A Purificação Do Leproso - Pr. Eduardo Garcia
A Purificação Do Leproso - Pr. Eduardo Garcia
A Purificação Do Leproso - Pr. Eduardo Garcia
INTRODUÇÃO :
Na época de Jesus a lepra era uma doença terrível e incurável. Desde o momento em que era
constada a lepra, o leproso era privado do convívio das outras pessoas e ficavam em um lugar
isolado. O Novo Testamento nos mostra a situação dos leprosos, a sua vida em cavernas
afastadas das pessoas. Se porventura um deles tivesse de andar ao encontro das pessoas, teriam
que tocar um sino, para se autoanunciar e determinar a distância. Isto queria dizer que estava
passando um imundo, um contaminado pela lepra. A situação do leproso era humilhante, visto
que a lepra era considerada no Judaísmo um estado de grande impureza, sua situação não
tinha solução. Em caso de um leproso tornar-se curado, ele teria que ir até o Templo de
Jerusalém se apresentar ao sacerdote que o examinava e o liberava para conviver com qualquer
pessoa (Lv 14). Jesus sabedor das normas do Judaísmo depois da cura do leproso ordenou que
fosse se apresentar ao sacerdote. A narrativa confirma que no mesmo instante, a lepra
desapareceu.
Nos dias de hoje a lepra ou outros tipos de doença de pele que são muito comuns podem atingir
qualquer pessoa. A lepra, atualmente é muito conhecida por este outro nome hanseníase. Esta
doença tem como portador um micróbio contagioso. Devido à facilidade de contagio, através do
ar, e a ausência de um tratamento na época de Jesus, esta doença era comum. Devido à
descoberta de tratamento de cura da Hanseníase, passou hoje a ser vista de forma diferente e com
menos discriminação.
O Leproso emerge da multidão e vai até Jesus para solicitar sua cura. Jesus numa atitude
inusitada, que deixou estarrecidos todos os chefes do Templo e lideranças judaicas, toca no
leproso para realizar a cura. Esta atitude de Jesus contraria ao sistema do puro e impuro do
Judaísmo, tocar em um leproso ou em um defunto a pessoa se tornaria impura, Jesus passa a ser
mal visto pelas autoridades. A lei mosaica referente à purificação não podia ajudar o homem; ela
fora destinada a proteger a comunidade. O que a Lei não pode fazer, Jesus faz (cf. Rm 8.3). Ele o
faz simplesmente com suas palavras "Seja limpo!" A cura é imediata (v. 42).
A cura da lepra realizada por Jesus demonstra seu poder divino, mas também tem um caráter de
libertação da exclusão social, causado pelo sistema religioso do templo.
Num primeiro momento Jesus, respeita o sistema do Templo vigente enviando aquele homem de
fé para se apresentar aos sacerdotes no Templo de Jerusalém, para que sua vida e inserção na
vida social não fossem complicadas perante as lideranças judaicas. Jesus via que além da cura
era necessária a integração social conforme o costume.
Essa instrução, no entanto, é feita com uma forte advertência: "Não conte a ninguém". A
publicidade dada a essa cura iria somente aumentar a admiração das pessoas, dificultando o
ministério de Jesus (v. 45). Ainda assim, muitos vêem apenas suas obras, sem ouvir suas
palavras. Muitos o consideram apenas um fazedor de milagres. Precisam de tempo para
considerar as evidências, e descobrir quem é Jesus.
Conclusão:
No presente, homens e mulheres são confrontados com a decisão de seguir a Jesus. Eles podem
aceitar ou rejeitar. Mesmo aqueles que se beneficiam ricamente de sua autoridade, como o
leproso, podem insistir em seus próprios caminhos. Mas, além daquilo que pessoalmente estão
perdendo, sua desobediência limita o reino de Deus.