
fibras. Este efeito é o principal causador do brilho no papel.
Super Calandra
As super calandra são equipamentos independentes,uma vez que não estão ligadas
diretamente à máquina de papel. Constituem mais uma fase do processo de
acabamento do papel, sendo capazes de fornecer um produto com grau de
acabamento muito superior ao obtido com calandras simples.
• Enroladeira
Definição
A seção de enrolamento é o último elemento da máquina de papel, do Rolo Cabeceira
até a entrada na seção de enrolamento, sendo constituída por eixos acionados ou
cilindros suporte, o que depende do tipo de Enroladeira.
Função
Até a entrada da folha na seção de enrolamento (Enroladeira), o processo é contínuo.
A função da Enroladeira é processar a transformação da folha em unidades finitas e
independentes, que permitirão o posterior processamento e utilização do papel, sendo
que, a Enroladeira deve produzir bobinas de papel com o maior diâmetro e
uniformidade possível, a fim de facilitar-se à manipulação e utilização posterior dessas
bobinas.
Enroladeira "Pope"
Também chamada de enroladeira por acionamento na face, de superfície ou, ainda de
tensão constante.
O cilindro suporte gira encostado a um tambor (estanga), por onde será enrolado o
papel, promovendo assim o acionamento da bobina durante o enrolamento, de tal
forma que, a velocidade da bobina decresça a medida em que seu diâmetro aumente,
porém mantendo-se constante a velocidade periférica na bobina, que no caso será
sempre igual à velocidade do cilindro suporte.
Enroladeira
• Rebobinadeira
Generalidades
A rebobinadeira é um equipamento essencial em qualquer fábrica de papel ou de
cartão. Sua performance é uma relação direta da performance da fábrica inteira. Toda
à atenção e custos aplicados durante a fabricação do papel, será disperdiçada se a
bobina de papel produzida não puder ser desenrolada novamente em um produto
vendável. Compreendemos que a rebobinadeira pode se converter, se não existirem
os cuidados necessários, em um estrangulamento de produção.
As bobinas também devem ser enroladas com uma dureza uniforme do princípio ao
fim, para prefenir distorções ou defeitos durante o manuseio ou transporte.
Rebobinadeira
Tipos de papéis
Tipos de papéis
Acetinados
Papéis que passaram por supercalandra onde receberam acabamento com brilho em
ambas as faces. Não tem revestimento “couché”. Este grupo divide-se em vários
subgrupos, que são destacados a seguir:
Acetinado de 1a
Papel fabricado essencialmente com pasta química branqueada, supercalandrado,
com baixa carga mineral (até 10 %), com ou sem linhas d’água e brilho característico
em ambas as faces. Usado geralmente para impressão.
Acetinado de 2a
Papel semelhante ao acetinado de 1a, cuja composição entram, aparas ou pasta
mecânica. Usado essencialmente para impressão.
Acetinado em cores
Papel semelhante ao acetinado de 2a, mas em cores características e geralmente na
gramatura de 40 g / m 2. Usado em impressão para fins comerciais.
Ilustração
Papel acetinado, fabricado essencialmente com pasta branqueadas e uma carga
mineral geralmente superior a 10 % , o que contribui para uma absorção de tinta maior
que a do acetinado de 1 a, super calandrado. Usado para impressão de revistas e afins
especialmente em rotogravura.
Bíblia
Papel fabricado com pasta química branqueada, gramatura máxima de 50 g / m 2, teor
elevado de carga mineral e boa opacidade. Usado confecção de bíblias e certos
impressos de espessura baixa, podendo conter linhas d’água.
Bouffant
Papel fabricado essencialmente com pasta química branqueada, não colado, com
carga mineral acima de 10 % , bem encorpado e absorvente Usado para impressão de
livros, em serviço geral de tipografia e mimeografia, podendo apresentar linhas d’água.
Bouffant de 2a
Papel para impressão, semelhante ao bouffant de 1a, porém contendo pasta mecânica.
Couché
Papel revestido com tinta formulada basicamente com pigmentos (caulim, carbonato
de cálcio, etc.), ligantes e outros ingredientes, podendo ser revestido de um lado (L-1)
ou dos dois lados (L-2). O papel couché pode ser calandrado (brilhante) ou não (fosco
/ matte). Apresenta excelente qualidade de imprimibilidade.
Imprensa
Papel para impressão de jornais e periódicos fabricados principalmente com pasta
mecânica ou mecanoquímica, na gramatura entre 45 e 56 g/m 2, com ou sem linhas
d’água no padrão fiscal, com ou sem colagem superficial.
