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7 Linguagem - PL SQL

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BANCO
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DADOS II

7. LINGUAGEM PL/SQL

7.1. INTRODUÇÃO

O PL/SQL é uma linguagem da Oracle que tem por objetivo processar


informações do banco de dados. Um bloco PL/SQL pode ser executado a partir
do SQL*Plus, do Forms, do Reports ou de qualquer linguagem PRO*Oracle.

A linguagem PL/SQL é uma extensão da linguagem SQL, vista no módulo I. A


linguagem PL/SQL oferece recursos de engenharia de software modernos,
como, por exemplo, a encapsulação de dados, o tratamento de exceções, a
ocultação de informações e a orientação a objeto, etc., trazendo os recursos de
programação mais modernos para o Oracle Server e o ToolSet.

A linguagem PL/SQL incorpora muitos recursos avançados criados em


linguagens de programação projetadas durante as décadas de 70 e 80. Além
de aceitar a manipulação de dados, ele também permite que as instruções de
consulta da linguagem SQL sejam incluídas em unidades procedurais de
código e estruturadas em blocos, tornando a linguagem SQL uma linguagem
avançada de processamento de transações. Com a linguagem PL/SQL, você
pode usar as instruções SQL para refinar os dados do Oracle e as instruções
de controle PL/SQL para processar os dados.

7.2. BENEFÍCIOS DA LINGUAGEM PL/SQL

7.2.1. Integração

A linguagem PL/SQL desempenha um papel central tanto para o Oracle Server,


por meio de procedimentos armazenados, funções armazenadas, gatilhos de
banco de dados e pacotes, quanto para as ferramentas de desenvolvimento
Oracle, por meio de gatilhos de componentes da Oracle Develop (Forms,
Reports e Graphics).

Os tipos de dados SQL também podem ser usados no código PL/SQL.


Combinados com o acesso direto que a linguagem SQL fornece, esses tipos de
dados compartilhados integram a linguagem PL/SQL com o dicionário de dados
do Oracle Server. A linguagem PL/SQL une o acesso conveniente à tecnologia
de banco de dados com a necessidade de capacidades de programação
procedural.

Prof. Dr. Alex S. R. S. Poletto – Email: apoletto@femanet.com.br


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7.2.2. Melhorar Desempenho

A linguagem PL/SQL pode ser usada para agrupar as instruções SQL em um


único bloco e enviar esse bloco inteiro para o servidor em uma única chamada,
reduzindo assim o tráfego da rede. Sem o código PL/SQL, as instruções SQL
seriam enviadas ao Oracle Server uma de cada vez. Cada instrução SQL
resulta em outra chamada do Oracle Server e uma maior sobrecarga de
desempenho. Em um ambiente de rede, a sobrecarga pode se tornar
significativa. A Figura 1 a seguir ilustra a melhora do desempenho acima
descrito:

SQL
OUTROS
APLICAÇÃO SQL

DBMS
SQL

SQL
IF ... THEN ORACLE
SQL
APLICAÇÃO ELSE com
SQL
END IF;
SQL PL/SQL

Figura 1. Exemplo de Melhora de Desempenho

A linguagem PL/SQL também pode cooperar com as ferramentas de


desenvolvimento de aplicação do Oracle Server como, por exemplo, Oracle
Develop Forms e Reports. Ao adicionar recursos de processamento procedural
a essas ferramentas, a linguagem PL/SQL aumenta o desempenho.

7.2.3. Características

Operações Permitidas

 Manipulação de Dados: alteração, eliminação, inclusão e seleção;


 Criar variáveis e constantes herdando o tipo de dados e o tamanho de outras
variáveis e constantes ou de colunas de tabelas;
 Criar cursores para tratar o resultado de uma query que retorna 0 ou mais
linhas;
 Criar registros para guardar o resultado de um cursor ou campos de tabelas,
herdando os tipos de dados e o tamanho das colunas;

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 Tratar erros;
 Criar labels para controlar o fluxo de execução;
 Utilizar comando de repetição e comparação.
 Criar triggers (gatilhos) para garantia de integridade (restrições), segurança,
etc.

7.3. ESTRUTURA DE UM BLOCO PL/SQL

A estrutura de um bloco PL/SQL é composta por uma área de declaração, uma


área de comandos e uma área de exceções:

Ilustrando:

DECLARE – opcional
Declarações – variáveis, cursores, constantes, estruturas, tabelas, exceções definidas
pelo usuário
BEGIN - obrigatório
Estruturas executáveis (comandos)
Instruções SQL (manipular dados do banco de dados)
Instruções PL/SQL (manipular dados no bloco)
EXCEPTION - opcional
Tratamento de exceções (pode conter outros blocos)
Ações a serem desempenhadas qdo ocorrem erros ou condições anormais
END; - obrigatório

7.4. USO DE VARIÁVEIS

Com o código PL/SQL você poderá declarar variáveis para usá-las em


instruções procedurais e SQL onde uma expressão possa ser usada.

 Armazenamento temporário de dados: os dados podem ser armazenados


temporariamente em uma ou mais variáveis para uso quando na validação da
entrada de dados para processamento posterior no processo de fluxo de
dados;

 Manipulação de valores armazenados: as variáveis podem ser usadas


para cálculo e manipulação de outros dados sem acessar o banco de dados;

 Reutilização: quando declaradas, as variáveis podem ser usadas


repetidamente em uma aplicação simplesmente referenciando-as em outras
instruções, incluindo outras instruções declarativas;

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 De fácil manutenção: ao usar %TYPE e %ROWTYPE, você declara


variáveis, baseando as declarações nas definições das colunas de banco de
dados. As variáveis PL/SQL ou variáveis de cursor anteriormente declaradas
no escopo atual, poderão usar também os atributos %TYPE e %ROWTYPE
como especificadores de tipos de dados. Se uma definição subjacente for
alterada, a declaração de variável se altera de acordo durante a execução.
Isso permite a independência dos dados, reduz custos de manutenção e
permite que os programas se adaptem, conforme o banco de dados for
alterado, para atender às novas necessidades comerciais.

7.4.1. Tratando variáveis em PL/SQL

 Declarar e inicializar as variáveis na seção de declaração;


 Atribuir novos valores às variáveis na seção executável;
 Passar valores aos subprogramas PL/SQL por meio de parâmetros: IN passa
valores, OUT retorna valores;
 Ver os resultados em um bloco PL/SQL por meio de variáveis de saída: usar
variáveis de referência.

7.4.2. Tipos de variáveis PL/SQL

 Escalar: armazena um único valor.


 Composta: os registros permitem que os grupos de campos sejam definidos
e manipulados nos blocos PL/SQL.
 Referência: armazenam valores chamados de indicadores, que designam
outros itens de programa.
 LOB: armazenam valores chamados de endereços, que especificam a
localização de objetos grandes (imagens gráficas) que são armazenados fora
de linha.

7.4.3. Outros tipos de variáveis PL/SQL

 BOOLEANO: TRUE / FALSE;


 DATE: definição de data;
 BLOB: definição de imagens (fotografia);
 LONG RAW: definição de textos longos;
 BFILE: definição de imagens animadas.

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7.4.4. Declarando variáveis PL/SQL

Identificador [CONSTANT] tipo de dados [NOT NULL]


[:= | DEFAULT expr];

 Identificador : é nome da variável.


 CONSTANT : restringe as variáveis para que o seu valor não possa ser
alterado.
 Tipo de dados : escalares, compostos, referenciais ou LOB.
 NOT NULL : restringe a variável para que ela contenha um valor.
 Expr : é uma expressão PL/SQL que pode ser uma literal, outra
variável ou uma expressão que envolve operadores e funções.

Exemplo de instruções:
Declare
v_nascimento DATE;
v_codigo NUMBER(5) NOT NULL := 10;
v_cidade VARCHAR2(35) := ‘Assis’;
v_numero CONSTANT NUMBER := 1234;

7.4.5. Atribuindo valores a variáveis

Identificador := expr;

 Identificador : é nome da variável.


 expr : é uma expressão PL/SQL que pode ser uma literal, uma outra
variável ou uma expressão que envolve operadores e funções.

Exemplo de instruções:
v_nascimento := ’30-AGO-01’

v_nome := ’Alex Poletto’

SQL> SELECT salario*0.20


2 INTO v_gratificacao
3 FROM professor
4 WHERE depto=2;

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7.4.6. Tipos de dados escalares básicos

Um tipo de dados escalares armazena um valor único e não possui


componentes internos. Os tipos de dados escalares podem ser classificados
em quatro categorias: número, caractere, data e booleano.

Tipo de dado Descrição


 VARCHAR2(maximum_length): Tamanho variável com até 32.767 bytes.
Não há tamanho default para as
constantes e variáveis VARCHAR2.
 NUMBER[(precisão, escala)] Tipo básico para números fixos e de ponto
flutuante.
 DATE Inclui hora do dia em segundos desde a
meia-noite. Entre 4712 A.C. e 9999 D.C.
 CHAR[(maximum_length)] Tamanho fixo com até 32.767 bytes. Se
você não especificar um comprimento, o
tamanho default será definido como 1.
 LONG Tamanho variável com até 32.767 bytes. A
largura máxima de uma coluna de banco
de dados LONG é de 2.147.483.647 bytes.
 LONG RAW Binaries e strings de byte de até 32.760
bytes. Não são interpretados pelo código
PL/SQL.
 BOOLEAN Lógicos: TRUE, FALSE ou NULL
 BINARY_INTEGER Inteiros entre –
2.147.483.647/2.147.483.647
 PLS_INTEGER Inteiros entre –
2.147.483.647/2.147.483.647. São mais
rápidos que os valores NUMBER e
BYNARY_INTEGER.

