Resumo Filosofia Da Educação
Resumo Filosofia Da Educação
Resumo Filosofia Da Educação
A realidade, que nos é sempre exterior, por vezes nos confunde em sua interpretação,
onde achamos que por mera dedução podemos refleti-la. Este pensamento é
metafísico, de uma lógica aristotélica.
2. Podemos afirmar que a “filosofia está na vida”, no cotidiano encontramos uma série de
questões que nos colocam em dúvidas e que exigem de nós tomadas de decisões. Nesse
sentido, todos nós somos filósofos, pois estamos constantemente refletindo sobre que
rumo devemos tomar, que projeto de vida temos, em quais objetivos queremos chegar
etc. Somos tomados por questionamentos mais e menos importantes constantemente,
portanto, somos sujeitos pensantes. A reflexão pode ser definida como: Retomar o
próprio pensamento, pensar o já pensado, voltar para si mesmo e colocar em
questão o que já se conhece.
4. As inquietações que nos rondam são: o que é filosofia? Para que existe? Qual seu
objetivo e seu objeto de estudo científico? Historicamente falando, houve muitas
tentativas de se definir Filosofia, no entanto, seu conceito é volátil e bastante movediço.
Portanto, é correto afirmar: A Filosofia é compreendida como sendo a lógica.
7. O que significa para os temas transversais “trazer a vida para a sala de aula”? É a
possibilidade de tematizar a realidade, trazendo para a sala de aula questões
sociais emergenciais, conforme a Lei Federal de Diretrizes e Bases.
8. A postura de buscar verdades (onde os sujeitos nunca estão prontos e acabados) é o
que nos remete constantemente a questionamentos, nos impõe atitudes hipotéticas.
A verdade sobre a realidade é considerada pela Filosofia como sendo: Um processo de
questionamentos, portanto, a realidade é relativizada.
9. A Filosofia tem no seu conceito variantes movediças, fazendo-nos buscar suas origens
históricas para melhor compreendê-la e contextualizá-la. Diante do exposto, podemos
afirmar que etimologicamente Filosofia significa: Amor à sabedoria ou amigo do saber.
10. Quanto mais ricos são os aspectos culturais da humanidade, em termos de respeito
às diferenças e não de uma cultura superior a outra, mais tendência teremos para uma
Filosofia Educacional menos propensa a refletir somente o nível do senso comum. Ao
contrário, o pensamento tende a ser culturalmente mais amplo e, portanto, aprofundado.
A Filosofia Educacional considera a linguagem produtora da cultura e que os
conceitos abstratos vão tornando-se mais profundos na medida em que os alunos
podem questioná-los e estabelecer relações destes com o cotidiano.
11. Para Freire (1980), “todo resultado da atividade humana, do esforço criador e
recriador do homem, de seu trabalho é por transformar e estabelecer relações dialogais
com outros homens”. Sobre tal posicionamento, é correto afirmar que: o diálogo requer
argumentos, saber ouvir e colocar-se socialmente, politicamente, economicamente,
em todas as dimensões da realidade;
15. A concepção que diz que o mundo produtivo é massacrado por classes sociais
abastadas, ou, ainda, que o modo de produção capitalista divide a sociedade em classes
dominante e dominada é: a visão de Karl Marx, a partir do Materialismo Histórico.
16. Com o Estado Novo de Getúlio Vargas, a Educação passa a supervalorizar
a educação profissionalizante e a ser dividida em: Ensino Primário, Ginasial e Colegial.
17. A visão naturalista pode também ser compreendida como comportamentalista. Sobre
ela podemos afirmar que: o homem é produto de um processo evolutivo, com
mudanças acidentais e genéticas, responsáveis tanto por seus erros quanto por
suas virtudes;
18. Toda ação deve ser precedida de reflexão sobre o homem e de uma análise do meio
de vida do mesmo. O homem é considerado um ser concreto, a quem se deve ajudar para
que se eduque. Esse tipo de concepção refere-se à teoria: histórico-social.
19. O homem é um ser social, político, histórico e cultural que recebe influências e
também influencia.
20. A metafísica significa aquilo que está além da física. Trata-se da doutrinação do
homem, dos estudos de sua essência ou ainda da essência das coisas que permeiam a
realidade. Sua origem vem de Aristóteles, chegando até Kant. Tentou dar uma
explicação estritamente racional e científica da realidade, especulando o caráter
positivo das Ciências.
22. A problemática levantada pelo filósofo italiano Gramsci, a respeito da alienação, pode
sugerir que existe quem saiba pensar e quem não saiba? A verdade como resposta ao
pensamento é sempre uma busca.
A palavra FILOSOFIA vem do grego (philosophia), resultando da união das palavras philo
e sophia. Philo significa amizade ou amor fraterno. Sophia quer dizer sabedoria. Assim,
filosofia significa amor à sabedoria ou amigo do saber. Concebida por Pitágoras de
Samos, pode ser definida como uma busca incessante e amorosa pela verdade.