Jornal
Papel para impressão, similar à imprensa, porém sem limitação de gramatura, alisado
ou monolúcido. Usado em impressos comerciais, blocos de rascunho e outros.
Monolúcido
Papel caracterizado pelo brilho em uma de suas faces, obtido em máquinas dotadas
de cilindro monolúcido. Usado para rótulos, cartazes, sacolas, embalagens e papéis
fantasia.
Offset
Papel para impressão, fabricado essencialmente com pasta química branqueada, com
carga mineral, colado internamente, e com elevada resistência superficial. Usado
geralmente para impressão em processo “offset”.
Apergaminhado
Papel fabricado basicamente com pasta química branqueada, com ou sem marca
d’água , alisado, colado e com boa opacidade. Usado geralmente para fabricação de
cadernos escolares, formulários, impressos, correspondências, etc.
Super - Bond
Papel semelhante ao apergaminhado, porém em cores. Usado para os mesmos fins.
Correspondência Aérea
Papel fabricado com pasta química branqueada, nas gramaturas entre 35 a 40 g / m 2,
de elevada opacidade, com ou sem marca d’água. Usado essencialmente em
correspondência aérea.
Flor Post
Papel fabricado com pasta química branqueada, geralmente na gramatura até 32 g /
m 2, branco ou em cores. Usado geralmente para segundas-vias em correspondências
ou formulários impressos.
Estiva e Maculatura
Papel fabricado essencialmente com reciclados (aparas), em cor natural, acinzentada,
geralmente na gramatura entre 70 e 120 g / m 2. Usado para embrulhos que dispensam
apresentação, tubetes e conicais.
Manilinha ou Padaria
Papel fabricado com aparas, pasta mecânica ou semi-química , em geral nas
gramaturas entre 40 e 45 g / m 2 , monolúcido ou não , geralmente na cor natural e em
folhas dobradas. Usado principalmente nas padarias.
HD , Havana, LD , Macarrão
Papéis fabricados com aparas, pasta mecânica e / ou semi-química em geral nas
gramaturas 40 a 100 g / m 2, monolúcido em cores características ou cor natural.
Usados para embrulhos nas lojas e em embalagens industriais.
Tecido
Papel para embalagem, essencialmente fabricado com pasta química, e pasta
mecânica ou aparas limpas (reciclados), na gramatura entre 70 e 120 g / m 2, com boa
resistência mecânica e geralmente nas cores creme, bege e azul. Utilizado
normalmente para embalagem de tecidos e confecção de envelopes.
Fósforo
Papel para embalagem, essencialmente fabricado com pasta química, na gramatura de
40 g / m 2, monolúcido ou não, na cor azul característica. Utilizado para forrar caixas de
fósforo.
Strong
Papel para embalagem, fabricado com pasta química, geralmente sulfito e / ou aparas
de cartões perfurados, aparas limpas, pasta mecânica, na gramatura entre 40 e 80 g /
m 2, em geral monolúcido, branco ou em cores claras. Usado essencialmente para
fabricação de sacos de pequeno porte, forro de sacos e para embrulhos.
Seda
Papel para embalagem, fabricado com pasta química branqueada, com auto grau de
refino, na gramatura entre 20 e 27 g / m 2, branco ou em cores, Usado para
embalagens leves, embrulhos de objetos de arte, intercalação, enfeite e proteção de
frutas.
Kraft
Papel para embalagem, cuja característica principal é a sua resistência mecânica. São
destacados, a seguir, subgrupos para melhor classificação.
Miolo
Papel fabricado com pasta semi-química e / ou mecânica, e / ou aparas, tendo
geralmente gramatura entre 120 e 150 g / m 2. Usado na confecção de miolo para
papelão ondulado.
Capa
Papel fabricado com elevada porcentagem de fibras virgens de pasta química sulfato
não branqueada de fibra longa, geralmente na gramatura mínima de 120 g / m 2, em
atendimento às especificações de resistência mecânica requeridas para construir capa
ou forro das caixas de papelão ondulado.
Higiênicos
Papel para fins específico. Quanto à qualidade, diferenciam-se vários sub-grupos, que
são destacados abaixo.
Popular
Papel fabricado com pasta química não branqueada e / ou pasta mecânica, e / ou
aparas, em folha única, natural ou em cores, na gramatura em torno de 35 g / m 2.