Exemplo de instruções:
v_descricao VARCHAR2(30);
v_contador BINARY_INTEGER := 0;
v_soma NUMBER(10,2) := 0;
v_reserva DATE := SYSDATE + 7;
c_taxa CONSTANT NUMBER(5,2) := 15.30;
v_filhos BOOLEAN NOT NULL := TRUE;
v_preco1 NUMBER(10,2) := 1500
v_preco2 NUMBER(10,2) := 2500
v_aumento BOOLEAN := (v_preco1 < v_preco2);

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7.4.7. O atributo %TYPE

Utilizado para declarar uma variável de acordo com uma definição de coluna de
banco de dados ou de acordo com outra variável anteriormente declarada.

Exemplo de instruções:
…..
v_descricao depto.descricao%TYPE
v_salario v_soma%TYPE := 0;
…..

7.4.8. Variáveis de tipo de dados LOB

Utilizado para armazenar blocos de dados não estruturados (texto, imagens


gráficas, videoclipes e formatos de arquivo para armazenar sons) de até 4
gigabytes em tamanho. Os tipos de dados LOB fornecem acesso eficiente,
aleatório e em intervalos aos dados, podendo ser atributos de um tipo de
objeto.

Tipo de dado Descrição


 CLOB Armazenar blocos grandes de dados com caracteres de um
único byte no banco de dados.
 BLOB Armazenar objetos binários grandes no banco de dados em
linha ou fora de linha.
 BFILE Armazenar objetos grandes binários em arquivos do sistema
operacional fora do banco de dados.
 NCLOB Armazenar blocos grandes de dados NCHAR de byte único
ou de bytes múltiplos de largura fixa no banco de dados,
dentro e fora de linha.

7.4.9. Variáveis de ligação

Uma variável de ligação é uma variável que você declara em um ambiente de


host e usa para passar valores de tempo de execução, número ou caractere,
para ou de um ou mais programas PL/SQL, os quais podem usá-la como
usariam qualquer outra variável.

Exemplo de instruções para declarar


SQL> VARIABLE retorna_codigo NUMBER
SQL> VARIABLE retorna_mensagem VARCHAR2(35)

Exemplo de instruções para exibir


SQL> PRINT retorna_codigo

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7.4.10. DBMS_OUTPUT.PUT_LINE

 Um procedimento de pacote fornecido pela Oracle;


 Uma alternativa para exibir dados a partir de um bloco PL/SQL;
 Deverá ser ativado em SQL*Plus com SET SERVEROUTPUT ON

Exemplo de instruções:
SET SERVEROUTPUT ON
ACCEPT v_anual PROMPT ‘Entre com o salário anual.:’
DECLARE
v_salario NUMBER(10,2) := &v_anual;
BEGIN
v_salario := v_salario/12;
DBMS_OUTPUT.PUT_LINE (‘O salário mensal é ‘ | | TO_CHAR(v_salario));
END;

7.5. CRIANDO INSTRUÇÕES EXECUTÁVEIS

7.5.1. Diretrizes e sintaxe de bloco PL/SQL

 As instruções podem continuar por várias linhas;


 As unidades lexicais podem ser separadas por: espaços, delimitadores,
identificadores, literais e comentários.

Delimitadores

Símbolos Simples Símbolos Compostos


Símbolo Significado Símbolo Significado
+ Adicionar <> Relacional
- Subtrair != Relacional
* Multiplicar || Concatenação
/ Dividir -- Comentário de 1
linha
= Relacional /* Inicia comentário
@ Acesso remoto */ Finaliza comentário
: Finalizador := Atribuição
instruções

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Identificadores

 Podem conter até 30 caracteres;


 Não podem conter palavras reservadas, a não ser que estejam entre aspas
duplas (“SELECT”);
 Devem ser iniciados por um caractere alfabético;
 Não devem ter o mesmo nome de uma coluna de tabela de banco de dados.

Literais

 (é um valor booleano, um valor numérico explícito, um caractere ou uma


string não representados por um identificador.
o Caracteres e literais de data devem estar entre aspas simples;
o Os números poderão ser valores simples ou notações científicas;
 Um bloco PL/SQL é finalizado por uma barra (/) em uma linha sozinha.

7.5.2. Comentando código

 Crie prefixos de dois hífens (--) para comentários de uma única linha;
 Coloque os comentários de várias linhas entre os símbolos /* e */.

…..
v_salario NUMBER(10,2);
BEGIN
/* computer o salário annual baseado nos salários mensais
para usá-lo em cálculos */
v_salário := &v_anual * 12;
END; -- Final do bloco

7.5.3. Funções SQL não disponíveis em PL/SQL

 Funções de grupo: AVG, MIN, MAX, COUNT, SUM, STDDEV e VARIANCE.


Somente funcionam em instruções SQL dentro de um bloco PL/SQL

Obs: Assim não funciona: v_total := SUM (salario);

7.5.4. Funções PL/SQL

 Criar uma lista de correspondência:

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Exemplo de instruções:

v_lista_endereco := v_nome | | CHR(10) | |


v_endereço | | CHR(10) | | v_estado | |
CHR(10) | | v_cep;

 CH(10) = ENTER

Exemplo de instruções:
v_nome := LOWER(v_nome);

 Converte em letra minúscula

7.5.5. Conversão de tipos de dados

 As funções de conversão: TO_CHAR, TO_DATE e TO_NUMBER são


utilizadas para conversão de dados compatíveis.

 TO_CHAR
valor (valor, fmt) string de caractere, número ou data
: é uma
TO_DATE (valor, fmt)
TO_NUMBER (valor, fmt)
 fmt : é o modelo de formato usado para converter o valor

Exemplo de instruções:
v_data := TO_DATE (‘September 20, 2001’, ‘Month DD, YYYY’);

7.5.6. Operadores em PL/SQL

Operador Operação
**, NOT Exponenciação, negação, lógica
+, - Identidade, negação
*, / Multiplicação, divisão
+, -, || Adição, subtração, concatenação
=, !=, <, >, <=, >=, IS NULL, LIKE, BETWEEN, IN Comparação
AND Conjunção
OR Disjunção

7.6. INTERAGINDO COM O ORACLE SERVER

7.6.1. Instruções SQL em PL/SQL

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 Extrair uma linha de dados de um banco de dados usando o comando


SELECT;
 Fazer alterações nas linhas no banco de dados usando os comandos DML;
 Controlar uma transação com o comando COMMIT, ROLLBACK ou
SAVEPOINT;
 Determinar o resultado do DML com cursores implícitos.

Comparando Os Tipos De Instruções SQL e PL/SQL

 Um bloco PL/SQL não é uma unidade de transação. Os comandos COMMIT,


SAVEPOINT e ROLLBACK são independentes dos blocos, mas você pode
emitir esses comandos em um bloco;
 O PL/SQL não suporta instruções em DDL como, por exemplo, CREATE
TABLE, ALTER TABLE ou DROP TABLE;
 O PL/SQL não suporta instruções em DCL como, por exemplo, GRANT ou
REVOKE.

7.6.2. Instrução SELECT em PL/SQL – A cláusula INTO é necessária.

Exemplo de instruções:
DECLARE
v_codigo NUMBER(2);
v_descricao VARCHAR2(15);
BEGIN
SELECT codigo, descricao
INTO v_codigo, v_descricao
FROM depto
WHERE codigo=1;
END;
*/ devem retornar apenas um valor, caso contrário ocorrerá erros */

DECLARE
v_codigo depto.codigo%TYPE;
v_descricao depto.descricao%TYPE;
BEGIN
SELECT codigo, descricao
INTO v_codigo, v_descricao
FROM depto
WHERE codigo=2;
END;
*/ devem retornar apenas um valor, caso contrário ocorrerá erros */
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DECLARE
v_soma_salario professor.salario%TYPE;
v_codigo NUMBER NOT NULL := 2;
BEGIN
SELECT SUM (salario)
INTO v_soma_salario
FROM professor
WHERE codigo=v_codigo;
END;
*/ devem retornar apenas um valor, caso contrário ocorrerá erros */

7.6.3. Instrução INSERT em PL/SQL

Exemplo de instruções:
BEGIN
INSERT INTO professor(codigo, nome, salario, nascimento)
VALUES (codigo_sequence.NEXTVAL, ‘Douglas’, 1450, ’10-DEC-00’);
END;

7.6.4. Instrução UPDATE em PL/SQL

Exemplo de instruções:

DECLARE
v_aumento professor.salario%TYPE := 245;
BEGIN
UPDATE professor
SET salario = salario + v_aumento
WHERE codigo=10;
END;

7.6.5. Instrução DELETE em PL/SQL

Exemplo de instruções:
DECLARE
v_codigo professor.codigo%TYPE := 9;
BEGIN
DELETE FROM professor
WHERE codigo=v_codigo;
END;

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7.7. CURSOR SQL

 Um cursor é uma área de trabalho SQL particular;


 Há dois tipos de cursores: implícitos e explícitos;
 O Oracle Server usa cursores implícitos para analisar e executar as
instruções SQL;
 Os cursores explícitos são declarados especificamente pelo programador.
 Sempre que você emitir uma instrução SQL, o Oracle Server abrirá uma área
de memória na qual o comando é analisado e executado. Essa área é
chamada de cursor.

7.7.1 Atributos do cursor SQL

 Ao usar os atributos do cursor SQL, você poderá testar os resultados das


instruções SQL.

SQL%ROWCOUNT Número de linhas afetadas pela instrução SQL mais recente.


SQL%FOUND Atributo booleano avaliado para TRUE se a instrução SQL mais
recente afetar uma ou mais linhas.
SQL%NOTFOUND Atributo booleano avaliado para TRUE se a instrução SQL mais
recente não afetar uma ou mais linhas.
SQL%ISOPEN Sempre é avaliado para FALSE porque o PL/SQL fecha os
cursores implícitos imediatamente após a execução.