A Filosofia pode ser concebida como uma “Terra de Ninguém”. Pode ser assim entendida
porque ocupa algum lugar intermediário entre a Teologia (conhecimento baseado em
dogmas) e a Ciência (conhecimento definido e demonstrado).
A Filosofia não possui, segundo Saviani, um “objeto de estudo”, mas define-se por
sua “forma de abordagem do objeto”. Para Rios, estaremos sempre falando da
“filosofia de”, ou seja, de alguma coisa, sempre problemática na realidade em que nos
encontramos, buscando um saber de respostas que mais se aproximem da profundidade,
do rigor, da reflexão.
A “Filosofia está na vida”. No cotidiano, encontramos uma série de questões que nos
colocam em dúvidas e que exigem de nós tomadas de decisões. Nesse sentido, todos
nós somos filósofos, pois estamos constantemente refletindo sobre que rumo devemos
tomar, que projeto de vida temos, etc.
SENSO COMUM: são noções baseadas na mera observação simplista do dia a dia. Não
está baseado em métodos ou explicações científicas, trata-se de uma cultura que corre de
“de boca em boca”, empírica.
A ESCOLA não é de modo algum o mundo e não deve fingir sê-lo; ela é a instituição que
interpomos entre o domínio privado do lar e o mundo com o fito de fazer com que seja
possível a transição, de alguma forma, da família para o mundo.
O educador não pode realizar a sua tarefa e dar a sua contribuição histórica, se o seu
projeto de trabalho não estiver lastreado na visão de totalidade humana. À filosofia da
educação cabe então colaborar para que esta visão seja construída durante o seu
processo de formação.
Todo ser humano pensa, no entanto, o pensamento rigoroso, exigente, filosófico, que
extrapola o senso comum, exige método e é passível de aprendizagem. Aprender a
PENSAR FILOSOFICAMENTE requer a competência da crítica. No senso comum
escutamos com frequência uma crítica positiva, tentando camuflar os diversos
significados que este conceito pode sugerir.
O homem, para ser compreendido como sujeito, necessita ser contextualizado na época
histórica em que vive e ser capaz de ter, a partir da mesma, uma consciência crítica;
O homem é um SER SOCIAL, que vive em sociedade e luta por seus direitos, visando a
transformação da realidade.
O SER HUMANO é genuinamente um ser social, que pode interagir, dialogar, participar
democraticamente, construir conhecimentos, via o compartilhamento de pensamentos,
ideias; O homem sempre terá uma visão a partir do tempo e do espaço em que está
inserido.
A ESCOLA NOVA, que teve como precursor Carl Rogers engloba um processo de
ensino-aprendizagem centrado somente no aluno, deixando a educação nas mãos do
estudante. Esta prática, mesmo considerada democrática, implica em técnicas de
autocontrole, pois não existe diretividade no ensino, como se o mesmo acontecesse ao
acaso.
VISÃO NATURALISTA: as influências naturalistas são vistas ainda nos dias atuais junto
às teorias pedagógicas e influenciam a práxis nas escolas. Encontramos aí um olhar
positivista sobre o homem e suas relações com o mundo. O homem passa a ser
influenciado pelas forças que o cercam no ambiente e baseia-se no estímulo-resposta, de
Skinner. O homem era considerado como “um produto de um processo evolutivo, com
mudanças acidentais e genéticas responsáveis por seus erros quanto por suas virtudes”.
O processo ensino-aprendizagem é visto como controlador e regulador do comportamento
humano.
VISÃO HISTÓRICO-SOCIAL: também considerada por muitos como visão ou concepção
histórico-sócio-cultural. Nessa visão, homem e mundo são indissociáveis, pois há o
diálogo interativo entre ambos, fundamentado nas contradições sociais, sobretudo de
classes, em que este embate humano, de luta, vai promovendo transformações sociais e
culturais. A práxis social está posta por um sistema de relações sociais. O homem, o
mundo e suas relações é que podem gerar novo conhecimento, considerando o contexto
em que este homem-sujeito histórico insere-se.
EDUCAÇÃO COMO FATO CULTURAL: cultura vem do latim colere, tendo como sentido
criar, cultivar, tomar conta e cuidar. A cultura em todos os tempos foi constantemente
construída e reconstruída, portanto, somente um pensamento em espiral dialético pode
representá-la em seus diversos significados. A cultura se move no tempo e no espaço
devido a um sistema de comunicação, que é a linguagem. É a linguagem que cria a
imagem que temos sobre objetos, coisas, realidades e, através dela, damos à realidade, a
esse contexto, nossas impressões. Quem constrói ou reconstrói a cultura é o homem,
através da linguagem.