Especial
Papel fabricado com pasta química branqueada e aparas de boa qualidade tratadas
quimicamente, macio, em folha única, branco ou em cores, na gramatura entre 25 e 35
g / m 2.
Toalha
Papel fabricado com pasta química branqueada e / ou aparas para fim específico,
natural ou em cores, na gramatura entre 25 e 50 g / m 2 . Usado em folha única ou
dupla.
Guardanapos
Papel crepado ou não, fabricado com pasta química branqueada, incluindo ou não
aparas de boa qualidade tratadas quimicamente, para fim específico, na gramatura
entre 18 e 25 g / m 2, para uso em folha única ou dupla, branco ou em cores.
Lenço
Papel fabricado com pasta química branqueada, incluindo ou não aparas de boa
qualidade tratadas quimicamente, na gramatura entre 15 e 18 g / m 2, para uso em
folhas múltiplas na confecção de lenços faciais ou de bolso, branco ou em cores.
Cartões
Os cartões se caracterizam essencialmente por sua elevada gramatura e relativa
rigidez, conforme requerida para produção de cartuchos, mostruários, pastas, caixas
pequenas etc.
Cartão Duplex
Cartão composto de forro e suporte, na gramatura entre 200 e 600 g / m 2, usado na
confecção de cartuchos, impressos ou não.
• Forro: camada superior, fabricada com pasta química branqueada, com ou sem
tratamento superficial.
• Suporte: camada (s) inferior (s) fabricada (s) com pasta não branqueada e / ou
aparas.
Cartão Triplex
Cartão cujo suporte é forrado em ambas as faces, ou seja camada superior (frente )
fabricada com pasta química branqueada com ou sem tratamento superficial e suporte
(verso) fabricada com pasta química branqueada.
Cartão Branco
Cartão fabricado com uma só massa, em uma ou várias camadas, com acabamento de
acordo com sua finalidade e fabricado com pasta química branqueada. Distinguem-se
em vários grupos, que são destacados abaixo:
Papéis especiais
Cigarros
Papel para fim específico, fabricado com pasta química branqueada, de fibras têxteis e
/ ou madeira, geralmente contendo carga mineral até 30 % (CaC03) nas gramaturas
entre 13 e 25 g/m 2. Não colado, de alta opacidade, com marca d’água ou marca
filigrana, com combustibilidade controlada, com ou sem impregnantes. Usado para
confecção de cigarros.
Crepado
Papel para fins específicos, com crepagem obtida durante a fabricação, para aumentar
sua elasticidade e maciez, fabricado essencialmente com pasta química. Usado para
reforço de costura em sacos multifolhados, base para fitas adesivas, germinação de
sementes, bases para lençóis plásticos etc.
Auto Copiativo
Papéis fabricados com pasta química branqueada, com revestimento (tratamento
superficial), a base de pigmentos e resina fenólica (cápsulas), na gramatura entre 50 e
60 g / m 2. Utilizado na fabricação de talonários, principalmente em notas fiscais. Este
papel substitui o papel carbono normal.
CB papel
microcápsul a
re age nte s
CBF papel
microcápsul a
re age nte s
CF papel
Ordem de intercalação
Celofane
O celofane é obtido tratando-se a celulose (Hemicelulose) em vários estágios
utilizando alguns produtos químicos:
• Soda Cáustica (NaOH) Mercerização → Alcali–Celulose → Sulfurador (Sulfeto de
Carbono) → Desintegrador, mexedor, misturador, filtração, dasaeradores → Ácido
sulfúrico (H2SO4 ) , água quente, pré-soda, água fria, cloro, plastificante, ar quente,
secador → filme celofane .
Papel Moeda
O papel moeda é fabricado com 100 % de fibras de algodão, conferindo -lhe maior
resistência às agressões do meio ambiente (vida útil maior), resinas de resistência a
úmido (R.U.), ausência de fluorescência (alvejantes, branqueadores óticos), com
filigrana (marca d’água), fios de segurança (geralmente poliéster), que podem ser
coloridos, metalizados, magnetizados e/ou microimpressos que são incorporados
durante a fabricação.
Outros Papéis:
Heliográfico, Desenho, Mata - borrão, Filtrante, Base para laminados, Base para
carbonos, Kraft absorvente para impregnação, Ponteira de cigarros, Fórmica, Kraft
especiais para: condensadores, cabos elétricos, fios telefônicos, Papel vegetal, etc.
Caixa de Nível:
Mesa Formadora:
Máquina Duoformer
Calandra
Referência bibliografia