Excluir linhas que especificam um código de um professor a partir da tabela


PROFESSOR. Imprimir o número de linhas excluídas.

Exemplo de instruções:
VARIABLE rows_deleted VARCHAR2(30)
DECLARE
v_codigo NUMBER := 4;
BEGIN
DELETE FROM professor
WHERE codigo=v_codigo;
: rows_deleted := (SQL%ROWCOUNT | | ‘ rows deleted.’);
END;
/
PRINT rows_deleted

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7.8. CRIANDO ESTRUTURAS PARA CONTROLE

7.8.1 Controlando o fluxo de execução PL/SQL

Você pode alterar o fluxo lógico de instruções dentro do bloco PL/SQL com
diversas estruturas para controle. Esta lição aborda os dois tipos de estruturas
para controle do PL/SQL: construções condicionais com a instrução IF e
estruturas para controle LOOP.

Existem três formatos de instruções IF:


 IF-THEN-END IF
 IF-THEN-ELSE-END IF
 IF-THEN-ELSIF-END IF

Instruções IF

IF condição THEN
instruções
[ELSIF condição THEN
instruções;]
[ELSE
Instruções;]
END IF

 Condição : é uma expressão ou variável Booleana (TRUE, FALSE ou


NULL).
 Esta associada a uma seqüência de instruções, que será executada somente
se a expressão produzir TRUE.
 THEN : é uma cláusula que associa a expressão Booleana que a
precede com a seqüência de instruções posteriores.
 instruções : pode ser uma ou mais instruções SQL ou PL/SQL.
 ELSIF : é uma palavra-chave que introduz uma expressão Booleana.
 ELSE : é uma palavra-chave que se for atingida pelo controle, executará
a seqüência de instruções que segue a palavra-chave.

Instrução IF-THEN-END IF

Definir o código do gerente como 10 se o nome do funcionário for Alex.

Exemplo de instruções:

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IF nome = ‘Alex’ THEN


mensagem := 10;
END IF;

A estrutura da instrução IF do PL/SQL é semelhante à estrutura das instruções


IF em outras linguagens procedurais. Ela permite que o PL/SQL execute ações
de modo seletivo com base em condições.

Definir um aumento de 20% do salário atual se o nome for Alex.


Exemplo de instruções:

.....
IF nome = ‘Alex’ THEN
v_novo_salario := salario * 1.20;
END IF;
......

Instrução IF-THEN-ELSE-END IF

Definir um indicador aprovado quando a média for maior-igual a sete e


reprovado caso contrário.

Exemplo de instruções:

.....
IF media >= 7 THEN
v_mensagem := ‘Aprovado’;
ELSE
v_mensagem := ‘Reprovado’;
END IF;
.....

Instrução IF-THEN-ELSIF-THEN-END IF

Definir aumento salarial de acordo com as faixas salariais: até 500.00 – 25%,
de 500.01 até 1500.00 -15% e acima de 1500.01 – 10%.

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Exemplo de instruções:

.....
IF salario < 500.00 THEN
v_novo_salario := salario * 1.25;
ELSIF salario < 1000.00 THEN
v_novo_salario := salario + (salario*15/100);
ELSE
v_novo_salario := salario * 1.10;
END IF;
.....

7.8.2. Controle iterativo: instruções LOOP

O PL/SQL oferece diversos recursos para estruturar loops para repetirem uma
instrução ou seqüência de instruções várias vezes.

As construções em loop são o segundo tipo de estrutura para controle:

 Loop básico para fornecer ações repetitivas sem condições gerais;


 Loops FOR para fornecer controle iterativo para ações com base em uma
contagem;
 Loops WHILE para fornecer controle iterativo para ações com base em uma
condição;
 Instrução EXIT para terminar loops.

LOOP Básico

LOOP
Instrução1;
.....
EXIT [WHEN condição];
Instruções;]
END LOOP;

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Coordenadoria de Informática 16
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Exemplo de instruções:

DECLARE
v_codigo produto.codigo%TYPE := 21;
v_contador NUMBER(2) := 1;
BEGIN
LOOP
INSERT INTO produto (codigo,numero)
VALUES(v_codigo, v_contador);
v_contador := v_contador + 1;
EXIT WHEN v_contador > 10;
END LOOP;
END;

FOR LOOP

FOR contador IN [REVERSE] lower_bound..upper_bound LOOP


instrução1;
instrução2;
.....
END LOOP;

 Usar um FOR LOOP para desviar o teste para o número de iterações;


 Não declarar o contador; ele é declarado implicitamente como um inteiro. Os
FOR LOOPs têm a mesma estrutura geral do loop básico. Além disso, eles
têm uma instrução para controle no início da palavra-chave LOOP para
determinar o número de iterações que o PL/SQL executa.
 contador : é um inteiro declarado implicitamente cujo valor aumenta
ou diminui automaticamente em 1 cada iteração do loop até o limite superior
ou inferior a ser alcançado;
 Instrução : pode ser uma ou mais instruções SQL ou PL/SQL;
 REVERSE : faz o contador decrescer a cada iteração a partir do limite
superior até o limite inferior;
 lower_bound : especifica o limite inferior da faixa de valores do contador;
 upper_bound : especifica o limite superior da faixa de valores do
contador.

Exemplo de instruções com inferior e superior fixos:

FOR i IN 1..3 LOOP


instrução1;
END LOOP;

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Exemplo de instruções com inferior e superior declarados como variáveis:


DECLARE
v_inferior := 1;
v_superior := 50;
BEGIN
FOR i IN v_inferior..v_superior LOOP
instrução1;
END LOOP;
END;

Inserir os 5 novos produtos para o número do pedido 10.

Exemplo de instruções
DECLARE
v_codigo pedido.codigo%TYPE := 10;
BEGIN
FOR i IN 1..5 LOOP
INSERT INTO pedido (pedido, produto)
VALUES (v_codigo, i);
END LOOP;
END;

WHILE LOOP

WHILE condição LOOP


instrução1;
instrução2;
....

.
 END LOOP;
Usar um WHILE LOOP para repetir instruções enquanto um condição for
TRUE;
Utiliza-se o WHILE LOOP para repetir uma seqüência de instruções até a
condição para controle não ser mais TRUE. A condição é avaliada ao início de
cada iteração. O LOOP terminará quando a condição for FALSE. Se a condição
for FALSE no início do loop, nenhuma iteração futura será executada.
 condição : é uma expressão ou variável booleana;
 instrução : pode ser uma ou mais instruções SQL ou PL/SQL.

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Exemplo de instruções:

ACCEPT v_pedido PROMPT ‘Incluir o número do pedido:’


ACCEPT v_produto PROMPT ‘Incluir o número de produtos no pedido:’
DECLARE
v_contador NUMBER(2) := 1;
BEGIN
WHILE v_contador <= &v_produto LOOP
INSERT INTO pedido (pedido, produto)
VALUES (&v_pedido, v_contador);
v_contador := v_contador + 1;
END LOOP;
COMMIT;
END;

7.9. CRIANDO CURSORES IMPLÍCITOS E EXPLÍCITOS

O Oracle Server usa áreas de trabalho chamadas áreas SQL particulares para
executar instruções SQL e para armazenar informações de processamento.
Você pode usar cursores do PL/SQL para nomear uma área SQL particular e
acessar suas informações armazenadas. O cursor orienta todas as fases do
processamento.

7.9.1. Cursores implícitos

Os cursores implícitos são declarados implicitamente pelo PL/SQL para todas


as instruções DML e PL/SQL SELECT, incluindo consultas que retornam
somente uma linha.

7.9.2. Cursores explícitos

São usados para consultas que retornam mais de uma linha. Os cursores
explícitos são declarados e nomeados pelo programador e manipulados por
meio de instruções específicas nas ações executáveis do bloco.

Funções do cursor explícito

Use cursores explícitos para processar individualmente cada linha retornada


por uma instrução SELECT de várias linhas.

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Coordenadoria de Informática 19
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

O conjunto de linhas retornado por uma consulta de várias linhas é chamado


conjunto ativo. Seu tamanho é o número de linhas que atende aos critérios da
pesquisa. O cursor explícito aponta para a linha atual do conjunto ativo. Isso
permite que o programa processe as linhas uma de cada vez.

Um programa PL/SQL abre um cursor, processa linhas retornadas por uma


consulta e, em seguida, fecha o cursor. O cursor marca a posição atual no
conjunto ativo.

 Pode processar além da primeira linha retornada pela consulta, linha por
linha;
 Controla que linha está sendo processada no momento;
 Permite que o programador controle as linhas manualmente no bloco
PL/SQL.

Controlando cursores explícitos

1. Cria uma área SQL nomeada;


2. Identifica o conjunto ativo;
3. Carrega a linha atual para variáveis;
4. Testa para linhas existentes;
5. Retorna para FETCH se encontrar linhas;
6. Libera o conjunto ativo.

Controlando cursores explícitos usando quatro comandos

1. Declare o cursor nomeando-o e definindo a estrutura da consulta a ser


executada dentro dele;
2. Abra o cursor. A instrução OPEN executa a consulta e vincula as variáveis
que estiverem referenciadas. As linhas identificadas pela consulta são
chamadas conjunto ativo e estão agora disponíveis para extração;
3. Extraia dados do cursor. Após cada extração você testa o cursor para
qualquer linha existente. Se não existirem mais linhas para serem
processadas, você precisará fechar o cursor;
4. Feche o cursor. A instrução CLOSE libera o conjunto ativo de linhas. Agora é
possível reabrir o cursor e estabelecer um novo conjunto ativo.