ESPIRAL DIALÉTICA: um processo, um movimento de idas e vindas no pensamento, em
formato de um espiral (imagem) que nos faz superar a superficialidade de conceitos,
dando um salto de qualidade, via aprofundamento.
Hegel, filósofo idealista, que percebeu algo fundamental, o TRABALHO. Para ele, o
trabalho passa a ser a mola propulsora e impulsionadora de todo o desenvolvimento do
homem; o trabalho é um divisor de águas entre o homem e a natureza e sem o mesmo
não haveria a relação sujeito-objeto.
O materialista Karl Marx valeu-se de aspectos do pensamento de Hegel para construir a
TEORIA DO MATERIALISMO HISTÓRICO. Com Marx, passamos a ter uma VISÃO
SOCIAL DO TRABALHO, atividade em que o homem cria e cria-se. O homem submetido
ao processo onde os modos de produção pertencem às classes economicamente
dominantes é um ser alienado, uma peça no processo de produção, que toma
consciência de si, da sociedade a qual está subjugado, a partir do momento em que
desnuda tal processo explorador de trabalho.
Enquanto uma forma de pensamento, a DIALÉTICA segue um processo de idas e vindas,
como uma espiral, como uma perspectiva crítica de conceber a realidade em movimento,
buscando com isso uma explicação para o trabalho. O TRABALHO passa a ser visto
como mola propulsora da sociedade e o proletariado como uma classe considerada
explorada.
Para Wallon, que desenvolveu uma vasta produção a respeito da contextualização das
atitudes infantis, o MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO de Marx é o único jeito de
agrupar todas as concepções filosóficas que permitem ultrapassar a fronteira, ou ainda,
superar as denominadas antinomias (oposição ou contradição entre duas leis ou
princípios) que deixam nebulosa a objetividade real.
Wallon passa a usar o método dialético de análise para explicar as emoções e o processo
cognitivo no DESENVOLVIMENTO INFANTIL. Rego (1995) afirma que a emoção em
Wallon “encontra-se na origem da consciência, operando a passagem do mundo orgânico
para o social, do plano filosófico para o psíquico”.
O SENSO COMUM são certezas que temos sobre algumas coisas, sem grandes
questionamentos. Essas “certezas” podem virar dogmas, crenças por vezes irrefutáveis,
uma vez que são subjetivos e, por vezes, baseiam-se em meras opiniões de uma ou mais
pessoas, resultado de um contexto experienciado. Tal visão com base no senso comum,
subjetiva, generalizadora, angustiante, torna-se perigosa, pois autentifica uma verdade
por vezes preconceituosa.
A Filosofia traz para a sociedade atual, uma reflexão detalhada, com conhecimento
sistematizado frente às problemáticas que atingem diretamente nossas vidas.A Filosofia
nos provoca no mundo atual, onde a Ciência domina as discussões e o conhecimento
coloca em questão nossos valores, princípios e verdades diante de tanta informação,
tornando-nos fragilizados, incertos.
O perfil de outro sujeito, mais tecnológico, virtualizado, que faz uso de novas mídias e
novas formas interpessoais de relacionar-se com o coletivo, nos desafia.
É a democracia que regula e legaliza a liberdade, ou seja, o debate sobre o que se pode e
não se pode fazer no espaço público escolar, e é através de exemplos que podemos
formar para a cidadania, tendo atitudes.
Os DADOS estão na complexidade da realidade que nos cerca. São colhidos por
pesquisas e levantamentos. Sem contextualizações ou sem darmos a eles o devido
tratamento, os dados não significam informações ou conceitos significativos. Os dados
tratados adequadamente, selecionados, armazenados, classificados, geram informações
mais amplas sobre determinados objetos, conteúdos, o que se está buscando construir.
O homem MORAL é aquele que age bem ou mal na medida em que acata ou transgride
as regras do grupo. A ÉTICA ou Filosofia Moral é a parte da Filosofia que se ocupa com a
reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral. A moral,
enquanto conjunto de valores ou regras de conduta herdados da tradição que orientam o
comportamento dos membros de uma sociedade, apresenta caráter histórico e social.
Significa dizer que o comportamento moral dos indivíduos muda segundo o tempo e o
lugar, bem como em relação à forma como estes se encontram organizados socialmente.
Sócrates teria sido, por assim dizer, o iniciador da ÉTICA OU FILOSOFIA MORAL
enquanto campo de investigação filosófica, vindo a ser aprofundado posteriormente por
Platão e Aristóteles.
No século XVIII, no lugar das explicações religiosas, o ILUMINISMO fornece três tipos de
justificação para a norma moral: ela se funda na lei natural (teses jusnaturalistas), no
interesse (teses empiristas, que explicam a ação humana como busca do prazer) e na
própria razão (tese kantiana). Com o Iluminismo, então, a moral é secularizada,
desligando-se da religião e dos pressupostos religiosos, possibilitando a construção de
um projeto moral fundamentado na razão autônoma.