Declarando o CURSOR

CURSOR cursor_name IS
select_statement;

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Coordenadoria de Informática 20
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

 Não inclua a cláusula INTO na declaração do cursor;


 Caso seja necessário o processamento de linhas em uma seqüência
específica, use a cláusula ORDER BY na consulta.
 cursor_name : é um identificador do PL/SQL.
 select_statement : é uma instrução SELECT sem uma cláusula INTO.

Exemplos de instruções:
DECLARE
v_matricula professor.matricula%TYPE;
v_nome professor.nome%TYPE;
CURSOR professor_cursor IS
SELECT matricula, nome
FROM professor
CURSOR depto_cursor IS
SELECT * FROM depto
WHERE codigo=10;
BEGIN
.....

Abrir o cursor

OPEN cursor_name;

Extraindo dados do cursor

FETCH cursor_name INTO [[variavel1, variavel2, ...] | record_name];

Exemplos de instruções:

.....
OPEN defined_cursor;
LOOP
FETCH defined_cursor INTO defined_variables
EXIT WHEN ...;
.....
-- Processo dos dados
.....
END;

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Coordenadoria de Informática 21
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

Recupere os primeiros 5 professores, um por um.

DECLARE
v_codigo professor.codigo%TYPE;
v_nome professor.nome%TYPE;
CURSOR professor_cursor IS
SELECT codigo, nome
FROM professor
BEGIN
OPEN professor_cursor;
FOR i IN 1..5 LOOP
FETCH professor_cursor INTO v_codigo, v_nome;
.....
END LOOP;
CLOSE professor_cursor;
END;

Fechar o CURSOR

CLOSE cursor_name;

Obs: o parâmetro OPEN_CURSORS = número, define o número de cursores


que pode ser abertos por um usuário.

Atributos do cursor explícito


Atributo Tipo Descrição
%ISOPEN Booleano Será avaliado para TRUE se o cursor estiver aberto.
%NOTFOUND Booleano Será avaliado para TRUE se a extração mais recente não
retornar uma linha.
%FOUND Booleano Será avaliado para TRUE se a extração mais recente não
retornar uma linha; complemento de %NOTFOUND
%ROWCOUNT Número Será avaliado para o número total de linhas retornadas até
o momento.

%ISOPEN

IF NOT professor_cursor%ISOPEN THEN


OPEN professor_cursor;
END IF;
LOOP
FETCH professor_cursor ...

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Coordenadoria de Informática 22
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

%NOTFOUND

Recupere os primeiros 5 professores, um por um.

DECLARE
v_codigo professor.codigo%TYPE;
v_nome professor.nome%TYPE;
CURSOR professor_cursor IS
SELECT codigo, nome
FROM professor
BEGIN
OPEN professor_cursor;
LOOP
FETCH professor_cursor INTO v_codigo, v_nome;
EXIT WHEN professor_cursor%ROWCOUNT > 5
OR professor_cursor%NOTFOUND;
.....
END LOOP;
CLOSE professor_cursor;
END;

7.10. TRATAMENTO DE EXCEÇÕES

Exceção é um identificador em PL/SQL que é criado durante a execução. Ela é


criada quando ocorre um erro do Oracle ou quando você a cria explicitamente.
Ela é tratada capturando-a com um handler ou propagada para o ambiente de
chamada.

Tipos de exceção

 Predefinida pelo Oracle Server (20 erros)


 Não predefinida pelo Oracle Server
 Definida pelo usuário

Exceções predefinidas
Nome da Exceção Número Descrição
ACCESS_INTO_NULL ORA-06530 Tentativa de atribuir valores aos
atributos de um objeto não
inicializado
COLLECTION_IS_NULL ORA-06531 Tentativa de aplicação de métodos
de conjunto diferentes de EXISTS
para um varray ou tabela aninhada
não inicializada

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Coordenadoria de Informática 23
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II
CURSOR_ALREADY_OPEN ORA-06511 Tentativa de abertura de um cursor
já aberto
DUP_VAL_ON_INDEX ORA-00001 Tentativa de inserção de um valor
duplicado
INVALID_CURSOR ORA-01001 Ocorreu operação ilegal de cursor
INVALID_NUMBER ORA-01722 Falha da conversão de string de
caracteres para número
LOGIN_DENIED ORA-01017 Estabelecendo login com o Oracle
com um nome de usuário ou senha
inválida
NO_DATA_FOUND ORA-01403 SELECT de linha única não retornou
dados
NOT_LOGGED_ON ORA-01012 O programa PL/SQL emite uma
chamada de banco de dados sem
estar conectado ao Oracle
PROGRAM_ERROR ORA-06501 O código PL/SQL tem um problema
interno
ROWTYPE_MISMATCH ORA-06504 Variável de cursor de host e variável
de cursor PL/SQL envolvidas em
uma atribuição tem tipos de retorno
incompatíveis
STORAGE_ERROR ORA-06500 O PL/SQL esgotou a memória ou a
memória está corrompida
SUBSCRIPT_BEYOND_COUNT ORA-06533 Feita referência ao elemento de
varray ou tabela aninhada usando
um número de índice maior do que o
número de elementos no conjunto
SUBSCRIPT_OUTSIDE_LIMIT ORA-06532 Feita referência a um elemento
TIMEOUT_ON_RESOURCE ORA-00051 Ocorreu timeout enquanto o Oracle
está aguardando por um recurso
TOO_MANY_ROWS ORA-01422 SELECT de uma única linha
retornou mais de uma linha
VALUE_ERROR ORA-06502 Ocorreu erro aritmético, de
conversão, truncamento ou restrição
de tamanho
ZERO_DIVIDE 0RA-01476 Tentativa de divisão por zero

BEGIN
EXCEPTION
WHEN NO_DATA_FOUND THEN
statement1;
statement2;
WHEN TOO_MANY_ROWS THEN
statement1;
WHEN DUP_VAL_ON_INDEX THEN
statement1;
statement2;
statement3;
END;

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Coordenadoria de Informática 24
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DADOS II

Funções para capturar exceções

DECLARE
v_error_code NUMBER;
v_error_message VARCHAR(255);
BEGIN
....
EXCEPTION
....
WHEN OTHERS THEN
ROLLBACK;
v_error_code := SQLCODE;
v_error_message := SQLERRM;
INSERT INTO errors VALUES(v_error_code, v_error_message);
END;

7.11. PROCEDIMENTO ARMAZENADO, FUNÇÃO, GATILHO e


PACOTE

Procedimentos Armazenados, Funções, Gatilhos e Pacotes são quatro


recursos de grande utilidade em Sistemas de Bancos de Dados (KROENKE,
1999). Eles também podem cooperar com as ferramentas de desenvolvimento
de aplicação de usuários finais, adicionando recursos de processamento. Além
disso, esses recursos também possibilitam declarar variáveis com base em
atributos de conjuntos de entidades do próprio banco de dados, levando o
código a se tornar independente de modificações físicas ocorridas com os
atributos.

Com a utilização desses recursos, consegue-se uma redução no número de


linhas de códigos a serem programadas por ferramentas utilizadas no
desenvolvimento das aplicações dos usuários finais. Inúmeras das regras de
negócio, de restrições e de integridade, podem ser programadas diretamente
no Banco de Dados, permitindo, às aplicações finais, conter apenas instruções
básicas, sem o objetivo de garantir a integridade, toda vez que uma rotina for
programada. Isso possibilita que as aplicações finais tornem-se mais leves,
além de disporem de um código mais simples.

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Coordenadoria de Informática 25
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DADOS II

7.11.1. Esquema do Banco de Dados

Para melhor andamento da disciplina, será utilizada a seguinte estrutura de


dados:

Tabela de Funcionários (TABFUN)


CAMPO TIPO RESTRIÇÃO REFERENCES
MATRICULA Number(5) Primary Key
NOME Varchar(35) Not Null
SALARIO Number(9,2) Check > 0
ADMISSAO Date Not Null
CARGO Number(2) Foreign Key TABCAR

Tabela de Dependentes (TABDEP)


CAMPO TIPO RESTRIÇÃO REFERENCES
MATRICULA Number(5) Primary Key/Foreign Key TABFUN
SEQUENCIA Number(2) Primary Key
NOME Varchar(35) Not Null
NASCIMENTO Date Not Null

Tabela de Cargos (TABCAR)


CAMPO TIPO RESTRIÇÃO REFERENCES
CODIGO Number(5) Primary Key
DESCRICAO Varchar(30) Not Null

Tabela de Registros de Alteração de Cargo (TABREG)


CAMPO TIPO RESTRIÇÃO REFERENCES
MATRICULA Number(5) Primary Key/Foreign Key TABFUN
CARGO Number(2) Primary Key/Foreign Key TABCAR
DATA Date Primary Key
SALARIO Number(9,2)

Movimento Relacional

TABREG
TABFUN
MATRICULA
TABCAR MATRICULA
CARGO
CODIGO NOME
DATA
DESCRICAO SALARIO
SALARIO
ADMISSAO
CARGO
TABDEP
MATRICULA
SEQUENCIA
NOME
NASCIMENTO

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Disciplina
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DADOS II

Criação das tabelas

Tabela de Cargos
CREATE TABLE tabcar
(codigo NUMBER(2),
descricao VARCHAR2(35) NOT NULL,
CONSTRAINT tabcar_codigo_pk PRIMARY KEY (codigo));

Tabela de Funcionários
CREATE TABLE tabfun
(matricula NUMBER(5),
nome VARCHAR2(35) NOT NULL,
salario NUMBER(9,2) CHECK (salario > 0),
admissao DATE NOT NULL,
cargo NUMBER(2),
CONSTRAINT tabfun_matricula_pk PRIMARY KEY (matricula),
CONSTRAINT tabfun_cargo_fk FOREIGN KEY (cargo)
REFERENCES tabcar(codigo));

Tabela de Dependentes
CREATE TABLE tabdep
(matricula NUMBER(5),
sequencia NUMBER(2),
nome VARCHAR2(35) NOT NULL,
nascimento DATE NOT NULL,
CONSTRAINT tabdep_matricula_pk PRIMARY KEY (matricula,sequencia),
CONSTRAINT tabdep_matricula_fk FOREIGN KEY (matricula)
REFERENCES tabfun(matricula));

Tabela de Registros
CREATE TABLE tabreg
(matricula NUMBER(5),
cargo NUMBER(2),
data DATE,
salario NUMBER(9,2),
CONSTRAINT tabreg_pk PRIMARY KEY (matricula, cargo, data));

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Disciplina
BANCO
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DADOS II

Carga na base de dados

INSERT INTO tabcar VALUES (1,'Coordenador Técnico');


INSERT INTO tabcar VALUES (2,'Jogador de Futebol');
INSERT INTO tabcar VALUES (3,'Técnico de Futebol');

INSERT INTO tabfun VALUES (10,'Pareira',90000,'01/01/2002',3);


INSERT INTO tabfun VALUES (11,'Ricardinho',80000,'02/02/2000',2);
INSERT INTO tabfun VALUES (12,'Vampeta',75000,'10/10/2002',2);
INSERT INTO tabfun VALUES (13,'Zagalo',100000,'12/10/2002',1);
INSERT INTO tabfun VALUES (14,'Felipão',200000,'04/05/2001',3);
INSERT INTO tabfun VALUES (15,'Falcão',300000,'10/11/2002',1);

INSERT INTO tabdep VALUES (10,1,'Pareira Júnior','01/01/1998');


INSERT INTO tabdep VALUES (11,1,'Ricardinho Júnior','02/02/1999');
INSERT INTO tabdep VALUES (12,1,'Vampeta Júnior','10/10/1997');
INSERT INTO tabdep VALUES (13,1,'Zagalo Júnior','12/10/2000');
INSERT INTO tabdep VALUES (14,1,'Felipão Júnior','04/05/1996');
INSERT INTO tabdep VALUES (15,1,'Falcão Júnior','10/11/1995');
INSERT INTO tabdep VALUES (10,2,'Pareira Filha','01/01/2003');

INSERT INTO tabreg VALUES (10,3,'01/01/2002',90000);


INSERT INTO tabreg VALUES (11,2,'03/02/2000',80000);
INSERT INTO tabreg VALUES (12,2,'20/01/2002',75000);
INSERT INTO tabreg VALUES (13,1,'01/01/2002',100000);
INSERT INTO tabreg VALUES (14,3,'10/01/2000',200000);
INSERT INTO tabreg VALUES (15,1,'03/01/2002',300000);

Obs: se instalação em Inglês, usar o formato dd/mm/aaaa para os campos tipo


date.

7.11.2. Procedimento Armazenado (Stored Procedure)

Segundo Price (2009, p.386), um procedimento contém um grupo de instruções


SQL e PL/SQL. Os procedimentos permitem centralizar sua lógica do negócio
no banco de dados e podem ser usados por qualquer programa que acesse o
banco de dados.

Costa (2006, p.158) salienta que procedimentos armazenados são


procedimentos análogos aos existentes em linguagens de programação
tradicionais, mas que terão seu código fonte armazenado no servidor de banco
de dados, o qual é capaz de compilá-lo e executá-lo.

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Coordenadoria de Informática 28
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

Segundo Fanderuff (2000, p.151), “os procedimentos armazenados são


‘subprogramas’ que têm por objetivo executar uma ação específica, utilizando-
se das instruções de processamento de dados da Linguagem SQL”.

Um procedimento armazenado consiste em um bloco de instruções nomeado


que executa uma ação. Ele pode ser armazenado no banco de dados, como
um objeto de banco de dados, para execução repetida de qualquer ambiente
de chamada (KOCHHAR; KRAMER, 1998).

7.11.2.1. Objetivos

 Descrever a utilidade dos procedimentos;


 Criar procedimentos;
 Chamar um procedimento;
 Ver erros em um procedimento;
 Remover um procedimento;
 Obter informações sobre um procedimento.

7.11.2.2. Visão geral dos procedimentos

 Um procedimento é um bloco PL/SQL nomeado que executa uma ação;


 Um procedimento pode ser armazenado no banco de dados, como um
objeto de banco de dados, para execução repetida.

7.11.2.3. Sintaxe para criação de procedimentos

CREATE [OR REPLACE] PROCEDURE nome_procedimento


(parâmetro1 [modo1] tipodedado1,
(parâmetro2 [modo2] tipodedado2,
. . .)
IS | AS
PL/SQL Block;

Parâmetro: é o nome de uma variável PL/SQL passada para o procedimento;


Modo: identifica o tipo de parâmetro (IN/OUT/IN OUT)
IN: (entrada) passa o valor do ambiente de chamada para o
procedimento.
OUT: (saída) retorna um valor do procedimento para o ambiente de
chamada.

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Coordenadoria de Informática 29
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BANCO
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DADOS II

IN OUT: (entrada saída) passa um valor do ambiente de chamada para


o procedimento, e o procedimento retorna um valor para o ambiente de
chamada.
Tipodedado: tipo do dado (datatype)
IS | AS: essas cláusulas são equivalentes, pode-se utilizar tanto uma quanto a
outra.
PL/SQL Block: é o corpo do procedimento que define as ações que serão
executadas quando o procedimento for executado.

Ambiente de
Chamada

7.11.2.4. Criando um procedimento usando o Oracle SQL Developer

Exemplo1 (IN): Criando um procedimento para armazenar informações de


novos funcionários.

CREATE OR REPLACE PROCEDURE novos_funcionarios


(v_matricula IN tabfun.matricula%TYPE,
v_nome IN tabfun.nome%TYPE,
v_salario IN tabfun.salario%TYPE,
v_admissao IN tabfun.admissao%TYPE,
v_cargo IN tabfun.cargo%TYPE)
IS
BEGIN
INSERT INTO tabfun VALUES (v_matricula, v_nome, v_salario, v_admissao,
v_cargo);
COMMIT;
END novos_funcionarios;
/

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Coordenadoria de Informática 30
Disciplina
BANCO
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DADOS II

Executando o procedimento direto.

EXECUTE novos_funcionarios (20,'Luizão',100000, '01/01/2001',2);

Executando o procedimento novos_funcionarios via bloco PL/SQL


BEGIN
novos_funcionarios (21,'Dida',85000,'01/01/2002',2);
END;
/

Consulta a tabela de funcionários


SELECT * FROM tabfun;

Caso você queira usar uma codificação automática para a matricula (auto-
numeração), crie uma seqüência e troque a variável v_matricula por essa
seqüência.

Exemplo: Criando uma seqüência

CREATE SEQUENCE num_fun START WITH 40;

Trocando a variável v_matricula pela seqüência.

1º - Não esqueça de tirar a linha que define a variável v_matricula.


2º - Faça a seguinte mudança.

.......
VALUES (num_fun.NEXTVAL, v_nome, v_salario, v_admissão, v_cargo);
......

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Coordenadoria de Informática 31
Disciplina
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DADOS II

Exemplo2 (IN): Criando um procedimento para reajustar o salário dos


funcionários.

CREATE OR REPLACE PROCEDURE reajuste_salario


(v_matricula IN tabfun.matricula%TYPE,
v_reajuste IN tabfun.salario%TYPE)
IS
BEGIN
IF v_reajuste <= 100 THEN
UPDATE tabfun
SET salario = salario + (salario*v_reajuste/100)
WHERE matricula = v_matricula;
ELSE
DBMS_OUTPUT.PUT_LINE('Valor Inválido');
END IF;
END reajuste_salario;
/

Executando o procedimento direto

EXECUTE reajuste_salario (10,10);

EXECUTE reajuste_salario (11,130);

Exemplo3 (OUT): Criando um procedimento para consultar funcionários.

CREATE OR REPLACE PROCEDURE consulta_fun


(v_matricula IN tabfun.matricula%TYPE,
v_nome OUT tabfun.nome%TYPE,
v_salario OUT tabfun.salario%TYPE,
v_admissao OUT tabfun.admissao%TYPE)
IS
BEGIN
SELECT nome, salario, admissao
INTO v_nome, v_salario, v_admissao
FROM tabfun
WHERE matricula = v_matricula;
END consulta_fun;
/

Salvar o fonte (procedimento) e em seguida cria-lo.


SAVE <caminho> nome_arq.sql
START <caminho> nome_arq.sql
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Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

Criando variáveis globais (de host) para utilizá-las na execução do


procedimento
VARIABLE g_nome VARCHAR2(35)
VARIABLE g_salario NUMBER
VARIABLE g_admissao VARCHAR2(10)

Executando o procedimento consulta_fun e mostrando os valores das variáveis


EXECUTE consulta_fun (11, :g_nome, :g_salario, :g_admissao)
PRINT g_nome
PRINT g_salario
PRINT g_admissao ou
PRINT g_nome g_salario g_admissao

Exemplo4 (IN OUT): Criando um procedimento para formatar telefone.

CREATE OR REPLACE PROCEDURE telefone


(v_fone IN OUT VARCHAR2)
IS
BEGIN
v_fone :='('||substr(v_fone,1,2)||')'||substr(v_fone,3,4)||'-'||substr(v_fone,7,10);
DBMS_OUTPUT.PUT_LINE(v_fone);
END telefone;
/
Habilitando a saída de resultados na tela

SET SERVEROUTPUT ON

Executando o procedimento telefone via bloco PL/SQL


DECLARE
vfone VARCHAR2(17);
numero VARCHAR(14);
BEGIN
vfone := (‘&numero’);
telefone(vfone);
DBMS_OUTPUT.PUT_LINE(vfone);
END;
/

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Coordenadoria de Informática 33
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

7.11.2.5. Removendo um procedimento usando o SQL*Plus

DROP PROCEDURE nome_procedimento;

Exemplo1: Eliminar o procedimento consulta de funcionários

DROP PROCEDURE consulta_fun;

7.11.2.6. Obtendo informações sobre um procedimento

A tabela USER_PROCEDURES é utilizada para armazenar os procedimentos


criados. A seguir é apresentada sua estrutura.

COLUNA TIPO DESCRIÇÃO


------------------------- ------------------- ----------------------------------------------
OBJECT_NAME VARCHAR2(30) Nome do objeto
PROCEDURE_NAME VARCHAR2(30) Nome do procedimento
AGGREGATE VARCHAR2(3) Se é um procedimento agregado
IMPLTYPEOWNER VARCHAR2(30) O proprietário do tipo
IMPLTYPENAME VARCHAR2(30) O nome do tipo
PARALLEL VARCHAR2(3) Se é ativada para consultas paralelas
INTERFACE VARCHAR2(3)

7.11.2.7. Sumário

 Um procedimento é um bloco PL/SQL nomeado que executa uma ação;


 Use parâmetros para especificar dados do ambiente de chamada para o
procedimento;
 Os procedimentos podem ser chamados de qualquer ferramenta ou
linguagem que suportem PL/SQL;
 Os procedimentos podem servir como blocos de construção de uma
aplicação.

Exercícios:
1. Faça um procedimento para excluir funcionários.

2. Faça um procedimento para inserir dependentes.

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Coordenadoria de Informática 34
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

7.11.3. Funções (FUNCTION)

Segundo Price (2009, p.391), uma função é semelhante a um procedimento,


exceto que uma função deve retornar um valor, juntos, os procedimentos
armazenados e as funções às vezes são referidos como subprogramas
armazenados já que são pequenos programas.

7.11.3.1. Objetivos

 Descrever os usos das funções;


 Criar funções;
 Chamar uma função;
 Remover uma função;
 Diferenciar entre um procedimento e uma função.

7.11.3.2. Visão geral das funções

 Uma função é um bloco PL/SQL nomeado que retorna um valor;


 Uma função pode ser armazenada no banco de dados, como um objeto de
banco de dados, para execução repetida;
 Uma função pode ser chamada como parte de uma expressão.

7.11.3.3. Sintaxe para criação de funções

CREATE [OR REPLACE] FUNCTION nome_função


(parâmetro1 [modo1] tipodedados1,
parâmetro2 [modo2] tipodedados2,
. . .)
RETURN tipodedados
IS | AS
PL/SQL Block;

Parâmetro: é o nome de uma variável PL/SQL passada para a função;


Modo: identifica o tipo de parâmetro (IN)
IN: (entrada) passa o valor do ambiente de chamada para a função.
Tipodedado: tipo do dado (datatype)
IS | AS: essas cláusulas são equivalentes, pode-se utilizar tanto uma quanto a
outra.

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Coordenadoria de Informática 35
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

PL/SQL Block: é o corpo da função que define as ações que serão executadas
quando a função for executada.
OBS: o bloco PL/SQL deve ter pelo menos uma instrução RETURN.
 RETURN: retorna um valor da função para o ambiente de chamada.

Ambiente de
Chamada

7.11.3.4. Gerenciar exceções em tempo de execução

A função RAISE_APPLICATION_ERROR nos possibilita gerenciar qualquer


tipo de exceção em tempo de execução permitindo propagar para o ambiente
de chamada ou receber ações quando essas ocorrem.

RAISE_APPLICATION_ERROR (numero_erro, texto_erro)

 numero_erro: é o número do erro definido pelo usuário. Deve estar entre –


20999 a -20000
 texto_erro: é a mensagem definida pelo usuário.

7.11.3.5. Criando uma função

 Digite o texto para a instrução CREATE FUNCTION em um editor de texto;


 Use SHOW ERRORS para consultar os erros de compilação;
 Quando a compilação for bem-sucedida, a função estará pronta para
execução.

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Coordenadoria de Informática 36
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

Exemplo1: Criando uma função para consultar o salário dos funcionários.

CREATE OR REPLACE FUNCTION consulta_salario


(v_matricula IN tabfun.matricula%TYPE)
RETURN NUMBER
IS
v_salario tabfun.salario%TYPE := 0;
BEGIN
SELECT salario
INTO v_salario
FROM tabfun
WHERE tabfun.matricula = v_matricula;
RETURN (v_salario);
END consulta_salario;
/

7.11.3.6. Executando funções

 Chame uma função como parte de uma expressão PL/SQL;


 Crie uma variável de host para armazenar o valor retornado;
 Execute a função. A variável de host será preenchida com o valor RETURN.

Criando variáveis de host


VARIABLE g_salario NUMBER

Executando a função
EXECUTE :g_salario := consulta_salario (11); ou
ACCEPT num_matricula PROMPT ‘Digite o número da matricula:’
EXECUTE :g_salario := consulta_salario (&num_matricula);

Consultando o valor
PRINT g_salario

Executando uma função de um bloco PL/SQL

Crie um bloco PL/SQL para a execução:

SET SERVEROUTPUT ON

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Coordenadoria de Informática 37
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

DECLARE
v_salario tabfun.salario%TYPE;
BEGIN
v_salario := consulta_salario (12);
DBMS_OUTPUT.PUT_LINE (v_salario);
END;
/

Exemplo2: Criar uma função para consultar quantas vezes o funcionário


mudou de cargo ou de salário.

CREATE OR REPLACE FUNCTION mudanca_salario


(v_matricula IN tabreg.matricula%TYPE)
RETURN NUMBER
IS
v_qtde NUMBER(5) := 0;
BEGIN
SELECT count(cargo)
INTO v_qtde
FROM tabreg
WHERE tabreg.matricula = v_matricula
GROUP BY cargo;
RETURN (v_qtde);
END mudanca_salario;
/

Executando a função mudanca_salario via bloco PL/SQL

DECLARE
v_quant NUMBER(5);
BEGIN
v_quant := mudanca_salario (12);
DBMS_OUTPUT.PUT_LINE (v_quant);
END;
/

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Coordenadoria de Informática 38
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

7.11.3.7. Removendo funções

Sintaxe:

DROP FUNCTION nome_função;

Exemplo1:

DROP FUNCTION consulta_salario;

7.11.3.8. Obtendo informações sobre uma função

A tabela USER_PROCEDURES também armazena as funções criadas. A


seguir é apresentada sua estrutura.

COLUNA TIPO DESCRIÇÃO


------------------------- ------------------- ----------------------------------------------
OBJECT_NAME VARCHAR2(30) Nome do objeto
PROCEDURE_NAME VARCHAR2(30) Nome da função
AGGREGATE VARCHAR2(3) Se é uma função agregada
IMPLTYPEOWNER VARCHAR2(30) O proprietário do tipo
IMPLTYPENAME VARCHAR2(30) O nome do tipo
PARALLEL VARCHAR2(3) Se é ativada para consultas paralelas
INTERFACE VARCHAR2(3)

7.11.3.9. Observações

 Uma função definida pelo usuário obtém apenas parâmetros IN, e não OUT
ou IN OUT;
 Os tipos de dados devem ser tipos de dados SQL válidos, CHAR, DATE ou
NUMBER;
 Os tipos de dados não podem ser tipos PL/SQL como BOOLEAN, RECORD
ou TABLE;
 Comandos INSERT, UPDATE ou DELETE não são permitidos.

7.11.3.10. Sumário

 Uma função é um bloco PL/SQL nomeado que deve retornar um valor;


 Uma função é chamada como parte de uma expressão;
 Uma função armazenada pode ser chamada em instruções SQL.

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Coordenadoria de Informática 39
Disciplina
BANCO
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DADOS II

Exercícios:

1) Faça uma função para consultar o nome do cargo.

2) Faça uma função para consultar os dependentes por funcionário.

7.11.4. Procedimentos e funções

7.11.4.1. Comparando procedimentos e funções

Procedimentos Funções
Executar como uma instrução PL/SQL Chamar como parte de uma expressão
Tipo de dados sem RETURN Deve conter um tipo de dados RETURN
Pode retornar nenhum, um ou muitos valores Deve retornar um valor único

7.10.4.2. Benefícios de funções e procedimentos

 Desempenho melhorado;
o Reduzir o número de chamadas ao banco de dados e diminuir o
tráfico na rede;
o Compartilhar execuções SQL por vários usuários.
 Manutenção melhorada;
o Modificar rotinas on-line sem interferir com outros usuários;
o Modificar uma rotina que afetará várias aplicações.
 Segurança de dados e Integridade melhorada.
o Controle sobre acessos indiretos aos objetos de banco de dados
executados por funcionários sem privilégios;
o Assegurar que ações relacionadas sejam executadas
conjuntamente.

7.1.4.3. Gerenciando funções e procedimentos

A tabela USER_OBJECTS armazena os objetos criados junto ao banco de


dados, tais como procedimentos, funções, etc. A seguir, é apresentada a
estrutura da tabela USER_OBJECTS.

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Coordenadoria de Informática 40
Disciplina
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DADOS II

COLUNA TIPO DESCRIÇÃO


------------------------- ------------------- ----------------------------------------------
OBJECT_NAME VARCHAR2(128) Nome do objeto
OBJECT_ID NUMBER Identificação do objeto
OBJECT_TYPE VARCHAR2(19) Tipo do objeto
CREATED DATE Data de criação do objeto
LAST_DDL_TIME DATE Última modificação do objeto
TIMESTAMP VARCHAR2(19) Data e hora do objeto
STATUS VARCHAR2(7) Se é Válido ou inválido
TEMPORARY VARCHAR2(1) Se é temporário
SECONDARY VARCHAR2(1) Se é secundário
Consultando a tabela USER_OBJECTS

SELECT DISTINCT object_type FROM user_objects;

SELECT object_name, object_type, created


FROM user_objects
WHERE object_type IN (‘PROCEDURE’,’FUNCTION’);

A tabela USER_SOURCE armazena o código fonte referente aos objetos


criados. A seguir, é apresentada a estrutura da tabela USER_SOURCE.

COLUNA TIPO DESCRIÇÃO


------------------------- ------------------- ----------------------------------------------
NAME VARCHAR2(30) Nome do objeto
TYPE VARCHAR2(12) Tipo do objeto
LINE NUMBER Número da linha do código
TEXT VARCHAR2(4000) Código fonte

Consultando a tabela USER_SOURCE

SELECT * FROM user_source WHERE name='NOME_OBJETO'

Listar somente o código fonte

SELECT text FROM user_source


WHERE name=’CONSULTA_SALARIO’
Consultar erros de compilação
ORDER BY line;

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Coordenadoria de Informática 41
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DADOS II

Consultar tabelas DICT e USER_TABLES


SELECT table_name FROM dict;

SELECT table_name FROM user_tables;

Descrever as estruturas de armazenamento dos objetos

DESC user_objects

Descrever as estruturas das tabelas


DESC user_tables

Descrever as estruturas de funções, procedimentos e gatilhos

DESC user_source

Consultar erros de compilação


SHOW ERRORS

DESC user_errors

7.11.5. Gatilhos (TRIGGERS)

Segundo Price (2009, p.397) um gatilho é um procedimento executado (ou


disparado) automaticamente pelo banco de dados, quando uma instrução DML
(INSERT, UPDATE ou DELETE) especificada é executada em determinada
tabela do banco de dados. Os gatilhos são úteis para fazer coisas como a
auditoria avançada das alterações feitas nos valores de coluna em uma tabela.

Um gatilho consiste em um bloco de instruções ou subprograma acionado, de


forma implícita, pela aplicação do usuário final, por meio de ferramentas de
administração de bancos de dados ou pelo próprio banco de dados, sempre
que ocorrer um determinado evento de inclusão, atualização ou exclusão de
dados, associado a um conjunto de entidades, de acordo com a definição de
um instante de tempo (KOCHHAR; KRAMER, 1998; RAMALHO, 2005).

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Coordenadoria de Informática 42
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Na caracterização de um gatilho, há três fatores a serem considerados (DATE,


2003):

a) especificar um evento que servirá como disparo do gatilho;


b) especificar as condições sob as quais o gatilho deve ser executado;
c) especificar as ações que serão tomadas quando um gatilho for disparado.

A especificação do evento consiste em delimitar o “evento” ou instrução a


ocorrer no Banco de Dados Operacional para que a “ação”, de acordo com as
“condições” avaliadas, seja executada.

Analisando o segundo fator, para que um gatilho seja programado, é


necessário levantar as regras de negócio, isto é, as necessidades e
“condições” as quais o gatilho deverá atender a fim de respeitar as restrições
de integridade, garantindo assim a consistência dos dados.

O terceiro fator contém a definição de quais e quantas “ações” de


processamento deverão ser executadas com base nos conjuntos de entidades
dos Bancos de Dados Operacionais em relação ao Banco de Dados Analítico-
Temporal, quando um gatilho for acionado.

A combinação das três exigências (evento, condição e ação) leva os gatilhos a


serem conhecidos como regras ECA, de evento-condição-ação (COSTA, 2006;
DATE, 2003).

7.11.5.1. Objetivos

 Descrever gatilhos de banco de dados e suas utilizações;


 Criar gatilhos de banco de dados;
 Descrever regras para disparo de gatilhos de banco de dados;
 Remover gatilhos de banco de dados.

7.11.5.2. Visão geral dos gatilhos

 Um gatilho é um bloco PL/SQL executado de forma implícita sempre que


ocorre um determinado evento;
 Ele pode ser tanto um gatilho de banco de dados ou um gatilho de
aplicação (Form, Report, Navigator). Os gatilhos de aplicação não são
totalmente iguais aos gatilhos de banco.

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Coordenadoria de Informática 43
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7.11.5.3. Projetando gatilhos: Diretrizes

 Projetar gatilhos para:


o Executar ações relacionadas;
o Centralizar operações globais.
 Não projetar gatilhos:
o Onde a funcionalidade já exista;
o Que dupliquem outros gatilhos.

7.11.5.4. Tempo do gatilho

 Para tabela: BEFORE, AFTER, INSTEAD OF e FOR


o BEFORE: executa o corpo do gatilho antes do evento DML de
acionamento em uma tabela;
o AFTER: executa o corpo do gatilho após o evento DML de
acionamento em uma tabela;
o INSTEAD OF: executa o corpo do gatilho em vez do evento de
disparo;
o FOR: que é novidade do Oracle 11g, permite criar um gatilho
composto, consistindo em até quatro seções no corpo do gatilho.

7.11.5.5. Disparo de outro gatilho

 FOLLOWS e PRECEDES (novo no Oracle 11g)


o FOLLOWS: dispara o gatilho depois do disparo do gatilho
especificado em esquema.outro_gatilho;
o PRECEDES: antecede a execução do gatilho especificado em
esquema.outro_gatilho.

7.11.5.6. Ativar e desativar um gatilho

 ENABLE e DISABLE (novo no Oracle 11g)


o ENABLE: inicia o gatilho ativado;
o DISABLE: inicia o gatilho desativado;
o Usando a instrução ALTER TRIGGER nome_gatilho [ENABLE ou
DISABLE] um gatilho pode ser ativado ou desativado a qualquer
momento.

7.11.5.7. Evento de acionamento

 INSERT
 UPDATE
 DELETE

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Coordenadoria de Informática 44
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DADOS II

É por meio dessas instruções que os gatilhos são executados.

7.11.5.8. Tipo de gatilho

Os gatilhos são divididos em dois tipos, no qual defini quantas vezes o corpo
do gatilho deverá ser executado quando ocorre um evento de acionamento.

 Instrução: o corpo do gatilho é executado uma vez para o evento de


acionamento. Esse é o default.
 Linha: o corpo do gatilho é executado uma vez para cada linha afetada pelo
evento de acionamento. Além disso, o gatilho de linha tem acesso aos
valores de coluna antigos (OLD) e novos (NEW) quando é disparado como
resultado de uma instrução UPDATE nessa coluna, e também o disparo
pode ser limitado com uma condição de gatilho.

7.11.5.9. Corpo do gatilho

O corpo do gatilho é um bloco PL/SQL ou uma chamada para um


procedimento.

7.11.5.10. Sintaxe para criação de gatilhos de instrução

CREATE [OR REPLACE] TRIGGER nome_gatilho


{tempo} evento1 [OR evento2 OR evento3]
ON nome_tabela
. . .)
corpo_gatilho

Exemplo1: Criando um gatilho de instrução para verificar alteração de dados


fora de horário.

CREATE OR REPLACE TRIGGER fora_horario


BEFORE UPDATE ON tabfun
BEGIN
IF (TO_NUMBER (TO_CHAR(SYSDATE,'HH24')) NOT BETWEEN 8 AND 12)
THEN
RAISE_APPLICATION_ERROR(-20001,'Atenção – Operação Fora de Horário');
END IF;
END fora_horario;
/

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Coordenadoria de Informática 45
Disciplina
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Testando o gatilho:

UPDATE tabfun
SET salario = salario*1.10
WHERE matricula = 10;

7.11.5.11. Sintaxe para criação de gatilhos de linhas

CREATE [OR REPLACE] TRIGGER nome_gatilho


{BEFORE | AFTER | INSTEAD OF | FOR} evento1 [OR evento2 OR evento3] ON
nome_tabela [REFERENCING OLD AS antigo | NEW AS novo]
FOR EACH ROW
[{FOLLOWS | PRECEDES} esquema.outro_gatilho]
[{ENABLE | DISABLE}]
[WHEN condição_gatilho]
BEGIN
corpo_gatilho
END nome_gatilho;

 OLD: refere-se ao valor antigo da coluna (campo);


 NEW: refere-se ao novo valor da coluna;
 WHEN: condição que será testada em cada linha executada.

Exemplo2: Criando um gatilho de linha para não deixar reajustar o salário dos
funcionários em mais de 20%.

CREATE OR REPLACE TRIGGER reajuste_fun


BEFORE UPDATE OF salario ON tabfun
FOR EACH ROW
BEGIN
IF :new.salario > :old.salario*1.20 THEN
RAISE_APPLICATION_ERROR(-20002,'Atenção – Aumento não Permitido');
END IF;
END reajuste_fun;
/

Testando o gatilho:
UPDATE tabfun
SET salario = salario * 1.30
WHERE matricula = 10;

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Coordenadoria de Informática 46
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Exemplo3: Criando um gatilho de linha para fixar um teto máximo de salário


CREATE OR REPLACE TRIGGER salario_alto
BEFORE INSERT OR UPDATE OF salario ON tabfun
FOR EACH ROW
BEGIN
IF :new.salario > 300000 THEN
RAISE_APPLICATION_ERROR(-20003,'Atenção – Salário Muito Alto');
END IF;
END salario_alto;
/

Testando o gatilho:

INSERT INTO tabfun VALUES(33,’Maradona’,400000,’01/01/2002’,3);

Exemplo4: Criando um gatilho de linha para fixar salário de 200000 para os


funcionários novos do cargo 3 (jogadores).

CREATE OR REPLACE TRIGGER salario_fixo


BEFORE INSERT ON tabfun
FOR EACH ROW
WHEN (new.cargo = 3)
BEGIN
IF INSERTING THEN
:new.salario := 200000;
END IF;
END salario_fixo;
/

Testando o gatilho:

INSERT INTO tabfun VALUES(33,’Zico’,240000,’01/05/2002’,3);

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Coordenadoria de Informática 47
Disciplina
BANCO
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DADOS II

Exemplo5: Criando um gatilho de linha para inserir registros na tabela de


registros (tabreg) cada vez que houver alteração no salário dos funcionários.

CREATE OR REPLACE TRIGGER atualiza_reg


BEFORE INSERT OR UPDATE OF salario ON tabfun
FOR EACH ROW
BEGIN
IF INSERTING THEN
INSERT INTO tabreg
VALUES(:new.matricula,:new.cargo,:new.admissao,:new.salario);
ELSE
INSERT INTO tabreg
VALUES(:old.matricula,:old.cargo,sysdate,:new.salario);
END IF;
END atualiza_reg;
/

7.11.5.12. Obtendo informações sobre um gatilho

A tabela USER_TRIGGERS armazena informações sobre os gatilhos criados.


A seguir, é apresentada a estrutura da tabela USER_TRIGGERS.

COLUNA TIPO DESCRIÇÃO


------------------------- ------------------- ----------------------------------------------
TRIGGER_NAME VARCHAR2(30) Nome do gatilho
TRIGGER_TYPE VARCHAR2(16) Tipo do gatilho (linha ou instrução)
TRIGGERING_EVENT VARCHAR2(227) Evento de acionamento do gatilho
TABLE_OWNER VARCHAR2(30) Proprietário da tabela
BASE_OBJECT_TYPE VARCHAR2(16) Tipo do objeto da base de dados
TABLE_NAME VARCHAR2(30) Tabela de acionamento do gatilho
COLUMN_NAME VARCHAR2(4000) Coluna da tabela de acionamento gatilho
REFERENCING_NAMES VARCHAR2(128) Nome especificado do OLD e do NEW
WHEN_CLAUSE VARCHAR2(4000) Condição de acionamento
STATUS VARCHAR2(8) Ativado ou Desativado
DESCRIPTION VARCHAR2(4000) Descrição do cabeçalho do código
ACTION_TYPE VARCHAR2(11) Tipo de ação (PL/SQL)
TRIGGER_BODY LONG Corpo do gatilho

Na tabela USER_SOURCE também pode ser encontrado o código fonte


referente aos gatilhos criados.

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Coordenadoria de Informática 48
Disciplina
BANCO
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DADOS II

Consultando a tabela USER_SOURCE

SELECT * FROM line, text WHERE name='NOME_OBJETO' order by line;

7.11.5.13. Gerenciando gatilhos

Habilitar um gatilho de uma tabela


ALTER TRIGGER nome_trigger ENABLE

Desabilitar um gatilho
ALTER TRIGGER nome_trigger DISABLE

Habilitar todos os gatilhos de uma tabela


ALTER TABLE nome_tabela ENABLE ALL_TRIGGERS

Desabilitar todos os gatilhos de uma tabela

ALTER TABLE nome_tabela DISABLE ALL_TRIGGERS

Carregar um gatilho
START caminho nome_gatilho.SQL

Compilar um gatilho
ALTER TRIGGER
4.10.5.11. nome_gatilho
REMOVENDO COMPILE
GATILHOS

Sintaxe:

DROP TRIGGER nome_gatilho;

Exemplo1:
DROP TRIGGER salario_fixo;

Exercícios:
1) Faça um gatilho que não permita inserir um funcionário com data de
admissão maior que a data do servidor (SYSDATE).
2) Faça um gatilho que não permita alterar ou incluir um funcionário com
salário igual a zero.

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Coordenadoria de Informática 49
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

7.11.6. Pacotes (PACKAGES)

Segundo Price (2009, p.393) os pacotes permitem encapsular funcionalidade


relacionada em uma unidade independente. Modularizando seu código PL/SQL
por meio de pacotes, é possível construir suas próprias bibliotecas de código
que outros programadores podem reutilizar.

Normalmente, os pacotes são constituídos de dois componentes: uma


especificação e um corpo. A especificação do pacote lista os procedimentos,
funções, tipos e objetos disponíveis. A especificação não contém o código que
constitui os procedimentos e funções; o código está contido no corpo do
pacote.

Todos os itens do corpo que não estão listados na especificação são privados
do pacote. Os itens privados só podem ser usados dentro do corpo do pacote.
Usando uma combinação de itens públicos e privados, é possível construir um
pacote cuja complexidade fica oculta do mundo exterior. Esse é um dos
principais objetivos de toda programação: ocultar a complexidade de seus
usuários.

7.11.6.1. Objetivos

 Criar uma especificação de um pacote;


 Criar o corpo de um pacote;
 Chamar procedimentos e funções em um pacote;
 Obtendo informações sobre procedimentos e funções em um pacote;
 Remover pacotes.

7.11.6.2. Sintaxe para criação de uma especificação de pacote

CREATE [OR REPLACE] PACKAGE nome_pacote


{IS | AS}
especificação_pacote
END nome_pacote;

 especificação_pacote: lista os procedimentos, funções, tipos e objetos


públicos disponíveis para os usuários de seu pacote;

O exemplo a seguir cria uma especificação para um pacote chamado


tabfun_pacote:

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Coordenadoria de Informática 50
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

CREATE OR REPLACE PACKAGE tabfun_pacote AS


TYPE t_ref_cursor IS REF CURSOR;
FUNCTION get_tabfun_ref_cursor RETURN t_ref_cursor;
PROCEDURE update_tabfun_salario (
n_matricula IN tabfun.matricula%TYPE,
n_fator IN NUMBER
);
END tabfun_pacote;
/

O tipo t_ref_cursor é um tipo REF CURSOR da PL/SQL. Um REF CURSOR é


semelhante a um ponteiro na linguagem de programação C++ e aponta para
um cursor. A função get_tabfun_ref_cursor() retorna um tipo t_ref_cursor e,
aponta para um cursor que contém as linhas recuperadas da tabela tabfun. O
procedimento update_tabfun_salario() multiplica o salário de um funcionário e
confirma a alteração.

7.11.6.3. Sintaxe para criação do corpo de um pacote

CREATE [OR REPLACE] PACKAGE BODY nome_pacote


{IS | AS}
corpo_pacote
END nome_pacote;

 corpo_pacote: contém o código dos procedimentos e funções.

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Coordenadoria de Informática 51
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

O exemplo a seguir cria o corpo do pacote tabfun_pacote:

CREATE OR REPLACE PACKAGE BODY tabfun_pacote AS


FUNCTION get_tabfun_ref_cursor
RETURN t_ref_cursor IS
v_tabfun_ref_cursor t_ref_cursor;
BEGIN
--- obtém o REF CURSOR
OPEN v_tabfun_ref_cursor FOR
SELECT matricula, nome, salario
FROM tabfun;
--- retorna o REF CURSOR
RETURN v_tabfun_ref_cursor;
END get_tabfun_ref_cursor;

PROCEDURE update_tabfun_salario (
n_matricula IN tabfun.matricula%TYPE,
n_fator IN NUMBER
) AS
v_tabfun_count INTEGER;
BEGIN
--- conta o número de produtos com o valor de n_matricula fornecido
--- será 1 se o funcionário existir
SELECT COUNT(*)
INTO v_tabfun_count
FROM tabfun
WHERE matricula = n_matricula;

--- se o produto existe (n_tabfun_count=1) então atualiza salário


IF v_tabfun_count = 1 THEN
UPDATE tabfun
SET salario = salario * n_fator
WHERE matricula = n_matricula;
COMMIT;
END IF;
A EXCEPTION
função get_tabfun_ref_cursor() abre o cursor e recupera as colunas
WHEN OTHERS
matricula, nome e THEN
salário da tabela tabfun. A referência a esse cursor (o REF
ROLLBACK;
CURSOR) é armazenada em v_tabfun_ref_cursor e retornada pela função.
END update_tabfun_salario;
OEND tabfun_pacote;
procedimento update_tabfun_salario() multiplica o salário de um produto e
/
confirma a alteração.

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Coordenadoria de Informática 52
Disciplina
BANCO
DE
DADOS II

7.11.6.4. Chamando procedimentos/funções em um pacote

Para chamar procedimentos e funções em um pacote, deve-se incluir o nome


do pacote na chamada. O exemplo a seguir chama
tabfun_pacote.get_tabfun_ref_cursor(), que retorna uma referência para um
cursor contendo os valores de matricula, nome e salário dos funcionários.

SELECT tabfun_pacote.get_tabfun_ref_cursor
FROM dual;

O próximo exemplo chama tabfun_pacote.update_tabfun_salario() para


multiplicar o salário do funcionário 10 por 1.15. Caso o aumento ultrapasse
20% o gatilho reajuste_fun será acionado não permitindo o aumento.

CALL tabfun_pacote.update_tabfun_salario(10, 1.15);

7.11.6.5. Obtendo informações sobre procedimentos e funções de um pacote

A tabela USER_PROCEDURES também armazena informações referentes aos


pacotes criados. A estrutura da tabela USER_PROCEDURES já foi
apresentada nas seções anteriores.

SELECT object_name, procedure_name


FROM user_procedures
WHERE object_name = ‘TABFUN_PACOTE’;

OBJECT_NAME PROCEDURE_NAME
------------------------------ ------------------------------
TABFUN_PACOTE GET_TABFUN_REF_CURSOR
TABFUN_PACOTE UPDATE_TABFUN_SALARIO

7.11.6.6. Removendo um pacote

DROP PACKAGE tabfun_pacote;

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Coordenadoria de Informática 53

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